ÍNDICE I INTRODUÇÃO – ANO INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS § A Assembleia Geral das Nações Unidas § Resoluções de documentos da ONU relativos ao voluntariado § A Comissão Nacional do Ano Internacional dos Voluntários § Objectivos do Ano Internacional dos Voluntários em Portugal § Programa de actividades e principais acções II LANÇAMENTO DO AIV III DESENVOLVIMENTO DO AIV § Conhecimento e Aprofundamento § Promoção e Divulgação § Eventos e Iniciativas IV CONGRESSO DO AIV § Dados gerais § Programa do Congresso § Fóruns V REALIZAÇÃO FINANCEIRA VI CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES § Síntese conclusiva aprovada no Congresso do AIV § Contributos para a caracterização do voluntariado em Portugal § Contributo para o Plano Nacional de Promoção e Divulgação do Voluntariado VII ANEXOS 1 I. INTRODUÇÃO 1. A Assembleia Geral das Nações Unidas A Assembleia Geral das Nações Unidas, através da sua resolução 52/17 de 20 de Novembro de 1997, proclamou o ano de 2001 como Ano Internacional dos Voluntários contribuindo, assim, para concentrar a atenção da comunidade internacional sobre o envolvimento no voluntariado que, de uma forma ou de outra, existe na maior parte das sociedades. Na sua resolução 55/57 de 4 de Dezembro de 2000, a Assembleia Geral encorajou os governos, os organismos das Nações Unidas e outros intervenientes nesta área a tomar as medidas possíveis para promover o voluntariado e decidiu consagrar ao voluntariado duas sessões plenárias da 56ª sessão. As resoluções e documentos relativos ao voluntariado serviram de base às actividades desenvolvidas e organizadas pelo Programa das Nações Unidas para os Voluntários, entidade que assumiu a missão de centro de coordenação durante o Ano Internacional dos Voluntários. O desenho do logotipo do Ano Internacional dos Voluntários foi criado e oferecido pela artista argentina Sandra Rojas. Consiste em VVV cuja forma representa a figura humana dos voluntários em acção e que se enlaçam nas folhas de loureiro do logotipo das Nações Unidas. Com aquela resolução, a Assembleia Geral das Nações Unidas pretendeu evidenciar a identidade própria do voluntariado reconhecendo, nomeadamente: © a contribuição significativa dos voluntários, nos respectivos países, para o aumento da protecção social e para a satisfação das aspirações dos cidadãos num contexto de melhoria do bem estar económico e social, cujo trabalho 2 traduz a participação da sociedade civil, bem como o seu importante papel, no plano internacional, para a concretização dos objectivos de desenvolvimento dos diversos Estados membros; © a importância dos novos actores, sobretudo indivíduos e organizações da sociedade civil, agindo, a nível local, nacional e internacional, em parceria com os Governos, conforme foi destacado pela Declaração de Copenhague sobre o Desenvolvimento Social e pelo Programa da Cimeira Mundial do Desenvolvimento Social; © a convicção de que o esforço dos voluntários é mais do que nunca necessário - face ao impacte negativo de problemas globais, como a degradação ambiental, a pobreza, o abuso de drogas e a sida, sobre os sectores mais vulneráveis da sociedade - e de que a sociedade civil, em parceria com os Governos e o sector privado, assumirá cada vez maiores responsabilidades no processo de desenvolvimento; © a assistência prestada pelos voluntários das Nações Unidas, em particular, às organizações a operações das Nações Unidas nas áreas do desenvolvimento económico e social, da ajuda humanitária a da promoção da paz, democracia e respeito pelos direitos humanos e, sobretudo, pelo empenhamento em fazer chegar estes esforços às populações destinatárias do seu trabalho. Nos termos desta resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, os Estados membros foram convidados a colaborar na celebração do AIV, tendo em especial atenção “os meios a as formas que fomentem o reconhecimento dos voluntários, a facilitação do seu trabalho e a criação de uma rede de comunicação”. 3 2. Resoluções e documentos da ONU relativos ao voluntariado Para além desta importante resolução as Nações Unidas produziram outros documentos, sobre o mesmo tema, todos eles realçando a importância do serviço voluntário no desenvolvimento e crescimento das comunidades. Pela sua pertinência a seguir se elencam. 1. Resolução 52/17 de 20 de Novembro de 1997, pela qual a Assembleia Geral proclamou o ano de 2001 Ano Internacional dos Voluntários. 2. Contributo do Programa das Nações Unidas para os Voluntários para o Comité preparatório, intitulado “Voluntariado e desenvolvimento Social”. 3. Relatório do Comité plenário especial, da 24ª sessão extraordinária da Assembleia Geral. 4. Resolução 55/57 de 4 de Dezembro de 2000 relativa ao Ano Internacional dos Voluntários. 5. Nota do Secretário Geral intitulada “O papel do voluntariado na promoção do desenvolvimento social”. 6. Resolução 39/2 da Comissão de desenvolvimento social, intitulada “O voluntariado e o desenvolvimento social”. 7. Programa de acção em favor dos países menos desenvolvidos para o decénio 2001-2010 adoptado pela 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os países menos desenvolvidos em Maio de 2001. 8. Relatório do Comité plenário especial da 25ª sessão extraordinária da Assembleia Geral. 9. Resumo do debate com o grupo de peritos sobre o papel do voluntariado na promoção social apresentada pela Presidente. Outras resoluções e documentos 1. Relatório da Comissão dos Assuntos Sociais, da Saúde e da Família, do Conselho da Europa, intitulado “Melhorar o estatuto e o papel dos 4 voluntários na sociedade: contributos da Assembleia parlamentar para o Ano Internacional dos Voluntários”. 2. Resolução adoptada pelo Conselho da União interparlamentar, intitulada “Apoio ao Ano Internacional das Nações Unidas dos Voluntários, 2001”, adoptada na sua 168ª sessão de 7 de Abril de 2001. 3. A Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários Em resposta ao convite mundial, Portugal, como membro da ONU, associou-se a esta iniciativa. O Governo Português instituiu a Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários (CNAIV) e definiu os objectivos do programa a desenvolver. Para a consecução destes objectivos constituiu o Governo através da Resolução 54/2000 de 3 de Maio de 2000, a Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários (CNAIV), a qual concebeu e executou o programa de actividades destinado a assinalar o Ano Internacional dos Voluntários, segundo os objectivos gerais definidos nessa Resolução. A Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários, presidida pela Senhora D. Maria José Ritta, teve a seguinte composição: Representante do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr.ª Nadir Palha Bicó Representante do Ministro da Defesa Nacional, Coronel Adérito Cardoso Representante do Ministro da Administração Interna, Dr. José Luís Pinto Leite Representante do Ministro do Trabalho e Solidariedade, Dr.ª Rosa Maria Sampaio Representante do Ministro da Justiça, Dr. José Manuel Casquinho Representante do Ministro da Educação, (Dr.ª Emilia Tavares) Dr. Miguel Crato1 Representante do Ministro da Saúde, (Dr.ª Maria Manuel Carneiro) Dr.ª Teresa Salgado 1 Os nomes entre parêntesis foram os primeiros representantes do respectivo departamento sendo, posteriormente, substituídos 5 Representante do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dr.ª Fátima Lima Representante do Ministro da Cultura, Dr.ª Maria do Carmo Silva Pina Representante do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, (Dr.ª Elza Maria Henriques Deus Pais) e Dr.ª Ema Lourenço Representante do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. Francisco Vieira e Sousa Representante do Governo Regional da Madeira, Dr.ª Fátima Aveiro Representante do Governo Regional dos Açores, Dr.ª Luísa Vale César Representante da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Dr. Paulo Teixeira Representante da Associação Nacional das Freguesias, Sr José Manuel Rosa do Egipto Representante da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Sr. José Carlos Batalha Representante da União das Misericórdias Portuguesas, Eng.º João José da Rosa Carrilho Representante da União das Mutualidades Portuguesas, Dr. José Veludo Claro Representante da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr.ª Maria Amélia Furtado Luzes Representante da Caritas Portuguesa, Prof. Eugénio da Fonseca Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Dr. Acácio Catarino Representante da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Dr.ª Germana Tello Representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Dr. Duarte Caldeira Representante da Plataforma das ONGD, Dr. Hilário David Representante da Confederação das Associações de Ambiente, (Dr.ª M.ª da Graça Serra) e Dr.ª Daniela Alves Individualidades de reconhecido mérito na área do Voluntariado: Dr. José António Pinto Ribeiro Dra. Laurinda Alves Dra. Maria de Belém Roseira 6 Dra. Maria do Rosário A. da Costa Carneiro Dra. Maria Elisa Domingues Dra. Maria José Nogueira Pinto Professor Doutor Paulo Mendo Dr. Rui Marques Professor Doutor Viriato Soromenho Marques Foram, ainda, convidados pela Presidente da CNAIV a participar nas reuniões, trabalhos, iniciativas e restantes actividades da Comissão o representante da Pastoral da Saúde, P.e. Vítor Feitor Pinto, o representante da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Dr. Joaquim Correia dos Santos e o representante do Corpo Nacional de Escuteiros, Dr. Manuel Tomás 4. Objectivos do Ano Internacional dos Voluntários em Portugal A Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários desenvolveu a sua actividade desde Janeiro de 2001, tendo presentes os princípios orientadores para o AIV2001 sugeridos pelas Nações Unidas, e partilhados por todos os países que se associaram à sua comemoração. No sentido de congregar os esforços de todos os actores de voluntariado em metas comuns e estimulantes, foram definidos, atempadamente, os objectivos para o Ano Internacional dos Voluntários em Portugal, como seguem: § Contribuir para a elaboração de um plano nacional de promoção e divulgação do trabalho voluntário; § Propor medidas que permitam o aprofundamento do conhecimento sobre os voluntários portugueses; § Identificar os meios e as formas adequadas para que um número cada vez maior de pessoas se interesse pela realização do trabalho voluntário; 7 § Contribuir para a implementação de um sistema de informação com vista a ser criada uma rede de comunicação e intercâmbio de exemplos e “boas práticas” dos voluntários; § Promover a colaboração com as escolas e com as universidades, tendo em vista o estudo e desenvolvimento de projectos e programas incentivadores do voluntariado jovem; § Criar um site que disponibilize ampla informação sobre as várias áreas e iniciativas enquadradas em acções de voluntariado, possibilitando um processo de consulta entre todos os intervenientes e interessados. 5. Programa de Actividades e principais acções A elaboração do Programa de Actividades do AIV, documento contextualizante da celebração do ano, foi a primeira prioridade da Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários, permitindo a todo o conjunto de intervenientes a perspectivação e a concretização das acções daí decorrentes. Desse programa ressalta, fundamentalmente, o reconhecimento e a promoção do voluntariado, assumindo-se como essenciais: a divulgação do AIV por todo o país, a sensibilização da população em geral e o reconhecimento da acção dos voluntários, evidenciando os exemplos da boas práticas. O Programa de Actividades da CNAIV visou ao longo do ano, essencialmente, potenciar o reconhecimento do contributo do voluntariado na sociedade e o papel dos voluntários para o desenvolvimento social, numa lógica de promoção do voluntariado. 8 No seu todo destacam-se quatro parâmetros fundamentais que enquadraram as acções desenvolvidas e que reflectem a dinâmica e os objectivos perspectivados para todo o trabalho deste ano: q Coordenação da execução das linhas programáticas e garante da aplicação dos princípios definidos para o AIV. q Apoio à consolidação da área do voluntariado e ao fortalecimento do tecido associativo, mobilizando recursos humanos, técnicos e materiais. q Promoção de âmbito estratégico e nas áreas prioritárias do desenvolvimento social. q Sensibilização de entidades, técnicos e da população em geral, através da informação, difusão de documentação e aprofundamento de conhecimentos. O Programa de Actividades da Comissão Nacional para o Ano Internacional dos Voluntários foi estruturado em três eixos de desenvolvimento: 1. CONHECIMENTO E APROFUNDAMENTO 2. PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO ESTRATÉGICA 3. EVENTOS E INICIATIVAS 1. CONHECIMENTO E APROFUNDAMENTO 1.1. Conhecimento q Caracterização do Voluntariado em Portugal. q Estudo de Opinião sobre o Voluntariado. q Caracterização de grupos de voluntários – jovens e idosos. q Caracterização do envolvimento em actividades/iniciativas de voluntariado das empresas e seus trabalhadores. 9 1.2. Aprofundamento q Estudo sobre valorização de competências desenvolvidas em actividades de voluntariado na apreciação curricular para recrutamento profissional. q Análise do contributo da Educação para a motivação e formação dos jovens para o Voluntariado. q Identificação de pontos críticos/zonas de conflito no Voluntariado em Portugal. 2. PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO ESTRATÉGICA 2.1. Divulgação do Ano Internacional dos Voluntários 2001 q Divulgação do lema e hino AIV 2001 em Portugal. q Campanha publicitária. q Promoção junto dos Media de âmbito nacional e regional. q Articulação com o Programa do AIV promovido pelo Instituto Português da Juventude. q Levantamento e divulgação de iniciativas a realizar por entidades públicas ou particulares no âmbito do AIV 2001 e difusão, por todas as organizações de voluntários e promotoras de voluntariado, das diferentes iniciativas da CNAIV. 2.2. Iniciativas próprias da Comissão Nacional AIV 2001 q Criação de Site Internet informativo e Linha Verde AIV 2001 em Portugal. q Edição e Publicação de Boletim AIV 2001. q Difusão da legislação relativa a associações de voluntários e organizações promotoras. q Elaboração de um manual de organizações de voluntários que inclua, designadamente, informações úteis sobre a respectiva criação, funcionamento e apoios. 10 q Preparação de condições e orientações para o desenvolvimento da formação de voluntários. q Preparação de condições para a criação de centros locais de voluntariado. 2.3. Patrocínio a elaboração de Estudos no âmbito do conhecimento e aprofundamento do Voluntariado em Portugal. 3. q EVENTOS E INICIATIVAS Apresentação pública do Programa Nacional das Comemorações do AIV 2001 em Portugal q Primeira Semana Nacional do Voluntariado q Congresso Nacional dos Voluntários q Espectáculo q Jornadas de Porta Aberta das Organizações de Voluntários q Comemoração do Dia Internacional dos Voluntários - Dia 5 de Dezembro q Conferências regionais e por domínios q Encontros temáticos e de divulgação de boas práticas q Projecto “Escola Voluntária, Criança Solidária” - conjuntamente com a Fundação do GIL q Exposição Nacional e Itinerante q Lançamento de Medalhas comemorativas do AIV 2001 11 II. LANÇAMENTO DO ANO INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS I. Sessão de Lançamento do AIV A Sessão de lançamento do Ano Internacional dos Voluntários realizou-se no dia 22 de Fevereiro, no Oceanário de Lisboa. A apresentação pública contou com a presença da Presidente da CNAIV, Sr.ª D. Maria José Ritta, do Primeiro Ministro, Eng.º António Guterres e do Presidente do Conselho para a Promoção do Voluntariado, Dr. Acácio Catarino. Nesta sessão também estiveram presentes os membros da CNAIV, bem como, representantes de várias organizações nacionais e internacionais ligadas ao Voluntariado. Aqui ficam algumas imagens da Sessão de lançamento do AIV. A Sala Sul do Oceanário foi pequena para acolher tantos participantes que se associaram a esta primeira iniciativa pública do Ano Internacional dos Voluntários. Coube à Ex.ma. Presidente da CNAIV, Dona Maria José Ritta, a abertura da sessão. 12 O Programa de Actividades do Ano Internacional dos Voluntários foi apresentado pela Dr.ª Laurinda Alves, membro da CNAIV. O Dr. Rui Marques, também membro da CNAIV, e responsável pela concepção do site oficial do AIV 2001, apresentou "online" a estrutura do site, inaugurado nesse mesmo dia. "Voluntariamente seja" foi o lema da campanha publicitária de Edson Ataíde (FCB), que de uma forma voluntária se associou a esta iniciativa. A campanha incluiu um spot televisivo que foi dado a conhecer pela primeira vez ao público em geral. As medalhas comemorativas do AIV foram apresentadas pelo Escultor José Aurélio, que concebeu e executou as mesmas. 13