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CORREIOS
Ano VIII/ n°145 Goiás - Maio de 2012
Recorde de
exportação
Foto: Carlos Rudiney/Abrapa Capa: OOT Design e Comunicação
Algodão brasileiro é valorizado no
exterior e vendas podem chegar a
um milhão de toneladas
Novas diretorias
Agopa e Fundação elegem diretores
que estarão à frente das entidades
no próximo biênio
Código Florestal
Câmara dos Deputados aprova
mudança no texto, que segue para
sanção ou veto presidencial
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Opinião - Fernando Sampaio é diretor-executivo da Abiec
Mudando paradigmas
O debate sobre o Código Florestal Brasileiro gerou na sociedade esta impressão tão
generalizada quanto falsa de que agronegócio
e preservação ambiental são incompatíveis e
não complementares. Esta dicotomia é nociva
por impedir que soluções sejam encontradas
aos problemas que nos afetam e afetarão.
Hoje, no planeta, 1 bilhão de pessoas sofrem com algum tipo de desnutrição. Em 40
anos, a população mundial crescerá de 6,8
bilhões para 9,3 bilhões de pessoas. Com o
aumento de renda, principalmente nos países
em desenvolvimento, o consumo de alimentos de uma população, que será 70% urbana,
irá dobrar até 2050. Por outro lado, a produção de alimentos por meio agropecuária é dependente de recursos naturais, como do solo,
da água e do clima, que por sua vez estão
sujeitos aos bons e maus efeitos da ação do
homem na natureza.
Como equilibrar esta balança entre a necessidade de produzir mais e a necessidade
de preservar os recursos naturais ainda remanescentes no planeta? A resposta está, desde
que Thomas Malthus publicou seu Ensaio sobre o Princípio da População, em uma palavra:
tecnologia. No início do século XIX, Malthus
previu que o crescimento populacional condenaria a humanidade a um fim trágico, entre a
fome e a guerra. A Revolução Verde provou
que ele estava errado. Em 1950, o mundo produzia cerca de 650 milhões de toneladas de
grãos em 600 milhões de hectares. Cinquenta
anos depois, em 2000, o mundo produzia 1,9
bilhão de toneladas de grãos em 660 milhões
de hectares. Um aumento de 192% na produção para um aumento de 10% na área utilizada. Este prodígio foi conseguido por intermédio da pesquisa agronômica.
O engenheiro agrônomo Norman Borlaug
foi um dos pais da Revolução Verde. Seus trabalhos com melhoramento genético de grãos
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– associado a outras práticas agronômicas –
tornaram autossuficientes, em agricultura, países como Paquistão e Índia. Pode-se dizer que
Norman Borlaug é uma das pessoas que mais
salvou vidas na história da humanidade, o
que justifica o fato de que ele tenha sido uma
das cinco pessoas no mundo agraciadas com
o Prêmio Nobel da Paz, a Medalha de Ouro
do Congresso Americano e a Medalha Presidencial da Liberdade. As outras foram Martin
Luther King Jr., Elie Wiesel, Nelson Mandela e
a Madre Teresa de Calcutá.
A Revolução Verde não só propiciou a evolução da produtividade agrícola como evitou
que mais de 1 bilhão de hectares de terra virgem fossem desmatados para uso agrícola, o
que faz de pesquisadores em ciências agrárias e
produtores rurais os maiores ambientalistas da
história. Nos anos 1980, ONGs ambientalistas
tentaram pressionar o Banco Mundial e outras
fundações a não financiar mais o embarque de
fertilizantes químicos para países em desenvolvimento. Indignado com tal ação, Borlaug disse
à revista Atlantic Monthly: “Alguns dos grupos
de pressão ambiental das nações ocidentais
se acham o sal da terra, mas a maioria deles é
elitista. Eles nunca experimentaram a sensação
física da fome. Eles fazem seu lobby sentados
em escritórios confortáveis em Washington
ou Bruxelas. Se eles vivessem apenas um mês
em meio à miséria do mundo subdesenvolvido
como eu vivi por 50 anos, eles estariam gritando por tratores, adubo, canais de irrigação e
estariam ultrajados [...] [com] esses elitistas da
moda em casa [que] estariam tentando negar-lhes essas coisas”.
Poderia este paradigma ambientalista
estar finalmente mudando? Na última Cattle
Industry Conference, em Denver, no Colorado (EUA), dr. Jason Clay, vice-presidente sênior do World Wildlife Fund (WWF), declarou:
“Precisamos usar menos para produzir mais...
Jor­n a­l is­tas res­pon­sá­v eis
Mi­g uel Bu­e­n o
(DF – 02606 JP)
Co­o r­de­na­dor do Pro­mo­a l­go
Dul­ci­m ar Pes­sat­to Fi­l ho
(Di­re­tor-exe­cu­ti­vo da Ago­pa)
Ales­san­dra Go­i­az
(GO - 01772 JP)
Re­vi­s ão
Paulo Henrique de Castro
Pre­si­den­te: Luiz Renato Zapparoli
Vi­ce-pre­si­den­te: Haroldo Rodrigues da Cunha
Vi­ce-pre­si­den­te: Paulo Kenji Shimohira
Di­re­tor-exe­cu­ti­vo: Dulcimar Pessatto Filho
para restaurar o planeta”. Segundo o dr. Clay,
os impactos da produção agrícola, que hoje
são aceitáveis, com quase 7 bilhões de pessoas no planeta, não o serão com 9 bilhões.
“Teremos que melhorar e nos tornar mais eficientes. Para isso, não podemos abandonar a
genética e a tecnologia”.
Isto, sim, é uma mudança de paradigma
para ambientalistas. Mas produtores rurais
entenderam que esta era a chave para o desenvolvimento sustentável há pelo menos 50
anos. Técnicas como a rotação de culturas e
o plantio direto eliminaram o risco de erosão,
que nos últimos 20 anos foi reduzida em 43%.
Há duas décadas, as Cataratas do Iguaçu jorravam em cores vermelhas, com a terra que
escorria das lavouras paranaenses. Hoje isso
não existe mais.
Hoje, produz-se mais milho, soja, algodão
e qualquer outra cultura, para cada quilo de
adubo utilizado, do que há 40 anos. Dependendo da cultura, hoje usa-se de 50% a 80%
a menos de água. Hoje, o mundo produz 58%
a mais de leite, com 64% a menos de vacas,
do que nos anos 40. Hoje, com apenas 5%
das pastagens do planeta, produzimos 14% da
sua carne bovina. De todas as atividades agrícolas do Brasil, a pecuária é a única que pode
mais do que dobrar a sua produção diminuindo a área que ocupa. A evolução da pecuária
vai permitir que a agricultura brasileira cresça
não sobre a floresta, mas sobre antigas áreas
de pastagens.
Como? Com tecnologia. E, nessa área,
temos a melhor do mundo. Bem, se até os
ambientalistas estão entendendo isso, está
na hora de desfazer a briga entre produção
e preservação para construir o consenso de
que uma não existe sem a outra. E começar
a encontrar ferramentas para que a ciência
e a tecnologia agropecuária estejam ao alcance de todos.
Co­or­de­na­dor do Con­se­lho Ges­tor: Mar­ce­lo Swart
Di­re­tor-exe­cu­ti­vo: Pau­lo Cé­sar Pei­xo­to
Pro­j e­to Grá­f i­co e Di­a­g ra­m a­ç ão
OOT - Design e comunicação
Ti­ra­gem
800 uni­da­des
Im­pres­s ão
Grá­fi­ca e Edi­to­ra Ta­len­to
Pre­si­den­te: Andreas Peeters
Vi­ce-pre­si­den­te: Américo Vaz de Lima Filho
Diretor-executivo: Luiz Augusto Valim
Goiânia, maio de 2012
Eleição
Agopa e Fundação Goiás estão com nova diretoria
Empossados nas entidades voltadas à cadeia produtiva do
algodão cumprirão mandato durante o biênio 2012/2014
A
Associação Goiana dos
Produtores de Algodão
(Agopa) e a Fundação de
Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás
– Fundação Goiás estão com novas diretorias. Nas assembleias
gerais realizadas no dia 27 de
abril na sede da Casa do Algodão, em Goiânia, as duas entidades elegeram seus diretores,
que tomarão a frente dos trabalhos voltados à cadeia produtiva
do algodão goiano durante o biênio 2012/2014.
A Agopa será presidida pelo
produtor Luiz Renato Zapparoli,
que contará com o apoio dos
demais diretores, conselheiros
e delegados regionais (veja quadro). Já a Fundação Goiás terá na
presidência o cotonicultor Andreas Peeters, que terá o apoio
dos diretores e dos conselheiros
da entidade (veja quadro).
Diretoria da Agopa
Presidente: Luiz Renato Zapparoli
Vice-presidente: Haroldo Rodrigues da Cunha
Vice-presidente: Paulo Kenji Shimohira
1º secretário: Rogério Vian
2º secretário: Adriano Loeff
1º tesoureiro: Roland Van de Groes
2º tesoureiro: José Fava Neto
Diretor-executivo: Dulcimar Pessatto Filho
Conselho Fiscal – Efetivos
Ronaldo Limberte
Dermeval R. C. Júnior
Marcos Yamashita
Conselho Fiscal – Suplentes
Bruno Fava
Bruna Zapparoli
Andreas Peeters
Conselho Consultivo
Adair Marques dos Santos
Haroldo Rodrigues da Cunha
Paulo Kenji Shimohira
Marcelo Jony Swart
Núcleos Regionais – Delegados
Núcleo 1: Nelzo Paschoaletti
Núcleo 2: Ronaldo Limberte e
Américo Vaz de Lima
Núcleo 3: Charles Peeters e Roland Van de Groes
Núcleo 4: Renato Schneider e Luis Evandro Loeff
Núcleo 5: Paulo Kenji Shimohira
e Wellington Serafim
Núcleo 6: Dalmo Sávio Martins
Pereira e Evandro Carlos Dal Bem
Núcleo 7: Rogério Vian e Dermeval R. C. Júnior
Diretoria da Fundação Goiás
Diretor-presidente: Andreas Charles Josef Peeters
Vice-presidente: Américo Vaz de Lima Filho
Diretor-técnico: Felipe Schwening
Diretor-executivo: Luiz Augusto Valim
Vice-presidente/Acreúna:
Ronaldo Macedo Limberte
Vice-presidente/Rio Verde: Charles Peeters
Vice-presidente/Mineiros: Rogério Vian
Vice-presidente/Catalão: Bruno Fava
Vice-presidente/Chapadão do Céu:
Bruna Zapparoli
Vice-presidente/Itumbiara:
Wellington Serafim Ferreira
Conselho Curador
Haroldo Rodrigues da Cunha
Paulo Kenji Shimohira
Marcelo Jony Swart
Luiz Renato Zapparoli
Evandro Carlos Dal Bem
Roland Van de Groes
Dalmo Sávio Martins Pereira
Conselho Fiscal
José Fava Neto
Maurício Bernardo Scholten
Nelzo Paschoaletti
Reinaldo Schreiner
Genes Ceppo
Adriano Loeff
Diretores eleitos da Agopa
e da Fundação Goiás
Alessandra Goiaz/Casa do Algodão
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Mercado
Brasil avança na exportação de algodão
Brasileiros podem
chegar à marca
recorde da venda
de um milhão de
toneladas de fibra
A
exportação brasileira de algodão
em pluma está próxima de alcançar
o recorde de um milhão de toneladas. Dados do Sistema de Análise das
Informações de Comércio Exterior (AliceWeb), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), revelam
que a safra 2011/2012 já atingiu mais de
850 mil toneladas vendidas a países de
todo o mundo. No mesmo período da
safra 2010/2011, a quantia era de apenas
400 mil toneladas.
Os principais países compradores do
algodão brasileiro continuam sendo a
China, a Coreia do Sul e a Indonésia. Eles
compraram de janeiro a abril de 2012, respectivamente, 52.274, 46.830 e 35.168 toneladas. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão
(Abrapa), Sérgio De Marco, a exportação
de um milhão de toneladas seria o necessário para escoar a produção brasileira.
“Isto porque a indústria nacional não deve
ser uma consumidora em grande escala
neste ano”, diz.
Janeiro a abril/2012
De Marco ressalta também a razão para
o recorde, dando destaque ao respeito conquistado pelo produtor brasileiro no mercado externo. “Temos uma produção cada vez
melhor, cumprimos os contratos firmados
com antecipação e entregamos um produto
de excelente qualidade. Por estas razões, temos vendido cada vez mais ao exterior, que
tem demandado mais também”, diz.
Dados de oferta e demanda mundiais,
divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em
março, apontam que, embora a produção mundial seja menor nesta safra, ela
será superior ao consumo pelo terceiro
ano consecutivo. Este cenário elevaria
os estoques mundiais ao maior nível
dos últimos 11 anos. Assim, haveria uma
pressão sobre as cotações, o que poderia, por outro lado, atrair o consumo.
No entanto, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as decisões que devem ser
tomadas pelos governos dos dois principais produtores de algodão (China e
Janeiro a abril/2011
Principais países importadores de algodão
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Valor
Quantidade Valor
Quantidade
Países
US$ Mil
T
US$ Mil
T
China
102.528
52.274
1.472
886
Coreia do Sul
90.401
46.830
32.975
19.423
Indonésia67.662
35.168
16.710
9.201
Malásia 42.747
21.702
880
491
Tailândia 33.980
17.427
3.068
1.447
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Goiânia, maio de 2012
Índia) podem limitar as baixas, o que
pode inibir as demandas nas safras
2011/2012 e 2012/2013.
A China aumentou o preço de compra para a safra 2012/2013 para atrair
mais algodão para reserva. O país deverá ter mais de um quarto dos estoques de passagem mundiais da temporada 2011/2012. Já o governo indiano
anunciou recentemente o bloqueio
das exportações da pluma, o que torna
incerta a quantidade disponível para o
mercado mundial.
De acordo com o presidente da
Abrapa, diante de um mercado tão
competitivo e ao mesmo tempo aberto, o Brasil tem todas as referências
para concorrer de igual para igual com
os grandes produtores mundiais. Segundo ele, a limitação brasileira está
no setor de máquinas, cujas indústrias
possuem dificuldade de atender à demanda por novas colheitadeiras e tratores. “Mas em questão de produção
com alta tecnologia, qualidade de fibra
e compromisso no cumprimento dos
contratos, estamos em pé de igualdade com todos os demais”, diz.
Quanto aos problemas econômicos, às baixas do câmbio e à crise
europeia, De Marco ressalta que o
mercado de algodão é volátil e toda
alteração em relação ao câmbio pode
interferir no negócio brasileiro. “Mas
isso é algo que o produtor sabe e conhece. Não há o que temer em relação
a isso”. Quanto à Europa, segundo o
presidente da Abrapa, não há riscos,
pois os principais compradores do
algodão brasileiro são os países asiáticos (veja quadro).
Produção mundial
Conforme levantamento feito pelo
Cepea, o USDA manteve os dados
de produção norte-americana em 3,4
milhões de toneladas. As produções
indiana e chinesa também foram mantidas em, aproximadamente, 7,3 e 5,9
milhões de toneladas, respectivamente. Para o Paquistão, houve ligeiro aumento para 2,3 milhões de toneladas.
No agregado, a produção mundial
2011/2012 pode ser de 26,9 milhões
de toneladas, 6,1% acima do apresentado na temporada anterior.
O consumo, por sua vez, deve
reduzir para 23,7 milhões de toneladas, 5,1% abaixo do verificado em
2010/2011. Mesmo assim, a necessidade de importação chinesa – de mais
de 4 milhões de toneladas (54,4%
a mais com relação a 2010/2011) –
deve elevar as transações mundiais
para 8,4 milhões de toneladas, 8,6%
maiores do que na temporada anterior. Mesmo assim, a relação estoque/consumo deve se elevar para
57,3%, a maior desde 2001/2002,
quando foi de 57,7%. A variação positiva de estoque em toneladas deve
ser de 3,3 milhões de toneladas, o
maior crescimento em termos históricos de um ano para outro.
No mercado de fios de algodão,
compradores consultados pelo Cepea comentam que os preços não
estavam acessíveis, principalmente
porque não conseguiam repassá-los para o produto final, devido à
concorrência com confecções chinesas. Por tal razão, estiveram apenas consumindo o que possuíam em
estoque. Colaboradores do Cepea
comentam que compradores adquiriram o produto antecipadamente
devido ao receio de que os preços
da pluma subissem nesta época de
entressafra. O interesse do comprador esteve maior apenas pelo fio
penteado, uma vez que os preços
para importação estavam muito altos. Vendedores de fios também sofrem com a concorrência do produto
importado. (Com informações da
Abrapa e do Cepea)
Variação relativa
2012/2011
Valor
Quantidade
6.865,225.800
174,15
141,11
304,92 282,22
4.757,614.319,96
1.007,561.104,35
Fonte: Análise das Informações de Comércio Exterior - Alice
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Meio ambiente
Modificações no Código Florestal são
aprovadas pela Câmara dos Deputados
Com 274 votos a favor e 184 contrários, texto segue
para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff
A
J. Batista/Câmara dos Deputados
Deputados durante
votação do novo Código
Florestal brasileiro
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Câmara dos Deputados concluiu, no dia 25 de abril, a votação do
projeto que modifica o Código Florestal brasileiro, com pontos
defendidos pelo setor rural e sem as mudanças feitas a pedido
do governo na versão que havia sido aprovada no Senado. O texto foi
aprovado com 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções. Agora,
ele seguirá para a sanção ou o veto da presidente Dilma Rousseff.
Dos itens aprovados, pode-se destacar a manutenção de um ponto
aprovado no Senado que previa a recomposição de mata desmatada
nas margens de rios. Pelo texto aprovado, o produtor deverá recompor
uma faixa de, no mínimo, 15 metros de mata ciliar ao longo das margens. O artigo ainda não define as metragens de recomposição para os
rios com leitos superiores a 10 metros. A recomposição vale para quem
desmatou até julho de 2008 e é uma alternativa para converter as multas aplicadas aos produtores que produziram em Áreas de Preservação
Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL).
Para o assessor técnico da área de Meio Ambiente da Federação
da Agricultura e Pecuária de Goiás, Marcelo Lessa, o novo Código
Florestal não saiu exatamente como o esperado pelo setor rural, mas
simboliza um grande avanço, por trazer a consolidação das áreas produtivas, além de segurança jurídica, para que o produtor rural continue cultivando alimentos de forma sustentável. “Algumas dessas
áreas estavam abertas para a produção antes mesmo da edição do
primeiro código, em 1965”, diz.
Marcelo Lessa ressalta também alguns destaques importantes que
foram aprovados após a votação da matéria principal e que melhoraram
o texto do Código Florestal. O primeiro diz respeito ao Cadastro Ambiental Rural. O destaque, que foi rejeitado, trazia a obrigatoriedade de
se publicar o referido cadastro na internet, com dados particulares da
propriedade e da atividade agropecuária.
O outro destaque mencionado pelo assessor técnico trata da consolidação das áreas de preservação permanente em rios com mais de
10 metros de largura. “Da forma que o destaque foi aprovado, o Estado terá competência, por meio de seus programas de regularização
ambiental, de definir essa metragem e como será feita a consolidação
dessas áreas”, ressalta o assessor. Ele ainda comentou que deverá ser
revista a questão dos rios que tenham larguras inferiores a 10 metros,
cujo dispositivo permaneceu no texto, determinando recomposição mínima de 15 metros. “É uma questão que cabe ao governo analisar para a
sanção”, alerta. (Com informações da Gerência de Comunicação do
Sistema Faeg/Senar)
Goiânia, maio de 2012
Tecnoshow Comigo
Fundação Goiás
Divulgação/Tecnoshow Comigo
Vista aérea da feira de tecnologia
Equipe participante da Tecnoshow Comigo
Feira de tecnologia rural
Casa do Algodão participa da 11ª edição da Tecnoshow Comigo, realizada em Rio Verde
A
Casa do Algodão foi uma das
participantes da Tecnoshow
Comigo 2012, realizada entre
os dias 9 e 13 de abril, em Rio Verde
(GO). Em um estande, montado pela
Associação Goiana dos Produtores
de Algodão (Agopa), pelo Fundo de
Incentivo à Cultura do Algodão (Fialgo) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás, em
parceria com a Embrapa, foram apresentadas aos cotonicultores e demais
visitantes de Goiás e de outros Estados as novidades da cadeia produtiva
do algodão goiano, como pesquisas,
trabalhos e projetos das entidades
voltadas para a cotonicultura goiana.
Na ocasião, pesquisadores da Embrapa Algodão, monitores do Projeto
de Controle e Supressão do Bicudo
do Algodoeiro e os agrônomos da
Fundação Goiás estiveram presentes
no estande para esclarecimentos de
dúvidas e informações sobre o setor.
Fôlderes, folhetos e informativos foram distribuídos aos interessados.
A Tecnoshow Comigo é considerada uma das mais importantes
feiras de tecnologia rural do Centro-Oeste. Em sua 11ª edição, o evento
recebeu 78 mil visitantes (8 mil a
mais do que em 2011) e comercializou mais de R$ 780 milhões, um
aumento de 56% em comparação
ao evento realizado no ano anterior. Foram gerados ainda mais de 5
mil empregos temporários durante
a realização do evento. Devido ao
sucesso deste ano, a realização da
feira em 2013 já está agendada. O
evento ocorrerá entre os dias 8 e 12
de abril, também em Rio Verde.
Compromissos
Durante os cinco dias de evento,
a Tecnoshow Comigo 2012 recebeu a
visita de autoridades políticas e em-
presários do setor do agronegócio.
A ocasião foi aproveitada para que
o setor rural pudesse cobrar ações
estruturais que possam beneficiar
diretamente os produtores rurais. O
ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, durante a sua passagem
pela feira, na abertura do evento,
concordou com os pedidos dos representantes do setor e assegurou
que a presidente Dilma Rousseff vai
tomar as medidas de que a agropecuária brasileira necessita para continuar o seu desenvolvimento.
Já o governador do Estado, Marconi Perillo, na mesma ocasião, citou que as obras de melhoria das
rodovias goianas e também de
construção de ferrovias no Estado
seguem e devem ganhar ritmo mais
acelerado nos próximos meses. “Até
o final do ano, 3 mil quilômetros de
rodovias goianas estarão em ótimas
condições”, disse.
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PRODUTOS E FATOS
O Banco do Brasil anunciou novas
condições para a renegociação de
dívidas de produtores rurais. A partir da segunda quinzena de abril, as
mudanças abrangem operações,
com cerca de 256 mil clientes, vencidas até 30 junho de 2011. O banco
oferece aos produtores a possibilidade de recálculo das dívidas, com
revisão dos encargos, alongamento
do prazo de pagamento para até 10
anos (desde que 50% da dívida seja
paga em até cinco anos) e encargos
financeiros à base de TR mais sobretaxa, dependendo do percentual de
entrada. Produtores que optarem
pelo pagamento à vista terão condições mais vantajosas.
Área com transgênicos
no País deverá crescer
54% até 2020/2021
A área plantada com sementes transgênicas de soja, milho e algodão no
Brasil deverá crescer 54% até a safra
2020/2021 e totalizar 49 milhões de
hectares. A estimativa foi apresentada
em um estudo desenvolvido pela consultoria Céleres e financiado pela Associação Brasileira de Sementes e Mudas
(Abrasem), sobre os impactos econômicos da adoção da tecnologia. Se a
previsão se confirmar, quase 90% dos
54,7 milhões de hectares projetados
para o cultivo dessas três culturas no
início da próxima década serão ocupados com lavouras geneticamente modificadas. Nesta safra (2011/2012), a
taxa está próxima de 77%, com transgênicos presentes em 31,8 milhões
dos 41,2 milhões de hectares destinados às três commodities, segundo a
consultoria. Até 2020/2021, espera-se
que a taxa de adoção dos transgênicos
na área de soja salte dos atuais 85%
para quase 95%; na de milho, de 67%
para 79%; e de 33% para 85%, na de
algodão. (Valor Econômico)
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Alessandra Goiaz/Casa do Algodão
BB lança novas
condições para
renegociação de dívidas
de produtores
Estudantes de agronomia visitam
Laboratório de Classificação
Alunos do curso de Agronomia
da Universidade Federal de Goiás
(UFG) visitaram, no dia 4 de abril, o
Laboratório de Classificação Visual
e HVI da Associação Goiana dos
Produtores de Algodão (Agopa).
Os estudantes (foto), que estão no
sétimo período do curso, conheceram as instalações do laboratório
e receberam informações sobre
os procedimentos de classificação
do algodão e como o mercado tem
recebido o algodão produzido em
Goiás. O grupo foi recebido pelo
gerente do Laboratório de Classifi-
cação, Rhudson Assolari, que mostrou todas as etapas da análise e da
classificação da fibra.
Os alunos estavam acompanhados
pela professora, Patrícia Pinheiro
Cunha, que ministra a disciplina
Agricultura I. Segundo Patrícia, na
disciplina, os estudantes conhecem
todas as culturas, estando o algodão incluso. “Nós terminamos de
ver toda a parte da cadeia produtiva do algodão e, portanto, achei
importante que eles conhecessem
também como funciona a parte de
comercialização”, contou.
Praga nas lavouras
americanas de algodão
Transparência à
comercialização da pluma
O inverno nos Estados Unidos, com temperaturas acima da média, favoreceu o
desenvolvimento de insetos como o percevejo Lygus, que ataca plantações de
algodão no país. Com isso, há preocupações com a safra 2012/2013. A praga, que
se alimenta de brotos e outras partes da
planta, foi encontrada em grande número
nos Estados de Mississippi, Tennessee,
Louisiana, Arkansas e Missouri. A presença desses insetos deve aumentar os
custos dos produtores, no momento em
que o algodão compete com outras culturas mais rentáveis. O Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já
informou que a área plantada com algodão
em 2012 será 11% menor do que no ano
passado, cerca de 13,2 milhões de acres
(5,3 milhões de hectares). (Portal G1)
O Sistema Integrado de Negociação
do Algodão em Pluma (Sinap) irá disponibilizar informações atualizadas sobre a evolução da comercialização da
pluma. Ele reunirá informações sobre
os contratos de compra e venda da
pluma no mercado interno e para exportação e contará com a participação
de todos os segmentos ligados à cotonicultura, como a Associação Nacional
dos Exportadores de Algodão (Anea)
e a Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit), além da
BM&FBovespa e da Bolsa Brasileira de
Mercadoria (BBM). A Abrapa irá arcar
com o custo de 0,05% sobre o valor da
arroba do algodão em pluma para que o
agricultor possa inserir as informações
no sistema. (Portal G1)
Download

Recorde de exportação