DIVULGANDO A PESQUISA 1. DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES NO SOLO E IMPACTOS NA QUALIDADE DE FRUTOS DA LIMA-ÁCIDA TAHITI 3. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS ISOLADAS DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DA CANA-DE-AÇÚCAR COMO PROMOTORAS DE CRESCIMENTO RADICULAR MATTOS JUNIOR, D.; MILANEZE, T. F.; AZEVEDO, F. A.; QUAGGIO, J. A. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 1, p. 335-342, 2010. (http://www.scielo.br/pdf/rbf/v32n1/aop03210.pdf) BUSATO, J. G.; ZANDONADI, D. B.; DOBBSS, L. B.; FAÇANHA, A. R.; CANELLAS, L. P. Scientia Agricola, v. 67, n. 2, p. 206-212, 2010. (http://www.scielo.br/pdf/sa/v67n2/a12v67n2.pdf) No Brasil, a lima-ácida Tahiti é produzida principalmente em São Paulo. O valor dessa produção situa-se entre as dez variedades de frutas mais importantes no País. As exportações brasileiras de Tahiti in natura aumentaram significativamente nos últimos anos e têm demandado frutas de qualidade superior. Essas características são afetadas pelos nutrientes minerais. Assim, o trabalho avaliou os efeitos da disponibilidade de nutrientes no solo, sua influência no estado nutricional das plantas e no teor desses nos frutos, e correlações sobre a qualidade de Tahiti, como maneira de criar subsídios para o manejo nutricional adequado de pomares. Foram estudados onze pomares comerciais com plantas em produção, com mais de 4 anos de idade, conduzidos com diferentes tipos de manejo. Foram marcadas parcelas com seis plantas em cada local, que representaram unidades de amostragem com três repetições. Dessas unidades, foram coletadas amostras de solo (0–20 cm), de folhas e de frutos maduros para análises físicas e químicas. Realizou-se a análise de correlação múltipla para estimativas dos coeficientes de correlação entre as variáveis de medida, duas a duas. Verificou-se que o teor de N na folha correlacionou-se à intensidade de cor verde do fruto, expresso pelo índice de cor (r = -0,71**), o qual foi ótimo com N nas folhas ao redor de 22 g kg-1. O teor de Ca na folha foi inversamente correlacionado à perda de água do fruto 14 dias após a colheita (r = -0,54*), demonstrando que o Ca desempenha papel importante na vida útil de prateleira da limaácida Tahiti. Os dados ainda indicaram que teores elevados de K no fruto contribuem para maiores perdas de água após a colheita (r > 0,58*). Substâncias promotoras do crescimento vegetal são amplamente utilizadas na agricultura moderna. Existem vários produtos no mercado, muitos dos quais são substâncias húmicas isoladas de diferentes fontes. A torta de filtro, um resíduo da produção do açúcar, é uma fonte rica e renovável de matéria orgânica e essas características a tornam uma possível fonte de substâncias promotoras do crescimento vegetal. Ácidos húmicos (AH) da torta de filtro foram caracterizados, e foi avaliado seu efeito como promotor de crescimento radicular. As características químicas dos AH foram avaliadas por meio da composição elementar, grupos funcionais ácidos, relação E 4 /E 6 e espectroscopia de infravermelho. A atividade biológica dos AH foi acessada avaliando-se a arquitetura radicular e a atividade da H+-ATPase de membrana plasmática. O desenvolvimento de raízes laterais foi diretamente relacionado ao estímulo da atividade da H+-ATPase. A habilidade dos AH em promover o desenvolvimento radicular indica que AH extraídos da torta de filtro podem ser utilizados como estimuladores do crescimento de plantas. 2. CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO DAS SEMENTES DE FEIJOEIRO EM RESPOSTA A DOSES DO MICRONUTRIENTE PULVERIZADO SOBRE AS PLANTAS VIEIRA, R. F.; SALGADO, L. T.; PIRES, A. A.; ROCHA, G. S. Ciência Rural, v. 40, n. 3, p. 666-669, 2010. Os objetivos deste estudo foram verificar se altas doses de Mo aplicado na folhagem são tóxicas ao feijoeiro e determinar o conteúdo de Mo das sementes em resposta a essas doses. Para tanto, foi conduzido um ensaio em Coimbra, MG, em solo com pH de 5,2, onde testaram-se as doses de 0, 90, 1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 g ha-1 de Mo. A dose de 90 foi aplicada na fase V4 dos feijoeiros. A dose de 1.000 foi distribuída de três modos: toda ela na fase V4; 1/2 na V4 e 1/2 na R5; e ¼ na V4, ¼ na R5, ¼ na R6, ¼ na R7. As doses de 2.000, 3.000 e 4.000 foram divididas em quatro partes iguais e aplicadas nas fases V4, R5, R6 e R7. As doses de Mo não influenciaram a produtividade de grãos, a massa de semente e a germinação das sementes, o que indica que o Mo, até a dose de 4.000 kg ha-1, não é tóxico ao feijoeiro. O conteúdo de Mo da semente aumentou de 0,007 a 6,961µg com o incremento das doses de Mo. 20 4. FITOMASSA E RELAÇÃO C/N EM CONSÓRCIOS DE SORGO E MILHO COM ESPÉCIES DE COBERTURA SILVA, P. C. G. da; FOLONI, J. S. S.; FABRIS, L. B.; TIRITAN, C. S. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 44, n. 11, p. 1504-1512, 2009. (http://www.scielo.br/pdf/pab/v44n11/19.pdf) O objetivo deste trabalho foi quantificar a produtividade de fitomassa, o teor e acúmulo de nitrogênio (N), e a relação carbono/nitrogênio (C/N) de monocultivos de sorgo (Sorghum bicolor) e milho (Zea mays) e de seus consórcios com guanduanão (Cajanus cajan), crotalária (Crotalaria juncea), tremoço branco (Lupinus albus), girassol (Helianthus annuus) e nabo-forrageiro (Raphanus sativus), manejados em diferentes estádios. O experimento foi conduzido de março a julho de 2008, em Argissolo Vermelho distroférrico de textura média, no sistema plantio direto. O delineamento experimental foi o de blocos completos ao acaso, com quatro repetições, e parcelas subdivididas, constituído pelos tratamentos: monocultivos de sorgo e milho e seus respectivos consórcios com guandu-anão, crotalária, girassol, nabo-forrageiro e tremoço branco, nas parcelas; e épocas de corte, aos 60, 90 e 120 dias após a semeadura nas subparcelas. Consórcios de sorgo e milho com outras espécies superaram expressivamente a produtividade de fitomassa de seus monocultivos que ainda acumularam menos N e apresentaram maiores relações C/N na fitomassa. Para aumentar a produtividade de fitomassa, a melhor época de corte é aos 120 dias após a semeadura das culturas de cobertura. O corte aos 90 dias após a semeadura propicia maior acúmulo de N e menores relações C/N. INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 131 – SETEMBRO/2010