UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR “Ciência e Educação” ANAIS RESUMOS Centro de Pesquisa 2002 Simpósio multidisciplinar: “Ciência e Educação” (8.: 2002: São Paulo, SP) Anais (resumos) do VIII Simpósio multidisciplinar: Ciência e Educação, São Paulo 20 a 27 de setembro de 2002. São Paulo: USJT; Centro de Pesquisa, 2002. 1. Iniciação científica - Congressos II. Encontro de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT, 1. III. Encontro de arte-terapia da USJT, 2. IV Título. CDD 001.42 RESUMOS Os resumos são de inteira responsabilidade de seus autores e orientadores. VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT "CIÊNCIA E EDUCAÇÃO" SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .........................................................................................................................................................................12 1 ESTUDO DA CARACTERIZAÇÃO DO PADRÃO HEREDITÁRIO DO DIABETES MELLITUS TIPO II EM 711 FAMÍLIAS DO MUNICÍPIO DE OSASCO E REGIÃO - SÃO PAULO, BRASIL..................................................................................................13 2 POLÍTICA DE ESTRUTURA DE CAPITAL: ASPECTOS TEÓRICOS ...........................................................................................13 3 OPÇÕES FINANCEIRAS E OPÇÕES REAIS ...........................................................................................................................13 4 ASPECTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO DE FINANÇAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS .....................................................................................................................................................................14 5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DE EMPRESAS DE NOVAS TECNOLOGIAS ...............................................14 6 TEMAS ATUAIS SOBRE DIREITOS INTELECTUAIS ...............................................................................................................15 7 A TEORIA GERAL DOS CONTRATOS E A LEGISLAÇÃO CIVIL - PÁTRIA E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ...................15 8 ENGENHARIA DO FLUXO DE MATERIAIS (JIT/SMF)........................................................................................................15 9 RELACIONAMENTO COM OPERADORES LOGÍSTICOS: ALIANÇAS ESTRATÉGICAS? ............................................................16 10 O IMPACTO DA GESTÃO DA DEMANDA NA CADEIA DE VALOR NAS EMPRESAS ................................................................16 11 SIX SIGMA NA LOGÍSTICA................................................................................................................................................16 12 PANORAMA DA CIBERARTE NO BRASIL ...........................................................................................................................16 13 TARSILA: "A CAIPIRINHA VESTIDA DE POIRET" ................................................................................................................17 14 O JORNALISMO DA SEMANA DE 22 ..................................................................................................................................17 15 PARANÓIA OU INCOMPREENSÃO?....................................................................................................................................18 16 O ESTILO ART DÉCOR NA SEMANA DE 22........................................................................................................................18 17 INFLUÊNCIA DAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS NO MODERNISMO BRASILEIRO...................................................18 18 O ESPECIALISTA EM LÍNGUA INGLESA ..............................................................................................................................19 19 O PROFESSOR DE INGLÊS E O LETRAMENTO DIGITAL ........................................................................................................19 20 COMO O PROFESSOR DE MÍDIA DIGITAL SE VÊ? ................................................................................................................19 21 ORIENTAÇÕES DE PESQUISA EM LINGÜÍSTICA APLICADA ..................................................................................................19 22 A ESTRUTURA DAS CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS ..........................................................................................................20 23 A ORALIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA A DISTÂNCIA ...........................................................................................20 24 FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO .......................................................................................................20 25 UTILIZAÇÃO DE JOGOS DE REGRAS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA ................................21 26 O ENSINO DE PSICOLOGIA, A FORMAÇÃO DE PSICÓLOGO E A QUALIDADE PROFISSIONAL NA INTERFACE COM A EDUCAÇÃO E SAÚDE ......................................................................................................................................................21 27 A ÉTICA NA FORMAÇÃO E NA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ...................................................................................................22 28 PRÁTICA DO PSICÓLOGO .................................................................................................................................................22 29 NIETZSCHE: EDUCAÇÃO, CULTURA E TEMPO PARA REFLEXÃO .........................................................................................22 30 A TRANSCRIAÇÃO INTERPOÉTICA DE HAROLDO DE CAMPOS: SOBRE A PINTURA DE MARCO GIANNOTTI .........................23 31 MÍDIA, MEMÓRIA E MELANCOLIA ...................................................................................................................................23 32 VIDA ARTIFICIAL: OS HERDEIROS DE FRANKENSTEIN ......................................................................................................23 33 A CIDADE DE SÃO PAULO E SUA IMAGEM .......................................................................................................................24 34 OBSERVAÇÃO DE VISITANTES E AGENTES POLINIZADORES EM CUCURBITACEAE C. MAXIMA, C. PEPO, C. MOSCHATA E HÍBRIDO TETSAKABUTO NO MUNICÍPIO DE CAPELA DO ALTO, SÃO PAULO..................................................24 35 OS CORAIS .....................................................................................................................................................................24 36 RECUPERAÇÃO DE ÁGUAS POLUÍDAS COM DESPEJOS DOMÉSTICOS NA CIDADE DE SÃO PAULO ..........................................25 37 ALIMENTOS TRANSGÊNICOS ...........................................................................................................................................25 38 CARBOIDRATOS NA DIETA E NA ATIVIDADE FÍSICA ..........................................................................................................25 39 TREINAMENTO DE FORÇA EM PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA .........................................................................26 40 IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSE DOS ALUNOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE AS ATIVIDADES EXTRA- CURRICULARES OFERECIDAS PELA USJT.................................................................................................................................................26 41 LAZER E ADMINISTRAÇÃO: A REALIDADE ADMINISTRATIVA DO PARQUE “PREFEITO CELSO DANIEL”, ENQUANTO UMA OPÇÃO DE LAZER, DIANTE DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ, ESTADO DE SÃO PAULO ...........................................................................................................................................................................27 42 AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E SEDIMENTOLÓGICA DE UMA PRAIA ARENOSA DO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ...........................................................................................................................................................................27 43 MANGUEZAL BRASILEIRO - ECOSSISTEMA .......................................................................................................................27 44 GÊMEOS CONJUGADOS - UMA UNIÃO ESPECIAL ...............................................................................................................28 45 EFEITOS DO EL NIÑO E LA NIÑA NO PACÍFICO ................................................................................................................28 46 A QUÍMICA NOS OCEANOS ..............................................................................................................................................28 47 ATAQUES DE TUBARÕES .................................................................................................................................................29 48 ARMAS DE DEFESA E DE ATAQUE NO AMBIENTE MARINHO ...............................................................................................29 49 FREQÜÊNCIA DE MOSCAS (DÍPTEROS) EM ÁREAS DE LIXEIRA HOSPITALAR .......................................................................29 50 DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO .....................................................................................................................30 51 EFEITO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SALVIA SPLENDENS KER GAWL (LAMIACEAE).................................................................................................................................................................30 52 BORBOLETAS QUE OCORREM NO SESC INTERLAGOS EM SÃO PAULO, SP .........................................................................31 53 PROJETO GRAVIOLA .......................................................................................................................................................31 54 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA ..........................................................................................................................................31 55 GENGIBRE, UMA ESPECIARIA FARMACÊUTICA .................................................................................................................32 56 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS)..............................................................32 57 A FUNÇÃO DE COMPLIANCE NAS ORGANIZAÇÕES MODERNAS ...........................................................................................32 58 PROJETO AMEI - ADOLESCENTE EM MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA PARA EDUCAR E INTEGRAR ........................................32 59 APONTAMENTOS SOBRE DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE ............................................................................33 60 PROGRAMA DE ATIVIDADES COMUNITÁRIAS (PAC): PERCURSO HISTÓRICO-PEDAGÓGICO ...............................................33 61 O METABOLISMO DOS LIPÍDIOS NO ORGANISMO ..............................................................................................................34 62 LESÕES TENDINOSAS POR ESFORÇOS REPETITIVOS ...........................................................................................................34 63 A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INDUZIDA PELA GRAVIDEZ ..................35 64 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO CYMBOPOGUN CITRATUS ............................................................................................35 65 ADOÇÃO E REPETIÇÃO: UM ENFOQUE DA TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA NUMA CLÍNICA UNIVERSITÁRIA ..........................35 66 TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO TRATADO COM TÉCNICA DE EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTA ...................35 67 UMA VISÃO PSICOLÓGICA SOBRE EMPREENDEDORISMO ...................................................................................................36 68 É POSSÍVEL ENSINAR EMPREENDEDORISMO?...................................................................................................................36 69 PESSOAS COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS QUE APRESENTAM ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO ....................................36 70 POR QUE OS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO PARA DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS NÃO SÃO SUFICIENTEMENTE EFICAZES? ..........37 71 ÉTICA, CULTURA E CONHECIMENTO: PENSAR A PARTIR DE NOSSO ETHOS .........................................................................37 72 REFLEXÕES SOBRE HIPNOSE ...........................................................................................................................................38 73 AVALIAÇÃO E DESEMPENHO DE PESSOAL ........................................................................................................................38 74 VIDA E OBRA DE REICH ..................................................................................................................................................38 75 JOGOS E BRINCADEIRAS INFANTIS COM CRIANÇAS COM TDAH .......................................................................................39 76 SEXUALIDADE E MODERNIDADE: FORMAÇÃO DAS EXPECTATIVAS QUANTO À PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL .......................39 77 MÚSICA COMO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO SUJEITO-GRUPO .........................................................................................39 78 INCLUSÃO NA ESCOLA PÚBLICA: FALTA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO ................................................................................40 79 PROJETO DE AQUISIÇÃO DO CONCEITO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS EM CRIANÇAS DE DEZ A DOZE ANOS DE IDADE .....................................................................................................................................................40 80 CONSTRUÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR .................................................................................................40 81 ADMINISTRAÇÃO HOLÍSTICA ..........................................................................................................................................41 82 MARKETING PESSOAL.....................................................................................................................................................41 83 MICROCRÉDITO: UMA FORMA ALTERNATIVA DE GERAÇÃO DE RENDA..............................................................................42 84 A INTERNET COMO PARADIGMA EMERGENTE: O IMPACTO DA REDE NAS RELAÇÕES JURÍDICAS E ECONÔMICAS .................42 85 A LIVRE CONCORRÊNCIA ................................................................................................................................................43 86 A ESCRAVIDÃO NA POLÍTICA DE ARISTÓTELES E NA TRAGÉDIA GREGA ............................................................................43 87 FILOSOFIA, EDUCAÇÃO E PAIDÉIA: ESTATUTOS DA PEDAGOGIA NO PROCESSO EDUCACIONAL ...........................................43 88 HERÁCLITO DE ÉFESO: "HARMONIA”E "ARDÊNCIA NA MUDANÇA" ..................................................................................44 89 INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE DEUS EM SPINOZA ..........................................................................................................44 90 O PROBLEMA DO ACESSO EPISTÊMICO AO MUNDO ...........................................................................................................45 91 O DIÁLOGO ENTRE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA SOCIEDADE ...................................................45 92 LÓGICA E SEMÂNTICA EM STUART MILL E FREGE ...........................................................................................................45 93 A INFORMAÇÃO COMO ‘TRÂNSITO’ DE MÍDIA A MÍDIA .....................................................................................................45 94 VOZ, CORPO E CULTURA NA POESIA DE “ÁGUA VIVA” ....................................................................................................46 95 LAMPIÃO E O CATOLICISMO NORDESTINO NA LITERATURA DE CORDEL ............................................................................46 96 A LITERATURA INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO LINGÜÍSTICO DA CRIANÇA ...................................................................46 97 LITERATURAS AFRICANAS: UM MUNDO A SE DESCOBRIR .................................................................................................47 98 HIDROTERAPIA EM PACIENTE MASTECTOMIZADA ............................................................................................................47 99 DORES NA COLUNA ........................................................................................................................................................47 100 O USO DA INFORMÁTICA PELO PROFESSOR ......................................................................................................................47 101 ORGANIZAÇÕES DO ENSINO A DISTÂNCIA: BARREIRAS E OPORTUNIDADES .......................................................................48 102 ANÁLISE DE PONTO DE VENDA (PDV) ............................................................................................................................48 103 BANCO DE DADOS - SCPC E SERASA - LIMITES A SUA ATIVIDADE ......................................................................................49 104 MAL-ESTAR DO DOCENTE E A SAÚDE DO PROFESSOR .......................................................................................................49 105 OFICINAS DE LINGUAGEM NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO .....................................................................................49 106 A NATUREZA POLÍTICA DA PRÁTICA EDUCATIVA E DO SABER NO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE....................................50 107 SABERES E SABORES DIFERENTES: REAPROVEITANDO ALIMENTOS ...................................................................................50 108 O PROCESSO DIAGNÓSTICO DE AVALIAÇÃO .....................................................................................................................50 109 REDESCOBRINDO A ARTE DO FOLCLORE .........................................................................................................................51 110 A ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL ................................................................51 111 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES NO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA CABANA MUNICÍPIO DE BELÉM/PA...............................................................................................................................................51 112 MUDANÇAS DAS CONCEPÇÕES E DAS PRÁTICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA EM FORMAÇÃO ................................52 113 A SEDUÇÃO PEDAGÓGICA COMO POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO COLETIVO ...............................................................52 114 A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA UNIVERSIDADE: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO .........................................................................................................53 115 ANOREXIA NA ADOLESCÊNCIA........................................................................................................................................53 116 PSICODIAGNÓSTICO DE UM CASO DE HISTERIA NA ADOLESCÊNCIA ...................................................................................53 117 COMO DESENVOLVER E ALCANÇAR A AUTOMOTIVAÇÃO..................................................................................................54 118 SAÚDE DO ESCOLAR: PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS NACIONAIS DE PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO E SAÚDE ................54 119 SAÚDE DO INTERNAUTA: ESTADO DA ARTE EM BASES DE DADOS DE PSICOLOGIA E MEDICINA .........................................54 120 CARACTERIZAÇÃO DAS CRIANÇAS SORO-POSITIVAS ATENDIDAS NO CPA DA USJT: UMA POSSIBILIDADE DE (RE)EDUCAÇÃO PSÍQUICA ......................................................................................................................................................55 121 EM BUSCA DE PAISAGENS SONORAS ................................................................................................................................56 122 A LEITURA VISUAL CUBISTA: UMA ANÁLISE FORMAL DA OBRA FÍLMICA ..........................................................................56 123 UMA LEITURA VISUAL EXPRESSIONISTA: O HOMEM E SUAS ANGÚSTIAS DO VIVER URBANO...............................................56 124 ABERTURAS PARA DOCUMENTÁRIO ................................................................................................................................57 125 A MÁSCARA NA FORMAÇÃO DO ATOR CONTEMPORÂNEO .................................................................................................57 126 A AÇÃO DOS AGROTÓXICOS NO MEIO AMBIENTE .............................................................................................................57 127 ARQUITETURA DO MEIO AMBIENTE .................................................................................................................................57 128 MISÉRIA E PROBLEMAS AMBIENTAIS ...............................................................................................................................58 129 SAÚDE PÚBLICA: UMA REFLEXÃO ...................................................................................................................................58 130 MEU INESQUECÍVEL PROFESSOR .....................................................................................................................................58 131 A MISSÃO PROFÉTICA DA EDUCAÇÃO .............................................................................................................................58 132 COMO UTILIZAR O JORNAL EM SALA DE AULA .................................................................................................................59 133 MEU PROFESSOR INESQUECÍVEL .....................................................................................................................................59 134 RUDOLF STEINER E A PEDAGOGIA WALDORF .................................................................................................................59 135 APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE APRENDIZADO COMPUTACIONAL PARA O ENCONTRO DE MARCADORES GÊNICOS ..................60 136 ESPECIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA BIOINFORMÁTICA EM CÓDIGO ABERTO ................................61 137 INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA SUPORTE AO OFERECIMENTO DE CURSOS, ENFOCANDO O PLANEJAMENTO, A EXECUÇÃO E O CONTROLE ATRAVÉS DE UM AMBIENTE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA .........................................................61 138 O PROCESSO CRIATIVO NA CULTURA OCIDENTAL ............................................................................................................61 139 FARADAY E A INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA: ANALISANDO UM CASO DE DESCOBERTA EM CIÊNCIA .................................62 140 DESVALORIZAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL INCENTIVANDO O APRENDIZADO ..................................62 141 EDUCAÇÃO BASEADA NA WEB ........................................................................................................................................62 142 DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMÁTICA ATRAVÉS DO LINUX ..............................................................................................62 143 BIOMETRIA: IDENTIFICAÇÃO PELA ÍRIS ...........................................................................................................................63 144 SNIFFER .........................................................................................................................................................................63 145 SEMÁFORO INTELIGENTE ................................................................................................................................................63 146 SISTEMA DE ATENDIMENTO E CONTROLE DE UMA REDE DE HOTÉIS ..................................................................................64 147 PROPOSTA DE “SOFTWARE” DE MONITORAMENTO DE “PERFORMANCE” DE REDE .............................................................64 148 COMPARTILHADOR DE CONEXÕES...................................................................................................................................64 149 CRUEP: CONTROLE REMOTO UNIVERSAL COM EVENTOS PROGRAMÁVEIS.......................................................................65 150 SOFTWARE AVALIAÇÃO DE CANTOR DE KARAOKÊ ...........................................................................................................65 151 SOLUÇÃO DE E-VESTIBULAR ..........................................................................................................................................65 152 CONVERSOR SERIAL RS232 - TCP/IP ............................................................................................................................65 153 PSICODIAGNÓSTICO DE UM CASO DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA ...........................................................................................65 154 HOTÉIS DIFERENCIADOS .................................................................................................................................................66 155 A INVENÇÃO DO HOMEM POR SHAKESPEARE, SEGUNDO HAROLD BLOOM .......................................................................66 156 METODOLOGIA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: A FORMAÇÃO DE CONCEITOS COTIDIANOS E CONCEITOS CIENTÍFICOS COMO ALICERCES DE UM MODELO PEDAGÓGICO ..........................................................................................67 157 EDUCAÇÃO FÍSICA E PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES ......................................................................................................67 158 DO SABER-FAZER AO SABER E FAZER ..............................................................................................................................68 159 A EDUCAÇÃO PELA ARTE E PELA POESIA NA MÍDIA DIGITAL .............................................................................................68 160 AS LINGUAGENS TECNOLÓGICAS NA SALA DE AULA ........................................................................................................68 161 O VERBO “SABER” E OS ENUNCIADOS DISPOSICIONAIS EM RYLE......................................................................................68 162 O BRASIL E A SAÚDE PÚBLICA: ALGUNS ELEMENTOS HISTÓRICOS....................................................................................69 163 PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA: REFLEXÕES E PERSPECTIVAS ........................................................................................69 164 REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DO PSICÓLOGO NA SAÚDE PÚBLICA ...............................................................................69 165 PROMOÇÃO DA SAÚDE: AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL .....................................................................70 166 PROJETO PILOTO DE CERTIFICAÇÃO ELETRÔNICA PARA O NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DA USJT................................70 167 IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE: NOVAS PERSPECTIVAS. DEBATES TEÓRICO-METODOLÓGICOS .........................................70 168 FORMA LÓGICA, HOLISMO E CONDIÇÕES DE VERDADE .....................................................................................................71 169 COMÉRCIO ELETRÔNICO: UMA NOVA FORMA DE FAZER NEGÓCIO?...................................................................................71 170 VIDA E OBRA DE SIGMUND FREUD ..................................................................................................................................72 171 O USO DE COMPUTADORES NO ENSINO FUNDAMENTAL: OS PONTOS DE VISTAS DE PROFESSORES DE 1ª À 4ª SÉRIES SOBRE AS INFLUÊNCIAS DA INFORMÁTICA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR. .........................................................................72 172 USANDO A CRIATIVIDADE NOS RELACIONAMENTOS.........................................................................................................72 173 A HISTÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO ..........................................................................................................................73 IV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USJT (COMUNICAÇÕES) 174 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM LEVANTAMENTO DO CONHECIMENTO SOBRE LIXO E SOBRE RECICLAGEM COM ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL..............................................................................................................................................74 175 ESTUDO SOBRE A CONSTÂNCIA DA VELOCIDADE DA LUZ NA RELATIVIDADE RESTRITA .....................................................74 176 SENSORES ......................................................................................................................................................................75 177 O INTERESSE DE PARTICIPANTES DE TREKKING POR CALÇADO ESPORTIVO: UMA RELAÇÃO ENTRE CONFORTO E ADEQUAÇÃO AO TIPO DE ESPORTE ...................................................................................................................................75 178 REDES NEURAIS: MODELOS E APLICAÇÕES .....................................................................................................................75 179 A CONSCIÊNCIA COMO UM PROCESSO BIOLÓGICO ............................................................................................................75 180 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS DO GUACO (MIKANIA GLOMERATA SPRENG)........................................76 181 A PRÁTICA DA DANÇA DE SALÃO: UMA ANÁLISE DA PRÁTICA COMO ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS ...............................76 182 ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL EM UMA AMOSTRA DE IDOSOS DE SÃO PAULO ......................................................................77 183 BIOINDICADORES DE POLUIÇÃO ......................................................................................................................................77 184 APLICAÇÃO TÉCNICA E JURÍDICA DA CO-GERAÇÃO ..........................................................................................................77 185 TEATRO DE REVISTA: O RIO DE JANEIRO, EM 1877, DE ARTHUR AZEVEDO E LINO D'ASSUNÇÃO ....................................78 186 IMPACTO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO DESENVOLVIMENTO ...............................................................................................78 187 CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL ......................................78 188 RESPONSABILIDADE DO FRANQUEADOR PELOS DANOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR PELO FATO DO PRODUTO ...................79 189 O VOLUNTARIADO NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO: UMA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONHECIMENTO E DE INTERESSE DOS DISCENTES .............................................................................................................................................79 190 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL EM ESCOLAS: UM ESTUDO INTERDISCIPLINAR ......................................................................79 191 O ADOLESCENTE E A LITERATURA BRASILEIRA: DESINTERESSE......................................................................................80 192 ATIVIDADES FÍSICAS PARA INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM INFARTO DO MIOCÁRDIO: OS PONTOS DE VISTA DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................80 193 A CONCEPÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE ESPAÇO NO "DA PINTURA" DE LEON BATTISTA ALBERTI ....................................80 194 MOBILIZAÇÃO ARTICULAR .............................................................................................................................................81 195 ARTE-TERAPIA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DO ALUNO PÓS-GRADUANDO DA USJT .......................................................81 196 MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA E MEIO AMBIENTE: OS ASSUNTOS AMBIENTAIS NA CAPA DA REVISTA VEJA APÓS A ECO-92 .............................................................................................................................................................82 197 A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM NUM SISTEMA CAPITALISTA ...............................................................................................82 IV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USJT (EXPOSIÇÕES) 198 A SIGNIFICAÇÃO EM TEXTO DE RACHEL DE QUEIROZ ......................................................................................................83 199 TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO ENSINO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ................................................................................83 200 ESTUDO DO SUBSTRATO DE PLANTAS CARNÍVORAS DAS FAMÍLIAS NEPENTHACEAE, DROSERACEAE E SARRACENIACEAE ..........................................................................................................................................................83 201 ESTUDO DOS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NA DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEXA ...........84 202 INFIDELIDADE VIRTUAL ..................................................................................................................................................84 203 O PROFETA E O FILÓSOFO ...............................................................................................................................................85 204 DIFICULDADES ESCOLARES NA CONCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE ........................................................................85 205 CRIANÇAS ESPECIAIS E A FAMÍLIA...................................................................................................................................85 206 O NÚCLEO HISTÓRICO NA BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO .................................................................................86 207 AS NECESSIDADES DO MARKETING...................................................................................................................................86 208 A INFLUÊNCIA DOS PROGRAMAS DE TV NO COMPORTAMENTO INFANTIL ..........................................................................86 209 EFEITOS DA MELATONINA NO SISTEMA CARDIOVASCULAR HUMANO ................................................................................87 210 O ESPORTE E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA...................................................................................................87 211 COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE PRODUTIVIDADE E FORMAÇÃO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO .....................87 212 O SILÊNCIO DA ARTE ......................................................................................................................................................87 213 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: FICÇÃO OU REALIDADE? .......................................................................................................88 214 ANÁLISE FUNCIONAL DOS CONTROLADORES CARDÍACOS SEGUNDO A LEI DE FRANK STARLING PARA A CONSTRUÇÃO DE ÓRGÃOS ARTIFICIAIS E SIMILARES USADOS NO SISTEMA CIRCULATÓRIO .................................................88 215 A TECNOLOGIA EDUCACIONAL E A EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................88 216 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................................................89 217 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA .........................................................................................................89 218 A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE UM PROJETO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE .............................................................90 219 GLOBALIZAÇÃO E A DEMOCRACIA NO BRASIL.................................................................................................................90 220 A INFLUÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS NA CONSTITUIÇÃO DO OBJETO PERMANENTE ........................................91 221 PATOLOGIA CELULAR LESÃO E MORTE DA CÉLULA ÓSSEA ...............................................................................................91 222 PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO: ENVELHECIMENTO X DESENVOLVIMENTO HUMANO ..................................................91 223 O PAPEL DAS CADEIAS OCULTAS DE MARKOV NO RECONHECIMENTO DE VOZ ..................................................................92 224 DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE X VIOLÊNCIA FAMILIAR ...............................................................................92 225 O ÂMAGO DA DÍVIDA INTERNA MOBILIÁRIA E UMA ANÁLISE ACERCA DOS ESFORÇOS EM MINISTRÁ-LA VIA RIGIDEZ FISCAL ...........................................................................................................................................................................93 226 A RESPONSABILIDADE CIVIL NOS ATOS ILÍCITOS..............................................................................................................93 227 UMA NOVA PERSPECTIVA NO ESTUDO DA FILOSOFIA .......................................................................................................93 228 A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS NOS PACIENTES COM DOENÇAS NEUROMUSCULARES PARA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA .................................................................................................................................93 229 ANÁLISE DA EFECIÊNCIA DE UMA USINA TERMELÉTRICA OPERANDO ATRAVÉS DO USO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA EM CICLO COMBINADO .....................................................................................................................................94 230 A PERCEPÇÃO DA MÃE SOBRE O PAPEL DA BABÁ DA CRECHE ...........................................................................................94 231 DIALETOLOGIA NO BRASIL .............................................................................................................................................95 232 ASPECTOS DA CONSTITUCIONALIDADE E LEGALIDADE DA RESOLUÇÃO 257/99 ................................................................95 233 ANSIEDADE AO FALAR EM PÚBLICO SOB A ÓTICA DA PSICANÁLISE ...................................................................................95 234 UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NO ENSINO ......................................................................................................................95 235 DIREITO AUTORAL E SUAS CONCEPÇÕES PATRIMONIAIS E MORAIS ...................................................................................96 236 O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA: NOVAS DEMANDAS PARA A PSICOLOGIA ............................................96 237 FILOSOFIA, LINGUAGEM E MÚSICA ..................................................................................................................................96 238 DIREITO AMBIENTAL E A RESPONSABILIDADE ESTATAL ...................................................................................................97 239 AS RELAÇÕES TRABALHISTAS FRENTE ÀS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS .............................................................................97 240 TESTES PSICOLÓGICOS DE NÍVEL INTELECTUAL ...............................................................................................................97 241 JOGOS DRAMÁTICOS E TEATRAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL COMO MÉTODO DE SOCIALIZAÇÃO ..........................................98 242 PITÁGORAS: UM TEOREMA E SUAS APLICAÇÕES ..............................................................................................................98 243 A INFLUÊNCIA SOCIAL DOS SERMÕES DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA ..................................................................................98 244 A SEMIÓTICA DA FOTOGRAFIA NO JORNALISMO IMPRESSO...............................................................................................99 245 A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA PÁGINA PARA O CONSUMO DA INFORMAÇÃO .....................................................................99 246 AS PROPAGANDAS SUBLIMINARES ................................................................................................................................100 247 O CONCEITO TRADICIONAL DE TÍTULO DE CRÉDITO EM FACE DO COMÉRCIO ELETRÔNICO ...............................................100 248 PLANEJAMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL: EM BUSCA DE CASOS CONCRETOS DE SUCESSO NO BRASIL ..........................100 249 A PESQUISA DE MERCADO NO SETOR AUTOMOBILÍSTICO BRASILEIRO .............................................................................101 250 FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E RELIGIÃO.......................................................................................................................101 251 O APRENDIZADO DA LINGUAGEM E A FORMAÇÃO DE CONCEITOS NA CONTEMPORANEIDADE ..........................................102 252 A COMUNICAÇÃO ENTRE PESSOAS COM SISTEMAS SENSORIAIS DISTINTOS ......................................................................102 MOSTRA CURSO DE LETRAS EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL .................................................103 I MOSTRA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL ..................................105 IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO .................................................................................................................................107 I MOSTRA DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO ..............................................................................................................................113 EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS DOS ALUNOS DO 3º ANO DO CURSO DE ARTES PLÁSTICAS ......................................................114 ÍNDICE POR AUTOR (RESUMOS) .............................................................................................................................................115 ÍNDICE POR AUTOR (MOSTRAS/EXPOSIÇÕES) ........................................................................................................................118 EXPEDIENTE ............................................................................................................................................................................120 12 APRESENTAÇÃO É com satisfação que apresentamos os ANAIS(RESUMOS) do VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU (USJT), realizado de 20 a 27 de setembro de 2002. Os ANAIS apresentam tanto os resumos dos trabalhos apresentados e entregues para publicação, quanto o registro, por autor e título, dos demais trabalhos. O SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT acontece, anualmente, desde 1995. Tem como finalidade propiciar um espaço para a divulgação da produção científica e cultural, desenvolvida principalmente por professores e alunos da USJT, embora seja aberto à participação externa. Alguns números da oitava edição do SIMPÓSIO mostram que tal objetivo tem sido plenamente cumprido: a) sob a forma de comunicação oral, 230 trabalhos foram apresentados, envolvendo 460 autores; b) sob a forma de exposições e/ou painéis, 310 trabalhos foram apresentados, envolvendo 480 autores. Ademais, diversas atividades são realizadas durante o SIMPÓSIO, com o intuito de promover a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Neste ano aconteceram os seguintes eventos: ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ II ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DA USJT III ENCONTRO DE ARTE-TERAPIA DA USJT IV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DA USJT MOSTRA DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL ESCRITOS PELOS ALUNOS DO CURSO DE LETRAS XII CONCURSO DE POESIA DA USJT I MOSTRA DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO I EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL O tema central do VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR foi “CIÊNCIA E EDUCAÇÃO”. Ingressando em uma nova fase no que diz respeito à produção de conhecimento, a escolha reflete uma preocupação crescente da USJT, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e PósGraduação, com o debate sobre o significado da pesquisa científica. Desde o I SIMPÓSIO os temas, em sua maioria, refletem, direta ou indiretamente, essa preocupação: A Pesquisa na Universidade Particular (1995); A Integração Universidade–Comunidade (1996); Ensino Profissionalizante X Formação de Cientistas (1997); O Computador a Serviço do Cientista (1998); A Legislação da Educação Superior: Ensino, Pesquisa, Extensão (1999); Educação a Distância (2000); O que é Ciência, afinal? (2001). Debruçar-se na análise sobre o sentido da ciência, na sua interface com a educação, reitera e coloca o debate na sua essência, mostrando uma progressiva maturidade da comunidade universitária frente a esse desafio: produzir e transmitir conhecimento. PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO/CENTRO DE PESQUISA 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 13 VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 1 ROSÁRIO, H. B. (professor e coordenador do curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Biologia Molecular - USJT); SCHNEIDER, C. V. B. (bióloga e especialista em Biologia Molecular - USJT). ESTUDO DA CARACTERIZAÇÃO DO PADRÃO HEREDITÁRIO DO DIABETES MELLITUS TIPO II EM 711 FAMÍLIAS DO MUNICÍPIO DE OSASCO E REGIÃO - SÃO PAULO, BRASIL O diabetes mellitus é uma alteração metabólica crônica e generalizada caracterizada por hiperglicemia, glicosúria, aumento da degradação de proteínas, cetose e acidose (SEINO, 1996). É classificado em: juvenil ou tipo I (insulino dependente) e tipo II (não insulino dependente) (SANNAZARO, 1984). Geralmente, o tipo I afeta jovens e o tipo II adultos com mais de 40 anos, 2 a 5% da população adulta (ALMEIDA, 1997). Foram identificados 490 marcadores genéticos nos cromossomos 7, 12 e 20. A herança mitocondrial é rara (MAASEN, 1997). Objetivos: determinar a freqüência de diabéticos tipo II, em 711 famílias; o número médio de diabéticos por família; o provável padrão de herança genética do diabetes nas famílias; a idade em média de manifestação do diabetes; e a freqüência da origem ocidental ou oriental dos diabéticos. Material e método: o estudo das 711 famílias foi realizado em três campanhas de detecção do diabetes e orientação genética na FIEO, em 1998 e 1999. Representantes de cada família responderam a um questionário constando origem étnica- ocidental ou oriental - e nacionalidade, a idade do paciente, idade quando da manifestação do diabetes, sexo, uso de medicamentoinsulina ou não - e dieta orientada. Através da genealogia de cada família foi determinado o provável padrão de herança genética, o risco de ocorrência e a freqüência de diabéticos tipo II nas 711 famílias (segundo OTTO, 1998). Resultados e conclusões: das 711 famílias estudadas, 397 ou 55,83%, tinham diabéticos mellitus tipo II. As famílias eram constituídas por 4.562 indivíduos, dos quais 830, ou 18,19%, tinham a doença (5% da população tem diabetes tipo II, segundo ALMEIDA, 1997). O número médio de diabéticos por família foi de 2,1%. O padrão de herança genética do diabetes mellitus tipo II foi em 97,9% dos casos, autossômico recessivo- o mais freqüente de acordo com LIMA, 1996. A herança genética dos 2,1% dos demais casos não ficou bem caracterizada. A idade de manifestação do diabetes foi, em média, aos 51 anos (de acordo com VELHO, 1996). Entre os diabéticos, 96,3% eram de origem ocidental e 3,7%, oriental. Palavras-chave: diabetes mellitus, alteração metabólica, diabéticos. 2 NAKAMURA, Wilson Toshiro (professor do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT). POLÍTICA DE ESTRUTURA DE CAPITAL: ASPECTOS TEÓRICOS Um dos assuntos mais importantes no campo de finanças está relacionado à teoria de estrutura de capital que é entendida como a composição do lado direito do balanço da empresa em termos de dívidas e ações, ambos avaliados a preços de mercado. Através da estrutura de capital da empresa, mede-se o grau de endividamento das empresas, ou seja, o quão endividada é uma empresa numa determinada data e ao longo do tempo. O trabalho que representa um marco no campo da estrutura de capital é o produzido por Franco Modigliani e Merton Miller que publicaram, em 1958, um artigo em que demonstram conceitualmente que, em um mundo no qual o mercado é perfeito, tanto faz adotar-se uma política de alto ou baixo endividamento. Entende-se por mercado perfeito aquele em que, dentre outras características, não há impostos e custos de transação e todos os participantes podem emprestar e tomar emprestado a uma mesma taxa de juros livre de risco. Modigliani e Miller descobriram, ainda, que o retorno exigido pelos investidores em ações é diretamente proporcional ao grau de endividamento da empresa. Dessa forma, à medida que os acionistas suportam maior risco, por conta do maior endividamento da empresa, acabam exigindo um retorno mais elevado. Os autores escreveram um outro artigo, em 1963, relaxando a suposição de inexistência de impostos na economia. Concluíram que as empresas, por conta das economias fiscais geradas pelo uso de dívidas, deveriam trabalhar com uma estrutura de capital altamente alavancada. Esses estudos preliminares permitiram desenhar aquilo que passou a ser denominada de “teoria do trade off”, que considera os efeitos em sentido contrário de duas forças: por um lado as economias fiscais acima mencionadas e, por outro, os custos de falência esperados. Outras abordagens teóricas têm sido desenvolvidas no campo da teoria de estrutura de capital. Uma delas leva em conta os custos de agência, que decorrem principalmente do conflito de interesses entre acionistas e credores. Outra abordagem reconhece a assimetria de informações entre os administradores e os investidores do mercado, de tal modo que anúncios relevantes de emissão de títulos e ações são encarados como transferência de informações para o mercado. Na esteira da abordagem de assimetria de informação, surgiu a “teoria do pecking order” que conclui que as decisões de estrutura de capital são baseadas numa hierarquia de alternativas de obtenção de recursos. Em primeiro lugar, as empresas preferem utilizar-se de recursos gerados internamente. Em segundo lugar, preferem a emissão de novas dívidas, e só em terceiro lugar colocam como alternativa a emissão de novas ações, justamente por conta dos efeitos negativos que o anúncio da emissão de novas ações tem sobre o preço das próprias ações da empresas. Palavras-chave: estrutura de capital, “teoria do trade off”, custos de agência, assimetria de informação. 3 NAKAMURA, Wilson Toshiro (professor do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT). OPÇÕES FINANCEIRAS E OPÇÕES REAIS 14 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 Opções são instrumentos financeiros que dão ao seu titular o direito de exercer a compra (ou a venda) de um ativo financeiro especificado por um preço e por um período previamente determinados. As opções são consideradas a principal modalidade de derivativo, principalmente, porque permitem transformar operações financeiras rígidas em operações altamente flexíveis e de acordo com os interesses das partes interessadas. As opções mais conhecidas no mercado são as opções de ações (de compra e de venda) que são negociadas em bolsas de valores ou em bolsas específicas de opções e futuros. As opções de ações têm como ativo subjacente ações determinadas, normalmente bastantes negociadas no mercado à vista. Além das opções de ações, merecem destaque as opções de taxa de câmbio e as opções de taxa de juros, ambas modalidades bastante importantes no contexto atual do mercado de títulos de dívida. Para fins de precificação de opções financeiras, dois modelos são normalmente abordados, a saber: modelo binomial e modelo Black-Scholes. O primeiro considera períodos discretos, enquanto que o segundo trabalha com períodos contínuos. O modelo Black-Scholes representa uma das grandes descobertas no campo das finanças modernas. Mais recentemente, ganhou importância a discussão sobre opções reais, que envolvem o mesmo conceito das opções financeiras, porém levando em conta o contexto empresarial. Vários projetos de investimentos de capital possuem opções reais “escondidas”, cabendo aos especialistas e avaliadores de projetos identificá-los e mensurá-los adequadamente. Tais opções reais podem ser de alguns tipos: opção de expansão, opção de abandono, opção de adiamento e opção de flexibilidade operacional. Muitas situações, em que se faz uso do argumento de opções estratégicas na avaliação de investimentos de capital na verdade, referem-se a opções a serem exercidas no futuro que podem se tornar, inicialmente, inviáveis em projetos com valor presente líquido positivo. Palavras-chave: opções financeiras, opções reais, modelo binomial, modelo Black-Scholes. 4 NAKAMURA, Wilson Toshiro (professor do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT). ASPECTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO DE FINANÇAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Embora as disciplinas de finanças estejam fortemente integradas com outras disciplinas dos cursos de Administração de Empresas, inegavelmente as mesmas possuem características diferenciadas que as destacam de todas as outras. Em primeiro lugar, as disciplinas de finanças possuem uma forte relação com os conhecimentos obtidos em outros cursos, a saber, Ciências Contábeis e Economia. Seja no campo da administração financeira, seja no campo de investimentos, os alunos necessitam possuir uma base sólida de conhecimentos de contabilidade financeira e gerencial, bem como de teoria econômica, principalmente ligada à microeconomia. Em segundo lugar, os conhecimentos de finanças exigem uma certa habilidade para tratar com números, haja vista que a teoria e a prática de finanças estão se tornando cada vez mais complexas do ponto de vista matemático e estatístico. Em terceiro lugar, o corpo de conteúdo que pode ser abordado em diversas disciplinas de finanças é tão grande que extrapola a carga horária normalmente dedicada a tais disciplinas. Uma possibilidade que já exploramos em outro trabalho consiste em tornar finanças não um conjunto de disciplinas, mas um curso completo e independente. Outra possibilidade é otimizar o tempo dedicado às disciplinas de finanças ao longo do curso de graduação em Administração de Empresas, de tal modo que o aproveitamento do aluno seja o maior possível, em vista dos requisitos atuais do mercado de trabalho relacionados a grandes e modernas corporações. Os grandes assuntos que necessariamente devem ser abordados são: finanças corporativas, investimentos e ativos derivativos. Finanças corporativas devem explorar todos os conhecimentos de finanças aplicáveis a empresas. Investimentos e ativos derivativos são temas que envolvem um relativo e detalhado conhecimento da estrutura e funcionamento do mercado financeiro, bem como dos modelos de precificação de instrumentos financeiros de uma forma geral. Seja num caso, seja no outro, além de aulas expostas pelo professor deve-se enfatizar fortemente a discussão de conceitos fundamentais e a resolução de problemas e casos. Como recursos pedagógicos complementares devem ser cogitados o uso de modelos em computador que permitem fazer desde cálculos mais simples até mais complexos, a montagem de um laboratório de finanças de mercado em que o aluno pratica operações realizadas no mundo real com algumas simplificações, e, ainda, a construção de um simulador de finanças empresariais, em que o aluno é induzido a verificar em termos práticos as conseqüências naturais de determinadas decisões de política financeira. Palavras-chave: finanças, administração de empresas, recursos pedagógicos. 5 NAKAMURA, Wilson Toshiro (professor do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DE EMPRESAS DE NOVAS TECNOLOGIAS Desde o surgimento das empresas denominadas de novas tecnologias, um grande debate tem existido acerca da forma adequada de avaliá-las à luz dos conceitos fundamentais de finanças. Tais empresas são aquelas que nasceram em função do surgimento de novos negócios em algumas áreas específicas, como por exemplo, Internet e engenharia genética. Principalmente nos Estados Unidos, houve um verdadeiro “boom” de empresas emergentes que, num curto espaço de tempo, lançaram ações no mercado de capitais através de operações denominadas de IPOs (initial public offerings), ou seja, ofertas públicas iniciais de ações. Algumas dessas empresas consolidaram-se como investimentos altamente atrativos, em que pese os movimentos de subida e descida que vêm caracterizando, principalmente, o mercado da NASDAQ, mercado de balcão de ações no qual as negociações são feitas através de meios eletrônicos. Algumas empresas de novas tecnologias mantêm, hoje em dia, valores de mercado que atingem cifras na grandeza de bilhões de dólares, como, por exemplo, são os casos da Amazon, America On Line e Yahoo!. Os preços das ações experimentaram variações espetaculares por conta do alto potencial percebido pelo mercado em relação à capacidade de tais empresas em gerar lucros crescentes ao longo do tempo. A questão que queremos explorar está relacionada à metodologia de avaliação das ações . É sabido que modelos tradicionais, tipo CAPM e modelo de Gordon, não são adequados para tais tipos de empresas, porque as mesmas se caracterizam por uma alta incerteza comparativamente a outras ações de setores mais tradicionais da economia. A solução que vem sendo discutida na literatura especializada consiste em usar a teoria de opções, encarando o capital próprio dessas empresas como se fossem “call options”. Opções são instrumentos derivativos que possuem, por natureza, risco elevado comparativamente a outros 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 15 instrumentos tradicionais. O principal modelo desenvolvido na teoria financeira para se avaliar opções é chamado de modelo Black-Scholes. Poderíamos, portanto, usar a fórmula do modelo Black-Scholes para avaliar as ações de empresas de novas tecnologias, reconhecendo que elas possuem ativos mais voláteis do que outras. Após um certo período de experiência, poderíamos aquilatar relativamente bem o nível de volatilidade inerente aos ativos de empresas de novas tecnologias. Caso haja muita dúvida em relação ao padrão de volatilidade dessas empresas, poderíamos analisar estatisticamente a relação entre aquelas de setores específicos e de novas tecnologias. Por exemplo, a Amazon é uma empresa de comércio eletrônico que comercializa livros, CDs e DVDs, principalmente. É razoável supor que tal empresa tenha fundamentos operacionais relacionados aos fundamentos de empresas de comércio de livros, de tecnologia de Internet, além de serviços de entrega rápida. Se for difícil basear-se nos fundamentos de negócios originais, como é o caso de negócios absolutamente inovadores e que representam ruptura em relação a tudo aquilo que já se fez no passado, então sugerimos tratar a avaliação das ações a partir de novas teorias e cálculos avançados como, por exemplo, a teoria do caos e cálculo estocástico. Palavras-chave: empresas de novas tecnologias, avaliação de ações, teoria de opções. 6 KAZAMA, Tony Tsuyoshi (professor da Graduação e da Pós-Graduação no nível de especialização da Faculdade de Direito da USJT); ESTEVÃO, Tatiana Pagliarussi (aluna da Pós-Graduação no nível de especialização em Direito Empresarial da Faculdade de Direito da USJT; graduada em Direito pela USJT). TEMAS ATUAIS SOBRE DIREITOS INTELECTUAIS A categoria dos direitos intelectuais, recentemente, acrescidos às categorias clássicas de direitos, ao lado dos direitos de personalidade, vem ganhando destaque em razão da evolução tecnológica, em especial, pela criação de novos suportes, meios e processos de difusão e exploração das criações intelectuais humanas, sejam os de caráter estético, destinados à sensibilização do homem ou do seu espírito; sejam os de caráter utilitário, que visam à solução prática de problemas quotidianos do homem e para sua sobrevivência. Dentre os vários aspectos relevantes que envolvem os direitos intelectuais, três são pinçados em virtude da atualidade: primeiramente, os aspectos éticos na exploração da biotecnologia, notadamente com relação ao reconhecimento, pela atual Lei de Propriedade Industrial, da patenteabilidade dos microorganismos transgênicos; o que, forçosamente, está a gerar muitos investimentos em pesquisa e desenvolvimento dessas criações para exploração monopolística, decorrendo, daí, perquirirem-se os limites éticos do progresso científico, em confronto com os interesses econômicos implicados; em segundo plano, a proteção dos direitos intelectuais na Internet, considerando-se o veículo mediático caracterizado como o mais democrático na difusão de informações e conhecimento e a ausência de sua regulamentação que, também, está a gerar inúmeros problemas relacionados à concorrência desleal, principalmente através dos atos confusórios, dentro da modalidade de "e-commerce"; e, por último, a previsão legal da licença compulsória na exploração de patentes de invenção e modelo de utilidade, analisando-se as hipóteses legais de sua concessão pela autoridade estatal e as condições de exercício dessa licença compulsória, abordando, ainda, a questão da legitimação da importação paralela de bens colocados no mercado exterior com autorização do titular da patente. Palavras-chave: direitos intelectuais, direitos de autor, propriedade industrial, biotecnologia, Internet, quebra de patente, importação paralela. 7 BOLONHINI JÚNIOR, Roberto (professor de Graduação e Pós-Graduação do Curso de Direito da USJT, mestre e doutorando em Direito Civil pela PUC-São Paulo). A TEORIA GERAL DOS CONTRATOS E A LEGISLAÇÃO CIVIL - PÁTRIA E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR O presente trabalho visa a demonstrar a importância da Teoria Geral dos contratos, regulada pelo Código Civil de 1916, nos artigos 1.079 a 1.121; pelo Código Civil de 2002 (Lei n. 10.406) nos artigos 427 a 480, e pela Lei n. 8.078/90. Em uma apertada síntese, deve-se salientar que a teoria geral referida trata do conceito de contrato, dos seus requisitos de existência e de validade, dos princípios norteadores dos contratos, dos pressupostos de formação, dos efeitos particulares etc. Comparada à legislação civil- pátria, serão demonstradas as eventuais modificações ocorridas no Código Civil de 2002; visto que, respeitado o período de “vacatio legis” sem alterações legislativas, no ano vindouro, o Brasil terá uma nova legislação civil vigente. Em muitos aspectos da teoria geral mencionada, o legislador do terceiro milênio manteve a mesma linha de pensamento doutrinário do legislador de 1916; mas é, indubitável, como foi dito, que algumas alterações ocorreram; a título de exemplo: o contrato por terceiro a declarar e os prazos decadenciais dos vícios redibitórios. Finalizando, impossível seria não tecermos comentários a respeito do Código de Defesa do Consumidor, isto é, os princípios e regras da Teoria Geral dos contratos na relação de consumo, evidenciando sua importância no novo milênio. Palavras-chave: contratos, civil, consumidor. 8 SILVA, Sílvio Madureira da (administrador de empresas; Pós-Graduação Lato Sensu em Logística Integrada à Controladoria e Negócios – FIPECAFI-FEA/USP; responsável pelo Planejamento Estratégico da Logística na Ford Motor Company do Brasil). ENGENHARIA DO FLUXO DE MATERIAIS (JIT/SMF) As indústrias, em sua maioria, mobilizam materiais na cadeia logística desde o fornecedor até o produto final. A Engenharia do Fluxo de Materiais envolve o desenvolvimento e implementação de processos logísticos, tais como, “Just In Time” (JIT), “Kanban” (pull system), Seqüenciamento, Pré-Seqüenciamento, Utilização de Kit's, Células Modulares etc. Um outro processo que vem sendo utilizado é o SMF (Fluxo Sincronizado de Materiais) que abrange o mapeamento de todas as peças, desde a doca do fornecedor, recebimento, abastecimento de linha de montagem até a expedição do produto acabado. Serão tratadas as formas de dimensionar os estoques; as vantagens, as regras e o funcionamento de cada um dos processos logísticos relacionados aos fluxos de materiais. Palavras-chave: materiais, processos logísticos, estoque. ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 16 2002 9 ROBLES, Léo Tadeu (economista; mestre e doutor em Administração de Empresas pela FEA/USP; pesquisador do Centro de Pesquisa em Logística Integrada à Controladoria e Negócios – FIPECAFI – FEA/USP; professor em cursos de Pós-Graduação e Graduação em Administração de Empresas; consultor nas áreas de Marketing, Projetos, Transportes e Logística; coordenador do Pós-Graduação Lato Sensu em Logística Integrada à Controladoria – USJT). RELACIONAMENTO COM OPERADORES LOGÍSTICOS: ALIANÇAS ESTRATÉGICAS? A indústria automotiva tem se notabilizado, no mundo, como inovadora em práticas gerenciais, principalmente, nas atividades logísticas. Além disso, o setor apresenta-se como benchmarking mundial na adoção de novas formas de produção, de relação com fornecedores e na terceirização de serviços e atividades, anteriormente consideradas essenciais. Dentre essas, destaca-se a logística, que passa a ser contratada de empresas especializadas, denominadas operadores logísticos. A importância estratégica dos serviços logísticos contratados, os longos e exigentes processos de contratação, a duração dos contratos firmados e a dificuldade e custos envolvidos na substituição de contratados poderiam indicar que a relação entre as montadoras e operadores logísticos se caracterizaria como de parcerias ou alianças estratégicas. Essa hipótese foi objeto de tese recente do autor, desenvolvida junto às empresas automotivas, montadoras de automóveis de passeio no Brasil, quandoforam descritas as práticas atuais de relacionamento com operadores logísticos realizadas no referido segmento. Palavras-chave: logística empresarial, indústria automotiva, alianças estratégicas e operadores logísticos. 10 DAVIDOVICI, Fábio [engenheiro civil pela POLI/USP; pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV/SP e pós-graduado pela APICS (American Production and Inventory Society) Supply Chain Controller das Editoras Ática e Scipione). O IMPACTO DA GESTÃO DA DEMANDA NA CADEIA DE VALOR NAS EMPRESAS A Gestão da Previsão de Vendas está diretamente ligada ao sucesso do negócio e à sustentação de uma vantagem competitiva. É através da Previsão da Demanda que toda a cadeia de suprimentos é planejada (Planejamento de Produção, Políticas de estoque, Gestão do chão de fábrica, Suprimentos, etc...). Um erro significativo nessa previsão pode gerar grandes prejuízos no resto da cadeia. Os impactos potencialmente negativos são: custos de estocagem (financeiro e armazenagem) e os custos das vendas perdidas devido ao “Stock out”. A demanda pode ser classificada como independente e dependente. A independente comporta-se em função da demanda do mercado e a dependente sempre é função da primeira. A demanda dependente, atualmente, é determinada pelo sistema “MRP” que foi o embrião do ERP. Temas importantes serão abordados com enfoque em casos práticos, tais como: a demanda e o modelo das forças competitivas de Michael Porter, o impacto da Internet e a Gestão da Demanda com os sistemas Business to Business (B2B) e Business to Consumer (B2C), o conflito de interesses entre as diversas áreas da empresa em função da Previsão da Demanda (Finanças, Marketing e Produção) etc. Palavras-chave: cadeia de valor, vantagem competitiva, previsão de demanda. 11 MIGUEL, Emerson (bacharel em Propaganda e Marketing; pós-graduado em Logística Integrada à Controladoria e Negócios – FIPECAFI-FEA/USP; supervisor de Pré-Produção e Black-Belt do Projeto 6 Sigma em Logística da Ford Motor Company Brasil). SIX SIGMA NA LOGÍSTICA Como implementar o plano estratégico, melhorar a qualidade, melhorar os custos e prazos e ainda manter foco no cliente? Uma das alternativas é implantar um projeto 6 Sigma voltado para o consumidor.O 6 Sigma é uma metodologia, uma mudança de cultura que busca a satisfação do cliente, reduzindo as variações dos processos e produtos. É baseado no desvio padrão da curva estatística normal; focado na melhoria da satisfação do cliente, na redução de defeitos e desperdícios; visa a utilizar os melhores recursos, dedicados 100%. É um sucesso na maioria das empresas que o utilizaram, sendo considerado uma iniciativa da liderança. Para aplicar a metodologia são definidos projetos, nos quais são utilizadas ferramentas de qualidade e técnicas estatísticas, seguindo o princípio do DMAIC (Define, Measure, Analize, Inprove e Control). Esses projetos são escolhidos através de um check list e sempre têm como principal objetivo a satisfação do cliente. As metas do 6 Sigma são: aumento da satisfação do cliente; redução de defeitos; melhoria de rendimento; aumento do valor para o acionista; e melhoria da imagem da empresa. Serão descritos alguns dos potenciais ganhos com utilização do projeto 6 Sigma na Logística. Palavras-chave: qualidade, custos, prazos e cliente. 12 ARANTES, Priscila (professora de Pós- Graduação no curso de Criação Visual e Multimídia da USJT). PANORAMA DA CIBERARTE NO BRASIL Já se tornou lugar comum a constatação de que as novas tecnologias e os meios de comunicação de massa trouxeram consigo uma modificação na nossa visão sobre o espaço. Para Philippe Quéau assistimos a uma paródia da revolução copernicana de Kant, só que aqui não se trata mais da ordem dos conceitos, mas da produção de imagens significantes. Para Kant o espaço é uma representação necessária “a priori”: condição prévia da relação entre sujeito e objeto. Para nós, trata-se de admitir que o espaço é, no mínimo, um dado relativo, não mais um fundamento prévio do real. Converte-se em um referente modelizável; um espaço virtual, eletrônico, imaterial, em constante movimento. De Lyotard a Paul Virilio, o espaço parece esfarelar-se tornando-se um abstrato que troca sua imobilidade por uma mobilidade virtual: "...ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou, antes, de direções movediças", dirá Deleuze. Com a revolução da informática, o advento do computador e das tecnologias digitais e numéricas e, conseqüentemente, desse novo espaço nômade, fluído, nasce uma nova cultura, a cibercultura, e, no seio dela, encontram-se as produções em ciberarte. Uma das características determinantes dessa nova arte tem sido a interatividade, qualidade que permite através de interfaces como “mouses”, teclados, luvas, capacetes, óculos, sensores, câmeras, o homem conectar-se com as máquinas. Surge aí uma arte em que o antigo espectador troca a relação contemplativa diante do objeto artístico por uma relação interativa, vivida durante um processo de descobertas em 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 17 tempo real. Com as tecnologias numéricas não se trata somente de uma participação na construção do sentido, como nas artes participacionistas dos anos 60, mas, realmente, de uma espécie de co-produção da obra, desde que o usuário é chamado a intervir diretamente, a fazê-la acontecer. A obra interativa é modificada em tempo real dando respostas instantâneas para quem a experimenta: ela se dá nesse fluxo, nesse contato e diálogo que estabelecemos com a máquina. As experimentações em ciberarte vêm crescendo no Brasil nos últimos anos. Desde o início dos anos 90, uma série de artistas brasileiros estão desenvolvendo trabalhos na área, subvertendo os conceitos tradicionais da estética. Questionar as distâncias espaçotemporais, criar ambientes que ampliam o campo perceptivo do "espectador" bem como criar espaços específicos de cooperação nos quais os usuários experimentam, compartilham, transformam e intensificam maneiras de sentir e ver o mundo. Até mesmo problematizar questões da área da Biologia, no fazer artístico, tem sido a tônica da ciberarte no país. Ciberinstalações, cibercenários, ambientes em realidade virtual, sistemas multiusuários, telepresença, teleperformances, robótica, vida artificial, trabalhos “on e off line” são algumas das formas que os artistas brasileiros vêm trabalhado com o ciberespaço. Em tal sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um breve panorama da ciberarte brasileira: trabalhos que têm colocado a arte brasileira dentro das produções mais instigantes do panorama internacional. Palavras-chave: arte, ciberarte, cultura e virtual 13 ALMEIDA, Sandra Estefânia de (aluna de Pós- Graduação em História da Arte - USJT, graduada em Moda pela Universidade Paulista). TARSILA: "A CAIPIRINHA VESTIDA DE POIRET" No início do séc. XX o Brasil ainda sofria muita influência da cultura européia; tudo era feito de acordo como acontecia lá. Aliás, quase tudo se trazia da Europa, desde mobiliário, louças, peças artísticas, figurinos, roupas e até comportamento. A sociedade paulistana se espelhava na cultura européia para sentir-se prestigiada, elegante e educada. Era preciso mostrar que nosso país estava a par do que acontecia do outro lado do oceano atlântico e, por isso, merecia ser respeitado e admirado. Em meio a tanta fidelidade aos cânones europeus, em 1922, um grupo de jovens inquietos, motivados pelo progresso da cidade de São Paulo após a 1ª Guerra Mundial, a repercussão ainda presente da exposição de Anita Malfatti em 1917 e a comemoração dos 100 anos da Independência do Brasil, insistem em criar algo eminentemente nacional, buscando no próprio país a expressão artística que faltava. Elegem os dias 13, 15 e 17 de fevereiro deste mesmo ano para dar início ao movimento modernista que preconizava a busca das raízes brasileiras. Para tanto, buscam na própria Europa as vanguardas artísticas com as quais vão trabalhar. Foi na Europa que encontraram a base para construir sua pintura, pois foram estudar com grandes pintores europeus e acabaram por trazer essas idéias em suas bagagens, ou seja, importaram os estilos lá desenvolvidos, o que não significa dizer que apenas copiaram esses estilos, pelo contrário. Os artistas modernistas, entre eles, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Di Cavalcante e Tarsila do Amaral conseguiram aliar assuntos de ordem estritamente nacional aos processos da pintura moderna com a qual entraram em contato. Ressalte-se, porém, que, apesar de buscarem uma identidade nacional e acreditarem no progresso brasileiro, continuavam inseridos numa sociedade "afrancesada". Tarsila do Amaral, por exemplo, vestia-se com criações de Paul Poiret - renomado estilista francês que ditava a moda em seu país ao mesmo tempo em que defendia o uso de "cores caipiras", como eram chamados seus rosas e azuis. O presente trabalho pretende discutir exatamente esse ponto controverso na produção modernista - o uso de produtos europeus no mesmo momento em que se desejava um país independente de influências estrangeiras. Para tanto, será analisada a elegância de Tarsila do Amaral sob as mãos de Paul Poiret e a pintura nacionalista dela. Palavras-chave: Tarsila do Amaral, Modernismo, moda, Paul Poiret. 14 SOUZA, Claudia Cruz de (aluna de Pós-Graduação do curso de História da Arte e do Regime de Iniciação Científica da USJT; jornalista graduada pela USJT). O JORNALISMO DA SEMANA DE 22 A Semana de Arte Moderna no Brasil, que aconteceu, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, foi um marco de suma importância para a arte brasileira do século XX. Foi graças ao movimento que nasceu o embrião para a modernização das artes brasileiras, além de ter como um de seus objetivos principais tornar o Brasil um país independente na criação e produção artísticas, livrando-se, assim, da herança artística européia que não era condizente com a realidade nacional. A proposta da Semana de Arte Moderna foi vista por dois ângulos diferentes: de maneira extremamente positiva para quem conhecia e concordava com o projeto de tornar o Brasil um país independente da cultura européia, ainda que somente cem anos depois de sua Independência de Portugal; e de uma forma mais negativa, por um grupo social conservador que, tendo Monteiro Lobato como um porta-voz na imprensa, nem mesmo conhecia a proposta que os Modernistas traziam, no entanto já a rotulavam como ruim. A imprensa exerceu papel fundamental nessas tomadas de posição, pois era pelos jornais e revistas da época que este movimento começou a ser divulgado. A propósito, tal imprensa não tinha como primeiro mandamento a imparcialidade, direcionando assim as posições da sociedade. E é exatamente neste ponto que nos prendemos para analisar os contrastes entre esses dois segmentos: uma parte da imprensa que tinha como objetivo divulgar um movimento que buscava uma identidade própria para a cultura no Brasil e uma outra que, mesmo antes de analisar o novo processo, já o julgava e o colocava no banco dos réus, sendo considerada o grande vilão que vinha destruir as heranças culturais do País. A Semana de Arte Moderna aconteceu debaixo de muitas vaias e de repulsa da sociedade da época e a imprensa estava lá, bem dividida, entre os amantes e os que odiavam aquele movimento. Essa é a cobertura que se deve analisar sempre, para haver uma conclusão do que realmente representou tal movimento. Palavras-chave: modernismo no Brasil, semana de 22, semana de arte moderna, arte no Brasil. 15 DOMINGUES, Claudio Moreno (professor do Tijucussu Pueri Domus Escolas Associadas São Caetano do Sul. pósgraduado em História da Arte pela USJT; aluno do Regime de Iniciação Científica -USJT; pós-graduado em História, Sociedade e Cultura pela PUC São Paulo). 18 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 PARANÓIA OU INCOMPREENSÃO? Com este trabalho pretendo contribuir para as discussões sobre o significado e as repercussões da Semana de Arte Moderna de 1922. As primeiras décadas do século XX foram relevantes tanto para a arte européia quanto para a arte brasileira. Enquanto a Europa sofria os reveses da I Guerra Mundial e a Rússia era vitoriosa na sua revolução proletária, experiências estéticas agitavam o cenário das artes; o Modernismo, gradativamente, assumia uma posição agressiva frente ao tradicionalismo acadêmico da “Belle Époque”. No Brasil, uma nova classe urbana e industrial debatia-se com as tradicionais e enraizadas oligarquias agrárias. Nesse contexto, o ano de 1917 foi marcado pela exposição individual de Anita Malfatti que, após estudos no exterior, sentiu-se encorajada a expor seus trabalhos que empregavam cor e simplificação de formas e linhas, com força e expressividade. As reações foram as mais variadas. A elite intelectual paulista não assumiu uma posição clara; basicamente reinava o desconhecimento sobre as investidas das vanguardas européias, o que impedia uma compreensão mais ampla da estética moderna. Os aplausos foram cautelosos e as críticas ferozes. Dias após a abertura da exposição, um artigo no jornal “O Estado de São Paulo”, intitulado "Paranóia ou Mistificação", assinado pelo escritor Monteiro Lobato, seria arrasador, um verdadeiro "balde de água fria" no ânimo dos modernistas, contudo, serviu como um estímulo amargo para as iniciativas que resultariam na Semana de Arte Moderna de 22. Anita foi, possivelmente, a maior vítima da crítica de Lobato. Apesar de todo o apoio do grupo modernista e do estímulo que recebeu para participar da Semana de 22, paulatinamente, assumiu uma postura menos ousada em seus trabalhos, o que poderia ser visto, tanto como uma regressão, quanto como uma opção consciente frente à concepção teórica nacionalista do Modernismo. Essa é uma questão que ainda precisa ser esclarecida. Em 1922, Monteiro Lobato editou dois livros Modernistas com capas de Anita Malfatti, em aparente oposição a sua postura de 1917. Diante da contradição vivida pelo escritor, fica sublinhado que sua revolta inicial não era exatamente contra a arte de Malfatti, mas, talvez, a possível invasão que a plástica moderna poderia representar em nossas fronteiras. Lobato era um moderno, sem se aperceber disso, pois ao combater os nossos vínculos culturais coloniais com a Europa, em favor de uma causa cabocla (ou Jeca), denotava proximidade com o modernismo. A troca de farpas continuaria, mas apesar das controvérsias, Anita e o modernismo sagraram-se vitoriosos, contribuindo positivamente para nossa formação artística e cultural. Palavras-chave: Modernismo, Semana de Arte Moderna, Anita Malfatti, Monteiro Lobato. 16 PIERONI, Anna Maria A. dos Santos (aluna de Pós-Graduação Lato Sensu do curso de História da Arte e do Regime de Iniciação Científica -USJT). O ESTILO ART DÉCOR NA SEMANA DE 22 A consagração desse estilo se deu em Paris, a partir de 1925, na grande Exposição das Artes Decorativas. Neste período entre guerras e em meio a um crescente processo de industrialização, artistas buscavam estabelecer uma expressão própria de seu tempo, produzindo uma arte baseada na geometrização, dinamismo e estilização das formas, a fim de, conseqüentemente, melhorar a qualidade do “design”. A influência que esse estilo exerceu sobre os artistas brasileiros pode ser percebida na Semana de 22, ocorrida em São Paulo, com os trabalhos de Antônio Gomide, Antônio Garcia Moya, Regina Graz, Ismael Neri, Rêgo Monteiro, Brecheret, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Cada um destes artistas interpretará esta tendência decorativa de maneira pessoal, usando diferentes técnicas, porém seguindo as mesmas diretrizes, consideradas "modernas" para a época. Tal apresentação visa a mostrar as características do Art Décor presentes em algumas das obras destes artistas. Numa abordagem comparativa serão apresentados trabalhos em diferentes segmentos das artes decorativas: tapeçaria, afrescos, vitrais, esculturas, pintura de interiores, quadros, roupas e móveis. O que se pretende é destacar os elementos mais representativos do estilo, fornecendo uma visão geral de como esta estética foi interpretada no Brasil e sua importância para a formação da arte contemporânea brasileira. Palavras-chave: Art Décor, Semana de 22, artes decorativas. 17 CANTO, Daniela Maria (bacharel e licenciada em Educação Artística pela UNICAMP; pós-graduada em História da Arte pela USJT; aluna do Regime de Iniciação Científica - USJT; professora de Composição e Gravura do curso de Educação Artística das Faculdades Integradas de Guarulhos) INFLUÊNCIA DAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS NO MODERNISMO BRASILEIRO Os artistas plásticos participantes da Semana de Arte Moderna - em exposição ocorrida de 13 a 17 de fevereiro de 1922, que teve lugar no espaço acadêmico do Teatro Municipal de São Paulo - apresentaram uma nova visualidade no campo estético e formal artístico. Tal visualidade foi marcada por uma grande disparidade entre os estilos de cada um dos artistas, e mesmo entre as obras desenvolvidas por um mesmo artista. Os elementos como forma, cor, textura, organização espacial, configuravam-se distintamente em cada obra. Isso se explica pelo caráter experimental das novas tendências que era característico do desenvolvimento da arte modernista brasileira nesse momento. Ao contrário do que possa parecer, esse conjunto heterogêneo de obras de diversos estilos teve uma convivência pacífica, diferentemente do que ocorria nas vanguardas européias. Havia entre os brasileiros, uma coesão, que foi determinada pela vontade de renovação cultural, constituindo uma união contra o academicismo vigente, no Brasil, até então, com pretensões de abalar a tradição acadêmica herdada da Europa. Esses novos trabalhos apresentavam uma atualização da linguagem plástica, paradoxalmente baseada em elementos trazidos do contato com as vanguardas européias conjugados a elementos pertencentes à tradição cultural exclusivamente brasileira. Estabeleciam, portanto, uma arte plasticamente inédita. Em três acontecimentos, anteriores à Semana de 22, já podiam ser verificados os fermentos que firmariam a nova visualidade. Lasar Segall mostrava pinturas e desenhos derivados do expressionismo alemão, já em 1913, em exposição em São Paulo e Campinas. Anita Malfatti, na exposição de 1917, em São Paulo, apresentava pinturas que variavam entre influências impressionistas, expressionistas, cubistas, fauvistas e primitivistas. O terceiro evento que precedeu a ação de 22 deu-se no campo escultórico, quando o grupo dos modernistas - que vinham se reunindo e que seriam os idealizadores da Semana - entraram em contato, em 1920, com a obra que Victor Brecheret vinha desenvolvendo junto ao Palácio das Indústrias. As esculturas do artista obedeciam a um 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 19 rigor construtivo, denunciando uma relação direta com a vanguarda francesa, apresentando elementos característicos da obra de escultores franceses, como Rodin, e, também - o que se evidenciaria mais tarde - elementos formais do Art Déco e do Cubismo. A força dessas novas idéias predecessoras que ganhou um enfoque evidencialmente manifesto na Semana de 22 seria sentida para muito além do evento. Após a Semana verifica-se uma afirmação de estilos particulares e o surgimento de novos artistas que integrariam o quadro de modernistas brasileiros, concretizando o que havia sido inicialmente uma experimentação. Palavras-chave: Modernismo brasileiro, Semana de Arte Moderna, construção formal, Anita Malfatti, Lasar Segall, Victor Brecheret. 18 RODRIGUES, Aurora de Jesus (doutora em Lingüística Geral e Semiótica pela USP, coordenadora do curso de PósGraduação Lato Sensu em Língua Inglesa da USJT). O ESPECIALISTA EM LÍNGUA INGLESA Os atuais alunos do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em língua inglesa pertencem, na sua grande maioria, ao sexo feminino, cuja idade concentra-se na faixa dos trinta anos. Lecionam na rede estadual há, aproximadamente, oito anos. Os demais exercem funções adminstrativas em empresas, onde utilizam o emprego do idioma inglês. A escolha desse curso foi motivada pelo prazer da atualização profissional e pelo currículo atraente oferecido.Os estudantes não têm encontrado dificuldades no curso, visto que os professores e os conteúdos programáticos têm correspondido às suas expectativas a contento. Palavras-chave: alunos, curso, professores. 19 FREIRE, Maximina Maria (professora assistente e doutora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). O PROFESSOR DE INGLÊS E O LETRAMENTO DIGITAL A demanda e as expectativas de uma sociedade que se digitaliza, dia-a-dia, passam a requer que sejamos capazes de não apenas lidar com as novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC), mas, sobretudo, de interagir por meio delas. Em um contexto social assim caracterizado, emerge uma ambientação instrucional inédita que, para ter seu potencial significativamente explorado, precisa reconsiderar conceitos básicos e buscar entendimento para a repercussão do uso do computador como interface midiática na obtenção de objetivos educacionais. Partindo dessa argumentação, este trabalho tem como objetivo conceituar o letramento digital e refletir sobre questões dele decorrentes, pondo em destaque o professor de língua inglesa e sua função mediadora em ambientes midiatizados de aprendizagem. Palavras-chave: letramento digital, formação de professores, NTIC, ensino-aprendizagem de inglês. 20 RAMOS, Rosinda de Castro Guerra (professora associada da PUC-SP - curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). COMO O PROFESSOR DE MÍDIA DIGITAL SE VÊ? A pesquisa a ser relatada faz parte de um projeto maior desenvolvido em parceria e denominado "O professor de inglês da rede pública de ensino e suas representações", cujos focos de investigação são: as representações que professores de inglês da rede pública de ensino fazem sobre si mesmos, seus alunos e a prática docente; as possíveis transformações que essas representações sofrem por influência de sua participação em um curso específico de formação de professores; e os instrumentos de pesquisa aplicados à identificação e interpretação dessas representações e suas transformações. Este trabalho focaliza parte de um dos objetivos, i.e., identificar as representações que o professor de inglês faz a respeito de seu papel como profissional. Para a consecução desse objetivo foi utilizado um questionário, contendo três afirmativas básicas, (o professor que eu sou, o professor que eu gostaria de ser e o professor que eu temo ser), adaptadas do trabalho de Diamond (1997), usado como instrumento para reflexão. A coleta de dados foi feita junto aos professores-alunos do curso “Reflexão sobre a ação: o professor de inglês aprendendo e ensinando”, ministrado na PUC-SP. Esse curso compõe-se de oito módulos ministrados durante dois semestres. Os dados para esse trabalho foram coletados durante os anos de 1999 a 2001, sempre no início do segundo módulo do curso e contou com um total de 223 professores participantes. Os dados coletados foram interpretados à luz das categorias que foram emergindo das escolhas lexicais proeminentes feitas por esses participantes. Os resultados apresentam e discutem as representações sobre o papel profissional desses participantes que se constroem em torno de cinco temas. Palavras-chave: representação; formação de professores; reflexão; ensino-aprendizagem de línguas. 21 DAMIGO, Fernanda L.R.M. (professora de Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua Inglesa); BATTISTINI, Flora M.; MIYAMOTO, Margareth R.J.; RAYA, Nadia (alunas do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua Inglesa). ORIENTAÇÕES DE PESQUISA EM LINGÜÍSTICA APLICADA A Lingüística Aplicada proporciona ao pesquisador uma grande variedade de temas, métodos e orientações de pesquisa. Embora bastante rica e diversificada, essa área de pesquisa e atuação é ainda muito pouco conhecida dos nossos alunos. O objetivo dessa apresentação é oferecer ao pesquisador iniciante um primeiro contato com três grandes orientações de pesquisa em Língüística Aplicada ao Ensino de Línguas: orientações descritivas, interpretativas e críticas. A idéia dessa apresentação surgiu da leitura e discussão, em aula, do artigo "Alternatives in TESOL Research: Descriptive, Interpretive, and Ideological Orientations" de Cumming (TESOL QUARTERLY Vol. 28. No. 4, Winter 1994). O artigo em questão foi o ponto de partida de um estudo mais aprofundado dos alunos e alunas que buscaram mais bibliografia sobre as orientações de pesquisa de seu interesse. Esse processo cristalizou-se no trabalho de conclusão de curso e culminou nessa apresentação. A 20 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 apresentação conta com uma introdução da professora seguida da participação de três alunas que irão discorrer sobre as três orientações de pesquisa, falando sobre a definição, escopo, valor e limitações. Essa apresentação irá fornecer um panorama geral de possíveis caminhos a serem trilhados nessa área tão fértil que é a Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas. Palavras-chave: metodologia, pesquisa, ensino-aprendizagem. 22 ROSA, Marcello Marcelino (bacharel em Língua e Literatura Inglesas -PUC-SP. mestre em Lingüística -PUC-SP; RSA COTE International House/Seven SP; doutorando em Lingüística-Unicamp). A ESTRUTURA DAS CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS A sintaxe comparativa é uma área de intensa pesquisa para a qual a teoria de Princípios e Parâmetros tem contribuído substancialmente em todas as suas versões e formulações. À luz dessa teoria, este trabalho investiga, através da comparação entre inglês e português, a evidência da existência de um parâmetro sintático que caracteriza duas famílias diferentes de línguas naturais: o parâmetro de composição. Conforme proposto por SNYDER (2001), esse parâmetro é responsável pelo licenciamento da livre produção de compostos do tipo substantivo+substantivo (N+N compounding), um requerimento necessário para que uma língua natural possa exibir estruturas resultativas (e também estruturas do tipo verbo+partícula, make-causative, put-locative, entre outras). Embora haja discordância (NAPOLI, 1992), em geral, a literatura sobre predicados secundários resultativos exclui a possibilidade de tais estruturas ocorrerem em línguas românicas, uma vez que elas não apresentam a marcação paramétrica necessária para seu licenciamento. Este trabalho investiga, portanto, a existência de estruturas resultativas em Português Brasileiro (PB), partindo do pressuposto de que elas existem em PB. As estruturas resultativas em PB, no entanto, apresentam uma estrutura interna bem diferente de suas contrapartes inglesas, o que sugere que a semelhança seja apenas superficial. Palavras-chave: estrutura resultativas, parâmetro, línguas naturais. 23 GOUVEIA, Heloisa Helena Lago (mestre em Comunicação e Semiótica, PUC – SP; bacharel em Letras, Português e Espanhol- USP e em Língua e Literatura Inglesa- PUC – SP; professora do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua Inglesa- USJTe de Inglês Oral -PUC-COGEAEe em empresas ; Lead Tutor - VEKTOR, projeto América Latina; tradutora pública e intérprete comercial de Espanhol). A ORALIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA A DISTÂNCIA Apresentação de abordagem de ensino de inglês a distância com elementos de ensino presencial. A inovação da abordagem está na aplicação de tecnologias interativas no ensino do inglês oral. O desafio está em como desenvolver o aprendizado com autonomia, gerenciar a flexibilidade, ações e o tempo de estudo. Destaca-se a conscientização do aprendiz sobre seu processo de aprendizagem, habilidades, estratégias e objetivos lingüísticos. A proposta retoma o modelo sugerido no método comunicativo tradicional: as fases iniciais de apresentação e prática são delegadas a recursos tecnológicos. A fase da transferência conta com a participação do tutor. Nessa fase, o intercâmbio cultural em situação de aprendizado significativa torna a comunicação real e efetiva. A utilização de diversas plataformas realistas considera a diversidade da língua inglesa, em especial, a língua oral, o que promove motivação, auto-confiança e conscientização dos papéis do aprendiz e do tutor, num mundo globalizado e digitalizado. Palavras-chave: tecnologias da educação, ensino a distância, inglês como língua estrangeira,inglês oral. 24 BOSSA, Nadia A. (professora e supervisora da Faculdade de Psicologia da USJT, na cadeira de Psicologia Escolar e Problemas de aprendizagem de 1993 a 2002; Pedagoga; Psicóloga; Psicopedagoga; mestre em Psicologia da Educação PUC/SP; doutora em Psicologia e Educação - USP; diretora e clínica do CEAP – Centro de Estudo e Atendimento Psicopedagógico, de 1987 a 2002; professora e supervisora no curso de especialização em Psicopedagogia - PUC/SP de 1988 a 2001; coordenadora do curso de especialização em Psicopedagogia - Instituto Metodista de Ensino Superior, de 1987 a 2001). FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO A presente pesquisa é um estudo sobre o sintoma escolar, considerando sua dimensão social e sua singularidade. A perspectiva de análise adotada inspira-se no paradigma pós-moderno e define-se por uma abordagem teórico-prática. Nosso ponto de partida foi o desenvolvimento de dois casos clínicos que se constituíram eixo condutor do percurso teórico. As elaborações teóricas apresentadas estão ancoradas na Psicopatologia Psicanalítica; contudo, para além da singularidade, buscamos, na Filosofia e na Psicologia, recursos teóricos para melhor apreensão desse fenômeno particular, embora sintomático, do mundo em que vivemos. O sintoma escolar se apresenta com especificidade; é essencialmente mobilizador, determinado e valorizado culturalmente, e encontra condições de possibilidade num sujeito psíquico singular. A especificidade do sintoma escolar interroga-nos sobre a relação, de uma forma particular, da psique com as características do mundo contemporâneo. A tessitura deste trabalho foi determinada por nossa experiência clínica. Desse lugar, diante do fenômeno empírico, interrogamo-nos sobre o alcance e os limites das teorias que fundamentam nossa prática. Focalizamos o sintoma escolar com base em diferentes perspectivas: análise do sintoma em sua determinação cultural; análise do sintoma no contexto da instituição escolar; e análise do sentido do sintoma no contexto da singularidade individual, considerado com base na estrutura da personalidade. Em uma primeira aproximação, o termo sintoma significa um entrave que faz sinal. Sinaliza que em nossa cultura a escola vai mal, a família sofre, a criança adoece. Assim, a expressão sintoma escolar refere-se a todo tipo de entrave que leva ao fracasso escolar, seja decorrente de aspectos culturais, sociais, familiares, pedagógicos, orgânicos, intrapsíquicos etc. É importante esclarecer que, na abordagem de nosso trabalho, esses aspectos não existem de forma isolada, e, com isso, queremos dizer que não há nada que aconteça no âmbito de um desses aspectos que não interfira ou modifique todos os demais. O sintoma e, conseqüentemente, o fracasso escolares impõem questões essenciais àqueles que se dedicam a seu estudo. São elas: sua determinação cultural, sua urgência e suas condições de possibilidade na singularidade. Ao falarmos na determinação cultural do sintoma na aprendizagem, estamos referindo-nos ao papel da escola 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 21 em sua ocorrência. Essa instituição objetiva responder a um ideal de educação e traz consigo a dimensão do impossível. Preparada para receber a criança ideal e tendo responder às demandas narcísicas da humanidade, está fatalmente fadada a fracasso. Essa mesma trama que impõe à escola a dimensão do impossível determina a urgência na anulação de seus efeitos. Estruturada em torno de um conceito imaginário – a criança ideal -, projeta na criança real a culpa pela impossibilidade de concretização dos fins a que se destina. A criança que não aprende o que a escola determina suporta toda a rejeição destinada àqueles em que se questiona o ideal narcísico. Se, por um lado, o resultado do não-aprender, em nossa cultura, é uma imagem excessivamente desvalorizada de si mesmo e uma deterioração do eu; por outro lado, a condição biológica do ser humano é mais um agravante na urgência determinada pela natureza do sintoma. A maturação biológica é um fator que devemos considerar quando se trata de aquisições cognitivas e a aprendizagem escolar está dialeticamente vinculada a aquisições dessa natureza. Enfim, o sintoma escolar traz consigo uma urgência, visto que a maturação biológica pode imprimir-lhe irreversibilidade orgânica, e a resposta do meio ao sujeito que suporta, a marginalidade definitiva. Nossa pesquisa buscou responder as seguintes questões: diante do peso da cultura, quais são as condições de possibilidade desse sintoma culturalmente determinado, ou seja qual a natureza da relação psique-mundo que determina a formação desse sintoma da contemporaneidade? Qual a relação entre a singularidade e a configuração do sintoma escolar? Qual deve ser o lugar destinado ao sintoma escolar no contexto da clínica? Essas questões acabaram por colocar em crise conceitos centrais de teorias que fundamentavam nossa prática clínica e levaram-nos a procurar na Psicopatologia Psicanalítica a compreensão de um sintoma tão marcadamente cultural. Em face do sintoma escolar, constatamos que existe um sentido particular dado pela singularidade individual e determinado pela estrutura de personalidade do sujeito, que encontra em nossa cultura condições e terreno fértil para sua formação. Assim, a prática leva-nos a considerar o alcance da teoria e a definir o método de investigação adotado. Apoiados nos casos clínicos e no paradigma científico pós-moderno, procuramos construir um instrumento de revisão crítica de alguns conceitos teóricos que vêm norteando a clínica dos problemas escolares e, ao mesmo tempo, apresentar as modificações operadas na prática, ou seja, uma nova forma de atuar, em que não existe um manejo único, mas adaptações que visam a fazer frente às necessidades do contexto. Palavras-chave: Fracasso escolar, escola, dificuldade de aprendizagem, psicopedagogia e sintoma. 25 SILVEIRA, Rosa Maria Carvalho da (doutora em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da USP, docente em cursos superiores, níveis de graduação e pós-graduação). UTILIZAÇÃO DE JOGOS DE REGRAS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA Este trabalho relata um projeto piloto no qual foi utilizado jogos de regras como instrumento psicopedagógico. O objetivo foi a aplicação de quatro jogos de regras para alunos do curso fundamental de uma escola pública com problemas de aprendizagem. Aplicaram-se os jogos “Quatro Cores”, “Senha”, “Resta Um” e “Pega Varetas” entre alunos da 5ª a 8ª séries do curso fundamental, durante o segundo semestre de 2001. Os sujeitos, observados em sala de aula, foram selecionados por seus professores por terem problemas de aprendizagem. Houve um consenso desses professores quanto à definição de "problemas de aprendizagem". Os jogos foram aplicados, em média, uma vez por semana por estagiárias de psicopedagogia, em aulas vagas; isto é, naquelas em que professores das disciplinas curriculares haviam faltado. A análise dos resultados indicou uma melhoria no desempenho escolar dos sujeitos observados, auferidos pelas notas obtidas nas provas e pela avaliação subjetiva de seus professores em relação à mudança de comportamento nos aspectos "prestar atenção" e “participação em aula". A análise dos dados levou em conta os pressupostos construtivistas piagetianos, tal como compreendidos por MACEDO (1997). Palavras-chave: aprendizagem, jogos pedagógicos, instrumentos psicopedagógicos. 26 WITTER, Carla (psicóloga graduada na Faculdade São Marcos; especialização em Psicologia Clínica Linha Comportamental pela PUC - Campinas; mestra e doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pela USP; professora da Universidade Braz Cubas; professora, supervisora de Estágios e coordenadora do curso de Psicologia da USJT). O ENSINO DE PSICOLOGIA, A FORMAÇÃO DE PSICÓLOGO E A QUALIDADE PROFISSIONAL NA INTERFACE COM A EDUCAÇÃO E SAÚDE A discussão da formação e atuação do profissional de Psicologia ultrapassa o meio acadêmico, à medida que a sociedade avalia, direta ou indiretamente, o impacto dessa ciência. É eminente a importância de uma formação sólida baseada em conhecimentos científicos que validem a atuação do profissional, consagrando o seu espaço como ciência e profissão. Nesse sentido, as entidades científicas e de classe, bem como os órgãos governamentais, têm investido em debates, discussões e avaliações sobre o ensino oferecido pelas Universidades, em nível de graduação e Pós-Graduação Lato Sensu , na tentativa de oferecer parâmetros de qualidade com o objetivo de formar profissionais competentes. Na área da Educação e da Saúde, as habilidades e competências profissionais adquiridas, inicialmente na graduação, e lapidadas, posteriormente, nos programas de Pós-Graduação Lato Sensu , primam pela qualidade do ensino oferecido, por ser este de extrema importância para as soluções de problemas sociais diversificados. Nesta área, e principalmente na interface entre Educação e Saúde, muito há por ser feito pelo profissional da Psicologia, sendo necessário repensar a sua formação desde a graduação até o pósdoutorado, sendo o objetivo principal a melhoria da qualidade de ensino para atender a demanda mutante da contemporaneidade. O psicólogo deve ser um profissional atuante que promova a educação e a saúde, no sentido de diminuir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do ser humano. Para tanto precisa, necessariamente, manter-se atualizado e consciente suas habilidades e competências. Nota-se, pelas afirmações, que a educação, o conhecimento são a base para o desenvolvimento, com qualidade, do profissional, ou seja, na interface aqui proposta que pode ser mediada pela atuação profissional do psicólogo, é patente que a Educação é fundamental para a promoção da saúde do ser humano, seja no aspecto físico, mental ou cognitivo. Ousa-se afirmar que, por meio da Educação, do ensino, do aprendizado seja possível promover a saúde do ser humano, do grupo social e da sociedade de uma forma geral, diminuindo os custos, o sofrimento físico e mental, uma vez que a interface Educação-Saúde propiciaria o conhecimento necessário para os cuidados com a saúde do indivíduo e, ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 22 2002 por que não estender para a saúde coletiva e pública. É fundamental a mudança de paradigma científico sobre o conceito de Saúde, de metodologias de pesquisa, de técnicas de trabalho e de intervenção entre outros aspectos que não suprem e muito menos atendem a demanda diversificada de problemas da contemporaneidade: famílias desestruturadas, drogas, gravidez na adolescência, para citar apenas alguns. Palavras-chave: psicólogo, profissional de psicologia, formação do psicólogo. 27 GATTI, Ana Lúcia (graduada pelo Instituto de Psicologia da USP; mestre em Psicologia Clínica pela PUCCampinas; doutora em Psicologia e em Psicodiagnóstico de Rorscharch pela PUC- Campinas; professora da USJT). A ÉTICA NA FORMAÇÃO E NA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO As amplas mudanças em nossa vida, ocorrendo de modo acelerado em todos os campos do conhecimento, das relações sociais e mesmo de nosso ambiente físico, requerem, também, mudanças quanto à formação e abrangente discussão sobre a ética que o saber envolve. Apenas a transmissão do conhecimento adquirido ao longo dos séculos nos diversos ramos da ciência não pode ser considerada como meta da Educação, dado que não instrumentaliza o detentor de tantas informações a lidar com as mudanças cada vez mais presentes e desenvolver respostas adequadas para novos desafios que surgem. Se há consenso quanto à necessidade de transmissão durante a formação de profissionais, que ofereça uma base sólida para a ampliação da ciência, deve-se enfatizar, também, a necessidade de uma formação ética, especialmente no sentido de uma abrangência crítica quanto ao uso do conhecimento e quanto aos métodos para obtê-lo. Na área da Psicologia, os avanços relativos aos quadros patológicos, às relações mediadas por computadores, ao uso de técnicas quanto a tratamentos, por exemplo, têm obrigado o Conselho Federal de Psicologia a estabelecer resoluções específicas para situações que não se estabeleciam na promulgação da última revisão do código de ética do profissional psicólogo. Também, o cuidado com os participantes de pesquisas fez com que fosse extensamente debatida a questão da pesquisa na área da Saúde, o que se refletiu na pesquisa psicológica. A promoção da Educação e da Saúde, entendida em um amplo sentido, é hoje um dos maiores desafios de nossa sociedade. Saúde e Educação estão imbricadas de modo indelével. A proposta de uma formação continuada, em que a prática e a pesquisa caminhem oferecendo suporte mútuo, parece ser a única possibilidade de atender, de modo ético, ao que a sociedade requisita dos profissionais e uma obrigação que, cada vez mais, o mercado impõe. Palavras-chave: psicólogo, formação profissional, ética profissional. 28 BERES, Vera Lucia G. (graduada pela PUC- Campinas; especialização em Psicodagnóstico de Rorscharch; mestre pela PUC- SP; doutora pelo Instituto de Psicologia da USP; professora da USJT). PRÁTICA DO PSICÓLOGO A prática do profissional psicólogo deve estar comprometida com a busca do bem-estar físico, mental e social do ser humano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esse bem-estar é complementado não apenas com a ausência de doença; entende-se que essa prática envolve o trabalho em conjunto com profissionais de outras áreas do saber, com o objetivo de compreender características históricas, temporal e com um corpo que sofre as influências da sociedade em que está inserido. Dessa forma, pode-se pensar que a formação e a atuação do psicólogo necessita privilegiar em sua prática um profissional que esteja preparado para atuar em equipe interprofissional, articulando aspectos teóricos e epistemológicos com vistas a poder enfrentar as dificuldades decorrentes do próprio trabalho. A prática do psicólogo no campo da Saúde tem como cenário a dinâmica das relações humanas que, para ser acessada, parte da premissa de que o corpo teórico deve permitir a reflexão para desenvolver a capacidade de enfrentamento, adaptações e acompanhamento das mudanças que estão presentes na vida do ser humano. Quanto ao instrumental específico da atuação profissional, perguntas chaves como- quem está sendo avaliado; o que deve ser avaliado; para que avaliar- entre outras possibilidades, desenham o contexto dessa prática. A formação profissional não cessa, pois está em contínuo movimento no desafio de permitir vida com qualidade e, assim, talvez, exercitarmos com responsabilidade a prática profissional. Palavras-chave: psicólogo, atuação profissional, prática do psicólogo. 29 MUÑOZ, Yolanda Gloria Gamboa (doutora em Ética e Filosofia Política pela USP; mestra em Filosofia das Ciências Humanas pela PUC; professora da USJT e do departamento de Filosofia da PUC; coordenadora do grupo de estudos “Nietzsche e o pensamento atual”; OROPALLO, Maria Cristina (bacharel em Direito pela FMU; bacharel em Filosofia pela USJT; membro do grupo de estudos “Nietzsche e o pensamento atual”); CEZÁRIO, Rita de Cássia (bacharel em Ciência da Computação pela USJT; graduanda em Filosofia pela USJT e membro do grupo de estudos “Nietzsche e o pensamento atual”); VENDRAMIN, Valéria (bacharel em Filosofia pela USJT e membro do grupo de estudos “Nietzsche e o pensamento atual”). NIETZSCHE: EDUCAÇÃO, CULTURA E TEMPO PARA REFLEXÃO A coordenação da mesa (professora Y. Gloria Gamboa Muñoz) procurará, num primeiro momento, relacionar as reflexões de Nietzsche sobre educação e cultura à problemática do tempo para reflexão, do esbanjamento e da sobreabundância necessárias para uma “meditatio generis futuri”. O esboço anterior seria pertinente numa época como a nossa, em cujas “entranhas” poder-se-ia vislumbrá-las como a possibilidade de um direcionamento criativo de forças e encontrar-se-iam podadas pela “falta de tempo” e pelo excesso de “informação” não-formativa. Situação que, no diagnóstico atual de Paul Virilio, por exemplo, seria uma das conseqüências do predomínio do valor velocidade sem controle nem politização (no sentido de polis). Sendo a reflexão dessa mesa uma atividade nascida dentro de um grupo de estudos sobre Nietzsche e o pensamento atual, mostrar-se-ão participações-resumos das pesquisas de três de seus integrantes que constituem, como correspondem à referência nietzscheana, perspectivas diferenciais em que, tematicamente, abrangem-se alguns aspectos da educação e da cultura. Nesta oportunidade, enfatizar-se-ão, especificamente, as problemáticas que dizem respeito à origem, à decadência da cultura ocidental (a partir de Sócrates e Platão) e aos diversos jogos de poder em que 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 23 poderiam ser consideradas as finalidades institucionais. Nas palavras dos próprios participantes, as comunicações serão as seguintes: a) “Nietzsche e a problemática das origens” (Valéria Vendramin). Tratará da pouca importância que Nietzsche acabará atribuindo às origens, à medida que elas não teriam qualquer vínculo com o que se tenha desenvolvido a partir delas, constituindo, assim, um simples resultado do acaso e ficando totalmente livres da suposta intencionalidade primeira; b) “Sócrates e Platão como exemplos da decadência da cultura ocidental” (Rita de Cássia Cezário). Fará referência ao modo como Nietzsche aborda tanto Sócrates quanto Platão, ou seja, como lados opostos da mesma moeda; pois ambos não poderiam ser apreendidos, simplesmente, como uma oposição, mas como complementos um do outro. A partir do anterior, pesquisa-se como Sócrates e Platão encarnariam a própria duplicidade que permeia a obra de Nietzsche permitindo, talvez, vislumbrar de modo mais claro como Nietzsche evita cair na dualidade platônica ou num relativismo; c) “A problemática da finalidade em Nietzsche e sua presença no discurso de Foucault” (Maria Cristina Oropallo). A partir do aforismo 12 da 2a. dissertação da Genealogia da Moral de Nietzsche e da Ordem do Discurso de Foucault pretende-se mostrar como é trabalhada - em ambos os autores - a distinção entre origem e finalidade, desenvolvimento e progresso. Ressaltar-se-á, finalmente, a importância das escolhas e da seletividade no processo interpretativo. Palavras-chave: Nietzsche, educação, cultura, origem, duplicidade, finalidade. 30 PRESTES, Rogério Prestes de (mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP; doutorando em Teoria Literária e Literatura Comparada na FFLCH-USP. professor de Semiótica, Teoria da Comunicação e Teoria da Literatura nos cursos de Desenho Industrial, Letras e Tradutor e Intérprete da USJT; professor de Estética e Cultura de Massa no curso de Comunicação Social da FAAP). A TRANSCRIAÇÃO INTERPOÉTICA DE HAROLDO DE CAMPOS: SOBRE A PINTURA DE MARCO GIANNOTTI Os textos de Haroldo de Campos sobre Artes Visuais apresentam macroestruturas recorrentes que permitem a reunião delas em três grupos distintos metapoemas, prosa metapoética e críticas propriamente tais – coerentes com a Doutrina das Categorias da Mente e dos Fenômenos que estruturam a Fenomenologia Peirceana: primeiridade, secundidade e terceiridade. A percepção desse fenômeno levou-me a construir a hipótese de que o poeta e crítico literário e de artes plásticas, no seu fazer metalingüístico, extrapola o juízo valorativo das obras sobre as quais escreve para fazer-se criador em diálogo participante com elas. Assim, seus textos sobre obras de artes visuais constituir-se-iam criações paralelas, efetivamente “traduções intersemióticas”, no sentido definido pelo lingüista Roman Jakobson, no célebre ensaio “Lingüística e poética” (1977: 118-62). Campos desvenda a lei organizadora da obra visual para construir texto estruturado sobre lei verbal análoga. Para confirmar tal hipótese, a Teoria Semiótica, de Charles Sanders Peirce, a Teoria da Gestalt sobre a percepção das formas visuais e a Teoria da Literatura ofereceram-me o instrumental necessário. Um dos metapoemas que mais evidencia sua própria natureza de criação paralela, tradutória, seu caráter de “transcriação interpoética” é, sem dúvida, ‘giannóttica: um âmbito’, leitura poética da exposição “Fachadas”, de Marco Giannotti, produzido em novembro de 1993 pelo poeta. Nele, as estruturas aliterantes, assonantes e rítmicas dos versos, cheios de contaminações paranomásticas entre palavras, e, sobretudo, o forte caráter sinestésico verbi-voco-visual tornam inequívoca a percepção da contaminação entre obra motivadora e obra motivada. Assim, o poema é recriação, soma semântica de conteúdos originais, paráfrase intercódigos e obra original de releitura. A análise das relações concepto-formais entre as pinturas de Giannotti e o poema de Campos contribuem para referendar a hipótese de ser o crítico um tradutor intercódigos. Esse trabalho pretende ampliar a compreensão da poética e da crítica do grande intelectual brasileiro Haroldo de Campos. Palavras-chave: interdisciplinaridade, poema, pintura, tradução intersemiótica. 31 NUNES, Mônica Rebecca Ferrari (mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC; membro do Núcleo de Poéticas da Oralidade, da PUC-SP; professora dos cursos de Comunicação Social da FAAP e da USJT, em que também responde pela disciplina Semiótica e Mídia, do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua, Literatura e Semiótica). MÍDIA, MEMÓRIA E MELANCOLIA O médico grego Hipócrates de Cós (460-377 a.C) criou a doutrina dos humores expressa no tratado “Da Natureza do Homem”, no final do século V a.C. O médico propunha que, no corpo do homem, haveria sangue, pituíta, bile amarela e bile negra (melas kholie; melas: negro; kholé, cólico, relativo à bile). A proporção dos humores no corpo regulava a saúde, a doença e, também, os temperamentos humanos. O trabalho a ser apresentado observa como a presença simbólica da melancolia, um dos quatro temperamentos descritos por Hipócrates, pode estar associada à produção midiática contemporânea, pois, freqüentemente, assistimos a transmissões noticiosas em que espetáculo, tragédias, luto e melancolia se misturam em um fascinante e aterrorizante entretenimento, configurando a memória cotidiana construída pelo jornalismo atual. Palavras-chave: mídia; jornalismo; memória; melancolia; cultura. 32 SANTORO, Maria Teresa (doutora em Semiótica e Filosofia pela Universidade Técnica de Berlim, Alemanha; pósdoutora em Semiótica -Neurociências Cognitivas- PUC-SP-Fapesp; professora de Ciências da Linguagem e Teoria da Comunicação- USJT); CANTONI, Rejane Caetano Augusto (doutora em Comunicação e Semiótica - PUC-SP). VIDA ARTIFICIAL: OS HERDEIROS DE FRANKENSTEIN A forma mais simples de gerar uma vida não envolve mais que contato físico entre dois operadores não especializados. Mas se, por motivos diversos (e.g., esterilidade ou de orgulho 'prometeu'), seres humanos renunciarem a esse comprovado método, para fabricar 'criaturas vivas' pode-se recorrer a uma série de artifícios que vão do mecânico ao ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 24 2002 genético. A idéia de criar vida por meios não naturais é muito antiga. Do mito da vida artificial, ou seja, da criação artificial de entidades que podem evoluir independentemente do homem, que podem se reproduzir, adaptar-se e colaborar entre si e com outros seres, conhecem-se versões desde a mitologia grega. Prometeu é um exemplo. Conforme a mitologia, ele constrói de barro e água uma estátua com as feições de um deus e sopra-lhe as qualidades animais de fidelidade, força, esperteza e avidez, e Minerva faz a criatura beber o néctar do espírito divino e, assim, a super criatura adquire vida. Outras versões antigas são a de Talos, o gigante de bronze forjado para proteger a ilha de Creta por Hefaístos; a das donzelas de ouro da fragata de Hefestos, mencionadas na Ilíada; a beleza sobre-humana de Galatéa esculpida em mármore que ganhava vida quando acariciada por seu criador, Pygmalion; a figura de Golem, o homem de barro a quem o rabino de Praga, Judá León, soprou um hálito de vida através da palavra; ou o pequeno boneco de madeira esculpido pelo velho Gepetto para substituir o filho que ele não podia ter. Enquanto todas essas criaturas devem sua vida a uma fórmula mística (e.g., Deus, fé, ritos secretos), o romance de ficção científica Frankenstein é o primeiro que anima uma criatura via métodos científicos. Este paper pretende mapear a evolução da vida artificial nas ciências e nas artes que trabalham com esse paradigma: na biotecnologia, na computação, na robótica, na arte transgênica etc. Palavras-chave: vida artificial, criação artifical, vida. 33 CARNEIRO, Sérgio R. França Mendes (doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP; professor titular do Curso de Arquitetura da USJT) A CIDADE DE SÃO PAULO E SUA IMAGEM A imagem da cidade e suas representações e conteúdos significativos. A construção do imaginário, seus paradigmas e sua influência no desenho urbano, dinâmicas, sistemas de valores e estilo de vida. Uma situação crítica de vinculação afetiva expressa-se na sua visualidade e nas representações dela mesma. • lugar e o não-lugar; A paisagem e seu compromisso com o cívico e com o capital; • Espaço público como estrutura de relações de sociabilidade, formação de cidadania, de vivência prazerosa; sistema prioritário de circulação corroborado em expressões como “ A cidade que nunca pára”, “São Paulo não pode parar”. Palavras-chave: topofilia, espaço e lugar, representações da cidade (imagem mental). 34 CARREIRA, Vinicius Soares; OLIVEIRA, Mariana de; SALIN, Thiago Castillo; SILVA, Aladinici Ferreira da; SPOLIDORIO, Mariana Granziera (alunos da graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); LIEBERG, Sandra (professora do curso de Ciências Biológicas da USJT). OBSERVAÇÃO DE VISITANTES E AGENTES POLINIZADORES EM CUCURBITACEAE C. MAXIMA, C. PEPO, C. MOSCHATA E HÍBRIDO TETSAKABUTO NO MUNICÍPIO DE CAPELA DO ALTO, SÃO PAULO O experimento foi realizado em uma plantação de abóboras localizada no Sítio Ponte Alta, município de Capela do Alto, São Paulo. Quatro representantes do gênero Cucurbita foram utilizados na pesquisa: Cucurbita maxima (Moranga), Cucurbita pepo (Abobrinha), C. moschata (Abóbora) e o híbrido Tetsakabuto, resultado do cruzamento entre C. moschata e C. maxima. As flores das abóboras são monóclinas, axilares, vistosas ou, em pequenas inflorescências axilares, tipo cacho. Flor feminina diclamídea, de simetria radial, pentâmera, pétalas soldadas, sem estaminódios. Ovário ínfero grande, tricarpelar e unilocular, às vezes, com grande desenvolvimento das placentas carnosas e com muitos óvulos. Estigma grande, trilobado. Flor masculina pentâmera, diclamídea, simetria radial, 5 estames livres ou unidos dois a dois pelas anteras e parte superior dos filetes, com longas tecas, em geral, sigmóides; às vezes formando uma coluna central proeminente na flor. Fruto tipo pepônio, com epicarpo duro, meso e endocarpo carnosos (JOLY, 1998). Os frutos do híbrido Tetsakabuto são globularesachatados, com casca rugosa e gomos discretos, coloração verde-escura brilhante, pesando 1, 6 Kg, em média (FIGUEIRA, 2000). Flores estaminadas produzem tanto néctar quanto pólen, flores pistiladas produzem apenas néctar. (Em 1968, EISA & MUNGER observaram esterilidade em exemplares femininos e masculinos de C. pepo.). As flores são vistosas, solitárias ou duplas, com antese diurna, sendo encontrados poucos exemplares abertos ao mesmo tempo por planta. Possuem coloração amarela-escura-alaranjada e permanecem abertas por apenas um dia, murchando após esse período. A maioria dos autores dão crédito primário da polinização do gênero Cucurbita às Apis mellifera, sendo que os outros insetos visitantes encontrados em plantações de abóboras, como a Trigoma sp., estão lá apenas para se alimentarem, atuando como polinizadores secundários, tendo em vista que sua anatomia não é favorável à polinização e considerando que esta espécie possui aparelho bucal mastigador próprio à herbivoria. FRONK & SLATER (1956) deram mínimo crédito à polinização feita por Diabrotica spp. Não é afastada a hipótese de outros insetos atuarem como polinizadores randômicos de menor importância. Como as flores costumam abrir por volta das 5: 00 h, Apis mellifera já podem ser encontradas em suas funções, cessando a visita às flores entre 8: 00 h e 9: 00 h (POLLARD, 1954; SANDUALEAC, 1959). Após esse período a plantação é invadida por Trigoma sp., e então é observada uma certa competição interespecífica envolvendo os poucos indivíduos de Apis mellifera ainda presentes e a volumosa população de Trigoma sp. Palavras-chave: polinização, apis mellifera, gênero cucurbita 35 VIEIRA, Priscila Oliveira (aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas da USJT); KUCHINSKI, Francisco B. (professor de Graduação dos cursos de Farmácia, Fisioterapia e Ciências Biológicas da USJT). OS CORAIS Os recifes de coral constituem o mais rico e complexo ambiente marinho localizado entre os trópicos e, freqüentemente, comparado às florestas tropicais pela grande diversidade de espécies. Muitas vezes é comparado ao manguezal por servir de berçário para muitos organismos. Os corais pertencentes ao Filo Cnidária, composto por organismos 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 25 sésseis ou natantes, formadores de estrutura calcária, existem há, aproximadamente, duzentos e cinqüenta milhões de anos. Durante esse período, vêm resistindo a vários abalos ambientais como maremotos, vulcões e tempestades; porém, atualmente, tentam sobreviver à degradação humana que é o principal fator do branqueamento dos corais, ou seja, a perda das algas fotossintetizantes (zooxanthelas) e a conseqüente morte. Alterações na temperatura, salinidade, dinamitação (para a construção de portos e caça submarina), poluição por esgotos clandestinos, derrames de petróleo e produtos químicos como vinhoto, pesticidas e o contínuo desmatamento das regiões litorâneas comprometem diretamente os recifes de coral. Além disso, o fenômeno “El Niño” e o catastrófico “Efeito Estufa” são fatores que contribuem para o aumento da temperatura dos oceanos causando grandes tempestades e que levam a previsões de que nós próximos vinte anos cerca de setenta por cento dos corais estarão mortos. Os efeitos dessa degradação começam a ser sentidos, comprometendo importantes fontes de sobrevivência para milhões de pessoas e espécies que dependem dos corais para sobreviver. Palavras-chave: recifes de coral, zooxantelas, corais. 36 SPOLIDORIO, Mariana Granziera; CARREIRA, Vinicius Soares; CINTRA, Ricardo César; OLIVEIRA, Mariana de; SALIN, Thiago Castillo; SILVA, Aladinici Ferreira da (alunos do curso de Graduação em Ciências Biológicas da USJT). RECUPERAÇÃO DE ÁGUAS POLUÍDAS COM DESPEJOS DOMÉSTICOS NA CIDADE DE SÃO PAULO "Quando se pensa em água em um contexto geral, somos remetidos a um passado evolutivo em que toda a biota se resumia a alguns indivíduos unicelulares primitivos. É daí que se extrai o conceito de maior importância no estudo da água. Foi ela quem possibilitou a evolução das macromoléculas para os indivíduos que posteriormente se evoluiriam em toda a gama de seres complexos que já existiram e existem hoje. Desde então, o ciclo biogeoquímico desse líquido tem sido vital na vida de todos os seres vivos, direta ou indiretamente. Portanto subentende-se: a água é vital.”(DI BERNARDO, 1995). Conforme as populações foram crescendo e se organizando em sociedades complexas, a demanda de água cresceu proporcionalmente. O abastecimento teve de ser otimizado para conseguir atender a todos; surgiram, assim, as redes de distribuição de água. Conseqüentemente, começaram as primeiras redes de esgoto, captando o refugo das residências, indústrias, e demais estabelecimentos, remetendo os dejetos às centrais de tratamento. Esse tratamento visa a disponibilizar à população uma água livre de suspensões sólidas, cheiro, cor, sabor e microorganismos nocivos ao homem, ou seja, uma água ideal (PESSOA, 1995), mais semelhante possível à água pura encontrada nas galerias subterrâneas naturais. O manejo e tratamento da água poluída por esgoto doméstico deve ser muito rigoroso e controlado; o que ocorre no Estado de São Paulo. Este estudo foi idealizado como forma de constatação do estado atual desse manejo em diferentes aspectos inerentes a ele (posteriormente discutidos no decorrer do estudo), devido ao fato de constatar-se que a água na torneira do cidadão, apresenta características diferentes daquelas encontradas nas caixas de armazenamento e de distribuição dos órgãos competentes. Ao longo do trabalho, a água será primeiramente mostrada em seu contexto químico. O tratamento dela será abordado de uma maneira ampla, definindo-se os principais tipos de métodos e propondo outros alternativos. Para uma abordagem maior dos dados, foram feitas visitas a estações de tratamento de esgotos (ETEs) e a estações de tratamento de água, como SABESPCompanhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo- e SAAE- Serviço Autônomo de Água e Esgoto. É inútil discutirse a importância social deste estudo, visto que, como anteriormente dito, a problemática é de relevância total a todos os meios, principalmente, aos acadêmicos científicos, pois estamos tratando do manejo desta substância que nos é imprescindível para a vida em todas as suas manifestações e formas. Palavras-chave: água, tratamento da água, esgotos, tratamentos alternativos da água. 37 CORDEIRO, Flávia A. M; MARTINS, Maria Conceição Belo (bacharéis em Nutrição); CAVALCANTI, Vanessa Leite; SANTOS, Samantha A. S. (aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas); ANGELO, Jorge Roberto (Orientador do trabalho e professor do curso de Ciências Biológicas da USJT) ALIMENTOS TRANSGÊNICOS Os processos biotecnológicos vêm sendo utilizados desde as antigas civilizações gregas e egípcias na fabricação de vinhos, queijos e cerveja. Utilizavam o processo de fermentação, no qual macerados de uvas, cevada e outros produtos básicos eram submetidos à exposição de muitos microorganismos presentes no ar, resultando na produção de derivados úteis ao homem. O cultivo de transgênico é resultado de modernas técnicas da Engenharia Genética, a "biotecnologia", que consiste na aplicação de organismos vivos no desenvolvimento de novos produtos, sendo, simplesmente, mais uma ferramenta do homem na busca do melhoramento genético. Essa técnica permite que as melhores características da espécie sejam retiradas de uma espécie e transferidas para outras. Esses genes "estrangeiros”quebram a seqüência de DNA e introduzem novas características nas células do organismo receptor que sofrerá uma espécie de reprogramação, tornando-se capaz de produzir novas substâncias químicas celulares. Após a alteração esses são chamados transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGMs). A partir da crescente preocupação dos movimentos ambientalistas e outros grupos críticos, desenvolveu-se a necessidade de verificar o conhecimento sobre alimentos transgênicos que os alunos ingressantes da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da USJT por meio de questões fechadas de múltipla escolha. Palavras-chave: transgênico, DNA, gene modificado, biotecnologia. 38 FERRAGINO, Juliana (nutricionista e aluna de Graduação do curso de Educação Física da USJT); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas da USJT). CARBOIDRATOS NA DIETA E NA ATIVIDADE FÍSICA Os carboidratos são as principais fontes energéticas do nosso organismo, correspondendo, portanto, à maior parte das calorias ingeridas pelo ser humano. São fundamentais para a manutenção de esforços prolongados intensos, devendo ser consumidos antes, durante e após o exercício, com o objetivo de melhorar a “performance”. Durante a digestão, os carboidratos são decompostos em glicose, que pode ser utilizada imediatamente ou armazenada na forma de glicogênio no fígado e no músculo esquelético ou, ainda, na forma de gordura, sendo armazenada em adipócitos. Durante os exercícios 26 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 aeróbicos ou anaeróbicos, são utilizados o glicogênio do músculo esquelético e a glicose plasmática, como combustíveis. A glicose do sangue é, sem dúvida, um importante substrato energético durante o exercício submáximo prolongado; porém, as reservas iniciais de glicogênio no músculo esquelético são os determinantes principais da capacidade do indivíduo manter o exercício moderado ou intenso por mais tempo. A depleção do estoque das reservas de glicogênio está diretamente ligada à ocorrência da fadiga. Sendo assim, a dieta à base de carboidratos tem uma importância para a reposição do glicogênio, evitando, dessa forma, dano muscular. O estoque de glicogênio no músculo encontra-se relacionado ao nível de condicionamento físico e à nutrição à base de carboidratos. A reposição do glicogênio utilizado após o exercício é fundamental para a recuperação da atividade de “endurance”. Dada a importância dos carboidratos para a “performance” WILKISON &LIEKMAN (1998) recomendam que indivíduos que se exercitam regularmente devam consumir uma dieta contendo entre 55 - 70% de seu total calórico, na forma de carboidratos. Palavras-chave: carboidratos, glicogênio, glicose. 39 CAMARA, Fabiano Marques (aluno de Graduação do curso de Educação Física da USJT); SANTOS, José Augusto Botega (aluno de Graduação do curso de Educação Física da USJT). TREINAMENTO DE FORÇA EM PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA A reabilitação cardíaca (RC) pode ser considerada como um processo de restauração das funções vitais até os níveis ideais para indivíduos que já apresentaram manifestações de cardiopatias. Os programas de RC são freqüentemente divididos em três fases clínicas: intra-hospitalar, pós-alta (em centros especializados) e programa comunitário. Neles, a prática de atividades físicas tem sido considerada uma forma de ação primária para a reabilitação. Na organização dos programas tradicionais de RC, entretanto, há pouca ênfase ao Treinamento da Força Muscular (TFM) como variável submetida a adaptações, embora seja a capacidade física muito presente nas atividades da vida diária. Interpretações equivocadas a respeito das respostas cardiovasculares aos exercícios com pesos (o aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca) levaram a muitos profissionais a contra-indicar o TFM aos pacientes anginosos, levando à necessidade de determinar até que ponto esse tipo de atividade física é seguro ao cardiopata. O parâmetro de avaliação do trabalho cardíaco durante o exercício físico, freqüentemente utilizado para a verificação da segurança da prescrição de atividades físicas para cardiopatas, é o produto freqüência cardíaca-pressão arterial, denominado duplo-produto. O duplo-produto correlaciona-se ao consumo de oxigênio pelo miocárdio, sendo seu melhor preditor indireto e de fácil verificação. Estudos atuais generalizam os valores aceitáveis para o duplo produto máximo, antes que ocorra um acidente cardiovascular. Entretanto, os diferentes tipos de cardiopatias e a heterogeneidade de pacientes tornam necessário encontrar uma forma de determinação de duplo-produto mais individualizada, levando-se em conta a idade, o sexo, a composição corporal e, principalmente, a capacidade funcional do coração do indivíduo, bem como, o tipo de treinamento prescrito. O objetivo deste trabalho é identificar a intensidade adequada do exercício para força muscular, de acordo com a patologia e o nível de aptidão de cada indivíduo, tendo como parâmetro de avaliação o duplo-produto. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, a fim de se obterem conclusões sobre quais os indicadores de avaliação do duplo-produto mais precisos para uma segura prescrição de TFM aos indivíduos em processo de reabilitação ou de prevenção de problemas cardiovasculares. Palavras-chave: reabilitação cardiovascular, treinamento de força, duplo-produto. 40 NERI, Fabricio Begatti; FERREIRA, Carlos Teixeira; AREAL, Ângelo Augusto Granato; RETT, Flavio Machado; BELTRAME, Rodolfo César Testa (alunos de Graduação do curso de Educação Física da USJT); BOCALINI, Danilo Sales (aluno de Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação Científica da USJT); PAES, André Cosme (aluno de Graduação do curso de Educação Física das Faculdades Metropolitanas Unidas);HADDAD, Cesar F. (docente do curso de Educação Física da USJT). IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSE DOS ALUNOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE AS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES OFERECIDAS PELA USJT A preparação profissional em Educação Física tem sido alvo de muitas reflexões no meio acadêmico. A busca pela cientificidade desenvolveu-se de forma muito abrangente nos últimos anos, ampliando uma crescente produção de conhecimento, devido à grande possibilidade de atuação profissional e conseguindo obter consistência significante para disseminar sua evolução; porém, apresentando, ainda, muitos desafios. O fato de possuir características multidisciplinares e se constituir por diferentes áreas requer estudos mais aprofundados e específicos, os quais têm como meta a ampliação e a atualização dos conhecimentos. Tudo isso é garantido pelo aumento do número de pesquisas. A formação profissional tornou-se o maior problema para os cursos de graduação, sendo o aumento do currículo não seria suficiente para atingir o aprofundamento de conhecimentos. Atualmente, o investimento em atividades extra- curriculares, ou seja, naquelas atividades que não estão integradas à grade de ensino de forma efetiva, é notório, com conteúdo bastante para contribuir à melhor formação do profissional graduando. Essas atividades têm tomado grandes proporções no contexto da formação profissional, dentre as atividades oferecidas pela instituição encontram-se, Semana da Educação Física, Mostra do Movimento Humano, grupos de estudos, ciclos de palestras e outras que ocorrem de forma esporádica, como eventos esportivos e outros dos mais variados estilos. Entretanto, a participação dos alunos da graduação não tem sido muito assídua, o que despertou um interesse: "por que os alunos não participam dessas atividades? " Seria pela motivação ou pelo horário proposto para as atividades? Será que existe um sentimento de satisfação já pré–estabelecido? Enfim, qual é o motivo pelo qual os alunos não se envolvem com as atividades? Diante dessas observações, o objetivo desta pesquisa foi, através de um levantamento de dados obtidos com a aplicação de um questionário, identificar o nível de interesse dos alunos de Educação Física do período matutino da Universidade em participar das atividades extra-curriculares oferecidas pela instituição e, a partir disso, relacionar com a freqüência de adesão desses alunos às atividades. O trabalho tem como relevância a identificação de um problema que poderá intervir não só na formação do futuro profissional, mas, também, nas diretrizes do curso de Educação Física da USJT. Palavras-chave: preparação profissional, formação profissional, atividades extra-curriculares, envolvimento. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 27 41 ISHIGAMI, Sergio Hideo (bacharel em Educação Física - Recreação e Lazer, aluno de Graduação de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Campinas e do Regime de Iniciação Científica do Serviço de Apoio ao Estudante da UNICAMP). LAZER E ADMINISTRAÇÃO: A REALIDADE ADMINISTRATIVA DO PARQUE “PREFEITO CELSO DANIEL”, ENQUANTO UMA OPÇÃO DE LAZER, DIANTE DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ, ESTADO DE SÃO PAULO O Parque “Prefeito Celso Daniel” é considerado, por grande parte da população, o principal equipamento de lazer do município de Santo André. Localizado em uma área nobre do município, próximo à área central, o parque possui um fluxo diário de 6.000 a 12.000 usuários por dia, nos finais de semana, dependendo das condições climáticas. O parque foi escolhido pela pesquisa, em virtude de sua representatividade e desua importância no cenário regional e por ser o único do município que possui um planejamento urbanístico específico para a sua área. Neste trabalho, procuramos levantar as características dos usuários, da administração do parque, que consideramos o principal equipamento de lazer existente no município de Santo André, devido às suas características, ao fluxo de usuários e às opções de lazer oferecidas à população. O trabalho possui, ainda, a intenção de indicar diretrizes para a constituição de uma política de lazer que contemple as necessidades dos usuários do parque. Constitui-se de uma combinação de pesquisa bibliográfica, documental e exploratória, seguindo uma abordagem fundada na dialética da "ação-problema-reflexão-ação". A revisão bibliográfica abordou os temas: lazer, urbanismo e políticas públicas de lazer, o levantamento da história do município e do referido equipamento de lazer, o que possibilitou a inserção dele no contexto urbano municipal. Em seguida, foi elaborado um roteiro para as entrevistas semi-estruturadas aplicadas para 18 usuários do parque, os quais foram analisados através do estabelecimento de categorias. A partir da análise dos dados foram elaborados dois roteiros de entrevistas: um para o Departamento de Lazer e outro para o Departamento de Parques e Áreas Verdes do município, permitindo, assim, o conhecimento dos objetivos e da postura de ambos com relação ao equipamento de lazer pesquisado. O processo permitiu a elaboração de diretrizes para uma política de lazer; divididas de acordo com a organização adotada pelos administradores em geral. As diretrizes elaboradas utilizam-se de um modelo real e apontam novos elementos para a política de lazer adotada pela administração municipal que, a partir desta gestão, iniciou um processo de descentralização de suas atividades com o foco principal voltado para os centros comunitários do município. As diretrizes propostas visam, apenas, à otimização do espaço de lazer do Parque “Prefeito Celso Daniel”. Palavras-chave: lazer, administração pública, políticas públicas, parques públicos, urbanismo. 42 CUNHA, Adriana Luiza; GROSSL, Sílvia; MARIN, Charles; TEODÓZIO, Andreia; VILAÇA, Fabiana Aparecida (alunos de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); ANGELO, Jorge Roberto; KUCHINSKI, Francisco B. (professores da disciplina de Oceanografia e Biologia Marinha da USJT). AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E SEDIMENTOLÓGICA DE UMA PRAIA ARENOSA DO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO O objetivo deste trabalho é analisar a constituição sedimentológica e o perfil morfológico das praias arenosas, sendo que elas podem ser divididas em praias de areia muito grossa, grossa e média, de acordo com a granulometria dos grãos; em praias arenosas expostas ou protegidas, segundo o nível energético das ondas; e, finalmente, em praias arenosas dissipativas, intermediárias e refletivas, dependendo da dinâmica existente entre a sedimentologia e o índice de erosão da praia. A pesquisa foi desenvolvida com base nos estudos realizados na Praia Branca, extremo leste da Ponta da Armação, localizada na cidade de Guarujá, litoral do Estado de São Paulo, Brasil. Foram coletadas amostras do sedimento, ou seja, da areia, que foram levadas para o laboratório de Oceanografia e Biologia Marinha da USJT. Secas em estufa, em seguida foram passadas por peneiras de granulometria, segundo normas da ABNT e analisadas em microscópio estereoscópio. Foram feitas, também, análises do perfil morfológico da Praia Branca, a qual possui em seu território uma ilha continental denominada Ilha da Prainha Branca. Assim, verificou-se que a Praia Branca é uma praia arenosa intermediária, exposta à ação das ondas em sua região central e extremo oeste e protegida, em sua porção leste, apresentando areia de granulação predominantemente média e de constituição tipicamente quartzosa. Palavras-chave: praia, areia, granulometria, intermediária. 43 LOPES, Ricardo dos Santos (aluno de Graduação do curso de Ciências Biológicas e Licenciatura da USJT); CONTI, Michele Marcosian (ex-aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); FRAGA, Lucilane Vieira; PEREIRA, Aline Escudeiro; SANCHES, Gabriela Nolasco (alunos de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); VIEIRA, Vinícius Soares (aluno de Graduação do curso de Gestão Ambiental da Faculdade Senac). MANGUEZAL BRASILEIRO - ECOSSISTEMA O manguezal é um ecossistema litorâneo também denominado de mangue ou mangrove. Sua localização não é específica de litoral, podendo ser encontrado em ilhas oceânicas e mesmo em recifes de corais. Sua existência depende de uma relação entre o mar e um rio. As proporções desse ecossistema no mundo são de aproximadamente 20 milhões de hectares e no Brasil, o manguezal ocupa 25 mil Km², tendo a baixada santista cerca de 100 Km2. Em nosso país, os limites se estendem de Santa Catarina - sul, até o limite norte, Guiana Francesa. O solo apresenta PH ácido, alta fertilidade e é escuro devido à alta quantidade de matéria orgânica. A entrada de água das preamares torna o solo pouco arejado, pois o ar sai, daí a baixa taxa de oxigenação. Esse tipo de solo apresenta um grau de salinidade elevado. A vegetação possui uma floresta densa, porém, pobre. As plantas estão adaptadas ao meio e apresentam raízes escoras e ramificadas, viviparidade, raízes respiratórias, folhas coriáceas com pequeno grau de suculência e dotadas de glândulas de sal.. Podemos citar três gêneros marcantes: Rhizophora, Avicenia e Laguncularia. A fauna do manguezal é representada por crustáceos - caranguejos: Uça, Uca, Aratu, Maria Mulata, Guaiamu; por camarões, siris e cracas. Há outros artrópodos como vespas, abelhas, formigas, mosquitos e aranhas. Moluscos são representados por ostras, mexilhões, espécimes de gastrópodos e um bivalve do gênero Teredo, o cupim do mar ou Turu. Em relação aos cordados, citamos os representantes de peixes, répteis (cágados e jacarés), 28 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 aves (garças, mergulhões, gaivotas, martin-pescador) e mamíferos (guaxinins-mão pelada e capivaras). O desmatamento, moradias, o uso indiscriminado do ecossistema e acidentes com petróleo, entre outros, constituem sérias ameaças a essas regiões costeiras com prejuízos para futuras gerações. Palavras-chave: ecossistema, manguezal, região costeira, crustáceos. 44 JOLY, Christiane Aparecida; LOMBARDI, Daniela Carmassi; TINONIN, Michele Cristina (alunas de Graduação do curso de Ciências Biológicas e da Saúde); LA FALCE, Osvaldir Lanzoni (professor da disciplina de Anatomia da USJT). GÊMEOS CONJUGADOS - UMA UNIÃO ESPECIAL Você já imaginou como seria viver a vida toda ligado a uma outra pessoa? Gêmeos conjugados são conhecidos popularmente como Gêmeos Siameses, termo referido aos irmãos Chang e Eng, que nasceram em Sião (1811), na Tailândia. A união iniciava-se pela cartilagem xifóide (porção final do osso esterno) estendendo-se até a altura do umbigo, contornando lateralmente o corpo. Atualmente, seriam separados com sucesso. Gêmeos conjugados são exclusivamente monozigóticos decorrentes de uma divisão embrionária tardia, provavelmente devido a uma alteração genética, que ainda não pôde ser explicada. Essa divisão ocorre após o 13º dia da fecundação, quando o normal seria ocorrer entre o 3º e o 7º dias. Após pesquisa bibliográfica, podemos dizer que a cada 50.000 gestações, apenas uma resulta em gêmeos monozigóticos. No caso de conjugados, a estatística é de uma em cada 100.000. As probabilidades revelam que 70% dos casos são mulheres e 30% são homens. Morfologicamente, os gêmeos conjugados podem ser divididos em nove tipos: Cephalopagus, Craniothoracopagus, Craniopagus, Dicephalus, Iscophagus, Omphalopagus, Parapagus, Pycophagus, Thoracopagus. Um exemplo de gêmeos conjugados parapagus são as irmãs Abigail e Brittany Hensel, nascidas em 1991. Cada uma tem seu próprio coração e estômago, mas, juntas, dividem três pulmões. Suas espinhas se juntam na pélvis, e abaixo da cintura elas têm órgãos de uma única pessoa. Cada uma controla um lado do corpo. E, mesmo cada uma controlando um braço e uma perna elas têm coordenação suficiente para caminhar como qualquer outra pessoa, levando uma vida praticamente normal. As chances de separação variam conforme a morfologia interna de cada caso, permitindo ou não a separação. Antes da decisão ser tomada, há necessidade de vários testes, para que nenhuma vida seja sacrificada. É preciso conhecer as limitações de um gêmeo conjugado, para respeitá-lo e assim permitir, com ou sem uma cirurgia de separação, uma vida quase normal, afinal, pessoas especiais nunca levam uma vida comum. Palavras-chave: siameses, gêmeos; conjugados. 45 BALASCIO, Marcia; CASSETARI, Luana; NOBRE, Graziella; SILVA, Franklin P. R (alunas de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT); ANGELO, Jorge R.; KUCHINSKI, Francisco B. (professores de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT). EFEITOS DO EL NIÑO E LA NIÑA NO PACÍFICO O Fenômeno El Niño é uma perturbação climático-oceânica que afeta o sistema ecológico do Pacífico e as atividades desenvolvidas na zona costeira com graves repercussões sócio-econômicas. Já o fenômeno climático La Niña é o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico. Normalmente, a temperatura das águas do mar fica em torno de 25ºC e durante o fenômeno La Niña cai para 23 ou 22°C. No El Niño, a temperatura aumenta 3ºC acima da média. Esses fenômenos produzem fortes mudanças na atmosfera, alterando os padrões dos ventos, ocasionando a evaporação das águas e em outros lugares causa o aumento do nível do mar, alterando a temperatura em muitas partes do globo. Alguns dos efeitos causados pelo El Niño alteraram a disponibilidade do fitoplâncton que, como alimento, ficou quase nula. Ele também diminuiu a produção de clorofila, afetando a pesca, a economia nacional e global, trouxe inúmeros efeitos ao continente, à população, à agricultura, e deixou o litoral peruano praticamente sem aves. Os fenômenos El Niño e La Niña causam um atraso velocidade da rotação da Terra. Após os fenômenos, o governo propiciou e estimulou programas globais conscientizando a população sobre os riscos do El Niño e La Niña, além de intensificar a vigilância nas mudanças climáticas e oceânicas. Atualmente, apesar do avanço científico, ainda não existe uma explicação clara sobre as causas físicas primárias e nem sobre os processos que antecipam e determinam esses fenômenos. A termodinâmica do La Niña foi pouco documentada em comparação ao El Niño que é mais conhecido até hoje. Palavras-chave: El Niño, La Niña, climático-oceânico, fenômenos. 46 ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Ciências Biológicas e Educação Física). A QUÍMICA NOS OCEANOS A comunicação química é um fenômeno muito comum no ambiente marinho, facilitada pela água que atua como condutor de moléculas orgânicas e inorgânicas mantendo um "diálogo”químico entre os organismos que ali habitam. Nos oceanos, encontramos formas primitivas de vida, como é o caso das algas, esponjas, corais e anêmonas-do-mar. Tais organismos são desprovidos de sistema nervoso, restringindo-se à comunicação através de mediadores químicas que podem ser comparados aos hormônios da espécie humana produzidos por células glandulares. No ser humano, o transporte de tais moléculas é feito pelo sangue circulante enquanto que nos organismos anteriormente mencionados, é desempenhado pela água do mar. A observação do fenômeno da comunicação química nos oceanos tem sido feita com maior ênfase em ecossistemas marinhos tropicais, mais especificamente nos recifes de coral. Os recifes coralíneos são considerados ecossistemas “maduros” graças às populações especializadas em microambientes. A predação exerce função seletiva sobre tal ecossistema, tendo em vista que os sobreviventes apresentam um maior grau de evolução química, seja na forma de mimetismo, veneno, proteção e outros. Um dos fatores que comprovam o sucesso da comunicação química nos ambientes marinhos é a abundância de relações ecológicas, como por exemplo: a simbiose e o parasitismo. É marcante também a ação dos feromônios que são mensageiros químicos interespecíficos que atuam, principalmente, na atração sexual e favorecem o sincronismo. Quando comparamos os tipos de fecundação interna e externa, constatamos que a externa, por ocorrer no ambiente hídrico, depende de uma atração química entre os gametas (células sexuais masculina e feminina), evitando, dessa 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 29 forma, o desperdício de tais células pelos organismos que as produziram. Estudos biossintéticos que utilizam gás carbônico marcado radiativamente mostraram que quarenta por cento do carbono orgânico fixado pela zooxantela, a partir do gás carbônico, tem como destino os "tecidos”do coral. O principal composto usado na transmissão dessa biomassa é o álcool glicerol, seguido por aminoácidos e gorduras. Esse carbono orgânico contribui significativamente para a satisfação das exigências energéticas dos Cnidários, que podem até viver em jejum durante anos, desde que estejam em ambientes iluminados. No caso da química defensora, pode-se citar os invertebrados como medusas e anêmonas-do-mar que apresentam os nematocistos (células urticantes) que explodem quando em contato com a pele de organismos que nele encostam. Há registros de queimaduras e até morte de banhistas em conseqüência do contato; tais toxinas protéicas podem ser encontradas em outros organismos como forma de ataque. Palavras-chave: Hormônios, veneno, toxinas protéicas, toxinas não-protéicas, nematocistos. 47 FAHRAT, Daniela Daniel; CHIEREGUIN, Maria Cláudia; BRIDA, Priscila Della; MARCHIORI, Cristiane (alunos de Graduação do curso de Ciências Biológicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Ciências Biológicas e Educação Física da USJT). ATAQUES DE TUBARÕES Os tubarões são animais onívoros que possuem uma alimentação que varia de plâncton, focas, leões marinhos, tartarugas a peixes de grande porte. Apesar de serem animais predadores, a carne humana não lhes é agradável, de forma que abandonam a presa logo após o ataque. Esses animais, quando estão em busca de alimento, entram em estado de agressividade ao perceberem a presença de grandes quantidades de humanos. Da média de cem ataques por ano, cerca de quinze a vinte são fatais; sendo o restante engano do animal. O ataque de tubarões à espécie humana é algo difícil de acontecer, devido à rejeição deles à carne humana. Tais ataques acabam ocorrendo devido ao fato de os tubarões confundirem, por exemplo, os surfistas remando com uma de suas presas, como a foca. Os tubarões são animais que possuem os sentidos mais aguçados, capazes de ouvir sons a distância, sentir o cheiro de uma gota de sangue e distinguir cores vibrantes. Existem três tipos de ataques, e são eles: "golpear ou correr", "bater e morder”e "furtivo". A maneira mais correta para prevenção de ataques de tubarões é obter informações sobre a área onde se vai nadar, mergulhar, surfar ou pescar; e, ainda, procurar estar em grupo para não ser o alvo principal e poder ser socorrido a tempo de ter atendimento médico, para controle da hemorragia e afastar a possibilidade de choque. A questão do ataque de tubarões não será resolvida, mas muita coisa pode ser feita com o uso de informações sobre o ataque desses animais, respeitando o limite de segurança das praias e não esquecendo que o oceano é o habitat deles, e que nós somos os predadores. Palavras-chave: ataques de tubarões, engano sobre alimentos, invasão de suas áreas e prevenção. 48 OLIVEIRA, Agda Maria; XAVIER, Lana Jodas; NASCIMENTO, Wellington Barreira (alunos de Graduação do curso de Ciências Biológicas); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas da USJT). ARMAS DE DEFESA E DE ATAQUE NO AMBIENTE MARINHO Apesar das numerosas citações que lhes têm sido consagradas, existem poucos monstros marinhos. Não significa que não haja animais perigosos no oceano. Alguns deles estão mesmo perfeitamente armados para enviarem o nadador imprudente “ad patres”... As armas defensivas dos animais marinhos não são, como é evidente, destinadas ao homem: a evolução forjou-as para que permitam a sobrevivência dos seus detentores no ambiente natural. O peixe-porco, por exemplo, levanta três espinhos dorsais extremamente acerados: um predador que o quisesse comer ficaria com a pele da boca arrancada. O peixe-porco (baliste) das regiões tropicais, quando comido, provoca uma doença chamada ciguatera, cujos sintomas constam de vômitos, diarréias, dores abdominais, perturbações da vista, terríveis dores de cabeça e um enfraquecimento geral. Mas a manifestação mais curiosa da doença consiste no fato de o intoxicado ter as sensações de calor invertidas. Todos os animais marinhos possuem as suas armas de defesa: a medusa é dotada de tentáculos urticantes; o pterois possui espinhos; o peixe-porco conta com as suas cores para enganar o inimigo; a moréia apresenta dentes pontiagudos; as gorgônias estão guarnecidas de células urticantes, tal como as anêmonas-do-mar; nelas, alguns peixes procuram abrigo, sendo exemplo de relação em que escondem e protegem exemplares de peixes-palhaço (Amphiprion). Muitos outros peixes são venenosos, começando pelo célebre “fugu” da cozinha japonesa, que só pode ser preparado por cozinheiros especialmente treinados para cortá-los. Outras espécies são venenosas, como o peixe-aranha, que se enterra na areia, deixando de fora os espinhos da sua barbatana dorsal. O rascasso é igualmente perigoso. Entre os animais inferiores podem ser citados o cone, gastrópode magnífico, capaz de cravar projéteis munidos de um veneno fulminante, ou a fisália, próxima da medusa, cujos filamentos guarnecidos de nematocistos inoculam um veneno mortal. O mergulhador amador deve ter extrema cautela: a regra geral consiste em não tocar em animal algum, mesmo que ele pareça estar morto. Quem um dia, já experimentou as armadilhas do oceano, torna-se naturalmente prudente. A evolução inventou um arsenal de armas eficazes; apesar de não nos estarem destinadas na sua origem, elas podem causar-nos dores cruéis. Palavras-chave: Toxinas marinhas, ciguatera, tentáculos, veneno, armas defensivas. 49 CARVALHO, Carlos Eduardo Lebrão (biólogo - Especialista em Entomologia Urbana; PPV - Controle Intergrado de Pragas; e-mail: [email protected]). FREQÜÊNCIA DE MOSCAS (DÍPTEROS) EM ÁREAS DE LIXEIRA HOSPITALAR Anualmente, milhões de pessoas morrem, em diferentes países em decorrência de enfermidades ligadas à presença de moscas, o qu evidencia um grupo de insetos que se distingue como uma das maiores ameaças à saúde pública. Nos hospitais da cidade de São Paulo a palavra mosca é sinônima de miiases, e de alerta geral para os responsáveis pelo controle de infecção hospitalar. Porém, nem sempre as medidas de cautela mais simples, como telas nas janelas e portas fechadas (barreiras físicas), são adotadas como procedimentos preventivos para o controle de infecções decorrentes de contaminação 30 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 pelas moscas. As lixeiras dos hospitais de São Paulo são ambientes confinados e isolados dos focos externos de infestação e dos criadouros de moscas; porém, não deixam de ser pontos atrativos para a ocorrência de diferentes espécies de moscas. As diversidades de espécies de moscas encontradas nas grandes cidades são tão vastas, que as maiorias passam despercebidas, mesmo entre os profissionais envolvidos no controle delas. Conhecer as diferentes espécies de dípteros envolvidas num programa de controle de moscas é condição básica para se obter sucesso. As armadilhas de captura de moscas são comercialmente oferecidas ao público em geral como um implemento para o controle dessa praga, sendo escolhidas como alternativa de controle sem o uso de defensivos químicos. No entanto, para os controladores de pragas, tais armadilhas podem representar um elemento complementar importante no controle integrado de moscas. Num ensaio de campo, realizado no período de maio e junho de 2001 para avaliar comparativamente quatro tipos de armadilhas disponíveis no comércio, foram capturadas 13 diferentes famílias de moscas. O experimento foi conduzido durante quatro semanas nas áreas de lixeira de cinco hospitais na cidade de São Paulo. Foram testadas três armadilhas adesivas (em forma de fita, placa e bastão) e uma em forma de botijão. A identificação das 538 moscas capturadas gerou a seguinte distribuição em relação à freqüência relativa por famílias de dípteros: Calliphoridae 4, 3%; Cecidomyiidae 3,7%; Chloropidae 0,6%; Drosophilidae 1,5%; Empididae 0,2%; Fannidae 7,1%; Muscidae 7,8%; Phoridae 50 0%; Piophilidae 0,2%; Psychodidae 2,6%; Sarcophagidea 19,0%; Sciaridae 0,6% e Tachinidae 2,6%. Temos, aproximadamente, 120 hospitais espalhados pela cidade de São Paulo, alguns localizados em zonas mais privilegiadas, outros em regiões de periferia da nossa cidade, sofrendo dos mesmos males do descaso com a urbanização e falta dos recursos de saneamento básico e de qualidade de vida. Ligada a esses fatos e ao montante de resíduos descartados pelos hospitais diariamente, (alimentos, embalagens, material de obra, medicamentos e descarte de material infecto contagioso) fica clara a importância de todo esse material; são fontes atrativas para a ocorrência e proliferação de moscas. Portanto, conhecer a entomofauna de um hospital, principalmente os grupos mais importantes de famílias e gêneros dos dípteros, é o passo inicial e decisivo na proposta de controle de moscas. O conhecimento levantado com a amostragem de moscas, a partir das capturas conseguidas pelas armadilhas, gera um grupo muitas vezes distinto de procedimentos que deve ser adotado no programa de controle. Palavras-chave: moscas, hospitais, contaminação. 50 PASCARELLI FILHO, Nelson (biólogo, com Pós-Graduação em Microbiologia; bacharel em Psicologia e Psicanalista; licenciado em Biologia, Matemática e Ciências Naturais; músico e compositor Erudito; consultor científico e educacional; professor universitário; autor da coleção "Educando para o Meio Ambiente”, editora Kalimera/SP; bacharelando em Filosofia pela USJT). DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO Restam apenas 12% das terras cultiváveis no planeta. Perdem-se, anualmente, 6 milhões de hectares de terras cultiváveis e 20 milhões de hectares ficam imprestáveis pela perda de nutrientes. Segundo dados da OMS, decorrentes dessa perda, 450 milhões de pessoas passam fome, 40 milhões de pessoas morrem de doenças da fome, por ano, e 4.566 pessoas morrem por hora. A desertificação ocorre nos países mais carentes de alimentos. 35% das terras do planeta estão ameaçadas, prejudicando 20% da população mundial. A perda da fertilidade das terras aumenta o custo das colheitas, polui os alimentos, o ar e a água. De 1950 a 1990, o uso de fertilizantes passou de 14 a 145 milhões de toneladas. Os resíduos de fertilizantes contaminam os lençóis freáticos (água potável). A monocultura esgota o solo, e as pastagens para criação de cabras e ovelhas destroem a cobertura vegetal, acarretando a erosão e a desertificação que deixam as terras improdutivas e inabitáveis. Nos últimos 150 anos, 1,35 milhões de quilômetros quadrados de terras cultiváveis foram erodidos e desertificados. Como realizar uma educação ambiental eficaz que motive o educando a preservar o valor vida no nosso planeta? O que pode e deve ser feito para se recuperar os solos erodidos e desertificados? A palestra propõe debater essas duas questões. Palavras-chave: desertificação, erosão, fome, monocultura, educação ambiental. 51 D'ASSUNÇÃO, Kátia Regina (aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas da USJT e estagiária da Seção Técnica de Pesquisa e Experimentação, Divisão de Produção - SMMA - PMSP); SILVA, Linda Lacerda (biológa da Seção Técnica e Experimentação da Divisão de Produção - SMMA - PMSP); BRISCHI, Ana Maria (biológa da Seção de Pesquisa e Experimentação da Divisão de Produção -SMMA - PMSP). EFEITO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SALVIA SPLENDENS KER GAWL (LAMIACEAE) Salvia splendens é uma planta herbácea, perene, reta, nativa do Brasil, de 30 - 80cm de altura, folhas ovaladas, denteadas e flores vermelhas em espigas terminais, formadas quase todo ano, sendo indicada para paisagismo. O Viveiro Manequinho Lopes, unidade da Divisão de Produção, produz suas mudas por estaquia e por sementes, as quais apresentam porcentagens de germinação de aproximadamente 0,2%. Com objetivo de aumentar a porcentagem de germinação, as sementes coletadas em fevereiro de 2001, foram imersas em peróxido de hidrogênio a 1%, por 24 horas, no escuro, e, em seguida, submetidas aos seguintes tratamentos com peróxido de hidrogênio a 1%, em presença de luz ambiente: rega 1 vez ao dia; rega 1 vez ao dia por 8 dias; rega 1 vez ao dia por 12 dias e controle. As sementes foram colocadas em placas de petri, contendo areia. O delineamento estatístico foi o de bloco ao acaso, contendo 4 blocos e 400 sementes por tratamento. Os parâmetros avaliados foram a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de emergência (I.V.E.). As porcentagens de germinação e I.V.E., após quarenta e três dias, foram de: 4,95%; 9,0%; 18%; 0,1% e 0,68%; 1,12%; 1, 53%; 0,02%, para os tratamentos de rega por 4 dias, 8 dias, 12 dias e controle, respectivamente. Os resultados sugerem que o peróxido de hidrogênio pode favorecer a germinação dos embriões existentes. Palavras-chave: sementes, germinação, plantas. 52 OLIVEIRA, Leonardo de (bacharel em Ciências Biológicas pela USJT); SILVA, Kátia Freire da (aluna do curso de Ciências Biológicas da Universidade Ibirapuera). 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 31 BORBOLETAS QUE OCORREM NO SESC INTERLAGOS EM SÃO PAULO, SP Áreas verdes dentro de grandes cidades são, de modo geral, locais escassos e quase sempre isolados. Constituem verdadeiras “ilhas verdes” circundadas pela malha urbana e oferecem alimento e proteção para diversas espécies animais, principalmente, aves e invertebrados. O Sesc Interlagos, localizado no bairro de Jardim Primavera, sul da região metropolitana de São Paulo, é uma dessas ilhas. Com 500.000 m2 de área, possui 1.6ha de Mata Atlântica remanescente, regiões alagadas, conjunto de lagos e faz limite territorial com a represa Billings. Durante os meses de março a dezembro de 2001, foi realizado o levantamento preliminar das espécies de borboletas ocorrentes na área do Sesc, observando-se a ocorrência sazonal, além da identificação de plantas hospedeiras de indivíduos imaturos. As borboletas foram coletadas através de processos ativos e passivos, em sete pontos pré-determinados no interior da unidade. Os pontos de amostragem foram respectivamente: Mata Atlântica, Bosque do Viveiro de Plantas, Nascente do Bambu, Viveiro de Plantas, Bambuzal e Bosque das Cássias, Brejão e Mata da Fazendinha. A coleta passiva consistiu na captura de indivíduos adultos através da colocação de armadilhas construídas com cilindros de sombrite 70%, acoplados a bandejas contendo frutas maduras e/ou em estado de fermentação como iscas. A coleta ativa baseou-se na captura direta do inseto, tanto na fase adulta quanto em outras fases do seu desenvolvimento. Tal coleta foi realizada percorrendo-se, mensalmente, os pontos de amostragem nos períodos matutino e vespertino entre 10h e 15h, período de maior atividade das borboletas, principalmente nos dias ensolarados e com menor nebulosidade. Os imaturos (ovos, larvas e pupas) encontrados foram coletados e as informações, a respeito da planta hospedeira (identificação e local de ocorrência), anotadas. Esses eram criados até completarem a metamorfose, quando se procedia a identificação, enquanto que os adultos coletados eram fixados e identificados posteriormente, tomando-se os devidos cuidados para não sacrificar mais de um indivíduo por espécie. Durante os dez meses de observações e coleta registrou-se a presença de 70 espécies de borboletas, sendo que 48 pertencem à família Nymphalidae, 10 a Lycaenidae, 07 a Pieridae e 05 a Papilionidae, não sendo registrados, neste trabalho, indivíduos da família Hesperiidae. Desse total, 27 (39, 7%) espécies tiveram sua presença registrada na área em todos os meses amostrados, enquanto que 41 (60, 3%) tiveram ocorrência restrita a determinados meses ou a épocas do ano. Quanto às plantas hospedeiras de indivíduos imaturos, há, até o momento, 10 espécies identificadas, das quais pelo menos a metade está de acordo com o descrito em literatura para outras áreas, indicando a especificidade entre lagarta parasita e planta hospedeira. Palavras-chave: insetos, borboletas, parques urbanos. 53 BROGGINI, Luciana Sheila Cardoso (aluna de Graduação do curso de Farmácia da USJT); FÁVERO, Oriana Aparecida (professora mestra da disciplina de Botânica Aplicada da USJT). PROJETO GRAVIOLA A pesquisa com fitoterápicos ganhou tamanha expressão que, neste ano, por intermédio de decisão unânime do quarto ano de farmácia bioquímica da USJT, convencionou-se disciplinar a Expofarma em torno de um único tema: Annona muricata, um vegetal arbóreo muito utilizado na medicina popular das regiões norte e nordeste do Brasil, e pouco conhecido no meio científico. Em levantamento bibliográfico realizado, demonstrou-se tratar de uma planta que contêm princípios ativos capazes de atuar com mecanismos farmacodinâmicos distintos: antiparasitário (leishmaniose, trichomoníase), antimicrobiano (Staphylococcos aureus, Escherichia coli), hipotensivo e, principalmente, antitumoral (câncer de próstata). Com as múltiplas atividades apresentadas, faz-se necessária a desmitificação, gerando-se, portanto, as pesquisas laboratoriais que estão sendo realizadas. A adequação dos métodos e a participação ativa dos acadêmicos e docentes, torna essa comprovação (ou não) uma realidade. Com a ética e a parceria de todos os indivíduos envolvidos, que estão sendo realizados durante os experimentos, pretende-se um amadurecimento profissional daqueles que estão se lançando no mercado de trabalho, e a uma readequação dos docentes em sua "práxis" do processo orientação-educação, buscando sempre uma melhoria no ensino universitário e na arte de desenvolver grandes projetos como este, contribuindo, assim, com a qualidade do ensino e com o papel fundamental para aqueles que estão em busca de uma realização profissional, o trabalho em equipe. Palavras-chave: annona muricata, antitumoral, trabalho em equipe, orientação acadêmica. 54 ZELI, Renata Celeste (aluna de Graduação do curso de Farmácia Industrial). PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA Homeopatia- do grego homoios: semelhantes; pathos: doença - é uma doutrina médica fundada por volta de 1800 pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (Farmacopéia Homeopática Brasileira, 1977), baseada na "lei dos semelhantes”ou "Simila Similibus Curentur", na qual é dado ao doente, em doses terapêuticas, um medicamento que produza um conjunto de sintomas semelhantes ao quadro clínico do paciente. O método de Hahnemann é o mais utilizado, sendo conhecido como o de frascos múltiplos, por serem utilizados tantos frascos quanto forem as diluições, quando comparado ao método Korsakoviano (frasco único, desprezando-se as diluições anteriores e utilizando sempre o mesmo frasco); em ambos os métodos devem ser realizadas 100 sucussões ao término de cada diluição. As sucussões deverão ser em um movimento contínuo e ritmado com o antebraço, no sentido vertical, de modo que haja um choque do fundo do frasco contra uma superfície semi-rígida. O medicamento pode ser de origem vegetal, animal, mineral, químico-farmacêutica e biológica. Nos químicos-farmacêuticos, são utilizados medicamentos alopáticos, praguicidas, etc.; e os de origem biológica, são aqueles de organismos vivos ou não, patológicos ou fisiológicos. Tal medicamento é produzido em doses mínimas, em concentrações de 1% e 10%, principalmente; são denominadas centesimal e decimal, respectivamente. Outras concentrações também são utilizadas, como, por exemplo, a cinqüenta milesimal. Apresentam diversas formas farmacêuticas, sendo: gotas, glóbulos, pastilhas, pós, tabletes, doses únicas, doses preparadas, papéis, e, também, de uso externo, como cremes, pomadas e géis. A homeopatia vem se desenvolvendo a cada dia, mantendo-se sempre atualizada com a tecnologia, e preservando os métodos antigos, o que a fez perder o conceito de esotérica e passar a ser uma terapêutica com bases científicas, além de muito utilizada no mundo e adotada por muitos médicos como doutrina e filosofia. Palavras-chave: homeopatia, Samuel Hahnemann. 32 55 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 SOUZA, Fernando Felipe (aluno de Graduação do curso de Farmácia da USJT). GENGIBRE, UMA ESPECIARIA FARMACÊUTICA O Zingiber officinalis ou gengibre, como é mais conhecido, é uma planta herbácea de origem asiática e é cultivado, atualmente, nas Índias Ocidentais, Japão, Brasil, África Ocidental e em outros países de clima tropical. Apresenta pseudo caule, folhas alongadas e flores na forma de inflorescência. O seu plantio deve ser feito com os pedaços do rizoma (caule em forma de raiz, em geral subterrâneo), que contenham um olho (gema), e separados à distância de 10 cm um do outro. Não se deve, entretanto, plantar-se durante anos seguidos no mesmo lugar, pois isso diminui a produção. O princípio ativo utilizado para fins farmacológicos e na arte culinária é o próprio rizoma, cuja composição química é formada por água, carboidratos, minerais, vitaminas, proteínas, aminoácidos e óleos essenciais. Essa última é responsável pelas propriedades medicinais que se referem ao gengibre; tais óleos essenciais possuem propriedades farmacológicas bem variadas que são aplicadas em muitas doenças. Atuam no sistema digestivo, nervoso central e respiratório, estimulam o sistema circulatório, induzem à transpiração, abaixam o nível de colesterol no sangue, entre outros. A utilização do gengibre só apresenta restrições com relação a gestantes, lactantes e pacientes com cálculos biliarese as formas farmacêuticas dele mais conhecidas são os alcoolatos, os infusos, extratos fluídos, pó tintura e pastilhas. Este trabalho visa a divulgar ao público leigo que o gengibre não é só usado como tempero e que seu princípio ativo é útil na área farmacêutica. Palavras-chave: gengibre, princípio ativo, propriedades farmacológicas. 56 RODRIGUES, Washington (aluno do curso de Administração de Empresas e Negócios da Universidade do Vale do Paraíba); SANTIN, Nilson (mestre e orientador do trabalho de iniciação científica Supply Chain Management). SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS) Nos dias de hoje, já no início do século XXI, o grande objetivo das empresas é minimizar custos de produtos e, principalmente, melhorar a eficiência no atendimento aos seus clientes. Um fator determinante para que esses objetivos se concretizem é o Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. O presente trabalho visa a apresentar os conceitos de Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento), suas ferramentas básicas de apoio, parcerias que o auxiliam e a importância da logística integrada. Através de pesquisa bibliográfica, conseguimos o seguinte conceito: Supply Chain Management é uma forma integrada de planejar, controlar e otimizar o fluxo de bens e produtos, informações e recursos, desde os fornecedores, passando pelos produtores, distribuidores, atacadistas até ao cliente final, administrando as relações e movimentações na cadeia logística, através das tecnologias da informação. Essas tecnologias são meios de comunicação como softwares, serviços de atendimento ao cliente e outras formas de reportar, aos integrantes da cadeia de abastecimento, informações que os levem desde o dimensionamento da produção até estratégias que visem à satisfação do cliente final. Dessa forma, as organizações que optarem pelo Supply Chain Management terão fatores que irão diferenciá-las das outras empresas, pois estarão em sincronia com a cadeia de abastecimento, não criando estoques desnecessários, gerando baixos custos de produção que serão refletidos nos produtos, e, conseqüentemente, gerando um aumento na satisfação dos clientes quanto ao preço e à disponibilidade dos bens e produtos. Palavras-chave: supply chain, cadeia de suprimentos, logística. 57 SUEN, Alberto Sanyuan (professor de cursos de Administração e Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo / EAESP-FGV e do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais / IBMEC); KIMURA, Herbert; PERERA, Luiz Carlos Jacob (professores do curso de Administração e Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie). A FUNÇÃO DE COMPLIANCE NAS ORGANIZAÇÕES MODERNAS Nas organizações modernas, a gestão de riscos torna-se cada dia mais importante. Entre os diversos riscos que a organização deve administrar está o risco legal. O risco legal representa a possível perda advinda por uma equivocada interpretação de uma norma aplicável à empresa. O erro na interpretação da norma pode levar a organização a agir de forma não regular, implicando possíveis multas ou processos. A função Compliance nas organizações modernas está estruturada para permitir o rápido entendimento das normas aplicáveis à empresa e sua devida difusão para os diversos setores envolvidos. Além das normas externas às empresas, a função Compliance tem se incumbido, também, de gerenciar a difusão das normas internas, envolvendo normas de condutas éticas e profissionais. O papel desse processo de difusão de normas é muito importante para gerar uma cultura organizacional apropriada para enfrentar os desafios modernos de eficiência e competitividade. O trabalho apresentará as principais contribuições da função Compliance na administração da empresa moderna. Palavras-chave: gestão de risco, risco legal, risco operacional, compliance, norma jurídica, norma ética. 58 FERREIRA, Lenira Domingues (pedagoga e bacharel em Direito pela USJT). PROJETO AMEI - ADOLESCENTE EM MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA PARA EDUCAR E INTEGRAR A eficácia do sistema sócio-educativo de atendimento ao adolescente infrator depende, em grande parte, da adesão e do comprometimento das forças sociais representativas da cidade na gestão do problema. A atitude social mais freqüente é a de distanciamento e de segregação. É fundamental mudar o tipo de relação que a comunidade tem com os adolescentes. Eles precisam encontrar respostas concretas para suas necessidades. Para isso, a comunidade terá de saber se seu preconceito e distanciamento correspondem ou não à realidade. A primeira experiência do PROJETO AMEI aconteceu no Espaço Gente Jovem São João Batista, localizado na rua Coronel Marques, 100 - Vila Carrão, e recebeu o apoio da diretora Sra. Ionilda Trentin Gonçalves e de todo quadro de funcionários que colaboraram efetivamente para que conseguíssemos atingir os nossos objetivos. Essa entidade possui convênio com a Secretaria da Assistência Social do Município de São Paulo e é supervisionada pela SAS- Mooca/AF. O objetivo do trabalho com os adolescentes infratores deve ser, justamente, o de vinculá-los aos programas/serviços que podem ajudar a montar outro projeto de vida, bem como incluí-los em experiências 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 33 significativas de socialização. A ausência de informações objetivas sobre a real dimensão da delinqüência juvenil leva a equívocos. Existe o alarmismo social em torno do problema e a tendência a confundir duas situações distintas: as crianças e adolescentes que fizeram das ruas seu espaço de luta pela sobrevivência e os adolescentes que cometeram infrações. Conhecer é uma forma de garantir direitos. Prestar serviços à comunidade constitui-se numa medida com forte apelo comunitário e educativo tanto para o jovem infrator quanto a comunidade que, por sua vez, poderá responsabilizar-se pelo desenvolvimento integral desse adolescente. Para o jovem é dada a experiência da vida comunitária, de valores sociais e de compromisso social. As atividades não devem ser repetitivas, humilhantes, discriminatórias, por isso, os locais indicados pela lei sugerem instituições onde o adolescente possa desenvolver a solidariedade e o apego ao coletivo, ao bem-comum. A prestação de serviço à comunidade será cada vez mais efetiva, à medida que houver o adequado acompanhamento do adolescente pelo órgão executor, o apoio da entidade que o recebe, e a utilidade real da dimensão social do trabalho realizado, sem rivalizar com a escolarização e promovendo o real desenvolvimento de suas aptidões. Nessa medida, está presente a possibilidade do jovem construir um lugar novo para si mesmo na comunidade, a possibilidade de transformar sua condição "de problema para solução", a partir do desenvolvimento de suas habilidades. O Estatuto da Criança e do Adolescente vem garantir esses direitos, bem como a Lei nº 13.187, 16 de outubro de 2001, da Vereadora Aldaiza Sposati-PT, que proíbe o uso da palavra "menor” na descrição dos projetos e atividades referentes à criança e ao adolescente inseridos no Orçamento programa anual do Município de São Paulo, evitando-se, assim, a discriminação. Palavras-chave: medida sócio-educativa, Direito do adolescente, ética, responsabilidade. 59 MIRANDA, Rosemeire Nicácio de (advogada; aluna de Graduação do curso de Filosofia da USJT). APONTAMENTOS SOBRE DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE A ciência e a tecnologia que influenciam as transformações sociais e que trazem novos desafios para as ordens nacional e internacional apresentam um caráter paradoxal, ou seja, de um lado fundamentam um discurso que privilegia e acentua a promoção da dinâmica do desenvolvimento - "progresso do homem" -, e, de outro, ações humanas que produzem amplos efeitos quanto à utilização contínua, progressiva e desordenada do meio ambiente. Assim, nota-se que, segundo observações do ilustre Prof. Dr. Guido Fernando Silva Soares, a partir de 1960, por conta dos grandes desastres ecológicos, começa a se desenvolver o Direito Internacional do meio ambiente, posto que as questões ambientais, quanto à abrangência, não mais se limitam ao espaço de um Estado, mas sim, na justaposição desses na existência de interesses comuns. Assim é o que se percebe, por exemplo, na preservação para a não contaminação do meio marinho (Convenção das Nações sobre o Direito do Mar) e do "curso das águas internacionais", novo conceito de rio internacional assinalado pela Profª. Victória Abellán em razão das correntes que atravessam ou fazem fronteira com o território de dois ou mais Estados. Delimita-se, então, a proposta de trabalho, focando-se na problemática que se coloca quando da resolução dos conflitos internacionais do meio ambiente. Nesse contexto, nota-se que, diante da complexidade de novos fenômenos no Direito Internacional, não mais existe a possibilidade de resolução deles com base nos elementos apresentados pela teoria do Direito Internacional clássico. Isso posto, faz-se necessário perceber a dinâmica da mutação basilar entre o Direito Internacional clássico e o contemporâneo (que não se apresentam como fases históricas sucessivas), analisando as técnicas, os pressupostos e os objetivos traçados diante de novas e urgentes necessidades da comunidade internacional no que toca à questão ambiental. Palavras-chave: direito internacional público, meio ambiente. 60 LIMONGELLI, Ana Martha de A. & CAGNO, Maurício (professores do curso de Educação Física e da Pró-Reitoria de Extensão da USJT). PROGRAMA DE ATIVIDADES COMUNITÁRIAS (PAC): PERCURSO HISTÓRICO-PEDAGÓGICO A USJT, ao longo de sua existência, esteve comprometida com a qualidade dos serviços prestados. Essa qualidade fundamenta-se por uma dinâmica educacional responsável, atual, científica e, principalmente, comprometida com a ação social, através do binômio educação - ação social. A partir disso, a Universidade oferece à comunidade vários projetos de extensão e, dentre esses, o Programa de Atividades Comunitárias (PAC), o qual atende crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência. O objetivo acadêmico do PAC é promover a integração entre a formação profissional do graduando em Educação Física e sua respectiva ação social. Tal integração envolve a participação ativa de coordenadores, professores e alunos inseridos em um contexto de reflexões contínuas sobre conteúdos, valores, ações pedagógicas e tomadas de decisões. Para a compreensão desse conjunto de ações, faz-se necessário registrar o percurso histórico do Programa. Assim, este estudo tem o objetivo de apresentar o percurso histórico-pedagógico do Programa de Atividades Comunitárias (PAC), no que tange à Educação Física. Para tanto foi realizada uma pesquisa descritiva, da qual participaram os coordenadores, professores e monitores do programa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas, cujos resultados foram submetidos à análise de conteúdo. Tais resultados foram organizados a partir de cinco temas aglutinadores, estabelecidos “a priori”: caracterização do PAC; percurso histórico do PAC; percurso pedagógico do PAC; avaliação preliminar do PAC; e sugestões futuras para o PAC. Cada um desses cinco temas foi subdividido em categorias molares. A partir das análises realizadas, constatou-se que o Curso de Educação Física da USJT contribui para o binômio educação - ação social através da operacionalização do PAC, e que o ajustamento do programa aos eixos norteadores da Universidade e do Curso de Educação Física passa pela reflexão do seu percurso histórico-pedagógico. Assim, considera-se que as reflexões futuras sobre o percurso histórico-pedagógico do PAC, com todos os seus membros, poderão proporcionar uma visão pedagógica mais ampliada e ajustada, contribuindo com a melhoria na prestação de serviços e melhoria na formação acadêmica do aluno da Universidade. Palavras-chave: formação acadêmica, ação social. 61 KOTANI, Jéssica; BRINO, Fernanda (alunas de Graduação do curso de Educação Física da USJT); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas da USJT). 34 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 O METABOLISMO DOS LIPÍDIOS NO ORGANISMO Os lipídios são classificados como: triglicerídios, fosfolipídios e colesterol. Os triglicerídios são essencialmente a principal reserva energética do organismo. Alguns lipídios são utilizados na formação da membrana plasmática (celular) e de outras partes da célula. Quando os lipídios, depositados na membrana das células que compõem o tecido adiposo (lipoproteína lipase), precisam ser utilizados, esses devem ser transportados sob a forma de ácidos graxos livres para outros tecidos, tais ácidos são derivados da hidrólise dos triglicerídios armazenados nas células adiposas (adipócitos). O processo de hidrólise é estimulado devido à glicose não apresentar quantidades suficientes para formação do novo glicerol. A concentração de glicerol na célula diminui e os triglicerídios dissociam-se em ácidos graxos e glicerol que serão liberados no sangue em que uma lipase celular sensível a hormônio é ativada, promovendo a hidrólise ainda mais rapidamente. Ao sair das células adiposas, os ácidos graxos ionizam-se fortemente ao plasma combinando-se com a albumina, denominando-se ácidos graxos livres. Os quilomícrons são pequenas gotículas de gordura que circulam no sangue até serem totalmente removidos e, a partir daí, os lipídios no plasma encontram-se na forma de lipoproteínas. As lipoproteínas são classificadas em: lipoproteínas de densidade muito baixa, lipoproteínas de baixa densidade e lipoproteínas de alta densidade - são formadas no fígado e sua principal função é transportar lipídios por todo organismo. As células hepáticas (hepatócitos) têm grande capacidade de dessaturação dos ácidos graxos do fígado, que é efetuada por uma desidrogenase nas células hepáticas, sendo muito importante para todos os tecidos do organismo. A molécula de ácido graxo é transportada pela carnitina para o interior das mitocôndrias, em que é destituída através da formação da acetil Co-A, cujo processo é denominado beta-oxidação. Essas moléculas de acetil Co-A entram no ciclo do ácido cítrico, sendo transformadas em dióxido de carbono e átomos de hidrogênio. Logo após, o hidrogênio é oxidado formando moléculas de ATP (Trifosfato de Adenosina). O fígado utiliza pequena proporção da acetil Co-A para seus próprios processos metabólicos. Na verdade, ocorre condensação de pares de acetil Co-A para a formação do ácido acetoacético e parte dele é convertida em b-hidroxibutírico, enquanto pequenas quantidades são transformadas em acetona. Esses ácidos difundem-se livremente através das membranas celulares hepáticas e são transportados pelo sangue para outras células, nas quais são utilizados para produção de energia. A síntese dos lipídios, a partir do excesso de carboidratos, pode ser armazenada para uso posterior sob forma de glicogênio, apesar de ser muito pequena em relação à energia armazenada sob forma de lipídio. Alguns hormônios secretados pelas glândulas endócrinas, utilizam lipídios para exercerem seus efeitos, são os casos da epinefrina, da norepinefrina, da corticotropina e de outros. O colesterol é constituinte indispensável da membrana e precursor de compostos importantes para o organismo animal tais como: ácidos biliares e hormônios esteróides (estrogênios, androgênios, corticóides e progesterona). Pode-se citar um problema no metabolismo dos lipídios no organismo, a Arteriosclerose, que é uma doença decorrente do endurecimento generalizado das artérias, caracterizada pelo aparecimento de depósitos lipídicos de colesterol nas artérias. Palavras-chave: Ácido graxo, glicerol, lipídio, lipoproteínas, Arteriosclerose. 62 AMARAL, Paulo Costa; CUNHA, Susi de Oliveira; GRAÇAS, Giovanni; SILVA, Elton de Toledo (alunos de Graduação do curso de Educação Física); ANGELO, Jorge Roberto (professor de Graduação dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas da USJT). LESÕES TENDINOSAS POR ESFORÇOS REPETITIVOS Os tendões são estruturas que ligam os músculos aos ossos, fazem parte das estruturas que denominamos ósteo/músculo/tendíneas. São compostos por tecidos conjuntivos denso-modelados, inserindo-se em tuberosidades ósseas, propiciando que a contração muscular exerça movimentos harmônicos entre ossos e musculatura. Os músculos são divididos em três partes anatômicas: cabeça, ventre e cauda sendo que essa última é constituída por uma longa e rígida estrutura que é o tendão. Todo músculo tem origem e inserção em alguma estrutura óssea, portanto, normalmente existem tendões responsáveis pela inserção. O homem está sempre em movimento, até mesmo ao dormir; há regiões de seu corpo que se movimentam mesmo que a amplitude do movimento seja pequena, portanto, o sistema articular humano (ossos, músculos, ligamentos e outros.) não cessa seu trabalho. Constantemente repetem-se movimentos articulares que, se forem realizados de forma um pouco mais intensa e brusca, podem acarretar uma sobrecarga no tendão. Mesmo que o ventre muscular desse tendão esteja condicionado a suportar a ação, dificilmente ele estará na mesma condição, ocasionando-se, assim, microtraumas, que deixam o tecido conjuntivo denso-modelado desorganizado, deixando o tendão de certa forma, lesionado. Esses pequenos traumas podem compreender regiões tão pequenas do tecido que, normalmente, não percebemos no momento do trauma; porém, a partir de uma pequena lesão, outras regiões do tecido começarão, também, a sofrer traumas, isso se a intensidade da ação muscular continuar a mesma até que gradativamente uma região maior é atingida e a inflamação torna-se inevitável, causando assim tendinites e tenossinovites atualmente denominadas de LER (Lesão por Esforços Repetitivos). Uma vez detectada a lesão, o tratamento varia de acordo com a fase (aguda ou crônica) e com o estágio evolutivo (grau). O repouso do membro afetado é importante, na fase aguda. O uso de próteses adequadas pode ser necessário nessa fase. A reabilitação deve ser instituída o mais cedo possível para evitar atrofias musculares. Para lesões sub-agudas ou crônicas são indicadas medidas fisioterápicas e a hidroterapia. A infiltração de zonas "gatilho” ou de hipersensibilidade pode ser efetiva. Para melhorar a qualidade do sono, proporcionar o descanso e recuperação de energia, podem ser necessários relaxantes. Dependendo da condição do paciente, são indicados aconselhamentos psicológicos, medicação antidepressiva e/ou um programa para cuidar do “stress”. Com um condicionamento físico adequado, reduz-se a possibilidade de ocorrer fadiga; portanto, a boa forma física contribui para a melhora dos sintomas e para o retorno seguro à vida normal. Os exercícios físicos são indicados para melhorar a flexibilidade articular, promover alongamento e fortalecimento muscular. Também ajudam a combater o “stress”, favorecem o relaxamento e colaboram para diminuir a dor pela liberação de endorfina. Nesse trabalho procurou-se evidenciar as alterações biológicas e anatômicas que ocorrem no tecido conjuntivo denso-modelado (tendão) no momento de traumas e lesões, como os sistemas articular, muscular e ósseo reagem frente ao problema além de como pode ser reconstituído o tecido e a relação harmônica entre os sistemas estudados responsáveis pelo movimento humano. Palavras-chave: Tendão, tendinite, tenossinovite, lesão por esforços repetitivos. 2002 63 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 35 FIRMINO, Luciane Reis; ROMÃO, Marina Melo (alunas de Graduação do curso de Nutrição da FISP). A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INDUZIDA PELA GRAVIDEZ A hipertensão induzida pela gravidez (HIG) é uma séria complicação que pode ocorrer durante o período gestacional. Essa síndrome é caracterizada por edema, proteinúria, hipertensão (140/90 ou mais). Também estão presentes, hipoalbuminemia, hipovolemia e hemoconcentração subseqüente. Os sintomas incluem irritabilidade, náusea, vômito, nervosismo, cefaléia severa, estados alterados de consciência, dor epigástrica e oligúria. Desenvolve-se no terceiro trimestre, afeta 7 a 8% da população obstétrica, com maior freqüência nas primigrávidas (primeira gravidez), mulheres com mais de 35 anos de idade, ou de baixo “status" socioeconômico. A eclampsia é a manifestação mais grave dessa patologia, ocorrendo convulsões próximo ao trabalho de parto. A etiologia ainda é desconhecida, mas pode estar associada à baixa condição socioeconômica (que dificulta o acesso ao acompanhamento pré-natal adequado, no qual seria feita a medida da pressão arterial, pesquisa de edema e dosagem de proteína na urina). Fatores nutricionais também podem estar relacionados. A desnutrição protéico-calórica diminui a quantidade de proteína plasmática e aumenta a reabsorção de água e sódio. Existem estudos relacionando a ingestão de cálcio com a HIG, porque o cálcio será mobilizado dos ossos da mãe devido à diminuição dessas proteínas, prejudicando o transporte da vitamina D, a síntese e a fixação do próprio cálcio. Existe também uma perda considerável do potássio devido à reabsorção do sódio. Nosso trabalho tem como objetivo enfatizar a relevância da nutrição na prevenção e tratamento da HIG que, quando não tratada, pode levar ao óbito da gestante e/ou do bebê. A nutrição pode prevenir esses ataques de eclampsia e de morte, prevenir, quando possível, a hipertensão crônica, após o parto; normalizar pressões sanguíneas anormais; reduzir qualquer desnutrição protéico-calórica subjacente, e monitorar qualquer ganho súbito de peso (mais que 1 Kg/semana), não explicável, pela ingestão de alimentos. As recomendações dietéticas preconizam que a dieta deve ser individualizada, controlando-se a ingestão de sódio em torno de 2g/dia, 6 refeições diárias, enfatizando fontes de cálcio, potássio e proteína; porém, em alguns casos, é necessária a suplementação medicamentosa. Não é aconselhável o uso de diuréticos, pois, além de levar ao desequilíbrio eletrolítico, pode lesar o feto. Desse modo, conclui-se que a Nutrição é fator para a prevenção e terapia de tal estado patológico, sendo de suma importância a sua participação em equipe multidisciplinar. Palavras-chave: HIG, edema, proteinúria, hipertensão, eclampsia. 64 LOUREIRO JUNIOR, Marco Antonio (aluno de Graduação do curso de Farmácia Bioquímica da USJT); NUNES, Daniela Cristina Carnavale (aluna de Graduação do curso de Farmácia Industrial da USJT). ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO CYMBOPOGUN CITRATUS A ocorrência de óleos voláteis em Angiospermas monocotiledôneas é relativamente rara, com exceção das gramíneas (especialmente espécies de Cymbopogon, Vetiveria e Zingiberáceas). O “capim limão” é uma planta de porte herbáceo, rizomatosa, de ciclo perene e que se desenvolve formando touceiras grandes e densas de até dois metros. As folhas são verdeclaras, de forma linear e alongada, apresentando textura áspera, finamente estriadas, com bordos lisos e cortantes. As flores apresentam-se agrupadas em inflorescências do tipo panícula. O Cymbopogon citratus, também conhecido popularmente por “capim limão”, é rico em óleo essencial, sendo que esse se encontra nas células alongadas do parênquima foliar, mais abundante na parte superior das folhas. Seu óleo essencial apresenta como principal constituinte o citral, que é formado por dois isômeros: geraniol e nerol. Segundo SOUZA et. al., 1991 in SILVA, E.B da (1997) foi comprovado que o óleo essencial do “capim limão” apresenta atividade antibacteriana contra Baccilus subtilis, Staphyloccus aureus e em menor intensidade contra Escherichia coli. Em experiências realizadas, também foi determinada uma atividade antifúngica, inseticida e larvicida (contra mosca comum). A colheita das folhas devem ser feitas 4 meses após o plantio, duas vezes ao ano, e a sua secagem deve ser ao ar livre, em local sombreado e bem ventilado, ou em secador com temperatura máxima de 35º C. Palavras-chave: “capim-limão”, cymbopogun citratus, atividade antimicrobiana, citral. 65 AVEIRO, Sonia Maria L. & NEVES, Maria Vilalba Oliveira de. (psicólogas formadas pela USJT). ADOÇÃO E REPETIÇÃO: UM ENFOQUE DA TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA NUMA CLÍNICA UNIVERSITÁRIA Adoção/Repetição foi o tema escolhido para este trabalho de conclusão do curso de Psicologia. Com o objetivo de realizar um levantamento bibliográfico, ilustrado por um atendimento realizado na Clínica da USJT, o enfoque foi a Terapia Familiar Sistêmica, a qual busca compreender as relações entre o padrão de repetição e triangulação nos processos envolvidos como coalizão, segredo, entre outros. A queixa inicial do casal foi a busca de apoio psicológico para revelação do segredo. No decorrer das sessões, tornou-se evidente que os pais não desejavam revelar a origem adotiva à criança, o que iria contrariar os padrões da cultura e dos mitos intrafamiliares. O trabalho conclui que a estrutura e a dinâmica da família se fortaleceram a ponto de se decidirem que, na medida do possível, revelariam à criança que eles não são os seus pais biológicos. Para a queixa trazida pelo casal e os demais conflitos observados, obteve-se respaldo nos referenciais teóricos pesquisados que contribuíram para que fosse tomada a decisão de respeitar a postura assumida pela família diante da situação, uma vez que adoção e segredo são conteúdos que acessam diretamente os temores do casal, contribuindo com a manutenção do sistema; sendo que, para a repetição do padrão familiar (Adoção/Repetição) existente nesse caso clínico, nada foi encontrado nos levantamentos bibliográficos realizados. Palavras-chave: adoção, repetição, terapia familiar Sistêmica, segredo. 66 D'EL REY, Gustavo J. Fonseca (psicólogo-clínico; especialista em Psicologia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, aprimoramento em Psicopatologia pela USJT). TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO TRATADO COM TÉCNICA DE EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTA 36 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença caracterizada pela presença de pensamentos intrusivos, chamados de obsessões e/ou comportamentos esteriotipados denominados de compulsões e que interferem significativamente na vida da pessoa. O tratamento de tal quadro clínico requer, muitas vezes, terapia comportamental e medicamentos antidepressivos. A principal técnica comportamental utilizada é a exposição e prevenção de resposta. Essa técnica consiste em expor de forma prolongada e sistemática o paciente a estímulos provocadores de ansiedade e impedir a realização dos comportamentos compulsivos durante e após a exposição até que os sintomas e o desconforto diminuam de intensidade (habituação), sendo uma forma de tratamento eficaz e duradoura, reduzindo em muito a sintomatologia da doença. História clínica: paciente do sexo masculino, solteiro, com 19 anos de idade e estudante. Aos 18 anos o paciente apresentou coréia de sydenham que foi tratada com sucesso por neurologista; porém, com a melhora dos sintomas coréicos, ele começou a queixar-se com os pais sobre um pensamento que não saía de sua mente: "será que minhas mãos estão realmente limpas?" Junto com tal pensamento apresentou, também, rituais de lavagem das mãos que chegavam a durar uma hora. Devido às lavagens, suas mãos apresentaram várias escoriações. Para evitar o pensamento e o ritual, passou a não tocar em maçanetas, talheres, cumprimentar outras pessoas com apertos de mão etc. Tratamento: foi medicado com clomipramina e iniciou-se a terapia comportamental. Durante as consultas, foi explicado ao paciente e a seus pais sobre as bases do tratamento comportamental. Construiu-se uma hierarquia de situações ansiogênicas para a realização da técnica de exposição e prevenção de resposta. A exposição foi realizada ao vivo junto com o psicólogo e em casa, como tarefa, com a ajuda dos pais. Durante a exposição, o paciente sentia urgência em ritualizar; porém, era impedido de executar tal comportamento. A ansiedade e a urgência em ritualizar aumentavam até alcançarem um platô, para, em seguida, diminuírem gradualmente. Conforme ocorria a habituação a um item da hierarquia, o paciente era exposto à outro item mais ansiogênico. Para os itens que causavam mais desconforto foram precisas várias consultas para que a habituação ocorresse. Ao final do tratamento constituído de 17 consultas, o paciente não apresentava mais o pensamento obsessivo e os rituais compulsivos. Considerações Finais: A aderência do paciente ao tratamento foi muito boa. Este caso exemplifica o tratamento bem sucedido do transtorno obsessivo-compulsivo, utilizando-se a técnica comportamental de exposição e prevenção de resposta, concomitante ao tratamento farmacológico com clomipramina. Palavras-chave: transtorno obsessivo-compulsivo, exposição e prevenção de resposta, tratamento. 67 TINONIN, Cheila C. (aluna de Graduação do curso de Psicologia da USJT). UMA VISÃO PSICOLÓGICA SOBRE EMPREENDEDORISMO O mundo moderno e a globalização levam os seres humanos a buscarem alternativas para seu desenvolvimento no trabalho. Os altos índices de desemprego justificam o porquê de as pessoas saírem de seus empregos para tentarem montar seu próprio negócio. Somente talento, capacidade e determinação não são requisitos básicos para que alguém se torne um empreendedor. É necessário diferenciar, superar coisas que são básicas, normais e vistas a todo momento. O empreendedor resolve enfrentar riscos dos mais variados possíveis. Geralmente, não há uma preparação, e as pessoas que se consideram com perfil empreendedor arriscam tudo a partir do que consideram como seus pontos fortes. Uma das maiores dificuldades enfrentadas é realizar um planejamento, pois a maioria não sabe como definir metas para atingir objetivos precisos. Qual é a importância desse profissional nos dias de hoje, seja trabalhando em empresas, seja atuando em seu próprio negócio? Qual a importância da criatividade? Qual a importância da disposição inata? Quais são os principais comportamentos que estes profissionais têm? E o que eles realmente buscam? Este estudo propõem identificar quais as qualidades essenciais de um empreendedor; reavaliar os mitos que as pessoas tem sobre a abertura de negócios próprios; mostrar um cenário empresarial numa visão multifuncional com o auxílio da psicologia organizacional. Palavras-chave: empreendedor, negócio próprio, empreendedorismo. 68 COSTA, Débora P. (aluna de Graduação do curso de Psicologia da USJT). É POSSÍVEL ENSINAR EMPREENDEDORISMO? A dificuldade que leva as pessoas a desenvolverem suas idéias originais tem levado pessoas a transmitir conhecimentos sobre como desenvolver idéias, como ir em busca de sonhos, como superar obstáculos e como arriscar palpites. Pode-se pensar se esse tipo de atitude é possível de ser transmitida e se as vantagens que elas trariam para as pessoas que querem pôr em prática seus ideais de negócio. Existem milhares de mitos e comportamentos precários que as pessoas carregam consigo, mas será que eles podem ser realmente superados? Algumas universidades americanas apostam que sim. Há necessidade de se desenvolverem programas que não somente incentivem a atuação do empreendedor, como auxiliem no desenvolver de suas idéias de maneira que capacitem sua própria criatividade para suas ações. O auto-conhecimento faz parte desse processo de aprendizagem no qual o sujeito aprofunda, dia-a-dia, suas capacidades e limitações, suas aspirações e suas aversões, seus êxitos e seus insucessos. Desse processo também faz parte o heteroconhecimento, em que pode-se afirmar que a natureza humana depende das relações interpessoais, dos conhecimentos individuais e da diversidade de temperamento. Nesse sentido, este trabalho propõe demonstrar programas que estão sendo aplicados, no exterior e no Brasil, para desenvolvimento da capacidade empreendedora de profissionais que desejam “deixar sua marca” na vida cotidiana, mostrando como determinar oportunidades e avaliar chances de mercado. Palavras-chave: empreendedorismo, empreendedor, capacidade empreendedora. 69 COSTA, Fernanda Alves da; COUTINHO, Adalto Emergente; FAVARO, Eduardo Maria; PEDRO, Michelle Regina; SHINOHARA, Milton Hideo; SILVA, Simone Rocha da (alunos de Graduação do curso de Psicologia da USJT). PESSOAS COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS QUE APRESENTAM ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO Esta pesquisa é relevante, porque demonstra a necessidade de atuação de duas áreas do conhecimento: psicologia e neurologia. Demonstra que alguns problemas psicológicos podem ter origem biofísica (anomalias genéticas, fisiológicas, neurológicas e anatômicas). O presente trabalho é uma descrição de um caso clínico de uma criança do sexo masculino, com 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 37 aproximadamente nove anos de idade, que apresentava os seguintes sintomas: dificuldade de verbalização, perda parcial da memória, ansiedade persecutória, sonolência, suor frio, ansiedade e agressividade verbal. No início do tratamento, o psicólogo coletou informações sobre o cotidiano e sobre o histórico de vida do paciente, desde o nascimento até a idade aproximada de nove anos. Descobriu-se que foi utilizado, de maneira incorreta, o fórceps durante o parto e que isso poderia ter provocado alguma espécie de lesão cerebral. O paciente foi encaminhado ao neurologista que o submeteu as vários exames de mapeamento cerebral, que comprovaram a hipótese levantada de lesão cerebral. Foi diagnosticado foco cerebral e que isso poderia ser a causa de alguns sintomas anteriormente citados; foram receitados três medicamentos para combater o foco cerebral e a agressividade verbal. O psicólogo manteve a psicoterapia, paralelamente ao tratamento neurológico; pois os medicamentos receitados apenas combatiam os sintomas e a psicoterapia auxiliava na melhora dos comportamentos e, assim, possibilitando um melhor convívio social. Palavras-chave: neurologia, psicologia, foco cerebral, sintomas. 70 KALINOVISKI, Mateus [psicólogo formado pela Universidade Cruzeiro do Sul -UNICSUL; aluno do curso de aprimoramento em Dependência Química, promovido pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo -USP; atuante em clínicas de recuperação, consultório particular e ONG's -comunidade). POR QUE OS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO PARA DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS NÃO SÃO SUFICIENTEMENTE EFICAZES? O uso de drogas é um problema crescente da Saúde Pública, segundo a Organização Mundial de Saúde. Os dados epidemiológicos mais recentes sobre o consumo de drogas apontam evidências da crescente precocidade da experimentação a partir da faixa etária mais jovem (de 10 a 12 anos). Sabe-se da importância do tratamento e da prevenção desse tipo de problema, sendo esses assuntos temas constantemente abordados pela mídia, em revistas, livros e cartilhas sociais, mas se constata a deficiência de programas eficientes de investimentos capazes de responder à verdadeira necessidade social. Os Estados Unidos possuem programas efetivos de prevenção ao uso de drogas que são referenciais e apresentando uma relação custo beneficio favorável: para cada U$1 gasto em prevenção economizam-se U$4 a U$5 em custo com tratamento. No Brasil, há uma preocupante precariedade de equipamentos e de profissionais especializados para o tratamento de dependência química. Diante dessa escassez, faz-se necessária a implantação de uma política de prevenção, não somente para jovens, mas para toda a população. A prevenção deve fazer uso de uma metodologia voltada a uma visão sócioeducativa, não moralista nem preconceituosa, na qual os modelos educacionais devem abordar informações científicas, educação afetiva e estilo de vida saudável, privilegiando o indivíduo e sua família com a ajuda de profissionais habilitados e especializados. Para isso será necessária a presença participativa e conjunta das secretarias que se envolvem em tal problemática: Saúde, Educação, Cultura, Bem-estar Social e Esporte. Deve-se ter objetivo final de que, em um futuro próximo, diminuam-se os números de dependentes e, como conseqüência, os custos dos tratamentos através da prevenção primária. Palavras-chave: drogas, dependência química, prevenção primária, psicologia. 71 ALMEIDA, Danilo Di Manno de (professor de Filosofia nos cursos de Filosofia; mestrado em Educação na Universidade Metodista de São Paulo; doutor em Filosofia pela Universidade de Paris X -França). ÉTICA, CULTURA E CONHECIMENTO: PENSAR A PARTIR DE NOSSO ETHOS O pensamento de Paul Ricoeur, como de outros pensadores europeus criativos, é marcado por um trabalho constante sobre o “ethos” que lhe é próprio. O que Ricoeur faz em todo seu itinerário é buscar uma melhor maneira de expressar seu “ethos” e, portanto, o ser e o existir (a filosofia tem por tarefa esclarecer, por noções, a existência, diz Ricoeur). A singularidade do pensamento de Ricoeur consiste na convergência de três problemas filosóficos fundamentais; a saber: o ontológico, o hermenêutico e o ético, entrelaçados, em sua obra, de maneira muito singular. Por que nós, pesquisadores e pensadores que somos, vivendo um “ethos” próprio (nosso espaço geográfico e nossas configurações culturais, históricas, econômicas etc.), limitamo-nos, geralmente, à explicitação de outros pensamentos, por exemplo do itinerário ricoeuriano, esquecendo-nos de nosso próprio “ethos”? Por que a produção filosófica, entre nós, é marcada predominante pela exegese e pelo comentário das grandes obras de filosófos e cientistas europeus (ou norte-americanos)? Que tipo de formação tivemos para aceder tão facilmente a esse comportamento, coisa que até os mais criativos dentre os pensadores europeus não praticam? Não faltaria assumir a tarefa de pensar nossa formação cultural (“paidéia”) do ponto de vista da ética (“ethos”)? Para assumir nosso “ethos” de maneira criativa e não mimética, temos que promover uma discussão sobre nossa relação com a linguagem herdada, com vistas a submetê-la ao nosso “ethos”, que aparece como “lugar” complexo, a partir do qual pensamos e expressamos nossas vivências éticas e produzimos conhecimento. O objetivo é mostrar que predomina entre nós a interpretação e o mimetismo do pensamento alheio; o que revela um esquecimento profundo de nosso “ethos” (brasileiro e latino-americano). Afirma-se, aqui, a possibilidade de um pensar ético que implica não uma nova moral, mas a inauguração de outros problemas fundamentais, que não seriam necessariamente a ontologia, a hermenêutica, nem a retomada da problemática ética ricoeuriana, por exemplo. O pensar é inventivo ou, então, reduz-se ao mimetismo acanhado de pensadores submissos a hábitos alheios. Na invenção e na volta ao nosso “ethos” próprio (alusão à tradição fenomenológica e existencial) não travamos a caminhada idealista e substancialista do conhecimento, visto que nosso pensamento se encontra atarefado com o “ethos” alheio. Neste caso, outras tarefas se descortinam e outras propostas são feitas, visando a compreender melhor nossa formação cultural (“paidéia”) e, ao mesmo tempo, encontrar outras maneiras de produzir conhecimento e de instituir saberes. Assumimos a tarefa de pensar-eticamente, quer dizer, de dar forma a um pensamento que responde ao próprio “ethos”. É dessa maneira que podemos redescobrir nossas tarefas próprias e encontrar o sentido de uma formação cultural ética, isto é, segundo nosso “ethos” (brasileiro e latino-americano). Palavras-chave: ética, ethos, cultura, conhecimento. ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 38 2002 72 PUGLIESE, Ana Letícia; MAGALHÃES, Ana Patricia; CARVALHO, Aline; IPONE, Javier Roberto Ortiz; COLELLA, Leandro Costa; ALMEIDA, Viviane de Araujo; SILVA, Vanessa Alves (alunos do curso de Psicologia da USJT). REFLEXÕES SOBRE HIPNOSE As reflexões hipnóticas estão diretamente ligadas ao teórico Charcot, que criou a teoria das neuroses. Charcot mostrase especialista em numerosas afecções do cérebro e da medula espinhal, médico eminente, professor e filantropo. A hipnose é um estado de passividade cerebral, no qual há inibição da consciência periférica, distingue-se do sono fisiológico, visto que a hipnose não ativa o sistema hipnogênico do tronco cerebral. Estudos realizados em sujeitos hipnotizados acusam EEG semelhante ao da vigília relaxada. Os reflexos neurológicos encontrados no sono fisiológico não são encontrados no sujeito hipnotizado. No estado hipnótico, contudo, são encontradas: dissociação, sugestionabilidade e hipermnésia, facilitando o acesso à vida interior do indivíduo (subjetividade). Outra forma de hipnose, normalmente observada em alguns cultos afros, exorcismo, movimentos de massas, seitas e religiões de forte apelação emocional, é obtida através da excitação supramaximal, por estímulo sensorial ou forte emoção. Nesse estado, em que há predominância do sistema simpático, há descargas vegetativas violentas que, entretanto, funcionam como auto-regulação. São freqüentemente observados, nessa forma de hipnose, fenômenos tais como amnésia, anestesia, catalepsia, alucinações etc. Atualmente, com outros nomes, há uma profusão de técnicas que, na realidade, são hipnose: PNL, Controle Mental, Parto Sem Dor, Regressão de Idade, Regressão a Vidas Passadas, Regressão de Memória, Hipnose Light. É necessário ficar atento, pois muitos profissionais que transitam por essas denominações não têm a formação indicada para utilizá-las. Historicamente, os primeiros registros de práticas hipnóticas, remontam a 2400 AC, na Índia e na Caldéia. Podemos identificá-las, também, na Pérsia, Babilônia, Assíria, Suméria, Egito, Grécia, Roma, nos antigos Hebreus, nos Deltas. Nesses povos, magia, religião e medicina se confundiam. A hipnose foi relegada aos palcos e picadeiros e aos charlatões durante séculos e coube a Charcot (médico francês) difundi-la no meio acadêmico. Freud foi um de seus discípulos. Contudo, o enfoque equivocado dado por Charcot, no qual a hipnose seria uma neurose experimental, fruto de uma condição patológica - a histeria - devolveu a hipnose ao ostracismo por mais longos anos. Modernamente, através de estudos e pesquisas científicas, tem-se, cada vez mais, constatada a eficácia e a indicação da hipnose em diversos processos terapêuticos. Palavras-chave: Charcot, hipnose, cérebro, neurose. 73 SILVA, Andréa V. Munari; RUIZ, Diana M. (alunas de Graduação do curso de Formação do Psicólogo da Universidade de Marília). AVALIAÇÃO E DESEMPENHO DE PESSOAL Sabe-se que, nos dias atuais, uma das principais razões pela qual determinadas empresas vêm se destacando no mercado competitivo, é, sem dúvida, a motivação. Para isso, faz-se necessário que todos os funcionários da empresa estejam e se sintam motivados. É notório que o interesse pelo comportamento motivacional no trabalho tem, nas últimas três décadas, atingido níveis excepcionalmente elevados. Tal comportamento está relacionado com a motivação de cada ser humano dentro da organização. Cada pessoa tem sua própria concepção sobre o que seja motivação. Todavia, em todas as definições, uma ou mais das seguintes palavras são usualmente encontradas: desejos, aspirações, metas, objetivos, estímulos, impulsos e necessidades. Com isso, podemos afirmar que um motivo é um estado inteiro que dá energia, torna ativo ou move o indivíduo e que dirige ou canaliza o comportamento em direção ao objetivo, às metas e às aspirações. É viável dizer, ainda, que organizações e empresas que tenham em todos os seus níveis hierárquicos, pessoas e funcionários motivados, além, é claro, de pessoas com capacitação, profissionalismo e habilidades, é, sem dúvida alguma, forte candidata ao sucesso. Deve-se ressaltar que pessoas motivadas produzem mais e melhor. Este trabalho tem como objetivo motivar e entusiasmar membros e funcionários de uma organização, com o propósito de melhorar o desempenho e, com isso, alcançar uma maior produtividade. Portanto, é necessário desenvolver, junto aos membros da organização, um trabalho extenso e complexo, que implica o uso de técnicas e estratégias, entre elas: apresentação de vídeos, palestras, dinâmicas de grupo e distribuição de textos relacionados ao assunto. Levando-se em consideração todos os aspectos citados, torna-se possível alcançar o resultado esperado. Palavras-chave: motivação, produtividade, organizações empresariais. 74 COSTA, Aline Aparecida; SILVA, Elisabeth Granadeiro da; STÁVALE, Vanessa (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT); BRASIL, Angela Maria R. C. (psicóloga formada pelo IUP (Instituto Unificado Paulista); especialização: “Teorias e Técnicas Psicodinâmicas” –PUC – SP; mestre e doutora pelo Instituto de Psicologia da USP; professora da USJT). VIDA E OBRA DE REICH A vida de Reich é traçada a partir de seu nascimento, em 24 de março na Galícia ucraniana, em Dobrzynica, onde passou a maior parte de sua infância. Sua mãe cometeu suicídio quando ele tinha quatorze anos e seu pai morreu três anos depois, de tuberculose. Sua família era de origem judaica. Aos dezoito anos tomou parte no exército, em que permaneceu até se tornar tenente. Com o fim da guerra, perdeu seus bens e ingressou na Faculdade de Medicina de Viena. Decidiu dedicar-se à psiquiatria. Apenas um ano após passou a atuar como psicanalista tornou-se membro da Sociedade Psicanalítica. Escreveu e publicou quatro ensaios sobre psicanálise e sexologia nesse período. Suas obras foram consideradas polêmicas, o que gerou sua expulsão da Sociedade Psicanalítica e do Partido Comunista do qual fazia parte. A insistência de Reich, em tornar o orgasmo a pedra fundamental das suas teorias, fez com que elas estivessem sujeitas à distorção e à vulgarização. Embora ele pareça ter acreditado consistentemente, durante toda a sua vida, em que a libertação do homem dependia da atitude da sociedade para com suas crianças e adolescentes - as primeiras deveriam ter a liberdade de explorar seus próprios corpos e os segundos a possibilidade e intimidade necessárias para estabelecer relações pré-nupciais - alguns consideravam as suas teorias como uma justificação para a promiscuidade adulta, fato que ele odiava. Algumas das pesquisas de Reich se baseiam 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 39 no estudo da “bio-energia” (a função bio-energética da excitabilidade e motilidade da substância viva) à qual nomeia “energia orgone cósmica” passando a estudar sua manifestação em várias dimensões. Certas idéias de Reich são consideradas avançadas para a época e, ainda, criticadas, como a abolição das proibições ao aborto, livre distribuição de anticoncepcionais, controle de natalidade, entre outras. Após anos de resistência às críticas e perseguições, ele foi preso e acabou morrendo paranóico, deixando obras que, até os dias de hoje, causam polêmica. Palavras-chave: psicologia, sexualidade, bio-energia. 75 MACEDO, Luciano Sanfilippo de; ANDRADE, Enio (Hospital das Clínicas/FMUSP – Instituto de Psiquaitria – Sepia – Ambulatório de Hiperatividade). JOGOS E BRINCADEIRAS INFANTIS COM CRIANÇAS COM TDAH Quadros hiperativos, na infância, são descritos por educadores e familiares, como o de crianças que não conseguem ficar quietas nas diversas situações do cotidiano. Introdução: encontrando pressupostos na Educação Física que descrevem o desenvolvimento infantil através de jogos e brincadeiras, buscou-se adaptar, para crianças com o diagnóstico de hiperatividade em atendimento ambulatorial na Psiquiatria Infantil do HC/FMUSP, atividades de jogos e brincadeiras infantis. Objetivos: estudar e fundamentar quais seriam as estratégias que podem colaborar com familiares e profissionais que atuam com crianças que apresentam tal quadro, quando relacionado às questões de aprendizagem e à adequação de comportamentos. Metodologia: aulas/sessões de atividades práticas de jogos e brincadeiras infantis, com o tempo de 60 minutos, em um espaço de quadra poliesportiva; aulas/sessões desenvolvidas em três momentos distintos em suas características de atividade, mas iguais em observações e tipos de intervenção. Principais resultados: observou-se que as crianças não apresentavam defasagem em suas habilidades motoras e cognitivas. Seguindo um modelo de rotina para a realização das atividades, adequaram os seus comportamentos às exigências sociais propostas. Assim, observou-se que houve o desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial, quando em atividades coletivas. Em atividades em duplas, as adequações de comportamentos não foram observadas como significativas. Conclusão: desse estudo podemos destacar três aspectos - 1) atividades coletivas de jogos e brincadeiras podem contribuir com a aprendizagem motora, cognitiva e com uma maior adaptação psicossocial da criança com TDAH; 2) atividades em dupla apontam para uma maior dificuldade de adaptação psicossocial; 3) uma rotina de atividade pode proporcionar para a criança com TDAH uma maior adaptação psicossocial. Palavras-chave: hiperatividade; psiquiatria infantil; hipoatividade. 76 SANTOS, Andréa Arantes Barreto; PERES, Maria Cristina Rodrigues; SOUZA, Maria Elizabet Lautert; BENEDICTO, Neide Nicolleti (alunas de Graduação de Psicologia da USJT). SEXUALIDADE E MODERNIDADE: FORMAÇÃO DAS EXPECTATIVAS QUANTO À PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL A sexualidade pode ser entendida de diferentes maneiras, de acordo com a abordagem utilizada, e associada a diversos aspectos conforme a cultura na qual está inserida. O conceito de sexualidade sofreu muita interferência de fatores culturais como religião, política e ciência. A sexualidade tem suma importância na formação e enriquecimento da subjetividade, influenciando ativamente, desde a infância até a morte, como defende Freud. Porém, não se dá da mesma maneira para homens e mulheres, já que suas diferenças se apresentam desde o físico até o religioso. Atualmente, a sexualidade tem sido considerada equivalente a sexo ou à atividade sexual, mas não se libertou da influência histórica que foi recebendo ao longo dos anos. Por isso, esse conceito se mostra contraditório para o sujeito do mundo moderno, que, ao pensar sua sexualidade e construir suas expectativas, vê-se diante de crenças antigas e exigências modernas, como a idéia romântica de amor e a precoce relação sexual. Este trabalho teve por objetivo identificar as expectativas de jovens entre 18 e 25 anos quanto à primeira relação sexual, bem como relacionar as masculinas e as femininas; registrar influências da cultura, dar a idéia de amor romântico e reconhecer a formação, no imaginário, dessas expectativas. Os sujeitos pesquisados foram 4 jovens com idades entre 18 e 25 anos, sendo 50% de cada sexo; não sendo relevante os níveis econômicos e de escolaridade. Foi utilizada uma entrevista semi-estruturada com uma pergunta desencadeadora e duas perguntas complementares abertas. A partir das entrevistas, foi realizada análise de discurso, na qual o fator mais relevante foi a diferença de expectativas em homens e mulheres e a respectiva importância dada pelos homens ao relacionamento e pelas mulheres ao prazer, além da marcante presença do ideário de amor romântico. Palavras-chave: sexualidade, expectativa sexual, modernidade. 77 MALDONADO, Cristina Alves; MARONÊZ, Mareny; MARTINOFF, Lenita (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT). MÚSICA COMO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO SUJEITO-GRUPO A identidade é, resumidamente, a consciência que o indivíduo tem de si mesmo como um "ser no mundo". O homem não pode conhecer a si próprio sozinho, sem a ajuda do outro; pois ele precisa deste para poder se enxergar e descobrir o que ele realmente é no mundo em que vive. Não é capaz de compreender suas relações, exceto quando elas derivam do grupo; pois, assim, há várias trocas de experiências entre eles possibilitando um maior conhecimento de si próprio e do outro. A música é um dos possíveis elementos de facilitação e de integração de um grupo. A comunicação através da música, também, pode se dar na utilização de códigos, modo de falar, atitudes, acessórios ou vestimentas que identificame permitem o reconhecimento de determinados grupos, além de difenrenciá-los, assim como os seus integrantes. A presente pesquisa teve por objetivo verificar o processo de identificação sujeito-grupo através da música. Para tanto foram aplicados 30 questionários para sujeitos escolhidos de forma aleatória entre os alunos da USJT, localizada na zona leste de São Paulo. Os questionários eram compostos de 5 questões fechadas e 5 questões abertas que visaram a indicar possíveis influências da música no processo de identificação sujeito-grupo entre os entrevistados. A maioria dos sujeitos considerou que a música é usada para expressar sentimentos, na qual o ouvinte percebe, através da letra da canção ou de sua melodia, suas imagens 40 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 internas e tem, assim, a oportunidade de transformá-las em realidades externas. Ao exteriorizar sentimentos, percebe que os outros, à sua volta, também o fazem, constituindo, então, o grupo em que o indivíduo poderá partilhar experências não apenas na música, mas na sociedade como um todo. O grupo proporciona, ainda a capacidade de auto-afirmação perante a sociedade, pois essa identificação se reflete na forma de falar, de vestir-se e de comportar-se. Foram observados, em nossa pesquisa, aspectos relevantes sobre o tema música como processo de identificação sujeito-grupo. Conclui-se que a música faz o papel principal de ligação entre universos distintos. Palavras-chave: música, identidade, adolescente, grupo. 78 FERREIRA, Maria Helena Jacob (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); KIELIUS, Glauce Regina; LIRA, Melissa Danielli; SILVA, Ana Nery Soares; ZANCHETTA, Flavia (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT). INCLUSÃO NA ESCOLA PÚBLICA: FALTA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO A finalidade desta pesquisa foi analisar as possíveis causas que não permitiram a efetiva realização da inclusão numa escola estadual que utiliza da exclusão, quando separa as crianças portadoras de necessidades especiais em salas chamadas “salas especiais”, rotulando-as de “deficientes”. A metodologia utilizada foi a entrega de um questionário para os professores, à coordenadora pedagógica e à vice-diretora, cujas perguntas se referiam ao conhecimento da temática “inclusão”, seus pontos positivos e negativos, e aos sentimentos deles diante dessa nova realidade. Os resultados obtidos, através dos sujeitos, sobre o sistema da inclusão foram a falta de formação e informação. Apresentaram uma certa dificuldade em diferenciar a “sala especial” de inclusão. Conclui-se que há a necessidade de um profissional para orientá-los, formá-los e informá-los a fim de que saibam enfrentar as possíveis dificuldades que encontrarão na realização dessa prática, evitando as rotulações e discriminações preconceituosas com crianças portadoras de necessidades especiais. Palavras-chave: instituição, inclusão, exclusão, necessidades especiais, deficientes. 79 ARAÚJO NETA, Luzia (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BEZERRA, Giliane Gomes; DIN, Lilian Beiro; MALDONADO, Cristina Alves; MARONÊZ, Mareny; SILVA, Devanira Maria; TOZETTI, Lourdes Terezinha (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT). PROJETO DE AQUISIÇÃO DO CONCEITO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS EM CRIANÇAS DE DEZ A DOZE ANOS DE IDADE Este presente projeto foi elaborado com o intuito de desenvolver, em crianças de dez a doze anos, o conceito de matérias recicláveis e não-recicláveis assim, auxiliar professores e educadores a estabelecer tais conceitos para os alunos. Este experimento constará de três fases, com o objetivo de concretizar a formação do conceito. Espera-se que ocorra a discriminação de estímulos em classes e, ao mesmo tempo, a generalização deles dentro de cada classe usada no procedimento. Serão pesquisados 20 sujeitos, com idade entre dez e doze anos, sendo dez do sexo feminino e dez do sexo masculino, cursando da 4ª à 6ª série do ensino fundamental, pertencentes à rede pública de ensino e de níveis sócioeconômicos médio e baixo. A fase de linha de base será realizada para selecionar os sujeitos que ainda não possuem os conceitos a serem propostos. O material utilizado será composto de dez estímulos, sendo cinco de materiais recicláveis e cinco de materiais não–recicláveis. O estímulo antecedente será a presença de figuras e a resposta será o sujeito colocar a figura na caixa correspondente ao grupo de materiais recicláveis ou na de materiais não recicláveis. Nesta fase não haverá apresentação de reforço positivo. No procedimento de treino discriminativo serão utilizados os mesmos dez estímulos das classes usados na fase de linha de base. A cada resposta correta do sujeito será apresentado, imediatamente, como reforço positivo condicionado generalizado, um cartão verde. No caso de erro não será apresentado o reforço positivo. Ao se dar o primeiro reforço positivo, será explicado ao sujeito que, a cada resposta correta, receberá um cartão, e a cada dois cartões ele receberá um lápis. Se conseguir ganhar dois lápis, poderá trocar por um porta lápis, ou continuar com os dois lápis. O término dessa fase ocorrerá quando o sujeito tiver emitido dez respostas correspondentes às figuras. Deverão ser realizadas tantas sessões quantas forem necessárias até que o sujeito obtenha 80% de acertos. Na fase de teste de generalização, as figuras utilizadas serão as mesmas já utilizadas no treino discriminativo, acrescentando-se mais cinco novos estímulos em cada classe, totalizando 20 estímulos. Nessa fase não haverá apresentação de reforço positivo. O objetivo é medir o grau de discriminação e generalização entre os estímulos apresentados. Palavras-chave: reforçadores, psicologia behaviorista, treino discriminativo, teste de generalização, materiais recicláveis e não-recicláveis. 80 ANNUNCIATO NETO, Rafael (mestre em Administração de Recursos Humanos; pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e Planejamento Empresarial; consultor na área de Recursos Humanos, com ampla vivência em programas de Remuneração/Treinamento, OS&M, Gestão Organizacional; pesquisador e professor universitário; e-mail: [email protected]). CONSTRUÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR As diretrizes curriculares e o modelo de provão estão inserindo, gradativamente, o conceito de competência no cenário pedagógico dos cursos superiores e, em particular, no curso de Administração de Empresas que, além das exigências legais, recebe pressão do mercado de trabalho e que instituiu o modelo de competências como uma forma de alcançar a vantagem competitiva e ao mesmo tempo, como um mecanismo de exclusão do mercado de trabalho. MERTENS apud RAMOS (2002: 74) considera que “o surgimento do modelo de competência tem relação direta com as transformações produtivas que são impulsionadas pela necessidade de novas estratégias competitivas, incluindo a inovação em tecnologia, a gestão de recursos humanos e a mudança de perspectivas dos atores sociais da produção.” O curso de Administração é formatado em três grupos de disciplinas - a) básicas; b) profissionais e c) eletivas – que agregam a habilitação do curso; seguem o princípio de construção estratégica do currículo pautado no perfil do aluno e/ou perfil do mercado, orientados pelo 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 41 modelo de competências. Segundo RAMOS (2001: 79), competência é um "conjunto de saberes e capacidades que os profissionais incorporam por meio da formação e da experiência, somados à capacidade de integrá-los e transferi-los em diferentes situações profissionais.” A instituição de ensino, para construir o currículo, deve identificar as competências que atendem as necessidades do seu segmento de mercado e, ao mesmo tempo, as exigências do mercado geral. O desafio de atender as duas condições torna-se complexo, pois a identificação das competências está relacionada ao conceito de constructo, reorganizando as definições de funções e de características pessoais exigidas na prática profissional para criar a vantagem competitiva a partir das competências essenciais. O significado prático é que cada organização possui o seu conjunto de competências, tornando-se difícil estabelecer uma linha mestra em torno das competências principais do mercado. As instituições de ensino, nesse contexto, têm por força legal de inserir o constructo - “competência” - na educação, sem um amparo teórico, apenas se orientando com base nas práticas e nos procedimentos do mercado de trabalho, correndo o risco de mudar, a cada vez que o mercado de trabalho se transforma. O ajuste necessário normalmente ocorre com o auxílio do professor que percebe o mercado a partir da sua prática profissional; entretanto, é um risco enorme aceitar a situação por ser uma atitude empírica e um erro de percepção pode afetar a formação dos alunos, bem como a viabilidade do curso. RAMOS (2001) comenta que o conceito de competência é limitado em relação à perspectiva da formação humana, indicando que a simples incorporação dos conceitos de competência no sistema educacional não irá proporcionar a formação cultural necessária para o exercício da cidadania. A responsabilidade final dessa questão está na posição política da instituição de ensino que a partir de uma pesquisa de mercado, poderá, anualmente, elaborar o perfil do egresso junto ao seu segmento e agregar valores a partir da reflexão crítica do processo de formação profissional, não se limitando à formação de técnicos administrativos, mas alcançando a formação de cidadãos. Palavras-chave: modelo de competência; constructo; formação de cidadãos. 81 ANÉAS, Francisco C. F. (engenheiro-mecânico – FEI; pós-graduado em Administração de Empresas para Engenheiros – ESAN; aluno do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – USJT). ADMINISTRAÇÃO HOLÍSTICA A administração holística visa a uma mudança no paradigma da administração, retornando aos antigos gregos e filósofos orientais, com experimentos de grande precisão e com formalismo matemático, para resolver problemas que até recentemente o pensamento intelectual ocidental não resolvia. Na concepção holística, não só as partes de cada sistema se encontram no todo; mas os princípios e leis que regem o todo encontram-se em cada uma das partes. Todos os fenômenos ou eventos se interligam, de forma global: tudo é interdependente. O todo é concebido como uma realidade não somativa, ou seja, suas propriedades não derivam das que caracterizam seus componentes. A soma das partes pode ser maior do que o todo. Em uma organização ou em um processo de produção, a união das partes produtivas pode produzir mais do que as partes em separado. Atualmente, o que importa é o conhecimento, a informação e a tecnologia. A matéria-prima e a mão-deobra não-qualificadas perderam valor. A mão-de-obra tem de ser qualificada e conviver com os robôs. Verificamos uma desvinculação entre produção e emprego; a produção aumenta e o número de vagas de emprego diminui. A solução para a grande maioria de excluídos do sistema é a educação, para que possam ser reintegrados com uma menor jornada de trabalho para todas as partes. Devemos aumentar as velocidades de adequação das partes, desenvolvendo e cedendo conhecimento, e diminuir a altura da pirâmide administrativa, aproximando o topo (comando) da base (executores), aumentando a quantidade de células com a mesma missão. Aumentando o número de células e diminuindo o número de pessoas por célula, possibilitamos o progresso das células mais competentes, destacando as pessoas mais competentes. A organização em células facilita a transmissão de informação, aumentando a eficiência. A empresa deve ser baseada no capital humano e será mais evoluída, quanto maior for o fator humano inteligente. A organização constituída segundo o modelo holístico é imortal, assume-se como um fenômeno intelectual, independe do tempo, do espaço e da matéria. Fornece, ainda, as franquias de imagem, de tecnologia, ou de grifes. Apresentapossibilidade de terceirização. É organizada num sistema evolutivo, responsável pela vontade, constituída de tecnologia, concepção, missão, valores, políticas, objetivos, estratégia, táticas, em síntese, tudo aquilo que não possui matéria. É flexível e adaptável. A concepção é centralizada e a execução descentralizada. Possui uma missão, uma função a que ela se propõe exercer numa determinada área de atividade. Palavras-chave: administração, holística, organização, células, missão. 82 PARANHOS, Cacilda Costha (mestranda em Psicologia/USP e Administração de Empresas/FECAP; pós- graduada em Recursos Humanos, Didática para o Ensino Superior e Comunicação Social; administradora; Atuação no Sebrae, Senac, Associação Comercial de São Paulo, Nuclave, Federação do Comércio e Sindicatos Ptronais, Pequenas e Médias Empresas; consultora ISO 9000/2000 e ISO 14000 de pequenas e médias empresas; professora nas Universidades UNIABC e UnG). MARKETING PESSOAL Marketing pessoal é expor-se diante das oportunidades para que as pessoas retenham sua imagem e possam convidálo a fazer parte de seus planos. O boca-a-boca leva anos para construir uma reputação e, se você ficar parado, será condenado sem piedade por um círculo de bruxos medievais e irá passar o resto de seus dias profissionais no limbo do esquecimento. Esse método de boca-a-boca ainda é utilizado pela esmagadora maioria que, primeiro, sofre muitos percalços para conseguir marcar sua presença no mundo jurídico. Para construir uma rede de relacionamentos, você deve traçar um plano de carreira, reavaliado anualmente. Saber aonde realmente quer chegar e, como se fosse um alpinista, traçar o caminho mais seguro e, também, ousado para se atingir o topo. Marketing pessoal é expor-se diante das oportunidades para que as pessoas retenham sua imagem e possam convidá-lo a fazer parte de seus planos. Pontos importantes do marketing pessoal: • Segundo especialistas, é preciso estar bem organizado e disponível para que sobre tempo para atividades na comunidade em que vive. Cada segundo que você doar ao próximo, será retornado; • Procure sempre debater problemas relacionados à profissão. Toda carreira tem um tipo de debate de que é preciso participar. Eventos são bem recomendados; ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 42 2002 • • Criar projetos e enviá-los às autoridades, tentando oferecer soluções para problemas comuns da sociedade; A rede de contatos profissionais que você conquista ao longo da vida tem um valor inestimável. Então, como primeira tarefa, vamos listar todas as pessoas que você conhece ou com quem já teve alguma forma de contato. Vale tudo, inclusive ex-colegas de faculdade, ex-chefes, amigos, familiares, colegas etc. Palavras-chave: construção, reputação, currículo, oportunidades e relacionamento. 83 PIMENTEL, Edgard Almeida (aluno do curso de Graduação de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA-USP; aluno do curso de Filosofia da USJT); MORITA, Rubens Hossamu (aluno do curso de Graduação de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA-USP); SINGER, Paul Israel (professor -doutor, orientador do trabalho). MICROCRÉDITO: UMA FORMA ALTERNATIVA DE GERAÇÃO DE RENDA Este trabalho tem intenção de introduzir um novo conceito de crédito Brasil. Mais conhecido como microcrédito, tem um publico alvo diferente de outras modalidades de créditos, e alguns diferenciais que iremos introduzir no decorrer do trabalho. Para o estudo dessa nova modalidade de crédito, iremos utilizar como base o livro “Banqueiro dos Pobres” de Mohammad Yunus, no qual descreve sua batalha na aplicação da modalidade de crédito em Bangladesh. Também, temos como colaboradores o professor Paul Singer que, em conjunto com a prefeitura de São Paulo, tem oferecido essa nova modalidade de credito à população mais pobre. O microcrédito surge na Índia, através da iniciativa do professor Mohammad Yunus. Enquanto pesquisador econômico, Yunus nos coloca uma experiência da estrutura produtiva e das condições da formalidade e informalidade do emprego na Índia, e também nos delineia em que medida as pessoas pobres podem ter dificuldades para encontrar crédito – crédito esse que, em grande parte das vezes, funciona como base para auferir sua renda – no sistema financeiro convencional, além das dificuldades enfrentadas por essas pessoas quando lidam com crédito informal, agiotas, por exemplo. A realidade brasileira vem demonstrando uma tendência à redução dos postos de trabalho nas últimas décadas e isso tem colaborado diretamente para a introdução, cada vez maior, da informalidade no trabalho. Com essa crescente informalidade na mão-de-obra, vem crescendo, também, a necessidade de obtenção de crédito para o fomento de novas atividades produtivas. Porém, a obtenção desses créditos incide em problemas burocráticos, com taxas de juros altas e com pouca flexibilidade para o pagamento das parcelas do financiamento. Essa crescente demanda de créditos, para o fomento desses novos microempreendimentos, criaram-se, a partir já da década de 80, ONG’s destinadas a créditos a microempreendedores com mínima burocracia, flexibilidade nos pagamentos e taxas de juros, certamente, mais baixas que as do mercado em geral. A criação desses novos órgãos criadores do microcrédito vem por inserir a população produtiva novamente no mercado de trabalho, gerando, além de novos postos de trabalho, novos consumidores. Assim o microcrédito destina-se basicamente para aquela população pobre que não tem acesso ao crédito convencional em função dos problemas apresentados. Essa iniciativa prevê, além de flexibilidades, para o tomador, a criação do agente de crédito. Esse agente é um técnico especializado que mantém contato próximo e continuo com o tomador do empréstimo em seu local de trabalho e tem, como incumbência, o acompanhamento do microempreendimento, avaliando as potencialidades do empreendimento e suas características, como um consultor. Esse agente foi criado com a intenção de reduzir a inadimplência e aumentar a probabilidade de sucesso a esses microempreendimentos. O que se pode constatar, a partir do que é levantado por Yunus, é que o volume de crédito necessário para suprir uma população pobre, no sentido de permiti-la produzir e desenvolver suas atividades geradoras de renda, é um volume muito pequeno, se comparado aos empréstimos realizados pelas grandes instituições. Sendo assim, para reduzir-se o volume de pobreza em grandes regiões, são necessários pequenos volumes de recursos, à medida que uma pequena quantia pode permitir a um cidadão produzir e, então, ele poderá alcançar uma determinada renda. A partir disso, essa renda terá seu efeito multiplicado na economia em questão e, por fim, ao elevar a demanda efetiva, irá permitir um aumento do nível de renda e emprego. Com isso, pode-se demonstrar que os efeitos do microcrédito podem abranger de uma maneira mais ampla toda a economia, refletindo nela seus efeitos, permitindo uma diminuição do desemprego e uma elevação da renda, o que garante o retorno do empréstimo e possibilita ampliar o alcance do sistema de crédito em questão. O microcrédito é uma resposta e um desafio para enfrentar a realidade nacional e uma medida prática e eficaz para a melhoria das condições sociais, sem assistencialismo ou dependência exclusiva de subsídios públicos. Palavras-chave: microcrédito, pobreza, geração de renda e emprego. 84 PINTO, Marcio Morena (aluno de Graduação do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie; pesquisador de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); co-autor do livro Informática & Internet: aspectos legais internacionais e colaborador da Revista de Derecho Informático). A INTERNET COMO PARADIGMA EMERGENTE: O IMPACTO DA REDE NAS RELAÇÕES JURÍDICAS E ECONÔMICAS O Direito é uma complexidade de fenômenos jurídicos que abarca, sob o manto da normatividade, as relações intersubjetivas, visando a assegurar o equilíbrio, imanente à própria coexistência social saudável. Nítida, portanto, é a necessidade de regulamentação para alcançar-se o pleno desenvolvimento das virtualidades e a consecução e o gozo das ações humanas direcionadas ao bem comum. Todavia, o Direito participa, em sua trajetória normativa, de um confronto com a própria natureza do homem, essencialmente dinâmico, cuja capacidade de ver, além do imediato e de criar novas possibilidades, suscitou um dos paradigmas mais fascinantes a ser decodificado: a Internet. Para a Ciência do Direito, é de inegável relevância transpor os umbrais daquela que, hodiernamente, representa a maior plataforma de comunicação multimídia, interagindo as comunicações individuais ou organizacionais de maneira instantânea e estabelecendo, de forma virtual, a tão ambicionada aldeia global. Como um meio auto-regulador de comunicação aberta, a Internet suscitou uma revolução no modo tradicional de negociação, ao permitir uma ampla circulação de riquezas por meio de um intercâmbio eletrônico de dados.Essa prática emergente tem gerado uma gama de implicações no âmbito jurídico, de maneira que o posicionamento normativo do Estado torna-se cada vez mais necessário, a fim de garantir a harmonização das relações 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 43 econômicas. Atendo-se a esse panorama, o presente estudo é realizado, de maneira a situar as implicações econômicas no âmbito da esfera jurídica, traçando-se analogias com as atividades comerciais e civis tradicionais. Destarte, examinar-se-á o comércio eletrônico, sua estrutura e aplicações, assim como as condições que fomentam sua legitimidade, enfocando-se os seguintes aspectos: a compra e venda por meio da rede; os sistemas eletrônicos de pagamento; a eficácia jurídica dos documentos eletrônicos e seus respectivos registros; a segurança das negociações em rede (tratando-se da certificação eletrônica, da assinatura digital e da criptografia); o papel do consumidor; as questões atinentes à propriedade intelectual e à tributação em rede. Por fim, verificar-se-á o que tem sido concretizado a respeito, na legislação alienígena (através do direito comparado e dos tratados internacionais), confluindo-a com as considerações a serem extraídas dessa pesquisa, a fim de se atingir um posicionamento pacífico a ser operacionalizado por meio da regulamentação explícita do Estado. Palavras-chave: Direito nas transações eletrônicas, internet, rede. 85 OLIVEIRA, Andreia Gina de (aluna de Graduação do curso de Direito da USJT). A LIVRE CONCORRÊNCIA A livre concorrência é garantida, pela Constituição Federal, no art. 170, e, para que haja eficácia dessa norma, é necessário que haja regulamentação e fiscalização do ambiente econômico, objetivando evitar atos que possam infringir a atividade da concorrência. Dentro dos princípios gerais da atividade econômica, a valorização da livre iniciativa voltada à liberdade das empresas e o trabalho humano são fatores importantes para a livre concorrência, pois são unidos por vários aspectos, realizando a ligação entre empresas e pessoas, assegurando justiça social e empresarial. O escopo da livre concorrência é regido pela Lei 8884/94 que, em seus artigos, define competência, regulamenta, fiscaliza e parametriza a coerência nas atividades econômicas, além, de definir o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica como autarquia. O CADE em conjunto com a SDE – Secretaria de Direito Econômico - e a SEAE - Secretaria de Acompanhamento Econômico- formam o atual SBDC - Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência- , três órgãos que buscam disciplinar e fiscalizar as relações dos agentes econômicos, proporcionando o princípio constitucional da livre concorrência no mercado. Desde a década de 90, os atos de concentração vêm aumentando, momento em que passaram a fazer parte do cenário econômico a nova moeda, o Real, e a maior abertura econômica devido à globalização; enfim, a entrada dos gigantes internacionais levaram a mudanças nas atuações das empresas no mercado brasileiro, tendo em vista a estabilização dos preços e redução da inflação. Levando em conta todos os aspectos internos e externos no ambiente econômico, adaptações foram necessárias e mudanças de visão fizeram e fazem parte da modernização da economia brasileira. Na economia brasileira atual, as privatizações possuem um papel importante, além das reformas tributária, previdenciária e política; todas essas ações visam a atribuir ao Estado um importante papel na coordenação econômica, que vai além da tarefa de garantir a ordem interna, a estabilidade da moeda e o funcionamento do mercado. Nessa nova conjuntura econômica, o SBDC atua na repressão à prática abusiva da concorrência, da formação de monopólios e de cartéis, além de acompanhar os atos de concentração (fusões de empresas) e contribuindo com a divulgação e disseminação de uma cultura da concorrência e a livre iniciativa. Palavras-chave: livre concorrência, livre iniciativa, regulamentação. 86 SANTOS, Luis Carlos Ribeiro dos (aluno do terceiro ano de Filosofia da USJT; ator; diretor; professor; e orientador de Artes Cênicas). A ESCRAVIDÃO NA POLÍTICA DE ARISTÓTELES E NA TRAGÉDIA GREGA A política de Aristóteles é arte ou ciência para dominar o homem e a natureza? Que idéia ou lei universal da natureza pode sustentar a afirmação da escravidão de um homem? O argumento da necessidade natural de preservação pode ter uma justificação ética, política, histórica ou filosófica? É para responder a essas perguntas que será feito um paralelo entre a tragédia grega, com Sófocles, Eurípedes, Ésquilo e Aristófanes, e a política de Aristóteles, para entender o problema da natureza da liberdade na sociedade grega. Por que esses valores aristotélicos se cristalizaram e são ainda base para a sociedade política do nosso tempo é que esse debate se faz importante, até mesmo para refletir sobre a política e a sociedade em nossos dias. Na Grécia do século V a.C, nem todos eram cidadãos. A primeira Ágora, chamada de Praça da Liberdade, foi vetada aos lavradores, artesãos e escravos. Considerados incapazes da virtude, não podiam participar da vida pública. Só a tragédia grega, criação de arte emblemática e característica da democracia ateniense, debateu com linguagem clara, usando, às vezes, a razão, por metáforas, e os conflitos internos de uma estrutura social governada pela virtude aristocrática. As suas representações ao povo, aos cidadãos, eram democráticas, mas os seus conteúdos, as sagas heróicas, os dramas históricos, suas idéias e visões do mundo, eram aristocráticos. É no contexto das representações das tragédias que o homem alimenta a sua esperança de liberdade. Não é possível crer que na política de Aristóteles, o escravo e a mulher não podem sonhar em ser cidadãos livres um dia. Se a razão é, em sua essência, política, como pode instituir a escravidão pela natureza? Há limites claros na razão natural e virtuosa de alguns poucos na cidade aristotélica, porque a razão não pode esgotar totalmente a verdade sobre o homem e a sua liberdade. Não há solução política, ética, histórica ou filosófica na política de Aristóteles para o problema da natureza da liberdade. Palavras-chave: política, ética, liberdade, cidadão, tragédia grega, arte, racionalidade, mito e escravidão natural. 87 PANSARELLI, Daniel (filósofo; mestrando em educação pela Universidade Metodista de São Paulo). FILOSOFIA, EDUCAÇÃO E PAIDÉIA: ESTATUTOS DA PEDAGOGIA NO PROCESSO EDUCACIONAL A configuração da sociedade brasileira, tal qual se apresenta em tempos atuais, a exemplo do mundo ocidental, insiste em atribuir, às instituições e mesmo às pessoas, características ou “rotulações” que, em muitas vezes, são uma distorção daquilo que seria mais próprio à instituição ou à pessoa em questão. Natural que seja assim, se considerarmos que a sociedade atual é “neo”, é “pós”, é “ultra”. Nessas condições, pós-modernas e neo-liberais, as delimitações das características dos sujeitos da sociedade, em questão, são, naturalmente, abstratas, imprecisas, o que nos impede de identificar, com um 44 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 mínimo de precisão, um objeto qualquer, distinguindo-o de outros. No âmbito da pedagogia, essa confusão de atribuições e de indefinição de uma identidade é problema perceptível, desde há muito tempo, agravada nos últimos anos por ocasião do contexto indicado. Questões sobre a validade científica da pedagogia, sobre seu “status” como ciência da Educação – e mesmo sua confusão com a própria Educação – são constantes ao longo da história da pedagogia em seu período moderno, estando, novamente, em evidência em tempos atuais. Pretendemos discutir tais questões, a partir de uma sumária revisão bibliográfica, destacados dois autores, a saber, Moacir Gadotti e Vitor Henrique Paro. Mesmo em obras de educadores renomados, competentes e provenientes de áreas distintas, como no caso, é comum encontramos confundidos os termos Educação e Pedagogia. A situação dá margens à inconcebível atribuição, exclusivamente ao pedagogo, de toda a responsabilidade sobre os mais diversos processos educacionais, escolares ou não. Em nosso trabalho, analisaremos essa confusão de termos, bem como algumas de suas conseqüências. Buscando garantir um caráter multireferencial à pesquisa, apoiaremo-nos nos estudos dos filósofos Paul Ricoeur e Enrique Dussel, destacado o último, de quem nos apropriaremos do conceito de educação pedagógica. A partir desse referencial teórico-filosófico, poderemos vislumbrar a amplidão dos processos educacionais e os limites do papel social do pedagogo na complexidade dos processos, contribuindo com a delimitação de sua identidade atual e com a própria discussão acerca da pertinência da pedagogia como ciência da Educação. Palavras-chave: filosofia hermenêutica, libertação, educação, pedagogia. 88 GONÇALVES, Ricardo (mestre em Filosofia; professor de Filosofia da Universidade Anhembi Morumbi e das Faculdades Santa Rita de Cássia) HERÁCLITO DE ÉFESO: "HARMONIA”E "ARDÊNCIA NA MUDANÇA" Nos séculos VI a V a.C., viveu Heráclito de Éfeso, filósofo grego, um dos antecessores de Sócrates, que descreveu a natureza com clareza original, embora tenha sido denominado por seus contemporâneos de "o obscuro". Percorrendo os fragmentos que dele se conservaram, ressalta aos olhos do leitor atento um conceito: harmonia. Para Heráclito, a harmonia do universo se descreve de várias maneiras. Harmonia é lógos, a "inteligência-que-fala”(FATTAL, M. Le Logos d' Héraclite: un essai de traduction. In: Revue des Études Grecques. Paris: Les Belles Lettres. Tomo XCIX, 1986, pp. 142-52.), o nexo essencial que leva a consciência dos homens sábios ao reconhecimento de que há uma unidade entre todas as coisas, por mais diferentes que elas se manifestem. Harmonia é “pólemos” (guerra, conflito), que se caracteriza menos pela violência do que por ser "seguro", "determinado", "incisivo"; comanda a coerência entre o ganhar e o perder, alternantes, dos contendores que digladiam sem cessar, assegurando que entre eles se mantenha a justa medida. Harmonia é “gínesthai”, ou seja, o vir-a-ser, o devir, em que se realiza a passagem do "ser este”ao "ser aquele", conservando-se a ligação entre os diferentes momentos do existir do ente. Como em um jogo com regras bem definidas, todos os seres do cosmo interagem e se integram, resultado da brincadeira pura e permanente da Eterna Criança (Aión, Tempo, o Sempre Existente - cf. fragmento DK 52), que, sem maldade, simplesmente estabelece o prazer de jogar. A multidão de seres eflui da unidade que os mantém em conjunto. Perguntando-se a Heráclito: "de onde todos os seres extraem a força para manterem-se na existência?". Ele responderia: "de uma conexão necessária e unicamente fundamental, de um poder supremo e oculto aos olhos daqueles que não exercem sua inteligência, a saber, a harmonia não aparente”. Segundo nosso filósofo, "tudo é um”, entende-se como "tudo é pyr (fogo)", o elemento que é a representação concreta do processo do existir de cada ente; "o tempo físico, a mobilidade absoluta” (HEGEL. G. W. F. Lecciones sobre la História de la Filosofía. Trad. Wenceslao Roces. México: Fondo de Cultura Económica. Tomo I, 1955, pp. 266-7). Harmonia, para Heráclito, é fogo, isto é, "ardência na mudança", o “orgasmós” como o mais alto grau de excitação, a fruição exacerbada do assumir, tornar-se outro, de maneira que é possível dizer com propriedade: "o fogo arde ininterruptamente nas águas do rio que flui". O fogo, ou melhor, essa "ardência na mudança” consiste no constitutivo essencial de todos os seres, por meio do qual eles vêm a ser e deixam de ser. A harmonia nãoaparente conecta as diversas formas de manifestação cósmica do fogo. Palavras-chave: harmonia, devir, fogo, ardência na mudança. 89 LAZZERINI, Elio Augusto de Arantes (bacharel em Filosofia pela USJT). INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE DEUS EM SPINOZA Raras vezes, na História da Filosofia, vemos um autor e sua obra despertarem tantas paixões e exortações, que vão desde "Nova encarnação de Satã, deve ser chicoteado até a morte" (Pe. Huet) e “O mais ímpio ateu que já viveu na face da terra” (Arnauld) até “Toda a filosofia deve começar por Spinoza” (Hegel) e “A mais verdadeira visão de Deus que já se teve talvez tenha acontecido aqui” (Renan). Estamos falando de Baruch de Spinoza (1632-1677), um judeu holandês que foi excomungado pela comunidade judaica de Amsterdan com apenas 24 anos. Mas, afinal de contas, o que fez Spinoza para provocar reações tão diversas? A filosofia de Spinoza é uma crítica à superstição em todas as suas formas: religiosa, política e filosófica. O que é e como surge essa superstição? Ela é fruto da imaginação que busca, na esperança dos bens e no medo dos males, preencher a lacuna deixada pela incompreensão das leis necessárias do Universo, ou seja, é a esperança e o medo (chamadas de paixões negativas por Spinoza) que produzem a crença num ser supremo e todo poderoso que controla tudo segundo seus caprichos. Porém, tal concepção cria alguns problemas, por exemplo: como explicar a existência de coisas más na natureza? (desastres, terremotos, doenças,. ..). A explicação óbvia era a irritação dos deuses com os homens pecadores, surgindo assim a necessidade de lhes prestar culto. Mas, e o fato de que tais eventos naturais atingem tanto os homens devotos como os ímpios? A saída foi admitir a incapacidade humana em entender as coisas divinas, fazendo de Deus o refúgio de toda a ignorância. Surge, então, uma classe de homens que se dizem intérpretes da vontade de Deus, criando, assim, o poder religioso que domina a massa popular ignorante. Esses sacerdotes, venerados pelo vulgo, consideram hereges ou ímpios qualquer pessoa que procure compreender as verdadeiras causas das coisas em vez de ficar abobalhados como tolos. Mas, afinal de contas, o que é Deus para Spinoza? Deus é a substância única, eterna, necessária, infinita, indivisível e causa de si mesma e de tudo o que existe, ou seja, Deus e a Natureza são uma só e mesma coisa (Deus sive Natura); Deus é a totalidade do Universo, ele é imanente às coisas e não transcendente. Ele é o ser infinito que possui infinitos atributos; cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita. Só conhecemos dois atributos de Deus: a Extensão e o Pensamento, que 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 45 se manifestam de vários modos. O ser humano nada mais é do que um modo finito de expressão dos atributos infinitos de Deus. Essa concepção destrói os pilares teóricos da superstição: Deus é matéria e não puro espírito; não existem milagres nem mistérios; a idéia de criação é uma ficção; a finalidade humana rumo a Deus é um verdadeiro delírio; a Bíblia é um livro político feito para convencer e não para explicar; e as questões teológicas são um amontoado de alucinações. O objetivo desta apresentação é iniciar os ouvintes na filosofia de Spinoza, por meio de seu conceito mais polêmico, deixando claro que ao conhecer tal filosofia, podemos amá-la ou odiá-la; mas nunca conseguiremos ficar indiferentes a essa verdadeira obra-prima do pensamento ocidental. Palavras-chave: Deus, superstição, substância, imanência, infinito, crença e razão. 90 SIQUEIRA, Jean Rodrigues (bacharel em Filosofia pela USJT). O PROBLEMA DO ACESSO EPISTÊMICO AO MUNDO A maioria das teorias epistemológicas, desenvolvidas a partir do século XVII, têm como característica comum a tese de que o objeto imediato de nossa percepção - e de nosso conhecimento em geral - são certas entidades psicológicas denominadas idéias. Locke, Malebranche, Arnauld, e muitos outros autores sustentaram tal posição. Do ponto de vista do senso comum, que tende a acreditar que nossa percepção incide diretamente sobre coisas (objetos físicos), essa tese, certamente, pode parecer bastante inusitada. Acreditar que aquilo que é visto, quando se vê um copo sobre a mesa, é um certo conteúdo mental e não um pedaço de matéria constituído por átomos, é, de fato, algo um tanto confuso de se compreender, e, por isso mesmo, difícil de se aceitar. Para tornar a tese em questão mais compreensível e menos nebulosa ao leitor/ouvinte contemporâneo é imprescindível situá-la, adequadamente, em seu contexto histórico-filosófico. Uma vez conhecido esse contexto, veremos que a tese de que só percebemos e conhecemos nossas próprias idéias emerge como uma tentativa de solucionar aquilo que chamaremos de problema do acesso epistêmico ao mundo. Tal tentativa, longe de parecer disparatada ou excessivamente incomum, revelar-se-á, então, como um desdobramento natural e como uma solução plausível para um importante e atual problema filosófico. É graças à necessidade de se contornar esse problema, decorrente do dualismo ontológico formulado por Descartes, que o conceito de idéia passa a ocupar o lugar central nas discussões epistemológicas do século XVII e também dos séculos ulteriores. Palavras-chave: acesso epistêmico, idéia. 91 TARCIA, Rita Maria L. (doutora em Semiótica e Lingüística Geral pela USP; pedagoga; coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo; docente e pesquisadora da Faculdade Senac de Ciências Exatas e Tecnologia e docente da Pós-Graduação Lato Sensu da USJT); LOPES, Adriana Lourenço (mestre em Psicologia da Educação e doutoranda no mesmo programa da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; docente do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo e docente do curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade de Sorocaba); MAGNO, Maria Ignês Carlos (doutora em Ciências da Comunicação, docente do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo; membro do Projeto Educom. Rádio, realizado pela ECA/USP e pela Secretaria Municipal da Educação); BEVILACQUA, Joyce (doutora em Ciências; docente e pesquisadora do IME/USP e da Faculdade Senac de Ciências Exatas e Tecnologia). O DIÁLOGO ENTRE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA SOCIEDADE Esta mesa redonda pretende, por meio de um enfoque multidisciplinar, discutir as relações entre a Ciência e a Educação, de modo a definir como é possível participar do processo de formação da sociedade atual. Inicialmente, um estudo histórico da Ciência, destacará as relações entre Educação e produção de conhecimento ao longo da História das sociedades. Com o olhar de pesquisador, será feita uma abordagem da Ciência, enquanto descobertas que buscam atender as necessidades do século em que vivemos e como essas interferem na vida das pessoas, criando novas relações interpessoais e novos produtos. Posteriormente, considerando essas novas relações que surgem, será feita uma reflexão de como o homem interage com o conhecimento, com as novas tecnologias e as novas perspectivas da Educação diante desses desafios. Palavras-chave: Ciência, Educação, História, sociedade e formação do homem. 92 GIUSTI, Ernesto Maria (professor da USJT e da PUC-SP); PRADO, Lúcio Lourenço (mestre e doutorando em Filosofia - PUC-SP, professor de Lógica e de Filosofia da Ciência - USJT e de Filosofia - PUC-SP); SILVA, Humberto Pereira da (doutor em Filosofia da Educação – USP; professor de História da Educação, Filosofia da Educação e Filosofia da Linguagem na USJT; coordenador de estágio no curso de Pedagogia da USJT). LÓGICA E SEMÂNTICA EM STUART MILL E FREGE Tornou-se usual identificar, na História da Filosofia, um chamado “semantic turn”, ou “giro semântico”, que determinou o caráter de grande parte da Filosofia contemporânea. Se há consenso quanto ao fenômeno, esse desaparece, quando se trata de estabelecer em que tal “giro” consiste exatamente e em que momento devemos situá-lo. Nesta discussão, serão debatidas e contrastadas duas teorias que se encontram, indubitavelmente, nas origens de tal mudança, mas cujos significados originais têm sido ofuscados pela simplificação arbitrária dos manuais de História da Filosofia: a distinção entre conotação e denotação, em Stuart Mill, e, aquela, entre sentido e denotação, em Frege. Palavras-chave: Lógica, semântica, sentido, denotação, Stuart Mill, Frege. 93 AMOROSO, Patricia Rodelli (pós-graduada em Língua, Literatura e Semiótica; ex-aluna do Regime de Iniciação Científica (RIC); ex-aluna de Jornalismo pela USJT). A INFORMAÇÃO COMO ‘TRÂNSITO’ DE MÍDIA A MÍDIA De acordo com PEREIRA (2001), a comunicação envolve três elementos: o primeiro é o emissor, que é definido como qualquer ser que seja capaz de produzir e transmitir uma mensagem; essa mensagem é o segundo elemento que é o 46 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 objeto de comunicação, ou seja, é aquilo que uma pessoa deseja passar a outra, caracterizada como informação; e, por último, o receptor, que é o ser capaz de receber e interpretar a mensagem que lhe foi passada. PEREIRA (2001) separa a história da comunicação humana em cinco grande etapas, quais sejam, a comunicação corporal, comunicação oral, comunicação manuscrita, comunicação impressa e comunicação eletrônica, definindo cada uma delas. Neste presente trabalho, tem-se o foco voltado para as comunicações impressas (quarta etapa) e eletrônicas (quinta etapa). O autor ressalta, ainda, que o surgimento da quarta etapa, comunicação impressa com a tipografia, permite a impressão de uma maior quantidade de uma mesma obra, fazendo com que a comunicação seja mais ampla, culminando com o aparecimento de jornais e revistas, que têm por finalidade levar informação às pessoas, ou seja, a comunicação; mas, apesar do avanço, ainda continua a ser um processo caro, fazendo com que a informação fique restrita. A quinta etapa da comunicação é a comunicação eletrônica, o atual estágio da comunicação humana, que começa com a invenção do rádio, chegando aos dias atuais com a Internet, mídia eletrônica, entre outros, e que globaliza e massifica, ao máximo, a informação, tornando-a acessível a praticamente todas as pessoas. É importante ressaltar que a informação de uma mídia para outra acompanha algumas modificações aparentes. Quanto à proliferação das mídias, esta não se dá apenas entre mídias de igual natureza; mas, também, entre mídias de natureza diversa, embora, à primeira vista, criem a impressão de que competem entre si; por exemplo, o jornal impresso em relação ao televisivo, este em relação ao boletim radiofônico etc. Tal fato não se dá. As mídias tendem a criar redes intercomplementares. Cada mídia, devido à sua natureza, apresenta potenciais e limites que lhe são próprios. Esses não são nunca idênticos de uma mídia à outra, de modo que na rede das mídias, cada uma terá funções diferenciais. (SANTAELLA,1996: 37-39). E acrescenta: Aquilo que costuma ser chamado de repetição ou redundância, quando se julgam as mensagens das mídias, deveria ser repensado, uma vez que, se, de fato, tudo parece se repetir, a repetição se dá dentro de uma diversidade funcional do caráter comunicativo diferencial de cada mídia. Além disso, há todo um jogo de intercâmbios entre uma mídia e outra, gerando verdadeiras famílias de mídias as quais apresentam um aspecto bastante curioso, o da condensação ou brevidade. Se tomarmos as mídias noticiosas como exemplo, o gradativo aumento do fator de condensação torna-se visível na passagem de uma mídia à outra. A profundidade e extensão interpretativa de uma revista semanal ficam sensivelmente condensadas no jornal diário, mas, se compararmos ao noticiário de TV, este estará para o jornal assim como o jornal está para a revista semanal. A condensação tenderá a se acentuar se passarmos do noticiário da TV ao boletim radiofônico e se reduzirá ainda mais no videotexto e teletexto. Acredita-se que dessa forma há um reaproveitamento das informações de uma mídia e de outra, cada qual com a sua interpretação de linguagem que cabe a sua própria natureza. Palavras-chave: mídias, comunicação eletrônica, comunicação impressa, informação. 94 WILDZEISS NETO, José (formado em Letras, com especialização em Língua Literatura e Semiótica – USJT; mestrando em Comunicação e Semiótica - PUC-SP). VOZ, CORPO E CULTURA NA POESIA DE “ÁGUA VIVA” A primeira parte deste trabalho procura discutir, brevemente e de maneira geral, questões que estão em torno da oposição que se criou ao longo da história entre os termos oral e escrito, relacionando-as ao mundo da voz poética e aos contextos culturais mais carnavalizantes, que se envolvem diferentemente nas investigações epistemológicas. Em seguida, a discussão toma como referente principal o texto “Água Viva”, de Clarice Lispector, no qual procura-se analisar os modos de produção das culturas híbridas, as conexões entre heterogeneidades, a ruptura com os gêneros literários e a relação que se dá, em uma obra literária concreta, entre os diferentes discursos verbais ou não-verbais, orais ou escritos. Para tanto, a pesquisa serviu-se de estudos de Paul Zumthor, Severo Sarduy, Octavio Paz, Amálio Pinheiro, Haroldo de Campos entre outros. Palavras-chave: semiótica da literatura, voz, poesia, Clarice Lispector. 95 FERREIRA, Vânia de Cássia (aluna da Graduação do curso de Letras do Centro Universitário UniFMU; desenvolve pesquisa de Iniciação Científica na área de Literatura Brasileira). LAMPIÃO E O CATOLICISMO NORDESTINO NA LITERATURA DE CORDEL A utilização de folhetos de cordel é marcante, no Nordeste, desde o século XVII até os dias atuais, como forma de comunicação utilizada pela classe popular. Observando vários folhetos de cordel, é possível detectar nas obras dos cordelistas a presença de aspectos religiosos, principalmente ligados à Igreja Católica, além da recorrência - nesse mesmo contexto religioso - de personagens históricos do Nordeste brasileiro, particularmente a célebre figura do cangaceiro Lampião. Utilizando abordagens, ao mesmo tempo, historicistas e analíticas, o presente trabalho pretende resgatar alguns fatos históricos que compõem o discurso religioso e a temática de Lampião nos folhetos de cordel, bem como analisar o modo como esse discurso se apresenta na referida literatura. Tomaram-se, portanto, como corpus para o trabalho, os principais suportes materiais da literatura de cordel, ou seja, seus folhetos, abordando o texto, as policromias e as xilogravuras neles contidos. Desse modo, espera-se mostrar a influência do catolicismo na literatura de cordel e revelar a atuação, nesse contexto, de Lampião, buscando resgatar um discurso que, por fazer parte de uma cultura popular, plasmada num suporte pouco consagrado como os folhetos de cordel, tem sido omitido pelos estudos literários. Palavras-chave: Literatura de cordel, Lampião, catolicismo, nordeste. 96 CARRILLO, Thais (aluna da Graduação do curso de Letras do Centro Universitário UniFMU; desenvolve pesquisa de Iniciação Científica na área de Literatura Infantil). A LITERATURA INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO LINGÜÍSTICO DA CRIANÇA Atuando diretamente no desenvolvimento cognitivo da criança, a literatura infantil interfere, ainda, em sua capacidade de raciocínio lógico, de formulação de valores sóciointeracionais, de construção de conceitos individuais, coletivos etc. Nesse sentido, o estudo da literatura infantil revela-se fonte privilegiada de análise da formação da criança como um ser humano íntegro, tanto do ponto de vista biofísico quanto do ponto de vista moral, já que auxilia na articulação de valores e conceitos necessário ao pleno desenvolvimento dela. Dentro das inumeráveis variedades de abordagem da 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 47 literatura infantil, pode-se destacar, como uma das mais interessantes e importantes aquela que procura relacioná-la ao desenvolvimento da linguagem da criança, já que, desde a primeira infância, o contato com a narrativa literária - por meio de cantigas ou histórias orais e, mais tarde, de textos escritos - é intenso, fazendo da literatura infantil um elemento de reconhecida importância, também, para o desenvolvimento lingüístico da criança. O objetivo desta comunicação é, exatamente, analisar esse desenvolvimento, a partir da relação que se estabelece entre a infância e a narrativa literária, privilegiando alguns aspectos da linguagem infantil, como a criação lexical, a formação das palavras, as rimas, a derivação morfológica (construção de diminutivos e aumentativos), a ortografia etc. Assim, buscar-se-á, por meio de análise minuciosa do material literário produzido especificamente para o público infantil, analisar os processos lingüísticos ali presentes, objetivando determinar sua eficácia e incidência na formação e no desenvolvimento da linguagem da criança. Palavras-chave: Literatura Infantil, desenvolvimento lingüístico, Psicologia do Desenvolvimento. 97 SILVA, Maurício. (doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo; professor de Graduação de Literatura Brasileira do Centro Unviersitário UniFMU; professor de Pós-Graduação de Literaturas Africanas Lusófonas do Centro Universitário UNIFIEO) LITERATURAS AFRICANAS: UM MUNDO A SE DESCOBRIR Desde a década de 1970, as relações entre Portugal e suas ex-colônias sofreram profundas alterações, a ponto de se efetivar uma forte tendência no sentido de rever os problemas nascidos do processo de colonização e, no limite, resultando no complexo processo de independência política. Acresce-se a isso a atuação - no presente momento histórico - do movimento globalizador, que tende a unificar as manifestações culturais, contrapondo-se a essa tendência o apelo a uma tradição artística e, particularmente, literária. Nesse contexto, merece destaque o papel desempenhado pelas literaturas africanas de expressão portuguesa, cujo estudo tem sido cada vez mais valorizado pela crítica e pela historiografia literárias, sobretudo no âmbito dos países lusófonos. A importância delas releva-se, ainda, pelo fato de tais manifestações literárias constituirem-se autênticos modos de expressão artísticos, vinculados não apenas à história dos países de língua portuguesa (particularmente Brasil e Portugal), mas, também, a toda uma tradição cultural que, a um só tempo, permeia e fundamenta a constituição e/ou manutenção de uma identidade lusófona. A presente comunicação tem como objetivo geral apresentar uma visão panorâmica das literaturas africanas de expressão portuguesa, a fim de revelar uma perspectiva histórica do processo de formação, consolidação e manutenção dessas expressões e de discutir as relações entre identidade nacional e literatura, no contexto dos processos de independência política dos países lusófonos situados no continente africano, observando os vínculos estabelecidos entre a expressão literária e a formação de uma identidade nacional. Palavras-chave: literaturas africanas, lusofonia, identidade nacional, literatura brasileiras, Portugal. 98 COSTA, Anna Paula Bastos Marques; FRÁGOAS, Cibele Pedrozo; FRÁGOAS, Simone Pedrozo (alunas de Graduação do curso de Fisioterapia da USJT). HIDROTERAPIA EM PACIENTE MASTECTOMIZADA O estudo de caso realizado teve como objetivo saber se a hidroterapia traz benefícios para pacientes mastectomizadas, com diminuição da amplitudade de movimento em membro superior. Com isso, a linha de base para o tratamento foi o movimento de abdução de ombro, a qual, no início, era de 45 graus. A terapia realizada com a paciente teve duração de dois meses, quando foram utilizadas técnicas como Bad Ragaz e Halliwick. Juntamente com essas técnicas, correlacionamos os princípios físicos da água. Dentre eles, os que mais atuaram, nesse caso, foram o efeito da diminuição da ação da gravidade e a temperatura da água. Como a ação da gravidade sobre a musculatura está diminuída dentro da água e a temperatura é de 34 graus (termoneutra), proporcinando um relaxamento muscular, favorecem-se a movimentação passiva-ativa e ativa-assistida, havendo um melhor ganho de amplitude de movimento. Os trabalhos foram realizados em, maior parte, com a paciente em flutuação, com auxílio de flutuadores cervicais e pélvicos, executando-se movimento de abdução do ombro e escápula dentro dos padrões do Bad Ragaz e de resistência da água. Com a paciente sentada na posição do Halliwick foi associado o efeito metacentro, que contribuiu para um melhor retorno venoso do membro comprometido, sempre enfocando o trabalho de ombro e escápula, uma vez que nele consistia o objetivo do estudo. Os resultados obtidos foram: ganho de amplitude de movimento em abdução do ombro de 45 graus (passando desta forma para 90 graus) em um mês de terapia, melhorando, com isso, a funcionabilidade desse membro. Para podermos saber se a terapia foi eficaz, comparamos com os resulatados da terapia somente em solo, quando foi obtido o mesmo ganho de 45 graus em seis meses. Sendo assim, através desses resultados, encontramos incidências de que a hidroterapia trouxe grandes benefícios para a paciente no que diz respeito às atividades de vida diária, melhorando, assim, o bem estar físico e mental trazendo-a para um melhor convívio social. Palavras-chave: hidroterapia, mastectomizada, amplitude de movimento. 99 COUTO, Cláudio Inácio (fisioterapeuta, Graduado pela USJT; aluno do Regime de Iniciação Cientifica da USJT). DORES NA COLUNA As dores na coluna ou nas costas, como são chamadas popularmente, são muito comuns na população mundial, devido a diversos fatores como o sedentarismo e os maus hábitos relacionados com as atividades diárias, como, por exemplo, o uso inadequado dessas articulações. As principais causas são a hérnia de disco, espondilolistese e, na maioria das vezes, rotações vertebrais. O tratamento fisioterapêutico apresenta resultado satisfatório apesar de, muitas das vezes, os pacientes procurarem o serviço de fisioterapia numa fase já avançada da patologia. Palavras-chave: Fisioterapia, coluna, hérnia de disco, espondilolistese, lombalgia. 100 FAVANO, Valter (professor de Economia Aplicada no 3º ano de Nutrição da USJT). O USO DA INFORMÁTICA PELO PROFESSOR 48 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 O avanço inexorável da informática, no quotidiano da civilização moderna, exige que o professor se adapte à nova situação e a incorpore, aos seus esquemas de ensino, em toda a sua plenitude. No âmbito de tal adaptação, o posicionamento do professor cada vez mais está sendo o de um orientador diante de uma quantidade imensurável de informações, de fácil acesso, disponíveis especialmente graças aos recursos cibernéticos. Também as noções de tempo e espaço estão mudando de maneira revolucionária. Hoje podemos contatar, via Internet, em questão de segundos, a China, os Estados Unidos e qualquer país, já havendo inclusive cursos a distância oferecidos de maneira globalizada. Segundo Jacques Delors (“Educação: um tesouro a descobrir” - Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI - Ed. Cortez, 1998), a principal conseqüência da sociedade do conhecimento é a necessidade de aprendizagem, ao longo de toda a vida, fundada em quatro pilares: Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Para Moacir Gadotti (Faculdade Educação USP), "neste contexto de impregnação do conhecimento, cabe à escola: amar o conhecimento como espaço da realização humana, de alegria e de contentamento cultural: cabe-lhe selecionar e rever criticamente a informação; formular hipóteses e ser criativa e inventiva (inovar); ser provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir, construir e reconstruir conhecimento elaborado; saber tomar decisões.”A escola precisa ter um projeto, de médio e longo prazos, que implique investimentos em “hardwares e softwares”, reciclagem de conhecimentos de informática para os professores, permitindo-lhes o uso pleno de recursos, não só de “Power Points”, em substituição às antigas "transparências", mas de todo um arsenal de programas e de tecnologias (inclusive as interativas entre matérias, disciplinas e cursos diferentes), sem perda dos parâmetros pedagógicos de formação. Como diz Célia Maria Portella (Anuário de Educação 95/96 - pg. 237/238), "dependendo do paradigma utilizado em informática aplicada à educação, instrucionista ou construcionista, será mudado o enfoque da formação profissional. No primeiro caso, o professor precisará de conhecimentos rudimentares sobre o funcionamento desses instrumentos, assim como do “software” que será utilizado. Para essa situação, o professor necessita ser treinado no uso do computador como recurso de suporte ao ensino de sua disciplina. Se temos o paradigma construcionista, é imprescindível o conhecimento da ferramenta computacional (linguagem de programação, banco de dados) e dos processo de aprendizagem: ter uma visão dos fatores sociais e afetivos que contribuem ao ensino, assim como saber intervir, através do método de Piaget e de Vygotsky. Torna-se necessário, nessa perspectiva, um processo de formação." Palavras-chave: informática, escola, adaptação. 101 TOBALDINI, Denilson (administrador de empresas; mestrando da FECAP - Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado; ex-aluno do Regime de Iniciação Cientifica). ORGANIZAÇÕES DO ENSINO A DISTÂNCIA: BARREIRAS E OPORTUNIDADES Este trabalho teve como objetivo fundamental estudar a estrutura operacional de uma Organização voltada para geração de serviços de ensino a distância (e-learning), analisando-a sob o ponto de vista da eficiência na alocação dos recursos tecnológicos e humanos. O estudo foi realizado com base na verificação do modus operandi de uma organização existente, abrangendo a análise sistêmica de processos de construção diferentes dos conteúdos de seus produto(s) e serviço(s). Além disso, complementando esse método, procedeu-se a um estudo de projeto de viabilização (plano de negócio), que teve como objetivo identificar os recursos técnicos e humanos internos necessários ao planejamento, à função de desenvolvimento de produtos e à função de controle e de manutenção do serviço junto aos clientes finais (alunos). Como resultado, pôde-se identificar as principais variáveis determinantes dos riscos de natureza estratégica, ou seja, que conformam barreiras e oportunidades, além das habilidades inerentes à gestão desse tipo, pouco estudado, de organização, visando à manutenção e/ou ao desenvolvimento de sua condição competitiva. Dentro das características específicas de concepção desse novo tipo de negócio, ficaram evidenciados diversos aspectos quanto à eficácia de seus serviços e produtos internos e externos, e que este estudo exploratório procurou sistematizar como estímulo a investigações futuras mais aprofundadas e específicas. Palavras-chave: Educação a distância (e-learning); estratégias; barreiras e oportunidades; gestão de negócios na modalidade ponto com. 102 ALBANEZ, Alberto; AVANCINI, Arthur Roberto; GONÇALVES FILHO, Alexandre; MACIERI, Leandro; SANTOS, Luiz Felipe Alves dos; AMARAL, Rodolfo Schilke; FIGLIOLI JÚNIOR, Washington; SOUZA, Nilton Marques de; FEBA, Carlos Eduardo da Cruz (alunos do curso de Graduação de Comunicação Social da USJT). ANÁLISE DE PONTO DE VENDA (PDV) O trabalho desenvolvido tem como objetivo analisar o processo de planejamento para a montagem e otimização de um ponto de venda (PDV). Na disciplina de Administração em Publicidade e Propaganda, dirigida pelo professor Cláudio C. Gonçalves, do curso de Publicidade e Propaganda 3º CCSNPP-2002, desenvolveu-se uma análise crítica de uma padaria, prédeterminada por meio de um sorteio ocorrido em sala de aula. Outros PDV´s também foram analisados como: hipermercado, cinema, magazine, livraria, drogaria, atacadista e perfumaria. A estrutura de análise incluía: planta de localização dos componentes; projetos e desenhos de iluminação em relação aos produtos, tipo de luz (quente ou fria) e coloração; o fluxo de consumidores, inclusive os fidelizados e os rotativos; disposição, características, formas, medidas, quantidade, qualidade, limpeza e identificação dos móveis; “displays” e outras peças de comunicação visual, como móbiles e cartazes. Quanto aos funcionários, foram observados os seguintes itens: o tipo de atendimento, a aparência, a forma de comunicação com o consumidor, postura e o uniforme completo do estabelecimento. Sobre o público consumidor também foi levantado, em relação ao fluxo diário, o perfil, verificando-se a assiduidade ao estabelecimento e ao produto. Assim, concluindo, o estudo analisa a marca do estabelecimento, a forma através da qual se trabalha a veiculação e a política de preço. A relevância do trabalho está na importância do entendimento do PDV, para jovens profissionais, recém-formados e estudantes, no que tange à otimização das ferramentas de “marketing”. Palavras-chave: ponto de venda, atendimento e comunicação visual. 103 GESZYCHTER, Dave (aluno da Pós-Graduação do curso de Direito Tributário da USJT). 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 49 BANCO DE DADOS - SCPC E SERASA - LIMITES A SUA ATIVIDADE Instituto extremamente importante, o crédito tem efeito multiplicador sobre a Economia. Permite às empresas, enquanto mutuárias, alavancar empreendimentos dos mais variados, e, aos consumidores, adquirir bens e serviços que doutro modo estariam fora de seu alcance. Sua existência resulta das próprias necessidades humanas e de sua constante evolução (EFING, Antônio Carlos. Banco de Dados e Cadastro de Consumidores, RT, 2001. p. 21). Um prestigiado doutrinador diz: "Costumam dividir a história econômica da humanidade em três grandes idades: a era da troca imediata, a era da moeda e a era do crédito” (COMPARATO, Fábio Konder. O seguro do crédito, São Paulo, RT, 1968. p. 9). Seu surgimento com características de célere circulação de capitais, as características próprias dos títulos de crédito, a modernização dos sistemas de controle de concessão creditícia, a eterna evolução tecnológica, o fenômeno da urbanização havida no Brasil, cujo início ocorre no final da primeira metade do século, juntamente com industrialização e fomento ao consumo e, em conseqüência, a massificação do consumo e do crédito direto ao consumidor, o aumento da inadimplência decorrente das relações de consumo; todos esses fatores, não menos importantes, influenciaram para a consagração, em todo o país e das formas mais variadas possíveis, os sistemas de cadastros e bancos de dados de consumidores (EFING, op. cit, p. 25/26). O instituto do crédito traduz interesses a serem protegidos, de ambas as partes, na relação jurídica. O consumidor tem direito subjetivo ao crédito e o concedente tem direito à proteção contra a inadimplência, sob pena de naufrágio de seu empreendimento. Sustenta-se na seleção de pretendentes, prestigiando-se o consumidor idôneo, assim considerado aquele que honra ou deve honrar seus compromissos, e, obstruindo o acesso ao crédito daquele que não o faz, ou do que se presume, objetivamente, que não vá fazê-lo. A presunção objetiva deve ser necessariamente resultante de histórico da conduta do consumidor, assim entendido o registro de pendências creditícias ainda não honradas. Tais circunstâncias conduzem de forma inequívoca à importância e à estatura que devem receber os bancos de dados e cadastro de consumidores; por isso, consideradas entidades de caráter público (art. 43, § 4°, CDC). O norte de sua atividade deve ser a facilidade de compreensão, a transparência e o cuidado com a veracidade da informação (art. 43, § 1°, CDC). A lei das leis determina, em seu art. 170, que a ordem econômica fundada na valorização do trabalho e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios... Princípio, propriamente dito, é aquele que deve ser observado por se constituir em um imperativo de justiça e bem-estar ou outra dimensão da moral (DWORKIN,Ronald. Taking rights seriously; 16 reimpressão. Harvard University Press, 1997. p. 22). A não-transparência ou a falsidade do registro vulneram a existência humana digna e determinam a responsabilidade do arquivista. Palavras-chave: banco de dados, arquivos de consumo, verdade, transparência. 104 QUINTAIROS, Matilde Perez. (aluna egressa do curso de Licenciatura da USJT; pedagoga; especialista em Computação e Sistemas Digitais, tecnóloga em Processamento de Dados; bacharel em Química). MAL-ESTAR DO DOCENTE E A SAÚDE DO PROFESSOR A crescente demanda da sociedade contemporânea em busca de produtividade com qualidade tem se refletido sobre as condições de bem estar físico e psicológico dos profissionais de todas as áreas trabalhistas. Cada vez mais se exige dos profissionais boa qualificação técnica para que possam conquistar os tão disputados postos de trabalho. No caso específico dos profissionais da Educação, uma atenção especial deve ser dada à questão da saúde do professor, fator que influencia diretamente a qualidade do ensino. Traçando um perfil sobre os entraves que dificultam a ação docente, constatamos que os problemas não se restringem ao Brasil, tratando-se de uma questão que ultrapassa as fronteiras geográficas e se alastra pelos continentes refletindo problemas comuns. O crescimento da violência e o ingresso precoce dos adolescentes no mundo do crime evidenciam o grave problema social brasileiro. A concentração da população nos grandes centros urbanos e a superlotação das salas de aula aumentam a insegurança dos professores, provocando um desgaste adicional no cotidiano escolar. A não-valorização social dos professores e os desgastes (físicos e psicológicos) vivenciados ao longo da vida profissional fazem diminuir a auto-estima desses profissionais que se tornam, ainda, mais vulneráveis às adversidades, provocando a evasão de professores da rede pública ou, pior ainda, a acomodação às instâncias que extinguem qualquer possibilidade de uma Educação que contribua para a transformação da sociedade. Nosso objetivo é propor uma reflexão coletiva que corrobore para a resolução dos problemas enfrentados ao longo da vida profissional dos educadores, preservando a qualidade de vida e almejando um ensino de melhor qualidade, se possível, sem traumas. Palavras-chave: mal-estar docente; saúde do professor; evasão de professores da rede pública. 105 LEMOS, Marcos de Souza; MOREIRA, Rubens Carlos de Oliveira (bacharéis do curso de Letras USJT; concluintes do curso de Formação de Professores USJT); ROCHA, Leliane Aparecida Castro (bacharela do curso de Administração de Empresas – USJT; concluinte do curso de Formação de Professores - USJT); SIQUEIRA, Denise de Cássia T. (bacharela do curso de Letras – USJT; concluinte do curso de Formação de Professores - USJT; engenheira eletrônica; assistente administrativa da Editora São Judas Tadeu). OFICINAS DE LINGUAGEM NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Como educadores atuantes e preocupados com a forma pela qual os educandos atualmente se expressam verbalmente, desenvolvemos o projeto intitulado Oficinas de Linguagem junto aos adolescentes do Centro Social Sagrado Coração de Maria - Belenzinho. Nosso enfoque maior foi direcionado aos diferentes níveis de linguagem com o objetivo de não resolver, mas amenizar a dificuldade do aprendizado em língua portuguesa. Não raras vezes, o ensino tradicional passa a falsa idéia de que língua portuguesa é uma língua difícil de ser assimilada, pois está repleta de normas e variantes que devem ser memorizadas. No entanto, esse falso pré-conceito ocorre, geralmente, por não se levarem, em consideração, as variações lingüísticas que representam as origens regionais, de gênero, faixa etária e sócio-econômicas dos falantes de um idioma. Baseando-nos na moderna concepção de "aprender fazendo", nossa maior preocupação estava em despertar nos participantes o prazer pela leitura, escrita e expressão oral. O meio escolhido e aplicado para atingir tal finalidade? Oficinas de Linguagem. Oficinas cujas técnicas diversificadas reuniriam técnicas de interpretação de textos, jogos, músicas, vídeo, análises de jornais, 50 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 peças publicitárias; enfim, exercícios que estimulassem a inteligência emocional. A nossa intenção foi utilizar a própria linguagem dos adolescentes como motivação para que observassem que não havia somente um único jeito de se expressar em língua portuguesa, haja vista a existência de influências sociais, regionais e culturais no país. Porém, tais diferenças deveriam ser compreendidas e corretamente utilizadas em função do contexto com o qual interagiam. Dessa forma, ao final de nosso projeto, conseguimos propiciar aos participantes, por meio de Oficinas de Linguagem, a possibilidade de perceberem que, ao escolher a melhor forma de se expressar, obteriam um maior respeito pessoal, uma melhor comunicação e um maior desenvolvimento de sua habilidade criativa, diferencial que os tornaria aptos a se sair bem em todos os campos de atuação: pessoal, interpessoal, escolar e profissional. Palavras-chave: educação; linguagem; oficinas; projeto. 106 GIOVEDI, Valter Martins (aluno de Graduação do curso de Filosofia e do curso de Licenciatura da USJT; professor de História do Centro de Alfabetização de Jovens e Adultos (CAAM) da USJT). A NATUREZA POLÍTICA DA PRÁTICA EDUCATIVA E DO SABER NO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE A Educação brasileira está em crise. Para podermos fazer essa afirmação, não precisamos ser grandes gênios ou entendidos do assunto. Basta uma constatação empírica, nem tão rigorosa assim, e nós poderemos perceber a situação em que se encontram as instituições de ensino em todos os níveis: desde a educação infantil até as universidades. Tal constatação vem fundar nosso trabalho, nossa preocupação e nossa reflexão. Paulo Freire é nosso interlocutor e inspirador. Seu livro, “Pedagogia da Autonomia”, nosso mediador. A prática educativa, o nosso problema. A sua politização declarada, a nossa solução. Há algum tempo percebemos que a prática educativa e a produção do conhecimento vêm sofrendo de um grande mal. Que diz respeito à pretensão que ambas têm tido de considerarem-se neutras. Essa pretensa neutralidade parece estar fundada naquilo que Paulo Freire chama de "puritanismo", o qual leva os educadores a acreditarem que tanto a sua área de conhecimento, quanto a sua prática educativa são dotadas de certezas que devem ser acatadas por todos os educandos. Na maioria das vezes não se apresenta o saber como uma construção humana, e sim como algo sagrado, eterno, diante do qual o nosso papel é aceitar e reproduzir. O problema dessa visão gera, para Paulo Freire, conseqüências perversas. Essa visão traz na sua forma e no seu conteúdo a impressão fatalista de que tudo já está pronto. Tenta omitir o caráter político e subjetivo de toda e qualquer atividade humana. A Educação é uma realidade que não pode ser separada das condições histórico-sociais. A prática educativa e o conhecimento são coisas humanas, portanto, devemos analisá-los criticamente, levando em consideração os objetivos, muitas vezes ocultos propositadamente, que eles carregam. Por quem foi feito? Para que foi feito? Responder a essas perguntas é compreender a natureza política que aludimos no título. Compreender essa dimensão da educação, parecenos o primeiro requisito básico para que a Educação seja realmente transformadora. Palavras-chave: criticidade, politicidade, neutralidade, ideologia, utopia, esperança. 107 CAVALCANTI, Vanessa Leite; CRUZ, Flávia Ribeiro (alunas do curso de Ciências Biológicas e do curso de Formação de Professores da USJT); MARTINS, Maria Conceição Belo (nutricionista e aluna do curso de Formação de Professores da USJT); MEIRA, Solange Pessoa (bióloga e aluna do curso de Formação de Professores da USJT). SABERES E SABORES DIFERENTES: REAPROVEITANDO ALIMENTOS Para manter nosso organismo sadio e equilibrado é preciso comer de tudo um pouco. Comer muito não significa comer bem. O equilíbrio alimentar é fundamental para a manutenção da boa saúde, pois tanto o excesso como a falta de determinados alimentos nas nossas refeições diárias podem causar várias doenças. O ideal, portanto, é uma alimentação sadia e variada em quantidade e qualidade adequadas. O reaproveitamento de alimentos (talos, folhas, cascas etc.) é uma das formas de economizarmos tempo e dinheiro nos pratos feitos diariamente. Este projeto nos ensinará a não eliminarmos as partes dos alimentos, principalmente dos vegetais, que mais contêm vitaminas, proteínas e fibras. Dessa maneira, o aproveitamento será melhor e o desperdício evitado. A partir disso, selecionamos um grupo filantrópico que trabalha com crianças e adolescentes de baixa renda (Centro Educacional Santa Marina Virgem), para aplicar o projeto, com o objetivo de manisfestar idéias acerca da importância da alimentação para os seres vivos, tornar claro quais são os tipos de alimentos, quais partes de quais alimentos poderão ser reaproveitadas, com atividades totalmente práticas para que esses jovens possam aplicar o conteúdo aprendido em suas casas. Essa cozinha experimental trouxe, aos educandos, o prazer de degustar pratos feitos por eles mesmos, compreendendo, em seus organismos, as funções de cada alimento empregado; além de informá-los sobre a economia que poderiam obter com o reaproveitamento. Alimentar-se de modo saudável e equilibrado é a melhor maneira de manter uma boa saúde. Palavras-chave: alimentos, alimentação, saúde. 108 BAPTISTA FILHO, João Virgílio (professor de Matemática; especialista em Educação na área de Matemática; professor de Apoio de Matemática para o 1º ano do curso de Graduação em Engenharia de Computação da USJT; mestrando em Educação - UNICID - Universidade Cidade de São Paulo; pós-graduando em Matemática Educacional - USJT). O PROCESSO DIAGNÓSTICO DE AVALIAÇÃO Estivemos discutindo muito tempo como avaliar, mas formulando questões equivocadas. Enquanto estávamos interessados em analisar se deveríamos utilizar notas ou conceitos, usar provas semestrais ou mensais, usar o método quantitativo ou qualificativo, desviamo-nos do problema básico que deve orientar toda a avaliação. A grande questão que se estabelece, para nós educadores, hoje, não é como avaliar, mas, sim, por que o educando não está aprendendo. Discutir avaliação implica, também, pensar sobre o sentido do que estamos ensinando. Duas observações se fazem necessárias para que essa questão seja reduzida à sua verdadeira dimensão. Avaliar não significa medir e nem o referencial quantitativo significa objetividade. Ensino não é adestramento de habilidades. O processo diagnóstico de avaliação vincula-se estreitamente ao mecanismo de retorno, à medida que as alterações de comportamento, avanços cognitivos etc., passem a funcionar como respostas ao trabalho do educador, de forma que uma íntima relação se estabeleça entre ensinar e aprender; é 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 51 uma ação dando resposta à outra, completando-se, auxiliando-se mutuamente para o aperfeiçoamento do processo ensinoaprendizagem. A discussão do processo é por demais oportuna, uma vez que nos deparamos com os problemas ocasionados pelo desvio mencionado: cada vez mais alunos chegam ao Ensino Superior com sérias deficiências de aprendizado, originadas nos Ensinos Médio e Fundamental. Este trabalho tem por objetivo contribuir para a discussão desse tema, sob um ponto de vista essencialmente conceitual, propondo uma forma de entender a avaliação dentro do contexto da relação ensinoaprendizagem. Palavras-chave: avaliação diagnóstica, ensino-aprendizagem, mecanismo de retorno. 109 REIS, Geovana de Souza (bacharel do curso de Educação Artística; aluna do curso de Formação de Professores da USJT); GREC, Rosely Curci; PINTO, Vivianne da Silva (alunas de Graduação do curso de Letras e do curso de Formação de Professores da USJT); HYPOLITTO, Dinéia (mestre em educação: Supervisão e Currículo pela PUC/SP; coordenador de estágio e professor das disciplinas de Prática de Ensino e Didática Específica do curso de Formação de Professores da USJT; orientadora do trabalho) REDESCOBRINDO A ARTE DO FOLCLORE No intuito de resgatar os valores da cultura popular brasileira, o nosso grupo desenvolveu o projeto “Redescobrindo a Arte do Folclore”. Ao trabalhar com dez adolescentes entre onze e treze anos, do Centro Social São Francisco, nossos objetivos estavam centrados em saber o quanto eles já conheciam sobre folclore e, também, em ampliar seus conhecimentos sobre o assunto. O trabalho constou da aplicação de técnicas de pintura e colagem; confecção de máscaras, pipas e fantoches; brincadeiras e jogos; canções e representações; recitação de quadrinhas e provérbios; explanações sobre nossas lendas e mitos, além de desenhos. Por meio dessas atividades, os alunos puderam interagir no grupo, fora do período escolar, desenvolvendo, assim, sua sociabilização e comunicabilidade e ampliando seus conhecimentos sobre a cultura de nosso povo. Além da aquisição de novos conhecimentos sobre o tema proposto, o nosso trabalho visou, também, ao contínuo aprimoramento da linguagem, tanto oral como escrita. Esse processo foi desenvolvido por meio da narrativa e da descrição de nossas lendas e costumes, em textos, e da redação de pequenos textos feitos pelos jovens. Dessa forma, lúdica e espontaneamente, pretendemos, ao final da aplicação do projeto, ter contribuído para o desenvolvimento intelecto-cultural e sócio-emocional dos adolescentes que dele participam. Palavras-chave: projeto, folclore, linguagem, arte. 110 AQUINO, Ilma Lopes (aluna de Pós-Graduação Lato Sensu - Mestrado-Educação - UMESP). A ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL Considerando que a Pedagogia é uma ciência da Educação e que o pedagogo desenvolve funções ligadas ao ensino e funcionamento da instituição escolar, tanto administrativas como pedagógicas, apresento o papel do coordenador pedagógico, contando um pouco sobre esse profissional e sua atuação na escola pública. Pretendo, através deste trabalho, falar sobre a atuação necessária do coordenador pedagógico no cotidiano da instituição; a sua responsabilidade com a comunidade escolar, principalmente atuando próximo ao professor, na formação continuada em serviço, visando a mudanças nas práticas cotidianas, a partir desse processo de formaçãoque se destaca como um processo complexo e que ganha materialidade em vários locais e atividades, inclusive no local de serviço, não sendo restrito apenas a cursos. Permite discussão, reflexão, debate, construção dentro do espaço escolar, partindo do diagnóstico de suas necessidades e prioridades, fazendo com que os momentos coletivos favoreçam a reflexão do docente sobre o seu fazer, seus sucessos e dificuldades no trabalho pedagógico, trocando e tematizando junto aos colegas as práticas realizadas, a fim de aperfeiçoar a prática pedagógica, melhorando a qualidade do ensino e do desenvolvimento do aluno no processo ensino-aprendizagem. Nesse percurso descrito, chego ao ponto mais crucial do trabalho de reflexão no espaço escolar: a necessidade do professor estudar, de ser um leitor para entender a sua prática, ler a teoria, ler a sua prática, ler sua experiência. Com este trabalho, pretende-se, também, mostrar a importante atuaçãodo coordenador pedagógico, que ainda tem uma identidade discutida nos espaços escolares, e contribuir para que valorize a sua significância nas relações pedagógicas da escola. Palavras-chave: coordenador pedagógico, formação, cotidiano, professor, prática pedagógica. 111 POJO, Eliana Campos (aluna do curso de Mestrado em Educação da Universidade Metodista de São Paulo). A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES NO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA CABANA - MUNICÍPIO DE BELÉM/PA Cabe perguntar: por que Escola Cabana? Para resgatar, no seu nome, a Cabanagem, expressão de uma concepção. A Cabanagem foi um dos mais legítimos, revolucionários e populares movimentos que marcaram o século XIX em nosso país. A Escola Cabana homenageia e resgata a rebeldia e a coragem de nossos ancestrais. A proposta da Escola Cabana é uma obra coletiva no sentido mais profundo do termo. É produto de uma relação estabelecida entre a Secretaria Municipal de Educação e o conjunto dos atores sociais da Educação municipal. Foram os professores, os alunos, os técnicos, os servidores e os pais que, participando de vários momentos coletivos e deliberativos (Fóruns, Jornadas e Conferências), foram formulando e reformulando os preceitos que hoje configuram a História e o existir da Escola Cabana. Nesse sentido, estamos, desde 1997, num movimento coletivo de uma nova proposta de Educação: a Escola Cabana. Ela expressa uma concepção política de Educação, sintonizada com o projeto de emancipação das classes populares, pautada nos princípios da inclusão social e da construção da cidadania, tendo como diretrizes básicas: a democratização do acesso e a permanência com sucesso; a gestão democrática do sistema municipal de Educação; a valorização profissional dos educadores; e a qualidade social da Educação. Essa nova qualidade social da Educação encontra-se respaldada, dentre outras coisas, na concepção de que é necessária a emancipação dos sujeitos, de seus valores, muitas vezes corrompidos de um fazer educativo altamente elitista, classificatório, verticalista e repressor da criatividade humana, nesse caso, dos educadores e dos educandos. Diante disso, o processo de formação continuada configura-se como suporte importantíssimo para mudança desse paradigma excludente de escola, o qual 52 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 bem conhecemos. A política de formação continuada dos educadores insere-se numa perspectiva de valorização dos profissionais da Educação, entendendo que esses são elementos chaves que, ao constituírem-se enquanto sujeitos, muito poderão contribuir para a democratização sistemática da escola pública de qualidade. A formação continuada dos trabalhadores da Educação da SEMEC-Belém é entendida, então, como aquela que se deve efetivar de forma contínua e sistemática, tendo como “locus” privilegiado a escola. Tal proposta vem se consolidando por meio de encontros gerais e, principalmente, da HP - Hora Pedagógica - ,sendo essa o momento em que, articuladamente, os coordenadores pedagógicos, professores e técnicos da secretaria desenvolvem ações de formação que tem como eixo direcionador a reflexão da prática, com objetivos construídos no coletivo dos diversos sujeitos envolvidos. Quero registrar a fala de uma professora num momento de formação, quando disse: "para nós, é um aspecto muito positivo trabalhar junto com os técnicos, mas atuando como se todos nós fôssemos iguais", afirmou. E somos iguais. Isso é algo da maior importância para a secretaria, erradicar o verticalismo tradicional e hegemônico nos processos de formação de educadores. É o paradigma técnico e burocrático, existente em trabalhos de formação de educadores em que "os professores são considerados os que não sabem: portanto, devem ouvir e registrar tudo e os técnicos são os iluminados teoricamente a dizer o que fazer na prática". Portanto, o maior ganho para os professores e para a construção e prática da Escola Cabana são os educadores sentirem-se partícipes-sujeitos do processo, de maneira a qualificar os que-fazeres de suas ações e conseqüentemente, dando vida ao currículo da Escola Cabana. Compreender melhor esses processos de Formação Continuada, na formação política de educadores ribeirinhos em ilhas do município de Belém, está sendo alvo de minha pesquisa no Mestrado em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo. A partir desse trabalho que venho desenvolvendo junto com professores nas Escolas ribeirinhas, no projeto da Escola Cabana no município de Belém, conduzo-me a investigar como se situa a prática dos professores, com a contribuição do programa de Formação Continuada frente às exigências/necessidades da comunidade ribeirinha, com o intuito de analisar suas carências, suas dificuldades, seus êxitos e, também, o ponto de aproximação e de conflitos na construção da formação do educador para atuar no cotidiano ribeirinho. Essa experiência do projeto político pedagógico da Escola Cabana configura-se numa alternativa de viabilizar a construção da escola de qualidade social no ensino público. Consiste em apostar numa Educação de qualidade, integrada a um processo permanente de emancipação, não só do estudante, mas do educador, possibilitando a reinvenção/resignificação da escola, que passa, principalmente, pela mudança de postura dos sujeitos que fazem a escola. É preciso acreditar que a História dos sujeitos e da escola é um tempo de possibilidades. Palavras-chave: projeto político da escola Cabana; formação continuada; pesquisa. 112 MANRIQUE, Ana Lúcia (professora do curso de Ciência da Computação da USJT; doutoranda do Programa de PósGraduação Lato Sensu em Educação: Psicologia da Educação - PUC-SP). MUDANÇAS DAS CONCEPÇÕES E DAS PRÁTICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA EM FORMAÇÃO Pode-se dizer que poucos são os trabalhos acadêmicos relacionados ao tema formação de professor, considerando as teses e dissertações defendidas desde a década de 70 no Brasil, principalmente, e ao seu saber docente e à sua prática em sala de aula. Este estudo procura compreender a forma como professores de matemática, participantes de um processo de formação continuada em geometria, apropriaram-se de certas ações vivenciadas e reconstruíram suas práticas docentes. Direta ou indiretamente, as transformações da prática que se fazem necessárias são abordadas por diversos autores, que apresentam diferentes enfoques de pesquisas sobre a formação de professores. Um deles é o denominado paradigma do "pensamento do professor", com algumas das considerações tecidas em torno do tema "aprender a ensinar". Atualmente, existe uma preocupação em analisar os processos de mudança e inovação com as pesquisas centradas no processo de aprender a ensinar do professor. Quando estudamos os processos de mudança em Educação, questões surgem logo de início. Quem provoca esses processos? Seriam as ações de formação nas quais os professores se integram? Ou seriam fatores internos como as motivações, os interesses, as crenças, as concepções e as representações que os professores possuem? Ainda pode-se questionar as relações do professor com o saber e as tecidas em diversos ambientes, como, por exemplo, na sala de aula, no contexto escolar e na formação. Seriam essas relações que estariam promovendo os processos de mudança? Com a intenção de esclarecer alguns aspectos inerentes a essas questões, procuramos fornecer uma descrição de como os processos de mudança podem estar inseridos em algumas pesquisas e dividimos esse estudo em três partes. A primeira parte apresenta uma delimitação do conceito de formação de professores e alguns princípios agregados, bem como uma aproximação do conceito de formação com a aprendizagem de adultos. A segunda explicita alguns dos fatores considerados desencadeantes de processos de mudança: concepções e crenças que os professores possuem. Também apresenta o conceito de hábitos que alguns autores utilizam para justificar alguns dos fracassos nas tentativas de mudanças. Na terceira parte, visualizam-se relações possíveis na promoção das mudanças: as relações do professor com o saber e as que ocorrem em diversos ambientes do contexto escolar e de formação. Como o foco da pesquisa reside no processo e não nos resultados dos processos de mudança, decidimos por diversos instrumentos de coleta de informações. Os procedimentos metodológicos envolveram questionários para os professores e para seus alunos, entrevistas, documentos escritos pelos professores, mapas conceituais e observações de algumas aulas dos professores e dos encontros semanais, durante dois anos. A análise realizada visou a apreender como se processaram as transformações da prática docente e as alterações no ensino. Para isso, procuramos mostrar a complexidade dos processos de mudança, identificando contextos e relações existentes entre elementos da formação e da escola, além de apontar a dilemas enfrentados pelos professores e a tomada de consciência as mudanças ocorridas. Palavras-chave: formação de professor, processo de mudança, professor de matemática. 113 LOPES, Francisca Rodrigues (professora da Universidade do Tocantins - UNITINS e Cursando Mestrado em Comunicação e Semiótica na PUC de São Paulo.) A SEDUÇÃO PEDAGÓGICA COMO POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO COLETIVO O termo sedução, em sentido restrito, tem sido levado constantemente a duas interpretações: uma quando se trata de adultos que, entre si, perversamente se seduzem em jogos eróticos de exploração ou exibição sexual; e outra é a referida na 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 53 fase inicial da teoria freudiana, ou seja, quando uma criança é seduzida, por uma outra criança mais velha ou por um adulto em quem ela confia, a experimentar sentimentos de exploração sexual. A ampliação do tema possibilita entender a sedução em outros campos e situações, o que nos permite incluir a relação pedagógica. Compreendendo que sedução e desejo estão intrinsecamente entrelaçados numa sucessão de ações para a realização de algo, entende-se que se seduz porque se deseja e deseja-se porque foi seduzido. Assim é que, na relação entre professor e aluno, sujeitos que se comunicam em sala de aula, os elementos da sedução de ambos são veiculados pelo desejo do conhecimento. Essa busca que se faz de forma sedutora é o que vamos recortar do vasto campo da sedução como o 'encantamento' que se dá na ação pedagógica impulsionada pelo desejo do professor de ensinar e aprender do seu fazer, e o desejo do aluno de aprender e ensinar do seu saber. Assim intrincados os desejos, já não se sabe qual dos sujeitos é o sedutor e quem é o seduzido. É na sedução do professor e do aluno no processo de construção do conhecimento sob a forma de aprendizagem significativa, provocada pelos elementos do universo da sala de aula, que esbarra a problemática desta pesquisa, atendo-se à relação entre o professor e o aluno como determinante do conhecimento construído, através da sedução entre os sujeitos e, à representação do papel do professor como o sedutor e seduzido e do aluno como seduzido e sedutor, através do desejo que os movimenta, num processo contínuo de transferência e contratransferência de afetos, desafetos, saberes e fazeres, ora de forma diádica, ora de forma triádica. Devese entender os mecanismos determinantes que professor e alunos utilizam para se seduzirem no espaço da sala de aula e quais os efeitos dessa sobre o processo ensino-aprendizagem, bem como perceber o momento em que ele se deflagra. Buscar as obras clássicas que se ocuparam dos temas ensino/erotismo, sedução e desejo na relação professor aluno, mestre e discípulo é o objetivo empreendido nessa pesquisa. Reconhecendo que a ação pedagógica está no nível do consciente e que a ação do professor é uma ação para um fim, supõe-se que ele tenha clara a relação que vai estabelecer com seus alunos. Nessa decisão, pode optar por uma relação vertical, permeada pelo autoritarismo, na qual a comunicação se faz na base de um agente que fala e de um paciente que só ouve. Por outro lado, pode decidir por uma relação horizontal, alicerçada na confiança, no encanto, na amizade, na cumplicidade e, principalmente, na troca de conhecimentos, em que todos buscam um mesmo objetivo. Palavras-chave: sedução pedagógica, aprendizagem, conhecimento. 114 SILVA, Martha Sirlene da (pedagoga, com curso de Pós-Graduação pela PUC; mestranda - UMESP, pesquisando alfabetização e letramento; professora de Metodologia da Alfabetização da UNIB e de Currículos e Programas da Faculdade Tïbiriçá). A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA UNIVERSIDADE: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO Esta exposição visa a relatar um trabalho pedagógico desenvolvido na UNIB, na disciplina Metodologia da Alfabetização, baseado na abordagem sociolingüistica e psicolingüistica. O desconhecimento de como o aluno constrói a escrita, de como a escrita funciona e de seus usos tem dificultado o trabalho do professor alfabetizador e é uma das causas do fracasso escolar. Nesse sentido, os alunos e alunas do curso de pedagogia apresentarão um projeto de pesquisa vivenciado junto a crianças e professores e apontarão propostas de letramento, isto é, de práticas sociais de leitura e escrita. Tal pesquisa tem possibilitado um grande enriquecimento teórico-prático para os alunos do curso de pedagogia pois desvela a realidade escolar brasileira. A questão da anallfabetismo tem de sair dos discursos políticos e ser concretamente erradicada. Essa realidade só irá acontecer se os cursos de formação de professores estiverem voltados para realidade brasileira através da AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO. Palavras-chave: letramento; psicogênese; psicolingüística; reflexão-ação-reflexão; formação de professores. 115 PEREIRA, Alexandra Cristina C. (psicóloga-clínica formada pela USJT; pesquisadora iniciante do Regime de Iniciação Científica da USJT). ANOREXIA NA ADOLESCÊNCIA A anorexia é um transtorno alimentar que se caracteriza por uma visão distorcida da imagem corporal. O termo anorexia vem do grego AN (ausência, falta) + OREXIS (falta de apetite). Portanto, esse termo é incorreto, pois a perda de apetite é rara, podendo ocorrer somente nos estágios finais da doença. A pessoa que possui tal transtorno sente fome e nega o fato até que isso se torne algo comum em sua rotina diária. Para poder diagnosticar o indivíduo com anorexia é necessário que o mesmo apresente uma recusa a manter o seu peso corporal igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura, perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma corporal. O transtorno inicia-se, geralmente, na puberdade. As grandes incidências de casos ocorrem em adolescentes do sexo feminino. As adolescentes passam a controlar, excessivamente, seu peso e corpo, realizando freqüentemente dietas, regimes, tendo hábitos de pesar os alimentos e medir as calorias deles. O anoréxico, muitas vezes, exibe um estado de desnutrição, mas acredita que está extremamente gordo. Concomitante com esse pensamento, considera o regime indispensável para aumentar a sua auto-estima e o ganho do peso um inaceitável fracasso de seu autocontrole. Ao enfatizar a questão da anorexia na adolescência, ressalto a importância dessa fase de transição que merece mais atenção, pois é permeada de muitos conflitos envolvendo transformação corporal, acompanhada de inabilidade motora, necessitando organizar sua auto-imagem, tanto psíquica quanto corporal. Palavras-chave: anorexia, diagnóstico, adolescência. 116 VIEIRA, Patricia de Jesus; MÜLLER, Vanessa Aparecida de Sá (psicólogas Graduadas pela USJT; aprimorandas do Centro de Psicologia Aplicada da USJT); BERES, Vera Lúcia Gonçalves (orientadora do trabalho; graduada pela PUCCampinas; especialização em Psicodagnóstico de Rorscharch; mestre pela PUC- SP; doutora pelo Instituto de Psicologia da USP; professora da USJT). PSICODIAGNÓSTICO DE UM CASO DE HISTERIA NA ADOLESCÊNCIA 54 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 Este trabalho consiste na explanação de uma investigação psicodiagnóstica de um caso de histeria, manifestada em uma adolescente do sexo feminino, de 17 anos e 6 meses, estudante do terceiro ano do Ensino Médio e, também, do curso técnico de Artes Gráficas, através da utilização do instrumento "Teste do Questionário Desiderativo", a fim de verificar a hipótese diagnóstica inicial e possibilitar o encaminhamento mais indicado para ela. O contato com o profissional da área da Psiquiatria corroborou. O diagnóstico “Quadro de Representações Histéricas” com a não-elaboração do luto do corpo infantil, descartando-se o tratamento medicamentoso. O psicodiagnóstico foi direcionado com base nos seguintes teóricos: ABERASTURY (1986), FREUD (1988), GRÜNSPUN (1990), HERBERT (1987), OSÓRIO (1992) e SOIFER (1992). A adolescência é conhecida como uma crise de identidade; mas, na verdade, é uma crise normativa, na qual há a aquisição do sentimento de identidade pessoal, quando o indivíduo cria valores próprios e busca identificar-se. Nessa fase que é determinada por mudanças corporais, está presente o desejo de se tornar adulto em sua totalidade; porém, a presença dos sentimentos de rivalidade e invalidez, desse novo adulto em relação aos adultos que o cercam, classificará quais características o adolescente terá como modelo. Tais mudanças corporais possibilitam o contato do adolescente com seu mundo interno, afastando-o, assim, do mundo exterior. A crise provocada por essas mudanças será determinada pela relação entre o mundo interno e a realidade exterior. Tal relação é que vai determinar a duração e a qualidade da crise emocional. Com isso, a adolescência deixou de ser considerada uma mera passagem da infância para a idade adulta e passou a ser considerada como um momento crucial do desenvolvimento do indivíduo, marcando a aquisição da imagem corporal e a estruturação da personalidade, na qual há o desejo de entrar no mundo adulto. Caso a necessidade de se auto-afirmar, presente na adolescência, prossiga até a idade adulta, poderá indicar um sintoma histérico. Para atingir sua auto-afirmação, o histérico tem a necessidade de chamar a atenção; porém, nunca se dá por satisfeito. A presença de privação de amor como sintoma histérico provoca a necessidade contínua de amor, sendo assim, ora há um desejo de provocar atenção, ora há a presença de imaturidade emocional e dependência. A identificação do histérico se dá por meio de características regressivas, com isso, imita suas atitudes infantis. Outro aspecto presente neste quadro é a indiferença apresentada, diante de situações trágicas ou de sintomas graves, que muitas vezes são vistos como simulação. Fica evidente que tais sintomas são de origem psicológica, e com isso, descarta-se a necessidade de um tratamento medicamentoso, pois esse não convence nem mesmo o paciente e indica-se o tratamento psicoterapêutico. A adolescente foi encaminhada para tratamento psicoterapêutico com base psicanalítica. Palavras-chave: adolescente, histeria, psicodiagnóstico. 117 DOMINGUES, Paulo (diretor da empresa Aprendizagem & Automotivação S/C Ltda.; docente da VETOR - Editora Psico-Pedagógica e do SENAC; experiência de 18 anos em Recursos Humanos com empresas de grande porte). COMO DESENVOLVER E ALCANÇAR A AUTOMOTIVAÇÃO Uma descoberta importante relacionada à mente tem a ver com a resposta do inconsciente à imaginação. De fato, a imaginação, no meu entender, é o fator mais poderoso da mente. A auto-imagem afeta nosso comportamento, atitudes, produtividade e, em última análise, nosso "sucesso na vida". Esses estudos foram baseados nas teorias de C.G. Jung e Tim La Haye. Palavras-chave: automotivação, mudança e imaginação. 118 CALDO, Gilson; FERNANDES, Janaína Foléis; CARDOSO, Maurício Sousa (alunos do Curso de Psicologia da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; graduado pela USJT; mestre pela PUC- Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas e do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). SAÚDE DO ESCOLAR: PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS NACIONAIS DE PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO E SAÚDE Avaliar a produção científica de uma determinada área de pesquisa representa um meio seguro para compreendê-la. Entre outras possibilidades, este tipo de estudo permite caracterizar os problemas mais estudados, identificar os periódicos mais relevantes e produtivos, levantar as instituições e os autores-chaves, descrever os métodos e as técnicas de pesquisa mais empregados; enfim, determinar o estado atual da arte e formular, de forma confiável, tendências para a área estudada. No contexto brasileiro, a saúde do escolar, como área de pesquisa, revela carência de pesquisas que avaliem a sua produção científica. Com o objetivo de avaliar a produção científica relacionada à saúde do escolar, foram avaliados os resumos publicados nos últimos cinco anos (1997-2001) em periódicos nacionais das áreas de Psicologia, Educação e Saúde. Ser publicado em um periódico de circulação nacional ou internacional avaliado pelo CAPES com o conceito "A" e apresentar no título, no resumo ou nas palavras-chaves os termos Saúde, Escola e Psicologia foram os critérios para seleção dos resumos. Foi descartado, evidentemente, o termo Psicologia nos periódicos dessa área. Procedimento idêntico foi adotado com os termos Saúde e Escola quando se analisaram os periódicos dessas áreas. A partir dos resultados obtidos na avaliação, é possível afirmar que a produção científica em saúde do escolar pode ser considerada diminuta, quando comparada à internacional. Constatou-se, também, que pesquisas relacionadas à saúde do escolar não faziam essa associação diretamente. Verificou-se, ainda, que os problemas de aprendizagem representaram uma das principais ênfases das publicações levantadas. Há que se ressaltar que a carência de bases de dados atualizadas e exaustivas, no contexto brasileiro, dificulta sobremaneira pesquisas que avaliam produção científica. Palavras-chave: produção científica, Saúde, Psicologia, Educação, saúde do escolar. 119 PINHÃO, Elaine Cristina M.; FURLAN, Fabíola (alunas do curso de Psicologia da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC- Campinas; doutorando pela PUCCampinas; professor da Universidade Braz Cubas e do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). SAÚDE DO INTERNAUTA: ESTADO DA ARTE EM BASES DE DADOS DE PSICOLOGIA E MEDICINA 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 55 Navegar pela Internet tem se tornado uma prática comum e quase indispensável em determinadas tarefas do dia-a-dia. Se, por um lado, estar conectado à rede representa o acesso à grande quantidade de informação com rapidez e precisão e a possibilidade de relacionamentos até então improváveis; por outro lado, o uso indiscriminado de computador e, mais especificamente, da Internet tem gerado milhares de vítimas devido a lesões por movimentos repetitivos, lesões na coluna e outros prejuízos à Saúde do internauta que são menos comuns ou menos estudados como é o caso da dimensão psicológica da saúde. A mais comum e mais estudada das patologias associadas ao uso da Internet é a L.E.R. - Lesão por Esforço Repetitivo. Trata-se de uma doença ocupacional e seus sintomas característicos são dor, estalos, formigamento, edemas e choques que se instalam nos membros superiores e no pescoço. Outra conseqüência freqüente do uso constante da Internet é a aquela conhecida como "tendinite", isto é, uma inflamação aguda ou crônica dos tendões, que se manifesta com mais freqüência nos músculos flexores dos dedos, provocada por movimentação freqüente e período de repouso insuficiente. É possível mencionar, também, os problemas causados à coluna, devido ao fato de muitos internautas não conseguirem manter uma postura correta durante a maior parte do tempo em que estão navegando na rede. Apesar de, muitas vezes, estarem associados exclusivamente à sua dimensão médica, é necessário considerar que esses e demais aspectos relacionados à Saúde do internauta demandam uma visão interdisciplinar, em que determinantes biológicos, psicológicos e sociais sejam considerados. É necessário que se atente à Saúde do internauta, já que tem aumentado significativamente o número de usuários de Internet e a quantidade de horas "navegação" e, também, pouco se sabe sobre os efeitos dessa tecnologia na qualidade de vida de seus usuários e, consequentemente, poucas são as orientações dadas à população sobre como melhor lidar com a nova realidade. Ressalte-se que os exemplos citados representam a faceta mais conhecida da relação Internet Saúde do internauta e que muitos outros pontos precisam ser considerados uma vez que a Saúde não deve ser compreendida apenas como ausência de doença. Com o objetivo de identificar o estado atual da arte na área de Saúde do internauta em sua dimensão psicológica, foram analisados os resumos indexados por duas bases de dados de grande relevância na área médica (MEDLINE) e psicológica (PsycINFO). A seleção da amostra de resumos teve como critérios o fato de eles terem sido publicados nos últimos cinco anos (1997-2001) e conterem os termos Saúde e Internet. Os resultados evidenciam que, nos últimos cinco anos, tem crescido de forma significativa a preocupação com a dimensão psicológica da Saúde do internauta. Isso fica evidente pelo número de pesquisas realizadas que abordam tal problema. Esses estudos têm sido indexados tanto na área da psicologia quanto na medicina. Verificou-se, também, que a Internet está se tornando um meio privilegiado para a divulgação de informações que auxiliam a promoção de Saúde. Palavras-chave: produção científica, saúde, internet, Psicologia, medicina. 120 YUKIMITSU, Maria Terezinha C. P. (Doutora e psicanalista; docente do Curso de Psicologia da USJT); MENEZES, Leopoldina (psicóloga formada na USJT; especializanda em psicoterapia psicodinâmica no Hospital das Clínicas de São Paulo); CRUZ, Andréia Moraes; LOPES, Elizabeth Solano; SASTRE, Patrícia Veronese (psicólogas formadas na USJT); MONTEIRO, Teresinha de Jesus J. (psicóloga formada na USJT; especializanda do curso de Neurociências da USP). CARACTERIZAÇÃO DAS CRIANÇAS SORO-POSITIVAS ATENDIDAS NO CPA DA USJT: UMA POSSIBILIDADE DE (RE)-EDUCAÇÃO PSÍQUICA O trabalho psicoterapêutico tem alicerçado os "déficits" manifestados em crianças no âmbito da linguagem, da aprendizagem acadêmica, das dificuldades psicomotoras, do esquema corporal, da socialização, da frustração advinda da doença e do abandono dos pais, na falta de compreensão de sua história de vida e, finalmente, no imenso sentimento de rejeição. Na maioria das vezes, as crianças não têm direitos nem à palavra nem ao respeito. Julga-se qu elas são incapazes de decidir sobre o que lhes diz respeito. Esconde-se delas a verdade sobre sua história, sua origem. A linguagem é um mundo revelador da forma como elas sentem os acontecimentos, pois falam o que vivem. Suas construções "linguageiras" traduzem suas angústias, suas certezas e suas interrogações. O objetivo do presente trabalho foi ajudar a criança a se construir ensinando-lhe o respeito por si mesma; educá-la a respeitar o seu corpo, o seu ritmo, seus desejos, sua identidade, sua condição civil, mesmo e, principalmente, QUANDO não tem um dos pais e, no caso, ambos; ensinar-lhe o mundo, as regras e os interditos da vida na sociedade através do desenvolvimento de senso crítico. Foram sujeitos do trabalho sete crianças (71,43%) meninas com idade entre seis e 12 anos e (28,97%) meninos com nove e onze anos, residentes em uma instituiçãolar na cidade de São Paulo. Do total dos sujeitos, 71,43% encontram-se na primeira série do nível fundamental. O material utilizado consistiu de entrevista com a coordenadora da instituição-lar. O procedimento adotado foi entrevistas individuais com a coordenadora sobre o histórico de vida de cada criança e com o profissional designado para o caso. Em seguida, foi solicitada a presença das crianças com seus respectivos psicólogos. Após sessão diagnóstica, iniciou-se o processo de atendimento. semanal com 50 minutos de duração. O trabalho teve início em agosto de 1999 e término em março de 2002. Os resultados mostraram que 42,86% das crianças foram cuidadas pelas mães em curto período de tempo e igual porcentagem tiveram cuidados de outras pessoas.;Das crianças, 51,14% das mães estão mortas e 85,71% dos pais são desconhecidos e 100% dos sujeitos nasceram HIV(soro-positivos). As queixas formuladas sobre eles foram: 40,00% apresentaram dificuldades de aprendizagem; 26,67% rebeldia, entre outras. Foram realizadas 404 sessões (89,78%) e ocorreram 46 faltas (10,22%) em relação às sessões previstas. Conclui-se que há preponderância do sexo feminino (71,43%), na primeira série (71,43%), sendo 42,86% das crianças cuidadas pela mãe e outras pessoas, respectivamente: 51,14% das crianças têm suas mães mortas e 85,71% dos pais são desconhecidos. 100% dos sujeitos são soro-positivos. Das queixas, 40,00% é sobre dificuldades de aprendizagem. O trabalho foi desenvolvido em 404 sessões (89,78%) sendo que a criança com maior freqüência compareceu a 77 sessões (19,06%). Os dados concretos obtidos com o trabalho é mister de cada criança, em que uma superou a enurese, outra tornou-se mais sociável, outra avançou em seu processo de aprendizagem tornando-se alfabetizada e uma que era considerada sonhadora voltou a morar com a mãe e esse era o seu sonho. Neste trabalho, é possível reconhecer a relevância e importância de seu valor preventivo, principalmente com um grupo atípico de crianças que, certamente, terá barrado todos os seus projetos de vida e sonhos aos quais todos os cidadãos têm direito. Como suportar os impulsos e as frustrações de não satisfazer os mais simples desejos de querer formar uma futura família (e eles já são adolescentes), sendo extremamente rejeitados porque são os temidos "HIVS"? Palavras-chave: psicoterapia, prevenção, processo re-educativo, crianças soro-positivas. 56 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 121 SERGL, Marcos Júlio (doutor em Musicologia Histórica - Escola de Comunicações e Artes da USP; Bacharel em Composição e Regência pela Universidade São Judas Tadeu e em Educação Artística, com habilitação em Música pelo Instituto Musical de São Paulo; professor doutor da USJT). EM BUSCA DE PAISAGENS SONORAS A união entre a oralidade e a sonoridade é procurada constantemente ao longo da evolução das mídias, em particular, do rádio. Objetiva-se uma paisagem sonora, em que estejam presentes os elementos característicos do som musical, da fala, do ruído e da trilha incidental. Realizamos, nesta pesquisa, uma escuta analisada da paisagem sonora presente em dois períodos históricos: O Renascimento e a segunda metade do século XX. Comprovamos, neles, o embricamento total, a interface, entre a oralidade e a sonoridade. A busca dessa interface é analisada a partir de obras musicais de Clement Janequin, Brian Ferneyhough, Arnold Schoenberg, György Ligetti, Edgar Varèse, Iannis Xenakis e Kristok Penderecki. Palavras-chave: paisagem sonora, interface midiática, oralidade/sonoridade. 122 GONÇALVES, Claudio Cesar (doutorando pela ECA-USP - Comunicação e Artes; mestre em Artes Visuais pelo IAUNESP-SP; pós graduado em Artes Plásticas e História da Arte; bacharel em Comunicação Social; diretor de Criação da BABENKO Design; docente de Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu da USJT). A LEITURA VISUAL CUBISTA: UMA ANÁLISE FORMAL DA OBRA FÍLMICA O universo das informações visuais certamente encontra-se em momento de enorme expansão. Podemos atribuir uma parcela relevante da ‘culpa’ de tal desenvolvimento ao mundo digital que grandes autores vêm discutindo; entre eles, Pierre Levy aborda o tema e suas implicações com clareza em seu livro ‘Cibercultura’ – Editora 34. Entretanto, a construção desse material visual parece apoiar-se, ainda, nos experimentalismos dos agentes culturais do começo do século XX. A superação, o desenvolvimento de uma nova estética ou de uma proposta ensaia sua instituição e, por decorrência, observa-se a retomada de padrões sólidos que garantam a consistência da discussão proposta. Assim como o Expressionismo, o Realismo, entre outros, o Cubismo transforma-se, com freqüência, em ferramenta de interpretação da realidade na inexaurível busca humana pela observação em múltiplas facetas. Por vezes, intuitiva e, por vezes, explicitamente calcada, a formatação de produtos culturais lança mão de esquemas parametrados teoricamente pelo Cubismo, usando o jargão dos pensadores dessa escola, em construções sintéticas ou até mesmo analíticas para a construção da idéia. Desdobrar o objeto visível em partes, retaliar a realidade para um entendimento pormenorizado, provavelmente cartesiano nesta forma quase dedutiva, é uma busca moderna que corre um grande risco: distanciar-se demasiadamente das intenções iniciais do Cubismo no que se refere ao seu modo de pensar e, a partir daí, transformar-se em um arremedo de postura ou conduta estética. Claro que surgem, esporadicamente, manifestações com leituras estruturadas e cujas estilizações cubistizantes são passos dados adiante nas reinvenções do momento e da realidade. Talvez esse seja o caso do material analisado nesta conferência, uma obra fílmica em animação quadro-a-quadro, ou, como qualificam os norte-americanos, o “stop motion”, de produção recente, identificando alguns desses elementos modernos, graciosamente combinados com adaptações de um clima expressionista, compreendido, pelo visto, na profundidade das demonstrações de angústias humanas dos personagens, quase existencialistas, e, pelos exemplos, de como essas condições são materializadas nos aspectos formais dos elementos, que talvez fizessem Picasso e Braque satisfeitos pela retomada não pobremente pessimista, mas introspectiva e investigadora daquilo a que eles propuseram. Palavras-chave: cubismo, linguagem visual, leitura visual, sintaxe visual, século XX. 123 MATTOS, Paula de Vincenzo F. B. (professora, em tempo integral, da USJT nas disciplinas de Estética e História da Arte, História da Arte e da Tecnologia e Evolução das Artes Visuais; mestre em Artes Visuais). UMA LEITURA VISUAL EXPRESSIONISTA: O HOMEM E SUAS ANGÚSTIAS DO VIVER URBANO A necessidade de manifestação artística acompanha a evolução humana desde a pré-história, quando as primeiras manifestações estéticas ainda se relacionavam apenas a uma necessidade de cumprir um ritual de conquistas: fosse do animal a ser caçado; fosse da perpetuação da espécie humana. A partir daí, a arte foi usada para manifestações expressivas e, também, como registro de vida. As imagens estéticas e artísticas são constantemente reutilizadas e reinterpretadas em diversas imagens na contemporaneidade, na qual o ontem é referência plástica praticamente obrigatória. Isso, provavelmente, ocorre devido às incertezas da vida atual, em que referências do passado são buscadas, a fim de que se encontrem certezas para as dúvidas atuais. Em um momento no qual as pesquisas pelo novo são incessantes, muitas vezes opta-se por buscar estéticas já consagradas e que, pela abrangência interpretativa, servem-nos, hoje, como há quase um século. Estou me referindo à estética expressionista, em particular, que teve início na Alemanha do início do século que passava por transformações que geravam dúvidas e incertezas. As imagens distorcidas do Expressionismo revelam angústias, sofrimentos, medos e indagações. Hoje, vivemos pequenos conflitos todos os dias, questionando desde a nossa existência até as formas de como nos relacionamos com o mundo. Na realidade, vemos, nas últimas décadas, a necessidade cada vez mais crescente de apego a elementos do passado, como se tivessem a solução para o momento de dúvidas por que passa o homem da virada do século XX/XXI. Um outro fator comum e interessante do ser humano é a necessidade de apego a relações e situações sedimentadas, quando parece faltar-lhe o chão. A pós-modernidade abriu, de tal forma, o leque de abrangências e a possibilidade de leituras e releituras que parece termos perdido, de vez, o referencial de limites. O limite estético é cada vez mais questionado e a pergunta mais comum, hoje, é: por que não? Em vez das tradicionais: por quê? ou para quê? O experimentalismo, tônica do século XX, abriu possibilidades de se atrever nos conceitos estéticos. Hoje, não temos mais nenhuma regra de criação e, talvez, exatamente por esse excesso de liberdade, buscam-se as formas já consagradas. A obra não é portadora, apenas, da significação intrínseca que quis imprimir-lhe seu criador; mas das que foram sendo acumuladas nos usos dessa obra. A arte está presente na vida contemporânea, e nos assalta pelos sentidos, olhos e ouvidos, ou seja, é um elemento que pode ser incorporado à vida do cotidiano. É importante discutir a apropriação pela qual vem passando as imagens e clarificarem-se as diferenças a serem estabelecidas para o entendimento do que são releituras e do que são transformações. A utilização, cada vez maior, de imagens artísticas, sendo revista pelos meios de comunicação, pretende 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 57 reafirmar a idéia da acessibilidade da informação a todos. Mas é preciso verificar até que ponto o conteúdo será entendido e assimilado. Palavras-chave: contemporaneidade, estética, arte, releitura, apropriação, expressionismo. 124 JOSÉ, Carmen Lucia (mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP; doutora em Semiótica da Cultura - Programa de Comunicação e Semiótica - PUC). ABERTURAS PARA DOCUMENTÁRIO Documentário é, hoje, uma categoria usada em rádio, televisão, cinema e vídeo, que configura uma formatação que trabalha com o desenvolvimento de um tema, um assunto, isto é, de um referente apresentado em seus aspectos predominantes em suas referências. No padrão, o documentário era iniciado por uma vinheta de abertura, que apresentava o tema na forma de título, acompanhada de uma cabeça de texto que expunha os aspectos ou problematizava o tema em suas referências. Hoje, a abertura, além de informar sobre o assunto, deve, predominantemente, segurar a atenção do receptor e, por isso, muitos são os seus tipos. É sobre eles que falaremos. Palavras-chave: documentário, comunicação, jornalismo. 125 SANTOS, Ivanildo Lubarino P. dos (ator e pesquisador formado pelas: Escola Livre de Teatro de Santo André e USJT; aluno da Pós-Graduação em Teatro – USJT; pesquisador da linguagem das máscaras na formação do ator). A MÁSCARA NA FORMAÇÃO DO ATOR CONTEMPORÂNEO A máscara, como elemento expressivo, teve papel fundamental nas tragédias gregas. Era utilizada também, na quinta dinastia egípcia e nas figuras cômicas mascaradas na China imperial. Na seqüência cronológica, ela esteve presente na fábula atelana romana, seguindo pelas culturas religiosas nas encenações dos mistérios e moralidades medievais, ganhando imensa força na cultura popular da Idade Média e do Renascimento, na “commedia dell'arte italiana’, quando também teve sua decadência teatral com Goldoni e na erupção da poética naturalista na Europa. A máscara aparece, também, no teatro oriental e africano em seus rituais dramáticos. No Brasil encontramos elementos de teatralidade nas máscaras de rituais religiosos e nas manifestações populares. Para a formação do ator, desde meados do século XVII até o final do século XIX, era utilizado método tradicional, que tinha como referencial principal o texto e não o corpo. Esse método tradicional ficou defasado. No início do século XX, novas concepções vieram contribuir para uma mudança na utilização e exploração o corpo. Nesse contexto, Meyerhold, com seus exercícios e suas experiências figurativas, recupera a utilização da máscara no teatro com estudos sobre a “commedia dell'arte’. Louis Jouvet e Jacques Copeau, diretores franceses de teatro, desenvolveram, em 1920, um novo método de treinamento para a formação do ator, com o uso da máscara neutra O método foi difundido na Europa e nos Estados Unidos, principalmente por seus discípulos. O francês Jacques Lecoq, unindo-se aos italianos Amleto Sartori e Giorgio Streller, promoveram a retomada definitiva da linguagem da máscara no teatro contemporâneo mundial, com a difusão de suas metodologias, formando novos seguidores contemporâneos. No Brasil, há o reflexo direto desse encontro, marcado na sempre presença da máscara no panorama da cena brasileira, mais intensamente a partir da década de 90, em São Paulo, com as constantes apresentações de espetáculos inspirados em “Clown e Commedia Dell'Arte”. A máscara é um importante elemento de instrumentalização do ator. Com essa linguagem, o participante é capaz de desvencilhar-se de arquétipos já conhecidos, cotidianos e encontrar um estado neutro, puro para a criação de qualquer personagem, em qualquer estilo de texto ou espetáculo em que venha a trabalhar. Palavras-chave: formação do ator, máscara, teatro. 126 GONÇALVES, Jeanne; LEÃO, Vânia Cardoso; OLIVEIRA, Daniela Aquino de; OLIVEIRA, Maria Mary G. de; VALIERI, Maria Aparecida D. (alunas de Graduação do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A AÇÃO DOS AGROTÓXICOS NO MEIO AMBIENTE A questão dos agrotóxicos é de extrema relevância nos dias de hoje, uma vez que está diretamente relacionada com o equilíbrio ambiental e a saúde pública da população. Alguns fatores nos levaram à pesquisa do tema, tais como: a existência de um grande número de trabalhadores intoxicados, o uso desnecessário de agrotóxicos em alguns tipos de cultivo, a ineficiência de uma política de controle sobre o uso e a falta de consciência da população sobre o assunto. O objetivo deste trabalho é relatar, através das pesquisas, os dados referentes à degradação ambiental generalizadas e aos prejuízos dela decorrentes, como os efeitos de substâncias tóxicas no organismo humano, a viabilidade do controle de pragas sem o uso do agrotóxico e a política que norteia e define as diretrizes, através da legislação. Esta pesquisa nos levou a refletir e a obter uma visão ampliada sobre a importância do uso consciente dos agrotóxicos e todos os aspectos envolvidos neste processo, como a segurança necessária quanto à aplicação, tanto no que se refere ao trabalhador quanto ao próprio equilíbrio ecológico, sendo que ambos estão diretamente ligados à saúde humana e à sobrevivência da espécie humana. Palavras-chave: agrotóxico, meio ambiente, saúde. 127 CARDOSO, Marcela Alves (aluna de Graduação do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo). ARQUITETURA DO MEIO AMBIENTE Durante muito tempo, a natureza esteve a serviço do homem, sendo, por ele, considerada imutável, uma fonte inesgotável de matéria-prima e não como um sistema com processos e funções próprias. Porém, a conscientização sobre esse problema veio tardiamente. Atualmente, em várias áreas do desenvolvimento é possível notar uma "corrida contra o tempo" a favor da preservação e da economia de recursos naturais e de matéria-prima. Esse trabalho tem por objetivo esclarecer o papel da arquitetura em relação à ideologia do desenvolvimento sustentável, avaliando o perfil do consumidor atual, as 58 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 pesquisas na área da construção civil (um dos setores que mais interfere no meio ambiente) e a criatividade da decoração (“designer” de interiores) na utilização de materiais alternativos. Palavras-chave: consumidor, arquitetura orgânica, preservação, sistemas autosuficientes. 128 FONSECA, Patrícia da; SANTOS, Tatiana Aparecida Cassiano; SILVA, Maria Márcia; SOUZA, Janaina Severina de (alunas de Graduação do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo). MISÉRIA E PROBLEMAS AMBIENTAIS O homem está destruindo o mundo que lhe foi dado. A sua ação tem provocado sérios danos ao meio ambiente. A camada de ozônio está sendo afetada por causa da poluição, dos desmatamentos, das queimadas e isso está colocando a saúde do ser humano em risco. O planeta está ficando superaquecido, acarretando a seca em algumas regiões, e, em outras, enchentes, trazendo caos para as metrópoles. Sem contar que nossas águas estão sendo contaminadas pelo lixo que é despejado nela. Quando não despejado, esse mesmo lixo fica exposto em lugares inadequados, trazendo-nos pragas e doenças. Agora, o pior problema ambiental que atinge o nosso planeta é a miséria que faz parte da vida de uma parte da população. O Brasil sofre com esse problema e, se formos analisar, não há o porquê, pois, no nosso país, há comida sobrando. No caso da África, podemos dizer que realmente há falta de comida. As pessoas não só sofrem com a falta de comida, mas também com as condições de suas moradias, que muitas vezes não têm saneamento básico, ou, então, que ficam próximas a lixos ou a córregos poluídos. Diante dessas questões, este trabalho tem como objetivo mostrar os fatores que levam à miséria, a inter-relação entre questões ambientais e miséria e apontar algumas soluções possíveis para o problema. Nesta perspectiva, precisamos da união de todos para ir à luta contra todos esses problemas, ou pelo menos, para tentarmos amenizá-los. Palavras-chave: meio-ambiente, lixo, miséria, poluição. 129 BRACONARO, Clarice Rosa; ESTEVEZ, Dora Bueno e LIMA, Iranilda M. (alunas de Graduação do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo). SAÚDE PÚBLICA: UMA REFLEXÃO Para sabermos se uma população é saudável geralmente relacionamos com o problema da doença. Só que saúde não é só isso; na realidade, ela pode ser vista como um problema social que depende de vários fatores: alimentares, moradias, vestimentas, condições de trabalho e de diversão. Este trabalho visa à conscientização das pessoas quanto aos seus direitos, já que, em nossa Constituição, o art. 196 diz: "A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantida por políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco da doença e de outros agravos às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação dela". Neste trabalho, mostramos um pouco da saúde no Brasil, como funciona desde seu histórico até os tempos atuais. Ressaltamos a importância da "Educação Preventiva" com a finalidade de tratarmos os problemas antes de se chegar à doença em si. A maioria dos brasileiros só procura um tratamento médico quando já está doente. Palavras-chave: saúde pública, doença, direitos humanos. 130 ALMEIDA, Roseli de (aluna do curso de Pedagogia do Centro UNISAL - São Paulo. Trabalho apresentado na disciplina de Prática do Ensino da Educação Infantil). MEU INESQUECÍVEL PROFESSOR Em trabalho realizado na disciplina de Prática do Ensino da Educação Infantil, do Curso de Pedagogia do Centro Unisal, reconstruímos, de maneira reflexiva e crítica, o perfil do professor inesquecível. No ano de 1987, ingressei no 1º ano do curso de Magistério no Colégio Atenas. No primeiro dia de aula, entrou em nossa sala um rapaz de mais ou menos 40 anos, figura esquisita, de capacete e óculos escuros que se apresentou como sendo o nosso professor de História. Sua maneira de ensinar era diferente de todos os outros professores que eu conhecera. Não carregava nenhum livro, apenas giz no bolso e um apagador nas mãos, não consultava qualquer anotação e colocava na lousa todo o conteúdo de História com riqueza de datas e sem esquecer nenhum detalhe. Paulo Afonso era o seu nome. Inesquecível aqueles óculos escuros que escondiam o brilho do seu olhar, que, não sei por que, pareciam-me tristes. Nunca falou nada sobre sua vida pessoal durante os quatros anos em que convivemos. Um dia, intrigada, perguntei como ele conseguia dar aulas para tantas série diferentes sem consultar livros. E foi, então, a primeira vez que ele contou algo sobre si mesmo. Disse que tinha dificuldade na escola, que não entendia nada do que era ensinado. Então, um dia, ele pegou o caderno e foi sentar-se num banco em frente ao lago do Horto Florestal e ficou olhando o seu caderno durante horas... Olhou tanto que começou a prestar atenção nos detalhes e percebeu que você só pode aprender aquilo que entende. A partir daí, tudo o que aprendia tentava entender e pronto. Durante os quatros anos de curso eu só tirei notas 10, pois da sua lição de vida fiz um ponto de partida para minha própria vida de estudante. Ele nunca dava sua opinião em nada, apenas ensinava os conteúdos sem tomar partido positivo ou negativo.Aprendi com ele a gostar de História e nunca me esqueci daquilo que aprendi nas suas aulas. Hoje, se eu fechar os olhos, consigo lembrar o seu jeito, sua voz e sua figura esquisita que marcaram tanto a minha vida e que ficaram registrados, com muito carinho, no livro da minha própria história. 131 SILVA, Ronaldo dos Santos (aluno do curso de Pedagogia do Centro UNISAL / São Paulo). A MISSÃO PROFÉTICA DA EDUCAÇÃO O educador cristão é como um profeta que é chamado para anunciar e, ao mesmo tempo, denunciar as injustiças existentes em sua comunidade. Para tanto, ele nos alude o quão importante é a ligação íntima e fiel deste "educador profeta" com Deus e seu povo: o sentido de sua ligação com Deus transforma-se em uma entrega generosa aos irmãos. Caracteriza-se pela sua profunda capacidade de interpretar os momentos de crise, os quais o levam a manifestar-se em defesa dos mais fracos e oprimidos com sua ação libertadora. Sua profecia aspira ao que é vida e sua ação encontra-se mergulhada em um tempo (kairós) e lugar (topia) certos. Porém, vivemos uma crise, vivemos a globalização - o mundo inteiro transformou-se 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 59 em uma grande aldeia global, já que em qualquer lugar que entramos hoje em dia é possível presenciar as marcas desse fenômeno. Essa universalização das coisas nos faz pensar que tudo tende para a "zação". De outro lado, após grandes acontecimentos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a queda do muro de Berlim, o mundo tomou consciência de que está se globalizando e inseriu, nos indivíduos, o conceito de ética e responsabilidade que todos nós devemos ter diante dessa globalização, através de duas vertentes: uma no sentido da inclusão social e outra no sentido do zelo pela biodiversidade (ecologia). A mundialização trouxe, ainda, um modelo universal de relações humanas, passando a controlar a cultura dos povos. Sendo assim, a pedagogia, enquanto ciência da Educação, não deve fugir deste confronto "globalização x mundialização". Nesta civilização em constante crise, é sumário interpretar o momento para propor mudanças. A partir dessa perspectiva, a primeira tarefa dos educadores cristãos é assumir a profecia da vida, pois ela está ameaçada em todos os aspectos por violência, fome, implantação de uma cultura única, guerras, repressão etc. Para tanto, recomenda-se seguir os preceitos da Bíblia, que é o livro da vida, pois Deus é quem doa a vida. A atitude do educador cristão deve gerir uma profecia fraterna, isto é, deve buscar uma convergência entre a economia e a ecologia. Vale lembrar, que não existe profecia fraterna sem opção pelos pobres e isso requer reconhecê-los como sujeitos históricos e sociais. Nesse sentido, a globalização torna-se uma tarefa cristã de todos, à medida que surge de baixo para cima. Por fim, os educadores devem propor alternativas culturais ou metacultura alternativa; em outras palavras, a heterogeneidade, a superação do etnocentrismo, a solidariedade e o desprendimento. Assim, com esses elementos, já podemos falar em uma ética universal e fraterna. É importante "pensar globalmente e agir localmente" - método educativo salesiano. Somos um que fazemos parte do todo. Sendo assim, a educação deve alicerçar-se cada vez mais nestes pilares: aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver. Palavras-chave: educador cristão, globalização, educação. 132 VELOSO, Áurea Campos; SILVA, João Lopes da; SILVA, Marcos Paulo da; FERNANDES, Maria Aparecida; SILVA, Ronaldo dos Santos (alunos do curso de Pedagogia do Centro UNISAL São Paulo. Trabalho apresentado na disciplina de Estudos Independentes). COMO UTILIZAR O JORNAL EM SALA DE AULA Após análise do caderno "Criança" do jornal "O Estado de São Paulo", percebeu-se que a utilização dele em sala de aula pode ser um grande instrumento no processo de ensino-aprendizagem, tanto para o professor quanto para a criança. Entretanto, deve-se considerar neste trabalho a construção do conhecimento, dos valores e, principalmente, o momento em que se deve colocar em prática tudo aquilo que foi aprendido, despertando, assim, a criticidade na criança - a atividade pedagógica não pode ser reduzida apenas ao simples ato de ler e interpretar matérias do jornal infantil. O jornal contribui para o desenvolvimento da criatividade da criança, sobretudo pelas diferentes linguagens que ele traz em seus quadros. Através das histórias, do calendário, das poesias, dos quadrinhos e até mesmo pela sua diagramação pode-se trabalhar muitos temas com crianças e adolescentes em sala de aula, tendo em vista que o jornal está inserido na realidade dos alunos e une a tarefa de estudar com a alegria de um saber construtivo, daí a facilidade e importância que este meio possui em nossas vidas. Ler jornal não significa meramente ler, pois ao ler um jornal, a criança entra em contato com a função social da escrita de que estão imbuídas suas reportagens, fator este que contribui para o letramento dela. Palavras-chave: jornal, ensino-aprendizagem, atividade pedagógica. 133 MARTINS, Antônia B. Freitas (aluna do curso de Pedagogia do Centro UNISAL / São Paulo. Trabalho apresentado na disciplina Prática da Educação Infantil). MEU PROFESSOR INESQUECÍVEL Aqui vai o relato de uma aluna do 2º ano do Curso de Pedagogia do Centro UNISAL / São Pauloque partiu da atividade de confecção de bonecos e que tinha por objetivo recordar sobre a relação aluno - professor. Com isso foi possível refletir sobre a profissão que se está abraçando, ou já se abraçou: ser professor. No meu caso é uma professora! Ela se chama Ignês e passou a ser a "minha" professora inesquecível quando eu estava cursando o 1º ano de Pedagogia na UNISAL. O horário de suas aulas era o pior horário para a cabeça de um aluno que trabalhava o dia inteiro, sem contar a diversidade de responsabilidades que assumimos perante a vida. Falando do campo pessoal, do profissional, da vida social, do papel de chefe de família e lógico. ..como de estudante! Pois bem, geralmente a sexta-feira é por ordem natural "tumultuada": o trânsito não anda, todas as pessoas resolvem sair com o carro, chuvas e temporais que sempre resolvem cair no final da tarde, justamente no horário da saída do escritório. Não preciso nem contar a vontade que tinha de sair, namorar, ir a barzinhos , ir para casa pedir pizza, qualquer coisa menos pensar na faculdade. Mas existia um motivo muito forte, que me incentivava, instigava-me e fazia com que eu esquecesse tudo isso. Corria, superava obstáculos e partia para o abraço da aula...o motivo se chamava professora Ignês, de Estudos Independentes e Metodologia Científica. Com seu modo alegre e seu alto-astral, sempre nos recebendo com um sorriso ímpar, desenvolvendo e ensinando as suas disciplinas com sabedoria de quem realmente chegou à plenitude do saber e alcançou os conhecimentos, após muitos estudos e comprovações científicas. Domina e sabe transmitir na íntegra o conteúdo aos seus alunos. Com isso, ela ganhou a minha admiração e tem muita credibilidade por aquilo que fala, sempre com palavras objetivas e compreensivas. A narração que estou registrando é somente para mostrar que o bom professor sempre contribuirá como fator determinante na vida escolar. Não importa se é préescola, graduação ou mestrado, os alunos sempre admirarão seus mestres. Por isso, valorizo tanto o bom profissional da Educação. Palavras-chave: professor, profissional de educação, aluno. 134 DELCORSO, Delma Elaine Manzano; BAPTISTA, Sarah; CASTRO, Tatiana Lopes; PEREZ, Vera Lucia Pansieri (alunas do curso de Pedagogia do Centro Unisal / São Paulo. Trabalho apresentado na disciplina de Prática do Ensino da Educação Infantil). RUDOLF STEINER E A PEDAGOGIA WALDORF 60 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 Em 1919, em Stuttgart, na Alemanha, Rudolf Steiner - filósofo, cientista e artista austríaco - foi convidado por Emil Molt para ministrar uma série de palestras para os trabalhadores de sua fábrica de cigarros Waldorf-Astoria. Como resultado, os trabalhadores pediram a Steiner que fundasse e dirigisse uma escola para seus filhos. Emil Molt concretizou essa idéia, financiando-a. Steiner, porém, colocou 4 condições: 1 - A escola deveria ser aberta para todas as crianças; 2 - A escola deveria ser coeducacional; 3 - A escola deveria ter um currículo unificado de 12 anos; 4 - A escola deveria ter como dirigentes e administradores seus professores. As escolas Waldorf deveriam ter o mínimo de interferência governamental e sem preocupação com lucratividade. Em 7 de Setembro de 1919, foi aberta a “Die Freie Waldorfschule” (a Escola Waldorf Livre). Atualmente são 700 escolas Waldorf espalhadas por 32 países. A educação Waldorf é uma forma distinta de educação para crianças. Se fosse possível resumir em uma única frase, diríamos que "nosso mais alto empenho deve ser o de desenvolver seres humanos capazes de, por eles próprios, dar sentido e direção às suas vidas". A principal meta de uma escola Waldorf é desenvolver na criança "cabeça, coração e mãos" através de um currículo que balanceia atividades escolares. Este currículo insere música, artes, jardinagem, técnicas agrícolas e horticultura. Através dessa metodologia os professores buscam despertar o gosto pelo aprendizado, fazendo dele uma atividade não competitiva. Euritmia é uma arte do movimento, na qual música, ritmos, poemas ou sons são expressos através de movimentos corporais específicos que correspondem aos sons ou às notas específicas. A Euritmia também é chamada de "fala visível" ou "música visível" e faz parte do currículo das escolas Waldorf. Busca, primordialmente, harmonizar as forças e os movimentos corporais das crianças através de ritmos e sons; estimula a coordenação e fortalece a habilidade de ouvir. O seu uso pode ser voltado para o terapêutico curativo, ou ainda, o artístico, através de performances. De acordo com a filosofia Antroposófica - palavra de origem grega que significa "sabedoria humana" -, Steiner esboçou um currículo que tivesse como pano de fundo as fases do desenvolvimento da criança. Ele pensava que o papel da escola era o de prover as necessidades das crianças, e não o de atender às necessidades impostas por um governo ou por forças econômicas. Dessa forma, foi desenvolvido um currículo que incentiva e encoraja a criatividade, que nutre a imaginação e que conduz as crianças a um pensamento livre. Embora tenha fundamentos cristãos, nenhuma doutrina religiosa, em particular, é defendida ou ensinada. Três são as regras de ouro para um professor Waldorf: "receber a criança em agradecimento ao mundo de onde ela vem; educar a criança com amor; conduzir a criança através da verdadeira liberdade que pertence ao homem". O professor acompanha a criança por 8 anos, entre os 7 e 14 anos de idade. Nessa fase, as crianças aprendem melhor através da aceitação da autoridade, assim como quando mais jovens, aprendiam através da imitação. Com tal abordagem, professor e aluno acabam se conhecendo profundamente, o que permitirá ao professor, ao longo dos anos, encontrar a melhor forma de lidar com as dificuldades particulares de aprendizado de cada aluno. O professor acaba sendo um "membro adicional" para a maioria das famílias de seus alunos. As Escolas Waldorf relutam em "classificar" crianças com termos como "lenta", "agressiva" ou "problemática". A criança que apresenta problemas em uma área - seja ela cognitiva, emocional ou física geralmente trará, em si, aspectos bons e positivos a serem ressaltados. Palavras-chave: educação Waldorf, professor, aluno, Rudolf Steiner. 135 DIAS, Rodrigo Assirati (aluno de Graduação do curso de bacharelado em Ciência da Computação; bolsista de Iniciação Científica das Faculdades SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia); HIRATA JR., Roberto (orientador do trabalho; bacharel em Física e licenciado em Matemática – USP; mestrado em Matemática Aplicada com ênfase em Computação – IME – USP; doutorado em Ciência da Computação - IME-USP; professor da Faculdade SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia). APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE APRENDIZADO COMPUTACIONAL PARA O ENCONTRO DE MARCADORES GÊNICOS O seqüenciamento e o mapeamento gênético ganharam um impulso muito grande na última década graças às técnicas computacionais e aos computadores cada vez mais baratos e rápidos. Embora essas atividades estejam longe de estarem finalizadas, estão bem consolidadas, tanto em termos de protocolos bioquímicos, quanto em termos computacionais. Porém, o grande desafio biocomputacional deste século será descobrir como os diversos genes se comunicam e influenciam na especialização e na vida das células. As pesquisas nesse sentido avançaram bastante nos últimos anos, sendo que o estudo do genoma humano já identificou genes relacionados a doenças como a fibrose cística, corea de Huntington e vários cânceres. De posse de tal conhecimento, os cientistas podem tentar desenvolver vacinas ou drogas, que atuem diretamente nos genes problemáticos, ou tentar criar métodos de diagnósticos com base nos genes presentes em amostras celulares. Diversas técnicas para estudar a atividade gênica foram criadas, por exemplo, a Análise Serial da Expressão Genética (Serial Analysis of Gene Expression – SAGE), Análise de Seqüência com Séries de Oligonucleotídeos, análise de DNA Microarrays etc. Essas técnicas geram dados de dezenas de milhares de genes em um único experimento e a análise dessa enorme quantidade de dados seria uma tarefa quase impossível se não houvesse a ajuda do computador e da computação. Porém, até o presente, não existe uma abordagem estabelecida para abordar o problema, isto é, a análise dos dados é um problema difícil e ainda não resolvido. Essa dificuldade deve-se não apenas ao volume ou à complexidade dos cálculos envolvidos, mas também à pouca qualidade dos protocolos bioquímicos, pouco conhecimento da dinâmica das reações bioquímicas envolvidas, falta de ferramentas computacionais adequadas etc. O objetivo deste trabalho é estudar e aperfeiçoar ou desenvolver novas técnicas para o reconhecimento de marcadores gênicos (genes que estão ligados a alguma função de interesse) utilizando aprendizado computacional supervisionado e não-supervisionado. Tais técnicas de análise já vêm sendo aplicadas e desenvolvidas em cima de dados fornecidos pelo “Ludwig Institute for Cancer” e pelo Instituto de Química (IQ) da USP. Como resultado da análise dos dados, foram encontrados potenciais marcadores para câncer de tireóide e de estômago e genes de interesse de uma via funcional do Dictiostelium Discideum. A área de reconhecimento de padrões, hoje, atrelada ao aprendizado computacional, é muito vasta e muito já se pesquisou sobre o assunto. As técnicas de aprendizado supervisionado ou nãosupervisionado são sub-áreas de muito interesse, principalmente por causa da capacidade cada vez maior de processamento e 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 61 armazenamento dos computadores. Em termos de aprendizado computacional não supervisionado, estamos estudando e aplicando técnicas clássicas de aglomerados (clustering), que consistem em agregar exemplos de acordo com uma medida de distância e o algoritmo SOM, que consiste em agregar exemplos com base na resposta de uma rede neural. Quanto ao aprendizado supervisionado, estamos estudando e aplicando técnicas que são PAC (Probably Approximately Correct). Palavras-chave: aprendizado computacional, marcadores gênicos, Microarrays, PAC, SOM. 136 MIZUSAKA, Michel Koji; NISHIMOTO, Paula Akemi (alunos de Graduação do curso de bacharelado em Ciência da Computação; bolsista de Iniciação Científica das Faculdades SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia); HIRATA JR., Roberto (orientador do trabalho; bacharel em Física e licenciado em Matemática – USP; mestrado em Matemática Aplicada com ênfase em Computação – IME-USP; doutorado em Ciência da Computação – IME-USP; professor da Faculdade SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia). ESPECIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA BIOINFORMÁTICA EM CÓDIGO ABERTO Um dos grandes desafios da ciência, nos dias de hoje, é descobrir a funcionalidade dos genes e como se relacionam em uma célula. Diversas técnicas de quantificação de expressão gênica têm sido usadas e a quantidade de dados gerada pode ser muito grande. Nesse sentido, o auxílio da informática é de fundamental importância para assegurar a qualidade ou aumentar a produtividade. Há uma grande quantidade de “software” comerciais e pouca de “softwares abertos” voltados para tal área. Esses programas têm sido usados com intensidade; porém, não de maneira satisfatória, principalmente devido à pouca integração entre programas, a modelos de dados fechados, a interfaces pouco amigáveis e ao alto custo. A grande prejudicada com isso tudo é a ciência, pois uma das piores conseqüências é a pouca reprodutibilidade dos resultados. Caso queira re-analisar seu resultados futuramente, poderá encontrar dificuldades, pois os sistemas operacionais sofrem constantes evoluções e com o passar do tempo passam a não admitir mais os programas antigos. E mesmo que aceitem, dificilmente gerarão os mesmos resultados que os anteriores. Como uma das premissas de trabalho em engenharia de “software” é o conhecimento profundo do sistema a ser informatizado, um grande esforço tem sido feito para padronizar o formato dos dados e os algoritmos de análise. Porém, isso é difícil, pois não há um padrão para os dados ou para as análises, impondo grandes restrições aos usuários. A solução que visualizamos para o problema é criar sistemas abertos, para que todos possam ver o código dos algoritmos e, inclusive, modificá-los. Em termos de bioinformática, acreditamos que seja a solução para o problema da reprodutibilidade. O desenvolvimento do “software aberto” já ganhou muito espaço, embora ainda haja muitos problemas em sua implementação nos modelos econômicos atuais. Nosso principal objetivo é criar um conjunto de ferramentas de auxílio à análise de dados de expressão gênica que seja desenvolvida em código aberto. Palavras-chave: bioinformática, código aberto, expressão gênica. 137 SANTOS, Anni Priscilla; MARQUES, Ariele Rossi; NASCIMENTO, Elby Vaz; SILVA, Evandro Alves; NASCIMENTO, Gustavo Vaz (alunos de Graduação do curso de bacharelado em Análise de Sistemas do Centro Universitário de Lins); SENO, Wesley Peron (orientador). INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA SUPORTE AO OFERECIMENTO DE CURSOS, ENFOCANDO O PLANEJAMENTO, A EXECUÇÃO E O CONTROLE ATRAVÉS DE UM AMBIENTE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA As tecnologias de informação estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, principalmente quando o assunto é Internet, com a evolução delas, torna-se cada vez mais fácil a prática de um novo paradigma de ensino - o ensino a distância. A Educação a Distância (EAD) vem sendo tema de muita discussão, pois é uma evolução dos métodos tradicionais e tem como um de seus objetivos a possibilidade de que qualquer pessoa realize qualquer curso, sem sair de casa. Dentre os avanços tecnológicos direcionados para a área da Educação, surgiu o conceito de ambiente de EAD que se destaca por proporcionar, tanto ao professor quanto ao estudante, facilidades na elaboração e execução das aulas; possibilidades de ensino não-presencial; utilização de algumas ferramentas que auxiliam a aprendizagem, entre outras. Nos últimos anos, o sistema de ensino não-presencial vem sofrendo diversas transformações, de modo a, cada vez mais, auxiliar e facilitar as tarefas relacionadas ao processo ensino-aprendizagem. Uma dessas transformações é a utilização de recursos tecnológicos visando a oferecer melhores condições para que o estudante aprenda sozinho, respeitando sua autonomia no estudo e no aprendizado. Nosso trabalho visa ao desenvolvimento de uma infra-estrutura básica para suporte ao oferecimento de cursos a distância, composta de vários recursos que facilitam o planejamento, a execução e o controle dos cursos; formando, assim, o ambiente de Educação a Distância. Entre as funcionalidades promovidas pelo ambiente de EAD estão: a elaboração, controle do planejamento e execução de cursos a distância; disponibilização de áreas de trabalhos para os atores (professores, estudantes e administradores) envolvidos no processo de ensino-aprendizagem a distância. Palavras-chave: educação a distância, tecnologia de informação, Internet, ensino, aprendizagem. 138 KRETZER,Cláudia Maria (Arte-Educadora; bacharelado em Escultura; aluna do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Arte-Terapia - USJT); BRASIL, Angela Maria R. C. (orientadora do trabalho, psicóloga formada pelo IUP - Instituto Unificado Paulista; especialização: “Teorias e Técnicas Psicodinâmicas –PUC – SP; mestre e doutora pelo Instituto de Psicologia da USP; professora da USJT). O PROCESSO CRIATIVO NA CULTURA OCIDENTAL O presente trabalho descreve a importância do processo criativo no cotidiano da cultura ocidental. Salienta, no homem moderno, a necessidade de conectar as camadas internas de sua psique - o inconsciente, fonte propulsora da imaginação, sonhos e anseios, superando desse modo o distanciamento vivido em relação a sua "essência". Discute a noção de progresso e tecnologia tão difundidos em nosso contexto cultural que fragmenta e setoriza, pensamentos, imagens, idéias, sentimentos; enfim, o universo simbólico vivido no dia-a-dia de cada um de nós. Discorre sobre a inserção do "fazer" criativo, como veículo para a exteriorização do seu potencial latente, através de diferentes materiais plásticos, contribuindo desse modo para um diálogo fecundo com as fontes originais e existentes no âmago humano. Mostra como a expressão 62 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 criativa propicia a articulação entre a instância consciente (o manifesto) e conteúdos inconscientes (elementos ocultos) que, na sua confluência, manifestam-se através de intenções, percepções, pensamentos racionais e de toda gama de emoções, promovendo o equilíbrio para uma vida saudável. Enfatiza a criatividade como mola propulsora para o desenvolvimento afetivo-relacional, produtivo, orgânico e sociocultural. Descreve por meio de fotos, as etapas do caminho a ser percorrido por quem queira "decifrar-se", experimentando os recursos plásticos e, nesse mergulho, consiguindo resgatar potenciais tão importantes e necessários para conquistar a qualidade de vida na era da globalização. Palavras-chave: criar, vida moderna, potenciais. 139 DION, Sonia Maria (doutora em Educação; professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas; membro da linha de pesquisa Epistemologia, Linguagem e Ciência, da USJT). FARADAY E A INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA: ANALISANDO UM CASO DE DESCOBERTA EM CIÊNCIA São as descobertas em Ciência produto do acaso? Como surgem as questões a serem investigadas? Como são preparados os experimentos? Quais os critérios para se identificar e medir resultados? Neste trabalho, toma-se como exemplo o fenômeno da indução eletromagnética que consiste na geração de campo elétrico a partir da variação de fluxo de campo magnético. Descoberto por Faraday em 1831/1832, veio a se constituir num elemento fundamental para o desenvolvimento da teoria eletromagnética. Tomando-se como referência trechos originais de sua obra "Pesquisas Experimentais em Eletricidade", apresenta-se o fenômeno através de um experimento simples que permite, inclusive, o levantamento de algumas dificuldades que o senso comum apresenta para a compreensão de conceitos do eletromagnetismo. Contextualiza-se sua descoberta, a partir da Física da época, levantam-se algumas de suas concepções, discutem-se seus métodos, a forma como são buscados o aprimoramento de seus experimentos e a interpretação dos resultados. A partir desse conteúdo, são abordadas questões mais gerais, referentes à Ciência e seus métodos, como as indicadas. Em particular, o trabalho está interessado em discutir o papel da realização de experimentos na consolidação ou rejeição de teorias aceitas pela comunidade científica. Palavras-chave: indução eletromagnética, física, história da ciência. 140 CAMARGO, Katia Cristina P.; BUENO, Cláudio Pereira; SOUZA, Camila Torquato; TERSI, Carla de Souza (alunos de Graduação de curso de Comunicação Social, com habilitação em Propaganda e Publicidade - USJT). DESVALORIZAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL INCENTIVANDO O APRENDIZADO O trabalha trata de uma campanha publicitária com o objetivo de incentivar a valorização da categoria. Porém, durante a execução das pesquisas, pôde-se perceber que o alcance incentivo está além de uma simples campanha publicitária. No campo de pesquisa, ou seja, nas obras de construção civil, a realidade das condições de trabalho são muito mais precárias e influenciam, diretamente, na cultura dos operários: falta de segurança, pessoas semi-alfabetas, falta de informação sobre os benefícios oferecidos, má alimentação etc. Como conseqüência de tudo isso, os operários sentem-se desvalorizados e ficam simplesmente conformados, não há pespectiva nenhuma para o futuro. Apesar de algumas empresas oferecerem alguns benefícios como cursos e palestras, os trabalhadores da construção não se interessam muito. Quer dizer, o salário do operário é em função da sua produção. Se ele se ausentar alguns minutos do trabalho para estudar, seu salário será, proporcionalmente, diminuído. Em um salário que já é baixo, qualquer redução acarretará outra série de dificuldades. Os trabalhadores da construção são um produto do meio em que vivem; a sociedade, os vizinhos, os colegas de trabalho, a própria família não os deixam crescer. A partir disso, a campanha foi colocada em prática nas obras, em que o público alvo está sendo conscientizado de seu valor. Com esse minúsculo trabalho, os operários da construção também se sentirão parte dessa sociedade, dando início a um futuro melhor. Palavras-chave: operário, trabalhadores da construção, operários da construção. 141 TAKAHASHI, Fernanda Tiemi; OLIVEIRA, Luciana Cerqueira B. de; KOHAMA, Marcio Hideo (alunas de Graduação do curso de Ciência da Computação - USJT); MORI, Fernando (professor titular da USJT). EDUCAÇÃO BASEADA NA WEB Desde que o homem passou a ter capacidade de adquirir conhecimentos e passá-los para outras pessoas, o estudo dos métodos utilizados para transmitir informações tem sido constante para que sejam feitos da melhor forma. Com o surgimento do computador e da Internet, passou a ser estudado um novo método chamado ensino a distância ou Educação que usa a “web” como meio de transmissão. Em uma época em que o tempo é escasso e as exigências profissionais são cada vez mais dinâmicas, nada melhor do que o ensino a distância para viabilizar o aprendizado. Mas seria isso possível? Um dos assuntos a que se deve dar maior atenção nesse método é a elaboração do conteúdo. Como transmitir o conteúdo para o aluno de forma simples e garantir o aprendizado? Com este trabalho pretende-se contribuir para o estudo e desenvolvimento de uma metodologia para elaboração de conteúdos de portais de ensino a distância. Serão apresentados alguns problemas e soluções nas diversas fases que compõem a etapa de elaboração, planejamento, estruturação e design do material a ser usado nos cursos. Seguindo a metodologia desenvolvida será apresentado o protótipo de um curso a distância, quando poderemos estudar detalhadamente os vínculos existentes entre a pedagogia e a tecnologia disponível para a criação de conteúdo para cursos que usam como meio de transmissão a Internet. Palavras-chave: ensino, Internet, metodologia. 142 FRANCISCO, Diogo Bucci; MUNACATA, Dênis Takashi; FIGUEIREDO, Weslley Pereira; SANTOS, Thiago Augusto Celso dos; ROSA NETO, Arnaldo (alunos de Graduação do curso de Ciência da Computação - USJT). DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMÁTICA ATRAVÉS DO LINUX 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 63 Analisando a atual conjuntura do Brasil, vemos a importância da democratização da informática em âmbito nacional. As diferenças regionais e o mal uso dos investimentos tecnológicos são fatores que interferem na evolução tecnológica do país, tornando-nos dependentes da tecnologia estrangeira. A solução para um país em desenvolvimento é utilizar seu empreendedorismo para criar soluções baratas, eficazes e de longo prazo. A introdução do Linux nesse contexto pode vir a resolver muitos dos problemas atuais. Por ser um sistema de código aberto, não há a necessidade de pagar as altas taxas cobradas para a obtenção de licenças de uso de “softwares” proprietários. Outro ponto a ser destacado é a criação de uma malha de ensino capaz de integrar todo o país, criando profissionais desenvolvedores de “software” e, num trabalho integrado, comunidades capazes de desenvolver projetos, surgindo assim a genuína tecnologia nacional. Tudo isso depende de muitos fatores; porém, os mais decisivos são: o interesse do governo em adotar o sistema em suas instituições (desde órgãos públicos até nas escolas), usando-o como plataforma de ensino à informática; e campanhas de incentivo à adoção do sistema na empresa privada, fazendo com que haja demanda de profissionais e, também, fazendo com que seus atuais funcionários o levem para seus lares e, junto com seus filhos que já o estudam na escola, criem um ciclo de aprendizado mútuo. Com nosso trabalho, pretendemos discutir a postura dos profissionais envolvidos nesse ponto de vista, abrangendo desde de profissionais da área de Informática até os da área de Pedagogia, de Direito e de Economia, a fim de mostrar como há uma interdependência entre todos. Pretendemos também mostrar como tudo isso pode ser implantado e administrado pelos órgãos responsáveis, sem nos esquecermos da importância da comunidade em todo o processo. Palavras-chave: linux, comunidade, democratização, governo, tecnologia. 143 MURAKOSHI, Yoneiti Ivanildo; XABREGAS, Fernando Cezar; ZEBROWSKI, Tatiana de Lima (alunos de Graduação do curso de Engenharia de Computação - USJT). BIOMETRIA: IDENTIFICAÇÃO PELA ÍRIS Genericamente falando, Biometria significa a verificação da identidade de um indivíduo por meio de uma característica única, inerente a ele. Essa característica pessoal pode ser tanto fisiológica (por exemplo as digitais, características faciais) ou comportamental (como assinatura dinâmica ou amostra de voz). No futuro, os Sistemas Biométricos poderão ser, normalmente, integrados a uma aplicação usuário-interface, melhorando a comunicação entre o sistema e o usuário final. Neste trabalho será desenvolvido um sistema que capture a imagem da íris do olho humano e que proceda à sua análise com o objetivo de identificar a identidade de um indivíduo. O processo de captura pode ser uma câmera digital ou uma “Webcam”. A imagem será analisada e dela serão extraídas características da íris. O primeiro passo será identificar as bordas da íris e seu "desenho". Estas, quando identificadas, serão confrontadas com uma base de dados, previamente, concebida. Durante a fase de confronto novos fatores podem surgir, tais como: posicionamento do alvo não ser idêntico ao posicionamento do modelo; dilatação da pupila ser diferente da do modelo. Nesses casos e em outros, o sistema será preparado para proceder a ajustes na imagem de modo a aproximar o dado capturado ao do modelo, e, somente então, passar para a fase de conclusão, ou seja, emitir o parecer sobre a identificação. Palavras-chave: Reconhecimento de padrões, detecção de bordas, interpolação. 144 BOAVENTURA, Andre Tadeu; SATO, Vitor Coji; BASSETO, Welber Frank (alunos de Graduação do curso de Engenharia da Computação da USJT). SNIFFER Sniffer são softwares de verificação de tráfego de rede que capturam informações destinadas a uma outra máquina. Seu principal objetivo é analisar o tráfego da rede e verificar as áreas potenciais de preocupação. Cada estação de trabalho em uma rede local tem seu próprio endereço de hardware (MAC), que identifica de maneira exclusiva essa máquina em relação a todos os outros pontos na rede. O padrão Ethernet envia um pacote para todas as máquinas em um mesmo segmento (broadcast). Mas todas as máquinas na rede podem “ouvir” esse tráfego. O cabeçalho do pacote contém o endereço da máquina destino; assim, somente a máquina que tenha o endereço contido no pacote recebe a mensagem. Diz-se que um computador está em modo promíscuo, quando ele captura todos os pacotes, independentemente de serem ou não destinados a ele. Desse modo, os sniffers apresentam um alto nível de risco: captura de senhas e captura de informações confidenciais. A detecção de um dispositivo sniffer, que somente coleta dados e não responde a nenhuma solicitação, ocorre somente através de um exame fisico de todas as conexões Ethernet e a verificação individual das interfaces. A máquina que está rodando o sniffer fica com a interface de rede em modo promíscuo com o objetivo de capturar todos os pacotes de um determinado segmento. O sniffer é um serviço composto de ferramentas, tecnologias e procedimentos, cuja finalidade é contemplar um completo sistema de segurança da informação, criado para fornecer à equipe de segurança uma completa ferramenta de controle de segurança para rede e sistemas. Sua principal função é monitorar o conteúdo dos pacotes que trafegam pela rede fazendo a detecção de intrusão e uso indevido dos recursos da rede e seus componentes. Palavras-chave: sniffer, tráfego de rede, ethernet. 145 VIVEIRO, Karina Fernanda; SILVA, Leda Maria Nolasco; SANTOS, Valeria Ap. dos (alunos de Graduação do curso de Engenharia de Computação da USJT). SEMÁFORO INTELIGENTE Um sistema para controlar o tráfego de veículos está sendo desenvolvido de modo a permitir que o fluxo de carros seja desviado de modo eficiente, reduzindo, assim, congestionamentos. O projeto prevê a instalação de sensores acoplados aos semáforos e estes interligados a um processador, em que o software de atuação possa acionar (abrir e fechar) cada um dos componentes da via. Basicamente, o sistema irá identificar quando o número de veículos parados em uma determinada via atinge cerca de um percentual pré-definido de seu preenchimento, podendo, a partir daí, requisitar ao processador a abertura do semáforo daquela via. A requisição poderá ser atendida dependendo de uma série de regras, tais como: quanto tempo o semáforo estará fechado; qual o acúmulo de veículos na via que será bloqueada, entre outras. Um conjunto de regras deve ser 64 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 gerado de modo a atender a demanda e qualquer tipo de requisição. A não- linearidade desse tipo de processo impõe a geração de um “software” complexo e que possa atender diversas situações. Palavras-chave: sistemas inteligentes, controle de processo, sistemas não-lineares. 146 DI GIORGIO, Eduardo; GELLACIC, Fabio Augusto Pinto; GERALDES, Marcos Alves (alunos de Graduação do curso de Engenharia de Computação da USJT). SISTEMA DE ATENDIMENTO E CONTROLE DE UMA REDE DE HOTÉIS Hoje em dia, alguns hotéis enfrentam problemas quanto aos sistemas de atendimento e de controle, como, por exemplo, a chegada imprevista de um hóspede e a forma de recebimento de diárias. Com esse sistema, o hóspede chega ao hotel em qualquer horário e encontra um terminal remoto para atendimento. Primeiro ele verifica se existem quartos disponíveis no hotel, levando em conta o tipo de quarto desejado e a data da hospedagem. Caso haja quartos disponíveis, ele pode efetuar o pagamento com seu cartão de crédito ou cartão de débito. Verifica-se a autenticidade do cartão e disponibilidade desaldo para o pagamento. Após as etapas, gera-se um código para o hóspede, cuja finalidade é abrir todas as portas do hotel, como o portão do estacionamento, porta de entrada do “hall” e, principalmente, a porta do quarto. Somente ele terá acesso a esse código, que será cancelado assim que vencerem os dias reservados. É significante a praticidade do sistema, pois o hóspede entra e sai do hotel sem a necessidade da intervenção dos funcionários, uma vez que a diária já estará paga. Palavras-chave: hotel, hóspede, hospedagem. 147 GONZAGA, Carlos Santos; POZA, Mágnei José; PEREIRA, Marcelo de Lara (alunos de Graduação do curso de Engenharia de Computação da USJT). PROPOSTA DE “SOFTWARE” DE MONITORAMENTO DE “PERFORMANCE” DE REDE O crescimento das necessidades no processamento de informações das organizações tem sido acompanhado por um rápido desenvolvimento tecnológico dos computadores e das redes, além de uma explosão na variedade de equipamentos de redes oferecidos. Foram-se os dias em que a consulta a um único vendedor resultava na definição da melhor arquitetura a ser adotada, para suportar o crescimento das necessidades da organização. Hoje, o mundo está dividido em ambientes puramente baseados em mainframe e ambientes distribuídos do tipo LANs baseados em PC. Atualmente, as organizações são possuidoras de uma grande, mas heterogênea, rede, formada por LANs, WANs, suportadas por bridges, roteadores e uma enorme variedade de serviços e dispositivos distribuídos, incluindo PCs, workstations e servidores. Com o crescimento contínuo e diversificado das redes e sistemas, fez-se necessária uma enorme quantidade de ferramentas de gerenciamento de redes e aplicações. Dessa forma tornou-se fundamental o desenvolvimento técnico padronizado para representação e transferência de informações relativas ao gerenciamento de redes que permitisse o aprimoramento de ferramentas e aplicações que “rodassem” em ambientes múltiplos. Em resposta às necessidades descritas, gerentes e usuários convergiram para um padrão: SMNP. O SMNP (Simple Network Manegement Protocol) foi especificado inicialmente em meados de 1980 e tornou-se rapidamente um padrão utilizado por vários fabricantes. Este trabalho visa a oferecer uma implementação simplificada de uma ferramenta no monitoramento de performance de redes, baseado no protocolo SNMP; tendo como foco as redes LAN do tipo Ethernet, que por serem, atualmente, as mais utilizadas devido a sua simplicidade, por outro lado operam por contenção, estando sujeitas a travamentos com aumento de carga de tráfego. Tais redes, pelas próprias características físicas e de arquitetura, não suportam grande volume de tráfego, necessitando, assim, de constante monitoramento que, após análise, fornecerá subsídios para formação de estratégias de gerenciamento, objetivando melhor “performance”. Palavras-chave: SNMP, gereciamento de rede, MIB. 148 RIBAS, André; LENDA, Antônio; FIGARO, Fernando Bertasso (alunos de Graduação do curso de Engenharia da Computação da USJT). COMPARTILHADOR DE CONEXÕES Com a popularização da Internet nos negócios, tornou-se muito comum a utilização de redes locais nos ambientes comerciais e industriais. Cada vez mais empresas surgem e a maior parte de suas atividades são gerenciadas e compartilhadas por redes de comunicação, que devem ser o mais velozes e confiáveis possível. Indo ao encontro dessas expectativas, surgiram as possibilidades de conexão em banda larga, como por exemplo: “Speedy”, “Vírtua”, ou, ainda, as conhecidas LP's (linhas privadas). Como seria impossível fornecer para cada computador conectado à Internet um IP válido, surgiu uma técnica que visa a economizar números de IP sem que os computadores deixem de navegar: o NAT (network address translate). Nessa técnica, a rede local é endereçada com IP privados e somente uma entidade possui conexão real à Internet, ou seja, um IP verdadeiro, e, ao mesmo tempo, acesso à rede local. Todo o volume de conexões passa através dessa entidade que é conhecida como Gateway que tem a capacidade de guardar o endereço de quem está solicitando uma conexão. Guarda o IP de origem em uma tabela, altera o cabeçalho colocando o seu próprio IP e reenvia o pacote. No retorno desse pacote ocorre o mesmo processo: identifica-se quem solicitou a conexão dentro da rede interna, e altera-se, novamente, o pacote; mas, agora, trocando-se o endereço de destino. Com esse projeto pretende-se, justamente, eliminar o alto custo das soluções existentes no mercado, adicionando, ao mesmo tempo, escalabilidade: uma possiblidade para que qualquer usuário consiga ajustar as configurações disponíveis para colocar sua rede local em contato com a Internet, sem altos custos e sem a dependência de um técnico especializado a cada vez que precisar alterar alguma configuração. Palavras-chave: compartilhador, nat, gateway. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 65 149 BASTOS, Jefferson Domingues; BELTRAME, Karlus Vinicius (alunos de Graduação do curso de Engenharia da Computação da USJT); SOUZA, José Carlos (orientador do trabalho; professor da USJT). CRUEP: CONTROLE REMOTO UNIVERSAL COM EVENTOS PROGRAMÁVEIS Atualmente, com o intensivo uso de aparelhos com controle remoto, é comum, em um mesmo ambiente, estarem presentes vários deles, o que, de maneira usual, pode causar confusão entre seus usuários. Este trabalho investiga uma solução prática para o problema, agregando, em um mesmo dispositivo, funções que podem manipular mais do que um equipamento. Além disso, o dispositivo em estudo visa a agregar informações sobre preferências do usuário; isso quer dizer que um usuário poderá programar seu controle remoto de modo que ele identifique o canal de televisão que se quer sintonizar, a temperatura do ar condicionado, entre outras aplicações nas quais a comunicação sem fio pode ser aplicada. Palavras-chave: controle remoto, automação residencial. 150 GODOI, Daniela Pereira de; VERNEQUE, Cristian Camillo (alunos de Graduação do curso de Engenharia da Computação - USJT); VAZ, José Ricardo Figueiredo (orientador do trabalho; professor da USJT). SOFTWARE AVALIAÇÃO DE CANTOR DE KARAOKÊ A maioria dos sistemas atuais na avaliação de um cantor de Karaokê utilizam apenas o método chamado de avaliação por temporização. Neste tipo de avaliação o cantor não é avaliado pela harmonia da música, ou seja, se ele entrar e sair no tempo exato da música, terá uma excelente avaliação. Nosso trabalho de graduação para conclusão do curso de Engenharia da Computação é sobre um avaliador de um cantor de Karaokê que também utiliza espectros de amplitude e freqüência para comparar com os dados existentes no arquivo MIDI e, percentualmente, registrar sua avaliação. Esse “software” será parametrizado como, por exemplo: forma de avaliação (temporização ou harmonia), cor das telas, fonte (True Type, por exemplo) e outros. Palavras-chave: karaokê, avaliador por freqüência, avaliador por amplitude. 151 BOTARO, Fabio de Pina; CARDOSO, Marcus Aurelius Ribeiro; MATIAS JÚNIOR, Roberto Santos (alunos de Graduação do Curso de Engenharia da Computação da USJT). SOLUÇÃO DE E-VESTIBULAR Os vestibulares e demais exames de seleção gabaritados possuem um tempo de latência significativo para apresentação dos resultados, embora seja meramente matemático. Um dos empecilhos encontrados é a entrada dos dados informados nos gabaritos impressos para algum sistema de apuração, de forma que a solução de e-Vestibular visa a atribuir tal atividade ao próprio candidato, obtendo resultados imediatos. Outro ponto forte é a integração de todos os módulos do processo que contemplam desde a inscrição do candidato até a apuração dos resultados, passando pela confecção da prova, impressão de comprovantes e acompanhamento dos candidatos: antes, durante e após a prova. Alguns aspectos da solução visam a melhorar, inclusive, os procedimentos adotados durante um exame de seleção, como a identificação do candidato através de fotografia, geração de provas diferentes, porém, de mesmo nível, para alunos candidatos a mesma vaga evitando tentativas de cópia ou outra forma de fraude durante o concurso e disponibilização “on-line” dos resultados gerais e individuais, através da Internet. Toda a solução é baseada em interligação de sistemas através de Bancos de Dados corporativos e comunicação “Wireless” ligados aos terminais dos candidatos, planejada para visar à simplicidade, ao custo e à confiabilidade. O objetivo final é um resultado rápido, confiável e distribuído, contando com a eliminação de falhas humanas durante o processo e a centralização de informações para utilização, inclusive, em uma etapa posterior ao vestibular ou como banco de dados de referência a futuras aplicações funcionais ou estatísticas. Palavras-chave: vestibular, automação, autenticação, Internet. 152 GUERREIRO, Marcos Paulo; BAILONI, Adriano Augusto; CORRIGLIANO, Sergio Ricardo (alunos de Graduação do curso de Engenharia da Computação da USJT). CONVERSOR SERIAL RS232 - TCP/IP A comunicação através da grande WWW, há tempo, já não é luxo, mas necessidade. É claro que é chover no molhado dizer que essa rede não tem limites de crescimento e que as estimativas apontam exatamente para isso nos próximos anos. Cada vez mais equipamentos precisam se conectar, tendo entre eles a Internet, ou uma rede de comunicação Ethernet como em um controle de automação interna de uma empresa, em controles hospitalares, em sistemas de segurança e, até mesmo, em eletrodomésticos. São inúmeros os equipamentos que se comunicam hoje através de um padrão chamado RS-232 que predominou durante vários anos e, ainda hoje, é utilizado para que equipamentos eletrônicos possam se comunicar, devido à sua simplicidade de implementação. Podemos exemplificar com uma máquina qualquer que possua um teclado de controle, que envia seus dados à máquina por RS-232. O limite desse padrão é que ele é ponto-a-ponto; os equipamentos precisam estar conectados diretamente, limitando, assim, a distância entre eles. O nosso projeto permitirá que equipamentos, que possuem comunicação padrão RS-232, se comuniquem através de uma rede Ethernet, quebrando o limite de distância. Ele consiste num conversor RS-232 / TCP-IP, em que ambos os padrões são respeitados e o meio entre os equipamentos em questão (Internet ou rede interna) será transparente a eles. Palavras-chave: TCP/IP, RS-232, Internet, Redes, Comunicação. 153 RODRIGUES, Luciana Augusto; PEREA, Yara Panzarino Castilho (psicólogas graduadas pela USJT; aprimorandas do Centro de Psicologia Aplicada da USJT). PSICODIAGNÓSTICO DE UM CASO DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 66 2002 O presente trabalho surgiu a partir da experiência clínica no atendimento de uma paciente com deficiência auditiva (surdez profunda bilateral), investigando com base no psicodiagnóstico, aspectos da personalidade e do desenvolvimento maturacional e intelectual de uma usuária, de 12 anos e 11 mesesque cursa a 3ª série do ensino fundamental. Foram utilizados como base de análise: dados coletados da anamnese e atendimentos realizados; testes de personalidade: "Teste do Desenho da Família","Desenho da Figura Humana: avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil"; e visita à escola da usuária. Quanto aos aspectos da personalidade a dificuldade de comunicação que se impõe, no sentido de não ser aceita na família a partir dos limites de suas necessidades. As dificuldades de estabelecer uma comunicação adequada com todos os membros da família faz com que ela se isole, o que dificulta a troca de experiências e crescimento pessoal. Torna-se importante que a família a veja com suas capacidades e possibilidades no estabelecimento de relações e não somente por sua deficiência auditiva. Sobre a capacidade intelectual, verificamos que a usuária está na média esperada das crianças da mesma idade. Procurando adequar o meio familiar, como fonte de sustentação do desenvolvimento da personalidade, entendemos que um tratamento que envolva sua família será benéfico para todos os membros. A paciente se comunica, principalmente, pela língua de sinais. Foi o processo a intérprete de linguagem de sinais, Valéria A. dos Santos, aluna do 4ª ano do curso de Psicologia da universidade. Compreendemos que um indivíduo que possui uma deficiência auditiva abarca em todo seu desenvolvimento dificuldades que abrangem a percepção, a fala, a comunicação, sua estrutura cognitiva, relações sociais, envolvimentos emocionais, experiências educacionais, entre outras. Visto que o processo da linguagem oral fica altamente comprometido na criança com surdez total, a aquisição da escrita também sofre todo um processo de readaptação, limitando suas possibilidades e estigmatizando o deficiente. A família, vista como um fator que pode contribuir, para o desenvolvimento de uma criança em todos os seus aspectos ou dificultá-lo, tem um enfoque primordial em nosso trabalho; pois, os familiares influenciam tanto na estruturação da personalidade dos membros da família, como, também, no estabelecimento das relações interpessoais em outros meios, como na escola, e que estão intimamente ligados à dinâmica estabelecida entre cada familiar. A deficiência de um dos membros, como um elemento que modifica a relação, pede reestruturação de toda uma dinâmica familiar, que pode ser compreendida à medida que se resgata o papel de cada pessoa do núcleo familiar. Assim, entendemos que o melhor encaminhamento para a usuária foi o atendimento familiar. Palavras-chave: deficiência auditiva, linguagem, psicodiagnóstico, família. 154 ROCHA, Rafaela Rodrigues (aluna da Graduação do curso de Turismo e do Regime de Iniciação Científica - USJT); GONZALEZ, Lilian; SOUZA, Luciana Perle Rodrigues (alunas da Graduação do curso de Turismo - USJT); BERTAN, Lis Lakeis (professora do curso de Turismo - USJT) HOTÉIS DIFERENCIADOS Cada vez mais, as pessoas buscam viagens inteligentes e enriquecedoras, nas quais a descoberta do novo e as experiências únicas marcam os viajantes para sempre. A indústria hoteleira está em profunda transformação; as mudanças afetam tanto a estrutura empresarial quanto a concepção de negócios. Os fluxos turísticos estão variando tão substancialmente que gostos exóticos são atendidos. Como exemplo desse mercado diferenciado, destacam-se: o Hotel Submarino - um hotel instalado em Keylargo (entre Miame e os Estados Unidos), totalmente submerso, a 22 pés de profundidade e com janelas de acrílico de 10 cm de espessura, que é capaz de ir 8 vezes mais fundo -; além disso, muitas pessoas perguntam como se entra nele, já que se localiza embaixo d´água, e a única maneira é, realmente, mergulhando, visto que a entrada é feita através de um buraco existente no chão do hotel, mas a água não entra em seu interior; Hotéis Butique - hotéis pequenos e charmosos que estão se multiplicando em Nova Yorke que se instalam em prédios antigos que apresentam projetos temáticos ligados à história ou a seus arredores; Ice Hotel - um hotel no qual tudo é de gelo, localizado na Lapônia cujos princípios baseiam-se nos iglus; o ar dentro do hotel é tão seco que o gelo não molha e em todos os anos são utilizadas 30 toneladas de neve e 8 de gelo para montagem; porque, assim que o inverno acaba, o hotel inteiro derrete; The Palace - localizado na África do Sul, o único hotel 6 estrelas do Mundo (esta categoria não existe, é apenas uma jogada de marketing) ocupa uma área de 250 mil metros quadrados (algo como 20 Maracanãs), em cujo interior existem 22 florestas, cachoeira com aproximadamente 12 metros de altura e safari; Exploranter - um hotel que veio inaugurar uma nova era em viagens, onde a aventura é acompanhada de muito conforto e aprendizado, totalmente sobre rodas, no qual se pode montar o roteiro, incluindo até rafting ou acompanhar uma comitiva de gado, ou seja, o limite é a imaginação. Esses hotéis procuram suprir as necessidades e as buscas que as pessoas fazem. Buscar o novo, o desconhecido, possuir o know-howe usufruir deles. Palavras-chave: Hotéis diferenciados, turismo e marketing. 155 ZAMLUTTI JÚNIOR, René (aluno de Graduação dos cursos de Letras e de Licenciatura, e do Regime de Iniciação Científica - USJT); LELLIS, Valter Siqueira (professor de Literatura Inglesa e Norte-Americana do curso de Letras da USJT; orientador do trabalho). A INVENÇÃO DO HOMEM POR SHAKESPEARE, SEGUNDO HAROLD BLOOM De acordo com um dos mais importantes críticos literários da atualidade, o norte-americano Harold Bloom, a obra do dramaturgo inglês Willian Shakespeare (1564-1616) tem fundamental importância na formação do homem contemporâneo, porque, por meio de suas personagens, ele ensinou-nos a compreender a natureza humana - é ele o responsável pela criação da chamada "personagem redonda", ou seja, dotada de profundidade psicológica. Antes de Shakespeare, as personagens literárias eram "personagens planas", não se desenvolviam no plano psicológico. De acordo com Bloom, a criação de personagens psicologicamente complexas permitiu que o público que assistia às peças começasse a refletir acerca de sua própria condição; assim, por meio de suas peças, Shakespeare convidou o homem a uma viagem de autoconhecimento, que ensejou uma evolução do homem fundada numa relação consigo mesmo. A partir daí, Bloom chega à conclusão de que o próprio homem era, antes de Shakespeare, uma personagem de dimensão quase inexistente – sendo, portanto, o bardo inglês, o responsável pela criação do homem moderno, capaz de refletir sobre suas próprias circunstâncias. Esta tese é apresentada na monumental obra Shakespeare - a invenção do humano, na qual Bloom analisa as peças de Shakespeare uma a uma. O objetivo do trabalho a ser apresentado no simpósio é verificar a validade dela, por meio da análise de três das grandes 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 67 tragédias: Hamlet, Macbeth e Rei Lear. Também se analisará, de forma breve, a Bardolatria, a devoção quase religiosa a Shakespeare e o impacto dela na análise da obra do dramaturgo. Palavras-chave: Shakespeare, Bloom, Hamlet, Macbeth, Lear. 156 VELARDI, Marília (graduada em Educação Física e Pedagogia; mestre e doutora em Educação Física; pesquisadora do “Projeto Sênior” da USJT). METODOLOGIA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: A FORMAÇÃO DE CONCEITOS COTIDIANOS E CONCEITOS CIENTÍFICOS COMO ALICERCES DE UM MODELO PEDAGÓGICO Com este trabalho pretendemos apresentar as características da formação e construção de conceitos científicos a partir de aspectos cotidianos, a importância delas para o desenvolvimento humano e o papel da educação sistematizada nesse contexto, a partir da concepção de Vygotsky. Concebendo a Educação Motora como um espaço em que os alunos podem ser conduzidos à construção de conhecimentos sobre eles e sobre o universo da cultura corporal que faz parte do mundo, propomos uma metodologia de ensino capaz de levar em conta tais questões, consideradas cruciais para o desenvolvimento humano. Vygotsky centrou parte de seus estudos, inclusive experimentais, na formação de conceitos, buscando explicitar a forma como acontecem e sua influência na formação do pensamento humano. Vygotsky afirmou que um processo educacional, sistematizado ou não, ocorrendo dentro ou fora da escola, pode ser considerado um aspecto internamente necessário e universal no processo de desenvolvimento das características históricas do homem, e não de suas características naturais. Os processos de aprendizagem são considerados meios que possibilitam ao homem organizar os processos de assimilação das aptidões desenvolvidas, social e historicamente, e que serão reproduzidos pelo indivíduo em seu desenvolvimento mental. As novas estruturas mentais que se formam desses processos de aprendizagem derivam da internalização da forma inicial de sua atividade, e tal incorporação resulta, inevitavelmente, em uma transformação qualitativa. Esse desenvolvimento se dá a partir dos processos de construção dos conceitos cotidianos, da internalização e a utilização de tais, na formação de conceitos científicos. Dessa forma, uma metodologia de ensino em Educação Motora estruturada a partir dessas análises deve pressupor a ordenação e sequenciação de conteúdos, elaborada de maneira que os conceitos mais gerais sejam apresentados no início do processo, avançando de forma progressiva para os conceitos mais específicos. A situação favorece a formação de conceitos iniciais na estrutura cognitiva dos alunos e pode facilitar a aprendizagem de outros conteúdos. A inclusão de conceitos mais específicos deve ser estabelecida a partir da relação que eles mantêm com os conhecimentos prévios e com o conteúdo, da forma como foram aprendidos anteriormente. A ludicidade é outra questão relacionada à aprendizagem; relacionada àquilo que Vygotsky e Leontiev denominaram como brincar, cujo processo reside no próprio ato da brincadeira, e não no resultado da ação. Isso faz com que, numa proposta metodológica em Educação Motora, o prazer se manifeste na realização das atividades e não é, portanto, subserviente. Não é uma situação prazerosa relacionada exclusivamente a um motivador externo. O prazer não se vincula ao que será, ao que se conseguirá por meio desse ou daquele movimento, dessa ou de outra execução, não estando vinculado ao cumprimento específico de determinadas regras, ou a um “prêmio” atribuído por uma execução considerada eficiente. O prazer está relacionado ao que está sendo vivenciado “durante”, ao que é vivido “no presente”, no momento em que o aluno “brinca de fazer” a atividade. Parece que a forma de apresentação dos conteúdos também faz parte da memória dos alunos. Se os conceitos fazem parte de uma rede, é bastante provável que junto aos “nós” que a compõem, estejam as emoções que fizeram parte da elaboração e construção dos conceitos ali representados, que se ampliam e se mantêm vivos, aproximados na memória. Numa proposta metodológica dessa natureza, a presença do professor como mediador, aquele mais experiente, capaz de ser o interlocutor entre o estímulo e as respostas dos alunos rumo aos objetivos propostos, é fundamental. O professor assume uma posição que não é de destaque, nem de comando; mas, ocupa um lugar em que as experiências dele e os conhecimentos sobre os conteúdos e sobre os alunos, auxilia na busca de aprendizagens que signifiquem mudança, desenvolvimento. Mudanças qualitativas na interação do aluno com ele mesmo e com o mundo em que vive, à medida que a aprendizagem valoriza os saberes dos alunos e seja significativamente importante para suas vidas. Palavras-chave: educação motora, metodologia de ensino, processos de aprendizagem. 157 ARANTES, Ana Cristina (doutora em Educação; mestre em Educação Física; graduada em Educação Física e Pedagogia; professora da USJT). EDUCAÇÃO FÍSICA E PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES Este trabalho “A Educação Física e o processo de alfabetização nas 1as. séries do Ensino Fundamental” consiste em uma pesquisa realizada com 46 crianças da 1a. série com idades variando entre 7 a 8 anos, pertencentes a duas escolas do Ensino Fundamental: uma pública e outra particular. O objetivo é o de investigar as possíveis contribuições da Educação Física para a aquisição do conhecimento e das habilidades requeridas no processo de alfabetização. O foco de investigação consistiu na observação da prática da Educação Física, a fim de verificar se os professores implementavam, de forma interdisciplinar, os conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Programas de Saúde, Estudos Sociais e Educação Artística. Baseando-nos na teoria de diversos autores consagrados, partimos do pressuposto de que a aprendizagem depende da convergência de inúmeros fatores, tais como os aspectos físicos, psíquicos, afetivos e cognitivos. Por isso, conferir um enfoque interdisciplinar ao ensino revelou-se uma condição importante para a aprendizagem que visa a favorecer o desenvolvimento global do aluno. Embora o enfoque seja algo relevante ao processo ensino-aprendizagem, o estudo revelou que, em ambas as escolas, os conteúdos não receberam um tratamento interdisciplinar. Além das observações das análises, procuramos oferecer algumas sugestões capazes de viabilizar a prática interdisciplinar no Ensino Fundamental. Palavras-chave: Educação Física, ensino, aprendizagem. 68 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 158 SILVA, Sheila Ap. P. dos Santos (doutora em Psicologia da Educação; graduada em Educação Física e em Pegadogia; professora da USJT e da UNIFIEO; membro da equipe internacional de pesquisa em Motricidade e Desenvolvimento Humano com sede na Espanha). DO SABER-FAZER AO SABER E FAZER Nesta comunicação, abordaremos a responsabilidade do componente curricular Educação Física durante os onze anos do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Nossa proposta leva em consideração a origem da Educação Física Escolar como proposta suplementar à educação escolástica, evoluindo, historicamente, ao ponto de ter seus objetivos confundidos com os do Esporte de alto nível, até os dias atuais, quando necessita incorporar à prática pedagógica um entendimento sobre sua identidade epistemológica. Nesse panorama, sugerimos uma nova identidade curricular em que sua denominação seja Motriceologia - um neologismo que se refere ao estudo das atividades motrizes, ou seja, o estudo das ações humanas que possuem sentido e significado para o executante, sendo desenvolvida em cinco sessões semanais nas quais se abordem, como conteúdo de natureza procedimental, os esportes, jogos, lutas, danças e ginástica com seus relacionamentos conceituais (históricos, sociais, antropológicos, biológicos, psicológicos, técnicos e táticos). Acrescenta, ao tradicional objetivo de formar cidadãos que sabem-fazer, o objetivo de, com base no saber sobre as atividades motríceas, formar cidadãos que as valorizem e as incorporem aos seus hábitos de vida atendendo às características individuais de personalidade, necessidade, oportunidade e preferência. Palavras-chave: educação física, ensino de educação física, prática pedagógica. 159 ANTONIO, Jorge Luiz (doutorando em Comunicação e Semiótica da PUC-SP; desenvolve pesquisa sobre poesia digital; professor de Pós-Graduação do curso de Criação Visual e Multimídia; professor do curso de Pedagogia da USJT, autor de Almeida Júnior através dos tempos (1983) e Cores, forma, luz, movimento: a poesia de Cesário Verde (2002)). A EDUCAÇÃO PELA ARTE E PELA POESIA NA MÍDIA DIGITAL A presente comunicação tem por objetivo apresentar uma pequena amostra sobre arte e poesia digitais, para realçar a importância do conhecimento dessas poéticas que circulam nos “cd-roms”, na Internet e nos “sites”. Dentre os autores apresentados, destacamos a atenção para a videopoesia e a infopoesia de E. M. de Melo e Castro, o percurso da poesia verbal para a digital na obra de Jim Andrews, Ted Warnell, Dan Waber, Fatima Lasay, Clemente Padin, David Daniels, David Knoebel, Philadelpho Menezes e Wilton Azevedo, entre outros. Palavras-chave: arte e poesia digitais, poesia na internet, mídia digital. 160 PENTEADO, José de Arruda (doutor e livre docente em Metodologia de Ensino das Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; professor titular aposentado do Instituto de Arte da UNESP; pesquisador e orientador do curso de Pós-Graduação Lato Sensu na área de Comunicação Visual do Instituto de Artes - Campus de São Paulo da UNESP; professor do curso de Licenciatura da USJT). AS LINGUAGENS TECNOLÓGICAS NA SALA DE AULA O objetivo principal da presente comunicação é uma análise crítica das principais teorias tecnológicas da educação contemporânea. Serão apresentados os principais autores e seus fundamentos técnicos e pedagógicos de modo sumário. Será um dos focos críticos para o debate dos temas que serão apresentados na mesa redonda, a saber: as relações entre educação e multimídia e a educação pela arte e pela poesia na mídia digital. Será destacada a pesquisadora e educadora argentina Emília Ferreiro, em recente trabalho divulgado sobre a tecnologia na escola; e o trabalho do comunicólogo e filósofo Pierre Lévy completará a comunicação. Palavras-chave: comunicação, multimídia, mídia digital. 161 SILVA, Humberto Pereira da (doutor em Filosofia da Educação pela USP; professor de História da Educação, Filosofia da Educação e Filosofia da Linguagem na USJT; coordenador de estágio no curso de Pedagogia da USJT); PRADO, Lúcio Lourenço (mestre e doutorando em Filosofia pela PUC-SP; professor de Lógica e de Filosofia da Ciência na USJT e de Filosofia na PUC-SP). O VERBO “SABER” E OS ENUNCIADOS DISPOSICIONAIS EM RYLE Sob a influência dos trabalhos de Russell e de Wittgenstein, Ryle assume que o exercício da filosofia consiste em examinar o sentido de enunciados. Assim, em sua análise da linguagem ordinária, o que se tem em vista é responder à pergunta: “Que significa este enunciado?”. A partir dessa questão, na obra The Concept of Mind, Ryle visa a determinar – ao proceder à análise de paralelismos lógicos suscetíveis de causar confusão – as diversas situações em que algo pode ser dito sem que se caia num absurdo. E isso é feito, por exemplo, na análise do verbo “saber”, uma vez que Ryle distingue dois usos desse verbo: “saber que...” e “saber como...”. Dependendo do uso que é feito do verbo “saber”, corre-se o risco de confundir o significado do que está sendo enunciado. Isso porque, no primeiro caso (“saber que...”), o verbo “saber” é usado para indicar que tal coisa é o caso: “a capital da França é Paris”. Ou seja, trata-se de um saber proposicional. Já no segundo caso (“saber como...”), o verbo “saber” é usado para indicar que uma certa atividade pode ser executada corretamente, eficientemente. Quem sabe jogar xadrez revela que essa atividade é realizada com destreza à medida que, efetivamente, executa certos movimentos das peças, os quais, por sua vez, conformam-se às regras do jogo – independentemente, pois, de enunciar que os movimentos realizados são permitidos pelas regras constitutivas do jogo. De sorte que, quando, numa partida de xadrez, alguém movimenta corretamente as peças no tabuleiro, revela tão-somente um saber disposicional. Quem movimenta corretamente as peças, no jogo de xadrez, sabe como jogar xadrez. Ora, além do verbo “saber”, Ryle procedeu à análise de verbos como “crer”, “conhecer”, “poder”, “convencer” e “enganar”. Esses verbos estão presentes em enunciados diposicionais, ou seja, enunciados que expressam que alguma ocorrência é esperada. O objetivo da presente exposição é, por um lado, apresentar o caminho seguido por Ryle para indicar que confusões decorrem do uso desses verbos em enunciados 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 69 disposicionais, e, por outro lado – seguindo a análise proposta por Ryle – examinar o significado de enunciados como: “eu creio que conheço...”, “eu creio que posso...”, “eu creio que convenço...”, “eu creio que engano...”. Palavras-chave: saber, enunciado disposicional, crer. 162 FARINA, Anete Souza (psicóloga graduada pela UNESP; mestre em Psicologia Geral Clínica pela UMESP; doutora em Psicologia Social; pós-doutorado pela USP (em curso); supervisora de Estágios na USP; professora da USJT e da Mackenzie). O BRASIL E A SAÚDE PÚBLICA: ALGUNS ELEMENTOS HISTÓRICOS Uma descrição dos habitantes saudáveis do Brasil, só será possível ser encontrada na carta escrita por Caminha à Côrte Portuguesa. A partir dessa época, o país passou a viver conflitos com os indígenas, dificuldades materiais, múltiplas e freqüentes enfermidades que marcaram a perda da qualidade de vida dos nativos, dos novos habitantes e, posteriormente, dos brasileiros. O país, na fase da colonização, não dispunha de profissionais médicos, exigindo que o império habilitasse físicos e cirurgiões-barbeiros para atuarem na assistência à saúde, uma vez que os médicos europeus não se sentiam estimulados a receberem os baixos salários oferecidos para o trabalho no país. Somente no ano de 1815 foi fundada, na Bahia, a primeira escola de medicina, visando à formação de profissionais capacitados para uma árdua luta que, obviamente, foi inglória. Após anos, por meio da ideologia da vida produtiva, surge a distinção entre doenças contagiosas e mentais, dando origem às novas políticas de saúde que, com a intervenção estatal, dividiram a saúde em individual e coletiva, em razão das inúmeras epidemias que dizimavam a população de forma objetivamente democrática. A saúde coletiva solicitava a integração de elementos básicos como educação, habitação e trabalho; mas, ao contrário, as discriminações raciais e de classe, definidas por um contorno claro sobre as ações de higienização das cidades, demarcou, pronunciadamente, o lugar da saúde no país. As ações, preventivas e curativas, no âmbito da saúde coletiva, propiciaram a efetiva separação entre ricos e pobres, bem como o direito à saúde e à participação social. A exemplo disso, o movimento sanitarista foi marcado por ações autoritárias, como a destruição das precárias moradias, visando a conter os surtos e epidemias que assolavam as cidades brasileiras e punham em risco as camadas economicamente privilegiadas. Na metade do século XX, a introdução da medicina privada, que marcou uma absoluta distância entre a qualidade e a saúde pública, consolidou a distinção entre as classes sociais e o respectivo direito à saúde individual. Os inúmeros planos governamentais em favor da saúde pública desconsideram os aspectos econômicos, sociais e culturais da população, retardando qualquer sucesso nessa área. Assim, a raiz histórica da doença no Brasil inviabilizou o cumprimento das determinações da OMS, cuja meta visavam à democratização da saúde até o final do segundo milênio. Palavras-chave: saúde, saúde pública, políticas de saúde. 163 BASSIT, Ana Zahira (psicóloga pelo IUP - Instituto Unificado Paulista; mestra em Psicologia Social pela PUC –SP; doutora em Saúde Pública pela USP; livre docente: “Saúde da Mulher e Envelhecimento”- USP; professora da USJT e da Universidade Braz Cubas). PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA: REFLEXÕES E PERSPECTIVAS A Psicologia, apesar de ser classificada como uma profissão da área da Saúde, parece enfrentar dificuldades na hora de estabelecer o seu objeto de estudo como também os procedimentos teóricos e metodológicos para atuação no campo da saúde coletiva. No conjunto de conhecimentos em Psicologia, observamos a inexistência de uma definição de saúde que possa abarcar as vicissitudes desse área, bem como a ênfase na doença como objeto de estudo e de prática. Dessa forma, a atuação da Psicologia acaba ficando limitada às ações curativas e não preventivas, o que acaba reproduzindo tanto o discurso como a atuação predominante na Saúde, ou seja, o discurso médico e o modelo de atuação clínica e assistencialista que, muitas vezes, acaba culpabilizando as pessoas pelos seus próprios males. Por outro lado, a formação do psicólogo não contribui para a mudança desse paradigma à medida que reforça o profissional como aquele que presta assistência em consultórios particulares e não em equipes multidisciplinares de Saúde. Parece que ao adotar tal paradigma, os psicólogos enfrentam dificuldades ao trabalhar com pessoas que não correspondem às características do sujeito epistêmico descritas em seus referenciais teóricos, como também que os indivíduos apresentam demandas que não foram mencionadas e/ou que são inviáveis de serem atendidas face ao contexto de vida deles. Nesses termos, podemos dizer que a Psicologia, para trabalhar na área da saúde coletiva, enfrenta hiatos teoréticos, que denunciam a distância entre o sujeito real e o arsenal teóricometodológico da Psicologia como ciência da Saúde. Para dificultar ainda mais a efetiva inserção da Psicologia na área da Saúde, a própria definição da área apresenta outros argumentos que devem ser analisados, pois ampliam nossa concepção sobre saúde e doença, como também as possibilidades virtuais para a concepção teórica e metodológica da Psicologia nesse campo. A Saúde Coletiva é uma interdisciplina científica, na qual a área empírica é passível de ser explorada pelos dois grupos de ciências - as naturais e as sociais - tendo as ciências formais como apoio. O campo da Saúde Coletiva demanda necessariamente a adoção e/ou a criação de novos esquemas teóricos-metodológicos de explicação ao lado de um novo arsenal tecnológico. Neste sentido, a análise dessas questões pode contribuir para a melhor definição da Psicologia como ciência e prática na área da saúde coletiva à medida que favorece o levantamento de um novo referencial teórico e metodológico. Palavras-chave: psicologia, saúde coletiva, psicólogo. 164 BRASIL, Angela Maria R. C. (psicóloga formada pelo IUP - Instituto Unificado Paulista; especialização: “Teorias e Técnicas Psicodinâmicas – PUC – SP; mestre e doutora pelo Instituto de Psicologia da USP; professora da USJT). REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DO PSICÓLOGO NA SAÚDE PÚBLICA O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a atuação do psicólogo na Saúde Pública. De um lado, discute a ausência de conhecimento sobre os aspectos sociais, históricos, políticos e ideológicos que permeiam as práticas, de acordo com as realidades encontradas. Por outro, discute os novos desafios colocados aos profissionais que irão atuar na construção 70 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 de modelos alternativos de atenção na promoção da Saúde e prevenção de doenças. Critica as lacunas encontradas na formação do profissional, devido ao predomínio do modelo clínico direcionado para o exercício autônomo da profissão, propiciando a falta de integração da Psicologia no campo da Educação e Saúde. Ressalta a importância da prática do Psicólogo nas diferentes instâncias (atenção: primária, secundária e terciária) de serviços de Saúde Pública, isto é, o trabalho interdisciplinar voltado para a ação integral da Saúde. Mostra que a institucionalização das novas profissões de saúde, tal como a de psicólogo, incorporadas às, tradicionalmente, inseridas no serviço público. Exige o delineamento de uma identidade sólida e consistente pautada na reflexão crítica da realidade social. Sugere que a formação em Psicologia esteja subsidiada por pesquisas, acompanhando as transformações sócio-culturais amplas e as mudanças sociopolíticas vigentes no país. Discorre sobre as reformulações organizacionais do Sistema Único de Saúde (SUS), os programas e subprogramas desenvolvidos pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo para o ano de 2002. Descreve o mapeamento dos distritos de Saúde da Zona Leste da região metropolitana, analisando a filosofia de atendimento e as propostas terapêuticas em andamento. Palavras-chave: formação, psicologia da saúde, políticas de saúde. 165 BARBOSA, Altemir José Gonçalves (Psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC- Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas e do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). PROMOÇÃO DA SAÚDE: AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL Desde os primórdios da Psicologia Científica, muitos psicólogos têm empreendido esforços em pesquisa e prática profissional em "Saúde". Contudo, é possível afirmar que, só recentemente, devido a uma mudança de paradigma, a Saúde, propriamente dita, passou a ser alvo da Psicologia. Até então, compreendia-se Saúde como um estado de ausência de doença. Constata-se, atualmente, o equívoco de tal paradigma, uma vez que ela é plurideterminada, singular, complexa, histórica, biopsicossocial e interdisciplinar. A emergência dela, como área de pesquisa e de atuação do profissional em Psicologia, só foi possível graças aos recentes avanços científicos que permitiram aos psicólogos compreenderem as inter-relações entre os processos biológicos, sociais, emocionais e cognitivos que tornam um indivíduo saudável. A partir das descobertas, foi possível uma mudança radical no paradigma que norteava a prática profissional e a pesquisa em Psicologia da Saúde: adotase um modelo educacional-proativo em detrimento de um modelo médico-remediativo; a ênfase deixa de ser a patologia e a doença e passa a ser o controle de situações de risco e a promoção do desenvolvimento e crescimento humanos; a Educação passa a ser vista como uma forma ótima de promoção da Saúde. Nesse cenário, a Psicologia Educacional pode prestar significativas contribuições; pois, o vasto conhecimento acumulado na área, ao longo de décadas de pesquisa, pode auxiliar na organização de situações de Educação formal e informal que favoreçam o desenvolvimento e o crescimento humanos, que são condições “sine qua nom” para a Saúde. É a partir da participação em práticas educativas que os psicólogos podem contribuir decisivamente para a promoção da Saúde, desenvolvendo estilos de vida saudáveis, elevando a qualidade de vida das populações, promovendo a aquisição e a alteração de comportamentos que influenciam sobremaneira a Saúde. É bem verdade que nem toda Educação é promotora de Saúde. Não obstante, há evidências suficientes que demonstram que ela representa uma porta de entrada para a Saúde; a Psicologia Educacional, ao explicar como e em que condições a Educação gera desenvolvimento e crescimento humanos, pode ser uma chave para abrir tal porta. Palavras-chave: saúde; educação; promoção de saúde; psicologia educacional. 166 BOULOS, Kátia (advogada; coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica da USJT; professora de Direito Civil da USJT; pós-graduanda em Direito Civil pela Faculdade de Direito da USP); MARCACINI, Augusto Tavares Rosa (advogado; professor titular de Direito Processual Civil da USJT; vice-presidente da Comissão Especial de Informática Jurídica da OABSP; coordenador da Subcomissão de Certificação Eletrônica; mestre e doutor em Direito pela Faculdade de Direito da USP); COSTA, Marcos da (advogado; conselheiro da OAB-SP; presidente da Comissão de Informática do Conselho Federal da OAB; presidente da Comissão de Informática Jurídica da OAB-SP); VAZ, José Ricardo Figueiredo (mestrando em Informática pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); bacharel em Ciência da Computação pela USJT). PROJETO PILOTO DE CERTIFICAÇÃO ELETRÔNICA PARA O NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DA USJT O uso das assinaturas digitais, geradas por criptografia permite substituir largamente o papel, inclusive para efeitos jurídicos. A OAB aprovou, recentemente, o Provimento n.° 97, criando uma infra-estrutura de chaves públicas tendente a emitir certificados eletrônicos para todos os advogados do país. Há projetos semelhantes em diversos tribunais do país, prevendo o uso de assinaturas eletrônicas para a prática de atos processuais. O projeto piloto de certificação eletrônica tem como objetivo transmitir, aos alunos do curso de Direito, a experiência prática de uso de certificados eletrônicos, bem como a necessária cultura de segurança no trato com tais mecanismos de autenticação digital. Também se inserem em seus objetivos o desenvolvimento, em conjunto com alunos do curso de Ciência da Computação, de modelos de implementação de um processo judicial totalmente informatizado. Palavras-chave: criptografia, assinatura digital, certificação eletrônica. 167 GENTIL, Hélio Salles (doutor pela Faculdade de Filosofia da Univ. de São Paulo - USP; professor da USJT); MUÑOZ, Yolanda Gloria Gamboa (doutora em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Univ. da São Paulo, - USP; professora da USJT); PAPARELLI, Renata (mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela PUC -SP); VAZQUEZ, Petilda Serva (doutora em Ciências Sociais pela Unicamp - SP; professora da USJT). IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE: NOVAS PERSPECTIVAS. DEBATES TEÓRICO-METODOLÓGICOS Esta mesa propõe realizar uma discussão teórico-metodológica sobre a problemática de identidade e dos processos subjetivos da constituição e da desconstrução do sujeito, a partir de diversas práticas e abordagens, enfatizando a possibilidade de abertura de novas perspectivas. As reflexões apresentadas serão desenvolvidas com caráter inter e 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 71 transdisciplinar e, nesse sentido, desdobram-se em quatro perspectivas diferentes: a) “Identidade. A busca do Igual ou Experiência de Estranhamento?” objetiva realizar uma análise de experiências do movimento sindical bancário, numa perspectiva de constituição de identidade, procurando privilegiar as demandas subjetivas, quer sejam expressas através de memórias, falas e de documentos, quer sejam nas faltas e ausências flagradas; ou, mesmo, em demandas reveladas nas contradições e conflitos entre os próprios sujeitos, na explicitação de rebeldia de classe; b) “Ingressando nos porões da escola pública: trabalhadores da Educação ´readaptados´, sofrimento psíquico e loucura” pretende compreender de perto a realidade vivida por profissionais e usuários da escola pública urbana brasileira, enfatizando o intenso processo de esgotamento e observando, no interior da instituição concreta, o intenso e acelerado processo de adoecimento vivido pelos profissionais da escola, quando são muitos afastados por doenças “físicas” e “mentais”, com grande número de ´readaptados´; c) “Nietzsche e a tranvaloração da Psicologia” procurará desenvolver a autodenominação e avaliação de Nietzsche como o “primeiro psicólogo” a partir do qual se abriria a possibilidade que a Psicologia voltasse a ser o “caminho que condua aos problemas fundamentais” para relacionar a ambas problemáticas à possibilidade de pensar uma nova forma de subjetividade como princípio seletivo e como transvaloração do “conheça-te a ti mesmo socrático”, principalmente em Ecce Homo. Como torna-se o que se é; d) “Identidade narrativa: a noção proposta por Paul Ricoeur” busca dar conta de uma identidade que traz em si, como uma das suas dimensões constitutivas, a temporalidade. Para isso, analisará a noção de identidade narrativa que é proposta por Paul Ricoeur ao final de sua obra Tempo e Narrativa e que será desenvolvida amplamente na obra Si mesmo como um outro em que, como o título já indica, o autor incorpora a alteridade como dimensão essencial na constituição de identidade. Palavras-chave: identidade, subjetividade, sofrimento psíquico. 168 SÀÁGUA, João (professor doutor) FORMA LÓGICA, HOLISMO E CONDIÇÕES DE VERDADE Quando traduzimos uma frase de uma língua natural numa fórmula de uma linguagem formal, dizemos que a fórmula representa a forma lógica da frase. Para isso, é preciso fazer uma paráfrase em duas etapas: a arregimentação e a formalização. Realizada a primeira, a segunda consiste numa tarefa simples e mecânica de substituição de expressões portuguesas por símbolos lógicos. O que estamos fazendo, exatamente, quando fazemos essa paráfrase? Quine oferece três respostas a essa questão. Ele diz que não há sinonimia entre a frase e a fórmula e que a fórmula não explicita a forma lógica da frase. Davidson defende posição similar à de Quine, baseando-a em considerações holistas. A noção de condições de verdade também desempenha, para os dois filósofos, um papel importante para entender a arregimentação. A visão de Quine e de Davidson receberá tratamento favorável. Palavras-chave: forma lógica, holismo, frase, linguagem formal. 169 MILANEZ, Adriano Kleber (bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade São Marcos; especialista em Redes Locais de Computadores pela USJT). COMÉRCIO ELETRÔNICO: UMA NOVA FORMA DE FAZER NEGÓCIO? Este trabalho procura descrever, de forma sucinta, uma nova forma de fazer negócios: o comércio eletrônico. Discute a natureza do comércio eletrônico, considera seu escopo e impacto. Uma definição possível para ele seria "qualquer forma de transação de negócio na qual as partes interagem eletronicamente, ao invés de compras físicas ou contato físico direto". Entretanto, por mais precisa que seja, tal definição não captura o espírito do comércio eletrônico, o qual, na prática, é melhor visto como um daqueles raros casos em que a mudança das necessidades e das novas tecnologias vem junto com a revolução da forma como os negócios são conduzidos. Os negócios modernos caracterizam-se pela crescente capacidade de fornecimento, competição global, e, até mesmo, o aumento da expectativa dos consumidores. Em resposta, os negócios pelo mundo estão sendo obrigados a mudar suas organizações e suas operações. Há uma tendência nas organizações de diminuir as barreiras entre fornecedores e clientes. Os processos estão sendo reestudados para poderem quebrar velhos paradigmas. Vêem-se, agora, muitos exemplos de processos que compreendem a companhia inteira e mesmo processos que são operados conjuntamente entre a companhia, clientes e fornecedores. Comércio eletrônico é a forma de permitir e suportar tais mudanças em uma escala global. Permite que as companhias sejam mais eficientes e flexíveis em suas operações internas, para trabalhar mais próximo dos fornecedores, e ser mais ágil quanto às necessidades e às expectativas de seus clientes.Seleciona os melhores fornecedores sem se preocupar com suas localizações geográficas e vender em um mercado global. Um caso especial de comércio eletrônico é a venda eletrônica, em que um fornecedor vende bens ou serviços para um cliente em troca de um pagamento. Um caso especial de venda eletrônica é o varejo eletrônico, no qual o consumidor é um consumidor comum e não uma companhia. Entretanto, enquanto esses casos são de considerável importância econômica, são apenas exemplos de um caso mais geral de uma forma de operação de negócio ou transação conduzida por um meio eletrônico. Outros exemplos, também válidos, são as transações internas dentro de uma empresa ou fornecimento de informações a uma organização externa sem custo. Comércio eletrônico é uma tecnologia para mudanças. Companhias que escolheram considerá-la como um "pequeno agregado" aos seus meios de fazer negócios ganharão benefícios limitados. Os maiores benefícios ocorrerão às companhias que estão desejando mudar organizações e processos de negócios para explorar completamente as oportunidades oferecidas pelo comércio eletrônico. O conceito é um pouco evasivo. Para tanto, deve-se tomar atenção para as várias diferenças entre a comercialização “convencional” e a eletrônica. Comércio eletrônico não é sonho futurístico. Já está acontecendo, agora, com muitas histórias de sucesso. Está acontecendo mundialmente - liderado pelos EUA, Japão e Europa - e é, essencialmente, global em conceito e realização. O impacto do comércio eletrônico será profundo nas empresas e na sociedade como um todo. Para aquelas companhias que exploram plenamente o seu potencial, oferece a possibilidade de mudanças de paradigmas - mudanças que, tão radicalmente alteram as expectativas dos clientes, que redefinem o mercado ou criam mercados totalmente novos. Todas as outras companhias, inclusive as que tentam ignorar novas tecnologias, serão impactadas por essas mudanças nos mercados e pelas expectativas dos clientes. Da mesma forma, os indivíduos de uma sociedade serão apresentados a novas formas de comprar bens, de acessar informações e serviços, e de 72 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 interagir com órgãos governamentais. As escolhas serão enormes; restrições de geografia e tempo serão eliminadas. O impacto geral, na vida das pessoas, pode ser comparável, digamos, ao crescimento do uso de automóveis ou telefones. Palavras-chave: comércio eletrônico, internet, negócio. 170 PRETULON, Ana Paula dos Santos; RAMOS, Anair Rodrigues dos Santos; ROBERTO, Bruna de Castro; SOUZA, Cássia Aparecida de; MARTINS, Itamara dos Santos (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT). VIDA E OBRA DE SIGMUND FREUD Sigmund Schlomo Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Morávia, filho de Jacob Freud e da terceira esposa dele, Amalia (vinte anos mais jovem que o marido); teve sete irmãos mais jovens. Freud era ligeiramente mais novo que seu sobrinho John, filho de Emmanuel. Essa situação peculiar pode ter estimulado o interesse de Freud em dinâmica familiar, levando-o às suas posteriores formulações sobre o Complexo de Édipo. Pretendia estudar Direito, mas decidiu seguir Medicina, interessado na área de pesquisas. Ingressou na Universidade de Viena em 1873. Como aluno, Freud iniciou um trabalho de pesquisa sobre o sistema nervoso central, orientado por Ernst von Brücke (1876), e formou-se médico em 1881. Trabalhou na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83), estudando posteriormente com Charcot (Salpetrière), em Paris (1885). De 1884 a 1887, Freud publicou vários artigos sobre cocaína (veja livro*). Casou-se com Martha Bernays em 1886. O casal teve seis filhos (Mathilde, 1887; Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst, 1892; Sophie, 1893; Anna, 1895). Freud iniciou seu trabalho clínico, em consultório próprio, especializando-se em doenças nervosas. Seu interesse pela histeria* foi estimulado pela hipnoterapia* praticada por Breuer e Charcot (1887-88). Freud e Breuer publicaram suas descobertas em Estudos sobre a Histeria (método catártico) em 1895.Também elaborou o rascunho de 100 páginas manuscritas, que só foram publicadas após sua morte, sob o título de Projeto para uma Psicologia Científica (1950). O termo "psicanálise" * (associação livre) foi concebido por Freud em 1896. A Interpetação de Sonhos ('Die Traumdeutung'), o qual Freud considerou como sendo o mais importante de todos os seus livros*, foi publicado em 1899. Sigmund Freud, faleceu* aos 83 anos de idade, no dia 23 de setembro de 1939, em Londres. Seu duradouro legado teve grande influência na cultura do século XX. Palavras-chave: psicologia, Sigmund Freud, psicanálise. 171 DI FIORI, Ana Paula Oliveira; RAMOS, Anair Rodrigues dos Santos; ROBERTO, Bruna de Castro; SILVA, Mariéle Maria; NASCIMENTO, Roberta Rosa (alunas de Graduação do curso de Psicologia da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas e do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O USO DE COMPUTADORES NO ENSINO FUNDAMENTAL: OS PONTOS DE VISTAS DE PROFESSORES DE 1ª À 4ª SÉRIES SOBRE AS INFLUÊNCIAS DA INFORMÁTICA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR. Com o objetivo de analisar o uso que tem sido feito do computador em escolas públicas e privadas, foi realizado um estudo exploratório no qual foi aplicado um questionário para 23 professores de 1ª à 4ª séries do Ensino Fundamental de escolas da cidade de São Paulo. A informática pode representar uma ferramenta que auxilia as crianças em suas atividades e as prepara para o exercício da cidadania em uma sociedade altamente tecnológica. No entanto, alguns estudos têm alertado para a "realidade fabricada " e limitada que o computador propicia às crianças, podendo, inclusive limitar o desenvolvimento cognitivo. Os limites das crianças não são os mesmos da programação, o que pode torná-las dependentes, total ou parcialmente, do uso do computador. Se não bastasse esse fator, a criança precisa saber conviver com o erro; um fato que o computador muitas vezes não permite, pois ele "corrige tudo". Uma criança pode terminar um trabalho escolar sem enfrentar obstáculos, o que não contribui para seu desenvolvimento escolar. Em geral, os docentes que sempre usaram formas complementares de ensino, atualmente usam o computador. Os resultados deste estudo demonstram, de forma geral, que os professores acreditam que o uso do computador proporcionará experiências positivas para as crianças e não a "automatização da consciência infantil". Embora os docentes demonstrem muito interesse em utilizar o computador, preocupado-se em proporcionar experiências positivas para os alunos, não possuem cursos de especialização nem uma metodologia de uso de informática adequada para o Ensino Fundamental. Tal cenário é altamente preocupante, uma vez que os impactos dos computadores na aprendizagem e no desenvolvimento infantil dependerão diretamente da forma como são usados. Palavras-chave: Computadores, aprendizagem, tecnologia. 172 XAVIER, Rosemeire de Jesus (bacharel em Pedagogia; especialista em Psicopedagogia pela USJT). USANDO A CRIATIVIDADE NOS RELACIONAMENTOS Segundo o dicionário Aurélio a criatividade pode ser: * a capacidade criadora (quadros, esculturas); * a inventividade (aquilo que é inédito); * dar existência a uma idéia; Porém, o intuito do trabalho está na definição pessoal; pois se baseia na idéia de que a pessoa faz de si mesma como pessoa criativa ou não e até que ponto. Criatividade não diz respeito somente a produtos tangíveis, ou seja, se você ajudou alguém a resolver um conflito, possibilitou que um grupo aprendesse, adicionou um novo aprendizado ao seu comportamento, você foi criativo, porque reuniu idéias anteriormente desconexas. Uma pesquisa realizada em 1980, pelo “The Wall Street Journal”, nos Estados Unidos, com seus diretores, para levantar as qualidades que procuram para seus substitutos, verificou-se o seguinte: * Integridade; * Capacidade de conviver com os colegas; * Planejar; * Reconhecer e resolver problemas; 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 73 * Independência; * Capacidade de ver o todo. Embora todas as descrições revelem uma pessoa criativa, erroneamente, acredita-se que ao mencionar que uma pessoa seja criativa, lança-se uma aura negativa sobre ela (pessoa fora dos padrões). Os criativos desafiam o “status quo”, são agentes de mudanças, melhorando a vida como um todo. Ser criativo é comunicar uma parte saudável e natural do nosso ser. Os fatores que inibem a criatividade são: * é o conceito negativo sobre a pessoa não ser criativa (inibe o desenvolvimento pessoal); * visão de que o processo é um mistério, reservado a poucas pessoas talentosas e que ocorre em algum universo fora do alcance de muitos. A capacidade de criar faz parte de todos os cérebros saudáveis. Precisamos declarar que somos pessoas criativas, é o primeiro passo para desbloquear a criatividade. Para os indivíduos criativos, é contínuo o aprendizado, levando-os a mudanças e ao amadurecimento de comportamentos, sentindo-se vivos. Qualidades dos criativos: * Capacidade de planejar; * Capacidade de reconhecer e resolver problemas; * Independência; * Capacidade de conviver com os outros; * Capacidade de ver o todo; * Senso de humor; * Alto grau de honestidade; * Sentido de responsabilidade social; * Desejo de fazer contribuições positivas ao mundo. Descubra quais as qualidades que você possui e aperfeiçoe mais, presenteie-se a cada melhora. Mudar a realidade é a parte vital do processo criativo, ou seja, você consegue visualizar o problema numa perspectiva diferente, desconsiderando o certo e errado, ou até mesmo, superando a educação recebida. Ousar e estar preparado para argumentar contra os “matadores de idéias”, os “descrentes” e os “irônicos”. Defenda sua idéia como alternativa possível. Tente mudar a forma de perceber o problema, veja por outro prisma. Podemos tratar a causa básica e não os sintomas. Seguem algumas dicas para estimular a mudança de nível do problema: * Perguntar a si mesmo: - “Como posso ver essa questão de uma perspectiva diferente?”; * Se o processo de resolução ficar emperrado, examinar o que está ou não acontecendo; * Estar desafiado para passar a um nível diferente; * Mudar de espaço físico (sala, ambiente, cadeira), fazer um intervalo e movimentar-se; Em todos os ambientes, relacionamo-nos com pessoas; para exercitarmos a criatividade, o primeiro passo é reconhecer e validar o esforço criativo. Vejamos a seguir alguns passos para que isto ocorra: * Praticar a orquestração dos relacionamentos (desenvolver sua criatividade como um todo); * Desenvolver uma atmosfera de trabalho positiva e produtiva; (empresários procuram no mercado atual); * Senso de calma durante as crises gera um ambiente construtivo; * A secretária que é eficaz cria o ambiente que quer, ao modelar os sentimentos e comportamentos desejados; * Você, como pessoa, pode ter um efeito significativo em qualquer ambiente e lugar; * Ao desenvolver essa atmosfera de relacionamentos, deverá enfrentar questões de co-dependência com outras pessoas. Despertar energias criativas em uma área estimula a criatividade em outros domínios. Resumidamente, podemos dizer que ter uma vida criativa significa viver em constante renovação, pois o processo é constante, requer estímulo, alimentação, paciência, senso de humor e espírito de aventura. Assim, o indivíduo criativo tem uma vida em constante crescimento interior, livre de expectativas acumuladas e todos os problemas são desafios para o seu próprio crescimento. Palavras-chave: criatividade, orquestração de relacionamentos, renovação. 173 ASSUNÇÃO, Paulo de (doutor e mestre em História Social; especialista em Antropologia; professor de História do Brasil, História da Cultura do curso de Turismo e de Ética no curso de Secretariado Executivo da USJT). A HISTÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO A cidade de São Paulo é a maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, marcada por diversidades e antagonismos que envolvem o mundo pós-moderno. Apesar da sua importância no cenário mundial, poucos estudos nos últimos anos têm dedicado atenção à história da cidade de São Paulo. A proximidade da comemoração dos 450 anos da fundação de São Paulo, em 2004, estimulará o debate sobre a cidade de São Paulo e sua evolução, o que, forçosamente, será alvo de pesquisa e de interesse dos educandos e dos professores, bem como daqueles que procuram um conhecimento inicial de referência da cidade. Esta comunicação visa a fornecer um conhecimento sobre a ocupação do planalto de Piratininga pelos jesuítas e a evolução da cidade de São Paulo, desde o século XVI até o século XX, considerando o processo histórico da formação da nação brasileira. Para tanto, discutir-se-ão as condições de vida material dos primeiros habitantes, as transformações ocorridas com a União Ibérica (1580-1640), a atuação dos bandeirantes e a descoberta de ouro pelos paulistas em diversas partes do território nacional. Na seqüência, será destacada a transformação ocorrida na cidade de São Paulo a partir do momento em que ela se torna um burgo estudantil, bem como o impacto que a economia cafeeira trouxe para a cidade com a presença de imigrantes que alteraram a vida pacata da cidade a partir do início do XIX. Com a proclamação da República, a cidade perde as suas feições coloniais e ganha edificações de dimensões significativas que consolidaram São Paulo como uma metrópole. A nova configuração da cidade afetou a vida cultural e o modernismo atingiu a cidade com uma efervescência cultural que procurou compreender a sua metamorfose e questionar a identidade cultural da Paulicéia. Palavras-chave: São Paulo, cidade, história. ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 74 2002 IV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USJT (COMUNICAÇÕES) Local: SAT A e SAT B Data: 26 de setembro de 2002 Coordenação: Prof. Dr. Alberto Gonçalves Ribeiro de Barros Supervisão: Prof. Altemir José Gonçalves Barbosa; Profª. Cláudia Borim da Silva; Prof., Jeison Willian Gomes da Fonseca; Profª. Maria Cristina Soares Esteves; Profª. Yone Xavier Felipe Realização: Alunos do Regime de Iniciação Científica do Centro de Pesquisa da USJT 174 CUNHA, Adriana Luiza (aluna da Graduação do curso de Ciências Biológicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); ROCHA, Rafaela Rodrigues (aluna da Graduação do curso de Turismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; professora do curso de Turismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT). EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM LEVANTAMENTO DO CONHECIMENTO SOBRE LIXO E SOBRE RECICLAGEM COM ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL A Educação Ambiental é uma prática que deve começar em casa, na formação de bons hábitos e valores éticos, os quais podem contribuir para formação de cidadãos conscientes de seus direitos e seus deveres. A escola pode ser um ambiente estimulador desses comportamentos, por ser um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos deve, necessariamente, favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais marcantes de um universo cultural maior. Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem abordar, nas 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, a degradação ambiental de áreas urbanas, retomando estudos sobre poluição do ar, da água e do solo, associando-se a compreensão da origem dos diferentes materiais poluentes ou presentes no lixo aos processos de reciclagem. É importante a compreensão da constituição dos materiais por substâncias, trabalhando-se sobre a origem dos diferentes materiais que compõem o lixo, e as possibilidades de reciclagem de alguns materiais em função das propriedades dos componentes e disponibilidade de tecnologias específicas. Com a grande quantidade de lixo urbano e o seu impacto nos recursos naturais, observa-se um grande problema social, econômico e ecológico, o que implica a necessidade de reaproveitar grande parte dele, através da reciclagem. O objetivo geral deste projeto de pesquisa é o de verificar os conhecimentos dos alunos de 7ª e 8ª séries a respeito do lixo e da reciclagem e como estão lidando com o assunto em suas vidas, dentro e fora da escola. Para a obtenção dos dados para a pesquisa será selecionada uma amostra, intencional, de aproximadamente 100 (cem) alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental de uma escola da rede pública da cidade de São Paulo. Serão escolhidos 50 alunos de cada série. A opção por alunos do Ensino Fundamental está relacionada ao fato de que muitos atingiram a maturidade e a idade escolar para entendimento de temas complexos como meio ambiente e suas implicações. Utilizando-se a perspectiva da Educação Ambiental, pode-se estabelecer medidas preventivas ou até reparadoras dos efeitos causados pelos impactos, normalmente pelo público. Ela pode atuar como elemento controlador, pois permite a reflexão e possibilita a construção de ações que podem mudar hábitos já estabelecidos em relação ao meio ambiente. Com este projeto acredita-se que ele pode servir como diagnóstico inicial para pesquisas mais abrangentes sobre o assunto. Palavras-chave: educação ambiental, lixo e reciclagem. 175 ALVES, Adriana Paula Colnago (aluna do curso de Engenharia Civil e do Regime de Iniciação Científica da USJT); MIGUEL, Cesar Gomes (aluno de Graduação do curso de Matemática e do Regime de Iniciação Científica da USJT); MORI, Fernando (professor da USJT; orientador do trabalho). ESTUDO SOBRE A CONSTÂNCIA DA VELOCIDADE DA LUZ NA RELATIVIDADE RESTRITA A Teoria da Relatividade Restrita, proposta por Albert Einstein, em 1905, está fundamentada sob dois postulados:o Princípio da Relatividade e o Princípio da Constância da Velocidade da Luz. O primeiro postulado reza que todas as leis da física são válidas em todos referenciais inerciais, não existindo um referencial preferencial. O segundo afirma que a velocidade da luz é constante e independente da velocidade inicial do objeto emissor;além disso, essa velocidade não varia de um referencial inercial para o outro. Ou seja, não existe uma adição vetorial, quando lidamos com velocidades próximas à da luz. A idéia sobre a constância da luz foi proposta, primeiramente, no artigo "On The Electrodynamics Of Moving Bodies" escrito por Einstein. A partir desse ponto, surgiram novas concepções sobre a natureza do universo. A partir destes dois postulados, foram deduzidas algumas equações que relacionam os dois (ou mais) sistemas referenciais entre si. Tais transformações são conhecidas como Transformações de Lorentz, Das quais se obtêm algumas conseqüências, como por exemplo, a dilatação temporal e a contração das distâncias. Nesse trabalho, daremos uma breve introdução à teoria da relatividade especial usando as transformações de Lorentz e a constância da velocidade da luz em qualquer referencial como hipótese de trabalho. A partir daí discutiremos os experimentos que motivaram essa hipótese e os esforços feitos para salvar a hipótese do éter, as transformações de Lorentz e a inerente ambigüidade das medidas de espaço e tempo e as conseqüências dessa nova visão de espaço tempo na compreensão do Mundo. A constância da velocidade da luz em qualquer referencial como hipótese de trabalho central no desenvolvimento da teoria da relatividade especial será analisada e também as suas 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 75 conseqüências. Os diferentes paradoxos que daí surgem serão discutidos de forma elementar e qualitativa. Entre os paradoxos a serem considerados podemos citar: o Paradoxo dos Gêmeos, o Paradoxo dos Relógios, a Contração das Escalas em Movimento, Massas Negativas, o Princípio da Causalidade, Viagem no Tempo etc. Palavras-chave: Física, Teoria da Relatividade, constância da Velocidade da Luz, Albert Einstein. 176 LEMOS, Alexandre de Medeiros (aluno de Graduação do curso de Engenharia Elétrica e do Regime de Iniciação Científica da USJT). SENSORES Este trabalho foi realizado escolhendo algumas aplicações práticas de automação industrial; estudando os sensores das instalações. Segundo Santos, nos últimos anos, foram criados equipamentos capazes de prolongar não só os músculos do homem, mas também, o seu sistema sensorial, a sua capacidade de pensamento e de ação, ou seja, para o autor automação‚ estender a capacidade humana. Um elemento muito utilizado na automação ‚ sem dúvida nenhuma é o computador, que pode calcular uma equação, com as variáveis medidas pelos SENSORES que fazem parte de toda a instrumentação industrial. Um exemplo muito comum de aplicação‚ o nível, sendo a altura do conteúdo de um reservatório que pode ser sólido ou líquido. Através de sua medição, que pode ser feita direta ou indiretamente, torna-se possível: avaliar o volume de material em tanques de armazenamento; balanço de materiais de processos contínuos em que existam volumes líquidos ou sólidos de acumulação temporária, reações, misturas e segurança e controle de alguns processos nos quais o nível do produto não pode ultrapassar determinados limites. O computador de nível calcula uma equação, há um sensor instalado que mede a pressão (P). Conhecendo a geometria do recipiente e uma propriedade física do material (constante numérica), pode ser determinado o nível volumétrico ou a altura (h). Este trabalho aborda outros tipos de aplicações de sensores como Strain Gauge, Sensor Potenciom‚ trico, Medição por Resistência, Transdutores e outros tipos. Palavras-chave: Sensores, transdutores, automação etc. 177 SALVADOR, Aline Tatiane (aluna de Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação científica da USJT). O INTERESSE DE PARTICIPANTES DE TREKKING POR CALÇADO ESPORTIVO: UMA RELAÇÃO ENTRE CONFORTO E ADEQUAÇÃO AO TIPO DE ESPORTE O Trekking é um esporte cujo objetivo é atravessar trechos delimitados por postos de controle de uma trilha em um tempo pré-determinado. A característica principal do participante de Trekking é o esforço físico excessivo; por isso, a preocupação com os equipamentos para evitar lesões, principalmente no aparelho locomotor. O pé é uma estrutura complexa e importante no aparelho locomotor, que executa uma série de funções biomecânicas importantes, principalmente, durante a marcha. A partir da interação do pé com o calçado, modificações dessas funções biomecânicas podem ser observadas. Essas modificações podem alterar o padrão normal de locomoção ou mesmo favorecer o surgimento de lesões. Este trabalho tem como visão levantar fatores relevantes tanto para os praticantes como para as fábricas de calçados esportivos, evidenciando as características mais aconselháveis para cada prática, adequando-as ao solo e às exigências pessoais. O objetivo do presente estudo é caracterizar e descrever o interesse dos participantes de Trekking sobre o conforto e adequação do calçado ao esportee será realizado através de uma coleta de dados baseada em um questionário e uma análise de observação do pé dos participantes de Trekking após a prática da competição. Os dados serão analisados por estatística descritiva e inferencial. Palavras-chave: Trekking, calçado esportivo, conforto e aparelho locomotor. 178 FERRAZ, Carlos Eduardo Cruz (aluno de Graduação do curso de Engenharia Elétrica e do Regime de Iniciação Científica da USJT). REDES NEURAIS: MODELOS E APLICAÇÕES Com aumento constante do interesse pela utilização de sistemas computacionais inteligentes para a solução de fenômenos complexos, faz-se necessário, cada vez mais, estudar as particularidades desses sistemas. As Redes Neurais Artificiais (RNA) representam, hoje, uma vigorosa área de pesquisa multidisciplinar. São capazes de imitar tarefas intelectuais complexas, tais como o reconhecimento e classificação de padrões, os processos indutivos e dedutivos etc. As RNA se inspiram em um modelo biológico para a inteligência, isto é, a maneira como o cérebro é organizado em sua arquitetura elementar, e em como são capazes de executar tarefas computacionais. Para obtermos um resultado significativo em suas aplicações, faz-se necessário um estudo de cada caso em que elas serão aplicadas, e, também, da particularidade dos modelos de RNA existentes. A utilização de um modelo errado pode acarretar resultados incoerentes ou até mesmo o acréscimo de custos e tempo. Cada modelo de RNA tem uma área específica de aplicação básica, bem como vantagens e desvantagens. Neste trabalho, pretende-se demonstrar alguns dos principais modelos de RNA: Rede Hopfield, Rede BSB, Rede Backpropagation Perceptron, Rede FBR e Kohonen. Serão demonstradas, também, as vantagens e desvantagens de cada modelo, bem como algumas de suas aplicações básicas. Palavras-chave: redes neurais, inteligência computacional, ciência cognitiva. 179 LIMA, Cláusio (aluno de Graduação do curso de Filosofia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A CONSCIÊNCIA COMO UM PROCESSO BIOLÓGICO A filosofia da mente, até bem pouco tempo atrás, utilizava o termo "mente" como sinônimo de "estados mentais" e "experiência consciente". No entanto, a partir de 1980, surgiu um conjunto de estudos da consciência que passou a ser de interesse crescente por parte dos filósofos e cientistas, de modo que o "mistério da consciência" tornou-se o "problema da 76 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 consciência". Não raro, em discussões filosóficas e psicológicas acerca da experiência consciente, podem ser abordados vários aspectos distintos; porém, correlatos, tais como: qualidade da experiência (Quale), subjetividade, acesso imediato e privilegiado etc. Com efeito, definir a consciência não é nada fácil. A definição mais comum afirma que a consciência são nossos estados ordinários de sensibilidade (estar consciente) ou de ciência (estar ciente de alguma coisa), quando estamos acordados; ou estados oníricos, quando sonhamos, ao dormir. Dessa forma a consciência é um fenômeno privado, de primeira pessoa, que faz parte do processo privado denominado mente. Ambos, porém, vinculam-se estreitamente a comportamentos observáveis externamente por terceiras pessoas. Diante de tal característica especial da consciência, o "problema" fragmentou-se, não havendo unanimidade nas concepções sobre a relação entre mente e cérebro. Enquanto alguns consideram os aspectos de primeira pessoa propriedades irredutíveis não só a propriedades físicas, mas, também, a qualquer outra coisa; outros julgam ser tais processos, mera ficção lingüística, passíveis de eliminação. Assim, a consciência segue sendo algo que não se encaixa nem numa descrição física, de terceira pessoa, nem tampouco numa descrição puramente de primeira pessoa. Nessa arena de disputas, alguns filósofos foram levados a fazer uma distinção entre o caráter ontológico da subjetividade e o seu modo epistêmico. Pontos de vista subjetivos, por fazerem parte do mundo real, devem ter suas propriedades descritas adequadamente e, para isso, deve-se reconhecer o caráter ontologicamente subjetivo, o que não impede que a sua abordagem seja feita, também, no sentido epistêmico, ou seja, objetivamente. Tal passo permitiu remover parte da resistência em se situar a consciência, definitivamente, na pauta das discussões científicas. Mas seria a consciência um processo biológico que ocorre no cérebro, assim como a digestão ocorre no estômago? Ou seria um programa de computador que poderia ser implementado em outra máquina que não o cérebro? Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma concepção biológica da consciência, tratando-a como uma propriedade da natureza, um processo neurobiológico que surgiu nos seres humanos e outros animais em razão de uma rigorosa seleção natural. Nesse sentido, a consciência, juntamente com outros processos mentais, teria um caráter ontologicamente irredutível de primeira pessoa, o que não inviabilizaria uma pesquisa direcionada a tais estados. No entanto, resta saber se, afirmar que a consciência e outros fenômenos mentais são propriedades do cérebro causadas por seus processos neurobiológicos, mas não redutíveis a esses, é uma boa solução para o problema. Palavras-chave: Consciência, subjetividade, redução psicofísica. 180 FARIAS, Cristiane Rocha de; TAKAHASHI, Selma Kazumi; YOSHINO, Viviane Hajime (alunos de Graduação do curso de Farmácia Industrial e do Regime de Iniciação Científica da USJT); LUNARDELLO, Marcos Antonio (professor do curso de Farmácia; orientador do trabalho). AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS DO GUACO (MIKANIA GLOMERATA SPRENG) A Mikania glomerata Sprengel é uma planta medicinal tipicamente brasileira que pertence à família Compositae e popularmente é conhecida como "guaco". Por ser uma planta nativa da Mata Atlântica e facilmente encontrada, geralmente é utilizada em forma de chás, xaropes expectorantes ou tinturas, possuindo diversas propriedades terapêuticas. A realização de análises qualitativas e quantitativas possibilitou isolar e identificar algumas substâncias, tais como: alcalóides, óleos essenciais, taninos, compostos fenólicos e esteróides. Contudo, a que se apresenta em maior quantidade é, sem dúvida, a cumarina, responsável pelas seguintes atividades farmacológicas: broncodilatadora, antiinflamatória, antialérgica, antiedema e espasmolítico, além de ser utilizada tradicionalmente como antídoto de veneno de cobra por civilizações indígenas ou rurais. Recentemente, novos estudos verificaram que pequenos bochechos com o extrato da planta previnem o desenvolvimento do processo da cárie e da placa dental bacteriana. Para esse efeito, foram realizados testes “in vitro” contra “estreptococos do grupo mutans”, presentes na flora bacteriana normal da cavidade bucal. Outro efeito observado foi a ação contra úlceras gástricas em que o extrato mostrou-se muito ativo no bloqueio de receptores do neurotransmissor acetilcolina, diminuindo, assim, a secreção de ácido pelo estômago. Uma possível atividade anticancerígena ainda está sendo estudada, porém, testes iniciais revelaram que o extrato da planta, apresentou-se ativo contra células tumorais, principalmente em relação ao câncer de pele (melanoma). Palavras-chave: Mikania glomerata, guaco, atividades farmacológicas, estudos recentes. 181 BOCALINI, Danilo Sales (aluno da Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação Cientifica da USJT); MIRANDA, Maria Luiza de Jesus (professora-doutora do curso de Educação Física da USJT). A PRÁTICA DA DANÇA DE SALÃO: UMA ANÁLISE DA PRÁTICA COMO ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS O mundo vive, hoje, um grande aumento da população idosa nas países desenvolvidos, o qual ira se repetir nos países em desenvolvimento nas próximas décadas; As razões para essa alteração demográfica se deve, nos últimos anos, à queda nas taxas de natalidade e na diminuição de mortalidade. A relação entre atividade física, saúde, qualidade vida e envelhecimento vem sendo discutida e analisada, cientificamente, cada vez mais, o que garante um consenso entre os profissionais de que a atividade física e um fator importante, determinante de um envelhecimento mais saudável. A atividade física, nos dias de hoje, é encarada como uma necessidade fundamental nos programas mundiais de promoção de saúde, não se podendo deixar de pensar em prevenir ou minimizar os efeitos do envelhecimento sem que a prática dela não seja incluída entre os aspectos de medidas gerais de Saúde. O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas variáveis, sejam elas genéticas, estilo de vida, doenças crônicas, dentre outras, que interagem entre si influenciando significativamente o modo como alcançamos determinada idade. A participação em atividade física regular fornece respostas favoráveis que contribuem para um envelhecimento mais saudável. A dança é uma manifestação cultural que ocorre desde os tempos mais remotos, na qual o prazer e a descontração se relacionam proporcionando um bem estar saudável para os participantes. A dança de salão, também denominada dança social, é um tipo de atividade física que vem crescendo cada vez mais entre as diversas possibilidades de atividades. É considerada dança social ou popular, por permitir a participação de grande número de pessoas de quase todas as faixas etárias proporcionando uma grande interação entre elas, sem necessariamente uma beleza estética, e, além disso, como atividade física, pode ser caracterizada de intensidade leve a forte dependendo do ritmo e da execução associados a ela. A dança social é exercida por casais que reproduzem determinados passos pré-estabelecidos, junto, também, com seqüências e variações. Hoje, tem-se, como conhecimento, um novo padrão de atividade física voltada para a promoção 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 77 de saúde, uma atividade que seja de uma intensidade moderada, por pelo menos trinta minutos por dia, na maior parte dos dias da semana, de forma contínua ou acumulada. Esse padrão de atividade física caracteriza quase todas as propostas encontradas sobre a pratica da dança de salão. Tendo em vista essas observações, a presente pesquisa tem como objetivo verificar a eficácia da prática de dança de salão sobre as variáveis de aptidão física em uma amostra de idosos. Palavras-chave: envelhecimento, qualidade de vida, atividade física, dança de salão. 182 ALMEIDA, Érica de Souza; PASSOS, Ligia dos Santos (alunas da Graduação do curso de Nutrição e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientadora do trabalho). ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL EM UMA AMOSTRA DE IDOSOS DE SÃO PAULO De acordo com a OMS (1974), o indivíduo idoso é aquele com 65 anos ou mais, nos países desenvolvidos; e, com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento. O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo em que estão relacionadas alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, que alteram o organismo desde o momento da concepção até a morte do indivíduo. Para a terceira idade, a qualidade de vida tem sido muito referenciada nos últimos tempos, e implica uma inter-relação harmoniosa dos vários fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano como: saúde física e mental; relações familiares e com a sociedade; disposição; longevidade - para as quais a nutrição é um fator decisivo. Uma nutrição adequada é um aspecto fundamental para a preservação e recuperação da saúde. Neste estudo, iremos fazer um levantamento (através de um questionário de perguntas fechadas) dos hábitos alimentares e por meio dele, elaboraremos palestras para a população com temas pré-determinados, com o intuito de aumentar os conhecimentos sobre a alimentação. Esse questionário será aplicado para uma população de idosos com mais de 60 anos, de ambos os sexos, independentes, ou seja, idosos que executam sozinhos, no mínimo, tarefas domésticas. Serão tomadas também medidas antropométricas (peso e altura) para cálculos do índice de massa corporal (IMC). Serão três palestras, mais uma aula, a última, para a reaplicação do questionário. Palavras-chave: idoso, nutrição, alimentação. 183 MARQUES, Gabriela Ap. de Moraes (aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); ZUCHERATO, Fábio (aluno de Graduação do curso de Ciências Biológicas - USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática - UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). BIOINDICADORES DE POLUIÇÃO Nos dias de hoje, acabar com a poluição é um fator extremamente necessário para a manutenção de nossa própria vida. Uma das soluções para se diminuírem os altos índices é através do monitoramento de todas as forma de poluição sejam as de solo, água ou ar. As condições ambientais são, também, fundamentais para a manutenção de sistemas biológicos (organismos, populações ou comunidades) e quaisquer alterações nas condições podem ser facilmente sentidas por tais sistemas. Assim como os sistemas biológicos podem ser afetados por tais alterações, sejam elas causadas naturalmente ou antropicamente, elas podem ser utilizadas como indicadores das condições em que se encontra o ambiente. Esta indicação de fatores ambientais bióticos ou abióticos, através de sistemas biológicos, é chamada freqüentemente de Bioindicação. Para que algum organismo seja considerado um bom bioindicador, é necessário que atenda a alguns requisitos, como: diversidade taxonômica; espécies bem conhecidas e fáceis de identificar; espécies comuns, sedentárias, fáceis de encontrar; variação genética nas populações, polimorfismo local e variação geográfica regional; ou subespeciação. Através do uso de bioindicadores, consegue-se obter parâmetros para a manutenção da vida dos organismos. Quando os níveis de poluição são altos, o próprio organismo responde com efeitos deletérios sobre si, conseqüentemente, esses efeitos podem ser extrapolados para as demais formas de vida no ecossistema. Assim, de uma forma geral o bioindicador informa o limite de poluição que o sistema agüenta, com uma metodologia barata, dando-nos uma resposta muito mais sensível e sutil, em comparação com uma máquina. Palavras-chave: bioindicação, ação antrópica, poluição. 184 SANCHES, Thaís Moura (aluna de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); MELO, Weber Bizarrias de (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); GUARNELLI, Luis Felipe (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT). APLICAÇÃO TÉCNICA E JURÍDICA DA CO-GERAÇÃO A atual crise energética, que assola o Brasil e o mundo, obriga o homem a buscar novas formas de obtenção de energia que possibilitem a manutenção do nosso estilo de vida. O fim do monopólio estatal na produção de energia elétrica abre ao Brasil novas oportunidades de desenvolvimento de técnicas mais econômicas e rentáveis. A co-geração apresenta-se como uma dessas fontes alternativas de geração de energia, de interesse especial à industria, uma das forças sustentadoras da sociedade contemporânea. Muitas das atividades industriais, e também comerciais e residenciais, utilizam energia elétrica em grandes quantidades, para uso direto na produção ou para serem transformadas em energia térmica - frio ou calor. Trata-se de um único processo para a obtenção de energia elétrica e térmica, a partir da queima de um elemento combustível, sendo os mais utilizados o gás natural e o bagaço de cana. Essa queima, por sua vez, fornece calor a uma caldeira, que produzirá vapor de água a uma elevada pressão, movimentando uma turbina geradora de energia elétrica. Desse ciclo, o calor excedente será utilizado em outros processos; tal fato diferencia uma usina que utiliza co-geração de uma usina termoelétrica. O processo cogerador aproveita o fato de que a atividade já necessita de energia térmica para produzir, a baixo custo, energia mecânica que pode servir para acionar turbinas para a geração de energia elétrica. A técnica de co-geração é, também, extremamente vantajosa ao meio ambiente em virtude que uma usina termelétrica gera-se energia elétrica através de uma turbina a gás ou a 78 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 vapor, diferenciando-se de uma usina que aplica sistemas de co-geradores, apenas pelo fato de não haver um aproveitamento do calor residual gerado pelo processo de transformação da energia química do combustível para energia mecânica na turbina. Portanto, quando comparamos esses dois tipos de usina, constatamos uma redução no impacto ambiental; pois, como existe uma aplicação posterior do calor residual em outros processos, quando se utiliza ciclos de co-geração, evita-se a utilização de um segundo combustível ou alguma outra fonte de energia para gerar o calor necessário para os processos secundários. Dessa forma, estaremos obtendo um melhor aproveitamento dos recursos naturais e evitando a emissão de novos poluentes. O Brasil estará sujeito a problemas como: • Interrupções temporárias do suprimento de energia; • Baixa qualidade (oscilações) da energia fornecida pela rede pública; • Danos a equipamentos elétricos e eletrônicos instalados; • Racionamento de energia elétrica. Diante desse quadro, a implantação de unidades de co-geração passa a ser uma das saídas com retorno em curto prazo. Porém, quais são as técnicas necessárias para sua implantação? Tais técnicas estão disponíveis no mercado? Quais são as exigências legais de Direito Administrativo para a implantação de fato do sistema de co-geração? A presente pesquisa tem como objetivo elucidar tais questões, a fim de discutir as vantagens e desvantagens econômicas da implantação do sistema, bem como os entraves e exigências jurídicas para sua implantação de fato. Palavras-chave: energia, co-geração, Direito Administrativo. 185 LIMA, Mara Elisa Roberto (aluna de Graduação do curso de Educação Artística, habilitação em Artes Cênicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); ESTEVES, Maria Cristina Soares (orientadora do trabalho; mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP; professora dos cursos de Administração, Turismo e Secretariado Executivo e do Regime de Iniciação Científica da USJT). TEATRO DE REVISTA: O RIO DE JANEIRO, EM 1877, DE ARTHUR AZEVEDO E LINO D'ASSUNÇÃO O teatro de revista foi o mais importante e expressivo gênero durante décadas em nosso país. Foi considerado, entretanto, arte menor dentro da dramaturgia nacional. Descendente direto da “Commedia dell'arte” tem origem no século XVI, na França, nas feiras de Saint-Germain e Saint-Laurent. Baseia-se na alusão e refere-se a fatos recentes que podem ser históricos, políticos ou culturais. Utilizando-se de caricaturas, o teatro de revista está sempre ao lado do público com o objetivo de, inspirado na atualidade, oferecer uma alegre diversão. Chega ao Brasil no século XIX e atrai a atenção de um jovem maranhense recém-chegado ao Rio de Janeiro, Arthur Azevedo, que, em parceria com Lino d'Assunção, escreve sua primeira revista: “O Rio de Janeiro, em 1877”. Fracasso de público e crítica. Nesse espetáculo, os habitantes do Rio de Janeiro viam a si próprios em cena. Os autores mostravam ao público as calamidades de uma cidade e de um país, a partir de seus governantes e população. Atitude que, hoje, leva centenas de pessoas ao teatro, cinema e para a frente da TV. Mas por que o público desprezou o texto de Arthur Azevedo? O presente trabalho propõe-se a estudar “O Rio de Janeiro, em 1877”, texto do autor que tanto influenciou o teatro atual; mas que foi depreciado por seus contemporâneos. Palavras-chave: teatro, teatro popular, teatro de revista, Arthur Azevedo. 186 FUNFAS, Oswaldo da Costa (aluno de Graduação do curso de Ciências Econômicas e do Regime de Iniciação Ciêntífica da USJT). IMPACTO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO DESENVOLVIMENTO O estudo das Ciências Econômicas tem como um de seus objetivos buscar respostas para explicar o comportamento econômico de uma sociedade. Nesse contexto, emerge uma pergunta: por que alguns países são ricos e outros pobres? O que faz com que algumas nações se desenvolvam muito mais que outras? Existe algum fato isolado no comportamento ou atitude de um povo, que possa explicar essas diferenças? Um fato isolado não poderá ser responsabilizado por toda trajetória a que um povo está sujeito; porém, pode-se descobrir indícios de que algumas decisões exercem maior peso no destino das pessoas. O estudo do tema “Impacto da Carga Tributária no Desenvolvimento de um País”, busca contribuir para identificar uma das razões que pode pressionar o desenvolvimento de um povo. Essa idéia nos leva a refletir sobre a magnitude que o investimento disponível (renda total menos impostos) propiciará para um maior desenvolvimento de uma nação. E por que se buscar um maior desenvolvimento? Um maior desenvolvimento sugere um maior nível de emprego, de estabilidade e de vida. Apenas um país que tenha relações estáveis entre seus habitantes, que proporcione maior bem estar e segurança, possibilitará maior sentimento de justiça e de dignidade e trará mais paz e tranqüilidade a seu povo. Este projeto tem a intenção de buscar identificar uma possível relação entre o quanto um maior volume de recursos retirados da sociedade, na forma de carga tributária, pode estar contribuindo para um menor desenvolvimento nacional. De um modo geral, busca-se uma explicação do porquê, apesar do encolhimento do Estado, através das privatizações, a carga tributária continua aumentando em relação ao PIB sem que isso reflita benefícios adicionais aos cidadãos. Palavras-chave: carga tributária, ciências econômicas, desenvolvimento. 187 BARROS, Priscila de Lima (aluna de Graduação do curso de Nutrição e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientadora do trabalho). CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL De importância nacional e mundial, os alimentos transgênicos ganharam, nos últimos anos, destaque na comunidade científica, tornando-se o foco de debates científicos e éticos. Esse valor se deve ao fato de o alimento transgênico ser resultado de modificações genéticas, ou seja, são incorporados genes de outras espécies no DNA do alimento a ser 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 79 modificado. Seu aparecimento está relacionado a problemas sociais e econômicos mundiais, como, por exemplo, o desperdício das plantações por fungos, herbicidas e pragas. Entretanto, existe a possibilidade dos produtos causarem danos à saúde humana e ao meio ambiente. Tal fato divide a sociedade em dois grupos: os que estão contra e os que estão a favor da sua produção e distribuição. No Brasil, os órgãos oficiais tentam regulamentar os alimentos transgênicos, e estudos estão sendo feitos, principalmente, com a soja transgênica em conjunto com a empresa multinacional de biotecnologia Monsanto. Em paralelo, a produção agrícola nacional de grãos não-transgênicos vem aumentando ano a ano. A estimativa de área plantada nas safras de 2000/01 e 2001/02, para as plantações de soja é de 13.685,2 e 15.653,5(o que é? – há ou km2) respectivamente. Portanto, surge a hipótese da não-necessidade da produção e distribuição comercial dos alimentos transgênicos, sem a apresentação de dados que comprovem a sua total inocuidade aos seres vivos. Com este trabalho pretende-se contribuir para o esclarecimento de tal hipótese, e responder a seguinte pergunta: o Brasil realmente precisa dos alimentos transgênicos para solucionar seus problemas sociais? Palavras-chave: alimentos transgênicos, biotecnologia, DNA, modificação genética. 188 OSTROWSKI, Priscila (aluna da Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FONSECA, Jeison Willian G. da (professor do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientador do trabalho). RESPONSABILIDADE DO FRANQUEADOR PELOS DANOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR PELO FATO DO PRODUTO Nas últimas décadas, houve um crescimento notável do sistema de franquia como modo de expansão de mercado das médias empresas detentoras de marcas reconhecidas pelo consumidor. No Brasil, esse crescimento foi observado, principalmente, a partir do final da década de oitenta. O aludido crescimento trouxe inúmeras questões jurídicas relativas ao contrato de franquia, dentre elas, podem ser citadas: a responsabilidade pré-contratual; a responsabilidade contratual; responsabilidade perante terceiros; abuso de poder econômico. Diante disso, propõe-se o estudo do seguinte tema: a responsabilidade do franqueador pelos danos causados ao consumidor pelo fato do produto, que se engloba na responsabilidade perante terceiros. Com o estudo do tema proposto pretende-se demonstrar a responsabilidade do franqueador (fornecedor aparente), embora não participe diretamente da relação de consumo, pelos danos causados ao consumidor, pelos vícios oriundos de defeitos decorrentes de projetos, fabricação, construção, montagem de fórmulas, manipulação, apresentação ou condicionamento do produto (fato do produto), bem como analisar se a responsabilidade do franqueador é solidária com a do franqueado. O Código de Defesa do Consumidor, no seu artigo 12, responsabiliza, independentemente da existência de culpa, o fabricante, o produtor nacional ou estrangeiro, e o importador pela reparação dos danos causados aos consumidores pelo fato do produto, sendo omisso quanto à responsabilização dos fornecedor aparente pelo fato do produto. À vista disso, pretende-se analisar a responsabilidade do franqueador pelo fato do produto, tendo em vista que não participa diretamente da relação de consumo e o Código de Defesa de Consumidor, no seu artigo 12, é omisso quanto à responsabilização do fornecedor aparente. Quanto à metodologia, será utilizado o método hipotéticodedutivo, no nível descritivo, sendo realizadas pesquisas do tipo bibliográfico e documental. Palavras-chave: consumidor, relação de consumo, acidente de consumo, responsabilidade civil, contrato de franquia, franqueador, franqueado. 189 CRUZ, Renata da Conceição (aluna de Graduação do curso de Administração de Empresas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARRETO, Marcus Vinícius R. (aluno de Graduação do curso de Administração de Empresas da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUCCampinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O VOLUNTARIADO NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO: UMA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONHECIMENTO E DE INTERESSE DOS DISCENTES O voluntariado, que é um tema cientificamente recente, passou a ser explorado por muitos estudiosos que procuram conhecer a situação do fenômeno, no mundo: principalmente, com as comemorações do Ano Internacional do Voluntário em 2001. Com a abordagem desse tema, pretendia-se possibilitar ao aluno universitário uma reflexão sobre a importância do trabalho voluntário frente aos problemas sociais e estimular a produção científica relevante ao assunto. O objetivo da pesquisa foi levantar e comparar o nível de conhecimento e o grau de interesse dos estudantes de uma universidade particular da cidade de São Paulo, em relação ao trabalho voluntário. A amostra escolhida foi composta por duas salas de um mesmo curso, sendo uma no período matutino e outra no período noturno, de cada faculdade: Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde; Faculdade de Ciências Humanas e Sociais; Faculdade de Letras, Artes, Comunicação e Ciências da Educação; e Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas. Aos sujeitos, foram aplicados questionários compostos por questões de múltipla escolha, com o intuito de caracterizar o aluno universitário, seu conhecimento em relação ao voluntariado e sua disposição em relação a essas ações. Além disso, os alunos receberam um formulário de identificação para preencher com seus dados, caso possuíssem interesse em desenvolver uma atividade voluntária dentro da universidade em questão. A partir dos resultados obtidos, pôde-se conhecer o perfil do aluno, de determinadas áreas, em relação ao voluntariado e, mediante o interesse desses, propor-se um projeto de trabalho voluntário a ser desenvolvido dentro da universidade. Palavras-chave: voluntariado, alunos universitários, participação, nível de interesse. 190 CARRERA, Rosa de Lima (aluna do curso de Pedagogia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); OLIVEIRA, Ubajára Soares de (professor do curso de Pegadogia da USJT; orientador do trabalho). ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL EM ESCOLAS: UM ESTUDO INTERDISCIPLINAR A formação da personalidade e o próprio decorrer da vida do indivíduo sofrem influência de diversos fatores externos a eles, como os valores familiares, o tipo de educação que a pessoa recebe ou recebeu, a situação econômica do país e do 80 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 mundo etc. Esses fatores também exercem grande influência sobre os diversos momentos da vida profissional: na hora da decisão por uma ocupação; no projeto para o desenvolvimento da carreira; nas reopções necessárias no decorrer da atuação. Em todas essas circunstâncias, e em muitas outras, o sujeito pode contar com a ajuda da OP (Orientação Profissional) que tem por objetivo auxiliá-lo a levantar informações sobre si mesmo, sobre o mercado de trabalho e sobre as possibilidades de formação, a confrontar essas informações; a selecionar a melhor opção para aquele determinado momento e a elaborar o luto pelas opções descartadas. Para dar conta de tudo isso, a OP considera as necessidades específicas de cada indivíduo e alguns conhecimentos elaborados em áreas diversas, como a Economia, a Filosofia, a Pedagogia, a Psicologia, o Serviço de Assistência Social etc. Tais conhecimentos são o objeto de estudo deste trabalho, cujo objetivo geral é analisar as características de um programa de OP elaborado e aplicado, em conjunto, por profissionais das áreas de Pedagogia e Psicologia, decorrentes especificamente do seu caráter interdisciplinar. Consoante com esse objetivo geral, alguns mais específicos estão sendo perseguidos, como estudar o relacionamento entre os profissionais envolvidos na elaboração, execução e avaliação do programa; o relacionamento desses profissionais com a instituição em que está sendo realizado o trabalho; a filosofia norteadora do programa; a receptividade dos participantes; o resultado obtido, quanto ao desenvolvimento vocacional dos sujeitos, ao processo de decisão e à elaboração dos lutos, assim como analisar as contribuições da Pedagogia e da Psicologia nas fases de elaboração, execução e avaliação do projeto. Para alcançar esses objetivos, está sendo realizada uma pesquisa etnográfica, do tipo pesquisa-ação, através de um programa experimental de OP, elaborado, aplicado e avaliado por uma equipe formada por um pedagogo e um psicólogo. É importante ressaltar que, nesta época em que muito se discursa, mas pouco se pratica a interdisciplinaridade, urgem estudos como este. Palavras-chave: interdisciplinaridade, orientação profissional, Pedagogia, Psicologia. 191 GREC, Rosely Curci (aluna de Graduação do curso de Letras, do curso de Formação de Professores e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O ADOLESCENTE E A LITERATURA BRASILEIRA: DESINTERESSE É possível observar- se que o adolescente sente pouco interesse por ler, tampouco por aprender Literatura Brasileira. A pesquisa pretende direcionar- se para a verificação do porquê o educando do Ensino Médio não sente curiosidade em aprender os diversos aspectos da Literatura Brasileira. Para tanto, a busca deverá partir da tentativa de conhecer as preferências do aluno para a prática da leitura, sua interação com ela e sua percepção do mundo contida nas obras de nossos autores. Com relação ao trabalho do professor e seu comprometimento quanto a despertar no aluno o interesse pela leitura das obras de nossos autores, é de suma importância verificar o que representa literatura para ele e a importância dela no contexto educativo. O papel da metodologia adequada, para o desenvolvimento de um trabalho profícuo e duradouro, no processo de aprendizagem, foi investigado, também, no sentido de esclarecer melhor os motivos que impedem o educando de sintonizarse com a fantasia criada pelos nossos autores. Esses fatores foram apurados mediante uma amostra de dados, coletados por meio de questionários, tendo como sujeitos alunos e professores de escolas estaduais. Dessa forma, constituíram-se alguns parâmetros para uma atuação adequada e produtiva do professor frente aos estudantes, no estímulo ao aprendizado de Literatura Brasileira. Palavras-chave: Literatura Brasileira, desinteresse, educação, leitura, adolescente. 192 MARTINS, Rosemary Pereira (aluna de Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação Científica da USJT). ATIVIDADES FÍSICAS PARA INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM INFARTO DO MIOCÁRDIO: OS PONTOS DE VISTA DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Dados estatísticos mostram que o número de indivíduos que sofrem infarto do miocárdio vem aumentando muito. O infarto faz parte de grupo de doenças isquêmicas do coração, as quais têm, como característica comum, o fato de que o sangue não chega ao músculo do coração. O bloqueio é causado, principalmente, por uma obstrução provocada por placas de ateroma. O fator que mais contribui para o aparecimento dessa placa de ateroma é o colesterol (LDL) conhecido por mau colesterol. Há uma grande preocupação em prevenir que as pessoas, de uma forma geral, não venham a sofrer esse tipo de doença, mas o que podemos fazer para aumentar a longevidade de um indíviduo que já infartou? Há o que fazer para que ele não venha a ter um novo infarto e possa levar uma vida o mais próximo possível do normal? O que pensam profissionais de Educação Física e os médicos cardiologistas em relação aos benefícios da atividades físicas para indivíduos infartados? Este projeto de pesquisa tem como objetivo esclarecer algumas dúvidas quanto à opinião de cardiologistas e profissionais de Educação Física em relação a qual exercício fazer. Qual duração? Qual intensidade? Qual freqüência? As respostas contribuiram para uma melhor visão do processo de reabilitação cardíaca a partir da atividade física e como conseqüência proporcionar uma melhor qualidade de vida para milhões de pessoas com esse tipo de doença. Palavras-chave: Infarto do Miocárdio, reabilitação cardíaca, atividade física. 193 BIXILIA, Silvana Pitombo (arquiteta pela FAU-USP, com especialização em Preservação e Restauro de Monumentos e Sítios Históricos pela UNESCO-Peru; aluna de Graduação do curso de Filosofia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); GENTIL, Hélio Salles (professor-doutor dos cursos de Filosofia e Psicologia da USJT; orientador do trabalho). A CONCEPÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE ESPAÇO NO "DA PINTURA" DE LEON BATTISTA ALBERTI A produção artística da cultura ocidental em suas manifestações características e distintas, em cada época, corresponde ao processo histórico da civilização; retratando-o; por vezes antecipando-o; sugerindo-o; e mesmo condicionando-o às mudanças. A transformação do conhecimento e do pensamento, - de modo cultural, econômico, político - 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 81 e social é significativamente representada pela arte do Renascimento. O homem renascentista é aquele que atua, multidisciplinarmente, nas Artes, Ciências e Filosofia e distingue-se por sua criatividade e caráter empreendedor. Tem-se em Leon Battista Alberti (1404-1472) um destacado representante. A coerência de sua obra artística, arquitetônica e mais especificamente seus tratados apresentam o fundamento teórico da revolução artística do Renascimento Florentino, a consolidação das bases do que viria a ser a subjetividade moderna, de um conhecimento capaz de conduzir-se por seus próprios caminhos, a transformação da experiência em sistema, a ampliação e aplicação da Filosofia na arte. Apresenta uma nova concepção de arte como atividade ética e cognoscitiva. A 'mímesis' não é, para Alberti, a "cópia" da natureza medida matematicamente; mas elaborada e construída, técnica e mentalmente, bem posta diante dos olhos, sob a perspectiva de um sujeito. A pintura, por exemplo, oferece aos sentidos uma tradução sensível da mesma realidade perfeita que o intelecto apreende. Conforme afirma, no "Da Pintura" (1435): o pintor deve representar as coisas vistas; ao verificar como essas coisas são vistas, tem-se que elas ocupam um lugar no espaço e a representação deverá obedecer às corretas relações espaciais. A pintura torna-se antropomórfica, segundo a concepção humanista que acentua o domínio intelectual do homem sobre o espaço construído ou representado, através de métodos e processos racionais regidos pela ordem, lei e disciplina de um novo "código de visualidade", que se institui no 'Quattrocento'. Reunindo matemática, geometria e ótica, tomadas à metafísica e à medicina, Alberti propõe no "Da Pintura" a primeira aplicação racional e coerente de uma teoria empírica da visão humana à técnica da pintura: a perspectiva linear. A perspectiva, então, como sistema de organização da superfície plana - o suporte da pintura -, deverá representar um espaço inteligível, o espaço tridimencionalizado. Esse espaço compreende as figuras humanas grandes ou pequenas, pintadas, restauradas pela comparação e a proporção corretas, redefinidas em seu significado. A composição deve observar tamanho, função, especificidade e cor; segundo Alberti "todos os corpos devem ser adequados em tamanho e ofício com tudo que ocorre na história" Palavras-chave: Filosofia, arte, renascimento, espaço, representação, Alberti. 194 EUGÊNIO, Wanderson; RIBEIRO, Taís; RANDISEK, Yaskara (alunos da Graduação do curso de Fisioterapia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); RAZI NETO, Semaan El (professor do curso de Fisioterapia da USJT; orientador do trabalho) MOBILIZAÇÃO ARTICULAR No início do século XX (1916), um fisioterapeuta sueco chamado Kellgren, introduziu a técnica de vibrações manuais (mobilização); por volta de 1964, Maitland, com base em suas observações clínicas e no trabalho de Kellgren, desenvolveu um novo método baseado em mobilização articular. Mobilização é um movimento passivo realizado pelo terapeuta com velocidade baixa o suficiente para que o paciente possa interromper o movimento. A técnica pode ser aplicada com o movimento oscilatório, ou um alongamento mantido. As técnicas podem usar movimentos fisiológicos ou movimentos acessórios (KISNER, 1998). A mobilização articular pode ser utilizada com o objetivo de aliviar a dor do paciente, nos quadros inflamatórios agudos, ou para aumentar a amplitude de movimento, em casos de hipomobilidade articular. No primeiro caso, a mobilização atinge seu objetivo através de efeitos neurofisiológicos; e, no segundo, através do estiramento de tecidos patológicos encurtados como cápsula e ligamentos, ou como objetivo de relaxar a musculatura em espasmo. Esses objetivos são alcançados através da utilização de diferentes graus de mobilização articular que proporciona ao fisioterapeuta um agregado de utilidades, adquirindo confiança com as manobras (mobilização), e se, no caso, responder bem, por um tempo prolongado, não será necessário recorrer a outras técnicas. Palavras-chave: mobilização articular, técnica de Maitland, oscilação articular. 195 ALVES, Silvia Furlani Rodrigues; SANTOS, Valéria Ap. dos; SOUSA, Vanessa D. Teixeira de; XIMENES, Telma N. de Oliveira (alunas de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientadora do trabalho). ARTE-TERAPIA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DO ALUNO PÓS-GRADUANDO DA USJT A arte é um modo de expressão em que conteúdos internos apresentam-se das mais variadas formas, possibilitando sua utilização de maneira terapêutica, pois, as imagens da obra de arte são elaboradas num sentido amplo, que podem atingir a todos e ser passíveis de análise através de seus símbolos. Assim, arte e terapia se unem, para através desses símbolos buscar compreender melhor o homem. Para essa modalidade terapêutica, a estética não é relevante, o importante é o sujeito em busca da concretização de uma imagem e de sua significação; portanto, o terapeuta deve possuir conhecimentos sobre as funções da arte, dos processos psicológicos que estão na base do funcionamento criativo e ser guiado por uma teoria de estrutura simbólica. Dentre essas teorias, destacamos a de Carl Gustav Jung, que, através do estudo do inconsciente coletivo e dos arquétipos possibilitou uma fundamentação para a análise dos símbolos. Como inconsciente coletivo, Jung considera a possibilidade de idéias inatas, pertencente a todos os homens e que põe limites às mais ousadas fantasias. Essas idéias inatas são transmitidas desde os tempos primitivos, e se apresentam na forma de imagens mnemônicas - os arquétipos - que são representados por vários símbolos que se repetem no decorrer da História da humanidade. Dessa forma, estudando tais símbolos representados pelo homem, pretende-se “chegar o mais próximo” da compreensão de sua estrutura psíquica. Buscando bibliografia acerca do assunto, percebemos uma lacuna no que se refere ao perfil do especialista em arte-terapia, sua formação, bem como a regulamentação da profissão. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar esse perfil através dos estudantes pós-graduandos em arte-terapia da USJT. Para o levantamento de dados, será realizada uma entrevista utilizando uma amostra de dez alunos matriculados no último semestre do curso referido. Palavras-chave: arte-terapia, símbolos, inconsciente coletivo. 196 SILVA, Tatiane Marina Ribeiro da (aluna de Graduação do curso de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo 82 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA E MEIO AMBIENTE: OS ASSUNTOS AMBIENTAIS NA CAPA DA REVISTA VEJA APÓS A ECO-92 Em 1972, foi realizada, na cidade de Estocolmo, na Suécia, a primeira conferência internacional para discussão do meio ambiente e desenvolvimento humano. Houve a participação de 110 países, incluindo o Brasil, e a presença de cerca de mil jornalistas. Nesse momento, o mundo preocupava-se, pela primeira vez, com o tema meio ambiente. Porém, apesar de tanta expectativa, o resultado não foi significativo: nenhum dos acordos assinados foi posto em prática e os problemas ambientais, nas décadas seguintes, intensificaram-se. Numa nova tentativa, a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma nova conferência que seria realizada na cidade do Rio de Janeiro em 1992. Conhecida como ECO-92, a Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento trouxe resultados mais significativos que a primeira, pelo menos no ponto de vista numérico. Foram mais de 150 países, com a presença de 112 chefes de Estado, 250 ONGs, 50 organizações intergovernamentais, agências especializadas e representantes internacionais, além de cerca de sete mil profissionais da mídia. Mesmo assim, poucos dos acordos assinados foram postos em prática. Mas, ao considerar a importância da opinião pública nas tomadas de decisões, o objetivo desta pesquisa foi verificar como os assuntos ambientais são tratados na grande mídia. Na procura de se dar à pesquisa um enfoque qualitativo, decidiu-se limitar o veículo a apenas uma revista nacional e semanal, a VEJA, e às matérias somente as que foram para a capa. Os dados coletados abrangeram o período de janeiro de 1992 a dezembro de 2001, no sentido de aproveitar o momento que é considerado, por alguns pesquisadores, como uma oportunidade especial para estudar a informação ambiental veiculada pelos meios de comunicação de massa. A partir da análise realizada, procurou-se descobrir qual é o enfoque que a revista dá ao assunto, a fonte da informação publicada, a abordagem do problema, o espaço (páginas) destinado e se há algum apontamento de responsabilidade. Além disso, foram levantados quais assuntos ambientais foram mais abordados e em qual época. Em função do próprio objetivo da pesquisa, esta foi realizada em nível exploratório, já que visa a aprimorar o conhecimento sobre o tema estudado, utilizando as técnicas de estudo, de caso e documental. A técnica de coleta de dados utilizada foi a de análise de conteúdo e da estatística descritiva. Ao concluir tal pesquisa, percebe-se que a problemática ambiental, no geral, não tem tanto espaço na capa da revista quanto as editorias de Política, Economia, Comportamento e Variedades, respectivamente. Entretanto, pôde-se observar, também, que ao mesmo tempo, nos últimos anos os temas ambientais têm ganhado mais espaço. Palavras-chave: meio ambiente, mídia impressa, jornalismo, ECO-92. 197 SOUSA, Vanessa D. Teixeira de; XIMENES, Telma N. de Oliveira (alunas de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FARINA, Anete Souza (orientadora do trabalho; psicóloga graduada pela UNESP; mestre em Psicologia Geral Clínica pela UMESP; doutora em Psicologia Social; pós-doutorado pela USP (em curso); supervisora de Estágios na USP; professora da USJT e Mackenzie). A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM NUM SISTEMA CAPITALISTA O livro, “A Corrosão do Caráter”, traz um trabalho de reflexão sobre a forma pela qual o homem se constitui num sistema capitalista globalizado, em que os ideais sociais são substituídos por ideais materiais; havendo, assim, indistinção entre sujeitos e objetos. Sendo assim, o sujeito passa a ser algo tão consumível quanto aquilo que produz, participando de um movimento em que tudo é descartável. Fica difícil imaginar a construção de sua própria história, num momento em que as relações são efêmeras e impessoais, não havendo perspectivas de uma narrativa, uma vez que se espera que o sujeito seja capaz de, rapidamente, romper com sua vida linear e conviva tranqüilamente com a perspectiva do curto prazo. O sujeito permeado por essa ideologia é conduzido a acreditar que suas escolhas e decisões ocorrem livremente, faltando, ao sujeito contemporâneo, capacidade de analisar e criticar tais determinações. O autor questiona o capitalismo flexível que destrói a rotina, através da proposta de agilidade que solicita comportamentos abertos a mudanças, bem como disponibilidade para assumir riscos. Dessa forma, a questão de como o homem pode compor seu caráter – capacidade em adiar a satisfação, por uma relação de longo prazo –, em instituições que vivem se desfazendo ou sendo reprojetadas, fica sem resposta. O capitalismo corrói o caráter, sobretudo, porque não permite a permanência das coisas e das relações, impossibilitando o compromisso mútuo que possa ligar os seres humanos entre si. O dia-a-dia passa cada vez mais a ser entremeado pela ideologia da instabilidade, que se configura como uma necessidade absoluta. Para Adam Smith, o desenvolvimento do caráter ocorre à medida que se foge da rotina. A modernidade apropriou-se dessa verdade, trocando a rotina pela flexibilização. Nesse sentido, o tempo tornou-se imediato, ou seja, o trabalho transformou-se numa experiência angustiante, permeada por incertezas. É como se os trabalhadores fizessem parte de um jogo, no qual têm que, constantemente, provar sua capacidade, mostrando que estão começando algo novo, porque as regras válidas ontem, não terão valor hoje. É como se, ao ir para casa, cotidiano se torna uma experiência pautada na dúvida, que remete ao sofrimento por legitimar uma cultura vazia e sem sentido, por sua descontinuidade. O sofrimento gerado por esse processo mostra-se como individual, muito embora se constitua em um sofrimento social. Palavras-chave: caráter, ideologia, trabalho. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 83 IV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USJT (EXPOSIÇÕES) Local: Praça da Cultura Data: 26 de setembro de 2002 Coordenação: Prof. Dr. Alberto Gonçalves Ribeiro de Barros Supervisão: Prof. Altemir José Gonçalves Barbosa; Profª. Cláudia Borim da Silva; Prof. Jeison Willian Gomes da Fonseca; Profª. Maria Cristina Soares Esteves; Profª. Yone Xavier Felipe Realização: Alunos do Regime de Iniciação Científica do Centro de Pesquisa da USJT 198 LIMA, Luciene Aparecida Barbosa de (aluna de Graduação do curso de Tradutor e Intérprete e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SALZANO, Josefa Tapia (mestre em Lingüística Aplicada ao Ensino da Língua Portuguesa pela PUC-SP; professora de Língua Portuguesa dos cursos de Letras, Tradutor e Intérprete, Educação Artística da USJT; orientadora do trabalho). A SIGNIFICAÇÃO EM TEXTO DE RACHEL DE QUEIROZ Há muito, a Lingüística, ou estudo das línguas naturais, desperta o interesse do homem, ao longo de sua trajetória em busca do conhecimento. O ser humano busca explicar o mundo em que vive de maneira cada vez mais plausível com a intenção de interagir melhor com esse universo e até mesmo apoderar-se dele. No entanto, apenas no início do século XX, a Lingüística foi considerada uma ciência. Tudo começa, oficialmente, em 1916, com a publicação de “Curso de Lingüística Geral”, do suíço Ferdinand de Saussure (mestre da Universidade de Genebra e pai da Lingüística moderna). Importantes estudos das teorias lingüísticas deram sua colaboração para o desenvolvimento dessa ciência. Em se tratando da significação, cumpre destacar as concepções de Benveniste, Bakhtin e Authier-Revuz. Tendo em vista tais enfoques, este trabalho tem como objetivo analisar o significado em texto de Rachel de Queiroz, mais especificamente de trechos de seu livro “Memorial de Maria Moura”. Além disso, pretende estudar os níveis de linguagem (notadamente o regionalismo), e os significados das micro e macro estruturas empregados na obra, enfocando o grau em que o EU da autora é inserido no texto (de forma complementar, analisar-se-á a biografia de Rachel de Queiroz para identificar em qual(is) personagem(ns) e em quais acontecimentos há traços mais evidentes da personalidade da escritora). Palavras-chave: Lingüística, significação, análise textual. 199 CUNHA, Alessandro Ferreira da (aluno de Graduação do curso de Engenharia Elétrica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO ENSINO DE ENGENHARIA ELÉTRICA A Tecnologia Educacional propõe que sejam utilizados métodos dinâmicos e tecnologia no ensino de qualquer área, entre elas a Engenharia, como um modo de acelerar o processo e obter uma melhor a eficácia. Várias experiências já foram feitas, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, porém, pouco se viu de aplicação no Ensino Superior, mais especificamente na área de Engenharia Elétrica. Enquanto aluno, e a partir da literatura sobre o ensino de Engenharia Elétrica, o autor constatou que existe uma grande dificuldade no aprendizado de várias matérias da Engenharia Elétrica. Boa parte desSe problema está relacionada à necessidade do uso da matemática pura como solução para explicar diversos fenômenos difíceis de visualizar de maneira prática. Tal barreira é um dos grandes motivos do pequeno número de alunos que consegue terminar a graduação. Porém, com a utilização de ferramentas de Tecnologia Educacional como “softwares” de simulação, modelos mecânicos, documentação digital, entre outros, é possível auxiliar alunos e professores a melhorar o aproveitamento no processo de ensino / aprendizagem na Engenharia Elétrica. Esta comunicação apresentará os resultados de uma revisão de literatura, que é parte de uma pesquisa e tem por objetivo prospectar o real interesse da aplicação de Tecnologia Educacional para o ensino de engenharia Elétrica e quais os motivos apontados por professores e alunos para a não utilização de tal ferramenta educacional para o curso de Graduação em Engenharia Elétrica. Na busca de uma educação superior de qualidade elevada e da conseqüente formação de engenheiros elétricos capacitados para uma atuação profissional em um contexto dinâmico, mostra-se necessário repensar, à luz das atuais contribuições da Tecnologia Educacional, o processo de ensino e aprendizagem que tem sido efetuado no curso de graduação. Palavras-chave: Tecnologia educacional, engenharia elétrica, educação superior. 200 VEGA, Ana Paula (aluna de Graduação do curso de Ciências Biológicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); PILLIAKAS, José Maurício (professor do curso de Ciências Biológicas da USJT; orientador do trabalho). ESTUDO DO SUBSTRATO DE PLANTAS CARNÍVORAS DAS FAMÍLIAS NEPENTHACEAE, DROSERACEAE E SARRACENIACEAE ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 84 2002 As plantas carnívoras pertencentes às famílias "Nepenthaceae", "Droseraceae" e "Sarraceniaceae" encontram-se distribuídas por diversos locais, no Brasil e no mundo. Devido às cores e às formas variadas que apresentam, tornam-se artigos de decoração muito comercializados. Na natureza, originariamente são encontradas em locais úmidos, de solo pobre em nutrientes, principalmente em nitrogênio (daí, a necessidade de complementar sua nutrição com insetos, microcrustáceos...), e com PH baixo (ácido). Dessa forma, elas ficam livres de patógenos que não suportam o meio ácido. As armadilhas de que dispõem para apanhar suas presas podem variar em forma e tamanho, conforme a família a que pertencem. As Droseraceae costumam apresentar armandilhas formadas por tricomas recoberto por gotículas, que lembram gotas de orvalho, nas quais os insetos ficam presos. Logo em seguida, eles começam a sofrer a ação de enzimas digestivas, o que permite a absorção dos nutrientes. As "Sarraceniaceae" possuem pêlos invertidos, voltados para dentro de si mesmas, que permitem a entrada, mas não a saída dos insetos. Neste tubo em que ficam presos os insetos é que ocorre a digestão. As "Nepenthaceae possuem uma espécie de vaso, com líquido no fundo, onde os insetos acabam afogando-se e são digeridos, num processo lento que dura em média 48h. Atualmente, as pessoas que cultivam plantas carnívoras fazem-no com a utilização de um substrato composto basicamente do pó de Xaxim, cuja composição química assemelha-se a do solo onde são encontradas na natureza, e Sphagnum que apresenta PH ácido e retém umidade. Tais substratos, utilizados no cultivo das plantas carnívoras tornam a técnica antiecológica. Em vista disso, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma nova técnica de cultivo das plantas. Palavras-chave: Nepenthaceae, Droseraceae, Sarraceniaceae, xaxim, sphagnum. 201 MISSIAS, André Augustos (aluno da Graduação do curso de Fisioterapia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). ESTUDO DOS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NA DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEXA A Estimulação Elétrica é uma modalidade terapêutica estabelecida firmemente pelos efeitos positivos que seu uso tem em níveis celular, tecidual, segmentar e sistêmico. São esses processos que, conseqüentemente, poderão estruturar novamente um “déficit” patológico. A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS- transcutaneus eletrical nerve stimulation) é usada no controle da dor e como auxiliar em intervenções medicamentosas, sendo um procedimento fisioterápico. O controle da dor através da TENS é dividido em duas categorias: aumenta os efeitos do tratamento administrado contra a dor e pode reduzir ou eliminar os sinais dolorosos. A Distrofia Simpática Reflexa (DSR), como toda distrofia, é uma patologia que, necessariamente, apresenta três características: hereditariedade, progressividade patológica e fator degenerativo. É uma doença definida como uma entidade que acontece secundariamente a um trauma, cirurgia ou doença sistêmica ou local. Os principais sintomas que a caracterizam são a dor, o edema, a cianose e a rigidez de uma extremidade, que pode ser tanto de membros superiores como inferiores. Tal patologia é causada por uma disfunção vasomotora do sistema nervoso simpático. A dor é descrita pelo acometido como intensa, queimante e hiperstésica e não tem o mesmo caráter do trauma e nem a história da lesão ou exame físico, e geralmente surge poucos dias após a lesão. Verificouse que a TENS dá alívio aos pacientes com dor após procedimentos cirúrgicos, e aos que sofrem de dor associada a um trauma agudo; os percentuais de êxito oscilam entre 70 e 90%. Tendo como princípio que a etiologia da doença tem como característica o reflexo simpático anormal, causando uma vasoconstricção intensa, o objetivo deste trabalho é a indicação da TENS que atuará diretamente contra os impulsos eferentes do sistema nervoso autônomo simpático, causando uma neuromodulação de seus impulsos através da inibição dos sintomas dolorosos nos acometidos pela DSR. Palavras-chave: estimulação elétrica, TENS, distrofia simpática reflexa, sistema nervoso autônomo. 202 WERLE, Andrea (aluna de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). INFIDELIDADE VIRTUAL A globalização, processo desencadeado desde a década de 70, mais fortemente sentido nos dias atuais, causou grandes transformações nas relações sociais, gerando diversos efeitos positivos e negativos. Como fator favorável, é possível enquadrar a popularização da Informática. Ocorre, porém, que dela surgiram situações até então inusitadas no campo do Direito. No que tange ao Direito de Família, nascem questões acerca do descumprimento dos deveres conjugais assumidos com a contração do matrimônio, especificamente, quanto ao dever de fidelidade recíproca, previsto no artigo 231, I, do Código Civil atual e mantido no artigo 1566, I do diploma que entrará em vigor em 2003. Estamos tratando da chamada infidelidade virtual. Ocorre que, dentre as diversas "salas de bate-papo" em ambiente virtual - chats -, existem algumas especificamente destinadas a "encontros amorosos" que, geralmente, destinam-se a relações eróticas e afetivas, sem que haja contato físico, com o único fim de satisfação da libido dos envolvidos. Para tanto, formam-se situações imaginárias, o que possibilita a construção de pessoas e relacionamentos perfeitos, movidos unicamente pela imaginação e pela fantasia. Construiu-se, nesse ponto, o que podemos chamar de infidelidade moral, a par da real; o que, em si, não deixa de ser uma espécie de quebra do dever de fidelidade assumido com a constituição da relação real; pois, tal dever não fica limitado, exclusivamente, pela prática de relações sexuais com terceiros que estejam fora do casamento, senão por aspectos como a cumplicidade, lealdade etc. A lei 6.515/77, que regula o divórcio, prevê, em seu artigo 5°, a possibilidade de dissolução da sociedade conjugal por conduta desonrosa de um dos cônjuges que viole os deveres do casamento; o que de fato pode ficar caracterizado nos relacionamentos virtuais, dependendo o grau de insuportabilidade gerado dentro da relação real outrora assumida. Mas o tema é ainda mais amplo; há questões muito mais delicadas envolvidas, pois ao adentrar-se no campo probatório, observam-se as dificuldades existentes e, por conseqüência, passa-se pela quebra do sigilo de correspondência analogia feita ao e-mail - assegurado constitucionalmente, dentre outros. O problema enfrentado é a falta, no ordenamento jurídico vigente, de leis específicas para regular tais condutas virtuais, porque o campo posto frente ao operador do Direito é vasto; porém, há que se manter reservas para evitar que, na defesa de direitos assegurados pelo casamento, não se infrinjam 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 85 outros de hierarquia superior; aqueles postos como primordiais e garantidos pela Constituição Federal, diploma máximo do ordenamento jurídico brasileiro. Palavras-chave: infidelidade virtual, quebra do dever conjugal, causa de dissolução do casamento. 203 BARBUTO, Antonio (aluno de Graduação em Filosofia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O PROFETA E O FILÓSOFO Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), em sua obra filosófica, cria um personagem até certo ponto alegórico, para, servindo-se dele, proferir suas críticas ao modo como o homem pretende conhecer. Surge, assim, o anti-profeta Zaratustra que brada contra a moral judáico/cristã e contra a influência que ela teve no pensamento ocidental. Celebrizou-se a frase de Nietzsche: " O cristianismo é platonismo para o povo." Ficam evidentes, aqui, que os alvos da crítica do filósofo são: Platão (427-347 a.C) que, com sua teoria das formas e seu método dialético, iniciou esse modo de pensar; prossegue contra Plotino (séc. II d.C) que, através de sua leitura de Platão, deu início a um certo neoplatonismo, influenciando o pensamento dos padres da igreja, ainda nos primórdios do cristianismo; e prossegue sobre Agostinho (354-430), que no binômio fé e razão encontra sua máxima expressão. A filosofia desconstrutivista de Nietzsche é baseada na premissa de que os homens tiveram um falso "impulso à verdade", pois tentaram conhecê-la de maneira errada, imbuídos do platonismo e da moral judáico/cristã, daí a necessidade de transcender tais conceitos. Nietzsche fala pela boca de Zaratustra ou como queriam seus críticos, o profeta é mais um dos elementos da loucura que atormentou o filósofo em seus últimos anos? Qual o peso e o valor epistemológico das palavras do profeta? São questões que se fazem necessárias para uma melhor compreensão da obra de Nietzsche, bem como os desdobramentos e influências que sua filosofia teve no começo do século XX, logo após a sua morte. Determinar a importância epistemológica de Zaratustra na obra de Nietzsche é, em última instância adentrar um pouco mais no mundo do filósofo dos aforismos e da vida conturbada, é tentar compreender qual o seu legado para a história da filosofia. Palavras-chave: Epistemologia, moral, Platão, Zaratustra, verdade, Cristianismo. 204 ARAÚJO, Aparecida Maria (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUCCampinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). DIFICULDADES ESCOLARES NA CONCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE Esta comunicação apresenta aspectos teóricos que servem como base de uma pesquisa, em andamento, que tem como objetivo descrever o que “pensam” e “fazem” os profissionais da área de Saúde (psicólogos, fonoaudiólogos e psiquiatras) em relação às crianças com dificuldades escolares. Tal problema - dificuldade escolar - há anos vem sendo um desafio para educadores, pedagogos e profissionais da Saúde, incluindo psicólogo. Percebe-se, assim, que é preciso entender o problema escolar em toda sua dimensão, o que inclui a promoção, a prevenção e a reabilitação como questão interdisciplinares, proporcionando aos educadores outra visão em relação aos problemas dos alunos em sala de aula. Não é adequado reduzir os problemas escolares a uma visão "psicologizante", restrita em sua interpretação, inclusive na dimensão psicológica, transferindo a responsabilidade para a família ou para o próprio aluno "culpabilizando a própria vítima". Essa perspectiva deve ceder espaço a um enfoque biopsicossocial, global e sistêmico das dificuldades escolares. Há fortes evidências de que, tanto os profissionais de saúde quanto os educadores e pedagogos não compreendem as dificuldades escolares dessa última forma, implicando atuações equivocadas que não melhoram a situação do aluno na escola. Deve-se levar em conta diferenças individuais e grupais, desajustamentos provenientes do ambiente externo e interno, vividos por tais crianças. Eles necessitam ser interpretados e entendidos para que, então, possa ser trabalhada toda a questão, no que se diz respeito às dificuldades escolares. Palavras-chave: saúde do escolar, dificuldades escolares, profissionais de saúde, representações, prática profissional. 205 OLIVEIRA, Camila Barboza (aluna da Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); GATTI, Ana Lúcia (orientadora do trabalho; graduada no Instituto de Psicologia da USP; mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Campinas; doutora em Psicologia e Psicodiagnóstico de Rorscharch pela PUCCampinas; professora da USJT). CRIANÇAS ESPECIAIS E A FAMÍLIA Os “déficits cognitivos” apresentam um desafio tanto para os indivíduos portadores desta condição como para seus familiares e para a sociedade, em geral, à medida que acarretam dificuldades substanciais quanto à adaptação em um ambiente social especialmente voltado para as pessoas "normais". Por outro lado, são os familiares que têm a responsabilidade de bem atender as necessidades das crianças, zelando por seu bem estar. No caso das crianças com necessidades especiais, tal tarefa se reveste de características distintivas. O objetivo principal do trabalho é verificar o que está sendo oferecido como orientação a pais de crianças com dificuldades cognitivas, pelas instituições que atendem a essa população, com especial ênfase quanto ao aspecto psicológico. Para a realização da pesquisa, será utilizado como método, inicialmente, um levantamento bibliográfico sobre assuntos relacionados ao tema e, posteriormente, entrevistas semidirigidas com profissionais psicólogos que prestam serviço em instituições de atendimento a crianças com deficiência mental, buscando caracterizar os serviços, o grupo de profissionais e a população atendida e verificar que orientações e suportes que tais entidades proporcionam aos familiares das crianças. A princípio, buscar-se-á localizar algumas instituições e, através dos profissionais, ampliar a amostra com base nas indicações desses. Pretende-se concluir o trabalho até o final de novembro de 2003. Palavras-chave: Crianças, déficit cognitivo, família, instituições, Psicologia. 86 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 206 MARCATTI, Camila Ribeiro (aluna de Graduação do curso de Educação Artística; habilitação em Artes Plásticas e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O NÚCLEO HISTÓRICO NA BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO Em 1951, com a fundação da Bienal, começaram a transitar por São Paulo e Rio de Janeiro exposições de arte contemporânea, eliminando, de certa forma, o tradicionalismo artístico com raízes na Semana de Arte Moderna. Anos depois a Bienal assume um papel decisivo sobre a arte de vanguarda para a produção artística contemporânea. Daí a necessidade de surgimento dos núcleos históricos em que as obras do Primeiro Modernismo dialogassem com a produção contemporânea. Essa atitude não foi tomada anteriormente, pois os seguros atingiram preços exorbitantes, os padrões técnicos para exibição das obras se radicalizaram e seus proprietários eram irredutíveis em suas prerrogativas. Em 1994, a 22a. Bienal, com o tema "Ruptura e Suporte", pretendia garantir condições para tornar o evento o mais grandioso possível: convidar o maior número possível de países, trazer nomes consagrados, montar um núcleo histórico com nomes conhecidos do grande público e capazes de atraí-lo para o evento e, conseqüentemente, para a arte contemporânea. Denominou-se, então, Câmara dos Ancestrais, o espaço museológico. Estavam, ali, em exposições retrospectivas, grandes mestres da arte do século XX. Os destaques desse núcleo histórico foram Diego Rivera Joaquín Torres-García, Kazimir Malevitch, Lucio Fontana, Rufino Tamayo e o atelier nova-iorquino de Piet Mondrian. Na 23a.Bienal, de tema "Desmaterialização da arte no final do milênio", foram construídas salas que atendiam as exigências museológicas, onde estavam reunidas retrospectivas de Pablo Picasso, Paul Klee, Edvard Munch, Wifredo Lam, Andry Warhol, Cy Twombly, Louise Bourgeois, Gego, Jean-Michel Basquiat e gravuras de Goya. O núcleo histórico da 24a. Bienal reuniu em torno da discussão sobre a Antropofagia Francis Bacon, Vincent Van Gogh, René Magritte, Alberto Giacometti, Roberto Matta, Salvador Dali, Armando Reverón e David Alfaro Siqueiros. Em 2002, durante a 25a. Bienal, o núcleo histórico não esteve presente. Acreditou-se que não era mais necessário que a Bienal o apresentasse, já que, a partir da sua iniciativa, outras instituições, como os museus paulistas, propõem-se a trazer ao público grandes exposições de grandes nomes, com enorme sucesso. Com isso, a Bienal retorna às suas origens e retoma a discussão acerca da arte contemporânea. Palavras-chave: bienal, arte, exposições de arte. 207 JULIO, Cintia Martins (aluna de Graduação do curso de Comunicação Social e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SANTORO, Maria Teresa (orientadora do trabalho; doutora em Semiótica e Filosofia pela Universidade Técnica de Berlim, Alemanha; pós-doutora em Semiótica - Neurociências Cognitivas - PUC-SP-Fapesp; professora de Ciências da Linguagem e Teoria da Comunicação na USJT). AS NECESSIDADES DO MARKETING As possíveis necessidades criadas; pelo “marketing”, ao consumidor é um assunto que está em franca expansão. Em cursos universitários, têm causado polêmicas, pois será mesmo que as informações passadas pelo marketing ao consumidor, altera seu comportamento? Ele consegue influenciar a tal ponto de gerar uma necessidade a um indivíduo? Quase todo mundo tem em mente que o marketing é capaz de tudo e esse é um dos meus objetivos. Descobrir se a estratégia tem poderes mágicos de criar demanda para produtos ou serviços de baixo interesse social. Além disso, o marketing tem condição de gerar necessidades nas pessoas através de algo que elas, não necessitariam, ou se tudo isso é puro enfoque místico? Enfoque que o marketing, efetivamente, não tem: criar demanda ou gerar necessidades. Outro objetivo é descobrir qual é o papel dele. O marketing tem como função conquistar e manter clientes? Já existem estudos que compravam que a conquista de um novo cliente custa entre 5 e 6 vezes mais do que manter um cliente antigo. Logo tal instrumento tem um papel muito maior de manter do que conquistar. Afinal de contas, toda empresa deseja resultados, ou seja, deseja vender o máximo com o menor custo. Infelizmente, existem muitas pessoas utilizando as ferramentas do marketing para tentar ludibriar, enganar, fazer outras pessoas comprarem aquilo que não querem. Seria essa a função? Quando verificamos a função do marketing, não podemos imaginar ações na tentativa de enganar pessoas. “Afinal de contas, mentira tem perna curta”. Se o instrumento for baseado na não-verdade, terá como resultado final a perda do cliente. E perder cliente não é a do marketing, mas sim é a de mantê-los. Enfim este trabalho tem por finalidade contribuir com os interessadosno assunto, através de estudos bibliográficos, a verdadeira e principal função dessa ferramenta mercadológica. Palavras-chave: Marketing, necessidades, objetivos. 208 ANDRADE, Cristiane Polastri (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUCCampinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A INFLUÊNCIA DOS PROGRAMAS DE TV NO COMPORTAMENTO INFANTIL A TV é um meio de comunicação sócio-cultural que produz notícias do que acontece, transmite informação e diversão. Milhões de pessoas se ligam à televisão durante muitas horas do dia. O poder e a penetração desse veículo, demonstrados em vasta literatura sobre aprendizagem social, são imensos. Ela se instalou definitivamente na intimidade dos lares, moldando comportamentos, provocando modismo, induzindo ao consumo e inculcando valores. Ao se fazer uma análise dos programas televisivos, quanto a serem ou não influenciadores ou geradores de comportamentos agressivos nas crianças, deve-se atentar a duas vertentes: os que afirmam que a TV é uma geradora imediata da violência, estabelecendo uma relação de causa-efeito e os que inserem sua influência num processo social muito mais amplo, pondo em dúvida essa relação. Não se trata de “satanizar” o meio de comunicação de massa; pois, tanto comportamentos pró-sociais quanto antisociais podem ser aprendidos a partir da TV. Há exemplos no próprio Brasil, de programação de qualidade elevada para crianças, inclusive, premiados internacionalmente. Entretanto, não é essa programação que é vista pela maioria da população brasileira. Nesse cenário, compete aos pais um papel fundamental na seleção e, até mesmo, no controle da programação preservada pelos filhos. Será que eles vêem alguma influência desses programas no comportamento de seus filhos? De forma 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 87 positiva ou negativa? Com este trabalho, pretende-se analisar a influência que a televisão exerce no comportamento das crianças, discutindo o papel de pais e responsáveis. Palavras-chave: televisão, comportamento infantil, aprendizagem social, psicologia. 209 BRITO, Cyro Alves (aluno de Graduação do curso de Farmácia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); PINTO, Wagner de Jesus (professor do curso de Farmácia da USJT; orientador do trabalho). EFEITOS DA MELATONINA NO SISTEMA CARDIOVASCULAR HUMANO A melatonina é um hormônio produzido principalmente pela glândula pineal, a qual está situada na base do cérebro. Os níveis de melatonina são baixos durante o dia; ao escurecer, com a diminuição da luminosidade, há um desencadeamento de sinais neuronais que estimulam a pineal ao início da liberação da melatonina que se intensifica, atingindo o pico máximo às duas horas da manhã, no jovem, e às três, no idoso; começa a declinar até o mínimo, coincidindo com o amanhecer. Tal hormônio possui várias funções orgânicas: age como hormônio-regulador, antioxidante (o que lhe confere o título de hormônio da juventude) e estimulador no sistema imune. A melatonina tem sido considerada como, possivelmente, uma cura para tudo, desde insônia até câncer e até mesmo AIDS, e a venda de "suplementos" de melatonina, nos EUA, excedem às de vitamina C. Uma função interessante é a sua importância no sistema cardiovascular. O coração ajusta seu desempenho às diferentes horas do dia e estações do ano, para suprir a quantidade necessária de sangue nos tecidos sob diversas condições fisiológicas e/ou do meio, sendo a melatonina de fundamental importância nos ritmos cardíacos. Ações diretas desse hormônio têm sido documentadas, como a inibição de arritmias induzidas por isquemia em ratos. Além da ação antioxidante, outra pode ser mediada por receptores específicos de melatonina. É possível que haja um efeito indireto, no coração, provocado pela alteração no tônus vascular de alguns vasos sangüíneos. Este trabalho buscará levantar quais metodologias foram utilizadas e quais os resultados de pesquisas experimentais realizadas sobre o tema. Foi observado que há algumas divergências sobre a ação e aplicação, no sistema cardiovascular, da melatonina no ser humano, assim como diferenças nos mecanismos de ação antioxidante e mediadas pelos receptores. Palavras-chave: melatonina, cardiovascular, coração, antioxidante. 210 ANTONIO, Danilo Fernandes (aluno de Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação Científica da USJT); VELARDI, Marília (orientadora do trabalho; graduada em Educação Física e Pedagogia; mestre e doutora em Educação Física; pesquisadora do Projeto Senior da USJT). O ESPORTE E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA A qualidade de vida é um termo muito utilizado em nossa sociedade. Diversas pesquisas procuram se aprofundar sobre esse tema em seus vários aspectos. Partindo desse princípio, o trabalho procura analisar e questionar a qualidade de vida sob a influência do esporte. Sabendo que ela é algo percebido pelo indivíduo, ou seja, tem caráter subjetivo, somente quando existe uma harmonia entre os aspectos sociais, psicológicos, de saúde e de lazer no indivíduo, somente dessa forma podemos analisá-la. A partir desse conceito, o objetivo dessa pesquisa é analisar a influência do esporte na qualidade de vida de praticantes de futebol. Considerando que o esporte pode ser visto de duas maneiras - uma é o esporte de rendimento que visa a melhorar na “performance” e a busca de melhores resultados constantemente, a outra forma é o esporte de lazer que tem como objetivo a inclusão, a participação e o prazer na atividade, podendo ter um caráter mais lúdico e menos competitivo – a fim de analisarmos o quanto o esporte pode ser decisivo na qualidade de vida, o “whoqol-bref”, um questionário fechado desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde, aplicou-se dois grupos distintos. Um formado por praticantes de esporte de rendimento, ou seja, atletas de alto nível e o outro grupo composto por participantes de esportes de lazer. Através dos resultados obtidos, analisaram-se as influências do esporte sobre a qualidade de vida, tanto positivamente, quanto negativamente. Palavras-chave: esporte, qualidade de vida, qualidade. 211 COCCUZZO, David (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FONSECA, Jeison Willian G. da (professor do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientador do trabalho). COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE PRODUTIVIDADE E FORMAÇÃO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO A comunicação nas empresas metalúrgicas de ponta, é hoje, elemento de diferenciação entre elas e fator de destaque na competitividade neste mundo globalizado. A observação do fato levou vários autores, pesquisadores e profissionais das áreas de Psicologia e Gestão de pessoas, a formular padrões de Gestão de pessoas capazes de motivar e criar condições de aprendizagens nos relacionamentos humanos e a partir daí, a alavancar a produtividade. Com este trabalho pretende-se analisar a gestão de tal aspecto, fazendo-se uma revisão bibliográfica e uma pesquisa de campo em empresas metalúrgicas que possuem modelos similares de gestão voltados à comunicação e as que não possuem; todas pertencentes a um mesmo grupo, quando analisadas por outros aspectos como salário, benefícios e atividade. São descritos os modelos utilizados, seus ganhos quantitativamente e qualitativamente através de elementos estatísticos. Palavras–chave: Comunicação, produtividade, gestão. 212 CARILLO, Débora (aluna do curso de Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas); CAMARGO, Selma Pellizon T. de (professora do curso de Educação Artística da USJT; orientadora do trabalho). O SILÊNCIO DA ARTE Partindo do princípio que a cultura surda é distinta da cultura daquela do ouvinte - dado ao fato do bilingüismo, que é falar em libras brasileiras (linguagem de sinais) e escrever em português, do seu entendimento diferenciado da literatura e poesia e até mesmo da visão de mundo - estudaremos a postura dos surdos em relação às artes, buscando respostas no 88 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 passado deles. O reconhecimento da diferença é o primeiro passo para a integração do surdo na comunidade ouvinte que o circunda e, talvez, seja a forma primordial de ambos entenderem e reconhecerem o modo de viver de cada grupo sem provocar nenhuma forma de exclusão entre eles. Para que esses objetivos citados sejam alcançados, iniciaremos uma investigação no passado artistico do artista deficiente auditivo, em especial no teatro, na dança e até mesmo na música, para que, a partir daí, consigamos proporcionar atividades favoráveis ao surdo não- artista que o ajudem na sua integração e comunicação com o mundo de uma forma mais eficaz. Acreditando na afirmação de que a cultura leva ao equilíbrio da humanidade, investigaremos, na História através dos tempos, subsídios que dêem uma resposta à situação atual das artes cênicas na comunidade surda e verificaremos como ela vem influenciando no mundo. Palavras-chave: arte, cultura, artes cênicas. 213 OLIVEIRA, Diego Borges de (aluno de Graduação do curso de Ciências da Computação e do Regime de Iniciação Científica da USJT). INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: FICÇÃO OU REALIDADE? Os avanços tecnológicos, em nossa sociedade, são indispensáveis e estão cada vez mais evidentes. Um dos passos importantes, e que, com certeza, contribuíram, em algum aspecto, com esses avanços foram as aplicações de Inteligência Artificial. Muitas pessoas acreditam que ela é algo que só se vê nos filmes e que estaremos em contato com isso apenas num futuro distante. Outros relacionam o termo Inteligência Artificial à imagem de robôs com forma humanóide, tão inteligentes quanto os seres humanos e que farão coisas em parceria, ou para substituí-los, tomar decisões, dirigir um carro perfeitamente, estabelecer um diálogo coerente com uma pessoa, e muitas outras coisas. Tal conceito não está totalmente errado. Realmente, um dia, poderemos (quem sabe) criar uma máquina (computador) tão inteligente que ela se encaixe nas descrições; mas, atualmente, Inteligência Artificial é definida como a tentativa de solucionar problemas, ou tentar através de suas aplicações, realizar tarefas que apenas os seres humanos são capazes de realizar. É uma área de pesquisa muito ampla e as pesquisas, até o momento, são pouco conclusivas; portanto, com este estudo pretende-se demonstrar o que exatamente é Inteligência Artificial. Citar algumas de suas aplicações, mostrar em que ponto estão as pesquisas relacionadas a esse tema e explorar as tendências para futuras aplicações tecnológicas, visando a uma sociedade em que vem se tornando cada vez mais importante a criação de novos processos de automatização. Palavras-chave: Inteligência Artificial, seres-humanos, tecnologia, sociedade. 214 BOCK, Eduardo Guy P. (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora e orientadora de Metodologia Científica do Regime de Iniciação Científica da USJT). ANÁLISE FUNCIONAL DOS CONTROLADORES CARDÍACOS SEGUNDO A LEI DE FRANK STARLING PARA A CONSTRUÇÃO DE ÓRGÃOS ARTIFICIAIS E SIMILARES USADOS NO SISTEMA CIRCULATÓRIO Em 1934, foi desenvolvida a primeira bomba de sangue, inicialmente usada para transfusão contínua. A partir dessa época o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de dispositivos e órgãos artificiais no sistema circulatório vêm surpreendendo a comunidade científica. O princípio peristáltico de bombeamento, de 1934, não é mais a única opção conhecida, podendo, hoje, ser pulsátil ou não, desde que se atente para alguns detalhes construtivos. Foi realizado, em 1961, o primeiro implante clínico de um Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV); mas, como em alguns casos, era necessário uma nova prótese cardíaca de duplo ventrículo. Em 1965, pesquisas com bezerros demonstraram ser possível implantar um Coração Artificial Total (CAT); fato realizado em 1969. Na época, estimava-se que 100.000 pessoas, até 1980, teriam um CAT funcionando perfeitamente, e elas viveriam normalmente. Mas, em 1980, ainda não havia nenhuma. As contra-indicações para transplantes e a falta de doadores tornam cada vez mais necessárias as pesquisas no aperfeiçoamento dos órgãos artificias. Vários princípios de controle e funcionamento, para o CAT, foram e vêm sendo desenvolvidos. Limitações de dimensões e geometria, aliadas à perda do sistema neural e conseqüente falta do controle de débito cardíaco na retirada do coração natural, são os maiores obstáculos, desde 1969, ao se projetar os sistemas de controle do CAT. As características e as necessidades para o funcionamento desses controladores, os pressoreceptores e quimioreceptores - fatores que tornam o sistema artificial, ou parcialmente artificial - são objetos de estudo deste trabalho. Palavras-chave: órgãos artificiais, coração artificial, Lei de Frank Starling. 215 ALMEIDA, Eliane Tozzo (aluna de Graduação do curso de Pedagogia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A TECNOLOGIA EDUCACIONAL E A EDUCAÇÃO INFANTIL A comunidade escolar precisa mover-se para adaptar-se à realidade, o que significa, entre outros aspectos, aliar tecnologia educacional à Educação. No entanto, o uso da tecnologia na Educação reflete a criação de novos laços entre ensino e sociedade. Considerando que a Educação pré-escolar visa à priorização da realização plena das potencialidades do ser e do desenvolvimento integral e que grande parte do sucesso e quase total responsabilidade da atividade educativa está nas mãos do professorado, questiona-se a capacitação do corpo docente para lidar, especificamente na Educação infantil, com a tecnologia educacional. Nesse contexto, a tecnologia não pode ser entendida apenas como as invenções surgidas, em especial no século passado, mas como instrumentos que passam a existir, à medida que o homem utiliza elementos da natureza para melhorar sua condição e atender suas necessidades, ou seja, à medida que o conhecimento científico evolui. Assim, a tecnologia educacional, uma nova ferramenta no processo de construção do conhecimento, deve ser entendida como um processo de aprendizagem. E como utilizar a tecnologia pedagogicamente? Deve caracterizar-se como algo decorrente de uma metodologia, articulada por uma proposta pedagógica coesa e não apenas como mera ferramenta para a realização de 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 89 atividades com o fim em si mesma. Diante disso, é necessário indagar: será que os professores apresentam resistência ao uso de tecnologia educacional ou ela, simplesmente, não foi apresentada a eles? Até que ponto os cursos de formação de professores preparam o docente de Educação infantil para o uso da tecnologia? A formação desses professores deve objetivar não apenas a expansão dos conhecimentos e a democratização de conquistas tecnológicas, mas, fundamentalmente, o levantamento de limites e a criação de possibilidades de mudanças que possam melhorar o processo educativo com o uso da tecnologia. Os docentes devem estar capacitados para a utilização de recursos tecnológicos com criatividade e para a adequação à realidade da Educação infantil. Com este trabalho, pretende-se delinear respostas e contribuir para a reflexão do uso de tal recurso, ainda escasso na Educação infantil. Palavras-chave: educação infantil, tecnologia educacional, formação de professores. 216 BUCH, Elisângela Botelho (aluna de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Valores e comportamentos tradicionais têm sofrido grandes impactos, alterando-se devido aos constantes avanços tecnológicos. Hoje, nosso acesso à informação, recurso básico para que se tenha um melhor desenvolvimento social, tem aumentado com a utilização do computador, mais especificamente. A Informática é uma das mais interessadas parceiras na Educação. A escola, para se encontrar em sintonia com as constantes transformações sociais, deve estar sempre em busca da qualidade do ensino, sem se deixar levar por modismos. Todas as alternativas de um melhor ensino que surgem devem ser analisadas, discutidas e selecionadas para que, realmente, contribuam para a formação ampla do aluno, desenvolvendo seu raciocínio lógico. O computador oferece inúmeras possibilidades de interações que levam a criança a se interessar mais por um determinado assunto, num ritmo mais acelerado, conseguindo grande concentração do aluno por mais tempo na busca de dominar o computador. Por se tratar de um recurso audiovisual interativo, evita-se a passividade do aluno; cada um alcançando uma aprendizagem em seu ritmo. Especificamente na Educação Infantil, o computador deve ser considerado como meio de ampliação das funções do professorque deve descobrir todas as possibilidades oferecidos pelo computador para aplicá-las com seus alunos, favorecendo a aprendizagem dos mesmos. Com este trabalho pretende-se mostrar que trabalhar com a Informática na Educação Infantil não significa somente utilizar o computador e seus aplicativos na escola. Devem gerar atividades onde os alunos apliquem todo o seu conhecimento. O computador deve ser utilizado dentro de um contexto, procurando sempre favorecer o desenvolvimento do conhecimento, das múltiplas inteligências e da criatividade de cada criança. Introduzido em um processo educativo no qual distinguimos claramente seus objetivos, a metodologia e as modalidades de avaliação que irão ser utilizadas, o computador irá se tornar um instrumento válido de inovação tecnológica, proporcionando grandes avanços no processo ensino-aprendizagem. Palavras-chave: tecnologia, informática, educação infantil. 217 MATT, Emerson Luís (aluno de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Cientifica da USJT); FARINA, Anete Souza (orientadora do trabalho; psicóloga graduada pela UNESP; mestre em Psicologia Geral Clínica pela UMESP; doutora em Psicologia Social; pós-doutorado pela USP (em curso); supervisora de Estágios na USP; professora da USJT e Mackenzie). REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA Este estudo tem por objetivo verificar a representação social da deficiência física junto a universitários do curso de Psicologia de uma universidade situada na zona leste da cidade de São Paulo. O termo deficiente é atribuído a membros de uma sociedade que apresentam, de alguma forma, "anormalidade" ou de "diferenciação", quer no domínio cognitivo, afetivo ou motor. Os problemas sociais que envolvem os deficientes acompanham os homens desde os tempos mais remotos da civilização. No senso comum, por exemplo, os conceitos de "normalidade" e "anormalidade" são freqüentemente utilizados, no entanto, poucas pessoas conseguem indicar claramente os limites do que é normal ou anormal, quer numa mesma cultura ou em culturas diferentes., Na Antigüidade, pôde-se observar basicamente dois tipos de atitudes para com as pessoas doentes, idosas ou portadoras de deficiência: uma atitude de aceitação, tolerância, apoio e assimilação; e outra, de eliminação, menosprezo ou destruição. Nas culturas primitivas, que sobreviviam basicamente da caça e da pesca, os idosos, doentes e portadores de deficiência eram, geralmente, abandonados, por um considerável número de tribos, em ambientes agrestes e perigosos, e a morte se dava por inanição ou por ataque de animais ferozes. Uma fundamental característica de transformação ocorreu no período humanista, que buscou o reconhecimento do valor do homem e da humanidade, associada ao naturalismo. O renovado interesse pela pesquisa direta da natureza trouxe grandes avanços no campo da reabilitação física; pois, a partir daí, estudos e experiências, nessa área do conhecimento, começaram a ser realizados com relativos êxitos. A história dos deficientes físicos no Brasil, nos períodos colonial e imperial, apresenta algumas peculiaridades interessantes que a difere um pouco das histórias recentes. Os dados históricos consultados indicam que as poucas anomalias físicas que alguns índios portavam eram fruto de guerras ou acidentes na selva. A deficiência física de origem congênita ou como conseqüência de doenças incapacitantes não foi notada. Os historiadores afirmam que, nos casos congênitos as crianças eram sacrificadas pelos pais, após o nascimento. Os fatores como os preconceitos, os estigmas e os estereótipos, definem o lugar do deficiente, quer socialmente ou psicologicamente, exigindo, do indivíduo deficiente, uma eterna luta. Na sociedade atual, o "sacrifício" imputado ao deficiente físico, surge ao longo de sua vida, fatores sobre seu lugar social como: escola, trabalho, ambiente familiar etc. Com base no exposto, este estudo pretende verificar a representação social da Deficiência Física entre universitários, como uma forma de compreender as questões psicossociais vividas pelo indivíduo deficiente. Palavra-chave: deficientes físicos, preconceitos, estigmas, estereótipos. 90 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 218 ALENCAR, Fábia (aluna de Graduação do curso de Tecnologia em Processamento de Dados e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE UM PROJETO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE Durante três décadas, o principal desafio foi desenvolver um hardware que reduzisse o custo de processamento e armazenagem de dados. Entretanto, o software foi projetado para cada ambiente, com uma personalização, desenvolvido virtualmente sem administração, até que os prazos começassem a se esgotar e os custos a subir abruptamente. Enquanto a taxa de crescimento das vendas de computadores pessoais se estabilizou em meados da década de 1980, as vendas de programas continuaram a crescer e os problemas associados a se intensificar, gerando dificuldads para manter os produtos existentes, ameaçados por projetos ruins e recursos inadequados. Em resposta a esse problema estão sendo adotadas práticas de engenharia de software. A multiprogramação e os sistemas multiusuários, introduziram novos conceitos de interação homem-máquina, as tecnologias orientadas a objetos estão, rapidamente, ocupando o lugar das abordagens mais convencionais para o desenvolvimento de sistemas computacionais em muitas áreas de aplicação. A reusabilidade é uma característica importante de um componente de software de alta qualidade, ou seja, ele deve ser projetado e implementado de forma que possa ser reutilizado em muitos programas diferentes. Diante destas questões, a finalidade deste trabalho é desenvolver uma abordagem de Engenharia de Software que considere a importância da atividade como instrumento facilitador do processo decisório, bem como da operacionalização das decisões tomadas e do controle e avaliação dos resultados obtidos, tendo como fator essencial à melhoria da qualidade. Palavras-chave: software, hardware, engenharia de software, qualidade. 219 SAKURAI, Fábio Takêo (aluno de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); OLIVEIRA, Mara Regina de (professora do curso de Direito da USJT; orientadora do trabalho). GLOBALIZAÇÃO E A DEMOCRACIA NO BRASIL No Brasil contemporâneo, com o fenômeno da globalização econômica, assistimos ao surgimento de novos problemas, dilemas e conflitos que antes pareciam distantes da nossa realidade; começamos a perceber um novo eixo de criação do Direito e meios externos ao Estado de resolução dos conflitos. Tivemos, ao longo do século XX, a sucessão de regimes democráticos e tirânicos, esses sendo sustentados através do apoio popular, pela imposição da força ou pela supressão de liberdades individuais. Após a década de 30, assistimos ao rápido crescimento econômico, baseado no intervencionismo estatal na economia. Sob o lema de "país do futuro", houve uma coesão nacional com o intuito de modernização, sendo criada toda a infra-estrutura necessária ao crescimento econômico que pelo, modelo do tripé econômico, veio a acontecer rapidamente. Apesar das relevantes desigualdades sociais, que eram amenizadas pela possibilidade de acesso das pessoas ao mercado, pelo crescimento do direito trabalhista e previdenciário. Concomitante a isso, tivemos a valorização da nossa cultura que resultou numa maior agregação cultural, contribuindo para formação de uma identidade nacional. Assim, mesmo quando o governo que se impunha era tirano, apesar de ilegítimo, os benefícios da eficiência econômica e boas condições de bem-estar social levaram o povo a acomodar-se com o sistema vigente, atribuindolhe créditos pelas conquistas sociais alcançadas. As crises do petróleo vieram a prejudicar o modelo econômico brasileiro que, até então, alavancara o significante desenvolvimento econômico e social, tivemos, com a crise econômica que se desencadeou, a queda inevitável do regime político tirano em vigência, e a ascensão de um novo regime mais democrático que o anterior. No final do século, auge da crise, assistimos à aceleração do processo de globalização econômica que nos trouxe novos problemas. As transformações do século passado são importantes para nos permitir enquadrar o Brasil no modelo da matriz organizacional do Estado e avaliar as crises de racionalidade e hegemonia que surgem do processo; a racionalidade condizente ao desempenho político-econômico e a hegemonia relativa ao desempenho social e cultural. No âmbito político do Estado, a questão que se coloca é a da legitimidade do poder instituído, governabilidade e garantia das liberdades individuais. No plano econômico, referente à eficiência econômica em garantir a colocação dos indivíduos no mercado de trabalho, crescimento e estabilidade econômica. Política e economia são campos distintos do Estado; não deveriam confundir-se; porém, uma crise econômica que não seja resolvida tende a gerar instabilidades políticas, e viceversa. Quando problemas políticos e econômicos agravam-se, a ponto de misturarem-se, temos uma Crise de Racionalidade. Atualmente, com a globalização econômica e o surgimento de novos grupos econômicos com grande poder negocial perante o Estado, levam-no à relativização da soberania. A sociedade do Estado providencia, baseada num Direito formal; começa a transformar-se a sociedade do Estado neoliberal, de economia globalizada; passa a ser sociedade hiper-organizada, caracterizada pelo policentrismo do poder e novas relações supranacionais que afetam, significativamente, a soberania estatal, cujo direito tende a ser formado, cada vez mais, de regras direcionadas à integração dos grupos da sociedade hiperorganizada. No plano social, a função básica do Estado é promover integração nacional, buscando metas comuns, e garantir o bem-estar social. Aqui encontra-se um dos pontos primordiais da democracia, pois a formação da maioria depende da concatenação dos interesses; porém, nas sociedades hiper-organizadas, os indivíduos tendem a permanecer em grupos cada vez mais fragmentados, não havendo a coordenação de interesses, característica da sociedade de classes. No plano social, entram em pauta os valores predominantes do grupo. Considerando que a globalização promove a desagregação das classes em grupos cada vez mais fragmentados, os valores predominantes de cada grupo também tornam-se distintos, criando dificuldades à formação de uma identidade nacional. Partindo do modelo de democracia mínima, de Norberto Bobbio, compreendida pelas decisões através da regra da maioria, da garantia das liberdades individuais e da existência do Estado liberal e diante do panorama do novo Estado neoliberal, pretende o presente trabalho avaliar, haja vista as crises de hegemonia e racionalidade por que passamos, quais as implicações no modelo democrático das crises no Brasil contemporâneo. Palavras-chave: democracia, globalização, sociedade, direito. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 91 220 PESETO, Fernanda Couto (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUCCampinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas, do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A INFLUÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS NA CONSTITUIÇÃO DO OBJETO PERMANENTE Este trabalho se propõe analisar a constituição de objeto permanente na teoria piagetiana do desenvolvimento cognitivo, assim como, refletir sobre o papel das instituições de Educação infantil, especialmente das creches públicas, em tal etapa do desenvolvimento. Ao nascer, a partir da interação com o meio externo, a criança desenvolverá processos cognitivos que não estão inscritos em sua carga genética, como, por exemplo, a constituição do objeto permanente. Nesse processo com o meio externo, a criança não só internalizará as estimulações que recebe do meio, como será ativa, externalizando suas experiências. No início, a criança não entende os objetos à sua volta como externos a ela, vendo-os como uma continuação de si. Com o passar do tempo, esses objetos passam a ser entendidos, por ela, como externos; porém, ao sair de seu campo perceptual, entende que esse objeto deixou de existir, não está mais no local. Em um determinado período, começa a entender o que acontece quando o objeto deixa de fazer parte de sua visão. Neste momento, conforme a teoria piagetiana, o bebê constitui o objeto permanente. Tal constituição ocorre no primeiro período de sua vida, chamado, por Piaget, de sensóriomotor que se inicia com o nascimento e se estende até, aproximadamente, dois anos de idade. Há uma influência significativa das pessoas ao redor da criança, na grande maioria das vezes a mãe e/ou profissionais de instituições responsáveis por sua educação e desenvolvimento, aqueles que zelam pela sua higiene, saúde e aprendizagem e que estão com ela em meio período ou em período integral. Assim, se se considerar que parcela significativa das crianças, atualmente, passa mais tempo na creche do que com seus familiares, torna-se imprescindível que as instituições promovam o estabelecido na LDB (Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), ou seja, assegurem o desenvolvimento global da criança. Palavras-chave: criança, desenvolvimento cognitivo, instituição educacional, constituição do objeto permanente. 221 SOARES, Fernando (aluno de Graduação do curso de Educação Física e do Regime de Iniciação Científica da USJT); MOCHIZUKI, Luiz (professor do curso de Educação Física da USJT; orientador do trabalho). PATOLOGIA CELULAR LESÃO E MORTE DA CÉLULA ÓSSEA A patologia é, literalmente, o estudo (logos) do sofrimento (PATHOS). Mais especificamente, é uma disciplina abrangente que envolve a ciência básica e a prática clínica e dedica-se ao estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e órgãos que dão origem às doenças. Através de técnicas moleculares, microbiológicas, imunológicas e morfológicas, a patologia tenta explicar os porquês e as causas dos sinais e sintomas manifestados por pacientes e, ao mesmo tempo, fornecer fundações sólidas para a assistência clínica e tratamento racionais. A célula normal é confinada dentro de uma faixa razoavelmente estreita de função e estruturada por seus programas genéticos de metabolismo, diferenciação e especialização, por limitações das células vizinhas e pela disponibilidade de substratos metabólicos. Entretanto, é capaz de dar conta das demandas fisiológicas normais, a chamada homeostase normal. Estresses fisiológicos, um pouco mais excessivos ou alguns estímulos patológicos, podem acarretar uma série de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas, durante as quais estados constantes novos, porém, alterados, são alcançados, preservando a viabilidade da célula e modulando sua função como uma resposta a esses estímulos. As causas de lesão celular reversível e morte celular variam desde a violência física externa grosseira de um acidente automobilístico a causas endógenas internas, como a carência genética sutil de uma enzima vital que compromete a função metabólica normal. A maioria das influências adversas pode ser agrupada em categorias gerais. PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO. A hipóxia, uma causa extremamente importante e comum de lesão e morte celulares, prejudica a respiração oxidativa aeróbia. Deve ser distinguido da isquemia, que é uma perda do suprimento sangüíneo por redução do fluxo arterial ou da drenagem venosa em um tecido. ENVELHECIMENTO CELULAR. começa no momento da concepção, envolve a diferenciação e maturação do organismo e suas células, em algum momento variável do tempo evolui para a perda progressiva da capacidade funcional típica da senescência e termina em morte. Com a idade, há alterações fisiológicas e estruturais em quase todos os sistemas orgânicos. O envelhecimento individual é afetado em alto grau por fatores genéticos, dietas, condição social e ocorrência de doenças relacionadas à idade, como a aterosclerose, diabetes, osteoartrite e falta de atividade física por motivos de doenças ou simplesmente pelo fato do individuo ser sedentário. Vimos como vários estímulos exógenos e endógenos podem causar lesão celular e prejudicar o tecido ósseo de um ser humano. Esses mesmos estímulos também provocam uma reação complexa, no tecido conjuntivo vascularizado, chamada de inflamação. Os invertebrados sem sistema vascular, organismos unicelulares e parasitas multicelulares possuem suas próprias respostas a uma lesão local, que incluem fagocitose do agente lesivo. Todas essas reações foram conservadas na evolução, mas o que caracteriza o processo inflamatório nas formas superiores é a reação dos vasos sangüíneos, levando ao acúmulo de líquidos e leucócitos nos tecidos extravasculares. Durante a reparação, o tecido lesado é substituído por regeneração de células parenquimatosas naturais, por preenchimento do defeito com tecido fibroblástico (cicatrização), ou, mais comumente, por uma combinação desses dois processos. Sendo assim, a inflamação é fundamentalmente uma resposta protetora, cujo o objetivo final é livrar o organismo da causa inicial da lesão celular e das conseqüências dessa lesão, células e tecidos necróticos. Palavras-chave: patologia celular, morte da célula óssea, lesão celular. 222 CALLAMARI, Frederico Barão (aluno de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BASSIT, Ana Zahira (orientadora do trabalho; psicóloga pelo IUP (Instituto Unificado Paulista); mestra em Psicologia Social pela PUC –SP; doutora em Saúde Pública pela USP; livre docente: “Saúde da Mulher e Envelhecimento”pela USP; professora da USJT e da Universidade Braz Cubas). PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO: ENVELHECIMENTO X DESENVOLVIMENTO HUMANO 92 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 A Psicologia, por um longo período de tempo, adotou pressupostos que consideravam que o desenvolvimento humano cessaria na adolescência e também, quanto ao caráter involutivo, na velhice. Dessa forma, o envelhecimento estaria desvinculado do processo de desenvolvimento humano. No entanto, pesquisas realizadas (BÜHLLER, 1935) indicaram que o desenvolvimento é um processo que se dá em toda a extensão da vida humana, incluindo a velhice. Essa afirmação é fundamental para a perspectiva teórica do Curso de Vida que considera ser possível conciliar os conceitos de desenvolvimento e envelhecimento, tradicionalmente tratados como antagônicos. Nessa perspectiva, a definição do envelhecimento abrange uma tríplice determinação que contempla tanto as influências biológicas, como as sociais e as psicológicas. As transformações que cada pessoa vivencia ao longo de sua vida irão caracterizar a singularidade de seu envelhecimento. A noção de Curso de Vida refere-se às maneiras como a sociedade atribui significados sociais e históricos à passagem do tempo biográfico, permitindo a construção social e histórica de trajetórias de vida singulares. Conseqüentemente, a idade não é adotada como a única variável para a análise do envelhecimento das pessoas. Na análise do processo, também são consideradas as variáveis normativas, ligadas à graduação por idade; as normativas ligadas à graduação pela história e as não-normativas. Essas variáveis interagem entre si, mudam ao longo do tempo e têm efeito cumulativo que podem ser diferentes de pessoa para pessoa, o que permite a formação de "perfis vitais diferenciados” (BALTES, 1983). Nesse sentido, a trajetória de vida das pessoas comporta significativa variabilidade interindividual e intraindividual. Estudos em Gerontologia (NERI, 1994) têm priorizado a análise dos fatores que propiciariam a manutenção dos níveis habituais de adaptação das pessoas ao longo de suas vidas. Essa adaptação pode ser considerada como uma velhice bem-sucedida, que é uma condição individual de bem-estar físico e social referente ao equilíbrio entre as limitações e potencialidades das pessoas. Palavras-chave: envelhecimento, psicologia, curso de vida. 223 SILVA, Hélio Cabral da (aluno de Graduação do curso de Engenharia Eletrônica e do Regime de Iniciação Científica da USJT) O PAPEL DAS CADEIAS OCULTAS DE MARKOV NO RECONHECIMENTO DE VOZ A interação com sistemas eletrônicos é um item bem comum, nos dias de hoje. Podemos afirmar que, sem dúvida nenhuma, o meio mais natural de comunicação e, portanto, de interação é por meio da voz. Ainda nesta linha de pensamento podemos associar tarefas complicadas a simples comandos de voz. Em vez de termos de lembrar difíceis seqüências de pressionamento de botões, podemos dizer o que realmente queremos que seja realizado, como por exemplo, "ligue" e assim seu sistema de som tornar-se-á ativo. A proposta deste trabalho é a investigação dos mecanismos fundamentais do reconhecimento de voz, que vai desde o problema da retirada dos fonemas de um fluxo de som, para, posteriormente, ser comparado com um banco de dados padrão (base de conhecimento). Assim, serão explorados os conceitos fundamentais e ferramentas, necessários para implementação de um sistema de reconhecimento de voz. Ênfase será dada na utilização do modelo das Cadeias Ocultas de Markov (HMM), modelo que tem um forte embasamento probabilístico e torna possível os modernos processos de reconhecimento de voz. Na seqüência será analisada outra importante ferramenta que possui um grande mérito no processamento de sinais, a Transformada de Fourier e sua versão computacional a Transformada Rápida de Fourier (FFT). Enfim, o objetivo é entender o processo de reconhecimento de voz e estudar as condições em que iste reconhecimento ocorre da melhor forma possível. Palavras-chave: processamento de sinais, cadeias de Markov (HMM), reconhecimento de voz, FFT. 224 SANTOS, Iracema (aluna de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientadora do trabalho). DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE X VIOLÊNCIA FAMILIAR Desde a Constituição Federal de 1988, a criança e o adolescente passaram a ser vistos pelo Estado e pela sociedade diferentemente do que ocorria até então; foi-lhes assegurado um rol maior de direitos que se tornaram mais específicos e abrangentes a partir da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), muito mais aspectos de proteção e prevenção do que de punição, como ocorria antes. Mas assegurar esses direitos na Constituição e em leis parece não ser o suficiente para a proteção de seus destinatários, pois o quadro de violência e abuso, de várias espécies, contra eles não teve a regressão almejada pelas normas. Ainda hoje, a criança e o adolescente são vítimas de violências físicas, emocionais, sexuais e que, em grande parte, acontecem no próprio ambiente familiar, causando traumas diversos, pois, com a família eles exercem, ou deveriam exercer, uma relação de amor, carinho, confiança. Em substituição a isso, lidam com a violência, não como mero espectadores, mas como vítimas. O ECA, ainda no que tange à proteção, prevê uma série de obrigações à sociedade, em geral, e aos profissionais que lidam com as crianças no intuito de responsabilizá-los quanto à informação, aos órgãos competentes sobre qualquer ato de abuso ou violência contra a criança e o adolescente, mas essas normas ainda não têm uma eficácia, uma atuação prática, pois poucos são os resultados alcançados a partir da colaboração desses obrigados. Conclui-se que a lei "não se faz" sozinha, é necessário muito mais, como um trabalho conjunto entre Estado, família, sociedade e profissionais da área da família e da criança e do adolescente. É preciso entender quais os fatores de motivação dessa violência contra esses dentro do próprio ambiente familiar, pois se trata de uma situação inversa à normalidade. Assim, temse a necessidade de focalização e saneamento do núcleo de tal problema de modo que as garantias já existentes na Constituição e nas leis passem a fazer parte da realidade dessas crianças e adolescentes. Palavras-chave: Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, criança, adolescente, violência, família. 225 MORAES, Jefferson de (aluno de Graduação do curso de Ciências Econômicas e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 93 O ÂMAGO DA DÍVIDA INTERNA MOBILIÁRIA E UMA ANÁLISE ACERCA DOS ESFORÇOS EM MINISTRÁ-LA VIA RIGIDEZ FISCAL A dívida mobiliária corresponde ao total de débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas, residentes no próprio país, por meio da colocação de títulos no mercado. Sempre que as despesas do governo superam a receita, há necessidade de dinheiro para cobrir o “déficit”. Para isso, as autoridades econômicas podem optar por três soluções: emissão de papel-moeda, aumento da carga tributária e lançamento de títulos. A emissão de moeda nem sempre é inflacionária, mas, em muitos países, há necessidade de autorização do legislativo. O aumento da carga tributária, além de ser uma medida politicamente maléfica para a economia, pode trazer conseqüências recessivas, pela diminuição do meio circulante. Finalmente, a colocação de títulos no mercado pode gerar altas violentas nas taxas de juros, provocando um aumento da própria dívida interna (agora, acrescida dos juros). Atualmente, com uma relação dívida/PIB, superior a 50%, há um grande debate sobre qual a melhor política a ser adotada pelo governo para resolver esse imbróglio que constitui um entrave para o crescimento econômico. Sabe-se que a renegociação da dívida interna associada a políticas econômicas compromissadas com a "saúde" dos fundamentos macroeconômicos, em especial, políticas fiscais eficientes, constituem a melhor alternativa para que o Brasil volte a pensar em crescimento econômico. Frente a isso, cabe uma pergunta: a rigidez fiscal vigente implementada pelo governo têm sido eficiente no financiamento da dívida? O ajuste fiscal é consoante com a dívida mobiliária? Para responder essas questões é relevante avaliar se os esforços fiscais vigentes têm conseguido atenuar a dívida em termos reais ou pelo menos convencer os agentes a financiá-la. Palavras-chave: dívida interna, dívida mobiliária, setor público. 226 SANTOS, Josafá da Guarda (aluno da Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A RESPONSABILIDADE CIVIL NOS ATOS ILÍCITOS O artigo 159 do atual Código Civil Brasileiro, sedimentado nos antigos princípios romanos de viver honestamente, de não lesar a outrem e de dar a cada um aquilo que lhe pertence, preconiza que todo aquele que, por ação ou omissão volountária, negligência, imprudência ou imperícia, violar direito ou lesar a outrem, fica obrigado a reparar o dano. Constituise tal princípio em um dos principais sustentáculos do nosso Direito Civil na harmonização da convivência pacífica entre os indivíduos. A violação de uma norma jurídica tanto pode caracterizar-se em uma ofensa a sociedade com a infringência de preceitos indispensáveis a sua existência, como também corresponder a um dano individual em que o ato apenas ofende a um bem alheio. No primeiro caso, temos o ilícito penal regulado pelo direito penal, quando o Estado (invariavelmente "ex officio") exerce o papel repressivo, punitivo e ressocializador. Já no segundo, defronta-se com o ilícito civil, no qual o Estado é chamado a atuar através da jurisdição, por meio do processo, substitui as partes, exercendo, destarte, o papel reparador, com poderes para, em determinadas circunstâncias, invadir o patrimônio daquele que a Justiça reconheça ter agido em conformidade com o referido artigo. Para que se possa falar em responsabilidade civil e a conseqüente necessidade de indenizar, torna-se indispensável perquerir se o agente obrou de forma voluntária, ou lhe tenha sido imputado o fato pela falta de diligência que teria ele de empregar, ou, ainda, pela inobservância de regras de cuidado e segurança que, se observadas, fariam com que o resultado fosse outro. Também deverá haver um dano causado a alguém que possa ser traduzido em valores pecuniários; e por fim, um caminho que deve ser percorrido pelo ato (comissivo ou omissivo) e que conduza ao resultado lesivo. Na falta de qualquer desses elementos não há que ser argüida a responsabilidade civil, porém, na junção deles estará apto o indivíduo lesado a solicitar a prestação jurisdicional para fazer valer o exercício de seu direito subjetivo. Palavras-chave: responsabilidade civil, Estado e jurisdição. 227 LIMA, Juliana Barbosa (bacharel em Filosofia; aluna de Graduação do curso de Letras e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Humberto Pereira da (orientador do trabalho; doutor em Filosofia da Educação pela USP; professor de História da Educação, Filosofia da Educação e Filosofia da Linguagem na USJT; coordenador de estágio no curso de Pedagogia da USJT). UMA NOVA PERSPECTIVA NO ESTUDO DA FILOSOFIA Desde sua chegada ao Brasil, por meio dos jesuítas, o estudo da filosofia vem sendo motivo de discussões. No século XIX, era usado como instrumento de catequização e de enriquecimento cultural das classes sociais mais elevadas; em suma, os objetivos da matéria eram estritamente religiosos e políticos. Na década de trinta do século seguinte, já estava totalmente desvalorizado e obscuro na grade curricular. Com o golpe militar, deixou de ser obrigatório, passando a ter caráter optativo. Como conseqüência desse processo, a Filosofia é considerada matéria inferior, por professores e alunos. Afinal, ambos desconhecem os objetivos. O profissional da área de filosofia também ficou muito prejudicado diante dessa questão, pois, como a Filosofia é considerada irrelevante, não é obrigatória a formação específica aos professores. Esse fato contribuiu para a desestruturação da matéria; pois, além de seus objetivos não serem sabidos, sua estrutura, como forma de conhecimento, também é desconhecida. Sendo assim, torna-se necessária a formulação de objetivos reais para essa ciência na grade curricular. Porém, essa deve ser feita por profissionais ligados à área, a fim de garantir a qualidade e eficácia no estudo dela. Enfim, o professores de Filosofia devem buscar métodos de trabalho que a tornem interessantes aos alunos do Ensino Médio; trabalho esse que deve ser fonte de desenvolvimento de raciocínio crítico e lógico dos alunos, item que está incluído na Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Brasileiro. Palavras-chave: filosofia, educação, metodologia. 228 BOVA, Juliana Gusman (aluna de Graduação do curso de Fisioterapia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); COELHO, Stela Maris Terena (professora do curso de Fisioterapia da USJT; orientadora do trabalho). A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS NEUROMUSCULARES PARA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA NOS PACIENTES COM DOENÇAS 94 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 Este trabalho tem como objetivo apresentar uma pesquisa na área da Fisioterapia, relacionada com o estudo dos efeitos da massagem nos pacientes com doenças neuromusculares para melhora da qualidade de vida. A Fisioterapia, que tem como objetivo principal o estudo do movimento humano, utiliza-se de métodos próprios para o tratamento das alterações de tônus. Existem vários Recursos Terapêuticos Manuais (RTM) que podem ser utilizados como técnica de tratamento, dentre os quais pode-se destacar a massagem. É uma técnica que promove o alívio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizando estruturas, aliviando a dor e diminuindo o edema. Previne a deformidade e promove a independência funcional em pessoas com um problema de saúde específico. As doenças neuromusculares, por sua vez, são caracterizadas como distúrbio do Sistema Nervoso e têm como reações patológicas básicas: atrofia, degeneração e regeneração das fibras do músculo esquelético. Por isso, a metodologia utilizada foi baseada na revisão bibliográfica de autores que investiram em seus conhecimentos para melhor compreender as alterações fisiológicas do corpo humano em resposta aos efeitos terapêuticos da massagem. Por sua vez, a melhora da qualidade de vida se justifica por vários fatores, nos quais se encontram as aplicações corretas do conhecimento sobre a Fisioterapia. Palavras-chave: doenças neuromusculares, massagem, qualidade de vida. 229 SILVA, Leandro José Araújo (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FERRABOLI JÚNIOR, Roberto (professor do curso de Engenharia Mecânca da USJT; orientador do trabalho). ANÁLISE DA EFECIÊNCIA DE UMA USINA TERMELÉTRICA OPERANDO ATRAVÉS DO USO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA EM CICLO COMBINADO A energia elétrica é, hoje, entre os serviços prestados ao público, o mais difundido no país, atendendo a mais de 90% dos domicílios brasileiros. Após o Plano Real, iniciou-se um processo de reestruturação do setor de energia devido ao plano de crescimento da demanda por eletricidade, à dificuldade de financiamento de novos investimentos e a problemas de eficiência econômica. O processo de reestruturação promoveu a separação das atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização. A geração e a comercialização tornaram-se competitivas, enquanto que a transmissão e distribuição foram mantidas sob monopólios regulados. Além disso, os consumidores foram classificados como livres (possuem o direito de escolher seu consumidor) e cativos ("presos") da concessionária local. O crescimento do consumo de eletricidade supera o próprio crescimento do Brasil. Segundo dados da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S/A), a demanda tem um aumento de 5% ao ano. O crescimento previsto do consumo no Sudeste é de 5,7%. No Nordeste, a necessidade de aumento de energia deverá ser maior, com demanda de 8,1%. Com o cenário positivo da retomada do desenvolvimento, a necessidade do aumento da produção energética será ainda maior. Uma forma segura e econômica de reverter tal problema em um curto prazo de tempo, é a implantação de usinas termelétricas a gás natural, reconhecidas como produtoras de energia limpa. Os ganhos em eficiência energética e preservação do meio ambiente são possíveis através do uso da co-geração de energia em ciclo combinado. O conceito de ciclo combinado refere-se à utilização da combinação de ciclos de turbinas a gás com ciclo de turbinas a vapor que operam integrados, como forma de gerar energia elétrica, aproveitando ainda mais a energia liberada pela combustão do gás natural. Tal aproveitamento dá ao sistema uma eficiência e economia muito superiores, quando comparadas a outros ciclos já existentes. Co-geração é a produção, a partir de uma fonte (por exemplo, gás natural), de duas formas diferentes de energia: a elétrica e a térmica (aproveitada sob a forma de vapor). Com este trabalho, pretende-se analisar a conversão de uma usina termelétrica, cujo combustível é óleo mineral, gerando energia através de ciclo simples, para uma central termelétrica a gás natural, propondo operação com sistema de co-geração em ciclo combinado, na qual será estudada de forma hipotética, sob aspectos tecnológicos e econômicos, a melhor forma de se obter máximo rendimento. Palavras-chave: termelétrica, co-geração de energia. 230 MARTINOFF, Lenita (aluna do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FARINA, Anete Souza (orientadora do trabalho; psicóloga graduada pela UNESP; mestre em Psicologia Geral Clínica pela UMESP; doutora em Psicologia Social; pós-doutorado pela USP (em curso); supervisora de Estágios na USP; professora da USJT e Mackenzie). A PERCEPÇÃO DA MÃE SOBRE O PAPEL DA BABÁ DA CRECHE A creche é uma instituição social que visa a promover o desenvolvimento infantil em todos os aspectos (físico, afetivo, moral), proporcionando, também, a adequada alimentação, acesso à cultura, saúde e lazer, além de prestar atendimento às famílias da comunidade. Em suma, a função da creche é educar e formar a criança, que passa a maior parte do tempo sob sua hégide. Essa instituição se configura a partir da necessária inserção da mulher no mercado de trabalho, em função das carências econômicas. Tal movimento afetou a organização familiar, por causa do afastamento da mulher de sua função materna, de forma integral, tornando o espaço da creche necessário para garantir as necessidades de cuidados das crianças. Apesar do caráter educacional dela - que consiste no cuidado da criança em seus primeiros passos para a vida - essa não é vista como uma instituição educacional, pois, seus profissionais não são educadores. Não é exigida formação acadêmica das funcionárias, principalmente, daquelas que ocupam o cargo de babá, muito embora em seu registro profissional conste a função de educadora. Ou seja, a creche perdeu seu caráter educacional e passou desempenhar o papel de abrigo a crianças que não têm onde ficar, se não ali. As babás assumiram a tarefa de desempenhar o papel de mãe, enquanto ela se encontra ausente. Tendo em vista esta "substituição" da mãe pela babá, este estudo pretende verificar a percepção que as mães têm sobre o papel da babá: quem é ela e quem a mãe gostaria que ela fosse. Palavras-chave: creche, mulher, trabalho. 231 NASCIMENTO, Livia Paula M. do (aluna de Graduação do curso de Letras e do Regime de Iniciação Científica da USJT); MATOS, Marly de Bari (professora do curso de Letras da USJT; orientadora do trabalho). 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 95 DIALETOLOGIA NO BRASIL Dialetologia é o estudo das modificações regionais de uma determinada língua em um determinado país ou região. A língua portuguesa abrange diversos países, entre eles Portugal e Brasil. A dialetologia, no Brasil, irá estudar as modificações que a língua sofre na sua forma oral e escrita, tendo como base a língua portuguesa oficial e a sua norma culta. Estudam-se as modificações que distinguem a língua oficial da língua falada na sua forma gramatical, fonológica, sintática etc. Segundo Antenor Nascentes, o Brasil pode ser dividido em duas grandes áreas dialetais: a área dialetal do norte e a do sul; sendo que elas são separadas a partir do litoral do Espírito Santo e Bahia até a cidade de Mato Grosso. O estudo dialetal da área do Norte tem duas subdivisões: a amazônica e a nordestina. Já o estudo dialetal da área do sul tem quatro subdivisões: a baiana, a fluminense, a mineira e a sulina. Mas quais os motivos que levaram ao surgimento de tão díspares dialetos no território brasileiro? As diferenças dialetais podem ser explicadas pela história cultural e política e por forças maiores da linguagem humana que tende a criar falares diversos decorrentes, sobretudo, da distância daquela região em relação ao centro lingüístico irradiador. Além disso, deve-se considerar, ainda, que o surgimento de diversos dialetos no Brasil vincula-se à História colonial e, também, ao desenvolvimento econômico e cultural que dividiu o nosso país em duas áreas dialetológicas. O estudo dos dialetos poderá auxiliar no conhecimento dos povos que ocuparam e influenciaram na linguagem de determinada região e mostrará como esse povo influenciado utiliza a língua portuguesa na sua forma oral e escrita. Palavras-chave: dialetologia, dialetos, modificação, transformação, linguagem. 232 MELO, Luciana Nóia Ferreira de (aluna da Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SANTOS, Fábio Ribeiro dos (professor da USJT; mestre em Direito do Estado pela USP; orientador do trabalho). ASPECTOS DA CONSTITUCIONALIDADE E LEGALIDADE DA RESOLUÇÃO 257/99 O CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente é um órgão para estabelecer padrões de degradações causadas ao Meio Ambiente. A tal órgão foram delegadas competências, dentre as quais: "deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida" (Art. 7º, VIII do Decreto 99.274/90). No exercício de suas funções, editou a Resolução 257/99 que normatiza a correta disposição final de pilhas e baterias. Discute-se a legalidade da norma, visto que há o entendimento segundo o qual uma norma criada pelo CONAMA somente pode ser tida como válida quando regular padrões com suporte em legislação já existente, o que no caso em testilha, não ocorreria, pois não há lei específica sobre o assunto à luz das normas contidas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Por outro lado, outros aspectos deveriam ser levados em consideração, tais como a urgência de cuidados emergenciais em relação ao meio ambiente, e a flexibilidade necessária com que se tem tratado os assuntos pertinentes ao tema., De uma forma geral, em relação aos direitos difusos, sendo relevante pode-se interpretar a norma jurídica não apenas observando a letra fria da lei, o que está positivado, mas adaptando a norma a casos reais, visando ao bem-estar da sociedade. Palavras-chave: CONAMA, Resolução 257/99, legalidade. 233 ARAÚJO NETA, Luzia (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); GATTI, Ana Lúcia (orientadora do trabalho; graduada no Instituto de Psicologia da USP; mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Campinas; doutora em Psicologia em Psicodagnóstico de Rorscharch pela PUC- Campinas; professora da USJT). ANSIEDADE AO FALAR EM PÚBLICO SOB A ÓTICA DA PSICANÁLISE De acordo com a leitura de alguns autores e através dos meios de comunicação, percebe-se que a ansiedade tem sido um tema amplamente discutido; tornando-se uma questão de preocupação para muitos, tanto para pesquisadores quanto para indivíduos que sofrem desse problema. Dentro das características principais da ansiedade estão os sentimentos de incerteza e de impotência em face do perigo. A ansiedade possui um significado que pode ser destrutivo, mas também há outro que pode ser construtivo. Desde o homem primitivo, ela é usada como uma advertência de ameaça física à sobrevivência, destacandose como uma função importante no desenvolvimento de capacidades e habilidades dos indivíduos que ampliaram seu alcance protetor. Na atualidade, ainda nos percebemos ameaçados fisicamente e, principalmente, psicologicamente. Somos vítimas de danos em nosso amor-próprio, de ostracismo promovido pelo nosso grupo, ou da ameaça de derrota no mundo de competição. A maneira de nos sentirmos ansiosos mudou, mas a experiência continua sendo relativamente semelhante à de nossos antepassados. Ao nos depararcom a ansiedade, podemos aliviar nosso tédio, ativar nossa sensibilidade e garantir a presença da tensão que é necessária para preservar a espécie humana. Ela é, dentro da Psicologia, uma característica mental bastante percebida em nossa civilização, possuindo incidências crescentes no campo da patologia social. O presente trabalho tem como objetivo verificar o significado da ansiedade e de seus propósitos na experiência humana, analisando as preocupações, tensões e conflitos geradores. Buscar, principalmente no ponto de vista psicanalítico, quais são os fatores que levam tal sentimento a transformar-se em transtornos e prejudicar o ritmo de vida natural de indivíduos que a possuem de forma descontrolada, com ênfase na situação de falar em público. Os métodos utilizados para este fim serão pesquisas bibliográficas feitas sobre alguns autores que tratam do tema ansiedade na área da Psicologia, detendo-se em Donald W. Winnicott e Melanie Klein, que possuem uma visão psicanalítica e vasto material relacionado ao tema ansiedade. Palavras-chave: ansiedade, falar em público, psicologia, psicanálise, conflitos. 234 ZIROLDO, Marcelo (aluno de Graduação do curso de Engenharia da Computação e do Regime de Iniciação Científica da USJT); ZANINI, Angelo Sebastião (professor do curso de Engenharia da Computação; orientador do trabalho). UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NO ENSINO O computador é um aliado do professor na tarefa de transmitir o conhecimento, caracterizando-se como ferramenta que propicia o aumento do desempenho no processo pedagógico de ensino-aprendizagem. A tecnologia incorporada ao cotidiano das instituições de ensino traz três grandes caminhos a serem explorados: a comunicação remota, através da Internet e dos correios eletrônicos, que permite a busca e a troca de informações utéis ao aprendizado; “softwares” 96 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 Operacionais/Comerciais, em que o treinamento é fundamental para o ingresso no mercado de trabalho; “softwares” Educativos cujo o uso permite apoio ao ensino em várias áreas. Dentro da família dos “softwares” educativos encontram-se os simuladores, que permitem a simulação de experiências de difícil realização em laboratório, devido à complexidade e/ou ao custo elevado. Com a utilização dos computadores e da nova tecnologia da informação abrimos possibilidades para atingirmos melhores resultados na Educação, reforçando os conhecimentos teóricos e científicos adquiridos em sala de aula. Dessa forma, a tecnologia aplicada ao ensino é uma ferramenta e nunca o objetivo em si mesma. Para pesquisar e concluir sobre os resultados do uso de “softwares” educativos, baseados em simuladores, este trabalho acadêmico tem o objetivo de propor uma metodologia de inclusão da nova tecnologia em disciplinas que, até então, não a utilizam; medir o resultado alcançado a partir de uma análise comparativa do aumento da produtividade dos alunos submetidos a esta nova ferramenta em relação ao desempenho de alunos de anos anteriores. A qualidade da aprendizagem auxiliada pela tecnologia depende da qualidade das metodologias educacionais e não da sofisticação dela própria. Não se pode incidir no erro de apenas levarmos informação ao aluno e não o conhecimento. Partindo dessa observação, pretende-se verificar a eventual contribuição da inserção de uma nova ferramenta computacional em uma disciplina no curso de Engenharia da Computação e verificar, por meios estatísticos, o ganho de produtividade no processo de absorção de conhecimento. Palavras-chave: computador, ensino, softwares educativos, simuladores. 235 SOUTO, Marcia Aparecida (aluna de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BOULOS, Christianne (professora da USJT; orientadora do trabalho). DIREITO AUTORAL E SUAS CONCEPÇÕES PATRIMONIAIS E MORAIS Direito de autor é, sem dúvida alguma, um dos ramos do Direito que atrai mais a atenção dos atuais juristas das mais diversas áreas. Nele encontram-se os temas mais fecundos e controvertidos da atual dogmática jurídica. A sua natureza peculiar oferece aos estudiosos valiosos questionamentos acerca dos direitos existentes e sua eficácia, dos limites do exercício regular dos Direitos patrimoniais e morais e das atuais inovações tecnológicas. Destinados a proteger o homem como criador intelectual, tais direitos realizam a síntese entre a defesa dos vínculos de cunho moral (pessoal) e patrimonial (pecuniário) do autor com sua obra e posterior regulação de sua circulação jurídica, em consonância com os diferentes interesses que envolvem desde os de seu explorador econômico, aos do titular do respectivo suporte físico, e aos da coletividade e aos do Estado. Dessa forma, cumpre questionar a real possibilidade de se interpretar e aplicar o direito de autor de forma coerente e eficaz. Se a linha imaginária que separa os direitos patrimoniais dos direitos morais de autor é tênue, por vezes não se consegue vislumbrar o exato limite entre direitos patrimoniais e morais. Este trabalho tem o intuito de contribuir de forma simplificada para melhor delimitar os aspectos relacionados ao Direito de autor, principalmente, na vertente relacionada à conscientização da importância dessa matéria na esfera das relações jurídicas individuais e coletivas. Palavras-chave: Direito de autor, patrimonial, moral, conscientização. 236 YONOHI, Marcia Miyuki (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BASSIT, Ana Zahira (orientadora do trabalho; psicóloga pelo IUP (Instituto Unificado Paulista); mestra em Psicologia Social pela PUC –SP; doutora em Saúde Pública pela USP; livre docente: “Saúde da Mulher e Envelhecimento”- pela USP; professora da USJT e da Universidade Braz Cubas). O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA: NOVAS DEMANDAS PARA A PSICOLOGIA Desde a década de 40, a população brasileira vem sofrendo um declínio constante nas taxas de natalidade e mortalidade. Em função disso, a expectativa de vida dos recém-nascidos e da população com mais de 65 anos está aumentando. Na população idosa, observa-se que o número de mulheres é superior ao número de homens, porque as taxas de natalidade e mortalidade são diferentes para cada camada. A grande concentração de idosos mora na região sudeste, sendo que a maioria deles vivem em áreas urbanas, em conseqüência das migrações campo-cidade que ocorreram. Quanto à escolaridade dos idosos, a maioria é analfabeta, enquanto que os demais somente completaram o primeiro grau em função das dificuldades de acesso à escola naquela época. Somente os que pertenciam às classes sociais com mais anos de estudo é que tinham condições de estudar, porque os demais precisavam trabalhar. Em relação à etnia, observa-se que a concentração de brancos é maior do que a de negros. A maioria dos homens idosos moram acompanhados de suas famílias, ao lado da esposa, com ou sem filhos, ou moram ainda na casa dos filhos ou parentes. Percebe-se que eles têm um maior grau de dependência do que as mulheres viúvas que, quando têm condições financeiras, preferem morar sozinhas. Observa-se que a incidência de um segundo casamento é maior entre os idosos do que entre as mulheres. Esse fato pode estar associado ao domínio do pai, ou do marido, na vida dessas mulheres que, quando ficam viúvas, sentem-se “livres”para conduzir suas próprias vidas. Apesar de a população de idosos estar aumentando, não podemos definir a velhice somente pela idade; pois, para compreendê-la melhor, é necessário considerar o curso de suas vidas, ou seja, as suas biografias individuais atreladas ao seus contextos históricos e sociais, à classe econômica à qual pertencem, às suas etnias e à relação que têm com suas famílias. Dessa forma, o processo de envelhecimento não pode ser generalizado para toda a população, porque há interferências sociológicas, históricas e psicológicas. Nesse sentido, a Psicologia pode contribuir para o melhor entendimento dos fatores psicológicos e variáveis do desenvolvimento que podem contribuir para uma velhice bem sucedida. Palavras-chave: envelhecimento populacional, psicologia e velhice bem sucedida. 237 CUNHA FILHO, Mauro (aluno de Graduação do curso de Filosofia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). FILOSOFIA, LINGUAGEM E MÚSICA A música sempre teve uma relevante presença no contexto da Filosofia Ocidental em todos os tempos, como podemos evidenciar no pensamento de vários filósofos: Filolau (V a.C.), Platão (427 - 347 a. C), Plotino (II d.C.), Santo Agostinho (354-430), Dante Alighieri, Immanuel Kant (1724-1804), Friederich Nietzsche, entre outroNo Brasil, temos filósofos, estudiosos, musicólogos, críticos e pesquisadores da área, como Celso F. Favaretto, Marilena Chauí, Zuza Homem 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 97 de Melo, Zé Miguel Wisnik, Luiz Tatti, Mário de Andrade, Haroldo de Campos, Márcia Tosta Dias, entre outros. A MPB (Música Popular Brasileira) sempre expressou uma qualidade positiva no nível da sua cultura. Este trabalho pretende estudar a Música Popular Brasileira a partir do movimento musical revolucionário - histórica e artisticamente -, chamado "Tropicalismo"; que foi um importante agente de resistência política à Ditadura de Direita, produto do Golpe Militar de 1964. Foi um período de grande criatividade da música popular brasileira, que acabou por influenciar várias novas bandas brasileiras, principalmente da década de 1980; Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Ira, Titãs, Barão Vermelho, Capital Inicial, RPM, Lobão, Cazuza, entre outras. A linha condutora da linguagem das letras de músicas dessas Bandas citadas é, ainda, a "Resistência", mas uma resistência contraditória, direcionada a um certo "vazio de si mesma", reflexo de um sistema capitalista globalizado, que automatiza o jovem e o aniquila, que trata a música enquanto um mero objeto de consumo, sem conteúdo ligado ao conhecimento. A partir da análise da Linguagem na Música, a Filosofia pode exercer cientificamente seu papel crítico no sentido de conscientização da sociedade, levando-se em conta o tripé: Produção Cultural, Produção Artística e Sociedade de Massa na sociedade brasileira, atentando para o fato de que, segundo dados estatísticos da ABPD Associação Brasileira Produtora de Discos, o país tem o 10º mercado em consumo de “compact disc” (CD) no mundo. Palavras-chave: Filosofia, linguagem, música, política, produção cultural, produção artística, sociedade de massa. 238 COSTA, Mike Luiz Sella da (aluno do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SANTOS, Fábio Ribeiro dos (professor da USJT; mestre em Direito do Estado pela USP; orientador do trabalho). DIREITO AMBIENTAL E A RESPONSABILIDADE ESTATAL O “caput” do artigo 225 da atual Constituição do Brasil traz os deveres gerais do Estado, diante do tema Direito Ambiental. É o fundamento de toda construção sistêmica sobre o assunto, por se tratar de norma constitucional, ressalvada sua relação com as demais normas e princípios constitucionais. A norma menciona a incumbência do poder público de defender e preservar o meio ambiente, podendo o Estado ser responsabilizado nesses termos. Aqui não trataremos, a princípio, da responsabilidade penal do Estado, abordando apenas a esfera civilem que podemos encontrar algumas teorias, dentre as quais a da responsabilidade objetiva do Estado, que é a preponderante nos dias de hoje. Por essa teoria o Estado pode ser responsabilizado, inclusive no âmbito do Direito Ambiental, independentemente da verificação de culpa. O Direito Ambiental é um ramo relativamente novo do Direito, portanto para entendermos bem a relação entre ele e a responsabilidade estatal, necessitaremos fazer um estudo interdisciplinar em diversas áreas do conhecimento jurídico. Este estudo usará como base, por exemplo, o Direito Constitucional, o Direito Administrativo, o Direito Civil, a Sociologia Jurídica e o próprio Direito Ambiental. Podemos encerrar mostrando da importância de tal estudo, ainda com base no texto constitucional, que determina meio ambiente como bem de uso comum do povo e essencial à vida, garantindo a todos o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Ora não há necessidade de conhecimentos jurídicos para entender a importância de tal afirmação, e de que devemos cobrar do Estado sua atividade, ou por sua atividade. Palavras-chave: Direito Ambiental, responsabilidade do Estado, atividade estatal. 239 SANCHES, Osmar (aluno de Graduação do curso de Economia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). AS RELAÇÕES TRABALHISTAS FRENTE ÀS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS O desemprego tecnológico é uma questão que assusta uma parcela considerável da população. Quem nunca pensou, mesmo que por hipótese, em ser substituído por uma máquina que realizasse a mesma tarefa que você? O pior tudo isso é que elaexecuta tarefas de forma mais rápida, eficiente e, acima de tudo, mais barata. Quando fazemos tal suposição, imaginamos que essa hipótese é remota; porém, as inovações tecnológicas são um processo contínuo na economia. Através delas os produtores reduzem seus custos de produção e maximizam a lucratividade. Com a interdependência de mercados que impera na economia, o processo de inovações tecnológicas garante a permanência das empresas na concorrência com seus adversários econômicos. Mas diante de uma analise econômica, em que lugar o trabalhador se encaixa? Diante deste processo de maximização dos lucros, redução de custos e introdução de novas tecnologias será que o trabalhador é simplesmente descartável? O desenvolvimento tecnológico impõe novos paradigmas às relações entre trabalhadores e capitalistas, além de levantar algumas dúvidas. Será que os capitalistas, não estão usando as novas tecnologias, para flexionar os salários para baixo, a fim de aumentar sua lucratividade e ainda reduzir o poder de barganha do trabalhador? E alem disso, de que maneira o trabalhador pode se "defender" das inovações tecnológicas? Será a requalificação profissional a única alternativa? Estas são algumas das questões que procuraremos esclarecer ao longo do trabalho a ser desenvolvido. Palavras-chave: Inovações tecnológicas, Relações trabalhistas e desemprego tecnológico. 240 MINGONE, Paloma Ianello (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). TESTES PSICOLÓGICOS DE NÍVEL INTELECTUAL Quais são os testes de avaliação de nível intelectual que estão sendo utilizados pelos psicólogos na área clínica? Segundo WECHSLER (1996, p. 12), se pudéssemos refletir sobre testes de nível intelectual, teríamos que: "...não estão mais sendo vistos como medidas de inteligências, e sim, como de maturidade conceitual. O processo de formação de conceitos é composto da atividade mental, abrangendo a capacidade de perceber ou discriminar semelhanças, a capacidade de abstrair ou classificar os objetos de acordo com as suas semelhanças e diferenças e a capacidade de generalizar ou atribuir uma classe correta ao objeto, baseando-se no que já conhece sobre outras classes. Todo esse processo é entendido como pensamento, cognição ou conhecimento." A escolha do instrumento psicológico para aplicação, vai depender da finalidade, do objetivo que o psicólogo deseja investigar, a fim de que o teste possa auxiliá-lo na descoberta, na compreensão do problema do paciente, visando sempre ao tratamento a ser seguido, a ser realizado. Os psicólogos só poderão aplicar os testes que 98 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 estiverem padronizados para a população brasileira, utilizando-se das normas para aplicação., Se assim não os fizerem, eles estarão cometendo uma falta ética. O Desenho da Figura Humana, Stanford-Binet, Columbia, Teste de Inteligência NãoVerbal, Cubos de Köhs, Raven, Teste de Sondagem Intelectual, WAIS, WISC, como outros, são alguns testes de nível intelectual, para a avaliação da capacidade cognitiva do paciente, utilizados pelos psicólogos da área clínica. Palavras-chave: Testes psicológicos, nível intelectual, maturidade conceitual. 241 SAKAVICIUS, Patrícia Monteiro (aluna de Graduação do curso de Educação Artística e do Regime de Iniciação Científica da USJT); CELENTANO, Rita de Cássia (professora do curso de Educação Artística; orientadora do trabalho). JOGOS DRAMÁTICOS E TEATRAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL COMO MÉTODO DE SOCIALIZAÇÃO O teatro, assim como as artes de uma forma geral, ainda não recebe a atenção necessária em nenhum setor, e é um dos que mais sofre préconceitos devido à massificação de imagens deturpadas de sua real importância. O resultado desse problema cultural é a subestimação dele. Assim, o papel dessa atividade cultural na Educação se torna um dos pontos mais difíceis de ser entendido e aceito, já que é tido como "luxo", "lazer" e outras sub-funções pejorativas por uma grande maioria da população, inclusive pais, profissionais da Educação e alunos. Os primeiros estudos da relação existente entre o teatro e a Educação foram realizados na Antigüidade clássica; porém, o termo “teatro-educação” surgiu apenas na segunda metade do século XIX, com a utilização do jogo como fonte de aprendizado. No final daquele século, essas idéias foram disseminadas através do movimento “Escola Ativa” que, no Brasil,recebeu o nome de “Escola Nova”. Mas, de forma geral, a inclusão das artes como componente curricular da Educação formal, tinha como objetivo estimular uma espécie de criatividade no educando que seria utilizada no seu crescimento tecnológico e mecanicista. Tivemos, na verdade, a utilização das artes manuais na Educação de crianças, jovens e adultos da época. Era uma exigência da crescente industrialização da economia, ou seja, o uso da arte era contextualista ou instrumental, com objetivos claramente industriais, e não artísticos. A partir da segunda metade do século XX, o teatro e sua função pedagógica começaram a ser investigados no processo de desenvolvimento de aspectos cognitivos e psicomotores quando aplicados na educação escolar. Era uma abordagem essencialista ou estética; o teatro passa a ter como objetivo o desenvolvimento cultural e o crescimento pessoal, assumindo a função de experimentar papéis; o jogo passa a ser visto como mola propulsora no desenvolvimento de habilidades. Os jogos tradicionais e de rua fazem parte do desenvolvimento da criança e os jogos dramáticos e teatrais devem ser propostos, pois são como pilares na Educação infantil.Essa inclusão é um fator decisivo e facilitador da socialização; pois, jogando assumimos papéis, colocamo-nos no lugar do outro, o que amplia nossa visão, nossa capacidade de respeitar a diversidade. Além disso, resgata aquilo que há de sensível e que é capaz de mudar nossa realidade qualitativamente. Este trabalho sugere a investigação do processo e da utilização dos jogos dramáticos e teatrais em seu caráter essencialista na educação infantil. Como método eficaz, pode ser protagonista na correção de possíveis falhas de personalidade que gerariam problemas sociais a curto, médio e longo prazos. Palavras-chave: jogos dramáticos, jogos teatrais, teatro-educação, socialização. 242 NIFOCI, Renata Ercília Mendes (aluna de Graduação do curso de Matemática e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). PITÁGORAS: UM TEOREMA E SUAS APLICAÇÕES O pouco que se sabe sobre a vida de Pitágoras é uma mistura de lenda e misticismo. Pitágoras nasceu, aproximadamente, em 580 a.C., na Ilha de Samos. Acredita-se que ele foi para Mileto, onde se tornou discípulo de Tales. Quando voltou a Samos, encontrou a ilha na mão do tirano Polícrates, que não aceitava escolas na região. Seguiu, então, para Crotona, no sul da Itália, onde fundou a Escola Pitagórica. Nessa escola, estudavam-se Matemática, Filosofia e Ciências Naturais. Pitágoras fez muitas contribuições à Matemática, mas, com certeza, a mais conhecida e a mais importante é o “Teorema de Pitágoras” que diz o seguinte: “a soma do quadrado dos catetos de um triângulo-retângulo é igual ao quadrado da hipotenusa”. Essa hipótese já era conhecida pelos babilônios há um milênio; mas a primeira demonstração geral pode ter sido dada por Pitágoras. A importância desse teorema se dá ao seu valor cultural, a influência nas áreas da Física, da Geometria, da Engenharia, trazendo grandes evoluções a elas e ao grande número de aplicações que ele tem. Podemos citar como exemplos de aplicações: a partir do teorema, conseguimos calcular, aproximadamente, o raio da Terra; a inclinação de um telhado ou de uma rampa; a distância entre dois pontos invisíveis um do outro; a distância máxima entre os vagões de um trem e a plataforma: e formar exatamente os ângulos de 90º entre as paredes que serão construídas. A partir deles, podemos perceber que o teorema de Pitágoras não existe somente para ser ensinado em sala de aula; mas também, para ser usado e aplicado no dia-a-dia. Será que essas aplicações do teorema são expostas aos alunos em sala de aula? Palavras-chave: Pitágoras, teorema de Pitágoras, triângulo-retângulo. 243 ZAMLUTTI JÚNIOR, René (aluno de Graduação dos cursos de Letras e de Licenciatura e do Regime de Iniciação Científica da USJT); LELLIS, Valter Siqueira (orientador do trabalho; professor de Literatura Inglesa e Norte-Americana do curso de Letras da USJT). A INFLUÊNCIA SOCIAL DOS SERMÕES DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA O objetivo do trabalho a ser desenvolvido será a análise da influência que a obra do Padre Antônio Vieira notadamente seus sermões - teve na sociedade e na literatura brasileiras da época em que viveu - o século XVII. Na qualidade de pregador, Vieira teve tamanha relevância no panorama religioso, político e social do século XVII, que é impossível considerá-lo sob apenas um desses aspectos, sem compará-lo aos outros. Pertencente ao Barroco - movimento literário surgido em meio à turbulência social oriunda da Contra-Reforma (levada a cabo pela Igreja Católica, com o objetivo de resgatar os fiéis que as idéias professadas por Martim Lutero em sua Reforma haviam angariado) -, Vieira tem um estilo esteticamente excepcional, mas sua arte não se limita a isso. Seus sermões tinham a nítida intenção de conscientizar os 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 99 ouvintes para este ou aquele aspecto da sociedade digno de reflexão. Nesse tocante, nem mesmo a própria Igreja Católica foi poupada de suas críticas - o que não deixou de trazer problemas ao pregador -; Vieira chega a criticar o próprio movimento literário a que pertencia (mais especificamente, o cultismo, subdivisão do Barroco que valorizava a forma em detrimento do conteúdo, ao contrário do conceptismo, a outra vertente do movimento na qual se insere a obra de Vieira). A arte literária barroca caracteriza-se pelo uso de contradições, paradoxos e jogos de palavras (no conceptismo, mais verificáveis em relação ao conteúdo do que à forma), reflexo da tensão social então existente, decorrente do embate direto de filosofias que enalteciam ora o divino, ora o humano. Diante de tal quadro, algumas perguntas podem ser feitas, no sentido de melhor orientar o desenvolvimento do trabalho, dentre as quais podemos, por ora, destacar as seguintes: quais foram as influências de Vieira? Qual o impacto de sua obra? De que modo seus sermões influenciaram os valores sociais da época e a literatura que o sucedeu? Estas são apenas algumas das questões para as quais o presente trabalho pretende oferecer respostas, se não conclusivas (porquanto isso nem sempre é possível, em termos de análise literária), ao menos coerentes e sustentáveis. Palavras-chave: Antônio Vieira, barroco, sermões. 244 TIEZZI, Ricardo (aluno de Graduação do curso de Jornalismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUC-Campinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A SEMIÓTICA DA FOTOGRAFIA NO JORNALISMO IMPRESSO É comum dizer: “uma imagem vale por mil palavras”. Partindo desse pressuposto, a semiótica pode ser utilizada como ferramenta investigatória da fotografia no jornalismo impresso, e denunciar uma deturpação de uma realidade não condizente à verdade, de fato. O jornalismo impresso utiliza-se de material fotográfico de seu arquivo para ilustrar matérias que não possuem imagens satisfatórias. A semiótica pode instrumentalizar a fundamentação de uma fotografia não fidedigna ao seu contexto, e revelar um elemento manipulador. A semiologia da fotografia pode identificar o grau de influência, ou deturpação, na opinião pública em questões políticas e sociais, mesmo atenuada pelo advento e crescimento constante - cada vez mais absorvente - das mídias que tendem, por si só, a aumentar e multiplicar as informações corretas e fidedignas. A utilização de fotografias na mídia impressa de caráter manipulador é fato e instigador de pesquisas. Nos meses de abril e maio do ano 2000, o governo federal foi politicamente conturbado pelas intensas manifestações do MST (Movimento dos Sem Terra) que o atrapalhavam em sua governabilidade, tanto no aspecto administrativo como em popularidade (reconhecidas empresas de pesquisas demonstravam esses percentuais negativos). Para inibir tais manifestações, supostamente a pedido do palácio federal, a revista “Veja”, na edição 1.648 de 10.05.2000, publicou em sua capa a manchete: “A tática da baderna”, referindo-se às tais manifestações. Em seu conteúdo, a revista apresenta uma matéria descaracterizando o movimento de sua função social, a reforma agrária, utilizando-se, inclusive, da falsa conotação de uma fotografia: uma alusão, através de uma fotomontagem de um dos líderes do MST, João Pedro Stedile, a James Bond, personagem de Ian Fleming, referindo-se ao líder como se ele estivesse acima do bem e do mal (inclusive com licença para matar). Tal episódio foi amplamente explorado e debatido pela mídia, questionando o fato dentro de uma postura ética em relação ao conteúdo da matéria. Procedimentos, como o relatado, podem ser encontrados fartamente na Justiça comum, quando os prejudicados com a divulgação de imagens de si próprios se acham no direito de requererem ação indenizatória por danos morais e de imagens. O projeto de pesquisa tem como finalidade investigar, através de levantamento teórico e histórico, por meio de raciocínio dedutivo e fundamentado pela semiótica da fotografia, as fotos dos jornais “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo”, pertinentes ao processo eleitoral 2002 e relacionadas aos candidatos aos cargos de Presidente da República e Governador do Estado de São Paulo, que não forem condizentes ao seu verdadeiro sintagma. A população do universo a ser pesquisada “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo” - foi determinada por serem esses os veículos impressos de maior tiragem dentro do Estado com o maior colégio eleitoral do país, São Paulo. O período de investigação será a partir da data que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinar como último prazo de inscrição as candidaturas aos cargos citados, até o dia da realização do segundo turno da eleição. Palavras-chave: semiótica, fotografia, jornalismo, deturpação. 245 SILVA, Rodrigo Machado da (aluno da Graduação do curso de Comunicação Social habilitação em Jornalismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT); LANZA, Sonia Maria (professora de Língua Portuguesa da USJT; orientadora do projeto de pesquisa). A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA PÁGINA PARA O CONSUMO DA INFORMAÇÃO Os avanços tecnológicos fazem parte das necessidades da industrialização, facilitam a produção, circulação ,o consumo e reforça a informação. Em Jornalismo, como decorrência normal do sistema econômico, a informação é um produto do sistema capitalista e, nesse momento, é preciso refletir sobre ela como um produto à venda. Com a evolução das empresas jornalísticas, surge um novo ramo de estudo pragmático que busca uma teorização imediatista do fazer jornalístico, deixando a linguagem das notícias mais próximas do nível verbal. Com o consumo é preciso buscar atingir o leitor, oferecendo um produto de informação que traga a verdade e dê credibilidade a ele. Para que se concretize essa metodologia, o jornal, em sua primeira página desenvolverá uma linguagem o mais referencial possível; embora, em alguns momentos, busque chamar a atenção do leitor por meio de referências com tendências à conotação. É diante de um deslumbramento que a expansão dos meios caminha como o quarto poder. Resistir à agilidade da informação do rádio e da TV não foi simples. Nas décadas passadas, estudiosos se propuseram a desenvolver um trabalho baseado nas ciências humanas (semiótica, lingüistica, História, teoria da informação), e o resultado foi inserido nas primeiras páginas para dar uma nova roupagem para o jornal impresso. Segundo Isabel Travancas, autora do livro “O Mundo dos Jornalistas”, os profissionais de jornalismo afirmam não existir competição entre as mídias, mas se criou a necessidade de aprimorar a estrutura do jornal impresso com o objetivo de reconquistar os leitores que optaram por outros veículos. Essa reformulação contou, além de uma linguagem formal, às vezes, mais próxima da oralidade, com mudanças na diagramação, construção de manchetes e textos-legenda. A 100 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 observação do processo evolutivo do jornal mostra compromisso com a verdade e com a responsabilidade de manter a sociedade informada. Contudo, surge uma questão importante: porque, mesmo com a presença das mídias eletrônica e digital, o jornal ainda se vende pela primeira página? Com este trabalho pretende-se apresentar alguns fatores que indiquem como a primeira página induz os leitores a consumir o jornal impresso, mostrar a responsabilidade social do meio, seu poder de persuasão e de formação de opinião crítica, por meio pesquisas de campo, com profissionais de área, com leitores, bibliografias. Palavras-chave: Estudo pragmático, estudo formal, estudo prático ou habitual, jornalismo impresso. 246 UTRILA, Solange Cunha (aluna de Graduação do curso de Publicidade e Propaganda e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SANTORO, Maria Teresa (professora da USJT; orientadora do trabalho). AS PROPAGANDAS SUBLIMINARES A Psicologia apresenta o primeiro conceito ao definir “subliminar” como qualquer estímulo abaixo do limiar da consciência, que produz efeitos na atividade psíquica. O termo propaganda tem sua origem etimológica no latim, “pangere”, plantar. Todo ato de comunicação visa, assim, a plantar uma mensagem no receptor, sob a forma de propaganda de produtos (publicidade), propaganda ideológica, política ou eleitoral. Todas essas formas de comunicação são transportadas pelos meios de comunicação de massa que veiculam as mensagens dissimuladas dentro da programação ou em conteúdo editorial; explicitamente no espaço reservado aos anunciantes ou trabalhando a persuasão inconsciente dos receptores. Essas mensagens que pouco a pouco levam à adesão, constituem a propaganda subliminar multimídia. As subliminares estão em todas as mídias e são usadas principalmente pelas propagandas. O código de ética dos publicitários, no Brasil, proíbe a utilização de técnicas subliminares na publicidade e na propaganda. Analisando casos anteriores, não há dúvida de elas afetam o livre arbítrio dos seres humanos; mas, mesmo com proibição por lei e comprovação de seu malefício, as subliminares ainda são utilizadas constantemente. Mas qual seria o motivo desta insistência em utilizá-las? Não haveria outras formas de fazer uma publicidade/propaganda mais eficiente sem ferir os princípios dos seres humanos? O objetivo desse trabalho é aprofundar os conhecimentos numa área tão importante e tão pouco explorada dentro das tecnologias de comunicação publicitária, incentivando os profissionais desse ramo na busca de outras alternativas ou de limites para a utilização das técnicas subliminares nas propagandas. Palavras-chave: Subliminar, propaganda, publicidade, receptores. 247 ABREU, Thiago Leite de (aluno de Graduação do curso de Direito e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). O CONCEITO TRADICIONAL DE TÍTULO DE CRÉDITO EM FACE DO COMÉRCIO ELETRÔNICO De suma importância para a formação da economia moderna, os títulos de crédito, haja vista a circulação de riquezas por eles possibilitada - operação essencial para o crescimento das nações e das empresas -, ocupam posição singular no Direito Comercial. Esse é um vasto campo de pesquisa e análise para o cientista do direito, ao qual cabe, por meio de um estudo arguto, fornecer elementos para o aplicador da norma na resolução de conflitos cujos reflexos, pela valorização do crédito no cenário econômico, atingirão a sociedade nos seus mais diferentes setores. Todavia, inserido num contexto social em constante transformação e sob a égide de uma ramificação do Direito Privado que se diferencia pelo seu caráter cosmopolita, o instituto em destaque está sujeito a mudanças, razão pela qual os elementos que o formam - a saber: cartularidade, autonomia, literalidade, independência, abstração e tipicidade - devem ser adaptados a uma novo modelo, chamado neoliberal, em que o uso da tecnologia é indispensável para o progresso econômico-social. Nesse aspecto, com o advento do que se convencionou chamar comércio eletrônico, o jurista deparou-se com uma situação na qual o arcabouço teórico que está à sua disposição não apresenta a sofisticação que os problemas requerem, já que a realidade virtual se apresenta com princípios próprios, sem precedentes, num quadro de profunda instabilidade jurídica, a retratar um direito impotente e incapaz de resolver litígios. A despeito disto, novas formas têm sido criadas, a fim de diminuir esse abismo doutrinário, legislativo e jurisprudencial, tais como a Lettre de Change-Relevé,na França e a Lastschriftvekrkehr, na Alemanha, às quais muitos incautos sequer atribuem a característica de títulos de créditos. Diante disso, exsurge a necessidade de um estudo estruturado e despido de preconceitos, ao cabo do qual, sem desvirtuar a noção do instituto, bem como sem desconsiderar a sua importância para a economia capitalista, encontrem-se elementos sólidos para a elaboração de um corpo legislativo apto, de maneira que o operador do direito possa construir enunciados ou proposições, imprescindíveis ao bom exercício da tutela jurisdicional. Palavras-chave: títulos de crédito, cartularidade, comércio eletrônico. 248 NOYA, Tiemi Toyoyoshi (aluna de Graduação do curso de Turismo e do Regime de Iniciação Científica da USJT); SILVA, Claudia Borim da (orientadora do trabalho; mestre em Educação Matemática pela UNICAMP; professora de Estatística e do Regime de Iniciação Científica da USJT). PLANEJAMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL: EM BUSCA DE CASOS CONCRETOS DE SUCESSO NO BRASIL Os grandes centros urbanos provocam constante “stress” levando seus habitantes a procurarem como refúgio o contato com a natureza. Tal contato pode provocar danos aos atrativos naturais, tais como: destruição da vegetação, agressão à fauna silvestre, pichação nas formações rochosas; destruição as estalactites, estalagmites e colunas; trânsito de jipes em áreas onde o ecossistema é frágil, lixos por onde os turistas passam etc. Tal conduta ocorre, provavelmente, porque as pessoas podem não possuir uma "cultura turística", fazendo com que se comportem de forma alienada em relação ao meio ambiente que visitam. Tal idéia vem do fato de acharem que por estarem pagando, têm todo o direito de usar e abusar dos atrativos turísticos durante a sua permanência. E como, normalmente, a sua permanência é curta, julga que não pode ser considerado o culpado pela destruição do meio ambiente. É por estes motivos, entre outros, que nos países desenvolvidos 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 101 estão se criando novas formas de turismo que recebem o nome de turismo "alternativo", "brando", "responsável", "ecológico" etc. O Brasil ainda está dando os primeiros passos para defender o nosso ecossistema. O ecoturismo não é apenas a realização do turismo tradicional junto à natureza; é um segmento que visa ao equilíbrio entre a atividade turística e o trabalho de educação ambiental. Não podemos negar a necessidade do planejamento sistemático para o desenvolvimento turístico em localidades receptoras, baseado em uma metodologia específica para a elaboração de planos de desenvolvimento turístico em harmonia com o meio ambiente, sem esquecer o ciclo de vida das destinações turísticas, a determinação da capacidade de carga e as características do turismo sustentável. É difícil encontrar o equilíbrio entre os interesses econômicos - o setor privado e o social.O desenvolvimento planejado por parte dos órgãos públicos na luta pela preservação do meio ambiente, não é tarefa fácil, porque o controle da atividade depende de critérios, valores subjetivos e de uma política ambiental e turística adequada que ainda não foram encontrados nem no Brasil, nem em outro país. Depois de conhecer, teoricamente, as vantagens que o planejamento turístico sustentável pode trazer para um núcleo receptor, fica a pergunta: será que, no Brasil, temos algum caso concreto no qual um Planejamento Turístico Sustentável foi realizado e trouxe reais vantagens tanto para a comunidade local como para o turista e o meio ambiente? Palavras-chave: planejamento turístico sustentável, meio ambiente, ecoturismo. 249 BRANCO JÚNIOR, Valter Sabino (aluno de Graduação do curso de Tradutor e Intérprete e do Regime de Iniciação Científica da USJT). A PESQUISA DE MERCADO NO SETOR AUTOMOBILÍSTICO BRASILEIRO No início dos anos noventa, a indústria de automóveis, no Brasil, passou por grandes mudanças devido à abertura das importações. Antes disso, os usuários de veículos tinham quatro ou cinco opções de marcas e estavam restritos a comprar os carros que essas empresas ofereciam. Com a abertura da economia, no país, o leque de opções aumentou e, conseqüentemente, os consumidores passaram a analisar melhor o que cada marca lhes oferecia. Com isso, os fabricantes nacionais se viram obrigados a fornecer veículos com qualidade semelhante à dos importados. Para alcançar esse objetivo, começaram a fazer estudos com os consumidores para saber o que estavam procurando e quais defeitos seus produtos estavam apresentando. Sendo assim, aumentaram os investimentos nas pesquisas de mercado, que podem ser feitas por telefone, por mala direta, pessoalmente. que são chamadas pesquisas de campo, e pela Internet. Mesmo estando longe dos padrões internacionais estão tendo um retorno melhor, a cada dia que passa, principalmente na região centro-sul, coincidentemente, a região onde se concentra a maior parte dos compradores de carros do país. Esse interesse das montadoras em saber o que o cliente procura tem aumentado tanto nos últimos dez anos que, hoje, o projeto de um novo veículo é totalmente baseado nos resultados finais das pesquisas feitas com os consumidores. Desde o desenho das rodas até o posicionamento do acendedor de cigarros no veículo são alcançados a partir dessas pesquisas. Com uma tecnologia alcançada por todos os fabricantes, os carros hoje em dia são muito semelhantes, tanto no que se refere ao “design” como nos materiais utilizados e, por isso, é que um comprador de um veículo “zero quilômetro” não é atraído somente pelo produto ou pela publicidade, mas pelo atendimento e pelo respaldo que cada marca oferece. Com as atenções voltadas para esse pensamento, as empresas estão se importando cada vez mais com a opinião de seus clientes e tentam satisfazê-los, resolvendo os problemas apresentados nas pesquisas. Palavras-chave: pesquisa de mercado, setor automobilístico, montadoras/fabricantes. 250 WHITEHEAD, Vânia Mendonça (aluna de Graduação do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT); BARBOSA, Altemir José Gonçalves (orientador do trabalho; psicólogo graduado pela USJT; mestre pela PUCCampinas; doutorando pela PUC-Campinas; professor da Universidade Braz Cubas do curso de Psicologia e do Regime de Iniciação Científica da USJT). FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E RELIGIÃO Segundo alguns autores, a religião faz parte da vida humana. É mais do que a religação do homem com o seu criador ou o reconhecimento de um ser superior e a devoção a ele. Está além das crenças e seitas religiosas adotadas, na busca de ideais como a paz, a harmonia e a felicidade. As pessoas usam a Psicologia, a Sociologia e outros meios para preencher um vazio infinito, a fim de trazer respostas a respeito da condição humana. Eficazes, científicos ou não, os meios tentam solucionar problemas individuais e sociais sobre os quais as religiões estão calcadas, embora, desenvolvidas em conteúdos e finalidades diferentes. A cultura e a época determinam o papel da religião. Da Antigüidade para os tempos atuais, seu “status” foi modificado. Não mais ocupa lugar central na tomada de decisões de uma sociedade como o fez a instituição Igreja até a Idade Moderna, no Ocidente. Nem tampouco caminha mais ao lado da ciência. No entanto, com o desenvolvimento, a religião não deixou de existir, ser buscada ou de tentar ser explicada. Na evolução da produção do conhecimento, teorias foram elaboradas a fim de conceituar a existência de Deus e o que é o Ser Divino. Surgiram idéias que corroboram as religiões e outras que atribuem a elas desde causas antropológicas a patológicas. A filosofia grega conciliava a ciência com a divindade, numa proposta diferente da Bíblia. A filosofia moderna negava a existência de Deus. O cristianismo colocou-se, pela primeira vez, como religião independente na pregação de São Paulo. Para o filósofo Karl Marx, a religião nada mais era do que a afirmação da existência do próprio homem, uma manifestação da autoconsciência humana. O "pai da psicanálise", Sigmund Freud, considerava a religião como uma neurose - a obsessão da humanidade. Para ele, Deus era uma racionalização ilusória de desejos inconscientes sendo, no fundo, um substituto fantasioso do pai real e nunca satisfatório. Já seu dissidente Carl Gustav Jung acreditava que a causa das neuroses era a perda das perspectivas religiosas e que a solução estaria num encontro com Deus. Entre os contemporâneos, o filósofo Jean Paul Sartre ressaltou a liberdade humana na teoria existencialista, na qual o homem é o criador de todos os valores, eliminando os aspectos sobrenaturais da existência e a necessidade de Deus. A ciência não só não soluciona o enigma da religião como acrescenta mais questões no conflito entre fé e razão. Com a aquisição de conhecimento, as pessoas questionam suas crenças diante das novas informações e possibilidades. Os estudantes de Psicologia deparam-se com analogias e divergências entre linhas psicológicas e religiões. Além disso, aprendem que é preciso abandonar pré-julgamentos, preconceitos e radicalismos para ter uma postura empática 102 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT RESUMOS 2002 em relação ao outro. A postura do profissional deverá ser aberta, mas com autenticidade; por isso, envolve uma reformulação pessoal. A formação pode estimular o indivíduo a repensar as crenças com as quais se identifica e seus conceitos de fé e razão, contribuindo para seu autoconhecimento e livre arbítrio ao mudar ou manter sua crença religiosa. Palavras-chave: religião, psicologia, psicologia e religião, fé e razão. 251 OLIVEIRA, Wesley Heleno de (aluno de Graduação do curso de Psicologia da USJT e do Regime de Iniciação Científica); GENTIL, Hélio Salles (doutor pela Faculdade de Filosofia da Univ. de São Paulo - USP; professor da USJT e orientador do trabalho). O APRENDIZADO DA LINGUAGEM E A FORMAÇÃO DE CONCEITOS NA CONTEMPORANEIDADE Em meio a todas as imagens, sons e diversas culturas da realidade social do século XXI, a linguagem, incluindo a formação de conceitos tais como amor, solidariedade, identidade e Deus são aprendidos e apreendidos pelos sujeitos. Tendo como fundamentação teórica os escritos científicos de L. Vygotsky e H. Wallon, essa pesquisa teórica busca saber como os autores estão pensando esse aspecto do desenvolvimento humano - intelectual e afetivo -, a linguagem e suas representações. A maior lição que a História vem nos ensinar é que tudo é histórico. Todos os fenômenos sociais são forjados e moldados segundo a economia e a política vigente de cada época histórica. E para fazer um recorte preciso e amparar uma análise conceitual de toda essa problemática, se faz necessário uma contribuição da Psicologia Social, capaz de nomear e explicitar esse fundamental aspecto integrante para o desenvolvimento humano. O objetivo é saber como os autores trabalham com as influências do meio. Pressupõe-se que a televisão, o computador, o telefone, o rádio e o cinema, interferem na velocidade do aprendizado da linguagem e na significação dos principais conceitos - nomes das principais atitudes humanas -tomando como “marco” as Psicologias interacionistas walloniana e vygotskyana e a Sociologia do conhecimento de Berger e Luckmann. Na sociedade contemporânea, surge a necessidade de uma reavaliação dos textos científicos das Psicologias do desenvolvimento humano, porque o mundo, em todos os sentidos, sofre constantes mudanças. Não cabe aqui dizer que a tradição científica deve ser questionada, mas ser feita uma leitura e uma análise sistemáticas. O trabalho pretende contribuir para a produção dum saber em Psicologia do desenvolvimento cada vez mais completo e sistemático. Palavras-chave: aprendizagem da linguagem, psicologias do desenvolvimento, contemporaneidade e formação de conceitos. 252 SUTTI, Rodrigo Hamana (aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica e do Regime de Iniciação Científica da USJT); FELIPE, Yone X. (professora do Regime de Iniciação Científica da USJT; orientadora do trabalho). A COMUNICAÇÃO ENTRE PESSOAS COM SISTEMAS SENSORIAIS DISTINTOS Desenvolvemos nossos pensamentos de forma visual, auditiva e cinestésica, sendo um processo dinâmico que possibilita diferentes combinações; auditiva-visual, cinestésica - auditiva ou cinestésica-visual, como características de um só indivíduo. Chamamos esses pensamentos de sistema sensorial que é mais usado no interior de nossa consciência. E um modo confiável de se detectar o sistema dominante de uma pessoa e de prestar muita atenção nos predicados verbais mais utilizados, na forma de se vestir e de se portar do indivíduo observado. As pessoas do sexo feminino têm, em sua maioria, o sistema sensorial visual como meio de comunicação, de interpretação e de agir predominante sobre um determinado tema ou situação; o que é totalmente oposto do sistema sensorial dos indivíduos do sexo masculino nos quais a característica predominante de comunicação é a cinestésica. A minoria, tanto do sexo masculino como do sexo feminino, tem o sistema sensorial auditivo como predominante. Para notarmos essas diferentes proporções temos que a comunicação, de modo geral, abrange somente sete por cento quando por palavras, não propiciando assim, uma boa compreensão do tema abordado. Quando o tema é desenvolvido com base em musicalidade, na qual conferimos a nossa voz (volume, ritmo,tonalidade) e verificamos que a assimilação do tema abordado é melhor que o modo anterior compreendendo trinta e três porcento da conversação. O predomínio, mesmo no esclarecimento de um tema qualquer, é a apresentação do não verbal, isto é, por tudo o que fazemos consciente e inconscientemente (movimentos faciais, postura, gestos das mãos e outros) e que compreende sessenta por cento de todo tema apresentado. Com isso, notamos uma dificuldade muito grande na comunicação entre pessoas de diferentes sistemas sensoriais que vem aumentando com o passar do tempo devido à má qualidade de interpretação dos indivíduos. Portanto, o objetivo desta pesquisa é o desenvolvimento de técnicas e meios que diminuam as diferenças existentes entre os indivíduos de características distintas; permitindo assim, um esclarecimento aceitável para todos. Palavras-chave: cinestésica, auditiva, visual. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL 103 MOSTRA CURSO DE LETRAS EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL Local: Praça da Cultura Período: 23 e 24 de setembro de 2002 Coordenação: Profª. Dione Notrispe Supervisão: Profª. Josefa Tapia Salzano / Profª Fernanda Estela Castanheira Realização: Alunos do 1º e 2º anos do curso de Letras • Autora: Adriana Valente Rosselli Título: Os sonhos de Tiago • Autor: Alexandre M. de Araújo Título: The final stage of a murderer • Autora: Ana Paula Nakamassu Título: My routine day • Autora: Analu Correa Título: Halloween´s day • Autora: Camila Zanardi Título: Pako, the parrot • Autor: Carlos Alberto Reis Santos Título: As aventuras de Nico • Autor: Cícero Cláudio P. Curvelo Título: Acordados para sempre • Autora: Clarissa Camargo Título: Um dia especial • Autora: Cleide Marques da Silva Título: Tina, the butterfly • Autora: Cristina Maria de Araújo Título: Um sonho de infância • Autora: Danyelle V. Ribeiro Carnevali Título: A pulga Zezé • Autora: Deise Fernandes da Silva Título: A menina e o cachorrinho • Autora: Denise Alves dos Santos Título: Assim nasceu o samba • Autora: Denise de A. D. Domingos Título: Sedinha • Autora: Denise Ribeiro dos Santos Título: A revolta das galinhas • Autora: Elaine Menegati Título: Brincar de saber • Autora: Eliane R. de Souza Título: Laisinha, a bruxinha que queria ser boa • Autora: Elisangela C. de Oliveira Título: Katherine, the big • Autora: Elvira Helena dos Santos Título: Um lugar secreto • Autora: Fabiana da Silva Miguel Título: Brasa, Ambrásia e Brasilda • Autora: Fabiana M. de Oliveira Título: The world of Peter Pan • Autor: Fabio Roberto Lucas Título: The enchanted cave • Autora: Fabíola P. Nagano Título: Pedolito, um pé muito querido • Autor: Fernando C. R. da Silva Título: Zé Lamber e Zé Narval • Autor: Fernando Caldas Título: Drica e Guiguinho • Autora: Flávia Caetano Barbosa Título: O camisolão do Papai Urso • Autora: Flávia Patrícia dos Santos Título: O paraíso de Fred • Autora: Giovana Janett Gonzales Título: A formiguinha Lili • Autora: Gisele Cristina Guero Título: Joe, the tick • Autora: Gisele Dias Título: A sunday in the zoo • Autora: Glaucy Cristina do Amaral Título: The animals • Autora: Graziela de Andrade Silva Título: No mundo do faz-de-conta • Autora: Irene Silva Orlando Título: Samanta • Autora: Jacy Ferasin Guerrero Título: The four seasons • Autora: Joyce Ferreira Cardoso Título: O Zap do robozinho Zip • Autora: Juliana Barbosa Lima Título: Leo, the lion • Autora: Juliana Barbosa Ribeiro Título: The three little dogs • Autora: Juliana de Cassia Ribeiro Título: The trip • Autora: Juliana Gonçalves Título: The surprise • Autora: Juliana Hermano Título: Sorriso metálico • Autora: Juliana Peixoto G. Santos Título: A assembléia • Autor: Khalil Salem Sugui Título: Síbila: a anjinha • Autora: Karina Freitas Mergulhão Título: The enchanted kingdom • Autora: Keller Cristina Statonato Título: The circus • Autor: Leandro Barbosa de Souza Título: As boas almas • Autora: Lígia Regina da Silva Título: A imaginação • Autora: Livia P. M. do Nascimento Título: The metamorphosis • Autora: Luciana Batista de Azevedo Título: The lucked firefly • Autora: Luciana C. de Campos Título: My glasses • Autora: Marcela Andrade dos Santos Título: O menino e o livro • Autora: Marcia Biondi Título: Parque de diversão • Autora: Maria Cristina Olímpio Título: A doce Maria Amélia • Autora: Maria Gabriela da Silva Título: The good hauted house • Autor: Murillo Silva B. Ferreira Título: My first fly • Autora: Natália de C. Ferreira Título: A felicidade do peixinho • Autora: Patrícia F. M. Cavalcante Título: A teimosia • Autora: Polyana Florencio de Lima Título: The grandmas’ house • Autora: Priscila Baptista Spejo Título: The mystery basement • Autora: Priscila C. Rigatto Título: Lila e Vivi: era uma vez • Autora: Priscila V. Fernandes Título: Quando os ratos saem, os gatos fazem a festa • Autora: Rejane Délia Brigante Título: Sweet memories • Autora: Renata Esteves Ardiguieri Título: Sonho de Menino • Autora: Renata Sabbadin Título: Férias na cidade • Autor: Rene Zamlutti Junior Título: Little Joe´s magic box • Autor: Ricardo Ribeiro Calixo 104 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL Título: Rico and Chico • Autor: Ricardo Wagner Cuevas Título: Amigo de Pêlo • Autora: Rita Martin Bonastre Título: Clarissa, a turista • Autor: Robson Antonio N. Seixas Título: Verônica decide comer • Autora: Rosana Brandão Ihara Título: Taty • Autora: Sibelle da Silva Cruz Título: O lindo balão azul • Autora: Silvana Fagundes da Silva Título: Pedro e a Lua • Autora: Sueli Costancia Lopes Alves Título: O valor da liberdade • Autora: Talita Antunes Rodrigues Título: É “show” de bola • Autora: Tatiana Elisiario de Araújo Título: Sr. Zero, à esquerda • Autor: Theo Firmo Moreira Título: Mind the gap • Autora: Terezinha Ribeiro Q. Melo Título: Dona Fátima e bicharada 2002 • Autora: Thaís Oliboni Título: A rosa Florisbela • Autora: Vanessa de Andrade Nelo Título: O menino do barquinho azul • Autora: Verônica R. de Araújo Título: Artur pintando o 4º • Autora: Vivian C. Maia Lopes Título: No jardim zoológico • Autora: Viviane Tamioka Título: O brilho de uma estrela 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT I MOSTRA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL 105 I MOSTRA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL Local: Praça da Cultura Coordenação: Profª. Drª. Carla Witter Realização: Alunos do 1º e 2º anos do curso de Psicologia • Autores: Susi Nishimura; Viviane G. Ayres Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A influência da televisão na terceira idade: opiniões de idosos do gênero feminino • Autores: Cilene C. C. de Almeida; Ivone Maria M. M Machado Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Mães sociais e crianças abandonadas: um estudo qualitativo • Autores: Luciane de Lourdes Paez; Patrícia Caboclo Vico Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Hábitos de leitura em crianças e adolescentes e a repercussão emocional provocada por um conto de fadas • Autores: Daniela P. Inello Panhan; Sibele Alves Ferrari Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Criatividade e crianças: influências no processo ensinoaprendizagem • Autores: Claudia S. Ferreira; Rosemília Balascio Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A criatividade do professor frente aos alunos do ensino fundamental • Autores: Ana P. Lério; Débora Farah Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A importância do brincar, na educação infantil e na 4ª série do ensino fundamental • Autores: Gisele S. Diogo; Keitty Luiz Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Tecnologia de ensino em sala de aula no ensino fundamental: um estudo exploratório sobre o uso do computador • Autores: Katiani Aparecida Diniz; Priscilla Gonzales Gravas Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Stress em crianças da préescola à 4ª série: Opiniões de pais e professores • Autores: Camila Daniela Caruso; Viviane Buher Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A indisciplina na educação infantil: a opinião dos professores Período: 23 a 27 de setembro de 2002 sobre as suas estratégias para avaliar e previnir este comportamento • Autores: Anádia Maria di Santo Coltacci; Cheliga Moreira Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Formação do psicológo e mercado de trabalho: Pesquisa de levantamento junto aos egressos de 1999. • Autores: Aline Iris Gil Parra; Viviane Cristina Sousa Ferreira Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Filmes na sala de aula: um recurso de aprendizagem utilizado no curso de Psicologia • Autores: Andresa Ap. Andriani; Cimara C. Ide; Fabiana A. de Oliveira Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Hiperatividade e professores: um estudo exploratório dentro do enfoque bio-psico-social. • Autores: Raquel Bravo Ferreira; Rosangela Achiles de Andrade Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Hábitos de lazer e a importância do brincar: opiniões de pais de pré-escolares • Autores: Daniela Aparecida Vitório; Renata Salgado de Moraes Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Pais e dislexia: informações e dificuldades • Autores: Adriana de Jesus da Silva; Iraneide Ramos da Silva Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Portadores de necessidades especiais e professores: um estudo sobre inclusão • Autores: Marleide Ferreira de Jesus; Rosemary Padilha Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A indisciplina na sala de aula: como alguns professores enfrentam-na com sucesso • Autores: Renata Barbosa da Silva; Simone de Souza Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Stress na criança: causas e conseqüências • Autores: Patrícia Paula Gomes; Valéria Affonso; Vanessa Suppo Figueiredo Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Deficiência mental e desenvolvimento: opiniões de pofissionais da área escolar • Autores: Karla Roberta Giorgi; Valéria Mansilha Galhardi Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A educação sexual no ensino fundamental de quinta à oitava séries • Autores: Ana Paula Alberico; Cássia Valente Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Estudos sobre as dificuldades dos pais na Educação de crianças com idade pré-escolar • Autores: Eliana Pagnota; Fernanda Baladez; Gisele Ventturi Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Hiperatividade na educação infantil: prevenção e métodos de diagnósticos • Autores: Adriano Bandini Tavares de Campos; Fabiane Sarti Guimarães Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: O uso do computador como recurso didático em Psicologia: um estudo exploratório • Autores: Flávia Estefano Motta Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: O lúdico na avaliação psicopedagógica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem. • Autores: Antônia Nadriana S.Teixeira; Viviane de Carvalho Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: Televisão X Violência: estudo exploratório sobre opiniões de pais e crianças com idade préescolar. • Autores: Kátia Cilene B.Sanchez; Regiane Cristina A. da Cunha Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: As múltiplas causas da obesidade infantil e aspectos psicológicos • Autores: Alessandra M. Petruche; Mirella Aparecida Caputo Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter 106 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT I MOSTRA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL Título: Psicologia escolar: Um estudo sobre os papéis e funções do psicólogo escolar • Autores: Daniela de Fátima Pereira; Eliane Cristina Astorini Orientadora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A afetividade dentro do progresso de aprendizagem • Autora: Prof. Vera Lúcia Varanda Lombard-Platet Título: O ensino de um projeto de pesquisa com seres humanos em análise experimental do Comportamento, na disciplina de Psicologia Experimental no curso de Psicologia 2002 • Autora: Profª. Drª. Carla Witter Título: A importância dos trabalhos de conclusão de curso (TCC) no Núcleo de Psicologia Educacional do Curso de Psicologia da USJT. 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO 107 IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO Local: Praça da Cultura e Salas de Aula (301-A, 302-A, Data: 23 e 24 de setembro de 2002 303-A, 305-A, 306-A, 307-B, 102-E, 103-E, 303-D, 605-D) Coordenação: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda e Profª. Isabel Coelho Mola Massa Supervisão: Prof. Durval Luiz da Silva Realização: Alunos do 3º e 4º anos do curso de Educação Física • Autoras: Alessandra Cristina de Souza Franco; Danúbia de Oliveira Cordeiro Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Nutrição para atletas na précompetição • Autora: Alessandra Galve Gerez Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: A relação entre a percepção de auto-eficácia física, o medo de quedas e o equilíbrio estático em idosos participantes do projeto sênior para a via ativa (Universidade São Judas Tadeu) • Autor: Alex Araújo Pinheiro Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Título: Relação entre auto-estima e o desempenho competitivo em atleta de futebol de campo da categoria infanto (16 e 17 anos) • Autor: Alex Sandro Aquino de Carvalho Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Título: Ginástica laboral como forma de prevenção aos DORT • Autor: Alexandre Constantino Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda O conhecimento do Título: profissional de educação física que atua em academia sobre a prescrição de exercícios físicos para o hipertenso: estudo preliminar • Autores: Alexandre Marques da Silva Freitas; Pedro Luiz Viana Prataviera Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: A musculação vista como lazer pelo adolescente entre 15 e 17 anos • Autor: Alfredo Noboru Hanada Filho Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Região lombar: A mais prejudicada na prática do surfe • Autoras: Aline Caroprese Fontes; Daiana de Oliveira Dias Orientador: Prof. Maurício José de Siqueira Cagno Título: A influência da dança no desenvolvimento rítmico em crianças de 5 à 7 anos • Autora: Aline Tatiane Salvador Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: A influência do projeto sênior na auto-percepção da atividade de vida diária e na capacidade aeróbica de seu participantes idosos • Autores: Ana Carolina Torres; André Luiz de Benedito Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: O desenvolvimento dos fundamentos do basquetebol em cadeira de rodas para portadores de deficiências decorrentes de lesões medulares • Autores: Anderson Firmino de Oliveira; Fábio Soares Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: A influência da prática de atividades físicas no equilíbrio dos portadores de deficiência mental • Autor: André dos Santos Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: A influência dos pais no desempenho dos praticantes de 7 a 10 anos • Autor: André Gonçalves Dourado Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Atividade física e Título: HIV:benefícios psicológicos ao portador da imuno deficiência humana • Autor: André Luiz Santos da Silva Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Título: Evolução do sistema tático do futebol: causa e consequências • Autora: Andréia Fernanda Castello Orientador: Prof. Maurício José de Siqueira Cagno Título: O nadar elementar-utilitário como um instrumento enriquecedor no processo de constituição da consciência corporal de crianças de 04 a 06 anos • Autoras: Andréia Gomes; Eduardo Yoshimi Hatadani Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Treinamento de resistência e suas respostas fisiológicas nas fibras musculares • Autores: Antonio Alves de Figueiredo Junior; Camila Paixão Jordão Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Treinamento de força para indivíduos idosos • Autor: Antonio Davanco Júnior Orientadora: Profª. Sheila Ap. Pereira dos S. Silva Título: Os benefícios do trabalho de força na terceira idade • Autora: Bianca Manfrinato Prandini Orientador(a): Profª. Rita de Cássia Garcia Verenguer Marketing esportivo: Título: Caracterização das competências para a intervenção profissional • Autor: Caian Feliciano Araújo Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: Métodos mais eficazes no ensino do nado crawl para crianças entre 7 e 10 anos já adaptadas ao meio líquido • Autor: Caio Guilherme da Silva Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: A ginástica olímpica e a navgação espacial: uma aberdagem desta habilidade em crianças • Autoras: Camila da Silva; Fabiana Donato Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda A hidroginástica na Título: recuperação de doenças crônicas degenerativas articulares • Autores: Camila Paixão Jordão; Antonio Alves de Figueiredo Júnior Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Trabalho de força para idosos: Relação com a porcentagem de gordura corporal • Autora: Camila Satomi Yamamoto Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: O efeito da sobrecarga na coluna lombar na exercício agachamento 108 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO • Autora: Camila Vieira de Oliveira Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade O desempenho do Título: suplemento protéico no atleta de fisiculturismo • Autora: Camilla Felix Wasser Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: A influência da musculação na prevenção de lesões nos ligamentos colaterais do joelho • Autora: Carla da Rocha Bazzan Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: O Stress no futsal feminino • Autora: Carla Magalhães Corrêa Orientadora: Profª. Rita de Cássia Garcia Verenguer Título: Educação Física para adultos: Relação entre ingestão de suplementos ergogênicos e performance • Autor: Carlos Eduardo Grandão Orientadora: Profª. Isabel Coelho Mola Massa Título: Os efeitos do treino pliométrico e destreino específico nos indicadores de força explosiva em jovens basquetebolistas do sexo masculino • Autor: Carlos Henrique Kisser Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: A inclusão de crianças portadora de síndrome de down em atividade física • Autor: Carlos Teixeira Ferreira Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Título: Atividade física, diabetes e lazer • Autora: Christiane Teixeira de S. Leão Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: A inclusão de crianças portadoras de síndrome de down em programas de atividade motora • Autora: Cláudia Sordi Di Cunto Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Discrepâncias entre a imagem real e ideal de alunas da Universidade São Judas Tadeu dos curso de jornalismo, direito, psicologia e turismo • Autora: Cristiane Gomes dos Santos Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Influência positiva da Título: natação no desenvolvimento motor de crianças entre 4 e 5 anos, portadoras de síndrome de Down • Autora: Cristina Ferreira Molina Orientadora: Prof. Douglas Roque Andrade Título: A adesão a prática da ginástica laboral • Autora: Cristina Guimarães Peres Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Título: A influência do basquetebol para portador de lesões medular como facilitador da integração da sociedade • Autora: Cristine Gabriela Fuoco Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: Influência do treinamento com pesos na redução do tecido adiposo em mulheres • Autor: Daniel de Souza Magalhães Orientador(a): Maurício José de Siqueira Cagno Título: Iniciação competitiva em crianças de 6 a 8 anos na modalidade futsal • Autores: Daniel Lutf; Frederico Azevedo Viscardi Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: A eficácia do treinamento físico masculino da polícia militar do estado de São Paulo • Autoras: Daniela Rocha; Elaine Aparecida da Silva Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamlian Título: Natação para bebês • Autores: Danilo Fernandes Antonio; Marina Alvim Zamarim Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: O esporte e sua influência sobre a qualidade de vida • Autor: Danilo Sales Bocalini Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Exercício físico para Título: indivíduos portadores de insuficiência cardíaca: Análise da qualidade de vida percebida do indivíduo portador paciente da reabilitação cardíaca fase III • Autor: Eduardo de Souza Clemente Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamlian Título: A importância da atividade lúdica para crianças de 6 a 8 anos com base nas aulas de educação física • Autor: Eduardo Sampaio Freire Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: A capoeira como alternativa do desenvolvimento da flexibilidade na preparação física para jogadores profissionais de futebol de campo • Autora: Eliani Elza de Carvalho Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Postura e dor na coluna relacionada com atividade física • Autor: Elieser José Alves Prof. Emerson Orientador: Franchini Título: Alterações fisiológicas nos praticantes de rafting durante o percurso 2002 • Autora: Ellen Christiane Salvador; Janive Torres Fernandes Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: A influência de variáveis na Biomecânica no treinamento de força para iniciantes préadolescentes e adolescentes do sexo masculino • Autores: Elton José Martins; Jéssica Aoki Padilha Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: O desenvolvimento do aprendizado do manejo de bola em indivíduos de 10 à 15 anos na educação física escolar • Autor: Euclides Lopes dos Santos Jr. Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Atividade física para Título: portadores de HIV • Autor: Fabbio Passos de Alencar Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Perda do peso e tipo de treino para lutadores • Autor: Fabiana de Souza Agrella Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Título: Ginástica laboral benefícios de sua implantação para empresas e funcionários em se tratando da diminuição das dores e da incidência ao ambulatório • Autoras: Fabiana Lovitto; Renata Sonner Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: Avaliação física dirigida a musculação para adultos sedentários • Autores: Fabiano Marques Camara; José Augusto Botega dos Santos Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Treinamento de força em programas de reabilitação cardíaca • Autores: Fábio Freire; Luciane Herrman Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: Conseqüências benéficas causadas pela natação decorrente da inspiração e expiração para pacientes com bronquiequitasia • Autores: Fábio Lominchar Sanchez; Elisângela Bortoletti de Oliveira Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: Natação para bebês de 0 a 2 anos • Autores: Fabíola Siqueira; Renata Frazão Matsuo Orientador: Prof. Vagner Mathias Pinto Título: Implicações dos hormônios femininos durante o período menstrual no trabalho de força muscular em adolescentes 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO • Autor: Fabrício Begatti Neri Orientador: Profª. Marília Velardi Título: O Profissional de Educação Física e os Cursos Padronizados: Forma de atuação ou alienação • Autora: Fernanda de Oliveira Orientadora: Profª. Rita de Cássia Garcia Verenguer Título: Intervenção profissional em Educação Física • Autora: Fernanda de Oliveira Furino Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: A influência da prática regular de atividade física da população idosa na manutenção da capacidade funcional • Autora: Fernanda Sperduti Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: A utilização do feedback estrínsico no processo de ensinoaprendizagem do salto mortal do trampolim acrobático:um estudo da ação do professor • Autor: Fernando Azevedo Lima Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Metodologia de ensinoaprendizagem da modalidade handebol “aspectos motivacionais” • Autor: Fernando Duarte Barros Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: As prevenções de lesões no bloqueio de voleibol • Autora: Flávia Marlene Gregorini Orientadora: Profª. Isabel Coelho Mola Massa Título: Relação da prática de atividade física na função respiratória de indivíduos fumantes ativos e sedentários • Autor: Flávio Arão da Silva Júnior; Fábio Aguglia Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: O papel do feedback no ensino aprendizagem de uma habilidade esportiva • Autor: Flavio Machado Rett Orientadora: Profª. Rita de Cássia Garcia Verenguer Título: A influência da publicidade em adolescentes • Autor: Flávio Soares de Oliveira Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Título: Suplementação de proteínas e aminoácidos no treinamento de força visando hipertrofia • Autora: Gabriela Marcato Lourenção Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Detecção de talentos no futebol • Autora: Gecilda de Fátima Fischborn Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Análise dos fatores que interferem na permanência de idosos na prática de atividades físicas em academia • Autor: Gilberto Luiz Amadeu Brambila; Alexandre Gobetti Mateo Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: A influência dos fatores motivacionais que estimulam os adolescentes a praticarem musculação • Autora: Giselle Caroline Ramon Mocelin Orientadora: Profª. Isabel Coelho Mola Massa Título: Podemos afirmar que crianças de 6 a 8 anos, estão aptos para aquisição de habilidade complexas? • Autores: Giulio César Lazzuri; Guilherme Felipe de Souza Orientador: Prof. Vagner Mathias Pinto Título: Preparação física no futebolo profissional • Autoras: Gracielle Gomes de Oliveira; Kátia Andréa Banin Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: A influência da alimentação e atividade física no processo de envelhecimento • Autores: Guilherme de Martini; Jéfersom Serradilha Schuindt Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamlian Título: A importância da prática do surf para a melhora da qualidade de vida • Autor: Guilherme Martins Giorgi Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: Treinamento pré competitivo com duração de oito meses, em nadadores universitários • Autora: Hérika Amaral Zanette Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: Atividade física com cargas na prevenção da osteoporose em mulheres adultas • Autor: Igor Tobias Yole Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: A influência do exercício aeróbio no processo de longevidade da memória no envelhecimento do ser humano • Autores: Ítalo Fernandes; Fernando Soares Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: A atividade física e o suporte nutricional na prevenção da osteoporose • Autor: Ivan Barcelos Orientador: Prof. Marcelo Massa Título: A influência da goleira em uma partida de handebol 109 • Autor: João Carlos Nogueira Louzada Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: Opinião dos praticantes de musculação sobre o uso de esteróides anabolizantes androgênicos • Autores: João Paulo Perrella; Marcéu Paes Gavioli Orientador: Prof. Vagner Mathias Pinto Título: Fadiga muscular localizada, tipos, causas e ocorrências no futebol de campo • Autores: João Paulo Schubert S. Nogueira; Flávio José de Lima Xavier Orientador: Prof. Vagner Mathias Pinto Título: Natação para bebês • Autores: Juan Raimount Sírio Tejero Cantero; Luciana da Costa Soares Hungria Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Desenvolvimento da Título: combinação de movimentos em crianças de 7 a 9 anos através das atividades recreativas • Autora: Juliana Carla Lopes de Oliveira; Letícia Boccia Martins Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: Lesão do manguito rotador na articulação do ombro causado pela prática de musculação • Autor: Júlio César Consani Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: O profissional de educação física e o marketing a seu favor • Autor: Júlio César Martins Alves Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: O papel motivador do professor de academia • Autor: Julio Zambrano do Amaral Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Análise cinemática do arremesso • Autora: Kamilla Damasceno Montoan Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Atividade física como prevenção da osteoporose • Autora: Karina Yuri Felix Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Marketing de relacionamento em academias de grande porte • Autores: Karolina de Abreu Takatsu; Ricardo Brangi Forti Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam A importância do Título: treinamento com pesos para crianças e adolescentes ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO 110 • Autoras: Kátia Pedicino Nogueira; Roberta D’Angelino Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamlian Título: Estudo de força muscular e amplitude de movimento em idosos praticantes de hidroginástica • Autora: Laiza Soares Costa Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Existem discrepância entre a imagem corporal real e ideal em dois grupos de idosos que fazem atividade física • Autora: Laiza Zardo Medeiros Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: Resposta metabólica no treinamento de força para diabéticos tipo I • Autor: Leandro Gimenes Ferreira Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: A influência de um programa de alongamento para a região lombar, na incidência de dores lombares em praticantes de surf • Autor: Leandro Tagliani Rentes Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: Radicais Livres x Exercício Físico • Autores: Leonel Vitorino Louro Júnior; Joyce Evangelista de Jesus Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: Os comprometimentos das AVD’S em idosos sedentários • Autora: Lílian do Amaral Toledo Orientadora: Profª. Sheila Ap. Pereira dos S. Silva Título: Estudo do estilo de liderança de técnicos de voleibol • Autores: Lívia Roberto; Mauri Gimenes Greco Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: A resistência do idoso a prática da atividade física • Autora: Luciana Maria Silveira Miguel Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Análise dos estados Título: subjetivos dos idosos participantes do Projeto Sênior para Vida Ativa • Autores: Luciano Barcena Bertoni; Tomaz Oliveira Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Inovação nos tempos olímpicos na prova de 50 metros nado livre • Autores: Luciano Thimotheo Cordeiro; Saul Stefano Carpinelli Ramoniv Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Atividade física e o coração • Autor: Luigi Francesco Regolini Orientador: Franchini Prof. Emerson Título: Incidências de lesões no ombro no handebol masculino • Autor: Luiz Alex de Camargo Orientadora: Profª. Isabel Coelho Mola Massa Título: A interferência da recreação na aquisição de habilidade básica (saltar e o correr), para crianças com faixa etária de 6 anos • Autor: Luiz Antonio Luna Junior Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Título: Periodização do treinamento de força em academias • Autor: Luiz Felipe B. Gomes Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Scouting no handebol • Autora: Mara Rita Rodrigues Aranda Orientadora: Profª. Sheila Ap. Pereira dos S. Silva Título: A influência do Ballet na ginástica olímpica • Autor: Marcel Costa Cucielo Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Atividade Física para Título: portadores de HIV: Benefícios no sistema imunológico e psicológico • Autor: Marcelo Dantas de Oliveira Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Aspectos fisiológicos Título: associados à hipertrofia muscular • Autores: Marcelo Pavone Gondos; Tiago Cano Ruiz Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: Reabilitação para cardíacos • Autores: Marcelo Zenaro Mattos; Fernando Pitta Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Atividade física para idosos • Autores: Marcelo Zotovici; Maurício Carneiro Louzan Afonso Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Alimentação para atletas • Autora: Márcia Rosa de Souza Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Porque os idosos do Projeto Sênior aderem a um programa de atividade física? • Autor: Márcio Roberto Franco Barbosa Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Lesões na articulação do joelho em atletas de voleibol masculino e feminino • Autor: Marco Alexandre Silva Feitoza Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: O padrão do chute de crianças de 8 anos de idade • Autor: Marco Antonio Paes Bezerra Filho Orientador: Prof. Luiz Mochizuki 2002 Título: Potência aeróbica no futebol • Autores: Marcos Antonio Raposo Garcia; André Bizerra Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: O que o mercado de trabalho oferece ao bacharel de Educação Física hoje? • Autor: Marcos Rogério da Silva Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Título: Treinamento precoce em crianças de 8 à 10 anos do sexo masculino na modalidade futsal • Autora: Maria Fernanda Teixeira Orientador: Profª. Timóteo Leandro de Araújo Título: Análise do condicionamento físico da Polícia Militar do Estado de São Paulo • Autora: Maria Helena Iavaroni Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Educação Física para idosos hipertensos: A importância da autonomia • Autora: Mariana Cavalcanti de Campos Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: A dança na Educação Física como forma de favorecer a sociabilização em crianças • Autor: Mariana D’Agostino Christaziano Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Trabalho de força para mulheres idosas : mitos e verdades • Autor: Mario César Cacace Orientador: Profª. Douglas Roque Andrade Título: O treinamento físico de praticantes do surfe em piscinas: como planejar • Autora: Marjorie Sanches Neri Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: Comportamento de recusa apresentado por crianças de 2 a 3 anos em aulas iniciais de natação • Autor: Mark Brian Paclibar Alba Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Título: Análise do treinamento desportista de atletas velocistas masculino de alto nível do Estado de São Paulo na prova de 100 metros rasos • Autores: Maurício Coppa; Tiago Montaldi Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: Carboidrato na musculação • Autores: Mauro Bresci; Sandro Aparecido Gregoli da Silva Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Comparação de protocolo para de terminação da gordura 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO corporal(utilizando a impedância bioeletrica com padrão ouro) • Autora: Melissa de Souza Alcazar Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Efeitos biomecânicos do treinamento físico • Autora: Nelma Matuck de Menezes • Autor: Melissa Hiromi Aoki Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Título: A importância da atividade física em relação ao desenvolvimento motor de crianças de 4 a 6 anos de idade • Autoras: Melissa Michel Cadima; Renata Solyon Morais Orientador: Prof. Maurício José de Siqueira Cagno Atividade Lúdica na Título: Educação Física Adaptada para crianças de 6 a 11 anosportadoras de poliomielite que estejam na fase de reabilitação motora • Autoras: Michelle Larosa; Giovanny Barreiros Larosa Orientador: Prof. Maurício José de Siqueira Cagno Título: Educação Física para o desenvolvimento da percepção espacial em crianças de 1 a 4 anos • Autora: Michelle Rodrigues Amorim Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Musculação para Título: adolescentes • Autoras: Mônica de Oliveira Marcos; Vanessa Ribeiro Davila Orientadora: Profª. Maria Luiza Jesus Miranda Título: A influência das revistas divulgação sobre a adesão mulheres adultas a prática atividade física • Autoras: Natália Cardenuto; Thaís Pellicer Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: A influência da natação na melhora da escoliose em adolescentes de 13 a 18 anos de de de de • Autor: Murillo Tadeu Pangrazi Costa Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Ansiedade pré-competitiva no futebol infanto-juvenil • Autora: Naira Nimtz Orientadora: Profª. Rita de Cássia Garcia Verenguer Título: Educação Física Infantil: A atividade lúdica no desenvolvimento motor da criança de 6 anos • Autora: Narjara Neves Silva Orientador: Prof. Maurício José de Siqueira Cagno Título: Estágio de Desenvolvimento Motor de alunas do Curso de Educação Física no padrão do movimento do chute • Autora: Natália Capellozza Orientadora: Profª. Sheila Ap. Pereira dos S. Silva Título: Como os idosos sentem a influência da atividade física no processo de envelhecimento biolóligico Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Trabalho de força para indivíduos idosos portadores de osteoporose • Autor: Newton Ramos Laranjeira Junior Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Título: O desenvolvimento da velocidade através da prática do futsal em crianças de 6 à 12 anos • Autor: Osvaldo Santos de Lima Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: Testes para avaliação aeróbia de idosos na realidade brasileira • Autores: Pablo de Oliveira; Rodrigo Braghetto Orientador: Prof. Vagner Mathias Pinto Fadiga muscular em Título: jogadores profissionais de futebol de campo: volante • Autor: Patrick Sato Severiano Gonçalves Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: Futsal masculino e feminino: Nível do estado de ansiedade précompetitivo • Autora: Paula Pedroso Costa Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Bases teórica para a elaboração de um programa de educação física para crianças de 4 a 5 anos fora do contexto escolar • Autor: Paulo César Baroni Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Treinamento do handebol x L.E.R. • Autor: Paulo Roberto Farah Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: A evolução do surfe enquanto modalidade esportiva • Autora: Priscila Bocato Orientadora: Profª. Ana Martha de A. Limongelli Título: Hidroginástica e a gestante • Autora: Priscilla Alves Marcassa Orientadora: Profª. Marília Velardi Análise dos motivos Título: determinantes da permanência em atividades em academias. • Autora: Queli Roseli Borba Orientador: Profª. Luiz Mochizuki Título: Natação x Resistência 111 • Autores: Raphael Carubbi Neto; Danilo Lucindo Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: O aprendizado das 5 posições básicas do kung fú através de atividades lúdicas para crianças • Autora: Raquel D’Avila Melo Paixão Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Detecção de talentos no voleibol feminino nas faixa etária de 10 a 17 anos • Autora: Renata Elizabeth Mary Giavera Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Treinamento de força para idosos • Autora: Renata Gonçalves da Silva Orientador: Prof. Timóteo Leandro de Araújo Título: A relação entre a intensidade do exercício resistido, liberação de hormônio do crescimento e o desenvolvimento da massa muscular em adultos com deficiência de G.H. adquirida durante a fase adulta • Autores: Renata Gyorfy; Silas de Paula Cipriano Prof. Douglas Orientador: Figueiredo Cossote Título: Motivos de desistência em programas de atividade física em academias • Autoras: Renata Ribeiro Vallido; Priscila Ferreira Ortiz Orientador: Prof. Luiz Aurélio Chamliam Título: Atividades recreativas para desenvolvimento psicomotor em indivíduos com síndrome de down leir • Autor: Ricardo Leandro Agnelo D’Angelo Orientadora: Profª. Marília Velardi Título: Intervenções indicadas para a aplicação do estágio de mudança comportamental na atividade física e exercício. • Autor: Ricardo Luiz Gestas Pfiszter Orientador: Prof. José Antonio Rabaça Análise do uso de Título: periodização em academia • Autora: Roberta Gyorfy Orientadora: Maria Regina Ferreira Brandão Título: Discrepâncias entre a imagem corporal real e ideal em fisioculturistas do sexo feminino • Autores: Roberta Vieira Moraes; Whinter Carlos Soares da Silva Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: Benefícios da ginástica laboral no combate ao stress • Autor: Rodolfo César Testa Beltrame 112 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT IX MOSTRA DO MOVIMENTO HUMANO Prof. Emerson Orientador: Franchini A musculação como Título: coadjuvante no auxílio da perda de peso • Autor: Rodrigo Antonelli Perestrelo Orientadora: Profª. Maria Luiz de Jesus Miranda Título: Adesão de idosos a atividade física • Autor: Rodrigo Mônaco Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: O método global ou o método parcial no processo de ensino aprendizagem no aprendizado na habilidade básica chutar • Autor: Rodrigo Moratti Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire do jogos Título:Características olímpicos: uma comparação entre a Grécia Antiga e a atualidade • Autores: Rodrigo Nolasco dos Santos; Rogério Mendes Abbud Orientadora: Profª. Maria Luiza de Jesus Miranda Título: O efeito da prática da dança de salão sobre variáveis psicológicas do idoso • Autora: Rosangela Canônaco Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Atividade Física x Hidratação • Autora: Rosemary Pereira Martins Orientador: Prof. Douglas Roque Andrade Título: Reabilitaao cardíaca após infarto do miocárdio • Autor: Rubens Romualdo da Silva Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Nutrição e atividade física • Autora: Samanta de Moraes Prof. Emerson Orientador: Franchini Título: A importância da força do peão em seu tempo de montaria • Autor: Sanderson da Silva Santos Orientador: Prof. Luiz Mochizuki Título: Análise da variaao do ciclo de braçadas de um nadador. Uma abordagem no sistema dinâmico • Autora: Sandra Maria L. Nepomuceno Orientador: Prof. Marcelo Massa Título: O caráter lúdico da recreação e sua importância no desenvolvimento das habilidades motoras básica para crianças de 4 a 7 anos • Autora: Sandra Nascimento Silva Orientador: Prof. Maurício José de S. Cagno Título: A influ6encia da atenção no processo de memorização para o ensino-aprendizagem de habilidades motoras • Autora: Sara Janis Pavarini Profª. Verena Orientadora: Junghahnel Pedrinelli Título: Processo pedagógico no ensino de futebol de salão para portadores de deficiência visual no CESEC: um estudo de caso • Autora: Sibele Conilio Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Natação e motivação • Autora: Sinara Guedes da Silva Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Educação Física como forma de socialização para menores infratores • Autora: Sônia Azevedo Valente Orientadora: Profª. Douglas Roque Andrade Título: Programa de atividade física para idoso cardiopata • Autora: Tatiane Rita de Cássia Pinheiro Orientador: Prof. Odilon José Roble Título: Gincana e atividades extra curriculares como fator de motivação para a educação física escolar 2002 • Autora: Thais Brione Ligero Orientador: Prof. Marcelo Massa Os benefícios do Título: treinamento de força muscular para as atividades da vida diária de idosos • Autores: Thiago Renesto; Marcos Paulo Lopes de Oliveira Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: A influência das proteínas no período pós-exercício • Autor: Tiago Alves do Couto Orientadora: Profª. Sandra Maria Lima Ribeiro Título: Atividade física e o envelhecerriscos e benefícios • Autor: Vicente Muradas Lopes da Silva Orientador: Profª. Marcelo Massa Título: O desenvolvimento da força muscular em garotos púberes • Autor: Vitor Correa Ramos Orientadora: Profª. Sheila Ap. Pereira dos S. Silva Fatores que podem Título: influenciar no desempenho do futebolista • Autora: Viviane Maria de O Ferreira Orientadora: Profª. Elisabete dos Santos Freire Título: Atividade física ministrada por mulheres sem conhecimento científico-Lian Gong • Autora: Viviene B. Porto Barreiros Orientadora: Profª. Maria Regina Ferreira Brandão Título: Benefícios da atividade física para idosos no aspecto psicológico • Autor: Weverton Marcelino Dassi Orientador: Prof. Marcelo Massa Título: Principais lesões do futebol: causas e prevenções 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT I MOSTRA DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO 113 I MOSTRA DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO Local: Auditório do Térreo (Saguão externo) Coordenação: Prof. Fernando Ferrari Duch Realização: Centro de Extensão da USJT • Alfabetização Solidária • Centro de Alfabetização de Jovens e Adultos • Exposição da Editora da USJT: Revista Plural • Laboratório-Empresa • Núcleo de Aplicação Fundamentada de Educação Física • Núcleo de Desenvolvimento de Projetos Educacionais • Núcleo de Estudos Farmacêuticos • Projeto USJT para o Meio-Ambiente • Universidade Aberta à Maturidade • USJT no Portal Universia Período: 25 a 27 de setembro de 2002 ANAIS DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS 114 2002 EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS DOS ALUNOS DO 3º ANO DO CURSO DE ARTES PLÁSTICAS Local: Praça da Cultura Período: 25 a 27 de setembro de 2002 Coordenação: Profª. Marina S. O. Cardoso Realização: Alunos do 3º ano do curso de Educação Artística, habilitação Artes Plásticas A exposição apresentada no VIII Simpósio Multidisciplinar da USJT na Praça da Cultura, faz parte do conteúdo programático disciplinar do 3º ano do Curso de Educação Artística, habilitação Arte Plásticas, da Faculdade LACCE. Foram apresentadas 23 estruturas e 23 esculturas realizadas a partir de folhas de papelões rígidos sustendados internamente por fragmentos de ripoas de madeira e outros papéis amassados compactamente. As superfícies externas são soluções técnicas e processuais distintas, evidenciando assim várias possibilidades contemporâneas, sendo muitas delas, simulacros de superfície. O objetivo destes trabalhos expostos, foi o de viabilizar, realizar e refletir as questões que compreendem o sentimento do volume a partir das estruturas, planos e superfícies realizadas como simulação ou como reais pátinas que cada obra sugere, pede ou inicia. Participaram desta exposição os seguintes alunos: • Adliz Jamile Bezerra • Renata Ferrari Sabo • Adriana Roberta de Andrade • Dirceu Moreira da Silva Filho • Roberta Kawamura Longo • Alexandre Aguilera • Erika Mazakina • Rodrigo Kenichi Ichioka • Ana Cristina Di Lorenzo • Fabiana D. Rodrigues Alencar • Rute de Castro Oliveira • Andre Rodrigues Rueda Junior • Felipe F. A. Rodrigues • Samara Aparecida da Silva • Caue Cruz • Ideli Simoes Russo D'onofrio • Sandra R. S. Malafaia • Claudia Buzzanelli Arriero • Karen A. de Oliveira Barros • Silmara Rosa Maciel • Claudio de Oliveira Blaya • Leandro Fornazieri Martinez • Silvia de Paula Castilhos • Cleber Flamini • Leonardo Reale • Veneranda Alice Quezada • Cristiana Lima Gabriel • Luciane F. da Silva Rodriguez • Daniela Matarazzo • Milene Donadio 115 VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT "CIÊNCIA E EDUCAÇÃO" ÍNDICE POR AUTOR (RESUMOS) ABREU, Thiago Leite de, 100 ALBANEZ, Alberto, 48 ALENCAR, Fábia, 90 ALMEIDA, Danilo Di Manno de, 37 ALMEIDA, Eliane Tozzo, 88 ALMEIDA, Érica de Souza, 77 ALMEIDA, Roseli de, 58 ALMEIDA, Sandra Estefânia de, 17 ALMEIDA, Viviane de Araujo, 38 ALVES, Adriana Paula Colnago, 74 ALVES, Silvia Furlani Rodrigues, 81 AMARAL, Paulo Costa, 34 AMARAL, Rodolfo Schilke, 48 AMOROSO, Patricia Rodelli, 45 ANDRADE, Cristiane Polastri, 86 ANDRADE, Enio, 39 ANÉAS, Francisco C. F., 41 ANGELO, Jorge Roberto, 24, 25 (2), 27, 28, 29 (2), 33, 34 ANNUNCIATO NETO, Rafael, 40 ANTONIO, Danilo Fernandes, 87 ANTONIO, Jorge Luiz, 68 AQUINO, Ilma Lopes, 51 ARANTES, Ana Cristina, 67 ARANTES, Priscila, 16 ARAÚJO NETA, Luzia, 40, 95 ARAÚJO, Aparecida Maria, AREAL, Ângelo Augusto Granato, 26 ASSUNÇÃO, Paulo de, 73 AVANCINI, Arthur Roberto, 48 AVEIRO, Sonia Maria L., 35 BAILONI, Adriano Augusto, 65 BALASCIO, Marcia, 28 BAPTISTA FILHO, João Virgílio, 50 BAPTISTA, Sarah, 59 BARBOSA, Altemir José Gonçalves, 54 (2), 70, 72, 79, 80, 81, 83, 85, 86, 88, 89, 91, 99, 101 BARBUTO, Antonio, 85 BARRETO, Marcus Vinícius R., 79 BARROS, Priscila de Lima, 78 BASSETO, Welber Frank, 63 BASSIT, Ana Zahira, 69, 91, 96 BASTOS, Jefferson Domingues, 65 BATTISTINI, Flora M., 19 BELTRAME, Karlus Vinicius, 65 BELTRAME, Rodolfo César Testa, 26 BENEDICTO, Neide Nicolleti, 39 BERES, Vera Lucia G., 22, 53 BERTAN, Lis Lakeis, 66 BEVILACQUA, Joyce, 45 BEZERRA, Giliane Gomes, 40 BIXILIA, Silvana Pitombo, 80 BOAVENTURA, Andre Tadeu, 63 BOCALINI, Danilo Sales, 26, 76 BOCK, Eduardo Guy P., 88 BOLONHINI JÚNIOR, Roberto, 15 BOSSA, Nadia A., 20 BOTARO, Fabio de Pina, 65 BOULOS, Christianne, 96 BOULOS, Kátia, 70 BOVA, Juliana Gusman, 93 BRACONARO, Clarice Rosa, 58 BRANCO JÚNIOR, Valter Sabino, 101 BRASIL, Angela Maria R. C., 38, 61, 69 BRIDA, Priscila Della, 29 BRINO, Fernanda, 33 BRITO, Cyro Alves, 87 BROGGINI, Luciana Sheila Cardoso, 31 BUCH, Elisângela Botelho, 89 BUENO, Cláudio Pereira, 62 CAGNO, Maurício, 33 CALDO, Gilson, 54 CALLAMARI, Frederico Barão, 91 CAMARA, Fabiano Marques, 26 CAMARGO, Katia Cristina P., 62 CAMARGO, Selma Pellizon T. de, 87 CANTO, Daniela Maria, 18 CANTONI, Rejane Caetano A., 23 CARDOSO, Marcela Alves, 57 CARDOSO, Marcus Aurelius Ribeiro, 65 CARDOSO, Maurício Sousa, 54 CARILLO, Débora, 87 CARNEIRO, Sérgio R. F. Mendes, 24 CARREIRA, Vinicius Soares, 24, 25 CARRERA, Rosa de Lima, 79 CARRILLO, Thais, 46 CARVALHO, Aline, 38 CARVALHO, Carlos Eduardo Lebrão, 29 CASSETARI, Luana, 28 CASTRO, Tatiana Lopes, 59 CAVALCANTI, Vanessa Leite, 25, 50 CELENTANO, Rita de Cássia, 98 CEZÁRIO, Rita de Cássia, 22 CHIEREGUIN, Maria Cláudia, 29 CINTRA, Ricardo César, 25 COCCUZZO, David, 87 COELHO, Stela Maris Terena, 93 COLELLA, Leandro Costa, 38 CONTI, Michele Marcosian, 27 CORDEIRO, Flávia A. M., 25 CORRIGLIANO, Sergio Ricardo, 65 COSTA, Aline Aparecida, 38 COSTA, Anna Paula Bastos Marques, 47 COSTA, Débora P., 36 COSTA, Fernanda Alves da, 36 COSTA, Marcos da, 70 COSTA, Mike Luiz Sella da, 97 COUTINHO, Adalto Emergente, 36 COUTO, Cláudio Inácio, 47 CRUZ, Andréia Moraes, 55 CRUZ, Flávia Ribeiro, 50 CRUZ, Renata da Conceição, 79 CUNHA FILHO, Mauro, 96 CUNHA, Adriana Luisa, 27, 74 CUNHA, Alessandro Ferreira da, 83 CUNHA, Susi de Oliveira, 34 DAMIGO, Fernanda L.R.M., 19 D'ASSUNÇÃO, Kátia Regina, 30 DAVIDOVICI, Fábio, 16 D'EL REY, Gustavo J. Fonseca, 35 DELCORSO, Delma Elaine Manzano, 59 DI FIORI, Ana Paula Oliveira, 72 DI GIORGIO, Eduardo, 64 DIAS, Rodrigo Assirati, 60 DIN, Lilian Beiro, 40 DION, Sonia Maria, 62 DOMINGUES, Claudio Moreno, 17 DOMINGUES, Paulo, 54 ESTEVÃO, Tatiana Pagliarussi, 15 ESTEVES, Maria Cristina Soares, 78 ESTEVEZ, Dora Bueno, 58 EUGÊNIO, Wanderson, 81 FAHRAT, Daniela Daniel, 29 FARIAS, Cristiane Rocha de, 76 FARINA, Anete Souza, 69, 82, 89, 94 FAVANO, Valter, 47 FAVARO, Eduardo Maria, 36 FÁVERO, Oriana Aparecida, 31 FEBA, Carlos Eduardo da Cruz, 48 FELIPE, Yone X., 77, 78, 81, 88, 92, 102 FERNANDES, Janaína Foléis, 54 FERNANDES, Maria Aparecida, 59 FERRABOLI JÚNIOR, Roberto, 94 FERRAGINO, Juliana, 25 FERRAZ, Carlos Eduardo Cruz, 75 FERREIRA, Carlos Teixeira, 26 FERREIRA, Lenira Domingues, 32 FERREIRA, Maria Helena Jacob, 40 FERREIRA, Vânia de Cássia, 46 FIGARO, Fernando Bertasso, 64 FIGLIOLI JÚNIOR, Washington, 48 FIGUEIREDO, Weslley Pereira, 62 FIRMINO, Luciane Reis, 35 116 FONSECA, Jeison Willian G. da, 79, 87 FONSECA, Patrícia da, 58 FRAGA, Lucilane Vieira, 27 FRÁGOAS, Cibele Pedrozo, 47 FRÁGOAS, Simone Pedrozo, 47 FRANCISCO, Diogo Bucci, 62 FREIRE, Maximina Maria, 19 FUNFAS, Oswaldo da Costa, 78 FURLAN, Fabíola, 54 GATTI, Ana Lúcia, 22, 85, 95 GELLACIC, Fabio Augusto Pinto, 64 GENTIL, Hélio Salles, 70, 80, 102 GERALDES, Marcos Alves, 64 GESZYCHTER, Dave, 48 GIOVEDI, Valter Martins, 50 GIUSTI, Ernesto Maria, 45 GODOI, Daniela Pereira de, 65 GONÇALVES FILHO, Alexandre, 48 GONÇALVES, Claudio Cesar, 56 GONÇALVES, Jeanne, 57 GONÇALVES, Ricardo, 44 GONZAGA, Carlos Santos, 64 GONZALEZ, Lilian, 66 GOUVEIA, Heloisa Helena Lago, 20 GRAÇAS, Giovanni, 34 GREC, Rosely Curci, 51, 80 GROSSL, Sílvia, 27 GUARNELLI, Luis Felipe, 77 GUERREIRO, Marcos Paulo, 65 HADDAD, Cesar F., 26 HIRATA JR., Roberto, 60, 61 HYPOLITTO, Dinéia, 51 IPONE, Javier Roberto Ortiz, 38 ISHIGAMI, Sergio Hideo, 27 JOLY, Christiane Aparecida, 28 JOSÉ, Carmen Lucia, 57 JULIO, Cintia Martins, 86 KALINOVISKI, Mateus, 37 KAZAMA, Tony Tsuyoshi, 15 KIELIUS, Glauce Regina, 40 KIMURA, Herbert; 32 KOHAMA, Marcio Hideo, 62 KOTANI, Jéssica, 33 KRETZER,Cláudia Maria, 61 KUCHINSKI, Francisco B., 24, 27, 28 LA FALCE, Osvaldir Lanzoni, 28 LANZA, Sonia Maria, 99 LAZZERINI, Elio Augusto de Arantes, 44 LEÃO, Vânia Cardoso, 57 LELLIS, Valter Siqueira, 66, 98 LEMOS, Alexandre de Medeiros, 75 LEMOS, Marcos de Souza, 49 LENDA, Antônio, 64 LIEBERG, Sandra, 24 LIMA, Cláusio, 75 LIMA, Iranilda M., 58 LIMA, Juliana Barbosa, 93 LIMA, Luciene Aparecida Barbosa de, 83 LIMA, Mara Elisa Roberto, 78 LIMONGELLI, Ana Martha de A., 33 LIRA, Melissa Danielli, 40 LOMBARDI, Daniela Carmassi, 28 LOPES, Adriana Lourenço, 45 LOPES, Elizabeth Solano, 55 LOPES, Francisca Rodrigues, 52 LOPES, Ricardo dos Santos 27 LOUREIRO JUNIOR, Marco Antonio, 35 LUNARDELLO, Marcos Antonio, 76 MACEDO, Luciano Sanfilippo de, 39 MACIERI, Leandro, 48 MAGALHÃES, Ana Patricia, 38 MAGNO, Maria Ignês Carlos, 45 MALDONADO, Cristina Alves, 39, 40 MANRIQUE, Ana Lúcia, 52 MARCACINI, Augusto Tavares Rosa, 70 MARCATTI, Camila Ribeiro, 86 MARCHIORI, Cristiane, 29 MARIN, Charles, 27 MARONÊZ, Mareny, 39, 40 MARQUES, Ariele Rossi, 61 MARQUES, Gabriela Ap. de Moraes, 77 MARTINOFF, Lenita, 39, 94 MARTINS, Antônia B. Freitas, 59 MARTINS, Itamara dos Santos, 72 MARTINS, Maria Conceição Belo, 25, 50 MARTINS, Rosemary Pereira, 80 MATIAS JÚNIOR, Roberto Santos, 65 MATOS, Marly de Bari, 94 MATT, Emerson Luís, 89 MATTOS, Paula de Vincenzo F. B., 56 MEIRA, Solange Pessoa, 50 MELO, Luciana Nóia Ferreira de, 95 MELO, Weber Bizarrias de, 77 MENEZES, Leopoldina, 55 MIGUEL, Cesar Gomes, 74 MIGUEL, Emerson, 16 MILANEZ, Adriano Kleber, 71 MINGONE, Paloma Ianello, 97 MIRANDA, Maria Luiza de Jesus, 76 MIRANDA, Rosemeire Nicácio de, 33 MISSIAS, André Augustos, 84 MIYAMOTO, Margareth R.J., 19 MIZUSAKA, Michel Koji, 61 MOCHIZUKI, Luiz, 91 MONTEIRO, Teresinha de Jesus J., 55 MORAES, Jefferson de, 92 MOREIRA, Rubens Carlos de Oliveira, 49 MORI, Fernando, 62, 74 MORITA, Rubens Hossamu, 42 MÜLLER, Vanessa Aparecida de Sá, 53 MUNACATA, Dênis Takashi, 62 MUÑOZ, Yolanda Gloria Gamboa, 22, 70 MURAKOSHI, Yoneiti Ivanildo, 63 NAKAMURA, Wilson Toshiro, 13 (2), 14 (2) NASCIMENTO, Elby Vaz, 61 NASCIMENTO, Gustavo Vaz, 61 NASCIMENTO, Livia Paula M. do, 94 NASCIMENTO, Roberta Rosa, 72 NASCIMENTO, Wellington Barreira, 29 NERI, Fabricio Begatti, 26 NEVES, Maria Vilalba Oliveira de, 35 NIFOCI, Renata Ercília Mendes, 98 NISHIMOTO, Paula Akemi, 61 NOBRE, Graziella, 28 NOYA, Tiemi Toyoyoshi, 100 NUNES, Daniela Cristina Carnavale, 35 NUNES, Mônica Rebecca Ferrari, 23 OLIVEIRA, Agda Maria, 29 OLIVEIRA, Andreia Gina de, 43 OLIVEIRA, Camila Barboza, 85 OLIVEIRA, Daniela Aquino de, 57 OLIVEIRA, Diego Borges de, 88 OLIVEIRA, Leonardo de, 30 OLIVEIRA, Luciana Cerqueira B. de, 62 OLIVEIRA, Mara Regina de, 90 OLIVEIRA, Mariana de, 24, 25 OLIVEIRA, Maria Mary G. de, 57 OLIVEIRA, Ubajára Soares de, 79 OLIVEIRA, Wesley Heleno de, 102 OROPALLO, Maria Cristina, 22 OSTROWSKI, Priscila, 79 PAES, André Cosme, 26 PANSARELLI, Daniel, 43 PAPARELLI, Renata, 70 PARANHOS, Cacilda Costha, 41 PASCARELLI FILHO, Nelson, 30 PASSOS, Ligia dos Santos, 77 PEDRO, Michelle Regina, 36 PENTEADO, José de Arruda, 68 PEREA, Yara Panzarino Castilho, 65 PEREIRA, Alexandra Cristina C., 53 PEREIRA, Aline Escudeiro, 27 PEREIRA, Marcelo de Lara, 64 PERERA, Luiz Carlos Jacob, 32 PERES, Maria Cristina Rodrigues, 39 PEREZ, Vera Lucia Pansieri, 59 PESETO, Fernanda Couto, 91 PIERONI, Anna Maria A. dos Santos, 18 PILLIAKAS, José Maurício, 83 PIMENTEL, Edgard Almeida, 42 PINHÃO, Elaine Cristina M., 54 PINTO, Marcio Morena, 42 PINTO, Vivianne da Silva, 51 PINTO, Wagner de Jesus, 87 POJO, Eliana Campos, 51 POZA, Mágnei José, 64 PRADO, Lúcio Lourenço, 45, 68 PRESTES, Rogério Prestes de, 23 PRETULON, Ana Paula dos Santos, 72 PUGLIESE, Ana Letícia, 38 QUINTAIROS, Matilde Perez, 49 RAMOS, Anair Rodrigues dos S., 72 (2) RAMOS, Rosinda de Castro Guerra, 19 RANDISEK, Yaskara, 81 RAYA, Nadia, 19 RAZI NETO, Semaan El, 81 REIS, Geovana de Souza, 51 RETT, Flavio Machado, 26 RIBAS, André, 64 RIBEIRO, Taís, 81 ROBERTO, Bruna de Castro, 72 (2) ROBLES, Léo Tadeu, 16 ROCHA, Leliane Aparecida Castro, 49 ROCHA, Rafaela Rodrigues, 66, 74 RODRIGUES, Aurora de Jesus, 19 RODRIGUES, Luciana Augusto, 65 117 RODRIGUES, Washington, 32 ROMÃO, Marina Melo, 35 ROSA NETO, Arnaldo, 62 ROSA, Marcello Marcelino, 20 ROSÁRIO, H. B., 13 RUIZ, Diana M., 38 SÀÁGUA, João, 71 SAKAVICIUS, Patrícia Monteiro, 98 SAKURAI, Fábio Takêo, 90 SALIN, Thiago Castillo, 24, 25 SALVADOR, Aline Tatiane, 75 SALZANO, Josefa Tapia, 83 SANCHES, Gabriela Nolasco, 27 SANCHES, Osmar, 97 SANCHES, Thaís Moura, 77 SANTIN, Nilson, 32 SANTORO, Maria Teresa, 23, 86, 100 SANTOS, Andréa Arantes Barreto, 39 SANTOS, Anni Priscilla, 61 SANTOS, Fábio Ribeiro dos, 95, 97 SANTOS, Iracema, 92 SANTOS, Ivanildo Lubarino P. dos, 57 SANTOS, Josafá da Guarda, 93 SANTOS, José Augusto Botega, 26 SANTOS, Luis Carlos Ribeiro dos, 43 SANTOS, Luiz Felipe Alves dos, 48 SANTOS, Samantha A. S., 25 SANTOS, Tatiana Aparecida Cassiano, 58 SANTOS, Thiago Augusto Celso dos, 62 SANTOS, Valeria Ap. dos, 63 SASTRE, Patrícia Veronese, 55 SATO, Vitor Coji, 63 SCHNEIDER, C. V. B., 13 SENO, Wesley Peron, 61 SERGL, Marcos Júlio, 56 SHINOHARA, Milton Hideo, 36 SILVA, Aladinici Ferreira da, 24, 25 SILVA, Ana Nery Soares, 40 SILVA, Andréa V. Munari, 38 SILVA, Claúdia Borim da, 74, 75, 77, 84, 92, 97, 98, 100 (2) SILVA, Devanira Maria, 40 SILVA, Elisabeth Granadeiro da, 38 SILVA, Elton de Toledo, 34 SILVA, Evandro Alves, 61 SILVA, Franklin P. R, 28 SILVA, Hélio Cabral da, 92 SILVA, Humberto Pereira da, 45, 68, 93 SILVA, João Lopes da, 59 SILVA, Kátia Freire da, 30 SILVA, Leandro José Araújo, 94 SILVA, Leda Maria Nolasco, 63 SILVA, Linda Lacerda, 30 SILVA, Marcos Paulo da, 59 SILVA, Maria Márcia, 58 SILVA, Mariéle Maria, 72 SILVA, Martha Sirlene da, 53 SILVA, Maurício, 47 SILVA, Rodrigo Machado da, 99 SILVA, Ronaldo dos Santos, 58 SILVA, Ronaldo dos Santos, 59 SILVA, Sheila Ap. P. dos Santos, 68 SILVA, Sílvio Madureira da, 15 SILVA, Simone Rocha da, 36 SILVA, Tatiane Marina Ribeiro da, 81 SILVA, Vanessa Alves, 38 SILVEIRA, Rosa Maria Carvalho da, 21 SINGER, Paul Israel, 42 SIQUEIRA, Denise de Cássia T., 49 SIQUEIRA, Jean Rodrigues, 45 SOARES, Fernando, 91 SOUSA, Vanessa D. Teixeira de, 81, 82 SOUTO, Marcia Aparecida, 96 SOUZA, Camila Torquato, 62 SOUZA, Cássia Aparecida de, 72 SOUZA, Claudia Cruz de, 17 SOUZA, Fernando Felipe, 32 SOUZA, Janaina Severina de, 58 SOUZA, José Carlos, 65 SOUZA, Luciana Perle Rodrigues, 66 SOUZA, Maria Elizabet Lautert, 39 SOUZA, Nilton Marques de, 48 SPOLIDORIO, Mariana Granziera, 24, 25 STÁVALE, Vanessa, 38 SUEN, Alberto Sanyuan, 32 SUTTI, Rodrigo Hamana, 102 TAKAHASHI, Fernanda Tiemi, 62 TAKAHASHI, Selma Kazumi, 76 TARCIA, Rita Maria L., 45 TEODÓZIO, Andreia, 27 TERSI, Carla de Souza, 62 TIEZZI, Ricardo, 99 TINONIN, Cheila C., 36 TINONIN, Michele Cristina, 28 TOBALDINI, Denilson, 48 TOZETTI, Lourdes Terezinha, 40 UTRILA, Solange Cunha, 100 VALIERI, Maria Aparecida D., 57 VAZ, José Ricardo Figueiredo, 65, 70 VAZQUEZ, Petilda Serva, 70 VEGA, Ana Paula, 83 VELARDI, Marília, 67, 87 VELOSO, Áurea Campos, 59 VENDRAMIN, Valéria, 22 VERNEQUE, Cristian Camillo, 65 VIEIRA, Patricia de Jesus, 53 VIEIRA, Priscila Oliveira, 24 VIEIRA, Vinícius Soares, 27 VILAÇA, Fabiana Aparecida, 27 VIVEIRO, Karina Fernanda, 63 WERLE, Andrea, 84 WHITEHEAD, Vânia Mendonça, 101 WILDZEISS NETO, José, 46 WITTER, Carla, 21 XABREGAS, Fernando Cezar, 63 XAVIER, Lana Jodas, 29 XAVIER, Rosemeire de Jesus, 72 XIMENES, Telma N. de Oliveira, 81, 82 YONOHI, Marcia Miyuki, 96 YOSHINO, Viviane Hajime, 76 YUKIMITSU, Maria Terezinha C. P., 55 ZAMLUTTI JÚNIOR, René, 66, 98 ZANCHETTA, Flavia, 40 ZANINI, Angelo Sebastião, 95 ZEBROWSKI, Tatiana de Lima, 63 ZELI, Renata Celeste, 31 ZIROLDO, Marcelo, 95 ZUCHERATO, Fábio, 77 118 VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT "CIÊNCIA E EDUCAÇÃO" ÍNDICE POR AUTOR (MOSTRAS/EXPOSIÇÕES) Adliz Jamile Bezerra, 114 Adriana de Jesus da Silva, 105 Adriana Roberta de Andrade, 114 Adriana Valente Rosselli, 103 Adriano Bandini Tavares de Campos, 105 Alessandra Cristina de Souza Franco; Danúbia de Oliveira Cordeiro, 107 Alessandra Galve Gerez, 107 Alessandra M. Petruche; Mirella Aparecida Caputo, 105 Alex Araújo Pinheiro, 107 Alex Sandro Aquino de Carvalho, 107 Alexandre Aguilera, 114 Alexandre Constantino, 107 Alexandre M. de Araújo, 103 Alexandre Marques da Silva Freitas; Pedro Luiz Viana Prataviera, 107 Alfredo Noboru Hanada Filho, 107 Aline Caroprese Fontes, 107 Aline Iris Gil Parra, 105 Aline Tatiane Salvador, 107 Ana Carolina Torres, 107 Ana Cristina Di Lorenzo, 114 Ana P. Lério, 105 Ana Paula Alberico, 105 Ana Paula Nakamassu, 103 Anádia Maria di Santo Coltacci, 105 Analu Correa, 103 Anderson Firmino de Oliveira, 107 André Bizerra, 110 André dos Santos, 107 André Gonçalves Dourado, 107 André Luiz de Benedito, 107 André Luiz Santos da Silva, 107 Andre Rodrigues Rueda Junior, 114 Andréia Fernanda Castello, 107 Andréia Gomes, 107 Andresa Ap. Andriani, 105 Antônia Nadriana S.Teixeira, 105 Antonio Alves de Figueiredo Júnior, 107 Camila Paixão Jordão, 107 Antonio Davanco Júnior, 107 Bianca Manfrinato Prandini, 107 Caian Feliciano Araújo, 107 Caio Guilherme da Silva, 107 Camila da Silva, 107 Camila Daniela Caruso, 105 Camila Paixão Jordão, 107 Camila Satomi Yamamoto, 107 Camila Vieira de Oliveira, 108 Camila Zanardi, 103 Camilla Felix Wasser, 108 Carla da Rocha Bazzan, 108 Carla Magalhães Corrêa, 108 Carla Witter, 106 Carlos Alberto Reis Santos, 103 Carlos Eduardo Grandão, 108 Carlos Henrique Kisser, 108 Carlos Teixeira Ferreira, 108 Cássia Valente, 105 Caue Cruz, 114 Cheliga Moreira, 105 Christiane Teixeira de S. Leão, 108 Cícero Cláudio P. Curvelo, 103 Cilene C. C. de Almeida, 105 Cimara C. Ide, 105 Clarissa Camargo, 103 Claudia Buzzanelli Arriero, 114 Claudia S. Ferreira, 105 Cláudia Sordi Di Cunto, 108 Claudio de Oliveira Blaya, 114 Cleber Flamini, 114 Cleide Marques da Silva, 103 Cristiana Lima Gabriel, 114 Cristiane Gomes dos Santos, 108 Cristina Ferreira Molina, 108 Cristina Guimarães Peres, 108 Cristina Maria de Araújo, 103 Cristine Gabriela Fuoco, 108 Daiana de Oliveira Dias, 107 Daniel de Souza Magalhães, 108 Daniel Lutf, 108 Daniela Aparecida Vitório, 105 Daniela de Fátima Pereira, 106 Daniela Matarazzo, 114 Daniela P. Inello Panhan, 105 Daniela Rocha, 108 Danilo Fernandes Antonio, 108 Danilo Lucindo, 111 Danilo Sales Bocalini, 108 Danyelle V. Ribeiro Carnevali, 103 Débora Farah, 105 Deise Fernandes da Silva, 103 Denise Alves dos Santos, 103 Denise de A. D. Domingos, 103 Denise Ribeiro dos Santos, 103 Diego Comino Souza, 114 Dirceu Moreira da Silva Filho, 114 Eduardo de Souza Clemente, 108 Eduardo Sampaio Freire, 108 Eduardo Yoshimi Hatadani, 107 egiane Cristina A. da Cunha, 105 Elaine Aparecida da Silva, 108 Elaine Menegati, 103 Eliana Pagnota, 105 Eliane Cristina Astorini, 106 Eliane R. de Souza, 103 Eliani Elza de Carvalho, 108 Elieser José Alves, 108 Elisângela Bortoletti de Oliveira, 108 Elisangela C. de Oliveira, 103 Elton José Martins, 108 Elvira Helena dos Santos, 103 Erika Mazakina, 114 Euclides Lopes dos Santos Jr., 108 Fabbio Passos de Alencar, 108 Fabiana A. de Oliveira, 105 Fabiana D. Rodrigues Alencar, 114 Fabiana da Silva Miguel, 103 Fabiana de Souza Agrella, 108 Fabiana Donato, 107 Fabiana Lovitto; Renata Sonner, 108 Fabiana M. de Oliveira, 103 Fabiane Sarti Guimarães, 105 Fabiano Marques Camara, 108 Fábio Aguglia, 109 Fábio Freire; Luciane Herrman, 108 Fábio Lominchar Sanchez, 108 Fabio Roberto Lucas, 103 Fábio Soares, 107 Fabíola P. Nagano, 103 Fabíola Siqueira, 108 Fabrício Begatti Neri, 109 Felipe F. A. Rodrigues, 114 Fernanda Baladez, 105 Fernanda de Oliveira Furino, 109 Fernanda de Oliveira, 109 Fernanda Sperduti, 109 Fernando Azevedo Lima, 109 Fernando C. R. da Silva, 103 Fernando Caldas, 103 Fernando Duarte Barros, 109 Fernando Pitta, 110 Fernando Soares, 109 Flávia Caetano Barbosa, 103 Flávia Estefano Motta, 105 Flávia Marlene Gregorini, 109 Flávia Patrícia dos Santos, 103 Flávio Arão da Silva Júnior, 109 Flávio José de Lima Xavier, 109 Flavio Machado Rett, 109 Flávio Soares de Oliveira, 109 Frederico Azevedo Viscardi, 108 Gabriela Marcato Lourenção, 109 Gecilda de Fátima Fischborn, 109 Gilberto Luiz Amadeu Brambila; Alexandre Gobetti Mateo, 109 Giovana Janett Gonzales, 103 Giovanny Barreiros Larosa, 111 Gisele Cristina Guero, 103 Gisele Dias, 103 Gisele S. Diogo, 105 Gisele Ventturi, 105 Giselle Caroline Ramon Mocelin, 109 Giulio César Lazzuri, 109 Glaucy Cristina do Amaral, 103 Gracielle Gomes de Oliveira, 109 Graziela de Andrade Silva, 103 Guilherme de Martini, 109 Guilherme Felipe de Souza, 109 Guilherme Martins Giorgi, 109 Hérika Amaral Zanette, 109 Ideli Simoes Russo D'onofrio, 114 Igor Tobias Yole, 109 Iraneide Ramos da Silva, 105 Irene Silva Orlando, 103 Ítalo Fernandes, 109 Ivan Barcelos, 109 Ivone Maria M. M Machado, 105 Jacy Ferasin Guerrero, 103 Jéfersom Serradilha Schuindt, 109 Jéssica Aoki Padilha, 108 João Carlos Nogueira Louzada, 109 119 João Paulo Perrella, 109 João Paulo Schubert S. Nogueira, 109 José Augusto Botega dos Santos, 108 Joyce Ferreira Cardoso, 103 Juan Raimount Sírio Tejero Cantero, 109 Juliana Barbosa Lima, 103 Juliana Barbosa Ribeiro, 103 Juliana Carla Lopes de Oliveira, 109 Juliana de Cassia Ribeiro, 103 Juliana Gonçalves, 103 Juliana Hermano, 103 Juliana Peixoto G. Santos, 103 Júlio César Consani, 109 Júlio César Martins Alves, 109 Julio Zambrano do Amaral, 109 Kamilla Damasceno Montoan, 109 Karen A. de Oliveira Barros, 114 Karina Freitas Mergulhão, 103 Karina Yuri Felix, 109 Karla Roberta Giorgi, 105 Karolina de Abreu Takatsu, 109 Kátia Andréa Banin, 109 Kátia Cilene B.Sanchez , 105 Kátia Pedicino Nogueira, 110 Katiani Aparecida Diniz, 105 Keitty Luiz, 105 Keller Cristina Statonato, 103 Khalil Salem Sugui, 103 Laiza Soares Costa, 110 Laiza Zardo Medeiros, 110 Leandro Barbosa de Souza, 103 Leandro Fornazieri Martinez, 114 Leandro Gimenes Ferreira, 110 Leandro Tagliani Rentes, 110 Leonardo Reale, 114 Letícia Boccia Martins, 109 Lígia Regina da Silva, 103 Lílian do Amaral Toledo, 110 Livia P. M. do Nascimento, 103 Lívia Roberto, 110 Luciana Batista de Azevedo, 103 Luciana C. de Campos, 103 Luciana da Costa Soares Hungria, 109 Luciana Maria Silveira Miguel, 110 Luciane de Lourdes Paez, 105 Luciane F. da Silva Rodriguez, 114 Luciano Barcena Bertoni, 110 Luciano Thimotheo Cordeiro, 110 Luigi Francesco Regolini, 110 Luiz Alex de Camargo, 110 Luiz Antonio Luna Junior, 110 Luiz Felipe B. Gomes, 110 Mara Rita Rodrigues Aranda, 110 Marcel Costa Cucielo, 110 Marcela Andrade dos Santos, 103 Marcelo Dantas de Oliveira, 110 Marcelo Pavone Gondos, 110 Marcelo Zenaro Mattos, 110 Marcelo Zotovici, 110 Marcéu Paes Gavioli, 109 Marcia Biondi, 103 Márcia Rosa de Souza, 110 Márcio Roberto Franco Barbosa, 110 Marco Alexandre Silva Feitoza, 110 Marco Antonio Paes Bezerra Filho, 110 Marcos Antonio Raposo Garcia, 110 Marcos Rogério da Silva, 110 Maria Cristina Olímpio, 103 Maria Fernanda Teixeira, 110 Maria Gabriela da Silva, 103 Maria Helena Iavaroni, 110 Mariana Cavalcanti de Campos, 110 Mariana D’Agostino Christaziano, 110 Marina Alvim Zamarim, 108 Mario César Cacace, 110 Marjorie Sanches Neri, 110 Mark Brian Paclibar Alba, 110 Marleide Ferreira de Jesus, 105 Mauri Gimenes Greco, 110 Maurício Carneiro Louzan Afonso, 110 Maurício Coppa; Tiago Montaldi, 110 Mauro Bresci, 110 Melissa de Souza Alcazar, 111 Melissa Hiromi Aoki, 111 Melissa Michel Cadima, 111 Michelle Larosa, 111 Michelle Rodrigues Amorim, 111 Milene Donadio, 114 Mônica de Oliveira Marcos, 111 Murillo Silva B. Ferreira, 103 Murillo Tadeu Pangrazi Costa, 111 Naira Nimtz, 111 Narjara Neves Silva, 111 Natália Capellozza, 111 Natália de C. Ferreira, 103 Nelma Matuck de Menezes, 111 Newton Ramos Laranjeira Junior, 111 Osvaldo Santos de Lima, 111 Pablo de Oliveira, 111 Patrícia Caboclo Vico, 105 Patrícia F. M. Cavalcante, 103 Patrícia Paula Gomes, 105 Patrick Sato Severiano Gonçalves, 111 Paula Pedroso Costa, 111 Paulo César Baroni, 111 Paulo Roberto Farah, 111 Polyana Florencio de Lima, 103 Priscila Baptista Spejo, 103 Priscila Bocato, 111 Priscila C. Rigatto, 103 Priscila Ferreira Ortiz, 111 Priscila V. Fernandes, 103 Priscilla Alves Marcassa, 111 Priscilla Gonzales Gravas, 105 Queli Roseli Borba, 111 Raphael Carubbi Neto, 111 Raquel Bravo Ferreira, 105 Raquel D’Avila Melo Paixão, 111 Rejane Délia Brigante, 103 Renata Barbosa da Silva, 105 Renata Elizabeth Mary Giavera, 111 Renata Esteves Ardiguieri, 103 Renata Ferrari Sabo, 114 Renata Frazão Matsuo, 108 Renata Gonçalves da Silva, 111 Renata Gyorfy, 111 Renata Ribeiro Vallido, 111 Renata Sabbadin, 103 Renata Salgado de Moraes, 105 Renata Solyon Morais, 111 Rene Zamlutti Junior, 103 Ricardo Brangi Forti, 109 Ricardo Leandro Agnelo D’Angelo, 111 Ricardo Luiz Gestas Pfiszter, 111 Ricardo Ribeiro Calixo, 103 Ricardo Wagner Cuevas, 104 Rita Martin Bonastre, 104 Roberta D’Angelino, 110 Roberta Gyorfy, 111 Roberta Kawamura Longo, 114 Roberta Vieira Moraes, 111 Robson Antonio N. Seixas, 104 Rodolfo César Testa Beltrame, 111 Rodrigo Antonelli Perestrelo, 112 Rodrigo Braghetto, 111 Rodrigo Kenichi Ichioka, 114 Rodrigo Mônaco, 112 Rodrigo Moratti, 112 Rodrigo Nolasco dos Santos, 112 Rogério Mendes Abbud, 112 Rosana Brandão Ihara, 104 Rosangela Achiles de Andrade, 105 Rosangela Canônaco, 112 Rosemary Padilha, 105 Rosemary Pereira Martins, 112 Rosemília Balascio, 105 Rubens Romualdo da Silva, 112 Rute de Castro Oliveira, 114 Samanta de Moraes, 112 Samara Aparecida da Silva, 114 Sanderson da Silva Santos, 112 Sandra Maria L. Nepomuceno, 112 Sandra Nascimento Silva, 112 Sandra R. S. Malafaia, 114 Sandro Aparecido Gregoli da Silva, 110 Sara Janis Pavarini, 112 Saul Stefano Carpinelli Ramoniv, 110 Sibele Alves Ferrari, 105 Sibele Conilio, 112 Sibelle da Silva Cruz, 104 Silas de Paula Cipriano, 111 Silmara Rosa Maciel, 114 Silvana Fagundes da Silva, 104 Silvia de Paula Castilhos, 114 Simone de Souza, 105 Sinara Guedes da Silva, 112 Sônia Azevedo Valente, 112 Sueli Costancia Lopes Alves, 104 Susi Nishimura, 105 Talita Antunes Rodrigues, 104 Tatiana Elisiario de Araújo, 104 Tatiane Rita de Cássia Pinheiro, 112 Terezinha Ribeiro Q. Melo, 104 Thais Brione Ligero, 112 Thaís Oliboni, 104 Theo Firmo Moreira, 104 Tiago Alves do Couto, 112 Tiago Cano Ruiz, 110 Tomaz Oliveira, 110 Valéria Affonso, 105 Valéria Mansilha Galhardi, 105 Vanessa de Andrade Nelo, 104 Vanessa Ribeiro Davila, 111 Vanessa Suppo Figueiredo, 105 Veneranda Alice Quezada, 114 Vera Lúcia Varanda Lombard-Platet, 106 Verônica R. de Araújo, 104 Vicente Muradas Lopes da Silva, 112 Vitor Correa Ramos, 112 Vivian C. Maia Lopes, 104 Viviane Buher, 105 Viviane Cristina Sousa Ferreira, 105 Viviane de Carvalho, 105 Viviane G. Ayres, 105 Viviane Maria de O Ferreira, 112 Viviane Tamioka, 104 Viviene B. Porto Barreiros, 112 Weverton Marcelino Dassi, 112 Whinter Carlos Soares da Silva, 111 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Rua Taquari, 546 Mooca CEP 03166-000 São Paulo SP Tel.: (011) 6099-1999 ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR Chanceler: Alzira Altenfelder Silva Mesquita Reitor: José Christiano Altenfelder Silva Mesquita Pró-reitor de Graduação: José Reinaldo Altenfelder Silva Mesquita Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Alberto Mesquita Filho Pró-reitora de Extensão: Lílian Brando Garcia Mesquita Colegiados Superiores: Conselho Universitário Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão FACULDADES Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Diretor: José Carlos Jadon Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas Diretor: Luiz de Oliveira Xavier Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Diretor: Mário Natal Faculdade de Letras, Artes, Comunicação e Ciências da Educação (LACCE) Diretor: Arnaldo de Souza Cardoso Faculdade de Direito Diretor: Fernando Herren Fernandes Aguillar COMISSÃO ORGANIZADORA DO VIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE PESQUISA Diretor: Antônio José da Silva Coordenador de Publicações e Eventos: Salvador Fittipaldi Coordenador do Regime de Iniciação Científica e Grupos de Estudo: Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros Secretárias Executivas: Simone Sevilha Riva, Vivian I. M. Guerrini Assistente de Pesquisa: Adriano Kleber Milanez Auxiliares Administrativos de Pesquisa: Rosemeire de Jesus Fontes Xavier, Andrea Aparecida dos Santos Professores do Regime de Iniciação Científica: Altemir José G. Barbosa, Cláudia Borim da Silva, Jeison Willian Gomes da Fonseca, Maria Cristina Soares Esteves e Yone Xavier Felipe Revisor: José Roberto Mathias