UNIJUI- Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ciência Política e Teoria do Estado. Dejalma Cremonese Andressa Maehler Dialética Íjui, dia 23/06/2008. Dialética • O objetivo deste estudo é refletir sobre a arte de discutir no sentido de melhorar a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. • A dialética é, propriamente falado, a arte de discutir. • A arte do diálogo. Conceito • A diáletica é a arte de falar, a arte de discutir e a arte do diálogo. • A dialética é um método filosófico, pois nós não discutimos só com os outros, mas também conosco próprios. • Entre os gregos,chamava-se ainda dialética á arte de separar. • Distinguir as coisas em gênero e espécie, classificar idéias para discuti-las melhor. Com o passar do tempo..... • ...o termo evolui para o sentido mais preciso, designando uma discussão de algum modo institucionalizada. • Organizavam discussões em presença de um público que acompanhavam o debate. • Isso acontesia em espécie de um curso entre dois interlocutores que defendem duas teses contraditórias. • Com isso a dialética eleva-se ao um nível de arte, arte de triunfar sobre o adversario, de refutar as suas afirmações ou de o converter. Histórico • O primeiro sentido da dialética é os argumentos dialogados, para afirmar a doutrina parmediciana da modalidade do Ser e da Idéias, contra a doutrina do movimento e das experiências sensíveis. • Sócrates inaugura uma nova dialética, que compreende duas partes: a ironia e a maiêutica. • Na ironia ou refutação da pseudociência, ele procurava confundir o interlocutor acerca dos conhecimentos que este tinha das coisas. • Sócrates dizia que seu método consistia em parir idéias, á semelhança de sua mãe, que paria crianças. Para Platão..... • ...a dialética é o movimento do espírito que marcha para a verdade,movimento cujo símbolo ele deu na célebre alegoria da caverna. • Na classificação de Aristóteles,“ a dialética pertence as ciências poéticas e não a lógica”. • Para os estóicos, faz parte da lógica: “ciência do verdadeiro e do falso ou nem de um nem de outro”. • E na Idade Média, a dialética constitui com a gramática e a retórica, o Trivium. Também Kant, Hegel, Marx e Engels. • O sentido depreciativo permanece em Kant: lógica das aparências, reguladora das idéias que não podem ser explanadas por via científica. • Foi primeiro Hegel, depois com Marx e Engels, que a dialética apareceu com função essencial na teoria do conhecimento. • Para o marxismo, a filosofia consiste em reconstruir, com a dialética da razão, a dialética da realidade. A Dialética Platônica. • Platão, discípulo de Sócrates, desenvolve as suas idéias através do mito. • O mito da caverna ou da reminiscência das idéias dá embasamento à sua dialética. • Nesta alegoria, Platão coloca alguns homens voltados para o fundo da caverna, de modo que só vêem suas próprias sombras. • Depois, aponta para um deles, que se vira e vai ao encontro da luz, que é o símbulo do conhecimento da idéia. A Simbologia... • Esta mostra que o indivíduo deve resistir à sugestão do sensível, para buscar as puras relações inteligíveis que se mantêm invariáveis atráves da variabilidade do sensível. • É essa a dialética ascendente. • A dialética descendente consiste em descer dos principios, ou idéias, encontradas pela dialética ascendente. A Dialética Hegeliana. • O ponto central da filosofia de Hegel (1770-1831) encontra-se na dialética da idéia. • Herda, para a construção de sua teoria, os pensamentos de Heráclito,Aristóteles, Descartes, Kant, Espinosa, Fichte e Schelling. • Parte dessa tese – Ser, pura potencialidade, o qual deve se manifestar na realidade atráves da Antítese-Não-Ser. • Também na contradição entre tese e antítese surge a Síntese – Vir -a- Ser. • Esse raciocínio é aplicado tanto á aquisição de conhecimentos quanto à explicaçaõ dos processos históricos e políticos. A elaboração do pensamento. * As perguntas do filósofo. • O filósofo, para se dizer filósofo, tem que se valer da pergunta. • Pois toda pergunta exige uma resposta. E a própria resposta dá origem a uma nova pergunta. • O filósofo busca o conceito, retirando o que esconde a realidade das coisas. • E se perder este ímpeto, ele deixa de ser filósofo, para se apassivar aos acontecimentos. • Por isso os filósofos não devem querer saber tudo, mas sim adquirir o conhecimento e tirar dele tudo que for possível. A análise da História apartir de HEGEL. • Aquilo que percebe como razão, caracterizando o processo lógico, a qual a submete, não se tratando contudo de um método científico, pórem de um raciocínio filosófico. • Hegel promove a aproximação da filosofia com a História. • Mas não no intuito de abordá-la de conceitos ou concepções pré estabelecidas, mas na medida em que questiona a compreensão inerte que se tem de História em sua contemporânedade. • ...trata-a como um material, não a deixa como a é, mas organiza-a segundo o pensamento, constrói a priori uma História. Mas de que forma para Hegel esta construção deve ser pensada? • Através do movimento do Raciocínio dialético que desenvolve-se dessa forma: * TESE: Afirmação geral sobre o ser. * ANTÍTESE: Constitui a negação da tese. A antítese é a primeira negação que também pode ser negada. * SÍNTESE: Constitui a negação da negação; nela se encontram a tese e antítese repensadas, no caso reformuladas. Platão versus Hegel. * Enquanto Platão nos fazia desviar os olhos do mundo das sombras para concentrá-los na contemplação do invisível. * Hegel nos ensinava a suportar a morte, a separação. Dizia: “O espirito só conquista a sua verdade encontrando a si próprios e na dilaceração absoluta”. *“ Para Platão, quando o homem compreende que o mundo das sombras não é o falso, procura desviar-se deste mundo e colocar-se na via certa, orientando seus olhos para a visão da idéia”. Bibliografia • FOULQUIÉ,Paul. A Dialética 3. ed. Europa – América, 1978( Col. Saber). • Konder, Leandro. O que é dialética. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. • KRAPIVIENE, V. O que é o Materialismo Dialético? Moscou: progresso, 1986. ( col. Abc dos conhecimentos sociais e políticos; 6).