Reportagem a Maria João Lopo de Carvalho
No passado dia 29 do corrente mês, a Escola Secundária do Fundão teve o
privilégio de receber a escritora Maria João Lopo de Carvalho nas suas
instalações.
A visita decorreu num ambiente descontraído e cheio de boa disposição. A
doutora Maria João Lopo de Carvalho revelou ser uma personalidade, bastante
acessível, animada e com grande disponibilidade para conversar com os jovens, que
segundo ela “só se sente á vontade no meio deles”.
As perguntas foram feitas de um modo coerente e organizado por parte do grupo
que entrevistou e das quais obtivemos respostas bastante completas e algumas delas
com pequenas histórias pelo meio, verdadeiramente divertidas.
Maria João assume-se uma fanática da escrita juvenil, uma mulher bem-disposta,
organizada e cheia de força se vontade. Actualmente com 48 anos de idade e com uma
carreira profissional bastante preenchida, Maria João é professora de Português e Inglês,
é também fundadora da Sociedade de Ensino Know How,
A escritora afirma que desde pequena sempre teve o “bichinho da escrita”
dentro de si, ainda mais porque tinha a presença do pai Fausto Lopo de Carvalho,
jornalista e escritor, e ainda de outros grandes nomes da escrita portuguesa como David
Mourão Ferreira, Fernando Namora, Miguel Torga, António Alçada Batista, que,
habitualmente frequentavam a sua casa. Maria João diz que “precisamos de críticas para
evoluir, porque um trabalho só de elogios não leva a lado nenhum”.
Em livros como “Virada do Avesso”, Maria João afirma que “vai buscar” a sua
inspiração á sua própria vida e pessoa, afirma também que as experiencias de vida de
uma pessoa podem definir o seu modo de escrita e expressão. Identifica-se bastante com
o livro “Maria atravessa o Atlântico”, onde a personagem principal é baseada numa das
suas filhas.
Tem como cor de eleição o amarelo que diz ser “uma cor linda”. Adora tulipas
amarelas e considera os livros como “os meus meninos” não tendo preferência por
nenhum deles “da mesma maneira que seria impossível uma mãe escolher um dos seus
filhos”.
Tixa*, Daniielaa*, Mariana*, Rute*, Manel
Contou uma história curiosa de uma estudante americana que recebeu um ano
em sua casa; contou como não foi fácil porque “não é nossa filha, não nos podemos
chatear, nem ralhar, apesar de tudo, correu bem e foi uma experiencia bastante boa”.
Quando começa um livro, Maria João apenas tem uma ideia da história: as
ideias vão surgindo á medida que se escreve, não é uma coisa que planeie muito”.
Tem uma palavra preferida: “jardim”. Diz que “é uma palavra que me soa bem,
gosto da maneira como se pronuncia, é uma palavra bonita tanto gramaticalmente
como em tudo o que significa”.
Afirma-se a si própria uma dependente de café, gosta de chocolate e tem como
bebida de eleição a água.
Subserviência é a coisa que mais detesta que lhe façam, e que mais gosta é a
solidariedade entre as pessoas.
Maria João defende que as pessoas com falta de objectivos são as que mais
revelam um sentimento de miséria, para além da miséria social.
Uma palavra que define a sua vida é energia e quando lhe perguntam como
desejaria morrer, ela responde: “não vou morrer, isso é para os outros”. A escritora diz
que não vai morrer nunca e caso isso aconteça quer o mesmo tratamento que Walt
Disney recebeu.
O seu cantor de eleição é Elton Jonh.
O seu lema de vida é “nunca desistir”.
Na parte exterior do anfiteatro, esteve a decorrer a Flash Interview.
Tixa*, Daniielaa*, Mariana*, Rute*, Manel
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Reportagem a Maria João Lopo de Carvalho