6 Polícia - [email protected] O Estado do Maranhão - São Luís, 20 de novembro de 2013 - quarta-feira Polícia apreende menor que matou radialista em Cajapió Adolescente de 15 anos confessou ter matado Gilvan Pires, de 29 anos, com vários golpes de faca, no fim do mês de outubro; ele foi localizado pela polícia na residência de parentes, no bairro João de Deus, em São Luís Divulgação Saulo Maclean Da editoria de Polícia A pós 20 dias de investigação, a Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) apreendeu, em São Luís, o adolescente de 15 anos que confessou ter trucidado com vários golpes de faca, no mês passado, na cidade de Cajapió, o radialista Gilvan Pires, de 29 anos. O menor foi localizado na residência de parentes, no bairro João de Deus, e afirmou que resolveu matar a vítima porque ela teria tentado estuprá-lo. “O menor foi conduzido à Delegacia do Adolescente Infrator [DAI], onde prestou depoimento à delegada Irana Cláudia. Em oitiva, o adolescente relatou que estava em frente a um bar, no município, quando a vítima se aproximou em uma moto e o convidou para ir à Praia de Itapéua. No local, o menor disse que o radialista tentou violentá-lo sexualmente”, informou o su- perintendente da SPCI, Jair Lima de Paiva. Em depoimento à titular da delegacia especializada, o adolescente contou ainda detalhes de como fez para matar o radialista. De acordo com o menor, depois que se despediu, Gilvan Pires subiu em sua moto, modelo Honda Fan 125, de cor preta, e quando se preparava para ligar o veículo foi atingido por ele com uma tijolada na nuca. Em seguida, o adolescente aplicou outros golpes com o tijolo na cabeça da vítima. Na manhã seguinte ao crime, o delegado Otto Feques, titular da Delegacia de São Vicente Férrer, mas que responde por Cajapió, informou que o menor, em seguida, também aplicou diversos golpes de faca no radialista, e inclusive deixou a arma do crime cravada no peito da vítima. O corpo de Gilvan Pires foi encontrado na manhã do dia 29 de outubro, e sua moto, levada pelo assassino, abandonada próximo ao local. “Desde o início, nossos investigadores já haviam identi- Mais Após prestar depoimento e ter contra si a lavratura de um auto de apreensão em flagrante – uma vez que não acabaram as diligências para a sua captura -, o adolescente foi entregue aos cuidados da Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), que ainda irá definir em qual unidade de ressocialização na capital o menor deve cumprir as medidas socioeducativas. Por questões de segurança, e para manter a integridade física do adolescente, ele não deve retornar à cidade onde praticou o crime. Gilvan Pires apresentava programa de rádio em São Vicente Férrer; ele foi morto em outubro, em Cajapió ficado o menor como autor do crime, informação esta bastante divulgada pelo delegado do caso, à época do homicídio; e sabiam que o mesmo havia se homiziado na capital. No início, até se levantou a hipótese de latrocínio [roubo seguido de morte], pelo fato de a moto ter sido levada pelo adolescente, mas logo se chegou à real motivação”, acrescentou o chefe da SPCI. Gilvan Pires apresentava, aos sábados, o programa Quem Sabe, Sábado, da Rádio Planície FM (89,5 Mhz), em São Vicente Férrer, e sua morte causou grande comoção em toda a Baixada Maranhense. Além de radialista, a vítima era funcionário público municipal, lotado na Vigilância Sanitária, casado e pai de dois filhos pequenos. Seu corpo foi velado por amigos e familiares no salão principal da Câmara dos Vereadores. Presos assaltantes que levaram Operação da PF R$ 150 mil em saidinha bancária prende pedófilos Fotos/Divulgação Segundo a polícia, foram detidos três dos cinco homens que participaram do crime Policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) conseguiram prender, segunda-feira (18), em São Luís, três dos cinco homens suspeitos de participação no crime de “saidinha bancária” de R$ 150 mil, ocorrido na tarde do dia 11, no bairro Renascença II, nas imediações do Tropical Shopping. A vítima foi um gerente da rede de Postos de Combustíveis Brasil, que se preparava para depositar a quantia na agência da Caixa Econômica Federal, no Monumental Shopping. Um dos suspeitos presos foi o taxista Marcos Antônio Monteiro Sousa, conhecido como Marquinhos, de 34 anos. Morador do bairro Maiobão, no município de Paço do Lumiar, o motorista de aluguel, segundo a Polícia Civil, foi quem constatou que a vítima sempre fazia os depósitos bancários no mesmo dia da semana. “Os cúmplices apontam o taxista como a pessoa que fez os levantamentos, inclusive convidando os outros dois assaltantes foragidos”, informou o delegado Luís Jorge Matos. Ainda de acordo com o chefe do Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (DCRIF) da Seic, a prisão do taxista foi possível após a prisão de Adonias Evangelista Silva de Sousa, o Caxias, de 26 anos, morador Marcos Antônio Monteiro Sousa Adonias Evangelista de Sousa Mais Segundo já foi apurado pelo DCRIF da Seic, os outros dois criminosos que participaram da “saidinha bancária” são de Teresina (PI) e já foram identificados. Como são também suspeitos de participação em outros crimes semelhantes registrados nos últimos meses na capital maranhense - cujas vítimas foram gerentes de uma rede de supermercados, uma joalheria e uma construtora -, seus nomes são preservados pela polícia judiciária. Quem tiver informações que possam levar à prisão dos foragidos pode repassá-las por meio do Disque Denúncia, que atende pelos telefones (98) 3223-5800 (capital), ou 0300-313-5800 (interior). do bairro Aurora. Localizado, o suspeito apontou o endereço do proprietário do táxi, um veículo modelo Corsa Classic branco (NHQ-2219), apreendido na operação, e do terceiro assaltante preso, Raimundo Nonato Alcântara Ferreira, o Charmoso, de 26 anos. Morador do Residencial Canudos, no município de São José de Ribamar, o suspeito e os demais cúmplices foram conduzidos até a sede da Seic, onde prestaram depoimento e confessaram o crime. “Eles assumiram que utilizaram um automóvel Honda Civic de cor preta, cujas placas ainda são investigadas, e que abandonaram o referido veículo na Via Expressa, no bairro Cohafuma. Lá, eles entraram no táxi e dividiram a quantia roubada, na MA-204, próximo ao Valparaíso Acqua Park”, revelou Matos. Raimundo Nonato Alcântara Durante as oitivas, o delegado chefe do DCRIF tomou conhecimento de que o taxista preso teria recebido a importância de R$ 10 mil apenas pela corrida. Nenhuma quantia em dinheiro, porém, foi apreendida com os suspeitos, que portavam duas armas de fogo municiadas. “Não encontramos o dinheiro, pois eles próprios admitiram já tê-lo gasto. Com eles, no entanto, apreendemos um revólver calibre 38 e uma pistola ponto 40, com numeração raspada, da Polícia Civil”, completou o delegado. Quando praticaram o crime, os criminosos estavam encapuzados e anunciaram o assalto ao funcionário do posto, Nelson Roberto Carvalho Mota, de 43 anos. Além do dinheiro, a quadrilha também tomou duas armas de fogo dos dois seguranças particulares que acompanhavam a vítima, mas que não conseguiram reagir. Suspeitos de pistolagem, policiais paraenses se entregam em Imperatriz Segundo a polícia, eles integram uma quadrilha que tem participação em pelo menos 10 mortes por encomenda IMPERATRIZ – Os policiais militares Francisco de Assis, “o Tita”, João Bosco Moura, “o Pedrosa”, e Hiltevan Cardoso Machado, o “Tevan”, todos do estado do Pará, se entregaram ontem à polícia de Imperatriz. Os três tinham mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça por participação em pelo menos 10 assassinatos de “encomenda” ocorridos nos últimos anos no município, entre os quais o homicídio do professor e artista Ironilson Pereira Vasconcelos, 38 anos, no mês de julho. As investigações deram origem à Operação Mercenários, que continua com as buscas ao comerciante Arnold Pereira da Silva. O delegado regional de segurança, Assis Ramos, disse que dos três apenas Hiltevan se apresentou em Imperatriz. “Tem um que se apresentou em Belém, outro em São Luís e tem o último, que foi o Hiltevan, que se apresentou e está no Terceiro Batalhão em Imperatriz e ficarão à disposição da Justiça”, disse o delegado. No início da operação, no dia 30, já haviam sido presos o comerciante Francisco Ferreira, conhecido como ‘Chico Papada’, os policiais militares Luís Cláudio Azevedo, lotado em Açailândia, e o sargento Carlos Henrique Azevedo Sales, de Imperatriz. Conforme o delegado regional, a Operação Mercenários, realizada com apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA), é resultado de uma intensa investigação iniciada há três anos. Com exceção das prisões, o delegado evitou dar detalhes so- bre o caso alegando que as investigações estão sob sigilo, uma das condições elementares para a execução das primeiras prisões. A quadrilha, segundo o delegado, é uma das mais perigosas de Imperatriz por atuar em várias frentes, como crimes de encomenda, jogo do bicho e agiotagem. O comerciante Arnold foi identificado nas investigações como chefe do bando, uma espécie de dono da “agência” e “Chico Papada” era um cliente, enquanto os policiais eram os executores dos assassinatos. Ainda segundo o delegado, membros da quadrilha tinham influência com políticos e até no Poder Judiciário. Foram cumpridos 86 mandados de busca e apreensão no país; dois foram no Maranhão Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Operação Glasnost na madrugada de terça-feira (19), no Maranhão, segundo informações da Superintendência da Polícia Federal no Estado (SRPF-MA). Realizada há dois anos, a operação investiga crimes de pedofilia no país. A assessoria da PF no Maranhão informou que os dois mandados foram cumpridos em Imperatriz, a 600 km de São Luís, mas não deu detalhes da operação. Em todo o país, serão cumpridos 86 mandados de busca e apreensão, 30 de condução coercitiva e um mandado de prisão preventiva. Até o final da tarde de ontem, 20 pessoas já haviam sido presas, sendo 18 em flagrante. Segundo a PF, sete prisões foram efetuadas no Paraná, três no Rio Grande do Sul, uma no Rio de Janeiro, sete em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra na Bahia. O delegado Flavio Setti, responsável pela operação no Paraná, disse que essa é uma das maiores ações já realizadas para combater o crime de pornografia na internet. O delegado disse ainda que o mandado de prisão preventiva foi cumprido em São Paulo. O suspeito será encaminhado para a delegacia da PF em Curitiba. Entre os alvos da operação, há pessoas de todas as idades e profissões, incluindo um policial militar, um oficial da Aeronáutica, vários professores, bem como um chefe de grupo de escoteiros. Advogada é presa por ter induzido menor a assumir homicídio Sileda Lopes Araújo Bezerra foi detida na tarde de ontem na Delegacia de Homicídios Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) de São Luís prenderam, ontem à tarde, dentro do próprio prédio da especializada, no Centro, a advogada Sileda Lopes Araújo Bezerra (OAB: 7444). Segundo o delegado titular da especializada, a defensora tem como cliente um dos autores da morte do ex-presidiário Benedito Quintino dos Santos Neto, mais conhecido como Neto do Coroadinho, de 21 anos, assassinado com 15 tiros, quintafeira (14), na Avenida dos Franceses, e teria induzido um menor de 17 anos a assumir a autoria do crime para livrar seu constituinte. “O delegado Marco Antônio Fonseca, que compõe a equipe da DH, é o presidente do inquérito que apura a morte de Neto do Coroadinho, assassinado em via pública com três tiros no rosto, na semana passada, próximo ao Departamento Estadual de Trânsito [Detran]. Nas investigações, o colega já havia identificado um dos clientes da advogada, que atende pelo apelido de Paulinho Capoeira, que, por sua vez, segundo o próprio menor, o apresentou para a defensora, e esta o teria ‘ensa- Reprodução/Biné Morais Sileda Lopes Araújo foi presa iado’ a confessar o crime que não cometeu”, explicou o delegado Jeffrey Furtado. Ainda de acordo com o titular da DH, a farsa foi descoberta, por volta das 14h30, quando o adolescente, desacompanhado, foi até a delegacia especializada, localizada na Rua Celso Magalhães, Centro, e confessou a autoria do homicídio. “Ao ser questionado sobre os detalhes do crime, o menor entrou em contradição inúmeras vezes e acabou revelando que estava ali por orientação da advogada”, afirmou o delegado. Sileda Lopes Araújo Bezerra foi conduzida pelos investigadores à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).