Maria João Gomes 1 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... caelactividade03: Maria João Gomes FrontPage | Introdução | Elena Barberà | Alex Primo | Maria João Gomes | Trabalho Final Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009. http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/9420 (repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/9420) “O trabalho de avaliação de cursos e programas deve resultar de um esforço cooperativo, que implica o trabalho de participantes, de docentes e de administradores, sob coordenação de uma equipe. Torna-se fundamental a participação de todos os segmentos e categorias de profissionais nesse processo, desde a discussão da proposta avaliativa até ao encaminhamento de decisões e ações, condição necessária para que a avaliação constitua efetivo instrumentos de promoção de alterações e mudanças necessárias, subsidiando, assim, uma prática transformadora no contexto institucional” Gonçalves, 2006:177 A avaliação do curso deve ser contínua porque é uma ‘avaliação em processo’ que deve traduzir-se numa reflexão contínua sobre objetivos (definidos, alcançados ou redefinição dos mesmos). Tal avaliação tem como características: captar os acertos e erros, as facilidades e dificuldades para cada grupo particular de professores, alunos, conteúdos, etc.; incluem um alto grau de interação entre os participantes; avaliação de carácter abrangente, multifacetada e heurística ; considera múltiplas dimensões : adequação da tecnologia de suporte ao público alvo e às especificidades do curso; nível de interacção preconizado; relevância dos conteúdos e das actividades a realizar; qualidade dos materiais de apoio; tipos e funções de avaliação previstas; estruturas e estratégias de suporte aos estudantes; perfil e competências dos professores. Questões ligadas à avaliação das aprendizagens online (como resolvê-las): Como verificar a identidade do aluno? Como avaliar os processos de aprendizagem e não apenas os produtos? Como “conhecer” os estudantes, as suas motivações, interesses, dificuldades, quando com ele não contactamos directamente? Como associar à avaliação uma componente de feedback relevante e temporalmente oportuno? “[q]uando feita a distância, a avaliação é mais complexa, por não ser possível ter o feedback das interacções face a face, que possibilita uma avaliação informal do aprendiz, dando indícios da compreensão e interesse deste” Rocha, Otsuka, Freitas & Ferreira; 2006:347 Segundo Garrison e Anderson (Garrison e Anderson, 2003) apresentam-se desafios acrescidos em 25-12-2010 23:28 Maria João Gomes 2 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... cenários de EaD: Os efeitos mediadores dos meios de disponibilização e comunicação; A falta de proximidade física e de linguagem utilizada em sala de aula, para retornos imediatos; A falta da perceção do instrutor e o controle sobre o actual ambiente de aprendizagem; A dificuldade de autentificação e privacidade em contextos distribuídos; e A redução da interação informal, depois da aula, em algumas formas de EaD. Tradução livre a partir de Garrison, D.R. e Anderson, T. (2003). E-Learning in the 21 st. Century - A framework for research and pratice. New York: Routledge e Farmer. Segundo Maria João Gomes é importante avaliar o processo de aprendizagem do estudante. Para tal é necessário conhecer o perfil de cada estudante, o que implica ... “… Diversificar os momentos, fontes e instrumentos de avaliação são medidas importantes na educação a distância (online) pois ajudam o professor a construir um perfil de cada estudante através do cruzamento de informações, permitindo que todo o processo se torne mais claro e fidedigno.” Garrison e Andreson (2003) Implementação de práticas de avaliação contínua em contexto e-learning envolvem: 1) grau e tipo de participação dos estudantes em fóruns de discussão, 2) a análise de níveis de consulta dos recursos disponibilizados, 3) o desenvolvimento de portefólios digitais. Práticas de avaliação contínua em contexto b-learning: possibilidade de confronto e cruzamento dos desempenhos em situação a distância e em situação presencial; assegurar um maior grau de confiança em termos da apreciação da autoria dos trabalhos e atividades realizadas pelos estudantes ; conjugar momentos de avaliação presenciais com momentos de avaliação online. Organização dos cursos online – 2 abordagens: 1) reproduzir o modelo mais tradicional de ensino presencial (mais centrado em produtos e resultados de aprendizagem, perspectivados como capacidade de reproduzir e aplicar conteúdos e conhecimentos adquiridos): centrado na apresentação/disponibilização de conteúdos; centrado na avaliação do desempenho académico dos estudantes; baseado na sua capacidade de reproduzir e aplicar os conteúdos lecionados: auto-estudo e aprendizagem feita individualmente e de forma isolada; instrumentos de avaliação: baseiam-se nas capacidades de automatização dos sistemas (ou plataformas) de gestão de aprendizagens (LMS e instrumentos por eles disponibilizados) (ex. testes de escolha múltipla, testes de preenchimento de espaços lacunares ou outros tipos similares de provas, eventualmente com correcção automática pelo sistema e por vezes com geração automática a partir de um banco de questões e/ou com delimitação automática do tempo de resposta/realização) O “olhar comportamentalista sobre o processo educacional é ainda marcante” Santos (2006, p.246) 2) modelo de organização baseado em princípios sócio-construtivistas (focalizado na natureza do processo): 25-12-2010 23:28 Maria João Gomes 3 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... Ocorrem as aprendizagens; Desenvolvimento de competências; instrumentos alternativos de avaliação (ex. participação em fóruns de discussão, a elaboração de um portefólio ou a construção de mapas cognitivos). Instrumentos de Avaliação das Aprendizagens online: Vantagens Registos automáticos ao nível dos LMSs Desvantagens 1. Registos automáticos dos percursos dos estudantes: 1. não permite efectuar uma avaliação correcta do desempenho, das permite identificar casos de competências desenvolvidas e potencial desmotivação e das aprendizagens potencial abandono ); efectuadas pelos estudantes elemento de avaliação ou da qualidade do ensino sumativa e quantitativa do e do acompanhamento envolvimento dos alunos nas desenvolvido pelos atividades do curso; professores (e tutores) com os mesmos podem ser base em elementos de carácter elementos a considerar na quantitavo; avaliação de diversas 2. não devem nunca constituir dimensões dos próprios o único, nem sequer o cursos uma vez que podem principal, elemento de conduzir a questionamentos informação para a avaliação diversos. do envolvimento dos estudantes e professores. 2. Registos relativamente e às atividades dos professores (e tutores) do curso: elemento de auto e heteroavaliação do envolvimento e desempenho do professor na dinamização; elemento de acompanhamento do curso e como apoio à auto-regulação. Testes de escolha múltipla, quizzes, preenchimento de espaços lacunares… Permite que os alunos possam recorrer aos mesmos com frequência; podem constituir situações de avaliação formativa em momentos determinados pelo próprio aluno. Limitados no que concerne à avaliação de aspectos como a capacidade de reflexão crítica, de análise, de síntese e até de expressão escrita. 25-12-2010 23:28 Maria João Gomes 4 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... Fóruns eletrónicos 1. promove espaços de discussão e construção coletiva e colaborativa do conhecimento; 2. implica o empenhamento de todos os participantes; 3. possibilitam um período de reflexão e pesquisa antes da colocação de alguma mensagem; 4. possibilita ao professor ter uma visão mais rigorosa do tipo de contribuições dos diferentes alunos (ultrapassagem de boa parte da subjetividade inerente à avaliação) 5. incorporar práticas de avaliação colaborativa dos contributos colocados em fóruns, envolvendo alguns ou todos os estudantes. 1. A análise qualitativa e de classificação das mensagens em fóruns de discussão é geralmente um processo executado manualmente pelo professor, sendo moroso Conversação síncrona Chats e VoIP Chat: 1. podem ser planeadas para discussão de temas, esclarecimento de dúvidas, coordenação e distribuição de tarefas ou simplesmente como espaço de socialização; 2. podem contribuir de forma significativa para um melhor conhecimento do perfil de cada um dos formandos; Chat: 1. o trabalho de análise do teor das intervenções de cada aluno será muito moroso e complexo dada a possível existência de múltiplas interrupções e discussão “cruzadas” (aquando de discussões não organizadas) Voip: 1. realização de interações síncronas e diretas entre professor/formador e aluno/formando 2. permite situações de discussão de trabalhos realizados pelos alunos/formandos e enviados ao professor/formador VoIP cenário de avaliação bastante similar ao da realização de uma prova oral ou de uma apresentação e discussão oral presencial de um trabalho realizado 25-12-2010 23:28 Maria João Gomes 5 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... Portefólios digitais 1. representação dos produtos decorrentes do trabalho e das aprendizagens dos alunos ; 2. evidenciação da evolução das aprendizagens dos alunos ao longo do tempo; 3. promover práticas reflexivas por parte dos alunos; 4. promover a capacidade de comunicação dos alunos. portefólios digitais online: dimensão de colaboração: expressa-se: 1) sob a forma de produção de artefatos coletivos 2) dimensão de reflexão e de comentário de artefactos de outros autores, partilhados online e sujeitos à apreciação mais ou menos pública. Mapas conceptuais 1. possibilidade de construção de forma colaborativa e em grupo; 2. possibilidade da sua edição síncrona; 3. exige uma aprendizagem por parte dos alunos no que respeita ao seu significado e à forma de os elaborar; 4. utilização como forma de avaliação (diagnóstica, formativa ou sumativa); 5. possibilita a comparação de mapas, facilitando a tarefa de avaliação. 1. Os objetivos e a forma de exploração dos mapas conceptuais cabe ao professor; Elementos a considerar na avaliação dependem de: objetivos subjacentes aos mesmos; faixa etária dos alunos. 25-12-2010 23:28 Maria João Gomes 6 de 6 http://caelactividade03.pbworks.com/w/page/33748704/Maria-João-... Funções da Avaliação (em relação aos alunos): 1. Diagnóstica: responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso; 2. Formativa: facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários; 3. Sumativa: necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno. Numa abordagem construtivista há que ter lugar para dados e análises quantitativas e qualitativas que levam à escolha diversificada do ponto de vista: Fontes; Instrumentos; momentos de recolha de informação; transparência de critérios e processos ; esclarecimento de critérios e processos para os alunos. Avaliação dos cursos nas suas diversas dimensões: organização; conteúdos; materiais e recursos; serviços e tecnologias de mediatização; estratégias de ensino, de aprendizagem; estratégias de avaliação promovidas. 25-12-2010 23:28