DEMONSTRAÇÃO E MODELOS DIDÁTICOS COMO FACILITADORES DO ENSINO – UMA ATIVIDADE SOBRE OSMOSE E MEMBRANA PLASMÁTICA Cynthia Elaine de Oliveira¹, Christiane do Valle Ribeiro¹, Roberto de Oliveira Marchesini¹, Lucas Deziderio Santana¹, Marcela Mota¹, Maria Beatriz Noronha de Souza², José Carlos de Paula², Sônia Sin Singer Brugiolo³ e Bernadete Maria de Sousa³ ¹ Bolsista do PIBID/CAPES/Subprojeto Biologia. Curso de Ciências Biológicas - UFJF ² Professor Supervisor do PIBID/CAPES/Subprojeto Biologia. Juiz de Fora, MG ³ Coordenadora e Orientadora do PIBID - Subprojeto Biologia. Departamento de Zoologia - UFJF. INTRODUÇÃO Estudos recentes reafirmam a necessidade das aulas não serem transmissões unidirecionais de um conteúdo. A participação do aluno é fundamental para a aprendizagem e para a formação do pensamento crítico. Contudo, no ensino de Biologia, verifica-se extrema dificuldade de professores e alunos em desenvolver tal pensamento e correlacionar a teoria com a prática. Nesta perspectiva, a utilização de recursos didáticos torna-se uma ferramenta importante. O objetivo do trabalho foi verificar a eficácia de uma demonstração sobre Osmose em conjunto com um modelo tridimensional de Membrana Plasmática no aprendizado de alunos do 1º ano do Ensino Médio. Este estudo também avaliou os recursos propostos visando oferecer uma atividade motivadora aos alunos, aplicável a todas as escola (baixo custo) e praticável do ponto de vista do docente (praticidade, facilidade e tempo). MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa foi desenvolvida em duas Escolas Estaduais do município de Juiz de Fora - MG, no primeiro semestre de 2012, pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID (Edital Nº 02/2009 – CAPES/DEB) 2010-2011, prorrogado até julho de 2013. As aulas foram ministradas a cinco turmas, em horários diferentes. Para a demonstração sobre osmose, foram necessários dois béqueres (que podem ser substituídos por qualquer recipiente transparente onde caibam os materiais necessários e possibilitem a visualização do resultado pelos alunos), duas folhas de alface e aproximadamente uma xícara de sal de cozinha para cada litro de água (podendo essa proporção variar de acordo com o resultado esperado pelo professor). Para abordar o conteúdo sobre membrana plasmática, foi confeccionado um modelo tridimensional (Fig.1), utilizando isopor, arames, miçangas e tinta acrílica. A escolha dos materiais se deve ao baixo custo e fácil acesso aos mesmos. Os alunos de cada turma foram convidados a formar um círculo ao redor da mesa central onde foram feitas as demonstrações. O primeiro tema foi osmose. Seguidamente a este tema, discutia-se sobre membrana plasmática, utilizando o modelo tridimensional como ferramenta didático visual para o aprendizado/fixação dos conteúdos e fazendo sempre questionamentos, cujas respostas os alunos eram direcionados a encontrar. Os alunos foram submetidos a duas etapas: um teste de verificação de aprendizagem após uma aula tradicional (chamado pré-teste) e um teste semelhante após a aplicação da aula prática (pós-teste). Também foi pedido a eles que escrevessem sua opinião sobre a prática. Figura 1: Modelo tridimensional de membrana plasmática e o resultado obtido após imersão de folhas de alface em dois béqueres contendo solução hipertônica e isotônica, respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Verificou-se que a demonstração é uma excelente ferramenta motivadora dos alunos e iniciadora de uma discussão comum. O modelo didático também mostrou ser um recurso facilitador do ensino, deixando a teoria mais palpável. Além das análises qualitativas, as avaliações antes e após a aplicação destas ferramentas comprovaram sua aplicabilidade e eficácia no processo educacional. Figura 2: Gráfico mostrando a nota dos alunos no pré-teste e pós-teste, médias 5,00 e 8,12 respectivamente. Pode-se dizer, então, que neste trabalho o modelo e a demonstração contribuíram como fixadores e internalizadores do conhecimento, mostrando serem ferramentas úteis na aquisição, construção e interligação do saberes pelos alunos; e de fácil utilização pelo docente. Por serem de baixo custo, comprovaram sua aplicabilidade em qualquer escola, mesmo as públicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: APOIO: KRASILCHICK, M. 2004. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: EDUSP. 200p