MELHORES POEMAS DE OLAVO BILAC Uma das maiores preocupações na composição poética dos parnasianos era a precisão das palavras. Esses poetas chegaram ao ponto de criar verdadeiras línguas artificiais para obter o vocabulário adequado ao tema de cada poema. Movimento literário surgido na França em meados do século XIX, em oposição ao romantismo, o parnasianismo representou na poesia o espírito positivista e científico da época, correspondente ao realismo e ao naturalismo na prosa. O termo parnasianismo deriva de uma antologia, Le Parnasse contemporain (O Parnaso contemporâneo), publicada em fascículos, de março a junho de 1860, com os versos dos poetas Théophile Gautier, Théodore de Banville, Leconte de Lisle, Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Stéphane Mallarmé, François Coppée, o cubano de expressão francesa José Maria de Heredia e Catulle Mendès, editor da revista. O Parnaso é um monte da Grécia central onde na antiguidade acreditava-se que habitariam o deus Apolo e as musas. Antecedentes A partir de 1830, alguns poetas românticos se agruparam em torno de certas idéias estéticas, entre as quais a da arte pela arte, originária daquele movimento. Duas tendências se defrontavam: a intimista (subjetiva) e a pitoresca (objetiva). O romantismo triunfara em 1830, e de Victor Hugo provinham as grandes fontes poéticas, mas o lirismo intimista não mais atraía os jovens poetas e escritores, que buscavam outros objetos além do eu. A doutrina da arte pela arte encontrou seu apóstolo em Gautier, que foi o pioneiro do parnasianismo. Nos prefácios de dois livros, Poésies (1832) e Jeune France (1833; Jovem França), Gautier expôs o código de princípios segundo o qual a arte não existe para a humanidade, para a sociedade ou para a moral, mas para si mesma. Ele aplicou essa teoria ao romance Mademoiselle de Maupin (1836), que provocou acirradas polêmicas nos círculos literários por desprezar a moral convencional e enfatizar a soberania da beleza. Mais tarde publicou Emaux et camées (1852; Esmaltes e camafeus), que serviu de ponto de partida para outros escritores de apurado senso estético, como Banville e Leconte. Este último publicou, em 1852, os Poèmes antiques (Poemas antigos), livro em que reuniu todos os elementos formais e temáticos da nova escola. Ao lado de Poèmes barbares (1862; Poemas bárbaros), essa obra deu ao autor um imenso prestígio e a liderança do movimento, de 1865 a 1895. Em torno dele reuniram-se Mendès, Sully Prudhomme, Heredia, Verlaine e Coppée. Outros precursores, como Banville e Baudelaire, pregaram o culto da arte da versificação e da perfeição clássica. À época, eram muito valorizados e vistos com curiosidade os estudos arqueológicos e filológicos, a mitologia, as religiões primitivas e as línguas mortas. Os dois livros de Leconte iniciaram uma corrente pagã de poesia, inspirada nesses estudos orientais, místicos, primitivos, "bárbaros", no sentido de estranhos ao helenismo, que ele procurava ressuscitar com traduções de Homero. Características O movimento estendeu-se por aproximadamente quatro décadas, sem que se possa indicar limite preciso entre ele e o romantismo, de um lado, e o simbolismo, do outro. Uma de suas linhas de força, o culto da beleza, uniu parnasianos e simbolistas. No entanto, pode-se distinguir alguns traços peculiares a cada movimento: a poesia parnasiana é objetiva, impessoal, contida, e nisso se opõe à poesia romântica. Limita-se às descrições da natureza, de maneira estática e impassível, freqüentemente com elemento exótico, evocações históricas e arqueológicas, teorias filosóficas pessimistas e positivistas. Seus princípios básicos resumem-se nos seguintes: o poeta não deve expor o próprio eu, nem fiar-se da inspiração; as liberdades técnicas são proibidas; o ritmo é da maior importância; a forma deve ser trabalhada com rigor; a antigüidade grega ou oriental fornece modelos de beleza impassível; a ciência, guiada pela razão, abre à imaginação um vasto campo, superior ao dos sentimentos; a poesia deve ser descritiva, com exatidão e economia de imagens e metáforas, em forma clássica e perfeita. Dessa maneira, o parnasianismo retomou as regras neoclássicas introduzidas por François de Malherbe, poeta e teórico francês que no início do século XVII preconizou a forma estrita e contida e acentuou o predomínio da técnica sobre a inspiração. Dessa forma, o parnasianismo foi herdeiro do neoclassicismo, do qual se fez imitador. Seu amor ao pitoresco, ao colorido, ao típico, estabelece a diferença entre os dois estilos e o torna um movimento representativo do século XIX. A evolução da poesia parnasiana descreveu, resumidamente, um percurso que se iniciou no romantismo, em 1830, com Gautier; conquistou com Banville a inspiração antiga; atingiu a plenitude com Leconte de Lisle; e chegou à perfeição com Heredia em Les Trophées (1893; Os troféus). Heredia, que chamou a França de "pátria de meu coração e mente", foi um brilhante mestre do soneto e grande amigo de Leconte de Lisle. Ele reuniu as duas tendências principais do parnasianismo -- a inspiração épica e o amor à arte-- e procurou sintetizar quadros históricos em sonetos perfeitos, com rimas ricas e raras. Heredia foi a expressão derradeira do movimento, e sua importância é fundamental na história da poesia moderna. O parnasianismo foi substituído mas não destruído pelo simbolismo. A maioria dos poetas simbolistas na verdade começou fazendo versos parnasianos. Fato dos mais curiosos na história da poesia foi Le Parnasse contemporain ter servido de ponto de partida tanto do parnasianismo quanto do simbolismo, ao reunir poetas de ambas as escolas, como Gautier e Leconte, Baudelaire e Mallarmé. Da França, o parnasianismo difundiu-se especialmente pelos países de línguas românicas. Em Portugal, seus expoentes foram Gonçalves Crespo, João Penha e Antônio Feijó. O movimento alcançou êxito principalmente na América espanhola, com o nicaragüense Rubén Darío, o argentino Leopoldo Lugones, o peruano Santos Chocano, o colombiano Guillermo Valencia e o uruguaio Herrera y Reissig. TÓPICOS MAIS IMPORTANTES DA POESIA PARNASIANA Busca da Perfeição Formal Vocabulário Culto Gosto Pelo Soneto Rimas Raras, Chaves De Ouro Gosto Pelas Descrições Objetivismo Racionalismo Universalismo Apego À Tradição Clássica Presença Da Mitologia Greco-Latina Arte Pela Arte PRINCIPAIS POETAS ALBERTO DE OLIVEIRA a) o mais atado aos rigorosismos do Parnasianismo; b) poemas que reproduzem mecanicamente a natureza e objetos decorativos; c) poesia morta e aberta apenas para a apreciação do objeto. RAIMUNDO CORREIA a) fase romântica (Primeiros sonhos – 1879): influências de Casimiro de Abreu e Fagundes Varela; b) fase parnasiana (Sinfonias – 1883; Versos e versões – 1887): poesia filosófica, negativa (influenciada por Schopenhauer) c) fase pré-simbolista: pessimismo que busca refúgio na metafísica e na religião. Poesias com pesquisa de musicalidade e sinestesia. OLAVO BILAC Cultor da perfeição estilística e integrante, com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, da famosa tríade parnasiana, Olavo Bilac construiu imensa popularidade por meio de sua poesia, pela qual, em vida, foi idolatrado no Brasil pelo público. Olavo Brás Martins de Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16 de Dezembro de 1865. Estudou Medicina e Direito, no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas não completou nenhum dos dois cursos. Dedicou-se então ao jornalismo e à literatura. Teve participação intensa na política e em campanhas cívicas de alcance nacional. Durante a revolta de 1893, foi perseguido pelo governo do Marechal Floriano, o que o obrigou a esconder-se por algum tempo em Minas Gerais e lhe valeu um período de prisão na fortaleza de Laje, Rio de Janeiro. Exerceu vários cargos públicos, como oficial da Secretaria do Interior, no Rio de Janeiro, inspetor escolar do antigo Distrito Federal e secretário da III Conferência PanAmericana do Rio de Janeiro(1906). Foi delegado no Congresso Pan-Americano de Buenos Aires. Sua campanha mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório, até mesmo como instrumento de alfabetização de adultos. Fez-se também propagandista dos princípios nacionalistas. Conferencista notável, tornou-se o poeta mais lido do país nas duas primeiras décadas do século XX, quando seus sonetos de chave de ouro eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus e salões literários. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 15). A estreia de Olavo Bilac deu-se com o volume Poesias (1888). O parnasianismo já estava firmado no Brasil desde o começo da década de 1880. A ideia nova , que a geração de 1870 adotara como credo filosófico e estético, e que fora identificada por Machado de Assis no ensaio “A nova geração”, transformara-se em opção consagrada, e seus dois maiores representantes, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, ampararam e saudaram o estreante. O livro continha o grupo de sonetos da “Via-Láctea”, que se tornariam dos mais famosos da poesia brasileira, e a “Profissão de fé”, em que se codifica o credo parnasiano, pelo culto da pureza formal e da correção do verso. De acordo com tais cânones, Bilac tornou-se o cinzelador dos sonetos talvez mais perfeitos da língua, na tradição de Bocage, com decassílabos rigorosos, imagens sóbrias, riqueza métrica, de suma elegância e sonoridade, que conquistam o leitor sobretudo por aliarem-se a um sensualismo ardente, óbvia impregnação das teorias realistas. Ao lado do lírico, há em Bilac uma tonalidade épica que se destaca no poema “O caçador de esmeraldas”, que celebra os feitos, desilusão e morte do bandeirante Fernão Dias Paes. Evoluindo em seu pensamento, o poeta acabou por derivar para uma filosofia contemplativa, feita de reflexões sobre a morte e o destino humano. Essa face de sua poesia consagrou-se no livro Tarde, aparecido postumamente(1919), no qual desabrocha a tendência à inquietação. Aí está o sopro de dúvida e esperança, de desilusão com a vida terrestre e os prazeres da carne e do mundo, de resignação e indulgência. Poemas como “Os sinos”, “As árvores”, “As ondas” são alguns dos mais altos espécimes do lirismo parnasiano. As conferências, ensaios, contos e textos de circunstância do poeta constam de livros como Crônicas e novelas(1894), Crítica e fantasia(1904), Conferências literárias(1906-1912), Discursos(1915), Ironia e piedade(1916), Últimas conferências e discursos(1924). Olavo Bilac morreu no Rio de Janeiro em 28 de Dezembro de 1918. Sua posição na literatura brasileira foi asperamente contestada pelo Modernismo, a partir de 1922. No entanto, sua glória é incontestável, pela alta categoria de seus poemas e a sedução que exercem. POEMAS O INCÊNDIO DE ROMA (p.31) Raiva o incêndio. A ruir, soltas, desconjuntadas, As muralhas de pedra, o espaço adormecido De eco em eco acordando ao medonho estampido, Como a um sopro fatal, rolam esfaceladas. E os templos, os museus, o Capitólio erguido Em mármore frígio, o Foro, as eretas arcadas Dos aquedutos, tudo as garras inflamadas Do incêndio cingem, tudo esboroa-se partido. Longe, reverberando o clarão purpurino, Arde em chamas o Tibre e acende-se o horizonte... - Impassível, porém, no alto Palatino, Nero, com o manto negro ondeando ao ombro, assoma Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte, Lira em punho, celebra a destruição de Roma. Estampido = som seco, forte ou fraco Esfaceladas = despedaçadas Capitólio = templo dedicado a Júpiter Foro = local onde são processados assuntos relacionados com a justiça Eretas = retas, empertigadas Aqueduto = Canal subterrâneo ou fora do solo, para conduzir água de um lugar para Cingir = cercar Esboroar = Reduzir a pó Reverberar = Refletir; repercutir (luz e calor) Tibre = Rio de Itália, pensa-se que o seu nome derivou de Tíber, filho do deus romano Janos. Palatino = parte alta do Palácio. Assoma = aparece, mostra-se Ébrio = embriagado Engrinaldada = enfeitada, ornamentada VIA LÁCTEA (SONETO I) (p.39) Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via Que, aos raios do luar iluminada, Entre as estrelas trêmulas subia Uma infinita e cintilante escada. E eu olhava-a debaixo, olhava-a... Em cada Degrau, que o ouro mais límpido vestia, Mudo e sereno, um anjo a harpa dourada, Ressoante de súplicas, feria... Tu, mãe sagrada! Vós também, formosas Ilusões! sonhos meus! íeis por ela Como um bando de sombras vaporosas. E, ó meu amor! eu te buscava, quando Vi que no alto surgias, calma e bela, O olhar celeste para o meu baixando... A MORTE DE TAPIR (pp.21-29) II (p.23) E o dia Entre os sanguíneos tons do ocaso decaía... E era tudo em silêncio, adormecido e quedo... De súbito um tremor correu todo o arvoredo: E o que há pouco era calma, agora é movimento, Treme, agita-se, acorda, e se lastima... O vento Fala: 'Tapir! Tapir! é finda a tua raça!" E em tudo a mesma voz misteriosa passa; As árvores e o chão despertam, repetindo: 'Tapir! Tapir! Tapir! O teu poder é findo!" E, a essa hora, ao fulgor do derradeiro raio Do sol, que o disco de ouro, em lúcido desmaio, Quase no extremo céu de todo mergulhava, Aquela estranha voz pela floresta ecoava Num confuso rumor entrecortado, insano... Como que em cada tronco havia um peito humano Que se queixava... E o velho, úmido o olhar, seguia. E, a cada passo assim dado na mata, via Surgir de cada canto uma lembrança... Fora Desta imensa ramada à sombra protetora Que um dia repousara... Além, a árvore anosa, Em cujos galhos, no ar erguidos, a formosa, A doce Juraci a rede suspendera, - A rede que, com as mãos finíssimas, tecera Para ele, seu senhor e seu guerreiro amado! Ali... - Contai-o vós, contai-o, embalsamado Retiro, ninhos no ar suspensos, aves, flores!... Contai-o, o poema ideal dos primeiros amores, Os corpos um ao outro estreitamente unidos, Os abraços sem conta, os beijos, os gemidos, E o rumor do noivado, estremecendo a mata, Sob o plácido olhar das estrelas de prata... Juraci! Juraci! virgem morena e pura! Tu também! tu também desceste à sepultura!... CANÇÃO (p.70) Dá-me as pétalas de rosa Dessa boca pequenina: Vem com teu riso, formosa! Vem com teu beijo, divina! Transforma num paraíso O inferno do meu desejo... Formosa, vem com teu riso! Divina, vem com teu beijo! Oh! tu, que tornas radiosa Minh’alma, que a dor domina, Só com teu riso, formosa, Só com teu beijo, divina! Tenho frio, e não diviso Luz na treva em que me vejo: Dá-me o clarão do teu riso! Dá-me fogo do teu beijo! VILA RICA (p.103 ou 105) O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição Na torturada entranha abriu da terra nobre: E cada cicatriz brilha como um brasão. O ângelus plange ao longe em doloroso dobre. O último ouro do sol morre na cerração. E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção. Agora, para além do cerro, o céu parece Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu... A neblina, roçando o chão, cicia, em prece, Como uma procissão espectral que se move... Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu... Sobre o triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. Fulvo = Ruivo, de cor meio avermelhada; amarelo-tostado, louro-dourado Laivos = Vestígios, sinais Planger = Soar tristemente. Lastimar-se, chorar Cerração = neblina espessa, nevoeiro Urbe = cidade Extrema-Unção = A unção dos enfermos; última confissão de um fiel antes de morrer, para a absolvição dos seus pecados Cicia = sussurra Dirceu = pseudônimo poético de Tomás Antônio Gonzaga REMORSO (p.104 ou 106) Às vezes, uma dor me desespera... Nestas ânsias e dúvidas em que ando, Cismo e padeço, neste outono, quando Calculo o que perdi na primavera. Versos e amores sufoquei calando, Sem os gozar numa explosão sincera... Ah! Mais cem vidas! Com que ardor quisera Mais viver, mais penar e amar cantando! Sinto o que esperdicei na juventude; Choro, neste começo de velhice, Mártir da hipocrisia ou da virtude, Os beijos que já não tive por tolice, Por timidez o que sofrer não pude, E por pudor os versos que não disse! CRIAÇÃO (p.109) Há no amor um momento de grandeza, Que é de inconsciência e de êxtase bendito: Os dois corpos são toda a Natureza, As duas almas são todo o Infinito. É um mistério de força e de surpresa! Estala o coração da terra, aflito; Rasga-se em luz fecunda a esfera acesa, E de todos os astros rompe um grito. Deus transmite o seu hálito aos amantes: Cada beijo é a sanção dos Sete Dias, E a Gênese fulgura em cada abraço; Porque, entre as duas bocas soluçantes, Rola todo o Universo, em harmonias E em glorificações, enchendo o espaço! AT HOME (p.115) Caso Pafúncio Meneses Com Dona Ana de Tabordo E, ao cabo de cinco meses, Nasceu-lhes um bebê gordo. Ele com ar de tirano Se arrepela e desespera: “Senhora! Ou muito me engano Ou antes de ser já era!” Mas diz Dona Ana em segredo: “Homem, não seja covarde! O bebê não nasceu cedo: Você é que casou tarde!” CLARINHA, À MAMÃE CHOROSA (p.118) Clarinha, à mãe chorosa, Conta o que lhe aconteceu: “Eu ia silenciosa... Um homem me apareceu... Estava deserta a estrada, E não passava ninguém... Parei, pálida e assustada: Ele não parou também... Houve um silêncio de morte, Um espanto entre nós dois... Depois... como ele era forte... E eu era fraca... depois...” “Clara, você me consome! (Brada a velha com furor) declare-me já o nome, o nome do sedutor.” “Não sei.” E, no seu desgosto, Na sua atrapalhação Chora... “Porém viu-lhe o rosto, Viu o rosto do vilão?” “Não vi, tudo estava escuro... Escuro... não vi... não sei! E, ademais, naquele apuro, Não foi p’ro rosto que olhei...”