elo
energia
usina própria
Para o presidente
da Cedasa, Edvaldo
Pascon, investir na
montagem de uma
usina com grupos
de geradores CAT
foi uma forma de
contornar uma possível
crise energética
Setor vive demanda de
energia crescente
Fabricante de piso das marcas Cedasa, Majo­par e
Vista Bella, a empresa está sediada em Santa Gertru­
des, no interior de São Paulo, cidade que, ao lado
de Cordeirópolis e Rio Claro, compõe o maior polo
produtor de piso cerâmico do país. A região abriga
mais de 40 indústrias, que respondem por aproxima­
damente 70% da produção nacional e mais de 80%
da do Estado.
Atualmente, o setor vive um ciclo de investimen­
tos que elevará a produção paulista de 40 milhões
para 60 milhões de metros quadrados por mês nos
próximos 18 meses. Esse fato reforça a necessidade
de autossuficiência energética. “A região já se encon­
tra em colapso por conta da demanda de energia elé­
trica”, afirma Edvaldo José Pascon. “Com o aumento
de ca­pa­cidade previsto pelas empresas, certamente
não haverá energia para todos.”
Cedasa
A
investe
em usina
contra eventual
apagão
Investimento em energia aumenta
competitividade e garante crescimento da
produção de revestimentos cerâmicos
6
n
elo
lguns setores da economia brasileira estão
tra­tando com empenho de suas reservas energéticas. O proprietário da Cedasa Indústria e
Comércio de Pisos Ltda., Edvaldo José Pascon, é um dos
empresários que não descartam a possibilidade de um
apagão no futuro. “Não tem havido grandes investimentos em linhas de transmissão e usinas hidrelétricas”,
afirma. “Será preciso fazer um racionamento de 30%.
Imagine ter de economizar 30% na nossa produção.”
Pascon tem planos de ampliar a fábrica da Cedasa,
na cidade de Santa Gertrudes/SP. Consequentemente,
isso acarretará maior uso de energia elétrica. Antes
que o possível apagão ameace escurecer suas linhas de
produção, ele já se preparou com a instalação de uma
usina própria.
Com a participação da Unidade de Negócios de Ener­
gia da Sotreq, a Cedasa investiu 8 milhões de reais na
construção de uma usina com quatro grupos geradores
Caterpillar modelo 3516B, que produzem 2,5 mil kVA
cada. Um quinto grupo, já encomendado, deverá chegar
até novembro, quando então a fábrica terá à disposição
um total de 12,5 mil kVA, suficientes para abastecer uma
cidade com 12 mil habitantes.
“O projeto estabelece tensão média em torno de 13,8
mil volts em sistema de transferência fechada em rampa
nos horários de ponta”, revela o engenheiro Roberto
Gomes dos Reis, consultor de vendas da Sotreq. Explicando de maneira simplificada: a carga elétrica enviada
pela concessionária nos períodos de maior demanda – e,
portanto, mais cara – retorna à sua origem à medida que
os motores próprios da Cedasa assumem a produção de
energia em paralelo.
Se não bastassem a autonomia e a garantia de energia para manter a produção, a economia proporcionada
fará com que a fábrica tenha o retorno do investimento
em pouco tempo, em um prazo estimado de 45 meses. A
Cedasa estima que a usina reduzirá o custo da conta de
luz entre 150 e 200 mil reais por mês. “Com certeza, teremos reflexo direto na competitividade de nosso produto,
pois o custo da energia por metro quadrado caiu em 8
centavos e deve ficar ainda mais barato”, comemora
Adriana Marcucci, assessora da Diretoria da Cedasa.
Por enquanto, a usina da fabricante de pisos cerâmicos alimenta no horário de ponta, entre 17h30 e 20h30,
cinco linhas de produção, de onde saem 3 milhões de
metros quadrados por mês em regime de três turnos. O
projeto de instalação dos grupos geradores foi dimensionado também para suportar o crescimento planejado
A economia na conta de luz
poderá se refletir diretamente
na produção, deixando
mais barato o preço do metro
quadrado do piso cerâmico
pela empresa, com produção de 4,6 milhões de metros
quadrados mensais. Para isso, serão introduzidas mais
três linhas, que trabalharão 24 horas por dia. “A usina
se tornou uma vitrine na região”, conta Tânia Marino,
diretora administrativa da Cedasa. “Muitos concorrentes vêm nos visitar, interessados no projeto.”
A operação que aumentará a capacidade da Cedasa
conta com suporte da Sotreq, que providenciou, em regime de locação, dois grupos geradores modelo 3412 de
1.000 kVA cada. As máquinas terão papel fundamental
para não interromper a produção durante a instalação
das futuras linhas.
Além da Sotreq, que fornece os grupos geradores e
se incumbe da assistência técnica, o sucesso do projeto
também se deve à participação da Minimiza e da Matel.
A primeira se encarregou da consultoria técnica, dimensionamento e viabilização; a segunda, da construção e
instalação da unidade geradora. “A Sotreq enxerga o
segmento de energia com muita atenção e não abre
mão de parceiros de reconhecida competência, a fim de
agregar mais valor”, destaca Roberto dos Reis. n
Cedasa: (19) 3543-8700
www.grupocedasa.com.br
2010 abril/maio/junho n
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Cedasa investe em usina contra eventual apagão