DO BRASIL Boletim Mensal Número 27 28 / Fevereiro / 2001 Ambiente Macroeconômico e de Investimentos Se julgarmos apenas pelos fatores locais, o ambiente de negócios e investimentos registrou importantes avanços nas últimas semanas. Particularmente, destacamos a boa evolução da atividade econômica, cuja dinâmica se reflete tanto sobre as perspectivas de aumento da capacidade instalada das empresas quanto sobre o apetite das companhias transnacionais no mercado brasileiro. Tal ritmo de expansão poderia até sugerir algum receio quanto à evolução das taxas de juros ao longo do ano; todavia, como a tendência inflacionária também tem sido favorável, os riscos de uma inflexão na atividade produtiva no curto prazo são relativamente pequenos. Mas se do lado interno o ambiente mostra-se positivo, o mesmo não se pode dizer quanto ao front externo. A simples possibilidade de os EUA mergulharem em uma estagflação representa mais volatilidade nos mercados financeiros mundiais e isso sugere novas restrições às fontes de financiamento. Se o processo efetivamente se confirmar (cenário ainda discutível), haveria impactos relevantes sobre a dinâmica de crescimento mundial, o que exigiria da economia brasileira um maior esforço para a melhoria em suas contas externas. E para essa mesma direção apontam as influências do cenário político. A base de sustentação do Governo hoje encontra-se em redefinição e a aproximação das discussões sucessórias já traz “ruídos” para o cenário. A tendência é de que o assunto ganhe importância ao longo dos próximos meses e no caso de uma evolução conturbada ele pode afetar a percepção de riscos dos investimentos produtivos no País. Assim, embora o cenário de negócios no geral esteja favorável, ainda persistem riscos substanciais no médio prazo. Quanto aos movimentos das últimas semanas, destacamos os processos de concessão de telefonia (Banda D da telefonia celular) e as definições no setor siderúrgico. No geral, o período foi de poucos, mas expressivos negócios. Para as próximas semanas a tendência é de aumento nos negócios, uma vez que as empresas devem começar a divulgar e implementar as redefinições anuais de seus respectivos planos estratégicos. Cenário Anual PIB (PM) - Var % PIB (PM) - US$ Bilhões IPCA - Var % Déficit Fiscal - % PIB Taxa de Câmbio - R$/US$ Taxa de Câmbio - Var % Taxa de Juros Nominal - % Saldo Comercial - US$ Bilhões Trans. Corrent. - % PIB 1999 0.8 529.4 8.9 -3.1 1.789 48.0 25.1 -1.2 -4.7 2000 4.2 616.8 6.0 -3.6 1.955 9.3 17.3 -0.7 -4.0 1º S 4.9 1.8 1.967 0.6 7.0 0.4 - 2º S 4.4 2.3 2.061 4.8 6.5 -1.2 - 2001 4.5 639.6 4.1 -2.8 2.061 5.4 14.0 -0.8 -4.3 2002 4.6 663.0 3.4 -2.3 2.155 4.6 12.1 2.4 -4.0 Conjuntura de Investimentos - 24/Jan/2001 a 20/Fev/2001 Alimentos e * A Santista, divisão da Bunge Alimentos, pretende investir US$ 40 m em seus negócios com trigo Bebidas nos próximos três anos. Desse montante, US$ 10 m serão destinados à modernização e ampliação de silos e instalações portuárias; outros US$ 20 m serão investidos no aumento da capacidade de moagem; e os US$ 10 m restantes serão destinados a programas de qualidade e a novas unidades de pré-mistura. * A AmBev concluiu a aquisição da uruguaia Cervecería Y Malteria Paysandú (Cympay), negócio anunciado em fins de novembro de 2000. A Cympay pertencia ao grupo germânico Oetker e foi vendida por US$ 27,7 m. Com a operação a AmBev fortalece sua posição no Mercosul, passando a deter 48% do mercado uruguaio de cerveja. A transação envolve 95,4% do capital da Paysandú e inclui sua controlada Fuente Matutina, de água mineral. * A Coca-Cola deu mais um passo na reorganização de suas atividades na Região Nordeste. A empresa anunciou a aquisição da Sucovale, engarrafadora que atua no interior de Pernambuco e em parte da Bahia. A Sucovale possui fábrica em Petrolina (PE) e dois centros de distribuição na Bahia. A transação é avaliada em R$ 17 m. Têxtil e Vestuários * A Vicunha Nordeste, braço têxtil do grupo Vicunha, pretende investir R$ 150 m na modernização de seu parque fabril. O objetivo da empresa é especializar as linhas de produção, priorizando a fabricação de artigos de maior valor agregado. * A Brasiltex, empresa do setor de fiação e tecelagem, pretende investir R$ 370 para instalar uma unidade na Bahia. A unidade deverá ficar na região metropolitana de Salvador. Fertilizantes * Visando atender o crescente mercado da Região Centro-Oeste, a Bunge Fertilizantes (Serrana e Manah) pretende iniciar a construção de sua unidade de ácido fosfórico em Araxá (MG) logo após a conclusão da unidade de ácido sulfúrico, marcada para setembro. Os investimentos previstos são de US$ 35 m. Após o término das obras, o complexo da Bunge em Araxá estará completo, contando com mina de fosfato, beneficiamento de rocha e produção de ácidos sulfúrico e fosfórico. * A holding Fertifos, controladora da Fosfértil, adquiriu a participação minoritária do Banco Sul América na empresa. O Sul América detinha 9,98% do capital ordinário da Fosfértil (3,3% do capital total) e a transação envolveu R$ 42 m. A Fertifos, formada pela Bunge, Cargill e Fertibrás, passa agora a deter 80% do controle da Fosfértil. Energia * A Aneel realizou leilão de concessão para três novas linhas de transmissão de energia elétrica. As concessões da linha Tucuruí-Vila do Conde, no Pará, e a expansão da linha Norte-Nordeste (de Tucuruí ao Maranhão) foram vencidas pelo consórcio formado pela Schahin Engenharia e pela Alusa-Cavan. Os investimentos previstos nessas duas linhas são de, respectivamente, R$ 155 m e R$ 623 m. Já a expansão da linha Sul-Sudeste (Bateias-PR a Ibiúna-SP), cujo investimento previsto chega a R$ 412 m, foi arrematada pela estatal Furnas Centrais Elétricas. * A Energy Works, empresa da espanhola Iberdrola, vai investir cerca de US$ 30 m na implantação de três projetos de cogeração de energia elétrica e vapor industrial. As unidades, terceirizadas pela Pirelli Pneus, serão instaladas em Feira de Santana (BA), Gravataí (RS) e Campinas (SP) e visam a auto-suficiência energética da fabricante de pneus. * A Eletronorte está finalizando estudo de viabilidade para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, que será erguida próximo à hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. A usina será a segunda maior do País, atrás apenas da binacional Itaipu. A Belo Monte exigirá investimentos de US$ 3,9 bi e sua concessão deverá ser licitada à iniciativa privada em 2002. Mineração, Metalurgia e Siderurgia * A mineradora australiana BHP fechou acordo para aquisição de 20% do capital total da Caemi Mineração e Metalurgia. O lote representa 60% das ações com direito a voto, compreendendo, portanto, o controle da companhia. O valor da transação é de US$ 332 m e sua conclusão dependerá da japonesa Mitsui, que detém direito de preferência na aquisição do lote. A BHP já manifestou seu interesse de adquirir o restante das ações da Caemi no mercado, fechando seu capital. Em princípio a transação não modifica o ranking das maiores mineradoras mundiais de ferro, com a BHP mantendo-se na terceira colocação, atrás da Vale do Rio Doce e da anglo-australiana Rio Tinto. * A Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) anunciou investimentos de US$ 213 m no biênio 2001-2002. Os recursos serão aplicados no Complexo Tamanduá (minas de Tamanduá e Capitão do Mato), em MG. O objetivo é ampliar a extração e beneficiamento do minério de ferro no complexo. A MBR é controlada pela Caemi e a expectativa é de que a venda do controle dessa última não altere nos planos de investimentos da mineradora. * A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa controlada pelo grupo Votorantim, pretende investir US$ 350 m para ampliar sua unidade em Alumínio, região de Sorocaba (SP). Lá, a CBA produz lingotes de alumínio, vergalhões, chapas para telha e piso, folhas de alumínio, perfis e cabos para energia. O investimento transformará a unidade na maior fabricante da América Latina, sendo que, atualmente, ela exporta 40% de sua produção. A ampliação prevê a construção de duas hidrelétricas, duas salas de fornos e modernização dos laminadores. * A Mineração Taboca, empresa do grupo Paranapanema, anunciou investimentos de US$ 130 m ao longo de três anos para a extração de tântalo na Amazônia. A operação será no município de Presidente Figueiredo (AM) e deve transformar a Taboca na maior produtora mundial do metal, com 25% do mercado. O tântalo é um metal de alta resistência utilizado na produção de capacitores eletrônicos, brocas para perfuração e próteses. * A gaúcha Gerdau, maior produtora de aços longos da América Latina, pretende investir R$ 820 m para instalar uma usina em São Paulo. A planta será dedicada à produção de vergalhões e deverá ficar no município de Araçariguama. Com ela, a Gerdau pretende atender à maior demanda dos setores de infra-estrutura, como no caso da construção do Rodoanel em São Paulo. A usina deverá ser inaugurada em 2003, sendo que seu cronograma de investimentos prevê gastos de R$ 420 m até aquele ano e mais R$ 400 m a partir de 2004. * A francesa Usinor, a espanhola Aceralia e o grupo luxemburguês Arbed anunciaram a fusão de suas atividades siderúrgicas. A empresa resultante será a maior do mundo no setor, com um faturamento da ordem de US$ 30 bilhões. Nela, a Usinor terá 56,5% de participação, a Arbed 23,4% e a Aceralia 20,1%. No Brasil, a Usinor controla a Acesita, a CST e ainda lidera o projeto Vega do Sul; o grupo Arbed controla a Belgo-Mineira, que atua no setor de aços longos; e a Aceralia divide o controle da pelotizadora Hispanobrás com a CVRD. Juntas, as atividades da nova empresa representam 27% da capacidade siderúrgica instalada do Brasil. Materiais de Transporte * A sueca SKF e a norte-americana Timken, fornecedoras mundiais de rolamentos em geral, estão criando uma nova empresa no Brasil, a ICS (International Component Suplly). O objetivo da joint venture é produzir anéis forjados e torneados utilizados na fabricação de rolamentos. O valor dos investimentos da nova empresa não foi revelado, mas ela deverá ser instalada em Cajamar (SP). * A alemã Temic, fabricante de componentes eletrônicos para automóveis, pretende instalar sua primeira fábrica no Brasil. Os investimentos estão previstos em US$ 15 m e deverão ser realizados em Atibaia, SP. Suas operações estão previstas para o início de 2002. * A alemã MTU Aero Engines, uma subsidiária da DaimlerChrysler, anunciou investimentos de US$ 20 m para instalar uma unidade no Brasil. A empresa fabrica turbinas de avião e presta serviços de manutenção. O local da unidade ainda não foi definido, mas deverá ser em Campinas, São José dos Campos ou São Carlos (todas no Estado de São Paulo). Aparelhos Eletrônicos * A holandesa Philips anunciou investimentos de US$ 68 m para ampliar sua planta industrial em Manaus (AM). Do total, a empresa vai destinar US$ 60 m para a produção de cinescópios para televisores de tela grande. Esse investimento será no âmbito da Mercury, joint venture mundial formada com a coreana LG. Os outros US$ 8 m serão aplicados em uma fábrica de displays de cristal líquido para aparelhos celulares, a primeira do gênero na América Latina. * A sueca Ericsson, terceira maior empresa mundial de aparelhos de telefonia celular, anunciou que vai parar a fabricação do produto. Seu objetivo é focar-se no desenvolvimento de tecnologias em telefonia sem fio e em equipamentos de telecomunicações. A marca Ericsson deverá continuar no mercado, mas as unidades produtivas serão vendidas para a Flextronics. Serão repassadas as fábricas no Brasil (São José dos Campos - SP), Malásia, Suécia, Reino Unido e parte da unidade de Virgínia, EUA Telecom * O grupo espanhol Telefonica fechou acordo com a Portugal Telecom para unir suas operações brasileiras de telefonia celular. Será criada uma nova empresa, cuja cobertura operacional se estenderá por praticamente toda a faixa leste do país (de Sergipe ao Rio Grande do Sul). Essa será a maior empresa de telefonia celular da América Latina. Pelo acordo, cada empresa deterá 50% da nova holding, sendo que a Telefonica deve ainda elevar sua participação acionária na Portugal Telecom dos atuais 4,75% para 10%. Formalmente, porém, a união só poderá ser efetivada em 2002, ano da abertura do mercado brasileiro de telecomunicações. * A Telemar, concessionária da Tele Norte-Leste (telefonia fixa), adquiriu a concessão da Área 1 da Banda D da telefonia celular. A empresa pagou R$ 1,102 bilhão ao Governo, o que representa um ágio de 17,2% sobre o preço mínimo. A Área 1 da telefonia celular equivale às mesmas regiões geográficas da Tele Norte-Leste já operadas pela Telemar (do Rio de Janeiro ao Amazonas). A nova empresa formada para operar a concessão vai se chamar Telemar Mobilidade. * A Telecom Italia Mobile (TIM) arrematou as licenças para operar as Áreas 2 e 3 da Banda D da telefonia celular. A Área 2 abrange o Centro-Sul do País, equivalendo à área de atuação da operadora fixa Brasil Telecom (BrT), da qual a TIM é acionista. O preço pago pela TIM foi de R$ 543 m, o que implicou em um ágio de 0,6% sobre o valor estipulado pelo Governo. Pela Área 3 a TIM ofereceu R$ 997 m. A Área 3 abrange todo o Estado de São Paulo (inclusive a capital) e o ágio sobre o preço mínimo foi de 40,4%. A Telecom Italia Mobile informou que vai criar a holding TIM do Brasil, reunindo suas concessões recém adquiridas (Áreas 2 e 3 da Banda D), a Tele Nordeste Celular, a Maxitel e a Tele Celular Sul. * A Telecom Americas assumiu a participação de 19,9% do grupo mineiro Algar no capital da Tess. A transação envolve pagamento de R$ 500 m à Algar. A Tess opera a Banda B da telefonia celular no interior de São Paulo e seus demais acionistas são a Telia (49,8%) e a Eriline (30,3%). A Telecom Americas é formada pela canadense Bell Canada (44,3%), pela mexicana Telmex (44,3%) e pela norte-americana SBC (11,4%). No Brasil, o grupo já possui participações na ATL, Telet e Americel. Internet * A Delalus Sistemas de Informática vai investir US$ 40 m para expandir as operações da Dedalus.com, focando-se no mercado do interior paulista. A Dedalus.com atua no segmento de aluguel de espaço virtual para clientes corporativos (HSP), gerenciamento de servidor e suporte técnico. A empresa opera em parceria com a Oracle do Brasil. * A America OnLine Latin America (AOL-LA) recebeu um aporte de capital de US$ 150 m. Desse total, os grupos AOL e Cisneros entrarão com US$ 130 m na forma de ações preferenciais e o grupo Itaú entrará com US$ 20 m na forma de ações ordinárias. O Itaú detém 12% da AOL-LA e os principais mercados da empresa são Brasil, Argentina e México. * O site de compras Submarino vai receber seu terceiro aporte de capital. Dessa vez, os sócios GP Investimentos e THLi vão liderar investimentos de US$ 20 m para financiar as operações do Submarino no Brasil, México, Argentina, Espanha e Portugal. Desde seu lançamento, o Submarino já recebeu investimentos de US$ 106 m. Financeiro * O banco espanhol La Caixa (Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona) ampliou sua participação no Itaú, segundo maior banco brasileiro, de 1% para 3%. A operação envolveu pagamento de US$ 191 m à holding Itausa. Para o Itaú, a venda dos 2% de participação justifica-se por uma maior aproximação em relação a empresas espanholas, uma vez que o La Caixa é o terceiro maior grupo financeiro espanhol. * A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), vendeu o controle acionário da Caixa Seguros (antiga Sasse) para o grupo francês CNP Assurances. A transação envolveu 50,75% das ações da Caixa Seguros e foi fechada pelo valor de R$ 1,065 bilhão. A CEF é a segunda maior acionista da Caixa Seguros, com 48,21% de seu capital. A Caixa Seguros ocupa hoje a sexta colocação no ranking de seguros no Brasil. Transportes * O grupo espanhol OHL confirmou a compra de 70% da Autovias, concessionária do setor rodoviário na região de Ribeirão Preto (SP). A transação foi realizada entre a OHL e as acionistas Etesco, Enterpa e Ensa, do setor de construção civil, e envolveu US$ 28 m. Os demais 30% da Autovias pertencem à holding Latina Infra-Estrutura, na qual o grupo OHL também tem participação. * A Brisa AutoEstradas, uma das maiores operadoras de rodovias de Portugal, resolveu investir no mercado brasileiro. A empresa adquiriu participação de 20% no capital da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), pagando R$ 245 m. A CCR detém as concessões da Via Dutra (Nova Dutra), da Anhanguera/Bandeirantes (AutoBan), da Ponte Rio-Niterói (Ponte), da Rodonorte e da Via Lagos. Seu plano de investimentos chega a R$ 500 m nesse ano de 2001. A empresa é controlada pelos grupos Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, ServengCivilsan e SVE. Outros Setores * A estatal chinesa Guangxi State Farms pretende investir entre US$ 15 m e US$ 25 m em um projeto agroindustrial na região de Mato Grande (RN). O objetivo é o plantio e beneficiamento do sisal, sendo que o principal mercado dos produtos deverá ser os EUA. * A Clorox, empresa norte-americana do segmento de higiene e limpeza, vai assumir 50% dos ativos da Bombril. No mercado brasileiro a Bombril é líder no segmento de lã de aço, desinfetantes e saponáceos. A operação envolve a Cirio Holding, a Cragnotti & Partners e a Clorox International, sendo que essa última pagará US$ 200 m. Será criada uma nova empresa, a Detergentes Bombril, a qual vai concentrar as operações de higiene e limpeza da holding Cirio. Ela deterá as marcas Bombril, Limpol, Mon Bijou, Pinho Bril e Sapólio Radium, sendo que hoje ela conta com três unidades produtivas no País. Em outubro passado a Bombril anunciou acordo semelhante com a alemã Henkel, o qual acabou não se efetivando. Todavia, vale lembrar que a maior acionista individual da Clorox é justamente a Henkel e que até 1995 ela detinha 25% de participação na própria Bombril. * A Medabil Tessenderlo, líder no mercado brasileiro de componentes de PVC para a construção civil, anunciou a aquisição da unidade industrial da suíça Amanco em Extrema, MG. A Medabil Tessenderlo é uma parceria entre o grupo gaúcho Medabil e a belga Tessenderlo Chemie. A unidade da Amanco vendida era operada pela Fortilit, sua controlada. A aquisição representa um investimento de R$ 15 m. * A Dixie Toga, através de sua controlada American Plast, está assumindo o controle acionário de uma de suas principais concorrentes na Argentina, a Clave Plast. A operação de fusão não envolverá pagamentos, apenas troca de ações. Os acionistas da American Plast (Dixie Toga) deverão ficar com 62% da nova companhia. * Dos US$ 210 m que a Dow Química deve investir no Brasil em 2001, US$ 60 m serão destinados à ampliação de sua produção de poliestireno. A unidade contemplada será a da EDN-Sul, no Guarujá (SP), e os segmentos priorizados serão os de poliestireno de alto impacto e de poliestireno cristal. Atualmente a Dow encontra-se em fase de absorção das unidades da Union Carbide, que no Brasil possui atividades em Aratu (BA), Cabo (PE), São Paulo (SP) e Cubatão (SP). * A espanhola New Line Hoteles pretende expandir sua atuação no Nordeste do Brasil. Seus investimentos são previstos em US$ 80 m até o final desse ano e compreendem a aquisição de quatro hotéis na Região, além de bandeiras no Rio de Janeiro e São Paulo. A entrada da rede no País já começou, com a compra de 95% da Hotéis Igara, ligada ao grupo Votorantim. A empresa é proprietária do imóvel em Jaboatão dos Guararapes (PE) onde hoje funciona o Hotel Sheraton. * A Shell confirmou a venda de 254 postos de combustíveis na Região Sul para a italiana Agip (grupo ENI). O valor da transação não foi revelado, mas é avaliado em R$ 30 m. A operação também envolveu a cessão de três depósitos. Em fevereiro do ano passado a Agip já havia adquirido 285 postos Shell na Região Centro-Oeste. O FIRE, o Fundo de Investimentos em Empresas Emergentes que tem como quotista único a BNDESPAR, administrado pela Brasilprivate, aprovou investimento de R$ 4,5 milhões na Padron S/A Impressos de Segurança, fabricante de cartões de débito, crédito e telefônicos, com fábrica em Esteio, RS. O investimento do FIRE se destinará a ampliação significativa da capacidade produtiva da PADRON, inclusive para fabricação de cartões de crédito das bandeiras Visa e MasterCard já a partir do segundo semestre de 2001 a fabricação de cartões inteligentes (Smart Cards). A operação foi efetivada através de emissão de debêntures conversíveis em ações, e o objetivo maior do FIRE, participando da gestão estratégica da empresa a nível de Conselho de Administração, é prepará-la para adoção das melhores práticas de governança corporativa, visando futuramente sua abertura de capital no Novo Mercado da Bolsa de Valores. A BRASILPAR atua na área de Serviços Financeiros, prestando serviços envolvendo compra, venda, associação entre empresas, atração de sócios, avaliação de empresas e projetos, assim como assessoria no levantamento de recursos de longo prazo e de capital (Project Financing e Restruturação de Empresas). A WESTSPHERE atua na área de Investimentos, através do South America Private Equity Growth Fund, buscando identificar, avaliar, negociar e adquirir participações no capital de empresas privadas com potencial de crescimento acelerado e alta rentabilidade. Uma vez efetivado o investimento, cabe à WESTSPHERE monitorá-lo, bem como definir o melhor momento para realizar o desinvestimento. No Brasil os Fundos de Private Equity administrados pela WestSphere investiram nas seguintes empresas: Mobitel, Injepet Embalagens, TendTudo Materiais para Construção e Datasul S/A. A BRASILPRIVATE é administradora do FIRE - Fundo Mútuo de Investimentos em Empresas Emergentes que tem como quotista único a BNDESPAR, subsidiária do BNDES para a área de participações acionárias. A carteira atual do FIRE é composta pelas seguintes empresas: Autotrac Comércio e Telecomunicações S/A, Latina S/A, Getec Guanabara Química Industrial S/A, Companhia Brasileira de Esterilização S/A, Metalciclo Reciclagem de Metais S/A, Armco Staco S/A Indústria Metalúrgica, Ecofabril Indústria e Comércio S/A, Metalkraft S/A Injeção e Usinagem, OpenCommerce S/A e Padron S/A Impressos de Segurança. Investimentos: Cláudio A. Peçanha R. Duncan Littlejohn Paulo Chueri Luis Fernando Salem Frederico Greve Serviços Financeiros: (011) 269-5241 (011) 269-5244 (011) 269-5245 (011) 269-5243 (011) 269-5221 Alberto Ortenblad Filho Antonio Carlos Molina Rubens Teixeira Alves Marina Fernandes de Oliveira Ricardo Hanitzsch Marco Antonio Serra (011) 269-5222 (011) 269-5231 (011) 269-5209 (011) 269-5220 (011) 269-5224 (011) 269-5219 Fax.: (011) 285-6582 O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado mensalmente pela WestSphere do Brasil e pela Brasilpar Serviços Financeiros Av. Paulista, 453 3º andar SP Tel: (011) 269-5200 Fax: (011) 285-6582. Diretores: Paulo Chueri e Antonio Carlos Molina O cenário econômico contido neste boletim refere-se aos resultados de nossas simulações e podem ser modificados sem prévia comunicação. A WestSphere e a Brasilpar não se responsabilizam pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas nesse boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A WestSphere e a Brasilpar não se responsabilizam pela veracidade dessas informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da WestSphere e da Brasilpar.