JORNAL ELETRÔNICO SCGÁS
Destinado às indústrias catarinenses
Edição 8– Outubro| 2014
“TEMOS AUTOSSUFICIÊNCIA PARA
CRESCER”
Entrevista
A Cerâmica Elizabeth é uma empresa fundada em 1984
e, devido à sua estrutura técnico-industrial, é atualmente
considerada uma das principais indústrias do setor ceramista no Brasil, com cinco unidades de produção de
cerâmica, porcelanato e cimento na Paraíba e em Santa
Catarina. Os investimentos programados em tecnologia
e capacitação profissional deram ao grupo competitividade e autossuficiência para crescer. A unidade catarinense, localizada em Criciúma é reflexo deste projeto e está
em pleno processo de expansão, com a construção do
maior forno para fabricação cerâmica da América Latina.
Para falar sobre este investimento e demais planos da empresa, o Jornal Eletrônico da SCGÁS conversou com
Manfredo Gouvêa Junior, Diretor Administrativo da
planta catarinense. Na entrevista, ele aborda a ampliação
do contrato de consumo de gás e a importância do
insumo para o setor ceramista.
Qual a importância o gás neste processo de expansão?
Manfredo G. J.: O gás natural se tornou a principal matriz
energética do setor ceramista e a oferta precisa ser ampliada. É extremamente importante para nós termos este
insumo disponível, garantindo a produção e ao atendimento da demanda. O gás é necessário em todas as fases
do processo de produção das peças, desde a secagem da
matéria prima até a queima do esmalte. O porcelanato,
por exemplo, apenas pode ser produzido com o insumo.
Porque a decisão de aumentar o consumo?
Manfredo G. J.: A decisão de colocar mais uma linha de
produção em Santa Catarina foi uma necessidade do
mercado para atender à demanda do consumidor.
Temos uma boa expectativa em relação aos próximos
anos e estamos investindo em nosso parque fabril. Atualmente utilizamos em nossos fornos e secadores, cerca de
50.000 metros cúbicos diários do energético.
Como tem sido o ano de 2014 para o setor?
Como será a nova linha de produção em Criciúma
Manfredo G. J.: Temos na unidade dois fornos de 220
metros. O projeto contempla a construção de mais uma
linha de produção com 270 metros e capacidade de
fabricar mensalmente 600 mil metros quadrados de porcelanato técnico e com previsão de começar a funcionar
no início de 2015. Com o novo forno, que é o maior da
América Latina, teremos um potencial produtivo de total
de 1,7 milhões de metros cúbicos mensais, ampliando
em 60% a nossa capacidade e aumentando o consumo
de gás para 75 mil metros cúbicos diários.
Quais as vantagens em optar pelo gás?
Manfredo G. J.: As vantagens são inúmeras, entre elas, a
melhoria da qualidade das peças fabricadas, a redução
dos custos com manutenção, a combustão limpa, com
baixa emissão de poluentes, a eliminação de perdas
devido ao sistema de distribuição e de estocagem no
ponto de consumo, a eliminação de transporte e movimentação do combustível e, principalmente, a garantia
de fornecimento sem interrupção, 24 horas.
O ano foi bom. Não tanto como 2013, mas foi positivo
principalmente no segundo semestre para indústria
como um todo. No entanto, a Associação Brasileira da
Indústria de Materiais de Construção (Abramat) revisou
a taxa de crescimento do setor de 2% para 0,5% devido
ao fraco desempenho do primeiro semestre. Para os próximos meses, as expectativas apontam para uma recupeação dos resultados, associada à manutenção do crescimento do segmento imobiliário. As perspectivas são boas,
tanto é que estamos investindo em nosso parque fabril.
Como Santa Catarina está inserido neste cenário?
Santa Catarina é uma referência para o Brasil no mercado de revestimentos cerâmicos. Aqui se concentram as
grandes indústrias. O mercado entende que se você
produz porcelanato em Santa Catarina, seu produto é
bom e de qualidade.
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