Sitec Power – Soluções em Energia MOTORES ELÉTRICOS Princípios e fundamentos 1 Sitec Power – Soluções em Energia Classificação 2 Sitec Power – Soluções em Energia 3 Sitec Power – Soluções em Energia Estator O estator do motor e também constituido por um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas do qual são colocados os enrolamentos alimentados pela rede de CA. 4 Sitec Power – Soluções em Energia Classificação dos motores de indução de acordo com seu rotor • Rotor Gaiola de Esquilo • Rotor Bobinado Rotor gaiola de esquilo O rotor em gaiola de esquilo e constituido por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostas paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em alumínio, que provocam curto-circuito nos condutores. As barras condutoras da gaiola são colocadas geralmente com uma certa inclinação para evitar as trepidações e ruídos pela ação eletromagnética entre os dentes das cavas do estator e do rotor. 5 Sitec Power – Soluções em Energia Características Intrínsecas • Mais robusto; • Em sua forma mais simples apresenta conjugado de partida relativamente fraco e corrente de partida ate 10x da IN; • Para melhorar seu desempenho são equipados com rotores gaiola de barras altas, barras de cunha ou barras duplas. 6 Sitec Power – Soluções em Energia Motor com rotor bobinado Difere do motor de rotor em gaiola apenas quanto ao rotor, constituido por um núcleo ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento 3º. A utilização de reostatos podem melhorar o conjugado de partida e diminuir o pico de corrente de partida. O motor de indução com rotor bobinado em geral é utilizado para partir cargas de alta inércia ou que exijam conjugados de partida elevados, ou ainda, quando o sistema de acionamento requer partidas suaves. O rotor é constituído por um núcleo de chapas de aço silício, isoladas entre si, sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento. Os terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento são ligados a anéis coletores e estes são ligados a um reostato constituído por resistências variáveis cuja função é a de reduzir as correntes de arranque elevadas, no caso de motores de elevada potência, conseguindo uma partida mais suave. 7 Sitec Power – Soluções em Energia Rotor em gaiola x Rotor Bobinado 8 Sitec Power – Soluções em Energia Constituição do motor de indução Motores de indução monofásicos Inconvenientes • Custo mais elevado que um motor 3O de mesma potencia; • Alcança apenas 60 a 70% da potencia do motor 3º do mesmo tamanho; • Apresenta rendimento e FP menores; • Não e possível inverter diretamente o sentido de rotação de motores monofásicos. Motor monofásico com dois terminais • Destinado apenas a um valor de tensão; • Não e possível à inversão do seu sentido de rotação; 9 Sitec Power – Soluções em Energia • Exemplo: motores de pequenas bombas d´agua, motores de ventilares grandes para o meio rural, etc. Motor monofásico com quatro terminais • Dois valores de tensão (110/220V); • Não e possível inverter o sentido de rotação desse motor. Esquemas: 220V – LIGAÇÃO SÉRIE 110V – LIGAÇÃO PARALELO Motor monofásico com seis terminais • Permite dois tipos de alimentação diferentes; • Pode-se inverter o sentido de giro desse motor. Esquemas: 10 Sitec Power – Soluções em Energia Motores de Indução Monofásicos • Motor de polos sombreados (Shaded pole); • Motor de fase dividida (Split phase); • Motor de capacitor de partida (capitor start); • Motor de capacitor permanente (permanente split capacitor); • Motor com dois capacitores (two value capacitor). Motor Universal • Pode operar tanto em CA como CC; • Velocidade variável (baixas velocidades para grandes conjugados e altas velocidades para pequenas cargas); • O conjugado de partida também e elevado; • São usados comumente em pequenos eletrodomésticos como furadeiras e lixadeiras que requerem conjugado elevado e liquidificadores, aspiradores de pó e bombas centrifugas que requerem alta velocidade; • Normalmente são fabricados para potencias fracionarias de ate. cv uma vez que para potencias acima de alguns cv funcionam precariamente em CA gerando grande faiscamento nas escovas e η e FP decrescem. 11 Sitec Power – Soluções em Energia Identificação das Bobinas de um Motor Monofásico Inicio da bobina Final da bobina Enrolamento principal Enrolamento auxiliar Para determinar os enrolamentos principais e auxiliar: Com ohmímetro mede-se a resistência de cada bobina. A que apresentar maior valor e a auxiliar. Polarização das bobinas principais: Apos inverter uma das bobinas e medir a corrente novamente, deve-se aplicar os números 1, 2, 3 e 4, respectivamente, a ligação das bobinas que apresentar a menor corrente. 12 Sitec Power – Soluções em Energia 13 Sitec Power – Soluções em Energia Motores Síncronos A velocidade do seu rotor e sincronizada com o campo girante que e estabelecido no estator. Sendo: Ns = velocidade síncrona em rpm; f = frequência em Hz; p = numero de polos. Como f e p são constantes, então Ns e constante. Rotação síncrona em função do numero de polos, para a frequência de 60 Hz 14 Sitec Power – Soluções em Energia Nestes motores, o estator e alimentado com CA, enquanto o rotor o e com CC proveniente de uma excitatriz (dínamo). Utilização do motor síncrono para correção do FP • Devido a possibilidade de variação da excitação do campo, o motor síncrono possui a característica de variação do FP; • O FP e diretamente dependente da corrente de excitação. 15 Sitec Power – Soluções em Energia Variação do FP em função da variação da corrente de excitação Desvantagens dos motores síncronos em relação aos de indução • Precisam de uma fonte de excitação em CC; • Manutenção constante; • Não parte apenas com CA no estator, pois e necessário que o motor seja levado e uma. velocidade suficiente, próxima da velocidade síncrona para que ele possa entrar em. sincronismo com o campo girante. Vantagens dos motores síncronos em relação aos motores de indução • Podem corrigir o FP; • Possuem η maiores do que os motores de indução equivalentes, quando trabalham com FP = 1. 16 Sitec Power – Soluções em Energia Motores Assíncronos • Giram numa rotação menor do que a rotação síncrona; • Nestes motores, ocorre um deslizamento ou defasagem em relação à rotação síncrona, pois eles funcionam a uma velocidade menor que a síncrona. Motores Assíncronos Características • A velocidade a plena carga pode ser de 5 a 10% menor que o valor da velocidade com o motor sem carga; • Os motores em gaiola absorvem, na partida, uma corrente que pode chegar de 5 a 7x a corrente a plena carga, mas desenvolvem um conjugado motor cerca de 1,5x o de plena carga, o que e muito conveniente para a demarragem das maquinas por eles acionadas. 17 Sitec Power – Soluções em Energia Velocidade Motor Elétrico Os motores elétricos trifásicos de corrente alternada são os mais utilizados porque na maioria dos casos a distribuição de energia elétrica é feita em corrente alternada e também em função de simplicidade, robustez e baixo custo, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas encontradas, este tipo de motor é largamente encontrado na indústria. Possui velocidade constante podendo variar em função de alguns fatores como cargas aplicadas a seu eixo. Seu princípio de funcionamento é baseado no campo magnético girante, que surge quando um sistema de correntes alternada trifásico é aplicado em polos defasados fisicamente de 120º. Dessa forma, surge através desta defasagem um campo magnético em cada conjunto de bobinas do motor, estes campos magnéticos gerados formam o que chamamos de Campo Magnético Girante. Velocidade motor elétrico trifásico Velocidade Síncrona O Motor de indução funciona normalmente com velocidade constante proporcionada pelo campo magnético girante, logo a velocidade do campo é chamada de velocidade síncrona, e é em função de, basicamente, dois fatores, são eles: 1. Polos Magnéticos gerados em função de sua construção física 2. Frequência da rede elétrica a qual está instalado Portanto, dizemos que: A velocidade do motor elétrico de indução é diretamente proporcional a frequência e inversamente proporcional a quantidade de pólos magnéticos. Sendo assim podemos definir a seguinte equação Veja um exemplo: Um motor elétrico trifásico possui as seguintes especificações: • Tensão: 220VCA – 3Ø – 60Hz • Polos Magnéticos: 4 Polos 18 Sitec Power – Soluções em Energia Aplicando os valores à formula: Escorregamento Alguns fatores faz com que a velocidade real no eixo do motor deixe de ser exatamente a velocidade do campo magnético girante, por exemplo, esta velocidade varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada a seu eixo, etc.… Por natureza, o motor elétrico trifásico possui uma diferença entre a velocidade do campo magnético girante (Ns) e a velocidade real em seu rotor (N) este fato se dá em função de um fenômeno chamado escorregamento e é fornecido pelo fabricante do motor podendo variar de motor para motor. Na maioria das vezes este fenômeno é descrito pelo fabricante em porcentagem (%). Temos a seguinte fórmula para representar o escorregamento do motor elétrico trifásico: Vejamos a seguir um exemplo de cálculo de escorregamento: 1. Motor elétrico trifásico 220VCA 2. Velocidade síncrona: 1800 RPM (4 polos – 60Hz) 3. Velocidade medida no rotor: 1760 RPM 19 Sitec Power – Soluções em Energia Calcular o escorregamento em porcentagem e RPM Sendo assim a velocidade real no eixo do motor elétrico será a diferença entre a velocidade síncrona e o escorregamento. Esta recebe o nome de Velocidade Nominal A fórmula fica assim: 20 Sitec Power – Soluções em Energia Fonte: Manual de Motores Elétricos WEG (www.weg.net/br); Sala da Elétrica (www.saladaeletrica.com.br); Nishi Eletromecânica (www.nishi.com.br); Instalações Elétricas – Creder, Hélio – 8º edição; ABNT – NBR 7094, Motores de Indução; 21