RELATÓRIO
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
3
RELATÓRIO
DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
4
ÍNDICE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
5
Órgãos Sociais06
Mensagem do Presidente08
Relatório de Gestão10
01. O Grupo Secil em 2013
12
02. Principais
acontecimentos do ano
21
03. Portugal22
04. Tunísia26
05. Líbano28
06. Angola
30
07. Cabo Verde
32
08. Perspectivas futuras
34
09. Proposta de aplicação
de resultados
35
Demonstrações
Financeiras Consolidadas36
01. Balanço Consolidado
38
02. Demonstração dos Resultados
Consolidados 39
03. Demonstração das Alterações
nos Capitais Próprios Consolidados40
04. Demonstração dos Fluxos
de Caixa Consolidados
44
05. Índice das Notas
às Demonstrações Financeiras
Consolidadas 46
06. Notas às Demonstrações
Financeiras Consolidadas 48
anexos180
Relatório de Sustentabilidade186
01. Este Relatório
188
02. A Secil
190
03. Estratégia e Gestão
da Sustentabilidade
194
04. Sustentabilidade - Prioridades
para o futuro
195
05. A Secil em números
208
anexos212
Relatório
de Responsabilidade Social218
01. O Grupo Secil e seus
colaboradores220
02. O Grupo Secil e a
comunidade exterior
232
Organigrama238
6
ÓRGÃOS SOCIAIS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
7
PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
GONÇALO DE CASTRO
SALAZAR LEITE
CARLOS ALBERTO
MEDEIROS ABREU
SÉRGIO ALVES
MARTINS
FRANCISCO JOSÉ MELO
E CASTRO GUEDES
JOSÉ MIGUEL PEREIRA
GENS PAREDES
PAULO MIGUEL
GARCÊS VENTURA
JOÃO LUÍS BARBOSA
PEREIRA DE VASCONCELOS
_ÓRGÃOS SOCIAIS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS
GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE
FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES
CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU
JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES
SÉRGIO ALVES MARTINS
PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA
8
MENSAGEM DO PRESIDENTE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
9
É, portanto, fundamental manter a resiliência da Secil face a este contexto
adverso, para continuarmos a recuperar
a rentabilidade da empresa, através de
eficiência e redução de custos e do foco
na internacionalização da actividade.
_MENSAGEM DO PRESIDENTE
Um exercício de resiliência
A prioridade estabelecida pela Secil
para 2013 foi a implementação do
plano de ajustamento e redimensionamento da Empresa à nova realidade da
actividade em Portugal. Este plano foi
lançado já em 2012 para responder à
profunda diminuição de actividade que
resultou da crise económica em que o
País mergulhou e que penalizou extraordinariamente o sector da construção.
Os três eixos de acção definidos –
ajustar a estrutura produtiva e de cus-
tos, exportar e atingir desempenhos de
excelência nos processos - permitiram
concretizar múltiplas iniciativas de melhoria dos resultados. Estas iniciativas,
associadas a um aumento significativo
das exportações, contrariaram a pressão resultante da queda continuada do
mercado nacional.
Por seu lado, as operações internacionais
da Secil continuam a conseguir bons resultados, com particular destaque este
ano para a Ciment de Sibline, no Líbano.
Para além do Relatório de Gestão e Contas, esta publicação inclui ainda o Relatório de Sustentabilidade e o Relatório
de Responsabilidade Social que evidenciam que a Secil, apesar da conjuntura,
mantém os seus compromissos com a
sociedade. A Secil continua apostada
em políticas integradas de desenvolvimento sustentável, nas quais atingiu generalizadamente os objectivos com que
se comprometeu e que estão em linha
com as boas práticas internacionais do
sector, quando não as ultrapassam até.
A Secil prosseguirá com perseverança
este difícil caminho que, estou certo,
dará frutos nos anos vindouros.
Pedro Queiroz Pereira
Presidente do Conselho
de Administração
10
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
11
relatório de GESTÃO
1. O Grupo Secil em 2013
2. Principais acontecimentos do ano
3. Portugal 4. Tunísia 5. Líbano 6. Angola
7. Cabo Verde 8. Perspectivas futuras
9. Proposta de aplicação de resultados
12
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
o grupo
secil em 2013
_1. O Grupo Secil em 2013
O crescimento económico mundial estimado em 2013 situa-se nos 3%, com
as economias emergentes a crescer
4,7% e as economias desenvolvidas
1,3% (World Economic Outlook, FMI,
Janeiro 2014).
A zona euro ainda mantém a situação
de recessão e o PIB ter-se-á reduzido
0,4%. De acordo com as últimas projecções, esta zona estará já em recuperação, prevendo-se para 2014 um
crescimento de 1%, ainda que se preveja que este seja mais modesto nas
economias sujeitas a programas de
ajustamento, nas quais as exportações
serão um contributo fundamental para
o seu crescimento.
A actividade da construção e o consumo
de cimento continuam em baixa na União
Europeia, especialmente nos países com
graves dificuldades orçamentais e financeiras, como é caso de Portugal, o principal mercado do Grupo Secil.
Neste contexto, antevia-se para a Empresa um exercício de 2013 sujeito a
incertezas e muito influenciado pela situação económica e em particular pela
depressão do sector da construção em
Portugal. A Secil deu continuidade à
estratégia definida e iniciada em 2012
para adequação das operações em
Portugal à nova conjuntura e que permitirá ao Grupo um posicionamento
mais favorável, quando a tendência se
inverter e o mercado começar a apresentar sinais de recuperação.
O plano encetado no ano anterior, que
abrangeu um leque alargado de medidas de racionalização de custos e de
maximização da eficiência em todas
as unidades em Portugal, conduziu
à obtenção de poupanças e ganhos
significativos em 2013, ainda que a
retracção do mercado que continuou
a afectar o país não tenha permitido a
obtenção de resultados positivos. A estratégia de redimensionamento prosseguida resultou na redução significativa
de custos com pessoal em Portugal,
quer nas operações, quer também
na estrutura central e actividades de
suporte.
Esta reestruturação, iniciada em 2012
e continuada em 2013, levou a que,
em algumas unidades, os ganhos
obtidos já tenham possibilitado uma
recuperação dos seus resultados,
nomeadamente nas áreas de negócio
das Argamassas e dos Inertes. A nova
estrutura central, criada em Novembro
de 2012, viabilizou o redimensionamento desta área e a obtenção de sinergias, tendo sido entretanto iniciado
um processo mais abrangente de optimização destas funções. Esta iniciativa envolveu também a realização de
projectos na área das tecnologias de
informação com o objectivo de melhorar os processos organizativos e
a renegociação de alguns contratos
de serviços. A Empresa continuará a
beneficiar deste esforço de melhoria
contínua em 2014.
O aumento de eficiência tem sido
igualmente uma das principais prioridades do Grupo em todas as suas
localizações geográficas. As diferentes unidades operacionais deram
continuidade à prossecução de um
13
conjunto de iniciativas desta natureza
com o objectivo de assim melhorar a
sua rentabilidade.
Destaca-se, na área do cimento em
Portugal, o programa de sinergias na
área da manutenção, o qual envolveu
a centralização destas funções, a renegociação dos contratos de manutenção
e produção e a redução de stocks. O
aumento da eficiência energética foi outro dos principais projectos realizados
em Portugal com vista à redução dos
custos com energia térmica e eléctrica
tendo as diferentes acções implementadas conduzido ao aumento da taxa
de substituição dos combustíveis alternativos e à redução do consumo de
electricidade, gerando assim ganhos
nos custos de energia.
As diferentes unidades em Portugal
têm revelado uma boa capacidade de
resposta à diminuição dos volumes
de vendas no mercado interno e prosseguiram a estratégia de aposta em
produtos de maior valor acrescentado
enriquecendo o seu mix de vendas.
Esta aposta permitiu o aumento do
preço médio de venda nos Inertes e
Argamassas. Verificou-se também um
aumento da venda de produtos de valor acrescentado no Betão pronto.
A Secil prosseguiu com sucesso a sua
aposta na exportação, tendo aumentado
as vendas de cimento para o mercado
externo, as quais atingiram o volume
mais elevado do historial da Empresa.
A operação em Portugal manteve a sua
orientação para a exportação com constante identificação de oportunidades em
novos mercados.
Na Tunísia, as actividades continuaram
marcadas pelas restrições impostas às
exportações e o preço de venda continuou regulamentado, mantendo-se inalterado desde Junho de 2011.
Ainda assim, foi possível aumentar as vendas de exportação, o que representa uma
melhoria significativa da operação, dada
a maior rentabilidade destas vendas.
No respeitante a investimentos destaca-se a substituição dos arrefecedores dos dois fornos em 2013, o que
obrigou à paragem dos mesmos e ao
aumento da compra de clínquer, o que
teve implicações negativas na margem operacional. O principal objectivo
deste investimento foi a obtenção de
ganhos energéticos, com vista à redução de custos e ao aumento consistente da produção de clínquer. Estes
investimentos permitiram, ainda no
final de 2013, a obtenção de ganhos
na área da produção, os quais se sentirão mais marcadamente já em 2014.
No Líbano, as diferentes iniciativas e
investimentos foram também muito
focados na melhoria da performance
na produção de cimento, tendo por
principais objectivos a redução dos
custos de produção, a melhoria do
desempenho ambiental e o aumento
da produção. Os ganhos obtidos com
estes projectos foram significativos
e tiveram impactos muito positivos
em 2013, tendo sido conseguidas as
produções de cimento e clínquer mais
elevadas de sempre na Fábrica de
Sibline. Para além do incremento da
produção, foram obtidas importantes
reduções nos custos de produção, em
resultado da diminuição da taxa de
incorporação de clínquer e da diminuição do consumo energético.
A empresa iniciou em 2013 a construção de uma fábrica de blocos no
Líbano, diversificando assim as suas
áreas de negócio, investimento que
deverá ficar concluído em 2014.
Em Angola, a constante pressão sobre
os preços de venda, que já havia sido
sentida em 2012, foi particularmente
forte em 2013. A empresa implementou
uma série de investimentos tendo em
vista a redução dos custos de produção, de forma a melhorar a margem
e a compensar a referida redução do
preço de venda. Dos investimentos realizados, destaca-se a instalação do
circuito separador num dos moinhos
de cimento, o qual permitiu a produção
de cimentos com menor taxa de incorporação de clínquer e que se traduziu
numa redução do custo variável de
produção a partir de Novembro.
É convicção do Conselho de Administração que estas medidas, conjuntamente com a continuação da aposta
na exportação e na internacionalização, permitirão ao Grupo recuperar
os seus níveis de resultados e a sua
rentabilidade.
14
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
o grupo
secil em 2013
Principais Indicadores Físicos Consolidados
Capacidade Produtiva de Cimento
Vendas
Cimento cinzento
1 000 t
Cimento branco
1 000 t
Cal artificial
1 000 t
Clínquer
1 000 t
Betão Pronto
1 000 m3
Inertes
1 000 t
Préfabricados
1 000 t
Argamassas
1 000 t
Cal Hidraúlica
1 000 t
Cimento-Cola
1 000 t
Pessoal
Colaboradores
Rácio de frequência de acidentes Rácio de gravidade de acidentes Demonstração de Resultados Consolidados (milhares de euros)
Volume de Negócios
Custos Operacionais
EBITDA Depreciações, amortizações e provisões
EBIT Resultados Financeiros
Resultados antes de Impostos
Impostos sobre os lucros
Interesses Minoritários
Resultado Líquido Atribuível a Accionistas
2013
2012Variação
7.650
7.650
0,0%
4.574
87
56
231
1.027
1.790
74
99
22
12
4.551
92
66
315
1.266
2.056
87
141
15
10
0,5%
-4,6%
-15,7%
-26,8%
-18,9%
-12,9%
-15,4%
-29,7%
47,0%
21,8%
2.127
1,37
34,13
2.247
1,28
27,51
-121
7,5%
24,1%
2013
411.525
351.491
60.034
66.761
-6.727
-23.919
-30.645
1.509
-5.761
-34.897
2012Variação
450.233
379.482
70.750
87.865
-17.115
-12.750
-29.865
-3.897
-4.698
-38.459
-8,6%
-7,4%
-15,1%
-24,0%
-60,7%
87,6%
2,6%
-138,7%
22,6%
-9,3%
15
As vendas de cimento e clínquer do
Grupo Secil totalizaram 4,9 milhões
de toneladas, cerca de 1,5% abaixo
das vendas realizadas em 2012. A boa
performance das vendas no Líbano
(+7%) e o aumento das vendas na
Tunísia (+4%) resultantes do aumento
das exportações, permitiram atenuar o
decréscimo verificado nas vendas em
Portugal.
O desempenho das vendas de cimento
em Portugal continuou a ser afectado
pela conjuntura económica desfavorável. O foco na exportação permitiu
que a quebra de 21% das vendas no
mercado interno fosse atenuada pelo
crescimento das vendas de exportação, pelo que as vendas totais de Portugal decresceram 9%.
As vendas de betão pronto no Grupo
diminuíram 19% em 2013. Esta quebra
foi muito influenciada pelo desempenho das operações em Portugal onde
as vendas diminuíram 27%, tendo sido
vendidos menos 259 mil m3 comparativamente a 2012. As vendas de betão
na Tunísia estabilizaram face a 2012
e, no Líbano, cresceram significativamente, tendo registado um aumento
de 16%. No entanto, este crescimento
não foi suficiente para compensar a
quebra das vendas em Portugal, dado
o peso deste mercado nas vendas totais de betão no Grupo.
O volume de negócios do Grupo Secil
em 2013 cifrou-se em 412 milhões de
euros, 38,7 milhões de euros abaixo do
verificado em 2012.
Volume de Negócios ( milhares de euros)
2013
2012Variação
Portugal
259.597
303.221
Líbano
90.415
88.027
Tunísia
67.199
67.086
Angola
23.870
28.531
Cabo Verde
5.425
5.846
Outros
1.079
2.101
Intra-Grupo
-36.059
-44.578
Total Consolidado
411.525
450.233
-14,4%
2,7%
0,2%
-16,3%
-7,2%
-48,7%
-19,1%
-8,6%
16
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
o grupo
secil em 2013
Esta redução é justificada maioritariamente pela quebra do volume de negócios nas operações em Portugal.
Destaca-se a performance positiva das
actividades no Líbano, em resultado
do aumento das vendas de cimento e
de betão. Na Tunísia, verificou-se um
aumento das quantidades vendidas de
cimento para o mercado externo (cujo
preço é superior ao praticado no mercado interno) e uma estabilização das
vendas no mercado interno.
As vendas de cimento em Angola decresceram cerca de 5,5%, mas a quebra no volume de negócios foi superior,
tendo atingido os 16,3%. Tal situação
é devida a uma diminuição significativa
de preços em 2013, em consequência
de uma situação concorrencial mais
agressiva.
O EBITDA cifrou-se em 60 milhões de
euros, tendo diminuído cerca de 10
milhões de euros, face ao exercício
anterior.
EBITDA ( mihares de euros)
2013
Portugal
Líbano
Tunísia
Angola
Cabo Verde
Outros
Total Consolidado
20.894
31.301
7.477
241
194
-73
60.034
2012Variação
39.342
22.476
8.956
2.601
66
-2.692
70.750
-46,9%
39,3%
-16,5%
-90,7%
194,6%
-97,3%
-15,1%
17
Esta variação deveu-se maioritariamente à redução dos proveitos das
vendas de excedentes de direitos de
emissão de CO2 – os quais registaram
uma diminuição de 8,2 milhões de euros - e ao aumento dos valores registados em imparidades para dívidas a
receber e inventários, em cerca de 3
milhões de euros. Expurgando os efeitos referidos, constata-se que, apesar
da redução do volume de negócios
em cerca de 38,7 milhões de euros,
as medidas de gestão que têm vindo
a ser implementadas, com o objectivo
da redução de custos e maximização
da eficiência, permitiram compensar o
impacto do decréscimo da actividade
na rentabilidade operacional, medida
por este indicador.
Em Portugal, o aumento das vendas
de exportação de cimento e a prossecução de diferentes iniciativas e projectos que visam a optimização das
operações, não foram suficientes para
compensar o decréscimo do mercado
interno.
A expressiva melhoria do EBITDA no
Líbano contribuiu decisivamente para
compensar a redução verificada no
EBITDA de outras unidades do grupo.
Este incremento verificou-se com especial relevância na actividade do
sector cimento, onde para além do
aumento das vendas, se obtiveram
importantes reduções nos custos de
produção em resultado do aumento
da eficiência produtiva.
Apesar da diminuição do EBITDA em
cerca de 10 milhões de euros comparativamente a 2012, e conforme já
mencionado, a performance de 2012
estava impactada positivamente pelos
proveitos de venda de CO2 no montante total de 9,2 milhões de euros,
enquanto em 2013 estes se cifraram
em apenas 1 milhão de euros, tendo
a Empresa optado por não vender a
reserva de excedentes de que dispõe.
O mercado de licenças de emissão de
CO2 caracterizou-se por uma volatilidade elevada: os preços, que no início do ano se situavam em redor dos
6,60 €/t, atingiram valores ligeiramente
abaixo dos 3 €/t, para terminarem o
ano de 2013 a cotar a 4,83 €/t.
É de salientar que a desvalorização
do dinar tunisino, em cerca de 7%
teve um impacto negativo no EBITDA
da Tunísia de 563 mil euros e que a
desvalorização do dólar, em cerca
de 3,3%, teve um impacto negativo
no EBITDA do Líbano de 1 milhão de
euros.
Retirando o impacto das vendas de
CO2, o impacto da desvalorização
cambial e a variação nas imparidades
para inventários e dívidas a receber,
o EBITDA de 2013 seria superior ao
de 2012, em cerca de 2 milhões de
euros. No contexto particularmente
desfavorável, e considerando a quebra no volume de negócios, este facto
evidencia o sucesso das acções que
têm vindo a ser empreendidas nas
diferentes operações do Grupo, com
maior relevância em Portugal.
Comparativamente ao ano de 2012,
os custos com pessoal diminuíram em
12%. No final de 2013, o Grupo Secil
conta com 2 127 colaboradores, o que
representa um decréscimo significativo face a 2012 (2 247 colaboradores). A redução é ainda mais significativa se comparada com o número do
início de 2012: 2 565 colaboradores.
A reestruturação iniciou-se em 2012,
em Portugal, nos segmentos do cimento, betão pronto e inertes. Já em
2013, abrangeu a área dos Prefabricados e Portugal Cimento (embora em
menor escala, quando comparada
com 2012). Em Portugal, o número de
colaboradores reduziu de 1 338 em
2011, para 1 057 em 2012, sendo 950
no final de 2013.
Nas diferentes operações do Grupo
prosseguiu-se um conjunto de iniciativas com vista à melhoria da rentabilidade operacional. Com este objectivo,
a área de Portugal Cimento deu continuidade aos projectos iniciados em
2012, de onde se destacam as áreas
da manutenção, dos combustíveis alternativos e da renegociação de contratos de serviços.
No Líbano, os ganhos obtidos na produtividade e no consumo de energia
térmica e eléctrica, permitiram a redução dos custos de produção e o
incremento da margem EBITDA. Na
Tunísia e em Angola, os investimentos
realizados ao longo de 2013, possibilitaram às suas unidades uma melhoria
significativa na produção. Ainda que
estes ganhos só tenham ocorrido no
final do ano, e o seu impacto em 2013
tenha sido diminuto, perspectiva-se a
obtenção de ganhos significativos no
decorrer de 2014.
O EBIT da Secil, negativo em 6,7 milhões de euros, deve-se ao registo
de depreciações, provisões e imparidades, no montante total de 66,8
milhões de euros. Este valor inclui o
registo de 13,6 milhões em imparidades no goodwill em Portugal, e 2,8 milhões de euros em imparidades para
activos fixos. Em 2012, esta rubrica
tinha registado um valor ainda mais
significativo, tendo sido registados
cerca de 31,2 milhões de euros em
imparidades.
Os resultados financeiros registaram
um valor negativo de 23,9 M€, uma
diminuição significativa quando comparado com os 12,8 M€ de 2012.
18
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
o grupo
secil em 2013
Resultados Financeiros (milhares de euros)
2013
2012Variação
Proveitos Financeiros
5.160
5.563
-26.864
-18.308
Custos Financeiros
Resultados Empresas Associadas -2.214
-5
Total Consolidado
-23.919
-12.750
Esta variação deve-se ao aumento do
endividamento médio, face ao período
homólogo em resultado, por um lado,
das distribuições de resultados e empréstimos efectuados aos accionistas
em 2012 e, por outro, à aquisição em
2012 de 13,6% do Grupo Supremo. Estas operações ocorreram no final do 1º
semestre de 2012, pelo que influenciaram a dívida e os juros apenas em parte
do ano de 2012. Em 2013, a dívida, e
consequentemente os custos financeiros, foram também influenciados pelo
aumento do investimento na Supremo e
pela aquisição de 45,58% da NSOSPE,
no total de 15,6 milhões de euros.
Os resultados de empresas associadas
diminuíram em 2013, tendo atingido o valor negativo de 2,2 milhões de euros. Este
decréscimo decorre sobretudo do registo
da equivalência patrimonial da NSOSPE,
cujo resultado líquido está afectado pelo
valor negativo dos seus resultados financeiros, em consequência da dívida desta
para a realização dos importantes investimentos da Secil no Brasil.
O resultado líquido atribuível aos accionistas, no ano de 2013, foi negativo em
-7%
47%
42608%
88%
34,9 milhões de euros. Este resultado
reflecte, para além dos referidos efeitos
das vendas de CO2, o de imparidades
no goodwill (13,6 milhões de euros) e
imparidades em activos fixos (2,8 milhões de euros), bem como a diminuição dos resultados financeiros.
19
Síntese do Balanço Consolidado (milhares de euros)
2013
2012Variação
Activos não Correntes Activos Fixos Tangíveis
365.304
397.109
Participações Financeiras
33.408
29.430
Goodwill
114.967
132.212
Outros activos não correntes
23.052
20.925
Activos Correntes
Inventários
91.765
98.726
Clientes e Outras Contas a Receber
62.423
135.718
Caixa e equivalentes
124.323
72.732
Outros activos correntes
12.454
19.877
827.697
906.729
Total do Activo
Capitais Próprios
249.034
306.061
Interesses minoritários
66.192
65.679
Total do Capital Próprio
315.226
371.739
Passivos Não Correntes
Financiamentos obtidos
285.921
324.098
Provisões
21.294
18.878
Outros passivos não correntes
38.927
47.457
Passivos Correntes
Financiamentos obtidos
71.365
35.354
Fornecedores
41.321
35.729
Outros passivos não correntes
53.642
73.473
Total do Passivo
512.470
534.989
Total do Capital Próprio e Passivo
827.697
906.729
O total do activo líquido do Grupo Secil situou-se em 828 milhões de euros,
em 31 de Dezembro de 2013, o que
representa uma diminuição de 8,7%
comparativamente a 31 de Dezembro
de 2012. Para este resultado contribuíram a diminuição do goodwill, devido
ao registo de imparidades, e a diminuição do valor líquido dos activos fixos
tangíveis em 31,8 milhões de euros. O
investimento em activos fixos tangíveis
totalizou 34,4 milhões de euros. No
entanto, o impacto das depreciações
no montante de 51 milhões de euros
e a desvalorização em relação ao euro
das moedas dos países onde o Grupo
tem os seus activos, em cerca de 15,9
milhões de euros, contribuíram para a
diminuição desta rubrica.
-8,0%
13,5%
-13,0%
10,2%
-7,1%
-54,0%
70,9%
-37,3%
-8,7%
-18,6%
0,8%
-15,2%
-11,8%
12,8%
-18,0%
101,9%
15,7%
-27,0%
-4,2%
-8,7%
Os investimentos em activos fixos
tangíveis respeitam maioritariamente
a investimentos realizados na área do
cimento, em Portugal, Tunísia e Líbano,
que representam 85% do montante total. Em Portugal destacam-se os investimentos na área dos combustíveis
alternativos, na Tunísia a substituição
dos arrefecedores dos fornos e no Líbano a finalização da remodelação da
linha do forno 1. Estes investimentos
permitiram aumentar a eficiência operacional e consequentemente a rentabilidade destas fábricas.
euros de Dezembro de 2012, significa
uma redução de 56,8 milhões de euros.
A 31 de Dezembro de 2013 a dívida
financeira líquida cifrou-se em 229,9
milhões de euros, o que comparado
com o montante de 286,7 milhões de
O sistema bancário revelou durante
2013 uma maior disponibilidade para
concessão de crédito, acompanhada
da oferta de condições mais favoráveis.
Ao longo do ano de 2013, o Grupo Secil manteve a disponibilidade de várias
linhas de crédito com vista a assegurar
o financiamento da sua actividade actual, bem como potenciais investimentos em novos activos. No final do ano,
o total de linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendia a cerca
de 627 milhões de euros, das quais
267 milhões de euros não se encontravam utilizadas.
20
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
o grupo
secil em 2013
Em Novembro de 2013, a taxa de cedência de liquidez do Banco Central
Europeu foi reduzida para 0,25% face
ao valor de 0,75% registado no início
do ano.
A Euribor a 3 meses, indexante mais
representativo para a dívida do Grupo,
manteve-se em níveis historicamente
baixos, ainda que tenha registado uma
ligeira subida, passando de 0,187% no
início do ano para 0,287% no seu final,
influenciando negativamente os resultados financeiros da Empresa.
No mercado cambial, a cotação EUR/
USD foi caracterizada por alguma volatilidade, cotando-se ao longo do ano
entre 1,2786 e 1,3814, e registando
uma média de 1,3281.
No que respeita à gestão do risco cambial, o Grupo Secil prosseguiu a sua
política de maximização do potencial
de cobertura natural da exposição
cambial, através da compensação dos
fluxos cambiais intra-Grupo. Relativamente ao USD, principal divisa de exposição do Grupo, a taxa de cobertura
através de hedging natural, no ano de
2013, situou-se nos 65%.
O Fundo de Pensões do Grupo Secil está
repartido em quatro sub-fundos com
perfis de risco distintos: um sub-fundo
afecto ao Plano de Benefício Definido,
em que se manteve a adopção de uma
política de investimento conservadora,
e três sub-fundos afectos ao Plano de
Contribuição Definida, com perfis diversificados no montante de 13,1 milhões
de euros.
À data de 31 de Dezembro de 2013,
o Fundo de Pensões do Grupo Secil
apresentava, globalmente, uma situação financeira superavitária de 4,1 milhões de euros relativamente às responsabilidades actuariais calculadas
por entidades independentes e reportadas à mesma data.
21
> Reestruturação da área da prefabri-
cação, reduzindo a sua estrutura.
> Aquisição de 2 autobombas e 4 au-
tobetoneiras para colmatar a saída de
operadores do mercado e garantir o
fornecimento de betão.
02.
Principais
Acontecimentos
do Ano
> Consolidação da implementação do
Sistema de Gestão de Relacionamento
com o Cliente - CRM. Este sistema permitiu compilar de uma forma integrada
todas as informações, interacções e
necessidades do cliente, conduzindo a
uma maior proximidade com o mesmo e
à oferta de um nível de serviço superior.
> O navio cimenteiro Roaz realizou com
_Portugal
> Lançamento do programa “Secil +”
que envolveu todos os quadros do
Grupo Secil. O programa tem como
objectivo alinhar e conhecer a estratégia do Grupo, tendo sido definidas
as 10 principais prioridades para os
próximos 3 anos.
> Implementação do projecto de integração e consolidação SAP (Projecto UNO),
que incluiu um conjunto de melhorias no
sistema e que permitirá a optimização
destas funções.
> As exportações de cimento atingiram
os maiores volumes da história da Empresa (1 062 mil t).
> Finalização de sistemas de bypass de
gases nas linhas de produção de clínquer de Outão (forno 8 em Maio e forno
9 em Julho) e Maceira (forno 5 em Abril e
forno 6 em Julho), que vieram contribuir
para o aumento da utilização de combustíveis alternativos, em detrimento
dos combustíveis fósseis.
> Entrada em funcionamento da nova
unidade de ensacagem e paletização de
cimento na Fábrica Secil-Outão, possibilitando o aumento da capacidade de
exportação de cimento embalado.
> Fusão da gestão operacional das áreas
de Manutenção e Produção das fábricas
de cimento de Maceira e Pataias.
êxito, pela primeira vez, uma viagem à
Madeira para descarga de cimento nos
silos da Cimentos Madeira. Esta passa
a ser uma alternativa relevante para a regularidade do abastecimento às nossas
operações na Região Autónoma.
> Obtenção pela Secil de resultado posi-
tivo na auditoria externa da APCER (Associação Portuguesa de Certificação). A
auditoria foi de acompanhamento e de
extensão da Certificação à Unidade de
Microalgas, instalada na fábrica Cibra-Pataias, em Ambiente e Segurança.
> Comemoração dos 90 anos da Fábrica Maceira-Liz. “90 Anos a Cimentar
História” foi o mote da celebração que
juntou colaboradores, reformados, clientes e parceiros institucionais da região.
> Entrega do Prémio Secil Arquitectura
ao Arquitecto José Neves, pelo projecto
de requalificação e ampliação da Escola Francisco de Arruda, em Lisboa.
_Líbano
> Foi atingida a maior produção de clín-
quer e de cimento de sempre, bem como
o maior volume de vendas de sempre.
> Concluí-se o investimento na modernização da linha 1, que permitiu reduzir os
custos de produção, melhorar o desempenho ambiental e aumentar a produção.
> Iniciou-se a construção da Fábrica de
blocos, a qual será concluída em 2014.
> O sistema SAP foi implementado.
Tunísia
> Substituição dos arrefecedores dos
dois fornos.
> Abertura de uma nova unidade de
produção de betão pronto na Ilha de
Djerba.
> Obtenção da certificação integrada
no sistema de Qualidade ISO 9001, de
Segurança ISO 14001 e do Ambiente
OHSAS 18001 pela Sud Béton.
_Angola
> Construção de uma linha de enchi-
mento de Big Bags que permitiu à Secil
Lobito tornar-se no único fornecedor
de cimento tipo I 42,5 para a construção do novo aeroporto da cidade do
Namibe e estádio municipal de futebol
de Menongue.
> Instalação de um circuito separador
no moinho de cimento que permitiu a
produção de cimentos de baixa percentagem de incorporação de clínquer e que se traduziu numa redução
do custo variável de produção do cimento CEM II 32,5 R, e dotar a fábrica
de capacidade tecnológica para a produção pela primeira vez em Angola de
cimento CEM I 52,5R.
> Criação da Associação da Indústria
Cimenteira de Angola (AICA), da qual a
Secil Lobito foi um dos membros fundadores.
_Cabo Verde
> Início do fornecimento regular às
ilhas de São Nicolau e de Maio.
> Início da comercialização do cimento
CEM IV/A (V) 32,5 R, tendo sido pela
primeira vez comercializado em Cabo
Verde através da Secil.
> Alteração do layout de distribuição
de energia na unidade industrial de
produção de Inertes, tendo contribuído
para a redução de custos, nomeadamente o consumo de combustível.
22
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
03.
Portugal
Unidade
2013
2012Variação
Mercado de Cimento
1000 t
2.800
3.516
-20%
Produção de Clínquer
1000 t
2.021
2.186
-8%
1000 t
2.152
2.270
-5%
Produção de Cimento
Vendas de cimento e Clínquer*
Mercado Interno
1000 t
1.081
1.364
-21%
Mercado Externo
1000 t
1.488
1.471
1%
Total 1000 t
2.570
2.834
-9%
699
958
-27%
Vendas de Betão*
1000 m3
Vendas de Inertes*
1000 t
2.281
2.666
-14%
Vendas de Argamassas*
1000 t
134
166
-20%
Vendas de Pré-fabricados*
1000 t
70
82
-15%
Volume de negócios
1.000 €
259.597
303.221
-14%
EBITDA
1.000 €
20.894
39.342
-47%
Margem EBITDA
%
8%
13%
EBIT
1.000 €
-22.746
-27.875
-18%
Margem EBIT
%
n.a
n.a
Capex
1.000 €
14.856
13.608
9%
Pessoal
Nº
949
1.055
-107
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
Segundo as previsões divulgadas pelo
FMI, o produto interno bruto caiu 1,8%
em 2013 (World Economic Outlook, FMI,
Janeiro 2014). As actuais estimativas do
Banco de Portugal (Boletim Económico
de Inverno) apontam para uma contracção de 1,5% em 2013, o que implica
uma queda acumulada de cerca de 6%
no período 2011-2013. Esta evolução
tem subjacente um perfil de recuperação do crescimento do PIB em termos
homólogos ao longo de 2013.
de projecção (2014-2015), a economia
deverá registar taxas de variação homólogas do PIB positivas (Boletim Económico de Inverno – Banco de Portugal).
As actuais projecções confirmam as
perspectivas de uma recuperação gradual da economia portuguesa. A partir
do final de 2013, e ao longo do horizonte
O sector da construção residencial continuou em baixa, fruto do elevado stock de
habitações disponíveis para venda e do
endividamento das famílias. Nas obras pú-
O ano de 2013 foi, mais uma vez, marcado por um forte ambiente recessivo no
sector da construção em Portugal. As
restrições orçamentais impostas conduziram a um corte no investimento público
e privado o que resultou num decréscimo
do consumo de cimento em Portugal.
blicas, tradicional alavanca da economia,
o contexto orçamental voltou a adiar os
projectos para o futuro.
Contudo, importa salientar o comportamento menos gravoso no segundo semestre do ano, que aliado à evolução positiva
dos indicadores de carácter económico,
perspectiva uma maior confiança para 2014.
De acordo com a última informação disponível da FEPICOP, apesar da construção se
manter em terreno negativo, os dados de
Dezembro de 2013 apontam para uma recuperação dos indicadores da actividade.
O índice de produção na construção (INE
– Dezembro 2013) registou em Novembro
23
de 2013 uma variação de -14,4% em termos homólogos, traduzindo uma redução
ligeiramente menos expressiva que a verificada no mês anterior (-15,8%). Apesar
destes índices continuarem a apresentar
reduções, as variações homólogas têm
vindo a diminuir comparativamente às
variações dos primeiros meses do ano,
antevendo alguma recuperação.
Neste enquadramento, a Secil, voltou, em
2013, a registar um declínio da sua actividade em Portugal. A procura de cimento
continuou em queda tendo-se registado
uma variação homóloga de -20% (-28,6%
em 2012), de acordo com os dados do
Cemapre. No entanto, as variações homólogas negativas foram-se atenuando
significativamente ao longo do ano.
Estima-se que o mercado nacional de
cimento tenha atingido 2,8 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição
de cerca de 20%, face ao ano anterior. As
vendas de cimento da Secil, no mercado
nacional, acompanharam esta tendência
atingindo-se 1 081 mil toneladas, menos
20,7% que em 2012. O ano de 2013 foi
marcado por um ambiente concorrencial muito forte, resultado do excesso da
capacidade instalada em Portugal e do
excesso de oferta do mercado Espanhol.
Apesar do contexto adverso, a área do
cimento manteve a sua posição competitiva no mercado nacional, através
de uma dinâmica comercial focada na
diversidade da oferta de produtos, na
consolidação da estrutura de distribuição
e na implementação de novas metodologias de relacionamento com o cliente.
Do esforço desenvolvido ao longo do ano
resultou um aumento do preço médio de
venda e um aumento do peso relativo dos
produtos mais complexos e de maior valor acrescentado.
Por segmento de mercado, a revenda e
a fabricação apresentaram decréscimos
inferiores à média de mercado, enquanto
a produção de betão e a construção caíram de forma mais significativa que a estimativa de consumo de cimento a nível
nacional.
Importa salientar a incorporação de cimento branco da Secil em várias obras
relevantes, entre as quais o Elevador Panorâmico de Sines e o Elevador do Jardim Público da Covilhã, a continuação do
fornecimento de cimento branco para a
Fundação Nadir Afonso - Chaves (Arquitecto Álvaro Siza Vieira) e a conclusão do
Edifício Poente no Tagus Park – Oeiras
(Arquitecto Frederico Valsassina).
Relativamente a obras com cimento cinzento, destacam-se o reforço de potência de duas importantes barragens, a da
Venda Nova e a de Salamonde - Vieira do
Minho, a Igreja dos Navegantes na Expo
Norte em Lisboa, a conclusão do Data
Center da Portugal Telecom – Covilhã, a
construção de infra-estruturas de Rega do
Alqueva e o Edifício Dynamic em Braga.
A Secil manteve com sucesso a sua
orientação para a exportação, tendo aumentado ligeiramente as vendas totais
no mercado externo, o qual representa
já 55% das vendas totais. O aumento foi
expressivo nas vendas de cimento que
aumentaram cerca de 16%, enquanto as
vendas de clínquer diminuíram 23%. Esta
substituição é mais vantajosa uma vez que
as margens do cimento são superiores.
As vendas de betão pronto foram as mais
afectadas pela situação do sector da construção e as que registaram uma variação
negativa mais significativa, tendo diminuído
27%. Para além da escassez de obras, esta
área enfrenta uma situação concorrencial
muito forte com reflexos significativos nos
preços de venda e nas margens.
As vendas de inertes registaram um decréscimo de 14%, tendo sido vendidas
menos 386 mil toneladas. Este decréscimo foi ainda mais acentuado em pro-
porção das vendas na Região Autónoma
da Madeira, afectada com o excesso de
oferta existente no mercado (-48% face
ao ano anterior) por via da matéria-prima
disponível, resultante dos trabalhos nas
ribeiras e obras marítimas.
Nas vendas efectuadas no continente,
embora também se tenha verificado uma
diminuição das quantidades, verificou-se
uma alteração na abordagem ao mercado, onde se procurou privilegiar o fornecimento de agregados mais valorizados.
Assim, as vendas, ainda que inferiores em
volume, foram compostas por um mix caracterizado por produtos com um preço
mais elevado. Continuou a aposta na
venda de rocha ornamental, iniciada em
2012, ainda que estas representem uma
pequena parte das vendas totais de agregados, registaram uma evolução positiva.
À semelhança e em linha com o sector
da construção, o número de licenças
de obras de reabilitação diminuiu, confirmando a perda de dinâmica já observada desde o 2º trimestre de 2012. A
sinificativa redução do número de obras
e do volume de cada obra continuaram a
contribuir para uma concorrência muito
agressiva no segmento da reabilitação.
As vendas de argamassas reflectiram a
tendência do mercado, com uma quebra
de 28% no volume de vendas. A contínua aposta na estratégia de lançamento
e promoção de novos produtos de valor
acrescentado, iniciada em 2011, tem permitido atenuar o impacto da quebra do
volume de vendas.
As vendas de cal hidráulica da Secil
Argamassas registaram um aumento
considerável de 53%, relativamente a
2012. Este aumento foi impulsionado
pelo encerramento da fábrica de um
concorrente em Março de 2013.
A nível internacional, e dando continuidade à linha estratégica traçada em
24
03.
Portugal
2012, as exportações cresceram 6%,
ao expandir a sua presença geográfica
para novos países como a Holanda,
Bélgica e Canadá.
As vendas de pré-fabricados continuaram em queda em 2013. Este mercado
continua a ser marcado pela concorrência muito agressiva, resultante da oferta
instalada muito superior à procura e por
preços muito baixos. A quebra de 15%
nas vendas da pré-fabricação do Grupo
é devida a uma diminuição de actividade
mais acentuada na Secil Prebetão, onde
as vendas decresceram 20%, tendo
sido de 27% na área de fabricação de
blocos, devido à oferta excessiva.
Apesar da conjuntura, as vendas de telhas da Argibetão cresceram comparativamente a 2012. Os investimentos em
retelhamentos, mudanças de telhado e a
utilização de telhas em nova construção,
cresceram no mercado nacional, onde as
vendas em quantidade aumentaram 2%.
Também no mercado espanhol se verificou um crescimento de vendas de 1%.
Neste contexto, o volume de negócios
global em Portugal decresceu 14,4%
comparativamente a 2012, tendo-se
cifrado em 259,6 milhões de euros. É
de salientar que as diferentes unidades têm prosseguido uma estratégia
de aposta em produtos mais valorizados, por forma a atenuar os impactos
da diminuição dos volumes de venda.
O volume de negócios no cimento decresceu cerca de 9%, o que se traduziu
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
numa diminuição de 15,7 milhões de euros face a 2012. No mercado interno, e
em resultado do esforço desenvolvido ao
longo do ano, verificou-se um aumento do
preço médio de venda e um aumento do
peso relativo dos produtos mais complexos e de maior valor acrescentado, pelo
que o decréscimo de 20% na quantidade
se traduziu numa quebra de 18% em volume de negócios. Destaca-se, ao nível
do produto, o reforço do peso do novo
cimento CEM II/B-L 42,5R, bem como o
crescimento significativo das vendas do
CEM I 52,5R e do CEM IV/A (V) 32,5R SR,
que quase duplicaram face ao ano anterior. Foi ainda colocada no mercado uma
nova embalagem plastificada (pacotão)
com sacos de 25 kg.
A contínua aposta na exportação, permitiu aumentar as quantidades vendidas
em cerca de 1%, mas o acréscimo no
volume de negócios foi ligeiramente superior, tendo sido de 2%. Esta variação
deve-se ao incremento das vendas de
cimento em 16% e cujo preço é mais elevado do que o das vendas de clínquer,
que diminuíram 23%.
A redução do volume de negócios do
betão pronto (-17,9 milhões de euros)
foi mais significativa que a quebra das
quantidades (31% vs 27%) fruto do decréscimo do preço médio de venda (no
continente e na Região Autónoma da
Madeira), como consequência de uma
situação concorrencial desfavorável e
agressiva. Apesar de uma aposta maior
em produtos de valor acrescentado e
do aumento das vendas destes, a compensação não é suficiente pois estes
produtos representam ainda uma parte
diminuta do total das vendas.
O volume de negócios de Inertes registou um decréscimo semelhante ao
verificado nas vendas em quantidade.
Deve contudo salientar-se o aumento no
preço médio de venda de cerca de 4,6%
nas vendas efectuadas no continente,
ainda que não tenha sido suficiente para
atenuar o efeito do decréscimo dos serviços de transporte no volume de negócios, e o decréscimo do preço de venda
na Região Autónoma da Madeira. Este
aumento do preço é reflexo da alteração
do mix de vendas e da abordagem ao
mercado, onde se tem procurado dar
prioridade ao fornecimento de agregados mais valorizados.
Apesar das vendas de Argamassas terem
seguido a tendência do mercado, com
uma quebra de 28% no volume de vendas
em toneladas, tendo em conta a contínua
estratégia de lançamento e promoção de
novos produtos de valor acrescentado, iniciada em 2011, o preço médio de venda
da Secil Argamassas cresceu cerca de
25%. Tal facto, associado ao aumento
das vendas de cal hidráulica, permitiu
compensar a queda do volume de vendas.
O volume de negócios dos Préfabricados
reduziu-se ligeiramente menos que as
quantidades, tendo registado uma quebra de 14%. Para este facto contribuiu
o aumento de preços médios das telhas,
quer nas vendas em Portugal, quer nas
vendas efectuadas em Espanha, o que
evidencia o esforço comercial efectuado
nesta área e que permitiu que o preço
médio de venda crescesse 2,9% em Portugal e 3,3% em Espanha.
O EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 20,9 milhões de euros o que,
comparado com o montante registado
em 2012, de 39,3 milhões de euros, representa um decréscimo de 46,9%.
A performance da actividade comercial
na maioria das áreas de negócio afectou
o desempenho do EBITDA e é responsável pela quebra de uma parte significativa deste valor. Conforme já referido,
as vendas de CO2 registaram uma diminuição significativa já que, em 2012,
25
estas receitas totalizaram 9,2 milhões
de euros, enquanto em 2013 foram de
apenas 1 milhão de euros. Retirando o
efeito do CO2, o EBITDA teria reduzido
33,9%. Tendo-se tratado de uma opção
de gestão, a Secil dispõe assim de uma
reserva de valor importante que poderá
realizar em 2014 se entender vender o
CO2 excedente.
tando assim a eficiência operacional
destas fábricas.
franca recuperação assim que o mercado
comece a dar sinais de retoma.
Os custos com pessoal em Portugal registaram uma diminuição significativa de 7,7
milhões de euros, o que é bastante representativo do esforço que as suas unidades
têm efectuado no sentido de adaptar as
estruturas à actual realidade do mercado.
A situação financeira da generalidade dos
clientes das diferentes áreas de negócio
mantém-se desafiante e os problemas de
incobrabilidade aumentaram. O EBITDA
de 2013 está influenciado negativamente
pelo registo de imparidades para dívidas
a receber e também de imparidades para
inventários, cuja variação face a 2012 registou um saldo negativo de 2,8 milhões
de euros. Se estas rubricas não tivessem
registado esta variação comparativamente a 2012 e expurgando as vendas
de CO2, a variação negativa do EBITDA
em Portugal teria sido de 24,6%, ao invés
dos 46,9%.
Foi dada continuidade aos projectos de
redução de custos, em especial na área
do cimento (cujo peso nos custos totais
do Grupo em Portugal é bastante significativo) dos quais se salienta o programa
de sinergias na área de manutenção industrial visando a redução de custos de
materiais, serviços e stocks, assim como
o projecto de aumento de eficiência energética que visa a redução de custos com
energia eléctrica e térmica.
O investimento em activos fixos tangíveis
em Portugal totalizou 14,9 milhões de euros, e verificou-se essencialmente na área
do cimento. Destacam-se a finalização
dos projectos de aumento de capacidade
de armazenagem de combustíveis alternativos - CDR’s e a finalização da instalação
de by-pass de gases nos fornos da Fábrica
Secil-Outão e Maceira-Liz. Todos estes
projectos têm como finalidade o aumento
da utilização de combustíveis alternativos
e a obtenção de poupanças no consumo
de energia ainda mais significativas.
O crescimento do peso das vendas de
exportação de cimento, cujas margens
são inferiores às das vendas no mercado
interno, contribuiu também para a redução da margem EBITDA.
Destaca-se o efeito muito positivo da diminuição e controlo dos custos operacionais,
incluindo os custos com pessoal, em todas
as áreas, resultado da reestruturação operacional levada a cabo em 2012 e em 2013.
Esta redução resultou da importante restruturação empreendida no ano de 2012
em Portugal - em particular nos segmentos do Cimento, Betão Pronto e Inertes -,
mas também da reestruturação que ocorreu já em 2013 na área dos Préfabricados e novamente no cimento. Nas áreas
operacionais do cimento procedeu-se à
fusão da gestão operacional das áreas de
manutenção e produção das fábricas de
cimento da Maceira e Pataias, aumen-
Prosseguiu o aumento da utilização de
resíduos industriais como combustível
térmico, tendo sido aumentada a taxa de
utilização de combustíveis alternativos de
41% em 2012, para 44% em 2013. Os
esforços e investimentos nesta área continuam a ser uma prioridade, com vista à
obtenção de uma taxa superior e consequentemente com uma poupança ainda
mais significativa nos custos de energia.
O resultado dos esforços acima referidos permitiu atenuar em grande medida
o impacto da quebra da actividade no
mercado interno e permitirá à Secil tirar
partido destas optimizações logo que o
mercado recupere. Apesar do redimensionamento das diferentes áreas e dos
esforços na redução de custos, ainda que
estes já tenham permitido mitigar o impacto da quebra do volume de negócios,
ainda não foram suficientes para a compensar, com excepção da área de inertes
e das argamassas cujo valor do EBITDA
recuperou comparativamente a 2012. No
entanto, estas medidas posicionam as diferentes unidades em Portugal para uma
O crescimento da economia portuguesa
no último trimestre de 2013 deixa, sem
dúvida, um sinal de confiança para 2014.
Contudo, não esquecendo que o sector
da construção ocupa uma posição de fim
de linha no ciclo de investimento, a actividade da construção e o consumo do
cimento deverão continuar a decrescer
em 2014, embora se estime uma queda
mais moderada do que em 2013.
As actuais projecções apontam para
um crescimento de 0,8% da actividade
económica em 2014, após uma queda
estimada de 1,5% em 2013 (Banco de
Portugal - Boletim Económico de Inverno – Janeiro 2014). Também as projecções mais recentes do FMI apontam
para um crescimento de 0,8%.
As actividades do Grupo em Portugal
vão continuar em 2014 influenciadas
pela conjuntura do sector da construção
e, ainda que existam perspectivas de alguma recuperação em 2015, continuará a
ser dado particular enfoque na implementação de medidas que visam o aumento
da eficiência operacional nas mais diferentes áreas (tanto nas operações como
na estrutura central) e que vão permitir a
obtenção de melhores resultados assim
que o mercado recuperar.
26
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
Tunísia
Unidade 2013
2012Variação
Mercado de Ligantes
Cimento
1000 t
7.402
7.163
3%
1000 t
278
331
-16%
Cal Artificial
Total
1000 t
7.680
7.494
2%
Produção de Clínquer
1000 t
857
898
-5%
Produção de Cimento
1000 t
1.272
1.201
6%
Produção de Cal Artificial
1000 t
54
66
-19%
Total
1000 t
1.326
1.267
5%
Vendas de cimento e Clínquer*
Mercado Interno
1000 t
1.236
1.237
0%
Mercado Externo
1000 t
94
36
160%
Total
1000 t
1.330
1.273
4%
175
176
0%
Vendas de Betão*
1000 m3
Volume de negócios
1.000 €
67.199
67.086
0%
EBITDA
1.000 €
7.477
8.956
-17%
Margem EBITDA
%
11,1%
13,4%
EBIT
1.000 €
1.269
2.820
-55%
Margem EBIT
%
1,9%
4,2%
Capex
1.000 €
7.782
6.892
13%
Pessoal
Nº
379
378
0%
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
A economia da Tunísia continua a
ser afectada pelos efeitos da situação pós revolucionária, que fomenta
a instabilidade política e social e que
se agrava pelo prolongamento do período de transição, que deveria ter terminado em 2012 com a realização de
eleições, mas que até à presente data
ainda não ocorreram. Apesar da situação desfavorável, a economia tunisina
deverá ter crescido 3% em 2013, embora abaixo dos 3,6% verificados em
2012 (World Economic Outlook, FMI,
Janeiro 2014).
O ano de 2013 fica marcado pelo agravamento da crise política, mantêm-se
os focos de instabilidade social, manifestações, greves e insegurança em
geral, com impacto sobre a actividade
económica. Os sectores do turismo e
das exportações continuam em recessão, os desequilíbrios orçamentais e
externos agravaram-se e as reformas
(a maioria das quais já estão em andamento) estão a decorrer de forma
mais lenta do que o previsto. No final
de Abril, o FMI concedeu uma linha de
crédito à Tunísia, por meio do Direito
Especial de Saque. Embora o sector
das obras públicas esteja em recessão,
o sector da construção na vertente
habitacional e comercial continua em
desenvolvimento.
Apesar da situação desfavorável, as
vendas anuais de ligantes tiveram um
crescimento no ano de 2013 de 2,5%,
tendo o consumo atingido um total de
7,7 milhões de toneladas. No mercado
da zona Sul, onde está implantada a
fábrica, registou-se um crescimento de
3% do consumo de ligantes.
27
O desempenho comercial do sector Cimento melhorou face a 2012. As vendas
aumentaram 5%, tendo-se verificado
um aumento das quantidades exportadas para 94 mil toneladas, o que comparado com o ano 2012 em que foram
exportadas 36 mil toneladas, representa
uma melhoria significativa, apesar das
interdições impostas pelo Governo.
No que se refere à actividade do betão
pronto, conseguiu-se manter o volume
de vendas igual ao verificado em 2012,
apesar da diminuição das grandes
obras públicas e privadas e do crescimento desordenado da construção
privada.
O volume de negócios manteve-se
semelhante ao verificado em 2012, no
entanto, devido à desvalorização de
cerca de 7% do dinar tunisino face ao
euro, esta estagnação produziu um impacto negativo de cerca de 5 milhões
de euros.O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 8% em moeda
local, devido ao aumento das quantidades vendidas para exportação. No mercado local o volume de negócios não se
alterou face a 2012, uma vez que para
além das quantidades vendidas terem
sido semelhantes, o preço do cimento
continuou homologado e mantém-se
inalterado desde Julho de 2011.
O volume de negócios do sector betão
também apresentou um desempenho
positivo na moeda local, em virtude do
aumento do preço médio de venda.
O EBITDA gerado pela Tunísia decresceu cerca de 17% comparativamente
a 2012, influenciado em parte pela já
referida desvalorização do dinar tunisino face ao euro, cujo impacto neste
indicador foi de cerca de 563 mil euros, pelo que caso se tivesse verificado
estabilidade na moeda, o decréscimo
teria sido de 10%.
Esta redução resulta da diminuição do
EBITDA verificada no cimento, motivada pela redução da produção de
clínquer em 5%, devido às paragens
ocorridas nos dois fornos para substituição dos arrefecedores. Para que
esta unidade de negócio continuasse
a ir ao encontro das necessidades
dos seus clientes e assim defender a
sua posição no mercado, foi necessário recorrer à compra e importação
de clínquer. A desvalorização cambial
teve também um impacto negativo nas
importações de peças sobressalentes.
O betão pronto, para além de ter conseguido a manutenção das quantidades vendidas numa conjuntura particularmente difícil, conseguiu também
aumentar o EBITDA em 7% e a margem EBITDA de 10,3% para 11,1%,
em resultado da melhoria das margens,
ainda que impactado pela desvalorização cambial.
Os investimentos ascenderam a 7,7
milhões de euros, tendo assumido importância primordial a substituição dos
arrefecedores dos dois fornos, o que
permitirá a obtenção de ganhos energéticos e o aumento da capacidade de
produção de clínquer.
Apesar da conclusão destes trabalhos
ter ocorrido já no final do ano, ainda foi
possível verificar os efeitos positivos
deste investimento, tendo a unidade
aumentado as produções de clínquer
e conseguido margens EBITDA mais
elevadas do que as obtidas nos restantes meses do ano, perspectivando
uma melhoria significativa nos resultados em 2014.
É expectável que a economia da Tunísia cresça 3,7% em 2014, acima
dos 3% estimados para 2013 (World
Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014),
apesar das incertezas que ainda per-
manecem no que respeita à instabilidade política e social.
As perspectivas para o mercado tunisino e consequentemente para as
nossas operações são positivas. Nos
primeiros dias do ano de 2014 o governo tunisino anunciou a liberalização
do preço de venda de cimento e das
exportações.
Em resultado desta liberalização de
preços, já se conseguiu implementar
um primeiro aumento nos preços de
venda, sendo possível equacionar que
possam ocorrer mais ajustamentos ao
longo de 2014. A liberalização das exportações permitirá melhorar a nossa
relação com os clientes externos e tirar
partido da localização privilegiada da
fábrica de Gabès para a exportação,
embora possamos vir a deparar-nos
com dificuldades imprevisíveis devido
à instabilidade que se vive na Líbia.
A entrada em funcionamento de uma
nova cimenteira no final de 2013 poderá também alterar o panorama das
vendas de cimento no mercado local.
28
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
05.
Líbano
Unidade 2013
2012Variação
Mercado de Cimento
1000 t
5.850
5.319
10%
1000 t
923
817
13%
Produção de Clínquer
Produção de Cimento
1000 t
1.239
1.123
10%
Vendas de cimento e Clínquer*
Mercado Interno
1000 t
1.265
1.184
7%
153
132
16%
Vendas de Betão*
1000 m3
Volume de negócios
1.000 €
90.415
88.027
3%
EBITDA
1.000 €
31.300
22.522
39%
Margem EBITDA
%
34,6%
25,6%
EBIT
1.000 €
20.778
11.190
86%
Margem EBIT
%
23,0%
12,7%
Capex
1.000 €
9.680
9.558
1%
Pessoal
Nº
506
506
0%
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
De acordo com os últimos dados publicados pelo FMI, a economia libanesa
terá crescido 1,5% em 2013, à semelhança do que sucedeu em 2012 (World
Economic Outlook, FMI Janeiro 2014),
no entanto abaixo das projecções do
início de 2013. A crise na Síria está a
ter impacto no Líbano a vários níveis,
incluindo ao nível do crescimento económico.
forma, também o Líbano sofreu o impacto da desaceleração global e da
instabilidade regional, em particular
resultante da situação vivida na Síria.
A região do Médio Oriente tem sido
palco de mudanças significativas,
marcadas pela transição política em
alguns países, deixando adivinhar algumas promessas de crescimento.
Contudo, estas mudanças também
têm criado incertezas, que se reflectiram no investimento, no turismo e na
actividade económica em geral. Desta
A procura nos projectos imobiliários
foi extremamente forte e as obras públicas também apresentaram algum
dinamismo. O sector da construção
continuou a crescer, impulsionando o
sector do cimento para um novo nível
recorde. O nível de consumo de cimento em 2013 cresceu comparativamente a 2012, atingindo o valor de 5,9
Ainda que fosse previsto o aumento
da actividade económica, era expectável que o consumo de cimento estabilizasse após o boom verificado nos
anos de 2003 a 2011.
milhões de toneladas, o que representa
um crescimento de cerca de 10%.
Neste contexto, as vendas de cimento
de Sibline registaram uma performance
muito positiva, tendo crescido 7%
comparativamente a 2012, vendas estas que foram realizadas integralmente
no mercado interno.
No que se refere à actividade do betão pronto também esta foi impulsionada de forma muito positiva pelo
dinamismo do sector da construção,
tendo-se verificado um aumento significativo nas vendas. Em 2013 foram
vendidos 153 mil m3 de betão, o que
representou um aumento de 16% comparativamente a 2012, atingindo-se o
volume de vendas mais elevado da
área de betão pronto no Líbano.
29
O volume de negócios das actividades no Líbano aumentou cerca de 3%
face a 2012, devendo-se esta evolução
positiva ao aumento das quantidades
vendidas de cimento e de betão. O incremento de 3% está no entanto impactado pela desvalorização de 3,3%
do dólar face ao euro em 2013, com
reflexo negativo de cerca de 3 milhões
de euros no volume de negócios.
O volume de negócios do cimento
cresceu cerca de 5% em moeda local,
devido ao aumento das quantidades
vendidas e ao aumento, ainda que ligeiro, do preço médio de venda.
O volume de negócios do betão pronto
também apresentou um bom desempenho, devido exclusivamente ao aumento das quantidades vendidas já
que o preço de venda decresceu cerca
de 1% em moeda local (4% em euros), fruto da situação concorrencial.
Assim, o betão registou um volume de
negócios de 9 milhões de euros, o que
representa um aumento de 11% face
a 2012.
sido afectada por paragens prolongadas com origem em frequentes cortes
no abastecimento de electricidade durante o 1º semestre, e ainda a problemas de ordem técnica, que entretanto
foram ultrapassados.
É de destacar a performance extremamente positiva da produção da fábrica de Sibline. Os problemas acima
referidos verificados em 2012 foram
ultrapassados, a produção da linha 2
foi estabilizada e foi concluído o investimento na remodelação da linha 1. A
produção anual de clínquer de 923 mil
toneladas e a de cimento de 1 238 mil
toneladas, foram as mais elevadas de
sempre.
O investimento na remodelação da
linha 1 permitiu ainda a obtenção de
uma melhoria no consumo de energia
térmica, tendo-se verificado uma diminuição comparativamente a 2012,
influenciando de forma positiva os custos com combustíveis.
dos custos variáveis de produção compensou esse efeito, aumentando assim
a margem bruta unitária.
Os investimentos em 2013 totalizaram
9,7 milhões de euros, destacando-se
a finalização do projecto de melhoramento e reformulação da linha do
forno 1.
No Líbano prevê-se um ano de 2014
semelhante ao de 2013, com um
crescimento na ordem dos 1,5%, de
acordo com as previsões mais recentes do FMI. A região do Médio Oriente
continua a ser afectada por mudanças
significativas e por perturbações de ordem política e social, que prejudicam
a manutenção da estabilidade macroeconómica. Embora seja expectável
que o Líbano continue a crescer, esse
crescimento está abaixo do potencial
que o país apresenta.
O aumento significativo do desempenho do EBITDA resulta da já mencionada melhoria da performance de
vendas e do desempenho na área da
produção em ambas as actividades,
com especial relevo no cimento.
A melhoria nos indicadores dos consumos de energia térmica e eléctrica e a
diminuição da taxa de incorporação de
clínquer, permitiram a diminuição dos
custos de produção e o aumento da
margem EBITDA no cimento de 26,6%
em 2012 para 36,1% em 2013.
O consumo de cimento deverá estabilizar em 2014, e estima-se que a procura de cimento decresça ligeiramente.
Ainda assim, as perspectivas para as
nossas operações são bastante positivas. As melhorias verificadas na área
de produção de cimento vão permitir
a obtenção de melhores resultados
em 2014. É expectável o aumento da
produção de clínquer bem como o aumento da produtividade dos moinhos
de cimento, o que conduzirá à obtenção de maiores ganhos nos custos de
produção, em resultado de uma melhoria no mix de matérias-primas e da
utilização dos combustíveis térmicos.
A produção de cimento e clínquer foi
muito superior à verificada em 2012,
tendo a produção de clínquer aumentado 13% e a de cimento 10%. No ano
anterior, os resultados foram afectados
pelo sobrecusto com a aquisição de
clínquer e cimento em consequência
da diminuição de produção. Esta tinha
O desempenho do EBITDA no betão
pronto, que atingiu os 765 mil euros
(+70% que em 2012), permitiu reflectir o
aumento de 16% das quantidades vendidas, assim como os ganhos obtidos
com a redução dos custos de produção.
Apesar da retracção do preço médio de
venda em cerca de 4%, a diminuição
O mercado do betão pronto apresenta
um forte dinamismo e considerando
as obras que já estão adjudicadas,
permite antever o crescimento das
vendas de betão em 2014. Deverá
ser iniciada a produção e venda de
blocos, bem como a comercialização
de argamassas.
O EBITDA gerado pelas operações no
Líbano atingiu 31,3 milhões de euros,
tendo crescido 39% comparativamente a 2012.
A melhoria do desempenho da área produtiva reflectiu-se na diminuição significativa do consumo de energia eléctrica
e na taxa de incorporação de clínquer
de 76,7%, a mais baixa de sempre.
30
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
06.
ANGOLA
Unidade 2013
2012Variação
Mercado Cimento
1000 t
5.500
5.000
10%
1000 t
181
186
-3%
Produção de Cimento
Vendas de cimento
180
191
-6%
Volume de negócios
1.000 €
23.870
28.531
-16%
EBITDA
1.000 €
241
2.601
-91%
Margem EBITDA
%
1%
9%
EBIT
1.000 €
-2.754
534
-616%
Margem EBIT
%
n.a.
1,9%
Capex
1.000 €
1.931
1.302
48%
Pessoal
Nº
253
270
-17
A economia Angolana mantém-se em
fase de crescimento e, de acordo com
a última informação divulgada pelo
FMI, o produto interno bruto deverá
ter crescido 5,6% em 2013, acima
dos 5,2% observados em 2012 (World
Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014).
Estas perspectivas de crescimento
assentam na previsão de uma maior
expansão do sector petrolífero e da
produção de gás, no aumento do consumo privado e na implementação do
programa de investimento público em
infra-estruturas, que permitirá acréscimos na actividade da construção,
bem como noutros sectores.
A construção continuou a sua tendência de crescimento, suportada pelos
planos do governo de construir projectos de habitação de larga escala e
de requalificação de estradas, pontes,
silos e ainda do sistema ferroviário.
Em linha com esta evolução, o mer-
cado do cimento em Angola atingiu
as 5,5 milhões de toneladas.
Em resultado da duplicação de capacidade de um dos produtores e da consolidação do processo produtivo de outro,
que iniciou a sua laboração no 4º trimestre de 2013, o ano de 2013 fica marcado
pelo aumento da capacidade produtiva
dos produtores nacionais de 4,5 milhões
para 7,5 milhões de toneladas.
Foi neste contexto concorrencial que
as quantidades vendidas pela Secil
Lobito decresceram 5,5% comparativamente ao ano anterior. Acresce ao
aumento da concorrência interna, a
importação de cimento a preços extremamente reduzidos.
A capacidade produtiva de cimento
em Angola é actualmente superior às
necessidades do mercado e em conjugação com a pressão dos preços
31
mais baixos do cimento importado,
provocou uma queda significativa nos
preços de venda, que em 2013 terá
sido de cerca de 12%.
Assim, o volume de negócios decresceu 16,3% face a 2012, essencialmente devido à diminuição dos preços
de venda.
Dada a diminuição das quantidades vendidas e do preço médio de venda, o impacto no EBITDA foi significativo, tendo
registado uma diminuição em 2013.
Destaca-se a reacção e o trabalho
efectuado pelas operações, para responder a esta conjuntura desfavorável.
Foi efectuado um conjunto de investimentos tendo em vista a redução dos
custos de produção. Os investimentos
do ano totalizaram 1,8 milhões de euros
e parte desse investimento permitirá em
2014 a redução de cerca de 15% do
custo variável de produção. Também
a política com pessoal foi direccionada
para a redução de custos. No final de
2013 o número de colaboradores totaliza 249, representando uma redução
de 6% face a Dezembro de 2012.
As perspectivas para 2014 em Angola são favoráveis. Segundo o FMI,
a economia angolana deverá crescer
6,3%. A adjudicação de vários projectos estruturais por parte do governo
angolano, tais como barragens, estradas e aeroportos, perspectivam para
2014 um forte crescimento do mercado
do cimento. Na sequência dos investimentos realizados em 2013, que irão
permitir uma redução substancial nos
custos de produção e tornar a Secil
Lobito mais competitiva, perspectiva-se um aumento do volume de vendas,
bem como uma melhoria substancial
do serviço ao cliente, em resultado da
implementação de novos investimentos no sector da embalagem.
32
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
07.
CABO
VERDE
Unidade2013 2012Variação
Vendas de Cimento*
1000 t
47
51
-7%
56
77
-27%
Vendas de Agregados*
1000 m3
Venda de Pré-Fabricado*
1000 t
0,7
1,1
-39%
Volume de negócios
1.000 €
5.425
5.846
-7%
EBITDA
1.000 €
184
66
180%
Margem EBITDA
%
3,4%
1,1%
EBIT
1.000 €
111
-10
-1207%
Margem EBIT
%
2,0%
-0,2%
Capex
1.000 €
58
67
-14%
Pessoal
Nº
36
34
6%
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
A economia cabo-verdiana terá crescido 1,5% em 2013, valor abaixo dos
2,5% verificados em 2012 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014).
Cabo Verde tem uma economia pequena e aberta, com uma elevada
dependência de capitais estrangeiros,
pelo que o desenvolvimento continua
em larga medida condicionado pelo
contexto internacional. O crescimento
verificado em 2013 foi mais uma vez
suportado pelo sector do turismo.
O mercado da construção enfrentou
em 2013 uma forte contracção e um
elevado nível de concorrência e a
conjuntura económica internacional,
nomeadamente a Europeia, limitou o
investimento privado em Cabo Verde,
principalmente no imobiliário turístico
onde se verificou a paragem ou adiamento de muitos projectos. Os investimentos públicos em infra-estruturas
não foram suficientes para evitar que o
mercado da construção sofresse uma
descida acentuada.
De acordo com o cenário referido,
estima-se que o mercado do cimento
tenha decrescido cerca de 15%, pelo
que o consumo terá sido de cerca de
200 mil toneladas. A Secil Cabo Verde
manteve o dinamismo comercial e a
proximidade junto dos seus clientes,
pelo que apesar da situação de mercado desfavorável, o decréscimo nas
vendas foi inferior ao do mercado,
tendo sido vendidas 47 mil toneladas,
diminuindo 7% comparativamente a
2012.
33
Para além da quebra registada no cimento, a actividade de inertes registou um decréscimo mais acentuado.
Estima-se que o mercado de inertes
na ilha de Santiago tenha sofrido um
abrandamento em relação ao ano anterior, o que em conjunto com o início de
actividade de um novo concorrente impactou as vendas, que diminuíram 27%.
custos, permitiram que o custo variável de produção de inertes diminuísse
significativamente e compensasse a
quebra da actividade.
Apesar da diminuição das quantidades
vendidas em ambas as actividades, os
preços de venda do cimento num ano
de forte crise, aumentaram cerca de 5%,
permitindo que o decréscimo no volume
de negócios não fosse tão significativo.
As perspectivas para a economia de
Cabo Verde são de crescimento em
2014 e de acordo com as últimas projecções do FMI a economia deverá
crescer 4,4% em 2014, crescimento
este alicerçado, mais uma vez, no
turismo.
Os esforços efectuados para manter a
sustentabilidade da actividade, nomeadamente no que respeita à redução de
Desta forma o EBITDA registou em 2013
um aumento considerável, atingindo os
184 mil euros e a margem EBITDA cresceu para 3,4%.
O cenário para os próximos anos é
de políticas orçamentais e monetárias
restritivas e a consequente redução no
investimento público. Os fundos disponíveis serão apenas utilizados para
financiar o défice público, retirando
crédito ao sector privado.
Estima-se que o mercado do cimento
sofra uma nova redução em 2014, implicando uma maior agressividade concorrencial, no cimento e nos inertes.
34
08.
Perspectivas
Futuras
RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Prevê-se que o contexto económico
para 2014 seja mais favorável relativamente ao que sucedeu nos últimos
anos em Portugal. As últimas projecções do Banco de Portugal englobam
um perfil de progressiva recuperação
da procura interna e uma recuperação
moderada da actividade no período de
2014-2015.
Conforme referido, as projecções mais
recentes do FMI e do Banco de Portugal apontam para um crescimento
de 0,8% da economia portuguesa.
Perspectiva-se que a actividade de
construção registe novamente uma redução em 2014, embora o decréscimo
seja muito menos acentuado do que o
verificado nos últimos anos.
As actividades do Grupo em Portugal
vão continuar em 2014 influenciadas
pela conjuntura do sector da construção e, ainda que existam perspectivas de alguma recuperação em 2015,
continuará a ser dado muito enfoque à
implementação de medidas que visam
o aumento da eficiência operacional
nas mais diferentes áreas (tanto nas
operações como na estrutura central)
e que vão permitir a obtenção de melhores resultados assim que o mercado
recupere.
Na Tunísia é expectável que a economia cresça 3,7%, de acordo com as
estimativas mais recentes do FMI, apesar das incertezas que ainda subsistem
quanto à instabilidade política e social.
Em consonância com o que é esperado para a economia, também o sector da construção e do cimento deverá
crescer comparativamente a 2013.
As perspectivas para o mercado tunisino são positivas, uma vez que, em
resultado da liberalização de preços
que finalmente ocorreu no início de
2014, já se conseguiu implementar um
primeiro aumento dos preços de venda
do cimento, sendo possível equacionar
que possam vir a ocorrer mais ajustamentos ao longo de 2014.
No Líbano prevê-se um ano de 2014
semelhante ao de 2013, com um crescimento na ordem dos 1,5%, de acordo
com as previsões mais recentes do FMI.
As alterações que têm ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a
manutenção da estabilidade macroeconómica, influenciando o crescimento
esperado para o Líbano, bastante
abaixo do potencial que este país apresenta. O mercado do cimento deverá
estabilizar, após o boom verificado nos
anos de 2003 a 2011.
As perspectivas para 2014 em Angola
são favoráveis. Segundo o FMI, a economia angolana deverá crescer 6,3%
em 2014, acima dos 5,6% estimados
para 2013. Este enquadramento perspectiva um forte crescimento do mercado angolano de cimento. As operações da Secil deverão ser afectadas
positivamente pelos impactos dos
investimentos realizados em 2013, na
diminuição dos custos de produção,
perspectivando-se uma melhoria nos
resultados.
Para o ano de 2014 antevê-se um desempenho global positivo do Grupo
Secil e significativamente melhor do
que o obtido em 2013.
35
09.
Proposta
de Aplicação
de Resultados
Os resultados líquidos do período da
Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 34 897 448,00 euros
negativos. O Conselho de Administração
propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados.
O Conselho de Administração, Outão 03
de Abril de 2014
Presidente
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira
Vogais
Gonçalo de Castro Salazar Leite
Francisco José Melo e Castro Guedes
Carlos Alberto Medeiros Abreu
Sérgio António Alves Martins
João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
José Miguel Pereira Gens Paredes
Paulo Miguel Garcês Ventura
técnico oficial de contas
Emília Rosa Mota de Carvalho
36
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
37
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
1.Balanço Consolidado
2.Demonstração dos Resultados Consolidados
3.Demonstração das Alterações
nos Capitais Próprios Consolidados
4.Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
38
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01. Balanço Consolidado
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
Valores em EurosNota
31/12/13 31/12/12
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis
11
365.303.840
397.109.394
Propriedades de investimento
13
1.289.715
1.467.045
Goodwill
10
114.966.625
132.211.694
Activos intangíveis
14
3.877.689
1.643.793
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial
15
33.408.378
5.016.542
Participações financeiras - outros métodos
15
-
24.413.353
Outras contas a receber
19
2.407.210
2.639.982
Activos por impostos diferidos
16
11.827.066
13.496.066
Outros activos financeiros
17
3.650.427
1.678.153
536.730.950579.676.022
Activo corrente
Inventários
18
91.765.301
98.725.715
Clientes 19
48.447.939
55.679.493
Adiantamentos a fornecedores
25
2.062.119
1.978.167
Estado e outros entes públicos
26
8.414.033
13.018.771
19
13.975.118
80.038.893
Outras contas a receber
27
804.662
879.418
Diferimentos
Activos não correntes detidos para venda
20
1.174.069
4.000.614
19
124.323.147
72.731.764
Caixa e depósitos bancários
290.966.388327.052.835
Total do activo
827.697.338
906.728.857
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio Capital realizado
21
264.600.000
264.600.000
Acções próprias
21
(22.609.745)
(22.609.745)
Reservas legais
21
40.680.725
40.680.725
Outras reservas
21
94.623.691
94.623.691
Resultados transitados
(7.952.383)
30.299.150
Excedentes de revalorização
21
14.242.547
14.450.157
Outras variações no capital próprio
21
(99.653.339)
(77.523.969)
283.931.496
344.520.009
Resultado consolidado líquido do período
(34.897.448)
(38.459.143)
249.034.048306.060.866
Interesses minoritários
6
66.192.420
65.678.572
Total do capital próprio
315.226.468
371.739.438
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões
22
21.294.223
18.878.416
37
585.000
505.000
Accionistas/ sócios
Financiamentos obtidos
24
282.920.857
324.097.871
Responsabilidades por benefícios pós-emprego
23
2.566.329
2.813.668
Passivos por impostos diferidos
16
34.513.322
38.343.238
Outros passivos financeiros
39
4.262.775
5.795.506
346.142.506390.433.699
Passivo corrente
Fornecedores
24
42.321.474
35.728.624
Adiantamentos de clientes
25
2.534.888
2.030.936
Estado e outros entes públicos
26
16.971.737
36.850.426
Accionistas/ sócios
37
1.655.133
2.100.022
Financiamentos obtidos
24
71.364.558
35.354.394
Outras contas a pagar
24
31.000.729
30.946.151
Passivos directamente associados a activos
não correntes detidos para venda
20
100.265
1.234.141
Diferimentos
27
379.580
311.026
166.328.364144.555.720
Total do passivo
512.470.870
534.989.419
Total do capital próprio e do passivo
827.697.338
906.728.857
39
02.
Demonstração dos
Resultados Consolidados
Demonstração dos Resultados Consolidados em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
Valores em EurosNota
31/12/1331/12/12
Vendas e serviços prestados
28
411.525.441
450.232.612
29
(2.214.487)
(5.184)
Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção
1.450.246
(3.715.749)
Trabalhos para a própria entidade
166.060
504.862
(130.724.451)
(142.150.129)
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
30
(158.008.105)
(170.617.271)
31
(65.927.987)
(75.005.684)
Gastos com o pessoal Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)
18
(1.716.701)
(496.026)
Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)
19
(634.228)
1.210.542
Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 10
(13.620.281)
(6.702.954)
Provisões ((aumentos)/ reduções)
22
(3.752.209)
(3.307.606)
Outros rendimentos e ganhos
32
22.613.082
39.129.188
Outros gastos e perdas
33
(9.867.647)
(21.157.267)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 49.288.733
67.919.334
34
34
(58.436.262)
206.338
(69.225.174)
(15.814.419)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização
Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões)
(8.941.191)
(17.120.259)
35
35
5.159.598
(26.863.903)
5.399.286
(18.143.885)
Resultado antes de impostos
(30.645.496)
(29.864.858)
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
Imposto sobre o rendimento
16
1.508.953
(3.896.666)
Resultado consolidado líquido do período
(29.136.543)
(33.761.524)
Resultado consolidado líquido do período atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses minoritários
36
6
(34.897.448)
5.760.905
(38.459.143)
4.697.619
(29.136.543)(33.761.524)
Resultado básico por acção
(0,72)
(0,79)
40
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
03.
Demonstração
das Alterações nos
Capitais Próprios
Consolidados
Demonstração
das alterações nos capitais próprios consolidados
de 1 de janeiro de2013 a 31 de dezembro de 2013
Capital
O
CapitalAcçõesReservasO
realizadopróprias
legais
Valores em EurosNotas
(Nota 21.1)
(Nota 21.1)
(Nota 21.2) Posição no início do período 2013
264.600.000 (22.609.745)
40.680.725 Alterações no período:
Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
21.5.1
-
-
-
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados
de cobertura no período 21.5.4
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos
actuariais no período 21.5.2
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento
21.5.3
-
-
-
Subsídios por licenças de emissão de gases
com efeitos de estufa
21.5.3
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Efeito de aquisição / alienação de participadas
-
-
-
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas 21.6
-
-
-
-
-
-
Resultado líquido do período
Resultado integral
Operações com detentores de capital no período
Distribuição do resultado do período de 2012
21.6
-
-
-
---
Posição no fim do período 2013
264.600.000(22.609.745) 40.680.725
41
próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe
Outras
variações
OutrasExcedentes de
no capital ResultadoInteressesTotal do
reservas
Resultados revalorizaçãopróprio
líquido dominoritários
capital
(Nota 21.3)
transitados
(Nota 21.4)
(Nota 21.5)períodoTotal
(Nota 6.2)próprio
94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969)
(38.459.143)
306.060.866 65.678.572 371.739.438
-
239.182
(239.182)
-
-
-
-
-
(31.572)
31.572
-
-
-
-
-
-
-
(24.100.907)
-
(24.100.907)
(2.902.672)
(27.003.579)
-
-
-
1.532.731
-
1.532.731
-
1.532.731
-
-
-
(424.313)
-
(424.313)
-
(424.313)
-
-
-
(1.009.091)
-
-
-
298.685
-
-
-
(146.437)
-
-
(1.009.091)
298.685
(10.822)
573
(1.019.913)
299.258
-
(146.437)
21.250
(125.187)
-
-
-
2.283.263
-
2.283.263
-
2.283.263
-
-
-
(563.301)
-
(563.301)
(4.005)
(567.306)
-
-
-
-
-
-
1.500
1.500
- (38.459.143)
-
-
38.459.143
-
-
-
(38.251.533)
(207.610) (22.129.370) 38.459.143 (22.129.370)(2.894.176) (25.023.546)
(34.897.448)
(34.897.448)
5.760.905 (29.136.543)
(57.026.818)
2.866.729
(54.160.089)
-
-
-
-
-
(2.352.881)
(2.352.881)
-
- - -- -
(2.352.881)
(2.352.881)
94.623.691 (7.952.383) 14.242.547 (99.653.339) (34.897.448) 249.034.048 66.192.420 315.226.468
42
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
03.
Demonstração
das Alterações nos
Capitais Próprios
Consolidados
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DE
1 DE JANEIRO DE 2012 A 31 DE DEZEMBRO DE 2012
Capital
O
CapitalAcçõesReservasO
realizadopróprias
legais
Valores em EurosNotas
(Nota 21.1)
(Nota 21.1)
(Nota 21.2) Posição no início do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989
Alterações no período:
Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
21.5.4
-
-
-
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor
de derivados de cobertura no período 39 -
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento
21.5.3
-
-
-
Subsídios por licenças de emissão de gases
com efeitos de estufa
21.5.3
-
-
-
Imposto diferido
16.2
-
-
-
Efeito de aquisição / alienação de participadas
-
-
-
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência do resultado líquido do período
de 2011 para reservas
21.6
-
-
1.146.736 -
-
1.146.736 Resultado líquido do período
Resultado integral
Operações com detentores de capital no período
Restituição de prestações suplementares em subsidiárias
-
-
-
Distribuição do resultado do período de 2011
21.6
-
-
-
Distribuição de reservas
21.3
-
-
-
-
-
-
Posição no fim do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 40.680.725 43
próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe
Outras
variações
OutrasExcedentes de
no capital ResultadoInteressesTotal do
reservas
Resultados revalorizaçãopróprio
líquido dominoritários
capital
(Nota 21.3)
transitados
(Nota 21.4)
(Nota 21.5)períodoTotal
(Nota 6.2)próprio
129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710
408.281.825 67.816.941 476.098.766
-
240.482 (240.482)
-
-
-
-
-
(31.744)
31.744 -
-
-
-
-
-
-
(8.325.786)
-
(8.325.786)
(1.654.990)
(9.980.776)
-
-
-
(2.978.353)
-
(2.978.353)
-
(2.978.353)
-
-
-
867.989 -
867.989 -
867.989
-
-
-
4.817.630 -
4.817.630 24.001 4.841.631
-
-
-
(1.446.642)
-
(1.446.642)
(5.925)
(1.452.567)
-
-
-
(922.687)
-
(922.687)
(41.772)
(964.459)
-
-
-
678.611 -
678.611 2.224 -
-
-
80.649 -
80.649 10.134 -
-
-
-
-
-
289.904 680.835
90.783
289.904
21.787.974 -
-
- (22.934.710)
-
-
21.787.974 208.738 (208.738)
(7.228.589) (22.934.710)
(7.228.589) (1.376.424)
(8.605.013)
(38.459.143)
(38.459.143)
4.697.619 (33.761.524)
(45.687.732)
3.321.195 (42.366.537)
-
-
-
-
-
-
(44.892)
(44.892)
-
-
-
- (5.414.672)
(5.414.672)
(56.533.227)
-
-
-
-
(56.533.227)
-
(56.533.227)
(56.533.227)
-
-
-
- (56.533.227) (5.459.564) (61.992.791)
94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969) (38.459.143)
306.060.866 65.678.572 371.739.438
44
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
Demonstração dOS FLUXOS
DE CAIXA CONSOLIDADOS
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
Valores em EurosNotas
31/12/1331/12/12
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 470.886.104
521.942.951
Pagamentos a fornecedores (334.123.790) (378.842.695)
Pagamentos ao pessoal (45.732.747)
(55.118.085)
Caixa gerada pelas operações
91.029.567
87.982.171
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 37.920
6.078.704
Outros (pagamentos)/recebimentos (36.716.079)
(30.742.416)
Fluxos de caixa das actividades operacionais (1)
54.351.408 63.318.459
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis
(29.457.983)
(38.673.090)
Activos intangíveis
-
(25.765)
Investimentos financeiros (17.602.279)
(25.284.652)
Outros activos
- (125.840.701)
(47.060.262) (189.824.208)
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis
400.448
1.371.645
Juros e ganhos similares 3.358.789
543.256
Dividendos
713.506
878.599
Outros activos
70.143.004
126.463
74.615.747
2.919.963
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2)
27.555.485 (186.904.245)
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 564.313.583 1.589.771.952
Aumentos de capital
1.500
Outros
80.000
564.395.083 1.589.771.952
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (566.734.207) (1.429.201.504)
Amortização de contratos de locação financeira (553.494)
(633.837)
Juros e gastos similares (25.064.676)
(17.066.996)
Dividendos
(2.228.211)
(4.929.302)
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
-
(44.892)
(594.580.588) (1.451.876.531)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3)
(30.185.505) 137.895.421
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3)
51.721.388
14.309.635
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO
(3.364.682)
(1.037.523)
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO
61.802.586
46.648.661
EFEITO DOS ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA
-
1.881.813
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO
4
110.159.292 61.802.586
45
46
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
ÍNDICE
DAS NOTAS ÀS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
1. Nota introdutória
48
2. Referencial contabilístico de
preparação das demonstrações
financeiras
48
3. Resumo das principais políticas
contabilísticas
48
3.1 Bases de apresentação
48
3.2 Concentração
de actividades empresariais
e princípios de consolidação
48
3.2.1 Princípios de consolidação
48
3.2.2 Investimentos financeiros em
empresas controladas conjuntamente 49
3.2.3 Investimentos financeiros
49
em empresas associadas
3.2.4 Investimentos financeiros
em outras participações financeiras 50
3.2.5 Concentração de
actividades empresariais
50
3.2.6 Goodwill
51
3.2.7 Conversão
de demonstrações financeiras
de entidades estrangeiras
51
3.3 Relato por segmentos
52
3.4 Activos fixos tangíveis
52
3.5 Locações
53
3.6 Propriedades de investimento 53
3.7 Activos intangíveis
53
3.8 Imparidade de activos fixos
tangíveis e intangíveis excluindo
54
goodwill
3.9 Imposto sobre o rendimento
55
3.10 Inventários
3.11 Activos e passivos financeiros
3.11.1 Imparidade de activos
financeiros
3.11.2 Desreconhecimento
de activos e passivos financeiros
3.12 Activos não correntes detidos
para venda e unidades operacionais
descontinuadas
3.13 Subsídios do governo
3.14 Saldos e transacções
em moeda estrangeira
3.15 Provisões
3.16 Benefícios pós-emprego
3.16.1 Planos de
contribuição definida
3.16.2 Planos de benefícios
definidos
3.17 Outros benefícios a longo
prazo dos empregados
3.18 Benefícios a curto
prazo de empregados
3.19 Rédito
3.20 Encargos financeiros
com empréstimos obtidos
3.21 Instrumentos financeiros
derivados e contabilidade
de cobertura
3.22 Gestão de risco
3.21.1 Factores de risco financeiro
3.21.2 Factores de risco
operacional
3.23 Capital Social e acções
próprias
55
55
57
57
57
58
58
58
59
59
59
60
60
60
60
3.24 Distribuição de dividendos
3.25 Juízos de valor críticos e
principais fontes de incerteza
associadas a estimativas
3.26 Acontecimentos após
a data do balanço
63
4. Fluxos de caixa
65
63
65
5. Relato por segmentos e réditos
e serviços prestados por área
geográfica de destino
66
5.1 Relato por segmentos
66
5.2 Vendas e serviços prestados
por segmentos
70
6. Investimentos em subsidiárias
6.1 Subsidiárias
6.2 Interesses minoritários
72
72
74
7. Interesses
em empreendimentos conjuntos
76
8. Investimentos em associadas
e outras participações financeiras 76
9. Alterações no perímetro
de consolidação
80
10. Goodwill
81
62
11. Activos fixos tangíveis
82
63
12. Locações
84
61
62
62
47
RESULTADO APROPRIADO
DE EMPRESAS ASSOCIADAS
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS
EXTERNOS
GASTOS COM O PESSOAL
OUTROS RENDIMENTOS
E GANHOS
OUTROS GASTOS E PERDAS
PROVISÕES
BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
GASTOS/ REVERSÕES
DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES
E IMPARIDADES
RESULTADOS FINANCEIROS
LÍQUIDOS
ACTIVOS INTANGÍVEIS
RESULTADO POR ACÇÃO
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
PARTES RELACIONADAS
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
RISCOS FINANCEIROS
OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS
INVENTÁRIOS
PASSIVOS FINANCEIROS
ACTIVOS FINANCEIROS
JUSTO VALOR
DOS INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DERIVADOS
DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS
AMBIENTAIS
ACTIVOS NÃO CORRENTES
DETIDOS PARA VENDA
CAPITAL PRÓPRIO
ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
E A FORNECEDORES
ESTADO E OUTROS ENTES
PÚBLICOS
DIFERIMENTOS ACTIVOS
E PASSIVOS
VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS
. CUSTOS COM AUDITORIA
E REVISÃO LEGAL DE CONTAS
COMPROMISSOS ASSUMIDOS
PELO GRUPO
ACONTECIMENTOS APÓS
A DATA DO BALANÇO
48
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
_3.Resumo das principais políticas
contabilísticas
As principais políticas contabilísticas
aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas
estão descritas abaixo.
_3.1 Bases de apresentação
DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO
DE 2013
(Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros,
salvo se indicado o contrário.)
_1. Nota introdutória
O Grupo SECIL (Grupo) é constituído
pela Secil – Companhia Geral de Cal
e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil)
e Subsidiárias. A Secil foi constituída
em 27 de Junho de 1918 e tem como
actividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido
na sua fábrica do Outão, Setúbal e
distribuído pelos diversos entrepostos
comerciais presentes por todo o país.
Sede Social: Outão, Setúbal
Capital Social: Euros 264.600.000
N.I.P.C.: 500 243 590
A Secil lidera um Grupo empresarial
com actividades operacionais em Portugal, Tunísia, Angola, França, Líbano,
Cabo Verde e Brasil, destacando-se:
(i) a produção de cimento, através
das suas subsidiárias, nas fábricas de
Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lo-
bito (Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a
produção e comercialização de betão
em Portugal, Tunísia e Líbano e (iii) a
produção de inertes e exploração de
pedreiras em Portugal e Cabo Verde.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de
3 de Abril de 2014.
Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral
de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
O Conselho de Administração entende
que estas demonstrações financeiras
consolidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da
Sociedade e das suas subsidiárias,
bem como a sua posição consolidada,
desempenho financeiro e fluxos de
caixa consolidados.
_2. Referencial contabilístico
de preparação das demonstrações
financeiras
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no
quadro das disposições em vigor em
Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº
158/2009, de 13 de Julho, e de acordo
com a estrutura conceptual, normas
contabilísticas e de relato financeiro e
normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de Dezembro de 2013.
As demonstrações financeiras anexas
foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, a partir
dos livros e registos contabilísticos
das empresas incluídas na consolidação (Notas 6 e 7), mantidos de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada
subsidiária, ajustados no processo
de consolidação, de modo a que as
demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas
Contabilísticas e de Relato Financeiro
(NCRF).
_3.2 Concentração de actividades
empresariais e princípios
de consolidação
_3.2.1 Princípios de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Sociedade e
das entidades por si controladas - as
suas subsidiárias. Entende-se existir
controlo quando a Sociedade tem o
poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade,
de forma a obter benefícios derivados
das suas actividades, normalmente
associado ao controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de
direitos de voto potenciais que sejam
correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação
do controlo que a Sociedade detém
sobre uma entidade.
49
As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
através do método de consolidação
integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas
actividades financeiras e operacionais
e até ao momento em que esse controlo cessa.
As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que
necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas
pelo Grupo.
As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções
e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As
perdas não realizadas são também
eliminadas, excepto se a transacção
revelar evidência de imparidade de um
activo transferido.
O capital próprio e o resultado líquido
destas empresas correspondentes à
participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas
de interesses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado de
forma autónoma no capital próprio e
na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas
Notas 6 e 7.
Os interesses minoritários são inicialmente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor
dos activos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela
correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio
das subsidiárias.
Quando os prejuízos aplicáveis aos
interesses minoritários excedem os
correspondentes interesses no capi-
tal próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos.
Se a subsidiária subsequentemente
relatar lucros, o Grupo apropria todos
os lucros até que a parte minoritária
dos prejuízos absorvidos pelo Grupo
tenha sido recuperada.
Na redução dos interesses do Grupo
em subsidiárias, qualquer diferença
entre o justo valor da contraprestação
recebida ou a receber e a quota-parte
correspondente na quantia escriturada
dos activos líquidos da subsidiária é
registada em resultados do período.
_3.2.2 Investimentos financeiros
em empresas controladas
conjuntamente
Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto
que envolve o estabelecimento de
uma sociedade, de uma parceria ou
de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos
vários empreendedores.
As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações
financeiras consolidadas pelo método
de consolidação proporcional sendo
os activos, passivos e rendimentos e
gastos das entidades conjuntamente
controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras
consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas
conjuntamente controladas e outras
empresas do Grupo são eliminados,
no processo de consolidação, na
proporção do controlo atribuível ao
Grupo.
_3.2.3 Investimentos financeiros
em empresas associadas
Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência
significativa mas não possui controlo,
geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa
entende-se o poder de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e
operacionais da associada, sem que tal
resulte em controlo ou controlo conjunto
por parte do Grupo.
Os investimentos em associadas são
contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o
método da equivalência patrimonial, as
participações financeiras são registadas
pelo seu custo de aquisição, ajustado
pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais
próprios (incluindo o resultado líquido)
das associadas, por contrapartida de
rendimentos ou gastos do período, e
pelos dividendos recebidos.
O excesso do custo de aquisição face ao
justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de
aquisição é reconhecido como goodwill
(Nota 3.2.6) e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial
entre o custo de aquisição e o justo valor
dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.
É feita uma avaliação dos investimentos
em associadas quando existem indícios
de que o activo possa estar em imparidade sendo registadas como gastos
na demonstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade
reconhecidas em períodos anteriores
deixam de existir são objecto de reversão, à excepção do goodwill.
50
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa
o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo,
excepto se tiver incorrido em responsabilidades ou efectuado pagamentos
em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da
sua quota-parte nesses lucros somente
após a sua parte nos lucros igualar a
parte das perdas não reconhecidas.
norma as que sejam inferiores a 20%
dos direitos de voto.
Os ganhos não realizados em transacções com as associadas são eliminados na extensão da participação do
Grupo nas associadas. As perdas não
realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência
de imparidade de um bem transferido.
> Ao justo valor através de resultados
As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que
necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas
pelo Grupo.
Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 8.
_3.2.4 Investimentos financeiros em
outras participações financeiras
Outras participações financeiras são
as participações financeiras onde
não existe influência significativa, por
Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados:
> Ao custo ou custo amortizado, dedu-
zido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor
não possa ser obtido com fiabilidade;
quando o investimento é cotado e
as cotações são divulgadas publicamente.
Os rendimentos resultantes destas
participações financeiras (dividendos
ou lucros distribuídos) são registados
na demonstração dos resultados do
período em que é decidida e anunciada
a sua distribuição.
_3.2.5 Concentração de actividades
empresariais
As aquisições de subsidiárias e de
negócios são registadas utilizando
o método da compra. O correspondente custo é determinado como o
agregado, na data da aquisição, de:
(a) justo valor dos activos entregues
ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumi-
das; (c) justo valor de instrumentos de
capital próprio emitidos pelo Grupo em
troca da obtenção de controlo sobre a
subsidiária; e (d) custos directamente
atribuíveis à aquisição.
Quando aplicável, o custo da concentração ou aquisição inclui o efeito de
pagamentos contingentes acordados
no âmbito da transacção. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida
do correspondente goodwill.
Os activos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou
negócio adquirido que satisfazem as
condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao
seu justo valor na data da aquisição.
O excesso do custo da concentração
relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos activos
identificáveis adquiridos é registado
como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a
diferença é reconhecida directamente
na demonstração dos resultados consolidados.
Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa
associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas
pelo método integral, a quota parte
dos justos valores atribuídos aos activos e passivos, correspondente às
percentagens anteriormente detidas, é
registada na rubrica “ Outras variações
no capital próprio”.
Se o custo de aquisição for inferior ao
justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a
diferença é reconhecida directamente
na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.
51
Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em
que a mesma ocorreu, o Grupo relata
montantes provisórios para os itens cuja
contabilização não está concluída. Tais
montantes provisórios são passíveis de
ajustamento durante um prazo de 12
meses a contar da data da aquisição.
_3.2.6 Goodwill
O goodwill representa o excesso do
custo da concentração de actividades
empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos activos,
passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da
concentração.
O goodwill é reconhecido como um
activo na data em que é adquirido o
controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se
sujeito a testes por imparidade, numa
base mínima anual.
Para efeitos de testes de imparidade,
o goodwill é imputado às unidades
geradoras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da
consolidação. As unidades geradoras
de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade
anuais ou mais frequentes (na eventualidade de existir alguma indicação de
que a unidade possa estar em imparidade). Se a quantia recuperável da
unidade geradora de caixa for inferior
à correspondente quantia escriturada,
a perda por imparidade daí resultante
é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte
remanescente imputada aos restantes
activos da unidade geradora de caixa
proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade
imputadas ao goodwill não podem ser
revertidas subsequentemente.
Ganhos ou perdas decorrentes da
venda de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde.
_3.2.7 Conversão
de demonstrações financeiras
de entidades estrangeiras
São tratadas como entidades estrangeiras as que operando no estrangeiro, têm
autonomia organizacional, económica e
financeira e que elaborem as suas demonstrações financeiras utilizando para
o efeito uma moeda distinta do Euro.
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente
económico em que a entidade opera
(moeda funcional). As demonstrações
financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda
funcional e de relato do Grupo.
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando
as taxas de câmbio existentes à data do
balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos
de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada
no período. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital
próprio na rubrica “Outras variações no
capital próprio – diferenças de conversão
de demonstrações financeiras ”.
O goodwill e os ajustamentos de justo
valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade adquirida
e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio à data do balanço.
Sempre que uma entidade estrangeira
é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração
de resultados como um ganho ou perda
da alienação.
As cotações utilizadas para conversão
para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do
Grupo são as seguintes:
Valorização/
31/12/2013 31/12/2012 (desvalorização)
TND (dinar tunisino)
Câmbio médio do período
2,1576
2,0065
(7,53%)
Câmbio de fim do período
2,2615
2,0468
(10,49%)
LBP (libra libanesa)
Câmbio médio do período
2.002,10
1.936,80
(3,37%)
Câmbio de fim do período
2.079,00
1.989,00
(4,52%)
USD (dólar americano)
Câmbio médio do período
1,3282
1,2848
(3,37%)
Câmbio de fim do período
1,3791
1,3194
(4,52%)
BRL (real brasileiro)
Câmbio médio do período
2,8685
2,5077
(14,39%)
Câmbio de fim do período
3,2576
2,7036
(20,49%)
CVE (escudo cabo-verdiano)
Câmbio médio do período
110,2650
10,2650
0,00% Câmbio de fim do período
110,2650
10,2650
0,00%
AOA (kwanza angolano)
Câmbio médio do período
128,1283
-
-
Câmbio de fim do período
136,8127 126,7482
(7,94%)
52
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
_3.3 Relato por segmentos
_3.4 Activos fixos tangíveis
Segmento de negócio é um grupo de
activos e operações do Grupo que estão
sujeitos a riscos e retornos diferentes
dos de outros segmentos de negócio.
Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição,
o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às
actividades necessárias para colocar
os activos na localização e condição
necessárias para operarem da forma
pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de
restauração dos respectivos locais que
o Grupo espera incorrer, deduzido das
depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
Foram identificados três segmentos de
negócio no Grupo: Cimento, Betões e
Agregados.
Segmento geográfico é uma área individualizada comprometida em fornecer
produtos ou serviços num ambiente
económico particular e que está sujeito
a riscos e benefícios diferentes daqueles
dos segmentos que operam em outros
ambientes económicos. O segmento
geográfico é definido com base no país
de destino dos bens e serviços vendidos
pelo Grupo.
As políticas contabilísticas do relato por
segmentos são as utilizadas consistentemente no Grupo. Todas as vendas e
prestações de serviços intersegmentais
são a preços de mercado e todas as vendas e prestações de serviços intersegmentais são eliminadas na consolidação.
A informação relativa aos segmentos
identificados encontra-se apresentada
na Nota 5.
Na data de transição para as NCRF,
o Grupo passou a considerar pela
primeira vez como componente dos
activos fixos tangíveis a componente
do custo do activo relativa a custos de
recuperação paisagística e ambiental
a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os
custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida
útil estimada das respectivas pedreiras.
Os activos fixos tangíveis adquiridos
até 1 de Janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista
na NCRF 3 – Adopção pela primeira
vez das Normas Contabilísticas e de
Relato Financeiro, pelo seu valor consi-
derado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo
de aquisição reavaliado ao abrigo de
diplomas legais (determinados activos
fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respectivamente,
de acordo com a legislação aplicável
através da utilização de coeficientes
de desvalorização monetária).
No que respeita às subsidiárias do
Grupo: CMP, Société des Ciments de
Gabés (SCG), Cimentos Costa Verde,
Unibetão, Secil-Britas, Uniconcreto,
Eurobetão e Lusoinertes o custo dos
activos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determinado
com base em avaliações efectuadas
por entidades independentes.
Os custos subsequentes são incluídos
no custo de aquisição do activo fixo ou
reconhecidos como activos separados,
conforme apropriado, somente quando
é provável que benefícios económicos
futuros fluirão para a empresa e o respectivo custo possa ser mensurado
com fiabilidade. Os demais dispêndios
com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período
em que são incorridos.
As depreciações são calculadas, após
os bens se encontrarem disponíveis
para uso, pelo método da linha recta,
em conformidade com o período de
vida útil estimado para cada grupo de
bens. Para algumas classes de activos
fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo
é utilizado o método do saldo decrescente.
As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração
a estas estimativas é reconhecido na
demonstração dos resultados prospectivamente.
53
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que
não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas
como gastos no período em que são
incorridas.
Os valores residuais dos activos e as respectivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço.
Se a quantia escriturada é superior ao
valor recuperável do activo, procede-se
ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de
perdas por imparidade (Nota 3.8).
Os ganhos ou perdas provenientes do
abate ou alienação são determinados
pela diferença entre o montante recebido
na transacção e a quantia escriturada do
activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos e ganhos” e “Outros
gastos e perdas”.
_3.5 Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos
transferem substancialmente todos os
riscos e recompensas associados à
propriedade do bem para o locatário.
As restantes locações são classificadas
como operacionais. A classificação das
locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como
as correspondentes responsabilidades,
são registados no início da locação pelo
menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos
mínimos da locação. Os pagamentos
de locações financeiras são repartidos
entre encargos financeiros e redução da
responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre
o saldo pendente da responsabilidade.
Os pagamentos de locações operacionais
são reconhecidos como gasto numa base
linear durante o período da locação. Os
incentivos recebidos são registados como
uma responsabilidade, sendo o montante
agregado dos mesmos reconhecido
como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.
As rendas contingentes são reconhecidas
como gastos do período em que são incorridas.
_3.6 Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações
do capital (ou ambos), não se destinando
ao uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário
dos negócios.
As propriedades de investimento são
inicialmente mensuradas ao custo (que
inclui custos de transacção). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com
o modelo do custo.
Os custos incorridos relacionados com
propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre
propriedades são reconhecidos como
um gasto no período a que se referem.
As beneficiações relativamente às quais
existem expectativas de que irão gerar
benefícios económicos futuros adicionais
são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.
_3.7 Activos intangíveis
i) Intangíveis adquiridos separadamente
Os activos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo (ou,
em situações raras, de acordo com o
modelo de revalorização) deduzido de
amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
ii) Intangíveis gerados internamente –
dispêndios de pesquisa e desenvolvimento
Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no
período em que são incorridos sendo
apenas reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante
de dispêndios com actividades de desenvolvimento de um projecto se forem
cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições:
> Existe viabilidade técnica para concluir
o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;
> Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;
> Existe capacidade para usar ou vender o intangível;
> O intangível é susceptível de gerar benefícios económicos futuros;
> Existe disponibilidade de recursos
técnicos e financeiros adequados para
concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;
> É possível mensurar com fiabilidade
os dispêndios associados ao intangível
durante a sua fase de desenvolvimento.
O montante inicialmente reconhecido
do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são
cumpridas as condições atrás descritas.
Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase
de desenvolvimento são registados
como gastos do período.
54
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Os activos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido
de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
iii) Intangíveis adquiridos no âmbito
de concentrações de actividades
empresariais
Os intangíveis adquiridos no âmbito de
concentrações de actividades empresariais e reconhecidos separadamente
do goodwill são inicialmente registados
ao seu justo valor na data da aquisição,
sendo subsequentemente deduzidos de
amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
iv) Amortização de Intangíveis
As amortizações são reconhecidas
numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As vidas
úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração
a estas estimativas é reconhecido na
demonstração dos resultados prospectivamente.
Os activos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos
ou gerados) com vida útil indefinida não
são amortizados, sendo antes sujeitos a
testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja
uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade.
v) Direitos de emissão
de gases com efeito de estufa
As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE
(Comércio Europeu de Licenças de
Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são
registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor
na rubrica “Activos intangíveis” por
contrapartida do reconhecimento de
um subsídio directamente em capitais
próprios na rubrica “Outras variações
de capital próprio”.
Pelas emissões de gases com efeito
de estufa efectuadas pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respectiva
amortização do activo intangível e um
rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de subsídio correspondente.
A emissão de gases com efeito de estufa
é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.
Na alienação de direitos de emissão é
apurado o ganho ou a perda entre o valor de realização e o respectivo custo de
aquisição, deduzido do correspondente
subsídio do Estado, o qual é registado
em “Outros rendimentos e ganhos”
ou “Outros gastos e perdas” respectivamente no período em que ocorre
a alienação.
Sempre que as emissões de gases com
efeito de estufa excedem a quantidade
de licenças detidas são reconhecidas as
respectivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes.
_3.8 Imparidade de activos fixos
tangíveis e intangíveis excluindo
goodwill
Em cada data de relato é efectuada
uma revisão das quantias escrituradas
dos activos fixos tangíveis e intangíveis
do Grupo com vista a determinar se
existe algum indicador de que possam
estar em imparidade. Se existir algum
indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de
determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é
possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a
quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence.
A quantia recuperável do activo ou da
unidade geradora de caixa consiste no
maior de entre (i) o justo valor deduzido
de custos para vender e (ii) o valor de
uso. Na determinação do valor de uso,
os fluxos de caixa futuros estimados
são descontados usando uma taxa
de desconto antes de impostos que
reflicta as expectativas do mercado
quanto ao valor temporal do dinheiro
e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa
relativamente aos quais as estimativas
de fluxos de caixa futuros não tenham
sido ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do
activo ou da unidade geradora de caixa
55
for superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade.
A perda por imparidade é registada
de imediato na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de
activos não depreciáveis/amortizáveis
((perdas)/reversões)” ou “Imparidade de
activos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização
registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como
um decréscimo de revalorização.
A reversão de perdas por imparidade
reconhecidas em períodos anteriores é
registada quando há evidências de que
as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A
reversão das perdas por imparidade é
reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é
efectuada até ao limite da quantia que
estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido
registada.
_3.9 Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes
com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos
são registados em resultados, salvo
quando se relacionam com itens registados directamente no capital próprio.
Nestes casos os impostos correntes e
os impostos diferidos são igualmente
registados no capital próprio.
Imposto corrente: o imposto corrente
a pagar é baseado no lucro tributável
do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O
lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos
gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros
períodos. O lucro tributável exclui ainda
gastos e rendimentos que nunca serão
dedutíveis ou tributáveis.
Imposto diferido: os impostos diferidos
referem-se às diferenças temporárias
entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para
efeitos de tributação.
São geralmente reconhecidos passivos
por impostos diferidos para todas as
diferenças temporárias tributáveis.
São reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças
temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica
quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes
para utilizar esses activos por impostos diferidos. Em cada data de relato é
efectuada uma revisão desses activos
por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.
Os activos e os passivos por impostos
diferidos são mensurados utilizando as
taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das
correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação
(e legislação fiscal) que esteja formal
ou substancialmente emitida na data
de relato.
A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas
é permitida quando: (i) a empresa tem
um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii)
tais activos e passivos relacionam-se
com impostos sobre o rendimento
lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de
proceder à compensação para efeitos de liquidação.
_3.10 Inventários
Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:
i) Mercadorias e matérias-primas
As mercadorias e as matérias-primas,
subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o
custo de aquisição e o valor realizável
líquido. O custo de aquisição inclui as
despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado
como método de custeio.
ii) Produtos acabados e produtos
e trabalhos em curso
Os produtos acabados e intermédios e
os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo
de entre o custo de produção (que inclui
o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal
de produção) e o valor realizável líquido,
excluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda.
O valor realizável líquido corresponde
ao preço de venda estimado deduzido
dos custos estimados de acabamento
e de comercialização. As diferenças
entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários.
_3.11 Activos e passivos
financeiros
Os activos e os passivos financeiros
são reconhecidos no balanço quando
as empresas do Grupo se tornam parte
das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito
o previsto na NCRF 27 – Instrumentos
financeiros.
56
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
d) Fornecedores e outras dívidas
a terceiros
Os saldos de fornecedores e de outras
dívidas a terceiros são registados ao
custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.
e) Financiamentos obtidos
Os activos e os passivos financeiros
são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração
dos resultados.
i) Ao custo ou custo amortizado
Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e
passivos financeiros:
a) Clientes e outras dívidas
de terceiros
São classificados na categoria “ao
custo ou custo amortizado” os activos
e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:
Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais
perdas por imparidade. Usualmente, o
custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.
> Sejam à vista ou tenham uma matu-
b) Caixa e depósitos bancários
ridade definida; e
> Tenham associado um retorno fixo
ou determinável; e
> Não sejam um instrumento finan-
ceiro derivado ou não incorporem um
instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado é determinado
através do método do juro efectivo. A
taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou
recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento
financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro.
Os montantes incluídos na rubrica de
“Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis
a menos de três meses e para os quais
o risco de alteração de valor é insignificante.
Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.
Eventuais despesas incorridas com a
obtenção desses financiamentos, designadamente comissões bancárias
ou imposto do selo, assim como os
encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método
do juro efectivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a
deduzir à rubrica de “Financiamentos
obtidos”.
f) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros são
geralmente registados ao custo amortizado.
g) Contratos para conceder ou
contrair empréstimos
c) Outros activos financeiros
Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam
ser liquidados numa base líquida e
que, quando executados, reúnam as
condições atrás descritas para serem
classificados na categoria “Ao custo
ou custo amortizado” são registados
ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os outros activos financeiros, que incluem os empréstimos concedidos, são
registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros activos financeiros” ou na rubrica
“Outros passivos financeiros”.
Estes activos são mensurados ao custo
amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não
difere do seu valor nominal.
57
O custo amortizado é determinado
através do método do juro efectivo. A
taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou
recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento
financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro.
ii) Ao justo valor com as alterações
reconhecidas na demonstração
dos resultados
Todos os activos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao
custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor
com as alterações reconhecidas na
demonstração dos resultados”.
Tais activos e passivos financeiros são
mensurados ao justo valor, sendo as
variações no mesmo registadas em
resultados nas rubricas “Perdas por
reduções de justo valor” e “Ganhos
por aumentos de justo valor”.
_3.11.1 Imparidade de activos
financeiros
Os activos financeiros classificados
na categoria “Ao custo ou custo
amortizado” são sujeitos a testes de
imparidade em cada data de relato.
Tais activos financeiros encontram-se
em imparidade quando existe uma
evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos
ocorridos após o seu reconhecimento
inicial, os seus fluxos de caixa futuros
estimados são afectados.
Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por
imparidade a reconhecer corresponde
à diferença entre a quantia escriturada
do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados
descontados à respectiva taxa de juro
efectiva original.
Para os activos financeiros mensurados
ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre
a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/
reversões)” no período em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da
perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que
teve lugar após o reconhecimento da
perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria
reconhecida (custo amortizado) caso
a perda não tivesse sido inicialmente
registada. A reversão de perdas por
imparidade é registada em resultados
nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em
instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).
_3.11.2 Desreconhecimento
de activos e passivos financeiros
O Grupo desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos
contratuais aos seus fluxos de caixa
expiram, ou quando transfere para
outra entidade os activos financeiros
e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos
financeiros transferidos relativamente
aos quais o Grupo reteve alguns riscos e
benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada,
cancelada ou expire.
_3.12 Activos não correntes
detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas
Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados
como detidos para venda quando a
sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma
venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não
corrente ou grupo para alienação está
disponível para venda imediata nas
suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída
no prazo de um ano a contar da data
da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como
disponível para venda.
Quando o Grupo está comprometido
com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os activos e
passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o
Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda.
A partir do momento em que determinados activos tangíveis passam a
ser considerados como detidos para
venda cessa a depreciação inerente a
esses bens passando estes a ser classificados como activos não correntes
detidos para venda. Os ganhos ou per-
58
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
co denominados em moeda estrangeira não são actualizadas.
As diferenças de câmbio resultantes
das actualizações atrás referidas são
registadas em resultados do período
em que são geradas.
_3.15 Provisões
das nas alienações de activos tangíveis, determinados pela diferença entre
o valor de venda e o respectivo valor
líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos
e perdas com a alienação de activos”.
Os activos não correntes e os grupos
para alienação classificados como
detidos para venda são mensurados
ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o
seu justo valor menos os custos para
vender.
_3.13 Subsídios do governo
Os subsídios do governo apenas são
reconhecidos quando há uma certeza
razoável de que o Grupo irá cumprir
com as condições de atribuição dos
mesmos e de que os mesmos irão ser
recebidos.
Os subsídios do governo associados
à aquisição ou produção de activos
não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica
“Outras variações no capital próprio”,
sendo subsequentemente imputados
numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos
subjacentes) como rendimentos do
período durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. No
caso de se relacionarem com activos
não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, excepto na parte necessária para compensar eventuais perdas
por imparidade nos referidos activos.
Outros subsídios do governo são, de
uma forma geral, reconhecidos como
rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários
para os balancear com os gastos que
é suposto compensarem. Subsídios do
Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não
têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
_3.14 Saldos e transacções
em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira
(moeda diferente da moeda funcional
da empresa) são registadas às taxas
de câmbio das datas das transacções.
Em cada data de relato, as quantias
escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são
actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos
itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de
câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados.
As quantias escrituradas dos itens não
monetários registados ao custo históri-
São reconhecidas provisões apenas
quando o Grupo tem uma obrigação
presente (legal ou implícita) resultante
dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos
e o montante da obrigação possa ser
razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da
melhor estimativa na data de relato dos
recursos necessários para liquidar a
obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e
incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de
relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As obrigações presentes que resultam
de contratos onerosos são registadas
e mensuradas como provisões. Existe
um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições
de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que
não é possível evitar que excedem os
benefícios económicos derivados do
mesmo.
É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de
reestruturação e iniciou a implemen-
59
tação do mesmo ou anunciou as suas
principais componentes aos afectados pelo mesmo. Na mensuração da
provisão para reestruturação são apenas considerados os dispêndios que
resultam directamente da implementação do correspondente plano, não
estando, consequentemente, relacionados com as actividades correntes
da empresa.
Os passivos contingentes não são
reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre
que a possibilidade de existir uma
saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando
for provável a existência de um influxo
económico futuro de recursos.
Recuperação ambiental e paisagística
Nos termos da legislação aplicável,
algumas das empresas do Grupo,
têm como responsabilidade a recuperação ambiental e paisagística das
pedreiras afectas à exploração. Os
trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do
terreno, o transporte e espalhamento
de materiais rejeitados para aterro,
a fertilização, a execução do plano
geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.
A extensão dos trabalhos necessários e dos respectivos custos a incorrer foram determinados com base em
estudos preparados por entidades
independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo
valor esperado dos fluxos de caixa
futuros, descontados a valor presente. Foi utilizada uma taxa de desconto
de 7,4%.
Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na formação de expectativas
sobre actividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos
de caixa associados. Estas perspectivas são efectuadas com base na envolvente existente e regulamentação
em vigor.
O valor da provisão para recuperação
paisagística é incrementado na data
de relato financeiro, em função do
efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos
similares suportados” e é reduzido
pelos dispêndios efectuados por cada
uma das empresas do Grupo com a
recuperação, na data em que estes
ocorrem.
_3.16 Benefícios pós-emprego
_3.16.1 Planos de contribuição
definida
As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas
como gasto na rubrica de “Gastos
com o pessoal” no período a que
respeitam (quando os empregados
abrangidos pelo plano prestaram os
serviços que lhes conferem o direito
aos benefícios).
_3.16.2 Planos de benefícios
definidos
No que diz respeito aos planos de benefícios definidos, o correspondente
custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é
determinado através do método da
unidade de crédito projectada, sendo
as respectivas avaliações actuariais
efectuadas em cada data de relato
intercalar e anual.
Os desvios actuariais, resultantes
das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que
efectivamente ocorreu (bem como de
alterações efectuadas aos mesmos
e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos
fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, directamente em capitais próprios na
rubrica “Outras variações no capital
próprio”(Nota 23).
O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base
de linha recta durante o período até
que os correspondentes benefícios
se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em
que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.
Os ganhos e perdas gerados por um
corte ou uma liquidação de um plano
de pensões de benefícios definidos
são reconhecidos em resultados do
período quando o corte ou a liquidação ocorrer.
Um corte ocorre quando se verifica
uma redução material no número de
empregados ou o plano é alterado de
forma a que os benefícios atribuídos
sejam reduzidos, com efeito material.
A responsabilidade associada aos
benefícios garantidos reconhecida no
balanço representa o valor presente
da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais
e pelo custo dos serviços passados
não reconhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano.
60
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
_3.17 Outros benefícios a longo
prazo dos empregados
Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo
prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos
mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como rendimento
ou gasto: (i) ganhos e perdas actuariais e
(ii) todo o custo dos serviços passados.
Os respectivos custos são registados na
rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço
corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada
de acordo com as avaliações actuariais
em cada data de relato intercalar e anual.
_3.18 Benefícios a curto prazo
de empregados
Os benefícios a curto prazo de empregados são registados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da
prestação de serviço pelo empregado.
No caso da participação nos lucros e
gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a
obrigação legal ou construtiva de fazer
tais pagamentos, em consequência de
acontecimentos passados e (ii) possa ser
feita uma estimativa fiável da obrigação.
> É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção
fluam para a empresa;
> Os custos incorridos ou a incorrer
com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade.
O rédito proveniente da prestação de
serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que
todas as seguintes condições sejam
satisfeitas:
> O montante do rédito pode ser
mensurado com fiabilidade;
Existe uma obrigação presente quando e,
só quando, o Grupo não tem alternativa
realista senão a de fazer os pagamentos.
> É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção
fluam para a empresa;
_3.19 Rédito
> Os custos incorridos ou a incorrer
com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade;
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou
a receber. O rédito a reconhecer é
deduzido do montante estimado de
devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não
inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.
O rédito proveniente da venda de
bens é reconhecido quando todas as
seguintes condições são satisfeitas:
> Todos os riscos e vantagens da pro-
priedade dos bens foram transferidos
para o comprador;
> A empresa não mantém qualquer
controlo sobre os bens vendidos;
> O montante do rédito pode ser men-
surado com fiabilidade;
> A fase de acabamento da transacção
à data de relato pode ser mensurada
com fiabilidade.
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios
económicos fluam para o Grupo e o
seu montante possa ser mensurado
com fiabilidade.
O rédito proveniente de dividendos
deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o
correspondente montante.
_3.20 Encargos financeiros com
empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados
com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos à medida
que são incorridos.
61
Os encargos financeiros de empréstimos directamente relacionados com a
aquisição, construção ou produção de
activos fixos são capitalizados quando
o seu período de construção é superior
a um ano, fazendo parte integrante do
custo do activo.
A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após
o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontre suspenso.
Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, directamente
relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos
financeiros elegíveis para capitalização.
_3.21 Instrumentos
financeiros derivados
e contabilidade de cobertura
O Grupo utiliza derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a
que se encontra sujeito.
Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e de câmbio o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de protecção contra movimentos
adversos, através de instrumentos derivados, tais como interest rate swaps
(IRS), caps e floors, forwards, etc.
em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento
de cobertura. Quando forem designados
como instrumento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar
resultados.
Um instrumento financeiro derivado com
um justo valor positivo é reconhecido
como um activo financeiro nas rubricas
“Outros activos financeiros não correntes” ou “Outros activos financeiros
correntes”. Um instrumento financeiro
derivado com um justo valor negativo é
reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financeiros não correntes” ou “Outros passivos financeiros correntes”.
Um instrumento financeiro derivado é
apresentado como não corrente se a
sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável
a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.
Contabilidade de cobertura
O Grupo designa como instrumento de
cobertura determinados instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura do risco de taxa de
juro e do risco de preço de licenças de
emissão de gases com efeitos de estufa.
Adicionalmente o Grupo contratou instrumentos financeiros derivados relativos
à carteira detida de licenças de emissão
de gases com efeitos de estufa.
Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura
são os seguintes:
Os instrumentos financeiros derivados
são registados inicialmente pelo seu
justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são
remensurados ao justo valor, sendo o
correspondente ganho ou perda de
remensuração registado de imediato
ção de cobertura;
> Adequada documentação da opera> O risco a cobrir é um dos riscos descritos
na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;
> É esperado que as alterações no justo
valor ou fluxos de caixa do item cober-
to, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam
praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento
de cobertura.
No início da operação da cobertura,
o Grupo documenta a relação entre o
instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia
de gestão do risco e a sua avaliação da
eficácia do instrumento de cobertura a
compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto.
As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no
âmbito de cobertura do risco de preço de licenças de emissão de gases
com efeito de estufa no âmbito de um
compromisso ou de uma transacção
futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica
“Outras variações de capital próprio –
reserva de cobertura”. Tais ganhos ou
perdas registados no capital próprio
são reclassificados para resultados nos
períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apresentados na
linha afectada pelo item coberto.
A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando
o instrumento de cobertura expira, é
vendido, ou é exercido, ou quando
o instrumento de cobertura deixa de
se qualificar para a contabilidade de
cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capital
próprio” apenas é reclassificado para
resultados quando a posição coberta
afectar resultados. Quando a posição
coberta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma
ocorra, qualquer montante registado
em “Outras variações no capital próprio” é de imediato reclassificado para
resultados.
62
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
_3.22 Gestão de risco
_3.22.1 Factores de risco
financeiro
O Grupo Secil tem um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos
mercados financeiros com vista a minimizar os potenciais efeitos adversos na
performance financeira do Grupo Secil.
A gestão deste risco é conduzida pelo
Departamento Financeiro da Secil de
acordo com políticas aprovadas pela
Administração.
a) Risco cambial
A variação da taxa de câmbio do Euro
face a outras moedas pode afectar as
receitas do Grupo de diversas formas.
O risco cambial resulta sobretudo das
compras de combustíveis e fretes de
navios, ambos pagos em USD.
O Grupo Secil prosseguiu a sua política de
maximização do potencial de cobertura
natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo.
Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da
transacção de divisas spot, forward ou
estruturas de opções cambiais, que esta-
belecem o contra-valor máximo a pagar
e permitem beneficiar parcialmente de
evoluções favoráveis na taxa de câmbio.
O Grupo Secil detém activos localizados
na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, pelo
que a variação das moedas dos referidos
países tem impacto no balanço da Secil.
b) Risco de taxa de juro
O Grupo Secil tem contratada com
uma instituição financeira uma cobertura de risco de taxa de juro que lhe
permitiu fixar um valor máximo para
os encargos financeiros relativos à dívida de longo prazo com reembolso
escalonado. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável.
c) Risco de licenças de emissão
de efeitos de estufa
O Grupo Secil promove uma gestão activa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas
no âmbito da fase 3 do EU-ETS. Fruto
da crescente utilização de combustíveis
alternativos, o Grupo Secil tem registado
(e prevê manter) alguns excessos de licenças de emissão, tendo estas licenças
vindo a ser transaccionadas no mercado,
reduzindo/ minorando o risco de preço.
d) Risco de crédito
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que
afectem apenas as economias a uma
escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito tem sido
um dos instrumentos adoptados pelo
Grupo Secil para minorar os impactos
negativos deste tipo de risco.
e) Risco de liquidez
O Grupo gere o risco de liquidez por
três vias: garantindo que a sua dívida
financeira tem uma componente de
médio e longo prazo com maturidades
adequadas aos activos financiados,
dispondo de facilidades de crédito de
apoio à tesouraria em montantes suficientes e disponíveis a todo o momento e dispondo de montantes em caixa.
_ 3.22.2Factores de risco
operacional
a) Sector da Construção
O volume de negócios da Secil depende do nível de actividade no sector da construção em cada um dos
mercados geográficos em que opera.
O sector da construção tende a ser
cíclico, especialmente em economias
maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem
como do nível de investimentos em
infra-estruturas.
O sector da construção é sensível a
factores como as taxas de juro e uma
quebra da actividade económica numa
dada economia pode conduzir a uma
recessão no sector da construção.
63
Apesar da empresa considerar que a sua
diversificação geográfica é a melhor forma
de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser
negativamente afectados por uma quebra
do sector da construção em qualquer
mercado significativo em que opere.
b) Procura de produtos - Secil
Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção
tende a ser bastante regular ao longo
do ano. Apenas se nota uma redução
da procura durante o mês de Janeiro e
Dezembro. A procura dos produtos da
Secil está, em geral, alinhada com esse
padrão de comportamento.
c) Legislação ambiental
Nos últimos anos, a legislação comunitária e nacional tem vindo a tornar-se
mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes.
O Grupo Secil respeita a legislação actualmente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito significativos
nos últimos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, alterações significativas à actual legislação, existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar
investimentos adicionais nesta área, de
modo a cumprir eventuais novos limites
que venham a ser aprovados.
d) Custos energéticos
Uma parte significativa dos custos do
Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um factor de custo
com peso significativo na actividade da
Secil e nas suas participadas.
O Grupo protege-se, em certa medida,
contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas
das suas fábricas utilizarem combustíveis
alternativos e de contratos de fornecimento de energia eléctrica de longo prazo para
algumas das necessidades energéticas.
Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da electricidade e
dos combustíveis podem afectar negativamente a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.
e) Necessidade de investimentos
significativos em novas aquisições
no futuro
O Grupo Secil tem interesses em sectores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer
orgânico quer pela via de aquisições.
_3.23 Capital Social e acções
próprias
As acções ordinárias são classificadas
no capital próprio (Nota 21).
Os custos directamente atribuíveis à
emissão de novas acções ou outros
instrumentos de capital próprio são
apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido
resultante da emissão.
Os custos directamente imputáveis à
emissão de novas acções ou opções,
para a aquisição de um negócio são
incluídos no custo de aquisição, como
parte do valor da compra.
As acções próprias são contabilizadas
pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Acções próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados
em “Outras reservas”. Em conformidade
com a legislação comercial aplicável, enquanto as acções próprias se mantiverem
na posse da sociedade, é tornada indis-
ponível uma reserva de montante igual ao
seu custo de aquisição.
Quando alguma empresa do Grupo adquire acções da empresa-mãe (acções próprias) o pagamento, que inclui os custos
incrementais directamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital
próprio atribuível aos detentores do capital
da empresa-mãe até que as acções sejam
canceladas, reemitidas ou alienadas.
Quando tais acções são subsequentemente vendidas ou reemitidas, qualquer
recebimento, líquido de custos de transacção directamente atribuíveis e de
impostos, é reflectido no capital próprio
dos detentores do capital da empresa,
em outras reservas.
_3.24 Distribuição de dividendos
A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um
passivo nas demonstrações financeiras
do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas e
até ao momento da sua liquidação.
_3.25 Juízos de valor críticos
e principais fontes de incerteza
associadas a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam
as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de
rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no
melhor conhecimento existente à data de
aprovação das demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.
Contudo, poderão ocorrer situações em
64
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
NOTAS
ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
períodos subsequentes que, não sendo
previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas,
não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que
ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas
de forma prospectiva. Por este motivo
e dado o grau de incerteza associado,
os resultados reais das transacções em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes:
a) Imparidade do goodwill
O goodwill é sujeito a teste de imparidade
anualmente ou sempre que existem indícios
de uma eventual perda de valor, de acordo
com a política indicada na Nota 3.2.6.
Os valores recuperáveis das unidades
geradoras de fluxos de caixa às quais o
goodwill é afecto são determinados com
base no valor de uso, apurado de acordo
com os fluxos de caixa esperados. Na
determinação do valor de uso são utilizadas estimativas por parte da gestão relativamente à evolução futura da actividade e às taxas de desconto consideradas.
b) Imposto sobre o Rendimento
O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que
possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.
Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e
nos impostos diferidos, no período em
que tais diferenças são identificadas.
c) Reconhecimento de activos
por impostos diferidos
São reconhecidos activos por impostos
diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização
das diferenças temporárias, ou quando
existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no
mesmo período em que os activos por
impostos diferidos sejam revertidos. A
avaliação dos activos por impostos diferidos é efectuada pela gestão no final
de cada exercício, tendo em atenção a
expectativa de desempenho no futuro.
d) Pressupostos actuariais
A avaliação das responsabilidades
com benefícios definidos é efectuada
anualmente com o recurso a estudos
actuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos
actuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto
relevante naquelas responsabilidades.
e) Provisões
O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos
passados e que devam ser objecto de
reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos
necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos
significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente
divulgadas como passivos contingentes.
f) Imparidade das contas a receber
O Grupo gere os riscos de crédito na carteira de saldos a receber através de análises de risco criteriosas aquando da abertura de crédito para novos clientes e da
sua revisão regular (Nota 19.4).
Pela natureza intrínseca dos seus clientes,
não se encontram disponíveis de forma
generalizada ratings de crédito para a carteira, que permitam a sua categorização e
análise enquanto população homogénea.
Desta forma, são recolhidos elementos do
comportamento financeiro dos clientes
através de contactos regulares, bem como
através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comercial (por
exemplo, agentes de vendas).
Paralelamente, a Secil e as suas subsidiárias contratualizaram com diversas
companhias de seguro de crédito a inclusão da generalidade dos saldos das
referidas carteiras em apólices de seguros que reduzem a sua exposição, nesses saldos, à franquia a liquidar em caso
de sinistro, que varia em função da origem geográfica dos clientes.
65
_3.26 Acontecimentos após
a data do balanço
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação
adicional sobre condições que existiam
à data do balanço (“adjusting events”
ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos)
são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do
balanço que proporcionem informação
sobre condições que ocorram após a
data do balanço (“non adjusting events”
ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações
financeiras, se forem considerados materiais.
_4. Fluxos de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários
imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações
de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de
outros financiamentos de curto prazo
equivalentes. Caixa e seus equivalentes
em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
detalha-se conforme segue:
Valores em Euros31/12/1331/12/12
Numerário
305.587
268.965
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
25.609.321
23.554.412
Aplicações de tesouraria
98.408.239
48.908.387
(Nota 19)124.323.147 72.731.764
Descobertos bancários
(Nota 24.3)
(14.163.855)
(10.929.178)
110.159.292
61.802.586
66
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_5. Relato por segmentos
e réditos e serviços prestados por
área geográfica de destino
_5.1 Relato por segmentos
A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos de
negócio identificados nomeadamente
Cimento, Betões e Agregados. Os resultados, activos e passivos de cada
segmento correspondem àqueles que
lhe são directamente atribuíveis, assim
como os que numa base razoável lhes
podem ser atribuídos. A informação financeira por segmentos de negócio,
dos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012, analisa-se como segue:
CimentoB
CaboC
Valores em EurosPortugalLíbanoTunísiaAngolaVerdeP
Vendas e serviços prestados
Vendas e serviços prestados externos
161.367.949
81.302.932
59.332.254
23.869.560 4.749.460
Vendas e serviços prestados inter-segmentais 42.373.278
3.371.481
2.707.706
-
100.489
Vendas e serviços prestados totais
203.741.227 84.674.413 62.039.960 23.869.560 4.849.949
EBITDA
27.514.06330.536.137 6.603.314 (1.050.390)125.865
(Gastos)/ reversões de depreciação
e de amortização
(30.407.318)
(8.892.765)
(9.235.536)
(1.754.601)
(7.407)
Subsídios ao investimento
7.771.522
-
357.138
-
-
Ganhos/ (perdas) na alienção de activos
não correntes
134.572
(28.361)
4.593
-
(86)
Provisões ((aumentos)/ reduções)
281.394
(532.874)
(72.662)
(10.463)
-
Imparidade de activos não depreciáveis/
amortizáveis ((perdas)/ reversões)
(13.620.281)
-
-
-
-
Imparidade de activos depreciáveis/
amortizáveis ((perdas)/ reversões)
600.092
-
-
(1.202.321)
-
EBIT
(7.725.956)21.082.137(2.343.153) (4.017.775)118.372
Ganhos e (perdas) em empresas associadas
e empreendimentos conjuntos
-
-
-
-
-
Resultado operacional (antes de gastos
de financiamento e impostos)
(7.725.956) 21.082.137 (2.343.153) (4.017.775) 118.372
Resultados financeiros líquidos externos
(16.139.008)
(285.023)
(1.576.181)
(745.665)
26.945
Resultados financeiros líquidos inter-segmentais 1.104.838
-
-
-
-
Resultados financeiros totais
(15.034.170)
(285.023) (1.576.181)
(745.665)
26.945
Resultado antes de impostos
(22.760.126) 20.797.114 (3.919.334) (4.763.440) 145.317
Imposto sobre o rendimento
3.326.924
(3.147.575)
889.859
(175.883)
(9.529)
Resultado consolidado líquido do período (19.433.202) 17.649.539 (3.029.475) (4.939.323) 135.788
Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe
(19.615.501)
9.010.090
(2.990.646)
(2.519.055)
135.788
Interessses minoritários
182.299
8.639.449
(38.829)
(2.420.268)
-
OUTRAS INFORMAÇÕES
Goodwill
84.305.590
-
1.624.249
-
-
Participações financeiras
- método da equivalência patrimonial
-
-
2.211
-
-
Outros activos do segmento
198.413.220 140.426.839 130.452.078
21.767.557 2.208.194
Activos totais consolidados
282.718.810 140.426.839 132.078.538 21.767.557 2.208.194
Passivos do segmento
301.965.646 32.511.014 63.233.198
9.997.266
49.827
Dispêndios de capital fixo tangível
13.195.758
9.382.423
7.642.649
1.931.165
2.825
67
31 de Dezembro de 2013
Betões
Agregados
CaboOutros não
PortugalLíbanoTunísiaPortugalVerde
alocadosEliminaçõesConsolidado
40.829.862
9.112.591
7.866.267
7.626.997
616.975
14.850.594
-
411.525.441
172.308
-
-
4.416.590
-
11.260.186
(64.402.038)
41.002.170 9.112.591
7.866.267 12.043.587
616.975
26.110.780 (64.402.038) 411.525.441
(3.365.632) 765.066 873.884 (404.050)
68.394 (1.624.604)
(7.704) 60.034.343
(2.126.884)
-
(662.747)
-
(465.774)
1.832
(2.144.655)
201
(66.167)
-
(2.672.408)
95.426
-
-
(58.436.262)
8.226.119
338.794
(1.401.469)
(23.651)
(175)
-
(7.456)
179.956
(3.667)
-
-
9.431
(2.004.837)
-
-
615.248
(3.752.209)
-
-
-
-
-
-
-
(13.620.281)
1.065.668
(5.489.523)
-
-
78.493
-
-
394.664
402.486(1.977.551)
-
(3.257)
-
2.227
-
(651.765)
(6.848.757)
(2.211.230)
-
206.338
(7.704) (6.726.704)
-
(2.214.487)
(5.489.523)
78.493
402.486 (1.980.808)
2.227
(9.059.987)
(7.704)
(8.941.191)
(209.375)
(44.604)
(49.242)
(230.484)
32.388
(2.484.056)
-
(21.704.305)
(1.129.809)
-
-
(1.952.935)
-
1.977.906
-
(1.339.184)
(44.604)
(49.242) (2.183.419)
32.388
(506.150)
- (21.704.305)
(6.828.707)
33.889
353.244 (4.164.227)
34.615
(9.566.137)
(7.704) (30.645.496)
(221.713)
-
(108.758)
827.414
(10.345)
138.559
-
1.508.953
24.270
(9.427.578)
(7.704) (29.136.543)
(7.050.420)
33.889
244.486 (3.336.813)
(6.870.376)
17.301
241.119
(3.174.127)
15.168
(9.139.505)
(7.704)
(34.897.448)
(180.044)
16.588
3.367
(162.686)
9.102
(288.073)
-
5.760.905
7.409.634
-
-
-
-
21.627.152
-
114.966.625
766.120
44.940.940
53.116.694
12.530.579
630.631
-
8.145.497
8.145.497
3.842.867
297.129
-
6.260.837
6.260.837
2.273.268
191.004
381.825
46.006.159
46.387.984
14.400.739
465.959
-
1.461.874
1.461.874
48.400
54.893
32.258.222
79.239.140
133.124.514
71.618.066
572.102
-
-
-
-
-
33.408.378
679.322.335
827.697.338
512.470.870
34.366.538
68
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Cimento
CaboC
Valores em EurosPortugalLíbanoTunísiaAngolaVerdeP
Vendas e serviços prestados
Vendas e serviços prestados externos
177.112.604
79.853.531
59.119.254
28.530.608 4.917.773
Vendas e serviços prestados inter-segmentais 49.468.875
3.130.295
2.794.672
-
129.494
Vendas e serviços prestados totais
226.581.479 82.983.826 61.913.926 28.530.608 5.047.267
EBITDA
43.742.317
22.027.018
8.137.7202.477.623
(105.785)
(Gastos)/ reversões de depreciação
e de amortização
(41.596.079)
(6.874.154)
(8.941.750)
(2.069.015)
(14.175)
Subsídios ao investimento
16.769.975
-
384.033
-
-
Ganhos/(perdas) na alienção de activos
não correntes
(9.276.737)
(101)
2.470
19.435
1.110
Provisões ((aumentos)/ reduções)
(2.690.382)
(1.037.906)
(130.214)
-
-
Imparidade de activos não depreciáveis/
amortizáveis ((perdas)/ reversões)
(2.097.255)
-
-
-
-
Imparidade de activos depreciáveis/
amortizáveis ((perdas)/ reversões)
226.562
-
-
-
-
EBIT
5.078.401 14.114.857 (547.741)
428.043 (118.850)
Ganhos e (perdas) em empresas associadas
e empreendimentos conjuntos
(80.453)
-
-
-
-
Resultado operacional (antes de gastos
de financiamento e impostos)
4.997.948 14.114.857
(547.741)
428.043 (118.850)
Resultados financeiros líquidos externos
(12.612.118)
(809.266)
(845.855)
(275.466)
8.244
Resultados financeiros líquidos
inter-segmentais
(10.616.762)
-
-
-
-
Resultados financeiros totais
(23.228.880)
(809.266)
(845.855)
(275.466)
8.244
Resultado antes de impostos
(18.230.932) 13.305.591 (1.393.596)
152.577 (110.606)
Imposto sobre o rendimento
1.589.455
(2.040.974)
603.174
-
(18)
Resultado consolidado líquido do período (16.641.477) 11.264.617
(790.422)
152.577 (110.624)
Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe
(16.757.065)
5.750.587
(780.291)
77.814 (110.624)
Interessses minoritários
115.588
5.514.030
(10.131)
74.763
-
OUTRAS INFORMAÇÕES
Goodwill
100.870.106
-
1.794.625
-
-
Participações financeiras
- método da equivalência patrimonial
-
-
2.443
-
-
Participações financeiras - outros métodos
-
-
-
-
-
Outros activos do segmento
266.661.823 130.961.326 144.566.005
23.338.009 2.413.954
367.531.929 130.961.326 146.363.073 23.338.009 2.413.954
Activos totais consolidados
Passivos do segmento
334.774.562 28.862.327 66.992.259
3.219.916
57.640
Dispêndios de capital fixo tangível
12.019.826
9.276.649
6.673.721
1.302.453
668
69
3 1 de Dezembro de 2012 Betões
Agregados
CaboOutros não
PortugalLíbanoTunísiaPortugalVerde
alocadosEliminaçõesConsolidado
58.781.398
8.175.021
7.966.323
8.699.707
845.361
16.231.032
-
450.232.612
238.324
-
-
4.693.050
-
8.616.686
(69.071.396)
59.019.722 8.175.021
7.966.323 13.392.757
845.361
24.847.718 (69.071.396) 450.232.612
(2.398.668)449.406818.744
(1.902.152)171.724(2.660.221) (7.453)
70.750.273
(2.065.483)
-
(684.104)
-
(521.379)
3.407
(3.128.034)
201
(76.406)
-
(3.254.595)
109.265
-
-
(69.225.174)
17.266.881
8.223.891
2.501
9.688
(47.916)
7.476
-
(8.378.935)
(10.415)
13.597
-
(703.970)
606.726
-
-
(10.082.076)
(3.307.606)
-
-
-
(600.811)
-
(4.004.888)
-
(6.702.954)
(11.689.483)
(7.927.242)
-
(272.926)
2
-
(7.927.240)
(8.770)
(272.926)
(41.770)
-
(513.311)
308.248(14.533.457)
-
-
108.915
(3.838.187)
(13.745.870)
-
(15.814.419)
(7.453) (17.115.075)
(4.288)
-
79.555
-
(5.184)
308.248 (14.537.745)
(53.499)
(168.749)
108.915
30.878
(13.666.315)
2.031.772
(7.453)
-
(17.120.259)
(12.744.599)
(1.340.600)
-
-
(2.459.513)
-
14.416.875
-
(1.349.370)
(41.770)
(53.499) (2.628.262)
30.878
16.448.647
- (12.744.599)
(9.276.610)
(314.696)
254.749 (17.166.007)
139.793
2.782.332
(7.453) (29.864.858)
877.444
-
(76.921)
(598.359)
(36.274)
(4.214.193)
-
(3.896.666)
(8.399.166)
(314.696)
177.828 (17.764.366)
103.519
(1.431.861)
(7.453) (33.761.524)
(8.365.115)
(155.609)
175.433 (17.645.238)
64.700
(706.282)
(7.453)
(38.459.143)
(34.051)
(159.087)
2.395
(119.128)
38.819
(725.579)
-
4.697.619
7.409.634
-
-
-
-
22.137.329
-
132.211.694
766.120
-
49.820.154
-
-
7.874.416
-
-
7.216.198
385.082
-
47.154.064
-
-
1.437.479
3.862.897
24.413.353
63.643.840
-
-
-
5.016.542
24.413.353
745.087.268
57.995.908
9.990.506
285.453
7.874.416
3.585.835
281.377
7.216.198
2.618.226
217.831
47.539.146
12.972.370
663.133
1.437.479
63.792
66.981
114.057.419
71.851.986
639.512
-
-
-
906.728.857
534.989.419
31.427.604
70
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_5.2 Vendas e serviços prestados
por segmentos
As vendas e serviços prestados (líquidos de descontos concedidos) por
área geográfica de destino, dos períodos findos em 31 de Dezembro de
2013 e 2012, analisam-se como se
segue:
31 de Dezembro de 2013
Outros
Valores em EurosCimentoBetões Agregadosnão alocadosConsolidado
Portugal
Líbano
Tunísia
Angola
Cabo Verde
Espanha
Argélia
Guiné Bissau
Guiné Equatorial
São Tomé e Príncipe
Marrocos
Brasil
Colômbia
Venezuela
República Dominicana
Serra Leoa
Outros
90.308.459
81.302.932
53.988.906
23.979.788
4.749.460
1.031.030
26.710.514
3.993.502
11.493.422
1.421.695
2.451.201
11.617.913
2.065.279
1.677.686
3.171.100
1.627.107
9.032.161
40.829.862
7.626.997
9.112.591
-
7.866.267
-
-
-
616.975
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
330.622.15557.808.720 8.243.972
12.356.305
-
-
264.236
51.954
811.128
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.366.971
151.121.623
90.415.523
61.855.173
24.244.024
5.418.389
1.842.158
26.710.514
3.993.502
11.493.422
1.421.695
2.451.201
11.617.913
2.065.279
1.677.686
3.171.100
1.627.107
10.399.132
14.850.594 411.525.441
71
31 de Dezembro de 2012
Outros
Valores em EurosCimentoBetões Agregadosnão alocadosConsolidado
Portugal
Líbano
Tunísia
Angola
Cabo Verde
Espanha
Argélia
Guiné Bissau
Guiné Equatorial
São Tomé e Príncipe
Marrocos
Brasil
Venezuela
República Dominicana
Serra Leoa
Outros
110.369.223
79.853.531
57.064.045
28.766.805
5.181.323
970.725
22.188.573
2.752.805
10.805.332
839.028
2.614.546
13.097.444
269.010
1.873.942
1.384.657
11.502.781
58.781.398
8.175.021
7.966.323
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
8.699.707
-
-
-
845.361
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
349.533.77074.922.742 9.545.068
13.273.146
-
-
129.929
-
904.702
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.923.255
191.123.474
88.028.552
65.030.368
28.896.734
6.026.684
1.875.427
22.188.573
2.752.805
10.805.332
839.028
2.614.546
13.097.444
269.010
1.873.942
1.384.657
13.426.036
16.231.032 450.232.612
72
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_6. Investimentos em subsidiárias
_6.1 Subsidiárias
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:
Denominação SocialSedeDirectaIn
Parcim Investments, B.V. (Nota 9) Amesterdão
Secilpar, Unipessoal, Lda.
Lisboa
Somera Trading Inc.
Panamá
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Funchal
Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.
Praia
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.
Praia
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
Funchal
Seciment Investments, B.V. Amesterdão
I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais
e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Lisboa
Silonor, S.A.
Dunkerque
Société des Ciments de Gabès Tunis
Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis
Zarzis Béton
Tunis
Secil Angola, SARL Luanda
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Lobito
Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Lisboa
Britobetão - Central de Betão, Lda.
Évora
Eurobetão - Betão Pronto, S.A.
Lisboa
Sicobetão - Fabricação de Betão, S.A. (Nota 9)
Lisboa
Secil Britas, S.A.
Lisboa
Quimipedra - Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda. (Nota 9)
Lisboa
Colegra - Exploração de Pedreiras, S.A. (Nota 9)
Lisboa
Lusoinertes, S.A.
Lisboa
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.
Leiria
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Santarém
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa
ALLMA - Microalgas, Lda. (Nota 9)
Leiria
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Lisboa
Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A.
Lisboa
Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda.
Porto
Valcem - Produtos Cimentícios, Lda. (Nota 9)
Setúbal
Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda.
Lisboa
CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria
Ciments de Sibline, S.A.L.
Beirute
Soime, S.A.L.
Beirute
Cimentos Madeira, Lda.
Funchal
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.
Funchal
Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda.
Funchal
Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Funchal
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a)
Funchal
Pedra Regional - Industria Transformadora
de Rochas Ornamentais, S.A. (a)
Funchal
Reficomb- Refinação e Comercialização
de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A.
Setúbal
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
Lisboa
(a) Sociedades detidas em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controladas pelo Grupo
- 100,00 - - - 37,50 100,00 100,00 - 100,00 100,00 98,72 - - 100,00 - 100,00 - - - - - - - - 51,19 - 100,00 - - - - - - 100,00 28,64 - 57,14 - - - - - 100,00 100,00 73
31/12/13 31/12/12
% do capital detido pela Secil
% do capital detido pela Secil
IndirectaTotalDirectaIndirecta TOTAL
- - 100,00 100,00 100,00 25,00 - - 99,97 - 100,00 100,00 100,00 100,00 62,50 100,00 100,00 99,97 100,00 100,00 - - - 37,50 100,00 100,00 - - - 100,00 100,00 100,00 25,00 - - 99,97 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
62,50
100,00
100,00
99,97
- - - 98,72 98,72 - 51,00 - 100,00 91,00 100,00 - 100,00 - - 100,00 48,81 75,00 - 70,00 90,87 100,00 98,00 - 100,00 - 22,41 51,05 - 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00 100,00 98,72 98,72 98,72 100,00 51,00 100,00 100,00 91,00 100,00 - 100,00 - - 100,00 100,00 75,00 100,00 70,00 90,87 100,00 98,00 - 100,00 100,00 51,05 51,05 57,14 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00 100,00 98,72 - - 100,00 - 100,00 - - - - - - - - 51,19 - 100,00 - - - - 50,00 - 100,00 28,64 - 57,14 - - - - - - - 98,72 98,72 - 51,00 - 100,00 91,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 48,81 75,00 - - 90,87 100,00 98,00 50,00 100,00 - 22,41 51,05 - 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00
100,00
98,72
98,72
98,72
100,00
51,00
100,00
100,00
91,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
75,00
100,00
90,87
100,00
98,00
100,00
100,00
100,00
51,05
51,05
57,14
57,14
57,14
57,14
29,14
29,14 29,14 - 29,14 29,14
- - 100,00 100,00 100,00 100,00 - - 100,00
100,00
74
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
_6.2 Interesses minoritários
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme
segue:
Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda.
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros
31/12/13
31/12/12
64.731
83.053
921.417
1.068.243
421.258
414.085
5.235.200
8.106.185
54.798.441
50.798.376
5.353.225
5.476.149
(601.852)
(267.519)
66.192.42065.678.572
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
o detalhe dos interesses minoritários
evidenciados na demonstração dos
resultados é conforme se segue:
Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda.
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias
Secil Martingança, S.A. IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros
31/12/1331/12/12
(18.323)
(3.374)
(35.463)
(7.735)
-
(36.405)
57.173
26.050
(2.420.268)
74.763
8.656.037
5.354.943
(142.680)
(90.115)
(335.571)
(620.508)
5.760.9054.697.619
75
Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de
2013 e 2012 apresentam-se conforme
se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Saldo inicial
65.678.572
67.816.941
Variação de perímetro:
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Transferência de passivo financeiro relativo a 30% do capital -
766.318
Aquisição pelo grupo de 5% da participação no capital
-
(228.282)
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.
Aquisição pelo grupo dos remanescentes 3% da participação no capital -
(258.010)
Premix Liban, S.A.L
Liquidação -
9.878
ALLMA - Microalgas, Lda.
Constituição (Nota 9)
1.500
Restituição de prestações suplementares em subsidiárias
-
(44.892)
Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras (2.902.672)
(1.654.990)
Dividendos
(2.352.881)
(5.414.672)
Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais
(10.249)
18.076
Licenças emissão de gases com efeito de estufa
-
1.635
Subsídios ao investimento
17.245
(31.049)
Resultado líquido do período
5.760.905
4.697.619
Saldo final
66.192.420
65.678.572
76
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
_7. Interesses
em empreendimentos conjuntos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos:
Denominação SocialSede DirectaIn
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
Lisboa
50,00 Secil Prébetão, S.A.
Montijo
- _8. Investimentos em associadas
e outras participações financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
Grupo tem os seguintes investimentos
em associadas e outras participações
financeiras:
S
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial:
Setefrete, SGPS, S.A.
MC - Matériaux de Construction
J.M. Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A.
Sociedade de Inertes, Lda.
Participações financeiras - outros métodos
Supremo Cimentos, S.A.
77
31/12/13
31/12/12
% do capital detido pela Secil
% do capital detido pela Secil
IndirectaTotalDirectaIndirecta
Total
- 39,80 Sede
Setúbal
Gabès
Câmara de Lobos
Lisboa
Pomerode
Rio de Janeiro
Nacala - Porto
Pomerode
50,00 39,80 50,00 - 31/12/13
% indirecta do capital detido
- 39,80 31/12/12
% indirecta do capital detido
25,00 49,36 28,57 35,00 15,00 45,58 49,00 25,00
49,36
28,57
35,00
-
-
13,81
50,00
39,80
78
No decurso do corrente período a Ciminpart – Investimentos e Participações,
SGPS, S.A. (“Ciminpart”) efectuou os
seguintes investimentos em associadas:
> Em 31 de Maio de 2013 adquiriu, pelo
montante de Euros 2.771.380 (Nota 15),
17,5% do capital da NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A.. Posteriormente, reforçou o seu investimento
nesta associada, no montante de Euros
7.206.924 (Nota 15), detendo em 31 de
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Dezembro de 2013 uma participação correspondente a 45,58% do seu capital.
> Reforço da participação detida no capital da sociedade Supremo Cimentos,
S.A., de 13.81% para 15% do capital,
mediante a realização de um investimento no montante de Euros 5.623.327
(Nota 15).
Em 14 de Outubro de 2013 a subsidiária Florimar- Gestão e Participações,
S.G.P.S., Lda., realizou um investimento
de Euros 648 (Nota 15) na constituição
da Sociedade de Inertes, Lda., o qual representou uma participação de 49% do
capital da sociedade.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
as demonstrações financeiras disponíveis das associadas e outras participações financeiras apresentam nas suas
demonstrações financeiras os valores
seguintes:
ActivosP
Valores em EurosTotaisT
MC- Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Supremo Cimentos S.A
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a)
699.140 a)
1.074.797 b)
4.731.052 a)
4.087.892 a) 120.508.624 a) 62.478.338 a) Valores referentes a 31.12.2013
b) Valores referentes a 31.12.2012, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2013
ActivosP
Valores em EurosTotaisT
Chryso - Aditivos de Portugal, S.A.
MC- Materiaux de Construction
Inertogrande Central de Betão, Lda.
Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Supremo Cimentos S.A
a) Valores referentes a 31.12.2011, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2012
b) Valores referentes a 31.07.2012, data de referência da venda da associada
c) Valores referentes a 31.10.2012, data de referência da venda da associada
d) Valores referentes a 30.11.2012 (últimas contas disponíveis)
e) Valores referentes a 31.12.2012
c) 1.212.556
e)
673.045
e) 1.916.082
b) 6.450.884
e) 1.072.906
a) 6.027.305
d) 2.723.523
e) 119.315.029
79
31 de Dezembro de 2013
PassivosCapitalVendas e serviçosResultado
TotaisPróprio
prestadosLíquido
572.858 311.147 1.969.573 3.695.911 26.703.724 57.438.441 126.282 763.650 2.761.479 391.981 93.804.900 5.039.897 4.753.814 -
102.813 12.302.485 49.846.812 -
25.693
(6.514)
1.347.994
331.011
(1.088.680)
(8.984.196)
31 de Dezembro de 2012
PassivosCapitalVendas e serviçosResultado
TotaisPróprio
prestadosLíquido
1.357.654
575.446
1.983.828
22.869.191
302.742
2.682.391
1.991.905
33.983.327
(145.098)
97.599
(67.746)
(16.418.307)
770.164
3.344.914
731.618
85.331.702
1.983.158
10.434.070
-
3.211.870
-
99.336
8.862.010
44.783.267
(201.130)
38.593
(9.060)
(993.294)
(8.575)
683.582
670.649
(1.581.603)
80
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_9. Alterações no perímetro
de consolidação
No decurso do período findo em 31
de Dezembro de 2013, o impacto nas
demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro
de consolidação são como se segue:
Subsidiárias
Valores em Eurosconstituídas
Activos correntes
Caixa e depósitos bancários
5.000
Interesses minoritários (Nota 6.2)
(1.500)
Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação
3.500
Goodwill (Nota 10)
Custo / (proveito) reconhecido em resultados
-
Custos da concentração/ Preço Venda
3.500
Caixa e equivalentes de caixa
(5.000)
Património líquido adquirido / integrado
(1.500)
Entradas no perímetro
Saídas do perímetro
> ALLMA - Microalgas, Lda. – com
> Colegra - Exploração de Pedreiras,
S.A.L, liquidada em 17 de Dezembro
de 2013;
sede em Leiria, constituída em 22 Janeiro 2013.
> Sicobetão - Fabricação de Betão,
S.A., fundida na Unibetão - Indústrias
de Betão Preparado, S.A. em 30 de
Dezembro de 2013;
> Quimipedra - Secil Britas, Calcários
e Derivados, Lda., fundida na Secil Britas, S.A. em 23 de Dezembro 2013.
> Valcem - Produtos Cimentícios, Lda.
S.A., fundida na Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.
em 30 de Dezembro de 2013.
> Parcim Investments, B.V., liquidada
em 5 de Agosto de 2013.
81
_10. Goodwill
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”,
são conforme se segue:
Valores em Euros31/12/13
31/12/12
Valor bruto no início do período
217.561.182
226.115.417
Perdas por imparidade acumuladas
(85.349.488)
(79.999.736)
Valor líquido no início do período
132.211.694
146.115.681
Perdas por imparidade
(Nota 16)
(13.620.281)
(6.702.954)
Aquisições:
IRP- Industria de Reboco de Portugal, S.A.
-
69.888
Secil Martingança, S.A.
-
242.420
Variação cambial:
Société des Ciments de Gabès
(Nota 21.5.1)
(2.866.217)
(1.666.969)
Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 21.5.1)
(170.376)
(99.090)
Ciments de Sibline, S.A.L.
(Nota 21.5.1)
(510.178)
(232.264)
Secil Angola, SARL
(Nota 21.5.1)
(78.017)
(35.520)
Transferência de “Outras provisões”
-
(4.146.673)
Transferência para “Activos não correntes detidos para venda” -
(1.332.825)
Saldo final
114.966.625
132.211.694
O Goodwill é atribuído às unidades
geradoras de fluxos de caixa (CGU’s)
do Grupo, identificadas de acordo com
o país da operação e o segmento de
negócio, conforme se segue:
Valores em Euros PortugalLíbanoTunísiaOutrosTotal
Cimento50.647.610 11.432.593 27.324.503
- 89.404.706
Betões21.336.708
- 1.624.249
- 22.960.957
-
-120.426 2.600.962
Outros 2.480.536
74.464.854 11.432.593 28.948.752 120.426 114.966.625
Para efeitos de testes de imparidade,
o valor recuperável das CGU’s é determinado com base no valor em uso,
de acordo com o método dos fluxos
de caixa descontados. Os cálculos
baseiam-se no desempenho histórico
e nas expectativas de desenvolvimento
do negócio com a actual estrutura
produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do
Grupo.
Em resultado dos cálculos efectuados,
foram imputadas, no período findo em
31 de Dezembro de 2013, perdas por
imparidade ao Goodwill no montante
de Euros 13.620.281 (Euros 6.702.954
em 2012) relativas à unidade geradora
de fluxos de caixa em Portugal para o
segmento de negócio dos betões (Euros 11.896.000) e à unidade geradora
de fluxos de caixa em Angola para o
segmento de negócio do cimento (Euros 1.724.281).
82
_11. Activos fixos tangíveis
Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movimentos
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
ocorridos na rubrica “Activos fixos
tangíveis”, bem como nas respectivas
depreciações acumuladas e perdas por
imparidade, são conforme se segue:
TerrenosE
e recursosRecuperação
Valores em Eurosnaturais
paisagísticaCO
Activos
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
174.502.002
5.093.941
Aquisições
167.000
-
Alienações
(35.308)
-
Regularizações, transferências e abates
676.228
-
Ajustamento cambial
(3.429.111)
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
171.880.811
5.093.941
Aquisições
20.045
-
Alienações
(37.668)
-
Regularizações, transferências e abates
116.922
-
Ajustamento cambial
(6.123.467)
-
Activos não correntes detidos para venda (Nota 20)
2.081.798
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
167.938.441
5.093.941
Deprec. acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
(36.663.400)
(1.546.644)
Depreciações (Nota 34)
(2.353.835)
(115.431)
Perdas por imparidade (Nota 34)
(3.405.058)
-
Alienações
6.732
-
Regularizações, transferências e abates
(4.982)
-
Ajustamento cambial
783.967
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
(41.636.576)
(1.662.075)
Depreciações (Nota 34)
(2.027.663)
(102.472)
Perdas por imparidade (Nota 34)
(770.000)
-
Alienações
-
-
Regularizações, transferências e abates
-
-
Ajustamento cambial
1.482.699
-
Activos não correntes detidos para venda (Nota 20)
(628.275)
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
(43.579.815)
(1.764.547)
Activos líquidos
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012
130.244.235
3.431.866
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013
124.358.626
3.329.394
As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:
Valores em Euros
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamentos
Activos fixos tangíveis em curso
PerdasPerdas doP
acumuladas
exercício
1/1/12
(Nota 34)
(1.369.751)
(968.670)
(948.204)
-
(3.405.058)
(3.312.907)
(3.212.703)
-
(3.286.625)
(9.930.668)
83
EdifíciosActivos fixos
e outras
tangíveis
CONSTRUÇÕESEQUIPAMENTOSEM CURSOADIANTAMENTOSTotal
377.485.173
1.268.644.706
45.894.918
3.339.667
1.874.960.407
2.309.746
4.167.658
23.320.371
1.462.829
31.427.604
(77.509)
(6.229.885)
(60.126)
-
(6.402.828)
9.623.434
32.685.855
(42.630.647)
(3.314.161)
(2.959.291)
(2.391.074)
(9.927.395)
(1.316.012)
3.540
(17.060.052)
386.949.770
1.289.340.939
25.208.504
1.491.875
1.879.965.840
1.495.769
9.629.101
22.802.798
418.825
34.366.538
(155.220)
(6.439.438)
(10.493)
(24.609)
(6.667.428)
8.123.947
25.035.094
(33.952.121)
(729.413)
(1.405.571)
(5.224.453)
(20.923.028)
(1.086.955)
(46.408)
(33.404.311)
5.943.197
4.858.959
265.000
13.148.954
397.133.010
1.301.501.627
13.226.733
1.110.270
1.886.004.022
(291.526.590)
(1.108.098.964)
-
-
(1.437.835.598)
(10.835.521)
(39.291.220)
-
-
(52.596.007)
(3.312.907)
(3.212.703)
-
-
(9.930.668)
80.785
6.169.832
-
-
6.257.349
(5.130.036)
7.912.927
-
-
2.777.909
1.215.033
6.471.569
-
-
8.470.569
(309.509.236)
(1.130.048.559)
-
-
(1.482.856.446)
(9.857.018)
(39.085.215)
-
-
(51.072.368)
417.220
1.097.631
(1.202.321)
-
(457.470)
146.157
6.519.329
-
-
6.665.486
167.119
864.286
-
-
1.031.405
2.547.724
13.376.735
76.319
-
17.483.477
(5.742.029)
(4.858.962)
(265.000)
-
(11.494.266)
(321.830.063)
(1.152.134.755)
(1.391.002)
-
(1.520.700.182)
77.440.534
159.292.380
25.208.504
1.491.875
397.109.394
75.302.947
149.366.872
11.835.731
1.110.270
365.303.840
PerdasPerdas doActivosPerdas
acumuladas
exercícioAjustamentonão correntes
acumuladas
1/1/13
(Nota 34)
cambial
detidos para venda
31/12/13
(4.774.809)
(4.281.577)
(4.160.907)
-
(13.217.293)
(770.000)
417.220
1.097.631
(1.202.321)
(457.470)
-
-
-
76.319
(2.277.432)
(1.427.993)
(606.822)
(262.750)
76.319
(4.574.997)
(7.822.241)
(5.292.350)
(3.670.098)
(1.388.752)
(18.173.441)
84
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
As empresas do Grupo, sedeadas em
Portugal, procederam em anos anteriores à reavaliação dos seus activos
fixos tangíveis ao abrigo da legislação
aplicável, nomeadamente Portaria
nº 258 de 28 de Dezembro de 1963,
Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº
219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº
111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92
e nº 31/98.
O detalhe dos custos históricos de
aquisição de activos fixos tangíveis
e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em
31 de Dezembro de 2013 e 2012 é o
seguinte:
Valores em Euros
31/12/13
RubricasCusto históricoExcedente de revalorizaçãoV
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamentos
114.489.774
71.277.697
149.218.413
334.985.884
9.868.852
4.025.250
148.459
14.042.561
_12. Locações
_12.1 Locações financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:
31/12/13
31/12/12
ValorAmortizaçãoValor líquidoValorAmortizaçãoValor líquido
Valores em Euros
aquisiçãoacumuladacontabilístico
aquisiçãoacumuladacontabilístico
Equipamento básico
4.365.548
(1.679.936)
2.685.612
4.379.114
(1.143.368)
3.235.746
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a dívida do Grupo referente a locações
financeiras bem como o seu plano de
reembolso, detalha-se como se segue:
Locação financeira - rendas a pagar
Valores em Euros
Não correntes (Nota 24.3)
Correntes (Nota 24.3)
31/12/1331/12/12
2.441.096
656.874
3.097.970 3.099.370
551.933
3.651.303
85
31/12/12
Valor revalorizadoCusto históricoExcedente de revalorizaçãoValor revalorizado
124.358.626
75.302.947
149.366.872
349.028.445
120.156.100
70.902.086
159.114.778
350.172.964
10.648.864
27.835.879
30.396.185
16.804.185
130.244.235
77.440.534
159.292.380
366.977.149
Locação financeira-PLANO DE REEMBOLSO
Valores em Euros
A menos de 1 ano
1 a 2 anos
2 a 3 anos
3 a 4 anos
4 a 5 anos
Mais de 5 anos
Juros futuros - a deduzir
Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 24.3)
31/12/1331/12/12
793.816
729.829
677.751
800.839
681.829
676.634
680.716
673.603
699.775
669.852
-
694.341
3.533.8874.245.098
(435.917)
(593.795)
3.097.9703.651.303
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 foram
reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/
reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:
Valores em Euros
Amortizações do período
Gasto financeiro
31/12/1331/12/12
536.568
275.959
152.315
190.202
688.883466.161
86
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_12.2 Locações operacionais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
o Grupo é locatário em contratos de
locação operacional relacionados com
o aluguer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro.
Os pagamentos mínimos das locações
operacionais são detalhados conforme
se segue:
Valores em Euros
A menos de 1 ano
1 a 5 anos
31/12/1331/12/12
390.787
247.098
183.900
192.412
574.687439.510
Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos
períodos findos em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012 ascenderam a Euros
777.528 e 591.888, respectivamente.
_13. Propriedades de investimento
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:
31/12/13
Valores em EurosArrendadasPara vendaT
Saldo inicial - quantia bruta
957.222
1.261.860
Adições
-
Alienações
-
(158.541)
Saldo final quantia bruta
957.222
1.103.319
Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades
689.308
62.729
Transferências
-
-
Amortizações e perdas por imparidade (Nota 34)
15.997
2.792
Saldo final - amortizações e perdas por imparidade
705.305
65.521
Valor líquido
251.917
1.037.798
87
31/12/12
TotalArrendadasPara vendaTotal
2.219.082
957.222
1.103.319
2.060.541
-
-
158.541
158.541
(158.541)
-
-
2.060.541
957.222
1.261.860
2.219.082
752.037
673.311
60.219
733.530
-
-
(284)
(284)
18.789
15.997
2.794
18.791
770.826
689.308
62.729
752.037
1.289.715
267.914
1.199.131
1.467.045
88
As propriedades de investimento são
amortizadas de acordo com o método
da linha recta, em conformidade com
o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 foram
reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados
com propriedades de investimento:
31/12/13
Valores em EurosArrendadasPara vendaT
Rendimentos de rendas
38.103
-
Amortizações e perdas por imparidade
(15.997)
(2.792)
22.106(2.792)
_14. Activos intangíveis
Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movi-
mentos ocorridos na rubrica “Activos
intangíveis”, bem como nas respectivas amortizações, são conforme se
segue:
PropriedadeL
Valores em Euros
industrialE
Activos
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
133.329
Aquisições
-
Licenças atribuídas
-
Licenças alienadas no período
-
Transferências e abates
38.837
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
172.166
Aquisições
-
Licenças atribuídas
-
Licenças alienadas no período
-
Revogação licenças
-
Transferências e abates
19.451
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
191.617
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
(74.587)
Amortizações do período (Nota 34)
(31.887)
Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34)
-
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34)
-
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
(106.474)
Amortizações do período (Nota 34)
(47.363)
Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34)
-
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34)
-
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
(153.837)
Activos líquidos
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012
65.692
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013
37.780
89
31/12/12
TotalArrendadasPara vendaTotal
38.103
36.859
-
36.859
(18.789)
(15.997)
(2.794)
(18.791)
19.314 20.862 (2.794)18.068
activos
LicençasOutros activos
intangíveis
Emissão CO2
intangíveis
em cursoTotal
32.492.696
81.249
25.953
32.733.227
33.425
-
23.518
56.943
24.936.244
-
-
24.936.244
(7.913.799)
-
-
(7.913.799)
-
-
(38.837)
(31.230.992)
-
-
(31.230.992)
18.317.574
81.249
10.634
18.581.623
-
-
33.253
33.253
10.640.176
-
-
10.640.176
(1.791.891)
-
-
(1.791.891)
(26.364)
-
-
(26.364)
-
-
(19.451)
(16.155.808)
-
-
(16.155.808)
10.983.687
81.249
24.436
11.280.989
(31.642.215)
(76.550)
-
(31.793.352)
-
(1.974)
-
(33.861)
(16.576.515)
-
-
(16.576.515)
234.906
-
-
234.906
31.230.992
-
-
31.230.992
(16.752.832)
(78.524)
-
(16.937.830)
-
(1.832)
-
(49.195)
(7.235.891)
-
-
(7.235.891)
663.808
-
-
663.808
16.155.808
-
-
16.155.808
(7.169.107)
(80.356)
-
(7.403.300)
1.564.742
2.725
10.634
1.643.793
3.814.580
893
24.436
3.877.689
90
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
os montantes de Euros 3.814.580 e
1.564.742 registados na rubrica “Licenças de emissão CO2” referem-se
ao valor das licenças de emissão de
gases com efeitos de estufa atribuídas
a título gratuito e depositadas a favor
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
das empresas do Grupo no Registo
Português de Licenças de Emissão
relativos ao ano de 2013 e 2012 respectivamente, acrescido das licenças
adquiridas e deduzido das licenças
alienadas, das perdas por imparidade
identificadas e das licenças entregues/
entregar à Entidade Coordenadora do
Licenciamento.
Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
nas licenças de emissão de gases com
efeito de estufa, são conforme se segue:
T
Activos
Saldo inicial
Licenças atribuídas (Nota 21.5.3)
Licenças adquiridas
Revogação licenças
Licenças alienadas (Nota 21.5.3)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial
Amortizações do período relativas a:
Emissões de gases com efeito de estufa no período
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Valor líquido
91
31/12/1331/12/12
ToneladasEurosToneladasEuros
2.097.830
18.317.574
2.230.361
2.240.037
10.640.176
2.689.994
-
-
133.700
(2.844)
(26.364)
-
(193.300)
(1.791.891)
(853.700)
(1.741.206)
(16.155.808)
(2.102.525)
2.400.517
10.983.687
2.097.830
(1.725.978)
(16.752.832)
(1.615.468)
(1.613.104)
(7.235.891)
(2.213.035)
663.808
-
1.741.206
16.155.808
2.102.525
(1.597.876)
(7.169.107)
(1.725.978)
802.641
3.814.580
371.852
O Grupo alienou, no período findo em
31 de Dezembro de 2013, 193.700 toneladas (853.700 toneladas em 2012)
de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros
978.774 (Euros 7.561.300 em 2012)
(Nota 32).
32.492.696
24.936.244
33.425
(7.913.799)
(31.230.992)
18.317.574
(31.642.215)
(16.576.515)
234.906
31.230.992
(16.752.832)
1.564.742
92
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_15. Participações financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Participações financeiras” ,
incluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição:
% detida
31/12/13
31/12/12
Associadas
Setefrete, SGPS, S.A.
25,00%
2.918.120
3.063.979
MC - Materiaux de Construction
49,36%
2.211
2.442
J.M.J. - Henriques, Lda.
28,57%
381.825
385.082
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
35,00%
1.446.165
1.565.039
Supremo Cimentos, S.A.
15,00%
22.088.327
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
45,58%
6.571.082
Sociedade de Inertes, Lda
49,00%
648
33.408.3785.016.542
Outras participações financeiras
Supremo Cimentos, S.A.
13,81%
-
24.413.353
33.408.37829.429.895
O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos
ao goodwill gerado na aquisição das associadas:
Goodwill
Valores em EurosAno Aq.
31/12/13
31/12/12
Setefrete, SGPS, S.A.
2003
Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009
Supremo Cimentos, S.A.
2013
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
2013
2.227.750
2.227.750
1.308.977
1.308.977
5.218.785
4.273.668
13.029.1803.536.727
Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2013 e 2012, são como
se segue:
O
Valores em EurosAssociadas
Saldo inicial
Aquisições (Nota 8)
Resultado líquido apropriado (Nota 29)
Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A.
Dividendos atribuídos pela Ave, S.A.
Transferência de outras participações financeiras
Transferência para provisões - capitais próprios negativos (Nota 22)
Ajustamento cambial
Saldo final
5.016.542
15.602.279
(2.214.487)
(487.500)
(226.006)
24.413.353
-
(8.695.803)
33.408.378
93
31/12/1331/12/12
OutrasOutras
participações
participações
financeirasTotalAssociadasfinanceirasTotal
24.413.353
-
-
-
-
(24.413.353)
-
-
-
29.429.895
15.602.279
(2.214.487)
(487.500)
(226.006)
-
-
(8.695.803)
33.408.378
5.516.355
-
401.339
(666.250)
(212.350)
-
(22.413)
(139)
5.016.542
-
24.413.353
-
-
-
-
-
-
24.413.353
5.516.355
24.413.353
401.339
(666.250)
(212.350)
(22.413)
(139)
29.429.895
94
_16. Imposto sobre o rendimento
_16.1 Imposto corrente
O Grupo Secil encontra-se sujeito ao regime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com
uma participação igual ou superior a 90%
e que cumprem as condições previstas no
artigo 69º e seguintes do Código do IRC.
As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a
este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa óptica individual.
Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados
por dedução ao imposto sobre o rendimento da empresa mãe.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
De acordo com a legislação em vigor,
os ganhos e perdas em subsidiárias e
associadas, resultantes da aplicação
do método da equivalência patrimonial, são deduzidos ou acrescidas,
respectivamente, ao resultado do período, para apuramento da matéria colectável.
Os dividendos são considerados no
apuramento da matéria colectável do
ano em que são recebidos, se as participações forem detidas por um período inferior a um ano ou representem
uma percentagem inferior a 10% do
capital social da participada.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
rubrica “Imposto sobre o rendimento”
apresenta o seguinte detalhe:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Imposto corrente
Liquidações adicionais de IRC
Imposto diferido (Notas 16.2) 3.547.069
6.596.004
(4.238.041)
(3.356.170)
(817.981)
656.832
(1.508.953)3.896.666
O montante de Euros 3.547.069 registado em imposto corrente inclui (i)
o montante de Euros 18.088 referente
a excesso de estimativa para impostos do período anterior, (ii) o montante de Euros 755.445 relativo a ganhos
com imposto sobre o rendimento de
períodos anteriores e (iii) o montante
de Euros 4.320.602 (Nota 26) referente a estimativa para imposto sobre o
rendimento do período.
As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte
das autoridades fiscais durante um
período de 4 anos. Contudo, no caso
de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades
fiscais por um período superior.
Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua actividade os prazos
são diferentes, em regra superiores.
O Conselho de Administração entende que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de
revisões/inspecções por parte das
autoridades fiscais não terão efeitos
materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2013.
95
A reconciliação da taxa efectiva de imposto nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2013 e 2012 é evidenciada como segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Resultado antes de impostos
Imposto esperado
Diferenças permanentes (a)
Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores
Prejuízos fiscais não recuperáveis
Prejuízos Fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis
Diferenças de taxas de imposto (b)
Liquidações adicionais de IRC
Retenção na fonte a título definitivo
Imposto relativo a períodos anteriores
Ajustamentos à colecta (c)
Taxa efectiva de imposto
(30.645.496)
(29.864.858)
(9.040.421)
(9.407.430)
4.287.308
11.253.768
(31.808)
(274.829)
7.662.299
4.302.658
1.278.242
1.107.477
(1.030.777)
(866.259)
(4.933.558)
(3.356.170)
102.874
264.480
(439.686)
232.224
636.574
640.747
(1.508.953)3.896.666
0,0%
0,0%
(a) Este valor respeita essencialmente a:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Perdas por imparidade do goodwill (Nota 10)
Perdas em activos não correntes detidos para venda Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 29)
Mais / (Menos) valias fiscais
(Mais) / Menos valias contabilísticas
Benefícios fiscais
Dividendos de empresas sediadas fora da U.E.
Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas
Outros
Impacto fiscal (29,50%)
(b) A redução de imposto verificada no
período na rubrica “Diferenças de taxa
de imposto” inclui (i) o efeito líquido
positivo (Euros 1.111.774) de diferentes
taxas de imposto, nomeadamente a
taxa de imposto do Líbano de 15% e o
efeito negativo da alteração da taxa de
IRC em Portugal (Euros 80.997).
(c) O montante mostrado na rubrica
“Ajustamentos à colecta” respeita essencialmente à tributação autónoma
(Euros 733.074) líquida da eliminação
do efeito da dupla tributação internacional (Euros 227.758).
13.620.281
6.702.954
-
10.068.133
2.214.487
5.184
2.874.429
6.432.862
(2.907.713)
(914.577)
(809.380)
(1.554.007)
1.958.476
3.922.153
181.517
9.209.445
(2.598.849)
1.854.102
14.533.24835.726.249
4.287.308
11.253.768
96
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
_16.2 Imposto diferido
No decurso dos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, os
movimentos ocorridos nos activos e
passivos por impostos diferidos, são
os seguintes:
A
Ajustamento
Valores em EurosSaldo inicialCambial
Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 17.701.992
(527.609)
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2.251.493
-
Prejuízos fiscais reportáveis 5.341.885
-
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 430.715
(33.517)
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 53.853
-
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 551.207
-
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 96.648
(9.331)
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 6.739.718
-
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 983.936
-
Mais-valias diferidas contabilisticamente, originadas em transacções intra-grupo 1.459.469
-
Justo valor apurado em combinações empresariais 1.385.387
(59.973)
Imparidades em activos fixos 7.452.863
-
Outras diferenças temporárias 6.375.190
-
50.824.356
(630.430)
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos fixos tangíveis (4.807.282)
-
Justo valor apurado em combinações empresariais (115.529.388)
7.193.335
Menos-valias diferidas contabilisticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.400.946)
450.248
Diferimento da tributação de mais-valias (904.480)
-
Acréscimos de amortizações (3.944.550)
387.029
Instrumentos financeiros (Nota 39) -
-
Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (5.030.218)
-
Subsídios ao investimento (1.389.229)
66.129
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (1.531.317)
-
Outras diferenças temporárias (328.820)
-
(143.866.230)
8.096.741
Valores reflectidos no balanço
Activos por impostos diferidos 13.496.066
(156.760)
Passivos por impostos diferidos (38.343.238)
2.224.453
97
31 de Dezembro de 2013
Alteração
resultados
da taxa
alteração
activos
do período
de imposto
da taxa
detidos
(Nota 16.1)
(Nota 16.1)Capital próprio
de imposto
para venda Saldo final
2.225.361
-
-
-
-
19.399.744
286.964
-
-
-
-
2.538.457
(5.004.739)
-
-
-
-
337.146
2.572
-
(2.909)
-
-
396.861
(1.175)
-
-
-
-
52.678
(16.541)
-
-
-
-
534.666
(29.297)
-
36.158
-
-
94.178
(653.010)
-
(123.814)
-
-
5.962.894
(399.862)
-
(69.279)
-
-
514.795
1.254.205
-
-
-
-
2.713.674
-
-
-
-
-
1.325.414
(778)
-
-
-
-
7.452.085
(38.949)
-
(1.532.731)
-
-
4.803.510
2.375.249
-
1.692.575
-
-
46.126.102
1.094.533
-
-
-
(8.727)
(3.721.476)
3.406.372
-
-
-
(27.562)
(104.957.243)
-
-
-
-
-
(9.950.698)
114.924
-
-
-
(55.294)
(844.850)
(273.055)
-
-
-
-
(3.830.576)
-
-
-
-
-
(252.109)
-
1.179.757
-
-
(4.102.570)
-
-
59.058
-
-
(1.264.042)
-
-
(2.283.263)
-
-
(3.814.580)
100.676
-
-
-
-
(228.144)
4.191.341
-
(1.044.448)
-
(91.583) (132.714.179)
(383.050)
(649.406)
(427.159)
(52.625)
-
11.827.066
1.282.028
568.409
(274.962)
62.385
(32.397)
(34.513.322)
Em resultado das alterações introduzidas pela Lei nº 2/2014 de 16 de Janeiro, a qual veio alterar:
(i) o artigo 87.º do Código do IRC, fixando a partir de 2014 inclusive, em
23% a taxa de imposto sobre o rendimento das pessoas colecti vas;
(ii) o artigo 87.º-A do Código do IRC,
que determina uma tributação adicional designada de derrama estadual
em sede de imposto sobre o rendimento sobre as pessoas colectivas
de: 3% para entidades com um lucro tributável entre 1.500.000 Euros
e 7.500.000 Euros; 5% para entidades com um lucro tributável entre
7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros
e 7% para entidades com um lucro
tributável superior a 35.000.000 Euros e;
(iii) o artigo 52.º do Código do IRC que
vem limitar a dedução dos prejuízos
fiscais em 70% do lucro tributável,
o Grupo procedeu à actualização das
taxas aplicáveis aos seus activos e
passivos por impostos diferidos.
98
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
O impacto desta alteração de taxa nos
impostos diferidos, em 31 de Dezembro de 2013, traduziu-se, conforme
já referido, em um impacto negativo
nos resultados no montante de Euros
80.997 e em um impacto positivo no
montante de Euros 9.760 em capitais
próprios.
R
Valores em EurosSaldo inicialC
Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 20.098.772
Prejuízos fiscais reportáveis 1.626.725
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 433.921
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 71.736
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 916.628
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 77.594
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 7.871.240
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.118.893
Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo
1.798.804
Justo valor apurado em combinações empresariais 1.567.224
Imparidades em activos fixos -
Outras diferenças temporárias 8.271.587
57.413.369
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos fixos tangiveís (6.080.661)
Justo valor apurado em combinações empresariais (124.073.863)
Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo
(10.605.926)
Diferimento da tributação de mais-valias (985.542)
Acréscimos de amortizações (3.858.617)
Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.574.504)
Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (2.066.878)
Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) (2.353.688)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (850.481)
Outras diferenças temporárias (493.563)
(152.943.723)
Valores reflectidos no balanço
Activos por impostos diferidos 16.106.288
Passivos por impostos diferidos (41.244.240)
99
31 de Dezembro de 2012
Resultados do
Ajustamento
período
Cambial
(Nota 16.1) Capital próprioTransferênciasSaldo final
(273.904)
(2.122.876)
-
-
17.701.992
-
3.715.160
-
-
5.341.885
(12.069)
29.837
(20.974)
-
430.715
-
(17.883)
-
-
53.853
-
(365.421)
-
-
551.207
(4.489)
(49.549)
53.604
19.488
96.648
-
(663.490)
(375.055)
(92.977)
6.739.718
-
(10.304.759)
(830.198)
-
983.936
-
(339.335)
-
-
1.459.469
(26.171)
(155.666)
-
-
1.385.387
-
4.166.238
-
3.286.625
7.452.863
-
(13.622)
1.403.850
(3.286.625)
6.375.190
(316.633)
(6.430.118)
231.227
(73.489)
50.824.356
-
1.273.379
-
-
(4.807.282)
4.271.268
4.273.207
-
-
(115.529.388)
204.980
-
-
-
(10.400.946)
-
81.062
-
-
(904.480)
207.685
(293.618)
-
-
(3.944.550)
-
-
1.574.504
-
-
632.179
(3.669.008)
73.489
(5.030.218)
39.187
-
925.272
-
(1.389.229)
-
-
(680.836)
-
(1.531.317)
(1)
164.744
-
-
(328.820)
4.723.119
6.130.953
(1.850.068)
73.489
(143.866.230)
(82.115)
(2.523.870)
14.135
(18.372)
13.496.066
(507.930)
18.372
(38.343.238)
1.324.384
2.066.176
100
Prejuízos fiscais reportáveis
com imposto diferido activo
São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais
na medida em que seja provável a
realização do respectivo benefício
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
fiscal, através da existência de lucros
tributáveis futuros. Os impostos diferidos activos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que
se espera virem a ser deduzidos aos
lucros tributáveis futuros, conforme
segue:
Valores em Euros
31/12/13
31/12/12Data limite
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
-
5.112.968
2017
Cimentos Madeira, Lda.
337.146
228.917
2017
337.146
5.341.885
Prejuízos fiscais reportáveis sem
imposto diferido activo
Os prejuízos fiscais sobre os quais
o Grupo considera, nesta data, não
existir a capacidade de dedução a
lucros tributáveis futuros, e como tal
sem imposto diferido activo, detalham-se por ano de prescrição conforme segue:
EmpresaTotal
Betomadeira, S.A.
866.048
Britobetão - Central de Betão, Lda.
7.869
Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A.
81.297
Florimar, SGPS, Lda
134.899
I3 Participações e Serviços, Ltda.
86.372
Lusoinertes, S.A.
4.170.612
Madebritas, Lda.
12.733
Pedra Regional. S.A. 792.648
Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A.
3.096
Secil Angola, SARL 486.584
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (RETGS)
38.068.887
Secil Prébetão, S.A.
5.950.323
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
45.466
Seciment Investments, B.V.
67.590
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
233233
Silonor, S.A.
11.914.077
Société des Ciments de Gabés 106.771
Soime, S.A.L.
353.909
Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda.
150.336
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
5.122.818
Zarzis Béton
90.060
68.745.628
2014
2015
2016
2017
2018
549.385
316.663
-
-
-
-
-
-
7.869
-
81.297
-
-
-
-
24.965
24.275
-
31.725
53.934
-
-
-
-
-
-
1.711.361
-
2.459.251
-
5.960
2.169
-
2.027
2.577
179.408
497.415
-
91.537
24.288
-
3.096
-
-
-
-
-
486.584
-
-
-
-
-
16.809.562
21.259.325
1.448.715
1.866.920
-
861.832
1.772.856
9.298
17.766
-
15.881
2.521
-
-
-
-
-
84.301
148.932
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
106.771
-
51.140
302.769
-
-
-
150.336
-
-
-
-
3.864.422
-
1.258.396
-
-
-
-
-
-
2.383.329
8.654.495
789.35321.538.08023.222.272
101
2019 e posteriores
86.372
67.590
11.914.077
90.060
12.158.099
102
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_17. Outros activos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Outros activos financeiros”,
líquida de perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se
segue:
31/12/13
Quantia QUA
QuantiaImparidade
Valores em Euros
brutaacumulada
Outros activos financeiros - não corrente:
Depósito a prazo (Notas 38.2 e 42.2) 1.250.000
-
Adiantamentos para investimentos financeiros
2.000.000
-
Outros
499.068
(98.641)
3.749.068
(98.641)
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Saldo inicial
Ajustamento cambial
Saldo final
102.815
(4.174)
98.641
105.243
(2.428)
102.815
103
31/12/12
QUANTIA
escriturada QUANTIAIMPARIDADEESCRITURADA
líquida
bruta acumulada
líquida
1.250.000
1.250.000
-
1.250.000
2.000.000
400.427
530.968
(102.815)
428.153
3.650.427
1.780.968
(102.815)
1.678.153
104
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_18. Inventários
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam
a seguinte composição:
31/12/13
QuantiaImparidadeQ
Valores em Eurosbruta acumulada
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo
75.350.298
(7.004.010)
Produtos e trabalhos em curso
720.560
-
Produtos acabados e intermédios
19.257.736
(595.001)
Mercadorias
4.129.383
(96.105)
Adiantamento por conta de compras
2.440
-
99.460.417
(7.695.116)
Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de
2013 e 2012, nas perdas acumuladas
por imparidades em inventários são
conforme se segue:
Valores em Euros Saldo inicial
Aumentos Reposições Utilizações
Ajustamento cambial
Saldo final
Os aumentos e reposições, no montante de Euros 1.723.901 e Euros
7.200, respectivamente foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”.
31/12/13
6.550.498
1.723.901
(7.200)
(66.851)
(505.232)
7.695.116
31/12/12
6.287.884
634.159
(138.133)
-
(233.412)
6.550.498
105
31/12/12
QuantiaQuantiaImparidadeQuantia
líquida
bruta acumulada
líquida
68.346.288
81.776.672
(6.117.094)
75.659.578
720.560
605.812
-
605.812
18.662.735
18.649.483
(357.596)
18.291.887
4.033.278
4.243.936
(75.808)
4.168.128
2.440
310
-
310
91.765.301
105.276.213
(6.550.498)
98.725.715
106
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_19. Activos financeiros
_19.1 Categorias de activos
financeiros
As categorias de activos financeiros,
líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 são detalhadas conforme se segue:
31/12/13
QuantiaImparidadeQ
Valores em Eurosbruta acumulada
Disponibilidades (Nota 4) Numerário
305.587
-
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
25.609.321
-
Outras aplicações de tesouraria
98.408.239
-
124.323.147
-
Activos financeiros ao custo:
Clientes (Nota 19.2)
73.776.844
(25.328.905)
Outras contas a receber - corrente (Nota 19.3)
20.796.516
(6.821.398)
Outras contas a receber - não corrente (Nota 19.3)
4.263.185
(1.855.975)
98.836.545
(34.006.278)
223.159.692(34.006.278)
_19.2 Activos financeiros
- clientes
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Clientes”, líquida de perdas
acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição:
31/12/13
ImparidadeQ
Quantia
acumulada
Valores em Euros
bruta
(Nota 19.4)
Clientes
72.701.299
(25.328.905)
Clientes - Partes relacionadas (Nota 37)
1.075.545
-
73.776.844
(25.328.905)
107
31/12/12
Quantia escrituradaQuantiaImparidadeQuantia escriturada
líquida
bruta acumulada
líquida
305.587
268.965
-
268.965
25.609.321
23.554.412
-
23.554.412
98.408.239
48.908.387
-
48.908.387
124.323.147
72.731.764
-
72.731.764
48.447.939
77.802.685
(22.123.192)
55.679.493
13.975.118
86.166.621
(6.127.728)
80.038.893
2.407.210
4.495.957
(1.855.975)
2.639.982
64.830.267
168.465.263
(30.106.895)
138.358.368
189.153.414 241.197.027 (30.106.895)211.090.132
31/12/12
QuantiaImparidadeQuantia
escrituradaQuantia
acumulada
escriturada
líquida
bruta
(Nota 19.4)
líquida
47.372.394
71.932.833
(22.123.192)
49.809.641
1.075.545
5.869.852
-
5.869.852
48.447.939
77.802.685
(22.123.192)
55.679.493
108
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas
por imparidade, é detalhada conforme
se segue:
31/12/13
QuantiaImparidadeQ
Valores em Euros
brutaacumulada
Não vencido
30.471.425
(8.048)
Vencido:
0-90 dias
13.614.867
(96.684)
90-180 dias
1.764.979
(78.518)
180-360 dias
1.921.667
(918.807)
> 360 dias
26.003.906
(24.226.848)
73.776.844
(25.328.905)
_19.3 Activos financeiros
– outras contas a receber
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
rubrica “Outras contas a receber - corrente”, laíquida de perdas acumuladas
por imparidade apresenta a seguinte
composição:
31/12/13
ImparidadeQ
Quantia
acumulada
Valores em Euros
bruta
(Nota 19.4)
Outros devedores
Partes relacionadas (Nota 37):
Empréstimos concedidos
-
-
Outras operações 1.194.842
(647.000)
Outros 13.558.727
(6.174.398)
14.753.569
(6.821.398)
Devedores por acréscimos de rendimentos
Juros a receber
486.849
-
Partes relacionadas (Nota 37)
2.584.774
-
Outros
2.971.324
-
6.042.947
-
20.796.516
(6.821.398)
109
31/12/12
Quantia escrituradaQuantiaImparidadeQuantia escriturada
líquida
bruta acumulada
líquida
30.463.377
31.288.426
-
31.288.426
13.518.183
1.686.461
1.002.860
1.777.058
48.447.939
16.356.922
5.097.037
3.040.910
22.019.390
77.802.685
(128.837)
(413.891)
(729.502)
(20.850.962)
(22.123.192)
16.228.085
4.683.146
2.311.408
1.168.428
55.679.493
31/12/12
QuantiaImparidadeQuantia
escrituradaQuantia
acumulada
escriturada
líquida
bruta
(Nota 19.4)
líquida
-
70.184.660
-
70.184.660
547.842
395.771
-
395.771
7.384.329
12.499.132
(6.127.728)
6.371.404
7.932.171
83.079.563
(6.127.728)
76.951.835
486.849
469.015
-
469.015
2.584.774
784.548
-
784.548
2.971.324
1.833.495
-
1.833.495
6.042.947
3.087.058
-
3.087.058
13.975.118
86.166.621
(6.127.728)
80.038.893
110
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Outras contas a receber não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a
seguinte composição:
31/12/13
ImparidadeQ
Quantia
acumulada
Valores em Euros
bruta
(Nota 19.4)
Outros devedores
Cauções prestadas a favor de terceiros
1.302.305
-
Outras partes relacionadas (Nota 37)
550.000
-
Outros 2.410.880
(1.855.975)
4.263.185
(1.855.975)
_19.4 Imparidade de dívidas
a receber
Os movimentos ocorridos nas perdas
acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, são
conforme se segue:
31/12/13
OutrosOutrosO
DevedoresPartesDevedoresD
Não correntesClientes
relacionadas
correntes
Valores em Euros
(Nota 19.3)
(Nota 19.2)
(Nota 19.3)
(Nota 19.3)Total
Saldo inicial
1.855.975
22.123.192
-
6.127.728
30.106.895
Aumentos -
2.414.605
647.000
22.518
3.084.123
Reposições -
(2.445.461)
-
(4.434)
(2.449.895)
Utilizações
-
(405.485)
-
(7.907)
(413.392)
Ajustamento cambial
-
(224.422)
-
(10.748)
(235.170)
Transferências
-
-
-
-
-
Activos não correntes
detidos para venda
-
3.866.476
-
47.241
3.913.717
Saldo final
1.855.975
25.328.905
647.000
6.174.398
34.006.278
Os aumentos e reposições, no montante
de Euros 3.084.123 e Euros 2.449.895,
respectivamente, foram reconhecidos
na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber
((perdas)/ reversões)”.
111
31/12/12
QuantiaImparidadeQuantia
escrituradaQuantia
acumulada
escriturada
líquida
bruta
(Nota 19.4)
líquida
1.302.305
1.408.946
-
1.408.946
550.000
550.000
-
550.000
554.905
2.537.011
(1.855.975)
681.036
2.407.210
4.495.957
(1.855.975)
2.639.982
31/12/12
OutrosOutros
DevedoresPartesDevedores
Não correntesClientes
relacionadasCorrentes
(Nota 19.3)
(Nota 19.2)
(Nota 19.3)
(Nota 19.3)Total
1.855.975
24.194.507
4.535.857
6.178.173
36.764.512
-
2.528.179
-
43.961
2.572.140
-
(3.588.198)
(183.629)
(10.855)
(3.782.682)
-
(968.462)
(4.352.228)
(13.942)
(5.334.632)
-
(108.525)
-
(3.918)
(112.443)
-
65.691
-
(65.691)
-
1.855.975
-
22.123.192
-
-
-
6.127.728
30.106.895
112
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DEMOSNTRAÇÕES
_20. Activos não correntes
detidos para venda
de betão e quatro explorações de
agregados.
Em 30 de Junho de 2011 a Secil –
Companhia Geral de Cal e Cimento,
S.A. adquiriu a totalidade do capital
da sociedade Uniconcreto – Betão
Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das
suas subsidiárias Eurobetão – Betão
Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge
Agregados Unipessoal, Lda.). Estas
sociedades operam no mercado de
betões e agregados e detinham à
data da compra vinte e seis centrais
No âmbito desta compra, a decisão de
alienar os activos e passivos, apresentados como activos não correntes detidos para venda, decorre da imposição
colocada por parte da Autoridade da
Concorrência, bem como da posterior
avaliação interna efectuada pelo Grupo.
Valores em Euros
No período findo em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012 os activos e passivos
directamente associados a activos
não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:
31/12/1331/12/12
ACTIVO
Activos fixos tangíveis
1.174.069
2.888.775
Clientes -
806.453
Adiantamentos a fornecedores
-
38.592
Estado e outros entes públicos
-
86.909
Outras contas a receber
-
122.262
Diferimentos
-
1.130
Caixa e depósitos bancários
-
56.493
1.174.0694.000.614
PASSIVO
Passivos por impostos diferidos 100.265
132.662
Fornecedores
-
132.633
Adiantamentos de clientes
-
588
Estado e outros entes públicos
-
52.263
-
915.995
Outras contas a pagar
100.265
1.234.141
1.073.8042.766.473
113
No decurso do corrente período, em
resultado (i) das dificuldades sentidas
na conclusão do plano de venda e (ii)
de re-avaliação interna, deixaram de
qualificar como activos não correntes
detidos para vendas os activos e passivos da subsidiária Uniconcreto –
Betão Pronto, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2013, os activos apresentados
como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão
cuja imposição de venda foi colocada
pela Autoridade da Concorrência.
Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de activos fixos tangíveis apresenta
a seguinte movimento:
Valores em Euros
valor Amortizações
valor
bruto
AcumuladasLíquido
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
14.451.129
(11.562.353)
Depreciações (Nota 34)
-
(60.019)
Desreconhecimento de activos não correntes (13.148.954)
11.494.266
detidos para venda (Nota 11)
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
1.302.175
(128.106)
2.888.775
(60.019)
(1.654.688)
1.174.069
114
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_21. Capital próprio
_21.1 Capital realizado e acções
próprias
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
capital social da Secil, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo
representado por 52.920.000 acções
com o valor nominal de Euros 5.
As pessoas colectivas que detém
posições relevantes no capital da
sociedade em 31 de Dezembro de
2013 e 2012 detalham-se conforme
se segue:
Nome
Cimentospar - Participações Sociais S.G.P.S., S.A.
Great Earth – Projectos, S.A.
Longapar, S.G.P.S., S.A.
Acções próprias
Em 23 de Dezembro de 2013, a sociedade Great Earth – Projectos, S.A.
incorporou, por fusão, a sociedade
Cimentospar – Participações Sociais,
SGPS, S.A., passando a deter, a partir dessa data, as acções tituladas e
nominativas representativas do capital
social da Secil – Companhia Geral de
Cal e Cimento, S.A..
Nº acções
%
do capital detida
31/12/13 31/12/1231/12/13 31/12/12
-
48.734.540
-
48.734.540
-
92,091%
1.000
1.000
0,002%
4.184.460
4.184.460
7,907%
52.920.00052.920.000100,000%
92,091%
0,002%
7,907%
100,000%
115
As acções próprias evidenciadas nas
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012 são detidas pelas
seguintes sociedades:
Acções próprias
31/12/13
Secil, S.A.
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
31/12/12
3.818.360
3.818.360
366.100
366.100
4.184.4604.184.460
A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é
uma empresa subsidiária do Grupo Secil
pelo que as 366.100 acções por si detidas encontram-se evidenciadas como
acções próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.
_21.2 Reservas legais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Reserva legais” decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Aplicação do resultado do período anterior
Saldo final
A legislação comercial estabelece
que, pelo menos, 5% do resultado
líquido anual tem de ser destinado
ao reforço da reserva legal até que
esta represente pelo menos 20% do
capital.
Esta reserva não é distribuível a não
ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada
para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
31/12/1331/12/12
40.680.725
-
40.680.725
39.533.989
1.146.736
40.680.725
116
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_21.3 Outras reservas
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
rubrica “Outras reservas” decompõese como segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Distribuição de reservas
Aplicação do resultado do período anterior
Saldo final
Esta rubrica corresponde a reservas
livres para distribuição aos accionistas, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores.
31/12/1231/12/11
94.623.691
-
-
94.623.691
129.368.944
(56.533.227)
21.787.974
94.623.691
117
_21.4 Excedente
de revalorização
O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 foi conforme se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Excedente realizado no período
Imposto diferido no período
Saldo final
31/12/1331/12/12
14.450.157
(239.182)
31.572
14.242.547
14.658.895
(240.482)
31.744
14.450.157
O montante de Euros 14.242.547 não
se encontra disponível para distribuir
aos accionistas do Grupo.
_21.5 Outras variações
no capital próprio
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica “Outras variações no capital
próprio” apresenta a seguinte composição:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
(105.387.863)
(81.286.956)
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais 3.999.956
5.009.047
Impostos diferidos - desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais (1.212.443)
(1.511.128)
Subsídios ao investimento 1.212.582
1.359.019
Impostos diferidos - subsídios ao investimento
(338.436)
(410.398)
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa 3.808.338
1.525.075
Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão
de gases com efeito de estufa (1.080.167)
(444.904)
Reserva de justo valor de derivados de cobertura (906.941)
(2.439.672)
Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura
222.201
646.514
Justo valor em associadas (Nota 15)
29.434
29.434
(99.653.339)(77.523.969)
118
_21.5.1 Diferenças de conversão
de demonstrações financeiras
O montante de Euros 105.387.863,
respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa-mãe
das diferenças cambiais resultantes
da conversão das demonstrações fi-
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
nanceiras das sociedades, goodwill
e empréstimos que qualificam como
extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Líbano, Angola e Brasil, sendo o movimento nos
períodos findos em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012 detalhado como se
segue:
Valores em EurosS
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
Extensão do investimento líquido
Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras Nsospe Empreendimentos e Participações, SA
Conversão das demonstrações financeiras Valores em EurosS
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
Extensão do investimento líquido
Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10)
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras 119
31 de Dezembro de 2013
Saldo inicialDiminuiçõesSaldo final
(51.948.966)
(7.443.401)
(59.392.367)
(23.864.291)
(3.036.593)
(26.900.884)
2.044.160
(498.879)
1.545.281
(50.722)
(1.205.911)
(1.256.633)
56.500
(78.017)
(21.517)
(566.918)
(104.215)
(671.133)
(6.695.892)
(2.506.703)
(9.202.595)
(241.594)
(510.178)
(751.772)
(19.233)
(21.441)
(40.674)
-
(747.299)
(747.299)
-
(7.948.270)
(7.948.270)
(81.286.956)
(24.100.907)
(105.387.863)
31 de Dezembro de 2012
Saldo inicialDiminuiçõesSaldo final
(47.479.176)
(4.469.790)
(51.948.966)
(22.098.232)
(1.766.059)
(23.864.291)
2.263.409
(219.249)
2.044.160
498.283
(549.005)
(50.722)
92.020
(35.520)
56.500
(562.158)
(4.760)
(566.918)
(5.671.492)
(1.024.400)
(6.695.892)
(9.330)
(232.264)
(241.594)
5.506
(24.739)
(19.233)
(72.961.170)
(8.325.786)
(81.286.956)
120
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_21.5.2 Desvios e alterações
de pressupostos actuariais
O movimento dos desvios e alterações de pressupostos actuariais nos
períodos findos em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012, repartido entre Grupo
e minoritários, decompõe-se como
segue:
Detentores D
do capital
Valores em Euros
da empresa-mãeM
Saldo inicial
Movimento no período (Nota 23.2)
Saldo final 5.009.047 (1.009.091)
3.999.956 _21.5.3 Subsídios do governo
Subsídios ao investimento
Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 são conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Saldo inicial
1.389.229
2.353.688
Ajustamento cambial
(66.129)
(39.187)
Subsídios recebidos no período
1.628.403
Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 32)
(1.687.461)
(925.272)
Saldo final
1.264.042
1.389.229
Subsídios ao investimento repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe 1.212.582
1.359.019
Interesses minoritários
51.460
30.210
1.264.0421.389.229
121
31/12/13
31/12/12
Detentores do capital
MinoritáriosTotal
da empresa-mãeMinoritáriosTotal
296.490 (10.822)
285.668 5.305.537 (1.019.913)
4.285.624 191.417 4.817.630 5.009.047 272.489 24.001 296.490 463.906
4.841.631
5.305.537
Subsídios por licenças de emissão
de gases com efeitos de estufa
Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases
com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 são conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Saldo inicial
1.525.075
850.481
Alterações de perímetro
-
(6.242)
Licenças atribuídas no período (Nota 14)
10.640.176
24.936.244
Revogação de licenças
(26.364)
Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 32)
(6.538.658)
(16.341.609)
Licenças alienadas no período (Nota 14)
(1.791.891)
(7.913.799)
3.808.338
1.525.075
Saldo final
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe 3.808.338
1.525.075
Interesses minoritários
-
-
3.808.3381.525.075
122
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_21.5.4 Reserva de justo valor
de derivados de cobertura
Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de
cobertura nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 são
conforme se segue:
31/12/1331/12/12
Swaps taxa
Swaps taxa EU Emmission
juroJURO
alLowances
Valores em Euros
(Nota 39)
(Nota 39)
(Nota 39) Total
Saldo inicial (2.439.672)
(1.035.823)
1.574.504
538.681
Maturidade -
-
(1.574.504)
(1.574.504)
Aumentos de justo valor 1.532.731
-
-
Diminuições de justo valor -
(1.403.849)
-
(1.403.849)
Saldo final
(906.941)
(2.439.672)
-
(2.439.672)
_21.6 Aplicação do resultado
do período anterior
Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 27 Maio de
2013, o resultado líquido negativo no
montante de Euros 38.459.143, do
período findo em 31 de Dezembro de
2012, foi transferido para a rubrica de
“Resultados transitados”.
123
_22. Provisões
No decurso dos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, realizaram-se os seguintes movimentos
nas rubricas de provisões:
Capitais própriosRecuperação
Valores em EurosnegativosAmbientalOutrasTotal
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 35)
Alienações
Utilizações
Reposições
Ajustamento cambial
Transferências
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 35)
Utilizações
Reposições
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
O aumento, no montante de Euros 3.752.209 (aumento de Euros
3.307.606 em 2012), registado na
demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:
(i) o aumento de Euros 5.165.013 (Euros
4.235.902 em 2012) registado na rubrica de “Outras”;
(ii) o total das reposições de Euros
1.412.804 (Euros 943.623 em 2012).
5.134.257
406.523
-
(58.041)
(5.460.326)
-
-
(22.413)
-
-
-
-
-
-
-
6.742.944 10.337.470
22.214.671
15.327
4.235.902
4.657.752
337.134
-
337.134
-
-
(58.041)
(24.185)
2.275.379
(3.209.132)
(117.630)
(825.993)
(943.623)
-
(87.290)
(87.290)
- (4.010.642)
(4.033.055)
6.953.590 11.924.826 18.878.416
-
5.165.013
5.165.013
356.093
-
356.093
(51.530) (1.462.342)
(1.513.872)
(119.981) (1.292.823)
(1.412.804)
-
(178.623)
(178.623)
7.138.172 14.156.051 21.294.223
124
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_23. Benefícios a empregados
Conforme referido nas Notas 3.16 e
3.17 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos
benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.
A evolução das responsabilidades assumidas, reflectidas no balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2013
e 2012, são conforme se segue:
Acréscimo/ (redução) de responsabilidades
GASTOS COMOUTRASPRÉMIOS
o pessoal
variações no V
Valores em EurosSaldo inicial
(Nota 31)
capital próprio
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efectuadas
-
778.972
-
Conta “Reserva” (1.012.191)
-
-
(1.012.191)
778.972
-
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6.739.718
311.421
(123.814)
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
(4.933.570)
(237.312)
1.215.914
Responsabilidades por subsídios de reforma
430.715
71.223
(2.908)
Responsabilidades por assistência na doença
983.936
36.302
(69.279)
3.220.799
181.634
1.019.913
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
551.207
73.255
-
Responsabilidades por subsídios por morte
53.853
(1.175)
-
605.060
72.080
-
2.813.6681.032.6861.019.913
125
31 de Dezembro de 2013
COMOUTRASPRÉMIOS Dotações
VariaçãoPagamentos pagos/
para
cambial
efectuados
resgates
os fundosSaldo final
-
(778.972)
-
-
-
125.018
-
-
(887.173)
-(653.954)
-
-(887.173)
-
(964.431)
-
-
5.962.894
(9.331)
-
(41.114)
(2.979)
(4.008.392)
(33.520)
(68.649)
-
-
396.861
-
(436.164)
-
-
514.795
(42.851)(1.469.244)
(41.114)
(2.979) 2.866.158
-
(89.796)
-
-
534.666
-
-
-
-
52.67
-
(89.796)
-
-
587.344
(42.851)
(2.212.994)
(41.114)
(2.979)
2.566.329
126
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Acréscimo/ (redução) de responsabilidades
GASTOS COMOUTRASCORTES
o pessoal
variações no V
Valores em EurosSaldo inicial
(Nota 31)
capital próprio
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efectuadas
-
1.057.564
-
Conta “Reserva” (521.893)
-
-
(521.893)
1.057.564
-
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 7.871.240
381.509
(375.055)
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
(1.989.284)
(165.630)
(3.615.404)
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
433.921
29.837
(20.974)
Responsabilidades por assistência na doença
12.118.893
(9.593.653)
(830.198)
18.434.770 (9.347.937) (4.841.631)
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
916.628
(27.586)
-
Responsabilidades por subsídios por morte
71.736
(13.723)
-
988.364
(41.309)
-
18.901.241 (8.331.682) (4.841.631)
127
31 de Dezembro de 2012
COMOUTRASCORTES/PRÉMIOS Dotações
VariaçãoPagamentos Liquidações
pagos/
para
cambialTransfer.
efectuados
do Plano
resgates
os fundosSaldo final
-
-
(1.057.564)
-
-
-
-
-
398.642
(888.940)
-
-
(1.012.191)
--
(658.922)
(888.940)--
(1.012.191)
-
(92.977)
(1.044.999)
-
-
-
6.739.718
(4.489)
92.977
-
888.940
(50.011)
(90.669)
(4.933.570)
(12.069)
-
-
-
-
-
430.715
-
-
(711.106)
-
-
-
983.936
(16.558)
-(1.756.105) 888.940(50.011)(90.669) 3.220.799
-
-
(337.835)
-
-
-
551.207
-
-
(4.160)
-
-
-
53.853
--
(341.995) ---
605.060
(16.558)
-(2.757.022)
-(50.011)(90.669) 2.813.668
Em Setembro de 2010, foi alterado
o contrato constitutivo do Fundo de
Pensões Secil, que passou a designarse por Fundo de Pensões do Grupo
Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1
de Janeiro de 2010.
São associadas do Fundo, a Secil e as
suas subsidiárias:
sua apólice de seguro no Fundo de
pensões da Secil;
(iii) Britobetão – Central de Betão,
Lda., Secil Britas, S.A., Quimipedra
– Secil Britas, Calcários e Derivados,
Lda., Beto Madeira, S.A., Brimade,
S.A. e Eurobetão – Betão Pronto, S.A..
(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias,
S.A. e Unibetão –Industrias de Betão
Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus
Fundos de Pensões no Fundo de pensões da Secil;
A Cimentos Madeira alterou, com
efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para
contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava directamente aos seus empregados a
título de complemento de reforma por
velhice, invalidez, reforma antecipada
e pensões de sobrevivência.
(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a
O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores
no activo da Cimentos Madeira do
plano de benefício definido para o
plano de contribuição definida, após
a transferência das responsabilidades
por serviços passados financiadas
com referência a 31 de Dezembro de
2011 e garantindo o financiamento
das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano
de Pensões de Benefício Definido
foi transferido para a Conta Reserva
da respectiva associada e afecto ao
Plano de Contribuição Definida.
O Fundo de Pensões do Grupo Secil é
o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos
de Pensões de cada associada (agora
geridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 23.1 e 23.2.
128
_23.1 Benefícios pós-emprego
– Planos de contribuição definida
Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo
de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos
participantes contribuintes e são os
seguintes:
(i) Planos Secil e CMP, incluem todos
os trabalhadores que à data de 31 de
Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se
encontravam abrangidos pelo plano
de benefícios definidos em vigor nas
empresas) e que tenham optado pela
transição para estes Planos e todos
os trabalhadores admitidos ao abrigo
de um contrato sem termo, a partir de
1 de Janeiro de 2010, sendo também
aplicável aos membros dos órgãos de
administração;
(ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem todos os trabalhadores que
à data de 31 de Dezembro de 2009
tinham um contrato de trabalho sem
termo, celebrado ao abrigo do CCT
celebrado entre a APEB e a FETESE
e todos os trabalhadores admitidos ao
abrigo de um contrato sem termo, a
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
partir de 1 de Janeiro de 2010, com excepção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT
celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar
do Plano de benefício definido, sendo
também aplicável aos membros dos
órgãos de administração;
(iii) Plano Betomadeira inclui todos
os trabalhadores que à data de 31 de
Dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam
abrangidos pelo CCT celebrado entre
a APEB – Associação Portuguesa das
Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos
Trabalhadores de Serviços e outros;
(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os
trabalhadores que à data de 31 de
Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos
os trabalhadores admitidos ao abrigo
de um contrato sem termo, a partir de
1 de Janeiro de 2010, sendo também
aplicável aos membros dos órgãos de
administração;
(v) Plano Eurobetão inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Outubro de 2011 tinham um contrato de
trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um
contrato sem termo, após essa data,
sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;
(vi) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1
de Janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se
encontravam abrangidos pelo plano
de benefícios definidos em vigor na
empresa) e todos os empregados
admitidos ao abrigo de um contrato
sem termo, a partir dessa data, sendo
também aplicável aos membros dos
órgãos de administração;
(vii) Plano Brimade inclui todos os
trabalhadores que tinham à data de
1 de Julho de 2012 um contrato de
trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos
ao serviço após essa data.
_23.2 Benefícios pós-emprego
– Planos de benefícios definidos
Os gastos suportados com os planos
de benefícios definidos, nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012, são os seguintes:
R
ServiçosC
Valores em Euros
correntes
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
-
15.757
29.298
13.401
58.456
129
31 de dezembro de 2013
RetornoGanhos Custo
esperado dos
por corte
(Nota 31)
dos juros
activos do planono planoTotal
311.421
1.072.308
41.925
22.901
1.448.555
-
(1.318.329)
-
-
(1.318.329)
-
(7.048)
-
-
(7.048)
311.421
(237.312)
71.223
36.302
181.634
130
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
R
ServiçosCusto
Valores em Euros
correntes
dos juros
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
O montante de Euros 10.392.571, registado no período findo em 31 de
Dezembro de 2012, refere-se ao corte
no plano de benefícios definidos – assistência na doença.
-
207.522
64.471
194.153
466.146
381.509
1.298.187
8.275
604.765
2.292.736
Os ganhos e perdas reconhecidos
directamente nos capitais próprios nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012, são
como segue:
G
OutrosA
Valores em Euros
desvios
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
123.814
(511.185)
2.908
69.279
(315.184)
G
OutrosA
Valores em Euros
desvios
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
375.055
1.374.189
20.974
830.198
2.600.416
131
31 de Dezembro de 2012
RetornoGanhos esperado dos
por cortes
(Nota 31)
activos do planono planoOutrosTotal
-
(1.533.261)
-
-
(1.533.261)
-
(138.078)
-
-
(138.078)
-
-
(42.909)
(10.392.571)
(10.435.480)
381.509
(165.630)
29.837
(9.593.653)
(9.347.937)
31 de Dezembro de 2013
Ganhos e perdas actuariais Activos planosTotalImpostoValor
est. vs real
(Nota 21.5)
diferido
líquido
-
(704.729)
-
-
(704.729)
123.814
(1.215.914)
2.908
69.279
(1.019.913)
(39.051)
365.503
(6.126)
(21.068)
299.258
84.763
(850.411)
(3.218)
48.211
(720.655)
31 de Dezembro de 2012
Ganhos e perdas actuariais
Activos planosTotalImpostoValor
est. vs real
(Nota 21.5)
diferido
líquido
-
2.241.215
-
-
2.241.215
O montante de Euros 1.019.913, registado no período findo em 31 de
Dezembro de 2013 em perdas actuariais, reflecte a alteração dos pressupostos actuariais ocorrida no período,
375.055
3.615.404
20.974
830.198
4.841.631
(118.182)
(1.078.569)
(5.693)
(250.123)
(1.452.567)
nomeadamente a taxa de crescimento
salarial, a taxa de crescimento das
pensões e a taxa de juro técnica (Nota
23.2.2).
256.873
2.536.835
15.281
580.075
3.389.064
Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais
seguidamente se descrevem.
132
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_23.2.1 Caracterização dos planos
de benefícios definidos
Planos de benefícios definidos
a cargo do Grupo
Planos de benefícios definidos com
fundos geridos por terceiras
entidades
Responsabilidades por complementos
de pensões de reforma e sobrevivência
Responsabilidades por complementos
de pensões de reforma e sobrevivência
e subsídio de reforma
A Secil e as suas subsidiárias:
(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias,
S.A.;
(ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.;
(iii) Cimentos Madeira, Lda.;
(iv) Betomadeira – Betões e Britas da
Madeira, S.A.;
(v) Societé des Ciments de Gabès;
assumiram o compromisso de pagar
aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de
reforma por velhice, invalidez, reforma
antecipada e pensões de sobrevivência e subsídio de reforma.
As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos autónomos, administrados por
terceiros ou cobertas por apólices de
seguro.
Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar
e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e independentes, utilizando o método de
crédito da unidade projectada.
As responsabilidades decorrentes dos
reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de
Dezembro de 1987, são asseguradas directamente pela Secil. De igual forma, as
responsabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas directamente pela empresa.
Em 26 de Junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira,
Lda. e Betomadeira- Betões e Britas da
Madeira, S.A. relativas a todos os reformados e pensionistas que se encontravam a receber uma pensão, foram
transferidas para o Plano de Pensões
de Benefícios Definidos da Cimentos
Madeira o qual integrou o Fundo de
Pensões Secil.
Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de
cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das
rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com actuais
pensionistas e o método de crédito da
unidade projectada, na avaliação das
responsabilidades com activos.
133
Responsabilidades por assistência
na doença
velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição:
A Secil e a suas subsidiárias CMP Cimentos Maceira e Pataias, S.A., Cimentos Madeira, Lda. e Secil Britas,
S.A. mantêm com os seus empregados
regimes de assistência na doença, de
natureza supletiva relativamente aos
serviços oficiais de saúde, extensivo
a familiares, pré-reformados e reformados e viúvas, através de um seguro
contratado.
(i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito, S.A. (Angola), na data da reforma,
de acordo com a Lei Geral do Trabalho
Nº 2/2000, um subsídio de reforma que
representa um quarto do último salário
multiplicado pelo nº de anos ao serviço
na empresa;
Responsabilidades por benefícios
por subsídio de reforma
As subsidiárias do Grupo a seguir
identificadas assumiram com os seus
trabalhadores a responsabilidade pelo
pagamento de subsídio de reforma por
_23.2.2 Responsabilidades
e movimentos ocorridos no período
comparativamente com o período
anterior
Pressupostos utilizados na avaliação
das responsabilidades
(ii) Na Societé des Ciments de Gabès
(Tunísia), na data da reforma, com base
no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que
representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de
30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3
meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da
empresa.
Os estudos actuariais efectuados por
entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e
2012, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por
serviços passados, tiveram por base
os seguintes pressupostos:
31/12/1331/12/12
Fórmula de Benefícios da Segurança Social
Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio
de 10 de Maio
Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80
Tabelas de mortalidade
TV 88/90
TV 88/90
1,00%
1,50%
Taxa de crescimento salarial
4,50%
5,00%
Taxa de juro técnica
Taxa de crescimento das pensões
0,45%
0,90%
Taxa de crescimento das despesas de saúde
4,60%
4,60%
134
Responsabilidades por serviços
passados com planos de benefícios
de reforma e sobrevivência
De acordo com os estudos actuarias reportados a 31 de Dezembro
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
de 2013 e 2012, o valor presente da
obrigação correspondente a planos
de reforma, bem como os valores
de mercado dos fundos/ apólices de
seguro a eles afectos são como se
segue:
31/12/13
FundoApóliceAssumidoF
Valores em Euros
autónomo
de Seguro
pelo GrupoT
Responsabilidades por serviços passados
- Activos
142.821
270.061
-
- Aposentados
21.255.939
-
5.962.894
Valor de mercado dos fundos
(25.499.746)
(177.467)
-
Insuficiência / (excesso)
(4.100.986)
92.594
5.962.894
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo
apresenta a seguinte evolução:
31/12/13
FundoApóliceAssumidoF
Valores em Euros
autónomo
de Seguro
pelo GrupoT
Responsabilidades no início do período
22.463.519 266.623 6.739.718 Variação cambial
-
(26.697)
-
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes
7.647 8.110 -
Custo dos juros
1.057.667 14.641 311.421
Retorno esperado dos activos do plano
(1.309.088)
(9.241)
-
Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos
(7.048)
-
-
Valores registados nos capitais próprios:
Ganhos e perdas actuariais
475.862 35.323 (123.814)
Retorno estimado dos fundos de pensões
1.309.088 9.241 -
Reformas processadas
-
(27.939)
-
Transferência de responsabilidades
-
-
-
Cortes / Liquidações do plano
-
-
-
Pensões pagas no período
(2.598.887)
-
(964.431)
Responsabilidades no fim do período
21.398.760 270.061 5.962.894 135
31/12/12
FundoApóliceAssumido
Total
autónomo
de Seguro
pelo GrupoTotal
412.882
244.706
266.623
-
27.218.833
22.218.813
-
6.739.718
(25.677.213)
(27.491.958)
(171.754)
-
1.954.502
(5.028.439)
94.869
6.739.718
511.329
28.958.531
(27.663.712)
1.806.148
31/12/12
FundoApóliceAssumido
Total
autónomo
de Seguro
pelo GrupoTotal
29.469.860 26.933.324
1.586.388
7.871.240
(26.697)
-
(14.910)
-
15.757 197.946
9.576
-
1.383.729 1.281.590
16.597
381.509
(1.318.329)
(1.468.161)
(65.100)
-
(7.048)
(138.078)
-
-
387.371 (1.421.879)
47.690
(375.055)
1.318.329 1.468.161
65.100
-
(27.939)
-
(79.320)
-
-
1.392.375
(1.299.398)
(92.977)
-
(3.054.120)
-
-
(3.563.318)
(2.727.639)
-
(1.044.999)
27.631.715 22.463.519 266.623 6.739.718 36.390.952
(14.910)
207.522
1.679.696
(1.533.261)
(138.078)
(1.749.244)
1.533.261
(79.320)
(3.054.120)
(3.772.638)
29.469.860
136
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo
apresenta a seguinte evolução:
31/12/13
31/12/12
FundoCapital FundoCapital
Valores em Euros
autónomoSeguroautónomo seguro
Saldo inicial
27.491.958 171.754 28.197.183
2.311.813
Variação cambial
-
(17.366)
-
(10.421)
Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago
2.979
41.114
90.669
50.011
Rendimento dos fundos no período
603.696
9.904
3.779.521
(5.045)
Pensões pagas
(2.598.887)
-
(2.727.639)
Reformas processadas
-
(27.939)
-
(79.320)
Transferência de responsabilidades para o Fundo
-
-
2.095.284
(2.095.284)
Cortes / Liquidações do plano
-
-
(3.943.060)
25.499.746 177.467 27.491.958
171.754
Saldo final
137
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a composição dos fundos é conforme
se segue:
Valores em Euros31/12/13
Acções
2.219.723
Obrigações - taxa fixa12.365.037
Dívida Pública 7.266.399
Imobiliário 115.070
Liquidez 3.533.517
25.499.746 31/12/12
4.123.794
15.395.496
7.422.829
549.839
27.491.958
138
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Responsabilidades por serviços
passados com outros benefícios pós
emprego
De acordo com os estudos actuariais
efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor actual
das responsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:
31/12/13
AssistênciaSubsídioA
Valores em Eurosna doença
de reformaT
Responsabilidades por serviços passados
- Activos
10.240
396.861
- Aposentados
504.555
-
514.795
396.861 No decurso dos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
evolução das responsabilidades do
Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:
31/12/13
AssistênciaSubsídioA
Valores em Eurosna doença
de reformaT
Responsabilidades no início do período
983.936
430.715
Variação cambial
-
(33.520)
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes
13.401
29.298
Custo dos juros
22.901
41.925
Alterações no plano
-
-
Valores registados nos capitais próprios
(69.279)
(2.908)
Transferência de responsabilidades -
-
Benefícios pagos no período
(436.164)
(68.649)
Responsabilidades no fim do período
514.795
396.861
139
31/12/12
Assistência
subsídio
Totalna doença
de reformaTotal
407.101 10.240
504.555 973.696
911.656 983.936
Assistência
Totalna doença
1.414.651
12.118.893
(33.520)
-
42.699
194.153
64.826
604.765
-
(10.392.571)
(72.187)
(830.198)
-
-
(504.813)
(711.106)
911.656
983.936
430.715
-
430.715 440.955
973.696
1.414.651
31/12/12
subsídio
de reformaTotal
433.921
(12.069)
12.552.814
(12.069)
64.471
8.275
(42.909)
(20.974)
-
-
430.715
258.624
613.040
(10.435.480)
(851.172)
(711.106)
1.414.651
140
_23.3 Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios
de antiguidade
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a
responsabilidade pelo pagamento de
prémios àqueles que atingem 25 anos
de antiguidade nas referidas empresas,
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
os quais são pagos no ano em que o
trabalhador perfaz aquele número de
anos ao serviço da Empresa.
por morte do trabalhador activo, de
igual valor a 1 mês do último salário
auferido.
Responsabilidades por subsídio
por morte
De acordo com os estudos actuariais
efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor das
responsabilidades com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos
Maceira e Pataias, S.A., assumiram com
os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio
Valores em Euros31/12/13
Prémios de antiguidade
Subsídios por morte
534.666
52.678
587.344
31/12/12
551.207
53.853
605.060
No decurso dos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
evolução das responsabilidades do
Grupo com benefícios a longo prazo
apresenta a seguinte evolução:
31/12/13
Prémios de SubsídiosP
Valores em Euros
antiguidade
por morteT
Responsabilidades no início do período
Serviços correntes
Custo dos juros
Alterações no plano
Ganhos e perdas actuariais
Benefícios pagos no período
Responsabilidades no fim do período
551.207
27.215
26.676
(9.630)
28.994
(89.796)
534.666
53.853
3.143
2.850
(1.736)
(5.432)
-
52.678
141
31/12/12
Prémios de Subsídios
Total
antiguidade
por morteTotal
605.060
30.358
29.526
(11.366)
23.562
(89.796)
587.344
916.628
39.968
43.849
-
(111.403)
(337.835)
551.207
71.736
4.063
3.979
-
(21.765)
(4.160)
53.853
988.364
44.031
47.828
(133.168)
(341.995)
605.060
142
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_ 24. Passivos financeiros
_ 24.1 Categorias de passivos
financeiros
As categorias de passivos financeiros
em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
são detalhadas conforme se segue:
Valores em EurosCorrente
31/12/13
Não correnteT
Passivos financeiros ao custo:
Fornecedores
42.321.474
-
Financiamentos obtidos
71.364.558
282.920.857
Outras contas a pagar
31.000.729
-
144.686.761
282.920.857
_24.2 Passivos financeiros
- fornecedores
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
a rubrica de fornecedores apresenta a
seguinte composição:
Valores em Euros
Fornecedores c/c Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 37)
Facturas em recepção e conferência
31/12/1331/12/12
30.231.728
28.212.369
3.849.138
496.136
8.240.608
7.020.119
42.321.47435.728.624
_24.3 Passivos financeiros
– financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos em 31 de
Dezembro de 2013 e 2012 são detalhados conforme se segue:
31/12/13
Valores em EurosCorrente
Não correnteT
Empréstimos obrigacionistas:
SBI 2007 - 2017
-
40.000.000
Secil 2012 - 2017
-
60.000.000
Secil 2013 - 2016
-
40.000.000
Secil 2013 - 2018
-
40.000.000
Empréstimos bancários
56.990.910
93.371.244
Descobertos bancários (Nota 4)
14.163.855
-
Outros empréstimos:
Obtidos no âmbito do QREN
1.811.398
7.108.517
Locação financeira - rendas a pagar (Nota 12)
656.874
2.441.096
Comissões bancárias de empréstimos
(2.258.479)
-
71.364.558
282.920.857
TotalCorrente
143
31/12/12
Não correnteTotal
42.321.474
35.728.624
-
35.728.624
354.285.415
35.354.394
324.097.871
359.452.265
31.000.729
30.946.151
-
30.946.151
427.607.618
102.029.169
324.097.871
426.127.040
31/12/12
TotalCorrente
Não correnteTotal
40.000.000
-
40.000.000
40.000.000
60.000.000
-
60.000.000
60.000.000
40.000.000
-
-
40.000.000
-
-
150.362.154
25.175.207
212.256.950
237.432.157
14.163.855
10.929.178
-
10.929.178
8.919.915
1.143.146
8.741.551
9.884.697
3.097.970
551.933
3.099.370
3.651.303
(2.258.479)
(2.445.070)
-
(2.445.070)
354.285.415
35.354.394
324.097.871
359.452.265
144
A subsidiária Secil Betões e Inertes,
S.A., contraiu no dia 22 de Outubro
de 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante global de Euros
40.000.000. Estas obrigações foram
totalmente subscritas e realizadas no
acto da subscrição e encontram-se
representadas por valores mobiliários
escriturais. As obrigações foram emitidas por oferta particular e directa. Os
juros dos cupões são pagos semestral
e postecipadamente em 22 de Outubro
e 22 de Abril de cada ano. O reembolso
das obrigações far-se-á na data de pagamento do 20º cupão, ou seja 22 de
Outubro de 2017. Poderá ser solicitado
o reembolso antecipado (“Call Option),
total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª
e 18ª datas de pagamento de juros.
Em 21 de Dezembro de 2012, a Secil celebrou um contrato de emissão
obrigacionista no montante de Euros
60.000.000. Estas obrigações foram
totalmente subscritas e realizadas no
acto da subscrição e encontram-se
representadas por valores mobiliários
escriturais ao portador. As obrigações
foram emitidas por oferta particular e
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente
em 28 de Junho e 28 de Dezembro de
cada ano. O reembolso das obrigações
será efectuado ao par, de uma só vez,
em 28 de Dezembro de 2017.
Em 24 de Maio de 2013, a Secil celebrou dois novos contratos de emissão
obrigacionista, com vencimentos a três
e cinco anos, no montante de Euros
40.000.000 cada. Estas obrigações foram totalmente subscritas e realizadas
no acto da subscrição e encontram-se
representadas por valores mobiliários
escriturais ao portador. As obrigações
foram emitidas por oferta particular e
directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente em
24 de Maio e 24 de Novembro de cada
ano. O reembolso das obrigações será
efectuado ao par, de uma só vez, em
24 de Maio de 2016 e 2018, respectivamente.
A parcela classificada como não corrente em 31 de Dezembro de 2013 e
em 2012 tem o seguinte plano de reembolso definido:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
1 a 2 anos
45.261.071
60.320.200
2 a 3 anos
73.041.148
87.983.099
3 a 4 anos
136.813.713
24.350.354
4 a 5 anos
19.731.872
107.249.886
Mais de 5 anos
8.073.053
44.194.332
282.920.857324.097.871
Créditos concedidos e não sacados
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os
créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 267.230.062
e Euros 237.580.265, respectivamente.
Financial Covenants
Existem contratos de financiamento
com entidades bancárias que obrigam
ao cumprimento de alguns rácios financeiros.
A Secil Prebetão, entidade conjuntamente controlada, está em renegociação de alguns contratos de financiamento, um dos quais obriga ao
cumprimento do Rácio de Dívida Financeira Liquida / EBITDA.
145
_24.4 Passivos financeiros – outras
contas a pagar
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
as outras contas a pagar correntes
detalham-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Fornecedores de imobilizado c/c
2.567.221
3.167.463
Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 37)
43.516
43.516
Outros credores
4.030.760
3.237.930
Outros credores - partes relacionadas (Nota 37)
19.305
2.723
Credores por acréscimos de gastos
24.339.927
24.494.519
31.000.72930.946.151
A rubrica “Credores por acréscimos de
gastos” em 31 de Dezembro de 2013
e 2012 detalha-se conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Seguros 34.303
103.520
Custos com o pessoal
8.949.558
9.660.439
Juros a pagar
2.751.309
1.926.356
Periodificação de gastos com energia
6.560.633
6.181.411
Serviços de transporte
802.295
1.259.434
Accionistas (Nota 37)
108.123
1.831.425
Serviços bancários
166.644
686.296
Consultoria
2.291.568
Outros
2.675.494
2.845.638
24.339.92724.494.519
_25. Adiantamentos de clientes
e a fornecedores
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as
rubricas “Adiantamentos de clientes” e
“Adiantamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição:
Activo
Passivo
31/12/1331/12/12 31/12/13
31/12/12
Adiantamentos a fornecedores
2.062.119
1.978.167
-
Adiantamentos de clientes
-
-
2.534.888
2.030.936
2.062.119
1.978.167
2.534.888
2.030.936
Valores em Euros
146
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_ 26. Estado e outros
entes públicos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:
Activo
Passivo
31/12/13 31/12/1231/12/13
31/12/12
Imposto sobre o rendimento
5.341.724
9.302.013
12.548.551
28.197.297
92.547
106.014
1.147.149
4.778.157
Retenções de imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o Valor Acrescentado
2.734.610
3.275.695
1.343.457
2.053.951
Contribuição para a Segurança Social
-
-
1.316.003
1.338.510
Restantes Impostos
245.152
335.049
616.577
482.511
8.414.033
13.018.771
16.971.737
36.850.426
Valores em Euros
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a
rubrica “Imposto sobre o rendimento”
tem a seguinte decomposição:
31/12/13 31/12/12
SaldoSaldoSaldo Saldo
Valores em EurosDevedorCredorLíquidoLíquido
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 16) (844.118)
3.476.484
4.320.602
6.077.359
Ajustamento cambial
-
(126.872)
(126.872)
(56.960)
Pagamentos por conta
1.640.688
(42.419)
(1.683.107)
(3.242.280)
Retenções na fonte a recuperar
4.130.782
(6.554)
(4.137.336)
(6.591.771)
IRC de períodos anteriores
414.372
(124.382)
(538.754)
(2.737.607)
Liquidações adicionais
-
9.372.294
9.372.294
25.446.543
5.341.724
12.548.551
7.206.827
18.895.284
No corrente período, a Administração Fiscal procedeu ao pagamento
do remanescente montante de Euros
1.968.087, relativo Incentivo fiscal à
internacionalização previsto no Decreto-Lei 401/99 de 14 de Outubro, no
âmbito da aquisição da Societé des
Ciments de Gabès que se encontrava
por liquidar. O incentivo consistiu numa
dedução à colecta de 10% do investi-
mento efectuado, no valor máximo de
Euros 5.985.575.
Em Dezembro de 2013, a Secil procedeu ao pagamento de liquidações
adicionais de imposto, no montante
de Euros 10.485.093, no âmbito do
Regime Especial de Regularização de
Dívidas Fiscais e à Segurança Social
(RERD).
147
_27. Diferimentos activos e passivos
O saldo da rubrica de “Diferimentos
activos e passivos”, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, detalha-se conforme se segue:
Activo
Passivo
31/12//12 31/12/12 31/12/1331/12/12
Seguros
198.721
187.190
-
Rendas e alugueres
231.769
277.533
-
Tratamento de resíduos
-
-
255.556
Contrato de troca licenças de emissão (Nota 32)
-
-
-
223.000
Outros
374.172
414.695
124.024
88.026
804.662
879.418
379.580
311.026
Valores em Euros
Em Junho de 2011, o Grupo celebrou
um contrato segundo o qual recebeu
o montante de Euros 223.000 comprometendo-se a realizar as seguintes
trocas futuras de licenças de emissão:
MaturidadeCER (ton)EUA (ton)
27 de Junho de 2011
10 de Dezembro de 2011
10 de Dezembro de 2012
até 1 de Abril de 2014
No decurso do corrente período, o
Grupo executou o contrato e procedeu à troca de licenças, para entregar
à Entidade Coordenadora do Licenciamento como pagamento das suas
responsabilidades pelas emissões de
gases com efeitos de estufa, tendo
reconhecido o ganho no montante de
Euros 223.000 (Nota 32).
(330.177)
(335.000)
(335.000)
1.000.177
330.177
335.000
335.000
(1.000.177)
148
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_28. Vendas e serviços prestados
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a
rubrica “Vendas e serviços prestados”
apresenta a seguinte composição:
Valores em Euros
Vendas Serviços prestados
Descontos de pronto pagamento concedidos
31/12/1331/12/12
390.819.750
425.697.762
21.496.919
25.641.943
(791.228)
(1.107.093)
411.525.441450.232.612
_29. Resultado apropriado
de empresas associadas
Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas
associadas conforme se segue:
Valores em Euros31/12/13
31/12/12
Resultados apropriados em associadas Setefrete, SGPS, S.A.
341.641
170.897
J.M. Henriques, Lda.
(3.257)
(4.287)
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
107.132
234.729
Supremo Cimentos, S.A.
(80)
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
(2.659.923)
(Nota 15 e 16)
(2.214.487)401.339
Viroc Portugal - Ind. Madeiras e Cimento, S.A.
-
(326.071)
Chryso - Aditivos de Portugal, S.A.
-
(80.452)
(Nota 22)
-(406.523)
149
_30. Fornecimentos e serviços
externos
A rubrica “Fornecimentos e serviços
externos” nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 é detalhada conforme se segue:
Valores em Euros
Subcontratos
Serviços especializados
Materiais
Energia e fluidos
Deslocações, estadas e transportes
Serviços diversos
31/12/1331/12/12
10.978.317
40.090.453
565.451
44.929.019
40.304.998
21.139.867
158.008.105
14.440.696
41.910.509
691.804
47.342.902
44.246.137
21.985.223
170.617.271
_31. Gastos com o pessoal
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a rubrica de gastos com o pessoal decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Remunerações dos Orgãos Sociais 4.617.739
4.590.062
Remunerações do pessoal
44.606.537
50.450.289
Benefícios pós-emprego:
Contribuição definida (Nota 23) 778.972
1.057.564
Benefícios definidos (Nota 23)
181.634
(9.347.937)
Outros benefícios a longo prazo (Nota 23)
72.080
(41.309)
Indemnizações
988.451
11.399.375
Outros gastos com pessoal
14.682.574
16.897.640
65.927.987
75.005.684
A rubrica de remunerações dos membros dos órgãos sociais, incluindo prémios de desempenho, nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 compõe-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Conselho de Administração da Secil
3.410.316
3.408.672
Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias
1.207.423
1.181.390
4.617.7394.590.062
150
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
o número de colaboradores ao serviço
das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio,
detalha-se conforme se segue:
31/12/13
País/SegmentoCimentoBetõesAgregadosOutrosT
Portugal
491
211
126
122
Líbano
436
70
-
-
Tunísia
283
96
-
-
Angola
249
-
-
4
Cabo Verde
13
-
23
-
Outros
-
-
-
1
Total
1.472
377149
127
_32. Outros rendimentos e ganhos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a
rubrica “Outros rendimentos e ganhos”
decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
atribuídas a título gratuito (Nota 21.5.3)
6.538.658
16.341.609
Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3)
1.687.461
925.272
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
696.243
1.024.588
Proveitos suplementares - partes relacionadas (Nota 37)
1.934.818
176.390
Proveitos suplementares - outros
1.586.275
2.191.858
Alienação de licenças de emissão (Nota 14)
978.774
7.561.300
223.000
1.694.672
“Swap” de licenças de emissão (Nota 27)
Diferenças de câmbio favoráveis
1.095.483
1.840.109
Proveitos com tratamento de resíduos 842.679
835.916
Ganhos com instrumentos financeiros - Forwards cambiais (Nota 39)
-
161.231
Rendimentos e ganhos nos activos financeiros
-
110.358
Outros 7.029.691
6.265.885
22.613.082
39.129.188
As diferenças de câmbio favoráveis
registadas no período findo 31 de Dezembro de 2013 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio
da data da compra de bens e serviços e a data da respectiva liquidação
financeira do passivo relacionado,
assim como à actualização cambial
de activos e passivos intra-grupo em
moeda estrangeira, sendo o seu montante justificado em grande parte pela
variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em
análise.
151
31/12/12
TotalCimentoBetõesAgregadosOutrosTotal
950
525
243
132
157
1.057
506
430
76
-
-
506
379
290
88
-
-
378
253
266
-
-
4
270
36
11
-
23
-
34
1
-
-
-
2
2
2.1251.522407 155163
2.247
_33. Outros GASTOS E PERDAS
A decomposição da rubrica “Outros
gastos e perdas” nos períodos findos
em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é
conforme se segue:
Valores em Euros
Gastos e perdas em activos não financeiros
Gastos e perdas em activos financeiros
Donativos
Impostos indirectos Diferenças câmbiais desfavoráveis
Despesas bancárias
Outros gastos operacionais
Os gastos e perdas em activos não
financeiros no período findo em 31 de
Dezembro de 2012 incluem o montante de Euros 11.035.530 relativo a
perdas em activos não correntes detidos para venda.
31/12/1331/12/12
80.995
11.214.922
-
2.100
910.998
848.237
2.289.037
2.189.515
2.365.754
2.234.121
714.003
1.062.691
3.506.860
3.605.681
9.867.64721.157.267
152
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_34. Gastos/ reversões
de depreciações, amortizações
e imparidades
A decomposição da rubrica “Gastos/
reversões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013 e
2012 é conforme se segue:
Valores em Euros
Activos fixos tangíveis (Nota 11)
Propriedades de investimento (Nota 13)
Activos intangíveis (Nota 14)
Activos não correntes detidos para venda (Nota 20)
Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações
Activos fixos tangíveis (Nota 11)
Activos não correntes detidos para venda (Nota 20)
(Reversão)/ Imparidades no período de licenças de emissão (Nota 14)
Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões))
31/12/1331/12/12
51.072.368
18.789
7.285.086
60.019
58.436.262
457.470
-
(663.808)
(206.338)
52.596.007
18.791
16.610.376
69.225.174
9.930.668
6.118.657
(234.906)
15.814.419
_35. Resultados financeiros líquidos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Juros e rendimentos similares obtidos:
Outros juros obtidos 1.036.578
2.862.169
Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 37)
4.115.319
2.529.831
Outros proveitos e ganhos financeiros
7.701
7.286
5.159.598
5.399.286
Juros e gastos similares suportados:
Juros suportados com outros empréstimos obtidos
(23.923.880)
(15.671.775)
Juros suportados - partes relacionadas (Nota 37)
(33.025)
(26.568)
Diferenças de cambio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos
(618.857)
(360.449)
Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro:
Juros incorridos
(1.382.259)
(1.060.611)
Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 39)
-
(139.182)
Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 22)
(356.093)
(337.134)
Outros custos e gastos financeiros
(549.789)
(548.166)
(26.863.903)
(18.143.885)
153
_36. Resultado por acção
O resultado por acção, dos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013
e 2012, é determinado conforme se
segue:
Valores em Euros
Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe
Número médio ponderado de acções Resultado básico por acção
Resultado diluído por acção
Não existem instrumentos financeiros
convertíveis sobre as acções da Secil, pelo que não existe diluição dos
resultados.
O número médio ponderado de acções
encontra-se deduzido do número de
acções próprias de 4.184.460 detidas
pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 21.1).
31/12/1331/12/12
(34.897.448)
48.735.540
(0,716)
(0,716)
(38.459.143)
48.735.540
(0,789)
(0,789)
154
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_37. Partes relacionadas
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2013 e 2012 foram
efectuadas as seguintes transacções
com partes relacionadas:
J
Aquisição deGastos Valores em Euros
bens e serviços
com pessoal
Accionistas
Cimentospar, S.A.
200.492
-
Outras partes relacionadas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
(2.814.477)
(21.696)
Seribo, S.A.
-
-
Eng.Silva Dias
-
-
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
-
-
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
-
Margem - Companhia de Mineração
-
-
J.M.J. Henriques, Lda.
-
-
Inertogrande
-
-
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
(45.610)
-
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
(2.197.148)
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
(3.409.317)
-
(8.266.060)
(21.696)
J
Aquisição deGastos Valores em Euros
bens e serviços
com pessoal
Accionistas
Cimentospar, S.A.
(192.992)
-
Outras partes relacionadas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
(1.638.526)
(26.992)
Seribo, S.A.
-
-
Eng.Silva Dias
-
-
Supremo Cimentos S.A
-
-
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
-
-
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
J.M. Henriques, Lda.
-
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
(2.929.015)
-
Inertogrande - Central de Betão, Lda. -
-
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
(52.789)
-
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
(3.178.984)
-
(7.992.306)
(26.992)
155
31 de Dezembro de 2013
Juros vendas
outros
suportados
e serviçosRendimentosJuros obtidos
(Nota 35)
prestados
e ganhos
(Nota 35) -
-
-
1.123.990
-
-
-
2.955.935
(4.810)
-
-
(334)
-
-
(27.881)
-
-
34.148
-
11.669.303
11.633
-
-
1.323.942
-
-
1.800
-
-
1.800
-
-
-
1.246
-
365.384
1.058
-
-
29.574
-
127.753
565.011
(33.025)
12.162.440 1.934.818 4.115.319
31 de Dezembro de 2012 Juros vendas
outros
suportados
e serviçosRendimentosJuros obtidos
(Nota 35)
prestados
e ganhos
(Nota 35) -
-
-
281.312
-
-
-
2.164.364
(4.130)
-
-
(287)
-
-
-
11.819.942
-
41.082
(14.776)
-
-
35.682
-
-
1.800
-
18.489
155.237
-
-
1.800
(7.375)
-
88
7.391
-
497.699
1.773
-
-
15.692
(26.568)
12.336.130
176.390
2.529.831
156
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
as empresas do Grupo apresentam os
seguintes saldos com partes relacionadas:
Activo
Empréstimos
concedidosOutras
não correnteClientes
operações
Valores em Euros
(Nota 19.3)
(Nota 19.2)
(Nota 19.3)
Accionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
-
-
-
Outras partes relacionadas
Semapa, SGPS, S.A.
-
-
243
Cotif Sicar
-
-
-
Seribo, S.A.
-
-
-
Eng.Silva Dias
-
-
-
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas550.000
-
689.885
34.148
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
991.491
9.539
Margem - Companhia de Mineração
-
-
27.162
J.M.J. Henriques, Lda.
-
-
114.683
Inertogrande - Central de Betão, Lda. -
-
204.678
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
22.164
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
-
82.209
23.026
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
-
-
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
-
1.845
101.150
Sociedade de Inertes, Lda
-
-
2.312
550.000
1.075.545
1.194.842
Activo
EmpréstimosEmpréstimos
concedidos
concedidosOutras
não correnteClientes
corrente
operações
Valores em Euros
(Nota 19.3)
(Nota 19.2)
(Nota 19.3)
(Nota 19.3)
Accionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
-
-
-
-
Cimentospar, S.G.P.S., Lda.
-
-
19.004.666
-
Outras partes relacionadas
Semapa, SGPS, S.A.
-
-
50.983.338
243
Cotif Sicar
-
-
-
-
Seribo, S.A.
-
-
-
-
Eng.Silva Dias
-
-
-
-
Supremo Cimentos S.A
-
5.838.758
-
39
Outros accionistas de subsidiárias
e outras partes relacionadas
550.000
-
-
39.991
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
-
J.M. Henriques, Lda.
-
-
-
107.353
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
-
7.160
-
15.364
Inertogrande - Central de Betão, Lda. -
-
-
198.198
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
196.656
27.421
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
-
23.934
-
7.162
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
-
-
-
-
550.0005.869.85270.184.660 395.771
157
31 de Dezembro de 2013
Passivo
acréscimosAccionistas/Accionistas/FornecedoresOutrosAcréscimos
de rendimentos
sócios não
sóciosFornecedores
imobilizadoCredorES
de gastos
(nota 19.3)
correntes
correntes
(Nota 24.2)
(Nota 24.4)
(nota 24.4)
(Nota 24.4)
-
-
1.160
-
-
-
1.250.626
-
-
3.016.444
-
-
-
-
19.560
-
-
-
-
76.201
-
-
185.759
-
43.516
-
-
12.893
-
-
-
5.287
585.000
1.435.761
-
-
19.305
26.635
-
-
-
-
-
-
1.300.000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
11.024
-
-
-
-
-
479.084
-
-
-
-
-
342.586
-
-
-
-
-
-
-
-
2.584.774 585.000
1.655.133 3.849.138
43.51619.305108.123
31 de Dezembro de 2012 Passivo
acréscimosAccionistas/Accionistas/FornecedoresOutrosAcréscimos
de rendimentos
sócios não
sóciosFornecedores
imobilizadoCredorES
de gastos
(nota 19.3)
correntes
correntes
(Nota 24.2)
(Nota 24.4)
(nota 24.4)
(Nota 24.4)
-
-
1.160
-
-
-
213.038
-
-
-
-
-
133.661
571.510
-
-
-
-
-
1.621.420
-
-
21.612
-
-
-
-
-
185.759
-
43.516
-
71.391
-
-
12.893
-
-
-
4.953
-
-
-
-
-
-
-
505.000
1.878.598
1.635
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
471.104
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10.759
-
2.723
-
-
-
12.638
-
-
-
784.548 505.000 2.100.022
496.136
43.516
2.7231.831.425
158
_38. Riscos financeiros
O Grupo Secil tem um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos
mercados financeiros com vista a minimizar os potenciais efeitos adversos na
performance financeira do Grupo.
A gestão deste risco é conduzida pelo
Departamento Financeiro do Grupo de
acordo com políticas aprovadas pela
Administração.
_38.1 Risco cambial
A variação da taxa de câmbio do Euro
face a outras moedas pode afectar sig-
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
nificativamente as receitas do Grupo de
diversas formas.
O risco cambial resulta sobretudo das
compras de combustíveis e fretes de
navios, ambos pagos em USD.
O Grupo prosseguiu a sua política de
maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial,
via compensação dos fluxos cambiais
intra-grupo.
Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado
e coberto através da contratação de estruturas de opções cambiais, que esta-
belecem o contra-valor máximo a pagar
e permitem beneficiar parcialmente de
evoluções favoráveis na taxa de câmbio.
O Grupo detém activos significativos
localizados na Tunísia, Angola, Líbano e
Brasil, pelo que a variação das moedas
dos referidos países poderá ter impacto
no balanço do Grupo.
A exposição do Grupo ao risco de taxa
de câmbio a 31 de Dezembro de 2013
e 2012, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por
base as taxas de câmbio a essa data,
apresenta-se como segue:
31/12/13
Dólar
000’ LibrasDinar
Valores em Euros
americanoLibanesasTunisino
Activos
Outras contas a receber - não correntes e correntes
475.476
155.778
5.124.325
Clientes
1.899.458
12.440.383
7.593.066
Caixa e depósitos bancários
44.806.628
15.713.195
1.590.085
Total de activos financeiros
47.181.562
28.309.356
14.307.476
Passivos
Accionistas/ sócios - não correntes e correntes
-
(1.435.273)
(20.047)
Financiamentos obtidos - não correntes e correntes
(7.659.695)
(4.694.566)
(30.508.962)
Outras contas a pagar - não correntes e correntes
(65.855)
(8.533.119)
(5.650.644)
Fornecedores
(1.735.572)
(2.103.667)
(7.569.563)
Total de passivos financeiros
(9.461.122)
(16.766.625)
(43.749.216)
Posição financeira líquida de balanço
37.720.440
11.542.731
(29.441.740)
159
31/12/12
KwanzaDólar
000’ LibrasDinar
angolanoTotal americanoLibanesasTunisinoTotal
102.780
5.858.359
590.803
218.649
3.698.462
4.507.913
1.346.642
23.279.549
6.119.281
9.573.949
8.502.033
24.195.263
1.919.329
64.029.237
41.130.860
159.891
1.986.315
43.277.066
3.368.751
93.167.145
47.840.943
9.952.489
14.186.810
71.980.243
-
(1.455.320)
-
(1.688.501)
(21.954)
(1.710.455)
(8.361.336)
(51.224.559)
(12.173.734)
(1.112.928)
(29.770.567)
(43.057.229)
(657.065)
(14.906.683)
(804.944)
(6.709.516)
(6.246.792)
(13.761.252)
(168.482)
(11.577.284)
(1.586.902)
(1.348.804)
(8.554.503)
(11.490.208)
(9.186.883)
(79.163.846)
(14.565.580)
(10.859.749) (44.593.815)
(70.019.145)
(5.818.132)
14.003.299
33.275.363
(907.260) (30.407.005)
1.961.098
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012, os impactos decorrentes
da variação positiva e negativa de 5%
de todas as taxas de câmbio spot com
referência ao Euro, é conforme se segue:
31/12/13
31/12/12
Valores em EurosAumento 5%Redução 5%Aumento 5%Redução 5%
Capitais próprios
(412.510)
455.933
Resultado do período
(254.313)
281.083
(666.823)
737.016 (176.166)
82.780
(93.386)
194.710
(91.494)
103.216
160
_38.2 Risco de taxa de juro
Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro o justifiquem,
o Grupo procura contratar operações
de protecção contra movimentos adversos, através de instrumentos financeiros derivados. Na selecção
de instrumentos são essencialmente
valorizados os aspectos económicos
dos mesmos. São igualmente tidas em
conta as implicações da inclusão de
cada instrumento adicional na carteira
de derivados existentes, nomeadamente os efeitos em termos de volatilidade nos resultados.
O Grupo, na sua gestão da exposição
às taxas de juro, apenas realiza cobertura de fluxos de caixa. Estas operações são registadas no balanço pelo
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
seu justo valor e, na medida em que
sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são
inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para resultados
financeiros para a rubrica de “Ganhos/
perdas com instrumentos financeiros”
(Nota 35) na data da sua liquidação.
Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada
directamente em resultados. Desta
forma e em termos líquidos, os custos
associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente
à operação de cobertura contratada.
Quando um instrumento de cobertura
expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios
exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do
derivado acumuladas em reservas são
reconhecidas em resultados quando
a operação coberta também afectar
resultados.
O Grupo contratou durante o período
de 2009, uma cobertura do risco de
taxa de juro, através de um interest rate
swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017.
A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
desenvolvimento dos activos e passivos financeiros com exposição a risco
de taxa de juro em função da data de
refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:
Valores em Euros
NotaAté 1 mês
Activos
Não correntes
Outros activos financeiros
17
-
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
4
25.609.321
Aplicações de tesouraria
4
85.123.498
Total de activos financeiros
110.732.819
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
24.3
-
Empréstimos bancários
24.3
32.695.653
Locações financeiras
12
2.441.096
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
24.3
36.948.584
Descobertos bancários 24.3
9.336.458
Locações financeiras
12
656.874
Total de passivos financeiros
Exposição líquida ao risco taxa de juro
82.078.665
28.654.154
161
31 de Dezembro de 2013
1-3 meses
3-12 meses
1-5 anosTotal
-
-
1.250.000
1.250.000
-
-
-
25.609.321
2.545.036
10.711.902
27.802
98.408.238
2.545.036
10.711.902
1.277.802
125.267.559
-
140.000.000
40.000.000
180.000.000
19.978.413
38.556.259
2.140.919
93.371.244
-
-
-
2.441.096
3.719.929
15.507.101
815.296
56.990.910
4.827.397
-
-
14.163.855
-
-
-
656.874
28.525.739
(25.980.703)
194.063.360
(183.351.458)
42.956.215
(41.678.413)
347.623.979
(222.356.420)
162
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Valores em Euros
NotaAté 1 mês
Activos
Não correntes
Outros activos financeiros
17
-
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
4
23.823.377
Aplicações de tesouraria
4
40.666.224
Total de activos financeiros
64.489.601
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
24.3
-
Empréstimos bancários
24.3
118.190.604
Locações financeiras
12
2.978.662
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
24.3
6.876.469
Descobertos bancários 24.3
6.291.048
Locações financeiras
12
511.296
Total de passivos financeiros
134.848.079
Exposição líquida ao risco taxa de juro
(70.358.478)
163
31 de Dezembro de 2012
1-3 meses
3-12 meses
1-5 anosTotal
-
-
1.250.000
1.250.000
-
-
-
23.823.377
8.242.163
-
-
48.908.387
8.242.163
-
1.250.000
73.981.764
-
60.000.000
40.000.000
100.000.000
38.753.019
55.313.327
-
212.256.950
-
120.708
-
3.099.370
2.844.282
15.454.456
-
25.175.207
3.204.840
1.433.290
-
10.929.178
662
39.975
-
551.933
44.802.803
132.361.756
40.000.000
352.012.638
(36.560.640)
(132.361.756)
(38.750.000)
(278.030.874)
O Grupo utiliza a técnica da análise de
sensibilidade que mede as alterações
estimadas nos resultados e capitais
de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado,
com todas as outras variáveis constantes.
Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de
mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é
baseada nos seguintes pressupostos:
(i) Alterações nas taxas de juro do
mercado afectam rendimentos ou
despesas de juros de instrumentos
financeiros variáveis;
(ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos
ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro
fixas se estes estiverem reconhecidos a
justo valor;
(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros
activos e passivos financeiros;
(iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros
activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa
futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.
164
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Sob estes pressupostos, um aumento
ou uma diminuição de 0,50% nas taxas
de juro de mercado para todas as moedas às quais o Grupo tem empréstimos
ou instrumentos financeiros derivados
a 31 de Dezembro de 2013 e 2012 resultaria conforme segue:
31/12/13
31/12/12
Valores em EurosAumento 0,5%Redução 0,5%Aumento 0,5%Redução 0,5%
Capitais próprios
Resultado do período
677.175
(911.782)
(234.607) 38.3 Risco de crédito
(678.852)
911.782
232.930
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que
afectem as economias locais, pode
resultar na incapacidade dos clientes
em saldar os seus compromissos decorrentes da venda de produtos.
As vendas que não estão abrangidas
por um seguro de crédito estão sujeitas
a regras que asseguram que estas são
efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos
e aprovados para cada cliente.
O seguro de crédito tem sido um dos
instrumentos adoptados pelo Grupo
para minorar os impactos negativos
deste tipo de risco.
O Grupo realiza, no âmbito da sua actividade, renegociações periódicas de
saldos a receber de acordo com a sua
política de gestão de risco.
Valores em Euros
862.969
(811.914)
51.055 (888.525)
809.212
(79.313)
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
os saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência
a data de vencimento dos valores em
aberto:
31/12/1331/12/12
Valores não vencidos
30.471.424
31.288.426
Valores vencidos:
De 1 a 90 dias
13.614.867
16.356.922
De 91 a 180 dias
1.764.979
5.097.037
De 181a 360 dias
1.921.667
2.924.996
De 361a 540 dias
1.877.408
2.137.831
De 541 a 720 dias
1.517.671
1.279.816
A mais de 721 dias
10.236.477
9.826.447
Em contencioso de cobrança
12.372.351
8.891.210
43.305.420
46.514.259
Total de saldos de clientes
73.776.844
77.802.685
Imparidades
(25.328.905)
(22.123.192)
48.447.939
55.679.493
Saldo líquido de clientes (Nota 19.2)
Limite de seguro de crédito contratado
10.244.944
11.241.547
165
Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos
prazos de vencimento contratados.
Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses
prazos, tal não resulta na identificação
de situações de imparidade para além
das consideradas através das correspondentes perdas.
Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos
clientes do Grupo, que permite, em
conjugação com a experiência reunida
na análise da carteira e em conjugação com os sinistros de crédito que
Valores em Euros
se verifiquem, na parte não atribuível
à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto
de existirem garantias para uma parte
significativa dos saldos em aberto e
com antiguidade justifica o facto de
não se ter registado qualquer perda
por imparidade nesses saldos.
A qualidade de risco de crédito do
Grupo, em 31 de Dezembro de 2013
e 2012, face a activos financeiros
(depósitos bancários, aplicações de
tesouraria e Instrumentos financeiros
derivados com justo valor positivo)
cujas contrapartes sejam instituições
financeiras, detalha-se como segue:
31/12/1331/12/12
Rating:
A+
-
598.272
A
68.566
BBB
85.024
BBB-
1.004.390
317.682
BB 6.830.950
10.825.969
BB-
26.294.500
9.856.754
B+
-
4.723.657
B
18.871.557
1.553.028
Outros
70.862.573
44.587.437
124.017.560
72.462.799
A rubrica “Outros” diz, essencialmente,
respeito a aplicações de tesouraria em
instituições financeiras em Angola e
depósitos bancários em instituições
financeiras na Tunísia relativamente às
quais não foi possível obter a notação
de rating com referência às datas apresentadas.
166
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
a análise de antiguidade dos saldos
devedores que já se encontram vencidos, e respectivas perdas acumuladas
por imparidade, é a seguinte:
Valores em EurosV
Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
De referir, conforme descrito anteriormente que o Grupo adoptou uma política de seguro de crédito para a generalidade de saldos a receber de clientes
e tem como prática a selecção de entidades financeiras, para contrapartes
nas suas transacções, que apresentem
ratings financeiros bastante sólidos.
Valores em Euros
Desta forma é convicção do Grupo que
a exposição efectiva ao risco de crédito
se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de Dezembro
de 2013 e 2012, detalha-se como se
segue:
Nota31/12/13 31/12/12
Activos não correntes
Outras contas a receber
19
Outros activos financeiros
17
2.407.210
3.650.427
Activos correntes
Clientes
19
48.447.939
19
13.975.118
Outras contas receber
Outros activos financeiros
17
-
Caixa e depósitos bancários
4
124.323.147
Exposição ao risco de crédito fora de balanço
Garantias e compromissos 42
164.723.143
2.639.982
1.678.153
55.679.493
80.038.893
72.731.764
198.866.826
167
31/12/13
31/12/12
Valor brutoJV GarantiasValor brutoJV Garantias
13.518.183
6.610.477
16.228.085
8.231.449
4.466.381
449.968
8.162.982
321.198
17.984.564
7.060.445
24.391.067
8.552.647
96.684
-
128.837
25.224.172
-
21.994.355
25.320.856
-
22.123.192
43.305.420
7.060.445
46.514.259
8.552.647
168
_38.4 Risco de liquidez
O Grupo gere o risco de liquidez por
duas vias:
(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de
médio e longo prazo com maturidades
adequadas às características das indústrias onde exerce a sua actividade;
(ii através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por
um montante que garanta uma liquidez
adequada.
A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais
do Grupo e agregada anualmente pelo
Departamento de Tesouraria central na
preparação do orçamento anual. É da
responsabilidade desse departamento
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de
forma a garantir a manutenção de um
nível adequado de disponibilidades
para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento
de dívida do Grupo, o cumprimento
de objectivos internos ao nível dos rácios de balanço e caso seja aplicável
o cumprimento de requisitos externos,
relacionados com as actividades operacionais e com as obrigações legais,
fiscais e operacionais do Grupo.
A liquidez dos passivos financeiros
contratados, nos períodos findos em
31 de Dezembro de 2013 e 2012, originará os seguintes fluxos monetários
não descontados, incluindo juros,
tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à
data do balanço:
31/12/13
Mais deM
Valores em Euros
NotaAté 1 ano
1-5 anos
5 anos T
Accionistas/ sócios
37
1.655.133
585.000
-
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital
24.3
-
180.000.000
-
Juros
7.128.450
25.226.338
-
Empréstimos bancários
Capital
24.3
56.990.910
85.298.192
8.073.052
Juros
9.128.812
21.469.411
1.158.192
Outros Empréstimos Capital
24.3
1.811.398
7.108.517
-
Locações financeiras
Capital
12.1
656.874
2.441.096
-
Juros
12.1
136.942
298.975
-
Descobertos bancários
Capital
24.3
14.163.855
-
-
Juros
305.948
-
-
Outras contas a pagar
Instrumentos financeiros derivados (*)
1.371.423
3.222.074
-
Fornecedores de imobilizado c/c
24.4
2.610.737
-
-
Outros credores
24.4
4.050.065
-
-
Credores por acréscimos de gastos
24.4
24.339.927
-
-
Fornecedores 24.2
42.321.474
-
-
166.671.948 325.649.603
9.231.244
(*) Valores não descontados
Mais de
TotalAté 1 ano
169
31/12/12
1-5 anos
5 anos Total
2.240.133
2.100.022
505.000
-
2.605.022
180.000.000
-
100.000.000
-
100.000.000
32.354.788
3.976.851
17.664.850
-
21.641.701
150.362.154
25.175.207
196.077.170
16.179.780
237.432.157
31.756.415
8.367.423
19.418.706
1.375.733
29.161.862
8.919.915
1.143.146
8.741.551
-
9.884.697
3.097.970
551.933
2.423.817
675.553
3.651.303
435.917
177.896
397.111
18.788
593.795
14.163.855
10.929.178
-
-
10.929.178
305.948
41.147
-
-
41.147
4.593.497
1.118.100
3.903.340
-
5.021.440
2.610.737
3.210.979
-
-
3.210.979
4.050.065
3.240.653
-
-
3.240.653
24.339.927
24.494.519
-
-
24.494.519
42.321.474
35.728.624
-
-
35.728.624
501.552.795
120.255.678
349.131.545
18.249.854
487.637.077
170
_39. Justo valor dos instrumentos
financeiros derivados
Com o objectivo de minimizar os
riscos de exposição a variações de
taxa de câmbio, de taxas de juro
dos empréstimos e cobrir o risco de
preço associado a transacções futuras altamente prováveis de licenças
de emissão de gases com efeito de
estufa, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros
derivados.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando
positivo, no activo na rubrica “Outros activos financeiros” (Nota 17) e (ii) quando
negativo, no passivo, na rubrica “Outros
passivos financeiros” (Nota 24).
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o
justo valor dos instrumentos derivados
de cobertura do Grupo, classificado
como não corrente, ascende a Euros
4.262.775 e Euros 5.795.506, respectivamente, conforme se detalha:
Notional
Valores em EurosMoedaMontanteMaturidade 31/12/13
31/12/12
Cobertura de fluxos de caixa
Swaps de taxa de juro
EUR
40.000.000
2017
(4.262.775)
(5.795.506)
40.000.000 (4.262.775)
(5.795.506)
O movimento ocorrido no justo valor
dos instrumentos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, apresenta-se
conforme segue:
Valores em Euros Saldo inicial
Ajustamento Cambial
Maturidade
Aumentos de justo valor
Diminuições de justo valor
Ineficácia intrumento financeiro (Nota 35)
Saldo final
31/12/13
Variação de justo valor
Cobertura Total
(5.795.506)
-
-
1.532.731
-
-
(4.262.775)
(5.795.506)
-
-
1.532.731
-
-
(4.262.775)
171
31/12/12 Variação de justo valor NegociaçãoCoberturaTotal
(160.746)
(485)
161.231
-
-
-
-
(2.677.971)
-
(1.574.504)
-
(1.403.849)
(139.182)
(5.795.506)
(2.838.717)
(485)
(1.413.273)
(1.403.849)
(139.182)
(5.795.506)
172
Derivados de negociação
No período findo em 31 de Dezembro de
2012, o Grupo reconheceu ganhos por
variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de negociação, referentes a forwards cambiais, no
montante de Euros 161.231 na rubrica “
Outros rendimentos e ganhos” (Nota 32).
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2009, o Grupo contratou um
derivado de negociação, um interest
rate swap (IRS,) com valor nocional de
Euros 40.000.000, no entanto, após a
realização de testes de eficácia prospectivos e retrospectivos, o mesmo
foi considerado como de cobertura de
fluxos de caixa com referência a 1 de
Julho de 2010.
Na realização dos testes de eficácia é
utilizado o método de regressão linear
que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa
de juro Euribor.
Derivados de cobertura
Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o Grupo registou:
(i) Ganhos por variações de justo valor
de instrumentos financeiros derivados
de cobertura relacionados com swaps
de taxa de juro no montante de Euros 1.532.731 e perdas no montante
de Euros 1.403.849 (Nota 21.5.4), respectivamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio” deduzidos
dos respectivos impostos diferidos de
Euros 424.313 e Euros 372.020.
O justo valor do swap de taxa de juro
no montante de Euros 4.262.775 e
Euros 5.795.506, respectivamente,
encontra-se repartido pelas seguintes
rubricas do capital próprio do Grupo:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 21.5.4) (906.941)
(2.439.672)
Resultados transitados
(3.355.834)
(3.216.652)
Resultado líquido do período:
Resultados financeiros líquidos - ineficácia (Nota 35)
-
(139.182)
(4.262.775)
(5.795.506)
(ii) Perdas, em 31 de Dezembro de
2012, por variações de justo valor de
instrumentos financeiros derivados de
licenças de emissão de gases com
efeito de estufa no montante de Euros 1.574.504 (Nota 21.5.4), na rubrica
“Outras variações no capital próprio”,
deduzidas dos respectivos impostos
diferidos de Euros 495.969.
(iii) Perdas, em 31 de Dezembro de
2012, com a componente ineficaz do
instrumento financeiro derivado de
cobertura de fluxos de caixa, relativo
a swaps de taxa de juro, no montante
de Euros 139.182 (Nota 35), na rubrica
“Resultados financeiros líquidos”.
173
Para efeitos de registo de ineficácia
é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição
de um derivado hipotético que replica
as condições do instrumento coberto,
e posteriormente, a comparação entre
as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético
e as variações incorridas nos fluxos
gerados pelo instrumento de cobertura. Neste caso específico utilizou-se
o rácio da alteração do justo valor do
instrumento de cobertura, dividido pela
alteração no justo valor do empréstimo
obrigacionista atribuível a alterações
na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência
do instrumento de cobertura.
174
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_40. Dispêndios em matérias
ambientais
ou reconhecidos como um gasto nos
resultados operacionais do período.
O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua actividade incorre em
diversos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados
Os dispêndios de carácter ambiental
incorridos para preservar recursos ou
para evitar ou reduzir danos futuros,
e que se considera que permitem
prolongar a vida ou aumentar a capa-
cidade ou melhorar a segurança ou
eficiência de outros activos detidos
pelo Grupo, são capitalizados.
Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2013
e 2012, têm a seguinte discriminação:
Valores em Euros 31/12/13
Imputados I
Domínios
a gastosCapitalizadosT
Emissões para a atmosfera
Gestão das águas residuais
Gestão dos resíduos
Protecção dos solos e das águas subterrâneas
Protecção da natureza
Ruído e vibração
Outras actividades de protecção do ambiente
959.171
38.608
1.549.914
4.674
506.726
60.000
380.179
3.499.272
2.643.482
-
6.690.176
65.227
37.201
-
18.558
9.454.644
175
31/12/12
Imputados Total
a gastosCapitalizadosTotal
3.602.653
38.608
8.240.090
69.901
543.927
60.000
398.737
12.953.916
1.021.928
45.894
1.818.619
2.473
857.454
-
475.295
4.221.663
Licenças de emissão de gases com
efeito de estufa
No âmbito do Protocolo de Quioto, a
União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito
de estufa. Neste contexto, foi emitida
uma Directiva Comunitária que prevê a
comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito
de estufa, entretanto transposta para
a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro de 2005,
entre outras, à indústria de cimento
(Nota 14).
3.994.031
-
1.905.358
40.592
156.582
-
163.550
6.260.113
5.015.959
45.894
3.723.977
43.065
1.014.036
638.845
10.481.776
176
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
_41. Custos com auditoria
e revisão legal de contas
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
os dispêndios com auditoria e com
serviços de revisão legal de contas,
decompõem-se como se segue:
Valores em Euros
Serviços de Revisão Legal de Contas
Outros serviços de garantia de fiabilidade
Serviços de assessoria fiscal
Outros serviços que não de Revisão Legal de Contas
31/12/1331/12/12
347.345
-
10.221
498
358.064
359.183
1.500
41.717
37.035
439.435
177
_42. Compromissos assumidos
pelo Grupo
_42.1 Garantias e outros
compromissos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012,
as garantias prestadas pelo Grupo e
outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/1331/12/12
Garantias prestadas
2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal (a)
13.698.054
10.082.208
IAPMEI (âmbito do QREN)
2.299.046
3.494.696
IAPMEI (âmbito do PEDIP)
99.760
99.760
APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra
2.547.495
2.547.495
APDL - Administração do Porto de Leixões
676.920
680.529
Direcção Geral de Alfândegas
854.414
800.000
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro
845.173
845.173
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT
994.338
994.338
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480.804
480.804
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236.421
236.403
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274.595
199.055
Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida
454.958
280.639
Outras
585.590
1.027.858
24.047.568
21.768.958
Cartas de crédito
1.306.728
3.093.769
Compromissos de compra com fornecedores
11.620.085
18.244.473
Livranças para garantia de empréstimos obtidos:
Grupo (b)
-
137.265.766
Outras participações financeiras (c)
15.348.712
18.493.860
15.348.712
155.759.626
Fiança para garantia de empréstimos obtidos:
Outras participações financeiras (d)
61.548.379
Hipotecas:
Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 50.590.801
52.880.097
Aval
260.870
-
(a) Conforme já referido na Nota 26, a
Secil procedeu em 19 de Dezembro de
2013 ao pagamento de dívidas de impostos, no âmbito do Regime Especial
de Regularização de Dívidas Fiscais e à
Segurança Social (RERD), estando essas dívidas garantidas pela Secil, com
garantias bancárias emitidas em favor
da 2ª repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal, pelo montante de Euros 13.698.054. Apesar de as dívidas
terem sido liquidadas à data de 31 de
Dezembro de 2013, a Administração
Tributável ainda não tinha procedido à
sua devolução.
(b) A Secil entende que as livranças
emitidas para garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo, não devem
ser divulgadas como compromissos
assumidos, dado que os respectivos
empréstimos encontram-se reconhecidos no passivo do Grupo pelo que
no período findo em 31 de Dezembro
de 2013 alterou o seu critério de divulgação.
(c) Estas livranças respeitam a 50%
do montante de dois empréstimos
denominados Cédulas de Crédito
Bancário, contraídos pela participada Margem - Companhia de
Mineração no montante de BRL
50.000.000.
(d) Esta fiança respeita a 100% do montante do empréstimo denominado EKF,
contraído pela participada Margem –
Companhia de Mineração no montante
de BRL 200.500.000.
178
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
cessão de exploração da unidade fabril
Encime do Lobito, celebrado entre o
Estado Angolano e a Tecnosecil (actualmente denominada Secil Angola) em
vigor desde Setembro de 2000.
O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado
através da transferência dos activos
tangíveis e intangíveis da Secil Angola
e da Encime U.E.E. respectivamente
pelo Grupo Secil e Estado angolano,
através da Encime U.E.E., pelo valor
resultante da avaliação efectuada em
Outubro de 2003 por uma empresa de
auditoria internacional independente.
Promessas de Penhor e Hipotecas
Nesse Memorando de Entendimento,
estimou-se que, num horizonte de 36
meses contados desde a data de realização do respectivo capital social, a
Secil Lobito iria instalar uma fábrica de
cimento e clinquer no Lobito.
Em 2010, a subsidiária Secil Martingança contraiu um financiamento bancário no montante de Euros 2.500.000
para a construção da sua nova fábrica
localizada no Montijo e constituiu
nessa data uma promessa de hipoteca
sobre o terreno da mesma. Em 31 de
Dezembro de 2013 encontrava-se por
liquidar o montante de Euros 1.428.571
do financiamento obtido.
Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho
Ministros de Angola aprovou o Projecto
de Investimento Privado denominado
“Nova Fábrica de Cimento do Lobito”,
no montante de USD 91.539.000, contratualizado em 14 de Dezembro de
2007, pela Secil Lobito e pela ANIP Agência Nacional para o Investimento
Privado, esta em representação do Estado angolano.
Investimento numa nova fábrica
em Angola
Adicionalmente, no exercício de 2008,
foi adicionado ao investimento uma
central de produção de energia eléctrica no valor de USD 18.000.000.
_42.2 Outros compromissos
assumidos
Nos termos d o Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo de
Angola e a subsidiária Secil, em Abril
de 2004, foi constituída em 29 de Novembro de 2005 a Secil - Companhia
de Cimento do Lobito, S.A. detida em,
aproximadamente, 51% pelo Grupo
Secil e, indirectamente, em 49% pelo
Estado angolano, a qual começou
a operar a partir de 1 de Janeiro de
2006, cessando assim o contrato de
No entanto não foi ainda possível à
subsidiária Secil Lobito dar início à
construção da nova fábrica.
Depósito Caução
A subsidiária Ciminpart vendeu em
2012 a sua participação na VIROC. No
âmbito deste processo, a Secil cons-
tituiu penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 1.250.000
(Nota 17).
Alienação Fiduciária
Em 2013 a Margem Companhia de
Mineração, indirectamente detida em
30,95% pela Secil contraiu dois empréstimos denominados Cédulas de
Crédito Bancário, no montante de
50 milhões de reais cada um (Euros
15.348.723 cada um), destinados a
financiar necessidades de tesouraria
decorrentes dos trabalhos de construção da nova fábrica de Adrianópolis.
Como garantia destes financiamentos,
a Ciminpart S.G.P.S., S.A procedeu à
alienação fiduciária das acções detidas
da Supremo Cimentos, S.A..
179
_43. Acontecimentos após a data
do balanço
Presidente
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira
Após a data de 31 de Dezembro de
2013, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação
adicional sobre condições que existiam
à data do balanço ou proporcionem informação sobre condições que tenham
ocorrido após a data do balanço.
Vogais
Gonçalo de Castro Salazar Leite
Francisco José Melo e Castro Guedes
Carlos Alberto Medeiros Abreu
Sérgio António Alves Martins
João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
José Miguel Pereira Gens Paredes
Paulo Miguel Garcês Ventura
técnico oficial de contas
Emília Rosa Mota de Carvalho
180
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
181
anexos
1. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Contas Consolidadas
2. Certificação Legal das Contas Consolidadas
182
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
183
184
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
185
186
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
187
relatório de
sustentabilidade
1. Este Relatório 2. A Secil
3. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade
4. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
5. A Secil em números
188
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
este RELATÓRIO
Em linha com a versão 3.0 da GRI, este
Relatório foca os principais factos e resultados de 2013, decorrentes da vivência da sustentabilidade da actividade
cimenteira do Grupo Secil.
com as limitações de recursos naturais.
O objectivo último será assegurar que
“em 2050, cerca de 9 mil milhões de
pessoas vão viver bem, respeitando os
limites do planeta”.
De acordo com a Visão 2050, lançada
em Fevereiro de 2010 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), estima-se que em
2050 a população mundial atingirá
9 mil milhões de pessoas. Para as
empresas, essa previsão representa
grandes oportunidades, com milhões
de novos consumidores e, ao mesmo
tempo, estabelece o imenso desafio
de como assegurar um estilo de vida
e um padrão de consumo compatíveis
Para que os resultados da Visão 2050
sejam alcançados, o WBCSD desenvolveu a AÇÃO 2020 – um roteiro de
como as empresas podem influenciar
positivamente as tendências ambientais
e sociais, reforçando simultaneamente
a sua própria capacidade de resistência
a problemas como as alterações climáticas e a evolução demográfica. A Secil
está integrada não só na Iniciativa para
a Sustentabilidade do Cimento (CSI) do
WBCSD, como também no Projecto
189
Acção 2020 promovido pelo Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável Português (BCSD), seguindo de perto e contribuindo para
o desenvolvimento de estratégias que
visem a obtenção dos objectivos definidos.
A apresentação deste relatório assentará na resposta da Secil, enquanto indústria cimenteira, às Prioridades para
o Futuro, decorrentes da ACÇÃO 2020
e dos limites planetários.
Este relatório é publicado em conjunto
com o Relatório e Contas e o Relatório de Responsabilidade Social. Deste
modo, o desempenho económico e
as actividades desenvolvidas com os
colaboradores e comunidade estarão
mais detalhados nos dois relatórios
referidos.
Caso queiram aprofundar algum aspecto em particular acerca da actividade Secil, poderão consultar o nosso
website (www. Secil.pt).
A Secil agradece e encoraja o vosso
feedback. Reconhece que é através
do diálogo e da troca de ideias que
se pode alcançar maiores níveis de
excelência tanto ao nível do negócio
como na defesa dos interesses dos
stakeholders.
Informações adicionais, comentários
ou sugestões podem ser obtidas
junto de:
Secil – Companhia Geral de Cal
e Cimento, SA
Eng. José Bravo Ferreira
Director do Departamento de
Sustentabilidade, Processos
Institucionais Externos
Fábrica do Outão – Apartado 71
2901-864 Setúbal
E-mail: outao@ Secil.pt e/ou bravo.
ferreira@ Secil.pt
Telf.: +351 212 198 230
190
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
02.
a Secil
A Secil é um Grupo empresarial com
actividade em vários países, destacando-se a produção de cimento, bem
como a produção e comercialização de
betão, inertes e a exploração de pedreiras, através das subsidiárias.
Integra ainda empresas que operam
em áreas complementares, como a comercialização de materiais de construção, concepção e implantação de projectos industriais, desenvolvimento de
soluções no domínio da preservação
do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia.
Actualmente conta com 2 127 colaboradores no conjunto de todas as áreas
de actividade. A comercialização e
distribuição dos produtos é realizada
pelos departamentos comerciais respectivos, um pouco por todo o mundo.
D
INA 3 DOPÁGINA
WORD3 DOPÁGINA
WORD 3 DO WORD
PÁGINA 3 DOPÁGINA
WORD3 DO WORD
PÁGINA 3 DO WORD
PÁGINA 3 DOPÁGIN
WO
Nº DE COLABORADORES
Nº DE COLABORADORES
Nº DE CO
AS
TODE CLÍNQUER
VENDAS
E CIMENTO
CLÍNQUERVENDAS
E CIMENTO
DE CLÍNQUER Vendas
E CIMENTO
VENDAS
CLÍNQUER
E CIMENTO
DE CLÍNQUER E número
CIMENTO
volume
deDE
negócioS
deDE
clÍnquer
eVENDAS
cimento
de colaboradores
58%
ortugal
64%
1%
2%
1%
6%
20%
64%
58%
15% 20%
Portugal
portugal
Tunísia
1%
2%
15%
1%
2%
16%
16%
17%
Portugal
Líbano
Angola
64%
45%
1%
45%
1%
1%
18%
12%
12%
12%
16%
17%
17%
24%
24%
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Por
cabo verde
unísia
Tunísia
Tunísia
Tunísia
Tunísia
Tunísia
Tunísia
Tun
bano
Líbano
Líbano
Líbano
Líbano
Líbano
Líbano
Líba
ngola
Angola
Angola
Angola
Angola
Angola
Angola
An
abo verde
Cabo verde
Cabo verde
Cabo verde
Cabo verde
Cabo verde
Cabo verde
Cab
191
PÁGINA 3 DO WORD
Portugal
3 unidades fabris
Maceira, Pataias e Outão
Tunísia
1 unidade fabril
Gabès
Angola
1 unidade fabril
Lobito
Líbano
1 unidade fabril
Sibline
192
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
02.
a Secil
A Secil sabe o que pretende ser no futuro, uma indústria com elevada rentabilidade, com um ambiente de trabalho
seguro e apreciado por todos os colaboradores e com o menor impacte
possível no ambiente.
ObjectivoOnde?Quando?Resultados 2013
Índices de sinistralidade:
Reduzir o índice de frequência para 8. Global
2013
Reduzir o índice de gravidade para 175.
Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho Global 2013
aos colaboradores, com o objectivo de obter
8 h formação por ano.
IF = 13,0
IG = 312,6
2,2 h/colaborador
Auscultação de stakeholders:
Recolha de feedback através de entrevistas presenciais
a 100% dos stakeholders em Portugal e 60% dos stakeholders
nas operações internacionais.
Global
2014
Em curso
Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com as OHSAS 18001.
Gabès
2014
Em curso
Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança.
Sibline
2014
Em curso
Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.
Global
2015
Redução de 12%
Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de:
Global
2015
> 55% em 2013, nas fábricas em Portugal
> 10% em 2015, nas fábricas de Gabès e Sibline
42,1%
0%
Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: Global
2013
> 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal > 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias > 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais 75,7%
74,6%
77,9%
193
Como vamos alcançar? Quais os passos seguintes?
Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente os indicadores,
permitindo a introdução de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada.
Através de uma melhor programação vai aumentar-se a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade.
Em 2014, será dada continuação aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders
das operações internacionais.
Devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão de segurança tem vindo
a ser adiada. contudo, prevê-se que tal acontença em 2014.
O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou
em Outubro de 2010. O sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2014.
Pretende-se atingir este objectivo através de:
> Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer.
> Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados.
> Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente
redução da taxa de incorporação de clínquer.
Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%, devido a questões que se prendem com o mix
de combustíveis alternativos disponível no mercado e às suas características.
Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1.
A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal comprometeu os objectivos definidos para
o cimento cinzento.
194
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
03.
Estratégia
e Gestão da
Sustentabilidade
O desafio permanente é garantir que o
conjunto das actividades se desenvolvam de forma sustentável, com adequada rentabilidade dos capitais investidos, salvaguarda do meio envolvente
e cumprimento das obrigações sociais,
assegurando a manutenção da nossa
actividade para o futuro.
A estratégia de sustentabilidade está
alinhada com os valores de Excelência,
Responsabilidade, Qualidade, Inovação
e Transparência que há muito caracterizam a Secil e está assente em 3 pilares:
Competitividade
Desenvolvimento da capacidade tecnológica, visando a optimização dos
processos produtivos e respectivos
sistemas de suporte, incorporando a
melhor tecnologia disponível. Inovação
na qualidade dos produtos, serviços e
soluções Secil fornecidos aos Clientes,
superando expectativas quanto ao valor
acrescentado que lhes é fornecido, de
forma a tornar-se o seu parceiro preferencial. Posicionamento num mundo
globalizado, aproveitando oportunidades
internacionais de negócio.
Minimização de Impactes
Potenciar a eco-eficiência dos processos, mitigando os impactes causados no
meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversidade.
Envolvimento com os Stakeholders
Fomentar um ambiente de trabalho valorizado pelos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico
reconhecido pelos stakeholders.
A gestão da Sustentabilidade assenta
na aplicação consistente nas melhores práticas de governação, com o
objectivo de assegurar os adequados
mecanismos de controlo de riscos associados ao estatuto de empresa com
importantes responsabilidades assumidas perante todos os seus stakeholders,
na sociedade onde está implantada.
A actual estrutura organizacional é assim uma peça fundamental para a concretização dos objectivos definidos,
na gestão dos aspectos ambientais,
sociais e económicos. Dada a complexidade, transversalidade e multidisciplinaridade da sustentabilidade, existe
uma estrutura organizacional composta
por diferentes unidades que complementarmente garantem a sustentabilidade da organização.
195
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
PÁGINA 6 DO WORD
acção 2020 / áreas prioritárias
Limites do planeta
LIMITES DO PLANETA
MUDANÇA CLIMÁTICA
8.
Bem estar
e estilo de vida
sustentáveis
9.
Alimentação
(AIN POL
DA UIÇ
NÃ
7.
Competências
e Emprego
ICAD
O)
6.
Direitos
e necessidades
básicas
CARGA DE AEROSOL AT
M
(AINDA NÃO QUANTI OSFÉRIC
F
O
5.
Água
Potável
para todos
O
BI
A DE
ERD
E P SIDADE
D
XA ER
TA ODIV
BIOG RA D
E
O
QU OS C
ÍMI IC
CO LO
S S
ÁG
E
BAL D
GLO ÁVEL
USO UA POT
TERR NO US
ENO O D
S
E
MUDAN
ÇA
Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira
alguma Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira
Influência INdirecta por parte da indÚstria Cimenteira
fonte: Cement Sustainability initiative
CICLO
DO N
CIC
ITRO
GÉNIO
LO
DO
FÓ
SF
OR
O
FRON
TEI
4.
Emissão
Substâncias
Perigosas
ACID
IFIC
AÇ
ÃO
O
OZONO
ENTO DO
OTAM SFÉRICO
ESG ESTRATO
2.
Ciclo de
Nutrientes
ICA O)
UÍM IFICAD
Q
T
ÃO QUAN
ICA
ÂN
CE
1.
Alterações
Climáticas
3.
Degradação
dos
Ecossistemas
Limites do planeta
Limites do planeta
acima dos limites do planeta
Acima dos Limites do planeta
fonte: stockholm resilience centre
SUSTAINABILITY science for biosphere stewardship
Necessária a criação de Soluções impactantes, mensuráveis, escaláveis, replicáveis e além do business-as-usual
196
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO2/t clínquer
859
842
GROSS
833
798
2013
2012
803
2013
808
2011
2010
2010
2009
2009
816
2012
836
854
851
2011
Nos últimos anos a Secil tem vindo
a investir fortemente para reduzir as
suas emissões de CO2, aumentando
a sua eficiência térmica e eléctrica,
aumentando o coprocessamento de
combustíveis alternativos, utilizando
matérias-primas secundárias e ensaiando tecnologias inovadoras de
captação de carbono (microalgas) e
de produção de cimento e clínquer de
baixa intensidade carbónica.
NET
EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO2/t PRODUTOS CIMENTÍCIOS
672
654
671
667
661
640
640
636
631
GROSS
NET
2013
2013
2012
2012
2011
2011
2010
2010
2009
614
2009
_4.1 Alterações Climáticas
197
Combustíveis alternativos
e Emissões específicas de CO2
Evolução da intensidade carbónica do clínquer cz produzido
120%
110%
100%
90%
O consumo de Combustíveis Alternativos já nos permitiu uma poupança de
cerca de 1 milhão de toneladas de CO2
desde 2005.
80%
70%
EMISSÕES CO2
2011
2012
2010
2009
2007
2008
2005
2006
2003
2004
2001
2002
2000
1999
1997
1998
1996
1995
1993
1994
1992
1991
1990
60%
CLK
Roteiro para uma Economia
de Baixo Carbono
Em 2013 a CEMBUREAU (Associação
Europeia para o Cimento) publicou o
Roteiro sobre “o Papel da Indústria cimenteira no alcance de uma economia
de baixo carbono em 2050”. Este documento, que no mesmo ano foi adequado
para a realidade portuguesa no âmbito
da ATIC – Associação Técnica da Indústria do Cimento, focaliza num conjunto
de vias para reduzir as emissões de CO2
na produção de cimento com o recurso
a versões mais evoluídas de tecnologias
já conhecidas e, ao mesmo tempo, procura especular sobre o que poderá ser
alcançado até 2050.
Captura e Armazenamento
de Carbono (CCS)
A tecnologia CCS encontra-se numa fase inicial de
desenvolvimento e ainda não
foram criadas as condições
necessárias para a sua
aceitação pública, sendo pouco
provável a sua disponibilidade
comercial antes de 2030.
A Secil está a participar num
projecto de I&D de grande
envergadura, lançado em 2006
pela ECRA (“European Cement
Research Academy”), destinado a
testar, com o apoio de fabricantes
de equipamentos, a viabilidade
técnico-económica da aplicação
das tecnologias de captação do
CO2 em fábricas de cimento.
Em Portugal, o sector cimenteiro
tenciona ter um papel activo
no desenvolvimento de um
roteiro tecnológico CCS-R
(Carbon Capture and Storage
– Reuse) em conjunto com
os sectores emissores mais
significativos. Pensa-se que
este projecto possa vir a ser
lançado em breve por um
conjunto de entidades nacionais,
e a indústria cimenteira
nacional poderá contribuir
significativamente, tirando
partido da experiência recente
no desenvolvimento de roteiros
tecnológicos para o sector
cimenteiro internacional com
a IEA (“International Energy
Agency”) e com o WBCSD/CSI.
A unidade protótipo de produção
de microalgas, que ganhou o
Prémio Nacional de Inovação
Ambiental de 2009 e que foi um
dos dez finalistas dos EEP Awars
(“European Environment Press”),
foi escalada para uma área de
10 000 m2.
Para se atingir os 80% de redução de
emissões sugeridos pela Comissão
Europeia, serão necessárias tecnologias inovadoras e de ruptura, que envolvem investimentos significativos em
termos de investigação e viabilização
financeira da sua implementação (Ex:
Estima-se que 85% da produção de
clínquer terá de ser equipada com tecnologia de Captação e Armazenagem
de Carbono (CCS)).
Unidade de Microalgas
198
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
Mitigação é Necessária,
a Adaptação é Essencial
Comércio Europeu de Licenças
de Emissão
Face à previsão do aumento de fenómenos climáticos extremos, tais como
inundações, aumento do nível do mar
e desastres naturais, é fulcral a construção de edifícios e infra-estruturas
seguras. O betão, maioritariamente
composto por cimento, tem um papel
fundamental a desempenhar no apoio
à adaptação da sociedade aos impactes das alterações climáticas. O betão
pode ser usado na protecção contra
o fogo, contra as inundações, na protecção de pessoas, animais, bens e
do ambiente. Desempenha também
um papel fulcral no garante do abastecimento seguro de água potável e
de energia.
Carbon Leakage
Durante o ano de 2013 a principal preocupação do sector cimenteiro em Portugal constituiu a defesa da manutenção
do sector na lista de sectores expostos
ao risco de Carbon Leakage. A saída do
sector na lista de Carbon Leakage incorre
num elevado impacto ao nível do desenvolvimento da actividade, pelo que, a sua
manutenção assume uma importância vital na sobrevivência do mesmo.
De momento aguarda-se publicação da
lista actualizada até final de Março de 2014,
embora a Comissão Europeia já tenha referido a manutenção dos parâmetros e critérios de classificação utilizados na lista de
2009, o que a suceder garantirá a desejada
manutenção do sector na lista de sectores
expostos ao risco de Carbon Leakage.
Impacto do “Backloading” e do “CSCF”
No início de 2014 foi aprovado o mecanismo de diferimento de leilões de licenças de emissão de CO2 (“backloading”)
com vista a retirar temporariamente do
mercado cerca de 900 milhões de licenças, que deverão ser repostas no final
do período 2013-2020.
Molhe Norte da Foz do Douro
199
Como consequência potencial desta
medida, ter-se-á um aumento de custos indirectos, por via dos preços de
energia eléctrica, que passarão a reflectir o aumento de custos das licenças de CO2 adquiridas em leilão pelas
empresas produtoras de energia.
A aplicação inesperada de um “Cross
Sectoral Correction Factor” (CSCF) significativamente inferior à unidade (varia
entre 0,94272151 em 2013 e 0,82438204
em 2020), que corresponde a um “benchmark” muito mais exigente e difícil de
alcançar com a tecnologia actual, poderá
determinar a passagem de sectores com
algum excedente para uma situação
deficitária, e a respectiva afectação das
condições de competitividade interna e
externa. Para o sector cimenteiro nacional, sem falar noutros aspectos, a simples aplicação deste factor representa
uma eliminação de cerca de 5,5 milhões
de licenças atribuídas a título gratuito.
_4.2. Degradação dos Ecossistemas
Coprocessamento de resíduos
A Secil tem cooperado com as entidades de gestão de resíduos com o objectivo de desenvolver práticas que permitam uma melhor qualidade dos resíduos
e a sua adequabilidade à indústria.
O coprocessamento de resíduos na
indústria cimenteira permite um total
aproveitamento destes, dado que a
componente combustível fornece o calor
necessário para o processo e a componente material transforma-se em cimento.
Desta forma, o coprocessamento proporciona à sociedade benefícios significativos: opções de tratamento de resíduos
em locais seguros e eficientes, valorização de resíduos que de outra forma seriam depositados em aterro, valorização
energética e reciclagem de recursos.
EMISSÕES DE CO2 coM co-processamento
em cimenteiras
Emissões de CO2 sem co-processamento
em cimenteiras
8688
KTCO2
6574
KTCO2
991
KTCO2
co-processamento em cimenteiras= 7565 ktco2
991
KTCO2
sem co-processamento em cimenteiras= 9679 ktco2
COQUE DE PETRÓLEO
COMBuSTíVEIS alternativos
No período compreendido entre 2005
e 2013, o co-processamento de cerca
de 1 milhão de toneladas de resíduos
evitou a emissão de aproximadamente
1 milhão de toneladas de CO2 e permitiu reduzir a importação de coque
de petróleo em 340 mil toneladas (26
milhões de euros).
A estratégia da maximização da utilização de combustíveis alternativos,
traduz-se também num acréscimo da
componente nacional do Valor Acrescentado Bruto do sector cimenteiro.
Na realidade, a Secil tem contribuído,
dentro das suas possibilidades, para
o equilíbrio da balança comercial no
período em análise, tal como se pode
ver na tabela seguinte:
Exportações de clínquer e cimento
~440 M€
Importação de coque de petróleo evitada~ 340 M€
Biodiversidade
e Recuperação Paisagística
A biodiversidade - que engloba a variedade de ecossistemas, espécies e
genes - é o nosso seguro de vida. É
também o nosso capital natural, prestando serviços ecossistémicos que
estão subjacentes à nossa economia.
A perda da biodiversidade compromete a prestação desses serviços,
tornando-se um problema global que
requer soluções colaborativas em diferentes escalas.
A Secil, consciente da sua responsabilidade, tem vindo a desenvolver estratégias no sentido de diminuir o impacte
sobre a biodiversidade resultante das
suas actividades, contribuindo para o
funcionamento de uma industrial sustentável.
200
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
Planos Ambientais e de Recuperação
Paisagística
Em todas as suas fábricas em Portugal, a Secil implementou um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística
(PARP) que tem como objectivo a recuperação progressiva das áreas exploradas, utilizando espécies autóctones.
A exploração/recuperação é efectuada
através da elaboração de Programas
Trienais, que contém a descrição dos
trabalhos de exploração e recuperação
paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado.
FábricaUnÁrea Recuperada/
Área Licenciada da Pedreira
Secil-Outão
39.6
Maceira-Liz
%
1.66
Cibra-Pataias
3.6
Desde 1997, que a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL)
colabora com a Secil no âmbito do
Projecto de Gestão Ecológica de Áreas
Degradadas em Pedreiras Calcárias. Os
trabalhos incidem maioritariamente no
estudo da vegetação, cujos resultados
têm contribuido para a melhoria dos programas de recuperação das áreas exploradas nas pedreiras da Secil-Outão.
201
Limitations to recruitment
of native species in
hydroseeding mixtures
Graça Oliveira, Adelaide
Clemente, Alice Nunes
& Otilia Correia
Foi publicado em Agosto de
2013, na revista Ecological
Engineering um artigo
científico referente ao uso de
espécies vegetais nativas nos
programas de revegetação de
pedreiras. O artigo resultou
de uma experiência efectuada
nos viveiros do Outão, com
o objectivo de simular os
procedimentos usados
na hidrossementeira em
pedreiras mediterrâneas e o
estudo do comportamento de
cinco espécies diferentes.
TALUDES RECUPERADOS DA PEDREIRA
“VALE DE MÓS B” (CALCÁRIO) DA SECIL-OUTÃO.
TALUDES RECUPERADOS DA PEDREIRA VALE
DE MÓS A (MARGA) DA SECIL-OUTÃO.
PLANOS DE ACÇÃO PARA A BIODIVERSIDADE
TALUDE RECUPERADO DA PEDREIRA
“MARTINGANÇA-MACEIRA” (CALCÁRIO)
DA MACEIRA-LIZ.
202
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
DO WORD
PÁGINAPÁGINA
14 DO14WORD
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
Locais de amostragem
Limite propriedade SECIL
Área de estudo
PNA
Locais de a
Limite prop
Área de estu
Hemorrhois hippocrepis
(cobra-de-ferradura)
Distribuição dos 40 pontos para inventariação
por buffer de distância à propriedade da fábrica SECIL-Outão.
locais de amostragem
limite propriedade secil
área de estudo
PNA
Monitorização das caixas-ninho
PNA
203
Caso de Estudo:
“Enquadramento da
Biodiversidade da SecilOutão na envolvente
do Parque Natural da
Arrábida”
No âmbito do Protocolo
vigente entre a Secil e a
Universidade de Évora, teve
início em Março de 2013
o estudo “Enquadramento
da Biodiversidade da SecilOutão na sua envolvente”.
Os principais objectivos do
presente estudo são:
> Enquadrar a
biodiversidade da
propriedade da Secil-Outão
com a área envolvente,
inserida do Parque Natural
da Arrábida (PNA).
Pretende-se que
esta informação
possibilite o adequado
enquadramento da gestão
da biodiversidade na Secil
com a gestão ao nível do
PNA;
> Contribuir para o
conhecimento científico
relativo à ocorrência e
distribuição de espécies de
fauna no Parque Natural da
Arrábida (PNA)
Foram seleccionados 40
locais de amostragem,
inseridos num perímetro
com raio de 5 km a partir
da propriedade da Secil. O
estudo, que prevê acções
a desenvolver num prazo
de 13 meses, coincidirá
com o 3º inventário de
amostragem geral da
fauna na propriedade
da Secil, e incluirá os
seguintes grupos/espécies
(morcegos, mamíferos
carnívoros, coelho, javali,
aves de rapina, aves
nocturnas, passeriformes
e borboletas).
New data on
the distribution range
of Hemidactylus turcicus
in Portugal
Pedro A. Salgueiro, Denis
Medinas, Carmo Silva,
Alexandra Silva
& António Mira
Foi publicado em Setembro
de 2013, na revista
Boletín de la Asociación
Herpetológica Española
um artigo referente aos
resultados obtidos durante
a monitorização realizada
em 2010, no âmbito da
2ª fase do Plano de Acção
para a Biodiversidade.
O artigo intitulado “New
data on the distribution
range of the Turkish Gecko
Hemidactylus turcicus
(Linnaeus, 1758) (Sauria:
Gekkonidae) in Portugal”
descreve a primeira
observação para a região
da osga-turca e a sua
distribuição na propriedade
da Secil-Outão.
Efectos de la Gestión
Forestal en las
Comunidades de
Murciélagos. Un Caso
de Estudio en un Paisaje
Fragmentado de Pinar
Denis Medinas, Mário
Carmo, Sofia Eufrázio,
Pedro Salgueiro, Carmo
Silva, Cátia Sá, Alexandra
Silva, João Tiago Marques &
António Mira
ARMADILHAGEM FOTOGRÁFICA
(Herpestes ichneumon)
Apresentação do Poster
XI Congresso de La
Sociedad Española para la
Conservación y Estudio de
los Mamíferos (SECEM),
inserido no Plano de
Acção da Fábrica CibraPataias, que envolveu o
estudo dos padrões de
actividade e composição da
comunidade de morcegos
nas áreas envolventes à
zona de exploração de
Cibra-Pataias e incluindo a
Mata Nacional de Leiria.
MONITORIZAÇÃO DAS CAIXAS-ABRIGO
(Pipistrellus sp.)
DETALHE DOS CARACTERES DISTINTIVOS DE
UM INDIVÍDUO DE OSGA-TURCA
(Hemidactylus turcicus)
204
EMISSÕES POTENCIALMENTE NOCIVAS
6.157
2013
2012
2013
1.270
1.197
2012
2011
2010
2010
2011
1.411
1.205
g nox/t clk
751
629
624
569
401
161
2013
2013
2012
2012
2011
91
2011
2010
2009
2009
g so2/t clk
583
580
561
464
434
t PARTÍCULAS
144
123
136
g PARTÍCULAS/t clk
2013
2012
2012
2011
101
2011
2010
2009
124
2013
t so2
135
145
121
2009
Todas as instalações estão equipadas
com monitorização em contínuo das
emissões de partículas, NOx e SO2,
TOC, HCl, HF e NH3 à excepção das
fábricas de Sibline e Gabès, onde a
monitorização em contínuo de poluentes como o TOC, HCl e HF se encontra
em curso de implementação. Para os
Metais pesados e Dioxinas e Furanos,
são realizadas monitorizações pontuais.
t nox
2009
2009
_4.3 Emissões Potencialmente
Nocivas
Parte das instalações dispõem de diversos meios de controlo destas emissões, designadamente filtros de mangas, queimadores de baixa emissão,
sistemas SNCR (Selective non catalytic
reduction) - para controlar as emissões
de NOx, e injecção de cal/hidróxido de
cálcio – para controlo das emissões de
SO2. Para além destes equipamentos,
existem também electrofiltros, instalados em dois fornos.
5.347
5.138
1.316
Além das emissões de CO2, o processo
de fabrico gera a emissão de óxidos de
azoto (NOx), dióxido de enxofre (SO2),
partículas, compostos orgânicos voláteis (COVs), assim como outros micropoluentes que podem contribuir para a
poluição do ar local.
6.071
5.689
2010
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
2010
04.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
205
Mercúrio
O Programa de Parceria Global do Mercúrio da UNEP é um dos mecanismos
mais importantes na criação de acções
imediatas para a mitigação/eliminação do
Mercúrio. O objectivo último deste Programa é a protecção da saúde humana
e a protecção do ambiente relativamente
à emissão de Mercúrio e seus compostos, através da minimização, e quando
possível, da sua eliminação das emissões
antropogénicas (para o ar, água ou solos).
A indústria cimenteira associou-se a este
Programa, em 2013, através de uma
Partnership liderada pela CSI/ WBCSD,
especialmente dedicada às emissões de
mercúrio no fabrico de cimento.
No âmbito deste Programa foram criados dois grupos de trabalho com os
seguintes objectivos:
> Estabelecer um inventário sectorial e
cenários de referência para a indústria;
> Desenvolver guidelines de redução
das emissões de Mercúrio para a indústria cimenteira.
_4.4 Água Potável para todos
Desempenho do Grupo SECIL Cimentos
ÁGUA potável para todos
3
1
1
1
Em 2013, a Secil participou no projecto
piloto da Global Water Tool para o sector cimenteiro, ao abrigo da Task Force
da Água (TF9) da CSI, cuja utilização
efectiva será concretizada em 2014.
CONSUMO TOTAL DE ÁGUA
1447
1442
ABUNDANTE
SUFICIENTE
CONSUMO específico DE ÁGUA
0.303
1342
1316
0.281
1288
0.278
0.278
0.273
0.273
1000 m3
m3/t CIMENTO
2013
2012
2011
2010
2009
2013
2012
2011
0.254
2010
Ao nível da CSI, foi criado um grupo de
trabalho com o objectivo de compreender melhor quais os riscos para a indústria cimenteira, embora as condições
locais de existência de recursos e dos
principais consumidores dos mesmos
possam constituir o maior factor de risco.
SÓ FÁBRICAS DE CIMENTO
2009
No caso específico da indústria cimenteira - ainda que não seja um sector significativo em termos de consumo de água,
representando cerca de 2% do consumo
mundial - a água é fundamental para o
arrefecimento de equipamentos e arrefecimento dos gases de combustão, bem
como, nalguns casos, para o arrefecimento no interior dos moinhos. Na nossa
actividade, parte da água utilizada evapora no processo, no entanto a reciclagem/reutilização da água utilizada pode
e deve ser efectuada, nomeadamente no
caso dos circuitos de arrefecimento.
STRESS
Em 2013, 13% do consumo de água veio de locais
de escassez extrema.
ESCASSEZ
ESCASSEZ
EXTREMA
0
BENCHMARK
A gama de benchmark do consumo específico de água no fabrico de cimento
foi baseada nos valores obtidos pelos
4 maiores produtores mundiais.
206
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
04.
SustentabilidadePrioridades para
o futuro
ÍNDICE DE FREQUÊNCIA
20
15
13.04
GLOBAL
A Secil pretende implementar em todos
os países onde opera um referencial de
sustentabilidade pelo menos equiparável ao que vigora em Portugal, razão
pela qual têm sido efectuados elevados
2013
2013
500
400
312.64
200
0
GLOBAL
2013
2013
100
157.0
155.0
2014
300
2012
A Secil colabora activamente na Task
Force da Saúde e Segurança da CSI.
Esta Task Force tem como lema - “Aiming for Zero”, isto é, alcançar o objectivo de “zero acidentes fatais” nas
operações dos membros CSI. Embora
seja um desafio de segurança ambicioso para o sector do cimento, o seu
sucesso é imperativo.
ÍNDICE DE GRAVIDADE
2011
A Saúde e Segurança no Trabalho é
uma das questões prioritárias para a
Secil. A estratégia nesta temática tem
por objectivo a meta das “ZERO FATALIDADES”, reduzir os índices de sinistralidade de ano para ano de forma
sustentada, fomentar uma elevada e
cada vez maior consciência sobre os
riscos ocupacionais, proporcionando
formação adequada aos colaboradores
e prestadores de serviços.
7.0
OBJECTIVO
2010
Segurança e Saúde no Trabalho
investimentos em equipamentos de melhoria de desempenho, não só ambiental e industrial, como têm também sido
introduzidas as melhores práticas ao
nível da saúde e segurança no trabalho
e relação com as comunidades envolventes. Exemplo dessa actuação foi a
constituição da Comissão de Acompanhamento Ambiental em Gabès.
Durante 2013, esta comissão acompanhou e validu o método de descarga de
coque de petróleo no Porto de Gabès.
2009
_4.5 Direitos e necessidades
básicas
2012
0
2011
2009
5
2010
8.0
2014
10
OBJECTIVO
ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
30
23,98
20
17,5
17,0
Os Bombeiros Voluntários
de Maceira e Pataias
disponibilizaram-se para
proporcionar acções de formação
aos colaboradores das fábricas
GLOBAL
2014
2013
2013
0
2012
e brigada de emergência. As
acções foram direccionadas para
uma vertente mais prática, ao
contrário de anos anteriores que
foram num âmbito mais teórico.
O número total de colaboradores
abrangidos foi 101, que
consideraram estas acções de
formação bastante positivas.
2011
Maceira-Liz e Cibra-Pataias,
no âmbito do “Combate à
Emergência”. O objectivo
destas acções é melhorar a
prestação dos colaboradores
que pertencem à equipa de
emergência - delegados de
segurança, responsáveis de área,
chefes de equipa de prevenção
2010
Bombeiros Voluntários
prestam formação a
colaboradores da Secil
2009
10
OBJECTIVO
NOTA: Consideram-se para efeitos deste relatório
apenas os acidentes que resultaram em baixa, em
número de dias superior a 1.
207
1. Secil apoia reconstrução
de antigo lavadouro
O antigo lavadouro de
Vendas de Azeitão reabriu
ao público no dia 7 de
Março, após obras de
recuperação geral do
equipamento público,
datado de 1916. A
intervenção esteve a cargo
da Junta de Freguesia de
S. Simão e contou com o
apoio da Secil. Os trabalhos
de recuperação consistiram
em acções de beneficiação
do lavadouro, centradas
na consolidação interior
e exterior do edifício e na
reabilitação do tanque.
Os trabalhos, ao longo de
mais um mês, incluíram a
reparação de uma parede
em risco de queda, a
reparação de áreas do
telhado, a recuperação dos
portões e a colocação de
um pavimento novo em
calçada portuguesa na zona
de entrada.
2. Reabilitação da Escola
Bási Arruda vence Prémio
Secil Arquitectura 2012
O Arq. José Neves é o autor
da obra distinguida com
o Prémio Secil Arquitectura
2012, a Reabilitação da
Escola Básica Francisco
de Arruda.
O Júri do Prémio Secil
Arquitectura 2012,
presidido pelo Arq. Manuel
Graça Dias, distinguiu a
Reabilitação da Escola
Básica Francisco de Arruda,
de um conjunto de 21
obras de arquitectura de
qualidade exemplar.
_4.6 Bem-estar e estilos de vida
sustentáveis
O Papel do Betão... no alcance na Visão 2050
betão
1.
Alterações
climáticas
> edifÍcios inovadores
e energeticamente
eficientes
> infraestrUturas mais
resilientes para
adaptação às alterações
climáticas
> novos produtos com
menor intensidade
carbónica
> sequestro de co2
3.
Degradação dos
ecossistemas
> reciclagem do betão
O betão constitui o material de construção mais utilizado em todo o mundo,
sendo inclusivamente o bem mais consumido a seguir à água. A sua larga utilização advém das suas características,
nomeadamente, resistência e durabilidade, versatilidade, reduzida manutenção, produzido com elevada eficiência
energética, sendo produzido e usado localmente e tendo uma excelente massa
térmica que lhe confere uma capacidade
enorme de armazenamento de energia,
o que permite reduzir as flutuações térmicas dentro dos edifícios.
A actual conjuntura associada ao mercado da construção civil desafia a agilidade das empresas a encontrar cami-
> SIMPLES
> DURÁVEL
> ROBUSTO
> ACESSÍVEL
> VERSÁTIL
8.
Bem estar
e estilos de vida
sustentáveis
> Infraestruturas para
a mobilidade que induzem
melhor desempenho
na área dos transportes
> construção em altura
> Infraestruturas mais
resilientes e de baixo
custo de manutenção
nhos que potenciem a viabilidade dos
seus negócios, inovando e refrescando
o mercado com novas ofertas, enquadradas nas também novas necessidades
que vão sendo identificadas, nomeadamente nas áreas de reabilitação urbana
(ver caixa 1 e 2), da manutenção de vias
de comunicação, da construção sustentável e até mesmo do paisagismo.
A Secil dispõe já de um leque de soluções técnicas inovadoras baseadas em
produtos derivados do cimento, que
podem contribuir para o êxito das várias operações de requalificação urbana
e que são necessárias para revitalizar e
rentabilizar largas faixas de património
edificado urbano.
Exemplos de Produtos Secil
Sustentáveis
Unidren: betão poroso
especialmente concebido
para a aplicação em
pavimentos exteriores nos
quais a impermeabilização
do solo e a gestão
das águas pluviais são
factores críticos de sucesso.
UniLeve: betões leves
fabricados com cortiça,
com argila expandida
ou com EPS, são betões
de baixa densidade com
propriedades de isolamento
térmico/acústico.
Adhere Acústico:
associado à Betonilha
EcoCork promove o
isolamento acústico
aos ruídos
de percussão.
SecilVit Cork: painel de
isolamento em cortiça que
associa a performance
térmica superior de um
sistema ETICS (isolamento
térmico pelo exterior)
a uma performance
ambiental eficiente.
208
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
05.
a secil
em números
valores relativos à actividade cimenteira do grupo secil
INDICADORES ECONÓMICOS
Activo líquido
Capitais próprios EBITDA
Capex
Passivo financeiro Rentabilidade do Activo Rentabilidade dos Capitais Próprios
Resultados líquidos
Capacidade produtiva de cimento
Vendas de Cimento e Clínquer
Volume de negócios
Fluxos financeiros com os stakeholders
Vendas a clientes
Outros recebimentos de exploração
Total de recebimentos
Pagamento de Salários dos colaboradores
Mecenato
Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias
Pagamentos a fornecedores
Pagamento de juros às instituições bancárias
Pagamento de dividendos aos accionistas
Total de pagamentos
Saldo para a empresa
Refinanciamento líquido
Prémios de emissão
Total disponível para investimento
Investimentos financeiros
Investimentos industriais
Concessão de empréstimos
UN20122013
M €
M €
M €
M €
M €
%
%
M €
103t
103t
M €
668
234
76
29
168
-0,9
-2,6
-6
7 650
5 415
400
577
169
64
32
181
-1,7
-5,8
-9
7 650
5 466
374
UN20122013
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
1000 €
404 128
9 256
413 384
35 702
895
7 941
317 028
13 411
4 152
363 247
50 137
158 165
-
208 302
6 501
35 941
192 799
394 622
91 921
486 543
27 816
922
661
317 676
18 749
3 106
368 932
117 611
1 433
116 178
27 318
20 650
18 265
209
INDICADORES SOCIAIS UN20122013
Número de Colaboradores (efectivos e contratados)n.º
Tipo de Contrato
Contrato permanente
%
Contrato a termo
%
Cedência temporária
%
Sexo
Masculino
%
Feminino
%
Média Etária Anos
Perfil de Idades
< 30 anos
%
30 – 39 anos
%
41 – 49 anos
%
≥ 50 anos
%
Antiguidade
< 1 ano
%
1 - 9 anos
%
10 - 24 anos
%
≥ 25 anos
%
Taxa de Rotatividaden.º
Total de saídas
N.º
% saídas por reforma
%
Total de admissões
N.º
% licenciados admitidos
%
Taxa de Absentismo
%
% Sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado
%
Saúde e Segurança
%
Índice de gravidade (Ig) (1)
%
Índice de frequência (If) (1)
%
Índice de duração ou avaliação da gravidade (id) (1)
Fatalidades (trabalhadores Secil)
n.º
Fatalidades por 10 000 trabalhadores
n.º
Fatalidades (prestadores de serviços)
n.º
n.º
Fatalidades (terceira parte)
Acidentes (trabalhadores Secil)
n.º
Total acidentes
n.º
Índice de frequência (trabalhadores Secil)
%
1 463
1 407
90,4
6,8
2,8
90,6
6,8
2,7
94,1
5,9
47,3
94,3
5,7
46,5
11,0
15,2
30,6
43,2
11,0
15,2
30,6
43,2
1,0
33,3
34,9
30,7
14,67
221
13,6
51
35,3
8,1
50
1,9
32,5
30,9
34,8
6,6
96
17,6
42
59,5
6,5
50
288,2
12,7
22,8
0
0
0
0
60
77
18,4
312,6
13,0
24,0
1
6,8
0
0
53
81
17,2
210
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
05.
a secil
em números
INDICADORES AMBIENTAIS UN20122013
% Sites com sistema de gestão ambiental certificado
%
% Sites registados no EMAS
%
Consumo de energia
Energia térmica (fornos)
TJ
Consumo térmico específico
MJ/t
Energia eléctrica
GWh
Uso Responsável de Combustíveis e Materiais
Matérias-primas naturais
kt
Matérias-primas secundárias (MPS)
kt
Taxa de utilização de MPS
%
Combustíveis fósseis sólidos
kt
Combustíveis fósseis gasosos
1000 Nm3
Combustíveis alternativos kt
Taxa de substituição térmica global
%
Taxa de substituição térmico alternativos fósseis
%
Taxa de substituição térmico alternativos biomassa
%
Protecção Climática (9)
Emissões de CO2 – Gross (2)
Mt
Mt
Emissões de CO2 – Net (3)
kg/t
Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2)
kg/t
Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3)
%
Taxa de incorporação de clínquer (5)
Emissões atmosféricas (9)
Partículas
kt
g/ t clk
kt
NOx
g/ t clk
kt
SOx
g/t clk
%
% clínquer produzido com monitorização das emissões maiores(6) e menores
% clínquer produzido com monitorização contínua das emissões maiores
%
Consumo de água
Total água subterrânea
103m3
Índice específico
m3/t cim
Biodiversidade
Pedreiras com planos de recuperação
%
%
Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade (7)
Pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes, que contêm elevado
n.º
valor de biodiversidade (8)
Pedreiras com elevado valor de biodiversidade que têm planos
de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior)
%
67
50
67
50
14 922
3 816
591
14 247
3 632
540
7 294
298
3,5
349
24
169
21,1
11,7
9,4
7 649
249
3,2
333
18
169
21,1
11,1
10,0
3,3
3,1
661
631
77,7
3,2
3,0
640
614
77,1
0,6
144
5,3
1 197
0,6
135
67
100
0,5
136
5,1
1 270
0,4
91
65
100
1 342
0,281
1 288
0,273
80
40
80
40
13
13
100
100
211
(1)
Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores SECIL e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram
transformados para a metodologia da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de
100 000 horas. O índice de gravidade não inclui o número de dias perdidos no ano transacto.
(2)
Emissões de CO2totais
(3)
Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos
(4)
Clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento
(5)
Inclui as fábricas de cimento e moagens
(6)
Partículas, NOx e SOx
(7)
Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural.
(8)
A Fábrica Cibra-Pataias apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem actividade desde 2009
(9)
Dados de 2012 verificados por entidade externa, de acordo com os seguintes gruias da CSI: Monitorização e comunicação das emissões
atmosféricas nas indústria cimenteira, versão 2, e Monitorização e comunicação das emissões de CO2 na Indústria Cimenteira, versão 3.
212
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
213
anexos
1. Declaração de verificação 2013 Dados de emissão Secil CSI 2011- 2012
2. Declaração de verificação 2013 Dados de emissão de CO2 Secil CSI 2011-2012
214
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
215
216
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
217
218
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
219
relatório de
responsabilidade social
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
2. O Grupo Secil e a comunidade exterior
220
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
balho, nomeadamente, ruído, vibrações, iluminação, e qualidade do ar;
> Controlo de acessos;
> Investigação e comunicação de to-
dos os incidentes (acidentes de tra-
Grupo secil
Acidentes com dias de trabalho perdidos (frequência)
ficação de perigos, análise e controlo
dos riscos de todas as tarefas executadas nas instalações sob responsabilidade da Secil;
30
300
250
19,49
200
195
157
150
20
19,76
18,52
144
140
14,70
138
109
100
50
0
12,79
13,74
113
15
10
5
Acidentes de 2007 a 2013
0
Índices de frequência de 2007 a 2013
Gráfico-I: Evolução do Índice de Frequência de Acidentes com Dias
de Trabalho Perdidos (2007-2013)
Índice de Frequência
25
2013
> Identificação sistemática de identi-
30,00
2012
sas do Grupo Secil das verificações
estipuladas na Directiva Equipamentos
de Trabalho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e
na resolução das não conformidades
detectadas;
350
2011
> Implementação em todas as Empre-
Nº de acidentes c/ dias de trabalho perdidos
> Os “Regulamentos da CSI (Cement
Sustainability Initiative) respeitantes à
Gestão de Prestadores de Serviços e
Gestão da Condução nos Transportes
Internos e Externos”;
> Em 2013 registou-se um incremento nos índices de sinistralidade
do Grupo Secil, como se pode constatar nos gráficos que se apresentam
de seguida, traduzido num aumento
de 7,4% no índice de frequência e de
24,1% no índice de gravidade relativamente ao ano 2012. Nas instalações
situadas em Portugal, não se verificou
nenhum acidente de trabalho mortal
com colaboradores directos, prestadores de serviços ou visitantes, facto
que não se verificou na unidade fabril
situada no Líbano, onde há a lamentar
um acidente fatal com um trabalhador
directo.
> Simulacros de situações de emergência;
2010
Para tal são desenvolvidas várias actividades, a maior parte delas continuadas,
que pretendem adaptar e implementar
directivas e manuais de segurança à
realidade de cada Empresa do Grupo
Secil, de onde se destacam:
> Monitorizações do ambiente de tra-
2009
A Secil promove activamente uma política de saúde, higiene e segurança no
trabalho, garantindo que todas as suas
instalações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à
Empresa e perseguindo o objectivo de
“Zero Fatalidades” e redução dos acidentes com dias de trabalho perdidos.
> Auditorias e inspecções de segurança planeadas e documentadas,
aliadas à execução de planos de acções de implementação de medidas
correctivas e preventivas;
2008
no Trabalho
2007
_1.1 Saúde, Higiene e Segurança
balho, quase acidentes e situações
perigosas detectadas);
221
_1.2 Portugal
o novo edifício administrativo da Betomadeira que proporciona uma melhoria
significativa das condições de trabalho
aos seus colaboradores.
_1.2.1 Ambiente de trabalho
Conforto
Para além de um ambiente seguro, a
Secil procura garantir a todos os seus
colaboradores um acesso facilitado aos
serviços mais úteis, sobretudo nas unidades fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na Fábrica Secil-Outão,
as salas de refeições e equipamentos
para conservação e aquecimento de alimentos, a máquina ATM e alojamentos
no perímetro das fábricas.
As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e
Pataias dispõem de equipamentos para
os seus beneficiários, nomeadamente,
pavilhão gimnodesportivo, áreas de convívio, salas de jogos de salão, salões de
festas, bibliotecas e piscinas. O Grupo
Cimentos Madeira possui, nas suas instalações, uma sala de convívio onde os
trabalhadores podem usufruir de alguns
momentos de lazer. De assinalar, ainda,
Comunicação interna
A Comunicação Interna é fundamental
para aproximar todos os colaboradores
do Grupo qualquer que seja a empresa
ou a geografia onde prestem serviço.
Os principais veículos de comunicação
interna que a Secil utiliza são:
> Secil Informação - newsletter mensal,
distribuída juntamente com o recibo de
vencimento;
> Cimentar - newsletter distribuída no
grupo Cimentos Madeira, em formato
digital, com periodicidade trimestral. Todos os números da newsletter
encontram-se divulgados no site do
Grupo Cimentos Madeira (www.cimentosmadeira.com);
> Site na intranet, onde os temas são
desenvolvidos com mais detalhe.
Grupo SECIL
Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (Gravidade)
750
599,18
6.000
4.602
453,90
4.427
4.000
403,02
3.431
3.000
3.784
275,06
3.206
2.345
2.000
Acidentes de 2007 a 2013
300
2.807
2013
2011
2010
2009
0
341,29
150
2008
1.000
450
403,00
2012
5.000
0
Índices de frequência de 2007 a 2013
Gráfico-II: Evolução do Índice de Gravidade de Acidentes com Dias
de Trabalho Perdidos (2007-2013)
A Secil organiza um Programa de Acolhimento para todos os colaboradores
recém-admitidos. Nas admissões de
Quadros, o programa é composto por
módulos generalistas e módulos desenhados de acordo com as funções a
desempenhar por cada Quadro. Deste
programa de acolhimento faz igualmente parte a distribuição de um Manual de Acolhimento e a apresentação
interna do colaborador. A Empresa,
através deste programa, pretende dar
informação suficiente aos recém-chegados sobre Visão, Missão, e Valores
do Grupo, bem como o modelo de
Governação, Desempenho Financeiro,
Evolução Histórica e a identificação
das actuais Áreas de Negócio a nível
nacional e internacional.
Em 2013, à semelhança de 2012, as
acções de acolhimento foram direccionadas, essencialmente, para estagiários cujo programa de integração está
mais focado em módulos generalistas.
Os Quadros que integraram a Secil em
2013 também realizaram um Programa
de Acolhimento, tendo este sido desenhado de acordo com a função que
cada um deles iria desempenhar no
futuro.
Retenção de colaboradores
e absentismo
600
Índice de gravidade
7.000
707,04
2007
Nº de Dias de trabalho perdidos
8.000
Acolhimento a novos colaboradores
O cenário de forte contenção verificado na actividade económica nacional, com especial incidência no sector
da construção verificada em 2011 e
agravada em 2012 e 2013, com impactos significativos na produção e comercialização do cimento, levaram a Secil
(Secil e CMP) a uma reestruturação
e redimensionamento do seu quadro
de pessoal, que se traduziu na cessação de 80 contratos de trabalho em
diferentes áreas. Em termos globais,
durante o ano de 2013, registaram-se
222
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
51 saídas das quais 22% por aposentações, 24% por despedimento colectivo
e 54% por cessação por mútuo acordo
ou outras.
No entanto, continua a ser política da
Secil a manutenção de políticas que promovam a retenção de trabalhadores e o
baixo absentismo, através da formação,
do recrutamento interno e da atribuição
de prémios de incentivo à assiduidade.
O mérito e o resultado destas políticas
podem ser comprovados através dos indicadores (Secil e CMP) de idade média
dos colaboradores (45 anos) e da antiguidade média na Empresa (20 anos). A
taxa de absentismo, excluindo as doenças prolongadas, foi em 2013 de 1,79.
De realçar que a actividade Cimento (Secil e CMP) apresenta uma relação entre o
salário mínimo praticado por estas duas
empresas e o salário mínimo a nível nacional de 1,8. Eventos organizados pela Empresa
A Secil, directamente ou através das
Casas de Pessoal que apoia e financia,
promove regularmente a organização
de vários eventos de carácter social,
cultural ou desportivo, com o objectivo
último de unir os seus colaboradores,
proporcionar-lhes momentos agradáveis
e fomentar a cultura de Grupo.
ços/jantares convívio para os colaboradores e reformados, lanches com distribuição de prendas para os filhos dos
colaboradores que contam com uma
animação teatral ou circense.
Vários foram os eventos organizados
ao longo do ano de 2013, alguns dos
quais com carácter mais regular, outros
iniciados pela primeira vez. Destacamos
aqui alguns desses principais eventos
promovidos directamente pela Secil:
> Comemoração dos 90 º aniversário da
Fábrica Maceira-Liz com o tema “90 Anos
a Cimentar História”. Esta celebração
juntou trabalhadores, reformados, clientes e parceiros institucionais da região.
Os convidados foram recebidos no Museu do Cimento da Fábrica Maceira-Liz,
de onde seguiram para o Agrupamento
Escolar Henrique Sommer, num percurso
pedonal pelo bairro da Maceira-Liz e
acompanhado pela Banda Filarmónica
de Maceira. Assistiu-se à projecção um
filme que conta com material de arquivo
e a participação de alguns colaboradores
no activo e reformados, que com o seu
testemunho nos conduzem no tempo
por sucessivas gerações e vivências ao
longo de 90 anos de história na fábrica.
Saliente-se também o livro “O Mistério
do Coreto” editado pela Secil sobre a
obra social levada a cabo pelo fundador da Fábrica Maceira-Liz - Henrique
Sommer. O livro foi escrito pelos alunos
do 1º Ciclo do Agrupamento Escolar da
Maceira, com a colaboração da escritora
Ana Cristina Luz.
> Comemorações de Natal através de
várias iniciativas, nomeadamente almo-
Na Madeira saliente-se a celebração do
Natal, que este ano contou com a intervenção de um grupo de colaboradores,
familiares e amigos na apresentação de
uma peça de teatro, denominada “As
Estrelas Sentinelas”. Tal como em anos
anteriores, manteve-se a participação
em celebrações como o Dia de Reis e
a Missa do Parto.
As Casas de Pessoal da Secil e CMP desempenham um papel muito importante
na organização e promoção de actividades desportivas e culturais para os seus
colaboradores.
De salientar algumas iniciativas que tiveram lugar em 2013:
> ida ao teatro Politeama, assistir à peça
“Revista à Portuguesa”, onde participaram cerca de 84 pessoas, entre colaboradores, familiares e reformados;
> participação, pelo quarto ano conse-
cutivo, na organização da Festa de Natal
que decorreu no Teatro Politeama em
Lisboa, com a realização de um teatro
musical, extensivo a todas as empresas
do Grupo Secil;
> organização, no âmbito da festa de
Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma
Criança, Um Abraço” que motivou muitas crianças a levarem um brinquedo
que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de bairros situados na
área de Setúbal. Esta iniciativa abrangeu
cerca de 60 crianças;
> oferta, ainda no âmbito das festas de
Natal, de bolo rei a todos os colaboradores, como forma de desejar boas festas.
223
_1.2.2 Formação
A Secil aposta na formação dos seus
colaboradores, pois acredita que esta
é fundamental, tanto para a Empresa,
permitindo-lhe criar as competências
internas necessárias ao bom desempenho e a flexibilidade requerida para
responder às diferentes solicitações,
como para os próprios colaboradores
que se vão actualizando constantemente, aumentando o seu nível de
conhecimentos e reforçando o seu
valor para a Empresa e para o mercado empregador em geral.
Com este objectivo, a Secil dispõe
de Centros de Formação integrados
no Centro Técnico Corporativo, onde
se desenvolvem acções de formação desenhadas e orientadas para
a realidade específica da Secil, com
destaque para o programa de formação continuada. São também realizadas acções de carácter pontual, tais
como, o curso de Inglês, o curso de
informática na óptica do utilizador e a
formação em SNC (Sistema de Normalização Contabilística).
Programas de Formação Continuada
Os Programas de Formação Continuada são uma formação do tipo multidisciplinar que se destina a transmitir
aos Colaboradores conhecimentos interdisciplinares sobre várias áreas da
Empresa, com o objectivo de melhorar
o desempenho, polivalência e flexibilidade das equipas, a segurança e a
produtividade.
No Grupo Secil existem, três programas de formação, um por cada Grupo
Profissional: Quadros, Chefias e Oficiais de Processo. O quadro seguinte
representa a evolução do número de
formandos, que participaram em cada
programa de formação continuada, entre os anos 2010 e 2013.
Programas de Formação Continuada 2010201120122013
Total
Programa de Formação de Quadros
399
Programa de Formação de Chefias *
530
Programa de Formação de Oficiais de Processo**
796
Total
1.725
449
487
850
1.786
96
227
488
811
11
0
118
129
955
1.244
2.252
4.451
* Este PFC terminou em 2012, não havendo registos de formação em 2013.
** Os valores aqui apresentados não correspondem à totalidade de formandos por PFC, mas sim à evolução de formandos que participaram nos mesmos
desde 2010.
224
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
DADOS SOBRE FORMAÇÃO
Em 2013 os Centros de Formação do
Grupo Secil organizaram 231 cursos
de formação que abrangeram 1.890
formandos, o que representou um
volume de formação na ordem das
11.412 horas.
Formação
continuada e pontual
Nº de Acções de formação
Continuada
Pontual
Total
Nº de
Formandos 16
215
231
129
1.761
1.890
Formação Pontualevolução de nº de formados
3000
2000
2013
2012
1000
2011
2.300
9.112
11.412
Em 2013 voltou-se a apostar num
novo Programa Trainees, com a integração de dois recém-licenciados em
engenharia. Este Programa representa
a aposta da Empresa numa política de
renovação de competências core para
o seu negócio, assumindo por outro
lado, o compromisso de proporcionar
uma formação de excelência aos seus
futuros colaboradores.
4000
2010
Volume
de Formação (horas)
Este Programa conta já com quatro
edições, em 2008, 2009, 2010 e 2013,
tendo sido integrados, no total, 27 jovens recém-licenciados. Na edição de
2013, à semelhança das anteriores
edições, o Programa Trainees contou
com o apoio do Instituto de Emprego
e Formação Profissional, através da
integração dos Trainees no programa
de Estágios Profissionais.
225
Volu
PROGRAMAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICOS
Tec./Prod.
15%
6%
Qualidade
6%
Comercial
3%
_1.2.3 CARREIRA E MOBILIDADE
94%
MASCULINO
NÚMERO
DE EXPATRIADOS
FEMININO
4
VOLUME DE FORMAÇÃO
3
4
3
15%
3
2
2
6%
2%
3%
1
1
1
TEC./PROD.
24%
16%
BRASIL
MOÇAMBIQUE
COMERCIAL
SEGURANÇA
CABO VEARDE
ADMINISTRATIVAS
QUALIDADE
LÍBANO
74%
TUNÍSIA
ANGOLA
0
60%
226
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
Sub-fundo conservador
51%
Sub-fundo dinâmico
Sub-fundo ultraconservador
Associações
Desportivas
Culturais
Inclusão Social
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
23%
26%
sector cimento
32%
Sub-fund
Sub-fund
Sub-fund
51%
_1.2.4 Gestão de Desempenho
_1.2.5 Benefícios Sociais
e Incentivos
Associações
A Secil acredita que a satisfação dos
Todas as áreas de negócio da Secil aDesportivas
seus colaboradores contribui em
nível nacional, têm implementado umCulturais
grande parte para o sucesso da sua
Sistema de Avaliação de Desempenho. actividade. Assim, atribui aos seus coInclusão Social
Pretende-se assim reconhecer, premiar laboradores e familiares um conjunto
e distinguir os desempenhos de alta de benefícios sociais de onde se desperformance em domínios Económico/ tacam o Plano de Pensões e o Plano
Financeiros, Operacionais, Qualidade/ de Saúde.
Segurança/Ambiente, entre outros.
Adicionalmente, este sistema pretende Pensões
também identificar necessidades de
formação e potenciais promoções/pro- No Grupo Secil, o sector do Cimento
gressões dos colaboradores.
(Secil, CMP e Cimentos Madeira), os
colaboradores beneficiam de comDevido às especificidades de cada32%
um plementos de pensões de reforma
dos negócios da Secil, estes sistemas por velhice e invalidez, tal como os
de avaliação integram metodologias respectivos cônjuges, descendentes,
próprias adaptadas a cada situação dependentes e equiparados benefiespecífica, com diferentes estádios de ciam de complementos de pensões
desenvolvimento e que podem abran- de sobrevivência.
ger uma parte ou a totalidade dos co68%
laboradores, como é o caso da Secil No sector do Betão e Inertes (Unie CMP.
betão, Eurobetão, Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas), os colaboraEm função dos resultados obtidos pela dores beneficiam de complementos
Empresa/Grupo e do resultado da Ava- de pensões de reforma por velhice e
liação de Desempenho de cada cola- invalidez.
borador, são atribuídos prémios individuais de desempenho.
Actualmente, todas estas Empresas
oferecem o benefício de complemento
de pensões sobre a forma de plano
de pensões de contribuição definida.
No final do ano de 2013, os planos de
pensões de Benefício Definido (PBD)
e Contribuição Definida (PCD) apresentavam a seguinte distribuição entre
participantes e beneficiários.
68%
PBD
PCD
sector dos betões
8%
92%
PBD
PCD
94%
94%
MASCULINO
sector cimento
6%
2%
3%
688
34%
400
74%
363
200
PCD
0
PBD
87
PBD
Nº Participantes/beneficiários
600
FEMININO
Valor do Fundo de Pensões
do Grupo Secil a 31 Dez.2013
15%
800
Reformados/pensionistas
activos
sector dos betões
300
293
Os Planos de Pensões são financiados por um único Fundo de Pensões: o
Fundo de Pensões do Grupo Secil. As
Empresas têm a responsabilidade de
(i) efectuar contribuições mensais para
os sub-fundos (Dinâmico, Conservador
e Ultra-conservador) que financiam os
Planos de Pensões de Contribuição
Definida e (ii) manter suficientemente
financiadas as responsabilidades assumidas com os Planos de Pensões
de Benefício Definido.
Abaixo mostramos a repartição do valor dos Fundos de Benefício Definido
e Contribuição Definida a 31/12/2013,
bem como a distribuição entre políticas
de investimento do Plano de Contribuição Definida.
200
100
66%
Plano de pensões BD 25,5 mio
PLANO DE PENSÕES BD 25,5 MIO
PLANO DE Plano
PENSÕESde
BDpensões
13,1 MIO CD 13,1 mio
Perfil de Investimento
do Plano de Pensões CD
24%
16%
17
7
PCD
66%
PCD
0
PCD
Nº Participantes/beneficiários
%
227
Reformados/pensionistas
Plano de pensões BD 25,5 mio
Plano de pensões CD 13,1 mio
60%
activos
sub-fundoSub-fundo
conservador
conservador
sub-fundo dinâmico
dinâmico
sub-fundoSub-fundo
ULTRAconservador
Sub-fundo ultraconservador
Em 2013, o nível de financiamento dos
Planos de Pensões de Benefício Definido
da Secil situava-se em 130%, o da CMP
em 116% e o da Unibetão em 162%.
23%
26%
228
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
colaboradores no activo. No caso das
empresas do sector do Betão, Secil
Britas e Argibetão, o Plano de Saúde
abrange o agregado familiar com uma
pequena comparticipação por parte do
colaborador. Na Secil Martingança, o
Plano de Saúde pode ser extensível ao
agregado familiar, sendo o custo adicional suportado pelo colaborador.
O benefício de saúde para todas as empresas acima mencionadas é financiado
por um seguro de saúde em sistema de
rede convencionada e reembolso.
De forma a melhor ajustar o Plano de
Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao
seguro de saúde, permitindo que mediante um custo adicional a suportar
pelo colaborador ou reformado, estes
tenham a possibilidade de aumentar os
capitais anuais do seu Plano de Saúde
e/ou do seu agregado familiar.
Outros benefícios sociais
Saúde
A Secil e a CMP atribuem aos seus colaboradores e reformados um Plano de
Saúde extensível aos seus respectivos
agregados familiares. Este Plano encontra-se harmonizado entre as duas
empresas cimenteiras.
A Cimentos Madeira oferece aos seus
colaboradores no activo um Plano de
Saúde, tendo este sido harmonizado
em 2011, conforme as restantes empresas do grupo.
As empresas do sector do Betão, a
Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem um Plano
de Saúde idêntico ao da Secil aos seus
Para além dos mencionados, várias empresas do Grupo atribuem outros benefícios sociais, nomeadamente: (i) subsídios
de reforma e morte, aquando da saída
do colaborador por reforma ou em caso
de morte no activo; (ii) seguro de acidentes pessoais e/ou vida, protegendo
os colaboradores em caso de morte e/
ou invalidez permanente; (iii) seguros de
viagem, cobrindo quase todo o mundo,
para protecção dos colaboradores que se
deslocam ao serviço das empresas; e (iv)
prémios de antiguidade, que premeiam
o tempo de serviço dos colaboradores.
Em 2013, os benefícios sociais oferecidos pela Secil aos seus colaboradores
representam um passivo consolidado
de aproximadamente 3 milhões de
Euros e correspondem a um custo de
cerca de 1 milhão de Euros, ou seja 2%
dos custos com pessoal.
229
_1.3. Operações internacionais
_1.3.1 Ambiente de trabalho
Tunísia
Na Tunísia, o ano de 2013 embora tenha registado algumas melhorias no
aspecto de segurança, ficou marcado
pelo prolongado período de transição
causado pelo atraso sucessivo na
marcação das novas eleições. Esta
situação resultou em conflitos sociais
e políticos marcados pelos assassinatos de alguns líderes políticos, terminando o ano em negociações para
formação de um governo de transição
de tecnocratas com objectivo de ultrapassar o impasse político existente.
Neste contexto de instabilidade social
foram desenvolvidas algumas acções
de segurança do pessoal interno e dos
prestadores de serviços.
A Société des Ciments de Gabès (SCG)
dispõe de serviço de refeitório, de biblioteca e de três complexos habitacionais que disponibiliza aos seus colaboradores, em condições favoráveis,
para habitação.
Na SCG destaca-se o acesso à Internet por parte dos quadros técnicos
e a divulgação da newsletter mensal
do Grupo (Secil Informação). Por outro lado, as visitas às fábricas da Secil Portugal são uma prática corrente,
adoptada essencialmente para os responsáveis de área, de forma a permitir
a difusão da cultura do Grupo e a troca
de conhecimentos.
As políticas de combate ao absentismo, tanto pela via da formação dos
colaboradores, como através de penalizações ao nível da avaliação, com
impacto nos prémios de rendimento
e produtividade. Mesmo assim temos
que assinalar um aumento da taxa de
absentismo de 4,01%, em 2012, para
4,47% em 2013.
De entre as medidas de carácter social
promovidas pela SCG no sentido de fomentar um bom ambiente de trabalho,
destaca-se o almoço organizado pela
Empresa no final do ano e o transporte
de todos os colaboradores que é assegurado pela Empresa.
Líbano
Na Ciment Sibline, os procedimentos e
políticas de segurança seguem as normas do Grupo. No âmbito do programa
de acolhimento de novos colaboradores,
é feita uma sensibilização relativa à segurança.
condições de trabalho, das quais se
destacam: (i) a construção de balneários e casas de banho no sector de
Embalagem; (ii) a beneficiação dos balneários na secção de Oficina Auto e (iii)
a aquisição de novos autocarros para
transporte dos trabalhadores, por parte
da empresa prestadora de serviço.
De forma a combater o absentismo,
a Secil Lobito atribui aos seus colaboradores um incentivo pecuniário
trimestral, calculado em função da assiduidade.
_1.3.2 Formação
Tunísia
A comunicação é assegurada essencialmente através de painéis e do envio de
emails aos colaboradores.
O principal objectivo que a SCG pretende alcançar com os programas de
formação é a maior valorização e polivalência dos seus colaboradores. Assim, em 2013 foram realizadas 2.830
horas de formação, correspondente a
10,2 horas/ trabalhador.
Cabo Verde
Líbano
As empresas do grupo sediadas em Cabo
Verde fomentam a segurança no trabalho
através de campanhas de informação e
também pela atribuição de um prémio
pecuniário, distribuído em função dos objectivos atingidos na área da segurança.
A Ciment de Sibline oferece formação
aos seus colaboradores em áreas técnicas, de gestão e administrativas, manutenção, tecnologias de informação
e línguas. Em 2013 participaram em
acções de formação 284 colaboradores, num total de 5.374 horas.
A Empresa assegura transporte a todos
os colaboradores.
As empresas garantem aos seus colaboradores um serviço de refeitório e transporte.
A assiduidade é fomentada através da
atribuição de prémios pecuniários aos
colaboradores que atinjam o objectivo
estabelecido.
Angola
A Secil Lobito registou 400 horas de
formação, distribuídas pelos departamentos de higiene e segurança, informática e laboratório de qualidade.
Angola
Na Secil Lobito implementaram-se várias
acções com vista ao melhoramento das
230
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
01.
O GRUPO
SECIL E OS SEUS
COLABORADORES
_1.3.3 Carreira e mobilidade
_1.3.4 Benefícios sociais
Tunísia
Tunísia
A SCG procura promover, sempre que
possível, o recrutamento interno com
programas de formação complementar.
O desenvolvimento de competências
e a mobilidade são incentivados pelo
sistema de avaliação de rendimento e
produtividade.
Os Benefícios Sociais atribuídos pela
SCG aos seus colaboradores incluem
subsídios (religiosos e de reforma), um
plano de saúde, seguros de acidentes
pessoais em viagem, facilidades de
crédito e outros. Ainda relativamente
aos filhos dos colaboradores, em cada
ano escolar são seleccionados os melhores alunos e é atribuída uma contribuição na forma de material escolar.
Nesta Empresa, a relação entre o salário mais baixo e o salário mínimo local
corresponde a 1,75, o que demonstra
a preocupação da SCG em pagar aos
seus colaboradores valores acima do
mercado.
Angola
A Secil Lobito procedeu a actualizações
salariais de forma escalonada, com o
objectivo de reduzir as diferenças salariais. Em 2013, recrutou um quadro superior para exercer funções de Director
Comercial.
A SCG proporciona ao primeiro filho
e até aos 14 anos a possibilidade de
frequentar uma colónia de férias.
Também a Sud-Béton oferece aos
seus colaboradores vários Benefícios
Sociais: subsídios religiosos (Aid Kébir e Aid Sghir), subsídios de reforma,
plano de saúde (seguro de grupo que
cobre todos os colaboradores), desconto de 20% na compra de betão e
apoio escolar.
231
Líbano
A Ciment de Sibline atribui aos seus
colaboradores benefícios no plano
da saúde, educação e outros. Todos
os colaboradores e seus familiares
beneficiam de seguro de saúde que
cobre a totalidade das despesas
médicas: em 2013 estavam cobertas
1.562 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por 2 médicos e uma
enfermeira nas instalações da própria
Empresa.
Ao nível da educação, são atribuídas
anualmente bolsas de estudo aos filhos
dos colaboradores da Ciment de Sibline.
O valor do benefício é estipulado em função do nível de ensino e no ano 2013
as bolsas escolares pagas totalizaram
650.193,500 Libras Libanesas, conforme o quadro seguinte:
bolsas
escolares 2013 (libras libanesas)
Sector
Nível Valor
Sector Privado
Universitário
Elementar
Técnico
Outros Níveis Sector Público
Universitário
Elementar
Técnico
Outros Níveis A Empresa dispõe de uma Cooperativa
sem fins lucrativos que é gerida pelos
próprios trabalhadores e comercializa
bens alimentares. Os colaboradores têm
acesso à cooperativa e recebem uma
contribuição anual de 900.000 libras libanesas para despesas.
Os colaboradores no Líbano beneficiam
ainda de facilidades financeiras, quer na
aquisição de cimento, quer na obtenção
de financiamentos:
> Aquisição de cimento, até 40t/ano
com desconto de 3 USD sobre o preço
de venda;
> Financiamento até 3.000.000 libras
libanesas, sem juros e reembolsável a
12 meses.
Na Ciments de Sibline a relação entre o
salário mínimo praticado pela Empresa
e o salário mínimo local representa um
rácio de 1,04.
Angola
Os colaboradores da Secil Lobito e respectivo agregado familiar, beneficiam
dos cuidados de saúde prestados por
dois médicos e três enfermeiros nas
instalações da empresa, sendo que um
152.272,500
164.593,750
16.800,000
246.446,250
28.887,250
5.912,500
14.000,000
21.281,250
650.193,500
dos médicos tem a especialidade de
Pediatria. Esta iniciativa com três anos
de existência permitiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil entre os
filhos dos colaboradores. A Empresa
estabeleceu protocolos de assistência
médica com duas clínicas, situadas na
cidade do Lobito, de forma que todos
os colaboradores e respectivo agregado familiar beneficiem de cuidados
de saúde a custo zero. Os medicamentos são também pagos pela Empresa.
232
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
02.
O GRUPO
SEcil E A COMUNIDADE
EXTERIOR
_2.1.1 Educação, Ciência
e Tecnologia
O Prémio Secil visa promover e incentivar os autores de obras que incorporam
os produtos que resulta da actividade
da Secil.
Em 2013, o Prémio Secil de Arquitectura distinguiu a Reabilitação e Ampliação da Escola Básica Francisco Arruda,
em Lisboa, da autoria do Arquitecto
José Neves. Esta obra foi distinguida
pelo Júri de m conjunto de 21 obras
de arquitectura de qualidade exemplar.
O Prémio Secil Universidades é atribuído no âmbito do “Concurso Arquitectura e Engenharia Civil” e tem como
objectivo incentivar a qualidade do trabalho académico e o reconhecimento
A Secil e a comunidade científica
A Secil procura de uma forma activa
apoiar a comunidade científica através
da promoção de eventos e patrocínios
de iniciativas que contribuam para a
difusão do conhecimento e inovação.
A Secil patrocinou a Trienal de Arquitectura de Lisboa, que decorreu de 12 de
Setembro a 15 de Dezembro de 2013.
O Palácio Sinel de Cordes, sede da
Trienal, acolheu a exposição “Prémio
Secil – 20 anos”. Ao longo de 3 meses
decorreram exposições, eventos, debates, publicações, interfaces, conversas,
acções cívicas, para analisar a condição
em que a arquitectura é exercida, bem
como a forma como é enquadrada, expressa e entendida.
_2.1 Portugal
Prémios Secil de Arquitectura
e de Engenharia Civil e Prémio Secil
Universidades
patente em locais de referência como
Universidades ou em obras distinguidas
com o Prémio Secil.
público de jovens oriundos das Escolas de Arquitectura e Engenharia Civil
Portuguesas. A Secil premeia jovens
universitários há mais de 10 anos. Este
ano, os Júris distinguiram 5 projectos
de Arquitectura e 3 projectos de Engenharia Civil de alunos das Universidades do Porto, Coimbra e Lisboa.
A Exposição “Prémio Secil – 20 anos”
pretende homenagear as obras e autores distinguidos ao longo de 20 anos
com o Prémio Secil Arquitectura e Engenharia Civil (1992 - 2012). O Prémio
Secil já premiou obras de consagrados
Arquitectos e Engenheiros Civis portugueses, como Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, José Luís Carrilho
Graça, Armando Rito, Rui Furtado, Segadães Tavares, entre outros.
A Exposição percorreu várias cidades,
ao longo do ano de 2013, estando
Apoio à edição do livro “Estruturas de
Betão”, do Prof. Eng. Júlio Appleton,
que se destina a alunos de engenharia
e a engenheiros dedicados à actividade
de consultoria e projecto, à gestão, à
fiscalização e à execução de obras com
estrutura em betão.
O Grupo Cimentos Madeira foi distinguido no concurso “As 100 Maiores
e Melhores Empresas da Madeira” no
sector do comércio e Indústria.
Protocolos com Instituições de Ensino
Para apoiar as actividades de recrutamento e de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, a Secil está a estreitar
o seu relacionamento com instituições
de ensino superior especializadas nas
áreas de Engenharia Civil, Química e
dos Materiais, estabelecendo bases
de colaboração académica, científica
e tecnológica.
233
Em 2013 foi renovada uma bolsa de
Doutoramento Empresarial, através
da Fundação para a Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de
um projecto de investigação em que
participam, para além da Secil, o Instituto Superior Técnico de Lisboa e a
Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra. Ainda neste âmbito,
foi aprovada uma nova bolsa para o
desenvolvido de um novo projecto de
Investigação na área da Geotecnia, em
colaboração com o Instituto Superior
Técnico.
O Laboratório da Cimentos Madeira
mantém a sua colaboração com a
Universidade da Madeira, Laboratório
Regional de Engenharia Civil e Instituto
Profissional de Transportes e Logística.
Em 2013, apoiou várias iniciativas, nomeadamente:
> orientação de uma tese de mestrado
relacionada com betões auto compactáveis – da teoria à comercialização;
> apoio e co-orientação de um doutoramento relacionado com a utilização de betão auto compactáveis em
estruturas expostas e ambientes marítimos;
> desenvolvimento de betões reforçados com fibras de vidro e avaliação
do seu comportamento à escala real;
> orientação de um estágio profissional em técnicas laboratoriais relacionadas com transportes e logística.
234
74%
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
02.
O GRUPO
Secil E A COMUNIDADE
EXTERIOR
Destaque para 2 novas associações:
Centro de Dia – Associação de Solidariedade Social da Freguesia da Gâmbia
e ACM Desporto Adaptado.
16%
24%
_2.1.2 Cultura e Desporto
60%
A Secil assumiu o compromisso
do desenvolvimento sustentável das actividades culturais, desportivas e de inclusão
social das localidades onde desenvolve
Sub-fundo conservador
a sua actividade, no seguimento da
Sub-fundo
dinâmico social do
política de
responsabilidade
Grupo. Mais
de
80
Associações
do disSub-fundo ultraconservador
trito de Setúbal recebem fundos para
apoiar as suas actividades, conforme
se representa graficamente.
associações
No plano Cultural, a Secil esteve presente pela primeira vez na Feira de
Santiago em Setúbal, que decorreu entre 20 de Julho a 4 de Agosto. O stand
da Secil recebeu 1.300 visitas. A Feira
tinha como tema: “ À Luz da Arrábida”,
a propósito da candidatura da Arrábida
a Património Mundial da Unesco.
Apoiou ainda outras iniciativas de onde
se destacam:
> Apoio ao documentário “Arrábida- Da
Serra ao Mar”. Trata-se de um documentário sobre animais, plantas e os locais
sublimes do Parque Natural da Arrábida,
da autoria dos fotógrafos de natureza
Luís Quinta e Ricardo Guerreiro;
> Lisbon Week – a Secil patrocinou a
Lisbon Week fornecendo betão arquitectónico preto, para a construção do
Lounge Lisbon Week , no Largo de São
Domingos, em Lisboa;
> Festival de Música de Setúbal;
23%
26%
> Festival de Música de Leiria;
> Festa de Nossa Srª do Rosário de Tróia.
> Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage
organizado pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão;
51%
desportivas
Associações
culturais
Desportivas
inclusão social
A Secil desenvolve, desde 2006, acções
de sensibilização ambiental, nomeadamente, a iniciativa promovida pelo Barco Évora, com a participação de alunos
de escolas de Setúbal que têm a oportunidade de fazer um percurso pedestre
na propriedade da Secil – Outão.
Culturais
Inclusão Social
8%
235
A Secil possui um Museu nas instalações da Fábrica Maceira-Liz, criado
em 22 de Abril de 1991. O Museu documenta a longa história desta fábrica
e, através de um circuito museológico
em contraponto com a fábrica moderna em laboração, obteve o estatuto de
“museu de sítio”. Em 2013, o Museu
recebeu cerca de 1.072 visitantes,
como se mostra no quadro seguinte:
Nº visitantes
1º ciclo
2º ciclo - secundário (6º ao 12º ano)
Ensino Superior
Entidades Diversas
286
400
64
322
1.072
No plano do Desporto, a Secil apoiou
diversas colectividades e iniciativas,
nomeadamente, a Meia Maratona de
Setúbal.
O Grupo Cimentos Madeira apoia as
actividades culturais e desportivas da
região, através da manutenção do estatuto de sócio da Orquestra Clássica
da Madeira, do apoio nas obras de
restauro da capela da Vitória, do patrocínio efectuado à Feira do Pão e as
comemorações dos 500 anos da Diocese do Funchal-Festa das Famílias.
De salientar o apoio com a distribuição
de sacos de cimento para a renovação do posto náutico do Clube Naval
do Funchal de São Lázaro, o apoio da
“Prova Pedestre à volta da Cidade do
Funchal” organizada pela Associação
de Atletismo de Região Autónoma da
Madeira e a manutenção do estatuto
de sócio patrocinador do Clube Desportivo Portosantense.
O Grupo Cimentos Madeira mantém o
seu estatuto de sócio em Associações
regionais que desenvolvem acções de
carácter ambiental, nomeadamente
a Associação dos Amigos do Parque
Ecológico do Funchal e a AREAM –
Agência Regional de Energia e Ambiente da Madeira.
_2.1.3 Solidariedade Social
A Secil através da sua influência nas
zonas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no
apoio a entidades de Inclusão Social.
Em 2013, a Secil apoiou através do
fornecimento de cimento várias instituições, nomeadamente, (i) a Universdade do Minho, (ii) o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e (iii) o Corpo
Nacional de Escutas de Setúbal.
Na época balnear, a Fábrica Secil – Outão disponibilizou um parque de esta-
cionamento com segurança, no antigo
hangar de carvão. Este parque serviu a
população de cerca de 35.969 pessoas
e 14.359 viaturas.
A Secil estabeleceu um protocolo com
a Junta de Freguesia da Maceira, de
onde se destaca o donativo efectuado
(i) à Associação Maceirinha, para a
construção do novo campo sintético e
(ii) aos Bombeiros Voluntários da Maceira, para a aquisição de uma viatura
de combate a incêndios urbanos e industriais.
Pelo segundo ano consecutivo, a Secil
reduziu consideravelmente as ofertas
de Natal, tendo utilizado os fundos normalmente destinados à sua aquisição,
para apoiar entidades de solidariedade
social. Em 2013, a Secil apoiou o projecto Cimentar Afectos da Associação
Coração Amarelo, uma instituição solidária que visa ajudar idosos.
236
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
02.
O GRUPO
SECIL E A COMUNIDADE
EXTERIOR
_2.2 Operações internacionais
_2.2.1 Educação, Ciência
e Tecnologia
Tunísia
A Société des Ciments de Gabès desenvolve algumas iniciativas em estreita
colaboração com escolas e universidade, tal como, em 2013 apoiou:
> 25 estágios de inverno em colaboração com ISET – Instituto Superior de
Estudos Tecnológicos;
> 10 estágios de primavera em colaboração com ENIG – Escola Nacional de
Engenheiros de Gabès;
> 39 estágios de verão e 71 estágios de
fim de curso em colaboração com escolas de ensino superior de Engenharia.
A Secil é associada desde 2010 da Associação GRACE – Grupo de Reflexão
e Apoio à Cidadania Empresarial -que
procura desenvolver acções de colaboração entre as comunidades locais
e organizações de solidariedade social.
O Grupo Cimentos Madeira participou
na campanha: “Dê uma tampa pela indiferença”. Foi estabelecido um acordo
informal entre a Cimentos Madeira e
a Delegação Regional da Associação
Portuguesa de Deficientes (APD) que
contempla a utilização de um recipiente específico para a recolha de
tampas plásticas. Esta acção é também extensiva à identificação de pessoas com necessidades especiais. O
objectivo consiste em associar a acção
a situações concretas e conhecidas de
todos os intervenientes. Também apoia
os Bombeiros Voluntários Madeirense
e Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Líbano
A Ciment de Sibline aceita pedidos de
visita por parte de estabelecimentos
de ensino. Em 2013, recebeu alunos
oriundos dos seguintes estabelecimentos:
> American Beirut University (AUB)
> Lebanese University (Faculty of Scien-
ces and the Technological Institute IUT)
> Islamic University
> Beirut Arab University (BAU)
> Rafic Hariri University (RHU)
A Empresa promove cursos de formação, com períodos máximos de 3 meses para recém licenciados. Em 2013,
frequentaram este curso 19 pessoas.
237
Angola
A Secil Lobito tem protocolos com escolas do ensino médio que permite a
disponibilização das suas instalações,
para a realização de estágios profissionais nas diversas áreas da empresa.
Durante 2013 a Empresa recebeu 21
formandos.
mente, um grupo de trabalhadores
criou o Grupo Desportivo Secil Lobito
que conta já com diversas actividades.
_2.2.3 Solidariedade Social
Tunísia
A SCG patrocina várias associações
desportivas e culturais locais, quer directamente, quer indirectamente, através do fundo colocado à disposição do
Governador de Gabès.
Na conjuntura especial vivida em 2013,
as empresas tunisinas do Grupo Secil
contribuíram, por intermédio do Governador, para um fundo destinado ao
desenvolvimento de pequenas empresas individuais e ao apoio social,
especialmente para uma vila próxima
da Fábrica de cimento, com vista a encontrar soluções para o desemprego
elevado que se verifica actualmente na
Tunísia.
Líbano
Líbano
A Ciment de Sibline efectuou vários
patrocínios a associações culturais e
desportivas, nomeadamente:
A Ciment de Sibline apoia a comunidade local, através de várias iniciativas,
com principal destaque para o apoio
social, a doação aos municípios e o
patrocínio a instituições religiosas, nomeadamente:
_2.2.2 Cultura e Desporto
Tunísia
> Kfarmatta Municipality
> Ain Ounoub Municipality
> Aytat Municipality
> Naameh Municipality
> Baewarte Municipality
Angola
A Secil Lobito patrocinou algumas iniciativas de carácter cultural e desportivo, nomeadamente (i) a UNAC-União
Nacional dos Artistas e Compositores
Angolanos (ii) a Festa de Carnaval que
tem uma forte tradição no Município
do Lobito, (iii) a Rádio Lobito, e (iv) as
festividades comemorativas dos 100
Anos da Cidade do Lobito. Recente-
> Machmouchie Monastery
> Unite Lebanon Youth Project
> Druz foundation for social welfare
> Baakline library’s friends comity
> Lebanese institution for the blind
Angola
A Secil Lobito apoia várias instituições
de Administração Municipal, Escolas,
Organizações Religiosas e Hospitais,
de referir: (i) a construção da Igreja do
Bairro do Golf e (ii) os melhoramentos
efectuados na Escola de Ensino Pri-
mário Nº BG/2044 Comandante GIKA
do Lobito.
Cabo Verde
Em Cabo Verde promove-se o relacionamento e a inclusão social com as comunidades locais através de apoios de
actividades importantes nas áreas da
educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser através de doações pecuniárias, materiais ou mesmo
a disponibilização de meios. Em 2013,
receberam apoio diversas instituições,
tais como (i) o Jardim Infantil de João
Varela, (ii) a Paróquia do Santíssimo
Nome de Jesus (iii) a Associação “Os
Varelenses.”
238
ORGANIGRAMA | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
239
240
ORGANIGRAMA | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013
secil
SECIL
PORTUGAL
CONTINENTE
MADEIRA
CIMENTOS
Secil
CMP (100%) Cimentos Madeira (57,14%)
Uniconcreto (100%)
Secil Betões e Inertes (100%)
Unibetão (100%) Britobetão (91%)
Eurobetão (100%)
Secil Britas (100%)
Betomadeira (57,14%)
Brimade (57,14%)
Pedra Regional (29,14%)
Madebritas (29,14%)
JMHenriques (28,57%)
BETÕES E INERTES
ARGAMASSAS E MATERIAIS
PRÉ-FABRICADOS
AMBIENTE E energia
Lusoinertes (100%)
Secil Martingança (100%)
IRP (75%)
Secil Unicon (50%)
Secil Prebetão (39,80%)
Argibetão (90,87%)
Promadeira (57,14%)
Prescor (100%)
AVE (35%)
Solenreco (98%)
Reficomb (100%)
ALLMA (70%) TRANSPORTES E SERVIÇOS
Grupo Setefrete (25%)
CCV (100%)
Secilpar (100%)
SOCIEDADES FINANCEIRAS E OUTRAS
Ciminpart (100%)
Serife (100%)
Hewbol (100%) Florimar (100%)
S
241
TUNíSIA
LÍBANO
INTERNACIONAL
ANGOLA
CABO VERDEBRASIL
OUTROS
Société Ciments Ciments de Sibline Secil Lobito
de Gabès (98,72%) (51,05%)
(51%)
Secil Cabo Verde Grupo Supremo Secil Algérie (100%)
(15%) (Argélia) (97,9%)
Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%)
Inertes de Cabo
Verde (62,50%)
Zarzis Béton (98,52%)
MC (49,36%)
NSOSPE (45,98%)Sociedade
I3P (99,97%)
de Inertes
(Moçambique) (49%)
Seciment
(Holanda) (100%)
Secil Angola (100%) Silonor
(França) (100%)
Somera (Panamá) (100%)
EDIÇÃO
SECIL - COMPANHIA GERAL DE CAL
E CIMENTO, S.A.
CONTACTO
217 927 100
E-MAIL
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WWW.SECIL.PT
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FCB
IMPRESSÃO
OCYAN
TIRAGEM
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DE CAL E CIMENTO, S.A.
SEDE: OUTÃO - SETÚBAL
TELEFONE: 212 198 100
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Relatório do Conselho de Administração 2013