UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – ICET
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Arianne Nunes Dualibi
ESTUDO COMPARATIVO DA INFLUÊNCIA DO SULFATO DE ALUMÍNIO
LÍQUIDO E SULFATO DE ALUMÍNIO GRANULADO NA TURBIDEZ, COR E
NO VOLUME DE RESÍDUO GERADO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS.
Cuiabá - MT
2010
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Arianne Nunes Dualibi
ESTUDO COMPARATIVO DA INFLUÊNCIA DO SULFATO DE ALUMÍNIO
LÍQUIDO E SULFATO DE ALUMÍNIO GRANULADO NA REMOÇÃO DE
TURBIDEZ, COR DA ÁGUA BRUTA E SUA RELAÇÃO NO VOLUME DE
RESÍDUO GERADO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS.
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao Departamento de
Química do Instituto de Ciências
Exatas e da Terra como requisito para
obtenção do grau de Bacharelado em
Química
Orientadora: Zoraidy Marques de Lima
Cuiabá - MT
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – ICET
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ESTUDO COMPARATIVO DA NFLUÊNCIA DO SULFATO DE ALUMÍNIO
LÍQUIDO E SULFATO DE ALUMÍNIO GRANULADO NA REMOÇÃO DE
TURBIDEZ,COR DA ÁGUA BRUTA E SUA RELAÇÃO NO VOLUME DE
RESÍDUO GERADO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS
Arianne Nunes Dualibi
Orientadora: Drª Zoraidy Marques de
Lima
Cuiabá - MT
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – ICET
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ESTUDO COMPARATIVO DA NFLUÊNCIA DO SULFATO DE ALUMÍNIO
LÍQUIDO E SULFATO DE ALUMÍNIO GRANULADO NA REMOÇÃO DE
TURBIDEZ,COR DA ÁGUA BRUTA E SUA RELAÇÃO NO VOLUME DE
RESÍDUO GERADO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS.
Arianne Nunes Dualibi
Orientadora: Zoraidy Marques de Lima
Monografia apresentada ao curso de graduação em Química do Departamento do Instituto
de Ciências Exatas e da Terra, como parte dos requisitos para obtenção do grau de
Bacharel em Química.
Drª.Zoraidy Marques de Lima
Esp. Maria Fátima dos Santos
Márcio de Jesus Mecca
DEDICATÓRIA
Dedico a realização deste trabalho aos meu pais Ruth Dualibi e Fadlo Dualibi, que
sempre me apoiaram, incentivando sempre na busca do conhecimento, e ao meu
companheiro de jornada Rafael E.D.Giustina pelo apoio e compreensão .
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus pela oportunidade e capacidade que me
deu.
Agradeço a meus pais Ruth Dualibi e Fadlo Dualibi,
pelo apoio, auxilio e incentivo que sempre me deram.
Agradeço ao meu companheiro, Rafael Eller pela
cumplicidade e dedicação.
Agradeço a minha orientadora Zoraidy Marques de Lima
pela atenção, ajuda e paciência com que me orientou nesta jornada.
Agradeço a Maria Fátima dos Santos pelo auxilio e
compreensão durante a realização deste trabalho
Agradeço aos operadores da ETA Tijucal, Aloísio, Firmo,
Vital,Walter e demais pela ajuda e paciência que tiveram comigo durante os ensaios.
Agradeço aos companheiros de laboratório, Adriana
Lousada Marinho e Ruberlei Godinho de Oliveira pela força e auxílio nos momentos deste
trabalho.
ÍNDICE DE TEXTO
1.0
INTRODUÇÃO
2.0
OBJETIVO
2.1
OBJETIVO ESPECÍFICO
3.0
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA BRUTA.
3.1.1. POTENCIAL HIDROGÊNIO IÔNICO- pH
3.1.2. TURBIDEZ
3.1.3 COR.
3.1.4 TEMPERATURA.
3.1.5 ALCALINIDADE
3.1.6 ACIDEZ
4.0 PROCESSOS DE TRATAMENTO.
4.1 CAPTAÇÃO
4.2 CALHA PARSHALL
4.2.1COAGULAÇÃO
4.2.1.1 PROPRIEDADE DOS COAGULANTES
4.2.2 SULFATO DE ALUMÍNIO.
4.3 FLOCULADOR.
4.3.1 FLOCULAÇÃO
4.4 DECANTADORES
4.4.1 DECANTAÇÃO OU SEDIMENTAÇÃO.
4.5 FILTROS
4.5.1 FILTRAÇÃO
4.6 DESINFECÇÃO
4.6.1 CLORO
5.0 RESÍDUOS DE ETA.
5.1 RESÍDUOS DE SULFATO DE ALUMÍNIO
6.0 MATERIAL E MÉTODOS
6.1 ETA TIJUCAL
6.2.METODOLOGIA
6.2.1 METODOLOGIA PARA DOSAGEM DE REAGENTES
6.3 ENSAIO DA COAGULAÇÃO
6.3.1 PREPARO DO JAR TEST
6.3.2 CONE DE IMHOFF
6.3.3 MEDIÇÃO DOS PARAMETROS
7.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO.
8.0 CONCLUSÃO
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
13
14
15
16
16
17
18
18
18
19
20
22
23
23
24
24
25
26
27
27
27
28
28
30
31
33
34
34
34
35
36
37
37
38
38
49
50
51
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 . Resultados das analises realizadas no 1º Ensaio de Bancada 40
referente a água bruta de turbidez 10,0 uT
Tabela 2 . Resultados das analises realizadas no 2º Ensaio de Bancada 43
referente a água bruta de turbidez de 211 uT
Tabela 3. Resultados das analises realizadas no 3º Ensaio de Bancada 44
referente a água bruta de turbidez 19,2 uT
Tabela 4 . Resultados das análises realizadas no 4º Ensaio de Bancada 46
referente a água bruta de turbidez 18,7 uT
Tabela 5: Valores referentes as características da água bruta e as dosagens 48
tidas como ótimas de Sulfato de Alumínio Granulado (SAG) e de Sulfato de
Alumínio Líquido (SAL)
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1. Faixa de pH de trabalho para os principais coagulantes
16
Quadro 2. Alcalinidade em função da faixa de pH
19
Quadro 3 – Faixa de transição de indicadores utilizados na titulação para 19
determinação da alcalinidade
Quadro 4 - Expressão da acidez em relação ao pH.
Quadro 5. Vantagens e desvantagens de alguns desinfetantes
Quadro 6. Características do lodo de sulfato de alumínio em porcentagem
20
29
33
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1.:Tipos de tratamento da água bruta que pode ser empregado na 21
Estação de Tratamento de água
FIGURA 2:Bomba de Captação da ETA TIJUCAL
FIGURA 3: Tubo de captação da ETA TIJUCAL
FIGURA 4– Calha Parshall da ETA TIJUCAL
FIGURA 5: Floculadores da ETA Tijucal.
FIGURA 6: Filtros da ETA TIJUCAL
FIGURA 7: Ponto de cloração da ETA TIJUCAL
FIGURA 8: Resíduos providos da lavagem dos filtros
FIGURA 9: Resíduo sólido de filtro da ETA TIJUCAL.
FIGURA 10: Fluxograma das etapas realizadas
FIGURA 11: Coleta da água bruta
22
22
23
26
28
30
33
33
35
36
FIGURA 12: Águas após a decantação de 15 minutos, momento da coleta da 37
água para análise dos parâmetros.
FIGURA 13: Águas após a decantação de 15 minutos, momento da coleta da 39
água para análise dos parâmetros.
FIGURA 14: Turbidez e Cor ap. encontrados x dosagem aplicada de SAG em 41
água bruta com turbidez de10,0 uT
FIGURA 15: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em 41
água bruta com turbidez de10,0 uT
FIGURA 16: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAG em 42
água bruta com turbidez de 211 uT
FIGURA 17: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em 42
água bruta com turbidez de 211 uT
FIGURA 18: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAG em 45
água bruta com turbidez de 19,2 uT
FIGURA 19: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em 45
água bruta com turbidez de 19,2 uT
FIGURA 20: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAG em 47
água bruta com turbidez de 18,7 uT
FIGURA 21: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em 47
água bruta com turbidez de 18,7 uT
RESUMO
Um problema que tem gerado polemica na sociedade é a questão do destino dos
resíduos. Numa Estação de Tratamento de água esse efluente, ou resíduo solido é gerado
basicamente pelos processos de lavagem dos filtros e decantadores, devido à adição de
coagulantes. A quantificação do lodo gerado pode ser estimada pelo uso do Cone de
Imhoff sendo o resultado expresso em mL/h. O coagulante popularmente utilizado é o
sulfato de alumínio devido seu baixo custo monetário e disponibilidade de acesso
encontrando-se na forma de sólido ou líquido.
Sua dosagem ótima de floculação é
determinada pelo ensaio de bancada (JAR TEST) sendo este método para a determinação
adaptado do Manual Prático de Análise de Água da FUNASA. Porém, para tal
determinação da dosagem e escolha do coagulante, devem-se levar em consideração as
características da água bruta, tais como: alcalinidade, acidez, pH, cor e turbidez. Sendo a
característica da turbidez, tida como principal critério para a escolha da dosagem ideal do
coagulante. Este trabalho teve como principal objetivo realizar um estudo comparativo da
influência do sulfato de alumínio líquido e do sulfato de alumínio granular em parâmetros
físicos e químicos da água bruta. A área demarcada para pesquisa experimental foi a
Estação de Tratamento de Água do Tijucal localizada em Cuiabá, Mato Grosso, a qual
possui uma vazão de captação de cerca de 1100 L/s, utilizando o tratamento convencional
e uso do coagulante sulfato de alumínio granulado. Através dos testes empregados foi
possível confirmar que o sulfato de alumínio líquido gera menos resíduo sólido que o
sulfato de alumínio granulado, sendo ambos eficientes na remoção da cor e da turbidez,
produzindo uma água que atende aos padrões de potabilidade da Portaria 518/2004 do
Ministério da Saúde.
Palavras Chave: Coagulação; Sulfato de alumínio; Tratamento de água.
1.0
INTRODUÇÃO
A água é um recurso essencial a manutenção da vida dos seres vivos, sendo
considerada um bem precioso. Porém com o crescimento exponencial da população, a
geração de poluição também aumentou, e um dos destinos dos efluentes gerados, sem
tratamento, é o corpo receptor de águas. Geralmente esses despejos poluidores possuem
impurezas carregadas negativamente, assim por possuírem cargas iguais não se agregam ,
aumentando a massa e com conseqüente não precipitação, tornando necessário o
tratamento químico (LEAL;LIBÂNIO, 2002). Devido a isso a água para ser potável deve
obedecer as normas da Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2005). A água
captada no manancial é conduzida a uma estação de tratamento. O tipo de tratamento a ser
empregado é dependente das características da água bruta (LIBÂNIO,2005).Podendo ser o
tratamento por método simples, como a filtração lenta, ou a filtração direta, ou mais
complexa, sendo este constituído pelo tratamento convencional. O tratamento
convencional tem por processos a coagulação, floculação, decantação e desinfecção. Os
principais pontos de geração de resíduos ocorrem pela descarga dos decantadores e pela
lavagem dos filtros (DI BERNARDO; DANTAS,2005). Esse resíduo lançado no meio
ambiente causa impactos substâncialmente consideráveis, como a redução da
luminosidade interferindo na vida aquática devido o aumento da matéria em suspensão.
Além
de possuir microrganismos patogênicos e substancias tóxicas, como metais,
especialmente o alumínio, oriundo do tratamento, interfere no ciclo do fósforo, essencial a
vida aquática (BARROSO;CORDEIRO,2001).
A característica do lodo é dada pela
matéria contida já na água bruta adicionada de produto químico, comumente é utilizado o
sulfato de alumínio (HAMMER,1979). O destino dos resíduos é monitorado pela
Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e pela Resolução CONAMA 357de março
de 2005 (BRASIL, 2005). A escolha do tipo de coagulante é feita pela alcalinidade, pelo
pH e pelo custo (LEAL;LIBÂNIO,2001). Devendo este ser eficiente na remoção de
matéria orgânica, pois esta em contato com o cloro origina substâncias tóxica,
carcinogênicas (AZEVEDO NETTO, 1974). Assim um dos principais parâmetros a serem
analisados é o de remoção da turbidez e da cor.
2.0
OBJETIVO GERAL
Este trabalho teve como objetivo geral realizar um estudo comparativo da influência
do sulfato de alumínio líquido e do sulfato de alumínio granular em parâmetros físicos e
químicos da água bruta.
2.1
•
Objetivos Específicos
Avaliar variáveis físicas e químicas determinadas no tratamento de água bruta e
após ensaios os referentes à água decantada.
•
Determinar a quantidade ótima de sulfato de alumínio pelo ensaio de jarros (Jar-
Test)
•
Mensurar o volume de lodo formado pelo uso comparativo dos sulfatos.
3.0
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As características da água bruta variam de acordo com a região, sendo de suma
importância a determinação destas características para transformá-la em água potável. Pois
a eficiência do processo de coagulação, de acordo com Campos, et al.(2005), também é
influenciada pelo pH e alcalinidade da água.
A água é considerada potável, de acordo com a Portaria 518 do MS de 2004
(BRASIL,2005), quando os parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos
obedecem aos padrões de potabilidade não oferecendo riscos à saúde do consumidor,
estando, portanto apta para o consumo humano.
A água bruta possui impurezas em dois estados particulados:
•
Suspensão- causa a turbidez; é ocasionada pela presença de areia, argila, silte,
despejos industriais, rede de esgoto e matéria orgânica; suas partículas giram numa faixa
de 10-3 mm a 10mm (Azedo Netto 1979).
•
Dissolvida- resulta na cor; é causada pela presença de íons ferro, manganês,
despejos industriais e decomposição de matéria orgânica.
Encontra-se na forma coloidal apresentando dimensões de 10 -3µm a 1µ
(Campos e
Povinelli-1979)
De acordo com Campos, et al.(2005) este material particulado possui carga elétrica
negativa, o que causa uma certa repulsão entre eles, evitando a aglomeração e conseqüente
decantação. Assim torna-se necessário o uso de produtos coagulantes, que atuam
facilitando a formação dos flocos, através da neutralização das cargas eletrostáticas, os
tipos de coagulantes mais utilizados são sulfato de alumínio, cloreto férrico e sulfato
férrico (CAMPOS; POVINELLI, 1979).
Na maioria das Estações de Tratamento de Água (ETA`S) utiliza-se o sal sulfato
de alumínio, devido a seu baixo custo e sua relativa eficiência. O tipo de coagulante é
tangenciado pelo valor econômico e a forma do tratamento da água relaciona-se com as
características da água bruta captada, entre os tratamentos encontramos o método da
filtração lenta, filtração direta ascendente, filtração direta descendente e, a mais
empregada, o tratamento convencional. A escolha do melhor método é aquele que produz
uma água que atenda a legislação em vigor, a Portaria 518 do Ministério da Saúde de 2004
( BRASIL, 2004).
3.1 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA BRUTA.
A água bruta pode ter diversas origens, ela pode ser de rios, lagos, represas, poços,
mar ou pode ser de retorno e efluentes. Cada qual apresenta características próprias que
variam de acordo com a origem (CAMPOS; DI BERNARDO e VIEIRA, 2005),
necessitando de um tipo de tratamento, com constante monitoração, pois é uma água
continua.
As características da água bruta que são monitoradas numa ETA, com freqüência
devido à importância na eficiência do processo de clarificação são: potencial hidrogênio
iônico; turbidez; cor; temperatura, alcalinidade e acidez.
3.11. POTENCIAL HIDROGÊNIO IÔNICO- pH
O pH é definido pela concentração de íons hidrogênio na solução, esta
concentração associada a uma escala que varia de 0 a 14, indica se a água é acida, possui
pH menor que 7; neutra, o pH é igual a 7; ou se é básica, o pH encontra-se com valor
maior que 7 (LIBÂNIO 2005) O aparelho utilizado para medição denomina-se
potenciômetro.
Quadro 1. Faixa de pH de trabalho para os principais coagulantes.
Coagulante
Sulfato de alumínio
Sulfato férrico
Sulfato Ferroso
Cloreto Férrico
Sulfato Ferroso Clorado
Aluminato de sódio e sulfato de
Faixa de pH ideal
5,0 a 8,0
5,0 a 11,0
8,5 a 11,0
5,0 a 11,0
Acima de 4,0
6,0 a 8,5
alumínio
FONTE: Campos e Povinelli (1979)
Sua determinação na água bruta é importante, pois influência nas reações que
ocorre com a adição do coagulante. A faixa de pH a ser empregada é determinada pelo
tipo do coagulante a ser utilizado. Assim se a água encontra-se ácida pode-se utilizar cal
hidratada, cal virgem ou hidróxido de sódio, se estivar básica usa-se um ácido, como por
exemplo, o ácido sulfúrico.
Outro motivo da determinação é a precaução do efeito
corrosivo e de entupimento em tubulações de distribuição, de acordo com a Portaria
518/2004 do MS ( BRASIL, 2005) o pH da água de distribuição deve encontrar-se entre
6,0 a 9,5.
3.1.2TURBIDEZ
A determinação da turbidez no controle do padrão da água dá-se pelo método
nefelométrico. O turbidímetro é o aparelho utilizado para a leitura, este aparelho é
constituído de um nefelômetro, sendo a turbidez expressa em unidades nefelométricas de
turbidez (NTU ou uT). Segundo Teixeira et al.(2004) a turbidez é referente a concentração
de matéria suspensa, quantificada por meio do efeito da dispersão que estas causam sobre
a luz, quanto maior a intensidade da luz espalhada maior será turbidez da amostra
analisada. O tamanho destas partículas varia, indo de grosseiras a colóides. Como já foi
dito anteriormente, a turbidez é causada pela presença de matéria orgânica (decomposição
de vegetais como, por exemplo, algas) e pela presença de inorgânicos (metais, despejos de
resíduos).
As presenças destas partículas insolúveis provocam a dispersão ou absorção da luz,
dando uma aparência turva à água. Esta turvação é uma característica física indesejável
tanto para o consumidor, quanto no tratamento da água.
De acordo com a Portaria 518/2004 do MS ( BRASIL, 2005), a turbidez de águas
destinadas ao consumo humano em pontos de rede não deve ultrapassar 5 uT. Para a saída
dos filtros a turbidez deve ser no máximo 2 uT (filtração lenta) e 1uT (filtração rápida).
Esta característica determina a aceitação ou a rejeição da água tratada, uma vez que
através dela, sabe-se a qualidade do tratamento empregado. Sua importância de remoção
segundo Teixeira et al.(2004), deve-se ao fato desta estar relacionada com a presença de
cistos e oocistos de protozoários.
A má remoção do material particulado diminui a eficiência da desinfecção, pois a
partícula funciona como uma proteção, abrigando o microrganismo em seu interior,
evitando assim que seja atingido pela ação do cloro.
3.1.3 COR.
Até meados do século XIX de acordo com Campos et al.(2005) o termo cor era
empregado para indicar altos valores de turbidez, a partir da década de 60, através de
estudos, houve uma diferenciação dos termos. Desta maneira a cor segundo Libânio
(2005) é produzida pela reflexão da luz nas partículas coloidais de dimensão inferior a
1µm essas partículas são predominantemente da decomposição de origem orgânica, mas
ocorrem também devido a presença de íons ferro, manganês ou dos diversos lançamentos
de resíduos.
Na caracterização de águas, existe diferença entre os termos cor verdadeira e cor
aparente. A primeira refere-se à cor após a remoção das partículas em suspensão, já a
outra se refere às partículas em todos os seus estados, ou seja, incluindo as que se
encontram em suspensão. De acordo com a Portaria 518 do MS ( BRASIL, 2005) a cor
aparente deve ter no máximo valor de 15 uC.
Esta característica é de suma importância devido ao fato de seus produtos
derivados da decomposição da matéria orgânica, quando não removidos de forma eficiente
entrarem em contato com reagente inorgânico, cloro, produzindo compostos organoclorados, os Trihalometanos –THM, considerados substâncias carcinogênica. De acordo
com Libânio (2005) vale ressaltar que não há somente a formação dos THM como
subprodutos, porém é o mais encontrado.
3.1.4 TEMPERATURA.
A temperatura é uma vantagem para os países tropicais (LIBÂNIO, 2005), pois
esta influência na reação química. Ao fornecer energia, no caso em forma de calor, a
energia cinética da reação aumenta, sendo proporcional diretamente, favorecendo o
processo de coagulação.
3.1.5 ALCALINIDADE
A alcalinidade é a medida da capacidade de neutralização dos íons H+, ou da
absorção desses íons sem mudança significativa do pH, funcionando como um tampão
(LIBÂNIO, 2005), desta forma esta característica atua minimizando a redução do pH
durante o processo de coagulação.
Esta característica manifesta-se em função do pH, podendo ocorrer devido à
presença de bicarbonatos (HCO3-); carbonatos (CO3-) e hidróxidos (OH-). Sendo que
somente até dois tipos podem estar presentes simultaneamente na água, lembrando que
hidróxido e bicarbonato reagem formando carbonatos; abaixo uma relação entre o pH e o
tipo:
Quadro 2. Alcalinidade em função da faixa de pH
Ocorre devido a
Bicarbonatos
Carbonatos e bicarbonatos
Hidróxidos e carbonatos.
Fonte: Adaptado de Libânio (2005)
Faixa de pH
4,4 a 8,3
8,3 a 9,4
Maior que 9,4
A alcalinidade é determinada pela titulação com ácido sulfúrico, indicador,
podendo ser o alaranjado de metila, ou a fenolftaleína, é dependente da característica da
água, sua unidade é dada em mg/L de carbonato de cálcio.
Quadro 3 – Faixa de transição de indicadores utilizados na titulação para determinação da
alcalinidade.
Indicador
Alaranjado de metila
Fenolftaleína
Fonte: Skoog (2009) ( Adaptado)
Faixa de viragem
3,1 – 4,4
8,3 – 10,0
Esta característica não possui um valor padrão, pois para consumo humano não há
objeção. É importante sua monitoração, pois mudanças bruscas, e elevados valores
associa-se a processos de decomposição da matéria orgânica, e a atividade de
microrganismos perante lançamentos de efluentes industriais.
3.1.6 ACIDEZ
A acidez é a expressão da capacidade de neutralizar uma base. Essa expressão tem
como fundamento a presença de CO2, adquirido da atmosfera por absorção, da
decomposição de matéria orgânica, da lixiviação do solo ou já presente originalmente na
água.
Sua importância principal deve-se ao fato de buscar evitar corrosão nas tubulações.
Assim como a alcalinidade é expressa em mg/L de carbonato de sódio.
Esta característica influência o pH na medida em que evita mudanças bruscas no
valor, sendo portanto expresso em função dele:
Quadro 4 - Expressão da acidez em relação ao pH.
pH
<4,5
Acidez decorrente
de ácidos minerais fortes
4,5 a 8,2
>8,2
FONTE: Richter; Azevedo Netto -1991
presença de CO2
CO2 livre ausente
4.0 PROCESSOS DE TRATAMENTO.
Com o crescimento populacional há um aumento substâncial na poluição em todos
os possíveis pontos de contaminação (ar, água e solo), causada por qualquer substância
sólida, líquida ou gasosa. As reservas de água são fontes renováveis, porém com essa
contínua exposição à poluição decorrente de ações antrópicas, principalmente, tornam-se
necessários tratamentos para que se transformem em água potável. Assim o tratamento da
água é realizado no intuito de se obter uma água que não ofereça riscos a saúde humana,
sendo quimicamente e bacteriologicamente seguras. Segundo Azevedo Netto (1979) são
três as finalidades do processo de purificação da água:
•
Higiênica – remoção de microrganismos; substâncias nocivas e redução de impurezas.
•
Estética - remoção da cor, odor e sabor.
•
Econômica- redução da corrosividade, da dureza, ferro, odor e sabor.
O tipo de tratamento a ser empregado depende da qualidade da água bruta, um
esquema resumido encontra-se apresentado na Figura 1:
FIGURA 1. Tipos de tratamento da água bruta que pode ser empregado na Estação de
Tratamento de água. FONTE: Adaptado Libânio (2005)
A técnica para o tratamento de águas mais utilizada é o método convencional, ou
seja, o tratamento completo. Este inclui o processo de clarificação com uso de coagulação
e floculação, seguida de desinfecção.
O processo de tratamento, segundo as Boas Práticas do Abastecimento de Água do
Ministério da Saúde(BRASIL, 2006), começa com a captação da água bruta no manancial,
sendo esta encaminhada a coagulação, floculação,decantação, filtração e posterior
desinfecção.
4.1 CAPTAÇÃO
A captação é um sistema construído próximo a rios, lagos, poços, barragens para a
captação da água destinada ao tratamento e abastecimento. De acordo com as Boas
Práticas do Abastecimento de água do Ministério da Saúde(BRASIL, 2006),deve-se
localizar em trechos retilíneos do curso d`água ou na parte côncava,protegendo as margens
de erosão, sendo esta favorecida pela maior velocidade das águas,e evitando as curvas e a
parte convexa, local onde se tem acúmulo de matéria sólida. Sua condução (recalque) é
feita por tubulações de metal (ferro). Já na captação retêm-se algumas impurezas, nas
grades de ferro ou telas das tubulações, desde que grandes como galhos de árvores, folhas,
peixes (YASSUDA; NOGOMI-1978) A figura 2 mostra a bomba de sucção da água bruta
da ETA TIJUCAL no Rio Coxipó, e a figura 3 mostra a tubulação de captação da água, na
parte debaixo encontra-se a grade que retém a sujeira.
FIGURA 2: Bomba de Captação da
FIGURA 3: Tubo de captação da ETA
ETA TIJUCAL. Fonte: DUALIBI,
TIJUCAL.Fonte:DUALIBI, A.N.(2010)
A.N.(2010)
.
4.2 CALHA PARSHALL
A calha Parshall é onde ocorre a aplicação do coagulante na água captada,
iniciando o processo de coagulação, denominado de mistura rápida Essa mistura rápida,
de acordo com Richter e Azevedo Netto (1991), não se tem uma conclusão definitiva a
respeito do tempo de mistura. A Figura 4 mostra a Calha Parshall da ETA TIJUCAL,
ponto que recebe o coagulante sulfato de alumínio.
FIGURA 4– Calha Parshall da ETA TIJUCAL.
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
4.2.1 COAGULAÇÃO
A coagulação é a desestabilização eletrostática das partículas de impurezas,
visando obter uma reação uniforme, porque deve acontecer quase que instantaneamente,
e contínua, pois a água encontra-se em permanente movimento (PARLATORE, 1979).
As partículas de impurezas coloidais são estáveis não precipitando espontaneamente,
necessitando de um produto para que a coagulação ocorra. Estas partículas são estáveis
porque todas são carregadas negativamente ou positivamente. Como os corpos de rios
são objetos de degradação por despejos domésticos e industriais, geralmente possuem
cargas negativas (LEAL; LIBÂNIO, 2002) necessitando deste processo pra que inicie a
formação de flocos.
A coagulação é resultado de dois processos, um químico onde ocorre a
desestabilização das cargas, e o segundo, físico, no qual se emprega agitação lenta para
que ocorra choque entre as partículas, agregando-se e formando flocos sedimentáveis.
Para que isso ocorra atua sobre ela mecanismos de ação como a compressão da camada
difusa, adsorção de neutralização de cargas, varredura e formação de pontes (LIBÂNIO,
2005).
Esse processo de iniciação da formação dos flocos, sofre a influência de fatores
como pH, dosagem do coagulante e característica da água bruta. Por receber em seu
corpo despejos de rede e indústrias, a característica muda constantemente, tornando
necessário que haja sempre a determinação da melhor quantidade de coagulante para a
remoção de impurezas, para isso utiliza-se o Jar test. Este processo sofre a interferência
de fatores como o pH, a alcalinidade, o tipo e concentração do coagulante, e a forma de
aplicação do produto.
4.2.1.1 PROPRIEDADE DOS COAGULANTES
A escolha do coagulante dá-se principalmente pela característica da água bruta,
pH e alcalinidade são os fatores que mais interferem. Temos nesta categoria o sulfato de
alumínio, é o mais popular, pois seu custo é baixo e encontra-se com facilidade; sulfato
ferroso, utilizado para águas que possuem pH elevado; sulfato férrico, usual em águas
ácidas e muito coloridas; e cloreto férrico, produz flocos em uma faixa de pH
ampla(CAMPOS;POVINELLI,1979).
Ainda de acordo com esses autores, para que seja empregado como um bom
coagulante este deve produzir bons flocos, a superfície do floco deve ser grande
adsorvendo as impurezas em suspensão; e não causar danos à saúde do homem.
4.2.2 SULFATO DE ALUMÍNIO.
O sulfato de alumínio conhecido também como alúmen é comercializado na
forma de granulado, pó ou em solução concentrada sob a fórmula molecular
Al2(SO4)3.18H2O ou Al2(SO4)3.14,3H2O a quantidade de água é dependente do seu grau
de hidratação (LIBÂNIO 2005). É o sal metálico mais utilizado, quando sólido contêm
17% de Al2O3 solúvel em água e quando na forma líquida contêm cerca de 8% de Al 2O3
disponível(HAMMER,1979). É obtido através da reação do hidróxido de alumínio
(bauxita) com o ácido sulfúrico(MANFRINI-1976):
2 Al(OH)3+ 3 H2SO4+3 H2O → Al2(SO4)3·6H2O
A reação entre um ácido e uma base gera sal e água, neste caso o uso de uma
base fraca e de um ácido forte resultou num sal ácido. É considerado um sal ácido pois
quando se inoniza ocorre uma reação secundária, na qual remove o OH- do meio
precipitando, deixando o H+ em excesso. Pelo fato do H2SO4 ser um ácido forte,
dissocia-se quase que completamente:
Al2(SO4)3
2Al+3 + 3(SO4)-2
H2O
H+ + OH-
2Al+3 + 3H+ + OH-
Al(OH)3 + 3H+
(MANFRINI-1976)
A faixa de pH ótima de trabalho para esse coagulante fica entre 5,0 a 8,0. Os
flocos obtidos através da reação do sulfato com a alcalinidade possuem aspecto
gelatinoso. Ao se adicionar o coagulante sulfato de alumínio, há formação do hidróxido
de alumínio Al(OH)3, sendo este o responsável pela formação dos flocos, e
desprendimento do gás carbônico CO2 resultando numa diminuição da alcalinidade,
segundo a reação abaixo:
Al2(SO4 )3.18H2O+3Ca(HCO3)2 → 3CaSO4+ 2Al(OH )3↓+6CO2
4.3 FLOCULADOR.
Após o recebimento do coagulante na calha Parshall, a água segue para o
floculador, que por um determinado período de tempo sob agitação branda tem-se a
formação de flocos devido à agregação. A agitação deve ser lenta para que não ocorra a
ruptura dos flocos, mas que apenas promova o choque entre as partículas para que haja
um aumento do floco facilitando a sedimentação.O floculador pode ser do tipo
hidráulico, no qual se aproveita a energia hidráulica, ocorrendo a agitação de forma
sinuosa; ou floculador mecanizado, a agitação ocorre pelo uso de equipamentos como
uma palheta movida a motor( RICHTER; AZEVEDO NETTO, 1991). A figura 5
refere-se a um floculador do tipo hidráulico da ETA TIJUCAL, passo posterior ao
recebimento do coagulante, onde os flocos começam a agrupar-se devido a agitação
branda ocasionada pelo aproveitamento da energia que se dissipa ao longo do caminho
sinuoso que perfaz.
FIGURA 5: Floculadores da ETA Tijucal.
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
4.3.1 FLOCULAÇÃO
É o processo na qual se obtêm a agregação das partículas desestabilizadas,
formando flocos, que com contínua agitação aderem uns aos outros tornando-se mais
densos, sendo decantados posteriormente (PARLATORE, 1979). Segundo Di Bernardo
e Dantas (2005) essa floculação ocorre pelos seguintes mecanismos:
•
Sedimentação diferenciada- ocorre devido a diferença de velocidade de
decantação, formando flocos maiores devido a choques entre as partículas.
•
Interação pericinética- também chamada de movimento browniano: pequenas
partículas
em
suspensão
em
meio
líquido
efetuam
movimento
rápido
e
desgovernado(SKOOG, 2009 );
•
Interação ortocinética : são choques provocados pela diferença de velocidade
das partículas no meio.
Ainda segundo os mesmos autores, os fatores que interferem nesta etapa são os
mesmos da coagulação acrescidos do tempo de detenção.
4.4 DECANTADORES
Os decantadores consistem numa estrutura na qual se procura evitar ao máximo
perturbação à água, para que as partículas sólidas mais pesadas que a água possam
decantar sob ação da gravidade, pois com agitação da água essas partículas tendem a
manter-se suspensas.
Existem três tipos de decantadores (AZEVEDO NETTO, 1979), os clássicos, no
qual recebe a água já floculada, realizando apenas a sedimentação; e os decantadores
com contato de sólidos, nele ocorrem simultaneamente a agitação, floculação e
decantação;e decantadores com escoamento laminar.
4.4.1 DECANTAÇÃO OU SEDIMENTAÇÃO.
É o processo de remoção de material sedimentável. Este material por força da
gravidade deposita-se no fundo dos decantadores formando uma camada de lodo no
fundo destes. A limpeza dos decantadores ou descarga dos decantadores ocorre
periodicamente, de acordo com o tamanho da Estação de Tratamento, característica da
água bruta, e eficiência dos processos anteriores. Essa limpeza pode ser mecanizada ou
manual, não devendo ocorrer com um intervalo de tempo que seja suficiente para que
haja a solubilização de substancias prejudiciais à saúde do homem que se encontram na
forma precipitada,lodo (BOAS PRÁTICAS DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006 )
4.5 FILTROS
O filtro tem por intuito remover partículas de baixa densidade ou finamente
divididas para qual a sedimentação não é efetiva. Pode ser do tipo lento, indicada para
águas com baixa turbidez, onde o processo é simples e não há adição de produtos
coagulantes, ou ser do tipo rápida no qual o meio filtrante é constituído por areia, carvão
e pedregulho(RICHTER e AZEVEDO NETTO,1991) A areia funciona removendo as
partículas suspensas menores que a abertura entre seus grãos, além de reter amebas e
giárdias. O carvão tem por finalidade a adsorção das impurezas que ocasionam cor e
sabor, o pedregulho dá suporte a areia e ao carvão
4.5.1 FILTRAÇÃO
A filtração tem por objetivo a obtenção de uma água límpida, através da
remoção de materiais finos, orgânicos, inorgânicos, reduzindo as impurezas causadoras
de cor e sabor, removendo inclusive alguns microrganismos, impurezas estas que
reduziriam a eficácia da cloração. A figura 6 mostra um dos filtros da ETA TIJUCAL,
sendo este constituído por uma camada de carvão, areia e pedregulho.
FIGURA 6: Filtros da ETA TIJUCAL.
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010).
A filtração ocorre após a sedimentação, pois espera-se que partículas mais
grosseiras tenham decantado, evitando assim a obstrução rápida dos filtros. Quando
estão obstruídos, faz-se a lavagem com jateamento de água e passagem de ar de forma
ascendente.
4.6 DESINFECÇÃO
A desinfecção é considerada uma das etapas mais importantes (BRANCO, 1974;
ROSSIM, 1979), pois é nela que ocorre a inativação de microrganismos patógenos
presentes na água como bactérias, protozoários e vírus.
Segundo Di Bernardo e Dantas (2005) a desinfecção age de uma ou mais
maneiras sobre o microrganismo, são elas: destruição da estrutura celular; interferência
no metabolismo com inativação de enzimas; interferência na biossíntese e no
crescimento celular, evitando a síntese de proteína, ácidos nucléicos e co-enzimas.
Existe uma enorme gama de desinfetantes, abaixo se encontra um resumo
(Quadro 5) com os mais utilizados.
Quadro 5. Vantagens e desvantagens de alguns desinfetantes
Desinfetante
Cloro
Vantagens
Oxidante poderoso;
manuseio;
Desvantagens
fácil Em presença de SH*
residual forma
persistente; uso comum.
halogênios; em excesso
causa
Ozônio
organoodor
e
sabor;
interfere no pH.
Forte oxidante; não apresenta Pequena meia
vida;
odor nem sabor; pequena consumo
excesso
influência do pH; ajudante energia
Permanganato de potássio
de coagulação.
corrosivo.
Fácil aplicação; não forma Oxidante
trihalometanos.
Peróxido de hidrogênio
Fácil
de
aplicar;
radicais hidroxilas.
de
elétrica;
moderado,
causa cor; pequena ação
desinfetante.
forma Oxidante
moderado;
formação de subprodutos
ainda desconhecidos.
FONTE: Adaptado de Di Bernardo e Dantas (2005 )
*SH-substância húmica
Dentre os inúmeros desinfetantes, a escolha deste fator dá-se, também, pela
característica da água bruta e por aquele que garanta a obtenção da água tratada isenta
de microrganismo. O desinfetante mais utilizado nas ETA’s é o cloro devido ao custo
benefício. Porém a busca por desinfetantes alternativos vem crescendo, pois o cloro em
contato com resquícios de matéria orgânica dissolvida proveniente da má remoção,
produz subprodutos carcinogênicos, causadores de malefícios a saúde humana.
Para ser utilizado como desinfetante este deve possuir certos atributos (ROSSIN,
1979; DI BERNARDO, 2005) como: destruição de microrganismos patogênicos em
tempo razoável; não deve ser tóxico, deve ser de custo baixo; acessível; fácil manuseio
e estabilidade no transporte e no armazenamento; fácil manuseio e aplicação; deve ser
seguro; sua concentração deve ser facilmente determinada e produzir residual livre
resistente atuando como barreira contra possíveis re-contaminações. A figura abaixo
mostra o ponto de cloração da água da ETA TIJUCAL, assim que sai dos filtros, esta
segue para o reservatório, de onde é distribuída para a população.
FIGURA 7: Ponto de cloração da ETA TIJUCAL
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010).
4.6.1 CLORO
O cloro em condições atmosféricas normal encontra-se na forma gasosa.
Possuindo afinidade com muitas substâncias, reagindo com quase todos os elementos
(AZEVEDO NETTO, 1974). É um agente químico muito ativo, quando adicionado na
água, e esta possui substâncias redutoras tais como sulfeto de hidrogênio, ferro e
nitritos, reage resultando numa baixa concentração.
É obtido através da eletrólise do cloreto de sódio em água, ou no processo de obtenção
da soda caustica.
Este desinfetante possui a vantagem da inativação eficiente para quase todos os
microrganismos encontrados na água; produção residual facilmente monitorada; e
possuir custo baixo, sendo também de simples manuseio.
Segundo Hossin (1979) estando presente na água atua de duas formas, como:
•
Desinfetante - destruindo ou inativando microrganismos, através da destruição
da parede celular.
•
Oxidante - oxidando compostos orgânicos e inorgânicos.
Quando de sua adição na água, reage formando o ácido hipocloroso (I) que por sua
vez dissocia-se produzindo o íon hipoclorito (II). Ambos possuem ação desinfetante,
porém o ácido hipocloroso possui maior eficiência (DI BERNARDO e DANTAS,
2005)
(I) Cl2 + H2O
→ HCLO + H+ + Cl-
(II) HCLO
→ CLO- + H+
O pH da água de abastecimento é que determina qual a forma predominante do cloro
(BOAS PRÁTICAS DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MINISTÉRIO DA
SAÚDE,2006) assim tem-se que para :
•
pH < 5,0: Cl2 predomina
•
5,0 <pH< 7,5: HCLO
•
pH >7,5 : CLOO cloro interfere no pH, pois este reage com os íons H + formando ácido
clorídrico, que por sua vez reage com a alcalinidade natural da água. Para utilização do
cloro como agente bactericida deve-se realizar uma completa remoção da matéria
orgânica presente na água, pois como já foi dito anteriormente, há formação de
substâncias nocivas.
A ação do cloro depende:
•
da concentração empregada, quanto maior a concentração mais eficaz;
•
do tempo de contato, a portaria vigente recomenda 30 minutos no mínimo;
•
da temperatura, temperatura maior favorece as reações;
•
da remoção da turbidez; e
•
do tipo de microrganismos. Há microrganismos como o vírus que causa paralisia
infantil e a hepatite infecciosa que resistem ao cloro (BRANCO, 1979).
O controle nas ETA’s é dado pela concentração do cloro residual livre, sua
detecção pode ser por método comparativo, no qual emprega-se a ortotolidina, que
reage adquirindo uma coloração amarela. A Portaria 518/2004 (BRASIL, 2004)
determina que a concentração deve ser de no mínimo 0,5 mg/L de residual livre e de 0,2
mg/L em qualquer ponto da rede.
5.0 RESÍDUOS DE ETA.
Como em todo processo químico, as Estações de Tratamento de Água também
geram resíduos sólidos, assim classificado o lodo de acordo com a NBR 10.004 de
2004(BRASIL,2004) Este resíduo é um problema destas estações, pois seu lançamento
acarreta uma série de alterações ao corpo receptor. O lançamento deste lodo é regido
pela Resolução CONAMA 357de março de 2005 (BRASIL, 2005), e tendo
regulamentado as atividades poluidoras e degradantes pela Secretaria Estadual do Meio
Ambiente ( SEMA).
As duas principais fontes de resíduos na Estação de Tratamento provem dos
decantadores, resultante da coagulação e da lavagem dos filtros(FIGURA 8)
(RICHTER, 2001). Antigamente esses resíduos gerados eram lançados no rio sem
nenhum tipo de tratamento, pois acreditavam que não estavam lançando nenhuma
impureza que já não tivesse presente no meio (HAMMER, 1979). Atualmente sabe-se
que nesses resíduos encontram-se novos poluentes, que contribuem para aumento de
metais tóxicos, aumentando a concentração de sólidos suspensos diminuindo a
luminosidade, afetando vidas aquáticas, e o alumínio presente liga-se aos fosfatos
alterando o ciclo do fósforo, contribuindo também com agentes patogênicos (DI
BERNARDO; DANTAS, 2005).
De acordo com Barroso e Cordeiro (2001) alguns metais, como cobre, zinco,
níquel, chumbo, cádmio, cromo e magnésio e, em especial, o alumínio presente no lodo
de ETA possuem ações tóxicas, podendo apresentar efeitos positivos ou negativos nas
técnicas de tratamento, disposição final e até mesmo, na reutilização destes resíduos
Atualmente existem inúmeros tratamentos a esse lodo, como por exemplo,
conduzi-lo ao sistema de tratamento de esgoto; lagoas pra desidratação; aterros
sanitários e aproveitamento de subprodutos (RICHTER, 2001).
Alem destas
alternativas comuns, em processo de pesquisas procuram maneiras de aproveitar o lodo
como o uso em solos (agricultura, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas),
fabricação de cimento, fabricação de materiais cerâmicos (DI BERNARDO e DANTAS
2005).Porem a escolha do método deve levar em conta as características que cada um
contém, essas características são herdadas da água bruta e dos produtos adicionadas
durante o tratamento da água, o que faz com que a técnica seja aplicável ou não
(HAMMER,1979).
FIGURA 8: Resíduos providos da lavagem dos filtros.
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
5.1 RESÍDUOS DE SULFATO DE ALUMÍNIO
É um líquido não newtoniano, gelatinoso, que se sedimenta com facilidade.
Possui em sua composição, hidróxido de alumínio, partículas inorgânicas, colóides de
cor e resíduos orgânicos (RICHTER, 2001). O Quadro 6 mostra a porcentagem das
frações típicas do lodo de sulfato de alumínio. A Figura 9 mostra o resíduo sólido
gerado no filtro da ETA TIJUCAL.
Quadro 6. Características do lodo de sulfato de alumínio em porcentagem
Sólidos
totais
Al2O3.5H2O %
%
0,1 – 4
15 – 40
Fonte: Richter (2001)
Inorgânicos %
35 – 70
Matéria
Orgânica %
15 – 25
pH.
6-8
FIGURA 9: Resíduo sólido de filtro da ETA TIJUCAL.
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
6.0 MATERIAIS E MÉTODO
6.1 ÁREA DE ESTUDO - ETA TIJUCAL
A ETA TIJUCAL capta água do Rio Coxipó. O Rio Coxipó do Ouro nasce na
Chapada dos Guimarães, cruza a área urbana de Cuiabá, e deságua no Rio Cuiabá. A
vazão de água na Estação é cerca de 980 m3/h. A água do Rio Coxipo possui um
alcalinidade ideal para o coagulante utilizado, o sulfato de alumínio ferroso,sendo este
obtido na forma de pedra em bolsas de 40 Kg. A aplicação é feita pela bomba dosadora
sobre a água bruta na ETA NOVA na Calha Parshall. Após a aplicação a água é
dividida, indo uma parte pra ETA de Concreto (ETA 1), outra parte para a ETA
Metálica (ETA 2) e outra seguindo na ETA NOVA.
O tratamento realizado nas 3 ETA`s é do tipo convencional, sendo gerado os
resíduos nos decantadores e filtros. Os floculadores são do tipo hidráulico (chicana). A
água segue então para os decantadores, seguindo para os filtros de areia, sendo então
clorada na seqüência do tratamento. A água tratada é recalcada para o reservatório
sendo distribuído por bombas aos bairros atendidos por ela.
No laboratório de análises de água são realizadas medidas controle a cada 2
horas dos parâmetros cor, turbidez, pH e cloro residual livre. Em período de chuva,a
turbidez da água do Rio Coxipó pode alcançar 500uT, com cor variando até na casa dos
1000 uC. Já em época seca, a turbidez não ultrapassa 10uT e a cor não ultrapassa 25uC.
6.2METODOLOGIA
O presente trabalho constou das seguintes etapas:
•
Caracterização dos parâmetros turbidez, cor, pH, alcalinidade e acidez da água
bruta;
•
Preparação da solução do coagulante;
•
Determinação da dosagem ótima pelo uso do teste de bancada, Jar test;
•
Determinação do volume de resíduo pelo método de resíduo sedimentável, Cone
de Imhoff.
As águas foram coletadas na Calha Parshall antes do ponto de aplicação do sulfato
de alumínio, e a determinação das dosagens ótima de coagulante foram realizadas pelo
Jar test, extraído e adaptado do Manual Prático de Análise de Água da FUNASA
(BRASIL, 2006). Para a obtenção dos dados referentes à quantidade de lodo, foi
aplicado o método de resíduos sedimentáveis, utilizando Cone de Imhoff, (SILVA;
GOMES, 2007).
Na Figura 10 encontra-se um fluxograma das etapas realizadas para a parte
experimental deste trabalho, desde a coleta ao método do cone de Imhoff.
FIGURA 10: Fluxograma das etapas realizadas.
6.2.1 METODOLOGIA PARA DOSAGEM DE REAGENTES
Foi utilizada uma solução de sulfato de alumínio a 0,2% preparado a partir do
sulfato em pedra e da solução líquida concentrada a 50% como coagulantes.
Preparação da solução de sulfato de alumínio a 0,2%
A)
A partir do sulfato em pedra:
Pesou-se 1,0003 g de sulfato de alumínio em pedra, acrescentou-se 200 mL de água
decantada e homogeneizou com a ajuda de um agitador, completando para um volume
de 500 mL.
B)
A partir da solução de sulfato concentrado 50%
Retirou-se uma alíquota de 2 mL da solução concentrada, e completou ate o volume de
500 mL, com água decantada.
6.3 ENSAIO DA COAGULAÇÃO
A água foi coletada no mesmo ponto de coleta dos operadores, no intuito de se
obter uma situação próxima vivenciada na estação, sendo recolhida na chegada à Calha
Parshall antes de receber o sulfato. A figura 11 mostra o momento da coleta realizada
por um dos operadores para a realização do teste de bancada.
FIGURA 11: Coleta da água bruta
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
As amostras de água foram colhidas em baldes ( Figura 11), homogeneizadas e
acomodadas nos jarros no mesmo local. Nesta água foram analisados os parâmetros
pH, alcalinidade, acidez, turbidez,e cor, sendo determinada a concentração do
coagulante nos jarros pelos valores destes dois últimos parâmetros.
6.3.1 PREPARO DO JAR TEST
A realização do Teste de Jarros foi adaptado do Manual de Análise de Águas da
FUNASA (BRASIL, 2006). O procedimento teve como primeiro passo a determinação
dos parâmetros cor, alcalinidade, pH, acidez e turbidez da água bruta. Encheu-se os
jarros de 2000 mL com esta água bruta, inicialmente a uma rotação de 100 rpm,
simulando a mistura rápida, e adicionou-se o coagulante, após um minuto, baixou-se a
rotação para 45 rpm, simulando o floculador, cessado 15 minutos, desligou-se o
equipamento, repousando por 15 minutos, passo do processo que simula o decantador.
Depois de decorrido este tempo coletou-se amostra de água de cada jarro e analisou-se
qual apresentou o melhor resultado.
FIGURA 12: Aparelho para Ensaio de Bancada, Jar Test
Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
6.3.2 CONE DE IMHOFF
O procedimento adaptado e idealizado (SILVA; GOMES, 2007) constituiu da
transferência da amostra homogeneizada, do jarro tido como o que melhor removeu a
turbidez, para o Cone de Imhoff de 1000 mL. Em seguida, deixou-se decantar por 45
minutos, e após esse período, com o auxilio de um bastão de vidro, em movimento
circular, despregou-se as partículas aderidas internamente na parede do cone, dando um
tempo de 15 minutos, realizando assim a leitura do material sedimentado, sendo este
resultado expresso em mL/h.
6.3.3 MEDIÇÃO DOS PARAMETROS
A turbidez e o pH são fornecidos pelos aparelhos calibrados, realizando-se
apenas a anotação do valor. A cor foi determinada por comparação visual com disco
comparador. Os demais se seguiu o procedimento contido no Manual Prático de Análise
de Águas da FUNASA ( BRASIL, 2006) alcalinidade determinada pela titulação com
acido sulfúrico a 0,02N ; a acidez pela titulação com hidróxido de sódio a 0,02N.
7.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Os dados obtidos referente às determinações da dosagem ótima de coagulante
pelo ensaio de bancada para os diferentes valores de turbidez, cor, pH, alcalinidade e
acidez da água bruta, encontram-se apresentados nas Tabelas de 01 a 04.
Estas tabelas apresentam a dosagem na qual se obteve a melhor remoção da
turbidez e da cor da água bruta e os valores da turbidez e da cor remanescente de cada
jarro. A dosagem ótima de coagulante é baseada no menor valor de turbidez da água
remanescente. O cálculo para a porcentagem de remoção da turbidez foi regida pela
seguinte regra de acordo com o Manual de Operação e Manutenção de Estação de
Tratamento de Água ( FANAIA et al., 2002)
%Rt = Turbidez da água bruta – Turbidez da água do jarro x 100
Turbidez da água bruta
Para a determinação da remoção da cor:
%Rc = Cor da água bruta – Cor da água do jarro x 100
Cor da água bruta
As leituras da turbidez, pH e cor foram realizadas após 15 minutos de
decantação, que posteriormente, aquele que obteve a melhor redução de turbidez foi
submetido ao cone de Imhoff, para a leitura do volume gerado de resíduo solido. Na
Figura 13, observa-se o período de pós 15 minutos, do ensaio realizado com a turbidez
de 211 uT com o coagulante sulfato de alumínio sólido.
FIGURA 13: Águas após a decantação de 15 minutos, momento da coleta da água para
análise dos parâmetros. Fonte: DUALIBI, A.N.(2010)
A Figura 14 e 15 apresenta os resultados referentes à Turbidez e Cor aparente
encontrados na relação da dosagem aplicada de SAG( Sulfato de alumínio granulado) e
SAL ( Sulfato de alumínio líquido), respectivamente, em água bruta com turbidez
de10,0 uT e cor de 27,5uC, mostra que a dosagem ideal situou-se em 8,0mL para o
SAG e 4,0mL para o SAL, observada também na Tabela 1.
Assim conforme os dados apresentados na Tabela 1 a dosagem de coagulante
em água bruta de turbidez 10,0 uT, em relação à menor turbidez (1,67 uT) e menor cor
(2,5 uC) é verificada com o sulfato de alumínio líquido. Sendo a geração de resíduo
influenciado pelo coagulante, conseqüentemente o sulfato líquido gerou menos resíduo,
uma diferença de 0,2 mL.
Tabela 1 . Resultados das analises realizadas no 1º Ensaio de Bancada referente a água
bruta de turbidez 10,0 uT
1º ENSAIO DE BANCADA (Jar-Test) PARA 10,0uT
ETA TIJUCAL
Acidez mg/L CaCO3
Data: 27/11/2010
2,0
Turbidez inicial : 10,0 uT
3,0
Cor aparente inicial: 27,5 uC
3,0
pH inicial: 6,78
2,7
Sulfato granulado (SAG)
Jarro
01
02
03
Dosagem de coagulante
(mL)
Turbidez encontrada (uT)
Cor ap. encontrada (uC)
pH encontrado
% Remoção turbidez
%Remoção cor aparente
Volume obtido do resíduo
2,0
8,75
27,50
6,63
12,50
0
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
Sulfato líquido (SAL)
Jarro
01
Dosagem de coagulante
(mL)
Turbidez encontrada (uT)
Cor ap.encontrada (uC)
pH encontrado
% Remoção turbidez
%Remoção cor aparente
Volume obtido do resíduo
2,0
8,56
27,50
6,61
14,40
0
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
4,0
8,60
27,50
6,45
14,00
0
5,0
2,31
2,50
6,37
76,90
90,91
Alcalinidade total mg/L CaCO3
6,0
5,0
5,0
5,3
Média
04
05
06
6,0
2,22
2,50
6,37
77,80
90,91
8,0
1,67
2,50
6,08
83,30
90,91
10,0
8,15
27,50
5,84
18,50
0
0,80
8,0mL
02
03
04
05
06
4,0
1,08
2,50
6,37
89,20
90,91
5,0
1,30
2,50
6,20
87,00
90,91
6,0
4,69
7,50
6,07
53,10
72,73
8,0
7,78
27,50
5,67
22,20
0
10,0
8,13
27,50
5,29
18,70
0
0,60
4mL
FIGURA 14: Turbidez e Cor ap. encontrados x dosagem aplicada de SAG em água
bruta com turbidez de10,0 uT.
FIGURA 15: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em água
bruta com turbidez de 10,0 uT
Na Tabela 2, a água bruta utilizada para os teste possui uma turbidez elevada de
211 uT e uma Cor aparente alta (150 uC) . A alcalinidade presente é de 1,06 mg/L de
CaCO3, valor que se apresenta menor
que o valor das demais
tabelas. Como a
alcalinidade é referente ao tipo de constituintes do solo (Di Bernardo; Conceição, Di
Bernardo, 1996) e levando-se em consideração que houve chuva no período, e que é
sabido que o solo mato-grossense é um solo ácido, houve portanto um consumo da
alcalinidade da água por parte destes constituintes arrastados para a água. Sendo
também a chuva, a responsável pelo aumento dos valores de cor e turbidez, uma vez
que arrasta matéria orgânica para o rio.
Nestes valores para a água bruta observando as Figuras 16 e 17 referente à
dosagem utilizada de coagulante versus turbidez e cor aparente encontrada, e
correspondendo respectivamente ao SAG e SAL, nota-se que a melhor remoção ocorreu
com o valor de 25 mL de coagulante de SAG, e que foi necessário 18mL quando se
utilizou o SAL. A diferença de 7mL resultou num volume de resíduo de 4,8 mL/h para
o SAG.
FIGURA 16: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAG em água
bruta com turbidez de 211 uT
FIGURA 17: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em água
bruta com turbidez de 211 uT
Tabela 2 . Resultados das analises realizadas no 2º Ensaio de Bancada referente a água
bruta de turbidez de 211 uT.
2º ENSAIO DE BANCADA (Jar-Test) PARA 211 uT
ETA TIJUCAL
Data:28/11/2010
Turbidez inicial : 211 uT
Cor aparente inicial: 150uC
pH inicial: 6,89
Sulfato granulado (SAG)
Jarro
01
Dosagem de coagulante
(mL)
21,0
Turbidez encontrada (uT)
7,31
Cor encontrada (uC)
12,50
pH encontrado
5,95
% Remoção turbidez
96,53
%Remoção cor aparente
91,67
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
Sulfato líquido (SAL)
Jarro
01
Dosagem de coagulante
(mL)
17,0
Turbidez encontrada (uT)
3,74
Cor encontrada (uC)
2,50
pH encontrado
5,94
% Remoção turbidez
98,23
%Remoção cor aparente
98,33
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
Acidez mg/L CaCO3
3,0
4,0
4,0
3,7
Alcalinidade
CaCO3
10,0
11,0
11,0
10,6
total
mg/L
02
03
04
05
06
22,0
3,78
7,50
5,84
98,21
95,0
23,0
3,01
2,50
5,82
98,57
98,33
24,0
2,33
2,50
5,88
98,89
98,33
25,0
1,80
2,50
5,71
99,15
98,33
26,0
4,39
7,50
5,70
79,19
50,0
Média
4,80
25mL
02
03
04
05
06
18,0
3,25
2,50
5,68
98,46
98,33
19,0
3,63
2,50
5,60
98,28
98,33
20,0
4,85
2,50
5,49
97,70
98,33
21,0
6,00
7,50
5,36
97,16
95,0
22,0
8,63
17,50
5,25
95,91
88,33
4,50
18mL
Os resultados apresentados na Tabela 3 mostram uma água bruta de turbidez de
valor 19,2 uT, com cor aparente de 32,5 uC. Tanto pela referida tabela, quanto pelas
Figuras 18 e 19,correspondente ao SAG e SAL respectivamente, a melhor dosagem
observada para a remoção mais eficiente da turbidez (0,78 uT) e cor aparente (2,5uC),
para o SAG foi de 7mL gerando um resíduo de 1,7mL/h, e para o SAL com turbidez de
0,64uT e cor 2,5uC, o valor utilizado foi de 4,0mL/h, obtendo um valor de 1,1mL/h de
lodo.
Tabela 3. Resultados das analises realizadas no 3º Ensaio de Bancada referente a água
bruta de turbidez 19,2 uT.
3º ENSAIO DE BANCADA (Jar-Test) PARA 19,2uT
Acidez
mg/L Alcalinidade
total
mg/L
ETA TIJUCAL
CaCO3
CaCO3
Data: 29/11/2010
4,0
3,0
Turbidez inicial: 19,2uT
4,0
4,0
Cor aparente inicial: 32,5uC
4,0
4,0
pH inicial: 6,80
4,0
3,7
Média
Sulfato granulado (SAG)
Jarro
01
02
03
04
05
06
Dosagem de coagulante
(mL)
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
Turbidez encontrada (uT)
0,94
0,78
1,00
2,02
5,16
7,43
Cor encontrada (uC)
2,50
2,50
2,50
2,50
12,50
17,50
pH encontrado
6,39
6,24
6,17
6,07
5,96
5,81
% Remoção turbidez
95,10
95,94
94,79
89,48
73,13
61,30
%Remoção cor aparente
92,24
92,24
92,24
92,24
61,18
45,65
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
1,70
Dosagem de melhor coagulação
Sulfato líquido (SAL)
Jarro
01
Dosagem de coagulante
(mL)
3,0
Turbidez encontrada (uT)
2,45
Cor encontrada (uC)
7,50
pH encontrado
6,41
% Remoção turbidez
87,24
%Remoção cor aparente
77,64
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
7,0mL
02
03
04
05
06
4,0
0,64
2,50
6,28
96,67
93,17
5,0
1,52
2,50
6,17
92,08
93,17
6,0
8,50
27,50
5,92
55,73
15,53
7,0
8,70
27,50
5,62
54,69
15,53
8,0
8,87
27,50
5,48
53,80
15,53
1,10
4,0mL
FIGURA 18: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAG em água
bruta com turbidez de 19,2 ut
FIGURA 19: Turbidez e Cor ap. encontrados x Dosagem aplicada de SAL em água
bruta com turbidez de 19,2 ut
De acordo com a Tabela 4 e as Figura 20 e 21 os melhores valores de remoção
de turbidez para o SAG (1,26uT e 2,5uU) resultou na dosagem necessária,para uma
eficiente remoção, 8mL de coagulante.Para o SAL que apresentou como melhores
resultados 0,82uT e 2,5uC o valor utilizado tido como mais eficiente foi de 5 mL. Estes
valores correspondem a uma turbidez de 18,7 uT, 45uC de cor e de pH igual a 6,89.
Tabela 4 . Resultados das análises realizadas no 4º Ensaio de Bancada referente a água
bruta de turbidez 18,7 uT.
4º ENSAIO DE BANCADA (Jar-Test) PARA 18,7 uT
Acidez
mg/L Alcalinidade total mg/L
ETA TIJUCAL
CaCO3
CaCO3
Data:30/11/2010
1,5
5,0
Turbidez inicial : 18,7uT
2,0
4,0
Cor aparente inicial: 45,0uC
2,0
5,0
pH inicial: 6,89
1,8
4,7
Média
Sulfato granulado
Jarro
01
02
03
04
05
06
Dosagem de coagulante
(mL)
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
Turbidez encontrada
2,69
1,44
1,26
1,33
5,92
6,11
Cor encontrada
2,50
2,50
2,50
2,50
27,50
27,50
pH encontrado
6,54
6,47
6,38
6,32
6,21
6,13
% Remoção turbidez
85,61
92,30
93,26
92,89
68,34
67,33
%Remoção cor aparente
94,44
94,44
94,44
94,44
38,89
38,89
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
1,70
Dosagem de melhor coagulação
Sulfato líquido
Jarro
01
Dosagem de coagulante
(mL)
3,0
Turbidez encontrada
14,10
Cor encontrada
45,00
pH encontrado
6,53
% Remoção turbidez
26,56
%Remoção cor aparente
0,00
Volume obtido de resíduo
(mL/h)
Dosagem de melhor coagulação
8 mL
02
03
04
05
06
4,0
2,54
7,50
6,44
86,77
83,33
5,0
0,82
2,50
6,35
95,73
94,44
6,0
1,34
2,50
6,25
93,02
94,44
7,0
7,05
17,50
5,99
63,28
61,11
8,0
12,30
37,50
5.88
35,94
16,67
1,40
5mL
FIGURA 20: Turbidez e Cor aparente encontrados x Dosagem aplicada de SAG em
água bruta com turbidez de 18,7 ut
FIGURA 21: Turbidez e Cor aparente encontrados x Dosagem aplicada de SAL em
água bruta com turbidez de 18,7 ut
Tabela 5: Valores referentes as características da água bruta e as dosagens tidas como
ótimas de Sulfato de Alumínio Granulado (SAG) e de Sulfato de Alumínio Líquido
(SAL)
Dosagem ótima de
coagulante
Água Bruta
pH
6,78
6,89
6,80
6,89
Turbidez
(uT)
10,0
211,0
19,2
18,7
SAG
6,08
5,71
6,2
6,32
pH.
SAL
6,37
5,68
6,3
6,35
Cor ap.
(uC)
27,5
150,0
32,5
45,0
Alcalinidade (mg/L
CaCO3)
5,30
1,06
3,70
4,70
%Remoção da Turbidez
SAG
SAL
77,8
89,2
99,15
98,46
95,9
96,7
93,26
95,73
SAG (mg/L)
8,0
25,0
7,0
8,0
SAL (mg/L)
4,0
18,0
4,0
5,0
%Remoção da Cor ap.
SAG
SAL
90,91
90,91
98,33
98,33
92,2
93,2
94,44
94,44
De acordo com Leal; e Libânio(2002) a dosagem ideal é aquela que produz a
maior eficiência na remoção percentual dos parâmetros de controle, quaisquer que
sejam.Na qual utilizaram para comparação da eficiência, coagulantes diferentes,sendo
que dependendo da situação que apresentaram,ora deu sais a base de ferro e noutra
situação o sulfato de alumínio.
Assim, na Tabela 5, vemos que o sulfato de alumínio líquido apresenta
melhores resultados para a remoção da turbidez. Há de se levar em conta também a
alcalinidade, esta age como um tampão minimizando a queda do pH. Costa (2007)
conclui que essa capacidade de tamponamento devido a alta alcalinidade faz com que o
pH permaneça praticamente inalterado. Porem como a água bruta utilizada para os
ensaio deste trabalho não possui alcalinidade alta, o pH sofre alterações . Sendo que este
é um dos fatores que afetam o processo de coagulação, conseqüentemente a quantidade
de sulfato necessário ao tratamento sofre variação.
O sulfato de alumínio possui uma faixa de atuação de pH entre 6,0 e 8,0, de
acordo com Vogel ( 1981), o hidróxido de alumínio em pH menor que 6 encontra-se na
forma livre, e em pH maior que 8 também. Já na faixa de atuação encontra-se na forma
associada , sendo este a forma que reage com a impureza precipitando (MANFRINI,
1976). Ao adicionar o sulfato de alumínio este hidrolisa-se liberando íons H + no meio
consumindo a alcalinidade, baixando o pH.
Assim a turbidez resultante antes da
dosagem ideal é devido as partículas que se encontram em suspensão e dissolvidas, já
os valores após a dosagem ideal ocorre devido ao excesso de sulfato. Este fato pode ser
observado nas Figuras de 14 a 21.
Porem se basear a escolha do coagulante somente na analise da turbidez não se
tem vantagem, uma vez que o sulfato líquido tem custo maior que o sulfato granulado,
onerando o volume menor que é utilizado. Todavia se levar em conta a geração de
resíduo durante o tratamento da água, o sulfato líquido produz menos resíduo. Desta
forma, se em 4 ensaios gerou-se em torno de 9 mL de resíduo com o sulfato de alumínio
granulado, a ETA TIJUCAL que apresentou uma vazão em torno de 1066l/s durante os
testes, hipoteticamente geraria cerca de 4,32m3/h de resíduo, já com o sulfato de
alumínio liquido que gerou nos 4 ensaios 7,6 mL, geraria cerca de 3,64 m3/h de resíduo.
Soma-se a esse valor do sulfato granulado ainda o grão que não se dissolveu por
completamente durante a preparação da solução, seja por não ter dado o tempo de
agitação necessário para a dissolução, ou pelo fato dos agitadores do tanque se encontrar
com problemas, e as impurezas nele contida que são insolúveis. Esse resíduo é um fator
que deve ser tratado pela ETA, uma vez que seu despejo em cursos d’água é uma
prática contestável, sendo fiscalizada e autuada pela
Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (SEMA).
Independente do coagulante utilizado, a geração de resíduos produzidos durante
o tratamento da água é inevitável, porém pode-se através de escolhas procurar
minimizar sua produção. Assim o resíduo que permanece no tanque de sulfato pode ser
adicionado a preparação de outra solução do coagulante em outro tanque, este
procedimento possui um baixo custo, uma vez que só necessita de uma bomba para a
transferência, resultando numa economia de sulfato. Ou ser incorporado ao resíduo
gerado nos decantadores e filtros e despejados na rede de esgoto para que receba um
tratamento para o lançamento nos rios.
8.0 CONSIDERAÇÔES FINAIS
Este trabalho confirmou a necessidade da determinação da dosagem ótima de
coagulante no tratamento de águas, numa Estação de Tratamento, pelo uso do Teste de
bancada utilizando como base os valores de turbidez remanescente. Para que seja
aplicada a dosagem ideal esta deve apresentar o menor valor de turbidez remanescente
após o período de decantação, ou seja, deve apresentar uma melhor remoção de
turbidez. Não se esquecendo que deve ser eficiente também na remoção da cor, uma vez
que, a cor, caso não seja corretamente removida, no processo de desinfecção acarretará
em substâncias nocivas ao consumidor, bem como a turbidez má removida pode
oclusionar microrganismos patogênicos.
Verificou-se que tanto o sulfato de alumínio granulado quanto o sulfato de
alumínio liquido, possuem ambiente de atuação ideal para sua função de coagulante,
sendo que as águas do Rio Coxipó, que abastece a ETA TIJUCAL, atendem as
necessidades de pH e alcalinidade necessária para uma boa atuação do agente químico.
Desta forma ambos removem eficazmente a turbidez e cor da água bruta. Atendendo
assim a exigência da Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
Foi possível também, observar a vantagem do uso do sulfato de alumínio líquido
quando comparado ao sulfato de alumínio granulado no quesito geração de resíduo. A
Estação de tratamento que possui uma vazão de 1100l/s em média, gera relativamente
uma grande quantidade de resíduo. É sabido que cada indústria, no caso indústria da
água, deve ser responsável pelo seu resíduo gerado, sendo assim deve se buscar
alternativas para redução de produção deste lodo, dar-lhe o destino que é devido, como
por exemplo a condução deste resíduo a Rede de Tratamento de Esgoto.
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR - 10.004: Resíduos
sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 2004(a). 33p.
AZEVEDO NETTO, JOSÉ, M; OLIVEIRA, W.E.;BRANCO, S.M.; SIGHIER; L.;
MANFRINI ,C. GELDREICH,E.; PERA, A.; SILVA,C.C..; GONSALVES;W.
QUIMARÃE,F. Desinfecção. SãoPaulo, CETESB.1974
AZEVEDO NETTO,, J.M.; MANFRINI, C.; CAMPOS, J.R.; POVINELLI, J.;
PARLATORE, A.C.; HESPANOL, I.; ROSSIN, A.C.; YAGUINUMA,S.; Técnica de
Abastecimento e Tratamento de Águas. SãoPaulo, CETESB.1979
BARROSO, M. M.; CORDEIRO, J. S. Problemática dos Metais nos Resíduos Gerados
em Estações de Tratamento de Água. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA SANITÁRIA, 21., 2001, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABES, 2001
BRASIL MINISTERIO DA SAÚDE – Fundação Nacional da Saúde, FUNASA.
MANUAL PRÁTICO DE ANÁLISE DE ÁGUA- Manual de Bolso. 2ª ed. rev. Brasília,
2006. 146p
BRASIL.
CONAMA
Resolução
no
357,
de
17
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf.
de
Março
de
2005.
Acesso em outubro de
2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boas práticas no
abastecimento de água : procedimentos para a minimização de riscos à saúde. Brasília :
Ministério da Saúde, 2006.252 p
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral
deVigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS n.º 518/2004 / Ministério da
Saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação- Geral de Vigilância em Saúde
Ambiental– Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. 28 p. – (Série E. Legislação
em Saúde).
CAMPOS, S.X.; DI BERNARDO, L.; VIEIRA, E.M. Influencia das características
Húmicas na eficiência da coagulação com sulfato de aluminio. Revista de engenharia
Sanitária Ambiental. Vol10 N◦3, 194-199, 2005
COSTA, E.R.H. da; Melhoria da Qualidade da Água tratada e aumento da Capacidade
de ETAS Atraves da Escolha Adequada de Coagulantes e Auxiliares em Águas com
Alcalinidade alta. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2007,
Belo Horizonte:ABES, 2007.
DI BERNARDO, L. ; DANTAS, A. D. B. Métodos e Técnicas de Tratamento de Água.
2.ed. São Paulo: Editora Rima , 2005. v. 2.
FANAIA et al., Manual de Operação e Manutenção de Estação de Tratamento de
Água,SANECAP,2002.
HAMMER, M.J. Sistema de abastecimento de água e esgoto. Tradução de A.S.
Almeida. Rio de Janeiro:Livros técnicos e científicos,1979.
LEAL,F.C.T; LIBÂNIO, M. Estudo da Remoção da Cor por coagulação química no
trataemento Convencional de Águas de Abastecimento. Revista de Engenharia
Sanitária Ambiental. Vol7 N◦3 e 4, 117-128,2002.
LIBÂNIO, M. Fundamentos de Qualidade e Tratamento de Água. Campinas,
SP:Editora Átomo. 2005
OLIVEIRA, W.E.; GAGLIANONE,, S.; YASSUDA, E.R.; NOGAMI, P.S.; PEREIRA,
B..E.B.; MARTINS,J.A..Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água.2.e.rev.
SãoPaulo, CETESB.1978
RICHTER, C. A.; . Tratamento de Lodos de Estação de Tratamento de Água. SãoPaulo,
SP: Editora Edgard Blucher LTD, 2001
RICHTER, C.A.; AZEVEDO NETTO, J.M..Tratamento de Água:Tecnologia
Atualizada. São Paulo: Edgard Blucher 1991
SILVA, O.L.C.; GOMES,H.P.. Viabilidade técnica, econômica e ambiental no
reaproveitamento de águas de lavagem em ETAs. 24◦Congresso Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental, Belo Horizonte, MG, 2007
SKOOG, D.A; WEST,D.M; HOLLER,F.J.; CROUCH, S.R. Fundamentos de Química
Analítica., Tradução de Marco Tadeu Grassi, 8ªed., São Paulo:Thomson,2007
TEIXEIRA,
A.R.;
SANTOS,
E.P.C.;
PÁDUA,
V.L.;HELLER,L.;
DI
BERNARDO,L.;LIBÂNIO,M. A Confiabilidade Analítica dos Valores de Turbidez da
Água Filtrada e seu Efeito no Cumprimento do Padrão de Potabilidade. Revista de
Engenharia Sanitária Ambiental, Vol 9 N◦1, 65-72p. 2004
VOGEL, A. I . Química Analítica Quialitativa. Tradução de Antonio Gimeno, 5 ed
rev.- São Paulo: Mestre Jou,1981.
LICENÇA:
A obra Estudo comparativo da influência do sulfato de alumínio líquido e sulfato de
alumínio granulado na turbidez, cor e no volume de resíduo gerado no tratamento de
águas, de Arianne Nunes Dualibi, foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo
Download

ÍNDICE DE TEXTO