Introduç Introdução EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ACIONAMENTOS DE MOTORES Um acionamento elé elétrico moderno é formado normalmente pela combinaç combinação dos seguintes elementos: • MOTOR: converte energia elétrica em energia mecânica • DISPOSITIVO ELETRÔNICO: comanda e/ou controla a potência elétrica • TRANSMISSÃO MECÂNICA: adapta a velocidade e inércia entre motor e máquina (carga) SISTEMA ELÉTRICO MOTOR ELÉTRICO CARGA MECÂNICA CONTROLE 1 2 Introduç Introdução Dispositivos de partida de motores elé elétricos A escolha do motor e de seus dispositivos de partida e parada, mesmo influenciada por aspectos ambientais, está está diretamente relacionada com a carga mecânica a ser acionada e ao impacto dela no sistema elé elétrico. Funç Funções de partidaspartidas-motores Distribuição Elétrica de BT No acionamento das cargas mecânicas os conjugados resistentes e de arraste precisam ser analisados para evitar problemas operacionais como desgaste, vibraç vibração, aquecimento... Isolar eletricamente o circuito de força da alimentação geral Seccionamento Seccionamento Proteção contra curto-circuito Proteção contra curto-circuito Proteção contra sobrecarga Detectar e interromper o mais rápido possível correntes anormais superiores a 10 In Detectar aumentos de corrente até 10 In e evitar o aquecimento do motor e dos condutores antes da deterioração dos isolantes Comutação Comutação Consiste em estabelecer, interromper e regular o valor da corrente absorvida pelo motor Soft-Start Motor Inversor de freqüência Motor 3 Sistemas de velocidade variá variável 4 Tipos de motores elé elétricos Muitos processos industriais requerem dispositivos de acionamento de cargas com velocidade variá variável: • • • • • BOMBAS: variação de vazão de líquidos VENTILADORES: variação de vazão de ar SISTEMAS DE TRANSPORTE: variação da velocidade de transp. TORNOS: variação da velocidade de corte BOBINADEIRAS: compensação da variação de diâmetro da bobina Pu=C.ω ω 5 6 1 Motor de Alto Rendimento Motor de Alto Rendimento Eficiência energé energética atravé através do motor de Alto Rendimento Diferenç Diferenças entre o motor de Alto Rendimento e o motor standard • Maior quantidade de cobre: reduz as perdas Joule (perdas no estator); • O setor industrial é responsável por 43% do consumo anual de energia em nosso país. Dentro deste setor, onde há maior demanda de energia elétrica, os motores são responsáveis por aproximadamente 55% deste consumo. • Chapa magnética com alta permeabilidade, baixas perdas e entreferro reduzido - reduz a corrente magnetizante e consequentemente as perdas no ferro; • Enrolamento dupla camada: resulta em melhor dissipação de calor; • Rotores tratados termicamente: reduz as perdas suplementares; 7 Motor de Alto Rendimento 8 Motor de Alto Rendimento Características técnicas dos motores standard e de alto rendimento A diferenç diferença de rendimento entre os motores padrão e Alto rendimento variam entre 1,5 e 7 % sendo que para os motores de potencia menor menor a diferenç diferença é maior. Vale lembrar que a economia de energia em motores maiores é sempre maior, pois 2% em um motor de 150CV, pode ser muito maior que 7 % em um motor de 1CV. Motor standard Motor A.R Motor 5 CV 4 polos 85,0 88,5 Motor 150CV 4 polos 93,5 95, 95,0 O custo do motor AR varia entre 30 e 40% a mais que o Standard e o tempo de retorno está está ente 8 meses e 18 meses, com mé média de 12 meses Item de comparação Motor standard Motor alto rendimento Característica Quantidade de cobre Menor Maior Reduz perdas Joules Comprimento do pacote de ferro Menor Maior Reduz perdas magnéticas Enrolamento Camada Simples Dupla camada Chapa metálica Altas perdas Baixas perdas Provê melhor dissipação do calor gerado Reduz a corrente magnetizante Rotor Sem tratamento Tratado termicamente Reduz perdas suplementares no ferro 9 Tipos de partida de motores assí assíncronos 10 Tipos de partida de motores assí assíncronos QUADRO COMPARATIVO Tipo de chave Tensão Ip Torque Partida Direta 100% Ip Cp A plena carga EstrelaEstrela-triângulo 58% Ip x 0,33 Cp x 0,33 Praticam. a vazio* Compensadora 80% Ip x 0,64 TAP 80% Ip x 0,42 TAP 65% Cp x 0,64 TAP 80% Cp x 0,42 TAP 65% Com carga 65% TODOS OS MÉ MÉTODOS DE PARTIDA VISTOS ANTERIORMENTE CONSEGUEM UMA REDUÇ REDUÇÃO NA TENSÃO, TORQUE E CORRENTE DE PARTIDA, PORÉ PORÉM A COMUTAÇ COMUTAÇÃO É POR DEGRAUS DE TENSÃO I = f (U ) nos bornes * ex: bombas e ventiladores com registro fechado, correias transp. transp. sem carga, compressores com vá válvula fechada, etc. 11 C = f(U 2 ) 12 2 Tipos de partida de motores Tipos de partida de motores assí assíncronos SoftSoft-starter (partida suave) A alimentação do motor, quando é colocado em funcionamento, é feita por aumento progressivo da tensão (rampa de tensão), o que permite uma partida sem golpes e reduz o pico de corrente. 13 14 Tipos de partida de motores assí assíncronos Tipos de partida de motores assí assíncronos É um dispositivo eletrônico para controle de tensão, ou seja, servem para acelerar/desacelerar a velocidade dos motores na partida. Pelo ajuste correto das variá variáveis de controle, o torque do motor e a corrente são idealmente ajustadas às necessidades da carga. A medida que a tensão vai aumentando (num perí período ajustá ajustável de tempo – rampa de tensão), a corrente aumenta para acelerar a carga de uma maneira suave e sem degraus. A tensão reduzida é controlada ajustandoajustando-se o ângulo de disparo de um par de tiristores em antiparalelo em cada fase da fonte. Circuitos de controle eletrônico controlam a tensão aplicada ao motor. 15 16 Tipos de partida de motores assí assíncronos Tipos de partida de motores assí assíncronos Parada do motor: por iné inércia ou controlada • Por inércia: tensão vai “instantaneamente” a zero, implicando que o motor não produza nenhum conjugado na carga, que por sua vez vai perdendo velocidade até parar. • Controlada: soft-starter vai gradualmente reduzindo a tensão de saída até um valor mínimo de tempo prédefinido. Partida por softsoft-starter VANTAGENS • controle da corrente de partida (próxima à nominal) • não existe limitação do número de manobras/hora • longa vida útil pois não possui partes eletromecânicas móveis • torque de partida próximo do torque nominal • pode ser empregada também para desacelerar o motor • possibilita inversão do sentido de rotação • Proteções integrais (falta de fase, sobrecorrente, subcorrente, sobrecarga etc) 1- Reduzindo tensão aplicada ao motor, este perde conjugado DESVANTAGENS 2- Perda de conjugado, aumento escorreg. • É necessário tensão auxiliar para o soft-starter • Maior custo na medida em que a potência do motor é reduzida • distorções harmônicas na linha 3- Aumento de escorreg., motor perde veloc. 4- Motor perde veloc., a carga também perderá 17 18 3 Nova tecnologia TCS - Torque Control System Nova tecnologia TCS - Torque Control System Vantagens do controle do conjugado A tecnologia TCS foi desenvolvida para o Soft-Start e permite, através de um novo algoritmo, o Controle de Tensão e Corrente do motor, fazendo com que o Conjugado de aceleração e desaceleração sejam lineares. Soft-Start controle em tensão Soft-Start controle em conjugado COURBES VITESSE-COUPLE 300% 300% Esta Tecnologia conta com uma lógica chamada: “Fuzzi Logic”- conhecida como lógica nebulosa ou difusa. Pleine tension Rampe tension Couple charge Pleine tension Ram pe tension Couple charge Couple Accélération constante 200% 200% Couple Accélération 100% 100% Couple Charge Com a utilização deste algoritmo conseguimos respostas mais rápidas, precisas e estáveis para o controle em Conjugado. 0% 0% 20% 40 % 60% 80% 100% COURBES VITESSE-COURANT 0% 20% 40% 60% 80% Couple Charge 100% COURBES VITESSE-COURANT 600% 600% 400% 400% 200% 0% 0% 200% Pleine tension Ram pe tension 0% 20% 40% 60 % 80% 100% VITESSE MOTEUR 0% Pleine tension Rampe tension 0% 30% 40% 60% 80% 100% VITESSE MOTEUR 19 20 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável escorregamento frequência velocidade Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável n= 120 × f × (1 − S ) p Nº de pólos Podemos observar que, para se variar a rotação do motor, deveremos ou variar a frequência (f), ou o escorregamento (S) ou o número de pólos. 21 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 22 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Variação do escorregamento: Variação do número de pólos: • variação da resistência rotórica 3 × R2 × I 2 S= ωs ×C 2 Pode ser feita através de: • enrolamentos separados no estator • um enrolamento com comutação de pólos 2 • variação da tensão do estator Pouco utilizado, uma vez que também gera perdas rotóricas e a taxa de variação de velocidade é pequena • combinação dos dois anteriores Não é interessante para os objetivos colocados, pois teríamos uma variação discreta de velocidade. Além disso, a carcaça é geralmente bem maior que o de velocidade única. Também seria inviável, pois com este método as perdas aumentarão e os valores de torque do motor seriam alterados 23 24 4 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Variação da frequência: Motor 4 pólos; S = 0,0278 a) f = 60 Hz (frequência nominal) 120 × f × (1 − S ) n= p n= 120 × 60 × (1 − 0 ,0278 ) = 1750 rpm 4 b) f = 30 Hz n= 120 × 30 × (1 − 0 ,0278 ) = 875 rpm 4 c) f = 90 Hz n= 120 × 90 × (1 − 0 ,0278 ) = 2625 rpm 4 25 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 26 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Variação da frequência: O QUE QUEREMOS???: O torque (C) será constante se o fluxo (φm) permanecer constante O ideal será obtermos uma variação da frequência que vamos aplicar ao enrolamento estatórico do motor, conseguindo assim alterar a rotação do motor, mas com TORQUE CONSTANTE. Como o torque precisa ser mantido adequado e este só se mantém constante se o fluxo (φm) permanecer constante, teremos que variar então a tensão (U) juntamente com a frequência (f). C ≈ φm × I 2 φm ≈ U f U =K f 27 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 28 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Curva TORQUE x VELOCIDADE quando o motor é alimentado com frequência variável: Como podemos, a partir da tensão e frequência constante da rede, obter um sistema trifásico com frequência variável? Motor 4 pólos/60Hz/S=50rpm INVERSORES DE FREQUÊNCIA Para cada frequência, teremos uma velocidade síncrona, mantendo-se uma diferença constante do escorregamento 29 30 5 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável O que é um inversor de frequência? O inversor de freqüência é um equipamento eletrônico desenvolvido para variar a velocidade de motores de indução trifásicos, composto de três etapas distintas: retificação, filtragem e inversão. 31 32 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Filosofias de controle Controle escalar de tensão: controle U/f • A variação U/f é feita linearmente até a frequência nominal (ex. 60Hz); • CONTROLE ESCALAR: Variação da tensão e freqüência proporcionalmente dependendo do modelo do inversor (controle U/f). • CONTROLE VETORIAL: Controle individual dos componentes elétricos do motor (corrente de magnetização, corrente rotórica). Controle de velocidade e torque do motor. • Acima de 60Hz, a tensão, que já é a nominal permanece constante; • A partir de 60Hz, a corrente, o fluxo, e conseqüentemente o torque, diminuirão (região de enfraquecimento de campo). 33 34 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Controle escalar de tensão: controle U/f Controle escalar de tensão: controle U/f I2 = I2 = (R U 2 + XL 2 ) U U = X L 2×π × f × L U I2 ≈ f • A região de enfraquecimento de campo é uma região onde o fluxo começa a decrescer e, portanto, o torque também começa a diminuir • Fazendo uma análise muito simplificada, a corrente do estator I2 é proporcional à resistência R e ao valor da reatância XL (2πfL) • Acima de 30Hz, R << XL; φm ≈ • I2 = CONSTANTE (≈ In) fn 35 U f Constante após fn Aumentando... C ≈ φm × I 2 36 6 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Controle escalar de tensão: controle U/f Controle escalar de tensão: controle U/f • A potência de saída do conversor de frequência segue a variação U/f, ou seja, cresce linearmente até a frequência nominal e permanece constante acima desta. • O motor de indução é auto-ventilado. Com a redução de rotação (f), a ventilação já não é mais a mesma do que seria se estivesse nas suas condições nominais; • de 0 a 30Hz, deve ser feita uma análise do tipo de carga acionada para tirar conclusões a respeito do aquecimento do motor; • a tensão de saída do conversor apresenta distorção harmônica (forma de onda não perfeitamente senoidal), provocando aumento da corrente eficaz e consequente aumento de perdas; P = C ×ω • LOGO, É NECESSÁRIO REDUZIR CONJUGADO E POTÊNCIAS ADMISSÍVEIS NO MOTOR (CURVA PADRONIZADA) Redução do consumo (kWh) ficando a potência “P” (kW),“modulada” pela carga aplicada “C” (kgf.m) e pela rotação do motor “ω ω” (rpm). 37 38 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Controle vetorial Controle vetorial • Em aplicações onde se faz necessária uma alta performance dinâmica, respostas rápidas e alta precisão de regulação de velocidade, o motor elétrico deverá fornecer essencialmente um controle preciso de torque para uma faixa extensa de condições de operação; • Acionamentos CC → sempre representaram uma solução ideal, pois a proporcionalidade da corrente de armadura, do fluxo e do troque num motor CC proporcionam um meio direto para o seu controle; • A diferença entre controle escalar (U/f) e o controle Vetorial, é a malha de controle, que permite monitoração independente da velocidade e do torque requerido. 39 40 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Controle vetorial Com encoder O Controle Vetorial pode ser de dois tipos: • Sensorless: malha aberta (sem encoder – tacogerador de pulsos) • Com encoder: malha fechada (com realimentação de velocidade por encoder) Ambos apresentam excelentes caracterí características de regulaç regulação e resposta dinâmica, sendo que o controle com encoder apresenta um grau de desempenho superior 41 “sensorless” sensorless” • Regulação de velocidade: 0,01% • Regulação de velocidade: 0,1% • Regulação de torque: 5% • Regulação de torque: não tem • Faixa de variação de velocidade: 1:1000 • Faixa de variação de velocidade: 1:100 • Torque de partida: 400% máx. • Torque de partida: 250% máx. • Toque máximo (mão contínuo): 400% • Toque máximo (mão contínuo): 250% 42 7 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável inversor motor Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável carga Aumento/diminuição de carga Velocidade constante Compensação do escorregamento é feita pelo inversor para manter a velocidade constante independentemente de mudanças de carga Frequência de saída do inversor aumenta ou diminui conforme a corrente do motor varia em função do aumento ou diminuição de carga Lembrete: “S” é determinado diretamente pela condição de carga do motor. Logo, se “S” varia, a velocidade também! 43 44 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável DESVANTAGENS VANTAGENS • Utilização de motores de indução padrão; • Alta precisão de velocidade; • Suavidade nos movimentos; • Sincronismo c/ alta precisão; • Torque controlável; • Ampla faixa de variação de velocidade; • Pesos e dimensões reduzidas; • Operação em áreas de risco; • Disponibilidade de “by-pass”; • Cos φ próximo de 1; • Frenagem regenerativa; • Economia de energia. • Distorção harmônica da rede; • Rendimento: como a tensão de alimentação não é senoidal, haverão harmônicos que provocarão maiores perdas e consequente redução do rendimento; • Ruído: variará sensivelmente em função da frequência e do conteúdo de harmônicas do inversor • Confiabilidade do equipamento eletrônico Aplicaç Aplicações de acionamentos com motores de induç indução e inversores de frequência 45 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável • Assim como precisamos saber como se comportam as características de torque e de potência ao longo das rotações do motor quando este é acionado por inversor de frequência, precisamos também estudar os tipos de torque resistentes e potências consumidas nas mais diversas aplicações pelas respectivas cargas. MOTOR X 46 • Conjugado de partida: conjugado requerido para vencer a inércia estática da máquina em movimento. Para que uma carga, partindo da velocidade zero, atinja a sua velocidade nominal, é necessário que o conjugado do motor seja sempre superior ao da carga. • Conjugado de aceleração: conjugado necessário para acelerar a carga à velocidade nominal. O conjugado do motor deve ser sempre superior ao conjugado de carga, em todos os pontos entre zero e a rotação nominal. No ponto de inserção das duas curvas, o conjugado de aceleração é nulo, ou seja, é atingido o ponto de equilíbrio a partir do qual a velocidade permanece constante. Este ponto de interseção corresponde a velocidade nominal CARGA • Conjugado nominal: conjugado nominal necessário para mover a carga em condições de funcionamento à velocidade específica. 47 48 8 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável • O conjugado de aceleração assume valores bastante diferentes na fase da partida. • O conjugado de aceleração obtém-se a partir da diferença entre o conjugado do motor e o conjugado da carga. 49 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 50 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Conjugado constante Conjugado variável (crescente com a velocidade) Nas máquinas deste tipo, o conjugado permanece constante durante a variação da velocidade e a potência aumenta proporcionalmente com a velocidade (ex: esteiras transportadoras, pontes rolantes, guinchos pórticos, cadeira do laminador etc). Ex.: sistemas de acoplamento hidráulico ou eletromagnéticos, geradores ligados em carga de alto fator de potência P = C ×ω C = k ×ω P = C ×ω C = constante (k) P = k ×ω 2 P = k ×ω 51 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 52 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Conjugado variável (crescente com o quadrado da velocidade) Conjugado variável (inversamente proporcional a velocidade) Ex.: bombas centrífugas e ventiladores. Ex.: brocas de máquinas, bobinador, desbobinador, máquinas de sonda e perfuração de petróleo. P = C ×ω P = C ×ω C = k ×ω 2 C= P = k ×ω 3 k ω P=k 53 54 9 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Com base no que estudamos até agora, podemos tirar a primeira conclusão importante sobre a aplicação de acionamentos: Comportamento do motor de indução com variação da frequência “Nunca utilizar um acionamento sem antes conhecer o tipo de carga acionada” 1 2 f≈0 até fn Enfraquecimento de campo U/f = constante Deve-se levar em consideração as curvas características: • TORQUE x VELOCIDADE 0 fn Hz • POTÊNCIA x VELOCIDADE DO MOTOR E DA CARGA 55 56 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável OPERAÇ OPERAÇÃO ABAIXO DA ROTAÇ ROTAÇÃO NOMINAL: • Em motores autoventilados, a redução da ventilação nas baixas rotações faz com que seja necessária a diminuição no torque demandado ou o sobredimensionamento do mesmo. • As perdas no cobre são resultado da corrente do motor, então a perda de potência será proporcional a carga. • O fator K (fator de redução de torque) leva em consideração as influências da redução da ventilação em baixas rotações, bem como das harmônicas e do enfraquecimento de campo. • Dessa forma, se o motor gira mais lento, com a mesma corrente nominal (determinada pela carga) gerando a mesma perda de potência que ocorre em velocidades elevadas, o motor se sobreaquece, pois há um menor fluxo de ar de refrigeração disponível. • IMPORTANTE: para motores com ventilação independente, não existirá mais o problema de sobreaquecimento do motor por redução de refrigeração, podendo o mesmo ser dimensionado com a carcaça normal e potência necessária ao acionamento. • Ventiladores e bombas centrí centrífugas: fugas a carga normalmente diminui, conforme a velocidade se reduz, desta forma o “problema” de sobreaquecimento deixa de existir 57 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 58 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável • Geralmente, até 50% da fn utiliza-se o fator K como redutor de potência ou, se quisermos, poderemos utilizar o Fs (fator de serviço) e/ou o aumento da classe de isolamento do motor para manter o torque constante. ≈ constante • Abaixo de 50% frequência nominal, para se manter o torque constante, geralmente deve-se aumentar a relação U/f do inversor. 59 60 10 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Curva de Torque x Frequência para uso de motor com inversor de frequência OPERAÇ OPERAÇÃO ACIMA DA ROTAÇ ROTAÇÃO NOMINAL: • K = fator de redução de torque (“derating factor”) • Acima da frequência nominal, como já visto, como o motor funcionará com enfraquecimento de campo, a máxima velocidade estará limitada pelo torque máximo disponível do motor e pela máxima velocidade periférica das partes girantes do motor (ventilador, rotor, mancais). A B • K está entre 0,7 a 1,0 e depende do conteúdo de harmônicas do inversor (valores típicos são de 0,8 a 0,9) C 61 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 62 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável EFEITO DA TEMPERATURA • NBR-7094: condição usual de serviço para temperatura ambiente < 40ºC • Temparatura ambiente > 40º, utilizar Fator de Redução de potência nominal •Fator de redução = 2% / ºC 63 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 64 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável EXEMPLO PRÁTICO: EFEITO DA ALTITUDE • Uma esteira transportadora necessita operar de 150 a 900 rpm. Considerando o conjugado resistente na rotação nominal igual a 1,6 kgf.m, rede de 380V, 60Hz, determine o motor para operação com inversor de frequência. • NBR-7094: condição usual de serviço para altitude < 1000m • altitude > 1000m, utilizar Fator de Redução de potência nominal Dados: 900 rpm/60Hz •Fator de redução = 1% / 100m p= 65 120 × f ωs = 120 × 60 = 8 pólos 900 C (kgf .m) × ω ( rpm) 974 P (kW ) = 1,6 × 900 974 = 1,47kW P (kW ) = 66 11 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável Frequência dentro da faixa de variação de velocidade: ωs × p Determinação do torque nominal do motor (necessidade de pleno torque a baixa velocidade): 150 × 8 = 10 Hz 120 900 × 8 f2 = = = 60Hz 120 120 f1 = 1 120 ω s2 × p = Cn( motor ) = C (c arg a) 1,6kgf .m = = 3,2kgf .m K1 0,5 Através do catálogo de fabricante de motor, obtemos: Da curva Torque x Frequência , obtemos: Motor de P = 4cv (3,0kW), Cn = 3,29 kgf.m, 380V, 60Hz, 8 pólos (900rpm) Valor deve ser maior! f1 ⇒ K1 = 0,5 f 2 ⇒ K 2 = 0,9 67 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável 68 Inversores: Acionamentos de velocidade variá variável PROVA: Marque com Verdadeiro (V) ou Falso (F) ( F ) O motor não pode ser acionado por inversor acima de 60Hz por falta de ventilação e sobreaquecimento. ( V ) O motor acionado por inversor apresenta características de torque constante de 6 a 60Hz. ( F ) O Toque de partida de um motor CA acionado por inversor é de aproximadamente 2,5 vezes o toque nominal do motor ( F ) O inversor apresenta em sua saída tensão constante e frequência variável. ( V ) Para frequência abaixo de 6Hz é necessário o reforço de torque ajustado pelo aumento do fluxo de magnetização. ( V ) O inversor é constituído basicamente de um módulo retificador, filtro, ponte de transistores e módulo de controle ( V ) Nunca se deve utilizar um inversor sem conhecer o tipo de carga acionada. ( F ) O motor acionado por inversor apresenta características de torque constante acima de 60Hz ( V ) Em aplicações com inversores, sempre que trabarmos abaixo da rotação nominal, estaremos ECONOMIZANDO energia. 69 70 12