Tenho Sede - Gilberto Gil
Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d'água
E os meus olhos pedem teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede teu amor
Se não me deres, posso até morrer
"A falta d'água no mundo"
"De novo bem realista
a ONU vem alertar
que na África e na China
a água pode faltar
e conforme este argumento
não tendo planejamento
muita gente vai dançar
Sonho um Brasil d'água limpa
e vida cheia de moral
vencendo a poluição
e qualquer um temporal
se no mundo água faltar
vamos daqui sustentar
a demanda mundial
E vamos exportar água
em garrafões ou barril
com a marca registrada
" the água made in Brazil"
pra ditadores malvados
nem tendo Euros trocados
não vendemos nem um til
Recuperar nossas águas
é nosso grande dever
e convido a juventude
para lutar e vencer
e se alguém quiser mais água
seja China ou Nicarágua
termos pra dar e vender
E não se deve estranhar
se a escassez do produto,
levar potência estrangeira
a construir aguaduto
até por baixo do mar
a fim de daqui levar
água mais pra seu reduto
Temos de ser otimistas
em qualquer situação
só queremos que alguém
nos indique a direção
faça um cordel bem bonito
ilustrado e bem escrito
e mostre a população
Pois nosso caso é dramático
Não dá pra se brincar
A FALTA D' ÁGUA NO MUNDO
é coisa de arrepiar
se não houver uma ação
até em nossa nação
a água pode faltar"
O poeta João Batista Melo nasceu em Itabaianinha, no estado de Sergipe, em
1938. Após atingir a maior idade mudou-se para diversas cidades até chegar a
Niterói onde permanece até hoje. É membro da Academia Brasileira de Literatura
de Cordel (ABLC) e Academia de Letras da Região Oceânica de Niterói (ALRON).
Expõe e vende suas obras em uma barraca que fica em uma feira no Campo de
São Bento, parque popular existente na cidade, contribuindo assim para a
divulgação da literatura de cordel.
Eu era um lobisomem juvenil – Legião urbana
Luz e sentido e palavra
Palavra é que o coração não pensa.
Ontem faltou água
Anteontem faltou luz
Teve torcida gritando quando a luz voltou
Não falo como você fala
Mas vejo bem o que você me diz.
Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito
E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?
O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explica porque é que não consigo ver sentido
No que sinto, o que procuro, o que desejo e o que faz parte do meu mundo.
O arco-íris tem sete cores
E fui juiz supremo
Vai, vem embora, volta
Todos têm, todos têm suas próprias razões.
Qual foi a semente que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito o que esta acontecendo
E daí, de hoje em diante
Todo dia vai ser o dia mais importante.
Se você quiser, alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui.
Não digo nada, espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei
O que você me falou me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado
Por estar tão preocupado assim?
Mesmo se eu cantasse todas as canções
Todas as canções,
Todas as canções,
Todas as canções do mundo
Sou bicho do mato mas...
Se você quiser alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui.
Ou então não terá jamais
A chave do meu coração.
Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/eu-era-um-lobisomemjuvenil.html#ixzz3c8t9BiA1
Quando eu era um peixinho
água tá dentro do coco, lá no alto do coqueiro
água tá no tanque d'água, lá do carro do bombeiro
água tá em todo lugar
e também voa pelo ar
água nasce na nascente
água tá dentro da gente
essa danada, tá que tá!
aonde mais que ela está?
na cobra d'água
copo d'água
queda d'água
pera d'água
chove, chuva
água fura
lava a mata
lava a rua
tá num pingo d'água
e também na poça d'aguá
no barro (tem água)
no lago (tem água)
no cravo (tem água)
na rosa (tem água)
e no feijão (tem água)
e no arroz (tem água)
e no pão (tem água)
aleeeh eh eh eh eh ai
ah ah-ah, ah ah-ah
quando eu era pequeninho, bem menor que um bebê
eu era como um peixinho na barriga da mamãe
quando eu era pequeninho, bem menor que um bebê
eu era como um peixinho na barriga da mamãe
água tá dentro do coco, lá no alto do coqueiro
água tá no tanque d'água, lá do carro do bombeiro
água tá em todo lugar
e também voa pelo ar
água nasce na nascente
água tá dentro da gente
essa danada, tá que tá!
aonde mais que ela está?
no olho d'água
copo d'água
queda d'água
pera d'água
chove, chuva
água fura
lava a mata
lava a rua
tá num pingo d'água
e também na poça d'aguá
no barro (tem água)
no lago (tem água)
no cravo (tem água)
na rosa (tem água)
e no feijão (tem água)
e no arroz (tem água)
e no pão (tem água, tem água)
aleeeh eh eh eh eh ai
ah ah-ah, ah ah-ah
quando eu era pequeninho, bem menor que um bebê
eu era como um peixinho na barriga da mamãe
quando eu era pequeninho, bem menor que um bebê
eu era como um peixinho na barriga da mamãe
a sujeira
água lava
a poeira
água lava
tá com sede?
toma água
tá na chuva?
molha água
tempestade
trova d'água
lua cheia
sobe a água
lua nova
esconde a água
ta no alto
queda d'água
ta no fundo?
olho d'água
lá no frio
neve é água
no saara?
não tem água
amazonas?
muita água
no tietê?
sujaram a água
no xingu?
é pura a água
no sertão?
poço é água
na cidade?
caixa d'água
água fria?
arrepia
água quente?
queima a gente
água mole em pedra dura, tanto bate até que fura
composição: palavra cantada
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