O que você acha da escolha de Luiz Felipe Scolari para a seleção? Roberto Alves Colunista do dc “Na Copa de 2002, testemunhei o trabalho de Felipão. Ele superou todos os problemas e levou o Brasil ao título. Não foram poucas as tardes em que Felipão demorava mais de três horas treinando lances individuais. É, no momento, o melhor nome para a Seleção, aliando conhecimento, comando e, sobretudo, experiência. Claro que ele não é unanimidade, mas também não entro nessa de que é técnico especial para torneios de tiro curto. Personalidade forte, Felipão sabe segurar o grupo quando preciso e com ele vão jogar os melhores, o que não vinha acontecendo.” André Rizek apresentador do sportv “Acho que só faria sentido trocar o Mano por alguém realmente diferente, uma aposta revolucionária, como o Guardiola. Vejo a aposta no Felipão como um retrocesso. Estamos contratando uma figura de 2002 para trabalhar em 2012. Mano não tinha currículo para assumir a Seleção. Erraram ao contratá-lo. Mas é um erro muito maior tirá-lo assim, sem motivo, para colocar alguém no lugar dele que nem é mais o grande treinador do Brasil. Mero populismo.” Juca Kfouri colunista da folha de s.paulo “Uma solução óbvia vindo da dupla Marin e Del Nero, algo populista. Se der certo, eles assumem o papel de heróis e dizem: “Fomos nós”. Se der errado, a culpa é do Felipão e do Parreira. Além do que, não vai trazer nenhuma inovação conceitual à Seleção. Eu era a favor da manutenção do Mano Menezes, mas, como foi demitido, traria o Guardiola.” Marcos Castiel colunista do dc “É possível, sim, uma notícia boa ser triste. A escolha de Felipão é um exemplo. O fato é bom: Felipão é um técnico especialista em torneios de tiro curto (como a Copa), portanto estamos em ótimas mãos para tentar salvar nossa honra em casa. Felipão é experiente, faz boas convocações. O fato triste: o futebol brasileiro não precisa de soluções mágicas, imediatistas, fisiológicas. Precisaria de um conceito de futebol a médio e longo prazos, que interrompesse o processo de inferioridade em relação à Espanha, à Alemanha e até Uruguai, Holanda e Argentina.” Carlos EDUARDO Lino apresentador do sportv “Eu, particularmente, não teria tirado o Mano, o processo de renovação que ele conduzia era correto. Trazer alguém como Guardiola talvez fosse ideal, mas o tempo é curto. Entre todos os nomes, o Felipão é o mais adequado às circunstâncias. Em função do peso que ele e o Parreira têm fora do Brasil, é uma boa escolha. O Felipão só precisa provar que não parou no tempo. Quanto à campanha dele no Palmeiras, ninguém perde nada sozinho e nem ganha nada sozinho. Ele não teve 100% de culpa no processo que levou o Palmeiras à Série B.” Rodrigo Faraco colunista do dc “Felipão retorna praticamente 10 anos após a grande conquista da sua carreira e a última conquista da Seleção. E retorna num quadro parecido com o que assumiu antes da Copa da Coreia e do Japão. À época havia uma crise técnica e uma Seleção que não conseguia resultados. Agora há uma seleção cheia de dúvidas e uma outra crise estabelecida. A chegada de Felipão representa também uma mudança de perfil do tipo de futebol que a Seleção vai jogar. Ele coloca times para futebol de competição – ao extremo. Estejam preparados pra um time que não vai ser de encantamento, mas que vai correr e lutar muito pelo hexa. O treinador também terá que se exigir mais. Terá que sair dessa obviedade e trabalhar um pouco mais pela qualidade.” Paulo Vinícius Coelho comentarista da espn brasil “Acho que o Felipão não deveria receber como prêmio por uma campanha ruim com o Palmeiras chegar à Seleção logo depois. Agora, tem a experiência, a aglutinação do povo ao lado dele. Ele vai fazer essa tentativa de provocar um clamor em torno da Seleção, um prazer, um nacionalismo pra jogar a Copa do Mundo em casa, e o Felipão sabe fazer isso. No futebol, o Parreira está muito mais próximo do Mano, com essa saída de jogo por baixo. Essa não é a característica do Felipão, que é de ligação direta e até bola pro mato.” Ruy Carlos Ostermann colunista de zero hora “A volta de Luiz Felipe Scolari para a Seleção Brasileira é a volta também de um técnico competente, exigente e vitorioso. A experiência no Palmeiras foi desastrosa, mas, certamente, mais pelo clube do que por ele. Voltar à Seleção um ano e tanto antes da Copa é uma tarefa gigantesca. Porque é preciso superar todas as limitações que Mano Menezes, com talento, conseguiu, se não superar por inteiro, ao menos mostrar a natureza permanente desse problema: não temos mais supercraques. Tudo terá de ser construído, e, para isso, Luiz Felipe Scolari é o homem.”