INTERVENÇÃO DA SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL BERTA DE MELO CABRAL Cerimónia de Assinatura de Protocolo entre IASFA, Cruz Vermelha Portuguesa e Liga dos Combatentes Ponta Delgada, Forte de São Brás, 17 de outubro de 2014 Só serão válidas as palavras proferidas pela oradora 2 Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Dr. José Manuel Bolieiro Senhor Comandante Operacional dos Açores, Tenente-General Mourato Caldeira Senhor Presidente da Liga dos Combatentes, Tenente-General Chito Rodrigues Senhor Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr. Luís Barbosa Senhor Vogal do Conselho Diretivo do IASFA, Dr. Carlos Batista Senhor Comandante da Zona Militar dos Açores, Major-General Cardoso Lourenço Senhor Diretor do CAS de Ponta Delgada do IASFA, Tenente-Coronel Ricardo Viegas Senhor Presidente do Núcleo de Ponta Delgada da Liga dos Combatentes, Prof. Manuel Brandão Senhor Delegado Especial da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr. Hilário Rego Senhora Diretora do Centro Humanitário da Cruz Vermelha Portuguesa de Ponta Delgada, Dra. Joana Costa Ilustres Convidados 3 Minhas Senhoras e meus Senhores, É com grande satisfação pessoal e institucional que presido à cerimónia da assinatura deste protocolo entre o Instituto de Ação Social das Forças Armadas, a Cruz Vermelha Portuguesa e a Liga dos Combatentes. À satisfação na qualidade de Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional – e, como tal, corporizando a tutela e o apoio a estas três instituições emblemáticas da ação social e humanitária na Família Militar –, junto a satisfação pessoal por poder contribuir para a resolução de um problema pendente na Cidade de Ponta Delgada, à qual, como sabem, tenho uma ligação muito forte, desde o berço. O IASFA está instalado deficientemente e provisoriamente num edifício anexo a São Gonçalo, apesar de dispor de um imóvel cedido pelo Exército para o desenvolvimento das suas atribuições. A Liga dos Combatentes tem estado instalada num espaço central mas demasiado exíguo e condicionador do desenvolvimento das suas atividades, também elas com uma forte componente humanitária e de apoio social. Quanto à Delegação da CVP, eram bem visíveis os sinais de degradação da sede na Rua do Melo, que, inclusivamente, motivaram o encerramento do posto de saúde, no ano passado. Com as novas instalações, com a nova condição de Centro Humanitário e, assim desejo, com novos associados, a Cruz Vermelha Portuguesa terá maior capacidade para servir de forma abrangente a população de Ponta Delgada. 4 Até à conclusão da obra, o Centro Humanitário da CVP funcionará em instalações provisórias que resultaram desta concertação de esforços para impulsionar a ação social nesta região. Mais voltado para a chamada Família Militar, o Centro de Apoio Social (CAS) de Ponta Delgada do IASFA também estava muito limitado em termos de condições para prestar apoio a um universo de 3.500 utentes, entre titulares, familiares, deficientes das Forças Armadas e civis, que correspondem à totalidade dos associados da Ação Social Complementar nas nove ilhas da Região Autónoma dos Açores. Também provisoriamente, o IASFA dispõe de um posto clínico na Avenida D. João III, manifestamente subdimensionado para as necessidades dos utentes. Conjugando boas vontades da Defesa e destas três instituições, foi possível chegar a uma solução que interessa a todos. Ao IASFA, porque terá melhores condições para corresponder às orientações políticas relativas à reestruturação do apoio social, no sentido de procurar garantir a proximidade, eficácia, modernidade e a adequada gestão dos recursos disponíveis e atribuídos, bem como cumprir a sua tarefa enquanto entidade gestora da Assistência na Doença aos Militares (ADM); À Cruz Vermelha Portuguesa, porque terá acesso a uma infraestrutura bem localizada e facilmente adaptável para melhor exercer o seu objeto social; À Liga dos Combatentes, porque fica com uma sede local condigna para poder dinamizar a sua atividade em São Miguel. 5 Além destas vantagens, não podemos deixar de salientar outra, muito significativa, que é o facto de a solução agora encontrada contribuir para a regeneração urbana de Ponta Delgada. Por isso, o envolvimento da Câmara Municipal de Ponta Delgada neste projeto é importante. Felizmente, o Senhor Presidente Bolieiro percebeu a bondade do empreendimento desde a primeira hora e tem sido um suporte firme para o andamento do processo. Cerca de dois meses depois da visita que efetuei ao imóvel da Rua do Frias, aqui está o projeto da obra para ser lançado o procedimento concursal. Mesmo tendo em conta as inevitáveis burocracias, é expectável que a nova estrutura esteja em funcionamento no próximo ano. O projeto hoje apresentado representa um vultuoso investimento, integralmente financiado pelo Ministério da Defesa Nacional, no valor de 700 mil euros. Esta obra representa uma oportunidade para as empresas regionais do sector da Construção Civil, com as inerentes repercussões positivas na economia açoriana, assegurando postos de trabalho. Além deste investimento muito significativo, vale a pena recordar que o Ministério da Defesa Nacional, no exercício das suas funções de soberania, também investiu recentemente 6,4 milhões de euros no Centro de Comunicações da Ribeira Grande e tem outros investimentos programados para o Faial e as Flores, também no sector das comunicações. 6 Minhas Senhoras e meus Senhores, Este protocolo revela uma tendência e um estímulo para soluções semelhantes, noutras regiões do País. O melhor aproveitamento de instalações militares que deixaram de ser úteis às Forças Armadas é um imperativo nacional. O Ministério da Defesa Nacional entende que, no cumprimento do interesse coletivo e do bem público, esses imóveis devem ser partilhados, cedidos a outras instituições que prossigam fins de utilidade pública ou rentabilizados, desonerando o Orçamento da Defesa Nacional. A solução alcançada para o prédio da Rua do Frias permite garantir a proximidade, a eficácia, a modernidade e a adequada gestão dos recursos disponíveis e atribuídos no universo da Defesa Nacional, como está determinado nas linhas de orientação estratégica da Reforma “Defesa 2020”. Os protocolos só cumprem verdadeiramente o seu espírito quando a sua aplicação prática se traduz em sinergias e benefícios para todas as partes envolvidas. A partilha do edifício, sem retirar autonomia a qualquer das três instituições, tem implícita a potenciação da complementaridade, sobretudo no que diz respeito aos cuidados de saúde e à promoção de hábitos de vida saudável em faixas da população bastante desprotegidas. É um bom exemplo dos ganhos de eficiência que são imprescindíveis para a boa gestão das instituições e para servir as pessoas. 7 Estamos aqui para provar que, em conjunto e utilizando os mesmos recursos, é possível fazer mais e melhor. Este é mais um exemplo virtuoso que se deve replicar. É caso para dizer: Mãos à obra!