! Senhor Presidente da Mesa do Congresso, Senhor Secretário-geral do Partido, Senhor Secretário-geral do CDS-PP Madeira, Senhores Dirigentes Regionais e de Ilha, Autarcas, Juventude Popular, Caros Congressistas, ! Saudação RTP e OCS ! ! O CDS-PP Açores reúne a partir de hoje o seu IX Congresso Regional. ! Este é um dia muito especial para os Açores e para os Açorianos: ! O nosso Congresso começa no dia em que foi publicada na nova tabela de IRS que significa uma baixa do !1 ! imposto que é pago pelos trabalhadores e pela classe média, nestas nossas maravilhosas 9 ilhas. ! Sobre este assunto, falarei mais detalhadamente, adiante… ! Mais uma vez, a audácia domina as nossas decisões. ! Em 2011, inovamos ao realizar a nossa magna reunião na fantástica Vila de Velas, ilha de São Jorge (agora e pela primeira vez Município democrata-cristão)… Agora somos pioneiros na organização de um Congresso partidário na exuberante ilha do Pico. ! A l g u n s d i r i g e n t e s e m i l i t a n t e s f o ra m f o r t e s impulsionadores desta realização: tanto na intenção quase atrevida de aqui estarmos, como no arrojo de integrarem a Comissão Organizadora do Congresso. ! !2 ! Queremos, com a realização deste evento – o primeiro Congresso partidário a ser organizado nesta ilha – dar prova da nossa postura política de sempre: ! Os Açores são nove ilhas e o seu desenvolvimento alcança-se de forma harmoniosa. ! Os Açores são um conjunto de nove oportunidades diferentes que tem que ser catapultadas para a ribalta. ! Para isto é preciso mudar radical e rapidamente o paradigma de desenvolvimento seguido nos últimos anos das governações do PSD e cirurgicamente aprimorado nos vários mandatos dos governos socialistas. ! A teoria da locomotiva que havia de puxar todas as restantes carruagens nos “carris” do progresso, do crescimento económico e do desenvolv imento sustentável já deu provas de falência. !3 ! ! Não pode ser uma parte a projectar todas as outras; tem que ser cada uma das partes a somar ao resultado do todo. ! Nenhuma ilha é igual; todas têm potencialidades distintas; o Ser e o Estar açoriano variam nas nossas gentes e nas nossas terras. ! Temos vindo a alertar para os problemas da Autonomia há algum tempo. E, por isso, devemos fazer deste Congresso o início de um novo tempo, com novas políticas e justos modelos de desenvolvimento. Importa continuarmos unidos. É decisivo promover a coesão social e territorial dos Açores… É uma tarefa de alguns, mas uma responsabilidade de todos! ! !4 ! Companheiro e Açorianos, ! Nos últimos anos, conseguimos renovar o Partido sem desprezar nenhum dos nossos valiosos quadros. ! É certo que algumas mudanças provocaram certos refluxos. ! É certo que também fomos surpreendidos por inesperadas entradas e saídas no Partido, algumas com sequelas que momentaneamente transtornaram as estruturas. ! Mas quem entra com intenções que não se enquadram no nosso ADN de princípios e valores sai mais rapidamente do que entra! ! O CDS tem vindo a crescer de forma significativa e consistente desde 2007 e até hoje. Não apenas em !5 ! eleitores e mandatos, mas também em militância, implantação e formação. ! Este fenómeno não tem sido demasiado observado, mas reveste-se de redobrada importância, sobretudo porque acontece no tempo em que a política e os Partidos, em particular, atravessam uma profunda crise de prestígio e representatividade. ! O crescimento e a renovação tem-se intensificado desde as Regionais de 2008, onde elegemos Deputados por todos os grupos de ilhas e constitui-mos o maior Grupo Parlamentar de sempre da história do CDS-PP Açores. ! Nas Autárquicas, o CDS-PP voltou a conquistar uma Câmara Municipal nos Açores: foi o Luís Silveira que ganhou o reconhecimento dos eleitores das Velas de São Jorge. !6 ! Temos mais autarcas nas nos Municípios e nas Freguesias, merecendo uma palavra de apreço também os nossos Presidentes de Junta de Freguesia (Rosais e Norte Grande). ! Saliente-se ainda o regresso de eleitos pelo CDS-PP na Assembleia Municipal da Horta e em São Roque do Pico; ! A manutenção de um Deputado Municipal na Praia da Vitória e o reforço do Grupo Municipal em Angra do Heroísmo e nas Velas. ! Aqui, na ilha do Pico, para além da eleição em São Roque (onde para além da Assembleia Municipal temos também um eleito na Assembleia de Freguesia) registamos a eleição de autarcas nas freguesias da Candelária e das Bandeiras. ! Caros companheiros estes resultados devem-se, em primeiro lugar, ao empenho e abnegado trabalho das !7 ! estruturas de ilha e concelhias com o merecido apoio da direcção do partido. ! E ainda existem certos “opinadores” que dizem que o CDS é “o Partido da Terceira” ou o “Partido do Artur Lima”! ! Basta olhar para esta sala… Basta ver as 18 moções sectoriais que os nossos congressistas apresentam a esta reunião… Esta é a prova da vitalidade do CDS-PP Açores! ! Já nas eleições Legislativas de 2011 ficamos à beira de conseguir eleger, pela primeira vez, um Deputado dos Açores para a Assembleia da República. ! Importa destacar que, para além do melhor resultado de sempre, o Presidente Regional do Partido, não se esquivou à responsabilidade que as bases partidárias e a sociedade civil lhe impuseram, encabeçando a lista !8 ! que alcançou uma votação acima dos dois dígitos na maior ilha dos Açores. ! Esta ressalva apenas para comprovar, mais uma vez, que os eleitores de São Miguel se revêem no CDS-PP e que votam de forma significativa nos bons candidatos do CDS-PP, independentemente da sua ilha de origem. ! Tudo o que agora se diz por aí, não passa, por isso, de uma peculiar estratégia partidária gizada por alguns dirigentes de outras forças políticas e que, sem escrúpulos, nem pudor, desenterrou fantasmas divisionistas e bairristas, que mais não servem do que colocar açorianos contra açorianos, numa tentativa desesperada e mesquinha de tentar alcançar o poder a todo o custo. ! Não há ninguém – e eu desafio quem conseguir provar o contrário – que possa indicar uma única palavra ou gesto da minha liderança política e partidária que !9 ! tenha afrontado o Povo de São Miguel, que tenha sido contrária ao crescimento e desenvolvimento de São Miguel, que tenha promovido quebras de solidariedade entre qualquer das nossas ilhas. ! E quando eu digo que não há ninguém, falo para dentro, mas, principalmente, para o exterior do Partido! ! Já nos habituamos, sempre em véspera de eleições, a ouvir uns opinadores que fazem uns artigos (por pedido especial), para tentar reduzir o CDS ao “CDS da Terceira”. ! É a prova que o CDS-PP incomoda alguma classe política e “opinadeira” e a pseudo elite em Ponta Delgada que distingo do bom povo micaelense. ! O bairrismo de que me acusam é uma campanha renovada ciclicamente por alguns dirigentes políticos !10 ! de Ponta Delgada e por auto-intitulados opinion makers. ! Tenho sido vítima de campanhas ignóbeis e cobardes de quem não tem a coragem de me enfrentar frontal e politicamente. ! Mas tenho a grata satisfação de que, quando fui cabeça de lista às Legislativas de 2011, o Povo de São Miguel me ter dado 12% dos votos da ilha maior. ! Os micaelenses – o Povo de São Miguel – não as pseudoelites que vivem à custa do Orçamento Regional, reconhece o meu trabalho e o do CDS-PP e deu-nos um voto de confiança. ! Acreditem! Os autores desta campanha ignóbil que foi orquestrada contra o CDS-PP e, em particular, contra o Artur Lima, por destacados dirigentes de outros partidos com !11 ! responsabilidades acrescidas nas estruturas de São Miguel, mais dia, menos dias, vão “provar do seu próprio veneno”. ! A “operação anti-CDS” e “anti-Artur Lima” falhou, como falhará, sempre, quem nos combata com deslealdade! ! Companheiros e Açorianos, ! Já agora, por falar São Miguel, é preciso que fique claro que foi nos meus mandatos de Presidente do Partido, que as estruturas do CDS-PP na ilha de São Miguel tiveram mais apoio logístico, financeiro e até pessoal, apesar de ter tido, nos últimos anos, dificuldades em se organizar internamente… ! Os dirigentes de São Miguel têm perdido demasiado tempo em querelas ou disputas extemporâneas de liderança. !12 ! Ao contrário da renovação que se conseguiu imprimir nas bases e nas estruturas do CDS-PP no Faial (onde recentemente foi eleito o Rui Martins para Presidente da Comissão Política de Ilha); ! no Pico (onde o Roberto Nunes tem imprimido uma dinâmica de renovação muito interessante); ! em São Jorge (onde os resultados obtidos pelo Luís Silveira falam por si); ! na Terceira (onde estamos cada vez mais próximos de conseguir eleger o segundo Deputado Regional); ! na renovação que se está a operar nas Flores (onde em pouco tempo se elegerá pela primeira vez estruturas da Juventude Popular)… ! !13 ! Em São Miguel perderam demasiado tempo com questiúnculas internas e problemas pessoais, em vez de refundar o Partido. ! No entanto, por agora, o partido está pacificado e deixo aqui o devido reconhecimento ao Dr. Augusto Cymbron. ! Companheiros e Açorianos, ! Somos o que fomos; e vamos continuar a ser assim! ! E podem ter a certeza: ! Eu e a direcção regional que sair eleita deste Congresso, nunca desistirá de lutar por São Miguel, pelo desenvolvimento de São Miguel, pela melhoria da qualidade de vida dos Micaelenses, pela resolução urgente dos graves problemas sociais e económicos que se sentem e vivem em São Miguel. !14 ! Mas fiquem descansados vou continuar a viver na ilha terceira! ! Nunca desistiremos de o fazer; tal qual o vamos fazer para todas as restantes ilhas dos Açores! ! Por outro lado, o crescimento e a renovação do CDS-PP Açores pode e tem que ser realçado pela refundação da Juventude Popular, em 2012. ! Mais de uma década depois de a terem destruído (também por disputas esotéricas de lideranças) eis que um grupo de jovens qualificados, com emprego, que trabalharam para ajudar os seus pais a suportar os encargos dos seus estudos, abraçaram a causa de renovar uma juventude de valores e com valores. ! Hoje a JP/Açores é motivo de orgulho para o Partido que, reconhecendo os méritos destes jovens, já lhes !15 ! deu a oportunidade de serem (muitos deles) autarcas eleitos pelo CDS-PP. ! E os “jotinhas” são o futuro do Partido; são o futuro dos Açores. ! Nas vossas mãos caberá o poder da decisão das nossas vidas enquanto sociedade. ! À JP competirá contribuir para devolver às instituições e à sociedade civil as causas e os valores que se perderam nas últimas décadas. ! À JP caberá dizer basta ao amiguismo, ao nepotismo, à política que se paga com favores e aos empregos que se arranjam em troca de votos garantidos. À JP competirá também devolver à sociedade o reconhecimento do mérito, do esforço, da dedicação, do trabalho… ! !16 ! Companheiros e Açorianos, ! Fica assim comprovado que o CDS-PP, mais uma vez, e como sempre ao longo da sua história, resistiu a tudo e a todos na feroz batalha que alguns travam para reduzir o espectro político-partidário regional ao bipartidarismo. ! Esta luta expandiu-se do PSD, ao PS e destes a vários órgãos de comunicação social que, asfixiados à vontade dos subsídios públicos, ou subjugados à promiscuidade verificada na troca de chefias de órgãos públicos de informação para cargos de nomeação política relevantes, não raras vezes, promovem a bipolarização da vida política regional. Os nossos resultados eleitorais e o nosso trabalho político e parlamentar permitem-nos concluir, satisfatoriamente, que temos resistido à crise de prestígio da política crescendo em tempo de cepticismo; temos dos melhores desempenhos junto !17 ! das novas gerações e dos novos eleitores; somos reconhecidos pelas nossas boas propostas… ! Todos os resultados eleitorais revelam uma regra que não podemos eximir: onde estamos organizados e temos influência, crescemos (e muito); onde não temos nem uma coisa nem outra, estagnamos ou perdemos. ! É tempo de, por culpa própria, não faltarmos ao nosso compromisso; ! É tempo de nos organizarmos, porque, nos Açores, também temos tudo para aspirarmos ser muito mais do que uma boa oposição. O que falta? ! Falta os Açorianos apostarem numa alternativa, muito mais do que numa mera alternância entre PS e PSD; ! !18 ! Falta diferença na concepção política e ideológica e nós temos inovado na forma de fazer política; não somos uma oposição qualquer; somos uma oposição construtiva… Basta de parecer concorrente no símbolo, mas ser quase igual na substância; ! É preciso terminar com a alternância das semelhanças e optar por uma alternativa de valores; ! É preciso que todos (sem exceção) apostem no caminho da pedagogia em vez do trilho da demagogia; ! Para nós, CDS, a palavra dada é palavra honrada; Para outros, infelizmente, o que importa é a ascensão política e pessoal. ! Somos gente de Palavra! ! !19 ! Como vos disse no início contribuímos decisivamente para baixar os impostos nos Açores! ! Quero sublinhar 4 pontos: ! 1.º O IRS dos Açorianos, em 2015, baixa por dois efeitos: - o novo diferencial fiscal aprovado nos Açores; - e o quociente familiar que apoia e favorece as famílias com filhos. ! No Governo da República, o CDS conseguiu cumprir com o plano da Troika e, por isso, repôs o diferencial fiscal. Na oposição nos Açores, o CDS conseguiu ser determinante para baixar o IRS e o IVA. ! 2.º e mais importante: quando o CDS negociou com o Governo Regional teve em mente proteger quem tem menos e ajudar a classe média. !20 ! ! Assim, uma família com rendimento de 800 euros e um filho terá uma redução de 160 euros anuais, que significa menos 23% de retenção mensal; ! Já um casal com 1800 euros por mês e 2 filhos terá uma redução de 560 euros anuais no IRS, o que significa menos 14% na retenção mensal; ! Uma família com 1800 euros por mês e 3 filhos terá uma redução de 700 euros anuais no IRS, o que significa menos 18% de retenção na fonte. É o efeito conjugado das duas medidas (melhor IRS nos Açores e IRS mais amigo das Famílias). ! Pergunto aos Açorianos: valeu ou não valeu a pena o CDS fazer este acordo??? ! Valeu… Somos gente de palavra! ! !21 ! Em 3.º lugar é preciso salientar que o acordo a que chegamos também prevê uma redução do IVA em bens de primeira necessidade, medicamentos, alfaias agrícolas e indústria conserveira. ! Por fim, a baixa de impostos, a defesa da classe média e a política da família nos Açores têm o ADN e a impressão digital do CDS, por muito que isso custe a outros! ! Por isso, vale a pena dar força ao CDS… Companheiros, ! O CDS-PP tem que surgir aos olhos dos Açorianos como um Partido que se opõe, não apenas porque é oposição, mas porque saberá fazer diferente (para melhor) e o tempo tem-nos vindo a dar razão. ! A nossa única obediência tem que ser ao eleitorado que em nós confiou. !22 ! ! O CDS-PP é a opção que falta para que os Açores mudem o paradigma da governação e o ritmo do desenvolvimento. ! Tal como já demos provas na governação de Portugal; ! Tal como damos provas, todos os dias, nas autarquias onde temos maioria, legitimamente, o CDS-PP aspira a ser parte na solução que os Açores precisam, depois do estado a que 40 anos de alternância entre PSD e PS nos conduziram. ! Hoje, ao contrário do passado mais ou menos recente, chegamos a este Congresso não para discutir a nossa sobrevivência no espectro político regional, mas para afirmarmos a maturidade, a coesão e a qualidade do nosso projeto que visa DAR MAIS VALOR AOS AÇORES! ! ! !23 ! ! Artur Lima ! ! ! ! ! ! ! !24