GENTE NOVA EM MISSÃO
Vaidade tem um nome: Eu
Caros amigos e amigas!
Vocês como estão? Tudo numa boa? Faço votos para que sim. Cá por
Fátima, na revista, está tudo muito parado. Não admira. Nós também
merecemos um certo descanso que se chama férias.
Daqui a pouco vai chegar o 13 de Agosto, a peregrinação chamada dos
emigrantes. Nesse dia vem para aí gente que é o fim do mundo! Temos
de estar bem preparados para acolher a todos. Muitos deles até vêm
pagar a revista nesse dia.
Quanto à história de hoje, ela mete objectos a falar de si mesmos numa
vaidade que até enjoa: «Eu isto, eu aquilo, eu para aqui, eu para acolá».
Enfim, eu, eu, eu. Leiam e vejam se não tenho razão!
texto Ana Lucas ilustração Ricardo Neto
Confusão
na caixa de costura
A fita métrica mais calma,
troçava da conversa.
Convencida que estava de que era quem mais sabia.
Porque era ela quem media
e garantia que tudo estava certo.
Era caso de discussão,
e de grande confusão,
qual a importância de cada um,
na construção do nosso mundo.
E na caixa de costura,
cada um se debatia
E suas ideias defendia
sem fazer caso do outro.
Dizia a tesoura, com o seu ar de senhora,
que ela era a mais importante!
Pois só ela podia cortar e recortar,
e o tecido moldar
para poder fazer as mais bonitas peças.
Mas a agulha logo se espevitou,
e depressa reiterou
que ela é que era a mais importante.
Porque o fio transportava,
as peças de tecido juntava.
Mas o fio revoltado,
sentindo-se inferiorizado,
afirmou com convicção:
“Agulha, tu tudo picas.
Eu é que sou colorido.
Torno tudo divertido e sou eu quem traz união.
FÁTIMA MISSIONÁRIA
28
AGOSTO/SETEMBRO 2010
GENTE NOVA EM MISSÃO
O dedal, por sua vez,
afirmava com timidez,
que o seu trabalho era importante e vital,
evitando o grande mal,
que a agulha e os alfinetes podiam causar.
Era forte e protector,
e por isso não podia haver melhor.
A caixa grande e compartimentada,
ouvia tudo sem dizer nada,
aguardando com expectativa o desfecho,
de toda esta discussão.
Mas as vozes se começaram a levantar,
e os ânimos a exaltar,
começou uma revolução.
Voavam botões e alfinetes,
elásticos, fechos e colchetes,
e não se via solução.
Moralinha
Os nossos dons tornam-nos importantes e especiais. Mas o nosso
trabalho só se torna grande quando é feito em equipa, quando juntamos
os nossos dons aos dons de outras pessoas. Só assim construímos
coisas grandes que sozinhos não teríamos conseguido.
Amiguinho, trabalha sempre em união com a tua família e os teus
amigos. É assim que fazem os nossos amigos da “Caixa de costura”.
Se eles conseguem, com a sua união, fazer lindas peças de roupa que
gostamos de vestir, tu poderás fazer muito mais pelo mundo onde vives:
em casa, na escola. Sempre com os teus amigos!
Sabias que…
Os primeiros objectos semelhantes às tesouras
surgiram no Antigo Egipto, em 1500 antes de Cristo. Contudo,
o formato com duas lâminas assimétricas, como conhecemos as
tesouras hoje em dia, surgiu no tempo do Império Romano.
Foram identificadas
Então a caixa, que era sábia,
decidiu finalmente intervir,
e disse com voz calma e a sorrir:
“Nós todos somos importantes!
O tecido não serviria,
sem os cortes inteligentes da tesoura.
Que teria um trabalho inútil,
se a agulha e o fio,
não superassem o desafio
de unir os vários pedaços de tecido.
E quem precisaria de dedal
se não usasse também a agulha?
E seria o trabalho perfeito,
se não fosse o grande jeito
das medições da fita métrica?
Todos nós temos importância
e muita relevância
na construção de coisas lindas.
Mas o nosso papel só faz sentido,
unido sempre ao do nosso amigo”.
agulhas primitivas,
feitas com ossos e
marfim, com mais de
30 mil anos. Nessa
época, o material
costurado era o couro.
As roupas não são
apenas uma forma de
resguardar o corpo
das adversidades
climáticas e um meio
de convivência na
sociedade. São também
uma maneira não
verbal de comunicar
com o outro.
Participa
tu também
Faz o teu desenho sobre a união
e envia-o para:
[email protected]
ou para:
FÁTIMA MISSIONÁRIA
Apartado 5
2496-908 FÁTIMA
FÁTIMA MISSIONÁRIA
29 AGOSTO/SETEMBRO 2010
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Confusão - Fátima Missionária