É SEGURO USAR ÁGUA DE
CHUVA PARA BANHO?
Eduardo Cohim
[email protected]
O abastecimento de água
urbano e o desafio da
sustentabilidade
O fluxo da água no meio urbano
Importa água de locais cada
vez mais distantes
Chuva
Evapotranspiração
Esgoto
Abast. de
água
Exporta a água usada o
mais rápido possível
Paga-se para trazer e
paga-se para afastar
Água pluvial
Diferentes compartimentos
para o mesmo recurso
Zona radicular
Infiltração
Lençol de água
Município de Salvador:
Captação de água:
Precipitação
2098cúbicos
mm (SEI, 1999)
315 milhõesmédia:
de metros
Bacias do Recôncavo Norte:
2
Área:
310 kmde
110
milhões
metros cúbicos
Bacia do Paraguaçu:
205 milhõesVolume
de metrosanual:
cúbicos
P anual
800 mm
650 milhões de metros cúbicos!!!!!!!
ÁGUA: A HIERARQUIA DA
QUALIDADE
METODOLOGIA
1-A identificação do perigo;
2- A caracterização do perigo;
3- A avaliação da exposição;
4- A caracterização do risco.
Identificação e caracterização do
perigo: Campylobacter
Número de amostras
Analisadas Positivas
Dinamarca (urbana)
17
2
Alemanha (urbana)
142
0
Holanda (?)
28
1
Austrália (rural)
42
6
Nova Zelândia (rural)
24
9
Nova Zelândia (rural)
115
0
Austrália (Adelaide)
12
0
Austrália (Brisbane)
11
0
Austrália (Broken Hill)
10
0
Austrália (Canberra)
10
1
Austrália (Sydney)
12
0
Austrália (Wollongong)
12
0
Local
Referência
Albrechtsen (2002)
Holländer et al. (1996)
Schets et al. (2005)
Bannister et al. (1997)
Savill et al. (2001)
Simmons et al. (2001)
Chapmann (2008)
Chapmann (2008)
Chapmann (2008)
Chapmann (2008)
Chapmann (2008)
Chapmann (2008)
Prevalência: 4,4%
CARACTERIZAÇÃO DO RISCO
⎡
⎞⎤
d ⎛⎜ α
⎟⎥
PI = 1 − ⎢1 +
2
−
1
⎜
⎟
N
⎢⎣
50 ⎝
⎠⎥⎦
1
Pn = 1 − (1 − PI )
PD=PD:I x PI
n
−α
N50 =896
α= 0,145.
Caracterização das variáveis
Variável
Distribuição
Unidade
Campylobacter na água de
NMP/L Lognormal
chuva
Frequencia de amostras
positivas
Frequencia de banho
Duração de banho
decimal Normal
#/dia Lognormal
min
Lognormal
Taxa de ingestão de água
mL/min. Normal
durante o banho
Mínimo: 0,2
Mediana: 1
Máximo: 45
Média: 0,05
Desvio padrão: 0,01
Mínimo: 0,1
Média: 0,9
Máximo: 5,0
Mínimo: 0,9
Média: 8,3
Máximo: 44
Média: 0,5
Desvio padrão: 0,2
METODOLOGIA: Fluxograma
Abordagem Estocástica
Volume ingerido por uso=
Frequencia
100%
90%
80%
70%
X
60%
50%
40%
30%
X
20%
10%
0%
1,00E-01
1,00E+00
1,00E+01
Vol ing/uso
100%
90%
80%
70%
=
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1,00E-01
1,00E+00
1,00E+01
1,00E+02
Abordagem Estocástica
Dose=
Vol ing/uso
100%
90%
80%
70%
60%
X
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1,00E-01
1,00E+00
=
1,00E+01
1,00E+02
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1,0 10-6 DALY = 31,5 segundos
2,9 10-6
DALY
35 mil
vezes
30 mil
vezes
DALYs no Brasil para alguns fatores de risco
Acidente em Acidente de
Homicídio
Transporte
Trabalho
6,6E-02
1,2E-02
1,0E-01
Câncer
8,5E-02
23 mil vezes 4 mil vezes
E. Cohim, 2009
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conclusão: consumo de água de chuva
armazenada em cisternas não aumenta o risco de
gastrenterite com relação ao consumo de água do
sistema público em crianças de 4 a 6 anos.
Jane Heyworth et al, 2006
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Água distribuída
Parâmetro
EMBASA
VISA
1997 2002 1997
2002
n % n % n % n
%
Micro-áreas
1997
2002
n
%
n
%
Coliforme Total
(NMP/100mL) NI SC NI SC NI NI 372 24,2 324 14,5 306 20,6
Coliforme
Termotolerante NI SC NI SC NI NI 369 7,3 324
8 306 5,6
Água de beber
Parâmetro
1997
n
%
2002
n
%
Coliforme Total
(NMP/100mL) 324 55,9 306 64,7
Coliforme
Termotolerante 324 37,0 306 37,9
M. L. P. Álvares et al, 2003
63,7%
CONCLUSÃO
Com base nos resultados, pode-se sugerir
que a água de chuva, em condições
normais, tem qualidade microbiológica
compatível com o uso para banho, desde
que se assegure cuidados mínimos na
operação do sistema, tais como o descarte
das primeiras águas e a limpeza e
desinfecção periódica da cisterna
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