RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 3 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 4 ÍNDICE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 5 Órgãos Sociais06 Mensagem do Presidente08 Relatório de Gestão10 01. O Grupo Secil em 2013 12 02. Principais acontecimentos do ano 21 03. Portugal22 04. Tunísia26 05. Líbano28 06. Angola 30 07. Cabo Verde 32 08. Perspectivas futuras 34 09. Proposta de aplicação de resultados 35 Demonstrações Financeiras Consolidadas36 01. Balanço Consolidado 38 02. Demonstração dos Resultados Consolidados 39 03. Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados40 04. Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados 44 05. Índice das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 46 06. Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 48 anexos180 Relatório de Sustentabilidade186 01. Este Relatório 188 02. A Secil 190 03. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade 194 04. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro 195 05. A Secil em números 208 anexos212 Relatório de Responsabilidade Social218 01. O Grupo Secil e seus colaboradores220 02. O Grupo Secil e a comunidade exterior 232 Organigrama238 6 ÓRGÃOS SOCIAIS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 7 PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU SÉRGIO ALVES MARTINS FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS _ÓRGÃOS SOCIAIS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES SÉRGIO ALVES MARTINS PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA 8 MENSAGEM DO PRESIDENTE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 9 É, portanto, fundamental manter a resiliência da Secil face a este contexto adverso, para continuarmos a recuperar a rentabilidade da empresa, através de eficiência e redução de custos e do foco na internacionalização da actividade. _MENSAGEM DO PRESIDENTE Um exercício de resiliência A prioridade estabelecida pela Secil para 2013 foi a implementação do plano de ajustamento e redimensionamento da Empresa à nova realidade da actividade em Portugal. Este plano foi lançado já em 2012 para responder à profunda diminuição de actividade que resultou da crise económica em que o País mergulhou e que penalizou extraordinariamente o sector da construção. Os três eixos de acção definidos – ajustar a estrutura produtiva e de cus- tos, exportar e atingir desempenhos de excelência nos processos - permitiram concretizar múltiplas iniciativas de melhoria dos resultados. Estas iniciativas, associadas a um aumento significativo das exportações, contrariaram a pressão resultante da queda continuada do mercado nacional. Por seu lado, as operações internacionais da Secil continuam a conseguir bons resultados, com particular destaque este ano para a Ciment de Sibline, no Líbano. Para além do Relatório de Gestão e Contas, esta publicação inclui ainda o Relatório de Sustentabilidade e o Relatório de Responsabilidade Social que evidenciam que a Secil, apesar da conjuntura, mantém os seus compromissos com a sociedade. A Secil continua apostada em políticas integradas de desenvolvimento sustentável, nas quais atingiu generalizadamente os objectivos com que se comprometeu e que estão em linha com as boas práticas internacionais do sector, quando não as ultrapassam até. A Secil prosseguirá com perseverança este difícil caminho que, estou certo, dará frutos nos anos vindouros. Pedro Queiroz Pereira Presidente do Conselho de Administração 10 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 11 relatório de GESTÃO 1. O Grupo Secil em 2013 2. Principais acontecimentos do ano 3. Portugal 4. Tunísia 5. Líbano 6. Angola 7. Cabo Verde 8. Perspectivas futuras 9. Proposta de aplicação de resultados 12 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. o grupo secil em 2013 _1. O Grupo Secil em 2013 O crescimento económico mundial estimado em 2013 situa-se nos 3%, com as economias emergentes a crescer 4,7% e as economias desenvolvidas 1,3% (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014). A zona euro ainda mantém a situação de recessão e o PIB ter-se-á reduzido 0,4%. De acordo com as últimas projecções, esta zona estará já em recuperação, prevendo-se para 2014 um crescimento de 1%, ainda que se preveja que este seja mais modesto nas economias sujeitas a programas de ajustamento, nas quais as exportações serão um contributo fundamental para o seu crescimento. A actividade da construção e o consumo de cimento continuam em baixa na União Europeia, especialmente nos países com graves dificuldades orçamentais e financeiras, como é caso de Portugal, o principal mercado do Grupo Secil. Neste contexto, antevia-se para a Empresa um exercício de 2013 sujeito a incertezas e muito influenciado pela situação económica e em particular pela depressão do sector da construção em Portugal. A Secil deu continuidade à estratégia definida e iniciada em 2012 para adequação das operações em Portugal à nova conjuntura e que permitirá ao Grupo um posicionamento mais favorável, quando a tendência se inverter e o mercado começar a apresentar sinais de recuperação. O plano encetado no ano anterior, que abrangeu um leque alargado de medidas de racionalização de custos e de maximização da eficiência em todas as unidades em Portugal, conduziu à obtenção de poupanças e ganhos significativos em 2013, ainda que a retracção do mercado que continuou a afectar o país não tenha permitido a obtenção de resultados positivos. A estratégia de redimensionamento prosseguida resultou na redução significativa de custos com pessoal em Portugal, quer nas operações, quer também na estrutura central e actividades de suporte. Esta reestruturação, iniciada em 2012 e continuada em 2013, levou a que, em algumas unidades, os ganhos obtidos já tenham possibilitado uma recuperação dos seus resultados, nomeadamente nas áreas de negócio das Argamassas e dos Inertes. A nova estrutura central, criada em Novembro de 2012, viabilizou o redimensionamento desta área e a obtenção de sinergias, tendo sido entretanto iniciado um processo mais abrangente de optimização destas funções. Esta iniciativa envolveu também a realização de projectos na área das tecnologias de informação com o objectivo de melhorar os processos organizativos e a renegociação de alguns contratos de serviços. A Empresa continuará a beneficiar deste esforço de melhoria contínua em 2014. O aumento de eficiência tem sido igualmente uma das principais prioridades do Grupo em todas as suas localizações geográficas. As diferentes unidades operacionais deram continuidade à prossecução de um 13 conjunto de iniciativas desta natureza com o objectivo de assim melhorar a sua rentabilidade. Destaca-se, na área do cimento em Portugal, o programa de sinergias na área da manutenção, o qual envolveu a centralização destas funções, a renegociação dos contratos de manutenção e produção e a redução de stocks. O aumento da eficiência energética foi outro dos principais projectos realizados em Portugal com vista à redução dos custos com energia térmica e eléctrica tendo as diferentes acções implementadas conduzido ao aumento da taxa de substituição dos combustíveis alternativos e à redução do consumo de electricidade, gerando assim ganhos nos custos de energia. As diferentes unidades em Portugal têm revelado uma boa capacidade de resposta à diminuição dos volumes de vendas no mercado interno e prosseguiram a estratégia de aposta em produtos de maior valor acrescentado enriquecendo o seu mix de vendas. Esta aposta permitiu o aumento do preço médio de venda nos Inertes e Argamassas. Verificou-se também um aumento da venda de produtos de valor acrescentado no Betão pronto. A Secil prosseguiu com sucesso a sua aposta na exportação, tendo aumentado as vendas de cimento para o mercado externo, as quais atingiram o volume mais elevado do historial da Empresa. A operação em Portugal manteve a sua orientação para a exportação com constante identificação de oportunidades em novos mercados. Na Tunísia, as actividades continuaram marcadas pelas restrições impostas às exportações e o preço de venda continuou regulamentado, mantendo-se inalterado desde Junho de 2011. Ainda assim, foi possível aumentar as vendas de exportação, o que representa uma melhoria significativa da operação, dada a maior rentabilidade destas vendas. No respeitante a investimentos destaca-se a substituição dos arrefecedores dos dois fornos em 2013, o que obrigou à paragem dos mesmos e ao aumento da compra de clínquer, o que teve implicações negativas na margem operacional. O principal objectivo deste investimento foi a obtenção de ganhos energéticos, com vista à redução de custos e ao aumento consistente da produção de clínquer. Estes investimentos permitiram, ainda no final de 2013, a obtenção de ganhos na área da produção, os quais se sentirão mais marcadamente já em 2014. No Líbano, as diferentes iniciativas e investimentos foram também muito focados na melhoria da performance na produção de cimento, tendo por principais objectivos a redução dos custos de produção, a melhoria do desempenho ambiental e o aumento da produção. Os ganhos obtidos com estes projectos foram significativos e tiveram impactos muito positivos em 2013, tendo sido conseguidas as produções de cimento e clínquer mais elevadas de sempre na Fábrica de Sibline. Para além do incremento da produção, foram obtidas importantes reduções nos custos de produção, em resultado da diminuição da taxa de incorporação de clínquer e da diminuição do consumo energético. A empresa iniciou em 2013 a construção de uma fábrica de blocos no Líbano, diversificando assim as suas áreas de negócio, investimento que deverá ficar concluído em 2014. Em Angola, a constante pressão sobre os preços de venda, que já havia sido sentida em 2012, foi particularmente forte em 2013. A empresa implementou uma série de investimentos tendo em vista a redução dos custos de produção, de forma a melhorar a margem e a compensar a referida redução do preço de venda. Dos investimentos realizados, destaca-se a instalação do circuito separador num dos moinhos de cimento, o qual permitiu a produção de cimentos com menor taxa de incorporação de clínquer e que se traduziu numa redução do custo variável de produção a partir de Novembro. É convicção do Conselho de Administração que estas medidas, conjuntamente com a continuação da aposta na exportação e na internacionalização, permitirão ao Grupo recuperar os seus níveis de resultados e a sua rentabilidade. 14 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. o grupo secil em 2013 Principais Indicadores Físicos Consolidados Capacidade Produtiva de Cimento Vendas Cimento cinzento 1 000 t Cimento branco 1 000 t Cal artificial 1 000 t Clínquer 1 000 t Betão Pronto 1 000 m3 Inertes 1 000 t Préfabricados 1 000 t Argamassas 1 000 t Cal Hidraúlica 1 000 t Cimento-Cola 1 000 t Pessoal Colaboradores Rácio de frequência de acidentes Rácio de gravidade de acidentes Demonstração de Resultados Consolidados (milhares de euros) Volume de Negócios Custos Operacionais EBITDA Depreciações, amortizações e provisões EBIT Resultados Financeiros Resultados antes de Impostos Impostos sobre os lucros Interesses Minoritários Resultado Líquido Atribuível a Accionistas 2013 2012Variação 7.650 7.650 0,0% 4.574 87 56 231 1.027 1.790 74 99 22 12 4.551 92 66 315 1.266 2.056 87 141 15 10 0,5% -4,6% -15,7% -26,8% -18,9% -12,9% -15,4% -29,7% 47,0% 21,8% 2.127 1,37 34,13 2.247 1,28 27,51 -121 7,5% 24,1% 2013 411.525 351.491 60.034 66.761 -6.727 -23.919 -30.645 1.509 -5.761 -34.897 2012Variação 450.233 379.482 70.750 87.865 -17.115 -12.750 -29.865 -3.897 -4.698 -38.459 -8,6% -7,4% -15,1% -24,0% -60,7% 87,6% 2,6% -138,7% 22,6% -9,3% 15 As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil totalizaram 4,9 milhões de toneladas, cerca de 1,5% abaixo das vendas realizadas em 2012. A boa performance das vendas no Líbano (+7%) e o aumento das vendas na Tunísia (+4%) resultantes do aumento das exportações, permitiram atenuar o decréscimo verificado nas vendas em Portugal. O desempenho das vendas de cimento em Portugal continuou a ser afectado pela conjuntura económica desfavorável. O foco na exportação permitiu que a quebra de 21% das vendas no mercado interno fosse atenuada pelo crescimento das vendas de exportação, pelo que as vendas totais de Portugal decresceram 9%. As vendas de betão pronto no Grupo diminuíram 19% em 2013. Esta quebra foi muito influenciada pelo desempenho das operações em Portugal onde as vendas diminuíram 27%, tendo sido vendidos menos 259 mil m3 comparativamente a 2012. As vendas de betão na Tunísia estabilizaram face a 2012 e, no Líbano, cresceram significativamente, tendo registado um aumento de 16%. No entanto, este crescimento não foi suficiente para compensar a quebra das vendas em Portugal, dado o peso deste mercado nas vendas totais de betão no Grupo. O volume de negócios do Grupo Secil em 2013 cifrou-se em 412 milhões de euros, 38,7 milhões de euros abaixo do verificado em 2012. Volume de Negócios ( milhares de euros) 2013 2012Variação Portugal 259.597 303.221 Líbano 90.415 88.027 Tunísia 67.199 67.086 Angola 23.870 28.531 Cabo Verde 5.425 5.846 Outros 1.079 2.101 Intra-Grupo -36.059 -44.578 Total Consolidado 411.525 450.233 -14,4% 2,7% 0,2% -16,3% -7,2% -48,7% -19,1% -8,6% 16 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. o grupo secil em 2013 Esta redução é justificada maioritariamente pela quebra do volume de negócios nas operações em Portugal. Destaca-se a performance positiva das actividades no Líbano, em resultado do aumento das vendas de cimento e de betão. Na Tunísia, verificou-se um aumento das quantidades vendidas de cimento para o mercado externo (cujo preço é superior ao praticado no mercado interno) e uma estabilização das vendas no mercado interno. As vendas de cimento em Angola decresceram cerca de 5,5%, mas a quebra no volume de negócios foi superior, tendo atingido os 16,3%. Tal situação é devida a uma diminuição significativa de preços em 2013, em consequência de uma situação concorrencial mais agressiva. O EBITDA cifrou-se em 60 milhões de euros, tendo diminuído cerca de 10 milhões de euros, face ao exercício anterior. EBITDA ( mihares de euros) 2013 Portugal Líbano Tunísia Angola Cabo Verde Outros Total Consolidado 20.894 31.301 7.477 241 194 -73 60.034 2012Variação 39.342 22.476 8.956 2.601 66 -2.692 70.750 -46,9% 39,3% -16,5% -90,7% 194,6% -97,3% -15,1% 17 Esta variação deveu-se maioritariamente à redução dos proveitos das vendas de excedentes de direitos de emissão de CO2 – os quais registaram uma diminuição de 8,2 milhões de euros - e ao aumento dos valores registados em imparidades para dívidas a receber e inventários, em cerca de 3 milhões de euros. Expurgando os efeitos referidos, constata-se que, apesar da redução do volume de negócios em cerca de 38,7 milhões de euros, as medidas de gestão que têm vindo a ser implementadas, com o objectivo da redução de custos e maximização da eficiência, permitiram compensar o impacto do decréscimo da actividade na rentabilidade operacional, medida por este indicador. Em Portugal, o aumento das vendas de exportação de cimento e a prossecução de diferentes iniciativas e projectos que visam a optimização das operações, não foram suficientes para compensar o decréscimo do mercado interno. A expressiva melhoria do EBITDA no Líbano contribuiu decisivamente para compensar a redução verificada no EBITDA de outras unidades do grupo. Este incremento verificou-se com especial relevância na actividade do sector cimento, onde para além do aumento das vendas, se obtiveram importantes reduções nos custos de produção em resultado do aumento da eficiência produtiva. Apesar da diminuição do EBITDA em cerca de 10 milhões de euros comparativamente a 2012, e conforme já mencionado, a performance de 2012 estava impactada positivamente pelos proveitos de venda de CO2 no montante total de 9,2 milhões de euros, enquanto em 2013 estes se cifraram em apenas 1 milhão de euros, tendo a Empresa optado por não vender a reserva de excedentes de que dispõe. O mercado de licenças de emissão de CO2 caracterizou-se por uma volatilidade elevada: os preços, que no início do ano se situavam em redor dos 6,60 €/t, atingiram valores ligeiramente abaixo dos 3 €/t, para terminarem o ano de 2013 a cotar a 4,83 €/t. É de salientar que a desvalorização do dinar tunisino, em cerca de 7% teve um impacto negativo no EBITDA da Tunísia de 563 mil euros e que a desvalorização do dólar, em cerca de 3,3%, teve um impacto negativo no EBITDA do Líbano de 1 milhão de euros. Retirando o impacto das vendas de CO2, o impacto da desvalorização cambial e a variação nas imparidades para inventários e dívidas a receber, o EBITDA de 2013 seria superior ao de 2012, em cerca de 2 milhões de euros. No contexto particularmente desfavorável, e considerando a quebra no volume de negócios, este facto evidencia o sucesso das acções que têm vindo a ser empreendidas nas diferentes operações do Grupo, com maior relevância em Portugal. Comparativamente ao ano de 2012, os custos com pessoal diminuíram em 12%. No final de 2013, o Grupo Secil conta com 2 127 colaboradores, o que representa um decréscimo significativo face a 2012 (2 247 colaboradores). A redução é ainda mais significativa se comparada com o número do início de 2012: 2 565 colaboradores. A reestruturação iniciou-se em 2012, em Portugal, nos segmentos do cimento, betão pronto e inertes. Já em 2013, abrangeu a área dos Prefabricados e Portugal Cimento (embora em menor escala, quando comparada com 2012). Em Portugal, o número de colaboradores reduziu de 1 338 em 2011, para 1 057 em 2012, sendo 950 no final de 2013. Nas diferentes operações do Grupo prosseguiu-se um conjunto de iniciativas com vista à melhoria da rentabilidade operacional. Com este objectivo, a área de Portugal Cimento deu continuidade aos projectos iniciados em 2012, de onde se destacam as áreas da manutenção, dos combustíveis alternativos e da renegociação de contratos de serviços. No Líbano, os ganhos obtidos na produtividade e no consumo de energia térmica e eléctrica, permitiram a redução dos custos de produção e o incremento da margem EBITDA. Na Tunísia e em Angola, os investimentos realizados ao longo de 2013, possibilitaram às suas unidades uma melhoria significativa na produção. Ainda que estes ganhos só tenham ocorrido no final do ano, e o seu impacto em 2013 tenha sido diminuto, perspectiva-se a obtenção de ganhos significativos no decorrer de 2014. O EBIT da Secil, negativo em 6,7 milhões de euros, deve-se ao registo de depreciações, provisões e imparidades, no montante total de 66,8 milhões de euros. Este valor inclui o registo de 13,6 milhões em imparidades no goodwill em Portugal, e 2,8 milhões de euros em imparidades para activos fixos. Em 2012, esta rubrica tinha registado um valor ainda mais significativo, tendo sido registados cerca de 31,2 milhões de euros em imparidades. Os resultados financeiros registaram um valor negativo de 23,9 M€, uma diminuição significativa quando comparado com os 12,8 M€ de 2012. 18 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. o grupo secil em 2013 Resultados Financeiros (milhares de euros) 2013 2012Variação Proveitos Financeiros 5.160 5.563 -26.864 -18.308 Custos Financeiros Resultados Empresas Associadas -2.214 -5 Total Consolidado -23.919 -12.750 Esta variação deve-se ao aumento do endividamento médio, face ao período homólogo em resultado, por um lado, das distribuições de resultados e empréstimos efectuados aos accionistas em 2012 e, por outro, à aquisição em 2012 de 13,6% do Grupo Supremo. Estas operações ocorreram no final do 1º semestre de 2012, pelo que influenciaram a dívida e os juros apenas em parte do ano de 2012. Em 2013, a dívida, e consequentemente os custos financeiros, foram também influenciados pelo aumento do investimento na Supremo e pela aquisição de 45,58% da NSOSPE, no total de 15,6 milhões de euros. Os resultados de empresas associadas diminuíram em 2013, tendo atingido o valor negativo de 2,2 milhões de euros. Este decréscimo decorre sobretudo do registo da equivalência patrimonial da NSOSPE, cujo resultado líquido está afectado pelo valor negativo dos seus resultados financeiros, em consequência da dívida desta para a realização dos importantes investimentos da Secil no Brasil. O resultado líquido atribuível aos accionistas, no ano de 2013, foi negativo em -7% 47% 42608% 88% 34,9 milhões de euros. Este resultado reflecte, para além dos referidos efeitos das vendas de CO2, o de imparidades no goodwill (13,6 milhões de euros) e imparidades em activos fixos (2,8 milhões de euros), bem como a diminuição dos resultados financeiros. 19 Síntese do Balanço Consolidado (milhares de euros) 2013 2012Variação Activos não Correntes Activos Fixos Tangíveis 365.304 397.109 Participações Financeiras 33.408 29.430 Goodwill 114.967 132.212 Outros activos não correntes 23.052 20.925 Activos Correntes Inventários 91.765 98.726 Clientes e Outras Contas a Receber 62.423 135.718 Caixa e equivalentes 124.323 72.732 Outros activos correntes 12.454 19.877 827.697 906.729 Total do Activo Capitais Próprios 249.034 306.061 Interesses minoritários 66.192 65.679 Total do Capital Próprio 315.226 371.739 Passivos Não Correntes Financiamentos obtidos 285.921 324.098 Provisões 21.294 18.878 Outros passivos não correntes 38.927 47.457 Passivos Correntes Financiamentos obtidos 71.365 35.354 Fornecedores 41.321 35.729 Outros passivos não correntes 53.642 73.473 Total do Passivo 512.470 534.989 Total do Capital Próprio e Passivo 827.697 906.729 O total do activo líquido do Grupo Secil situou-se em 828 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2013, o que representa uma diminuição de 8,7% comparativamente a 31 de Dezembro de 2012. Para este resultado contribuíram a diminuição do goodwill, devido ao registo de imparidades, e a diminuição do valor líquido dos activos fixos tangíveis em 31,8 milhões de euros. O investimento em activos fixos tangíveis totalizou 34,4 milhões de euros. No entanto, o impacto das depreciações no montante de 51 milhões de euros e a desvalorização em relação ao euro das moedas dos países onde o Grupo tem os seus activos, em cerca de 15,9 milhões de euros, contribuíram para a diminuição desta rubrica. -8,0% 13,5% -13,0% 10,2% -7,1% -54,0% 70,9% -37,3% -8,7% -18,6% 0,8% -15,2% -11,8% 12,8% -18,0% 101,9% 15,7% -27,0% -4,2% -8,7% Os investimentos em activos fixos tangíveis respeitam maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento, em Portugal, Tunísia e Líbano, que representam 85% do montante total. Em Portugal destacam-se os investimentos na área dos combustíveis alternativos, na Tunísia a substituição dos arrefecedores dos fornos e no Líbano a finalização da remodelação da linha do forno 1. Estes investimentos permitiram aumentar a eficiência operacional e consequentemente a rentabilidade destas fábricas. euros de Dezembro de 2012, significa uma redução de 56,8 milhões de euros. A 31 de Dezembro de 2013 a dívida financeira líquida cifrou-se em 229,9 milhões de euros, o que comparado com o montante de 286,7 milhões de O sistema bancário revelou durante 2013 uma maior disponibilidade para concessão de crédito, acompanhada da oferta de condições mais favoráveis. Ao longo do ano de 2013, o Grupo Secil manteve a disponibilidade de várias linhas de crédito com vista a assegurar o financiamento da sua actividade actual, bem como potenciais investimentos em novos activos. No final do ano, o total de linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendia a cerca de 627 milhões de euros, das quais 267 milhões de euros não se encontravam utilizadas. 20 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. o grupo secil em 2013 Em Novembro de 2013, a taxa de cedência de liquidez do Banco Central Europeu foi reduzida para 0,25% face ao valor de 0,75% registado no início do ano. A Euribor a 3 meses, indexante mais representativo para a dívida do Grupo, manteve-se em níveis historicamente baixos, ainda que tenha registado uma ligeira subida, passando de 0,187% no início do ano para 0,287% no seu final, influenciando negativamente os resultados financeiros da Empresa. No mercado cambial, a cotação EUR/ USD foi caracterizada por alguma volatilidade, cotando-se ao longo do ano entre 1,2786 e 1,3814, e registando uma média de 1,3281. No que respeita à gestão do risco cambial, o Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intra-Grupo. Relativamente ao USD, principal divisa de exposição do Grupo, a taxa de cobertura através de hedging natural, no ano de 2013, situou-se nos 65%. O Fundo de Pensões do Grupo Secil está repartido em quatro sub-fundos com perfis de risco distintos: um sub-fundo afecto ao Plano de Benefício Definido, em que se manteve a adopção de uma política de investimento conservadora, e três sub-fundos afectos ao Plano de Contribuição Definida, com perfis diversificados no montante de 13,1 milhões de euros. À data de 31 de Dezembro de 2013, o Fundo de Pensões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situação financeira superavitária de 4,1 milhões de euros relativamente às responsabilidades actuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data. 21 > Reestruturação da área da prefabri- cação, reduzindo a sua estrutura. > Aquisição de 2 autobombas e 4 au- tobetoneiras para colmatar a saída de operadores do mercado e garantir o fornecimento de betão. 02. Principais Acontecimentos do Ano > Consolidação da implementação do Sistema de Gestão de Relacionamento com o Cliente - CRM. Este sistema permitiu compilar de uma forma integrada todas as informações, interacções e necessidades do cliente, conduzindo a uma maior proximidade com o mesmo e à oferta de um nível de serviço superior. > O navio cimenteiro Roaz realizou com _Portugal > Lançamento do programa “Secil +” que envolveu todos os quadros do Grupo Secil. O programa tem como objectivo alinhar e conhecer a estratégia do Grupo, tendo sido definidas as 10 principais prioridades para os próximos 3 anos. > Implementação do projecto de integração e consolidação SAP (Projecto UNO), que incluiu um conjunto de melhorias no sistema e que permitirá a optimização destas funções. > As exportações de cimento atingiram os maiores volumes da história da Empresa (1 062 mil t). > Finalização de sistemas de bypass de gases nas linhas de produção de clínquer de Outão (forno 8 em Maio e forno 9 em Julho) e Maceira (forno 5 em Abril e forno 6 em Julho), que vieram contribuir para o aumento da utilização de combustíveis alternativos, em detrimento dos combustíveis fósseis. > Entrada em funcionamento da nova unidade de ensacagem e paletização de cimento na Fábrica Secil-Outão, possibilitando o aumento da capacidade de exportação de cimento embalado. > Fusão da gestão operacional das áreas de Manutenção e Produção das fábricas de cimento de Maceira e Pataias. êxito, pela primeira vez, uma viagem à Madeira para descarga de cimento nos silos da Cimentos Madeira. Esta passa a ser uma alternativa relevante para a regularidade do abastecimento às nossas operações na Região Autónoma. > Obtenção pela Secil de resultado posi- tivo na auditoria externa da APCER (Associação Portuguesa de Certificação). A auditoria foi de acompanhamento e de extensão da Certificação à Unidade de Microalgas, instalada na fábrica Cibra-Pataias, em Ambiente e Segurança. > Comemoração dos 90 anos da Fábrica Maceira-Liz. “90 Anos a Cimentar História” foi o mote da celebração que juntou colaboradores, reformados, clientes e parceiros institucionais da região. > Entrega do Prémio Secil Arquitectura ao Arquitecto José Neves, pelo projecto de requalificação e ampliação da Escola Francisco de Arruda, em Lisboa. _Líbano > Foi atingida a maior produção de clín- quer e de cimento de sempre, bem como o maior volume de vendas de sempre. > Concluí-se o investimento na modernização da linha 1, que permitiu reduzir os custos de produção, melhorar o desempenho ambiental e aumentar a produção. > Iniciou-se a construção da Fábrica de blocos, a qual será concluída em 2014. > O sistema SAP foi implementado. Tunísia > Substituição dos arrefecedores dos dois fornos. > Abertura de uma nova unidade de produção de betão pronto na Ilha de Djerba. > Obtenção da certificação integrada no sistema de Qualidade ISO 9001, de Segurança ISO 14001 e do Ambiente OHSAS 18001 pela Sud Béton. _Angola > Construção de uma linha de enchi- mento de Big Bags que permitiu à Secil Lobito tornar-se no único fornecedor de cimento tipo I 42,5 para a construção do novo aeroporto da cidade do Namibe e estádio municipal de futebol de Menongue. > Instalação de um circuito separador no moinho de cimento que permitiu a produção de cimentos de baixa percentagem de incorporação de clínquer e que se traduziu numa redução do custo variável de produção do cimento CEM II 32,5 R, e dotar a fábrica de capacidade tecnológica para a produção pela primeira vez em Angola de cimento CEM I 52,5R. > Criação da Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA), da qual a Secil Lobito foi um dos membros fundadores. _Cabo Verde > Início do fornecimento regular às ilhas de São Nicolau e de Maio. > Início da comercialização do cimento CEM IV/A (V) 32,5 R, tendo sido pela primeira vez comercializado em Cabo Verde através da Secil. > Alteração do layout de distribuição de energia na unidade industrial de produção de Inertes, tendo contribuído para a redução de custos, nomeadamente o consumo de combustível. 22 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 03. Portugal Unidade 2013 2012Variação Mercado de Cimento 1000 t 2.800 3.516 -20% Produção de Clínquer 1000 t 2.021 2.186 -8% 1000 t 2.152 2.270 -5% Produção de Cimento Vendas de cimento e Clínquer* Mercado Interno 1000 t 1.081 1.364 -21% Mercado Externo 1000 t 1.488 1.471 1% Total 1000 t 2.570 2.834 -9% 699 958 -27% Vendas de Betão* 1000 m3 Vendas de Inertes* 1000 t 2.281 2.666 -14% Vendas de Argamassas* 1000 t 134 166 -20% Vendas de Pré-fabricados* 1000 t 70 82 -15% Volume de negócios 1.000 € 259.597 303.221 -14% EBITDA 1.000 € 20.894 39.342 -47% Margem EBITDA % 8% 13% EBIT 1.000 € -22.746 -27.875 -18% Margem EBIT % n.a n.a Capex 1.000 € 14.856 13.608 9% Pessoal Nº 949 1.055 -107 * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. Segundo as previsões divulgadas pelo FMI, o produto interno bruto caiu 1,8% em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014). As actuais estimativas do Banco de Portugal (Boletim Económico de Inverno) apontam para uma contracção de 1,5% em 2013, o que implica uma queda acumulada de cerca de 6% no período 2011-2013. Esta evolução tem subjacente um perfil de recuperação do crescimento do PIB em termos homólogos ao longo de 2013. de projecção (2014-2015), a economia deverá registar taxas de variação homólogas do PIB positivas (Boletim Económico de Inverno – Banco de Portugal). As actuais projecções confirmam as perspectivas de uma recuperação gradual da economia portuguesa. A partir do final de 2013, e ao longo do horizonte O sector da construção residencial continuou em baixa, fruto do elevado stock de habitações disponíveis para venda e do endividamento das famílias. Nas obras pú- O ano de 2013 foi, mais uma vez, marcado por um forte ambiente recessivo no sector da construção em Portugal. As restrições orçamentais impostas conduziram a um corte no investimento público e privado o que resultou num decréscimo do consumo de cimento em Portugal. blicas, tradicional alavanca da economia, o contexto orçamental voltou a adiar os projectos para o futuro. Contudo, importa salientar o comportamento menos gravoso no segundo semestre do ano, que aliado à evolução positiva dos indicadores de carácter económico, perspectiva uma maior confiança para 2014. De acordo com a última informação disponível da FEPICOP, apesar da construção se manter em terreno negativo, os dados de Dezembro de 2013 apontam para uma recuperação dos indicadores da actividade. O índice de produção na construção (INE – Dezembro 2013) registou em Novembro 23 de 2013 uma variação de -14,4% em termos homólogos, traduzindo uma redução ligeiramente menos expressiva que a verificada no mês anterior (-15,8%). Apesar destes índices continuarem a apresentar reduções, as variações homólogas têm vindo a diminuir comparativamente às variações dos primeiros meses do ano, antevendo alguma recuperação. Neste enquadramento, a Secil, voltou, em 2013, a registar um declínio da sua actividade em Portugal. A procura de cimento continuou em queda tendo-se registado uma variação homóloga de -20% (-28,6% em 2012), de acordo com os dados do Cemapre. No entanto, as variações homólogas negativas foram-se atenuando significativamente ao longo do ano. Estima-se que o mercado nacional de cimento tenha atingido 2,8 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição de cerca de 20%, face ao ano anterior. As vendas de cimento da Secil, no mercado nacional, acompanharam esta tendência atingindo-se 1 081 mil toneladas, menos 20,7% que em 2012. O ano de 2013 foi marcado por um ambiente concorrencial muito forte, resultado do excesso da capacidade instalada em Portugal e do excesso de oferta do mercado Espanhol. Apesar do contexto adverso, a área do cimento manteve a sua posição competitiva no mercado nacional, através de uma dinâmica comercial focada na diversidade da oferta de produtos, na consolidação da estrutura de distribuição e na implementação de novas metodologias de relacionamento com o cliente. Do esforço desenvolvido ao longo do ano resultou um aumento do preço médio de venda e um aumento do peso relativo dos produtos mais complexos e de maior valor acrescentado. Por segmento de mercado, a revenda e a fabricação apresentaram decréscimos inferiores à média de mercado, enquanto a produção de betão e a construção caíram de forma mais significativa que a estimativa de consumo de cimento a nível nacional. Importa salientar a incorporação de cimento branco da Secil em várias obras relevantes, entre as quais o Elevador Panorâmico de Sines e o Elevador do Jardim Público da Covilhã, a continuação do fornecimento de cimento branco para a Fundação Nadir Afonso - Chaves (Arquitecto Álvaro Siza Vieira) e a conclusão do Edifício Poente no Tagus Park – Oeiras (Arquitecto Frederico Valsassina). Relativamente a obras com cimento cinzento, destacam-se o reforço de potência de duas importantes barragens, a da Venda Nova e a de Salamonde - Vieira do Minho, a Igreja dos Navegantes na Expo Norte em Lisboa, a conclusão do Data Center da Portugal Telecom – Covilhã, a construção de infra-estruturas de Rega do Alqueva e o Edifício Dynamic em Braga. A Secil manteve com sucesso a sua orientação para a exportação, tendo aumentado ligeiramente as vendas totais no mercado externo, o qual representa já 55% das vendas totais. O aumento foi expressivo nas vendas de cimento que aumentaram cerca de 16%, enquanto as vendas de clínquer diminuíram 23%. Esta substituição é mais vantajosa uma vez que as margens do cimento são superiores. As vendas de betão pronto foram as mais afectadas pela situação do sector da construção e as que registaram uma variação negativa mais significativa, tendo diminuído 27%. Para além da escassez de obras, esta área enfrenta uma situação concorrencial muito forte com reflexos significativos nos preços de venda e nas margens. As vendas de inertes registaram um decréscimo de 14%, tendo sido vendidas menos 386 mil toneladas. Este decréscimo foi ainda mais acentuado em pro- porção das vendas na Região Autónoma da Madeira, afectada com o excesso de oferta existente no mercado (-48% face ao ano anterior) por via da matéria-prima disponível, resultante dos trabalhos nas ribeiras e obras marítimas. Nas vendas efectuadas no continente, embora também se tenha verificado uma diminuição das quantidades, verificou-se uma alteração na abordagem ao mercado, onde se procurou privilegiar o fornecimento de agregados mais valorizados. Assim, as vendas, ainda que inferiores em volume, foram compostas por um mix caracterizado por produtos com um preço mais elevado. Continuou a aposta na venda de rocha ornamental, iniciada em 2012, ainda que estas representem uma pequena parte das vendas totais de agregados, registaram uma evolução positiva. À semelhança e em linha com o sector da construção, o número de licenças de obras de reabilitação diminuiu, confirmando a perda de dinâmica já observada desde o 2º trimestre de 2012. A sinificativa redução do número de obras e do volume de cada obra continuaram a contribuir para uma concorrência muito agressiva no segmento da reabilitação. As vendas de argamassas reflectiram a tendência do mercado, com uma quebra de 28% no volume de vendas. A contínua aposta na estratégia de lançamento e promoção de novos produtos de valor acrescentado, iniciada em 2011, tem permitido atenuar o impacto da quebra do volume de vendas. As vendas de cal hidráulica da Secil Argamassas registaram um aumento considerável de 53%, relativamente a 2012. Este aumento foi impulsionado pelo encerramento da fábrica de um concorrente em Março de 2013. A nível internacional, e dando continuidade à linha estratégica traçada em 24 03. Portugal 2012, as exportações cresceram 6%, ao expandir a sua presença geográfica para novos países como a Holanda, Bélgica e Canadá. As vendas de pré-fabricados continuaram em queda em 2013. Este mercado continua a ser marcado pela concorrência muito agressiva, resultante da oferta instalada muito superior à procura e por preços muito baixos. A quebra de 15% nas vendas da pré-fabricação do Grupo é devida a uma diminuição de actividade mais acentuada na Secil Prebetão, onde as vendas decresceram 20%, tendo sido de 27% na área de fabricação de blocos, devido à oferta excessiva. Apesar da conjuntura, as vendas de telhas da Argibetão cresceram comparativamente a 2012. Os investimentos em retelhamentos, mudanças de telhado e a utilização de telhas em nova construção, cresceram no mercado nacional, onde as vendas em quantidade aumentaram 2%. Também no mercado espanhol se verificou um crescimento de vendas de 1%. Neste contexto, o volume de negócios global em Portugal decresceu 14,4% comparativamente a 2012, tendo-se cifrado em 259,6 milhões de euros. É de salientar que as diferentes unidades têm prosseguido uma estratégia de aposta em produtos mais valorizados, por forma a atenuar os impactos da diminuição dos volumes de venda. O volume de negócios no cimento decresceu cerca de 9%, o que se traduziu RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 numa diminuição de 15,7 milhões de euros face a 2012. No mercado interno, e em resultado do esforço desenvolvido ao longo do ano, verificou-se um aumento do preço médio de venda e um aumento do peso relativo dos produtos mais complexos e de maior valor acrescentado, pelo que o decréscimo de 20% na quantidade se traduziu numa quebra de 18% em volume de negócios. Destaca-se, ao nível do produto, o reforço do peso do novo cimento CEM II/B-L 42,5R, bem como o crescimento significativo das vendas do CEM I 52,5R e do CEM IV/A (V) 32,5R SR, que quase duplicaram face ao ano anterior. Foi ainda colocada no mercado uma nova embalagem plastificada (pacotão) com sacos de 25 kg. A contínua aposta na exportação, permitiu aumentar as quantidades vendidas em cerca de 1%, mas o acréscimo no volume de negócios foi ligeiramente superior, tendo sido de 2%. Esta variação deve-se ao incremento das vendas de cimento em 16% e cujo preço é mais elevado do que o das vendas de clínquer, que diminuíram 23%. A redução do volume de negócios do betão pronto (-17,9 milhões de euros) foi mais significativa que a quebra das quantidades (31% vs 27%) fruto do decréscimo do preço médio de venda (no continente e na Região Autónoma da Madeira), como consequência de uma situação concorrencial desfavorável e agressiva. Apesar de uma aposta maior em produtos de valor acrescentado e do aumento das vendas destes, a compensação não é suficiente pois estes produtos representam ainda uma parte diminuta do total das vendas. O volume de negócios de Inertes registou um decréscimo semelhante ao verificado nas vendas em quantidade. Deve contudo salientar-se o aumento no preço médio de venda de cerca de 4,6% nas vendas efectuadas no continente, ainda que não tenha sido suficiente para atenuar o efeito do decréscimo dos serviços de transporte no volume de negócios, e o decréscimo do preço de venda na Região Autónoma da Madeira. Este aumento do preço é reflexo da alteração do mix de vendas e da abordagem ao mercado, onde se tem procurado dar prioridade ao fornecimento de agregados mais valorizados. Apesar das vendas de Argamassas terem seguido a tendência do mercado, com uma quebra de 28% no volume de vendas em toneladas, tendo em conta a contínua estratégia de lançamento e promoção de novos produtos de valor acrescentado, iniciada em 2011, o preço médio de venda da Secil Argamassas cresceu cerca de 25%. Tal facto, associado ao aumento das vendas de cal hidráulica, permitiu compensar a queda do volume de vendas. O volume de negócios dos Préfabricados reduziu-se ligeiramente menos que as quantidades, tendo registado uma quebra de 14%. Para este facto contribuiu o aumento de preços médios das telhas, quer nas vendas em Portugal, quer nas vendas efectuadas em Espanha, o que evidencia o esforço comercial efectuado nesta área e que permitiu que o preço médio de venda crescesse 2,9% em Portugal e 3,3% em Espanha. O EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 20,9 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2012, de 39,3 milhões de euros, representa um decréscimo de 46,9%. A performance da actividade comercial na maioria das áreas de negócio afectou o desempenho do EBITDA e é responsável pela quebra de uma parte significativa deste valor. Conforme já referido, as vendas de CO2 registaram uma diminuição significativa já que, em 2012, 25 estas receitas totalizaram 9,2 milhões de euros, enquanto em 2013 foram de apenas 1 milhão de euros. Retirando o efeito do CO2, o EBITDA teria reduzido 33,9%. Tendo-se tratado de uma opção de gestão, a Secil dispõe assim de uma reserva de valor importante que poderá realizar em 2014 se entender vender o CO2 excedente. tando assim a eficiência operacional destas fábricas. franca recuperação assim que o mercado comece a dar sinais de retoma. Os custos com pessoal em Portugal registaram uma diminuição significativa de 7,7 milhões de euros, o que é bastante representativo do esforço que as suas unidades têm efectuado no sentido de adaptar as estruturas à actual realidade do mercado. A situação financeira da generalidade dos clientes das diferentes áreas de negócio mantém-se desafiante e os problemas de incobrabilidade aumentaram. O EBITDA de 2013 está influenciado negativamente pelo registo de imparidades para dívidas a receber e também de imparidades para inventários, cuja variação face a 2012 registou um saldo negativo de 2,8 milhões de euros. Se estas rubricas não tivessem registado esta variação comparativamente a 2012 e expurgando as vendas de CO2, a variação negativa do EBITDA em Portugal teria sido de 24,6%, ao invés dos 46,9%. Foi dada continuidade aos projectos de redução de custos, em especial na área do cimento (cujo peso nos custos totais do Grupo em Portugal é bastante significativo) dos quais se salienta o programa de sinergias na área de manutenção industrial visando a redução de custos de materiais, serviços e stocks, assim como o projecto de aumento de eficiência energética que visa a redução de custos com energia eléctrica e térmica. O investimento em activos fixos tangíveis em Portugal totalizou 14,9 milhões de euros, e verificou-se essencialmente na área do cimento. Destacam-se a finalização dos projectos de aumento de capacidade de armazenagem de combustíveis alternativos - CDR’s e a finalização da instalação de by-pass de gases nos fornos da Fábrica Secil-Outão e Maceira-Liz. Todos estes projectos têm como finalidade o aumento da utilização de combustíveis alternativos e a obtenção de poupanças no consumo de energia ainda mais significativas. O crescimento do peso das vendas de exportação de cimento, cujas margens são inferiores às das vendas no mercado interno, contribuiu também para a redução da margem EBITDA. Destaca-se o efeito muito positivo da diminuição e controlo dos custos operacionais, incluindo os custos com pessoal, em todas as áreas, resultado da reestruturação operacional levada a cabo em 2012 e em 2013. Esta redução resultou da importante restruturação empreendida no ano de 2012 em Portugal - em particular nos segmentos do Cimento, Betão Pronto e Inertes -, mas também da reestruturação que ocorreu já em 2013 na área dos Préfabricados e novamente no cimento. Nas áreas operacionais do cimento procedeu-se à fusão da gestão operacional das áreas de manutenção e produção das fábricas de cimento da Maceira e Pataias, aumen- Prosseguiu o aumento da utilização de resíduos industriais como combustível térmico, tendo sido aumentada a taxa de utilização de combustíveis alternativos de 41% em 2012, para 44% em 2013. Os esforços e investimentos nesta área continuam a ser uma prioridade, com vista à obtenção de uma taxa superior e consequentemente com uma poupança ainda mais significativa nos custos de energia. O resultado dos esforços acima referidos permitiu atenuar em grande medida o impacto da quebra da actividade no mercado interno e permitirá à Secil tirar partido destas optimizações logo que o mercado recupere. Apesar do redimensionamento das diferentes áreas e dos esforços na redução de custos, ainda que estes já tenham permitido mitigar o impacto da quebra do volume de negócios, ainda não foram suficientes para a compensar, com excepção da área de inertes e das argamassas cujo valor do EBITDA recuperou comparativamente a 2012. No entanto, estas medidas posicionam as diferentes unidades em Portugal para uma O crescimento da economia portuguesa no último trimestre de 2013 deixa, sem dúvida, um sinal de confiança para 2014. Contudo, não esquecendo que o sector da construção ocupa uma posição de fim de linha no ciclo de investimento, a actividade da construção e o consumo do cimento deverão continuar a decrescer em 2014, embora se estime uma queda mais moderada do que em 2013. As actuais projecções apontam para um crescimento de 0,8% da actividade económica em 2014, após uma queda estimada de 1,5% em 2013 (Banco de Portugal - Boletim Económico de Inverno – Janeiro 2014). Também as projecções mais recentes do FMI apontam para um crescimento de 0,8%. As actividades do Grupo em Portugal vão continuar em 2014 influenciadas pela conjuntura do sector da construção e, ainda que existam perspectivas de alguma recuperação em 2015, continuará a ser dado particular enfoque na implementação de medidas que visam o aumento da eficiência operacional nas mais diferentes áreas (tanto nas operações como na estrutura central) e que vão permitir a obtenção de melhores resultados assim que o mercado recuperar. 26 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. Tunísia Unidade 2013 2012Variação Mercado de Ligantes Cimento 1000 t 7.402 7.163 3% 1000 t 278 331 -16% Cal Artificial Total 1000 t 7.680 7.494 2% Produção de Clínquer 1000 t 857 898 -5% Produção de Cimento 1000 t 1.272 1.201 6% Produção de Cal Artificial 1000 t 54 66 -19% Total 1000 t 1.326 1.267 5% Vendas de cimento e Clínquer* Mercado Interno 1000 t 1.236 1.237 0% Mercado Externo 1000 t 94 36 160% Total 1000 t 1.330 1.273 4% 175 176 0% Vendas de Betão* 1000 m3 Volume de negócios 1.000 € 67.199 67.086 0% EBITDA 1.000 € 7.477 8.956 -17% Margem EBITDA % 11,1% 13,4% EBIT 1.000 € 1.269 2.820 -55% Margem EBIT % 1,9% 4,2% Capex 1.000 € 7.782 6.892 13% Pessoal Nº 379 378 0% * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. A economia da Tunísia continua a ser afectada pelos efeitos da situação pós revolucionária, que fomenta a instabilidade política e social e que se agrava pelo prolongamento do período de transição, que deveria ter terminado em 2012 com a realização de eleições, mas que até à presente data ainda não ocorreram. Apesar da situação desfavorável, a economia tunisina deverá ter crescido 3% em 2013, embora abaixo dos 3,6% verificados em 2012 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014). O ano de 2013 fica marcado pelo agravamento da crise política, mantêm-se os focos de instabilidade social, manifestações, greves e insegurança em geral, com impacto sobre a actividade económica. Os sectores do turismo e das exportações continuam em recessão, os desequilíbrios orçamentais e externos agravaram-se e as reformas (a maioria das quais já estão em andamento) estão a decorrer de forma mais lenta do que o previsto. No final de Abril, o FMI concedeu uma linha de crédito à Tunísia, por meio do Direito Especial de Saque. Embora o sector das obras públicas esteja em recessão, o sector da construção na vertente habitacional e comercial continua em desenvolvimento. Apesar da situação desfavorável, as vendas anuais de ligantes tiveram um crescimento no ano de 2013 de 2,5%, tendo o consumo atingido um total de 7,7 milhões de toneladas. No mercado da zona Sul, onde está implantada a fábrica, registou-se um crescimento de 3% do consumo de ligantes. 27 O desempenho comercial do sector Cimento melhorou face a 2012. As vendas aumentaram 5%, tendo-se verificado um aumento das quantidades exportadas para 94 mil toneladas, o que comparado com o ano 2012 em que foram exportadas 36 mil toneladas, representa uma melhoria significativa, apesar das interdições impostas pelo Governo. No que se refere à actividade do betão pronto, conseguiu-se manter o volume de vendas igual ao verificado em 2012, apesar da diminuição das grandes obras públicas e privadas e do crescimento desordenado da construção privada. O volume de negócios manteve-se semelhante ao verificado em 2012, no entanto, devido à desvalorização de cerca de 7% do dinar tunisino face ao euro, esta estagnação produziu um impacto negativo de cerca de 5 milhões de euros.O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 8% em moeda local, devido ao aumento das quantidades vendidas para exportação. No mercado local o volume de negócios não se alterou face a 2012, uma vez que para além das quantidades vendidas terem sido semelhantes, o preço do cimento continuou homologado e mantém-se inalterado desde Julho de 2011. O volume de negócios do sector betão também apresentou um desempenho positivo na moeda local, em virtude do aumento do preço médio de venda. O EBITDA gerado pela Tunísia decresceu cerca de 17% comparativamente a 2012, influenciado em parte pela já referida desvalorização do dinar tunisino face ao euro, cujo impacto neste indicador foi de cerca de 563 mil euros, pelo que caso se tivesse verificado estabilidade na moeda, o decréscimo teria sido de 10%. Esta redução resulta da diminuição do EBITDA verificada no cimento, motivada pela redução da produção de clínquer em 5%, devido às paragens ocorridas nos dois fornos para substituição dos arrefecedores. Para que esta unidade de negócio continuasse a ir ao encontro das necessidades dos seus clientes e assim defender a sua posição no mercado, foi necessário recorrer à compra e importação de clínquer. A desvalorização cambial teve também um impacto negativo nas importações de peças sobressalentes. O betão pronto, para além de ter conseguido a manutenção das quantidades vendidas numa conjuntura particularmente difícil, conseguiu também aumentar o EBITDA em 7% e a margem EBITDA de 10,3% para 11,1%, em resultado da melhoria das margens, ainda que impactado pela desvalorização cambial. Os investimentos ascenderam a 7,7 milhões de euros, tendo assumido importância primordial a substituição dos arrefecedores dos dois fornos, o que permitirá a obtenção de ganhos energéticos e o aumento da capacidade de produção de clínquer. Apesar da conclusão destes trabalhos ter ocorrido já no final do ano, ainda foi possível verificar os efeitos positivos deste investimento, tendo a unidade aumentado as produções de clínquer e conseguido margens EBITDA mais elevadas do que as obtidas nos restantes meses do ano, perspectivando uma melhoria significativa nos resultados em 2014. É expectável que a economia da Tunísia cresça 3,7% em 2014, acima dos 3% estimados para 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014), apesar das incertezas que ainda per- manecem no que respeita à instabilidade política e social. As perspectivas para o mercado tunisino e consequentemente para as nossas operações são positivas. Nos primeiros dias do ano de 2014 o governo tunisino anunciou a liberalização do preço de venda de cimento e das exportações. Em resultado desta liberalização de preços, já se conseguiu implementar um primeiro aumento nos preços de venda, sendo possível equacionar que possam ocorrer mais ajustamentos ao longo de 2014. A liberalização das exportações permitirá melhorar a nossa relação com os clientes externos e tirar partido da localização privilegiada da fábrica de Gabès para a exportação, embora possamos vir a deparar-nos com dificuldades imprevisíveis devido à instabilidade que se vive na Líbia. A entrada em funcionamento de uma nova cimenteira no final de 2013 poderá também alterar o panorama das vendas de cimento no mercado local. 28 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 05. Líbano Unidade 2013 2012Variação Mercado de Cimento 1000 t 5.850 5.319 10% 1000 t 923 817 13% Produção de Clínquer Produção de Cimento 1000 t 1.239 1.123 10% Vendas de cimento e Clínquer* Mercado Interno 1000 t 1.265 1.184 7% 153 132 16% Vendas de Betão* 1000 m3 Volume de negócios 1.000 € 90.415 88.027 3% EBITDA 1.000 € 31.300 22.522 39% Margem EBITDA % 34,6% 25,6% EBIT 1.000 € 20.778 11.190 86% Margem EBIT % 23,0% 12,7% Capex 1.000 € 9.680 9.558 1% Pessoal Nº 506 506 0% * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. De acordo com os últimos dados publicados pelo FMI, a economia libanesa terá crescido 1,5% em 2013, à semelhança do que sucedeu em 2012 (World Economic Outlook, FMI Janeiro 2014), no entanto abaixo das projecções do início de 2013. A crise na Síria está a ter impacto no Líbano a vários níveis, incluindo ao nível do crescimento económico. forma, também o Líbano sofreu o impacto da desaceleração global e da instabilidade regional, em particular resultante da situação vivida na Síria. A região do Médio Oriente tem sido palco de mudanças significativas, marcadas pela transição política em alguns países, deixando adivinhar algumas promessas de crescimento. Contudo, estas mudanças também têm criado incertezas, que se reflectiram no investimento, no turismo e na actividade económica em geral. Desta A procura nos projectos imobiliários foi extremamente forte e as obras públicas também apresentaram algum dinamismo. O sector da construção continuou a crescer, impulsionando o sector do cimento para um novo nível recorde. O nível de consumo de cimento em 2013 cresceu comparativamente a 2012, atingindo o valor de 5,9 Ainda que fosse previsto o aumento da actividade económica, era expectável que o consumo de cimento estabilizasse após o boom verificado nos anos de 2003 a 2011. milhões de toneladas, o que representa um crescimento de cerca de 10%. Neste contexto, as vendas de cimento de Sibline registaram uma performance muito positiva, tendo crescido 7% comparativamente a 2012, vendas estas que foram realizadas integralmente no mercado interno. No que se refere à actividade do betão pronto também esta foi impulsionada de forma muito positiva pelo dinamismo do sector da construção, tendo-se verificado um aumento significativo nas vendas. Em 2013 foram vendidos 153 mil m3 de betão, o que representou um aumento de 16% comparativamente a 2012, atingindo-se o volume de vendas mais elevado da área de betão pronto no Líbano. 29 O volume de negócios das actividades no Líbano aumentou cerca de 3% face a 2012, devendo-se esta evolução positiva ao aumento das quantidades vendidas de cimento e de betão. O incremento de 3% está no entanto impactado pela desvalorização de 3,3% do dólar face ao euro em 2013, com reflexo negativo de cerca de 3 milhões de euros no volume de negócios. O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 5% em moeda local, devido ao aumento das quantidades vendidas e ao aumento, ainda que ligeiro, do preço médio de venda. O volume de negócios do betão pronto também apresentou um bom desempenho, devido exclusivamente ao aumento das quantidades vendidas já que o preço de venda decresceu cerca de 1% em moeda local (4% em euros), fruto da situação concorrencial. Assim, o betão registou um volume de negócios de 9 milhões de euros, o que representa um aumento de 11% face a 2012. sido afectada por paragens prolongadas com origem em frequentes cortes no abastecimento de electricidade durante o 1º semestre, e ainda a problemas de ordem técnica, que entretanto foram ultrapassados. É de destacar a performance extremamente positiva da produção da fábrica de Sibline. Os problemas acima referidos verificados em 2012 foram ultrapassados, a produção da linha 2 foi estabilizada e foi concluído o investimento na remodelação da linha 1. A produção anual de clínquer de 923 mil toneladas e a de cimento de 1 238 mil toneladas, foram as mais elevadas de sempre. O investimento na remodelação da linha 1 permitiu ainda a obtenção de uma melhoria no consumo de energia térmica, tendo-se verificado uma diminuição comparativamente a 2012, influenciando de forma positiva os custos com combustíveis. dos custos variáveis de produção compensou esse efeito, aumentando assim a margem bruta unitária. Os investimentos em 2013 totalizaram 9,7 milhões de euros, destacando-se a finalização do projecto de melhoramento e reformulação da linha do forno 1. No Líbano prevê-se um ano de 2014 semelhante ao de 2013, com um crescimento na ordem dos 1,5%, de acordo com as previsões mais recentes do FMI. A região do Médio Oriente continua a ser afectada por mudanças significativas e por perturbações de ordem política e social, que prejudicam a manutenção da estabilidade macroeconómica. Embora seja expectável que o Líbano continue a crescer, esse crescimento está abaixo do potencial que o país apresenta. O aumento significativo do desempenho do EBITDA resulta da já mencionada melhoria da performance de vendas e do desempenho na área da produção em ambas as actividades, com especial relevo no cimento. A melhoria nos indicadores dos consumos de energia térmica e eléctrica e a diminuição da taxa de incorporação de clínquer, permitiram a diminuição dos custos de produção e o aumento da margem EBITDA no cimento de 26,6% em 2012 para 36,1% em 2013. O consumo de cimento deverá estabilizar em 2014, e estima-se que a procura de cimento decresça ligeiramente. Ainda assim, as perspectivas para as nossas operações são bastante positivas. As melhorias verificadas na área de produção de cimento vão permitir a obtenção de melhores resultados em 2014. É expectável o aumento da produção de clínquer bem como o aumento da produtividade dos moinhos de cimento, o que conduzirá à obtenção de maiores ganhos nos custos de produção, em resultado de uma melhoria no mix de matérias-primas e da utilização dos combustíveis térmicos. A produção de cimento e clínquer foi muito superior à verificada em 2012, tendo a produção de clínquer aumentado 13% e a de cimento 10%. No ano anterior, os resultados foram afectados pelo sobrecusto com a aquisição de clínquer e cimento em consequência da diminuição de produção. Esta tinha O desempenho do EBITDA no betão pronto, que atingiu os 765 mil euros (+70% que em 2012), permitiu reflectir o aumento de 16% das quantidades vendidas, assim como os ganhos obtidos com a redução dos custos de produção. Apesar da retracção do preço médio de venda em cerca de 4%, a diminuição O mercado do betão pronto apresenta um forte dinamismo e considerando as obras que já estão adjudicadas, permite antever o crescimento das vendas de betão em 2014. Deverá ser iniciada a produção e venda de blocos, bem como a comercialização de argamassas. O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 31,3 milhões de euros, tendo crescido 39% comparativamente a 2012. A melhoria do desempenho da área produtiva reflectiu-se na diminuição significativa do consumo de energia eléctrica e na taxa de incorporação de clínquer de 76,7%, a mais baixa de sempre. 30 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 06. ANGOLA Unidade 2013 2012Variação Mercado Cimento 1000 t 5.500 5.000 10% 1000 t 181 186 -3% Produção de Cimento Vendas de cimento 180 191 -6% Volume de negócios 1.000 € 23.870 28.531 -16% EBITDA 1.000 € 241 2.601 -91% Margem EBITDA % 1% 9% EBIT 1.000 € -2.754 534 -616% Margem EBIT % n.a. 1,9% Capex 1.000 € 1.931 1.302 48% Pessoal Nº 253 270 -17 A economia Angolana mantém-se em fase de crescimento e, de acordo com a última informação divulgada pelo FMI, o produto interno bruto deverá ter crescido 5,6% em 2013, acima dos 5,2% observados em 2012 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014). Estas perspectivas de crescimento assentam na previsão de uma maior expansão do sector petrolífero e da produção de gás, no aumento do consumo privado e na implementação do programa de investimento público em infra-estruturas, que permitirá acréscimos na actividade da construção, bem como noutros sectores. A construção continuou a sua tendência de crescimento, suportada pelos planos do governo de construir projectos de habitação de larga escala e de requalificação de estradas, pontes, silos e ainda do sistema ferroviário. Em linha com esta evolução, o mer- cado do cimento em Angola atingiu as 5,5 milhões de toneladas. Em resultado da duplicação de capacidade de um dos produtores e da consolidação do processo produtivo de outro, que iniciou a sua laboração no 4º trimestre de 2013, o ano de 2013 fica marcado pelo aumento da capacidade produtiva dos produtores nacionais de 4,5 milhões para 7,5 milhões de toneladas. Foi neste contexto concorrencial que as quantidades vendidas pela Secil Lobito decresceram 5,5% comparativamente ao ano anterior. Acresce ao aumento da concorrência interna, a importação de cimento a preços extremamente reduzidos. A capacidade produtiva de cimento em Angola é actualmente superior às necessidades do mercado e em conjugação com a pressão dos preços 31 mais baixos do cimento importado, provocou uma queda significativa nos preços de venda, que em 2013 terá sido de cerca de 12%. Assim, o volume de negócios decresceu 16,3% face a 2012, essencialmente devido à diminuição dos preços de venda. Dada a diminuição das quantidades vendidas e do preço médio de venda, o impacto no EBITDA foi significativo, tendo registado uma diminuição em 2013. Destaca-se a reacção e o trabalho efectuado pelas operações, para responder a esta conjuntura desfavorável. Foi efectuado um conjunto de investimentos tendo em vista a redução dos custos de produção. Os investimentos do ano totalizaram 1,8 milhões de euros e parte desse investimento permitirá em 2014 a redução de cerca de 15% do custo variável de produção. Também a política com pessoal foi direccionada para a redução de custos. No final de 2013 o número de colaboradores totaliza 249, representando uma redução de 6% face a Dezembro de 2012. As perspectivas para 2014 em Angola são favoráveis. Segundo o FMI, a economia angolana deverá crescer 6,3%. A adjudicação de vários projectos estruturais por parte do governo angolano, tais como barragens, estradas e aeroportos, perspectivam para 2014 um forte crescimento do mercado do cimento. Na sequência dos investimentos realizados em 2013, que irão permitir uma redução substancial nos custos de produção e tornar a Secil Lobito mais competitiva, perspectiva-se um aumento do volume de vendas, bem como uma melhoria substancial do serviço ao cliente, em resultado da implementação de novos investimentos no sector da embalagem. 32 RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 07. CABO VERDE Unidade2013 2012Variação Vendas de Cimento* 1000 t 47 51 -7% 56 77 -27% Vendas de Agregados* 1000 m3 Venda de Pré-Fabricado* 1000 t 0,7 1,1 -39% Volume de negócios 1.000 € 5.425 5.846 -7% EBITDA 1.000 € 184 66 180% Margem EBITDA % 3,4% 1,1% EBIT 1.000 € 111 -10 -1207% Margem EBIT % 2,0% -0,2% Capex 1.000 € 58 67 -14% Pessoal Nº 36 34 6% * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. A economia cabo-verdiana terá crescido 1,5% em 2013, valor abaixo dos 2,5% verificados em 2012 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2014). Cabo Verde tem uma economia pequena e aberta, com uma elevada dependência de capitais estrangeiros, pelo que o desenvolvimento continua em larga medida condicionado pelo contexto internacional. O crescimento verificado em 2013 foi mais uma vez suportado pelo sector do turismo. O mercado da construção enfrentou em 2013 uma forte contracção e um elevado nível de concorrência e a conjuntura económica internacional, nomeadamente a Europeia, limitou o investimento privado em Cabo Verde, principalmente no imobiliário turístico onde se verificou a paragem ou adiamento de muitos projectos. Os investimentos públicos em infra-estruturas não foram suficientes para evitar que o mercado da construção sofresse uma descida acentuada. De acordo com o cenário referido, estima-se que o mercado do cimento tenha decrescido cerca de 15%, pelo que o consumo terá sido de cerca de 200 mil toneladas. A Secil Cabo Verde manteve o dinamismo comercial e a proximidade junto dos seus clientes, pelo que apesar da situação de mercado desfavorável, o decréscimo nas vendas foi inferior ao do mercado, tendo sido vendidas 47 mil toneladas, diminuindo 7% comparativamente a 2012. 33 Para além da quebra registada no cimento, a actividade de inertes registou um decréscimo mais acentuado. Estima-se que o mercado de inertes na ilha de Santiago tenha sofrido um abrandamento em relação ao ano anterior, o que em conjunto com o início de actividade de um novo concorrente impactou as vendas, que diminuíram 27%. custos, permitiram que o custo variável de produção de inertes diminuísse significativamente e compensasse a quebra da actividade. Apesar da diminuição das quantidades vendidas em ambas as actividades, os preços de venda do cimento num ano de forte crise, aumentaram cerca de 5%, permitindo que o decréscimo no volume de negócios não fosse tão significativo. As perspectivas para a economia de Cabo Verde são de crescimento em 2014 e de acordo com as últimas projecções do FMI a economia deverá crescer 4,4% em 2014, crescimento este alicerçado, mais uma vez, no turismo. Os esforços efectuados para manter a sustentabilidade da actividade, nomeadamente no que respeita à redução de Desta forma o EBITDA registou em 2013 um aumento considerável, atingindo os 184 mil euros e a margem EBITDA cresceu para 3,4%. O cenário para os próximos anos é de políticas orçamentais e monetárias restritivas e a consequente redução no investimento público. Os fundos disponíveis serão apenas utilizados para financiar o défice público, retirando crédito ao sector privado. Estima-se que o mercado do cimento sofra uma nova redução em 2014, implicando uma maior agressividade concorrencial, no cimento e nos inertes. 34 08. Perspectivas Futuras RELATÓRIO DE GESTÃO | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Prevê-se que o contexto económico para 2014 seja mais favorável relativamente ao que sucedeu nos últimos anos em Portugal. As últimas projecções do Banco de Portugal englobam um perfil de progressiva recuperação da procura interna e uma recuperação moderada da actividade no período de 2014-2015. Conforme referido, as projecções mais recentes do FMI e do Banco de Portugal apontam para um crescimento de 0,8% da economia portuguesa. Perspectiva-se que a actividade de construção registe novamente uma redução em 2014, embora o decréscimo seja muito menos acentuado do que o verificado nos últimos anos. As actividades do Grupo em Portugal vão continuar em 2014 influenciadas pela conjuntura do sector da construção e, ainda que existam perspectivas de alguma recuperação em 2015, continuará a ser dado muito enfoque à implementação de medidas que visam o aumento da eficiência operacional nas mais diferentes áreas (tanto nas operações como na estrutura central) e que vão permitir a obtenção de melhores resultados assim que o mercado recupere. Na Tunísia é expectável que a economia cresça 3,7%, de acordo com as estimativas mais recentes do FMI, apesar das incertezas que ainda subsistem quanto à instabilidade política e social. Em consonância com o que é esperado para a economia, também o sector da construção e do cimento deverá crescer comparativamente a 2013. As perspectivas para o mercado tunisino são positivas, uma vez que, em resultado da liberalização de preços que finalmente ocorreu no início de 2014, já se conseguiu implementar um primeiro aumento dos preços de venda do cimento, sendo possível equacionar que possam vir a ocorrer mais ajustamentos ao longo de 2014. No Líbano prevê-se um ano de 2014 semelhante ao de 2013, com um crescimento na ordem dos 1,5%, de acordo com as previsões mais recentes do FMI. As alterações que têm ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a manutenção da estabilidade macroeconómica, influenciando o crescimento esperado para o Líbano, bastante abaixo do potencial que este país apresenta. O mercado do cimento deverá estabilizar, após o boom verificado nos anos de 2003 a 2011. As perspectivas para 2014 em Angola são favoráveis. Segundo o FMI, a economia angolana deverá crescer 6,3% em 2014, acima dos 5,6% estimados para 2013. Este enquadramento perspectiva um forte crescimento do mercado angolano de cimento. As operações da Secil deverão ser afectadas positivamente pelos impactos dos investimentos realizados em 2013, na diminuição dos custos de produção, perspectivando-se uma melhoria nos resultados. Para o ano de 2014 antevê-se um desempenho global positivo do Grupo Secil e significativamente melhor do que o obtido em 2013. 35 09. Proposta de Aplicação de Resultados Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 34 897 448,00 euros negativos. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados. O Conselho de Administração, Outão 03 de Abril de 2014 Presidente Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Vogais Gonçalo de Castro Salazar Leite Francisco José Melo e Castro Guedes Carlos Alberto Medeiros Abreu Sérgio António Alves Martins João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos José Miguel Pereira Gens Paredes Paulo Miguel Garcês Ventura técnico oficial de contas Emília Rosa Mota de Carvalho 36 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 37 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1.Balanço Consolidado 2.Demonstração dos Resultados Consolidados 3.Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados 4.Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados 38 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. Balanço Consolidado BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 Valores em EurosNota 31/12/13 31/12/12 ACTIVO Activo não corrente Activos fixos tangíveis 11 365.303.840 397.109.394 Propriedades de investimento 13 1.289.715 1.467.045 Goodwill 10 114.966.625 132.211.694 Activos intangíveis 14 3.877.689 1.643.793 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 15 33.408.378 5.016.542 Participações financeiras - outros métodos 15 - 24.413.353 Outras contas a receber 19 2.407.210 2.639.982 Activos por impostos diferidos 16 11.827.066 13.496.066 Outros activos financeiros 17 3.650.427 1.678.153 536.730.950579.676.022 Activo corrente Inventários 18 91.765.301 98.725.715 Clientes 19 48.447.939 55.679.493 Adiantamentos a fornecedores 25 2.062.119 1.978.167 Estado e outros entes públicos 26 8.414.033 13.018.771 19 13.975.118 80.038.893 Outras contas a receber 27 804.662 879.418 Diferimentos Activos não correntes detidos para venda 20 1.174.069 4.000.614 19 124.323.147 72.731.764 Caixa e depósitos bancários 290.966.388327.052.835 Total do activo 827.697.338 906.728.857 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital realizado 21 264.600.000 264.600.000 Acções próprias 21 (22.609.745) (22.609.745) Reservas legais 21 40.680.725 40.680.725 Outras reservas 21 94.623.691 94.623.691 Resultados transitados (7.952.383) 30.299.150 Excedentes de revalorização 21 14.242.547 14.450.157 Outras variações no capital próprio 21 (99.653.339) (77.523.969) 283.931.496 344.520.009 Resultado consolidado líquido do período (34.897.448) (38.459.143) 249.034.048306.060.866 Interesses minoritários 6 66.192.420 65.678.572 Total do capital próprio 315.226.468 371.739.438 PASSIVO Passivo não corrente Provisões 22 21.294.223 18.878.416 37 585.000 505.000 Accionistas/ sócios Financiamentos obtidos 24 282.920.857 324.097.871 Responsabilidades por benefícios pós-emprego 23 2.566.329 2.813.668 Passivos por impostos diferidos 16 34.513.322 38.343.238 Outros passivos financeiros 39 4.262.775 5.795.506 346.142.506390.433.699 Passivo corrente Fornecedores 24 42.321.474 35.728.624 Adiantamentos de clientes 25 2.534.888 2.030.936 Estado e outros entes públicos 26 16.971.737 36.850.426 Accionistas/ sócios 37 1.655.133 2.100.022 Financiamentos obtidos 24 71.364.558 35.354.394 Outras contas a pagar 24 31.000.729 30.946.151 Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda 20 100.265 1.234.141 Diferimentos 27 379.580 311.026 166.328.364144.555.720 Total do passivo 512.470.870 534.989.419 Total do capital próprio e do passivo 827.697.338 906.728.857 39 02. Demonstração dos Resultados Consolidados Demonstração dos Resultados Consolidados em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 Valores em EurosNota 31/12/1331/12/12 Vendas e serviços prestados 28 411.525.441 450.232.612 29 (2.214.487) (5.184) Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos Variação nos inventários da produção 1.450.246 (3.715.749) Trabalhos para a própria entidade 166.060 504.862 (130.724.451) (142.150.129) Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos 30 (158.008.105) (170.617.271) 31 (65.927.987) (75.005.684) Gastos com o pessoal Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões) 18 (1.716.701) (496.026) Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões) 19 (634.228) 1.210.542 Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 10 (13.620.281) (6.702.954) Provisões ((aumentos)/ reduções) 22 (3.752.209) (3.307.606) Outros rendimentos e ganhos 32 22.613.082 39.129.188 Outros gastos e perdas 33 (9.867.647) (21.157.267) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 49.288.733 67.919.334 34 34 (58.436.262) 206.338 (69.225.174) (15.814.419) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (8.941.191) (17.120.259) 35 35 5.159.598 (26.863.903) 5.399.286 (18.143.885) Resultado antes de impostos (30.645.496) (29.864.858) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados Imposto sobre o rendimento 16 1.508.953 (3.896.666) Resultado consolidado líquido do período (29.136.543) (33.761.524) Resultado consolidado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe Interesses minoritários 36 6 (34.897.448) 5.760.905 (38.459.143) 4.697.619 (29.136.543)(33.761.524) Resultado básico por acção (0,72) (0,79) 40 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 03. Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados Demonstração das alterações nos capitais próprios consolidados de 1 de janeiro de2013 a 31 de dezembro de 2013 Capital O CapitalAcçõesReservasO realizadopróprias legais Valores em EurosNotas (Nota 21.1) (Nota 21.1) (Nota 21.2) Posição no início do período 2013 264.600.000 (22.609.745) 40.680.725 Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.1 - - - Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 21.5.4 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas 21.6 - - - - - - Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2012 21.6 - - - --- Posição no fim do período 2013 264.600.000(22.609.745) 40.680.725 41 próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe Outras variações OutrasExcedentes de no capital ResultadoInteressesTotal do reservas Resultados revalorizaçãopróprio líquido dominoritários capital (Nota 21.3) transitados (Nota 21.4) (Nota 21.5)períodoTotal (Nota 6.2)próprio 94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969) (38.459.143) 306.060.866 65.678.572 371.739.438 - 239.182 (239.182) - - - - - (31.572) 31.572 - - - - - - - (24.100.907) - (24.100.907) (2.902.672) (27.003.579) - - - 1.532.731 - 1.532.731 - 1.532.731 - - - (424.313) - (424.313) - (424.313) - - - (1.009.091) - - - 298.685 - - - (146.437) - - (1.009.091) 298.685 (10.822) 573 (1.019.913) 299.258 - (146.437) 21.250 (125.187) - - - 2.283.263 - 2.283.263 - 2.283.263 - - - (563.301) - (563.301) (4.005) (567.306) - - - - - - 1.500 1.500 - (38.459.143) - - 38.459.143 - - - (38.251.533) (207.610) (22.129.370) 38.459.143 (22.129.370)(2.894.176) (25.023.546) (34.897.448) (34.897.448) 5.760.905 (29.136.543) (57.026.818) 2.866.729 (54.160.089) - - - - - (2.352.881) (2.352.881) - - - -- - (2.352.881) (2.352.881) 94.623.691 (7.952.383) 14.242.547 (99.653.339) (34.897.448) 249.034.048 66.192.420 315.226.468 42 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 03. Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS DE 1 DE JANEIRO DE 2012 A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Capital O CapitalAcçõesReservasO realizadopróprias legais Valores em EurosNotas (Nota 21.1) (Nota 21.1) (Nota 21.2) Posição no início do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989 Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.4 - - - Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 39 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - Imposto diferido 16.2 - - - Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2011 para reservas 21.6 - - 1.146.736 - - 1.146.736 Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período Restituição de prestações suplementares em subsidiárias - - - Distribuição do resultado do período de 2011 21.6 - - - Distribuição de reservas 21.3 - - - - - - Posição no fim do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 40.680.725 43 próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe Outras variações OutrasExcedentes de no capital ResultadoInteressesTotal do reservas Resultados revalorizaçãopróprio líquido dominoritários capital (Nota 21.3) transitados (Nota 21.4) (Nota 21.5)períodoTotal (Nota 6.2)próprio 129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710 408.281.825 67.816.941 476.098.766 - 240.482 (240.482) - - - - - (31.744) 31.744 - - - - - - - (8.325.786) - (8.325.786) (1.654.990) (9.980.776) - - - (2.978.353) - (2.978.353) - (2.978.353) - - - 867.989 - 867.989 - 867.989 - - - 4.817.630 - 4.817.630 24.001 4.841.631 - - - (1.446.642) - (1.446.642) (5.925) (1.452.567) - - - (922.687) - (922.687) (41.772) (964.459) - - - 678.611 - 678.611 2.224 - - - 80.649 - 80.649 10.134 - - - - - - 289.904 680.835 90.783 289.904 21.787.974 - - - (22.934.710) - - 21.787.974 208.738 (208.738) (7.228.589) (22.934.710) (7.228.589) (1.376.424) (8.605.013) (38.459.143) (38.459.143) 4.697.619 (33.761.524) (45.687.732) 3.321.195 (42.366.537) - - - - - - (44.892) (44.892) - - - - (5.414.672) (5.414.672) (56.533.227) - - - - (56.533.227) - (56.533.227) (56.533.227) - - - - (56.533.227) (5.459.564) (61.992.791) 94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969) (38.459.143) 306.060.866 65.678.572 371.739.438 44 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. Demonstração dOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 Valores em EurosNotas 31/12/1331/12/12 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes 470.886.104 521.942.951 Pagamentos a fornecedores (334.123.790) (378.842.695) Pagamentos ao pessoal (45.732.747) (55.118.085) Caixa gerada pelas operações 91.029.567 87.982.171 (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 37.920 6.078.704 Outros (pagamentos)/recebimentos (36.716.079) (30.742.416) Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 54.351.408 63.318.459 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis (29.457.983) (38.673.090) Activos intangíveis - (25.765) Investimentos financeiros (17.602.279) (25.284.652) Outros activos - (125.840.701) (47.060.262) (189.824.208) Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 400.448 1.371.645 Juros e ganhos similares 3.358.789 543.256 Dividendos 713.506 878.599 Outros activos 70.143.004 126.463 74.615.747 2.919.963 Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) 27.555.485 (186.904.245) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 564.313.583 1.589.771.952 Aumentos de capital 1.500 Outros 80.000 564.395.083 1.589.771.952 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (566.734.207) (1.429.201.504) Amortização de contratos de locação financeira (553.494) (633.837) Juros e gastos similares (25.064.676) (17.066.996) Dividendos (2.228.211) (4.929.302) Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - (44.892) (594.580.588) (1.451.876.531) Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) (30.185.505) 137.895.421 VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 51.721.388 14.309.635 EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO (3.364.682) (1.037.523) CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 61.802.586 46.648.661 EFEITO DOS ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA - 1.881.813 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4 110.159.292 61.802.586 45 46 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1. Nota introdutória 48 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 48 3. Resumo das principais políticas contabilísticas 48 3.1 Bases de apresentação 48 3.2 Concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação 48 3.2.1 Princípios de consolidação 48 3.2.2 Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente 49 3.2.3 Investimentos financeiros 49 em empresas associadas 3.2.4 Investimentos financeiros em outras participações financeiras 50 3.2.5 Concentração de actividades empresariais 50 3.2.6 Goodwill 51 3.2.7 Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras 51 3.3 Relato por segmentos 52 3.4 Activos fixos tangíveis 52 3.5 Locações 53 3.6 Propriedades de investimento 53 3.7 Activos intangíveis 53 3.8 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo 54 goodwill 3.9 Imposto sobre o rendimento 55 3.10 Inventários 3.11 Activos e passivos financeiros 3.11.1 Imparidade de activos financeiros 3.11.2 Desreconhecimento de activos e passivos financeiros 3.12 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 3.13 Subsídios do governo 3.14 Saldos e transacções em moeda estrangeira 3.15 Provisões 3.16 Benefícios pós-emprego 3.16.1 Planos de contribuição definida 3.16.2 Planos de benefícios definidos 3.17 Outros benefícios a longo prazo dos empregados 3.18 Benefícios a curto prazo de empregados 3.19 Rédito 3.20 Encargos financeiros com empréstimos obtidos 3.21 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura 3.22 Gestão de risco 3.21.1 Factores de risco financeiro 3.21.2 Factores de risco operacional 3.23 Capital Social e acções próprias 55 55 57 57 57 58 58 58 59 59 59 60 60 60 60 3.24 Distribuição de dividendos 3.25 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas 3.26 Acontecimentos após a data do balanço 63 4. Fluxos de caixa 65 63 65 5. Relato por segmentos e réditos e serviços prestados por área geográfica de destino 66 5.1 Relato por segmentos 66 5.2 Vendas e serviços prestados por segmentos 70 6. Investimentos em subsidiárias 6.1 Subsidiárias 6.2 Interesses minoritários 72 72 74 7. Interesses em empreendimentos conjuntos 76 8. Investimentos em associadas e outras participações financeiras 76 9. Alterações no perímetro de consolidação 80 10. Goodwill 81 62 11. Activos fixos tangíveis 82 63 12. Locações 84 61 62 62 47 RESULTADO APROPRIADO DE EMPRESAS ASSOCIADAS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS GASTOS COM O PESSOAL OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OUTROS GASTOS E PERDAS PROVISÕES BENEFÍCIOS A EMPREGADOS . PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO GASTOS/ REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADES RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS ACTIVOS INTANGÍVEIS RESULTADO POR ACÇÃO PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PARTES RELACIONADAS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO RISCOS FINANCEIROS OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS INVENTÁRIOS PASSIVOS FINANCEIROS ACTIVOS FINANCEIROS JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS AMBIENTAIS ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA CAPITAL PRÓPRIO ADIANTAMENTOS DE CLIENTES E A FORNECEDORES ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS DIFERIMENTOS ACTIVOS E PASSIVOS VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS . CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO GRUPO ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO 48 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS _3.Resumo das principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo. _3.1 Bases de apresentação DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.) _1. Nota introdutória O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de Junho de 1918 e tem como actividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, Setúbal e distribuído pelos diversos entrepostos comerciais presentes por todo o país. Sede Social: Outão, Setúbal Capital Social: Euros 264.600.000 N.I.P.C.: 500 243 590 A Secil lidera um Grupo empresarial com actividades operacionais em Portugal, Tunísia, Angola, França, Líbano, Cabo Verde e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento, através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lo- bito (Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Tunísia e Líbano e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de 3 de Abril de 2014. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados. _2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de Dezembro de 2013. As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 6 e 7), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF). _3.2 Concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação _3.2.1 Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Entende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas actividades, normalmente associado ao controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade. 49 As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas actividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa. As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um activo transferido. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas Notas 6 e 7. Os interesses minoritários são inicialmente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos activos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias. Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses minoritários excedem os correspondentes interesses no capi- tal próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspondente na quantia escriturada dos activos líquidos da subsidiária é registada em resultados do período. _3.2.2 Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores. As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os activos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. _3.2.3 Investimentos financeiros em empresas associadas Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6) e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade sendo registadas como gastos na demonstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão, à excepção do goodwill. 50 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, excepto se tiver incorrido em responsabilidades ou efectuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto. Os ganhos não realizados em transacções com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. > Ao justo valor através de resultados As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 8. _3.2.4 Investimentos financeiros em outras participações financeiras Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados: > Ao custo ou custo amortizado, dedu- zido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade; quando o investimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente. Os rendimentos resultantes destas participações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demonstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição. _3.2.5 Concentração de actividades empresariais As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos activos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumi- das; (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos directamente atribuíveis à aquisição. Quando aplicável, o custo da concentração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes acordados no âmbito da transacção. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida do correspondente goodwill. Os activos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados consolidados. Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a quota parte dos justos valores atribuídos aos activos e passivos, correspondente às percentagens anteriormente detidas, é registada na rubrica “ Outras variações no capital próprio”. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida directamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”. 51 Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição. _3.2.6 Goodwill O goodwill representa o excesso do custo da concentração de actividades empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da concentração. O goodwill é reconhecido como um activo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes por imparidade, numa base mínima anual. Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill é imputado às unidades geradoras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da consolidação. As unidades geradoras de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade anuais ou mais frequentes (na eventualidade de existir alguma indicação de que a unidade possa estar em imparidade). Se a quantia recuperável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos restantes activos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde. _3.2.7 Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras São tratadas como entidades estrangeiras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas demonstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro. Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo. Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”. O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação. As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes: Valorização/ 31/12/2013 31/12/2012 (desvalorização) TND (dinar tunisino) Câmbio médio do período 2,1576 2,0065 (7,53%) Câmbio de fim do período 2,2615 2,0468 (10,49%) LBP (libra libanesa) Câmbio médio do período 2.002,10 1.936,80 (3,37%) Câmbio de fim do período 2.079,00 1.989,00 (4,52%) USD (dólar americano) Câmbio médio do período 1,3282 1,2848 (3,37%) Câmbio de fim do período 1,3791 1,3194 (4,52%) BRL (real brasileiro) Câmbio médio do período 2,8685 2,5077 (14,39%) Câmbio de fim do período 3,2576 2,7036 (20,49%) CVE (escudo cabo-verdiano) Câmbio médio do período 110,2650 10,2650 0,00% Câmbio de fim do período 110,2650 10,2650 0,00% AOA (kwanza angolano) Câmbio médio do período 128,1283 - - Câmbio de fim do período 136,8127 126,7482 (7,94%) 52 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS _3.3 Relato por segmentos _3.4 Activos fixos tangíveis Segmento de negócio é um grupo de activos e operações do Grupo que estão sujeitos a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio. Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respectivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. Foram identificados três segmentos de negócio no Grupo: Cimento, Betões e Agregados. Segmento geográfico é uma área individualizada comprometida em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos segmentos que operam em outros ambientes económicos. O segmento geográfico é definido com base no país de destino dos bens e serviços vendidos pelo Grupo. As políticas contabilísticas do relato por segmentos são as utilizadas consistentemente no Grupo. Todas as vendas e prestações de serviços intersegmentais são a preços de mercado e todas as vendas e prestações de serviços intersegmentais são eliminadas na consolidação. A informação relativa aos segmentos identificados encontra-se apresentada na Nota 5. Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos activos fixos tangíveis a componente do custo do activo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respectivas pedreiras. Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor consi- derado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respectivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utilização de coeficientes de desvalorização monetária). No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP, Société des Ciments de Gabés (SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão, Secil-Britas, Uniconcreto, Eurobetão e Lusoinertes o custo dos activos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determinado com base em avaliações efectuadas por entidades independentes. Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do activo fixo ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Para algumas classes de activos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo é utilizado o método do saldo decrescente. As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. 53 As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas. Os valores residuais dos activos e as respectivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.8). Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas”. _3.5 Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear. As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas. _3.6 Propriedades de investimento As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios. As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”. _3.7 Activos intangíveis i) Intangíveis adquiridos separadamente Os activos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com actividades de desenvolvimento de um projecto se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições: > Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda; > Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender; > Existe capacidade para usar ou vender o intangível; > O intangível é susceptível de gerar benefícios económicos futuros; > Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender; > É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desenvolvimento. O montante inicialmente reconhecido do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos do período. 54 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Os activos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. iv) Amortização de Intangíveis As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. Os activos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade. v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Activos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações de capital próprio”. Pelas emissões de gases com efeito de estufa efectuadas pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respectiva amortização do activo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de subsídio correspondente. A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO. Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o valor de realização e o respectivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” respectivamente no período em que ocorre a alienação. Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reconhecidas as respectivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. _3.8 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence. A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa 55 for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” ou “Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada. _3.9 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais activos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação. _3.10 Inventários Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: i) Mercadorias e matérias-primas As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio. ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários. _3.11 Activos e passivos financeiros Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros. 56 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal. e) Financiamentos obtidos Os activos e os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. i) Ao custo ou custo amortizado Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros: a) Clientes e outras dívidas de terceiros São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características: Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. > Sejam à vista ou tenham uma matu- b) Caixa e depósitos bancários ridade definida; e > Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e > Não sejam um instrumento finan- ceiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado. Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, designadamente comissões bancárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efectivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a deduzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”. f) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado. g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos c) Outros activos financeiros Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os outros activos financeiros, que incluem os empréstimos concedidos, são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros activos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. 57 O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados Todos os activos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados”. Tais activos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”. _3.11.1 Imparidade de activos financeiros Os activos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo). _3.11.2 Desreconhecimento de activos e passivos financeiros O Grupo desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido. O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. _3.12 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda. Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os activos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda. A partir do momento em que determinados activos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como activos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou per- 58 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS co denominados em moeda estrangeira não são actualizadas. As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que são geradas. _3.15 Provisões das nas alienações de activos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respectivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de activos”. Os activos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender. _3.13 Subsídios do governo Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. No caso de se relacionarem com activos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, excepto na parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos activos. Outros subsídios do governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis. _3.14 Saldos e transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo históri- São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo. É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de reestruturação e iniciou a implemen- 59 tação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afectados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para reestruturação são apenas considerados os dispêndios que resultam directamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequentemente, relacionados com as actividades correntes da empresa. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. Recuperação ambiental e paisagística Nos termos da legislação aplicável, algumas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a recuperação ambiental e paisagística das pedreiras afectas à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação. A extensão dos trabalhos necessários e dos respectivos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente. Foi utilizada uma taxa de desconto de 7,4%. Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na formação de expectativas sobre actividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspectivas são efectuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor. O valor da provisão para recuperação paisagística é incrementado na data de relato financeiro, em função do efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares suportados” e é reduzido pelos dispêndios efectuados por cada uma das empresas do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem. _3.16 Benefícios pós-emprego _3.16.1 Planos de contribuição definida As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios). _3.16.2 Planos de benefícios definidos No que diz respeito aos planos de benefícios definidos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projectada, sendo as respectivas avaliações actuariais efectuadas em cada data de relato intercalar e anual. Os desvios actuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efectivamente ocorreu (bem como de alterações efectuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital próprio”(Nota 23). O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base de linha recta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos. Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material. A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano. 60 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS _3.17 Outros benefícios a longo prazo dos empregados Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como rendimento ou gasto: (i) ganhos e perdas actuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados. Os respectivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações actuariais em cada data de relato intercalar e anual. _3.18 Benefícios a curto prazo de empregados Os benefícios a curto prazo de empregados são registados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado. No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação. > É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa; > Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: > O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos. > É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa; _3.19 Rédito > Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: > Todos os riscos e vantagens da pro- priedade dos bens foram transferidos para o comprador; > A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; > O montante do rédito pode ser men- surado com fiabilidade; > A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspondente montante. _3.20 Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos. 61 Os encargos financeiros de empréstimos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontre suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. _3.21 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura O Grupo utiliza derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito. Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e de câmbio o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de protecção contra movimentos adversos, através de instrumentos derivados, tais como interest rate swaps (IRS), caps e floors, forwards, etc. em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento de cobertura. Quando forem designados como instrumento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro nas rubricas “Outros activos financeiros não correntes” ou “Outros activos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financeiros não correntes” ou “Outros passivos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses. Contabilidade de cobertura O Grupo designa como instrumento de cobertura determinados instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura do risco de taxa de juro e do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa. Adicionalmente o Grupo contratou instrumentos financeiros derivados relativos à carteira detida de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa. Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes: Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remensuração registado de imediato ção de cobertura; > Adequada documentação da opera> O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros; > É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item cober- to, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura. No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da eficácia do instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto. As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de cobertura”. Tais ganhos ou perdas registados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apresentados na linha afectada pelo item coberto. A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando o instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição coberta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de imediato reclassificado para resultados. 62 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS _3.22 Gestão de risco _3.22.1 Factores de risco financeiro O Grupo Secil tem um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo Secil. A gestão deste risco é conduzida pelo Departamento Financeiro da Secil de acordo com políticas aprovadas pela Administração. a) Risco cambial A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar as receitas do Grupo de diversas formas. O risco cambial resulta sobretudo das compras de combustíveis e fretes de navios, ambos pagos em USD. O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo. Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da transacção de divisas spot, forward ou estruturas de opções cambiais, que esta- belecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. O Grupo Secil detém activos localizados na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, pelo que a variação das moedas dos referidos países tem impacto no balanço da Secil. b) Risco de taxa de juro O Grupo Secil tem contratada com uma instituição financeira uma cobertura de risco de taxa de juro que lhe permitiu fixar um valor máximo para os encargos financeiros relativos à dívida de longo prazo com reembolso escalonado. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável. c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa O Grupo Secil promove uma gestão activa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do EU-ETS. Fruto da crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado (e prevê manter) alguns excessos de licenças de emissão, tendo estas licenças vindo a ser transaccionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço. d) Risco de crédito O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo Secil para minorar os impactos negativos deste tipo de risco. e) Risco de liquidez O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos activos financiados, dispondo de facilidades de crédito de apoio à tesouraria em montantes suficientes e disponíveis a todo o momento e dispondo de montantes em caixa. _ 3.22.2Factores de risco operacional a) Sector da Construção O volume de negócios da Secil depende do nível de actividade no sector da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O sector da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infra-estruturas. O sector da construção é sensível a factores como as taxas de juro e uma quebra da actividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no sector da construção. 63 Apesar da empresa considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afectados por uma quebra do sector da construção em qualquer mercado significativo em que opere. b) Procura de produtos - Secil Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da procura durante o mês de Janeiro e Dezembro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento. c) Legislação ambiental Nos últimos anos, a legislação comunitária e nacional tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes. O Grupo Secil respeita a legislação actualmente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito significativos nos últimos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, alterações significativas à actual legislação, existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir eventuais novos limites que venham a ser aprovados. d) Custos energéticos Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um factor de custo com peso significativo na actividade da Secil e nas suas participadas. O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia eléctrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas. Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da electricidade e dos combustíveis podem afectar negativamente a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo. e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro O Grupo Secil tem interesses em sectores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de aquisições. _3.23 Capital Social e acções próprias As acções ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 21). Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão. Os custos directamente imputáveis à emissão de novas acções ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra. As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Acções próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em “Outras reservas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as acções próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indis- ponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição. Quando alguma empresa do Grupo adquire acções da empresa-mãe (acções próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais directamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as acções sejam canceladas, reemitidas ou alienadas. Quando tais acções são subsequentemente vendidas ou reemitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transacção directamente atribuíveis e de impostos, é reflectido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas. _3.24 Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas e até ao momento da sua liquidação. _3.25 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em 64 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes: a) Imparidade do goodwill O goodwill é sujeito a teste de imparidade anualmente ou sempre que existem indícios de uma eventual perda de valor, de acordo com a política indicada na Nota 3.2.6. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa às quais o goodwill é afecto são determinados com base no valor de uso, apurado de acordo com os fluxos de caixa esperados. Na determinação do valor de uso são utilizadas estimativas por parte da gestão relativamente à evolução futura da actividade e às taxas de desconto consideradas. b) Imposto sobre o Rendimento O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas. c) Reconhecimento de activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os activos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos activos por impostos diferidos é efectuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de desempenho no futuro. d) Pressupostos actuariais A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efectuada anualmente com o recurso a estudos actuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos actuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades. e) Provisões O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. f) Imparidade das contas a receber O Grupo gere os riscos de crédito na carteira de saldos a receber através de análises de risco criteriosas aquando da abertura de crédito para novos clientes e da sua revisão regular (Nota 19.4). Pela natureza intrínseca dos seus clientes, não se encontram disponíveis de forma generalizada ratings de crédito para a carteira, que permitam a sua categorização e análise enquanto população homogénea. Desta forma, são recolhidos elementos do comportamento financeiro dos clientes através de contactos regulares, bem como através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comercial (por exemplo, agentes de vendas). Paralelamente, a Secil e as suas subsidiárias contratualizaram com diversas companhias de seguro de crédito a inclusão da generalidade dos saldos das referidas carteiras em apólices de seguros que reduzem a sua exposição, nesses saldos, à franquia a liquidar em caso de sinistro, que varia em função da origem geográfica dos clientes. 65 _3.26 Acontecimentos após a data do balanço Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events” ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events” ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. _4. Fluxos de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 detalha-se conforme segue: Valores em Euros31/12/1331/12/12 Numerário 305.587 268.965 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 25.609.321 23.554.412 Aplicações de tesouraria 98.408.239 48.908.387 (Nota 19)124.323.147 72.731.764 Descobertos bancários (Nota 24.3) (14.163.855) (10.929.178) 110.159.292 61.802.586 66 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _5. Relato por segmentos e réditos e serviços prestados por área geográfica de destino _5.1 Relato por segmentos A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos de negócio identificados nomeadamente Cimento, Betões e Agregados. Os resultados, activos e passivos de cada segmento correspondem àqueles que lhe são directamente atribuíveis, assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos. A informação financeira por segmentos de negócio, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, analisa-se como segue: CimentoB CaboC Valores em EurosPortugalLíbanoTunísiaAngolaVerdeP Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 161.367.949 81.302.932 59.332.254 23.869.560 4.749.460 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 42.373.278 3.371.481 2.707.706 - 100.489 Vendas e serviços prestados totais 203.741.227 84.674.413 62.039.960 23.869.560 4.849.949 EBITDA 27.514.06330.536.137 6.603.314 (1.050.390)125.865 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (30.407.318) (8.892.765) (9.235.536) (1.754.601) (7.407) Subsídios ao investimento 7.771.522 - 357.138 - - Ganhos/ (perdas) na alienção de activos não correntes 134.572 (28.361) 4.593 - (86) Provisões ((aumentos)/ reduções) 281.394 (532.874) (72.662) (10.463) - Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (13.620.281) - - - - Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 600.092 - - (1.202.321) - EBIT (7.725.956)21.082.137(2.343.153) (4.017.775)118.372 Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos - - - - - Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (7.725.956) 21.082.137 (2.343.153) (4.017.775) 118.372 Resultados financeiros líquidos externos (16.139.008) (285.023) (1.576.181) (745.665) 26.945 Resultados financeiros líquidos inter-segmentais 1.104.838 - - - - Resultados financeiros totais (15.034.170) (285.023) (1.576.181) (745.665) 26.945 Resultado antes de impostos (22.760.126) 20.797.114 (3.919.334) (4.763.440) 145.317 Imposto sobre o rendimento 3.326.924 (3.147.575) 889.859 (175.883) (9.529) Resultado consolidado líquido do período (19.433.202) 17.649.539 (3.029.475) (4.939.323) 135.788 Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe (19.615.501) 9.010.090 (2.990.646) (2.519.055) 135.788 Interessses minoritários 182.299 8.639.449 (38.829) (2.420.268) - OUTRAS INFORMAÇÕES Goodwill 84.305.590 - 1.624.249 - - Participações financeiras - método da equivalência patrimonial - - 2.211 - - Outros activos do segmento 198.413.220 140.426.839 130.452.078 21.767.557 2.208.194 Activos totais consolidados 282.718.810 140.426.839 132.078.538 21.767.557 2.208.194 Passivos do segmento 301.965.646 32.511.014 63.233.198 9.997.266 49.827 Dispêndios de capital fixo tangível 13.195.758 9.382.423 7.642.649 1.931.165 2.825 67 31 de Dezembro de 2013 Betões Agregados CaboOutros não PortugalLíbanoTunísiaPortugalVerde alocadosEliminaçõesConsolidado 40.829.862 9.112.591 7.866.267 7.626.997 616.975 14.850.594 - 411.525.441 172.308 - - 4.416.590 - 11.260.186 (64.402.038) 41.002.170 9.112.591 7.866.267 12.043.587 616.975 26.110.780 (64.402.038) 411.525.441 (3.365.632) 765.066 873.884 (404.050) 68.394 (1.624.604) (7.704) 60.034.343 (2.126.884) - (662.747) - (465.774) 1.832 (2.144.655) 201 (66.167) - (2.672.408) 95.426 - - (58.436.262) 8.226.119 338.794 (1.401.469) (23.651) (175) - (7.456) 179.956 (3.667) - - 9.431 (2.004.837) - - 615.248 (3.752.209) - - - - - - - (13.620.281) 1.065.668 (5.489.523) - - 78.493 - - 394.664 402.486(1.977.551) - (3.257) - 2.227 - (651.765) (6.848.757) (2.211.230) - 206.338 (7.704) (6.726.704) - (2.214.487) (5.489.523) 78.493 402.486 (1.980.808) 2.227 (9.059.987) (7.704) (8.941.191) (209.375) (44.604) (49.242) (230.484) 32.388 (2.484.056) - (21.704.305) (1.129.809) - - (1.952.935) - 1.977.906 - (1.339.184) (44.604) (49.242) (2.183.419) 32.388 (506.150) - (21.704.305) (6.828.707) 33.889 353.244 (4.164.227) 34.615 (9.566.137) (7.704) (30.645.496) (221.713) - (108.758) 827.414 (10.345) 138.559 - 1.508.953 24.270 (9.427.578) (7.704) (29.136.543) (7.050.420) 33.889 244.486 (3.336.813) (6.870.376) 17.301 241.119 (3.174.127) 15.168 (9.139.505) (7.704) (34.897.448) (180.044) 16.588 3.367 (162.686) 9.102 (288.073) - 5.760.905 7.409.634 - - - - 21.627.152 - 114.966.625 766.120 44.940.940 53.116.694 12.530.579 630.631 - 8.145.497 8.145.497 3.842.867 297.129 - 6.260.837 6.260.837 2.273.268 191.004 381.825 46.006.159 46.387.984 14.400.739 465.959 - 1.461.874 1.461.874 48.400 54.893 32.258.222 79.239.140 133.124.514 71.618.066 572.102 - - - - - 33.408.378 679.322.335 827.697.338 512.470.870 34.366.538 68 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Cimento CaboC Valores em EurosPortugalLíbanoTunísiaAngolaVerdeP Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 177.112.604 79.853.531 59.119.254 28.530.608 4.917.773 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 49.468.875 3.130.295 2.794.672 - 129.494 Vendas e serviços prestados totais 226.581.479 82.983.826 61.913.926 28.530.608 5.047.267 EBITDA 43.742.317 22.027.018 8.137.7202.477.623 (105.785) (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (41.596.079) (6.874.154) (8.941.750) (2.069.015) (14.175) Subsídios ao investimento 16.769.975 - 384.033 - - Ganhos/(perdas) na alienção de activos não correntes (9.276.737) (101) 2.470 19.435 1.110 Provisões ((aumentos)/ reduções) (2.690.382) (1.037.906) (130.214) - - Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (2.097.255) - - - - Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 226.562 - - - - EBIT 5.078.401 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos (80.453) - - - - Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 4.997.948 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) Resultados financeiros líquidos externos (12.612.118) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 Resultados financeiros líquidos inter-segmentais (10.616.762) - - - - Resultados financeiros totais (23.228.880) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 Resultado antes de impostos (18.230.932) 13.305.591 (1.393.596) 152.577 (110.606) Imposto sobre o rendimento 1.589.455 (2.040.974) 603.174 - (18) Resultado consolidado líquido do período (16.641.477) 11.264.617 (790.422) 152.577 (110.624) Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe (16.757.065) 5.750.587 (780.291) 77.814 (110.624) Interessses minoritários 115.588 5.514.030 (10.131) 74.763 - OUTRAS INFORMAÇÕES Goodwill 100.870.106 - 1.794.625 - - Participações financeiras - método da equivalência patrimonial - - 2.443 - - Participações financeiras - outros métodos - - - - - Outros activos do segmento 266.661.823 130.961.326 144.566.005 23.338.009 2.413.954 367.531.929 130.961.326 146.363.073 23.338.009 2.413.954 Activos totais consolidados Passivos do segmento 334.774.562 28.862.327 66.992.259 3.219.916 57.640 Dispêndios de capital fixo tangível 12.019.826 9.276.649 6.673.721 1.302.453 668 69 3 1 de Dezembro de 2012 Betões Agregados CaboOutros não PortugalLíbanoTunísiaPortugalVerde alocadosEliminaçõesConsolidado 58.781.398 8.175.021 7.966.323 8.699.707 845.361 16.231.032 - 450.232.612 238.324 - - 4.693.050 - 8.616.686 (69.071.396) 59.019.722 8.175.021 7.966.323 13.392.757 845.361 24.847.718 (69.071.396) 450.232.612 (2.398.668)449.406818.744 (1.902.152)171.724(2.660.221) (7.453) 70.750.273 (2.065.483) - (684.104) - (521.379) 3.407 (3.128.034) 201 (76.406) - (3.254.595) 109.265 - - (69.225.174) 17.266.881 8.223.891 2.501 9.688 (47.916) 7.476 - (8.378.935) (10.415) 13.597 - (703.970) 606.726 - - (10.082.076) (3.307.606) - - - (600.811) - (4.004.888) - (6.702.954) (11.689.483) (7.927.242) - (272.926) 2 - (7.927.240) (8.770) (272.926) (41.770) - (513.311) 308.248(14.533.457) - - 108.915 (3.838.187) (13.745.870) - (15.814.419) (7.453) (17.115.075) (4.288) - 79.555 - (5.184) 308.248 (14.537.745) (53.499) (168.749) 108.915 30.878 (13.666.315) 2.031.772 (7.453) - (17.120.259) (12.744.599) (1.340.600) - - (2.459.513) - 14.416.875 - (1.349.370) (41.770) (53.499) (2.628.262) 30.878 16.448.647 - (12.744.599) (9.276.610) (314.696) 254.749 (17.166.007) 139.793 2.782.332 (7.453) (29.864.858) 877.444 - (76.921) (598.359) (36.274) (4.214.193) - (3.896.666) (8.399.166) (314.696) 177.828 (17.764.366) 103.519 (1.431.861) (7.453) (33.761.524) (8.365.115) (155.609) 175.433 (17.645.238) 64.700 (706.282) (7.453) (38.459.143) (34.051) (159.087) 2.395 (119.128) 38.819 (725.579) - 4.697.619 7.409.634 - - - - 22.137.329 - 132.211.694 766.120 - 49.820.154 - - 7.874.416 - - 7.216.198 385.082 - 47.154.064 - - 1.437.479 3.862.897 24.413.353 63.643.840 - - - 5.016.542 24.413.353 745.087.268 57.995.908 9.990.506 285.453 7.874.416 3.585.835 281.377 7.216.198 2.618.226 217.831 47.539.146 12.972.370 663.133 1.437.479 63.792 66.981 114.057.419 71.851.986 639.512 - - - 906.728.857 534.989.419 31.427.604 70 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _5.2 Vendas e serviços prestados por segmentos As vendas e serviços prestados (líquidos de descontos concedidos) por área geográfica de destino, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, analisam-se como se segue: 31 de Dezembro de 2013 Outros Valores em EurosCimentoBetões Agregadosnão alocadosConsolidado Portugal Líbano Tunísia Angola Cabo Verde Espanha Argélia Guiné Bissau Guiné Equatorial São Tomé e Príncipe Marrocos Brasil Colômbia Venezuela República Dominicana Serra Leoa Outros 90.308.459 81.302.932 53.988.906 23.979.788 4.749.460 1.031.030 26.710.514 3.993.502 11.493.422 1.421.695 2.451.201 11.617.913 2.065.279 1.677.686 3.171.100 1.627.107 9.032.161 40.829.862 7.626.997 9.112.591 - 7.866.267 - - - 616.975 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 330.622.15557.808.720 8.243.972 12.356.305 - - 264.236 51.954 811.128 - - - - - - - - - - 1.366.971 151.121.623 90.415.523 61.855.173 24.244.024 5.418.389 1.842.158 26.710.514 3.993.502 11.493.422 1.421.695 2.451.201 11.617.913 2.065.279 1.677.686 3.171.100 1.627.107 10.399.132 14.850.594 411.525.441 71 31 de Dezembro de 2012 Outros Valores em EurosCimentoBetões Agregadosnão alocadosConsolidado Portugal Líbano Tunísia Angola Cabo Verde Espanha Argélia Guiné Bissau Guiné Equatorial São Tomé e Príncipe Marrocos Brasil Venezuela República Dominicana Serra Leoa Outros 110.369.223 79.853.531 57.064.045 28.766.805 5.181.323 970.725 22.188.573 2.752.805 10.805.332 839.028 2.614.546 13.097.444 269.010 1.873.942 1.384.657 11.502.781 58.781.398 8.175.021 7.966.323 - - - - - - - - - - - - - 8.699.707 - - - 845.361 - - - - - - - - - - - 349.533.77074.922.742 9.545.068 13.273.146 - - 129.929 - 904.702 - - - - - - - - - 1.923.255 191.123.474 88.028.552 65.030.368 28.896.734 6.026.684 1.875.427 22.188.573 2.752.805 10.805.332 839.028 2.614.546 13.097.444 269.010 1.873.942 1.384.657 13.426.036 16.231.032 450.232.612 72 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _6. Investimentos em subsidiárias _6.1 Subsidiárias Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias: Denominação SocialSedeDirectaIn Parcim Investments, B.V. (Nota 9) Amesterdão Secilpar, Unipessoal, Lda. Lisboa Somera Trading Inc. Panamá Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal Seciment Investments, B.V. Amesterdão I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa Silonor, S.A. Dunkerque Société des Ciments de Gabès Tunis Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis Zarzis Béton Tunis Secil Angola, SARL Luanda Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa Sicobetão - Fabricação de Betão, S.A. (Nota 9) Lisboa Secil Britas, S.A. Lisboa Quimipedra - Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda. (Nota 9) Lisboa Colegra - Exploração de Pedreiras, S.A. (Nota 9) Lisboa Lusoinertes, S.A. Lisboa Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa ALLMA - Microalgas, Lda. (Nota 9) Leiria Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto Valcem - Produtos Cimentícios, Lda. (Nota 9) Setúbal Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute Soime, S.A.L. Beirute Cimentos Madeira, Lda. Funchal Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Setúbal Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa (a) Sociedades detidas em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controladas pelo Grupo - 100,00 - - - 37,50 100,00 100,00 - 100,00 100,00 98,72 - - 100,00 - 100,00 - - - - - - - - 51,19 - 100,00 - - - - - - 100,00 28,64 - 57,14 - - - - - 100,00 100,00 73 31/12/13 31/12/12 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil IndirectaTotalDirectaIndirecta TOTAL - - 100,00 100,00 100,00 25,00 - - 99,97 - 100,00 100,00 100,00 100,00 62,50 100,00 100,00 99,97 100,00 100,00 - - - 37,50 100,00 100,00 - - - 100,00 100,00 100,00 25,00 - - 99,97 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 62,50 100,00 100,00 99,97 - - - 98,72 98,72 - 51,00 - 100,00 91,00 100,00 - 100,00 - - 100,00 48,81 75,00 - 70,00 90,87 100,00 98,00 - 100,00 - 22,41 51,05 - 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00 100,00 98,72 98,72 98,72 100,00 51,00 100,00 100,00 91,00 100,00 - 100,00 - - 100,00 100,00 75,00 100,00 70,00 90,87 100,00 98,00 - 100,00 100,00 51,05 51,05 57,14 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00 100,00 98,72 - - 100,00 - 100,00 - - - - - - - - 51,19 - 100,00 - - - - 50,00 - 100,00 28,64 - 57,14 - - - - - - - 98,72 98,72 - 51,00 - 100,00 91,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 48,81 75,00 - - 90,87 100,00 98,00 50,00 100,00 - 22,41 51,05 - 57,14 57,14 57,14 29,14 100,00 100,00 98,72 98,72 98,72 100,00 51,00 100,00 100,00 91,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 75,00 100,00 90,87 100,00 98,00 100,00 100,00 100,00 51,05 51,05 57,14 57,14 57,14 57,14 29,14 29,14 29,14 - 29,14 29,14 - - 100,00 100,00 100,00 100,00 - - 100,00 100,00 74 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES _6.2 Interesses minoritários Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme segue: Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda. Société des Ciments de Gabès e subsidiárias IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros 31/12/13 31/12/12 64.731 83.053 921.417 1.068.243 421.258 414.085 5.235.200 8.106.185 54.798.441 50.798.376 5.353.225 5.476.149 (601.852) (267.519) 66.192.42065.678.572 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe dos interesses minoritários evidenciados na demonstração dos resultados é conforme se segue: Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda. Société des Ciments de Gabès e subsidiárias Secil Martingança, S.A. IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros 31/12/1331/12/12 (18.323) (3.374) (35.463) (7.735) - (36.405) 57.173 26.050 (2.420.268) 74.763 8.656.037 5.354.943 (142.680) (90.115) (335.571) (620.508) 5.760.9054.697.619 75 Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 apresentam-se conforme se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Saldo inicial 65.678.572 67.816.941 Variação de perímetro: IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Transferência de passivo financeiro relativo a 30% do capital - 766.318 Aquisição pelo grupo de 5% da participação no capital - (228.282) Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Aquisição pelo grupo dos remanescentes 3% da participação no capital - (258.010) Premix Liban, S.A.L Liquidação - 9.878 ALLMA - Microalgas, Lda. Constituição (Nota 9) 1.500 Restituição de prestações suplementares em subsidiárias - (44.892) Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras (2.902.672) (1.654.990) Dividendos (2.352.881) (5.414.672) Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais (10.249) 18.076 Licenças emissão de gases com efeito de estufa - 1.635 Subsídios ao investimento 17.245 (31.049) Resultado líquido do período 5.760.905 4.697.619 Saldo final 66.192.420 65.678.572 76 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES _7. Interesses em empreendimentos conjuntos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos: Denominação SocialSede DirectaIn Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - _8. Investimentos em associadas e outras participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas e outras participações financeiras: S Participações financeiras - método da equivalência patrimonial: Setefrete, SGPS, S.A. MC - Matériaux de Construction J.M. Henriques, Lda. Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Supremo Cimentos, S.A. NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Sociedade de Inertes, Lda. Participações financeiras - outros métodos Supremo Cimentos, S.A. 77 31/12/13 31/12/12 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil IndirectaTotalDirectaIndirecta Total - 39,80 Sede Setúbal Gabès Câmara de Lobos Lisboa Pomerode Rio de Janeiro Nacala - Porto Pomerode 50,00 39,80 50,00 - 31/12/13 % indirecta do capital detido - 39,80 31/12/12 % indirecta do capital detido 25,00 49,36 28,57 35,00 15,00 45,58 49,00 25,00 49,36 28,57 35,00 - - 13,81 50,00 39,80 78 No decurso do corrente período a Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (“Ciminpart”) efectuou os seguintes investimentos em associadas: > Em 31 de Maio de 2013 adquiriu, pelo montante de Euros 2.771.380 (Nota 15), 17,5% do capital da NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A.. Posteriormente, reforçou o seu investimento nesta associada, no montante de Euros 7.206.924 (Nota 15), detendo em 31 de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Dezembro de 2013 uma participação correspondente a 45,58% do seu capital. > Reforço da participação detida no capital da sociedade Supremo Cimentos, S.A., de 13.81% para 15% do capital, mediante a realização de um investimento no montante de Euros 5.623.327 (Nota 15). Em 14 de Outubro de 2013 a subsidiária Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda., realizou um investimento de Euros 648 (Nota 15) na constituição da Sociedade de Inertes, Lda., o qual representou uma participação de 49% do capital da sociedade. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas e outras participações financeiras apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes: ActivosP Valores em EurosTotaisT MC- Materiaux de Construction J.M.J. - Henriques, Lda. Setefrete, SGPS, S.A. Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Supremo Cimentos S.A NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) 699.140 a) 1.074.797 b) 4.731.052 a) 4.087.892 a) 120.508.624 a) 62.478.338 a) Valores referentes a 31.12.2013 b) Valores referentes a 31.12.2012, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2013 ActivosP Valores em EurosTotaisT Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. MC- Materiaux de Construction Inertogrande Central de Betão, Lda. Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. J.M.J. - Henriques, Lda. Setefrete, SGPS, S.A. Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Supremo Cimentos S.A a) Valores referentes a 31.12.2011, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2012 b) Valores referentes a 31.07.2012, data de referência da venda da associada c) Valores referentes a 31.10.2012, data de referência da venda da associada d) Valores referentes a 30.11.2012 (últimas contas disponíveis) e) Valores referentes a 31.12.2012 c) 1.212.556 e) 673.045 e) 1.916.082 b) 6.450.884 e) 1.072.906 a) 6.027.305 d) 2.723.523 e) 119.315.029 79 31 de Dezembro de 2013 PassivosCapitalVendas e serviçosResultado TotaisPróprio prestadosLíquido 572.858 311.147 1.969.573 3.695.911 26.703.724 57.438.441 126.282 763.650 2.761.479 391.981 93.804.900 5.039.897 4.753.814 - 102.813 12.302.485 49.846.812 - 25.693 (6.514) 1.347.994 331.011 (1.088.680) (8.984.196) 31 de Dezembro de 2012 PassivosCapitalVendas e serviçosResultado TotaisPróprio prestadosLíquido 1.357.654 575.446 1.983.828 22.869.191 302.742 2.682.391 1.991.905 33.983.327 (145.098) 97.599 (67.746) (16.418.307) 770.164 3.344.914 731.618 85.331.702 1.983.158 10.434.070 - 3.211.870 - 99.336 8.862.010 44.783.267 (201.130) 38.593 (9.060) (993.294) (8.575) 683.582 670.649 (1.581.603) 80 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _9. Alterações no perímetro de consolidação No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2013, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação são como se segue: Subsidiárias Valores em Eurosconstituídas Activos correntes Caixa e depósitos bancários 5.000 Interesses minoritários (Nota 6.2) (1.500) Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 3.500 Goodwill (Nota 10) Custo / (proveito) reconhecido em resultados - Custos da concentração/ Preço Venda 3.500 Caixa e equivalentes de caixa (5.000) Património líquido adquirido / integrado (1.500) Entradas no perímetro Saídas do perímetro > ALLMA - Microalgas, Lda. – com > Colegra - Exploração de Pedreiras, S.A.L, liquidada em 17 de Dezembro de 2013; sede em Leiria, constituída em 22 Janeiro 2013. > Sicobetão - Fabricação de Betão, S.A., fundida na Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. em 30 de Dezembro de 2013; > Quimipedra - Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda., fundida na Secil Britas, S.A. em 23 de Dezembro 2013. > Valcem - Produtos Cimentícios, Lda. S.A., fundida na Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. em 30 de Dezembro de 2013. > Parcim Investments, B.V., liquidada em 5 de Agosto de 2013. 81 _10. Goodwill No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue: Valores em Euros31/12/13 31/12/12 Valor bruto no início do período 217.561.182 226.115.417 Perdas por imparidade acumuladas (85.349.488) (79.999.736) Valor líquido no início do período 132.211.694 146.115.681 Perdas por imparidade (Nota 16) (13.620.281) (6.702.954) Aquisições: IRP- Industria de Reboco de Portugal, S.A. - 69.888 Secil Martingança, S.A. - 242.420 Variação cambial: Société des Ciments de Gabès (Nota 21.5.1) (2.866.217) (1.666.969) Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 21.5.1) (170.376) (99.090) Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 21.5.1) (510.178) (232.264) Secil Angola, SARL (Nota 21.5.1) (78.017) (35.520) Transferência de “Outras provisões” - (4.146.673) Transferência para “Activos não correntes detidos para venda” - (1.332.825) Saldo final 114.966.625 132.211.694 O Goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (CGU’s) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação e o segmento de negócio, conforme se segue: Valores em Euros PortugalLíbanoTunísiaOutrosTotal Cimento50.647.610 11.432.593 27.324.503 - 89.404.706 Betões21.336.708 - 1.624.249 - 22.960.957 - -120.426 2.600.962 Outros 2.480.536 74.464.854 11.432.593 28.948.752 120.426 114.966.625 Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das CGU’s é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a actual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo. Em resultado dos cálculos efectuados, foram imputadas, no período findo em 31 de Dezembro de 2013, perdas por imparidade ao Goodwill no montante de Euros 13.620.281 (Euros 6.702.954 em 2012) relativas à unidade geradora de fluxos de caixa em Portugal para o segmento de negócio dos betões (Euros 11.896.000) e à unidade geradora de fluxos de caixa em Angola para o segmento de negócio do cimento (Euros 1.724.281). 82 _11. Activos fixos tangíveis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movimentos DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 ocorridos na rubrica “Activos fixos tangíveis”, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue: TerrenosE e recursosRecuperação Valores em Eurosnaturais paisagísticaCO Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2012 174.502.002 5.093.941 Aquisições 167.000 - Alienações (35.308) - Regularizações, transferências e abates 676.228 - Ajustamento cambial (3.429.111) - Saldo em 31 de Dezembro de 2012 171.880.811 5.093.941 Aquisições 20.045 - Alienações (37.668) - Regularizações, transferências e abates 116.922 - Ajustamento cambial (6.123.467) - Activos não correntes detidos para venda (Nota 20) 2.081.798 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 167.938.441 5.093.941 Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2012 (36.663.400) (1.546.644) Depreciações (Nota 34) (2.353.835) (115.431) Perdas por imparidade (Nota 34) (3.405.058) - Alienações 6.732 - Regularizações, transferências e abates (4.982) - Ajustamento cambial 783.967 - Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (41.636.576) (1.662.075) Depreciações (Nota 34) (2.027.663) (102.472) Perdas por imparidade (Nota 34) (770.000) - Alienações - - Regularizações, transferências e abates - - Ajustamento cambial 1.482.699 - Activos não correntes detidos para venda (Nota 20) (628.275) - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (43.579.815) (1.764.547) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 130.244.235 3.431.866 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 124.358.626 3.329.394 As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue: Valores em Euros Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamentos Activos fixos tangíveis em curso PerdasPerdas doP acumuladas exercício 1/1/12 (Nota 34) (1.369.751) (968.670) (948.204) - (3.405.058) (3.312.907) (3.212.703) - (3.286.625) (9.930.668) 83 EdifíciosActivos fixos e outras tangíveis CONSTRUÇÕESEQUIPAMENTOSEM CURSOADIANTAMENTOSTotal 377.485.173 1.268.644.706 45.894.918 3.339.667 1.874.960.407 2.309.746 4.167.658 23.320.371 1.462.829 31.427.604 (77.509) (6.229.885) (60.126) - (6.402.828) 9.623.434 32.685.855 (42.630.647) (3.314.161) (2.959.291) (2.391.074) (9.927.395) (1.316.012) 3.540 (17.060.052) 386.949.770 1.289.340.939 25.208.504 1.491.875 1.879.965.840 1.495.769 9.629.101 22.802.798 418.825 34.366.538 (155.220) (6.439.438) (10.493) (24.609) (6.667.428) 8.123.947 25.035.094 (33.952.121) (729.413) (1.405.571) (5.224.453) (20.923.028) (1.086.955) (46.408) (33.404.311) 5.943.197 4.858.959 265.000 13.148.954 397.133.010 1.301.501.627 13.226.733 1.110.270 1.886.004.022 (291.526.590) (1.108.098.964) - - (1.437.835.598) (10.835.521) (39.291.220) - - (52.596.007) (3.312.907) (3.212.703) - - (9.930.668) 80.785 6.169.832 - - 6.257.349 (5.130.036) 7.912.927 - - 2.777.909 1.215.033 6.471.569 - - 8.470.569 (309.509.236) (1.130.048.559) - - (1.482.856.446) (9.857.018) (39.085.215) - - (51.072.368) 417.220 1.097.631 (1.202.321) - (457.470) 146.157 6.519.329 - - 6.665.486 167.119 864.286 - - 1.031.405 2.547.724 13.376.735 76.319 - 17.483.477 (5.742.029) (4.858.962) (265.000) - (11.494.266) (321.830.063) (1.152.134.755) (1.391.002) - (1.520.700.182) 77.440.534 159.292.380 25.208.504 1.491.875 397.109.394 75.302.947 149.366.872 11.835.731 1.110.270 365.303.840 PerdasPerdas doActivosPerdas acumuladas exercícioAjustamentonão correntes acumuladas 1/1/13 (Nota 34) cambial detidos para venda 31/12/13 (4.774.809) (4.281.577) (4.160.907) - (13.217.293) (770.000) 417.220 1.097.631 (1.202.321) (457.470) - - - 76.319 (2.277.432) (1.427.993) (606.822) (262.750) 76.319 (4.574.997) (7.822.241) (5.292.350) (3.670.098) (1.388.752) (18.173.441) 84 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, procederam em anos anteriores à reavaliação dos seus activos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de Dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98. O detalhe dos custos históricos de aquisição de activos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é o seguinte: Valores em Euros 31/12/13 RubricasCusto históricoExcedente de revalorizaçãoV Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamentos 114.489.774 71.277.697 149.218.413 334.985.884 9.868.852 4.025.250 148.459 14.042.561 _12. Locações _12.1 Locações financeiras Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira: 31/12/13 31/12/12 ValorAmortizaçãoValor líquidoValorAmortizaçãoValor líquido Valores em Euros aquisiçãoacumuladacontabilístico aquisiçãoacumuladacontabilístico Equipamento básico 4.365.548 (1.679.936) 2.685.612 4.379.114 (1.143.368) 3.235.746 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue: Locação financeira - rendas a pagar Valores em Euros Não correntes (Nota 24.3) Correntes (Nota 24.3) 31/12/1331/12/12 2.441.096 656.874 3.097.970 3.099.370 551.933 3.651.303 85 31/12/12 Valor revalorizadoCusto históricoExcedente de revalorizaçãoValor revalorizado 124.358.626 75.302.947 149.366.872 349.028.445 120.156.100 70.902.086 159.114.778 350.172.964 10.648.864 27.835.879 30.396.185 16.804.185 130.244.235 77.440.534 159.292.380 366.977.149 Locação financeira-PLANO DE REEMBOLSO Valores em Euros A menos de 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos 3 a 4 anos 4 a 5 anos Mais de 5 anos Juros futuros - a deduzir Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 24.3) 31/12/1331/12/12 793.816 729.829 677.751 800.839 681.829 676.634 680.716 673.603 699.775 669.852 - 694.341 3.533.8874.245.098 (435.917) (593.795) 3.097.9703.651.303 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes: Valores em Euros Amortizações do período Gasto financeiro 31/12/1331/12/12 536.568 275.959 152.315 190.202 688.883466.161 86 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _12.2 Locações operacionais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo é locatário em contratos de locação operacional relacionados com o aluguer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro. Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue: Valores em Euros A menos de 1 ano 1 a 5 anos 31/12/1331/12/12 390.787 247.098 183.900 192.412 574.687439.510 Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 ascenderam a Euros 777.528 e 591.888, respectivamente. _13. Propriedades de investimento Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue: 31/12/13 Valores em EurosArrendadasPara vendaT Saldo inicial - quantia bruta 957.222 1.261.860 Adições - Alienações - (158.541) Saldo final quantia bruta 957.222 1.103.319 Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 689.308 62.729 Transferências - - Amortizações e perdas por imparidade (Nota 34) 15.997 2.792 Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 705.305 65.521 Valor líquido 251.917 1.037.798 87 31/12/12 TotalArrendadasPara vendaTotal 2.219.082 957.222 1.103.319 2.060.541 - - 158.541 158.541 (158.541) - - 2.060.541 957.222 1.261.860 2.219.082 752.037 673.311 60.219 733.530 - - (284) (284) 18.789 15.997 2.794 18.791 770.826 689.308 62.729 752.037 1.289.715 267.914 1.199.131 1.467.045 88 As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento: 31/12/13 Valores em EurosArrendadasPara vendaT Rendimentos de rendas 38.103 - Amortizações e perdas por imparidade (15.997) (2.792) 22.106(2.792) _14. Activos intangíveis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movi- mentos ocorridos na rubrica “Activos intangíveis”, bem como nas respectivas amortizações, são conforme se segue: PropriedadeL Valores em Euros industrialE Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2012 133.329 Aquisições - Licenças atribuídas - Licenças alienadas no período - Transferências e abates 38.837 Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2012 172.166 Aquisições - Licenças atribuídas - Licenças alienadas no período - Revogação licenças - Transferências e abates 19.451 Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 191.617 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2012 (74.587) Amortizações do período (Nota 34) (31.887) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (106.474) Amortizações do período (Nota 34) (47.363) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (153.837) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 65.692 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 37.780 89 31/12/12 TotalArrendadasPara vendaTotal 38.103 36.859 - 36.859 (18.789) (15.997) (2.794) (18.791) 19.314 20.862 (2.794)18.068 activos LicençasOutros activos intangíveis Emissão CO2 intangíveis em cursoTotal 32.492.696 81.249 25.953 32.733.227 33.425 - 23.518 56.943 24.936.244 - - 24.936.244 (7.913.799) - - (7.913.799) - - (38.837) (31.230.992) - - (31.230.992) 18.317.574 81.249 10.634 18.581.623 - - 33.253 33.253 10.640.176 - - 10.640.176 (1.791.891) - - (1.791.891) (26.364) - - (26.364) - - (19.451) (16.155.808) - - (16.155.808) 10.983.687 81.249 24.436 11.280.989 (31.642.215) (76.550) - (31.793.352) - (1.974) - (33.861) (16.576.515) - - (16.576.515) 234.906 - - 234.906 31.230.992 - - 31.230.992 (16.752.832) (78.524) - (16.937.830) - (1.832) - (49.195) (7.235.891) - - (7.235.891) 663.808 - - 663.808 16.155.808 - - 16.155.808 (7.169.107) (80.356) - (7.403.300) 1.564.742 2.725 10.634 1.643.793 3.814.580 893 24.436 3.877.689 90 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 os montantes de Euros 3.814.580 e 1.564.742 registados na rubrica “Licenças de emissão CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 das empresas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2013 e 2012 respectivamente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido das licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/ entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento. Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue: T Activos Saldo inicial Licenças atribuídas (Nota 21.5.3) Licenças adquiridas Revogação licenças Licenças alienadas (Nota 21.5.3) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento Saldo final Valor líquido 91 31/12/1331/12/12 ToneladasEurosToneladasEuros 2.097.830 18.317.574 2.230.361 2.240.037 10.640.176 2.689.994 - - 133.700 (2.844) (26.364) - (193.300) (1.791.891) (853.700) (1.741.206) (16.155.808) (2.102.525) 2.400.517 10.983.687 2.097.830 (1.725.978) (16.752.832) (1.615.468) (1.613.104) (7.235.891) (2.213.035) 663.808 - 1.741.206 16.155.808 2.102.525 (1.597.876) (7.169.107) (1.725.978) 802.641 3.814.580 371.852 O Grupo alienou, no período findo em 31 de Dezembro de 2013, 193.700 toneladas (853.700 toneladas em 2012) de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros 978.774 (Euros 7.561.300 em 2012) (Nota 32). 32.492.696 24.936.244 33.425 (7.913.799) (31.230.992) 18.317.574 (31.642.215) (16.576.515) 234.906 31.230.992 (16.752.832) 1.564.742 92 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _15. Participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Participações financeiras” , incluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição: % detida 31/12/13 31/12/12 Associadas Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 2.918.120 3.063.979 MC - Materiaux de Construction 49,36% 2.211 2.442 J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 381.825 385.082 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 35,00% 1.446.165 1.565.039 Supremo Cimentos, S.A. 15,00% 22.088.327 Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 45,58% 6.571.082 Sociedade de Inertes, Lda 49,00% 648 33.408.3785.016.542 Outras participações financeiras Supremo Cimentos, S.A. 13,81% - 24.413.353 33.408.37829.429.895 O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goodwill gerado na aquisição das associadas: Goodwill Valores em EurosAno Aq. 31/12/13 31/12/12 Setefrete, SGPS, S.A. 2003 Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009 Supremo Cimentos, S.A. 2013 Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2013 2.227.750 2.227.750 1.308.977 1.308.977 5.218.785 4.273.668 13.029.1803.536.727 Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são como se segue: O Valores em EurosAssociadas Saldo inicial Aquisições (Nota 8) Resultado líquido apropriado (Nota 29) Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. Transferência de outras participações financeiras Transferência para provisões - capitais próprios negativos (Nota 22) Ajustamento cambial Saldo final 5.016.542 15.602.279 (2.214.487) (487.500) (226.006) 24.413.353 - (8.695.803) 33.408.378 93 31/12/1331/12/12 OutrasOutras participações participações financeirasTotalAssociadasfinanceirasTotal 24.413.353 - - - - (24.413.353) - - - 29.429.895 15.602.279 (2.214.487) (487.500) (226.006) - - (8.695.803) 33.408.378 5.516.355 - 401.339 (666.250) (212.350) - (22.413) (139) 5.016.542 - 24.413.353 - - - - - - 24.413.353 5.516.355 24.413.353 401.339 (666.250) (212.350) (22.413) (139) 29.429.895 94 _16. Imposto sobre o rendimento _16.1 Imposto corrente O Grupo Secil encontra-se sujeito ao regime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 90% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC. As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa óptica individual. Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados por dedução ao imposto sobre o rendimento da empresa mãe. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES De acordo com a legislação em vigor, os ganhos e perdas em subsidiárias e associadas, resultantes da aplicação do método da equivalência patrimonial, são deduzidos ou acrescidas, respectivamente, ao resultado do período, para apuramento da matéria colectável. Os dividendos são considerados no apuramento da matéria colectável do ano em que são recebidos, se as participações forem detidas por um período inferior a um ano ou representem uma percentagem inferior a 10% do capital social da participada. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Imposto corrente Liquidações adicionais de IRC Imposto diferido (Notas 16.2) 3.547.069 6.596.004 (4.238.041) (3.356.170) (817.981) 656.832 (1.508.953)3.896.666 O montante de Euros 3.547.069 registado em imposto corrente inclui (i) o montante de Euros 18.088 referente a excesso de estimativa para impostos do período anterior, (ii) o montante de Euros 755.445 relativo a ganhos com imposto sobre o rendimento de períodos anteriores e (iii) o montante de Euros 4.320.602 (Nota 26) referente a estimativa para imposto sobre o rendimento do período. As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior. Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua actividade os prazos são diferentes, em regra superiores. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2013. 95 A reconciliação da taxa efectiva de imposto nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é evidenciada como segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Resultado antes de impostos Imposto esperado Diferenças permanentes (a) Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores Prejuízos fiscais não recuperáveis Prejuízos Fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis Diferenças de taxas de imposto (b) Liquidações adicionais de IRC Retenção na fonte a título definitivo Imposto relativo a períodos anteriores Ajustamentos à colecta (c) Taxa efectiva de imposto (30.645.496) (29.864.858) (9.040.421) (9.407.430) 4.287.308 11.253.768 (31.808) (274.829) 7.662.299 4.302.658 1.278.242 1.107.477 (1.030.777) (866.259) (4.933.558) (3.356.170) 102.874 264.480 (439.686) 232.224 636.574 640.747 (1.508.953)3.896.666 0,0% 0,0% (a) Este valor respeita essencialmente a: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Perdas por imparidade do goodwill (Nota 10) Perdas em activos não correntes detidos para venda Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 29) Mais / (Menos) valias fiscais (Mais) / Menos valias contabilísticas Benefícios fiscais Dividendos de empresas sediadas fora da U.E. Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas Outros Impacto fiscal (29,50%) (b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Diferenças de taxa de imposto” inclui (i) o efeito líquido positivo (Euros 1.111.774) de diferentes taxas de imposto, nomeadamente a taxa de imposto do Líbano de 15% e o efeito negativo da alteração da taxa de IRC em Portugal (Euros 80.997). (c) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à colecta” respeita essencialmente à tributação autónoma (Euros 733.074) líquida da eliminação do efeito da dupla tributação internacional (Euros 227.758). 13.620.281 6.702.954 - 10.068.133 2.214.487 5.184 2.874.429 6.432.862 (2.907.713) (914.577) (809.380) (1.554.007) 1.958.476 3.922.153 181.517 9.209.445 (2.598.849) 1.854.102 14.533.24835.726.249 4.287.308 11.253.768 96 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES _16.2 Imposto diferido No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos nos activos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes: A Ajustamento Valores em EurosSaldo inicialCambial Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 17.701.992 (527.609) Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2.251.493 - Prejuízos fiscais reportáveis 5.341.885 - Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 430.715 (33.517) Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 53.853 - Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 551.207 - Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 96.648 (9.331) Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 6.739.718 - Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 983.936 - Mais-valias diferidas contabilisticamente, originadas em transacções intra-grupo 1.459.469 - Justo valor apurado em combinações empresariais 1.385.387 (59.973) Imparidades em activos fixos 7.452.863 - Outras diferenças temporárias 6.375.190 - 50.824.356 (630.430) Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangíveis (4.807.282) - Justo valor apurado em combinações empresariais (115.529.388) 7.193.335 Menos-valias diferidas contabilisticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.400.946) 450.248 Diferimento da tributação de mais-valias (904.480) - Acréscimos de amortizações (3.944.550) 387.029 Instrumentos financeiros (Nota 39) - - Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (5.030.218) - Subsídios ao investimento (1.389.229) 66.129 Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (1.531.317) - Outras diferenças temporárias (328.820) - (143.866.230) 8.096.741 Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 13.496.066 (156.760) Passivos por impostos diferidos (38.343.238) 2.224.453 97 31 de Dezembro de 2013 Alteração resultados da taxa alteração activos do período de imposto da taxa detidos (Nota 16.1) (Nota 16.1)Capital próprio de imposto para venda Saldo final 2.225.361 - - - - 19.399.744 286.964 - - - - 2.538.457 (5.004.739) - - - - 337.146 2.572 - (2.909) - - 396.861 (1.175) - - - - 52.678 (16.541) - - - - 534.666 (29.297) - 36.158 - - 94.178 (653.010) - (123.814) - - 5.962.894 (399.862) - (69.279) - - 514.795 1.254.205 - - - - 2.713.674 - - - - - 1.325.414 (778) - - - - 7.452.085 (38.949) - (1.532.731) - - 4.803.510 2.375.249 - 1.692.575 - - 46.126.102 1.094.533 - - - (8.727) (3.721.476) 3.406.372 - - - (27.562) (104.957.243) - - - - - (9.950.698) 114.924 - - - (55.294) (844.850) (273.055) - - - - (3.830.576) - - - - - (252.109) - 1.179.757 - - (4.102.570) - - 59.058 - - (1.264.042) - - (2.283.263) - - (3.814.580) 100.676 - - - - (228.144) 4.191.341 - (1.044.448) - (91.583) (132.714.179) (383.050) (649.406) (427.159) (52.625) - 11.827.066 1.282.028 568.409 (274.962) 62.385 (32.397) (34.513.322) Em resultado das alterações introduzidas pela Lei nº 2/2014 de 16 de Janeiro, a qual veio alterar: (i) o artigo 87.º do Código do IRC, fixando a partir de 2014 inclusive, em 23% a taxa de imposto sobre o rendimento das pessoas colecti vas; (ii) o artigo 87.º-A do Código do IRC, que determina uma tributação adicional designada de derrama estadual em sede de imposto sobre o rendimento sobre as pessoas colectivas de: 3% para entidades com um lucro tributável entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros; 5% para entidades com um lucro tributável entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros e 7% para entidades com um lucro tributável superior a 35.000.000 Euros e; (iii) o artigo 52.º do Código do IRC que vem limitar a dedução dos prejuízos fiscais em 70% do lucro tributável, o Grupo procedeu à actualização das taxas aplicáveis aos seus activos e passivos por impostos diferidos. 98 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 O impacto desta alteração de taxa nos impostos diferidos, em 31 de Dezembro de 2013, traduziu-se, conforme já referido, em um impacto negativo nos resultados no montante de Euros 80.997 e em um impacto positivo no montante de Euros 9.760 em capitais próprios. R Valores em EurosSaldo inicialC Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 20.098.772 Prejuízos fiscais reportáveis 1.626.725 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 433.921 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 71.736 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 916.628 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 77.594 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 7.871.240 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.118.893 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 1.798.804 Justo valor apurado em combinações empresariais 1.567.224 Imparidades em activos fixos - Outras diferenças temporárias 8.271.587 57.413.369 Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (6.080.661) Justo valor apurado em combinações empresariais (124.073.863) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.605.926) Diferimento da tributação de mais-valias (985.542) Acréscimos de amortizações (3.858.617) Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.574.504) Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (2.066.878) Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) (2.353.688) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (850.481) Outras diferenças temporárias (493.563) (152.943.723) Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 16.106.288 Passivos por impostos diferidos (41.244.240) 99 31 de Dezembro de 2012 Resultados do Ajustamento período Cambial (Nota 16.1) Capital próprioTransferênciasSaldo final (273.904) (2.122.876) - - 17.701.992 - 3.715.160 - - 5.341.885 (12.069) 29.837 (20.974) - 430.715 - (17.883) - - 53.853 - (365.421) - - 551.207 (4.489) (49.549) 53.604 19.488 96.648 - (663.490) (375.055) (92.977) 6.739.718 - (10.304.759) (830.198) - 983.936 - (339.335) - - 1.459.469 (26.171) (155.666) - - 1.385.387 - 4.166.238 - 3.286.625 7.452.863 - (13.622) 1.403.850 (3.286.625) 6.375.190 (316.633) (6.430.118) 231.227 (73.489) 50.824.356 - 1.273.379 - - (4.807.282) 4.271.268 4.273.207 - - (115.529.388) 204.980 - - - (10.400.946) - 81.062 - - (904.480) 207.685 (293.618) - - (3.944.550) - - 1.574.504 - - 632.179 (3.669.008) 73.489 (5.030.218) 39.187 - 925.272 - (1.389.229) - - (680.836) - (1.531.317) (1) 164.744 - - (328.820) 4.723.119 6.130.953 (1.850.068) 73.489 (143.866.230) (82.115) (2.523.870) 14.135 (18.372) 13.496.066 (507.930) 18.372 (38.343.238) 1.324.384 2.066.176 100 Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido activo São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respectivo benefício DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos activos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme segue: Valores em Euros 31/12/13 31/12/12Data limite Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. - 5.112.968 2017 Cimentos Madeira, Lda. 337.146 228.917 2017 337.146 5.341.885 Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido activo Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido activo, detalham-se por ano de prescrição conforme segue: EmpresaTotal Betomadeira, S.A. 866.048 Britobetão - Central de Betão, Lda. 7.869 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. 81.297 Florimar, SGPS, Lda 134.899 I3 Participações e Serviços, Ltda. 86.372 Lusoinertes, S.A. 4.170.612 Madebritas, Lda. 12.733 Pedra Regional. S.A. 792.648 Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. 3.096 Secil Angola, SARL 486.584 Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (RETGS) 38.068.887 Secil Prébetão, S.A. 5.950.323 Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. 45.466 Seciment Investments, B.V. 67.590 Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. 233233 Silonor, S.A. 11.914.077 Société des Ciments de Gabés 106.771 Soime, S.A.L. 353.909 Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. 150.336 Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 5.122.818 Zarzis Béton 90.060 68.745.628 2014 2015 2016 2017 2018 549.385 316.663 - - - - - - 7.869 - 81.297 - - - - 24.965 24.275 - 31.725 53.934 - - - - - - 1.711.361 - 2.459.251 - 5.960 2.169 - 2.027 2.577 179.408 497.415 - 91.537 24.288 - 3.096 - - - - - 486.584 - - - - - 16.809.562 21.259.325 1.448.715 1.866.920 - 861.832 1.772.856 9.298 17.766 - 15.881 2.521 - - - - - 84.301 148.932 - - - - - - - - - - - - 106.771 - 51.140 302.769 - - - 150.336 - - - - 3.864.422 - 1.258.396 - - - - - - 2.383.329 8.654.495 789.35321.538.08023.222.272 101 2019 e posteriores 86.372 67.590 11.914.077 90.060 12.158.099 102 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _17. Outros activos financeiros Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros activos financeiros”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se segue: 31/12/13 Quantia QUA QuantiaImparidade Valores em Euros brutaacumulada Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 38.2 e 42.2) 1.250.000 - Adiantamentos para investimentos financeiros 2.000.000 - Outros 499.068 (98.641) 3.749.068 (98.641) Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Saldo inicial Ajustamento cambial Saldo final 102.815 (4.174) 98.641 105.243 (2.428) 102.815 103 31/12/12 QUANTIA escriturada QUANTIAIMPARIDADEESCRITURADA líquida bruta acumulada líquida 1.250.000 1.250.000 - 1.250.000 2.000.000 400.427 530.968 (102.815) 428.153 3.650.427 1.780.968 (102.815) 1.678.153 104 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _18. Inventários Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição: 31/12/13 QuantiaImparidadeQ Valores em Eurosbruta acumulada Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 75.350.298 (7.004.010) Produtos e trabalhos em curso 720.560 - Produtos acabados e intermédios 19.257.736 (595.001) Mercadorias 4.129.383 (96.105) Adiantamento por conta de compras 2.440 - 99.460.417 (7.695.116) Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Reposições Utilizações Ajustamento cambial Saldo final Os aumentos e reposições, no montante de Euros 1.723.901 e Euros 7.200, respectivamente foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”. 31/12/13 6.550.498 1.723.901 (7.200) (66.851) (505.232) 7.695.116 31/12/12 6.287.884 634.159 (138.133) - (233.412) 6.550.498 105 31/12/12 QuantiaQuantiaImparidadeQuantia líquida bruta acumulada líquida 68.346.288 81.776.672 (6.117.094) 75.659.578 720.560 605.812 - 605.812 18.662.735 18.649.483 (357.596) 18.291.887 4.033.278 4.243.936 (75.808) 4.168.128 2.440 310 - 310 91.765.301 105.276.213 (6.550.498) 98.725.715 106 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _19. Activos financeiros _19.1 Categorias de activos financeiros As categorias de activos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são detalhadas conforme se segue: 31/12/13 QuantiaImparidadeQ Valores em Eurosbruta acumulada Disponibilidades (Nota 4) Numerário 305.587 - Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 25.609.321 - Outras aplicações de tesouraria 98.408.239 - 124.323.147 - Activos financeiros ao custo: Clientes (Nota 19.2) 73.776.844 (25.328.905) Outras contas a receber - corrente (Nota 19.3) 20.796.516 (6.821.398) Outras contas a receber - não corrente (Nota 19.3) 4.263.185 (1.855.975) 98.836.545 (34.006.278) 223.159.692(34.006.278) _19.2 Activos financeiros - clientes Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição: 31/12/13 ImparidadeQ Quantia acumulada Valores em Euros bruta (Nota 19.4) Clientes 72.701.299 (25.328.905) Clientes - Partes relacionadas (Nota 37) 1.075.545 - 73.776.844 (25.328.905) 107 31/12/12 Quantia escrituradaQuantiaImparidadeQuantia escriturada líquida bruta acumulada líquida 305.587 268.965 - 268.965 25.609.321 23.554.412 - 23.554.412 98.408.239 48.908.387 - 48.908.387 124.323.147 72.731.764 - 72.731.764 48.447.939 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 13.975.118 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 2.407.210 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 64.830.267 168.465.263 (30.106.895) 138.358.368 189.153.414 241.197.027 (30.106.895)211.090.132 31/12/12 QuantiaImparidadeQuantia escrituradaQuantia acumulada escriturada líquida bruta (Nota 19.4) líquida 47.372.394 71.932.833 (22.123.192) 49.809.641 1.075.545 5.869.852 - 5.869.852 48.447.939 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 108 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue: 31/12/13 QuantiaImparidadeQ Valores em Euros brutaacumulada Não vencido 30.471.425 (8.048) Vencido: 0-90 dias 13.614.867 (96.684) 90-180 dias 1.764.979 (78.518) 180-360 dias 1.921.667 (918.807) > 360 dias 26.003.906 (24.226.848) 73.776.844 (25.328.905) _19.3 Activos financeiros – outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outras contas a receber - corrente”, laíquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição: 31/12/13 ImparidadeQ Quantia acumulada Valores em Euros bruta (Nota 19.4) Outros devedores Partes relacionadas (Nota 37): Empréstimos concedidos - - Outras operações 1.194.842 (647.000) Outros 13.558.727 (6.174.398) 14.753.569 (6.821.398) Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 486.849 - Partes relacionadas (Nota 37) 2.584.774 - Outros 2.971.324 - 6.042.947 - 20.796.516 (6.821.398) 109 31/12/12 Quantia escrituradaQuantiaImparidadeQuantia escriturada líquida bruta acumulada líquida 30.463.377 31.288.426 - 31.288.426 13.518.183 1.686.461 1.002.860 1.777.058 48.447.939 16.356.922 5.097.037 3.040.910 22.019.390 77.802.685 (128.837) (413.891) (729.502) (20.850.962) (22.123.192) 16.228.085 4.683.146 2.311.408 1.168.428 55.679.493 31/12/12 QuantiaImparidadeQuantia escrituradaQuantia acumulada escriturada líquida bruta (Nota 19.4) líquida - 70.184.660 - 70.184.660 547.842 395.771 - 395.771 7.384.329 12.499.132 (6.127.728) 6.371.404 7.932.171 83.079.563 (6.127.728) 76.951.835 486.849 469.015 - 469.015 2.584.774 784.548 - 784.548 2.971.324 1.833.495 - 1.833.495 6.042.947 3.087.058 - 3.087.058 13.975.118 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 110 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outras contas a receber não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição: 31/12/13 ImparidadeQ Quantia acumulada Valores em Euros bruta (Nota 19.4) Outros devedores Cauções prestadas a favor de terceiros 1.302.305 - Outras partes relacionadas (Nota 37) 550.000 - Outros 2.410.880 (1.855.975) 4.263.185 (1.855.975) _19.4 Imparidade de dívidas a receber Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são conforme se segue: 31/12/13 OutrosOutrosO DevedoresPartesDevedoresD Não correntesClientes relacionadas correntes Valores em Euros (Nota 19.3) (Nota 19.2) (Nota 19.3) (Nota 19.3)Total Saldo inicial 1.855.975 22.123.192 - 6.127.728 30.106.895 Aumentos - 2.414.605 647.000 22.518 3.084.123 Reposições - (2.445.461) - (4.434) (2.449.895) Utilizações - (405.485) - (7.907) (413.392) Ajustamento cambial - (224.422) - (10.748) (235.170) Transferências - - - - - Activos não correntes detidos para venda - 3.866.476 - 47.241 3.913.717 Saldo final 1.855.975 25.328.905 647.000 6.174.398 34.006.278 Os aumentos e reposições, no montante de Euros 3.084.123 e Euros 2.449.895, respectivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”. 111 31/12/12 QuantiaImparidadeQuantia escrituradaQuantia acumulada escriturada líquida bruta (Nota 19.4) líquida 1.302.305 1.408.946 - 1.408.946 550.000 550.000 - 550.000 554.905 2.537.011 (1.855.975) 681.036 2.407.210 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 31/12/12 OutrosOutros DevedoresPartesDevedores Não correntesClientes relacionadasCorrentes (Nota 19.3) (Nota 19.2) (Nota 19.3) (Nota 19.3)Total 1.855.975 24.194.507 4.535.857 6.178.173 36.764.512 - 2.528.179 - 43.961 2.572.140 - (3.588.198) (183.629) (10.855) (3.782.682) - (968.462) (4.352.228) (13.942) (5.334.632) - (108.525) - (3.918) (112.443) - 65.691 - (65.691) - 1.855.975 - 22.123.192 - - - 6.127.728 30.106.895 112 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DEMOSNTRAÇÕES _20. Activos não correntes detidos para venda de betão e quatro explorações de agregados. Em 30 de Junho de 2011 a Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. adquiriu a totalidade do capital da sociedade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas sociedades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais No âmbito desta compra, a decisão de alienar os activos e passivos, apresentados como activos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colocada por parte da Autoridade da Concorrência, bem como da posterior avaliação interna efectuada pelo Grupo. Valores em Euros No período findo em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 os activos e passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue: 31/12/1331/12/12 ACTIVO Activos fixos tangíveis 1.174.069 2.888.775 Clientes - 806.453 Adiantamentos a fornecedores - 38.592 Estado e outros entes públicos - 86.909 Outras contas a receber - 122.262 Diferimentos - 1.130 Caixa e depósitos bancários - 56.493 1.174.0694.000.614 PASSIVO Passivos por impostos diferidos 100.265 132.662 Fornecedores - 132.633 Adiantamentos de clientes - 588 Estado e outros entes públicos - 52.263 - 915.995 Outras contas a pagar 100.265 1.234.141 1.073.8042.766.473 113 No decurso do corrente período, em resultado (i) das dificuldades sentidas na conclusão do plano de venda e (ii) de re-avaliação interna, deixaram de qualificar como activos não correntes detidos para vendas os activos e passivos da subsidiária Uniconcreto – Betão Pronto, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2013, os activos apresentados como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concorrência. Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de activos fixos tangíveis apresenta a seguinte movimento: Valores em Euros valor Amortizações valor bruto AcumuladasLíquido Saldo em 1 de Janeiro de 2013 14.451.129 (11.562.353) Depreciações (Nota 34) - (60.019) Desreconhecimento de activos não correntes (13.148.954) 11.494.266 detidos para venda (Nota 11) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.302.175 (128.106) 2.888.775 (60.019) (1.654.688) 1.174.069 114 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _21. Capital próprio _21.1 Capital realizado e acções próprias Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o capital social da Secil, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 52.920.000 acções com o valor nominal de Euros 5. As pessoas colectivas que detém posições relevantes no capital da sociedade em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 detalham-se conforme se segue: Nome Cimentospar - Participações Sociais S.G.P.S., S.A. Great Earth – Projectos, S.A. Longapar, S.G.P.S., S.A. Acções próprias Em 23 de Dezembro de 2013, a sociedade Great Earth – Projectos, S.A. incorporou, por fusão, a sociedade Cimentospar – Participações Sociais, SGPS, S.A., passando a deter, a partir dessa data, as acções tituladas e nominativas representativas do capital social da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.. Nº acções % do capital detida 31/12/13 31/12/1231/12/13 31/12/12 - 48.734.540 - 48.734.540 - 92,091% 1.000 1.000 0,002% 4.184.460 4.184.460 7,907% 52.920.00052.920.000100,000% 92,091% 0,002% 7,907% 100,000% 115 As acções próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são detidas pelas seguintes sociedades: Acções próprias 31/12/13 Secil, S.A. Hewbol, S.G.P.S., Lda. 31/12/12 3.818.360 3.818.360 366.100 366.100 4.184.4604.184.460 A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 acções por si detidas encontram-se evidenciadas como acções próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. _21.2 Reservas legais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Reserva legais” decompõe-se como se segue: Valores em Euros Saldo inicial Aplicação do resultado do período anterior Saldo final A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. 31/12/1331/12/12 40.680.725 - 40.680.725 39.533.989 1.146.736 40.680.725 116 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _21.3 Outras reservas Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outras reservas” decompõese como segue: Valores em Euros Saldo inicial Distribuição de reservas Aplicação do resultado do período anterior Saldo final Esta rubrica corresponde a reservas livres para distribuição aos accionistas, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores. 31/12/1231/12/11 94.623.691 - - 94.623.691 129.368.944 (56.533.227) 21.787.974 94.623.691 117 _21.4 Excedente de revalorização O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Excedente realizado no período Imposto diferido no período Saldo final 31/12/1331/12/12 14.450.157 (239.182) 31.572 14.242.547 14.658.895 (240.482) 31.744 14.450.157 O montante de Euros 14.242.547 não se encontra disponível para distribuir aos accionistas do Grupo. _21.5 Outras variações no capital próprio Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras (105.387.863) (81.286.956) Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais 3.999.956 5.009.047 Impostos diferidos - desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais (1.212.443) (1.511.128) Subsídios ao investimento 1.212.582 1.359.019 Impostos diferidos - subsídios ao investimento (338.436) (410.398) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa 3.808.338 1.525.075 Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa (1.080.167) (444.904) Reserva de justo valor de derivados de cobertura (906.941) (2.439.672) Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura 222.201 646.514 Justo valor em associadas (Nota 15) 29.434 29.434 (99.653.339)(77.523.969) 118 _21.5.1 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras O montante de Euros 105.387.863, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações fi- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 nanceiras das sociedades, goodwill e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Líbano, Angola e Brasil, sendo o movimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 detalhado como se segue: Valores em EurosS Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras Extensão do investimento líquido Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras Supremo Cimentos, S.A. Conversão das demonstrações financeiras Nsospe Empreendimentos e Participações, SA Conversão das demonstrações financeiras Valores em EurosS Société des Ciments de Gabés e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras Extensão do investimento líquido Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras 119 31 de Dezembro de 2013 Saldo inicialDiminuiçõesSaldo final (51.948.966) (7.443.401) (59.392.367) (23.864.291) (3.036.593) (26.900.884) 2.044.160 (498.879) 1.545.281 (50.722) (1.205.911) (1.256.633) 56.500 (78.017) (21.517) (566.918) (104.215) (671.133) (6.695.892) (2.506.703) (9.202.595) (241.594) (510.178) (751.772) (19.233) (21.441) (40.674) - (747.299) (747.299) - (7.948.270) (7.948.270) (81.286.956) (24.100.907) (105.387.863) 31 de Dezembro de 2012 Saldo inicialDiminuiçõesSaldo final (47.479.176) (4.469.790) (51.948.966) (22.098.232) (1.766.059) (23.864.291) 2.263.409 (219.249) 2.044.160 498.283 (549.005) (50.722) 92.020 (35.520) 56.500 (562.158) (4.760) (566.918) (5.671.492) (1.024.400) (6.695.892) (9.330) (232.264) (241.594) 5.506 (24.739) (19.233) (72.961.170) (8.325.786) (81.286.956) 120 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _21.5.2 Desvios e alterações de pressupostos actuariais O movimento dos desvios e alterações de pressupostos actuariais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, repartido entre Grupo e minoritários, decompõe-se como segue: Detentores D do capital Valores em Euros da empresa-mãeM Saldo inicial Movimento no período (Nota 23.2) Saldo final 5.009.047 (1.009.091) 3.999.956 _21.5.3 Subsídios do governo Subsídios ao investimento Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Saldo inicial 1.389.229 2.353.688 Ajustamento cambial (66.129) (39.187) Subsídios recebidos no período 1.628.403 Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 32) (1.687.461) (925.272) Saldo final 1.264.042 1.389.229 Subsídios ao investimento repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 1.212.582 1.359.019 Interesses minoritários 51.460 30.210 1.264.0421.389.229 121 31/12/13 31/12/12 Detentores do capital MinoritáriosTotal da empresa-mãeMinoritáriosTotal 296.490 (10.822) 285.668 5.305.537 (1.019.913) 4.285.624 191.417 4.817.630 5.009.047 272.489 24.001 296.490 463.906 4.841.631 5.305.537 Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Saldo inicial 1.525.075 850.481 Alterações de perímetro - (6.242) Licenças atribuídas no período (Nota 14) 10.640.176 24.936.244 Revogação de licenças (26.364) Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 32) (6.538.658) (16.341.609) Licenças alienadas no período (Nota 14) (1.791.891) (7.913.799) 3.808.338 1.525.075 Saldo final Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 3.808.338 1.525.075 Interesses minoritários - - 3.808.3381.525.075 122 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _21.5.4 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são conforme se segue: 31/12/1331/12/12 Swaps taxa Swaps taxa EU Emmission juroJURO alLowances Valores em Euros (Nota 39) (Nota 39) (Nota 39) Total Saldo inicial (2.439.672) (1.035.823) 1.574.504 538.681 Maturidade - - (1.574.504) (1.574.504) Aumentos de justo valor 1.532.731 - - Diminuições de justo valor - (1.403.849) - (1.403.849) Saldo final (906.941) (2.439.672) - (2.439.672) _21.6 Aplicação do resultado do período anterior Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 27 Maio de 2013, o resultado líquido negativo no montante de Euros 38.459.143, do período findo em 31 de Dezembro de 2012, foi transferido para a rubrica de “Resultados transitados”. 123 _22. Provisões No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões: Capitais própriosRecuperação Valores em EurosnegativosAmbientalOutrasTotal Saldo em 1 de Janeiro de 2012 Aumentos Desconto financeiro (Nota 35) Alienações Utilizações Reposições Ajustamento cambial Transferências Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Aumentos Desconto financeiro (Nota 35) Utilizações Reposições Ajustamento cambial Saldo em 31 de Dezembro de 2013 O aumento, no montante de Euros 3.752.209 (aumento de Euros 3.307.606 em 2012), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui: (i) o aumento de Euros 5.165.013 (Euros 4.235.902 em 2012) registado na rubrica de “Outras”; (ii) o total das reposições de Euros 1.412.804 (Euros 943.623 em 2012). 5.134.257 406.523 - (58.041) (5.460.326) - - (22.413) - - - - - - - 6.742.944 10.337.470 22.214.671 15.327 4.235.902 4.657.752 337.134 - 337.134 - - (58.041) (24.185) 2.275.379 (3.209.132) (117.630) (825.993) (943.623) - (87.290) (87.290) - (4.010.642) (4.033.055) 6.953.590 11.924.826 18.878.416 - 5.165.013 5.165.013 356.093 - 356.093 (51.530) (1.462.342) (1.513.872) (119.981) (1.292.823) (1.412.804) - (178.623) (178.623) 7.138.172 14.156.051 21.294.223 124 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _23. Benefícios a empregados Conforme referido nas Notas 3.16 e 3.17 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo. A evolução das responsabilidades assumidas, reflectidas no balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são conforme se segue: Acréscimo/ (redução) de responsabilidades GASTOS COMOUTRASPRÉMIOS o pessoal variações no V Valores em EurosSaldo inicial (Nota 31) capital próprio Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 778.972 - Conta “Reserva” (1.012.191) - - (1.012.191) 778.972 - Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6.739.718 311.421 (123.814) Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4.933.570) (237.312) 1.215.914 Responsabilidades por subsídios de reforma 430.715 71.223 (2.908) Responsabilidades por assistência na doença 983.936 36.302 (69.279) 3.220.799 181.634 1.019.913 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 551.207 73.255 - Responsabilidades por subsídios por morte 53.853 (1.175) - 605.060 72.080 - 2.813.6681.032.6861.019.913 125 31 de Dezembro de 2013 COMOUTRASPRÉMIOS Dotações VariaçãoPagamentos pagos/ para cambial efectuados resgates os fundosSaldo final - (778.972) - - - 125.018 - - (887.173) -(653.954) - -(887.173) - (964.431) - - 5.962.894 (9.331) - (41.114) (2.979) (4.008.392) (33.520) (68.649) - - 396.861 - (436.164) - - 514.795 (42.851)(1.469.244) (41.114) (2.979) 2.866.158 - (89.796) - - 534.666 - - - - 52.67 - (89.796) - - 587.344 (42.851) (2.212.994) (41.114) (2.979) 2.566.329 126 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Acréscimo/ (redução) de responsabilidades GASTOS COMOUTRASCORTES o pessoal variações no V Valores em EurosSaldo inicial (Nota 31) capital próprio Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 1.057.564 - Conta “Reserva” (521.893) - - (521.893) 1.057.564 - Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 7.871.240 381.509 (375.055) Insuficiência/ (excesso) dos fundos (1.989.284) (165.630) (3.615.404) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 433.921 29.837 (20.974) Responsabilidades por assistência na doença 12.118.893 (9.593.653) (830.198) 18.434.770 (9.347.937) (4.841.631) Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 916.628 (27.586) - Responsabilidades por subsídios por morte 71.736 (13.723) - 988.364 (41.309) - 18.901.241 (8.331.682) (4.841.631) 127 31 de Dezembro de 2012 COMOUTRASCORTES/PRÉMIOS Dotações VariaçãoPagamentos Liquidações pagos/ para cambialTransfer. efectuados do Plano resgates os fundosSaldo final - - (1.057.564) - - - - - 398.642 (888.940) - - (1.012.191) -- (658.922) (888.940)-- (1.012.191) - (92.977) (1.044.999) - - - 6.739.718 (4.489) 92.977 - 888.940 (50.011) (90.669) (4.933.570) (12.069) - - - - - 430.715 - - (711.106) - - - 983.936 (16.558) -(1.756.105) 888.940(50.011)(90.669) 3.220.799 - - (337.835) - - - 551.207 - - (4.160) - - - 53.853 -- (341.995) --- 605.060 (16.558) -(2.757.022) -(50.011)(90.669) 2.813.668 Em Setembro de 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designarse por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2010. São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias: sua apólice de seguro no Fundo de pensões da Secil; (iii) Britobetão – Central de Betão, Lda., Secil Britas, S.A., Quimipedra – Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda., Beto Madeira, S.A., Brimade, S.A. e Eurobetão – Betão Pronto, S.A.. (i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão –Industrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de pensões da Secil; A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava directamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. (ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores no activo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida, após a transferência das responsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de Dezembro de 2011 e garantindo o financiamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido foi transferido para a Conta Reserva da respectiva associada e afecto ao Plano de Contribuição Definida. O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 23.1 e 23.2. 128 _23.1 Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes: (i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 partir de 1 de Janeiro de 2010, com excepção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (iii) Plano Betomadeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros; (iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (v) Plano Eurobetão inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Outubro de 2011 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, após essa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (vi) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de Janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (vii) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de Julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data. _23.2 Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são os seguintes: R ServiçosC Valores em Euros correntes Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo Responsabilidades por subsídios de reforma Responsabilidades por assistência na doença - 15.757 29.298 13.401 58.456 129 31 de dezembro de 2013 RetornoGanhos Custo esperado dos por corte (Nota 31) dos juros activos do planono planoTotal 311.421 1.072.308 41.925 22.901 1.448.555 - (1.318.329) - - (1.318.329) - (7.048) - - (7.048) 311.421 (237.312) 71.223 36.302 181.634 130 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 R ServiçosCusto Valores em Euros correntes dos juros Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo Responsabilidades por morte e subsídios de reforma Responsabilidades por assistência na doença O montante de Euros 10.392.571, registado no período findo em 31 de Dezembro de 2012, refere-se ao corte no plano de benefícios definidos – assistência na doença. - 207.522 64.471 194.153 466.146 381.509 1.298.187 8.275 604.765 2.292.736 Os ganhos e perdas reconhecidos directamente nos capitais próprios nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são como segue: G OutrosA Valores em Euros desvios Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo Responsabilidades por subsídios de reforma Responsabilidades por assistência na doença 123.814 (511.185) 2.908 69.279 (315.184) G OutrosA Valores em Euros desvios Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo Responsabilidades por morte e subsídios de reforma Responsabilidades por assistência na doença 375.055 1.374.189 20.974 830.198 2.600.416 131 31 de Dezembro de 2012 RetornoGanhos esperado dos por cortes (Nota 31) activos do planono planoOutrosTotal - (1.533.261) - - (1.533.261) - (138.078) - - (138.078) - - (42.909) (10.392.571) (10.435.480) 381.509 (165.630) 29.837 (9.593.653) (9.347.937) 31 de Dezembro de 2013 Ganhos e perdas actuariais Activos planosTotalImpostoValor est. vs real (Nota 21.5) diferido líquido - (704.729) - - (704.729) 123.814 (1.215.914) 2.908 69.279 (1.019.913) (39.051) 365.503 (6.126) (21.068) 299.258 84.763 (850.411) (3.218) 48.211 (720.655) 31 de Dezembro de 2012 Ganhos e perdas actuariais Activos planosTotalImpostoValor est. vs real (Nota 21.5) diferido líquido - 2.241.215 - - 2.241.215 O montante de Euros 1.019.913, registado no período findo em 31 de Dezembro de 2013 em perdas actuariais, reflecte a alteração dos pressupostos actuariais ocorrida no período, 375.055 3.615.404 20.974 830.198 4.841.631 (118.182) (1.078.569) (5.693) (250.123) (1.452.567) nomeadamente a taxa de crescimento salarial, a taxa de crescimento das pensões e a taxa de juro técnica (Nota 23.2.2). 256.873 2.536.835 15.281 580.075 3.389.064 Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem. 132 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _23.2.1 Caracterização dos planos de benefícios definidos Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma A Secil e as suas subsidiárias: (i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.; (ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.; (iii) Cimentos Madeira, Lda.; (iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.; (v) Societé des Ciments de Gabès; assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência e subsídio de reforma. As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro. Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e independentes, utilizando o método de crédito da unidade projectada. As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de Dezembro de 1987, são asseguradas directamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas directamente pela empresa. Em 26 de Junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Betomadeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os reformados e pensionistas que se encontravam a receber uma pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões Secil. Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com actuais pensionistas e o método de crédito da unidade projectada, na avaliação das responsabilidades com activos. 133 Responsabilidades por assistência na doença velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição: A Secil e a suas subsidiárias CMP Cimentos Maceira e Pataias, S.A., Cimentos Madeira, Lda. e Secil Britas, S.A. mantêm com os seus empregados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, extensivo a familiares, pré-reformados e reformados e viúvas, através de um seguro contratado. (i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito, S.A. (Angola), na data da reforma, de acordo com a Lei Geral do Trabalho Nº 2/2000, um subsídio de reforma que representa um quarto do último salário multiplicado pelo nº de anos ao serviço na empresa; Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma As subsidiárias do Grupo a seguir identificadas assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de subsídio de reforma por _23.2.2 Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades (ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tunísia), na data da reforma, com base no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa. Os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos: 31/12/1331/12/12 Fórmula de Benefícios da Segurança Social Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de Maio de 10 de Maio Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80 Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 1,00% 1,50% Taxa de crescimento salarial 4,50% 5,00% Taxa de juro técnica Taxa de crescimento das pensões 0,45% 0,90% Taxa de crescimento das despesas de saúde 4,60% 4,60% 134 Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência De acordo com os estudos actuarias reportados a 31 de Dezembro DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 de 2013 e 2012, o valor presente da obrigação correspondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afectos são como se segue: 31/12/13 FundoApóliceAssumidoF Valores em Euros autónomo de Seguro pelo GrupoT Responsabilidades por serviços passados - Activos 142.821 270.061 - - Aposentados 21.255.939 - 5.962.894 Valor de mercado dos fundos (25.499.746) (177.467) - Insuficiência / (excesso) (4.100.986) 92.594 5.962.894 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução: 31/12/13 FundoApóliceAssumidoF Valores em Euros autónomo de Seguro pelo GrupoT Responsabilidades no início do período 22.463.519 266.623 6.739.718 Variação cambial - (26.697) - Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 7.647 8.110 - Custo dos juros 1.057.667 14.641 311.421 Retorno esperado dos activos do plano (1.309.088) (9.241) - Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos (7.048) - - Valores registados nos capitais próprios: Ganhos e perdas actuariais 475.862 35.323 (123.814) Retorno estimado dos fundos de pensões 1.309.088 9.241 - Reformas processadas - (27.939) - Transferência de responsabilidades - - - Cortes / Liquidações do plano - - - Pensões pagas no período (2.598.887) - (964.431) Responsabilidades no fim do período 21.398.760 270.061 5.962.894 135 31/12/12 FundoApóliceAssumido Total autónomo de Seguro pelo GrupoTotal 412.882 244.706 266.623 - 27.218.833 22.218.813 - 6.739.718 (25.677.213) (27.491.958) (171.754) - 1.954.502 (5.028.439) 94.869 6.739.718 511.329 28.958.531 (27.663.712) 1.806.148 31/12/12 FundoApóliceAssumido Total autónomo de Seguro pelo GrupoTotal 29.469.860 26.933.324 1.586.388 7.871.240 (26.697) - (14.910) - 15.757 197.946 9.576 - 1.383.729 1.281.590 16.597 381.509 (1.318.329) (1.468.161) (65.100) - (7.048) (138.078) - - 387.371 (1.421.879) 47.690 (375.055) 1.318.329 1.468.161 65.100 - (27.939) - (79.320) - - 1.392.375 (1.299.398) (92.977) - (3.054.120) - - (3.563.318) (2.727.639) - (1.044.999) 27.631.715 22.463.519 266.623 6.739.718 36.390.952 (14.910) 207.522 1.679.696 (1.533.261) (138.078) (1.749.244) 1.533.261 (79.320) (3.054.120) (3.772.638) 29.469.860 136 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução: 31/12/13 31/12/12 FundoCapital FundoCapital Valores em Euros autónomoSeguroautónomo seguro Saldo inicial 27.491.958 171.754 28.197.183 2.311.813 Variação cambial - (17.366) - (10.421) Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago 2.979 41.114 90.669 50.011 Rendimento dos fundos no período 603.696 9.904 3.779.521 (5.045) Pensões pagas (2.598.887) - (2.727.639) Reformas processadas - (27.939) - (79.320) Transferência de responsabilidades para o Fundo - - 2.095.284 (2.095.284) Cortes / Liquidações do plano - - (3.943.060) 25.499.746 177.467 27.491.958 171.754 Saldo final 137 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a composição dos fundos é conforme se segue: Valores em Euros31/12/13 Acções 2.219.723 Obrigações - taxa fixa12.365.037 Dívida Pública 7.266.399 Imobiliário 115.070 Liquidez 3.533.517 25.499.746 31/12/12 4.123.794 15.395.496 7.422.829 549.839 27.491.958 138 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego De acordo com os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor actual das responsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte: 31/12/13 AssistênciaSubsídioA Valores em Eurosna doença de reformaT Responsabilidades por serviços passados - Activos 10.240 396.861 - Aposentados 504.555 - 514.795 396.861 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução: 31/12/13 AssistênciaSubsídioA Valores em Eurosna doença de reformaT Responsabilidades no início do período 983.936 430.715 Variação cambial - (33.520) Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 13.401 29.298 Custo dos juros 22.901 41.925 Alterações no plano - - Valores registados nos capitais próprios (69.279) (2.908) Transferência de responsabilidades - - Benefícios pagos no período (436.164) (68.649) Responsabilidades no fim do período 514.795 396.861 139 31/12/12 Assistência subsídio Totalna doença de reformaTotal 407.101 10.240 504.555 973.696 911.656 983.936 Assistência Totalna doença 1.414.651 12.118.893 (33.520) - 42.699 194.153 64.826 604.765 - (10.392.571) (72.187) (830.198) - - (504.813) (711.106) 911.656 983.936 430.715 - 430.715 440.955 973.696 1.414.651 31/12/12 subsídio de reformaTotal 433.921 (12.069) 12.552.814 (12.069) 64.471 8.275 (42.909) (20.974) - - 430.715 258.624 613.040 (10.435.480) (851.172) (711.106) 1.414.651 140 _23.3 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àqueles que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 os quais são pagos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa. por morte do trabalhador activo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido. Responsabilidades por subsídio por morte De acordo com os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor das responsabilidades com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue: A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio Valores em Euros31/12/13 Prémios de antiguidade Subsídios por morte 534.666 52.678 587.344 31/12/12 551.207 53.853 605.060 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolução: 31/12/13 Prémios de SubsídiosP Valores em Euros antiguidade por morteT Responsabilidades no início do período Serviços correntes Custo dos juros Alterações no plano Ganhos e perdas actuariais Benefícios pagos no período Responsabilidades no fim do período 551.207 27.215 26.676 (9.630) 28.994 (89.796) 534.666 53.853 3.143 2.850 (1.736) (5.432) - 52.678 141 31/12/12 Prémios de Subsídios Total antiguidade por morteTotal 605.060 30.358 29.526 (11.366) 23.562 (89.796) 587.344 916.628 39.968 43.849 - (111.403) (337.835) 551.207 71.736 4.063 3.979 - (21.765) (4.160) 53.853 988.364 44.031 47.828 (133.168) (341.995) 605.060 142 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _ 24. Passivos financeiros _ 24.1 Categorias de passivos financeiros As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são detalhadas conforme se segue: Valores em EurosCorrente 31/12/13 Não correnteT Passivos financeiros ao custo: Fornecedores 42.321.474 - Financiamentos obtidos 71.364.558 282.920.857 Outras contas a pagar 31.000.729 - 144.686.761 282.920.857 _24.2 Passivos financeiros - fornecedores Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Fornecedores c/c Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 37) Facturas em recepção e conferência 31/12/1331/12/12 30.231.728 28.212.369 3.849.138 496.136 8.240.608 7.020.119 42.321.47435.728.624 _24.3 Passivos financeiros – financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são detalhados conforme se segue: 31/12/13 Valores em EurosCorrente Não correnteT Empréstimos obrigacionistas: SBI 2007 - 2017 - 40.000.000 Secil 2012 - 2017 - 60.000.000 Secil 2013 - 2016 - 40.000.000 Secil 2013 - 2018 - 40.000.000 Empréstimos bancários 56.990.910 93.371.244 Descobertos bancários (Nota 4) 14.163.855 - Outros empréstimos: Obtidos no âmbito do QREN 1.811.398 7.108.517 Locação financeira - rendas a pagar (Nota 12) 656.874 2.441.096 Comissões bancárias de empréstimos (2.258.479) - 71.364.558 282.920.857 TotalCorrente 143 31/12/12 Não correnteTotal 42.321.474 35.728.624 - 35.728.624 354.285.415 35.354.394 324.097.871 359.452.265 31.000.729 30.946.151 - 30.946.151 427.607.618 102.029.169 324.097.871 426.127.040 31/12/12 TotalCorrente Não correnteTotal 40.000.000 - 40.000.000 40.000.000 60.000.000 - 60.000.000 60.000.000 40.000.000 - - 40.000.000 - - 150.362.154 25.175.207 212.256.950 237.432.157 14.163.855 10.929.178 - 10.929.178 8.919.915 1.143.146 8.741.551 9.884.697 3.097.970 551.933 3.099.370 3.651.303 (2.258.479) (2.445.070) - (2.445.070) 354.285.415 35.354.394 324.097.871 359.452.265 144 A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., contraiu no dia 22 de Outubro de 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante global de Euros 40.000.000. Estas obrigações foram totalmente subscritas e realizadas no acto da subscrição e encontram-se representadas por valores mobiliários escriturais. As obrigações foram emitidas por oferta particular e directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente em 22 de Outubro e 22 de Abril de cada ano. O reembolso das obrigações far-se-á na data de pagamento do 20º cupão, ou seja 22 de Outubro de 2017. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (“Call Option), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª e 18ª datas de pagamento de juros. Em 21 de Dezembro de 2012, a Secil celebrou um contrato de emissão obrigacionista no montante de Euros 60.000.000. Estas obrigações foram totalmente subscritas e realizadas no acto da subscrição e encontram-se representadas por valores mobiliários escriturais ao portador. As obrigações foram emitidas por oferta particular e DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente em 28 de Junho e 28 de Dezembro de cada ano. O reembolso das obrigações será efectuado ao par, de uma só vez, em 28 de Dezembro de 2017. Em 24 de Maio de 2013, a Secil celebrou dois novos contratos de emissão obrigacionista, com vencimentos a três e cinco anos, no montante de Euros 40.000.000 cada. Estas obrigações foram totalmente subscritas e realizadas no acto da subscrição e encontram-se representadas por valores mobiliários escriturais ao portador. As obrigações foram emitidas por oferta particular e directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente em 24 de Maio e 24 de Novembro de cada ano. O reembolso das obrigações será efectuado ao par, de uma só vez, em 24 de Maio de 2016 e 2018, respectivamente. A parcela classificada como não corrente em 31 de Dezembro de 2013 e em 2012 tem o seguinte plano de reembolso definido: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 1 a 2 anos 45.261.071 60.320.200 2 a 3 anos 73.041.148 87.983.099 3 a 4 anos 136.813.713 24.350.354 4 a 5 anos 19.731.872 107.249.886 Mais de 5 anos 8.073.053 44.194.332 282.920.857324.097.871 Créditos concedidos e não sacados Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 267.230.062 e Euros 237.580.265, respectivamente. Financial Covenants Existem contratos de financiamento com entidades bancárias que obrigam ao cumprimento de alguns rácios financeiros. A Secil Prebetão, entidade conjuntamente controlada, está em renegociação de alguns contratos de financiamento, um dos quais obriga ao cumprimento do Rácio de Dívida Financeira Liquida / EBITDA. 145 _24.4 Passivos financeiros – outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as outras contas a pagar correntes detalham-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Fornecedores de imobilizado c/c 2.567.221 3.167.463 Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 37) 43.516 43.516 Outros credores 4.030.760 3.237.930 Outros credores - partes relacionadas (Nota 37) 19.305 2.723 Credores por acréscimos de gastos 24.339.927 24.494.519 31.000.72930.946.151 A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 detalha-se conforme se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Seguros 34.303 103.520 Custos com o pessoal 8.949.558 9.660.439 Juros a pagar 2.751.309 1.926.356 Periodificação de gastos com energia 6.560.633 6.181.411 Serviços de transporte 802.295 1.259.434 Accionistas (Nota 37) 108.123 1.831.425 Serviços bancários 166.644 686.296 Consultoria 2.291.568 Outros 2.675.494 2.845.638 24.339.92724.494.519 _25. Adiantamentos de clientes e a fornecedores Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Adiantamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição: Activo Passivo 31/12/1331/12/12 31/12/13 31/12/12 Adiantamentos a fornecedores 2.062.119 1.978.167 - Adiantamentos de clientes - - 2.534.888 2.030.936 2.062.119 1.978.167 2.534.888 2.030.936 Valores em Euros 146 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _ 26. Estado e outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue: Activo Passivo 31/12/13 31/12/1231/12/13 31/12/12 Imposto sobre o rendimento 5.341.724 9.302.013 12.548.551 28.197.297 92.547 106.014 1.147.149 4.778.157 Retenções de imposto sobre o rendimento Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.734.610 3.275.695 1.343.457 2.053.951 Contribuição para a Segurança Social - - 1.316.003 1.338.510 Restantes Impostos 245.152 335.049 616.577 482.511 8.414.033 13.018.771 16.971.737 36.850.426 Valores em Euros Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição: 31/12/13 31/12/12 SaldoSaldoSaldo Saldo Valores em EurosDevedorCredorLíquidoLíquido Imposto sobre o rendimento do período (Nota 16) (844.118) 3.476.484 4.320.602 6.077.359 Ajustamento cambial - (126.872) (126.872) (56.960) Pagamentos por conta 1.640.688 (42.419) (1.683.107) (3.242.280) Retenções na fonte a recuperar 4.130.782 (6.554) (4.137.336) (6.591.771) IRC de períodos anteriores 414.372 (124.382) (538.754) (2.737.607) Liquidações adicionais - 9.372.294 9.372.294 25.446.543 5.341.724 12.548.551 7.206.827 18.895.284 No corrente período, a Administração Fiscal procedeu ao pagamento do remanescente montante de Euros 1.968.087, relativo Incentivo fiscal à internacionalização previsto no Decreto-Lei 401/99 de 14 de Outubro, no âmbito da aquisição da Societé des Ciments de Gabès que se encontrava por liquidar. O incentivo consistiu numa dedução à colecta de 10% do investi- mento efectuado, no valor máximo de Euros 5.985.575. Em Dezembro de 2013, a Secil procedeu ao pagamento de liquidações adicionais de imposto, no montante de Euros 10.485.093, no âmbito do Regime Especial de Regularização de Dívidas Fiscais e à Segurança Social (RERD). 147 _27. Diferimentos activos e passivos O saldo da rubrica de “Diferimentos activos e passivos”, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, detalha-se conforme se segue: Activo Passivo 31/12//12 31/12/12 31/12/1331/12/12 Seguros 198.721 187.190 - Rendas e alugueres 231.769 277.533 - Tratamento de resíduos - - 255.556 Contrato de troca licenças de emissão (Nota 32) - - - 223.000 Outros 374.172 414.695 124.024 88.026 804.662 879.418 379.580 311.026 Valores em Euros Em Junho de 2011, o Grupo celebrou um contrato segundo o qual recebeu o montante de Euros 223.000 comprometendo-se a realizar as seguintes trocas futuras de licenças de emissão: MaturidadeCER (ton)EUA (ton) 27 de Junho de 2011 10 de Dezembro de 2011 10 de Dezembro de 2012 até 1 de Abril de 2014 No decurso do corrente período, o Grupo executou o contrato e procedeu à troca de licenças, para entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento como pagamento das suas responsabilidades pelas emissões de gases com efeitos de estufa, tendo reconhecido o ganho no montante de Euros 223.000 (Nota 32). (330.177) (335.000) (335.000) 1.000.177 330.177 335.000 335.000 (1.000.177) 148 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _28. Vendas e serviços prestados Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Vendas Serviços prestados Descontos de pronto pagamento concedidos 31/12/1331/12/12 390.819.750 425.697.762 21.496.919 25.641.943 (791.228) (1.107.093) 411.525.441450.232.612 _29. Resultado apropriado de empresas associadas Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue: Valores em Euros31/12/13 31/12/12 Resultados apropriados em associadas Setefrete, SGPS, S.A. 341.641 170.897 J.M. Henriques, Lda. (3.257) (4.287) Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 107.132 234.729 Supremo Cimentos, S.A. (80) Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. (2.659.923) (Nota 15 e 16) (2.214.487)401.339 Viroc Portugal - Ind. Madeiras e Cimento, S.A. - (326.071) Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. - (80.452) (Nota 22) -(406.523) 149 _30. Fornecimentos e serviços externos A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é detalhada conforme se segue: Valores em Euros Subcontratos Serviços especializados Materiais Energia e fluidos Deslocações, estadas e transportes Serviços diversos 31/12/1331/12/12 10.978.317 40.090.453 565.451 44.929.019 40.304.998 21.139.867 158.008.105 14.440.696 41.910.509 691.804 47.342.902 44.246.137 21.985.223 170.617.271 _31. Gastos com o pessoal Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de gastos com o pessoal decompõe-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Remunerações dos Orgãos Sociais 4.617.739 4.590.062 Remunerações do pessoal 44.606.537 50.450.289 Benefícios pós-emprego: Contribuição definida (Nota 23) 778.972 1.057.564 Benefícios definidos (Nota 23) 181.634 (9.347.937) Outros benefícios a longo prazo (Nota 23) 72.080 (41.309) Indemnizações 988.451 11.399.375 Outros gastos com pessoal 14.682.574 16.897.640 65.927.987 75.005.684 A rubrica de remunerações dos membros dos órgãos sociais, incluindo prémios de desempenho, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 compõe-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Conselho de Administração da Secil 3.410.316 3.408.672 Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 1.207.423 1.181.390 4.617.7394.590.062 150 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se segue: 31/12/13 País/SegmentoCimentoBetõesAgregadosOutrosT Portugal 491 211 126 122 Líbano 436 70 - - Tunísia 283 96 - - Angola 249 - - 4 Cabo Verde 13 - 23 - Outros - - - 1 Total 1.472 377149 127 _32. Outros rendimentos e ganhos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decompõe-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 21.5.3) 6.538.658 16.341.609 Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) 1.687.461 925.272 Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 696.243 1.024.588 Proveitos suplementares - partes relacionadas (Nota 37) 1.934.818 176.390 Proveitos suplementares - outros 1.586.275 2.191.858 Alienação de licenças de emissão (Nota 14) 978.774 7.561.300 223.000 1.694.672 “Swap” de licenças de emissão (Nota 27) Diferenças de câmbio favoráveis 1.095.483 1.840.109 Proveitos com tratamento de resíduos 842.679 835.916 Ganhos com instrumentos financeiros - Forwards cambiais (Nota 39) - 161.231 Rendimentos e ganhos nos activos financeiros - 110.358 Outros 7.029.691 6.265.885 22.613.082 39.129.188 As diferenças de câmbio favoráveis registadas no período findo 31 de Dezembro de 2013 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respectiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à actualização cambial de activos e passivos intra-grupo em moeda estrangeira, sendo o seu montante justificado em grande parte pela variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em análise. 151 31/12/12 TotalCimentoBetõesAgregadosOutrosTotal 950 525 243 132 157 1.057 506 430 76 - - 506 379 290 88 - - 378 253 266 - - 4 270 36 11 - 23 - 34 1 - - - 2 2 2.1251.522407 155163 2.247 _33. Outros GASTOS E PERDAS A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é conforme se segue: Valores em Euros Gastos e perdas em activos não financeiros Gastos e perdas em activos financeiros Donativos Impostos indirectos Diferenças câmbiais desfavoráveis Despesas bancárias Outros gastos operacionais Os gastos e perdas em activos não financeiros no período findo em 31 de Dezembro de 2012 incluem o montante de Euros 11.035.530 relativo a perdas em activos não correntes detidos para venda. 31/12/1331/12/12 80.995 11.214.922 - 2.100 910.998 848.237 2.289.037 2.189.515 2.365.754 2.234.121 714.003 1.062.691 3.506.860 3.605.681 9.867.64721.157.267 152 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _34. Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é conforme se segue: Valores em Euros Activos fixos tangíveis (Nota 11) Propriedades de investimento (Nota 13) Activos intangíveis (Nota 14) Activos não correntes detidos para venda (Nota 20) Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações Activos fixos tangíveis (Nota 11) Activos não correntes detidos para venda (Nota 20) (Reversão)/ Imparidades no período de licenças de emissão (Nota 14) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)) 31/12/1331/12/12 51.072.368 18.789 7.285.086 60.019 58.436.262 457.470 - (663.808) (206.338) 52.596.007 18.791 16.610.376 69.225.174 9.930.668 6.118.657 (234.906) 15.814.419 _35. Resultados financeiros líquidos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Juros e rendimentos similares obtidos: Outros juros obtidos 1.036.578 2.862.169 Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 37) 4.115.319 2.529.831 Outros proveitos e ganhos financeiros 7.701 7.286 5.159.598 5.399.286 Juros e gastos similares suportados: Juros suportados com outros empréstimos obtidos (23.923.880) (15.671.775) Juros suportados - partes relacionadas (Nota 37) (33.025) (26.568) Diferenças de cambio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos (618.857) (360.449) Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro: Juros incorridos (1.382.259) (1.060.611) Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 39) - (139.182) Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 22) (356.093) (337.134) Outros custos e gastos financeiros (549.789) (548.166) (26.863.903) (18.143.885) 153 _36. Resultado por acção O resultado por acção, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, é determinado conforme se segue: Valores em Euros Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe Número médio ponderado de acções Resultado básico por acção Resultado diluído por acção Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as acções da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados. O número médio ponderado de acções encontra-se deduzido do número de acções próprias de 4.184.460 detidas pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 21.1). 31/12/1331/12/12 (34.897.448) 48.735.540 (0,716) (0,716) (38.459.143) 48.735.540 (0,789) (0,789) 154 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _37. Partes relacionadas No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas: J Aquisição deGastos Valores em Euros bens e serviços com pessoal Accionistas Cimentospar, S.A. 200.492 - Outras partes relacionadas Semapa, S.G.P.S., S.A. (2.814.477) (21.696) Seribo, S.A. - - Eng.Silva Dias - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - Empresas associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - - Margem - Companhia de Mineração - - J.M.J. Henriques, Lda. - - Inertogrande - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (45.610) - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (2.197.148) - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (3.409.317) - (8.266.060) (21.696) J Aquisição deGastos Valores em Euros bens e serviços com pessoal Accionistas Cimentospar, S.A. (192.992) - Outras partes relacionadas Semapa, S.G.P.S., S.A. (1.638.526) (26.992) Seribo, S.A. - - Eng.Silva Dias - - Supremo Cimentos S.A - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - Empresas associadas e empreendimentos conjuntos J.M. Henriques, Lda. - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (2.929.015) - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (52.789) - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (3.178.984) - (7.992.306) (26.992) 155 31 de Dezembro de 2013 Juros vendas outros suportados e serviçosRendimentosJuros obtidos (Nota 35) prestados e ganhos (Nota 35) - - - 1.123.990 - - - 2.955.935 (4.810) - - (334) - - (27.881) - - 34.148 - 11.669.303 11.633 - - 1.323.942 - - 1.800 - - 1.800 - - - 1.246 - 365.384 1.058 - - 29.574 - 127.753 565.011 (33.025) 12.162.440 1.934.818 4.115.319 31 de Dezembro de 2012 Juros vendas outros suportados e serviçosRendimentosJuros obtidos (Nota 35) prestados e ganhos (Nota 35) - - - 281.312 - - - 2.164.364 (4.130) - - (287) - - - 11.819.942 - 41.082 (14.776) - - 35.682 - - 1.800 - 18.489 155.237 - - 1.800 (7.375) - 88 7.391 - 497.699 1.773 - - 15.692 (26.568) 12.336.130 176.390 2.529.831 156 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas: Activo Empréstimos concedidosOutras não correnteClientes operações Valores em Euros (Nota 19.3) (Nota 19.2) (Nota 19.3) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - Outras partes relacionadas Semapa, SGPS, S.A. - - 243 Cotif Sicar - - - Seribo, S.A. - - - Eng.Silva Dias - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas550.000 - 689.885 34.148 Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 991.491 9.539 Margem - Companhia de Mineração - - 27.162 J.M.J. Henriques, Lda. - - 114.683 Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 204.678 Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 22.164 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 82.209 23.026 Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1.845 101.150 Sociedade de Inertes, Lda - - 2.312 550.000 1.075.545 1.194.842 Activo EmpréstimosEmpréstimos concedidos concedidosOutras não correnteClientes corrente operações Valores em Euros (Nota 19.3) (Nota 19.2) (Nota 19.3) (Nota 19.3) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - Cimentospar, S.G.P.S., Lda. - - 19.004.666 - Outras partes relacionadas Semapa, SGPS, S.A. - - 50.983.338 243 Cotif Sicar - - - - Seribo, S.A. - - - - Eng.Silva Dias - - - - Supremo Cimentos S.A - 5.838.758 - 39 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550.000 - - 39.991 Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos - J.M. Henriques, Lda. - - - 107.353 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 7.160 - 15.364 Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - 198.198 Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 196.656 27.421 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 23.934 - 7.162 Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - 550.0005.869.85270.184.660 395.771 157 31 de Dezembro de 2013 Passivo acréscimosAccionistas/Accionistas/FornecedoresOutrosAcréscimos de rendimentos sócios não sóciosFornecedores imobilizadoCredorES de gastos (nota 19.3) correntes correntes (Nota 24.2) (Nota 24.4) (nota 24.4) (Nota 24.4) - - 1.160 - - - 1.250.626 - - 3.016.444 - - - - 19.560 - - - - 76.201 - - 185.759 - 43.516 - - 12.893 - - - 5.287 585.000 1.435.761 - - 19.305 26.635 - - - - - - 1.300.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 11.024 - - - - - 479.084 - - - - - 342.586 - - - - - - - - 2.584.774 585.000 1.655.133 3.849.138 43.51619.305108.123 31 de Dezembro de 2012 Passivo acréscimosAccionistas/Accionistas/FornecedoresOutrosAcréscimos de rendimentos sócios não sóciosFornecedores imobilizadoCredorES de gastos (nota 19.3) correntes correntes (Nota 24.2) (Nota 24.4) (nota 24.4) (Nota 24.4) - - 1.160 - - - 213.038 - - - - - 133.661 571.510 - - - - - 1.621.420 - - 21.612 - - - - - 185.759 - 43.516 - 71.391 - - 12.893 - - - 4.953 - - - - - - - 505.000 1.878.598 1.635 - - - - - - - - - - - 471.104 - - - - - - - - - - - - - - - - - 10.759 - 2.723 - - - 12.638 - - - 784.548 505.000 2.100.022 496.136 43.516 2.7231.831.425 158 _38. Riscos financeiros O Grupo Secil tem um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo. A gestão deste risco é conduzida pelo Departamento Financeiro do Grupo de acordo com políticas aprovadas pela Administração. _38.1 Risco cambial A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar sig- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 nificativamente as receitas do Grupo de diversas formas. O risco cambial resulta sobretudo das compras de combustíveis e fretes de navios, ambos pagos em USD. O Grupo prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo. Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e coberto através da contratação de estruturas de opções cambiais, que esta- belecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. O Grupo detém activos significativos localizados na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, pelo que a variação das moedas dos referidos países poderá ter impacto no balanço do Grupo. A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2013 e 2012, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como segue: 31/12/13 Dólar 000’ LibrasDinar Valores em Euros americanoLibanesasTunisino Activos Outras contas a receber - não correntes e correntes 475.476 155.778 5.124.325 Clientes 1.899.458 12.440.383 7.593.066 Caixa e depósitos bancários 44.806.628 15.713.195 1.590.085 Total de activos financeiros 47.181.562 28.309.356 14.307.476 Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1.435.273) (20.047) Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (7.659.695) (4.694.566) (30.508.962) Outras contas a pagar - não correntes e correntes (65.855) (8.533.119) (5.650.644) Fornecedores (1.735.572) (2.103.667) (7.569.563) Total de passivos financeiros (9.461.122) (16.766.625) (43.749.216) Posição financeira líquida de balanço 37.720.440 11.542.731 (29.441.740) 159 31/12/12 KwanzaDólar 000’ LibrasDinar angolanoTotal americanoLibanesasTunisinoTotal 102.780 5.858.359 590.803 218.649 3.698.462 4.507.913 1.346.642 23.279.549 6.119.281 9.573.949 8.502.033 24.195.263 1.919.329 64.029.237 41.130.860 159.891 1.986.315 43.277.066 3.368.751 93.167.145 47.840.943 9.952.489 14.186.810 71.980.243 - (1.455.320) - (1.688.501) (21.954) (1.710.455) (8.361.336) (51.224.559) (12.173.734) (1.112.928) (29.770.567) (43.057.229) (657.065) (14.906.683) (804.944) (6.709.516) (6.246.792) (13.761.252) (168.482) (11.577.284) (1.586.902) (1.348.804) (8.554.503) (11.490.208) (9.186.883) (79.163.846) (14.565.580) (10.859.749) (44.593.815) (70.019.145) (5.818.132) 14.003.299 33.275.363 (907.260) (30.407.005) 1.961.098 Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os impactos decorrentes da variação positiva e negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue: 31/12/13 31/12/12 Valores em EurosAumento 5%Redução 5%Aumento 5%Redução 5% Capitais próprios (412.510) 455.933 Resultado do período (254.313) 281.083 (666.823) 737.016 (176.166) 82.780 (93.386) 194.710 (91.494) 103.216 160 _38.2 Risco de taxa de juro Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de protecção contra movimentos adversos, através de instrumentos financeiros derivados. Na selecção de instrumentos são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos. São igualmente tidas em conta as implicações da inclusão de cada instrumento adicional na carteira de derivados existentes, nomeadamente os efeitos em termos de volatilidade nos resultados. O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro, apenas realiza cobertura de fluxos de caixa. Estas operações são registadas no balanço pelo DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/ perdas com instrumentos financeiros” (Nota 35) na data da sua liquidação. Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada directamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afectar resultados. O Grupo contratou durante o período de 2009, uma cobertura do risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o desenvolvimento dos activos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue: Valores em Euros NotaAté 1 mês Activos Não correntes Outros activos financeiros 17 - Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 25.609.321 Aplicações de tesouraria 4 85.123.498 Total de activos financeiros 110.732.819 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - Empréstimos bancários 24.3 32.695.653 Locações financeiras 12 2.441.096 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 36.948.584 Descobertos bancários 24.3 9.336.458 Locações financeiras 12 656.874 Total de passivos financeiros Exposição líquida ao risco taxa de juro 82.078.665 28.654.154 161 31 de Dezembro de 2013 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anosTotal - - 1.250.000 1.250.000 - - - 25.609.321 2.545.036 10.711.902 27.802 98.408.238 2.545.036 10.711.902 1.277.802 125.267.559 - 140.000.000 40.000.000 180.000.000 19.978.413 38.556.259 2.140.919 93.371.244 - - - 2.441.096 3.719.929 15.507.101 815.296 56.990.910 4.827.397 - - 14.163.855 - - - 656.874 28.525.739 (25.980.703) 194.063.360 (183.351.458) 42.956.215 (41.678.413) 347.623.979 (222.356.420) 162 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Valores em Euros NotaAté 1 mês Activos Não correntes Outros activos financeiros 17 - Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 23.823.377 Aplicações de tesouraria 4 40.666.224 Total de activos financeiros 64.489.601 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - Empréstimos bancários 24.3 118.190.604 Locações financeiras 12 2.978.662 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 6.876.469 Descobertos bancários 24.3 6.291.048 Locações financeiras 12 511.296 Total de passivos financeiros 134.848.079 Exposição líquida ao risco taxa de juro (70.358.478) 163 31 de Dezembro de 2012 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anosTotal - - 1.250.000 1.250.000 - - - 23.823.377 8.242.163 - - 48.908.387 8.242.163 - 1.250.000 73.981.764 - 60.000.000 40.000.000 100.000.000 38.753.019 55.313.327 - 212.256.950 - 120.708 - 3.099.370 2.844.282 15.454.456 - 25.175.207 3.204.840 1.433.290 - 10.929.178 662 39.975 - 551.933 44.802.803 132.361.756 40.000.000 352.012.638 (36.560.640) (132.361.756) (38.750.000) (278.030.874) O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos: (i) Alterações nas taxas de juro do mercado afectam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis; (ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor; (iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros; (iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano. 164 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro de mercado para todas as moedas às quais o Grupo tem empréstimos ou instrumentos financeiros derivados a 31 de Dezembro de 2013 e 2012 resultaria conforme segue: 31/12/13 31/12/12 Valores em EurosAumento 0,5%Redução 0,5%Aumento 0,5%Redução 0,5% Capitais próprios Resultado do período 677.175 (911.782) (234.607) 38.3 Risco de crédito (678.852) 911.782 232.930 O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias locais, pode resultar na incapacidade dos clientes em saldar os seus compromissos decorrentes da venda de produtos. As vendas que não estão abrangidas por um seguro de crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo para minorar os impactos negativos deste tipo de risco. O Grupo realiza, no âmbito da sua actividade, renegociações periódicas de saldos a receber de acordo com a sua política de gestão de risco. Valores em Euros 862.969 (811.914) 51.055 (888.525) 809.212 (79.313) Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto: 31/12/1331/12/12 Valores não vencidos 30.471.424 31.288.426 Valores vencidos: De 1 a 90 dias 13.614.867 16.356.922 De 91 a 180 dias 1.764.979 5.097.037 De 181a 360 dias 1.921.667 2.924.996 De 361a 540 dias 1.877.408 2.137.831 De 541 a 720 dias 1.517.671 1.279.816 A mais de 721 dias 10.236.477 9.826.447 Em contencioso de cobrança 12.372.351 8.891.210 43.305.420 46.514.259 Total de saldos de clientes 73.776.844 77.802.685 Imparidades (25.328.905) (22.123.192) 48.447.939 55.679.493 Saldo líquido de clientes (Nota 19.2) Limite de seguro de crédito contratado 10.244.944 11.241.547 165 Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os sinistros de crédito que Valores em Euros se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos. A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, face a activos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue: 31/12/1331/12/12 Rating: A+ - 598.272 A 68.566 BBB 85.024 BBB- 1.004.390 317.682 BB 6.830.950 10.825.969 BB- 26.294.500 9.856.754 B+ - 4.723.657 B 18.871.557 1.553.028 Outros 70.862.573 44.587.437 124.017.560 72.462.799 A rubrica “Outros” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria em instituições financeiras em Angola e depósitos bancários em instituições financeiras na Tunísia relativamente às quais não foi possível obter a notação de rating com referência às datas apresentadas. 166 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a análise de antiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e respectivas perdas acumuladas por imparidade, é a seguinte: Valores em EurosV Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses Vencidos há mais de 3 meses Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses Vencidos há mais de 3 meses De referir, conforme descrito anteriormente que o Grupo adoptou uma política de seguro de crédito para a generalidade de saldos a receber de clientes e tem como prática a selecção de entidades financeiras, para contrapartes nas suas transacções, que apresentem ratings financeiros bastante sólidos. Valores em Euros Desta forma é convicção do Grupo que a exposição efectiva ao risco de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis. A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, detalha-se como se segue: Nota31/12/13 31/12/12 Activos não correntes Outras contas a receber 19 Outros activos financeiros 17 2.407.210 3.650.427 Activos correntes Clientes 19 48.447.939 19 13.975.118 Outras contas receber Outros activos financeiros 17 - Caixa e depósitos bancários 4 124.323.147 Exposição ao risco de crédito fora de balanço Garantias e compromissos 42 164.723.143 2.639.982 1.678.153 55.679.493 80.038.893 72.731.764 198.866.826 167 31/12/13 31/12/12 Valor brutoJV GarantiasValor brutoJV Garantias 13.518.183 6.610.477 16.228.085 8.231.449 4.466.381 449.968 8.162.982 321.198 17.984.564 7.060.445 24.391.067 8.552.647 96.684 - 128.837 25.224.172 - 21.994.355 25.320.856 - 22.123.192 43.305.420 7.060.445 46.514.259 8.552.647 168 _38.4 Risco de liquidez O Grupo gere o risco de liquidez por duas vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias onde exerce a sua actividade; (ii através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada anualmente pelo Departamento de Tesouraria central na preparação do orçamento anual. É da responsabilidade desse departamento DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento de dívida do Grupo, o cumprimento de objectivos internos ao nível dos rácios de balanço e caso seja aplicável o cumprimento de requisitos externos, relacionados com as actividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo. A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, originará os seguintes fluxos monetários não descontados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço: 31/12/13 Mais deM Valores em Euros NotaAté 1 ano 1-5 anos 5 anos T Accionistas/ sócios 37 1.655.133 585.000 - Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 24.3 - 180.000.000 - Juros 7.128.450 25.226.338 - Empréstimos bancários Capital 24.3 56.990.910 85.298.192 8.073.052 Juros 9.128.812 21.469.411 1.158.192 Outros Empréstimos Capital 24.3 1.811.398 7.108.517 - Locações financeiras Capital 12.1 656.874 2.441.096 - Juros 12.1 136.942 298.975 - Descobertos bancários Capital 24.3 14.163.855 - - Juros 305.948 - - Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1.371.423 3.222.074 - Fornecedores de imobilizado c/c 24.4 2.610.737 - - Outros credores 24.4 4.050.065 - - Credores por acréscimos de gastos 24.4 24.339.927 - - Fornecedores 24.2 42.321.474 - - 166.671.948 325.649.603 9.231.244 (*) Valores não descontados Mais de TotalAté 1 ano 169 31/12/12 1-5 anos 5 anos Total 2.240.133 2.100.022 505.000 - 2.605.022 180.000.000 - 100.000.000 - 100.000.000 32.354.788 3.976.851 17.664.850 - 21.641.701 150.362.154 25.175.207 196.077.170 16.179.780 237.432.157 31.756.415 8.367.423 19.418.706 1.375.733 29.161.862 8.919.915 1.143.146 8.741.551 - 9.884.697 3.097.970 551.933 2.423.817 675.553 3.651.303 435.917 177.896 397.111 18.788 593.795 14.163.855 10.929.178 - - 10.929.178 305.948 41.147 - - 41.147 4.593.497 1.118.100 3.903.340 - 5.021.440 2.610.737 3.210.979 - - 3.210.979 4.050.065 3.240.653 - - 3.240.653 24.339.927 24.494.519 - - 24.494.519 42.321.474 35.728.624 - - 35.728.624 501.552.795 120.255.678 349.131.545 18.249.854 487.637.077 170 _39. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados Com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio, de taxas de juro dos empréstimos e cobrir o risco de preço associado a transacções futuras altamente prováveis de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros derivados. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no activo na rubrica “Outros activos financeiros” (Nota 17) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros” (Nota 24). Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o justo valor dos instrumentos derivados de cobertura do Grupo, classificado como não corrente, ascende a Euros 4.262.775 e Euros 5.795.506, respectivamente, conforme se detalha: Notional Valores em EurosMoedaMontanteMaturidade 31/12/13 31/12/12 Cobertura de fluxos de caixa Swaps de taxa de juro EUR 40.000.000 2017 (4.262.775) (5.795.506) 40.000.000 (4.262.775) (5.795.506) O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, apresenta-se conforme segue: Valores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial Maturidade Aumentos de justo valor Diminuições de justo valor Ineficácia intrumento financeiro (Nota 35) Saldo final 31/12/13 Variação de justo valor Cobertura Total (5.795.506) - - 1.532.731 - - (4.262.775) (5.795.506) - - 1.532.731 - - (4.262.775) 171 31/12/12 Variação de justo valor NegociaçãoCoberturaTotal (160.746) (485) 161.231 - - - - (2.677.971) - (1.574.504) - (1.403.849) (139.182) (5.795.506) (2.838.717) (485) (1.413.273) (1.403.849) (139.182) (5.795.506) 172 Derivados de negociação No período findo em 31 de Dezembro de 2012, o Grupo reconheceu ganhos por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de negociação, referentes a forwards cambiais, no montante de Euros 161.231 na rubrica “ Outros rendimentos e ganhos” (Nota 32). Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2009, o Grupo contratou um derivado de negociação, um interest rate swap (IRS,) com valor nocional de Euros 40.000.000, no entanto, após a realização de testes de eficácia prospectivos e retrospectivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de caixa com referência a 1 de Julho de 2010. Na realização dos testes de eficácia é utilizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor. Derivados de cobertura Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o Grupo registou: (i) Ganhos por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de cobertura relacionados com swaps de taxa de juro no montante de Euros 1.532.731 e perdas no montante de Euros 1.403.849 (Nota 21.5.4), respectivamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio” deduzidos dos respectivos impostos diferidos de Euros 424.313 e Euros 372.020. O justo valor do swap de taxa de juro no montante de Euros 4.262.775 e Euros 5.795.506, respectivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 21.5.4) (906.941) (2.439.672) Resultados transitados (3.355.834) (3.216.652) Resultado líquido do período: Resultados financeiros líquidos - ineficácia (Nota 35) - (139.182) (4.262.775) (5.795.506) (ii) Perdas, em 31 de Dezembro de 2012, por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no montante de Euros 1.574.504 (Nota 21.5.4), na rubrica “Outras variações no capital próprio”, deduzidas dos respectivos impostos diferidos de Euros 495.969. (iii) Perdas, em 31 de Dezembro de 2012, com a componente ineficaz do instrumento financeiro derivado de cobertura de fluxos de caixa, relativo a swaps de taxa de juro, no montante de Euros 139.182 (Nota 35), na rubrica “Resultados financeiros líquidos”. 173 Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condições do instrumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as variações incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Neste caso específico utilizou-se o rácio da alteração do justo valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do empréstimo obrigacionista atribuível a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura. 174 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _40. Dispêndios em matérias ambientais ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período. O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua actividade incorre em diversos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados Os dispêndios de carácter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capa- cidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pelo Grupo, são capitalizados. Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, têm a seguinte discriminação: Valores em Euros 31/12/13 Imputados I Domínios a gastosCapitalizadosT Emissões para a atmosfera Gestão das águas residuais Gestão dos resíduos Protecção dos solos e das águas subterrâneas Protecção da natureza Ruído e vibração Outras actividades de protecção do ambiente 959.171 38.608 1.549.914 4.674 506.726 60.000 380.179 3.499.272 2.643.482 - 6.690.176 65.227 37.201 - 18.558 9.454.644 175 31/12/12 Imputados Total a gastosCapitalizadosTotal 3.602.653 38.608 8.240.090 69.901 543.927 60.000 398.737 12.953.916 1.021.928 45.894 1.818.619 2.473 857.454 - 475.295 4.221.663 Licenças de emissão de gases com efeito de estufa No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de estufa, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 14). 3.994.031 - 1.905.358 40.592 156.582 - 163.550 6.260.113 5.015.959 45.894 3.723.977 43.065 1.014.036 638.845 10.481.776 176 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 _41. Custos com auditoria e revisão legal de contas Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os dispêndios com auditoria e com serviços de revisão legal de contas, decompõem-se como se segue: Valores em Euros Serviços de Revisão Legal de Contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Serviços de assessoria fiscal Outros serviços que não de Revisão Legal de Contas 31/12/1331/12/12 347.345 - 10.221 498 358.064 359.183 1.500 41.717 37.035 439.435 177 _42. Compromissos assumidos pelo Grupo _42.1 Garantias e outros compromissos financeiros Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue: Valores em Euros 31/12/1331/12/12 Garantias prestadas 2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal (a) 13.698.054 10.082.208 IAPMEI (âmbito do QREN) 2.299.046 3.494.696 IAPMEI (âmbito do PEDIP) 99.760 99.760 APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2.547.495 2.547.495 APDL - Administração do Porto de Leixões 676.920 680.529 Direcção Geral de Alfândegas 854.414 800.000 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 845.173 845.173 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 994.338 994.338 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480.804 480.804 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236.421 236.403 Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274.595 199.055 Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida 454.958 280.639 Outras 585.590 1.027.858 24.047.568 21.768.958 Cartas de crédito 1.306.728 3.093.769 Compromissos de compra com fornecedores 11.620.085 18.244.473 Livranças para garantia de empréstimos obtidos: Grupo (b) - 137.265.766 Outras participações financeiras (c) 15.348.712 18.493.860 15.348.712 155.759.626 Fiança para garantia de empréstimos obtidos: Outras participações financeiras (d) 61.548.379 Hipotecas: Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 50.590.801 52.880.097 Aval 260.870 - (a) Conforme já referido na Nota 26, a Secil procedeu em 19 de Dezembro de 2013 ao pagamento de dívidas de impostos, no âmbito do Regime Especial de Regularização de Dívidas Fiscais e à Segurança Social (RERD), estando essas dívidas garantidas pela Secil, com garantias bancárias emitidas em favor da 2ª repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal, pelo montante de Euros 13.698.054. Apesar de as dívidas terem sido liquidadas à data de 31 de Dezembro de 2013, a Administração Tributável ainda não tinha procedido à sua devolução. (b) A Secil entende que as livranças emitidas para garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo, não devem ser divulgadas como compromissos assumidos, dado que os respectivos empréstimos encontram-se reconhecidos no passivo do Grupo pelo que no período findo em 31 de Dezembro de 2013 alterou o seu critério de divulgação. (c) Estas livranças respeitam a 50% do montante de dois empréstimos denominados Cédulas de Crédito Bancário, contraídos pela participada Margem - Companhia de Mineração no montante de BRL 50.000.000. (d) Esta fiança respeita a 100% do montante do empréstimo denominado EKF, contraído pela participada Margem – Companhia de Mineração no montante de BRL 200.500.000. 178 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (actualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000. O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos activos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da Encime U.E.E. respectivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, através da Encime U.E.E., pelo valor resultante da avaliação efectuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria internacional independente. Promessas de Penhor e Hipotecas Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de realização do respectivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clinquer no Lobito. Em 2010, a subsidiária Secil Martingança contraiu um financiamento bancário no montante de Euros 2.500.000 para a construção da sua nova fábrica localizada no Montijo e constituiu nessa data uma promessa de hipoteca sobre o terreno da mesma. Em 31 de Dezembro de 2013 encontrava-se por liquidar o montante de Euros 1.428.571 do financiamento obtido. Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projecto de Investimento Privado denominado “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no montante de USD 91.539.000, contratualizado em 14 de Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP Agência Nacional para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano. Investimento numa nova fábrica em Angola Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia eléctrica no valor de USD 18.000.000. _42.2 Outros compromissos assumidos Nos termos d o Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo de Angola e a subsidiária Secil, em Abril de 2004, foi constituída em 29 de Novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indirectamente, em 49% pelo Estado angolano, a qual começou a operar a partir de 1 de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de No entanto não foi ainda possível à subsidiária Secil Lobito dar início à construção da nova fábrica. Depósito Caução A subsidiária Ciminpart vendeu em 2012 a sua participação na VIROC. No âmbito deste processo, a Secil cons- tituiu penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 1.250.000 (Nota 17). Alienação Fiduciária Em 2013 a Margem Companhia de Mineração, indirectamente detida em 30,95% pela Secil contraiu dois empréstimos denominados Cédulas de Crédito Bancário, no montante de 50 milhões de reais cada um (Euros 15.348.723 cada um), destinados a financiar necessidades de tesouraria decorrentes dos trabalhos de construção da nova fábrica de Adrianópolis. Como garantia destes financiamentos, a Ciminpart S.G.P.S., S.A procedeu à alienação fiduciária das acções detidas da Supremo Cimentos, S.A.. 179 _43. Acontecimentos após a data do balanço Presidente Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Após a data de 31 de Dezembro de 2013, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ou proporcionem informação sobre condições que tenham ocorrido após a data do balanço. Vogais Gonçalo de Castro Salazar Leite Francisco José Melo e Castro Guedes Carlos Alberto Medeiros Abreu Sérgio António Alves Martins João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos José Miguel Pereira Gens Paredes Paulo Miguel Garcês Ventura técnico oficial de contas Emília Rosa Mota de Carvalho 180 ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 181 anexos 1. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Contas Consolidadas 2. Certificação Legal das Contas Consolidadas 182 ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 183 184 ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 185 186 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 187 relatório de sustentabilidade 1. Este Relatório 2. A Secil 3. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade 4. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro 5. A Secil em números 188 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. este RELATÓRIO Em linha com a versão 3.0 da GRI, este Relatório foca os principais factos e resultados de 2013, decorrentes da vivência da sustentabilidade da actividade cimenteira do Grupo Secil. com as limitações de recursos naturais. O objectivo último será assegurar que “em 2050, cerca de 9 mil milhões de pessoas vão viver bem, respeitando os limites do planeta”. De acordo com a Visão 2050, lançada em Fevereiro de 2010 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), estima-se que em 2050 a população mundial atingirá 9 mil milhões de pessoas. Para as empresas, essa previsão representa grandes oportunidades, com milhões de novos consumidores e, ao mesmo tempo, estabelece o imenso desafio de como assegurar um estilo de vida e um padrão de consumo compatíveis Para que os resultados da Visão 2050 sejam alcançados, o WBCSD desenvolveu a AÇÃO 2020 – um roteiro de como as empresas podem influenciar positivamente as tendências ambientais e sociais, reforçando simultaneamente a sua própria capacidade de resistência a problemas como as alterações climáticas e a evolução demográfica. A Secil está integrada não só na Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI) do WBCSD, como também no Projecto 189 Acção 2020 promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Português (BCSD), seguindo de perto e contribuindo para o desenvolvimento de estratégias que visem a obtenção dos objectivos definidos. A apresentação deste relatório assentará na resposta da Secil, enquanto indústria cimenteira, às Prioridades para o Futuro, decorrentes da ACÇÃO 2020 e dos limites planetários. Este relatório é publicado em conjunto com o Relatório e Contas e o Relatório de Responsabilidade Social. Deste modo, o desempenho económico e as actividades desenvolvidas com os colaboradores e comunidade estarão mais detalhados nos dois relatórios referidos. Caso queiram aprofundar algum aspecto em particular acerca da actividade Secil, poderão consultar o nosso website (www. Secil.pt). A Secil agradece e encoraja o vosso feedback. Reconhece que é através do diálogo e da troca de ideias que se pode alcançar maiores níveis de excelência tanto ao nível do negócio como na defesa dos interesses dos stakeholders. Informações adicionais, comentários ou sugestões podem ser obtidas junto de: Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, SA Eng. José Bravo Ferreira Director do Departamento de Sustentabilidade, Processos Institucionais Externos Fábrica do Outão – Apartado 71 2901-864 Setúbal E-mail: outao@ Secil.pt e/ou bravo. ferreira@ Secil.pt Telf.: +351 212 198 230 190 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 02. a Secil A Secil é um Grupo empresarial com actividade em vários países, destacando-se a produção de cimento, bem como a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pedreiras, através das subsidiárias. Integra ainda empresas que operam em áreas complementares, como a comercialização de materiais de construção, concepção e implantação de projectos industriais, desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia. Actualmente conta com 2 127 colaboradores no conjunto de todas as áreas de actividade. A comercialização e distribuição dos produtos é realizada pelos departamentos comerciais respectivos, um pouco por todo o mundo. D INA 3 DOPÁGINA WORD3 DOPÁGINA WORD 3 DO WORD PÁGINA 3 DOPÁGINA WORD3 DO WORD PÁGINA 3 DO WORD PÁGINA 3 DOPÁGIN WO Nº DE COLABORADORES Nº DE COLABORADORES Nº DE CO AS TODE CLÍNQUER VENDAS E CIMENTO CLÍNQUERVENDAS E CIMENTO DE CLÍNQUER Vendas E CIMENTO VENDAS CLÍNQUER E CIMENTO DE CLÍNQUER E número CIMENTO volume deDE negócioS deDE clÍnquer eVENDAS cimento de colaboradores 58% ortugal 64% 1% 2% 1% 6% 20% 64% 58% 15% 20% Portugal portugal Tunísia 1% 2% 15% 1% 2% 16% 16% 17% Portugal Líbano Angola 64% 45% 1% 45% 1% 1% 18% 12% 12% 12% 16% 17% 17% 24% 24% Portugal Portugal Portugal Portugal Por cabo verde unísia Tunísia Tunísia Tunísia Tunísia Tunísia Tunísia Tun bano Líbano Líbano Líbano Líbano Líbano Líbano Líba ngola Angola Angola Angola Angola Angola Angola An abo verde Cabo verde Cabo verde Cabo verde Cabo verde Cabo verde Cabo verde Cab 191 PÁGINA 3 DO WORD Portugal 3 unidades fabris Maceira, Pataias e Outão Tunísia 1 unidade fabril Gabès Angola 1 unidade fabril Lobito Líbano 1 unidade fabril Sibline 192 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 02. a Secil A Secil sabe o que pretende ser no futuro, uma indústria com elevada rentabilidade, com um ambiente de trabalho seguro e apreciado por todos os colaboradores e com o menor impacte possível no ambiente. ObjectivoOnde?Quando?Resultados 2013 Índices de sinistralidade: Reduzir o índice de frequência para 8. Global 2013 Reduzir o índice de gravidade para 175. Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho Global 2013 aos colaboradores, com o objectivo de obter 8 h formação por ano. IF = 13,0 IG = 312,6 2,2 h/colaborador Auscultação de stakeholders: Recolha de feedback através de entrevistas presenciais a 100% dos stakeholders em Portugal e 60% dos stakeholders nas operações internacionais. Global 2014 Em curso Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com as OHSAS 18001. Gabès 2014 Em curso Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. Sibline 2014 Em curso Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990. Global 2015 Redução de 12% Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: Global 2015 > 55% em 2013, nas fábricas em Portugal > 10% em 2015, nas fábricas de Gabès e Sibline 42,1% 0% Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: Global 2013 > 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal > 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias > 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais 75,7% 74,6% 77,9% 193 Como vamos alcançar? Quais os passos seguintes? Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada. Através de uma melhor programação vai aumentar-se a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade. Em 2014, será dada continuação aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders das operações internacionais. Devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal acontença em 2014. O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2014. Pretende-se atingir este objectivo através de: > Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. > Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. > Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer. Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%, devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos disponível no mercado e às suas características. Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1. A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal comprometeu os objectivos definidos para o cimento cinzento. 194 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 03. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade O desafio permanente é garantir que o conjunto das actividades se desenvolvam de forma sustentável, com adequada rentabilidade dos capitais investidos, salvaguarda do meio envolvente e cumprimento das obrigações sociais, assegurando a manutenção da nossa actividade para o futuro. A estratégia de sustentabilidade está alinhada com os valores de Excelência, Responsabilidade, Qualidade, Inovação e Transparência que há muito caracterizam a Secil e está assente em 3 pilares: Competitividade Desenvolvimento da capacidade tecnológica, visando a optimização dos processos produtivos e respectivos sistemas de suporte, incorporando a melhor tecnologia disponível. Inovação na qualidade dos produtos, serviços e soluções Secil fornecidos aos Clientes, superando expectativas quanto ao valor acrescentado que lhes é fornecido, de forma a tornar-se o seu parceiro preferencial. Posicionamento num mundo globalizado, aproveitando oportunidades internacionais de negócio. Minimização de Impactes Potenciar a eco-eficiência dos processos, mitigando os impactes causados no meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversidade. Envolvimento com os Stakeholders Fomentar um ambiente de trabalho valorizado pelos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico reconhecido pelos stakeholders. A gestão da Sustentabilidade assenta na aplicação consistente nas melhores práticas de governação, com o objectivo de assegurar os adequados mecanismos de controlo de riscos associados ao estatuto de empresa com importantes responsabilidades assumidas perante todos os seus stakeholders, na sociedade onde está implantada. A actual estrutura organizacional é assim uma peça fundamental para a concretização dos objectivos definidos, na gestão dos aspectos ambientais, sociais e económicos. Dada a complexidade, transversalidade e multidisciplinaridade da sustentabilidade, existe uma estrutura organizacional composta por diferentes unidades que complementarmente garantem a sustentabilidade da organização. 195 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro PÁGINA 6 DO WORD acção 2020 / áreas prioritárias Limites do planeta LIMITES DO PLANETA MUDANÇA CLIMÁTICA 8. Bem estar e estilo de vida sustentáveis 9. Alimentação (AIN POL DA UIÇ NÃ 7. Competências e Emprego ICAD O) 6. Direitos e necessidades básicas CARGA DE AEROSOL AT M (AINDA NÃO QUANTI OSFÉRIC F O 5. Água Potável para todos O BI A DE ERD E P SIDADE D XA ER TA ODIV BIOG RA D E O QU OS C ÍMI IC CO LO S S ÁG E BAL D GLO ÁVEL USO UA POT TERR NO US ENO O D S E MUDAN ÇA Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira alguma Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira Influência INdirecta por parte da indÚstria Cimenteira fonte: Cement Sustainability initiative CICLO DO N CIC ITRO GÉNIO LO DO FÓ SF OR O FRON TEI 4. Emissão Substâncias Perigosas ACID IFIC AÇ ÃO O OZONO ENTO DO OTAM SFÉRICO ESG ESTRATO 2. Ciclo de Nutrientes ICA O) UÍM IFICAD Q T ÃO QUAN ICA ÂN CE 1. Alterações Climáticas 3. Degradação dos Ecossistemas Limites do planeta Limites do planeta acima dos limites do planeta Acima dos Limites do planeta fonte: stockholm resilience centre SUSTAINABILITY science for biosphere stewardship Necessária a criação de Soluções impactantes, mensuráveis, escaláveis, replicáveis e além do business-as-usual 196 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO2/t clínquer 859 842 GROSS 833 798 2013 2012 803 2013 808 2011 2010 2010 2009 2009 816 2012 836 854 851 2011 Nos últimos anos a Secil tem vindo a investir fortemente para reduzir as suas emissões de CO2, aumentando a sua eficiência térmica e eléctrica, aumentando o coprocessamento de combustíveis alternativos, utilizando matérias-primas secundárias e ensaiando tecnologias inovadoras de captação de carbono (microalgas) e de produção de cimento e clínquer de baixa intensidade carbónica. NET EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO2/t PRODUTOS CIMENTÍCIOS 672 654 671 667 661 640 640 636 631 GROSS NET 2013 2013 2012 2012 2011 2011 2010 2010 2009 614 2009 _4.1 Alterações Climáticas 197 Combustíveis alternativos e Emissões específicas de CO2 Evolução da intensidade carbónica do clínquer cz produzido 120% 110% 100% 90% O consumo de Combustíveis Alternativos já nos permitiu uma poupança de cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 desde 2005. 80% 70% EMISSÕES CO2 2011 2012 2010 2009 2007 2008 2005 2006 2003 2004 2001 2002 2000 1999 1997 1998 1996 1995 1993 1994 1992 1991 1990 60% CLK Roteiro para uma Economia de Baixo Carbono Em 2013 a CEMBUREAU (Associação Europeia para o Cimento) publicou o Roteiro sobre “o Papel da Indústria cimenteira no alcance de uma economia de baixo carbono em 2050”. Este documento, que no mesmo ano foi adequado para a realidade portuguesa no âmbito da ATIC – Associação Técnica da Indústria do Cimento, focaliza num conjunto de vias para reduzir as emissões de CO2 na produção de cimento com o recurso a versões mais evoluídas de tecnologias já conhecidas e, ao mesmo tempo, procura especular sobre o que poderá ser alcançado até 2050. Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) A tecnologia CCS encontra-se numa fase inicial de desenvolvimento e ainda não foram criadas as condições necessárias para a sua aceitação pública, sendo pouco provável a sua disponibilidade comercial antes de 2030. A Secil está a participar num projecto de I&D de grande envergadura, lançado em 2006 pela ECRA (“European Cement Research Academy”), destinado a testar, com o apoio de fabricantes de equipamentos, a viabilidade técnico-económica da aplicação das tecnologias de captação do CO2 em fábricas de cimento. Em Portugal, o sector cimenteiro tenciona ter um papel activo no desenvolvimento de um roteiro tecnológico CCS-R (Carbon Capture and Storage – Reuse) em conjunto com os sectores emissores mais significativos. Pensa-se que este projecto possa vir a ser lançado em breve por um conjunto de entidades nacionais, e a indústria cimenteira nacional poderá contribuir significativamente, tirando partido da experiência recente no desenvolvimento de roteiros tecnológicos para o sector cimenteiro internacional com a IEA (“International Energy Agency”) e com o WBCSD/CSI. A unidade protótipo de produção de microalgas, que ganhou o Prémio Nacional de Inovação Ambiental de 2009 e que foi um dos dez finalistas dos EEP Awars (“European Environment Press”), foi escalada para uma área de 10 000 m2. Para se atingir os 80% de redução de emissões sugeridos pela Comissão Europeia, serão necessárias tecnologias inovadoras e de ruptura, que envolvem investimentos significativos em termos de investigação e viabilização financeira da sua implementação (Ex: Estima-se que 85% da produção de clínquer terá de ser equipada com tecnologia de Captação e Armazenagem de Carbono (CCS)). Unidade de Microalgas 198 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro Mitigação é Necessária, a Adaptação é Essencial Comércio Europeu de Licenças de Emissão Face à previsão do aumento de fenómenos climáticos extremos, tais como inundações, aumento do nível do mar e desastres naturais, é fulcral a construção de edifícios e infra-estruturas seguras. O betão, maioritariamente composto por cimento, tem um papel fundamental a desempenhar no apoio à adaptação da sociedade aos impactes das alterações climáticas. O betão pode ser usado na protecção contra o fogo, contra as inundações, na protecção de pessoas, animais, bens e do ambiente. Desempenha também um papel fulcral no garante do abastecimento seguro de água potável e de energia. Carbon Leakage Durante o ano de 2013 a principal preocupação do sector cimenteiro em Portugal constituiu a defesa da manutenção do sector na lista de sectores expostos ao risco de Carbon Leakage. A saída do sector na lista de Carbon Leakage incorre num elevado impacto ao nível do desenvolvimento da actividade, pelo que, a sua manutenção assume uma importância vital na sobrevivência do mesmo. De momento aguarda-se publicação da lista actualizada até final de Março de 2014, embora a Comissão Europeia já tenha referido a manutenção dos parâmetros e critérios de classificação utilizados na lista de 2009, o que a suceder garantirá a desejada manutenção do sector na lista de sectores expostos ao risco de Carbon Leakage. Impacto do “Backloading” e do “CSCF” No início de 2014 foi aprovado o mecanismo de diferimento de leilões de licenças de emissão de CO2 (“backloading”) com vista a retirar temporariamente do mercado cerca de 900 milhões de licenças, que deverão ser repostas no final do período 2013-2020. Molhe Norte da Foz do Douro 199 Como consequência potencial desta medida, ter-se-á um aumento de custos indirectos, por via dos preços de energia eléctrica, que passarão a reflectir o aumento de custos das licenças de CO2 adquiridas em leilão pelas empresas produtoras de energia. A aplicação inesperada de um “Cross Sectoral Correction Factor” (CSCF) significativamente inferior à unidade (varia entre 0,94272151 em 2013 e 0,82438204 em 2020), que corresponde a um “benchmark” muito mais exigente e difícil de alcançar com a tecnologia actual, poderá determinar a passagem de sectores com algum excedente para uma situação deficitária, e a respectiva afectação das condições de competitividade interna e externa. Para o sector cimenteiro nacional, sem falar noutros aspectos, a simples aplicação deste factor representa uma eliminação de cerca de 5,5 milhões de licenças atribuídas a título gratuito. _4.2. Degradação dos Ecossistemas Coprocessamento de resíduos A Secil tem cooperado com as entidades de gestão de resíduos com o objectivo de desenvolver práticas que permitam uma melhor qualidade dos resíduos e a sua adequabilidade à indústria. O coprocessamento de resíduos na indústria cimenteira permite um total aproveitamento destes, dado que a componente combustível fornece o calor necessário para o processo e a componente material transforma-se em cimento. Desta forma, o coprocessamento proporciona à sociedade benefícios significativos: opções de tratamento de resíduos em locais seguros e eficientes, valorização de resíduos que de outra forma seriam depositados em aterro, valorização energética e reciclagem de recursos. EMISSÕES DE CO2 coM co-processamento em cimenteiras Emissões de CO2 sem co-processamento em cimenteiras 8688 KTCO2 6574 KTCO2 991 KTCO2 co-processamento em cimenteiras= 7565 ktco2 991 KTCO2 sem co-processamento em cimenteiras= 9679 ktco2 COQUE DE PETRÓLEO COMBuSTíVEIS alternativos No período compreendido entre 2005 e 2013, o co-processamento de cerca de 1 milhão de toneladas de resíduos evitou a emissão de aproximadamente 1 milhão de toneladas de CO2 e permitiu reduzir a importação de coque de petróleo em 340 mil toneladas (26 milhões de euros). A estratégia da maximização da utilização de combustíveis alternativos, traduz-se também num acréscimo da componente nacional do Valor Acrescentado Bruto do sector cimenteiro. Na realidade, a Secil tem contribuído, dentro das suas possibilidades, para o equilíbrio da balança comercial no período em análise, tal como se pode ver na tabela seguinte: Exportações de clínquer e cimento ~440 M€ Importação de coque de petróleo evitada~ 340 M€ Biodiversidade e Recuperação Paisagística A biodiversidade - que engloba a variedade de ecossistemas, espécies e genes - é o nosso seguro de vida. É também o nosso capital natural, prestando serviços ecossistémicos que estão subjacentes à nossa economia. A perda da biodiversidade compromete a prestação desses serviços, tornando-se um problema global que requer soluções colaborativas em diferentes escalas. A Secil, consciente da sua responsabilidade, tem vindo a desenvolver estratégias no sentido de diminuir o impacte sobre a biodiversidade resultante das suas actividades, contribuindo para o funcionamento de uma industrial sustentável. 200 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro Planos Ambientais e de Recuperação Paisagística Em todas as suas fábricas em Portugal, a Secil implementou um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP) que tem como objectivo a recuperação progressiva das áreas exploradas, utilizando espécies autóctones. A exploração/recuperação é efectuada através da elaboração de Programas Trienais, que contém a descrição dos trabalhos de exploração e recuperação paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado. FábricaUnÁrea Recuperada/ Área Licenciada da Pedreira Secil-Outão 39.6 Maceira-Liz % 1.66 Cibra-Pataias 3.6 Desde 1997, que a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) colabora com a Secil no âmbito do Projecto de Gestão Ecológica de Áreas Degradadas em Pedreiras Calcárias. Os trabalhos incidem maioritariamente no estudo da vegetação, cujos resultados têm contribuido para a melhoria dos programas de recuperação das áreas exploradas nas pedreiras da Secil-Outão. 201 Limitations to recruitment of native species in hydroseeding mixtures Graça Oliveira, Adelaide Clemente, Alice Nunes & Otilia Correia Foi publicado em Agosto de 2013, na revista Ecological Engineering um artigo científico referente ao uso de espécies vegetais nativas nos programas de revegetação de pedreiras. O artigo resultou de uma experiência efectuada nos viveiros do Outão, com o objectivo de simular os procedimentos usados na hidrossementeira em pedreiras mediterrâneas e o estudo do comportamento de cinco espécies diferentes. TALUDES RECUPERADOS DA PEDREIRA “VALE DE MÓS B” (CALCÁRIO) DA SECIL-OUTÃO. TALUDES RECUPERADOS DA PEDREIRA VALE DE MÓS A (MARGA) DA SECIL-OUTÃO. PLANOS DE ACÇÃO PARA A BIODIVERSIDADE TALUDE RECUPERADO DA PEDREIRA “MARTINGANÇA-MACEIRA” (CALCÁRIO) DA MACEIRA-LIZ. 202 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 DO WORD PÁGINAPÁGINA 14 DO14WORD 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro Locais de amostragem Limite propriedade SECIL Área de estudo PNA Locais de a Limite prop Área de estu Hemorrhois hippocrepis (cobra-de-ferradura) Distribuição dos 40 pontos para inventariação por buffer de distância à propriedade da fábrica SECIL-Outão. locais de amostragem limite propriedade secil área de estudo PNA Monitorização das caixas-ninho PNA 203 Caso de Estudo: “Enquadramento da Biodiversidade da SecilOutão na envolvente do Parque Natural da Arrábida” No âmbito do Protocolo vigente entre a Secil e a Universidade de Évora, teve início em Março de 2013 o estudo “Enquadramento da Biodiversidade da SecilOutão na sua envolvente”. Os principais objectivos do presente estudo são: > Enquadrar a biodiversidade da propriedade da Secil-Outão com a área envolvente, inserida do Parque Natural da Arrábida (PNA). Pretende-se que esta informação possibilite o adequado enquadramento da gestão da biodiversidade na Secil com a gestão ao nível do PNA; > Contribuir para o conhecimento científico relativo à ocorrência e distribuição de espécies de fauna no Parque Natural da Arrábida (PNA) Foram seleccionados 40 locais de amostragem, inseridos num perímetro com raio de 5 km a partir da propriedade da Secil. O estudo, que prevê acções a desenvolver num prazo de 13 meses, coincidirá com o 3º inventário de amostragem geral da fauna na propriedade da Secil, e incluirá os seguintes grupos/espécies (morcegos, mamíferos carnívoros, coelho, javali, aves de rapina, aves nocturnas, passeriformes e borboletas). New data on the distribution range of Hemidactylus turcicus in Portugal Pedro A. Salgueiro, Denis Medinas, Carmo Silva, Alexandra Silva & António Mira Foi publicado em Setembro de 2013, na revista Boletín de la Asociación Herpetológica Española um artigo referente aos resultados obtidos durante a monitorização realizada em 2010, no âmbito da 2ª fase do Plano de Acção para a Biodiversidade. O artigo intitulado “New data on the distribution range of the Turkish Gecko Hemidactylus turcicus (Linnaeus, 1758) (Sauria: Gekkonidae) in Portugal” descreve a primeira observação para a região da osga-turca e a sua distribuição na propriedade da Secil-Outão. Efectos de la Gestión Forestal en las Comunidades de Murciélagos. Un Caso de Estudio en un Paisaje Fragmentado de Pinar Denis Medinas, Mário Carmo, Sofia Eufrázio, Pedro Salgueiro, Carmo Silva, Cátia Sá, Alexandra Silva, João Tiago Marques & António Mira ARMADILHAGEM FOTOGRÁFICA (Herpestes ichneumon) Apresentação do Poster XI Congresso de La Sociedad Española para la Conservación y Estudio de los Mamíferos (SECEM), inserido no Plano de Acção da Fábrica CibraPataias, que envolveu o estudo dos padrões de actividade e composição da comunidade de morcegos nas áreas envolventes à zona de exploração de Cibra-Pataias e incluindo a Mata Nacional de Leiria. MONITORIZAÇÃO DAS CAIXAS-ABRIGO (Pipistrellus sp.) DETALHE DOS CARACTERES DISTINTIVOS DE UM INDIVÍDUO DE OSGA-TURCA (Hemidactylus turcicus) 204 EMISSÕES POTENCIALMENTE NOCIVAS 6.157 2013 2012 2013 1.270 1.197 2012 2011 2010 2010 2011 1.411 1.205 g nox/t clk 751 629 624 569 401 161 2013 2013 2012 2012 2011 91 2011 2010 2009 2009 g so2/t clk 583 580 561 464 434 t PARTÍCULAS 144 123 136 g PARTÍCULAS/t clk 2013 2012 2012 2011 101 2011 2010 2009 124 2013 t so2 135 145 121 2009 Todas as instalações estão equipadas com monitorização em contínuo das emissões de partículas, NOx e SO2, TOC, HCl, HF e NH3 à excepção das fábricas de Sibline e Gabès, onde a monitorização em contínuo de poluentes como o TOC, HCl e HF se encontra em curso de implementação. Para os Metais pesados e Dioxinas e Furanos, são realizadas monitorizações pontuais. t nox 2009 2009 _4.3 Emissões Potencialmente Nocivas Parte das instalações dispõem de diversos meios de controlo destas emissões, designadamente filtros de mangas, queimadores de baixa emissão, sistemas SNCR (Selective non catalytic reduction) - para controlar as emissões de NOx, e injecção de cal/hidróxido de cálcio – para controlo das emissões de SO2. Para além destes equipamentos, existem também electrofiltros, instalados em dois fornos. 5.347 5.138 1.316 Além das emissões de CO2, o processo de fabrico gera a emissão de óxidos de azoto (NOx), dióxido de enxofre (SO2), partículas, compostos orgânicos voláteis (COVs), assim como outros micropoluentes que podem contribuir para a poluição do ar local. 6.071 5.689 2010 SustentabilidadePrioridades para o futuro 2010 04. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 205 Mercúrio O Programa de Parceria Global do Mercúrio da UNEP é um dos mecanismos mais importantes na criação de acções imediatas para a mitigação/eliminação do Mercúrio. O objectivo último deste Programa é a protecção da saúde humana e a protecção do ambiente relativamente à emissão de Mercúrio e seus compostos, através da minimização, e quando possível, da sua eliminação das emissões antropogénicas (para o ar, água ou solos). A indústria cimenteira associou-se a este Programa, em 2013, através de uma Partnership liderada pela CSI/ WBCSD, especialmente dedicada às emissões de mercúrio no fabrico de cimento. No âmbito deste Programa foram criados dois grupos de trabalho com os seguintes objectivos: > Estabelecer um inventário sectorial e cenários de referência para a indústria; > Desenvolver guidelines de redução das emissões de Mercúrio para a indústria cimenteira. _4.4 Água Potável para todos Desempenho do Grupo SECIL Cimentos ÁGUA potável para todos 3 1 1 1 Em 2013, a Secil participou no projecto piloto da Global Water Tool para o sector cimenteiro, ao abrigo da Task Force da Água (TF9) da CSI, cuja utilização efectiva será concretizada em 2014. CONSUMO TOTAL DE ÁGUA 1447 1442 ABUNDANTE SUFICIENTE CONSUMO específico DE ÁGUA 0.303 1342 1316 0.281 1288 0.278 0.278 0.273 0.273 1000 m3 m3/t CIMENTO 2013 2012 2011 2010 2009 2013 2012 2011 0.254 2010 Ao nível da CSI, foi criado um grupo de trabalho com o objectivo de compreender melhor quais os riscos para a indústria cimenteira, embora as condições locais de existência de recursos e dos principais consumidores dos mesmos possam constituir o maior factor de risco. SÓ FÁBRICAS DE CIMENTO 2009 No caso específico da indústria cimenteira - ainda que não seja um sector significativo em termos de consumo de água, representando cerca de 2% do consumo mundial - a água é fundamental para o arrefecimento de equipamentos e arrefecimento dos gases de combustão, bem como, nalguns casos, para o arrefecimento no interior dos moinhos. Na nossa actividade, parte da água utilizada evapora no processo, no entanto a reciclagem/reutilização da água utilizada pode e deve ser efectuada, nomeadamente no caso dos circuitos de arrefecimento. STRESS Em 2013, 13% do consumo de água veio de locais de escassez extrema. ESCASSEZ ESCASSEZ EXTREMA 0 BENCHMARK A gama de benchmark do consumo específico de água no fabrico de cimento foi baseada nos valores obtidos pelos 4 maiores produtores mundiais. 206 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 04. SustentabilidadePrioridades para o futuro ÍNDICE DE FREQUÊNCIA 20 15 13.04 GLOBAL A Secil pretende implementar em todos os países onde opera um referencial de sustentabilidade pelo menos equiparável ao que vigora em Portugal, razão pela qual têm sido efectuados elevados 2013 2013 500 400 312.64 200 0 GLOBAL 2013 2013 100 157.0 155.0 2014 300 2012 A Secil colabora activamente na Task Force da Saúde e Segurança da CSI. Esta Task Force tem como lema - “Aiming for Zero”, isto é, alcançar o objectivo de “zero acidentes fatais” nas operações dos membros CSI. Embora seja um desafio de segurança ambicioso para o sector do cimento, o seu sucesso é imperativo. ÍNDICE DE GRAVIDADE 2011 A Saúde e Segurança no Trabalho é uma das questões prioritárias para a Secil. A estratégia nesta temática tem por objectivo a meta das “ZERO FATALIDADES”, reduzir os índices de sinistralidade de ano para ano de forma sustentada, fomentar uma elevada e cada vez maior consciência sobre os riscos ocupacionais, proporcionando formação adequada aos colaboradores e prestadores de serviços. 7.0 OBJECTIVO 2010 Segurança e Saúde no Trabalho investimentos em equipamentos de melhoria de desempenho, não só ambiental e industrial, como têm também sido introduzidas as melhores práticas ao nível da saúde e segurança no trabalho e relação com as comunidades envolventes. Exemplo dessa actuação foi a constituição da Comissão de Acompanhamento Ambiental em Gabès. Durante 2013, esta comissão acompanhou e validu o método de descarga de coque de petróleo no Porto de Gabès. 2009 _4.5 Direitos e necessidades básicas 2012 0 2011 2009 5 2010 8.0 2014 10 OBJECTIVO ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE 30 23,98 20 17,5 17,0 Os Bombeiros Voluntários de Maceira e Pataias disponibilizaram-se para proporcionar acções de formação aos colaboradores das fábricas GLOBAL 2014 2013 2013 0 2012 e brigada de emergência. As acções foram direccionadas para uma vertente mais prática, ao contrário de anos anteriores que foram num âmbito mais teórico. O número total de colaboradores abrangidos foi 101, que consideraram estas acções de formação bastante positivas. 2011 Maceira-Liz e Cibra-Pataias, no âmbito do “Combate à Emergência”. O objectivo destas acções é melhorar a prestação dos colaboradores que pertencem à equipa de emergência - delegados de segurança, responsáveis de área, chefes de equipa de prevenção 2010 Bombeiros Voluntários prestam formação a colaboradores da Secil 2009 10 OBJECTIVO NOTA: Consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1. 207 1. Secil apoia reconstrução de antigo lavadouro O antigo lavadouro de Vendas de Azeitão reabriu ao público no dia 7 de Março, após obras de recuperação geral do equipamento público, datado de 1916. A intervenção esteve a cargo da Junta de Freguesia de S. Simão e contou com o apoio da Secil. Os trabalhos de recuperação consistiram em acções de beneficiação do lavadouro, centradas na consolidação interior e exterior do edifício e na reabilitação do tanque. Os trabalhos, ao longo de mais um mês, incluíram a reparação de uma parede em risco de queda, a reparação de áreas do telhado, a recuperação dos portões e a colocação de um pavimento novo em calçada portuguesa na zona de entrada. 2. Reabilitação da Escola Bási Arruda vence Prémio Secil Arquitectura 2012 O Arq. José Neves é o autor da obra distinguida com o Prémio Secil Arquitectura 2012, a Reabilitação da Escola Básica Francisco de Arruda. O Júri do Prémio Secil Arquitectura 2012, presidido pelo Arq. Manuel Graça Dias, distinguiu a Reabilitação da Escola Básica Francisco de Arruda, de um conjunto de 21 obras de arquitectura de qualidade exemplar. _4.6 Bem-estar e estilos de vida sustentáveis O Papel do Betão... no alcance na Visão 2050 betão 1. Alterações climáticas > edifÍcios inovadores e energeticamente eficientes > infraestrUturas mais resilientes para adaptação às alterações climáticas > novos produtos com menor intensidade carbónica > sequestro de co2 3. Degradação dos ecossistemas > reciclagem do betão O betão constitui o material de construção mais utilizado em todo o mundo, sendo inclusivamente o bem mais consumido a seguir à água. A sua larga utilização advém das suas características, nomeadamente, resistência e durabilidade, versatilidade, reduzida manutenção, produzido com elevada eficiência energética, sendo produzido e usado localmente e tendo uma excelente massa térmica que lhe confere uma capacidade enorme de armazenamento de energia, o que permite reduzir as flutuações térmicas dentro dos edifícios. A actual conjuntura associada ao mercado da construção civil desafia a agilidade das empresas a encontrar cami- > SIMPLES > DURÁVEL > ROBUSTO > ACESSÍVEL > VERSÁTIL 8. Bem estar e estilos de vida sustentáveis > Infraestruturas para a mobilidade que induzem melhor desempenho na área dos transportes > construção em altura > Infraestruturas mais resilientes e de baixo custo de manutenção nhos que potenciem a viabilidade dos seus negócios, inovando e refrescando o mercado com novas ofertas, enquadradas nas também novas necessidades que vão sendo identificadas, nomeadamente nas áreas de reabilitação urbana (ver caixa 1 e 2), da manutenção de vias de comunicação, da construção sustentável e até mesmo do paisagismo. A Secil dispõe já de um leque de soluções técnicas inovadoras baseadas em produtos derivados do cimento, que podem contribuir para o êxito das várias operações de requalificação urbana e que são necessárias para revitalizar e rentabilizar largas faixas de património edificado urbano. Exemplos de Produtos Secil Sustentáveis Unidren: betão poroso especialmente concebido para a aplicação em pavimentos exteriores nos quais a impermeabilização do solo e a gestão das águas pluviais são factores críticos de sucesso. UniLeve: betões leves fabricados com cortiça, com argila expandida ou com EPS, são betões de baixa densidade com propriedades de isolamento térmico/acústico. Adhere Acústico: associado à Betonilha EcoCork promove o isolamento acústico aos ruídos de percussão. SecilVit Cork: painel de isolamento em cortiça que associa a performance térmica superior de um sistema ETICS (isolamento térmico pelo exterior) a uma performance ambiental eficiente. 208 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 05. a secil em números valores relativos à actividade cimenteira do grupo secil INDICADORES ECONÓMICOS Activo líquido Capitais próprios EBITDA Capex Passivo financeiro Rentabilidade do Activo Rentabilidade dos Capitais Próprios Resultados líquidos Capacidade produtiva de cimento Vendas de Cimento e Clínquer Volume de negócios Fluxos financeiros com os stakeholders Vendas a clientes Outros recebimentos de exploração Total de recebimentos Pagamento de Salários dos colaboradores Mecenato Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias Pagamentos a fornecedores Pagamento de juros às instituições bancárias Pagamento de dividendos aos accionistas Total de pagamentos Saldo para a empresa Refinanciamento líquido Prémios de emissão Total disponível para investimento Investimentos financeiros Investimentos industriais Concessão de empréstimos UN20122013 M € M € M € M € M € % % M € 103t 103t M € 668 234 76 29 168 -0,9 -2,6 -6 7 650 5 415 400 577 169 64 32 181 -1,7 -5,8 -9 7 650 5 466 374 UN20122013 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 1000 € 404 128 9 256 413 384 35 702 895 7 941 317 028 13 411 4 152 363 247 50 137 158 165 - 208 302 6 501 35 941 192 799 394 622 91 921 486 543 27 816 922 661 317 676 18 749 3 106 368 932 117 611 1 433 116 178 27 318 20 650 18 265 209 INDICADORES SOCIAIS UN20122013 Número de Colaboradores (efectivos e contratados)n.º Tipo de Contrato Contrato permanente % Contrato a termo % Cedência temporária % Sexo Masculino % Feminino % Média Etária Anos Perfil de Idades < 30 anos % 30 – 39 anos % 41 – 49 anos % ≥ 50 anos % Antiguidade < 1 ano % 1 - 9 anos % 10 - 24 anos % ≥ 25 anos % Taxa de Rotatividaden.º Total de saídas N.º % saídas por reforma % Total de admissões N.º % licenciados admitidos % Taxa de Absentismo % % Sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado % Saúde e Segurança % Índice de gravidade (Ig) (1) % Índice de frequência (If) (1) % Índice de duração ou avaliação da gravidade (id) (1) Fatalidades (trabalhadores Secil) n.º Fatalidades por 10 000 trabalhadores n.º Fatalidades (prestadores de serviços) n.º n.º Fatalidades (terceira parte) Acidentes (trabalhadores Secil) n.º Total acidentes n.º Índice de frequência (trabalhadores Secil) % 1 463 1 407 90,4 6,8 2,8 90,6 6,8 2,7 94,1 5,9 47,3 94,3 5,7 46,5 11,0 15,2 30,6 43,2 11,0 15,2 30,6 43,2 1,0 33,3 34,9 30,7 14,67 221 13,6 51 35,3 8,1 50 1,9 32,5 30,9 34,8 6,6 96 17,6 42 59,5 6,5 50 288,2 12,7 22,8 0 0 0 0 60 77 18,4 312,6 13,0 24,0 1 6,8 0 0 53 81 17,2 210 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 05. a secil em números INDICADORES AMBIENTAIS UN20122013 % Sites com sistema de gestão ambiental certificado % % Sites registados no EMAS % Consumo de energia Energia térmica (fornos) TJ Consumo térmico específico MJ/t Energia eléctrica GWh Uso Responsável de Combustíveis e Materiais Matérias-primas naturais kt Matérias-primas secundárias (MPS) kt Taxa de utilização de MPS % Combustíveis fósseis sólidos kt Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm3 Combustíveis alternativos kt Taxa de substituição térmica global % Taxa de substituição térmico alternativos fósseis % Taxa de substituição térmico alternativos biomassa % Protecção Climática (9) Emissões de CO2 – Gross (2) Mt Mt Emissões de CO2 – Net (3) kg/t Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2) kg/t Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3) % Taxa de incorporação de clínquer (5) Emissões atmosféricas (9) Partículas kt g/ t clk kt NOx g/ t clk kt SOx g/t clk % % clínquer produzido com monitorização das emissões maiores(6) e menores % clínquer produzido com monitorização contínua das emissões maiores % Consumo de água Total água subterrânea 103m3 Índice específico m3/t cim Biodiversidade Pedreiras com planos de recuperação % % Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade (7) Pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes, que contêm elevado n.º valor de biodiversidade (8) Pedreiras com elevado valor de biodiversidade que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior) % 67 50 67 50 14 922 3 816 591 14 247 3 632 540 7 294 298 3,5 349 24 169 21,1 11,7 9,4 7 649 249 3,2 333 18 169 21,1 11,1 10,0 3,3 3,1 661 631 77,7 3,2 3,0 640 614 77,1 0,6 144 5,3 1 197 0,6 135 67 100 0,5 136 5,1 1 270 0,4 91 65 100 1 342 0,281 1 288 0,273 80 40 80 40 13 13 100 100 211 (1) Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores SECIL e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram transformados para a metodologia da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. O índice de gravidade não inclui o número de dias perdidos no ano transacto. (2) Emissões de CO2totais (3) Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos (4) Clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento (5) Inclui as fábricas de cimento e moagens (6) Partículas, NOx e SOx (7) Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural. (8) A Fábrica Cibra-Pataias apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem actividade desde 2009 (9) Dados de 2012 verificados por entidade externa, de acordo com os seguintes gruias da CSI: Monitorização e comunicação das emissões atmosféricas nas indústria cimenteira, versão 2, e Monitorização e comunicação das emissões de CO2 na Indústria Cimenteira, versão 3. 212 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 213 anexos 1. Declaração de verificação 2013 Dados de emissão Secil CSI 2011- 2012 2. Declaração de verificação 2013 Dados de emissão de CO2 Secil CSI 2011-2012 214 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 215 216 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE ANEXOS | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 217 218 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 219 relatório de responsabilidade social 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores 2. O Grupo Secil e a comunidade exterior 220 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES balho, nomeadamente, ruído, vibrações, iluminação, e qualidade do ar; > Controlo de acessos; > Investigação e comunicação de to- dos os incidentes (acidentes de tra- Grupo secil Acidentes com dias de trabalho perdidos (frequência) ficação de perigos, análise e controlo dos riscos de todas as tarefas executadas nas instalações sob responsabilidade da Secil; 30 300 250 19,49 200 195 157 150 20 19,76 18,52 144 140 14,70 138 109 100 50 0 12,79 13,74 113 15 10 5 Acidentes de 2007 a 2013 0 Índices de frequência de 2007 a 2013 Gráfico-I: Evolução do Índice de Frequência de Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2013) Índice de Frequência 25 2013 > Identificação sistemática de identi- 30,00 2012 sas do Grupo Secil das verificações estipuladas na Directiva Equipamentos de Trabalho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na resolução das não conformidades detectadas; 350 2011 > Implementação em todas as Empre- Nº de acidentes c/ dias de trabalho perdidos > Os “Regulamentos da CSI (Cement Sustainability Initiative) respeitantes à Gestão de Prestadores de Serviços e Gestão da Condução nos Transportes Internos e Externos”; > Em 2013 registou-se um incremento nos índices de sinistralidade do Grupo Secil, como se pode constatar nos gráficos que se apresentam de seguida, traduzido num aumento de 7,4% no índice de frequência e de 24,1% no índice de gravidade relativamente ao ano 2012. Nas instalações situadas em Portugal, não se verificou nenhum acidente de trabalho mortal com colaboradores directos, prestadores de serviços ou visitantes, facto que não se verificou na unidade fabril situada no Líbano, onde há a lamentar um acidente fatal com um trabalhador directo. > Simulacros de situações de emergência; 2010 Para tal são desenvolvidas várias actividades, a maior parte delas continuadas, que pretendem adaptar e implementar directivas e manuais de segurança à realidade de cada Empresa do Grupo Secil, de onde se destacam: > Monitorizações do ambiente de tra- 2009 A Secil promove activamente uma política de saúde, higiene e segurança no trabalho, garantindo que todas as suas instalações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à Empresa e perseguindo o objectivo de “Zero Fatalidades” e redução dos acidentes com dias de trabalho perdidos. > Auditorias e inspecções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de acções de implementação de medidas correctivas e preventivas; 2008 no Trabalho 2007 _1.1 Saúde, Higiene e Segurança balho, quase acidentes e situações perigosas detectadas); 221 _1.2 Portugal o novo edifício administrativo da Betomadeira que proporciona uma melhoria significativa das condições de trabalho aos seus colaboradores. _1.2.1 Ambiente de trabalho Conforto Para além de um ambiente seguro, a Secil procura garantir a todos os seus colaboradores um acesso facilitado aos serviços mais úteis, sobretudo nas unidades fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na Fábrica Secil-Outão, as salas de refeições e equipamentos para conservação e aquecimento de alimentos, a máquina ATM e alojamentos no perímetro das fábricas. As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e Pataias dispõem de equipamentos para os seus beneficiários, nomeadamente, pavilhão gimnodesportivo, áreas de convívio, salas de jogos de salão, salões de festas, bibliotecas e piscinas. O Grupo Cimentos Madeira possui, nas suas instalações, uma sala de convívio onde os trabalhadores podem usufruir de alguns momentos de lazer. De assinalar, ainda, Comunicação interna A Comunicação Interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores do Grupo qualquer que seja a empresa ou a geografia onde prestem serviço. Os principais veículos de comunicação interna que a Secil utiliza são: > Secil Informação - newsletter mensal, distribuída juntamente com o recibo de vencimento; > Cimentar - newsletter distribuída no grupo Cimentos Madeira, em formato digital, com periodicidade trimestral. Todos os números da newsletter encontram-se divulgados no site do Grupo Cimentos Madeira (www.cimentosmadeira.com); > Site na intranet, onde os temas são desenvolvidos com mais detalhe. Grupo SECIL Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (Gravidade) 750 599,18 6.000 4.602 453,90 4.427 4.000 403,02 3.431 3.000 3.784 275,06 3.206 2.345 2.000 Acidentes de 2007 a 2013 300 2.807 2013 2011 2010 2009 0 341,29 150 2008 1.000 450 403,00 2012 5.000 0 Índices de frequência de 2007 a 2013 Gráfico-II: Evolução do Índice de Gravidade de Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2013) A Secil organiza um Programa de Acolhimento para todos os colaboradores recém-admitidos. Nas admissões de Quadros, o programa é composto por módulos generalistas e módulos desenhados de acordo com as funções a desempenhar por cada Quadro. Deste programa de acolhimento faz igualmente parte a distribuição de um Manual de Acolhimento e a apresentação interna do colaborador. A Empresa, através deste programa, pretende dar informação suficiente aos recém-chegados sobre Visão, Missão, e Valores do Grupo, bem como o modelo de Governação, Desempenho Financeiro, Evolução Histórica e a identificação das actuais Áreas de Negócio a nível nacional e internacional. Em 2013, à semelhança de 2012, as acções de acolhimento foram direccionadas, essencialmente, para estagiários cujo programa de integração está mais focado em módulos generalistas. Os Quadros que integraram a Secil em 2013 também realizaram um Programa de Acolhimento, tendo este sido desenhado de acordo com a função que cada um deles iria desempenhar no futuro. Retenção de colaboradores e absentismo 600 Índice de gravidade 7.000 707,04 2007 Nº de Dias de trabalho perdidos 8.000 Acolhimento a novos colaboradores O cenário de forte contenção verificado na actividade económica nacional, com especial incidência no sector da construção verificada em 2011 e agravada em 2012 e 2013, com impactos significativos na produção e comercialização do cimento, levaram a Secil (Secil e CMP) a uma reestruturação e redimensionamento do seu quadro de pessoal, que se traduziu na cessação de 80 contratos de trabalho em diferentes áreas. Em termos globais, durante o ano de 2013, registaram-se 222 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES 51 saídas das quais 22% por aposentações, 24% por despedimento colectivo e 54% por cessação por mútuo acordo ou outras. No entanto, continua a ser política da Secil a manutenção de políticas que promovam a retenção de trabalhadores e o baixo absentismo, através da formação, do recrutamento interno e da atribuição de prémios de incentivo à assiduidade. O mérito e o resultado destas políticas podem ser comprovados através dos indicadores (Secil e CMP) de idade média dos colaboradores (45 anos) e da antiguidade média na Empresa (20 anos). A taxa de absentismo, excluindo as doenças prolongadas, foi em 2013 de 1,79. De realçar que a actividade Cimento (Secil e CMP) apresenta uma relação entre o salário mínimo praticado por estas duas empresas e o salário mínimo a nível nacional de 1,8. Eventos organizados pela Empresa A Secil, directamente ou através das Casas de Pessoal que apoia e financia, promove regularmente a organização de vários eventos de carácter social, cultural ou desportivo, com o objectivo último de unir os seus colaboradores, proporcionar-lhes momentos agradáveis e fomentar a cultura de Grupo. ços/jantares convívio para os colaboradores e reformados, lanches com distribuição de prendas para os filhos dos colaboradores que contam com uma animação teatral ou circense. Vários foram os eventos organizados ao longo do ano de 2013, alguns dos quais com carácter mais regular, outros iniciados pela primeira vez. Destacamos aqui alguns desses principais eventos promovidos directamente pela Secil: > Comemoração dos 90 º aniversário da Fábrica Maceira-Liz com o tema “90 Anos a Cimentar História”. Esta celebração juntou trabalhadores, reformados, clientes e parceiros institucionais da região. Os convidados foram recebidos no Museu do Cimento da Fábrica Maceira-Liz, de onde seguiram para o Agrupamento Escolar Henrique Sommer, num percurso pedonal pelo bairro da Maceira-Liz e acompanhado pela Banda Filarmónica de Maceira. Assistiu-se à projecção um filme que conta com material de arquivo e a participação de alguns colaboradores no activo e reformados, que com o seu testemunho nos conduzem no tempo por sucessivas gerações e vivências ao longo de 90 anos de história na fábrica. Saliente-se também o livro “O Mistério do Coreto” editado pela Secil sobre a obra social levada a cabo pelo fundador da Fábrica Maceira-Liz - Henrique Sommer. O livro foi escrito pelos alunos do 1º Ciclo do Agrupamento Escolar da Maceira, com a colaboração da escritora Ana Cristina Luz. > Comemorações de Natal através de várias iniciativas, nomeadamente almo- Na Madeira saliente-se a celebração do Natal, que este ano contou com a intervenção de um grupo de colaboradores, familiares e amigos na apresentação de uma peça de teatro, denominada “As Estrelas Sentinelas”. Tal como em anos anteriores, manteve-se a participação em celebrações como o Dia de Reis e a Missa do Parto. As Casas de Pessoal da Secil e CMP desempenham um papel muito importante na organização e promoção de actividades desportivas e culturais para os seus colaboradores. De salientar algumas iniciativas que tiveram lugar em 2013: > ida ao teatro Politeama, assistir à peça “Revista à Portuguesa”, onde participaram cerca de 84 pessoas, entre colaboradores, familiares e reformados; > participação, pelo quarto ano conse- cutivo, na organização da Festa de Natal que decorreu no Teatro Politeama em Lisboa, com a realização de um teatro musical, extensivo a todas as empresas do Grupo Secil; > organização, no âmbito da festa de Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma Criança, Um Abraço” que motivou muitas crianças a levarem um brinquedo que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de bairros situados na área de Setúbal. Esta iniciativa abrangeu cerca de 60 crianças; > oferta, ainda no âmbito das festas de Natal, de bolo rei a todos os colaboradores, como forma de desejar boas festas. 223 _1.2.2 Formação A Secil aposta na formação dos seus colaboradores, pois acredita que esta é fundamental, tanto para a Empresa, permitindo-lhe criar as competências internas necessárias ao bom desempenho e a flexibilidade requerida para responder às diferentes solicitações, como para os próprios colaboradores que se vão actualizando constantemente, aumentando o seu nível de conhecimentos e reforçando o seu valor para a Empresa e para o mercado empregador em geral. Com este objectivo, a Secil dispõe de Centros de Formação integrados no Centro Técnico Corporativo, onde se desenvolvem acções de formação desenhadas e orientadas para a realidade específica da Secil, com destaque para o programa de formação continuada. São também realizadas acções de carácter pontual, tais como, o curso de Inglês, o curso de informática na óptica do utilizador e a formação em SNC (Sistema de Normalização Contabilística). Programas de Formação Continuada Os Programas de Formação Continuada são uma formação do tipo multidisciplinar que se destina a transmitir aos Colaboradores conhecimentos interdisciplinares sobre várias áreas da Empresa, com o objectivo de melhorar o desempenho, polivalência e flexibilidade das equipas, a segurança e a produtividade. No Grupo Secil existem, três programas de formação, um por cada Grupo Profissional: Quadros, Chefias e Oficiais de Processo. O quadro seguinte representa a evolução do número de formandos, que participaram em cada programa de formação continuada, entre os anos 2010 e 2013. Programas de Formação Continuada 2010201120122013 Total Programa de Formação de Quadros 399 Programa de Formação de Chefias * 530 Programa de Formação de Oficiais de Processo** 796 Total 1.725 449 487 850 1.786 96 227 488 811 11 0 118 129 955 1.244 2.252 4.451 * Este PFC terminou em 2012, não havendo registos de formação em 2013. ** Os valores aqui apresentados não correspondem à totalidade de formandos por PFC, mas sim à evolução de formandos que participaram nos mesmos desde 2010. 224 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES DADOS SOBRE FORMAÇÃO Em 2013 os Centros de Formação do Grupo Secil organizaram 231 cursos de formação que abrangeram 1.890 formandos, o que representou um volume de formação na ordem das 11.412 horas. Formação continuada e pontual Nº de Acções de formação Continuada Pontual Total Nº de Formandos 16 215 231 129 1.761 1.890 Formação Pontualevolução de nº de formados 3000 2000 2013 2012 1000 2011 2.300 9.112 11.412 Em 2013 voltou-se a apostar num novo Programa Trainees, com a integração de dois recém-licenciados em engenharia. Este Programa representa a aposta da Empresa numa política de renovação de competências core para o seu negócio, assumindo por outro lado, o compromisso de proporcionar uma formação de excelência aos seus futuros colaboradores. 4000 2010 Volume de Formação (horas) Este Programa conta já com quatro edições, em 2008, 2009, 2010 e 2013, tendo sido integrados, no total, 27 jovens recém-licenciados. Na edição de 2013, à semelhança das anteriores edições, o Programa Trainees contou com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, através da integração dos Trainees no programa de Estágios Profissionais. 225 Volu PROGRAMAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICOS Tec./Prod. 15% 6% Qualidade 6% Comercial 3% _1.2.3 CARREIRA E MOBILIDADE 94% MASCULINO NÚMERO DE EXPATRIADOS FEMININO 4 VOLUME DE FORMAÇÃO 3 4 3 15% 3 2 2 6% 2% 3% 1 1 1 TEC./PROD. 24% 16% BRASIL MOÇAMBIQUE COMERCIAL SEGURANÇA CABO VEARDE ADMINISTRATIVAS QUALIDADE LÍBANO 74% TUNÍSIA ANGOLA 0 60% 226 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 Sub-fundo conservador 51% Sub-fundo dinâmico Sub-fundo ultraconservador Associações Desportivas Culturais Inclusão Social 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES 23% 26% sector cimento 32% Sub-fund Sub-fund Sub-fund 51% _1.2.4 Gestão de Desempenho _1.2.5 Benefícios Sociais e Incentivos Associações A Secil acredita que a satisfação dos Todas as áreas de negócio da Secil aDesportivas seus colaboradores contribui em nível nacional, têm implementado umCulturais grande parte para o sucesso da sua Sistema de Avaliação de Desempenho. actividade. Assim, atribui aos seus coInclusão Social Pretende-se assim reconhecer, premiar laboradores e familiares um conjunto e distinguir os desempenhos de alta de benefícios sociais de onde se desperformance em domínios Económico/ tacam o Plano de Pensões e o Plano Financeiros, Operacionais, Qualidade/ de Saúde. Segurança/Ambiente, entre outros. Adicionalmente, este sistema pretende Pensões também identificar necessidades de formação e potenciais promoções/pro- No Grupo Secil, o sector do Cimento gressões dos colaboradores. (Secil, CMP e Cimentos Madeira), os colaboradores beneficiam de comDevido às especificidades de cada32% um plementos de pensões de reforma dos negócios da Secil, estes sistemas por velhice e invalidez, tal como os de avaliação integram metodologias respectivos cônjuges, descendentes, próprias adaptadas a cada situação dependentes e equiparados benefiespecífica, com diferentes estádios de ciam de complementos de pensões desenvolvimento e que podem abran- de sobrevivência. ger uma parte ou a totalidade dos co68% laboradores, como é o caso da Secil No sector do Betão e Inertes (Unie CMP. betão, Eurobetão, Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas), os colaboraEm função dos resultados obtidos pela dores beneficiam de complementos Empresa/Grupo e do resultado da Ava- de pensões de reforma por velhice e liação de Desempenho de cada cola- invalidez. borador, são atribuídos prémios individuais de desempenho. Actualmente, todas estas Empresas oferecem o benefício de complemento de pensões sobre a forma de plano de pensões de contribuição definida. No final do ano de 2013, os planos de pensões de Benefício Definido (PBD) e Contribuição Definida (PCD) apresentavam a seguinte distribuição entre participantes e beneficiários. 68% PBD PCD sector dos betões 8% 92% PBD PCD 94% 94% MASCULINO sector cimento 6% 2% 3% 688 34% 400 74% 363 200 PCD 0 PBD 87 PBD Nº Participantes/beneficiários 600 FEMININO Valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil a 31 Dez.2013 15% 800 Reformados/pensionistas activos sector dos betões 300 293 Os Planos de Pensões são financiados por um único Fundo de Pensões: o Fundo de Pensões do Grupo Secil. As Empresas têm a responsabilidade de (i) efectuar contribuições mensais para os sub-fundos (Dinâmico, Conservador e Ultra-conservador) que financiam os Planos de Pensões de Contribuição Definida e (ii) manter suficientemente financiadas as responsabilidades assumidas com os Planos de Pensões de Benefício Definido. Abaixo mostramos a repartição do valor dos Fundos de Benefício Definido e Contribuição Definida a 31/12/2013, bem como a distribuição entre políticas de investimento do Plano de Contribuição Definida. 200 100 66% Plano de pensões BD 25,5 mio PLANO DE PENSÕES BD 25,5 MIO PLANO DE Plano PENSÕESde BDpensões 13,1 MIO CD 13,1 mio Perfil de Investimento do Plano de Pensões CD 24% 16% 17 7 PCD 66% PCD 0 PCD Nº Participantes/beneficiários % 227 Reformados/pensionistas Plano de pensões BD 25,5 mio Plano de pensões CD 13,1 mio 60% activos sub-fundoSub-fundo conservador conservador sub-fundo dinâmico dinâmico sub-fundoSub-fundo ULTRAconservador Sub-fundo ultraconservador Em 2013, o nível de financiamento dos Planos de Pensões de Benefício Definido da Secil situava-se em 130%, o da CMP em 116% e o da Unibetão em 162%. 23% 26% 228 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES colaboradores no activo. No caso das empresas do sector do Betão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de Saúde abrange o agregado familiar com uma pequena comparticipação por parte do colaborador. Na Secil Martingança, o Plano de Saúde pode ser extensível ao agregado familiar, sendo o custo adicional suportado pelo colaborador. O benefício de saúde para todas as empresas acima mencionadas é financiado por um seguro de saúde em sistema de rede convencionada e reembolso. De forma a melhor ajustar o Plano de Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao seguro de saúde, permitindo que mediante um custo adicional a suportar pelo colaborador ou reformado, estes tenham a possibilidade de aumentar os capitais anuais do seu Plano de Saúde e/ou do seu agregado familiar. Outros benefícios sociais Saúde A Secil e a CMP atribuem aos seus colaboradores e reformados um Plano de Saúde extensível aos seus respectivos agregados familiares. Este Plano encontra-se harmonizado entre as duas empresas cimenteiras. A Cimentos Madeira oferece aos seus colaboradores no activo um Plano de Saúde, tendo este sido harmonizado em 2011, conforme as restantes empresas do grupo. As empresas do sector do Betão, a Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem um Plano de Saúde idêntico ao da Secil aos seus Para além dos mencionados, várias empresas do Grupo atribuem outros benefícios sociais, nomeadamente: (i) subsídios de reforma e morte, aquando da saída do colaborador por reforma ou em caso de morte no activo; (ii) seguro de acidentes pessoais e/ou vida, protegendo os colaboradores em caso de morte e/ ou invalidez permanente; (iii) seguros de viagem, cobrindo quase todo o mundo, para protecção dos colaboradores que se deslocam ao serviço das empresas; e (iv) prémios de antiguidade, que premeiam o tempo de serviço dos colaboradores. Em 2013, os benefícios sociais oferecidos pela Secil aos seus colaboradores representam um passivo consolidado de aproximadamente 3 milhões de Euros e correspondem a um custo de cerca de 1 milhão de Euros, ou seja 2% dos custos com pessoal. 229 _1.3. Operações internacionais _1.3.1 Ambiente de trabalho Tunísia Na Tunísia, o ano de 2013 embora tenha registado algumas melhorias no aspecto de segurança, ficou marcado pelo prolongado período de transição causado pelo atraso sucessivo na marcação das novas eleições. Esta situação resultou em conflitos sociais e políticos marcados pelos assassinatos de alguns líderes políticos, terminando o ano em negociações para formação de um governo de transição de tecnocratas com objectivo de ultrapassar o impasse político existente. Neste contexto de instabilidade social foram desenvolvidas algumas acções de segurança do pessoal interno e dos prestadores de serviços. A Société des Ciments de Gabès (SCG) dispõe de serviço de refeitório, de biblioteca e de três complexos habitacionais que disponibiliza aos seus colaboradores, em condições favoráveis, para habitação. Na SCG destaca-se o acesso à Internet por parte dos quadros técnicos e a divulgação da newsletter mensal do Grupo (Secil Informação). Por outro lado, as visitas às fábricas da Secil Portugal são uma prática corrente, adoptada essencialmente para os responsáveis de área, de forma a permitir a difusão da cultura do Grupo e a troca de conhecimentos. As políticas de combate ao absentismo, tanto pela via da formação dos colaboradores, como através de penalizações ao nível da avaliação, com impacto nos prémios de rendimento e produtividade. Mesmo assim temos que assinalar um aumento da taxa de absentismo de 4,01%, em 2012, para 4,47% em 2013. De entre as medidas de carácter social promovidas pela SCG no sentido de fomentar um bom ambiente de trabalho, destaca-se o almoço organizado pela Empresa no final do ano e o transporte de todos os colaboradores que é assegurado pela Empresa. Líbano Na Ciment Sibline, os procedimentos e políticas de segurança seguem as normas do Grupo. No âmbito do programa de acolhimento de novos colaboradores, é feita uma sensibilização relativa à segurança. condições de trabalho, das quais se destacam: (i) a construção de balneários e casas de banho no sector de Embalagem; (ii) a beneficiação dos balneários na secção de Oficina Auto e (iii) a aquisição de novos autocarros para transporte dos trabalhadores, por parte da empresa prestadora de serviço. De forma a combater o absentismo, a Secil Lobito atribui aos seus colaboradores um incentivo pecuniário trimestral, calculado em função da assiduidade. _1.3.2 Formação Tunísia A comunicação é assegurada essencialmente através de painéis e do envio de emails aos colaboradores. O principal objectivo que a SCG pretende alcançar com os programas de formação é a maior valorização e polivalência dos seus colaboradores. Assim, em 2013 foram realizadas 2.830 horas de formação, correspondente a 10,2 horas/ trabalhador. Cabo Verde Líbano As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde fomentam a segurança no trabalho através de campanhas de informação e também pela atribuição de um prémio pecuniário, distribuído em função dos objectivos atingidos na área da segurança. A Ciment de Sibline oferece formação aos seus colaboradores em áreas técnicas, de gestão e administrativas, manutenção, tecnologias de informação e línguas. Em 2013 participaram em acções de formação 284 colaboradores, num total de 5.374 horas. A Empresa assegura transporte a todos os colaboradores. As empresas garantem aos seus colaboradores um serviço de refeitório e transporte. A assiduidade é fomentada através da atribuição de prémios pecuniários aos colaboradores que atinjam o objectivo estabelecido. Angola A Secil Lobito registou 400 horas de formação, distribuídas pelos departamentos de higiene e segurança, informática e laboratório de qualidade. Angola Na Secil Lobito implementaram-se várias acções com vista ao melhoramento das 230 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 01. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES _1.3.3 Carreira e mobilidade _1.3.4 Benefícios sociais Tunísia Tunísia A SCG procura promover, sempre que possível, o recrutamento interno com programas de formação complementar. O desenvolvimento de competências e a mobilidade são incentivados pelo sistema de avaliação de rendimento e produtividade. Os Benefícios Sociais atribuídos pela SCG aos seus colaboradores incluem subsídios (religiosos e de reforma), um plano de saúde, seguros de acidentes pessoais em viagem, facilidades de crédito e outros. Ainda relativamente aos filhos dos colaboradores, em cada ano escolar são seleccionados os melhores alunos e é atribuída uma contribuição na forma de material escolar. Nesta Empresa, a relação entre o salário mais baixo e o salário mínimo local corresponde a 1,75, o que demonstra a preocupação da SCG em pagar aos seus colaboradores valores acima do mercado. Angola A Secil Lobito procedeu a actualizações salariais de forma escalonada, com o objectivo de reduzir as diferenças salariais. Em 2013, recrutou um quadro superior para exercer funções de Director Comercial. A SCG proporciona ao primeiro filho e até aos 14 anos a possibilidade de frequentar uma colónia de férias. Também a Sud-Béton oferece aos seus colaboradores vários Benefícios Sociais: subsídios religiosos (Aid Kébir e Aid Sghir), subsídios de reforma, plano de saúde (seguro de grupo que cobre todos os colaboradores), desconto de 20% na compra de betão e apoio escolar. 231 Líbano A Ciment de Sibline atribui aos seus colaboradores benefícios no plano da saúde, educação e outros. Todos os colaboradores e seus familiares beneficiam de seguro de saúde que cobre a totalidade das despesas médicas: em 2013 estavam cobertas 1.562 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por 2 médicos e uma enfermeira nas instalações da própria Empresa. Ao nível da educação, são atribuídas anualmente bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores da Ciment de Sibline. O valor do benefício é estipulado em função do nível de ensino e no ano 2013 as bolsas escolares pagas totalizaram 650.193,500 Libras Libanesas, conforme o quadro seguinte: bolsas escolares 2013 (libras libanesas) Sector Nível Valor Sector Privado Universitário Elementar Técnico Outros Níveis Sector Público Universitário Elementar Técnico Outros Níveis A Empresa dispõe de uma Cooperativa sem fins lucrativos que é gerida pelos próprios trabalhadores e comercializa bens alimentares. Os colaboradores têm acesso à cooperativa e recebem uma contribuição anual de 900.000 libras libanesas para despesas. Os colaboradores no Líbano beneficiam ainda de facilidades financeiras, quer na aquisição de cimento, quer na obtenção de financiamentos: > Aquisição de cimento, até 40t/ano com desconto de 3 USD sobre o preço de venda; > Financiamento até 3.000.000 libras libanesas, sem juros e reembolsável a 12 meses. Na Ciments de Sibline a relação entre o salário mínimo praticado pela Empresa e o salário mínimo local representa um rácio de 1,04. Angola Os colaboradores da Secil Lobito e respectivo agregado familiar, beneficiam dos cuidados de saúde prestados por dois médicos e três enfermeiros nas instalações da empresa, sendo que um 152.272,500 164.593,750 16.800,000 246.446,250 28.887,250 5.912,500 14.000,000 21.281,250 650.193,500 dos médicos tem a especialidade de Pediatria. Esta iniciativa com três anos de existência permitiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil entre os filhos dos colaboradores. A Empresa estabeleceu protocolos de assistência médica com duas clínicas, situadas na cidade do Lobito, de forma que todos os colaboradores e respectivo agregado familiar beneficiem de cuidados de saúde a custo zero. Os medicamentos são também pagos pela Empresa. 232 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 02. O GRUPO SEcil E A COMUNIDADE EXTERIOR _2.1.1 Educação, Ciência e Tecnologia O Prémio Secil visa promover e incentivar os autores de obras que incorporam os produtos que resulta da actividade da Secil. Em 2013, o Prémio Secil de Arquitectura distinguiu a Reabilitação e Ampliação da Escola Básica Francisco Arruda, em Lisboa, da autoria do Arquitecto José Neves. Esta obra foi distinguida pelo Júri de m conjunto de 21 obras de arquitectura de qualidade exemplar. O Prémio Secil Universidades é atribuído no âmbito do “Concurso Arquitectura e Engenharia Civil” e tem como objectivo incentivar a qualidade do trabalho académico e o reconhecimento A Secil e a comunidade científica A Secil procura de uma forma activa apoiar a comunidade científica através da promoção de eventos e patrocínios de iniciativas que contribuam para a difusão do conhecimento e inovação. A Secil patrocinou a Trienal de Arquitectura de Lisboa, que decorreu de 12 de Setembro a 15 de Dezembro de 2013. O Palácio Sinel de Cordes, sede da Trienal, acolheu a exposição “Prémio Secil – 20 anos”. Ao longo de 3 meses decorreram exposições, eventos, debates, publicações, interfaces, conversas, acções cívicas, para analisar a condição em que a arquitectura é exercida, bem como a forma como é enquadrada, expressa e entendida. _2.1 Portugal Prémios Secil de Arquitectura e de Engenharia Civil e Prémio Secil Universidades patente em locais de referência como Universidades ou em obras distinguidas com o Prémio Secil. público de jovens oriundos das Escolas de Arquitectura e Engenharia Civil Portuguesas. A Secil premeia jovens universitários há mais de 10 anos. Este ano, os Júris distinguiram 5 projectos de Arquitectura e 3 projectos de Engenharia Civil de alunos das Universidades do Porto, Coimbra e Lisboa. A Exposição “Prémio Secil – 20 anos” pretende homenagear as obras e autores distinguidos ao longo de 20 anos com o Prémio Secil Arquitectura e Engenharia Civil (1992 - 2012). O Prémio Secil já premiou obras de consagrados Arquitectos e Engenheiros Civis portugueses, como Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, José Luís Carrilho Graça, Armando Rito, Rui Furtado, Segadães Tavares, entre outros. A Exposição percorreu várias cidades, ao longo do ano de 2013, estando Apoio à edição do livro “Estruturas de Betão”, do Prof. Eng. Júlio Appleton, que se destina a alunos de engenharia e a engenheiros dedicados à actividade de consultoria e projecto, à gestão, à fiscalização e à execução de obras com estrutura em betão. O Grupo Cimentos Madeira foi distinguido no concurso “As 100 Maiores e Melhores Empresas da Madeira” no sector do comércio e Indústria. Protocolos com Instituições de Ensino Para apoiar as actividades de recrutamento e de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, a Secil está a estreitar o seu relacionamento com instituições de ensino superior especializadas nas áreas de Engenharia Civil, Química e dos Materiais, estabelecendo bases de colaboração académica, científica e tecnológica. 233 Em 2013 foi renovada uma bolsa de Doutoramento Empresarial, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de um projecto de investigação em que participam, para além da Secil, o Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra. Ainda neste âmbito, foi aprovada uma nova bolsa para o desenvolvido de um novo projecto de Investigação na área da Geotecnia, em colaboração com o Instituto Superior Técnico. O Laboratório da Cimentos Madeira mantém a sua colaboração com a Universidade da Madeira, Laboratório Regional de Engenharia Civil e Instituto Profissional de Transportes e Logística. Em 2013, apoiou várias iniciativas, nomeadamente: > orientação de uma tese de mestrado relacionada com betões auto compactáveis – da teoria à comercialização; > apoio e co-orientação de um doutoramento relacionado com a utilização de betão auto compactáveis em estruturas expostas e ambientes marítimos; > desenvolvimento de betões reforçados com fibras de vidro e avaliação do seu comportamento à escala real; > orientação de um estágio profissional em técnicas laboratoriais relacionadas com transportes e logística. 234 74% RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 02. O GRUPO Secil E A COMUNIDADE EXTERIOR Destaque para 2 novas associações: Centro de Dia – Associação de Solidariedade Social da Freguesia da Gâmbia e ACM Desporto Adaptado. 16% 24% _2.1.2 Cultura e Desporto 60% A Secil assumiu o compromisso do desenvolvimento sustentável das actividades culturais, desportivas e de inclusão social das localidades onde desenvolve Sub-fundo conservador a sua actividade, no seguimento da Sub-fundo dinâmico social do política de responsabilidade Grupo. Mais de 80 Associações do disSub-fundo ultraconservador trito de Setúbal recebem fundos para apoiar as suas actividades, conforme se representa graficamente. associações No plano Cultural, a Secil esteve presente pela primeira vez na Feira de Santiago em Setúbal, que decorreu entre 20 de Julho a 4 de Agosto. O stand da Secil recebeu 1.300 visitas. A Feira tinha como tema: “ À Luz da Arrábida”, a propósito da candidatura da Arrábida a Património Mundial da Unesco. Apoiou ainda outras iniciativas de onde se destacam: > Apoio ao documentário “Arrábida- Da Serra ao Mar”. Trata-se de um documentário sobre animais, plantas e os locais sublimes do Parque Natural da Arrábida, da autoria dos fotógrafos de natureza Luís Quinta e Ricardo Guerreiro; > Lisbon Week – a Secil patrocinou a Lisbon Week fornecendo betão arquitectónico preto, para a construção do Lounge Lisbon Week , no Largo de São Domingos, em Lisboa; > Festival de Música de Setúbal; 23% 26% > Festival de Música de Leiria; > Festa de Nossa Srª do Rosário de Tróia. > Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage organizado pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão; 51% desportivas Associações culturais Desportivas inclusão social A Secil desenvolve, desde 2006, acções de sensibilização ambiental, nomeadamente, a iniciativa promovida pelo Barco Évora, com a participação de alunos de escolas de Setúbal que têm a oportunidade de fazer um percurso pedestre na propriedade da Secil – Outão. Culturais Inclusão Social 8% 235 A Secil possui um Museu nas instalações da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de Abril de 1991. O Museu documenta a longa história desta fábrica e, através de um circuito museológico em contraponto com a fábrica moderna em laboração, obteve o estatuto de “museu de sítio”. Em 2013, o Museu recebeu cerca de 1.072 visitantes, como se mostra no quadro seguinte: Nº visitantes 1º ciclo 2º ciclo - secundário (6º ao 12º ano) Ensino Superior Entidades Diversas 286 400 64 322 1.072 No plano do Desporto, a Secil apoiou diversas colectividades e iniciativas, nomeadamente, a Meia Maratona de Setúbal. O Grupo Cimentos Madeira apoia as actividades culturais e desportivas da região, através da manutenção do estatuto de sócio da Orquestra Clássica da Madeira, do apoio nas obras de restauro da capela da Vitória, do patrocínio efectuado à Feira do Pão e as comemorações dos 500 anos da Diocese do Funchal-Festa das Famílias. De salientar o apoio com a distribuição de sacos de cimento para a renovação do posto náutico do Clube Naval do Funchal de São Lázaro, o apoio da “Prova Pedestre à volta da Cidade do Funchal” organizada pela Associação de Atletismo de Região Autónoma da Madeira e a manutenção do estatuto de sócio patrocinador do Clube Desportivo Portosantense. O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu estatuto de sócio em Associações regionais que desenvolvem acções de carácter ambiental, nomeadamente a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e a AREAM – Agência Regional de Energia e Ambiente da Madeira. _2.1.3 Solidariedade Social A Secil através da sua influência nas zonas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no apoio a entidades de Inclusão Social. Em 2013, a Secil apoiou através do fornecimento de cimento várias instituições, nomeadamente, (i) a Universdade do Minho, (ii) o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e (iii) o Corpo Nacional de Escutas de Setúbal. Na época balnear, a Fábrica Secil – Outão disponibilizou um parque de esta- cionamento com segurança, no antigo hangar de carvão. Este parque serviu a população de cerca de 35.969 pessoas e 14.359 viaturas. A Secil estabeleceu um protocolo com a Junta de Freguesia da Maceira, de onde se destaca o donativo efectuado (i) à Associação Maceirinha, para a construção do novo campo sintético e (ii) aos Bombeiros Voluntários da Maceira, para a aquisição de uma viatura de combate a incêndios urbanos e industriais. Pelo segundo ano consecutivo, a Secil reduziu consideravelmente as ofertas de Natal, tendo utilizado os fundos normalmente destinados à sua aquisição, para apoiar entidades de solidariedade social. Em 2013, a Secil apoiou o projecto Cimentar Afectos da Associação Coração Amarelo, uma instituição solidária que visa ajudar idosos. 236 RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 02. O GRUPO SECIL E A COMUNIDADE EXTERIOR _2.2 Operações internacionais _2.2.1 Educação, Ciência e Tecnologia Tunísia A Société des Ciments de Gabès desenvolve algumas iniciativas em estreita colaboração com escolas e universidade, tal como, em 2013 apoiou: > 25 estágios de inverno em colaboração com ISET – Instituto Superior de Estudos Tecnológicos; > 10 estágios de primavera em colaboração com ENIG – Escola Nacional de Engenheiros de Gabès; > 39 estágios de verão e 71 estágios de fim de curso em colaboração com escolas de ensino superior de Engenharia. A Secil é associada desde 2010 da Associação GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial -que procura desenvolver acções de colaboração entre as comunidades locais e organizações de solidariedade social. O Grupo Cimentos Madeira participou na campanha: “Dê uma tampa pela indiferença”. Foi estabelecido um acordo informal entre a Cimentos Madeira e a Delegação Regional da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) que contempla a utilização de um recipiente específico para a recolha de tampas plásticas. Esta acção é também extensiva à identificação de pessoas com necessidades especiais. O objectivo consiste em associar a acção a situações concretas e conhecidas de todos os intervenientes. Também apoia os Bombeiros Voluntários Madeirense e Liga Portuguesa Contra o Cancro. Líbano A Ciment de Sibline aceita pedidos de visita por parte de estabelecimentos de ensino. Em 2013, recebeu alunos oriundos dos seguintes estabelecimentos: > American Beirut University (AUB) > Lebanese University (Faculty of Scien- ces and the Technological Institute IUT) > Islamic University > Beirut Arab University (BAU) > Rafic Hariri University (RHU) A Empresa promove cursos de formação, com períodos máximos de 3 meses para recém licenciados. Em 2013, frequentaram este curso 19 pessoas. 237 Angola A Secil Lobito tem protocolos com escolas do ensino médio que permite a disponibilização das suas instalações, para a realização de estágios profissionais nas diversas áreas da empresa. Durante 2013 a Empresa recebeu 21 formandos. mente, um grupo de trabalhadores criou o Grupo Desportivo Secil Lobito que conta já com diversas actividades. _2.2.3 Solidariedade Social Tunísia A SCG patrocina várias associações desportivas e culturais locais, quer directamente, quer indirectamente, através do fundo colocado à disposição do Governador de Gabès. Na conjuntura especial vivida em 2013, as empresas tunisinas do Grupo Secil contribuíram, por intermédio do Governador, para um fundo destinado ao desenvolvimento de pequenas empresas individuais e ao apoio social, especialmente para uma vila próxima da Fábrica de cimento, com vista a encontrar soluções para o desemprego elevado que se verifica actualmente na Tunísia. Líbano Líbano A Ciment de Sibline efectuou vários patrocínios a associações culturais e desportivas, nomeadamente: A Ciment de Sibline apoia a comunidade local, através de várias iniciativas, com principal destaque para o apoio social, a doação aos municípios e o patrocínio a instituições religiosas, nomeadamente: _2.2.2 Cultura e Desporto Tunísia > Kfarmatta Municipality > Ain Ounoub Municipality > Aytat Municipality > Naameh Municipality > Baewarte Municipality Angola A Secil Lobito patrocinou algumas iniciativas de carácter cultural e desportivo, nomeadamente (i) a UNAC-União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos (ii) a Festa de Carnaval que tem uma forte tradição no Município do Lobito, (iii) a Rádio Lobito, e (iv) as festividades comemorativas dos 100 Anos da Cidade do Lobito. Recente- > Machmouchie Monastery > Unite Lebanon Youth Project > Druz foundation for social welfare > Baakline library’s friends comity > Lebanese institution for the blind Angola A Secil Lobito apoia várias instituições de Administração Municipal, Escolas, Organizações Religiosas e Hospitais, de referir: (i) a construção da Igreja do Bairro do Golf e (ii) os melhoramentos efectuados na Escola de Ensino Pri- mário Nº BG/2044 Comandante GIKA do Lobito. Cabo Verde Em Cabo Verde promove-se o relacionamento e a inclusão social com as comunidades locais através de apoios de actividades importantes nas áreas da educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser através de doações pecuniárias, materiais ou mesmo a disponibilização de meios. Em 2013, receberam apoio diversas instituições, tais como (i) o Jardim Infantil de João Varela, (ii) a Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus (iii) a Associação “Os Varelenses.” 238 ORGANIGRAMA | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 239 240 ORGANIGRAMA | RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013 secil SECIL PORTUGAL CONTINENTE MADEIRA CIMENTOS Secil CMP (100%) Cimentos Madeira (57,14%) Uniconcreto (100%) Secil Betões e Inertes (100%) Unibetão (100%) Britobetão (91%) Eurobetão (100%) Secil Britas (100%) Betomadeira (57,14%) Brimade (57,14%) Pedra Regional (29,14%) Madebritas (29,14%) JMHenriques (28,57%) BETÕES E INERTES ARGAMASSAS E MATERIAIS PRÉ-FABRICADOS AMBIENTE E energia Lusoinertes (100%) Secil Martingança (100%) IRP (75%) Secil Unicon (50%) Secil Prebetão (39,80%) Argibetão (90,87%) Promadeira (57,14%) Prescor (100%) AVE (35%) Solenreco (98%) Reficomb (100%) ALLMA (70%) TRANSPORTES E SERVIÇOS Grupo Setefrete (25%) CCV (100%) Secilpar (100%) SOCIEDADES FINANCEIRAS E OUTRAS Ciminpart (100%) Serife (100%) Hewbol (100%) Florimar (100%) S 241 TUNíSIA LÍBANO INTERNACIONAL ANGOLA CABO VERDEBRASIL OUTROS Société Ciments Ciments de Sibline Secil Lobito de Gabès (98,72%) (51,05%) (51%) Secil Cabo Verde Grupo Supremo Secil Algérie (100%) (15%) (Argélia) (97,9%) Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%) Inertes de Cabo Verde (62,50%) Zarzis Béton (98,52%) MC (49,36%) NSOSPE (45,98%)Sociedade I3P (99,97%) de Inertes (Moçambique) (49%) Seciment (Holanda) (100%) Secil Angola (100%) Silonor (França) (100%) Somera (Panamá) (100%) EDIÇÃO SECIL - COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. 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