A literatura brasileira na atualidade Nikele Caroline Rozin (FARESC) ([email protected]) Taina Bortotti Lange (FARESC) ([email protected]) Resumo: Esse artigo baseou-se em discussões feitas durante os Encontros literários, dirigidos pela professora Gissele Champansk, na instituição de ensino FARESC. Fala-se sobre a literatura brasileira na atualidade, e justifica-se pela falta de incentivo a produção literária, e também, ao escasso reconhecimento aos autores brasileiros atuais, pois pudemos observar que as obras literárias que ficaram conhecidas, foram publicadas há anos. E que hoje, vemos a literatura brasileira está envolta em um tabu, em que poucos temas estilos são dignos de receber esse título, fazendo com que os nossos jovens procurem, em grande maioria, importar literatura. Temos com essa apresentação o objetivo de incentivar a produção e o consumo de literatura brasileira, levá-los a pesquisar sobre autores brasileiros, e quem sabe, dar um pequeno passo para mudar essa realidade. Embasamos em obras como: Contemporâneos: expressões da literatura brasileira no século XXI (2008), escrito por Beatriz Resende; e também pela mesma autora: A literatura latino-americana do século XXI (2005). Palavras-chave: literatura-brasileira1, literários2, século-XXI3. Introdução: A literatura brasileira na atual é conhecida com literatura contemporânea, que segundo o livro, Literatura no presente: história e anacronismo dos textos, pelo repertorio de Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Raul Antelo, literatura contemporânea é: "A literatura contemporânea é aquela que assume o risco inclusive de deixar de ser literatura, ou ainda, de fazer com que a literatura se coloque num lugar outro, num lugar de passagem entre os discursos" (BENJAMIN, Walter. 2005) Segundo o livro, Explicando a literatura no Brasil, escrito por Margarida de Aguiar, os maiores consumidores dessa literatura são os jovens, devido à globalização e a era digital. Mas o que acontece é que no nosso país, a produção não condiz com o alvo, não produz livros de acordo com o gosto. As editoras não querem investir no novo, então, tudo que é aceito como literatura brasileira são trabalhos feitos com, ou, igual aqueles das eras passadas, ou seja, no Brasil, quase não há publicações de literatura contemporânea. E a contraposto, temos no nosso país ótimos escritores surgindo, como disse a autora Beatriz Resende: “Em praticamente todos os textos de autores que estão surgindo revela-se, ao lado da experimentação inovadora, a escrita cuidadosa, o conhecimento das muitas possibilidades de nossa sintaxe e uma erudição inesperada, mesmo nos autores muito jovens deste início de século. Imaginação, originalidade na escrita e um surpreendente repertório (...) nossos escritores parecem estar escrevendo tão rápido quanto bem.”. Desenvolvimento: Vemos o retrato da desvalorização da literatura no Brasil, pintada em vários quadros. Segundo dados da (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) referente ao hábito da leitura, dentre 52 países, o Brasil ocupa a 47ª posição. Enquanto países desenvolvidos leem 10 livros por dia, aqui, leem-se apenas 1,8. E falando de publicação, ainda por dados da UNESCO, em 2005 enquanto a Inglaterra editou 206 mil títulos e os Estados Unidos, 172 mil. o Brasil, em 2007, editou 45 mil títulos entre primeiras edições e reedições. Podemos ver um dos motivos dessa diferente gritante quando comparamos qualquer grade curricular dos cursos na área de linguagem no Brasil com as dos Estados unidos, lá o curso é voltado para literatura, com objetivo de formar escritores, enquanto aqui, só a vemos como teoria, e em nenhuma universidade vemos matéria falando diretamente de produção literária. Sobre isso, Ítalo Moriconi, um importante crítico, professor universitário e poeta brasileiro disse: “Assumir curadoria é assumir risco, não há como escapar disso, e a academia tem o problema de querer estar segura, dar as mesmas aulas, reproduzir o mesmo conhecimento – não está preparada para enfrentar um movimento cultural, quando lancei uma antologia de poemas, enfrentei no mercado a fogueira das vaidades, com respeito a poetas que ficaram de fora; já na universidade, o que causou polêmica foi o próprio fato de topar fazer antologia para uma grande editora”. “Se você comparar o grau de percepção parece que há mais gente nas editoras a entender e amar a literatura do que na academia”. (MORICONI, Ítalo 2012) Subitem: Em uma pesquisa feita com quatrocentos jovens, de 15 a 26 anos, vimos como esse descaso à literatura nacional é gritante: 325 preferem literatura estrangeira, 67 optaram ambas, e apenas oito preferiram a literatura nacional. Considerações finais: Pensando em Brasil, e levando em consideração a nossa educação, pensar em produção literária é um passo a frente. Não há incentivo ao aluno à literatura vindo de lugar algum, na matéria de língua portuguesa, aprende-se em suma, a gramática, e apenas no segundo grau, quando temos esse tema, fala-se mais da historia. Nossos alunos, não conhecem a literatura, não aprenderam a interpreta-la, e, muito menos, a produzir. Referencias bibliográficas: SCOTT, Paulo. O debate sobre produção literária contemporânea no Brasil Porto Alegre, 2012. Disponível em <http://festipoaliteraria.blogspot.com.br/2012/04/o-debate-em-torno-daproducao-literaria.html > Acesso em 10 de outubro de 2014 Autor desconhecido. Brasil entre os países com habito de leitura <http://www.abdl.com.br/noticias/index. php?noticia=214&titulo=Brasil%20entre%20os%2050%20pa%EDses%20com% 20h%E1bito%2 > Jornal de Brasília. Acesso em 10 de outubro de 2014 OCS, Luiza Quais são os países mais leitores do mundo? 2014, disponível em <http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=30711#ixzz3Fetmt3gX/ > Acesso em 10 de outubro de 2014 DORIGATTI, Bruno; Mello, Ramon. A literatura brasileira no exterior. Disponivel em <http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10373 > 2010. Acesso em 10 de outubro de 2014 RESENDE, Beatriz. Contemporâneos: expressões da literatura brasileira no século XXI. Casa da Palavra, 2008. RESENDE, Beatriz. A literatura latino-americana do século XXI Aeroplano, 2005