Impresso Especial 9912200533 AGOPA www.promoalgo.com.br CORREIOS Ano VIII/ n°145 Goiás - Maio de 2012 Recorde de exportação Foto: Carlos Rudiney/Abrapa Capa: OOT Design e Comunicação Algodão brasileiro é valorizado no exterior e vendas podem chegar a um milhão de toneladas Novas diretorias Agopa e Fundação elegem diretores que estarão à frente das entidades no próximo biênio Código Florestal Câmara dos Deputados aprova mudança no texto, que segue para sanção ou veto presidencial www.promoalgo.com.br Opinião - Fernando Sampaio é diretor-executivo da Abiec Mudando paradigmas O debate sobre o Código Florestal Brasileiro gerou na sociedade esta impressão tão generalizada quanto falsa de que agronegócio e preservação ambiental são incompatíveis e não complementares. Esta dicotomia é nociva por impedir que soluções sejam encontradas aos problemas que nos afetam e afetarão. Hoje, no planeta, 1 bilhão de pessoas sofrem com algum tipo de desnutrição. Em 40 anos, a população mundial crescerá de 6,8 bilhões para 9,3 bilhões de pessoas. Com o aumento de renda, principalmente nos países em desenvolvimento, o consumo de alimentos de uma população, que será 70% urbana, irá dobrar até 2050. Por outro lado, a produção de alimentos por meio agropecuária é dependente de recursos naturais, como do solo, da água e do clima, que por sua vez estão sujeitos aos bons e maus efeitos da ação do homem na natureza. Como equilibrar esta balança entre a necessidade de produzir mais e a necessidade de preservar os recursos naturais ainda remanescentes no planeta? A resposta está, desde que Thomas Malthus publicou seu Ensaio sobre o Princípio da População, em uma palavra: tecnologia. No início do século XIX, Malthus previu que o crescimento populacional condenaria a humanidade a um fim trágico, entre a fome e a guerra. A Revolução Verde provou que ele estava errado. Em 1950, o mundo produzia cerca de 650 milhões de toneladas de grãos em 600 milhões de hectares. Cinquenta anos depois, em 2000, o mundo produzia 1,9 bilhão de toneladas de grãos em 660 milhões de hectares. Um aumento de 192% na produção para um aumento de 10% na área utilizada. Este prodígio foi conseguido por intermédio da pesquisa agronômica. O engenheiro agrônomo Norman Borlaug foi um dos pais da Revolução Verde. Seus trabalhos com melhoramento genético de grãos Expediente Rua da Pátria n°230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO CEP: 74670-300 Fone: +55 (62) 3241 0404 Fax: +55 (62) 3241 2281 promoalgo@promoalgo.com.br 2 Promoalgo – associado a outras práticas agronômicas – tornaram autossuficientes, em agricultura, países como Paquistão e Índia. Pode-se dizer que Norman Borlaug é uma das pessoas que mais salvou vidas na história da humanidade, o que justifica o fato de que ele tenha sido uma das cinco pessoas no mundo agraciadas com o Prêmio Nobel da Paz, a Medalha de Ouro do Congresso Americano e a Medalha Presidencial da Liberdade. As outras foram Martin Luther King Jr., Elie Wiesel, Nelson Mandela e a Madre Teresa de Calcutá. A Revolução Verde não só propiciou a evolução da produtividade agrícola como evitou que mais de 1 bilhão de hectares de terra virgem fossem desmatados para uso agrícola, o que faz de pesquisadores em ciências agrárias e produtores rurais os maiores ambientalistas da história. Nos anos 1980, ONGs ambientalistas tentaram pressionar o Banco Mundial e outras fundações a não financiar mais o embarque de fertilizantes químicos para países em desenvolvimento. Indignado com tal ação, Borlaug disse à revista Atlantic Monthly: “Alguns dos grupos de pressão ambiental das nações ocidentais se acham o sal da terra, mas a maioria deles é elitista. Eles nunca experimentaram a sensação física da fome. Eles fazem seu lobby sentados em escritórios confortáveis em Washington ou Bruxelas. Se eles vivessem apenas um mês em meio à miséria do mundo subdesenvolvido como eu vivi por 50 anos, eles estariam gritando por tratores, adubo, canais de irrigação e estariam ultrajados [...] [com] esses elitistas da moda em casa [que] estariam tentando negar-lhes essas coisas”. Poderia este paradigma ambientalista estar finalmente mudando? Na última Cattle Industry Conference, em Denver, no Colorado (EUA), dr. Jason Clay, vice-presidente sênior do World Wildlife Fund (WWF), declarou: “Precisamos usar menos para produzir mais... Jorn al istas responsáv eis Mig uel Buen o (DF – 02606 JP) Coo rdenador do Promoa lgo Dulcim ar Pessatto Fil ho (Diretor-executivo da Agopa) Alessandra Goiaz (GO - 01772 JP) Revis ão Paulo Henrique de Castro Presidente: Luiz Renato Zapparoli Vice-presidente: Haroldo Rodrigues da Cunha Vice-presidente: Paulo Kenji Shimohira Diretor-executivo: Dulcimar Pessatto Filho para restaurar o planeta”. Segundo o dr. Clay, os impactos da produção agrícola, que hoje são aceitáveis, com quase 7 bilhões de pessoas no planeta, não o serão com 9 bilhões. “Teremos que melhorar e nos tornar mais eficientes. Para isso, não podemos abandonar a genética e a tecnologia”. Isto, sim, é uma mudança de paradigma para ambientalistas. Mas produtores rurais entenderam que esta era a chave para o desenvolvimento sustentável há pelo menos 50 anos. Técnicas como a rotação de culturas e o plantio direto eliminaram o risco de erosão, que nos últimos 20 anos foi reduzida em 43%. Há duas décadas, as Cataratas do Iguaçu jorravam em cores vermelhas, com a terra que escorria das lavouras paranaenses. Hoje isso não existe mais. Hoje, produz-se mais milho, soja, algodão e qualquer outra cultura, para cada quilo de adubo utilizado, do que há 40 anos. Dependendo da cultura, hoje usa-se de 50% a 80% a menos de água. Hoje, o mundo produz 58% a mais de leite, com 64% a menos de vacas, do que nos anos 40. Hoje, com apenas 5% das pastagens do planeta, produzimos 14% da sua carne bovina. De todas as atividades agrícolas do Brasil, a pecuária é a única que pode mais do que dobrar a sua produção diminuindo a área que ocupa. A evolução da pecuária vai permitir que a agricultura brasileira cresça não sobre a floresta, mas sobre antigas áreas de pastagens. Como? Com tecnologia. E, nessa área, temos a melhor do mundo. Bem, se até os ambientalistas estão entendendo isso, está na hora de desfazer a briga entre produção e preservação para construir o consenso de que uma não existe sem a outra. E começar a encontrar ferramentas para que a ciência e a tecnologia agropecuária estejam ao alcance de todos. Coordenador do Conselho Gestor: Marcelo Swart Diretor-executivo: Paulo César Peixoto Proj eto Gráf ico e Diag ram aç ão OOT - Design e comunicação Tiragem 800 unidades Impress ão Gráfica e Editora Talento Presidente: Andreas Peeters Vice-presidente: Américo Vaz de Lima Filho Diretor-executivo: Luiz Augusto Valim Goiânia, maio de 2012 Eleição Agopa e Fundação Goiás estão com nova diretoria Empossados nas entidades voltadas à cadeia produtiva do algodão cumprirão mandato durante o biênio 2012/2014 A Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás estão com novas diretorias. Nas assembleias gerais realizadas no dia 27 de abril na sede da Casa do Algodão, em Goiânia, as duas entidades elegeram seus diretores, que tomarão a frente dos trabalhos voltados à cadeia produtiva do algodão goiano durante o biênio 2012/2014. A Agopa será presidida pelo produtor Luiz Renato Zapparoli, que contará com o apoio dos demais diretores, conselheiros e delegados regionais (veja quadro). Já a Fundação Goiás terá na presidência o cotonicultor Andreas Peeters, que terá o apoio dos diretores e dos conselheiros da entidade (veja quadro). Diretoria da Agopa Presidente: Luiz Renato Zapparoli Vice-presidente: Haroldo Rodrigues da Cunha Vice-presidente: Paulo Kenji Shimohira 1º secretário: Rogério Vian 2º secretário: Adriano Loeff 1º tesoureiro: Roland Van de Groes 2º tesoureiro: José Fava Neto Diretor-executivo: Dulcimar Pessatto Filho Conselho Fiscal – Efetivos Ronaldo Limberte Dermeval R. C. Júnior Marcos Yamashita Conselho Fiscal – Suplentes Bruno Fava Bruna Zapparoli Andreas Peeters Conselho Consultivo Adair Marques dos Santos Haroldo Rodrigues da Cunha Paulo Kenji Shimohira Marcelo Jony Swart Núcleos Regionais – Delegados Núcleo 1: Nelzo Paschoaletti Núcleo 2: Ronaldo Limberte e Américo Vaz de Lima Núcleo 3: Charles Peeters e Roland Van de Groes Núcleo 4: Renato Schneider e Luis Evandro Loeff Núcleo 5: Paulo Kenji Shimohira e Wellington Serafim Núcleo 6: Dalmo Sávio Martins Pereira e Evandro Carlos Dal Bem Núcleo 7: Rogério Vian e Dermeval R. C. Júnior Diretoria da Fundação Goiás Diretor-presidente: Andreas Charles Josef Peeters Vice-presidente: Américo Vaz de Lima Filho Diretor-técnico: Felipe Schwening Diretor-executivo: Luiz Augusto Valim Vice-presidente/Acreúna: Ronaldo Macedo Limberte Vice-presidente/Rio Verde: Charles Peeters Vice-presidente/Mineiros: Rogério Vian Vice-presidente/Catalão: Bruno Fava Vice-presidente/Chapadão do Céu: Bruna Zapparoli Vice-presidente/Itumbiara: Wellington Serafim Ferreira Conselho Curador Haroldo Rodrigues da Cunha Paulo Kenji Shimohira Marcelo Jony Swart Luiz Renato Zapparoli Evandro Carlos Dal Bem Roland Van de Groes Dalmo Sávio Martins Pereira Conselho Fiscal José Fava Neto Maurício Bernardo Scholten Nelzo Paschoaletti Reinaldo Schreiner Genes Ceppo Adriano Loeff Diretores eleitos da Agopa e da Fundação Goiás Alessandra Goiaz/Casa do Algodão Promoalgo 3 www.promoalgo.com.br Mercado Brasil avança na exportação de algodão Brasileiros podem chegar à marca recorde da venda de um milhão de toneladas de fibra A exportação brasileira de algodão em pluma está próxima de alcançar o recorde de um milhão de toneladas. Dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), revelam que a safra 2011/2012 já atingiu mais de 850 mil toneladas vendidas a países de todo o mundo. No mesmo período da safra 2010/2011, a quantia era de apenas 400 mil toneladas. Os principais países compradores do algodão brasileiro continuam sendo a China, a Coreia do Sul e a Indonésia. Eles compraram de janeiro a abril de 2012, respectivamente, 52.274, 46.830 e 35.168 toneladas. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco, a exportação de um milhão de toneladas seria o necessário para escoar a produção brasileira. “Isto porque a indústria nacional não deve ser uma consumidora em grande escala neste ano”, diz. Janeiro a abril/2012 De Marco ressalta também a razão para o recorde, dando destaque ao respeito conquistado pelo produtor brasileiro no mercado externo. “Temos uma produção cada vez melhor, cumprimos os contratos firmados com antecipação e entregamos um produto de excelente qualidade. Por estas razões, temos vendido cada vez mais ao exterior, que tem demandado mais também”, diz. Dados de oferta e demanda mundiais, divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em março, apontam que, embora a produção mundial seja menor nesta safra, ela será superior ao consumo pelo terceiro ano consecutivo. Este cenário elevaria os estoques mundiais ao maior nível dos últimos 11 anos. Assim, haveria uma pressão sobre as cotações, o que poderia, por outro lado, atrair o consumo. No entanto, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as decisões que devem ser tomadas pelos governos dos dois principais produtores de algodão (China e Janeiro a abril/2011 Principais países importadores de algodão 4 Valor Quantidade Valor Quantidade Países US$ Mil T US$ Mil T China 102.528 52.274 1.472 886 Coreia do Sul 90.401 46.830 32.975 19.423 Indonésia67.662 35.168 16.710 9.201 Malásia 42.747 21.702 880 491 Tailândia 33.980 17.427 3.068 1.447 Promoalgo Goiânia, maio de 2012 Índia) podem limitar as baixas, o que pode inibir as demandas nas safras 2011/2012 e 2012/2013. A China aumentou o preço de compra para a safra 2012/2013 para atrair mais algodão para reserva. O país deverá ter mais de um quarto dos estoques de passagem mundiais da temporada 2011/2012. Já o governo indiano anunciou recentemente o bloqueio das exportações da pluma, o que torna incerta a quantidade disponível para o mercado mundial. De acordo com o presidente da Abrapa, diante de um mercado tão competitivo e ao mesmo tempo aberto, o Brasil tem todas as referências para concorrer de igual para igual com os grandes produtores mundiais. Segundo ele, a limitação brasileira está no setor de máquinas, cujas indústrias possuem dificuldade de atender à demanda por novas colheitadeiras e tratores. “Mas em questão de produção com alta tecnologia, qualidade de fibra e compromisso no cumprimento dos contratos, estamos em pé de igualdade com todos os demais”, diz. Quanto aos problemas econômicos, às baixas do câmbio e à crise europeia, De Marco ressalta que o mercado de algodão é volátil e toda alteração em relação ao câmbio pode interferir no negócio brasileiro. “Mas isso é algo que o produtor sabe e conhece. Não há o que temer em relação a isso”. Quanto à Europa, segundo o presidente da Abrapa, não há riscos, pois os principais compradores do algodão brasileiro são os países asiáticos (veja quadro). Produção mundial Conforme levantamento feito pelo Cepea, o USDA manteve os dados de produção norte-americana em 3,4 milhões de toneladas. As produções indiana e chinesa também foram mantidas em, aproximadamente, 7,3 e 5,9 milhões de toneladas, respectivamente. Para o Paquistão, houve ligeiro aumento para 2,3 milhões de toneladas. No agregado, a produção mundial 2011/2012 pode ser de 26,9 milhões de toneladas, 6,1% acima do apresentado na temporada anterior. O consumo, por sua vez, deve reduzir para 23,7 milhões de toneladas, 5,1% abaixo do verificado em 2010/2011. Mesmo assim, a necessidade de importação chinesa – de mais de 4 milhões de toneladas (54,4% a mais com relação a 2010/2011) – deve elevar as transações mundiais para 8,4 milhões de toneladas, 8,6% maiores do que na temporada anterior. Mesmo assim, a relação estoque/consumo deve se elevar para 57,3%, a maior desde 2001/2002, quando foi de 57,7%. A variação positiva de estoque em toneladas deve ser de 3,3 milhões de toneladas, o maior crescimento em termos históricos de um ano para outro. No mercado de fios de algodão, compradores consultados pelo Cepea comentam que os preços não estavam acessíveis, principalmente porque não conseguiam repassá-los para o produto final, devido à concorrência com confecções chinesas. Por tal razão, estiveram apenas consumindo o que possuíam em estoque. Colaboradores do Cepea comentam que compradores adquiriram o produto antecipadamente devido ao receio de que os preços da pluma subissem nesta época de entressafra. O interesse do comprador esteve maior apenas pelo fio penteado, uma vez que os preços para importação estavam muito altos. Vendedores de fios também sofrem com a concorrência do produto importado. (Com informações da Abrapa e do Cepea) Variação relativa 2012/2011 Valor Quantidade 6.865,225.800 174,15 141,11 304,92 282,22 4.757,614.319,96 1.007,561.104,35 Fonte: Análise das Informações de Comércio Exterior - Alice Promoalgo 5 www.promoalgo.com.br Meio ambiente Modificações no Código Florestal são aprovadas pela Câmara dos Deputados Com 274 votos a favor e 184 contrários, texto segue para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff A J. Batista/Câmara dos Deputados Deputados durante votação do novo Código Florestal brasileiro 6 Promoalgo Câmara dos Deputados concluiu, no dia 25 de abril, a votação do projeto que modifica o Código Florestal brasileiro, com pontos defendidos pelo setor rural e sem as mudanças feitas a pedido do governo na versão que havia sido aprovada no Senado. O texto foi aprovado com 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções. Agora, ele seguirá para a sanção ou o veto da presidente Dilma Rousseff. Dos itens aprovados, pode-se destacar a manutenção de um ponto aprovado no Senado que previa a recomposição de mata desmatada nas margens de rios. Pelo texto aprovado, o produtor deverá recompor uma faixa de, no mínimo, 15 metros de mata ciliar ao longo das margens. O artigo ainda não define as metragens de recomposição para os rios com leitos superiores a 10 metros. A recomposição vale para quem desmatou até julho de 2008 e é uma alternativa para converter as multas aplicadas aos produtores que produziram em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL). Para o assessor técnico da área de Meio Ambiente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Marcelo Lessa, o novo Código Florestal não saiu exatamente como o esperado pelo setor rural, mas simboliza um grande avanço, por trazer a consolidação das áreas produtivas, além de segurança jurídica, para que o produtor rural continue cultivando alimentos de forma sustentável. “Algumas dessas áreas estavam abertas para a produção antes mesmo da edição do primeiro código, em 1965”, diz. Marcelo Lessa ressalta também alguns destaques importantes que foram aprovados após a votação da matéria principal e que melhoraram o texto do Código Florestal. O primeiro diz respeito ao Cadastro Ambiental Rural. O destaque, que foi rejeitado, trazia a obrigatoriedade de se publicar o referido cadastro na internet, com dados particulares da propriedade e da atividade agropecuária. O outro destaque mencionado pelo assessor técnico trata da consolidação das áreas de preservação permanente em rios com mais de 10 metros de largura. “Da forma que o destaque foi aprovado, o Estado terá competência, por meio de seus programas de regularização ambiental, de definir essa metragem e como será feita a consolidação dessas áreas”, ressalta o assessor. Ele ainda comentou que deverá ser revista a questão dos rios que tenham larguras inferiores a 10 metros, cujo dispositivo permaneceu no texto, determinando recomposição mínima de 15 metros. “É uma questão que cabe ao governo analisar para a sanção”, alerta. (Com informações da Gerência de Comunicação do Sistema Faeg/Senar) Goiânia, maio de 2012 Tecnoshow Comigo Fundação Goiás Divulgação/Tecnoshow Comigo Vista aérea da feira de tecnologia Equipe participante da Tecnoshow Comigo Feira de tecnologia rural Casa do Algodão participa da 11ª edição da Tecnoshow Comigo, realizada em Rio Verde A Casa do Algodão foi uma das participantes da Tecnoshow Comigo 2012, realizada entre os dias 9 e 13 de abril, em Rio Verde (GO). Em um estande, montado pela Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), pelo Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão (Fialgo) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás, em parceria com a Embrapa, foram apresentadas aos cotonicultores e demais visitantes de Goiás e de outros Estados as novidades da cadeia produtiva do algodão goiano, como pesquisas, trabalhos e projetos das entidades voltadas para a cotonicultura goiana. Na ocasião, pesquisadores da Embrapa Algodão, monitores do Projeto de Controle e Supressão do Bicudo do Algodoeiro e os agrônomos da Fundação Goiás estiveram presentes no estande para esclarecimentos de dúvidas e informações sobre o setor. Fôlderes, folhetos e informativos foram distribuídos aos interessados. A Tecnoshow Comigo é considerada uma das mais importantes feiras de tecnologia rural do Centro-Oeste. Em sua 11ª edição, o evento recebeu 78 mil visitantes (8 mil a mais do que em 2011) e comercializou mais de R$ 780 milhões, um aumento de 56% em comparação ao evento realizado no ano anterior. Foram gerados ainda mais de 5 mil empregos temporários durante a realização do evento. Devido ao sucesso deste ano, a realização da feira em 2013 já está agendada. O evento ocorrerá entre os dias 8 e 12 de abril, também em Rio Verde. Compromissos Durante os cinco dias de evento, a Tecnoshow Comigo 2012 recebeu a visita de autoridades políticas e em- presários do setor do agronegócio. A ocasião foi aproveitada para que o setor rural pudesse cobrar ações estruturais que possam beneficiar diretamente os produtores rurais. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, durante a sua passagem pela feira, na abertura do evento, concordou com os pedidos dos representantes do setor e assegurou que a presidente Dilma Rousseff vai tomar as medidas de que a agropecuária brasileira necessita para continuar o seu desenvolvimento. Já o governador do Estado, Marconi Perillo, na mesma ocasião, citou que as obras de melhoria das rodovias goianas e também de construção de ferrovias no Estado seguem e devem ganhar ritmo mais acelerado nos próximos meses. “Até o final do ano, 3 mil quilômetros de rodovias goianas estarão em ótimas condições”, disse. Promoalgo 7 www.promoalgo.com.br PRODUTOS E FATOS O Banco do Brasil anunciou novas condições para a renegociação de dívidas de produtores rurais. A partir da segunda quinzena de abril, as mudanças abrangem operações, com cerca de 256 mil clientes, vencidas até 30 junho de 2011. O banco oferece aos produtores a possibilidade de recálculo das dívidas, com revisão dos encargos, alongamento do prazo de pagamento para até 10 anos (desde que 50% da dívida seja paga em até cinco anos) e encargos financeiros à base de TR mais sobretaxa, dependendo do percentual de entrada. Produtores que optarem pelo pagamento à vista terão condições mais vantajosas. Área com transgênicos no País deverá crescer 54% até 2020/2021 A área plantada com sementes transgênicas de soja, milho e algodão no Brasil deverá crescer 54% até a safra 2020/2021 e totalizar 49 milhões de hectares. A estimativa foi apresentada em um estudo desenvolvido pela consultoria Céleres e financiado pela Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), sobre os impactos econômicos da adoção da tecnologia. Se a previsão se confirmar, quase 90% dos 54,7 milhões de hectares projetados para o cultivo dessas três culturas no início da próxima década serão ocupados com lavouras geneticamente modificadas. Nesta safra (2011/2012), a taxa está próxima de 77%, com transgênicos presentes em 31,8 milhões dos 41,2 milhões de hectares destinados às três commodities, segundo a consultoria. Até 2020/2021, espera-se que a taxa de adoção dos transgênicos na área de soja salte dos atuais 85% para quase 95%; na de milho, de 67% para 79%; e de 33% para 85%, na de algodão. (Valor Econômico) 8 Promoalgo Alessandra Goiaz/Casa do Algodão BB lança novas condições para renegociação de dívidas de produtores Estudantes de agronomia visitam Laboratório de Classificação Alunos do curso de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) visitaram, no dia 4 de abril, o Laboratório de Classificação Visual e HVI da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). Os estudantes (foto), que estão no sétimo período do curso, conheceram as instalações do laboratório e receberam informações sobre os procedimentos de classificação do algodão e como o mercado tem recebido o algodão produzido em Goiás. O grupo foi recebido pelo gerente do Laboratório de Classifi- cação, Rhudson Assolari, que mostrou todas as etapas da análise e da classificação da fibra. Os alunos estavam acompanhados pela professora, Patrícia Pinheiro Cunha, que ministra a disciplina Agricultura I. Segundo Patrícia, na disciplina, os estudantes conhecem todas as culturas, estando o algodão incluso. “Nós terminamos de ver toda a parte da cadeia produtiva do algodão e, portanto, achei importante que eles conhecessem também como funciona a parte de comercialização”, contou. Praga nas lavouras americanas de algodão Transparência à comercialização da pluma O inverno nos Estados Unidos, com temperaturas acima da média, favoreceu o desenvolvimento de insetos como o percevejo Lygus, que ataca plantações de algodão no país. Com isso, há preocupações com a safra 2012/2013. A praga, que se alimenta de brotos e outras partes da planta, foi encontrada em grande número nos Estados de Mississippi, Tennessee, Louisiana, Arkansas e Missouri. A presença desses insetos deve aumentar os custos dos produtores, no momento em que o algodão compete com outras culturas mais rentáveis. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já informou que a área plantada com algodão em 2012 será 11% menor do que no ano passado, cerca de 13,2 milhões de acres (5,3 milhões de hectares). (Portal G1) O Sistema Integrado de Negociação do Algodão em Pluma (Sinap) irá disponibilizar informações atualizadas sobre a evolução da comercialização da pluma. Ele reunirá informações sobre os contratos de compra e venda da pluma no mercado interno e para exportação e contará com a participação de todos os segmentos ligados à cotonicultura, como a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), além da BM&FBovespa e da Bolsa Brasileira de Mercadoria (BBM). A Abrapa irá arcar com o custo de 0,05% sobre o valor da arroba do algodão em pluma para que o agricultor possa inserir as informações no sistema. (Portal G1)