CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA
Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a
promoverem as transformações futuras”
APLICAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA
DESSECAÇÃO EM PRÉ-COLHEITA DE SOJA
MATEUS DE AZEVEDO
Foz do Iguaçu - PR
2013
I
MATEUS DE AZEVEDO
APLICAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA
DESSECAÇÃO EM PRÉ-COLHEITA DE SOJA
Trabalho
Final
de
Graduação
apresentado ao Centro Universitário
Dinâmica das Cataratas (UDC), como
requisito para obtenção do título de
Engenheiro Agrônomo.
Prof. Orientador: Ms. Carlos Alberto
Pagnoncelli.
Foz do Iguaçu – PR
2013
II
TERMO DE APROVAÇÃO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS
EFEITO DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA DESSECAÇÃO
EM PRÉ-COLHEITA NAS SEMENTES DE SOJA
TRABALHO FINAL DE CONCLUSÃO DO CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU
DE BACHAREL EM ENGENHARIA AGRONÔMICA
Acadêmico: Mateus de Azevedo
Orientador: Ms. Carlos Alberto Pagnoncelli
Nota Final
Banca Examinadora:
Prof(ª). Ms. Sidiane Coltro Roncato
Prof(ª). Ms. Edneia Santos de Oliveira Lourenço
Foz do Iguaçu, 30 de novembro de 2013.
III
DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus, por ter me dado força durante esses cincos anos de curso, a meio de tantas
dificuldades.
Aos meus pais Jorginho C. de Azevedo e Marilei N. de Azevedo que estiveram presentes em toda
minha caminhada.
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Cesar Marcio Jardim, Representante Técnico de Vendas
(RTV) da empresa Bayer CropScience, por ajudar com parte da pesquisa.
Agradeço a empresa Semillas Montana por ajudar na realização dos
testes em laboratório.
Agradeço ao Professor Orientador Ms. Carlos Alberto Pagnoncelli por
auxiliar no trabalho realizado.
V
EPÍGRAFE
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhauer
VI
AZEVEDO, Mateus de. Aplicação de diferentes herbicidas para dessecação em précolheita de soja. Foz do Iguaçu, 2013. Projeto de Trabalho Final de Graduação para
obtenção do título de Engenheiro Agrônomo - Centro Universitário Dinâmica das
Cataratas.
RESUMO
A dessecação da soja é uma etapa muito importante visando a produtividade e a
qualidade final do produto, facilitando assim a sua colheita. O trabalho teve como
objetivo avaliar o efeito da aplicação de diferentes herbicidas para dessecação da
soja em pré-colheita, observando o potencial fisiológico das sementes sobre os
dessecantes. O experimento foi conduzido em delineamento experimental blocos
casualizados com 4 tratamentos (Glufosinato de Amônio, Paraquat, Diquat e
Testemunha) e 5 repetições, avaliando produção por hectares e grãos esverdeados
e também delineamento experimental de blocos inteiramente casualizados com 4
tratamentos (Glufosinato de Amônio, Paraquat, Diquat e Testemunha) e 4 repetições
avaliando germinação e vigor. Os tratamentos para germinação e vigor não tiveram
diferença significativa, para grãos esverdeados o Glufosinato de Amônio foi que se
saiu com a maior quantidade de sementes esverdeadas, a produção os tratamentos
com Paraquat e Diquat foram os melhores não diferindo da testemunha com a
menor produção.
Palavras-Chave: Potencial fisiológico – Glycine max – Plantio direto.
VII
AZEVEDO, Mateus de. Application of different herbicides to desiccation pre-harvest
soybean. Foz do Iguaçu, 2013. Project Final Graduation to obtain the title of
agronomist - Centro Universitário Dinâmica das Cataratas.
ABSTRACT
The desiccation of soybean is a very important step aimed at productivity and final
product quality, thereby facilitating their harvest. The study had aimed to evaluate the
effect of different herbicides for pre-harvest desiccation in soybean seeds noting their
psysiological potential about desiccants. The experiment was conducted in
experimental design, block design with four treatments (Glufosinato Ammonium,
Paraquat, Diquat and a partion without treatment), 5 repetitions evaluating the
production per acre and greenish grains and also experimental design of randomized
blocks with 4 treatments (Glufosinato Ammonium, Paraquat, Diquat and a partion
without treatment) and 4 replications evaluating germination and vigor. Treatments
for germination and vigor did not have no significant difference, about grean beens
Glufosinate Ammonium was that came up with higher amount of green seed,
production with Paraquat and Diquat treataments were the best, and Testemunha
with lower production.
Keywords: Physiological – Glycine max – Tillage.
VIII
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Vista da área total especificando o local do experimento..........................20
Figura 2: Croqui da área total do experimento mostrando seu
dimensionamento, quantidade de parcelas e os tratamentos utilizados....................23
Figura 3: Croqui da área de experimento indicando o espaçamento da
parcela, eliminação de 1 m das extremidades e utilização de 1 m 2
para o experimento.....................................................................................................23
Figura 4: Croqui de uma das parcelas utilizada no experimento indicando o
tamanho total de uma parcela, o espaçamento entre linhas e a quantidade de
fileiras por parcelas....................................................................................................24
Figura 5: Croqui de uma das parcelas utilizada no experimento indicando o
tamanho total de uma parcela, quantidade de fileiras por parcelas e as
linhas centrais que serão utilizadas no experimento..................................................24
IX
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Precipitação pluviométrica na cultura da soja durante seu
desenvolvimento.........................................................................................................22
Tabela 2 - Produtividade de soja cultivar BMX Potência RR sobre dessecação
em pré-colheita com diferentes herbicidas.................................................................26
Tabela 3 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação nos
grãos esverdeados de sementes de soja...................................................................27
Tabela 4 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação na
germinação de sementes de soja...............................................................................28
Tabela 5 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação no
vigor de sementes de soja..........................................................................................29
X
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 12
2.1 A SOJA NO BRASIL ........................................................................................ 12
2.2 UTILIZAÇÃO DE HERBICIDA NA SOJA ......................................................... 12
2.3 DESSECAÇÕES PRÉ-COLHEITA .................................................................. 13
2.4 QUALIDADES DE SEMENTE ......................................................................... 14
2.5 HERBICIDAS PARA DESSECAÇÃO .............................................................. 15
2.5.1 Herbicida Diquat .................................................................................... 15
2.5.2 Herbicida Paraquat ................................................................................ 16
2.5.3 Herbicida Glufosinato de Amônio ........................................................ 16
2.6 PRODUTIVIDADE ........................................................................................... 17
2.7 GRÃO ESVERDEADO .................................................................................... 17
2.8 GERMINAÇÃO ................................................................................................ 18
2.9 VIGOR ............................................................................................................. 19
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 20
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................. 20
3.2 METODOLOGIA DA PESQUISA ..................................................................... 21
3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 26
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30
11
1 INTRODUÇÃO
A soja é uma cultura de verão, uma leguminosa explorada mundialmente,
pode ser utilizada para alimentação humana como, por exemplo, farinha de soja,
óleo refinado comestível, carne de soja, na alimentação animal tal como o farelo de
soja, torta de soja, também utilizado para fins industriais e matéria-prima para
agroindústrias. Por ser uma planta de grande importância, algumas cultivares
passou a serem geneticamente modificadas, trazendo benefícios para seu cultivo.
No Brasil, ocorrem muitas perdas com a soja, como na colheita, no
transporte, entre outros, e a dessecação pré-colheita também se encaixa nessas
perdas, pois quando acontece antes do momento certo, a soja não estará com o
grão totalmente desenvolvido, não se encontrando no estádio indicado para ser
realizada a dessecação pré-colheita, podendo assim interferir no enchimento de
grãos. O mesmo acontece quando a cultura já passou do seu momento de dessecar,
além de ter perdas econômicas, o herbicida não será tão eficiente como deveria ser,
pode também ocorrer a debulha da soja na aplicação, pois, como a maioria das
variedades cultivadas no Brasil são de ciclo indeterminado, pode não haver
uniformidade de vagens que atingiram a maturação fisiológica.
A utilização dos dessecantes para pré-colheita não pode ser de forma
indiscriminada, deve-se avaliar as condições em que se encontra a cultura
observando se há o excesso de plantas daninhas que podem prejudicar a colheita,
ou para uniformizar plantas de soja com maturação desigual que pode ser causado
pelo ataque de percevejos ou algum outro desequilíbrio fisiológico na maturação.
A escolha do herbicida para aplicação como dessecante é muito
importante uma vez que o mesmo visa à produção de sementes, não poderá haver
nenhuma interferência nas sementes que prejudiquem sua germinação e seu vigor.
Em relação à produção de grãos, a aplicação no período antecipado, afetará na
produtividade do cereal, tendo o aparecimento de grãos esverdeados e grãos
chochos.
Em função do relato este estudo objetiva avaliar o efeito da aplicação de
diferentes herbicidas para dessecação em pré-colheita nas sementes de soja.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A SOJA NO BRASIL
A soja chegou ao Brasil através dos Estados Unidos da América em 1882,
somente em 1891 começaram testes de adaptação de cultivares, nessa época a
cultura era mais estudada como cultura forrageira (EMBRAPA, 2004).
As lavouras de soja em 1980 se concentrava nos estados do sul do Brasil,
sendo eles, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, depois de alguns anos a
soja se espalhou para outras regiões brasileiras como o Norte, o Nordeste e o
Centro-Oeste (SCHLESINGER, 2004).
Na década de 40 a soja começou a adquirir alguma importância
econômica no mercado, mas somente na década de 60 que foi impulsionada pela
política de subsídios ao trigo, assim, a soja se estabeleceu como uma cultura
economicamente importante para o Brasil (EMBRAPA, 2004).
O Brasil está em primeiro lugar na produção mundial de soja, sua
produtividade anual chega acima de 65 milhões de toneladas. A maioria dos estados
brasileiros produz o cereal, em toda região centro-oeste e na região sul, juntos
chegam a somar mais de 80% de toda a produção brasileira (BRASIL, 2010).
A produção de soja no Brasil aumentou, entre 1990 e 2005,
aproximadamente 260%, atingindo mais de 50 milhões de toneladas em 2005.
Houve também, nesse mesmo período de 15 anos, um aumento de mais de 100%
da área de cultivo da soja, passando de 11,5 mil hectares para quase 23 mil
hectares (BRASIL, 2005).
2.2 UTILIZAÇÃO DE HERBICIDA NA SOJA
A rotação de herbicidas é muito importante para o produtor, para melhor
manejo de plantas daninhas na cultura da soja e em culturas sucessivas, tendo em
13
vista que a soja não é suscetível ao produto utilizado e nem efeitos residuais nas
semeaduras futuras (PEREIRA et al., 2000).
O aumento crescente da produção de soja no país tem sido
acompanhado pelo aumento também crescente da utilização de aplicação de
herbicidas, particularmente a partir das safras de 2002/2003 e 2003/2004, com a
autorização da comercialização e a liberação da semeadura da soja geneticamente
modificada (MIRANDA et al., 2007; PERES, 2009).
2.3 DESSECAÇÕES PRÉ-COLHEITA
A dessecação está diretamente ligada ao Sistema de Plantio Direto
(SPD), muito utilizado na preparação da terra antes da semeadura ou também
sendo utilizada em pré-colheita. A utilização dessa prática começou graças ao
advento do herbicida paraquat, vindo dos agentes laranjas, lançado no mercado
inglês em 1961 (PRADO, 2007).
A utilização de herbicida para dessecar a soja é uma prática que tem
como objetivo principal a antecipação de colheita para permitir a implantação de
uma cultura de inverno, podendo ser o milho ou algodão safrinha (INOUE, 2012).
A utilização desta prática tem como vantagens adicionais, a possibilidade
de planejamento da colheita, maior eficiência das máquinas devido uniformidade da
cultura, controle de plantas daninhas que irão prejudicar o processo de colheita e
diminuição dos danos oriundos de pragas e fungos que possam atacar a cultura no
final do ciclo. Entretanto, essa aplicação é requerida uma atenção maior porque sua
antecipação ou o tardamento podem acarretar efeitos prejudiciais à quantidade
colhida e à qualidade do produto, exigindo identificação precisa da maturidade
fisiológica, tomada como base para determinação de época do tratamento
(MARCOS FILHO, 2005).
Particularmente para as cultivares de crescimento indeterminado, não
existem indicações para o momento mais adequado para aplicação da dessecação
em pré-colheita. Esse fato assume maior importância diante da maturação
desuniforme que essas plantas apresentam, aliada a crescente adoção de cultivo
dessas cultivares (INOUE et al., 2012).
14
Daltro et al. (2010), relacionam que o aumento e diminuição de
temperatura acompanhadas de altos índices pluviais e flutuação de umidade relativa
do ar, nas fases de maturação e pré-colheita, podem levar a perdas na qualidade
física, fisiológica e na sanidade de sementes. A aplicação de dessecantes em précolheita ajuda na diminuição da exposição das sementes a condições climáticas
desfavoráveis e para reduzir a possibilidade de prejuízos à germinação e vigor.
2.4 QUALIDADES DE SEMENTE
Os valores de colheita em uma lavoura são diretamente influenciados
pela qualidade da semente que será semeada e contribui significativamente para
que níveis de alta produtividade sejam alcançados, do mesmo modo que sementes
de baixa qualidade comprometem a obtenção de um estande de plantas adequado,
influindo diretamente na produtividade de uma lavoura (KRZYZANOWSKI e
FRANÇA-NETO, 2003).
Segundo Lacerda et al. (2003a), dependendo do modo de aplicação o
herbicida, tipo de dessecante, seu modo de ação e a época em que o herbicida é
aplicado, a qualidade das sementes pode ser afetada, podendo torná-la inviável
tanto para sementes quanto para grãos.
Segundo Veiga et al. (2007), para produção de sementes, quando se
consegue adiantar a colheita da soja permite ter sementes mais sadias, podendo
evitar danos que possam acontecer diretamente a campo por motivo de condições
climáticas adversas, como altos índices pluviométricos na pré-colheita, bem como a
presença de patógenos. Além disso, a colheita antecipada permite uma melhor
organização e implantação da rotação de culturas e a otimização das estruturas de
recepção, secagem e beneficiamento de sementes.
Para Inoue et al. (2003), a dessecação é uma metodologia utilizada para
minimizar o ataque de pragas e doenças nas sementes alterando-a. Por ser
realizada com a maioria das plantas com mais de 70% de suas folhas secas,
promove a secagem rápida e a uniformidade no estande, o que viabiliza a colheita
com baixa de impurezas e qualidade alta nas sementes, além de reduzir perdas e os
custos no momento de secagem do produto.
15
As sementes carregam genes que expressam o potencial produtivo de
sua respectiva variedade, uma vez que a qualidade superior implica numa série de
características
economicamente
desejáveis
como,
sanidade,
adaptação
às
condições adversas de clima e solo, assim como maior capacidade de germinação
(COSTA et al., 2003).
2.5 HERBICIDAS PARA DESSECAÇÃO
O uso de herbicida não seletivo pode constituir em alternativa para
superação desses problemas por promover a secagem da cultivar, assim caindo às
folhas e também fazendo com que as sementes percam água rapidamente,
possibilitando a realização da colheita em período mais próximo ao ponto de
maturidade fisiológica (LACERDA et al., 2005).
Porém, alguns pontos devem ser considerados quando se pretende usar
o herbicida como dessecantes na pré-colheita, como o modo de ação do produto, as
condições do ambiente na hora da aplicação, a fase em que a cultura encontra-se,
vestígios de resíduos tóxicos na semente, a interferência na produção, germinação e
vigor de sementes (LACERDA et al., 2005).
No Brasil, poucos produtos são indicados para aplicação como
dessecantes registrados no Ministério da Agricultura, e dentre eles estão o Diquat, o
Glufosinato de Amônia e o Paraquat (GALLON et al., 2012).
2.5.1 Herbicida Diquat
Os herbicidas mais utilizados para dessecação estão sendo os “não
seletivos”, procurando assim eliminar todas as plantas existentes na área, entre os
produtos não seletivos mais utilizados encontra-se o diquat (TERRA et al., 2010)
Incluso neste contexto, o herbicida Reglone® (Diquat) apresenta a
realização de contato muito eficiente na dessecação da soja, igualando as plantas
para uma melhor e mais eficiente colheita (RODRIGUES e ALMEIDA, 1998).
16
O Paraquat e o Diquat agem de forma rápida nas plantas, por contato,
gerando toxidade algumas horas após a aplicação e atingindo diretamente o sistema
fotossintético da planta (EKMEKCI; TERZIOGLU, 2005).
2.5.2 Herbicida Paraquat
Nakashima et al. (2000), relatam ter observado que a aplicação de
Paraquat realizado já no estádio R6.5 não reduz significativamente na produção,
obtendo-se sementes com elevada qualidade fisiológica, o que lhe foi permitido a
antecipação da colheita dos cultivares Savana e Doko em 11 e 7 dias,
respectivamente.
Na cultura da soja, o efeito da dessecação pré-colheita para uniformizar
os grãos e antecipar a colheita, não alterou o perfil de ácidos graxos dos
triglicerídeos presentes na fração lipídica dos cereais com a aplicação de paraquat,
além disto, nenhum resíduo do produto químico foi detectado no óleo (GOMES et
al., 2003).
2.5.3 Herbicida Glufosinato de Amônio
Agostinetto et al. (2001), mostraram em seu estudos com arroz, que
herbicidas como o paraquat, o glufosinato de amônio e o glifosato, ou seja, produtos
não seletivos utilizados para dessecação, não afetam as características qualitativas
do produto final, além de antecipar a colheita da cultura.
Lacerda (2003), observou que a germinação de sementes derivadas de
plantas dessecadas com glufosinato de amônio foi menor, quando comparada com a
dessecação realizada com paraquat, diquat e seus componentes.
17
2.6 PRODUTIVIDADE
Estudos realizados por Borges e Siede (2000), com os herbicidas de
dessecação Gramoxone e Reglone mostraram que a antecipação da cultura é um
fator importante podendo variar de 3 a 7 dias dependendo de alguns fatores como:
momento da dessecação, produto utilizado e condições climáticas após a
dessecação. A utilização do Gramoxone para a dessecação na dose de 2 L ha-1
obteve resultado de 51 sacas ha-1, já com a utilização de Reglone na dose de 2 L ha1
seu resultado foi maior, chegando a 53 sacas ha -1, a Testemunha chegou a 49
sacas ha-1.
O uso do Diquat na dose de 0,3 kg ha -1 em diferentes estádios da planta
ocorreu algumas interferências em relação a produtividade, as aplicações feitas nos
estádios R6.5, R7 e R7.5 apresentaram 1531,50 kg ha -1, 2013,90 kg ha-1 e 2797,95
kg ha-1 respectivamente e a Testemunha com 1282,95 kg ha-1 (INOUE et al., 2012).
Segundo Guimarães et al. (2012), a dessecação com Glufosinato de
Amônio chegou a uma produtividade de 3203,6 kg ha -1, já o dessecante Paraquat
obteve um menor resultado mas não sendo representativo estatisticamente,
chegando a 3114,4 kg ha-1.
2.7 GRÃO ESVERDEADO
Abordagens são registradas causadoras de grãos esverdeado na cultura
de soja, a exemplo de uma maturação desuniforme por ataques de insetos,
principalmente, percevejos que causam a retenção de hastes verdes (CÂMARA e
HEIFFIG, 2000).
Segundo França-Neto et al. (2005), alguns fatores que predeterminam na
soja à expressão de grãos esverdeados, são os estresses bióticos e abióticos, que
resultam na morte antes de sua maturação fisiológica ou em maturação forçada.
O teor de clorofila em sementes de soja já atingidas na sua maturação
fisiológica é ocasionado pelo genótipo e, portanto, variável entre as cultivares. Esse
nível, conforme o estádio de maturação das sementes pode ser influenciado pelas
18
condições
de
secagem,
ou
pelas
condições
climáticas
que
afetam
o
amadurecimento normal em condições de campo (SINNECKER, 2002).
Chegando ao final da maturação fisiológica da planta, a produção de
clorofila nas sementes finaliza. A clorofila, presente nas sementes e na vagem vai
sendo degradada pela luz solar, mas também pelo metabolismo natural da planta. A
morte prematura das plantas se soja, ocasiona por situações de estresses
climáticos, ou aparecimento de doenças, impede a degradação natural da clorofila e
as sementes mantem-se verdes (MANDARINO, 2005).
2.8 GERMINAÇÃO
A semente da soja contém genes que expressam a produtividade da
cultivar, assim abrangendo várias características economicamente desejadas pelo
produtor como, sanidade, adaptação às condições adversas de clima e solo, assim
como maior capacidade de germinação (COSTA et al., 2003).
Segundo Borges e Siede (2000), com a utilização do dessecante Diquat
na soja pôde-se ter resultados considerados bons no teste de germinação,
chegando a 77% com a utilização das sementes após um período chuvoso de 60 a
70 mm entre a aplicação do herbicida até o ponto de colheita; já na utilização do
dessecante Paraquat na soja, a germinação chegou um pouco a mais, atingindo
79% com as mesmas condições pluviométricas.
Segundo Bülow e Cruz-Silva (2012), a utilização de Glifosato e Paraquat
para dessecação em diferentes dias de aplicação pode interferir na germinação,
sendo que o Glifosato utilizado com 117 dias após a emergência conseguiu atingir
80% da germinação, tornando-se a mais eficiente; a utilização do Glifosato aos 105
dias após a emergência foi a menos eficiente, pois não germinou nenhuma semente;
já o tratamento com o Paraquat aos 117 dias chegou a 40% da germinação e a
Testemunha com 72% de germinação.
Kappes (2009), utilizando o Diquat no estádio R7.3 obteve uma
germinação de 81% e utilizando o Paraquat conseguiu obter resultados maiores mas
sem ser representativo estatisticamente atingindo 87,5% de germinação.
19
Segundo Bülow e Cruz-Silva (2012), utilizando o Paraquat aos 105 dias
após a emergência (DAE) para dessecação obteve-se resultados de germinação
chegando a 8%, já o mesmo dessecante utilizado aos 117 DAE o resultado de
germinação chegou a 40%.
2.9 VIGOR
Em seu trabalho Bülow e Cruz-Silva (2012), Usando dessecantes em
diferentes dias de aplicação observou que o vigor de uma semente pode ser
afetada, o Glifosato utilizado com 117 dias após a emergência conseguiu atingir 81%
do vigor, tornando-se o mais eficiente, a utilização do Glifosato aos 105 dias após a
emergência foi a menos eficiente, pois nenhuma semente teve vigor; já o tratamento
com o Paraquat aos 117 dias chegou a 39% do vigor e a Testemunha com 76% de
vigor.
Daltro et al. (2010), nos mostram que a utilização de diferentes herbicidas
e combinações de herbicidas para dessecação pode variar os valores do vigor
aplicados no estádio R7, o Paraquat obteve 93,4% de plântulas vigorosas, o Diquat
chegou a 94,4% de plântulas vigorosas, já o Paraquat+Diquat atingiu 95,6% de
plântulas vigorosas e a Testemunha alcançou 94,3% de plântulas vigorosas.
Segundo Bülow e Cruz-Silva (2012), utilizando o Paraquat aos 105 dias
após a emergência (DAE) para dessecação obteve-se resultados de vigor chegando
a 7%, já o mesmo dessecante utilizado aos 117 DAE o resultado de vigor chegou a
39%.
20
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O experimento foi realizado no município de São Miguel do Iguaçu - PR, a
área total da propriedade é de 290400 m 2, o tamanho da área do experimento foi de
180 m2 que se encontra dentro da área total (Figura 1). As coordenadas geográficas
dadas pela Latitude e Longitude extremas respectivamente de S: 25o 24.954’ e W:
54o 16.028’.
Figura 1: Vista da área total especificando o local do experimento.
Fonte: Google Earth, 2013.
O solo da região é denominado como Latossolo Vermelho eutrófico
(EMBRAPA, 2006) de textura argilosa com 58% de argila, 28% de silte e 14% de
areia. Segundo Iapar (2000), o clima é subtropical úmido, com verões quentes e
ocorrência de geadas no inverno pouco frequente. A temperatura média anual é de
21 a 22ºC. A média anual da precipitação pluviométrica é de 1600 a 1800 mm e uma
21
evapotranspiração anual de 1100 a 1200 mm, a uma altitude de 290 metros acima
do nível do mar.
3.2 METODOLOGIA DA PESQUISA
Trata-se de uma pesquisa experimental com análises qualitativas para
grãos esverdeados e análises quantitativas para teste de germinação, teste de vigor
e para produção por hectare.
O delineamento experimental utilizado neste trabalho para grãos
esverdeados e produção por hectare foram o de blocos casualizados (DBC)
composto por 4 tratamentos (Glufosinato de Amônio + Aureo® = T1; Paraquat +
Agral® = T2; Diquat + Agral® = T3 e Testemunha = T4), com 5 repetições, totalizando
20 parcelas experimentais.
Foi utilizado também neste trabalho o delineamento experimental de
blocos inteiramente casualizados (DIC) para o teste de germinação e o teste de
vigor, composto por 4 tratamentos (Glufosinato de Amônio + Aureo® = T1; Paraquat
+ Agral® = T2; Diquat + Agral® = T3 e Testemunha = T4) com 4 repetições,
totalizando 16 parcelas experimentais, seguindo as normas da RAS.
Para análise estatística dos resultados obtidos foi utilizado o software
ASSISTAT. Os dados foram submetidos à análise de variância na significância a 5
% e quando significativo o teste Tukey.
3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para dessecação pré-semeadura, eliminando assim as plantas daninhas
existentes, foi realizada uma aplicação de Glifosato (Glifosato ®) + Clorimuron Etílico
(Classic®) sucessivamente nas doses de 2,4 L ha-1 + 82,6 mL ha-1.
O experimento foi realizado na safra de verão 2012/2013, a semeadura foi
no dia 22 de setembro de 2012 e com sua germinação no dia 27 de setembro de
2012, utilizando sementes de soja (Glycine max), da cultivar BMX Potência RR,
22
sendo a mesma semeada numa profundidade de 4 cm, a semeadura foi realizada
em área de produção sob sistema de plantio direto, a área cultivada por 16 anos
com sucessão soja-milho.
Foi usado somente adubação de base sendo utilizado 5 Kg de Nitrogênio
ha-1, 47,5 Kg de Fósforo ha-1 e 43 Kg de Potássio ha-1.
Durante o desenvolvimento da soja, foi preciso fazer algumas aplicações
de defensivos agrícolas, sendo eles: uma aplicação do herbicida Glifosato (Radar®)
na dose de 2,06 L ha-1 aos 30 dias após a emergência; uma aplicação do inseticida
Lambda-cialotrina + Clorantraniliprole (Ampligo®) na dose de 41,32 mL ha-1 no dia 3
de dezembro de 2012; uma aplicação do fungicida Azoxistrobina + Ciproconazol
(Priori Xtra®) na dose de 289,25 mL ha-1 mais o inseticida Triflumurom (Certero®) na
dose de 53,71 mL ha-1 e mais o inseticida Acefato (Orthene®) na dose de 0,826 Kg
ha-1 no dia 26 de dezembro de 2012 e uma aplicação do inseticida
Imidacloprid+Beta-ciflutrina (Connect®) na dose de 826 mL ha-1 no dia 4 de janeiro
de 2013.
A precipitação pluviométrica que se obteve durante o trabalho segue na
Tabela 1.
Tabela 1 - Precipitação pluviométrica na cultura da
desenvolvimento.
Dias
Meses
Set
Out
Nov
Dez
(2012)
(2012)
(2012)
(2012)
01 - 10
122 mm
05 mm
31 mm
11 - 20
62 mm
10 mm
112 mm
21 - 31
01 mm
86 mm
82 mm
48 mm
soja
durante
seu
Jan
(2013)
232 mm
00 mm
00 mm
Para a dessecação pré-colheita foi utilizado o Paraquat + Agral®, Diquat +
Agral® e o Glufosinato de Amônio + Aureo® sucessivamente nas doses de 2,066 +
0,413 L ha-1, 2,066 + 0,413 L ha-1 e 4,47 + 0,495 L ha-1, foram testados 4
tratamentos (Glufosinato de Amônio + Aureo® = T1, Paraquat + Agral® = T2, Diquat
+ Agral® = T3 e Testemunha = T4) com 5 repetições cada, nas dimensões de 3 x 3
m, totalizando 20 parcelas (Figura 2).
23
Figura 2: Croqui da área total do experimento
mostrando seu dimensionamento, quantidade
de parcelas e os tratamentos.
Cada parcela de avaliação do experimento foi constituída de 7 linhas de
semeadura, com espaçamento de 0,5 m e comprimento de 3 m (Figura 3).
Figura 3: Croqui de uma das parcelas utilizada
no experimento indicando o tamanho total de
uma parcela, o espaçamento entre linhas e a
quantidade de fileiras por parcelas.
Como parcela útil foram utilizadas as 3 linhas centrais proporcionando
uma área útil de 3 metros lineares (Figura 4), desconsiderando-se 1 m das
extremidades como bordadura (Figura 5),.
24
Figura 4: Croqui de uma das parcelas utilizada no
experimento indicando o tamanho total de uma
parcela, quantidade de fileiras por parcelas e as
linhas centrais em vermelho que serão utilizadas no
experimento.
Figura 5: Croqui da área de experimento
indicando o espaçamento da parcela, eliminação
2
de 1 m das extremidades e utilização de 1 m para
o experimento.
A aplicação do Paraquat + Agral® e do Diquat + Agral® foi realizado com o
estande acima de 70% das folhas amarelas, o Glufosinato de Amônio + Aureo® com
o estande acima de 10% das folhas amarelas, a aplicação foi feita com pulverizador
costal.
25
Após a colheita foi realizado a pesagem das sementes obtidas ao acaso,
alcançando uma média de cada tratamento por metro linear, determinando a
produção por hectare.
Para avaliações dos grãos esverdeados foram feitas 4 repetições de 100
sementes ao acaso para cada tratamento, efetuando uma média de cada
tratamento.
O ensaio de germinação e vigor foram realizados no laboratório da
Semillas Montana, localizado no departamento de Alto Paraná – Paraguai, no distrito
de Hernandaria. Os testes realizados em substrato areia foram avaliadas a
germinação e o vigor , verificando se houve interferência positiva ou negativa sobre
os tratamentos utilizados. Os testes foram realizados com os 4 tratamentos, com 4
repetições cada e cada repetição utilizando 100 sementes ao acaso, totalizando 400
sementes em cada tratamento.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a produção obteve-se resultados que mostra como é importante à
escolha do herbicida para dessecação podendo dar diferença na colheita da soja. A
Tabela 2 mostra os resultados adquiridos.
Tabela 2 – Produtividade de soja cultivar BMX Potência RR sobre dessecação em
pré-colheita com diferentes herbicidas.
Tratamentos
Médias (kg ha-1)
T1
4691,96 b
T2
5479,94 a
T3
5473,32 a
T4
4606,64 c
D.M.S.
56,15247
FTrat
1283,2586**
C.V. %
0.59
Nota: T1: Glufosinato de Amônio, T2: Paraquat, T3: Diquat, T4: Testemunha.
Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. D.M.S: Diferença mínima significativa. FTrat: Estatística do teste F do Tratamento. **
Significativa a 1% pelo teste de Tukey. C.V. %: Coeficiente de variação em %.
O tratamento T2 e o T3 não diferem estatisticamente entre si
apresentando os melhores resultados, diferindo do tratamento T1 e do tratamento T4
com menor média de produção.
Estudos realizados por Borges e Siede utilizando Gramoxone na dose de
2 L ha-1 obteve resultado de 51 sacas ha-1, ou seja, 3060 kg ha-1 e com o
dessecante Reglone na dose de 2 L ha-1 chegou a uma produtividade de 53 sacas
ha-1, ou seja, 3180 kg ha-1.
Guimarães em seu estudo chegou a uma produtividade de 3203,6 kg há-1
utilizando o dessecante Glufosinato de Amônio e com o dessecante Paraquat atingiu
uma produtividade de 3114,4 kg ha-1.
27
Tabela 3 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação nos
grãos esverdeados de sementes de soja.
Tratamentos
Médias (%)
T1
2,4 a
T2
1,4 b
T3
1,4 b
T4
0,6 b
D.M.S.
0,95467
FTrat
10,5161**
C.V %
35,05
Nota: T1: Glufosinato de Amônio, T2: Paraquat, T3: Diquat, T4: Testemunha.
Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. D.M.S: Diferença mínima significativa. FTrat: Estatística do teste F do Tratamento. **
Significativa a 1% pelo teste de Tukey. C.V. %: Coeficiente de variação em %.
Os tratamentos T2, T3 e T4 não diferem estatisticamente entre si e
representam os melhores tratamentos por apresentar menos grãos esverdeados.
Estes diferem estatisticamente do tratamento T1 que apresenta maior quantidade de
grãos esverdeados.
A literatura relacionada a grãos esverdeados é muito escassa, não
podendo assim obter resultados para realização da discussão.
A produção da soja destinada a sementes leva-se muito em consideração
a germinação e o vigor das mesmas, na Tabela 4 e 5 nos mostra os valores de
germinação e vigor.
28
Tabela 4 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação na
germinação de sementes de soja.
Tratamentos
Médias (%)
T1
83,75 a
T2
87,5 a
T3
88,25 a
T4
90,75 a
D.M.S.
8,89406
FTrat
1,8711NS
C.V %
4,84
Nota: T1: Glufosinato de Amônio, T2: Paraquat, T3: Diquat, T4: Testemunha.
Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
NS
probabilidade. D.M.S: Diferença mínima significativa. FTrat: Estatística do teste F do Tratamento.
não significativo pelo teste de Tukey. C.V. %: Coeficiente de variação em %.
Não houve diferença significativa para os tratamento quando comparado
a germinação, sendo assim os tratamentos T1, T2, T3 e T4 podem ser utilizados e
não apresentaram diferença.
Estudo realizado por Kappes, a germinação com o dessecante Diquat no
estádio R7.3 atingiu 81% e o dessecante Paraquat alcançou 87,5%.
Bülow e Cruz-Silva em seus estudos chegaram a uma germinação de 8%
aplicando o Paraquat aos 105 dias após a emergência (DAE) e utilizando o mesmo
dessecantes aos 117 DAE a germinação chegou a 40%.
29
Tabela 5 - Resultados obtidos na dessecação em pré-colheita com relação no vigor
de sementes de soja.
Tratamentos
Médias (%)
T1
77,75 a
T2
79,5 a
T3
78,25 a
T4
86
D.M.S.
9,55635
FTrat
2,8209NS
C.V %
5,66
a
Nota: T1: Glufosinato de Amônio, T2: Paraquat, T3: Diquat, T4: Testemunha.
Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
NS
probabilidade. D.M.S: Diferença mínima significativa. FTrat: Estatística do teste F do Tratamento.
não significativo pelo teste de Tukey. C.V. %: Coeficiente de variação em %.
Nenhum tratamento se difere significativamente para vigor, sendo assim
os tratamentos T1, T2, T3 e T4 podem ser utilizados e não apresentaram diferença.
Bülow e Cruz-Silva em seus estudos chegaram a um vigor de 7%
aplicando o Paraquat aos 105 dias após a emergência (DAE) e utilizando o mesmo
dessecantes aos 117 DAE o vigor chegou a 39%.
Estudo realizado por Daltro mostra que aplicando no estádio R7 o
dessecante Paraquat teve um vigor de 93,4 %, o Diquat chegou a 94,4% e o
Paraquat+Diquati atingiu um vigor de 95,6%.
30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação a produção de sementes de soja, os tratamentos com
Paraquat e Diquat foram os que apresentaram melhor resultados.
Avaliando grãos esverdeados, podemos recomendar qualquer um dos
tratamentos, porém o Glufosinato de Amônio teve menor eficiência que os demais.
Já quando comparamos germinação e vigor, não existe diferença entre os
tratamentos.
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGOSTINETTO, D.; FLECK, N.G.; MENEZES, V.G. Herbicidas não seletivos
aplicados na fase de maturação do arroz irrigado. Scientia Agrícola, Piracicaba, v.
58, p.277-285, 2001.
BORGES, E. P. e SIEDE, P. K. Dessecação da soja para antecipação do plantio da
safrinha. Informações Agronômicas. n.91, p.6-7, 2000.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura brasileira
em números – Anuário 2005. Brasília: MAPA, 2005.
______. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para Análise de
Sementes. Brasília: SNAD/DNDV/CLAV, 2009. 398p.
______. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Projeções do
agronegócio: Brasil 2009/2010 a 2019/2020. Brasília: MAPA, 2010.
BÜLOW, R. L.; CRUZ-SILVA, C. T. A.; Dessecantes aplicados na pré-colheita na
qualidade Fisiológica de sementes de soja. Journal of Agronomic Sciences,
Umuarama, v.1, n.1, p.67-75, 2012.
CÂMARA, G.M.S.; HEIFFIG, L.S. Fisiologia, ambiente e rendimento da cultura da
soja. In: CÂMARA, G.M.S. Soja: tecnologia da produção II. Piracicaba: G.M.S.
CÂMARA. p.81-120. 2000.
COSTA, N.P.; MESQUITA, C. M.; MAURINA, A.C.; FRANÇA NETO, J.B.;
KRZYZANOWSKI, F.C.; HENNING, A.A. Qualidade fisiológica, física e sanitária de
sementes de soja produzidas no Brasil. Revista Brasileira de Sementes, v.25, n.1,
p.128-132, 2003.
DALTRO, E. M. F.; ALBUQUERQUE, M.C.F.3; FRANÇA NETO, J.B.; GUIMARÃES,
S. C.; GAZZIERO, D. L. P.; HENNING, A.A. Aplicação de dessecantes em précolheita: efeito na qualidade fisiológica de sementes de soja. Revista Brasileira de
Sementes, Londrina, v. 32, n.1, p.111-122, 2010.
EKMEKCI, Y. TERZIOGLU, S. Effects of oxidative stress induce by paraquat on wild
and cultivated wheats. Pesticide Biochemistry and Physiology, San Diego, v. 83, n. 2,
p. 69-81, 2005.
EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, v. 2, p. 161-164, 2006.
EMBRAPA, 2004. Tecnologias de produção de soja região central do Brasil.
Disponível em: <http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/SojanoBrasil.htm>.
Acesso em: 29 de mar. de 2013.
FRANÇA NETO, J.B.; PÁDUA, G.P.; CARVALHO, M.M.L.; COSTA, O.; BRUMATTI,
P.S.R.; KRZYZANOWSKI, F.C.; COSTA, N.P.; HENNING, A.A.; SANCHES, D.P.
32
Sementes esverdeadas de soja e sua qualidade fisiológica. Londrina: Embrapa
Soja, 2005. 8p. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 38).
GALLON, M. et al. Dessecação pré-colheita e consequências sobre a produtividade
e qualidade fisiológica de sementes de soja. XXVIII Congresso Brasileiro da
Ciência das Plantas Daninhas na Era da Biotecnologia, Campo Grande, p.208212, 2012.
GUIMARÃES, V.F.; HOLLMANN, M.J.; FIOREZE, S.L.; ECHER, M.M.;
RODRIGUES-COSTA, A.C.P.; ANDREOTTI, M. Produtividade e qualidade de
sementes de soja em função de estádios de dessecação e herbicidas. Planta
Daninha, Viçosa-MG, v. 30, n. 3, p. 567-573, 2012.
GOOGLE EARTH, 2013. Disponível em: <http://maps.google.com/maps?hl=ptPT&tab=wl>. Acesso em: 1 de
il de 2013.
GOMES, J.C.; SOARES, L.F.; PEREIRA, C.A.S.; JHAM, G.N. Efeito do dessecante
paraquat na qualidade da fração lipídica da soja. Ciência e Agrotecnologia, Lavras,
v.27, n.1, p.178-184, 2003.
IAPAR. Cartas Climáticas, 2000. Disponível em: <http://www.iapar.br/>. Acesso em:
04 de abr. de 2013.
INOUE, M.H. et al. Rendimento de grãos e qualidade de sementes de soja após a
aplicação de herbicidas dessecantes. Ciência Rural, v.33, n.4, p.769-770, 2003.
INOUE, I. H.; PEREIRA, P. S. X.; MENDES, K. F.; BEN, R. DALLACORT, R.;
MAINARDI, J. T.; ARAÚJO, D. V.; CONCIANI, P. A. Determinação do estádio de
dessecação em soja de hábito de crescimento indeterminado no Mato Grosso.
Revista Brasileira de Herbicidas, v.11, n.1, p.71-83, jan./abr. 2012.
KAPPES, C.; CARVALHO, M. A. C.; YAMASHITA, O. M. Potencial fisiológico de
sementes de soja dessecadas com diquat e paraquat. Scientia Agraria, Curitiba,
v.10, n.1, p.001-006, Jan./Feb. 2009.
KRZYZANOWSKI, F.C.; FRANÇA-NETO, J.B. Agregando valor a sementes de soja.
Revista SEED News. Ano 7, n.5, p.22- 27, 2003.
LACERDA, A. L. S. et al. Armazenamento de sementes de soja dessecadas e
Avaliação da qualidade fisiológica, bioquímica e sanitária. Revista Brasileira de
Sementes, v.25, n.2, p.97-105, 2003.
______. Efeitos da dessecação de plantas de soja no potencial fisiológico e sanitário
das sementes. Bragantia, v.64, n.3, p.447-457, 2005.
MANDARINO, J. M. G. Coloração esverdeada nos grãos de soja e seus
derivados. Londrina: Embrapa Soja, 2005.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas. Piracicaba:
FEALQ, v. 12, 2005. 495p.
33
MIRANDA, A. C. et al. Neoliberalismo, o uso de agrotóxicos e a crise da soberania
alimentar no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 7-14,
jan./mar. 2007.
NAKASHIMA, E. K. et al. Dessecação química na obtenção de sementes de soja de
elevada qualidade fisiológica. Revista Ceres, v. 47, n. 273, p. 483-493, 2000.
PEREIRA, F.A.R.; ALVARENGA, S.L.A.; OTUBO, S.; MORCELI, A.; BAZONI, B.
Seletividade de sulfentrazone em cultivares de soja e efeitos residuais sobre culturas
sucessivas em solos de cerrado. Revista Brasileira de Herbicidas, v.1, p.219-224,
2000.
PERES, F. Saúde, trabalho e ambiente no meio rural brasileiro. Ciência e Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 6, p. 1995-2004, 2009.
PRADO, Léa Deugaro Almeida. Dessecação. A granja, Porto Alegre, ed. 699, p. 367, mar. 2007.
RODRIGUES, B.N.; ALMEIDA, F.S. de. Guia de herbicidas. Edição dos Autores.
Londrina:1998, 648p.
SCHLESINGER, S. A soja no Brasil. Ministério da Agricultura, p.1-19, 2004.
SINNECKER, P. Degradação da clorofila durante a maturação e secagem de
semente de soja. 2002. 103 p. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos)Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2002.
TERRA, M. A.; MARSON, K. A.; VAZ, M. R. R. Influência do volume de aplicação e
dose de diquat na dessecação de milheto. Revista agrogeoambiental, p.66-70,
2010.
VEIGA, A.D.; ROSA, S. D.V.F.; SILVA, P.A.; OLIVEIRA, J.A.; ALVIN, P.O.; DINIZ, K.
A. Tolerância de sementes de soja à dessecação. Ciência e Agrotecnologia,
Lavras, v.31 n.3, p.773-780, 2007.
Download

Aplicação de Diferentes Herbicidas para Dessecação em Pré