PLANEJAMENTO CONSERVACIONISTA E MONITORAMENTO DO
ENTORNO DE PARQUES E RESERVAS, CONSIDERANDO A MICROBACIA:
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UMA PROPOSTA METODOLÓGICA . Moreira , P.R., Villa Nova , N.A.
1Departamento de Botânica, IB, Unesp, Rio Claro – SP. ([email protected])
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Eng. Ftal. Doutorando em Ciências Biológicas, área Biologia Vegetal; UNESP – Rio Claro
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Prof. Dr. Depto. Ciências Exatas, ESALQ; USP – Piracicaba
Resumo
Esta proposta metodológica objetiva estudar balanço hídrico de duas
microbacias adjacentes, uma com vegetação natural -A (Parque florestal)
e outra -B (entorno da unidade de conservação, onde parte da vegetação
natural foi substituída por pastagens e reflorestamentos de Eucaliptus sp),
e comparar o efeito das intervenções agrícolas e ações antropicas no
balanço hídrico qualidade química e parâmetros físicos da água, ciclagem
de nutrientes, perda de solo para propor plano de manejo que não
comprometa qualidade ambiental. As microbacias experimentais estudadas
localizam-se no parque estadual Parque Florestal da Serra do Mar – Núcleo
de Santa Virgínia no município de São Luiz do Paraitinga, SP, entre as
coordenadas geográficas de 23 25’ de latitude sul e 45 54’ de longitude
oeste, possuem altitude que varia 865 a 925m. Na região predomina o
solo podzólico vermelho amarelo álico e textura media. O presente
trabalho tem como objetivos: a) demarcação de uma bacia hidrográfica
do entorno (interface entre a vegetação protegida x propriedades rurais
vizinhas) e uma no interior da unidade de conservação; b) calculo do
balanço hídrico; c) verificar a qualidade da água; d) verificar as perdas de
nutrientes do deflúvio; e) verificar o balanço geoquímico das microbacias;
f) perdas de solo via sedimentos em suspensão no deflúvio e g)
comparação entre as bacias estudadas.
Vista parcial da bacia no interior da unidade de conservação
Vista parcial da bacia no entorno da unidade de conservação
fornecidos pelos seguintes metodos de estimativa.: Penman (1956),
Thornthwaite (1944), Prestley e Taylor (1972), e o método da Advecção
Aridez de Morton (1985) , podendo-se então verificar qual deles tem o
melhor desempenho. Tal metodologia que já foi utilizada por Guandique
(1988) O método de advecção aridez Morton (1985) se resume na
equação :
ETR = (2  -1) W Rn - 2,62 (1-W) (1+0,526 U) e
Onde: ETR = Evapotranspiração real (mm/dia);
W
= Fator de ponderação função da temperatura média do ar ( o C);
U
= Velocidade do vento (m/s, a 2,0 m de altura;
Rn
= Radiação liquida MJ/m2 dia ) medida ou estima em função da
radiação solar;
= parâmetro de Priestley- Taylor =1,26;
e
= deficit de saturação do ar KPA.
3.4. Qualidade da água da chuva e do deflúvio: Serão efetuadas
análise dos parâmetros físicos e químicos de qualidade da água: análises
de turbidez; condutividae elétrica; pH; determinações das concentrações
iônicas dos elementos Ca++, Mg++ ,K+ e Fe++ Na+;NO-3. Através da
medição da precipitação pluviométrica e do deflúvio também será
determinada a quantidade do fluxo de nutrientes, pela determinação da
concentração iônica dos nutrientes NO-3, Ca++, Mg++ ,K+ e Fe++ , Na+ na
água da chuva e do deflúvio, através da seguinte relação:
P ou D x Cn x 0,01
Fn =___________________
onde:
t
Fn = fluxo de nutrientes (Kg/ha/t);
P ou D = valores de precipitação ou deflúvio (mm);
Cn= concentração de nutrientes na água da chuva ou do deflúvio (mg/l);
t = tempo (semana mês, ano etc..)
3.5 Monitoramento: O período experimental será de três anos todos
parâmetros acima citados, incluindo o item 3.6 serão comparados.
3.6 Determinação do tempo de concentração (tempo de
residência ), da água na bacia: O tempo de concentração será
avaliado em função do tempo de oscilação, após a chuva entre a subida
e o retorno da curva da hidrografa, ou da carga hidráulica no vertedor.
figura 1: Área exprimental com a distribuição dos aparelhos para
as medições fluviometricas e pluviometricas.
Material e Métodos
Dados pluviométricos e fluviométrico: Os dados pluviométricos
serão coletados em três pluviômetros e um pluviógrafo instalados em cada
microbacia estudada. Os dados fluviométricos serão medidos nas estações
linimétricas construídas em cada microbacia estudada. No final da seção
de controle de cada bacia estudada será instalada uma calha metálica do
tipo “H” de 45 cm. A equação de calibragem da calha será feita através da
equação proposta por Bos (1976) que permite calcular a vazão em função
da cota da calha, a equação é a seguinte: Log Q = 0,0238 + 2,5534 (log
H ) + 0,254 ( log H)2
Onde:
Q = vazão
H = cota em m ( altura da lamina dágua no vertedor)
Os dados registrados pelo linígrafo (medida do deflúvio), instalado
na seção de controle serão tabulados, produzindo valores diários e
obtendo valores totais de escoamento. Valores do escoamento base e
do escoamento direto serão determinados de acordo com a equação
desenvolvida por Linsley et al (1975) e Lee (1980).
N = 0,827 A0,2
Onde :N = tempo em dias do pico até o final da chuva
A = área da bacia em Km2
Informações Meteorológicas:Através de leituras realizadas
na estação meteorológica da região onde se encontram as microbacias
alvo do estudo,
Avaliação de Métodos Para Estimativas da Evapotranspiração
Real: No presente estudo os dados de vazão (linigrafo) e precipitação
pluviometrica nos permitirão medir a evapotranspiração real da bacia,
assim sendo estes dados reais medidos serão comparados com aqueles
Floresta Atlântica
Conclusão
Os valiosos dados obtidos neste estudo será um indicativo da eficiência
do manejo para as zonas de amortecimento, proporcionando assim a
manutenção da sustentabilidade das áreas protegidas assim como das
propriedades do entorno do parque.
Orgão Financiador:
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