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BRASIL
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Ano Novo,
Vida Nova
1997 começo com novas esperanças
para a Rede Mulher de Educação.
Estamos de casas e de caras novas.
Novos relações de gênero:
Aprendizaà
permanente
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Muitas vezes a justificativa usada por muitas organizações para não
introduzir a perspetiva das relações sociais de gênero em seu meio é a
excessiva carga ideológica que o tema carrega. Confundindo relações
de gênero com assunto de mulheres para mulheres, grande parte das
organizações chefiadas por homens já se vê - quando muito - criando
uma sala para o clube das luluzinhas.
Quando razoavelmente alfabetizadas pela pedagogia de gênero,
algumas instituições consideram que não se deve pensar só em projetos voltados ãs mulheres, mas sim, trabalhar sempre com homens e
mulheres numa suposta - e fictícia - condição de igualdade.
A verdade é que, quando trazidas para a pratica das organizações, as
relações de gênero são mais complexas e menos ideológicas do que
parecem à primeira vista. E é aí que se torna importante uma massiva
capacitação com vistas ã pratica social. Como contemplar a transformação das relações de gênero no ciclo de um projeto, como esta
transformação pode contribuir para a qualidade total nas indústrias,
como formar lideranças capazes de se relacionar em condições de
igualdade e reciprocidade em espaços mistos?
Está aí um desafio que as organizações feministas começam a enfrentar: na medida em que mais e mais mulheres ascendem a cargos de
chefia e liderança, mais e mais estes espaços públicos se sensibilizam
para as diferenças entre homens e mulheres e para a necessidade das
organizações em se abrirem para este tema, mais necessário se torna
que transformemos o discurso em prática de vida.
Inserir estas questões no cotidiano, traduzir para a linguagem do dia-adia temas complexos - está aí o desafio que a Rede Mulher de Educação se lança para este final de milênio. Esperando que para além do
ano 2000 as mulheres, assim como os homens, tenham conquistado
espaços que lhes garantam uma cidadania local e planetária em
plenitude de direitos e oportunidades, em equilíbrio de relações entre si
e deles com Gaia, nossa Mãe Natureza.
Em São Paulo compartilhamos uma
nova casa com o Instituto Ecoar pela
Cidadania. Em Curitiba é a vez de unir
esforços com a Universidade Livre do
Trabalho e com o apoio da Comissão
Estadual da Mulher Trabalhadora Rural do Paraná. É a descentralização
em movimento!
ANOTE
* Novas referências:
Em São Paulo:
A jornalista Vera Viera tornou-se
a responsável pela comunicação
da Rede Mulher de Educação. E
chega com força total para colocar os pontos focais em comunicação via Internet, no Serviço de
Inferconexões.
Em Curitiba:
A assistente social Jucimara Pereira, assume a secretaria do projeto de "Capacitação de Agentes
Mulfíplicadoras em Gênero e Liderança", articulando as atividades de multiplicação e retorno
dos vários pontos focais da Rede
Mulher de Educação.
•k Nossos novos endereços:
São Paulo: R, Coriolano, 28 - V.
Romana - São Paulo - SP - Caixa
Postal 1803 - CEP 05047-000
Tél: 011.873.2803-Fax-011.62,7050
Curitiba: R. Pastor Manuel Virgílio
de Souza, 1310 B - Tarumã Curitiba - PR - CEP 81.050-990 Caixa Postal 010.525 - Tel:
041.366.3198.
U
Atingidos/as pelas
barragens
A Comissão de Atingidos pela Hidrelétrica de Irapé, no Vale do
Jequitinhonha / MG, comunica o lançamento da Campanha pela Vida
com Dignidade. O objetivo é sensibilizar a sociedade para os impactos
sociais e ambientais que esta barragem está produzindo e formar uma
rede de solidariedade às 800 famílias atingidas.
Para angariar fundos, criou postais
que mostram a vida dos lavradores
da região. Organizações interessadas
em contribuir com esta campanha
podem fazer pedidos para o CampoVale: Rua Inocência Leite, SOA - Minas Novas - MG - CEP 39.650-000 Telefax: 033.764.1277.
Relações de Gênero
no Ciclo de Projetos
Este manual, fruto de um laboratório
de capacitação para consultoras
locais, trata a questão de gênero no
interior dos projetos de desenvolvimento. Ele foi concebido para
tornar-se um guia prático de pessoas e instituições que pretendem
trazer para o cotidiano a mudança
efetiva nas relações de gênero.
Organizado pela Rede Mulher de
Educação, com o patrocínio da GTZ
- Sociedade Alemã de Cooperação
Técnica, este manual está sendo
publicado com tiragem limitada.
Preço: R$ 35,00. Pedidos pelo
telefone: 011.873.2803e fax:
011.62.7050.
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frromos
Miquelina Silva, da equipe América
Latina da agência canadense Desenvolvimento e Paz, agradece o envio
regular do Cunhary e aponta uma falha: no expediente, o código DDD do
telefone e fax da Rede Mulher de Educação saiu errado: 061 em vez de 011.
Obrigada, Miquelina, pelo alerta!
Mudança de endereço
A ABRAPIA - Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência - comunica seu
novo endereço e telefone:
R. Fonseca Telles, 121 - 2o andar - CEP
20940-200 - São Cristóvão - Rio de
Janeiro - RJ - Tel: 021.589.5656 e Fax:
021.580.8057.
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Gênero e Políticas
Públicas
É sobre este tema que o Boletim do
Centro Informação Mulher - CIM,
debruça-se na sua edição n" 18.
Através de experiências concretas
de introdução das relações de
gênero em políticas públicas locais
no Brasil, Bolívia, Peru, Equador e
Colômbia, traça-se um perfil de
como este tema tem sido tratado
nos países latinoamericanos e os
benefícios decorrentes para as
mulheres. Pedidos pelo telefax: 011.
256.0003 ou pelo E-Mail:
[email protected].
INFORMATIVO DA REDE MULHER DE EDUCAÇÃO
Conselho Editorial: Moema Viezzer, Tereza Moreira
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e Vera Vieira • Edição: Tereza Moreira • Colaboraram nesta edição: Beatriz Cannabrava, Jacy Vanz
Perin, Jucimara Pereira, Madalena Rodrigues e Sônia Coutinho. • Diagramação
e editoração eletrônica: Luiz Daré • Impressão: Nossa Gráfica • Apoio: Novib /
Holanda • Rede Mulher de Educação (sede) - R. Coriolano, 28 - V. Romana - São
Paulo - SP - CEP 05047-000 - Tel: 011.873.2803, Fax: 011.62.7050.
Catálogo 1996/1997
Saiu o catálogo de vídeos de SOS
Corpo - Gênero e Cidadania.
Especialmente indicados para os
grupos de mulheres que atuam no
Nordeste do país, o catálogo dispõe
de vídeos abordando os seguintes
temas: saúde e direitos reprodutivos, gênero e desenvolvimento,
trabalho, feminismo e movimento
de mulheres. Informações: Divulgação e Distribuição de Materiais - R.
Major Codeceira, 37 - 50100-070 Santo Amaro - Recife - PE - Tel.:
081.423.3044, Fax: 081.423.3180 e
E-Mail: Altemex [email protected] e
Internet: [email protected].
Base de Datos Mujer
Trata-se de uma informação bibliográfica bilíngüe linglês/espanhal),
editada pela Isis Internacional
totalmente voltada ã saúde das
mulheres. É uma seleção de documentos relativos à década de 90
sobre a saúde das mulheres no
mundo e especialmente na América
Latina e Caribe. Pedidos: Isis Internacional Casilla 2067 - Correo Central Santiago do Chile - Tel.: (56-21
633.4582, Fax: (56-2) 638.3142, Email: [email protected].
CUNHARY INFORMA
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Rio + 5: uma avaliação
Começam, a partir de janeiro de 97,
as mobilizações da sociedade civil
de todo o planeta para avaliar o que
de fato foi realizado de todos os
acordos e cartas de intenções
firmados durante a Conferência
Mundial para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, a Rio '92. Para
este evento, a WEDO - Organização
de Mulheres para o Ambiente e
Desenvolvimento - está levantando
todas as iniciativas femininas em
defesa do ambiente ao redor do
mundo.
Aqui no Brasil, como evento preparatório à Sessão Especial de avaliação das Nações Unidas, marcada
para junho, ONGs do mundo inteiro
estarão reunidas no Rio de Janeiro
em março do próximo ano. O tema
do encontro: "Rio + 5: da Agenda ã
Ação". O objetivo é avaliar tudo o
que se tem realizado como fruto das
conferências mundiais que ocorreram nos últimos cinco anos.
Como esta será uma conferência
restrita a um pequeno grupo - em
torno de 500 pessoas de todos os
países - o Fórum Brasileiro de ONGs
está definindo critérios bastante
rígidos de participação. Haverá uma
reunião marcada para o período
entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro
de 1997, durante o 13° Encontro
Nacional do Fórum de ONGs e
Movimentos Sociais, em Brasília.
Informações: Secretaria Executiva do
Fórum - Caixa Postal 18 - CEP
70.359-970 - Brasília - DF - Tel: (061)
321.8085, Fax: (061) 321.6333 e Email: [email protected]
CNS cria Secretaria
da Mulher
Cidadania e
reprodução
Acaba de ser formada a primeira
Secretaria da Mulher, do Conselho
Nacional dos Seringueiros. Encabeçando a luta por um espaço específico para as mulheres esta a sóciaeducadora da Rede Mulher de
Educação e uma das principais
articuladoras do movimento interestadual das quebradeiras de coco
babaçu, Raimundo Gomes da Silva.
A secretaria está funcionando em
São Miguel das Sete Barracas, no
Tocantins. Parabéns, Raimundo!
Comissão de Cidadania e Reprodução está elaborando quinzenalmente o Informativo, clipping que reúne
as principais notícias sobre saúde
reprodutiva publicadas nos principais jornais do país.
CUNHARY INFORMA
Pessoas e organizações interessadas em receber esta publicação
entrem em contato com Margareth
Arilha - R. Morgado de Matheus, 615
- CEP 04015-902 - São Paulo - SP Brasil - Tel: (011) 574.0399 e Fax: (011)
575.7372.
Avanços na luta das
agricultoras do Paraná
Com pouco mais de dois anos de
fundação, a Coordenação Estadual
de Mulheres Trabalhadoras Rurais CEMTRA - do Paraná, conseguiu
algumas significativas vitórias nos
últimos meses, especialmente com
o planejamento realizado em
conjunto com a assessoria da Rede
Mulher de Educação, através da
consultora Menchu Ajamil, como
parte do projeto "Formação de
Agentes Multipticadoras em Gênero
e Liderança".
Quatro das suas propostas foram
aprovadas por unanimidade pela
Diretoria Geral e Assembléia
Extraordinária da Fetaep - Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado do Paraná:
1. A garantia de apoio político,
financeiro e de infra-estrutura
para as coordenadoras regionais;
2. Apoio integral às comemo
rações do 8 de Março do
próximo ano, a serem realizadas conjuntamente em âmbito
municipal, estadual e nacional,
com incentivo ás micro-regiões
para que enviem representantes
ao 4o Seminário Nacional das
Trabalhadoras Rurais, previsto
para março/97 em Brasília.
3. Capacitação das coorde
nadoras regionais, com
destaque para uma Campanha
de Documentação da Mulher
Trabalhadora Rural e formação
de todos/as os/as dirigentes da
Fetaep em relações sociais de
gênero.
4. Incentivo e apoio a todas
as trabalhadoras rurais e
suas coordenações regionais
para uma efetiva participação
em mobilizações como a
'Campanha de Valorização da
Agricultura Familiar, Grito da
Terra Brasil, entre outras.
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O dia das mulheres na
Cúpula da Alimentação
Mais destaque para as propostas
das mulheres. Desta vez foi em
Roma, entre 11 e 17 de novembro,
quando aconteceu a Cúpula Mundial da Alimentação. No Fórum
Paralelo das ONGs, o dia 15 foi
dedicado às vozes, visões e ações
das mulheres em relação a este,
que é o tema número um da
segurança mundial. Dezesseis
mulheres de vários países do
mundo, convidadas pelas organizadoras do evento, Maria Mies (Alemanha), Vandana Shiva (índia) e
Farida Atker (Bangladesh), dedicaram o dia ao diálogo sobre temas
centrais para a sobrevivência do
planeta como a globalização na
forma de se produzir, industrializar e
comercializar alimentos. Por outro
lado, foram apresentadas alternativas das mulheres na produção,
comercialização a<onsumo de
alimentos.
Pelo Brasil, participaram Moema
Viezzer e Clara Takaki Brandão,
falando, respectivamente, do
envenenamento dos alimentos
através dos agrotóxicos e sobre
alternativas alimentares. A Rede
Mulher de Educação foi a única
entidade feminista brasileira presente a essa Cúpula, sinal de que o
tema da alimentação é absolutamente novo em termos de prioridade para o movimento de mulheres
daqui. E pretende divulgar amplamente as resoluções tomadas
nesse dia através da sua participação na RICA - Rede de Informação
sobre Cultura Alimentar, e também
através do "Apelo de Leipzig", o
documento abaixo-assinado que
reflete as propostas das mulheres
em relação ao tema da alimentação. Informações com Moema
Viezzer: Tel (011) 873.2803 e Fax:
(011)62.7050.
Cotas mudam cenário eleitoral
Os números não mentem. O sistema de cotas, que obrigou cada
partido a destinar 20% de suas
candidaturas a mulheres, provocou
um novo recorde de presença
feminina nos cargos eletivos.
Nas últimas eleições municipais,
cerca de 5000 mulheres foram
eleitas em todo o país. No pleito
anterior, este número foi de apenas
1672.0 crescimento é invejável em
todos os cargos: em 1988 havia 107
prefeitas; em 96 elas chegam a 300.
Em 1982 elegeram-se 8 mulheres
como deputadas federais; hoje são
33 exercendo mandato. Em 1990
foram eleitas 2 senadoras, hoje o
Senado conta com 5 mulheres.
Com isto, as mulheres começam a
superar a barreira que as mantinha
na marca do 3,5% de participação
nas diversas bancadas. Hoje este
número dobrou: a presença feminina chega a 7% nos cargos eletivos,
com uma forte tendência ascendente.
Este fenômeno já intriga estudiosos,
que tentam explicar esta súbita
ascenção por causa de uma espécie
de preconceito a favor. Para eles, as
mulheres detêm uma imagem
benéfica aos olhos do eleitorado.
Entre as características femininas
que agradam, eles apontam a
honestidade, maior preocupação
social e esforço pessoal.
Leite meu
As campanhas pela amamentação
materna estão fazendo surgir um
novo tipo de iniciativa: a orientação
sobre aleitamento. O Leite Meu é
uma das empresas que surgiram na
esteira destas campanhas. Com
sede em São Paulo e filial em Belo
Horizonte, ela é integrada por
enfermeiras especializadas em
assistir às famílias desde o período
da gravidez até o momento do
desmame. Realizam
aconselhamento sobre a amamentação, orientam e esclarecem
dúvidas e facilitam o acesso ao leite
humano, caso a mulher não possa
amamentar.
Contatos: Em São Paulo:
011.852.5432, com Martha
Goldberg, e em Belo Horizonte:
011.337.8342.
Sintonia Fina
Apôs sucessivos laboratórios de
capacitação para o uso do rádio,
mulheres radialistas de vários
pontos do país criaram a Rede de
Mulheres em Comunicação, fundada há um ano. Através do boletim
trimestral "Sintonia Fina", ela pretende aglutinar as pessoas que realizam programas de rádio, difundindo
um olhar feminino sobre a comunicação. Para maiores informações,
contate o núcleo de referência desta
rede: Cemina - R. Álvaro Alvim, 21 16° andar - Centro - Rio de Janeiro RJ-CEP 20031-010-Tel:
021.262.1704 e Fax: 021.262.6454.
CUNHARY INFORMA
GÊNERO E LIDERANÇA
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Iniciada a segunda
fase do projeto
Enquanto acontecem as multiplicações do conteúdo do curso de
Formação de Agentes Multiplicadoras em Gênero e Liderança nos
diversos Estados, a segunda fase desta formação iniciou em agosto e
tem finalização prevista para julho de 97. Esta fase prevê assessoria
direta aos pontos focais CEMTRA/PR, NUEPOM/MT, ASBUMIP/TO e a
filiadas do Distrito Federal, com enfoque especial em gestão e negociação. E ainda um encontro, previsto para os dias 24,25 e 26 de
março, na região serrana do Rio de Janeiro, entre as multiplicadoras
que realizam os processos de repasse mais significativos. 0 projeto é
apoiado pelo Instituto de LaMujer, da Espanha, através de um convênio entre Rede Mulher de Educação e Fundação Directa.
300 multiplicadoras
capacitadas em quatro
Estados. Veja os
relatos:
Durante o segundo semestre de 96
chegaram à sede da Rede Mulher
de Educação novos informes sobre
a multiplicação da primeira fase do
curso em quatro Estados. Nesta
fase, estão sendo testados alguns
materiais de apoio, como o manual
da Rede Mulher, "Rompendo o Teto
de Cristal", especialmente elaborado
para o curso de multiplicação, e
outros textos sobre as relações
sociais de gênero, selecionados
pelas multiplicadoras capacitadas
no primeiro evento, em dezembro
de 1995, em Itapecerica da Serra,
São Paulo.
Mt,A.A."'
Formação de líderes
populares em Ribeirão
Preto/SP
Encerrou-se em 29 de junho o curso
organizado pelo Conselho MuniciCUNHARY INFORMA
pai dos Direitos da Mulher - CMDM,
em Ribeirão Preto, São Paulo. Dos
quatro encontros desenvolvidos em
maio e junho, participaram 30
lideranças femininas do movimento
de mulheres, sindicatos, associações profissionais e de bairro,
pastorais da mulher e da criança,
partidos políticos e comunidades
eclesiais de base.
A metodologia desenvolvida foi a de
oficinas, com diferentes dinâmicas e
diversos materiais de apoio para
facilitar a construção coletiva de
conhecimentos. Elas foram
conduzidas pela sócia-educadora
Beatriz Cannabrava, com apoio de
Judeti Freitas Zilli e da equipe local
do CMDM.
A avaliação final incluiu formas de
utilizar e multiplicar a capacitação
recebida. Entre as possibilidades
levantadas: reproduzir o conteúdo
para as mulheres nos bairros,
realizar palestras sobre os temas
abordados, criar equipes para
realizar encontros, oficinas e palestras, realizar programas sobre o
tema em rádios comunitárias da
região e criar um fórum para discutir
a questão gênero e liderança.
Etapa por etapa, os
passos previstos
para a capacitação
Em sua primeira fase, trata-se
de uma capacitação de mulheres para que desenvolvam
habilidades gerenciais e de
liderança segundo o enfoque da
transformação nas relações de
poder entre mulheres e homens
no interior das organizações.
O curso, que pode ser realizado
em módulos semanais, mensais
ou num único evento de 5 dias,
aborda temas como autoestima, habilidades de negociação, resolução de conflitos,
entre outros, e tem o objetivo de
formar agentes multiplicadoras
desses conteúdos, capazes de
repassá-las a um maior número
de pessoas, seja em grupos de
mulheres, associações, sindicatos, ONGs mistas, órgãos
governamentais ou empresas.
A segunda fase prevê, além do
repasse dos conhecimentos
aprendidos a um grupo mais
amplo, a assessoria direta aos
grupos mais significativos e o
retorno à sede da Rede Mulher
de Educação das experiências e
vivências realizadas por cada
grupo ou organização. A meta é
que este material, depois de
sistematizado, retorne às
participantes em forma de
manual pedagógico de formação de lideranças.
Para obter informações, contate
o escritório da Rede Mulher de
Educação em Curitiba, secretaria deste projeto, aos cuidados
de Jucimara Pereira: R. Pastor
Manuel Virgílio de Souza, 1310 B
- Tarumã - Curitiba - PR - Caixa
Postal 010.525 - CEP 81.050-990
-Tel: 1041) 366.3198.
5
GÊNERO EUDERANÇA
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Coordenadoras
pedagógicas formadas
emOsasco/SP
Nos meses de maio e outubro, 27
mulheres de Osasco, na região da
Grande São Paulo, receberam lições
semanais de liderança. Elas fazem
parte da AME - Associação de
Mulheres pela Educação, e atuam
como coordenadoras pedagógicas
de treze creches da região.
O curso, organizado pela AME, aos
cuidados de Helena Ferrari, e
conduzido por Beatriz Cannabrava,
constou de oficinas. Estas mulheres
realizam um importante trabalho de
sensibilização das mães e crianças
que se beneficiam dos serviços das
creches, especialmente porque já
atuam dentro de uma perspectiva
de educação sem discriminação.
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No Bahia, curso atinge
seis municípios
Em Feira de Santana/BA, o curso foi
reproduzido nos dias 23 e 24 de
abril e em 22 e 23 de agosto.
Participaram 30 líderes da área rural
de seis municípios: Feira de Santana, Santa Bárbara, Santo Estevão,
Anguera, Serrinha e Valente.
Ele foi conduzido por Sônia Coutinho, do Movimento de Organização
Comunitária - MOC. Os temas
trabalhados nesta primeira fase
foram "A mulher como líder ou
dirigente', 'A mulher, o poder e a
liderança" e "Um modelo futuro de
liderança", desenvolvidos no texto
de apoio "Rompendo o Teto de
Cristal". Para facilitar a compreensão, as organizadoras incluíram a
cartilha "O que é Gênero", elaborada
pelo MMTR/DED/SOS Corpo Gênero
e Cidadania.
Desenvolvido a partir de oficinas, o
curso levantou as expectativas das
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participantes em relação ã continuidade do repasse em cada município. Entre as sugestões apontadas:
fazer dias de estudo com as comissões municipais e repassar o curso
ãs diretorias dos Sindicatos de
Trabalhadores Rurais.
No Espírito Santo,
120 mulheres
Santa Leopoldina/ESfoi palco da
capacitação realizada pela Associação de Alternativas Nova Cultura,
através de Ninon Rouze. Participaram 120 trabalhadoras rurais da
região serrana do Estado, que
durante dois dias refletiram sobre os
temas: saúde, corpo, sexualidade;
Alimentação, experiência viva;
Relações sociais de gênero; Resgate
das terapias tradicionais; Empoderamento das mulheres e realizaram
exercícios corporais, painéis de
pintura, murais informativos.
Como continuidade, as participantes
sugeriram um encontro só com
homens sobre o mesmo tema e
reuniões com a diretoria da FETAES Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Espírito Santo para
iniciar um trabalho conjunto de
formação de lideranças femininas.
Temáticas inseridas em
curriculum da UFMT
Em Cuiabá, o NUEPOM - Núcleo de
Estudo, Pesquisa e Organização da
Mulher, da Universidade Federal do
Mato Grosso, realizou entre 8 e 10
de agosto, uma oficina que reuniu
67 pessoas das faculdades de
Serviço Social e Educação, além de
vereadoras, líderes comunitárias e
profissionais liberais. Entre os temas
abordados: a mulher como líder ou
dirigente, modelo futuro de liderança, planejamento do tempo, estilos
de relação e solução de conflitos.
O curso, organizado pelo NUEPOM,
foi coordenado por Madalena
Rodrigues e Beatriz Cannabrava. O
NUEPOM espera realizar outro
evento para aprofundar os mesmos
temas no primeiro semestre de 97.
Algumas das temáticas tratadas
serão inseridas no conteúdo da
disciplina "Seminário de Serviço
Social: Estudos sobre a Mulher".
'
No Porono, curso
sensibiliza os homens
Entre 16 e 18 de outubro, reuniramse na sede da FETAEP - Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado do Paraná, em Curitiba, 22
mulheres e 4 homens. Além da
equipe da FETAEP, participaram do
curso integrantes da Universidade
Livre do Trabalho - ULP, da Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho e da Comissão
Estadual de Mulheres Trabalhadoras
Rurais do Rio Grande do Sul.
Organizado por Jucimara Pereira e
Jacy Vanz Perin, com o apoio da
ULP, o curso teve como instrutora
Beatriz Cannabrava. Com ele a
CEMTRA-FETAEP, está formando a
sua equipe de multiplicadoras nos
sindicatos rurais durante 1997 e
conseguiu incluirá temática gênero
e liderança em todos os eventos da
Fetaep.
Em Brasília, é a vez dos
partidos políticos
A capacitação realizada pela filiada
Amãlia Maranhão em duas sessões
de 6 horas nos dias 5 e 12 de
dezembro reuniu 8 funcionárias e
um funcionário da Câmara dos
Deputados, todos ligados ao Partido
Socialista Brasileiro. O grupo trabalhou todos os tópicos do manual de
capacitação e decidiu como continuidade, aprofundar cada um deles
na sua convivência diária.
CUNHARY INFORMA
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NO CICLO DOS PROJETOS
RELAÇÕES DE GÊNERO
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Reciclando papéis nas políticas
de Desenvolvimento
Como garanfir a participação de
mulheres, na mesma medida em
que a de homens, em todas as
fases de um projefo de desenvolvimento voltado à geração de
renda? E mais: como traduzir
esta participação em benefícios
concretos? Foi esta indagação
que norteou o laboratório de
educação feminista, realizado
pela Rede Mulher de Educação
em Brasília e intitulado "Relações
de Gênero no Ciclo de Projetos",
de 6 a 13 de julho passado.
0 evento, que teve por objetivo
formar consultoras locais, reuniu
profissionais ligadas ao ProRenda, programa da CTZ Sociedade Alemã de Cooperação Técnica, sócias e filiadas da
Rede Mulher de Educação,
integrantes de organizações do
movimento de mulheres e de
ONCs mistas interessadas em
inserir a dimensão de gênero em
seus projetos e programas.
Numa primeira parte, o laboratório buscou afinar os conceitos
existentes sobre relações sociais
de gênero e inserir este tema nas
políticas de desenvolvimento.
Na segunda parte, as participantes debruçaram-se sobre o
ciclo de projetos, incluindo a
dimensão de gênero e trabalhando sobre conceitos bãsicos e
processos de planejamento.
Atenção especial foi dada õ
CUNHARY INFORMA
formulação de indicadores e ã
monitoria e avaliação, onde
incluir a perspectiva de gênero
faz uma real diferença. Ao final.
as participantes formularam três
projetos de geração de renda e
os negociaram ã luz das novas
descobertas.
A equipe organizadora faz o balanço
0 laboratório foi coordenado por
Moema Viezzer, pela Rede
Mulher de Educação. Como
peritas indicadas pela GTZ, Astrid
Küchemann, da Universidade de
Brasília, e a consultora Neuza
Zimmermann se encarregaram
de transmitir o conteúdo de
gênero aplicado ao ciclo de
projetos.
Moema Viezzer aponta como
contribuição principal do evento
o salto qualitativo que ele
propiciou à capacitação realizada pela Rede Mulher de Educação. "A Rede sempre se dedicou
à formação de lideranças ao
nível dos grupos locais", diz ela.
"Neste momento é necessário
capacitar assessorias, direções
de ONGse todos setores sociais
para que trabalhem as relações
de gênero onde elas se dão
concretamente".
Para Astrid Küchemann, dois
ingredientes foram um desafio a
mais: o tempo, cgrlo demais
para tanto conteúdo, e as
expectativas e interesses diversificados das participantes, que
compunham um grupo bastante
heterogêneo. 'Graças ao espírito
de colaboração de toda a equipe
e das participantes, conseguimos atingir nosso objetivo.
Nunca trabalhei com um grupo
tão criativo e entusiasta como
esse", diz Astrid.
Para Neuzo Zimmermann, o
novo foi perceber como a equipe
de coordenação atuou facilitando os processos, aceitando o
desafio de construir e elaborar
procedimentos com conteúdo de
gênero no planejamento,
incorporando experiência das
participantes e reprocessando
estas informações a partir de
novos dados. "Existia a postura
aberta da construção coletiva
dos conhecimentos. Apesar da
heterogeneidade do grupo, no
decorrer do laboratório, as
diferentes compreensões se
harmonizaram. E, como saldo, o
melhor foi ver a disposição de
muitas das participantes em
inserir esta nova mentalidade
em suas instituições", diz ela.
Deram suporte ao projeto,
Amália Maranhão, que secretariou o laboratório, Valéria Pereira
Barreto, encarregada das
dinâmicas de vitalização, e
Tereza Moreira, responsável pela
elaboração do manual.
RELAÇÕES DE GÊNERO
NO CICLO DOS PROJETOS
£!0ÍlLkLI.I.I.LkLLkLLLLLLLLLI.kPc;:
Ações de continuidade
Meses após sua realização, chegam à sede da Rede Mulher de Educação uma série de informações sobre os desdobramenfos e continuidades deste laboratório. Eis alguns depoimentos:
"Estamos iniciando um trabalho
com artesãs de renda de bilro no
assentamento Maceió, município
de Itapipoca. Já fizemos um
encontro para discussão do
projeto - objetivos, produção e
gestão. O nome do projeto é
"Ponto de Partida" e foi elaborado
pelas rendeiras. Nosso trabalho
enquanto qssessoria será a
monitoria, a qual será planejada
considerando aspectos do
manual".
Lúcia Maria P. Aragão,
Centro de Estudos do Trabalho e de
Assessorla ao Trabalhador,
Fortaleza/CE.
"Subsídios do manual têm
sido utilizados nos trabalhos
que desempenho: treinamentos; assessOrias e elaboração
de projetos. Incorporara
perspectiva de gênero no ciclo
de projetos é uma necessidade concreta e pressupõe não
apenas metodologia adequada, mas, fundamentalmente,
conhecimento e fundamentação conceituai. Os principais
aspectos dó aprendizado no
laboratório foram em relação
ã metodologia de trabalho
com grupos, como sistematizar subsídios, informes,
apresentações".
Maria Tereza Augusti, consultora e integrante do Cons. Nac.
dos Direitos da Mulher, Sâo
Paulo/SP
8
„,., . .... ,
O manual foi utilizado no
,
.
. .
planejamento de um seminário
,
. .
.
sobre geração de renda e
gênero, promovido pelo SACTES,
organizado, coordenado e
monitorado pela equipe da Casa
da Mulher do Nordeste. Outro
evento que utilizou conhecimentos adquiridos no laboratório foi
o 1° Seminário Pernambucano de
Mulheres Produtoras, realizado
em agosto, em Recife. Após este
seminário o grupo de mulheres
da comunidade Chão de Estrelas
organizou um encontro com 4
grupos de produtoras, atingindo
um total de 34 mulheres".
Ana Maria de Farias Ura. Casa da
Mulher do Nordeste, Recife/PE
0 Manual e seu
conteúdo
Para servir como subsídio o este
laboratório, a Rede Mulher de
Educação produziu o manual de
capacitação Relação de Gênero no
Ciclo de Projetos, que está sendo
...
^nr^^r. -,-..
vendido por R$35,00. Pedidos na
^ ,J n J «/« iu J r^
sede da Rede Mulher de Educação.
^
Eis o conteúdo do Manual:
parte 1: Revisando conceitos e
mostrando o contexto:
. construção do conceito de gênero;
. Gênero no Desenvolvimento;
. Gênero e participação.
Parte 2:
Relações de Gênero no
Projetos:
'0 cic'0 de Proietos;
"A perspectiva de gênero no ciclo
de projetos;
' Análise da situação;
- Conceitos básicos e processos de
planejamento;
. Formu|ando indicadoreS;
. Temas que merecem tratamento
cicl0 de
"Estou utilizando o manual
nos treinamentos que tenho
realizado: na consultoria que
faço com mulheres rurais em
Petrolãndia/PE, e na oficina
especial: linguagem sexista na
apresentação do projeto, elaboração de or amentos e
Ç
negociação;
'MonÍ,0ria e ™aliaÇão sob a
perspectiva de gênero;
"A sustentabllldade dos projetos,
de sensibilização com
funcionários do SINE/GTZ/
PRORENDA Urbano e CTA. As
pessoas conseguiram assimilar bem a parte conceituai
de gênero. Fiz também
algumas dinâmicas de autosensibilização que aprendi no
laboratório.
Na parte 3, entre os anexos, estão:
- Pequeno glossário de termos
relativos ao planejamento de
gênero;
- Focalizando as relações de gênero
no mundo do trabalho;
- Pontos norteadores para elaboração de projetos de geração de
renda;
Lourdes Góes, consultora
independente
"18 maneiras infalíveis de tornar as
mulheres visíveis nos projetos;
- Perfis para análise da situação;
- Ferramentas auxiliares para
elaboração da estrutura de custos;
- Um roteiro para a elaboração de
projetos.
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Ampliando espaços na ECOSUI
Cidadãs Mundiais
A Ecosul 96 - 5a Conferência sobre o
Mercosul, Meio Ambiente e Aspectos Transfronteiriços, realizada em
Campo Grande/MS, de 26 a 29 de
novembro, representou um marco
histórico para as mulheres, pois foi
garantida a recomendação de se
considerar a perspectiva de gênero
nas decisões deste tratado.
A Comunidade Bahá'í do Brasil
conferiu em 22 de agosto o 2°
Prêmio Cidadania Mundial na sede
do Parlamento Latino-Americano,
em São Paulo. As agraciadas foram
16 brasileiras que se destacaram na
defesa dos direitos humanos e na
construção da justiça social, em
áreas como ciência, tecnologia,
artes, literatura, política, empreendimento sociais. Moema Viezzer foi
uma delas. Parabéns!
Esta importante resolução foi
garantida através do trabalho
desenvolvido pelasub-câmara
"Relações de Gênero e Meio Ambiente", coordenada pela Rede Mulher
de Educação, através de sua
presidente Moema Viezzer, com
intensa participação de Jucimara
Pereira, Vera Vieira e com o apoio
financeiro da Fundação Pantanal
Terceiro Milênio.
Eis a íntegra do parágrafo inserido
na declaração da Ecosul 96: "Incluir
as relações de gênero e inter-étnica
no âmbito das conferências Ecosul,
dada a sua representatividade e a
importância da participação das
mulheres e das comunidades
indígenas e negras, na gestão
ambiental transfronteiriça".
Vale ressaltar que a sub-cãmara
"Relações de Gênero e Meio Ambiente" contou com a participação de
58 pessoas, contando-se com a
presença de 4 homens e destacando-se a contribuição especial de
várias mulheres pertencentes a
entidades locais de Campo Grande,
além deJacy Vanz Perin e Ângela
Tibes Lang, do Paraná.
Blanca Mazulli, da Universidade de
Asunción, além de desenvolver uma
brilhante atuação durante o evento,
colocou-se ã disposição para dar
início, juntamente com a Rede
Mulher de Educação, a projetos de
continuidade desta iniciativa.
A Ecosul foi marcada por palestras,
câmaras técnicas e pelo Foro dos
Governadores, contando com a
presença de autoridades do Brasil,
Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e
Argentina. Mais informações com
Jucimara Pereira, no escritório Rede
Mulher de Educação/Curitiba.
Gênero e meio ambiente no Acre
As relações de gênero passaram a
ser o tema da hora para entidades
mistas. Seguindo o exemplo da
ABONG - Associação Brasileira de
ONGs, que criou um grupo exclusivo
para discutir a questão de gênero, o
Projeto Aquiri, do Acre, realizou em
setembro a oficina "Gênero e Meio
Ambiente". Com a assessoria da
Rede Mulher de Educação, os temas
gênero e ambiente foram tratados
como assuntos a serem trabalhados
em qualquer projeto.
O projeto Aquiri se desenvolve no
Acre e reúne 13 ONGs que realizam
19 sub-projetos integrados no
CUNHARY INFORMA
sentido de encaminhar ações
propositivas de desenvolvimento
regional com justiça social e equilíbrio ecológico.
O projeto é coordenado por uma
equipe interinstitucional e atua nas
áreas de geração de renda, educação dos povos da floresta, saúde
comunitária, arte-educação e
direitos de crianças e adolescentes,
além do empoderamento das
mulheres.
Informações: Prédio do CIMI - R. Rio
Grande do Sul, 38 - Centro - Rio
Branco - AC - CEP 69.908-970 - Tel:
(069)225.7495.
Mulheres, pragas
e veneno!
Este é o nome da publicação
resultante de uma recente
consultoria da Rede Mulher de
Educação ao Projeto Terra Viva,
patrocinado pela agência alemã
GTZ no municípios de Piedade e
Valinhos, em São Paulo.
As relações de gênero trabalhadas
a partir do uso e abuso de agrotóxicos já foram tema de laboratórios
de educação ambiental que resultaram na publicação "Um Outro Jeito
de Ser". Desta vez, com uma equipe
de três pessoas: Moema Viezzer,
Vera Vieira e Ruth Takahashi, a Rede
Mulher de Educação fez um levantamento da situação na área, constatando o evenenamento de mulheres
e crianças, as doenças decorrentes
das aplicações de agrotóxicos.
Deste levantamento surgiram
propostas de treinamento para as
aplicadoras de agrotóxicos, no
sentido de diminuir o efeito do
envenenamento, assim como de
um novo tratamento da agricultura.
Informações com Vera Vieira: R.
Coriolano, 28 -V. Pompéia - São
Paulo - SP - CEP 05047-000 Tel:
011.873.2803 e Fax: 011.62.7050.
9
Capacitação das
crecheiras de Osasco
A AME - Associação de Mulheres
pela Educação (ex-Associação de
Mães Crecheiras de Osasco), com o
apoio financeiro da Fundação C&A,
da Fundação Vitae, da Fundação
Abrasso e recursos próprios, está à
frente do programa que tem por
objetivo a formação de educadoras,
gerentes e pessoal operacional
dentro da concepção de creche
como espaço educativo em uma
proposta de educação não
discriminadora.
A parte pedagógica do projeto esta
a cargo da Crecheplan, entidade
especializada na formação de
trabalhadoras em creche. A Rede
Mulher de Educação vem trabalhando com a Associação desde 1990
em diferentes atividades de planejamento, elaboração de projetos e
oficinas de educação não-sexista.
Mais informações: AME - R. Frei
Gaspar, 39 - Osasco - SP - Teí: 011.
706.5992 e Fax: 011.707.8589.
Espaço para quem
querpubíkar
Os cadernos ComTAPS, dedicados a
promover a saúde comunitária,
abriram um espaço em suas
edições para artigos que contenham "Um olhar feminino sobre...'
todos os temas relacionados à
promoção da saúde. Este espaço,
negociado pela filiada da Rede
Mulher de Educação, Ruth
Takahashi, junto à TAPS - Associação Brasileira de Tecnologia Alternativa na Promoção da Saúde, visa
promover as iniciativas e idéias de
mulheres em relação à saúde.
Interessadas em veicular suas idéias
devem procurar Vera Vieira, na sede
da Rede Mulher de Educação, em
São Paulo.
10
Gênero e
desenvolvimento
Institucional
De 13 a 18 de agosto, integrantes do projeto "Gênero e Desenvolvimento Institucional: Dilemas
e desafios em ONGs de mulheres" reuniram-se no Rio de
Janeiro para uma avaliação
final. O projeto, conduzido pelo
Núcleo Mulher e Políticas
Públicas do IBAM - Instituto
Brasileiro de Administração
Municipal, enfocou os casos das
ONGs feministas Flora Tristán,
do Peru, e Rede Mulher de
Educação. Financiado pelo
UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para
a Mulher, e pelo Instituto de Ia
Mujer, da Espanha, o projeto
teve a duração de três anos.
Gênero e educação
"Em transição ao século XXI Gênero e educação de pessoas
jovens e adultas na América Latina e
Caribe". Com este tema a REPEM Rede de Educação Popular Entre
Mulheres - realizou entre 25 e 30 de
outubro passado sua reunião no
Colégio Assunção, Rio de Janeiro. O
objetivo do encontro, do qual
participaram educadoras de vários
países latinoamericanos, entre elas.
Beatriz Cannabrava, sócia-fundadora, e Jucimara Pereira, filiada da
Rede Mulher de Educação, foi
identificar a contribuição que
educação permanente pode trazer
para o empoderamento de jovens e
adultos no sentido de enfrentarem
os desafios impostos pelo mundo
contemporâneo. Informações com
Hildésia Medeiros (ENDEREÇO E
TELEFONE).
Identidade feminina
em palestras
A Universidade Espiritual Brahma
Kumaris juntamente com a Rede
Mulher de Educação iniciaram no
segundo semestre de 96 uma
parceria intitulada "Mulheres
prepararam o novo milênio", que
envolve uma série de palestras
mensais direcionadas às mulheres
e que estão acontecendo na sede
da Brahma Kumaris, em São Paulo.
Desde outubro ocorreram três
palestras: "Identidade Feminina:
Coisas de homem, coisas de mulher
- o gênero e os papéis sociais",
proferida por Beatriz Cannabrava,
"Autoestima: A arte de atribuir valor
a si mesma", por Helena Dornellas e
"Liderança das Mulheres", por
Moema Viezzer. Sócias educadoras
e filiadas que desejam proferir
palestras, favor entrar em contato
com a sede da Rede Mulher, em
São Paulo. As palestras acontecem
na sede da Brahma Kumaris - R.
Germaine Burchard, 589 - Tel:
011.864.3694.
Uma espanhola
entre nós
A jornalista Núria Felipe, do IEPALA,
da Espanha, complementou seu
programa de formação em Cooperação Internacional através de um
estágio de.... meses na Rede
Mulher de Educação. Núria visitou e
compôs um pequeno perfil de seis
entidades filiadas ã Rede Mulher de
Educação: o que fazem, como
atuam e qual é a história de vida de
suas principais líderes.
Ao final de sua estada, Núria
prestou um concurso e foi escolhida
para trabalhar no Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD/Brasil. Bem-vinda,
Núria!
CUNHARY INFORMA
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Ponto de encontro de gente, idéias, iniciativas
Você precisa de informações sobre grupos, instituições e
pessoas atuando em áreas do seu interesse? Quer divulgar
seu trabalho? Consulte nosso serviço de interconexões
pelo te/; (0111873.2803 e fax: (011162.7050 ou então escreva
para a sede da Rede Mulher de Educação.
Estratégias contra
a violência
Alguns homens
também sõo aliados
25 de novembro é o dia internacio■nal de luta das mulheres contra a
violência. Em todo o mundo são
denunciados casos de abusos ao
corpo, ao amor próprio e à liberdade das mulheres. A violência que
acontece dentro ou fora de casa é
crime, mesmo aquela cometida por
pai, padastro, marido, namorado.
Depois de muito gritar contra a
violência doméstica e sexual, a
mulher está ganhando um importante aliado: o próprio homem.
Existem até alguns grupos masculinos que discutem a violência contra
a mulher.
Atitudes violentas muitas vezes
deixam marcas no corpo: cortes,
queimaduras, furos de bala. Mas
produzem, principalmente, aquelas
marcas que não se vê e que degradam a auto-estima e a segurança.
Para combater todo tipo de violência
é que existem os grupos de autoajuda. Neles, as vítimas de violência
recebem orientação jurídica, psicológica e arte-educativa. Além de
quebrarem o isolamento, fazerem
novas amizades e romperem o
silêncio sobre sua condição.
No Brasil inteiro, junto ãs delegacias
da mulher há indicações dos
inúmeros grupos que se formam
com esta intenção. Se você é vítima
de violência, procure ou forme um
grupo de auto-ajuda em seu
município.
Para saber como se faz contate:
Maria José Lopes Souza - SOS Ação
Mulher e Família - Av. Luiz Smanio,
552 - Campinas - SP - CEP 13.070580 - Tel: (0191241.0914 e Fax: (019)
241.0289.
CUNHARYINFORAAA
O MOVE (Homens Superando a
Violência), de São Francisco, EUA,
chegou até a elaborar um pequeno
guia, que sen/e como termômetro
da violência no comportamento do
companheiro. Eis algumas delas:
-Você continua com medo do que
ele possa fazer quando estão
juntos?
- Ele deixou de ser violento ou
ameaçador com você e outras
pessoas próximas, como filhas e
filhos, por exemplo?
- Vocês conseguem discutir ou
resolver problemas sem que ele se
torne abusivo ou violento?
- Você pode expressar suas opiniões ou desacordos, dizer "não" e
tomar decisões sobre sua própria
vida, sem medo de que ele te agrida
ou se vingue?
- Ele tem sido capaz de expressar
outros sentimentos que não sejam
de agressividade?
Para saber mais sobre estes homens, escreva para Grupo de
Hombres contra Ia Violência:
Apartado RP-39, Manágua - Nicarágua, a/c Patrício Welsh (tel: 75.329).
Um
Weam'$
Envlroimental
Network
Esta rede se dedica à
mudança de hábitos
A rede inglesa WEN - The
Women's Environment Network,
que de dedica ã defesa ambiental, promove campanhas e
produz dossiês e folhetos com
explicações bastante detalhadas
sobre alguns problemas ambientais causados pelos hábitos de
consumo modernos.
Seu papel é educar, informar e
empoderar as mulheres para que
cuidem do ambiente através da
sua própria mudança de hábitos.
A Rede Mulher de Educação
recebeu vários destes folhetos.
Eles mostram os custos ambientais que envolve a produção, o
consumo e destinação final de
certos produtos. Através de dicas
bastante práticas, mostra como a
consumidora pode poupar o
ambiente. Eis alguns dos itens
com que elas trabalham:
fraldas, embalagens, produtos de
higiene, chocolate, roupas,
cosméticos, bijuterias, comida,
produtos de limpeza, produtos
destinados aos bebês, eficiência
de energia, equipamentos
domésticos, produtos de jardinagem, substâncias cloradas,
papel, produtos veterinários,
remédios, materiais de escritório.
A rede conta também com uma
espécie de serviço de atendimento às consumidoras, com um
banco de dados sobre o efeito de
produtos sobre a saúde humana
e ambiental.
Para obter mais informações,
contate a WENDI - WEN Directory
of Information: Tel: 071.704.6800
ou escreva para Aberdeen
Studios, 22 Highbury Grove,
London - N5 2EA.
11
1997 VEM Aí!
Continue acreditando.
As mulheres, cada vez mais capacitadas para a liderança, estão abrindo novos
caminhos para o mundo.
A Rede Mulher de Educação dedica-se, há 17 anos, à educação popular para novas relações entre homens e
mulheres. Para realizar este trabalho, precisa de sua contribuição.
Sim, eu apoio os esforços que fazem as mulheres para se capacitarem. Minha contribuição para esta causa é de:
□ R$20,00 □ R$30,00 □ R$40,00
□ R$50,00 □ R$100,00
^R$ Outros
Nome
Endereço
Telefone
Fax
Preencha este cupom, recorte e envie juntamente com o recibo de depósito bancário para a sede da Rede Mulher
de Educação em São Paulo - R. Coriolano, 28 - Lapa - São Paulo - SP - CEP 05047-000.
Banco Itaú - 0754-4
Conta corrente 16.126-3
Ag. Turiassú, Perdizes - São Paulo - SP
Você quer se filiar? Fale com a gente.
Se além de nos apoiar como contribuinte, você deseja também conhecer mais de perto e participar das atividades da
Rede Mulher de Educação, contate nossos pontos focais e pessoas de referência em oito Estados ou a sede em São
Paulo. Lá você poderá preencher a sua ficha de filiação.
São Paulo/SP:
Sede - Moemà Viézzer/Vera Vieira - R. Coriolano, 28 V. Romana - São Paulo - SP - CEP 05047-000 - Caixa
Postal 1803 - Tel: 011:8732803 Fax: 011.62.7050
Feira de Santana/BA:
MOC - Sônia Coutinho - R. Pontal, 61 - CEP 44017-170 Tel: 075.221.1393 e Fax: 075.221.1604
Brasília/DF-
Curitiba/PR:
Escritório Rede Mulher de Educação - Jucimara Pereira
- R. Pastor Manuel Virgílio de Souza, 1310 B -Tarumã CEP 81.050-990 -Caixa Postal 010 525 -Tel: 041.366.3198
Amália Maranhão - SOS 107 - Bloco K - 301 - Tel:
061.242.5550 e Fax: 244.6662
Tereza Moreira - Caixa Postal 08726 - CEP 70.312.970 Telefax: 061.500.1732
CEMTRA - Jacy Vanz Perin - R. Silva Jardim, 775- CEP
80.230-000- Curitiba - Tel: (041)322.8711 e Fax: (0411
222 1788
Cuiabã/MT:
NUEPOM - Madalena R. dos Santos - R. 21, n0 23 - Boa
Esperança - CEP 78068-780 - Tel: 065.315.8477 e Fax:
065.361.1119
São Miguel/TO:
ASMUBIP - Raimundo Gomes da Silva - R. Osvaldo
Cruz, 501 - CEP 77925-000 - Tel: 063.846.1152
juiz de Fora/MG:
Mãos Mineiras - Raquel Bittar ou Valéria Pereira - R.
irineu Marinho, 120 - Bom Pastor - CEP 36021-580 Tel: 032.229.7278
Nova Friburgo/RJ:
PREA - Nina Magalhães - R. Augusto Spinelli, 84 - CEP
28612-120 -Tel: 027.253.1459
Nova Almelda/ES:
Associação de Alternativas Nova Cultura - Ninon Rouze R. Afonso Cláudio, 17-CEP 29174-300-Tel: 027.253.1459
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