Semiárido! Modo de Usar... Por Daniel Duarte MISA/PEASA/UFCG INSA/MCTI UFPB/CCA Municípios na área de atuação da SUDENE Municípios dentro do Semiárido Municípios fora do Semiárido Maranhão 217 0 (0,00%) 217 (100,00%) Piauí 223 127 (56,95%) 96 (43,05%) Ceará 184 150 (81,52%) 34 (18,48%) R. G. do Norte 167 147 (88,02%) 20 (11,98%) Paraíba 223 170 (76,23%) 53 (23,77%) Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo 185 102 75 417 168 28 122 (65,95%) 38 (37,25%) 29 (38,67%) 265 (63,55%) 85 (50,60%) 0 (0,00%) 63 (34,05%) 64 (62,75%) 46 (61,33%) 152 (36,45%) 83 (49,40%) 28 (100,00%) 1.989 1.133 (56,96%) 856 (43,04%) Estado Total Triste Partida Luiz Gonzaga Patativa do Assaré Meu Deus, meu Deus Setembro passou Outubro e Novembro Já tamo em Dezembro Meu Deus, que é de nós, Meu Deus, meu Deus Assim fala o pobre Do seco Nordeste Com medo da peste Da fome feroz Ai, ai, ai, ai A treze do mês Ele fez experiênça Perdeu sua crença Nas pedras de sal, Meu Deus, meu Deus Mas noutra esperança Com gosto se agarra Pensando na barra Do alegre Natal Ai, ai, ai, ai Rompeu-se o Natal Porém barra não veio O sol bem vermeio Nasceu muito além Meu Deus, meu Deus Na copa da mata Buzina a cigarra Ninguém vê a barra Pois barra não tem Ai, ai, ai, ai... ZANE 20 Grandes Unidades de Paisagem 172 Unidades Geoambientais. AQUARELA NORDESTINA Rosil Cavalcanti No Nordeste imenso Quando o sol calcina a terra Não se vê uma folha verde Na baixa ou na serra Acauã bem do alto Do Pau-ferro canta forte Como quem reclamando Sua falta de sorte E o sol vai queimando O Brejo, Sertão Cariri e Agreste Ai! Ai! Meu Deus! Tenha Pena do Nordeste Juriti não suspira Inhambu seu canto encerra Não se vê uma folha verde Na baixa ou na serra Asa Branca sedenta Vem chegando na bebida Não tem água a lagoa Já está ressequida Umbuzeiro da Saudade Luiz Gonzaga / João Silva Umbuzeiro velho velho amigo quem diria que tuas folhas caídas tuas galhas ressequidas iam me servir um dia foi naquela manhãzinha quando o sol nos acordou que a nossa felicidade machucou tanta saudade que me endoideceu de amor. Indiscreto passarinho solitário cantador descobriu nosso segredo acabou com nosso enredo bateu assas e voou e hoje vivo pelo mundo tal qual um vem vem assobiando o dia inteiro quando vejo um umbuzeiro me lembro te ti meu bem. Saudade Imprudente Zé Marcolino Oh que saudade imprudente No meu peito martelando Quando estou só me lembrando Da minha vida na roça Quando alegre um rouxinol Cantava pelo arrebol Quando centelhas de sol Penetravam na palhoça Minha casa era de arrasto Frente virada pro norte Pra ser feliz, pra dar sorte Pra não se dá coisa ruim Parece aquilo eu tá vendo Pela lembrança, doendo E a saudade trazendo Tudo pra perto de mim Conversa sem protocolo De fácil vocabulário Sem precisar calendário Eu fazia anotação Na minha imaginação Eu achava tão comum Contar mês de trinta e um Na palma da minha mão Ciclos no Semiárido/Caatinga Ciclo dos Nativos Ciclo da Cana de Açúcar Ciclo da Pecuária/Couro Ciclo do Algodão/Ouro Branco Ciclo do Caroá Ciclo do Sisal/Dourado Ciclo Madeireiro Serrote Agudo José Marcolino Passando em Serrote Agudo Em viagem Incontinente Vendo a sua solidão Saí pensando na mente Eu vou fazer um estudo Para contar “à miúdo” Quem já foi Serrote Agudo O que está sendo no presente Já foi um reino encantado Foi Berço considerado Quem conheceu seu passado Acha muito diferente Aonde o touro em manadas Berrava cavando o chão Fazendo revolução Em épocas de trovoada Dando urros enraivado Por achar-se enciumado Do seu rebanho afastada Vaca que lhe pertencia Na sombra do juazeiro Já lhe esperando o vaqueiro Com seu cachorro trigueiro Como seu grande vigia Vaqueiros e moradores Belezas encantos mil Onde reinavam os pudores De um Major Forte e viril Rijo porém animado Fazia festa de gado Onde o vaqueiro afamado Campeava todo dia Hoje sem Major sem nada Só se vê porta fechada Não reina Mais alegria Ciclo da Carnaúba Ciclo da Mandioca Ciclo da Maniçoba Ciclo da Oiticica Ciclo da Barriguda Ciclo do Cajueiro Ciclo do Mel Ciclo do Angico Ciclo dos Roçados/Consórcios Ciclo da Irrigação Ciclo Dendroenergético Ciclo da Caprinocultura Ciclo da Palma Ciclo da Algaroba Ciclo Extra-agrícola Ciclo da Fruticultura Ciclo do Biodiesel Ciclo da Mineração Ciclo do Imbu Política Agroecológica VI - Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva. VII - Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta. I - "Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau. II - Não toque fogo no roçado nem na caatinga. III - Não cace mais e deixe os bichos viverem. IV - Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer. V - Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé: deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza. VIII _ Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só. IX - Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba,a favela e a jurema; elas podem ajudar a você a conviver com a seca. X - Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo ter sempre o que comer. Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só." Padre Cícero (1844-1934) Oraçao da Pedra Cristalina, cuja origem é desconhecida e que deve ser rezada pelo menos uma vez por mês, numa sexta-feira de Lua Cheia "Minha Pedra Cristalina, que no mar fostes achada, entre o Cálice Bento e a Hóstia Consagrada. Treme a terra, mas nao treme Nosso Senhor Jesus Cristo no altar sagrado. Tremem, porém, os coraçoes dos meus inimigos e dos que me desejam o mal. Eu te benzo em cruz e nao tu a mim, entre o Sol, a Lua, as Estrelas e as tres pessoas distintas da Santíssima Trindade. Meu Deus! Na travessia avistei meus inimigos. Meu Deus! Eles nao me farao mal, pois com o manto da Virgem sou coberto e com o sangue de meu Senhor Jesus Cristo sou protegido. Eles tentarao me atingir, mas nao atingirao. Suas setas de maldade se desfarao como o sal na água. Se tentarem me cortar, nao conseguirao. Suas lâminas se dissolverao aos raios do Sol. Se tentarem me amarrar, os nós se desatarao por si. Se me acorrentarem, os elos se quebrarao pelo poder de Deus. Se me trancarem, as portas da prisao ruirao para me dar passagem. Sem ser visto, passarei por entre meus inimigos, como passou, no dia da ressurreiçao, Nosso Senhor Jesus Cristo por entre os guardas do sepulcro. Salvo fui, salvo sou, salvo sempre serei. Contra mim nada valerá. Contra os meus ninguém se levantará. E para proteger meu lar, com a chave do sacrário eu o fecharei." Após rezar esta oraçao, rezar também tres Pai Nosso, tres Ave Maria e tres Glória ao Pai. Algumas variaçoes recomendam que se acendam tres velas, em pires branco, pondo sal grosso ao redor de cada vela. Acauã Luiz Gonzaga Zé Dantas Acauã, acauã vive cantando Durante o tempo do verão No silêncio das tardes agourando Chamando a seca pro sertão Chamando a seca pro sertão Acauã, Acauã, Teu canto é penoso e faz medo Te cala acauã, Que é pra chuva voltar cedo Que é pra chuva voltar cedo Toda noite no sertão Canta o João Corta-Pau A coruja, mãe da lua A peitica e o bacurau Na alegria do inverno Canta sapo, gia e rã Mas na tristeza da seca Só se ouve acauã Só se ouve acauã Acauã, Acauã... Juazeiro Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga Juazeiro, juazeiro Me arresponda, por favor, Juazeiro, velho amigo, Onde anda o meu amor Ai, juazeiro Ela nunca mais voltou, Diz, juazeiro Onde anda meu amor Juazeiro, não te alembra Quando o nosso amor nasceu Toda tarde à tua sombra Conversava ele e eu Ai, juazeiro Como dói a minha dor, Diz, juazeiro Onde anda o meu amor Juazeiro, seje franco, Ela tem um novo amor, Se não tem, porque tu choras, Solidário à minha dor Ai, juazeiro Não me deixa assim roer, Ai, juazeiro Tô cansado de sofrer Juazeiro, meu destino Tá ligado junto ao teu, No teu tronco tem dois nomes, Ele mesmo é que ecreveu Ai, juazeiro Eu num güento mais roer, Ai, juazeiro Eu prefiro inté morrer. Ai, juazeiro... ...Apela pra Março Que é o mês preferido Do santo querido Sinhô São José... ...A treze do mês Ele fez experiênça Perdeu sua crença Nas pedras de sal,... Relampeou Elino Julião Relampeou lá na ponta do serrote Riacho cacimba e pote Com certeza vai encher O gavião no mourão já deu sinal A siricória cantou debaixo do mussambê A Juriti já começou a fazer ninho Entre os espinhos do pé de mandacaru A jandira que retira o mel da flor Ta morrendo de amor Pelo tal do mulungu Isso é sinal que vai nascer de magote Cascavel caça caçote Camiranga e cururu Roçado novo esperando a chuva cair Não tarda muito A promessa vou cumprir Tenho certeza Que esse ano tem fartura Bem cedo eu cumpro a jura Que eu fiz a Juracy Palma Doce Miúda Nopalea cochenillifera Salm-Dick Palma Orelha-de-Elefante Mexicana Opuntia tuna (L.) Mill) Palma Baiana Nopalea cochenillifera Salm-Dick) Mill Xanduzinha O caboclo Marcolino, Tinha oito boi zebú, Uma casa com varanda, Dando pro Norte e pro Sul, Seu paió tava cheinho, De feijão e de andú, Sem contar com mais uns cobre, Lá no fundo baú, Marcolino dava tudo, Por um cheiro de xandú. Ai, Xanduzinha, Xanduzinha minha flô, Como foi que você deixou, Tanta riqueza pelo meu amô ? Ai, Xanduzinha, Xanduzinha meu xodó, Eu sou pobre mais você sabe, Que meu amô, Vale mais que ouro em pó. Áreas de Desertificação na Região Nordeste em 1982 e em 2010 Áreas roxas as mais afetadas pelo processo Carlos Madeirohttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2010/08/05/mudancas-climaticas Milho dentro da caatinga Sisal ou Agave dentro da caatinga Mandacaru ou Cardeiro dentro da caatinga Palma Forrageira dentro da caatinga Forragem “dentro” e “da caatinga” Livre Arbítrio Estrada de Canindé ... Mas o pobre vê nas estradas O orvalho beijando a flor Vê de perto o galo campina Que quando canta muda de cor. Vai molhando os pés no riacho Que água fresca Nosso Senhor Vai olhando coisa a grané Coisa que prá mode ver O cristão tem que andar a pé... Letzeh byro higgäh atsehi ! Ambera ! [email protected] [email protected] PEASA/MISA/UFCG 83-2101-1591 INSA/MCTI 83-3315-6400 UFPB/CCA/Campus II/Areia 83 – 3362-2300 R – 3231