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semanário regional // ÀS SEXTAS // 2007.07.27
DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 69
// € 0,70 [IVA INCLUÍDO]
Justiça. Ministério Público assume o processo
Gastronomia
Gestão
de Carreira
Marques
investigada
José Luís Zambujeira
Por que
25 anos como forcado
se come
bem em
Entradas?
Depoimento em Tribunal faz “referência a factos que
podem consubstanciar a prática [...] de crimes, eventualmente abuso de poder, favorecimento pessoal e falsificação de documentos”.
P. 23 | GUI’ARTE
O depoimento em tribunal da testemunha de
um processo da Câmara Municipal de Beja
contra o jornalista Paulo Barriga faz “referência a factos que podem consubstanciar a prática por parte do executivo camarário [de Beja],
nos anos 2000 a 2004, de crimes, eventualmente abuso de poder, favorecimento pessoal e falsificação de documentos”. Essa testemunha é
Madalena Palma, antiga assessora de imprensa do autarca e, à altura, sua companheira.
Desta forma, a gestão do antigo presidente
da Câmara Municipal de Beja, Carreira Marques, e da equipa que o acompanhava, vai ser
investigada pelo Ministério Público. Contactado pelo “Correio Alentejo” a comentar a decisão do Tribunal, o antigo presidente da Câmara de Beja não aceitou falar sobre o assunto.
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P. 02 | BAIXO ALENTEJO
284 602 175
ALJUSTREL
Jaime Vieira
promovido
a árbitro
internacional
A vila de Entradas, no concelho
de Castro Verde, tem-se afirmado nos últimos anos pela oferta
gastronómica. Os restaurantes
“A Cavalariça” e “O Celeiro”
atraem dezenas de visitantes à
localidade com pratos tipicamente alentejanos. Em fimde-semana de festa naquela
localidade, mostramos-lhe
de onde vem a fama das duas
casas e desafiamo-lo a partir à
descoberta deste segredo.
Tauromaquia.
O amor pela festa brava surgiu cedo na alma de José
Luís Zambujeira. Natural de Alfundão, onde nasceu há
45 anos, o actual cabo do Grupo de Forcados de Cascais
mudou-se para a vizinha aldeia de Beringel, onde passou uma infância a sonhar com as jaquetas e as noites
de glória. Há 25 anos, José Luís entrou nos forcados de
Cascais e nunca mais quis outra coisa. O seu espírito é
igual ao do primeiro dia e a responsabilidade de liderar
um grupo obriga-o a “incutir que, quando se tem uma
paixão e se gosta muito de ser forcado, é preciso esquecer o sentimento de medo”. Com
um filho a pegar no grupo e
Pedro Marques pronto
para lhe suceder na liderança, o forcado prepara-se para dizer adeus
às arenas. Nesta edição,
revisitamos uma vida dedicada à festa brava.
P. 22 | GUI’ARTE
sexta-feira
2007.07.27
02
REGIÃO
BAIXO ALENTEJO
ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA
BEJA ASSEGURA IVG A ÉVORA
O hospital de Beja assegura durante um
mês as consultas de interrupção voluntária da gravidez do distrito de Évora.
As consultas estão a ser asseguradas por
três profissionais de obstetrícia.
Luís Filipe Menezes é o “candidato
em melhores condições” de liderar o
PSD.
AMÍLCAR MOURÃO
Presidente da Distrital de Beja do PSD
MINEIROS APELAM À IGT
Os trabalhadores das minas de Aljustrel
e Neves-Corvo exigiram a intervenção
da Inspecção do Trabalho (IGT) no diferendo com as administrações sobre o
corte dos prémios de produção de Maio.
Justiça. Jornalista Paulo Barriga absolvido em processo movido pela Câmara Municipal de Beja
Ministério Público
investiga gestão de
Carreira Marques
Juiz do Tribunal de Beja ordena a extracção
de certidão para procedimento criminal contra
Carreira Marques.
Em causa poderá estar, “eventualmente, abuso de poder, favorecimento pessoal e falsificação
de documentos”.
O
jornalista Paulo Barriga foi
absolvido da prática de um
crime de ofensa a pessoa
colectiva, organismo ou serviço. O
processo foi-lhe movido pela Câmara Municipal de Beja, no decorrer do último mandato de Carreira
Marques, em consequência de um
texto de opinião da autoria do jornalista, a 8 de Março de 2004, publicado no “Diário do Alentejo”.
Na ocasião, e procedendo a uma
análise geral à situação política e
partidária no distrito de Beja, sob
o título “As Bufas do Costume”, o
articulista abordou as questões de
promiscuidade que então vigoravam entre alguns elementos do
executivo municipal, técnicos e
funcionários da autarquia, o que
causou algum mau estar junto da
vereação que, por unanimidade,
decidiu agir criminalmente contra
o jornalista.
Em causa estava uma passagem
do artigo onde se lia que “o PCP, e
dessa não se livra, deixou que as
namoradinhas e que os incompetentes e que o analfabetismo tomasse conta da Câmara de Beja. E
nada fez para evitar a bordelização
da autarquia e das diferentes empresas e tachos municipais que
criou para os camaradas na reforma”. Excerto que os vereadores do
PCP, do PS e do PSD consideraram
injurioso para a instituição Câmara Municipal de Beja. Pelo que,
em função dos supostos danos
causados à imagem da autarquia,
pediam ao arguido uma indemnização civil de 50 mil euros.
Opinião inversa teve o juiz Vítor
Maneta que, no passado dia 17 de
Julho, decidiu pela absolvição do
Política
cronista uma vez que, refere a sentença, “o arguido se limitou a “dar
traço de criatividade, caricatura e
humor” àquilo que era voz corrente
na cidade de Beja e arredores”. Mais
acrescentou o magistrado que a liberdade de expressão consagrada
constitucionalmente “garante a liberdade de exprimir pensamentos,
ideias, opiniões ou qualquer outro
tipo de juízos de valor subjectivos.
Cabe aqui a caricatura e a sátira”.
De salientar que todos os vereadores da autarquia liderada por
Carreira Marques, incluindo os da
oposição, foram testemunhas de
acusação neste processo e que o
juiz, face à postura inconstante dos
seus depoimentos, os considerou
vazios de “toda e qualquer credibilidade”. Excepção feita ao vereador Jorge Parente, testemunha que
“não teve quaisquer dúvidas em
afirmar que a crónica do arguido
teve como alvo os partidos políticos e pessoas concretas, identificadas ou identificáveis por aquilo
que eram os comentários e a voz
corrente na cidade de Beja, não
tendo interpretado o termo bordelização como afirmação de que a
Câmara era um bordel”.
Abuso, favorecimento e falsificação. Igual leitura da crónica teve
Madalena Palma, então companheira de Carreira Marques e uma
das principais visadas no artigo.
Esta testemunha referiu em Tribunal que “a sua relação com o então
Presidente da Câmara Municipal
e a sua nomeação como assessora
de imprensa eram muito comentadas na cidade”, assim como as
“promiscuidades” entre o executivo camarário, construtores civis
e proprietários de terrenos. E foi
com o significado de “promiscuidade” que entendeu o termo “bordelização”.
O depoimento da testemunha,
“em face da gravidade e relevância criminal de alguns dos episódios relatados”, levou a que o juiz
determinasse a extracção de certidão para efeitos de procedimento
criminal contra Carreira Marques
e o executivo camarário por si liderado.
Madalena Palma, disse o magistrado em audiência de julgamento,
fez “referência a factos que podem
consubstanciar a prática por parte do
executivo camarário, nos anos 2000
a 2004, de crimes, eventualmente
abuso de poder, favorecimento pessoal e falsificação de documentos”.
Assim, o magistrado determinou
que fosse transcrito na íntegra o depoimento de Madalena Palma e que
o mesmo fosse remetido para o Ministério Público para instauração do
competente inquérito.
Contactado pelo “Correio Alentejo” a comentar a decisão do Tribunal, o antigo presidente da Câmara de Beja, Carreira Marques,
não aceitou falar sobre o assunto.
Líder do
PSD Beja
ao lado de
Menezes
O presidente da comissão política distrital de Beja do PSD
manifestou esta semana o seu
apoio a Luís Filipe Menezes,
nas eleições directas do partido,
considerando ser o “candidato
em melhores condições” para
conduzir os sociais-democratas
a uma vitória nas legislativas de
2009.
O líder da distrital de Beja do
PSD, Amílcar Mourão, considera o actual presidente da Câmara Municipal de Gaia “a pessoa
em melhores condições para
assumir a liderança do partido”
e conduzi-lo à vitória nas próximas eleições legislativas.
Além do actual presidente do
PSD, Marques Mendes, também
Luís Filipe Menezes anunciou
a sua candidatura às eleições
directas do partido, marcadas
para Setembro.
O conselho nacional do PSD,
no último sábado, 21, definiu as
datas das eleições directas para
a liderança do partido, a 28 de
Setembro, e do XXX Congresso,
de 12 a 14 de Outubro, com carácter extraordinário.
Ainda no Alentejo, o presidente da distrital de Évora do
PSD, António Costa Dieb, já declarou o seu apoio à recandidatura de Marques Mendes à liderança do partido, considerando
ser esta “a garantia de credibilidade e de competência política
para o PSD”.
“Espero que os próximos dois
anos sejam de verdadeiro combate político, sem bloqueios internos ao líder do PSD”, afirmou
Costa Dieb, em declarações à
Agência Lusa
Luís Filipe Menezes
03
REGIÃO BAIXO ALENTEJO
sexta-feira
2007.07.27
Almodôvar
Turismo. Autarquia de Aljustrel adquiriu imóvel à Pirites Alentejanas
Casa da Horta
em Aljustrel
vai ser um hotel
Câmara Municipal de Aljustrel vai comprar por 450 mil euros o edifício
colonial que albergou durante muitos anos os directores das empresas
mineiras daquela vila.
Edifício apresenta actualmente um quadro de algum abandono
A Câmara Municipal de Aljustrel vai
comprar a histórica Casa da Horta,
onde residiram várias administrações das empresas que exploraram
as minas locais, para a transformar
numa unidade hoteleira para colmatar a falta de camas turísticas no
concelho.
O presidente da autarquia, José
Godinho, explicou que o negócio, orçado em 450 mil euros, foi aprovado
na última reunião da Assembleia Municipal de Aljustrel, após ter sido negociado um plano de pagamento em
vários anos com a actual proprietária
do imóvel, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro Imobiliária (EDMI).
Segue-se, “o mais rápido possível”,
a assinatura da escritura de transferência de propriedade da Casa da
Horta para a autarquia, que vai financiar o negócio com recursos próprios,
acrescentou o autarca.
A aquisição do imóvel e da propriedade adjacente, explicou José
Godinho, integra-se no plano que a
autarquia tem vindo a desenvolver
para “salvaguardar e potenciar, do
ponto de vista turístico, o património
histórico ligado à exploração mineira”.
“A Casa da Horta é um edifício
histórico e de grande valor simbólico
para Aljustrel, que estava, há muitos
anos, ao abandono e num processo
de degradação muito acelerado, após
ter servido, durante mais de um século, de residência das várias administrações das empresas que exploraram
as minas do concelho”, lembrou.
Equipada com um vasto jardim,
uma piscina, um campo de ténis e um
auditório, a Casa da Horta, salientou
o autarca, “tem todas as condições
para se transformar numa unidade
hoteleira de nível superior, ajudando
a colmatar a insuficiente oferta de camas turísticas no concelho”.
Neste sentido, adiantou José Godinho, a autarquia “está a desenvolver contactos com várias empresas
do ramo da hotelaria para encontrar
um parceiro interessado em estabelecer um protocolo com o objectivo
de transformar a Casa da Horta num
hotel de qualidade”.
A Casa da Horta, construída nos
primórdios do século XX numa propriedade conhecida como Horta do
Poço d’Além, é considerada um símbolo da arquitectura colonial portuguesa.
Socialistas
querem apoio
camarário
para idosos
O Partido Socialista apresentou na Câmara Municipal de
Almodôvar um conjunto de
propostas para o ano de 2007,
que considera “fundamentais
para melhorar a qualidade de
vida da população e desenvolver o concelho”. Em comunicado, os socialistas fazem saber
que, embora “reconhecidas
pelo presidente da Câmara
como propostas de grande importância, nenhuma delas foi
incluída no Plano de Actividades para 2007”.
Depois de ter apresentado
propostas para o sistema de
abastecimento de água de Almodôvar e para a prestação de
cuidados de saúde, o PS divulgou publicamente uma proposta sobre a criação de um
centro de convívio para idosos
em Almodôvar no sentido de,
adiantam os socialistas, integrar esta faixa etária com mais
de 65 anos da população da
vila. O PS adverte que “nem todas as pessoas necessitam de
estar num lar de 3ª idade”, por
isso a proposta para a criação
de um espaço público de convívio, onde seja possível “falar,
ver televisão, confraternizar,
divertir-se e conviver”.
Os socialistas dizem “não
poder estar indiferentes a esta
realidade” e advertem a autarquia que “é possível fazer mais
e melhor pelo bem-estar da
população mais idosa”.
Consideram ainda os socialistas de Almodôvar “ser uma
obrigação” da Câmara, em
colaboração com outras instituições, “garantir um serviço
social de qualidade para todos
os almodovarenses, nomeadamente para os mais idosos”. E
avisam que a autarquia “não
deve empurrar o problema
para os outros, descartando-se
desta sua obrigação”.
Eixo comercial
Festival de Teatro
Reciclagem
Finanças Locais
Mértola
faz obras
Grupo Jodicus actua
em festival na Roménia
Solidariedade
em Almodôvar
Alvito em
bom plano
O executivo municipal de Mértola adjudicou as obras de reestruturação do eixo comercial de
Mértola à firma Alberto Couto
Alves. A intervenção urbanística
vai transformar totalmente as
ruas Alves Redol, Serrão Martins
e Afonso Costa, criando bolsas
de estacionamento e zonas de
descanso com sombra, mantendo-se a via com sentido único. O
subsolo também será intervencionado, com a substituição das
redes de água, esgotos, luz e gás.
O início dos trabalhos está previsto para o mês de Outubro e a
execução da obra decorrerá de
forma faseada durante um ano.
No total a autarquia vai investir
996 mil euros.
Para participar na “La Curtea
Comediantilor”, incluído no âmbito do programa Sibiu – Capital
Europeia da Cultura 2007, sob o
lema do Teatro Medieval, Renascentista/Barroco, o grupo alentejano Jodicus desloca-se à Roménia entre os dias
1 e 7 de Agosto.
Para além do
Jodicus,
que
pela
terceira
vez é o grupo
português escolhido, irão
estar presentes
as companhias
Stúdio 24, Truveii e Cavalerii
Ordinului (to-
A Câmara Municipal de Almodôvar já está a implementar o
projecto “Ecopontos Solidários”.
Este projecto surge como complemento do programa de realização de obras em habitações de
indivíduos e agregados familiares
desfavorecidos. Através da recolha de bens reutilizáveis, como
electrodomésticos em bom estado, mobiliário, materiais de construção, roupas, brinquedos, entre
outros, este projecto visa “dar
apoio a intervenções ao nível da
saúde, conforto, educação e higiene de pessoas carenciadas”. A
autarquia dará também resposta
a pedidos de concelhos próximos
e até de operações de solidariedade, em caso de intempéries.
No estudo efectuado com base
no Anuário Financeiro dos Municípios de 2005, relativo à situação financeira dos municípios
portugueses, Alvito ocupa os
seis primeiros lugares no que
respeita à relação entre as dívidas a fornecedores e as receitas
totais do ano anterior. Estes dados comprovam a situação de
equilíbrio financeiro que a autarquia vem apresentando nos
últimos anos. O referido estudo
conclui ainda que 227 dos 308
municípios do país não dispunham, nessa data, de dinheiro
para fazer face às suas dívidas
de curto prazo. Destes, 48 apresentavam mesmo uma situação
de ruptura financeira.
das daRoménia); Raiceiros (Espanha); Residui Teatro (Itália);
ELF Theatre (Lituânia); Tirena
(Croácia); Vinuma (Estónia) e um
grupo representante da Turquia.
O Jodicus recuperou o espectáculo “A Farsa do Mestre Pathelin” para se poder apresentar
neste certame
e, no próximo
domingo,
29
de Julho, pelas
22h00, irá apresentar o espectáculo na Semana Cultural
da Carpe Diem,
em Cabeça Gorda.
sexta-feira
2007.07.27
04
REGIÃO BAIXO ALENTEJO
Abastecimento. Intervenção foi anunciada pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural
Obras no Roxo
avançam em 2008
Secretário de Estado (à esquerda) explica obras do Roxo ao presidente da Câmara de Aljustrel
Talude junto à margem esquerda da barragem vai ser reforçado, numa empreitada avaliada em 250 mil euros.
Rui Nobre Gonçalves sublinha impactos que
barragem de Alqueva já está a provocar na agricultura do Alentejo.
O talude junto à margem esquerda
da Barragem do Roxo, que abastece as populações de Beja e Aljustrel
– assim como os 5.040 hectares do
perímetro de rega do Roxo –, vai ser
alvo de obras de requalificação e
consolidação no Verão do próximo
ano. A obra, desejada há 17 anos e
avaliada em apenas 250 mil euros,
foi anunciada no local pelo secretário de Estado do Desenvolvimento
Rural e das Florestas na passada sexta-feira, 20.
“No próximo Quadro Comunitário de Apoio, que já começou, vamos
investir em novos regadios mas também recuperar regadios importantes,
como este do Roxo. Por isso, no final
da próxima época de rega vamos dar
início a uma obra esperada há 17
anos que é a recuperação do talude
da barragem do Roxo”, explicou Rui
Nobre Gonçalves.
A obra, de fácil execução técnica,
arrancará no final do Verão de 2008
e vai durar entre quatro a seis meses.
Durante esse período, o volume de
água armazenado na barragem terá
de ser diminuido para níveis semelhantes ao de dois períodos de seca
consecutivos, nunca colocando em
causa o abastecimento de Beja e Aljustrel ou mesmo o regadio existente
na zona.
“As populações que são servidas
pela água do Roxo têm uma necessidade que está perfeitamente determinada, que são cerca de quatro
milhões de metros cúbicos por ano.
Isso estará garantido, porque não é
preciso esvaziar completamente a
barragem”, observa Rui Nobre Gonçalves, garantindo que este argumento sempre foi “uma das descul-
pas” utilizadas pelos vários governos
“para não se fazer a obra”, considerada “essencial” tendo em conta a
chegada de água de Alqueva ao Roxo,
prevista para daqui a dois anos.
“Em 2009 a barragem do Roxo
tem de estar integralmente capaz, do
ponto vista técnico e não só institucional, de receber a água do Alqueva”, afirma o secretário de Estado do
Desenvolvimento Rural e das Florestas, lembrando que actualmente a
barragem do Roxo só pode armazenar até 46 milhões de metros cúbicos
de água e não os 96 milhões da sua
capacidade máxima total.
Obra esperada. A consolidação do
talude da barragem do Roxo, nomeadamente entre a zona da torre de
captação de água para abastecimento público e o paredão, era uma reivindicação antiga da Associação de
Beneficiários do Roxo (ABR). “Esta
pequena obra é algo que ando a tentar fazer há cerca de 15 anos”, adianta
o presidente da instituição, Silvino
Espada, garantindo de imediato que
a obra, sem ser “fundamental”, era
“absolutamente necessária”.
“Temos de consolidar o talude
da barragem, no sentido de dar segurança mínima, até a quem aqui
circule”, assevera o responsável pelos
regantes do perímetro do Roxo.
Contudo, o presidente da ABR
não esconde que mais que a consolidação do talude da barragem do
Roxo, a grande obra prevista para a
zona “prende-se com o plano de ordenamento que está em curso e que
irá alterar bastante, e dar outras condições, a este espaço”.
“Há investimentos que estão a ser
feitos a contar com a água de Alqueva. Se Alqueva não vem será muito
perigoso aguentar e sustentar tanto
investimento que está por aí”, alerta
Silvino Espada, apesar de optimista
quanto ao futuro.
Novo impulso. O anúncio governamental de intervenção no talude da
barragem do Roxo surgiu no âmbito
da visita do secretário de Estado do
Desenvolvimento Rural e das Florestas às obras de reabilitação do Bloco I
do Aproveitamento Hidroagrícola do
Roxo – que serve cerca de 1.700 hectares e beneficia quase duas centenas de regantes –, avaliadas em 13,2
milhões de euros.
Rui Nobre Gonçalves aproveitou a
visita a terras do Baixo Alentejo para
ver in loco alguns dos investimentos
agrícolas que se estão a realizar na região e para sublinhar com veemência
aquilo que entende ser um novo impulso para a agricultura alentejana.
“O futuro da agricultura alentejana passa seguramente pela disponibilidade de água e por Alqueva. O
Alqueva é um projecto que já está a
modificar a agricultura do Alentejo.
E muitos daqueles que sempre disseram que Alqueva era um ‘elefante
branco’, que não tinha viabilidade ou
que o futuro de Alqueva era apenas
em áreas que não têm que ver com a
agricultura, como o turismo, já estão
a ver trabalho no terreno e obras a
progredir”, afirmou Rui Nobre Gonçalves.
Optimista, o secretário de Estado
sublinhou ainda que “Alqueva é um
grande projecto de desenvolvimento
agrícola rural para o Alentejo”, que
tanto permitirá a sustentabilidade
dos locais como “a sustentabilidade
agrícola de outros que venham investir [para a região]”.
“O Alqueva é um grande projecto
de desenvolvimento rural, essencialmente agrícola e que tem também
outras valências, como o turismo,
mas que nunca seriam suficientes
para viabilizar este grande projecto
como o desenvolvimento da agricultura viabilizará”, concluiu o governante socialista.
Gerações
Festa em Moura
junta avós e netos
Ateliers e animação musical marcaram ao longo desta quinta-feira,
26, a festa que juntou gerações em Moura. Promovidas pela Câmara
Municipal local, as actividades tiveram por âmbito as celebrações do
Dia dos Avós, tendo por objectivo a promoção de um convívio entre
gerações.
Nesse sentido, ao longo das actividades do atelier “Troca de Saberes”, os mais idosos e as crianças participantes no evento tiveram
oportunidade de confeccionar diversos objectos e brinquedos típicos
(fisgas e cordéis para piões), assim como confeccionar rendas, bordados e cestaria. Durante a parte da tarde, teve também lugar uma
homenagem a todos os avós por parte das crianças que frequentam
o ATL da Moura Salúquia – Associação de Mulheres do Concelho de
Moura, a que se seguiu um lanche-convívio com a animação musical
de Joaquim Simões e dos grupo corais “A Cantar o Alentejo”, “Brisas do
Guadiana” e polifónico “Vozes da Moura”.
Passeio
Exposição
Prova de BTT
em Santana
Escultura
nas Oficinas
A Junta de Santana de Cambas
promove domingo, 29, o sétimo passeio de BTT pelos caminhos da freguesia. A iniciativa,
denominada “Trilhos do Contrabando”, tem partida agendada para as 8h00 no Monte do
Guiso e conta com os apoios do
Centro Cultural e Recreativo de
Picoitos e do Programa Leader
– Margem Esquerda do Guadiana, gerido pelo Associação
Rota do Guadiana. O passeio
de BTT “Trilhos do Contrabando” surge na sequência de
um trabalho mais vasto que a
Junta de Freguesia tem vindo
a desenvolver em torno desta
prática ancestral em territórios
fronteiriços, aliando “a actividade física à cultural”.
O novo espaço Oficinas – Formação e Animação Cultural,
em Aljustrel, recebe até 19 de
Agosto uma exposição de escultura e desenho da autoria
de Ricardo Manso. Licenciado
em escultura pela Faculdade de
Belas-Artes da Universidade de
Lisboa, Ricardo Manso lecciona actualmente a disciplina de
Artes Visuais numa escola pública. Na sua obra enquanto escultor, Ricardo Manso destacase pela utilização de materiais
tão diversos quanto a pedra,
a madeira ou o ferro, ao passo
que no desenho utiliza quase
sempre as cores preto e branco,
que entende como “a materialização do pensamento criativo
mais próximo da ideia”.
Publicação
Núcleo de Beja da REAPN
apresenta “Planície em Rede”
Já está disponível a edição de Julho do boletim electrónico “Planície
em Rede”, uma publicação da responsabilidade do Núcleo de Beja
da Rede Europeia Anti-Pobreza/ Portugal (REAPN). No número deste mês podem ler-se artigos sobre o recente congresso “Aldeias-Lar:
um futuro para o interior de Portugal” e outro sobre oportunidades
de financiamento e apoio às IPSS’s, além de um texto de opinião de
Ezequiel Ander Egg. O Ano Europeu de Igualdades de Oportunidades
para Todos é outros dos temas em destaque na “Planície em Rede” de
Julho.
Fundado em 2002, o Núcleo de Beja da REAPN tem vindo, ao longo
destes cinco anos, a implementar um conjunto de actividades com o
intuito de “contribuir para informar e capacitar os recursos técnicos
e institucionais com intervenção na região”. De referir que a REAPN é
uma organização não governamental, que desenvolve a sua actividade no âmbito da luta contra a pobreza e exclusão social em Portugal,
privilegiando como eixos de acção a realização de iniciativas de informação, formação e investigação.
05
REGIÃO BAIXO ALENTEJO
Carpe Diem
Saúde. Medidas do Governo ainda não foram concretizadas totalmente na região
Alentejo sem novas
ambulâncias do INEM
Falta de profissionais leva o INEM a atrasar a
colocação de quatro novas viaturas de suporte
imediato de vida na região.
Criação de novos Serviços de Urgência Básica
em Odemira, Moura, Serpa e Castro Verde também atrasada devido à falta de médicos.
O reforço dos cuidados de saúde de
urgência no Alentejo está atrasado
e só uma das quatro ambulâncias
de suporte imediato de vida (SIV)
prometidas pelo Governo para o
primeiro semestre deste ano está a
funcionar em Odemira.
No final de Janeiro, o ministro da Saúde, Correia de Campos,
anunciou um reforço dos meios do
Serviço Nacional de Saúde (SNS)
no Alentejo, após a morte de dois
homens em Odemira, no espaço
de 15 dias, em que as operações de
socorro se prolongaram por várias
horas.
Além de duas viaturas médicas de emergência e reanimação
(VMER) para Évora e Portalegre,
que já estão a funcionar, o reforço
então anunciado previa a instalação, ao longo do primeiro semestre
deste ano, de quatro ambulâncias
SIV em Odemira e Moura (Beja), Elvas (Portalegre) e Estremoz (Évora).
No entanto, um mês após o fim
do prazo previsto, apenas a ambulância SIV prevista para Odemira
está a funcionar, desde 16 de Julho,
junto do Centro de Saúde local.
Contactado pela Agência Lusa,
Pedro Coelho dos Santos, do gabinete de comunicação do Instituto
Nacional de Emergência Médica
(INEM), justificou o atraso na instalação com a necessidade de se
contratarem profissionais para
operar as ambulâncias.
Neste sentindo, explicou, o
INEM já lançou um concurso para
seleccionar e formar 50 operacionais, entre enfermeiros e condutores, que irão operar as restantes
três ambulâncias SIV que deverão
ser instaladas “até ao final deste
ano” em Moura, Elvas e Estremoz.
Outra das medidas anunciadas
no final de Janeiro por Correia de
Campos previa a criação, “desde
já”, de quatro serviços de urgência
básica (SUB) no distrito de Beja,
nomeadamente em Odemira, Castro Verde, Moura e Serpa.
Seis meses após o anúncio, apenas o SUB de Odemira está a funcionar, desde 1 de Julho, estando a
criação dos restantes três prevista
“até 2008”, segundo disse à Lusa
Conceição Margalha, da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA).
De acordo com a responsável, o
SUB de Odemira, no Litoral Alentejano, foi o primeiro a ser criado por
se tratar do concelho que está mais
longe de Beja, onde está sedeado
o hospital, e por se tratar de uma
zona balnear onde a população
quase duplica no Verão.
“Os restantes SUB ainda não
foram criados, sobretudo devido à
falta de médicos”, justificou Conceição Margalha, acrescentando
que os actuais Serviços de Atendimento Permanente “já começaram a ser reconvertidos em SUB
e alguns até já dispõem de alguns
equipamentos, como os de radiologia simples”.
As ambulâncias SIV, tripuladas
por uma equipa composta por um
médico, um enfermeiro e um técnico de emergência médica, estão
equipadas com material médico
necessário ao suporte imediato de
vida.
Só Odemira recebeu a ambulância SIV
Estas viaturas actuam no socorro pré-hospitalar de vítimas
de acidentes ou de doença súbita,
apoiando os SUB e transferindo
doentes críticos para os hospitais.
O SUB, o primeiro nível de acolhimento a situações de urgência e
que irá cobrir concelhos com mais
de 40 mil habitantes, vão ser criados
a partir da reconversão dos actuais
Serviços de Atendimento Permanente de alguns centros de saúde.
A funcionar 24 horas por dia, os
SUB vão dispor de equipas compostas por dois médicos e dois en-
fermeiros em permanência, técnicos de diagnóstico e de terapêutica
e auxiliares de acção médica, além
de equipamento para assegurar
evacuações aéreas.
No que diz respeito ao equipamento médico, os SUB dispõem de
material para assegurar o transporte de traumatizados por via aérea,
de oximetria de pulso, monitor com
desfibrilhador automático, electrocardiógrafo, condições e material
para pequena cirurgia e radiologia
simples (esqueleto, tórax e abdómen).
Política. Deputado do PCP analisa trabalho feito no Parlamento
Soeiro apresenta saldo positivo
O deputado do PCP eleito por Beja,
José Soeiro, faz um balanço positivo daquilo que foi a sua actividade
na Assembleia da República (AR)
durante o segundo ano legislativo. As conclusões de Soeiro foram
apresentadas em conferência de
imprensa, realizada na quarta-feira,
25, numa sessão que teve o Governo
de José Sócrates como principal alvo
de críticas.
“Portugal continua a divergir
dos principais parceiros europeus.
As assimetrias internas persistem e
aprofundam-se cada vez mais. O PS
discursa à esquerda mas continua
a governar à direita”, sublinhou na
ocasião José Soeiro, referindo que, a
exemplo da anterior sessão legislativa, o Governo continua a adoptar
uma “política contrária aos interesses
da generalidade” dos portugueses.
No centro das críticas do deputado comunista estão os “cortes cegos
da despesa pública”, os salários e carreiras “congelados” na administração
pública ou aquilo que considera ser a
“antecâmara do maior despedimento colectivo de que há memória”, que
é o programa de mobilidade especial
criado pelo Governo socialista.
Tudo isto são medidas, no entendimento de José Soeiro, que poderiam não ir avante se o PCP dispusesse de “um maior número de
deputados”. Ainda assim, o eleito
comunista não deixou de sublinhar
as propostas de solução alternativas
apresentadas pelo grupo parlamentar do PCP, através de 420 intervenções em plenário, 27 novos projectos
de lei e 28 novos projectos de resolução.
A estes números, José Soeiro
acrescenta ainda os 700 requerimentos apresentados na AR pelos
comunistas, 98 dos quais da autoria
do próprio. “Mantive uma relação
de proximidade com todas as instituições representativas do distrito,
acompanhei com regularidade o
desenvolvimento dos trabalhos associados aos grandes projectos do
distrito e da região, promovi visitas e
sexta-feira
2007.07.27
reuniões de trabalho nos concelhos,
levei à AR todas as questões que me
foram sendo colocadas no decorrer
desta segunda sessão e acompanhei
os problemas que transitaram da
primeira”, elencou.
O tom crítico do balanço de José
Soeiro apenas foi quebrado no fim,
quando o deputado do PCP assinalou com satisfação a vitória do “sim”
no referendo sobre a despenalização
do aborto.
“Foi uma vitória do bom senso,
uma vitória sobre o flagelo do aborto clandestino que a todos envergonhava, um importante passo na afirmação da liberdade da mulher na
sociedade portuguesa”, concluiu.
Semana
Cultural
na Cabeça
Gorda
A aldeia da Cabeça Gorda está
em festa com a terceira edição
da Semana Cultural. A iniciativa
arranca este domingo, 29, e prolonga-se até 4 de Agosto, numa
organização da Associação de
Jovens Carpe Diem na Aldeia, sedeada na Cabeça Gorda.
A inauguração, às 16h00, da
exposição fotográfica da terceira
maratona fotográfica “Património Natural” assinala o arranque da Semana Cultural, que
continua durante a tarde com a
actuação dos ranchos folclóricos
da Lagoínha e “Alma Alentejana”.
Mais à noite, a partir das 22h00, o
grupo de teatro Jódicus vai apresentar a peça “A farsa do Mestre
Pathelin”.
Na segunda-feira, 30, será
exibido, na praça Magalhães de
Lima, o filme “O Pirata das Caraíbas II” (22h00), enquanto que na
quarta-feira, 1 de Agosto, a noite
vai ser de animação no mesmo
local com uma sessão de contos
pela poetisa popular Rosa Helena, a que se segue a actuação do
artista Leo Cartouche, que apresentará o espectáculo “Na Cara”.
Quinta-feira, 2 de Agosto, a
noite é de música com Filipe
Narciso e o projecto Vollant. Na
sexta-feira, 3 de Agosto, a noite
será preenchida com um baile
popular pela artista Filomena
Raposo, com início agendado
para as 22h00.
A Semana Cultural da Associação Carpe Diem na Aldeia termina no sábado, 4 de Agosto, com
um passeio pedestre ecológico
na mata (8h00) e uma prova de
paintball (10h00). Durante a tarde, a partir das 15h00, terá lugar
um torneio de sueca na Casa do
Povo e uma hora depois está programada uma acção de rastreio à
diabetes e tensão arterial na sede
da Associação Carpe Diem.
Mais ao fim da tarde, pelas
19h00, decorrerá um workshop
de graffitis na Escola de Cima,
enquanto que de noite, a partir
das 22h00, a música “toma conta” da praça Magalhães de Lima
pela mão do rapper Mauro, dos
Geb One e dos Núcleo. A fechar
os concertos, terá lugar um baile popular com o artista Manuel
Mendes.
Paralelamente à programação da Semana Cultural, que
terá sempre entradas gratuitas,
a Associação Carpe Diem promove diversas actividades de rua
e mais duas exposições, uma da
autoria dos utentes da Cercibeja
e outra alusiva aos veteranos do
emblema local, o popular Ferrobico.
ANUNCIE NO
“CORREIO ALENTEJO”
284 329 400
sexta-feira
2007.07.27
06
RETRATO 7 DIAS
RESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA
FRASE DA SEMANA
“
Sabemos que por tradição, as equipas do Baixo Alentejo sentem
dificuldades na 3ª divisão nacional. Mas queremos, de uma vez
por todas, assumir o estatuto de 3ª divisão nacional.
Nelson Brito | Presidente do Mineiro Aljustrelense
RECORTES FRASES FEITAS
CORREIO AZUL
editor do CORREIO ALENTEJO*
À beira da extinção
CARLOS PINTO*
O
s resultados das candidaturas ditas “independentes” nas recentes eleições intercalares para a Câmara de Lisboa colocaram
na ordem do dia um debate que há muito
consome politólogos e outros especialistas. Isto porque grande parte destes viram nas “semi-vitórias” de
Carmona e Roseta o exemplo prático da sua tese, na
qual constatam a perda de capacidade de influência e, sobretudo, de mobilização dos partidos políticos face a uma sociedade cada vez mais absorta e
alheada de convicções ideológicas. Um cenário catastrófico que prenuncia, na opinião destes opinion
makers, a morte dos partidos.
Sem querer estar a meter a foice em seara alheia
– porque isto do debate entre académicos tem muito
que se lhe diga –, parece-me que tal nunca sucederá.
Pelo contrário, entendo ser bem mais provável que
as candidaturas independentes não passem dum
fenómeno passageiro causado pelo círculo vicioso
dos partidos. Estes, apesar de tudo, terão dificuldades em deixar de integrar qualquer sociedade e comunidade. Necessitam apenas, a meu ver, de serem
reformados urgentemente. Em todos os sentidos.
Das ideias às pessoas.
s_21
SÁBADO
MINEIRO APRESENTA-SE
AOS SÓCIOS. Foi com sete
caras novas que o Mineiro
Aljustrelense deu a conhecer
a sua equipa para a nova
temporada, em que vai ser
o único representante do
Baixo Alentejo na 3ª divisão
nacional. Franscisco Fernandes mantém-se no cargo de
treinador, sendo coadjuvado
por Carlos Capeta.
d_22
“Acredito mais, que alguns dos
povos da Ibéria, não se deixando ‘globalizar’ por Saramago,
consigam atingir estatutos
avançados de autonomia e até
de independência, tais como os
catalães e os bascos, e mesmo
os galegos.”
“Nesta fábrica de triturar lideranças que é o PSD (com o PS a
cumprir parte do programa do
centro-direita) a vida torna-se
demasiadamente difícil. Não
creio que alguém consiga
romper esta lógica e realizar
uma espécie de quadratura do
círculo.”
Francisco do Ó Pacheco
Henrique Monteiro
in “Diário do Alentejo” 20.07.2007
“Os chineses são ainda muito
mais pobres que os americanos.
Mas como um todo estão a
cumprir a profecia de Napoleão: ‘Quando a China acordar,
o mundo tremerá.’”
DOMINGO
Leonídio Paulo Ferreira
SEGUNDA
Editorial
in “Expresso” 21.07.2007
in “Diário de Notícias” 22.07.2007
“PSD, CDS e PS são hoje
máquinas dominadas pelos
‘lobbies’ situacionistas, que
bloqueiam a entrada de
gente com ‘drive’ e ideias
novas. É esse o problema. Só
que isso não se resolve com
‘novos partidos’, mas com
uma reforma (profunda) das
regras de democracia interna
dos partidos.”
“Não vale a pena Lisboa
julgar ingenuamente que
manda no país inteiro, pois,
se Salazar teve o seu Macau
incómodo, Sócrates tem a
sua Madeira incómoda. Até
quando? Ora, até quando
quiser o dr. Jardim. Entretanto, façam o possível por não
chatear o homem!”
Sérgio de Andrade
Camilo Lourenço
in “Diário de Notícias” 23.07.2007
s_23
“A crise da direita não se
resolve com a criação de um ou
vários novos partidos. Resolve-se conseguindo unificar as
várias tendências num programa de governação no plano
económico e social, que seja
reconhecido pelo eleitorado
como alternativa clara, coerente e bem estruturada.”
in “Jornal de Notícias” 24.07.2007
in “Jornal de Negócios” 23.07.2007
t_24
TERÇA
q_25
QUARTA
FACECO TERMINA COM
BALANÇO POSITIVO. Terminou este domingo mais
uma edição da Faceco - Feira
das Actividades Económicas
do Concelho de Odemira.
O certame promovido pela
Câmara de Odemira e Junta
de Freguesia de São Teotónio
registou cerca de 35 mil visitantes e decorreu, mais uma
vez, sob o signo do sucesso.
TOMATE NA MESA. Arranca
hoje a primeira edição da
Semana Gastronómica do
Gaspacho e Tomatada. A iniciativa é promovida pela Região
de Turismo Planície Dourada
e congrega mais de quatro
dezenas de restaurantes do
Baixo Alentejo, que vão incluir
nas suas ementas pratos à base
de tomate, como gaspachos,
sopas de tomate ou lavadas.
SOEIRO QUER OBRAS NO
HOSPITAL DE BEJA. O deputado do PCP eleito por Beja. José
Soeiro, visitou o hospital de
Beja e reuniu com a administração do Centro Hospitalar
do Baixo Alentejo. No final do
encontro, Soeiro sublinhou a
necessidade da concretização
da segunda fase das obras de
remodelação daquela unidade
hospitalar.
MOURÃO APOIA MENEZES.
O presidente da Distrital de
Beja do PSD manifestou o seu
apoio a Luís Filipe Menezes, nas eleições directas do
partido laranja, considerando
que o autarca de Vila Nova
de Gaia é o “candidato em
melhores condições” para
conduzir os sociais-democratas a uma vitória nas eleições
legislativas de 2009.
“EXPRESSO”
“RECORD”
“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”
“JORNAL DE NOTÍCIAS”
“CORREIO DA MANHÔ
Alguns
centros
de saúde
vão poder
realizar
abortos a
pedido da
mulher,
através da
administração de fármacos. A
medida poderá ser posta
em prática “a partir de
Outubro ou Novembro”,
mas o director-geral da
Saúde, Francisco George,
não se compromete com
prazos.
A exibição
do paraguaio
Óscar Cardozo na Roménia, diante
do Cluj - em
jogo que
terminou empatado 2-2 -,
deixou todos os benfiquistas
com água na boca. O pontade-lança encarnado esteve
em grande destaque, ao
apontar um grande golo e a
revelar pormenores bastante
interessantes.
Além de ser
acusado de
pagar 20 mil
euros para
patrocinar o
livro de Carolina Salgado,
a irmã gémea
da ex-companheira de Pinto da Costa
garante que o presidente
do Benfica Luís Filipe Vieira
manipulou os depoimentos
de Carolina Salgado à justiça no âmbito do processo
“Apito Dourado”.
1773. Clemente XIV dissolve a Companhia de Jesus, por meio da bula
«Dominus ac Redemptor». Será
restaurada em 1814 por Pio VII.
1941. Invasão da União Soviética
pelo exército alemão, dando
início à «Operação Barbarossa».
1944. Nascimento da pianista Maria
João Pires.
1899. Nascimento do escritor Ernest
Hemingway (1899-1961) no
Illinois, Estados Unidos da
América. Foi prémio Nobel da
Literatura em 1954. Doente,
suicidou-se com um tiro em 2
de Julho de 1961.
1822. Nascimento de Gregor Mendel, pioneiro da genética.
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QUINTA
EDAB COM RESULTADOS
POSITIVOS. A ANA, a
TAP, os CTT e a Empresa
de Desenvolvimento do
Aeroporto de Beja (EDAB)
obtiveram no passado ano
de 2006 resultados operacionais de 343 milhões. Este
valor significa um acréscimo de 48% face aos 243
milhões de euros registados
em 2005.
QUIOSQUE DIA-A-DIA
Depois de um
fim-de-semana
inteiro sob fortes pressões dos
seus apoiantes, o autarca
de Gaia Luís
Filipe Menezes
anunciou que
será candidato à liderança
do PSD sob as condições
impostas pela direcção
de Marques Mendes. As
mesmas que contestou
vivamente no conselho
nacional.
Fernando
Charrua vai
pedir em
tribunal uma
indemnização
pelos prejuízos
que lhe causou o processo
disciplinar movido pela Direcção Regional
de Educação do Norte. A
decisão foi anunciada no
dia em que Maria de Lurdes
Rodrigues mandou arquivar
o inquérito movido contra
o professor.
“DIÁRIO ECONÓMICO”
O prazo para
pagamento
do Imposto
Municipal
sobre Veículos (IMV)
termina no
final do mês
de Julho
e até ao momento
foram efectuadas, pela
Internet, mais de 885
mil liquidações deste
imposto, mais de 98%
do total das liquidações
efectuadas.
NO MESMO DIA...
1942. Holocausto: começa a deportação sistemática dos judeus
do Gueto de Varsóvia.
1952. Oficiais do exército egípcio
lançam uma revolução que derrubará a monarquia, instituindo
uma república secular.
1976. Tomada de posse do I Governo
Constitucional de Portugal com
Mário Soares como Primeiroministro
1827. Saldanha, ministro da guerra,
demite-se provocando uma
manifestação nocturna, à
luz de archotes. O caso é
conhecido pelo nome de
“Archotadas”.
1885. Entrada em vigor do 2.º Acto
Adicional à Carta Constitucional, que tentava dar um
carácter mais democrático à
vida política portuguesa.
1139. Batalha de Ourique. D. Afonso
Henriques combate uma coligação de reis Mouros e vence-os.
O Exército português comemora
o seu dia nesta data.
1415. A armada destinada à conquista
de Ceuta sai de Lisboa.
1814. A primeira locomotiva a vapor
viável é construída por George
Stephenson.
1952. Eva Péron, mulher do
dirigente populista argentino
Péron, morre em Buenos
Aires na Argentina.
1953. “Movimento do 26 de
Julho”. Fidel Castro ataca o
palácio presidencial da Moncada em Santiago de Cuba,
tentando derrubar o ditador
Fulgêncio Baptista.
07
RETRATO 7 DIAS
NO
NEGATIVO TEMPO...
POSITIVO
Rui Nobre Gonçalves
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas veio ao terreno observar o novo impulso que Alqueva
trouxe à agricultura alentejana e, mais
importante, anunciar uma obra na barragem do Roxo que era esperada pelos
regantes locais há “apenas” 17 anos.
A FIGURAV
HOJE SEXTA.JULHO.2007
Carreira Marques
A gestão praticada por Carreira Marques
na Câmara de Beja entre os anos de 2000 e
2004 vai ser alvo de investigação por parte
do Ministério Público, por suspeitas de
“abuso de poder, favorecimento pessoal e
falsificação de documentos”. O caso promete dar que falar.
NÚMEROAI A
Jaime Vieira
Árbitro de hóquei em patins
A promoção ao estatuto de árbitro internacional de
hóquei em patins vem premiar o trabalho e dedicação
de um homem que nunca poupou esforços à causa da
arbitragem. Mas o feito de Jaime Vieira serve também
de exemplo àqueles “velhos do Restelo” que teimam
em afirmar que o que é do litoral é que é bom!
FOTO DA SEMANA
sexta-feira
2007.07.27
27
208º dia do ano no calendário gregoriano.
(209 em anos bissextos).
Faltam 157 dias para acabar o ano
CELEBRA-SEVAI A TEMPO...
25
S. Pantaleão
é o número de anos que o bejense José Luís Zambujeira leva
de ligação à festa brava. O cabo dos Forcados Amadores de
Cascais enfrenta “a morte” há um quarto de século e vai esta
sexta-feira, 27, ser justamente homenageado em Entradas, durante a VIII Corrida de Toiros à Portuguesa da Rádio Castrense.
CÂMARA MUNICIPAL DE SINES
PROVÉRBIOS TEMPO...
AGRÍCOLA/TEMPO
“Julho fresco, Inverno
chuvoso, estio perigoso.“
REIS DE PORTUGAL
Sines é
palco do
mundo
Arrancou no passado fim-de-semana mais uma edição do Festival Músicas do Mundo (FMM) de
Sines. Os portugueses Galandum
Galandaina, acompanhados
por um grupo de Pauliteiros
de Miranda (na foto), deram o
pontapé de saída da iniciativa
em Porto Côvo, mas os grandes
momentos estão reservados para
o cenário mágico do castelo de
Sines. Esta sexta-feira, 27, actuam
os brasileiros Hamilton de Holanda Quinteto, os norte-americanos World Saxophone Quartet
Political Blues e o argelino Rachid
Taha. No sábado, 28, será a vez
de subirem ao palco Erika Stucky
& Roots of Communication (Suíça), K’Naan (Somália/ Canadá) e
Gogol Bordello (EUA/ Ucrânia).
o nome da nossa terra
D. FERNANDO I
O Formoso, o Inconstante - 1345 - 1383.
Nascido em Coimbra, D. Fernando I
foi o nono Rei de Portugal. Recebeu
os cognomes de o Formoso, pela
gentileza de traços e de carácter,
e o Inconstante por ser liberal em
demasia. Herda um reino estável
mas envolve-se na crise de sucessão
do país vizinho. Derrotado por Henrique II, assina o Tratado de Alcoutim
comprometendo-se a casar com a
filha do Rei Castelhano. Infringe
o tratado casando com D. Leonor
Teles. Apesar da desastrosa política
externa, D. Fernando construiu castelos, desenvolveu a agricultura com a
Lei das Sesmarias e a Marinha com a
Companhia das Naus. Morre aos 48
anos e o país entra numa crise que
resulta no fim da 1ª Dinastia.
PÁSSAROS DA PLANÍCIE
Garvão
Terra de agricultura e gado
Situada no coração do concelho de Ourique, Garvão é uma povoação muito antiga, com ocupação permanente há mais de quatro milénios, que deve a sua origem à ordem de São Tiago. De acordo com algumas investigações, julga-se que o
seu nome original é Aranni, denominação atribuída na época romana. Contudo,
é quase certo que a localidade começou a ser habitada ainda durante a Idade do
Ferro, tendo em conta os vestígios arqueológicos existentes no Forte, na Rua do
Castelo e em muitos outros sítios da freguesia.
Com a chegada dos àrabes à Península Ibérica, a localidade começou a ser
chamada de Garabon, que significa corvo, e daí descende a actual denominação de Garvão. Depois de conquistada pelo exército português, Garvão viu o rei
D. Manuel I reformar-lhe o foral a 1 de Junho de 1512, dando-lhe novos e maiores
privilégios, tendo como brasão de armas um escudo com uma árvore verde em
fundo de prata, com duas cruzes de púrpura de São Tiago na sua parte superior.
Situada em terreno muito fértil, Garvão está intimamente ligada à agricultura,
através da produção de cereais, legumes e frutas, além da intensa criação de gado
suíno ou das típicas vacas garvanesas. O gado está, aliás, na origem da Feira de
Garvão, sempre a 9 e 10 de Maio, outrora considerada a maior realização do Sul
do país, dado o volume de transacções que se realizavam no âmbito agrícola,
mas sobretudo pecuário.
Calhandra-real
Calandra Lark
A Calhandra-real pode ser observada
durante todo o ano em zonas abertas
e secas, fácil de se identificar pela
mancha preta no pescoço, o seu canto
é muito melodioso, e pode imitar o
canto de muitas outras espécies. Na
ZPE de Castro Verde, a última estimativa indica uma população, superior
a 8.500 indivíduos maturos, 10.000
em Portugal. No Inverno é usual ser
observada em grandes bandos.
Fonte: Liga para Protecção da Natureza.
sexta-feira
2007.07.27
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ANÁLISES & OPINIÃO
EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA
ponto cardeal
médico*
Perceber
o futuro
O
alerta foi feito pelo presidente da Região de Turismo Planície Dourada:
os jovens têm preconceitos em ser empregados de mesa!
A constatação é óbvia e verdadeira.
Além de trabalhosa, essa missão
de servir os outros é erradamente
encarada como uma tarefa menor.
EDITORIAL
Sucede que, hoje, com o turismo
a afirmar-se como sector de excelência na nossa região, cada vez ANTÓNIO JOSÉ BRITO
mais são necessárias pessoas com
elevado grau de qualificação. Ora Cada vez mais, a nossa
isto implica, da parte dos empregadores, a prática de remunera- região vai assentar a
ções adequadas e acima da média. sua dinâmica econóNeste contexto, a que se associa
uma crescente dificuldade de mui- mica no turismo e,
tos jovens de entrar no mercado de portanto, é nessa área
trabalho, parece inconcebível que
que farão falta profishaja tanta relutância em aceitar
estudar e assumir uma carreira no sionais qualificados,
sector da restauração.
conhecedores e comEstamos perante um problema
de mentalidades, que demorará petentes.
tempo a ser resolvido. Mas é bom
que as pessoas comecem a atalhar
esse tempo e a perceber o futuro.
Porque, cada vez mais, a nossa região vai assentar a sua dinâmica
económica no turismo e, portanto,
é nessa área que farão falta profissionais qualificados, conhecedores e competentes. Caso contrário, a região será obrigada a “importar” mão-de-obra, enquanto os seus jovens ficarão pacatamente à
espera de um emprego num escritório ou “à mesa” de uma entidade
pública.
PSD. Marques Mendes faz bem em querer uma clarificação no
PSD. E essa clarificação será tanto melhor porque, pela primeira vez,
o partido vai votar em eleições directas, escolhendo o seu líder num
exercício pleno de democracia. Não é líquido que Mendes arrecade
a vitória, porque Luís Filipe Menezes está a mobilizar muita gente e
será sempre um adversário muito forte. Daí que, neste novo contexto, o partido laranja só tem a ganhar. Primeiro porque dá novo alento à liderança, seja ela qual for. Segundo porque clarifica totalmente
a sua força e credibilidade interna. Terceiro porque, com um novo
impulso, fará uma oposição mais acutilante e isso obrigará Sócrates
a governar melhor.
RUI SOUSA SANTOS*
A
s autárquicas intercalares de Lisboa são um
tema incontornável. Por aquilo que não foram,
por aquilo que provocaram, por aquilo que vão
condicionar. Porque são o espelho de algumas
incapacidades, políticas e de cidadania. Porque os seus
resultados são uma excelente bofetada nalgumas harpias
da pretensa sabedoria popular.
Dizer-se que as autárquicas de Lisboa demonstram,
com os 62,5% de abstenção, que as pessoas, o cidadão
comum, estão descrentes do sistema democrático é
uma falácia. Uma falácia perigosa e um insulto aos
37,5% de eleitores que foram votar. Que os eleitores não
se sentissem muito interessados nestas eleições, é uma
coisa. Que todo o processo nasceu torto e nunca se endireitou, é outro dado indiscutível. Que a abstenção é, ela
própria, uma forma de manifestação do voto, também.
Que as eleições coincidiram com um dia em que uma
minoria significativa de eleitores saiu para ou chegou de
férias, ainda. Que há gente preguiçosa e comodista, um
dado mais. Mas não chega, para dizer que há descrença
na democracia. Dizer isso só interessa mesmo a quem
não crê na democracia. Ou a quem a democracia não
interessa mesmo.
Mas podem dizer-se, sem risco, outras coisas. Pode
dizer-se que na génese destas eleições está uma demonstração da mais absoluta incapacidade de planeamento
estratégico político de que há memória. Que o dr. Marques Mendes se enrolou em si próprio de tal maneira,
que deu um nó cego impossível de desatar. Que, ao armar em grande justiceiro (ainda que com uma – hoje é
perceptível o perigo que encerra – suposta dimensão
ética), abriu caminho em candidaturas pretensamente
independentes de puro revanchismo, começando nesse
momento a libertar o monstro autofágico social-democrata que ataca periodicamente. Que, face aos resultados
calamitosos, não teve outro caminho senão a fuga para a
frente. E que, ao fugir para a frente de qualquer maneira,
desbaratou um dos poucos trunfos que tinha: o de poder
evitar chapeladas eleitorais internas nas directas, conhecidas por sociais-democratas e não sociais-democratas.
Pelo menos aqui na zona. Vai imolar-se só. E é pena, há
quem o merecesse bastante mais.
Outra coisa que se pode dizer: somos um povo que
ainda é presa fácil do populismo. Seja ele de direita ou de
esquerda. E isto é sinal de falta de maturidade cívica. Terá
a ver com o estado a que chegou a educação em Portugal? Terá a ver com essa pecha do chico-espertismo, tão
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portuguesa, com essa capacidade de admirar quem é
capaz de fazer as trampolinices que o português comum
adoraria poder fazer mas tem vergonha de confessar?
Será que o Wilhelm Reich tinha razão, quando falava da
psicologia de massas do fascismo? Qual o fascínio que
leva aos resultados de Carmona e de Roseta? A identificação com as “vítimas”, numa síndroma de Estocolmo
ao contrário? O seu carácter forçado de outsiders, que só
o são porque perceberam que era essa a única maneira de desenvolverem um projecto pessoal, indo contra
o mainstream das forças políticas que, de um ou outro
modo, integraram?
Uma outra coisa a dizer: António Costa ganhou. Em
aparente contraciclo, ainda por cima. E num momento
em que se desenvolve uma hipócrita e canalha campanha sobre uma pretensa estratégia de controlo das
opiniões, em que se agitam fantasmas orwellianos de
retrocessos a um 1984 que não o de há 23 anos. Hipócrita e canalha por razões diversas: porque quem grita
não o fez quando devia, porque quem grita o faz para
desviar atenções da maneira como gere a manipulação
das opiniões, que existe, sim, mas não onde a apontam.
Mas António Costa ganhou, o PS ganhou, por muito que
isso doa a alguns. E apesar de algumas asneiras e múltiplas desatenções de um Governo que, de quando em
vez, faz algumas coisas de esquerda. Quando pode, provavelmente.
Uma última coisa possível de dizer sobre as eleições
em Lisboa, para além do ocaso de Portas: a falta de vergonha do PCP e do seu secretário-geral Jerónimo de
Sousa. Num acesso de, não encontro outra explicação,
amaurose por hiperortodoxia, com laivos de inconsciência política, afirmou o sr. Sousa que os resultados
eleitorais eram uma derrota para o Governo de direita
do Partido Socialista e uma vitória para as forças comunistas. Que o PCP é como as selecções nacionais de há
umas dezenas de anos atrás, todos o sabemos: as vitórias
morais são mais que muitas. Mas que ninguém veja ou
queira ver a realidade, quando os resultados mostram
uma descida de 2% face a 2005, mostram que Ruben de
Carvalho ficou atrás de Roseta, com menos de 10% dos
votos, e mostram que o PCP é totalmente incapaz de capitalizar o descontentamento que não se cansa de apregoar, é que espanta. Ou talvez não, porque, se calhar, a
Zita Seabra tem razão nalgumas das coisas que escreveu
nas suas memórias. Se calhar Foi Assim e ninguém lhes
disse.
opinião
presidente da Câmara Municipal de Cuba*
FRANCISCO ORELHA*
Jornal regional semanário editado em Beja
Para onde vais,
rio que eu canto?
E
Cuba: cidade dentro de 10 anos
u quero, você quer e todos queremos, portanto vamos acreditar que é possível. Ainda que habitualmente digamos que mais vale uma boa vila do que
uma má cidade, as circunstâncias e a realidade de
Cuba são, hoje, felizmente para todos nós, bem diferentes
do que eram no passado.
A localização estratégica do nosso concelho face ao
avanço de três projectos estruturantes para o Alentejo,
como seja a construção do aeroporto de Beja a apenas 7
quilómetros de Cuba, o projecto de fins múltiplos do Alqueva, irrigando 6000 hectares. do nosso concelho, a remodelação da ferrovia convencional a passar por Cuba e
a construção da linha de alta velocidade, são com certeza
factores determinantes para o desenvolvimento do nosso
concelho. A par destes projectos, existem dois documentos que são instrumentos extremamente importantes na
planificação e ordenamento do concelho. Por um lado o
plano de urbanização, cuja aprovação está para breve, aumentando a área de expansão urbana e empresarial, por
outro, o plano director municipal, que se encontra já em
fase adiantada de revisão, e que muito contribuirá para a
criação de condições muito favoráveis e apetecíveis para
quem aqui quiser investir.
As infra-estruturas consideradas básicas e essenciais
já existem, o que nos resta é ter uma visão alargada a 10
anos e pensar no futuro, aproveitando da melhor forma
todas as oportunidades que se nos apresentem. É preciso acreditar e trabalhar muito para agarrar o futuro! E
todos somos necessários - os naturais residentes, não
residentes, ou todos aqueles que têm procurado o nosso
concelho para aqui viver! Bem-vindos a todos! Precisamos de mais pessoas a querer viver no nosso concelho!
Temos de ser ambiciosos quando se trata de conseguir o melhor para a nossa terra!
Eu aguardo com serenidade que aquilo que, por ora,
ainda é ficção, se torne, um dia, realidade.
O concelho de Cuba está no caminho do futuro!
“Aquilo que pensamos ou em que acreditamos, no final,
tem pouca importância. A única coisa que realmente tem
importância é o que fazemos”.
John Ruskin
09
ANÁLISES & OPINIÃO
crónica da cidade
sul suave
investigador*
*jornalista
Estado homicida
e partidos moribundos
ANTÓNIO REVEZ*
A
comunicação social deu a conhecer
um relatório oficial onde se refere
que os portugueses esperam, em
média, três meses e meio por uma
cirurgia a tumores malignos, sendo que em
alguns hospitais, nomeadamente no Algarve, o tempo de espera chega quase aos sete
meses. No Alentejo, quem padeça de cancro
espera, em média, mais de quatro meses por
uma operação. Estes dados mostram-se tanto
mais escandalosos quando comparados com
os padrões internacionais, onde o tempo de
espera que é clinicamente aceitável para operar neoplasias malignas não deve ultrapassar
os 14 dias.
Na minha opinião, os dados deste relatório revelam muito simplesmente que temos
um Estado homicida, um Estado que facilita
a morte de milhares de doentes oncológicos.
Quantas pessoas podiam ter sido salvas, e
quantas pessoas podiam ter tido a sua saúde
radicalmente melhorada, e, desta forma, aumentada a sua esperança média de vida, se em
vez de esperarem quatro, cinco ou seis meses
por uma cirurgia, tivessem sido operadas no
prazo de duas semanas?
Que espécie de Estado de direito é este que
fecha os olhos ou encolhe os ombros face ao
sofrimento e à urgência de quem pode ter a
vida decidida a “curto prazo”, como é o caso
em muitos cancros malignos de agravamento
galopante?
Que espécie de Governo socialista é este
que anda há anos a tentar tirar à sorte onde
vai gastar largos milhões de euros, entre candidatos a aeroportos e TGV´s, entre mais milhar ou menos milhar de adjuntos e assessores,
entre mais milhão ou menos milhão de lucro
especulativo e parasita consentido a financeiras e bancos, e deixa milhares de portugueses
doentes e pobres abandonados ao inferno de
acreditarem que por um milagre podem ser
operados prá semana, quando sabem que só
o podem ser daqui a uns quantos meses, se é
que chegam até lá…
Sim, portugueses pobres, porque os portugueses com cancro, mas com possibilidades
económicas, recorrem a bons hospitais ou clínicas privadas, em Portugal ou no estrangeiro.
“
Seria pertinente equacionar até que ponto não
se justificaria uma mobilização cívica e política, o mais possível independente dos partidos, em cidades como Beja. [...]
E quando ouvimos um médico dizer a um
paciente com cancro que a operação não vale
a pena, talvez agora se perceba melhor porquê… Porque, em muitos casos, à data marcada para a operação já não haveria vida nenhuma para operar…
2.
Os resultados surpreendentes obtidos
pelas listas de candidatura independentes nas eleições intercalares para a
câmara de Lisboa, ao que se pode somar o score eleitoral conseguido por Manuel Alegre nas
últimas presidenciais, e o punhado de vitórias
de listas independentes nas últimas autárquicas, configuram uma tendência política, cívica
e eleitoral que suscita múltiplas leituras, e nem
sempre convergentes.
Um dos sentidos possíveis da análise deste fenómeno relativamente recente da nossa
democracia política, nascido com o fim do
monopólio da representação que estava nas
mãos dos partidos, é o que consagra a crise dos
partidos; crise que se desdobra noutras crises
associadas entre si: crise de identificação, crise
de expressão eleitoral, crise orgânica e política,
crise de legitimidade.
De identificação, porque é cada vez maior
o número de cidadãos que não se revêem ou
deixam de rever-se no estilo de intervenção
e forma de organização dos partidos, acentuando-se também uma crise de filiação. De
expressão eleitoral porque os partidos são
ultrapassados em muitos casos por candidaturas independentes. Crise orgânica e política
porque os desaires eleitorais e o aumento da
abstenção obriga a constantes insurreições internas e radicaliza a luta pelo poder no interior
dos partidos. Crise de legitimidade porque, em
consequência de tudo o que se disse, os par-
tidos tornam-se irremediavelmente entidades
opacas, incapazes e desajustadas.
Uma outra perspectiva de análise prefere
avaliar a criação, afirmação e sucesso eleitoral de listas independentes, mais como uma
capacidade de mobilização dos cidadãos independentes, desfiliados ou partidariamente
desencantados, no sentido de se constituírem
como uma alternativa plausível face ao controlo aparelhístico das candidaturas, do que
como um aproveitamento oportunista da sangria generalizada aberta no seio dos partidos, a
braços com o descrédito, o clientelismo feroz,
e competitividade interna desenfreada.
Ainda é possível uma terceira leitura: a que
enfatiza a progressiva personalização das candidaturas e a importância da sua visibilidade e
exposição mediática. De acordo com este quadro analítico, os independentes não sustentam
a sua angariação eleitoral com base numa diferença política substancial que decorra da sua
condição de independentes, mas pelo facto de
granjearem uma especial notoriedade pública e social, o que reforça o capital de simpatia
potencial e se repercute eleitoralmente, com
resultados mais satisfatórios dos que se obtêm
quer através do envolvimento das máquinas
partidárias, quer pela incomensuravelmente
maior disponibilidade de recursos humanos
e materiais proveniente das estruturas partidárias.
E agora que estamos a meio do mandato
autárquico, seria pertinente equacionar até
que ponto não se justificaria uma mobilização
cívica e política, o mais possível independente
dos partidos, em cidades como Beja, de modo
a corporizar um movimento capaz de ser um
futuro protagonista da mudança e da alternativa.
opinião
professor do ensino superior*
HUGO LANÇA SILVA*
Q
uando no seu discurso inaugural
o primeiro-ministro José Sócrates
defendeu a diminuição das férias
judiciais o país aplaudiu! Estava
descoberta a fórmula contra o marasmo judicial: colocar os juízes a trabalhar e acabar
com a obscenidade dos dois meses de férias. Mais. Finalmente um acto de coragem,
uma manifestação de força contra os juízes.
Obviamente que o povo gosta!
Sejamos honestos: o português médio
não gosta de juízes. Parece que ganham
muito, têm imenso poder, não trabalham
demasiado e têm imensas mordomias. Não
se percebe bem quais, mas se todos dizem
que sim, porque duvidar?
Sempre me pareceu um dislate, no que
concerne à eficácia judicial, mas compreendi a decisão política do primeiro-ministro;
como é aceitável o regozijo do português
médio, sobretudo depois da forma obtusa
e incoerente como as entidades que representam os juízes reagiram, reclamando o
Férias Judiciais
estatudo de órgão de Estado, mas comportando-se como funcionários públicos!
O que jamais compreendi foram os sorrisos dos advogados. Por vezes gostamos
que o tempo faça esquecer, mas a memória
é uma qualidade deliciosa. Aconteceu o que
não apenas era expectável, mas óbvio!
A esmagadora maioria dos juízes não
mudou os seus hábitos de férias! Continuam a ter férias quando tinham, os que
em finais de Julho e Agosto trabalhavam
em casa ou nos tribunais continuam fazêlo. Os que o não faziam, não começaram a
fazê-lo…
A realidade é que tudo ficou igual na Justiça, excepto para os advogados, porquanto
os prazos que terminavam em 15 de Julho
continuam a correr por todo o mês, encurralando os advogados para férias exclusivas
em Agosto, com igual prejuízo para o cidadão!
Para os que discordam desta análise, fica
o convite para passearem pelos tribunais
deste nosso país (ou será país) e ouvirem o
ensurdecedor ruído de férias, que desde 15
de Julho habita nos Palácios de Justiça.
Quiçá seja injusto dizer que tudo ficou
na mesma! Se pretendermos uma análise
mais profunda, podemos alcançar duas
pertinentes conclusões: os juízes demonstraram que continuam a ser uma classe
com muito poder, embora com profundas
carências em dialogar com a opinião pública, impotentes para conseguirem explicar
algumas das suas legítimas queixas; por
outro lado, a urgente reforma judicial não
se faz com medidas avulsas, remédios milagrosos, nem num espírito de guerrilha contra os operadores judiciais!
PS 1 – na última crónica escrevi sobre a situação dos Notários; a posição dos mesmos
em recusarem autentificação de documentos por Advogados, ajude a perceber onde
chegou esta caricata situação…
PS 2 – por falar em férias judiciais, esta coluna regressa com o novo ano judicial!
sexta-feira
2007.07.27
SANDRA SERRA*
Julho a sul
do Tejo
A poucos dias da entrada na silly season, do
“meu querido mês de Agosto”, dos bailaricos
com as Kátias e sua banda (em CD afinado), da queima do sovaco em Monte Gordo,
passemos revista a algumas das actividades
culturais que aconteceram durante o mês
de Julho a sul do Tejo, para depois podermos descansar da cultura durante um mês e
acolhermos convenientemente os nossos irmãos emigrantes em regresso estival às suas
aldeias.
A sul do Tejo (essa faixa do território português que se estende pelo deserto desde Almada até Odemira, pelo Litoral, entrando depois
no oásis allgarvio), o mês de Julho é profícuo
em actividades culturais (ou serão as actividades convenientemente apelidadas de culturais? Wherever!). Em Almada, o 24.º Festival
Internacional de Teatro com o nome da cidade decorreu de 4 a 18, levando a vários locais
da cidade do Cristo Rei, e alargando-se até à
outra margem, 23 espectáculos de teatro, 11
dos quais de companhias estrangeiras, seminários, exposições, workshops. A 24.ª edição
do festival, que este ano homenageou Carmen
Dolores, teve ainda o mérito de proporcionar
a primeira edição em papel da “OBSCENA”
(www.revistaobscena.com) ao quinto número
da revista de artes perfomativas.
Em Sines, o “festival como não há outro”
iluminou Sines e Porto Covo entre os dias 20
e 28. Na sua 9.ª edição, o Festival de Músicas
do Mundo (FMM) apresentou 33 concertos
de artistas dos cinco continentes. A meio do
deserto banhado pelo mar, a Câmara Municipal de Sines está de parabéns pelo evento
que, ano após ano, tem vindo a angariar mais
apoios e mais visitantes.
Em Serpa, rigth in the middle of the desert,
o mês de Julho recebeu a 8.ª edição do Festival Noites na Nora, entre 6 e 28. Sem comparação com a estrutura logística e orçamental
do Festival de Teatro Internacional de Almada ou do FMM, as Noites na Nora trouxeram
a Serpa (é daqui que escrevo, por isso o verbo) 18 espectáculos entre o teatro, a música,
a dança e as artes performativas, uma residência artística e dois workshops de dança.
Já no sul, no oásis que é Tavira (e é que é
mesmo) a terceira edição do Cenas na Rua
– Festival de Teatro e Artes de Rua de Tavira,
decorreu de 1 a 15 de Julho, com várias estreias nacionais, levando até à Praça da República, Convento do Carmo e Largo da Galeria, 20 mil espectadores este ano.
Julho foi assim (e mais) a sul do Tejo, um
mês repleto de actividades culturais e, inclusivamente, de preparação para incremento
das mesmas, com a apresentação de uma
proposta, por parte da Ambaal, para criação
de uma Rede Cultural como forma de divulgação das Artes e Actividades Culturais do
Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, interna e
externamente.
A sul do Tejo, onde o dinamismo é tido
como smooth, as actividades culturais parecem ser aquelas que conseguem de alguma
forma ir remando contra a maré da inoperância e da lentidão com que “o” Desenvolvimento teima a chegar.
“Meu querido mês de Agosto”, façamos
um pause nas actividades culturais que se
isto continua a este ritmo corremos o risco
de nos balizarem como “deserto demarcado
das actividades culturais”. Vamos agora queimar o sovaco para Monte Gordo. Aufiderzin
cultura. Hello ondas do mar, que aqui no deserto “tá” um calor que não se pode.
sexta-feira
2007.07.27
10
284 329 400 PUBLICIDADE
Correio Alentejo nº 69 de 27/07/2007 Única Publicação
VIATURAS USADAS PARA VENDA
CAMPANHA DE FÉRIAS
DE VERÃO
até 30 de Agosto de 2007
CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJO
ANÚNCIO DE CONCURSO
Obras
6
Fornecimentos
Serviços
O concurso está abrangido pelo Acordo sobre Contratos Públicos (ACP)?
NÃO 6
SIM
SECÇÃO I: ENTIDADE ADJUDICANTE
I.1) DESIGNAÇÃO E ENDEREÇO OFICIAIS DA ENTIDADE ADJUDICANTE
Mazda BT50 Free-Style 4x4 Sport 3L ....................................(Demo) 01/2007
Mazda BT50 Free-Style 4x4 Sport 3L ....................................(Demo) 01/2007
Mazda 3 HB Active Wagon MZ-CD 1.6 Exclusive - 2L .........(Demo) 12/2006
Mazda B2500 Cab. Dupla 4X4 c/ AC - Cx. Metálica ............................10/2006
Mazda B2500 Cab. Dupla 4x4 c/ AC - Cx. Metálica.............................10/2006
Mazda 6SW MZR-CD 2.0 Sport c/ GPS ...............................................09/2006
Mazda 3HB MZ-CD 1.6 Exclusive .........................................................07/2006
Mazda 3HB MZR 1.4 Exclusive .............................................................05/2006
Mazda 3HB MZ-CD 1.6 Exclusive .........................................................05/2006
Mazda B2500 Cab. Dupla 4x4 Active c/ Hardtop .................................05/2006
Mazda 3HB MZ-CD 1.6 Exclusive .........................................................03/2006
Mazda B2500 4x4 Free Style 3L Cx. Metálica......................................09/2005
Mazda 2 Diesel Comfort Plus AC (c/ Extras) ........................................07/2005
Mazda B2500 4x4 Free Style 3L - Cx. Madeira ....................................04/2004
Mazda MX-5 1.6 I Verde c/cap. Lona e estofos T. preto ......................07/2002
Mazda 323 S 1.5 GLX ............................................................................12/1998
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Organismo:
Câmara Municipal de Ferreira do
Alentejo
À atenção de:
Endereço:
Praça Comendador Infante Passanha, 5
Código Postal:
7900 – 571
Localidade / Cidade:
Ferreira do Alentejo
País:
Portugal
Telefone:
284 738 700
Fax:
284 739 250
Correio Electrónico:
[email protected]
Endereço Internet (URL)
I.2) ENDEREÇO ONDE PODEM SER OBTIDAS INFORMAÇÕES ADICIONAIS
indicado em I.1 6
I.3) ENDEREÇO ONDE PODE SER OBTIDA A DOCUMENTAÇÃO
indicado em I.1 6
I.4) ENDEREÇO PARA ONDE DEVEM SER ENVIADOS AS PROPOSTAS/PEDIDOS DE PARTICIPAÇÃO
indicado em I.1 6
I.5) TIPO DE ENTIDADE ADJUDICANTE
Governo central
Instituição Europeia
Autoridade
regional/local
6
Organismo de direito público
Outro
SECÇÃO II: OBJECTO DO CONCURSO
II.1) DESCRIÇÃO
II.1.1) Tipo de contrato de obras
Execução 6
Concepção e execução
Execução, seja por que meio for, de uma obra que satisfaça as necessidades indicadas pela entidade adjudicante
II.1.2) Tipo de contrato de fornecimentos (no caso de um contrato de fornecimentos)
Compra
Locação
Locação financeira
Locação-venda
Combinação dos anteriores
II.1.3) Tipo de contrato de serviços (no caso de um contrato de serviços)
Categoria de serviços
II.1.4) Trata-se de um contrato-quadro?
NÃO 6
SIM
II.1.5) Designação dada ao contrato pela entidade adjudicante
“Arranjo Urbanístico no Parque de Exposições e Feiras de Ferreira do Alentejo”
II.1.6) Descrição/objecto do concurso
“Arranjo Urbanístico no Parque de Exposições e Feiras de Ferreira do Alentejo”
II.1.7) Local onde se realizará a obra, a entrega dos fornecimentos ou a prestação de serviços
Ferreira do Alentejo
Código NUTS
PT184 Alentejo - Baixo Alentejo
II.1.8) Nomenclatura
II.1.8.1) Classificação CPV (Common Procurement Vocabulary) *
Vocabulário principal
Objecto principal
Objectos
complementares
45.21.21.20-3
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
-
Vocabulário complementar
(se aplicável)
-
-
-
-
-
-
II.1.8.2) Outra nomenclatura relevante (CPA/NACE/CPC)**
** __________________________________________________________________
II.1.9) Divisão em lotes (Para fornecer informações sobre os lotes utilizar o número
de exemplares do anexo B necessários)
NÃO 6
SIM
Indicar se se podem apresentar propostas para:
um lote Vários lotes
Todos os lotes
II.1.10) As variantes serão tomadas em consideração?NÃO 6
SIM
II.2) QUANTIDADE OU EXTENSÃO DO CONCURSO
II.2.1) Quantidade ou extensão total (incluindo todos os lotes e opções, se aplicável)
Preço Base 300.000.00 (Trezentos mil euros)
II.2.2) Opções. Descrição e momento em que podem ser exercidas
II.3) Duração do contrato ou prazo de execução
Indicar o prazo em meses
e/ou em dias 180 a partir da data da consignação
(para obras)
em dias
a partir da decisão da adjudicação (para fornecimentos e serviços)
Ou: Início
/
/
e/ou termo
/
/
(dd/mm/aaaa)
SECÇÃO III: INFORMAÇÕES DE CARÁCTER JURÍDICO,
ECONÓMICO, FINANCEIRO E TÉCNICO
III.1) CONDIÇÕES RELATIVAS AO CONCURSO
III.1.1) Cauções e garantias exigidas: 5% do valor de adjudicação com exclusão
do IVA
III.1.2) Principais modalidades de financiamento e pagamento e/ou referência
às disposições que as regulam
III.1.3) Forma jurídica que deve revestir o agrupamento de empreiteiros, de
fornecedores ou de prestadores de serviços
O constante no ponto 9 do programa de concurso
III.2) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO
III.2.1) Informações relativas à situação do empreiteiro/do fornecedor/do
prestador de serviços e formalidades necessárias para avaliar a capacidade
económica, financeira e técnica mínima exigida
Os constantes no ponto 6.1 do Programa de Concurso.
O certificado de classificação de Empreiteiro de Obra públicas deve conter: 1) 8ª
subcategoria da 2ª categoria e da classe correspondente ao valor global da proposta;
2) e ainda as seguintes autorizações e das classes correspondentes ao valor dos
trabalhos a executar: a) 6ª subcategoria da 2ª categoria, b) 9ª subcategoria da 2ª
categoria.
III.2.1.1) Situação jurídica - documentos comprovativos exigidos
O constante no ponto 15 do Programa de Concurso
III.2.1.2) Capacidade económica e financeira - documentos comprovativos
exigidos
O constante no ponto 15 do Programa de Concurso
III.2.1.3) Capacidade técnica - documentos comprovativos exigidos
O constante no ponto 15 do Programa de Concurso
III.3) CONDIÇÕES RELATIVAS AOS CONTRATOS DE SERVIÇOS
III.3.1) A prestação do serviço está reservada a uma determinada profissão?
Não
Sim
Em caso afirmativo, referência às disposições legislativas, regulamentares ou
administrativas relevantes
III.3.2) As entidades jurídicas devem declarar os nomes e qualificações profissionais do pessoal responsável pela execução do contrato?
Não
Sim
SECÇÃO IV: PROCESSOS
IV.1) TIPO DE PROCESSOS
Concurso público 6
Concurso limitado
Concurso limitado com publicação de anúncio
Concurso limitado sem publicação de anúncio
Concurso limitado por prévia qualificação
Concurso limitado sem apresentação de candidaturas
Concurso limitado urgente
Processo por negociação
Processo por negociação com publicação prévia de anúncio
Processo por negociação sem publicação prévia de anúncio
Processo por negociação urgente
IV.1.1) Já foram seleccionados candidatos?
Não
Sim
Em caso afirmativo, usar informações adicionais (secção VI) para informações
complementares.
IV.1.2) Justificação para utilização do procedimento acelerado
IV.1.3) Publicações anteriores referentes ao mesmo projecto
IV.1.3.1) Anúncio de pré-informação referente ao mesmo projecto
Número do anúncio no índice do Jornal Oficial da União Europeia
/s
de
/
/
(dd/mm/aaaa)
ou para processos abaixo do limiar
no Diário da República
IIIª Série
/
de
/
/
(dd/mm/aaaa)
IV.1.3.2) Outras publicações anteriores
Número do anúncio no índice do Jornal Oficial da União Europeia
/s
de
/
/
(dd/mm/aaaa)
ou para processos abaixo do limiar
no Diário da República
IIIª Série
/
de
/
/
(dd/mm/aaaa)
IV.1.4) Número de empresas que a entidade adjudicante pretende convidar a
apresentar propostas
Número ou Mínimo
/ Máximo
IV.2) CRITÉRIOS DE ADJUDICAÇÃO
A) Preço mais baixo
Ou
B) Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta 6
B1) os critérios a seguir indicados,
B2) os factores indicados no caderno de encargos 6
IV.3) INFORMAÇÕES DE CARÁCTER ADMINISTRATIVO
IV.3.1) Número de referência atribuído ao processo pela entidade adjudicante
Concurso Público N.º03/2007
IV.3.2) Condições para a obtenção de documentos contratuais e adicionais
Data limite de obtenção
/
/
(dd/mm/aaaa) ou 24 dias a contar da
publicação do anúncio no Diário da República.
Custo (se aplicável): 400 € + IVA Moeda: euro
Condições e forma de pagamento Numerário ou cheque à ordem do Tesoureiro
Municipal
IV.3.3) Prazo para recepção de propostas ou pedidos de participação (consoante
se trate de um concurso público ou de um concurso limitado)
/
/
(dd/
mm/aaaa) ou 30 dias a contar do envio para o ornal Oficial da União Europeia ou da
sua publicação no Diário da República
Hora: 17.00h
IV.3.4) Envio dos convites para apresentação de propostas aos candidatos seleccionados (nos concursos limitados e nos processos por negociação)
IV.3.5) Língua ou línguas que podem ser utilizadas nas propostas ou nos
pedidos de participação
ES
DA
DE
EL
EN
FR
IT
NL
PT
FI
SV
6
Outra - país terceiro
___________
IV.3.6) Prazo durante o qual o proponente deve manter a sua proposta (no caso
de um concurso público)
Até
/
/
(dd/mm/aaaa) ou
meses e/ou 66 dias a contar da data
fixada para a recepção das propostas
IV.3.7) Condições de abertura das propostas
IV.3.7.1) Pessoas autorizadas a assistir à abertura das propostas
Só podem intervir no Acto Público os concorrentes e seus representantes devidamente credenciados
IV.3.7.2) Data, hora e local
Data
/
/
(dd/mm/aaaa) ou __ dias a contar da publicação do anúncio
no Diário da República ou
no dia útil seguinte à data limite para a apresentação de propostas 6
Hora 10.00 horas Local: Edifício da Assembleia Municipal (sala das sessões)
SECÇÃO VI: INFORMAÇÕES ADICIONAIS
VI.1) Trata-se de um anúncio não obrigatório?
NÃO 6
SIM
VI.2) Indicar, se for caso disso, se se trata de um concurso periódico e o calendário previsto de publicação de próximos anúncios
VI.3) O PRESENTE CONTRATO ENQUADRA-SE NUM PROJECTO/PROGRAMA
FINANCIADO PELOS FUNDOS COMUNITÁRIOS? (Informação não indispensável
à publicação do anúncio)
NÃO 6 SIM
Em caso afirmativo, indicar o projecto/programa, bem como qualquer referência útil
___________________________________________________________________
VI.4) OUTRAS INFORMAÇÕES
___________________________________________________________________
VI.5) DATA DE ENVIO DO PRESENTE ANÚNCIO PARA PUBLICAÇÃO NO Jornal
Oficial da União Europeia
/
/
(dd/mm/aaaa)
Cfr. descrito no regulamento CPV2151/2003, publicado no JOCE nº L329 de 17 de
Dezembro, para os contratos de valor igual ou superior ao limiar europeu.
** Cfr. Descrito no Regulamento 3696/93, publicado no JOCE n.º L342 de 31 de Dezembro, alterado pelo regulamento 1232/98 da Comissão de 17 de Junho, publicado
no JOCE n.º L177, de 22 de Junho.
12 de Julho de 2007
O Presidente da Câmara Municipal,
(Assinatura ilegível)
- Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa –
11
284 329 400 PUBLICIDADE
sexta-feira
2007.07.27
Luís Payne Pereira
Dr. José Loff
Médico Dentista
Atendimento de urgências
Prótese fixa e removível
Estética dentária
Cirurgia oral/ Implantologia
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sexta-feira
2007.07.27
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Correio Alentejo nº 69 de 27/07/2007 Única Publicação
MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR
CÂMARA MUNICIPAL
AVISO
Alteração de licença de Operação de loteamento
Para efeitos do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 177/01, de 04 de Junho, torna-se público que
a Câmara Municipal de Almodôvar emitiu em 13 de Julho de 2007, o 1.º aditamento
ao alvará de loteamento n.º1//2003, em nome de Almeida e Balbina, Construções,
Lda, com o número de contribuinte 504 935 771 com sede social na Travessa do
Morgado n.º 4, freguesia e concelho de Almodôvar, através da qual são licenciadas
as alterações abaixo descriminadas, requeridas por Almeida e Balbina, Construções,
Lda., contribuinte nº 504 935 771, com residência Travessa do Morgado nº 4, na freguesia e concelho de Almodôvar, que incidem sobre o prédio urbano, denominado
“Cerca da Eira” descrito na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar sob o nº
02596/310504 e inscrito na respectiva matriz sob o nº 4409 (provisório).
As alterações foram aprovadas por despacho do Sr. Presidente da Câmara de 9 de
Julho de 2007 acordo com a planta de síntese, que constitui o anexo I e cumprem o
estabelecido no Plano Director Municipal;
As alterações introduzidas são as seguintes:
Nos lotes 1, 2, 3, 4, 5 e 6, alterações no polígono de implantação, invertendo-o lateralmente, em relação aos limites laterais dos referidos lotes.
Nos Lotes 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 e lote B3, a alteração na localização da
rampa de acesso ao lote.
Nos lotes 7, 14 e 25, a alteração da localização e forma do polígono de implantação
dos anexos.
Paços do Município de Almodôvar, 13 de Julho de 2007
O Presidente da Câmara
(Assinatura Ilegível)
António José Messias do Rosário Sebastião
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sexta-feira
2007.07.27
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2007.07.27
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BOLSA DE EMPREGO
Vila Nova
de Milfontes
Técnico de Vendas
(m/f)
CABEÇA GORDA
NOSSA SENHORA
DAS NEVES
BEJA
TRINDADE
†- Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA BARROCAS, de 88 anos, natural
de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O
funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa
Mortuária de Cabeça Gorda, para o
cemitério local.
†- Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JOAQUIM CAETANO COIMBRA, de 68
anos, natural de Sines, casado com a
Exma. Sra. D. Cândida Maria Ventura
Coimbra. O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no passado dia 19,
da Casa Mortuária de Nossa Senhora
das Neves para o cemitério local.
†- Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL
ALEIXO BICAS, de 73 anos, natural
de Salvador - Beja, casado com a
Exma. Sra. D. Maria do Rosário Naia.
O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, da Igreja
Paroquial do Carmo, para o cemitério
de Beja.
†- Faleceu o Exmo. Sr. EVANGELISTA DA SILVA BATISTA, de 69 anos,
natural de Trindade - Beja, solteiro.
O funeral a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia 20, da
Casa Mortuária de Trindade, para o
cemitério local.
ERMESINDE
SANTANA DA SERRA
BEJA
BEJA
†- Faleceu o Exmo. Sr. FERNANDO
SILVA FERREIRA PINTO, de 73 anos,
natural de Perafita - Matosinhos, casado com a Exma. Sra. D. Maria Elisa de
Jesus Manuel. O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no passado dia
22, da Casa Mortuária de Ermesinde
- Valongo, para o cemitério local.
†- Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO
DUARTE GUERREIRO, de 86 anos,
natural de Santana da Serra - Ourique, viúvo. O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no passado dia
23, da Igreja Paroquial de Santana
da Serra, para o cemitério local.
†- Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM
ANTÓNIO DO MONTE, de 85 anos,
natural de Pedrógão - Vidigueira, viúvo. O funeral a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia 23, da
Igreja Paroquial do Carmo, para o
cemitério de Beja.
†- Faleceu o Exmo. Sr. ANTONINO
GOMES DE MELO, de 83 anos, natural de Travassô - Águeda. O funeral
a cargo desta Agência realizou-se no
passado dia 24, da Casa Mortuária
do Hospital de Beja, para o Cemitério
de Ferreira do Alentejo, onde foi
cremado.
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As famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
Correio Alentejo nº 69 de 27/07/2007 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA
VIDA ACTUAL
15
SOCIEDADE
sexta-feira
2007.07.27
POLÍTICA > estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesias • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA
AEROPORTO NO OUTONO DE 2008
O contrato de gestão assinado na terçafeira, 24, pelo Governo e pela EDAB
aponta o mês de Outubro de 2008 para
a abertura operacional do futuro aeroporto de Beja.
MILHO TRANSGÉNICO EM FORÇA
O Alentejo tem, este ano, cerca de 2.368
hectares plantados com milho geneticamente modificado. Os números foram
divulgados pela Direcção Regional de
Agricultura do Alentejo.
HOSPITAL PRECISA DE OBRAS
O Hospital de Beja necessita urgentemente
de obras de beneficiação, entende o deputado José Soeiro, que reuniu esta semana com
a administração do Centro Hospitalar do
Baixo Alentejo.
Ambiente. Projecto envolve esforços da EDIA e do ICNB
Alqueva preserva
charcos temporários
Charcos temporários
mediterrânicos na zona
da barragem vão ter
plano de salvaguarda.
Projecto é aplicado
pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva.
LUÍS LOURENÇO - LUSA
A
empresa do Alqueva vai desenvolver um plano na área
de influência da barragem
para conservar os charcos temporários mediterrânicos, pequenos
“corpos” de água onde existem espécies raras ou ameaçadas de extinção, como alguns anfíbios.
O plano resulta de um memorando de entendimento e parceria
assinado na passada semana entre
a Empresa de Desenvolvimento e
Infra-estruturas do Alqueva (EDIA)
e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
“Trata-se de um conjunto de
acções para identificar e conservar
os diversos charcos que existem na
área de implementação do empreendimento de Alqueva, sobretudo
nas zonas dos blocos de regadio e
junto de infra-estruturas da rede
primária de rega”, explicou Emetério Monteiro, administrador da
EDIA para a área do ambiente.
Como ponto de partida, acrescentou o responsável, a EDIA “vai
fazer um levantamento dos charcos existentes para avaliar os estados de conservação e identificar os
factores de ameaça e degradação
das suas condições naturais”.
Algumas práticas agrícolas e pecuárias tradicionais, como o uso de
herbicidas que poluem as águas ou
o excesso de pisoteio por gado bo-
Responsáveis do Instituto de Conservação da Natureza e da EDIA assinaram acordo em Beja
Charcos ajudam anfíbios ameaçados
Os charcos temporários mediterrânicos, além de
“relevantes” para o Alentejo, porque representam a existência de zonas húmidas numa paisagem com escassos pontos de água, sobretudo nos
meses de calor, são “especialmente importantes”
para os anfíbios, um dos grupos faunísticos mais
ameaçados de extinção a nível global. De acordo
com a União Internacional para a Conservação
da Natureza (UICN), uma em cada três espécies
de anfíbios, nas quais se incluem rãs, sapos, salamandras e tritões, estão em perigo de extinção.
Apesar do estatuto de ZEC, a investigação sobre
a fauna e a flora associada aos charcos ainda é
“muito escassa”, apesar de existirem trabalhos
nos Parques Naturais do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina, Vale do Guadiana e da Serra de
São Mamede, no Campo Militar de Santa Margarida (Ribatejo) e no Barrocal Algarvio.
vino devido ao pastoreio extensivo,
a poluição e a destruição por obras
de construção de infra-estruturas
são algumas das causas do estado de regressão e degradação dos
charcos.
Posteriormente, irão ser definidas medidas de conservação específicas para cada charco, como
a implementação de boas práticas
agrícolas, a remoção de lixos depositados e de espécies exóticas de
peixes que ameaçam as comunidades biológicas típicas destes habitats e a instalação de vedações para
impedir o acesso do gado.
A implementação de medidas
para monitorizar e avaliar os resultados, além de várias campanhas de sensibilização e educação
ambiental junto dos agricultores e
população em geral, são outras das
acções previstas no plano.
Desta forma, salientou Emetério
Monteiro, a EDIA, através do Plano para a Conservação de Charcos
Temporários Mediterrânicos na
região de implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos
de Alqueva, vai “contribuir” para
o cumprimento dos objectivos da
“Business and Biodiversity” da
União Europeia (UE).
Conservar a biodiversidade. Esta
iniciativa da UE visa a integração
progressiva de acções de conservação da biodiversidade na gestão
das empresas pan-europeias com o
objectivo de parar a perda de biodiversidade a nível local, regional,
nacional e global até 2010.
Os charcos temporários, frequentes nos territórios mais quentes e plano do Sul da Europa, são
pequenos “corpos” de água, geralmente inferiores a dois metros,
que existem em zonas com lençóis
freáticos ou em terrenos impermeáveis.
A alternância entre períodos húmidos, do Outono à Primavera, e
secos, de duração variável nos restantes meses, torna os charcos habitats “muito vulneráveis”, obrigando as espécies típicas, como alguns
anfíbios, a desenvolver estratégias
de sobrevivência adaptadas aos
períodos secos, como a tolerância
fisiológica ou a capacidade efectiva
de migração.
Trata-se de habitats com uma
“riqueza ecológica frágil e singular”, onde existem espécies “raras e
com comportamentos únicos”, que
conferem aos charcos o estatuto de
Zonas Especiais de Conservação
(ZEC).
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sexta-feira
2007.07.27
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VIDA ACTUAL SOCIEDADE
Tradição. Câmara Municipal fornece cal e pincéis para pintura de habitações do concelho
Exposição
Casas de Beja
caiadas de branco
António
Cunha revela
Alqueva
Câmara Municipal disponibiliza cal para moradores de todo o concelho
poderem caiar muros e a frontaria das casas, numa tradição que marca a
arquitectura da região.
Tradição alentejana de caiar as paredes de branco ainda persiste em muitos locais
Alguns municípios do Alentejo estão a distribuir gratuitamente cal e
materiais de pintura aos moradores
para que estes possam caiar muros
e a frontaria das casas, numa tradição que marca a arquitectura da
região.
Em Beja, segundo informou a
Câmara Municipal, a campanha de
oferta de cal e pincéis decorre até
Setembro, podendo os interessados
solicitar esses materiais no viveiro
do Jardim Público e no Parque de
Materiais.
A origem da cal
A cal resulta da decomposição do calcário pelo calor, com perda
de peso, devido à libertação de anídrico carbónico. A sua utilização remonta à civilização mesopotâmica, mais concretamente à
antiga cidade de Ur, onde escavações arqueológicas permitiram
descobrir o primeiro forno de cal, datado de 2.000 a.C. Alguns fornos de cal, que se obtém através da cozedura do calcário, ainda
subsistem no concelho. A caiação é um processo de pintura a água,
muito económico, ao qual se podem adicionar pigmentos para a
obtenção de diversos tons.
Já nas aldeias do concelho, os
proprietários dos imóveis que queiram obter a cal e pincéis gratuitos
devem solicitá-los nas sedes das
juntas de freguesia.
A iniciativa, assegura a autarquia,
procura “preservar a brancura das
habitações” que, de forma singular,
“caracteriza a paisagem alentejana”,
ajudando a manter a tradição.
“No Alentejo, esta é uma prática
transmitida de geração em geração
e o ritual repete-se anualmente. Assim que o tempo ‘levanta’ o povo sai
à rua para caiar a frontaria das suas
casas”, realça o Município.
A cal foi sempre usada pelos habitantes da região por se tratar de
um “material acessível a todas as
bolsas”, proporcionando, além da
brancura, a protecção do interior
das habitações do “intenso calor do
Verão”, já que funciona como espelho para expulsar o Sol.
“Até já tivemos que pedir mais cal
por duas vezes devido à elevada procura por parte das pessoas da terra”,
garantiu uma funcionária da Junta
de Freguesia de São Matias, aldeia a
poucos quilómetros de Beja.
Segundo a mesma funcionária,
esta campanha “é habitual, todos
os anos”, despertando interesse porque coincide com as festas de muitas aldeias.
“Nestes meios pequenos, como
São Matias, estamos na altura das
festas. As pessoas têm o hábito de
andar a limpar e a caiar as suas casas, para ficar tudo num ‘brinco’”,
disse.
Também na Junta de Freguesia
de Quintos, de acordo com uma
funcionária, o cenário é semelhante.
“Recebemos cal e os habitantes têm
vindo buscá-la, há uma boa adesão.
Não recebemos foi pincéis”, disse.
A pintura das paredes com cal
ocorre normalmente no início do
Verão, altura de diversas festas e
romarias em que os alentejanos
se preparam para receber as suas
visitas .
Planície Dourada. Semana Gastronómica em 14 concelhos do distrito de Beja
Tomatada e gaspacho
“reinam” até domingo
Termina este domingo, 29, a Semana Gastronómica do Gaspacho e
Tomatada que está a decorrer em
41 restaurantes da região.
Vários tipos de pratos frios à
base de tomate servem para “refrescar” e “enriquecer” as mesas
da região, numa altura em que o
tomate é “rei” nos campos. A iniciativa, promovida pela Região de
Turismo Planície Dourada (RTPD),
envolve restaurantes de 12 dos 14
concelhos do distrito.
Beja, Castro Verde, Aljustrel e
Alvito são os municípios com mais
restaurantes aderentes, mas os
“manjares”, todos à base de tomate, podem ser degustados também
em Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira.
O presidente da RTPD, Vítor Silva, explicou que a Semana Gastronómica do Gaspacho e Tomatada
pretende “potenciar o património
gastronómico do Baixo Alentejo,
que, a par dos vinhos, é um dos
produtos estratégico do turismo na
região e o que mais atrai turistas”.
Com esta semana em concreto,
precisou, a RTPD pretende “revelar
e promover os pratos frescos tradicionais alentejanos à base de tomate, um produto que entrou tarde na
gastronomia alentejana, mas que
actualmente é muito usado”.
Por outro lado, acrescentou, a
iniciativa pretende também “incentivar e sensibilizar os empresários do sector para que mantenham
nos seus menus práticos típicos da
região e confeccionados segundo o
receituário alentejano”.
Entre os “manjares” disponíveis
nos cardápios, Vítor Silva destacou
o gaspacho, que, simples ou acompanhado com peixe frito ou assado, bacalhau ou presunto, é “uma
verdadeira tentação que ajuda a
enfrentar o calor”.
Além dos pratos frios, como o
gaspacho e vários tipos de saladas, alguns restaurantes oferecem
também pratos quentes de carne
e peixe confeccionados com tomate, como costeletas de cabrito de
tomatada ou chocos em molho de
tomate.
Anualmente, a RTPD promove
também outras três semanas gastronómicas: uma dedicada ao porco alentejano, outra com pratos à
base de borrego, e a última à base
de pratos de caça.
Cerca de 40 fotografias “revelam”
os sítios e os monumentos submersos pela albufeira de Alqueva,
através do “olhar artístico” do fotógrafo alentejano António Cunha,
numa exposição que abriu sábado, 21, no museu da nova aldeia
da Luz.
Com o título “Mais Alta a Água:
o Guadiana e a Nova Tradução da
Terra”, a mostra, que será acompanhada por um catálogo com
algumas das fotografias e textos do
poeta António Martinho, vai estar
patente ao público até 21 de Outubro no átrio do Museu da Luz, no
concelho alentejano de Mourão.
A exposição resulta de “um minucioso e sistemático trabalho de
recolha de imagens” de António
Cunha que, ao longo de quase três
anos, captou através da sua objectiva a área geográfica submersa
pela albufeira de Alqueva. Trata-se
de fotografias que dão um “novo
sentido” e “ampliam a beleza” dos
sítios e dos monumentos submersos no âmbito do processo de enchimento da albufeira de Alqueva,
como a antiga povoação da Luz.
António Cunha, natural de
Beja, começou a fotografar em
1980, captando com a sua objectiva, sobretudo, a terra e as gentes do
Alentejo, além de se dedicar também a outras áreas, como a história, a arqueologia, a museologia, a
etnografia e o fotojornalismo.
Moura
Escavações
prosseguem
no castelo
Fragmentos de cancelas de edifícios religiosos são alguns dos
vestígios de peças de arquitectura
da antiguidade tardia encontradas
em escavações no castelo de Moura, que os arqueólogos acreditam
ter sido ocupado em permanência durante milhares de anos.
“Surpreendentemente, temos
achado muitos fragmentos que fizeram parte de edifícios que existiram no castelo entre os séculos V
e VII d.C.”, revelou o coordenador
científico das escavações, Santiago Macias.
Segundo o arqueólogo, além
dos fragmentos das cancelas, foram também descobertos vestígios de pilastras e capitéis, que,
“apesar de serem de pequenas
dimensões, possuem uma grande
importância científica para a história da arquitectura”. Por outro
lado, continuou, tratam-se de vestígios que, juntamente com outros
achados, permitem concluir que
o castelo de Moura, sobretudo a
zona da alcáçova, “terá tido uma
importante ocupação humana
durante milhares de anos e em vários períodos da sua história”. Esta
é uma das conclusões preliminares das seis campanhas de escavações arqueológicas feitas nos últimos cinco anos no castelo e que
foram apresentadas em Moura.
17
VIDA ACTUAL SOCIEDADE
sexta-feira
2007.07.21
S. Teotónio. Faceco recebeu milhares de visitantes no último fim-de-semana
Feira de verdade
e muita qualidade
Promovida pela
autarquia de Odemira,
a Faceco recebeu perto de 35 mil visitantes
e apresenta balanço
positivo.
“Não corremos atrás das medalhas
dos números. A Faceco vai continuar a ser uma feira de qualidade e verdade e nunca de quantidade”, a ideia
foi defendida por António Camilo,
presidente da Câmara de Odemira,
na hora de fazer o balanço à 17ª edição do certame.
No entanto, a noite de domingo
e a actuação de Mickael Carreira reservariam uma surpresa ao autarca,
com a presença de cerca de 14.000
pessoas, o que elevou o número de
visitantes para os 35.000, “batendo
todas as marcas”, dizia satisfeito Camilo.
A Feira de Actividades Culturais
e Económicas do Concelho de Odemira (Faceco) decorreu entre quinta-feira e domingo, em S. Teotónio,
e ficou marcada pelo tema central,
dedicada às “Multiculturalidades”.
A autarquia escolheu este mote
tendo em conta os cerca de 5.000
imigrantes que trabalham e residem
no concelho de Odemira, o que levou à presença de muitos cidadãos
estrangeiros, como expositores e visitantes.
Relativamente a esta edição da
Faceco, António Camilo defendeu
que se trata “de uma feira de transi-
cá dentro
lá fora
Barcelos
Moçambique
Novo hospital
criado até 2012
Cela especial
para “Anibalzinho”
O Ministério da Saúde e a Câmara
de Barcelos assinaram um protocolo que prevê a construção, até
2012, de um novo hospital na
cidade. O acordo ressalva que a
construção do novo hospital ficará pendente da obtenção de
financiamento do novo QREN
- Quadro de Referência Estratégico Nacional. Nos termos do protocolo, no prazo de um mês será
criado um grupo de trabalho para
estudar o projecto de construção
da nova unidade de saúde. O Ministério da Saúde e a autarquia
barcelense acordaram a manutenção de uma Urgência MédicoCirúrgica naquela cidade.
O Governo moçambicano
construirá uma cela especial
na cadeia de alta segurança da
Machava para Aníbal dos Santos Júnior, “Anibalzinho”, cérebro do grupo que assassinou o
jornalista moçambicano Carlos
Cardoso, no dia 22 de Novembro de 2000. Actualmente, “Anibalzinho” está a cumprir uma
pena de 30 anos numa minúscula cela no Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo, onde,
no último fim-de-semana, terá
tentado evadir-se, segundo informações veiculadas pela imprensa, mas desmentidas pelas
autoridades policiais.
Secretário de Estado Eduardo Cabrita visitou a Faceco
Santarém
ção, tendo em conta a construção do
novo auditório e centro de imprensa”, obra que deverá ser concretizada
em 2009.
O artesanato voltou a ser “pedra
de toque” do certame. E o seu pavilhão recebeu 30 artesãos do concelho, numa mescla entre a tradição e
a inovação Aos visitantes foi possível
ver trabalhar ao vivo o abegão e o
cesteiro, passando pelo latoeiro, os
construtores de violas campaniças
e as novas concepções de cerâmica,
barro e madeira.
Centenas de criadores e potenciais compradores passaram pelo
espaço da pecuária, onde durante
três dias se realizou o XX Concurso
Nacional da Raça Bovina Limousine,
promovido pela Associação de Criadores, que tem sede no concelho.
Ciente da importância e mais valia
OLHÓ BONECO!...
económica, pela primeira vez e, incentivado pela autarquia, surgiu um
restaurante onde se degustaram as
carnes daqueles bovinos.
Contrariando a tendência que se
tem verificado em quase todos os
certames deste género que se realizam em Portugal, a Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica
(ASAE) não visitou a feira. António
Camilo garantiu ao “Correio Alentejo” que “não foi pedido nada a ninguém”, defendendo que na Faceco
se “trabalha com qualidade e dentro
da legalidade”.
Quanto a 2008, o autarca não quis
abrir “o livro das novidades”, deixando transparecer a ideia de introduzir
uma nova remodelação na feira. Por
isso deixou uma garantia: “No próximo ano não se arrependerão de voltar a S.Teotónio”, disse sorrindo.
Moita Flores
anúncia adeus
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, o alentejano Moita Flores, anunciou
que “não há condições” para se
recandidatar a um novo mandato à autarquia, colocando
como condição a existência de
um projecto de recuperação da
zona ribeirinha do concelho. O
autarca afirmou que no final do
mandato “fica tudo em condições”, assegurando que conseguirá “cumprir cerca de 90%
dos compromissos eleitorais”.
O autarca recordou que ainda
faltam “mais 28 meses” para
cumprir o mandato em Santarém, reafirmando: “aí vou-me
embora, acabou”.
Abrantes
ONOFRE VARELA
Cidade disponibiliza
centro de tecnologia
A indústria agro-alimentar nacional vai dispor, a partir de Setembro, de um Centro de Transferência e Tecnologia (CTA) localizado
no Tagusvalley, em Abrantes.
Maria do Céu Albuquerque,
vereadora da Câmara Municipal
de Abrantes, disse que o centro
“prestará serviços às empresas do
sector”, apoiando a modernização
e a qualificação dos seus produtos
“para que possam competir num
mercado cada vez mais exigente”.
“Os desafios que se colocam aos
produtores de alimentos”, tão diversos como os enchidos, azeite,
queijos, fruta, hortícolas, mel e vinho, entre outros, “passarão a ter
resposta no CTA”, entidade que
tem conhecimento para lhes dar
apoio. A autarquia “quer chamar
o ensino superior ao processo,
para que o parque seja produtor
de conhecimento, de tecnologia
e inovação, sempre em consonância com as necessidades das
empresas”, afirmou Céu Albuquerque.
Estados Unidos
Americanos criticam
rigidez do Presidente
A maioria dos norte-americanos
considera que o Presidente George W. Bush é demasiado inflevível
relativamente ao Iraque e preferiria que o Congresso decidisse a
retirada dos militares, revela uma
sondagem no diário “Washington
Post”. Oito em 10 pessoas inquiridas disseram que o Presidente é
demasiado rígido. Esta percentagem corresponde a aumento de
12% em relação à última sondagem, publicada em Dezembro de
2006 e o maior crescimento verificou-se na área do Partido Republicano, que apoia o Presidente.
No inquérito de Dezembro, 55%
acreditavam que Bush estaria
disposto a mudar a sua estratégia para o Iraque. Desta vez, 55%,
acham exactamente o contrário.
Bulgária
Presidente perdoa
condenados na Líbia
O Presidente da Bulgária perdoou as cinco enfermeiras e o
médico búlgaros condenados a
prisão perpétua na Líbia, anunciou o ministro dos Negócios
Estrangeiros, Ivailo Kalfine, logo
após terem chegado a Sofia esta
manhã. “Com base na convicção categórica da sua inocência,
o Presidente (Gueorgui) Parvanov exerceu o direito de perdão”,
anunciou o chefe da diplomacia
búlgara. As cinco enfermeiras e o
médico, de origem palestiniana,
foram detidos em Fevereiro de
1999 acusados de terem inoculado o vírus da sida em crianças
líbias no hospital de Benghazi,
onde trabalhavam. Em 2004, as
enfermeiras e o médico foram
condenados à morte, pena confirmada em 2006 e a 11 de Julho
passado.
sexta-feira
2007.07.27
18
CORREIO DESPORTIVO
FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR
MOREIRA OPERADO AO JOELHO ESQUERDO
Depois de duas intervenções cirúrgicas ao
joelho direito, o jovem guarda-redes Moreira deverá ser operado agora ao esquerdo,
para corrigir um problema na cartilagem,
surgido num treino da pré-temporada.
APRESENTAÇÃO COM O “DECANO”
O Recreativo de Huelva, o clube mais antigo de Espanha, é o adversário do Sporting
para o jogo de apresentação, agendado
para este sábado, 28. Os leões vão reencontrar Varela, Beto e Carlos Martins.
RENTERÍA A CAMINHO DE FRANÇA
Longe de entrar nas contas de Jesualdo
Ferreira para a nova época, o avançado
colombiano Wason Rentería deverá ser
emprestado por uma temporada aos
franceses do Estrasburgo.
Hóquei em Patins. Jaime Vieira está a um pequeno passo de ser árbitro internacional
Atletismo
“Quero apitar uma final
do campeonato do mundo”
Nacional de pista
para três bejenses
Bejense foi o quarto melhor do país no Quadro A dos árbitros de hóquei em patins, com um
total de 96.729 pontos.
Classificação final da época 2006-2007 coloca Jaime Vieira na lista de árbitros propostos ao
estatuto de pré-internacional.
CARLOS PINTO
J
aime Vieira está a um pequeno
passo de ser o primeiro árbitro
de hóquei em patins da Associação de Patinagem do Alentejo a
alcançar o estatuto de internacional, depois do bejense Manuel Soares ter alcançado o mesmo estatuto
na décadas de 60 e 70, mas através
da Associação de Patinagem de Lisboa. Às portas da internacionalização, Jaime Vieira analisa, em entrevista ao “Correio Alentejo”, a época
2006-2007 e deixa a promessa de
perseguir o sonho de dirigir uma
final do Campeonato do Mundo de
selecções em hóquei em patins.
Alcançou a quarta posição na classificação final no Quadro Nacional
A dos árbitros de hóquei em patins.
Como é que encara este seu “brilharete”?
Encaro com enorme satisfação.
Sinceramente, não esperava tanto.
Sabia que a época me tinha corrido
bem, mas nunca sabemos como
corre aos outros. Fico extremamente satisfeito, porque há muitos
[árbitros] internacionais. E ficar em
quarto lugar significa que tenho
apenas três árbitros à minha frente. Estou extremamente contente e
feliz pelo resultado alcançado.
Ficou então surpreendido com este
quarto lugar?
Efectivamente não esperava ficar
em quarto lugar. Já era bom ficar
em sexto ou sétimo. Ser quarto
classificado é óptimo, apesar de
me trazer mais responsabilidades.
Para o ano, as pessoas vão olhar
para mim de uma maneira diferente, mas sinceramente isso não me
afecta. Sei aquilo que posso fazer
e sei aquilo que consigo trabalhar.
É a isso que me vou agarrar, para
que continue a ficar entre os primeiros.
Houve algum “segredo” para esta
pontuação e consequente classificação?
Muito estudo, principalmente. As
provas escritas são muito impor-
tantes. Mas é lógico que a observação nos jogos é o que mais conta.
Por isso, encaro os jogos com muita concentração. Apitar o Benfica
ou o Alenquer é, para mim, igual,
embora todos saibamos que os erros que cometemos com o Benfica
são tratados de uma outra forma.
Acima de tudo, e é isso que gosto
de transmitir aos outros árbitros, [o
meu “segredo”] é estar muito concentrado nos jogos e respeitar toda
a gente.
Este quarto lugar abre portas para
um dos seus grandes sonhos, ser
árbitro internacional…
O Conselho Nacional de Arbitragem de Hóquei em Patins [da Federação de Patinagem de Portugal]
vai propor-me para ser árbitro internacional. Até à internacionalização tenho de fazer as provas. Mas as
provas encaro-as como uma mera
formalidade, porque tenho de tirar
70 pontos e a minha média é 95. Só
se acontecer algum descalabro [é
que não serei internacional]. Mas
penso que isso não vai acontecer.
Perseguia este estatuto há muito
tempo?
Sim. E sem vaidade, posso
dizer que não o queria só
por mim. Queria-o também pelas pessoas que estão à frente do hóquei em
patins no Alentejo, que
merecem ter um árbitro
internacional, indepen-
PERFIL
Jaime Vieira
ˆ
NOME: Jaime Pedro
Serra Vieira
ˆ
IDADE: 41
ˆ
NATURALIDADE: Beja
ˆ
ˆ
PROFISSÃO: Funcionário
Público
PERCURSO: Árbitro de futebol desde 1981; árbitro de
hóquei em patins desde 1999
dentemente de ser eu. Posicionei-me melhor para o conseguir e
sinto-me bastante contente, não
só por mim mas também por eles.
Os responsáveis pela Associação
de Patinagem do Alentejo também
trabalharam muito para que isto
acontecesse.
Sente que pode servir de exemplo
para os outros árbitros de hóquei
em patins do Alentejo?
É lógico. O hóquei em patins está,
praticamente, concentrado no
Norte. E eu pensava ser impossível andar na elite estando aqui no
Alentejo, tão longe. Felizmente estava enganado. Por vezes temos de
trabalhar um bocadinho mais que
os árbitros de Lisboa ou do Porto.
Mas não tenhamos dúvidas que, se
tivermos valor, de certeza absoluta
que não nos vão abandonar. Independentemente de sermos de Beja,
Faro ou Bragança. Quando
a qualidade existe não são as
distâncias
que não
n o s
d e i x a m
vingar.
Com o
objectivo
de ser juiz
internacional
quase cumpri-
do, que metas tem ainda enquanto
árbitro de hóquei em patins?
O próximo objectivo é ser internacional A. Isso depende de mim, mas
também de outras pessoas, pois
para chegar a internacional A tem
de ser por nomeação e mediante
os feitos alcançados nos campeonatos. O meu próximo objectivo
é então esse: ser internacional A.
Para que depois possa um dia apitar uma final do Campeonato do
Mundo [de selecções]. É o máximo
que um árbitro pode atingir e é isso
que vou perseguir.
Na perseguição desse sonho teve de
abdicar de duas das suas paixões, o
futebol e o futsal. Foi difícil tomar
essa decisão?
Sim, sobretudo o futebol. Aliás, vim
para o hóquei em patins derivado
do facto de algumas pessoas que
encontrei à frente do futebol na
altura. Mas não estou arrependido. Só estou arrependido de outros
actos que tenha cometido, não
levando a arbitragem de futebol muito a sério quando era mais novo. Preferia
jogar à bola quando tinha
aptidões para ser árbitro.
Devia ter percebido isso…
É por isso que nos jovens
tento incutir o gosto pela
arbitragem. E vê-los crescer na arbitragem faz-me
sentir contente e realizado.
É como se um pouco de
mim também estivesse ali com
eles.
O Estádio Universitário de Lisboa recebe este fim-de-semana,
28 e 29, mais uma edição dos
Campeonatos de Portugal em
Pista. A prova, a última do calendário nacional, é organizada
pela Federação Portuguesa de
Atletismo e entre os seus participantes contam-se três atletas
do distrito de Beja.
O velocista ainda júnior Pedro
Fontes, da Zona Azul, vai competir na prova dos 200 metros,
enquanto que o lançador Micael Nóbrega, atleta da Juventude
Desportiva das Neves (JDN) vai
integrar a competição de lançamento do dardo. Por sua vez,
Gonçalo Bejinha (JDN) vai estar
presente na partida para os 20
quilómetros de marcha atlética, numa prova que marcará o
regresso oficial do marchador
natural de Moura à competição,
depois de uma pausa na sua
carreira desportiva.
Todo-o-terreno
Montes Alentejanos
em Setembro
O Rally Beja TT Montes Alentejanos/ Baja Cidade de Beja vai
regressar ao calendário nacional
do todo-o-terreno. A prova, que
envolve este ano os esforços do
Clube Beja TT e do Clube Automóvel do Algarve, está agendada
para os dias 8 e 9 de Setembro e
integra o calendário do Campeonato Nacional Vodafone de Todoo-Terreno.
A edição de 2007 da prova conta com uma “novidade de peso”,
que passa por fazer da Praça da
República, em Beja, o palco para
a partida, para a chegada e para
a cerimónia de consagração dos
vencedores da competição.
“Pretende-se, assim, envolver
a população da região, aliando
todo-o-terreno e centro histórico,
numa mostra original da cidade”,
explica em comunicado o Clube Beja TT, fazendo igualmente
menção à super-especial de seis
quilómetros e aos dois sectores
selectivos de 180 quilómetros
previstos, “criados no intuito de
reforçar a espectacularidade e a
competitividade do evento”.
O parque de estacionamento
do Parque de Feiras e Exposições
de Beja receberá, por sua vez, o
Parque Fechado e a Zona de Assistência do rally, ao passo que as
verificações técnicas serão executadas no Pavilhão Multiusos. As
verificações técnicas finais estão
previstas para as instalações da
Trimotor, no Parque Industrial.
19
CORREIO DESPORTIVO
sexta-feira
2007.07.27
Futebol. Equipa de Aljustrel apresentou-se no passado sábado, 21, com sete reforços
Mineiro quer assumir
estatuto de 3ª divisão
Manutenção é o grande objectivo do único
representante do Baixo Alentejo na 3ª divisão
nacional.
Francisco Fernandes mantém-se no comando
técnico da equipa tricolor, que conta com sete
caras novas.
Garantir rapidamente a manutenção e assumir, de vez, o estatuto
de equipa de 3ª divisão nacional. É
com estes objectivos que o Mineiro
Aljustrelense entra na nova temporada, num ano em que será o único
representante do Baixo Alentejo na
Série F da 3ª divisão nacional.
A equipa da vila das minas apresentou-se oficialmente no passado
sábado, 19, – numa cerimónia realizada junto à emblemática Ermida
da Nossa Senhora do Castelo – e
iniciou os treinos na quarta-feira,
25. Francisco Fernandes mantémse no comando técnico da equipa,
depois de ter guiado o emblema de
Aljustrel ao título distrital de 20062007, e tem disponível, para já, um
plantel de 21 jogadores, entre os
quais se contam sete reforços.
O guarda-redes José Manuel
(ex-Desportivo de Beja), os defesas
Nuno Alves e Nuno Martins (ambos ex-FC Serpa), os médios Carlos Estebaínha e Ricardo Oliveira
(ambos ex-Desportivo de Beja), e
os avançados Alemão (ex-Vitória
do Pico – Açores) e Jorginho (exDesportivo de Beja) são as caras
novas do plantel tricolor, reforçado
igualmente pelos ex-juniores Bruno Bernardino (defesa) e André Vitorino (médio).
A estes juntam-se o guarda-redes Marco, os defesas Ricardo Bia,
Paulo Serrão, Tonico e Duarte Patrício, os médios João Paulo, Nelson Raposo e Carlos Fio, e os avançados Miguel Facaia, Pedro Alves e
José Luís, que transitam da última
temporada.
O Mineiro Aljustrelense continua, contudo, no mercado em
busca de um avançado. Durante a
pré-época está prevista a presença
junto do plantel de alguns jogadores com as características desejadas por Francisco Fernandes, sendo crível que o técnico veja o seu
desejo satisfeito antes do início do
campeonato, agendado para o dia
26 de Agosto.
Até lá, a equipa da vila das minas
vai realizar quatro jogos de preparação, todos no Estádio Municipal
de Aljustrel, diante das formações
do Louletano (dia 8 de Agosto às
19h00, naquele que será o jogo de
apresentação aos seus associados),
Juventude de Évora (dia 9 de Agosto às 20h00), FC Ferreiras (dia 11 de
Agosto às 18h30) e Futebol Benfica
(dia 18 de Agosto às 18h30).
Ambição. Na cerimónia de
apresentação da equipa do Mineiro
Aljustrelense para
José Luís
a
época
Jorginho
(ex-Desp. Beja)
2007-2008, a
palavra ambição foi o denominador comum
na maioria dos discursos. Isto porque
a equipa de Aljustrel
quer garantir rapidamente
a manutenção na 3ª Divisão
Nacional, uma vez que existe
no seio da direcção do clube a
clara intenção de fazer com que o
emblema da vila das minas se fixe
de vez nos escalões nacionais do
futebol português.
“Sabemos que por tradição, as
equipas do Baixo Alentejo sentem
dificuldades na 3ª Divisão Nacional. Mas queremos, de uma vez
por todas, assumir o estatuto de
3ª divisão nacional”, afirma o presidente do clube, Nelson Brito, revelando que o orçamento para esta
época é de 100 mil euros.
Palavras ambiciosas que encon-
SPORT CLUBE MINEIRO ALJUSTRELENSE PLANTEL 2007/2008
Ricardo Bia
Paulo Serrão
Pedro Cardita
Bruno (ex-junior)
Nelson Raposo
Ricardo Oliveira
(ex-Desp.Beja)
Miguel Facaia
Alemão (ex-Pico)
Carlos Estebaínha (ex-Desp.Beja)
André Vitorino (ex-junior)
Pedro Alves
Equipa Técnica:
Francisco Fernandes (treinador principal)
Carlos Capeta (treinador adjunto)
tram ressonância no discurso de
Francisco Fernandes, apesar deste
antever “um campeonato extremamente difícil e desgastante”, ainda
para mais tendo em conta o novo
modelo competitivo adoptado
para o escalão pela Federação Portuguesa de Futebol.
“Vamos encarar este campeo-
Direcção do Desportivo de Beja quer regressar à 3ª Divisão
os médios Nelson Teixeira, Tiago
Camacho e Luís Rodrigues.
Além destes oito nomes, estão
também confirmados no plantel
do Desportivo de Beja para a época
2007-2008 o guarda-redes Rui Braz
(ex-Olhanense); os defesas António Carlos (ex-FC Serpa), Daniel
Correia (ex-Odemirense) e Ricardo
Vargas (que transita da última temporada); os médios Vítor Teixeira
(ex-FC Serpa) e Carocho (ex-junior
do Desportivo de Beja); e o avançado Jorge Monteiro (ex-Ferreirense).
Com o plantel principal do Desportivo de Beja vão ainda treinar os ju-
nato com muito querer, com muita
dedicação a este clube e sempre a
pensar nas vitórias e nos pontos,
que é isso que mais conta. Tudo
para conseguir o nosso objectivo,
que não passa nem mais nem menos que pela manutenção”, garante
ao “Correio Alentejo” o técnico tricolor.
MERCADO
Desportivo de Beja revela novo plantel
O Desportivo de Beja deu a conhecer na passada semana, dia 19,
numa cerimónia realizada nas piscinas municipais, os 15 reforços já
confirmados para a equipa sénior
em 2007-2008, época em que o emblema da rua do Sembrano volta a
competir na 1ª divisão da AF Beja.
O departamento de futebol vai ser
liderado pelo empresário António
Lança, enquanto que Carlos Piteira
(ex-FC Castrense) vai ser jogadortreinador da equipa, sendo coadjuvado por Abel Lebreiro.
Na lista de reforços, e além de
Carlos Piteira, contam-se mais sete
ex-FC Castrense. São eles o guarda-redes Eduardo; os defesas Rafael, Hugo Santana e Luís Ferreira;
Duarte Patrício
Nuno Martins
(ex-Serpa)
João Paulo
Carlos Fio
Futebol. Formação bejense já garantiu 15 contratações, dos quais oito vindos de Castro Verde
Até ao arranque
dos trabalhos, a 27 de
Agosto, vão chegar ao
plantel do Desportivo de Beja mais cinco
reforços.
Marco
José Manuel
(ex-Desp.Beja)
Tonico
Nuno Alves
(ex-Serpa)
niores Luís Caixinha, Carlos Rebola,
Pedro Batista e Rui Berardo.
A apresentação oficial do Desportivo de Beja está agendada para
o dia 27 de Agosto, sendo que até
lá o emblema da rua do Sembrano
conta reforçar o plantel com mais
cinco atletas, todos oriundos de
clubes de fora do distrito.
Paralelamente, o Desportivo
de Beja aproveitou a conferência
de imprensa para dar também a
conhecer as equipas técnicas das
equipas dos escalões de formação,
que em 2007-2008 terão como objectivo garantir uma época de acordo com os pergaminhos do clube e,
se possível, tentar uma promoção
aos escalões nacionais.
Coordenado por José Piriquito,
o Departamento de Futebol Juvenil
do Desportivo de Beja conta com a
colaboração da dupla Pedro Xavier
e António Caixinha nos juniores; de
João Aleixo e Luís Pardal nos juvenis; de Vítor Besugo e Hugo Amaral
nos iniciados; de António Castilho
e Balila nos infantis; e de Pedro Madeira nas escolas.
CARLOS AGATÃO NO FERREIRENSE. Depois de ter anunciado o
seu abandono, Carlos Agatão
recuou na decisão de pendurar as botas e vinculou-se ao
Ferreirense. Além do experiente
avançado, o emblema leonino
já garantiu os concursos de
João Paulo Agatão (ex-Mineiro
Aljustrelense), Carlos Ferreira
(ex-FC Castrense), Inácio (ex-Entradense), Celestino (ex-Juventude de Évora) e Hugo Venâncio
(ex-Cabeça Gorda).
CARLOS VENTURA TREINA PIENSE.
O técnico Carlos Ventura foi a
escolha da direcção do Piense
para liderar a equipa em 20072008. Ventura chega a Pias
depois de na passada época ter
guiado o Moura AC ao segundo lugar do campeonato e à
conquista da Taça do Distrito.
BARRANCOS CONTRATA FERNANDO PIÇARRA. Fernando Piçarra,
que orientou o Piense em 20062007, vai dirigir o Barrancos na
próxima época. De regresso à
2ª divisão distrital, a subida ao
“Distritalão” é a grande prioridade do emblema raiano.
sexta-feira
2007.07.27
20
ESPECIAL CARROS
BT-50
novo trunfo
da Mazda
Com o lançamento da nova BT-50, a Mazda
acrescenta novos atributos Zoom-Zoom à sua
longa e bem sucedida tradição de Série B, que já
resultou na venda de 110.000 PickUp’s na Europa
e mais de três milhões em todo o mundo.
Além de ser tão prática e resistente
como a sua predecessora, a nova
PickUp da Mazda tem maior potência, consome menos combustível e
“mima” os ocupantes com um conforto e qualidade interiores dignos
de um sedan. Em Beja, esta nova
Mazda pode ser apreciada na Trimotor, empresa sedeada no Parque
Industrial e gerida por Joaquim Estevens e André Estevens.
Apresentada nos últimos dias de
Junho em Palmela, a nova Mazda
BT-50 tem um design que transmite
força e um elevado nível de qualidade de construção. Disponível em
três tipos de carroçaria diferentes
– Cabine Normal (dois lugares,
caixa de carga comprida), Cabine
Free-Style (quatro lugares, quatro
portas) e Cabine Dupla (dois lugares dianteiros, três lugares traseiros)
– tem uma carroçaria mais resistente, painéis das portas e lados da
caixa de carga mais altos e reduções
significativas nos intervalos entre
peças, para uma aparência sólida e
com estilo.
No interior encontra-se qualidade de veículo de passageiros, com
Renault
Nissan
Volkswagen
Ambiente
protegido
Carro do futuro
apresentado
Novo Golf
na estrada
A marca francesa Renault deu
mais um passo na sua política
de protecção ambiental com a
criação da assinatura “Renault
eco2”, a qual se inscreve na estratégia de redução do impacto
ambiental da sua actividade em
todas as etapas do ciclo de vida
do veículo (fabrico, utilização
e fim de vida). Respondendo à
sua vontade em ultrapassar os
grandes desafios ecológicos, a
Renault propõe aos seus clientes automóveis criados com
base em “tecnologias economicamente viáveis e aplicáveis no
maior número possível de automóveis”.
Nesse âmbito, um automóvel
com o selo “Renault eco2” tem
que corresponder a três requisitos ambientais: ser produzido
numa fábrica com certificação
ISO 14001, ter emissões de CO2
inferiores a 140 g/km e ser valorizável em 95% em fim de vida.
A Nissan Motor anunciou esta
segunda-feira, 23, um conceito
inovador de carrinha pequena
na Nissan Design Europe (NDE).
Designada por NV200 e com estreia mundial agendada para o
Salão Automóvel de Tóquio, em
Outubro, o conceito remodela revolucionariamente o design dos
comerciais ligeiros. A sua característica mais relevante é um compartimento de armazenamento
que se estende a partir da área de
carga da carrinha quando o veículo está estacionado. À medida que
o compartimento é disposto, a
zona de carga vazia é transformada num escritório móvel.
O modelo NV200 foi desenvolvido em conjunto com a Nissan
Design Center, no Japão, e com a
NDE, localizada em Paddington,
Londres. A ideia-base do novo
modelo nipónico assenta num
conceito “radical, futurista mas
completamente novo e prático”.
Já se podem encontrar nas estradas portuguesas exemplares do
novo Golf Variant, que chegou
ao mercado nacional a 6 de Julho. Depois da berlina Golf e o do
Golf Plus, o novo Variant constitui a terceira fase de desenvolvimento da família Golf. Nas suas
duas primeiras gerações, o Golf
Variant alcançou um êxito assinalável, com mais de 1,2 milhões
de unidades vendidas desde
1993, das quais perto de 10.000
em Portugal. Agora, chegou a vez
da terceira geração, com a qual a
Volkswagen vai dar continuidade ao sucesso do modelo.
Como trunfos para “agarrar”
os condutores portugueses, o
novo Golf Variant disponibiliza
um design atractivo, uma bagageira com capacidade até 1.550
litros e uma gama de equipamentos bastante completa através das versões Trendline, Confortline e Sportline.
acabamentos melhorados em todo
o habitáculo. Um design de tablier
totalmente novo inclui um painel
de instrumentos de três ponteiros
com anéis prateados a emoldurar
cada um dos mostradores, alavanca
das mudanças com cabeça prateada
e puxadores das portas cromados
para uma forte sensação de sofisticação.
Confortável e funcional. O conforto
interior foi tema central do desenvolvimento da primeira PickUp ZoomZoom do mundo. Bancos novos e
mais largos contam com um material baseado em espuma de uretano
nos almofadados para um melhor
apoio, especialmente em estradas
menos suaves. A Mazda BT-50 não
só oferece aos seus ocupantes um
conforto semelhante ao encontrado
em sedans, mas é também prática
para utilizar diariamente.
Um novo motor Diesel MZR-CD
2.5-litros common-rail DOHC de 16
válvulas é apresentado com a Mazda
BT-50. Mais refinado e eficiente no
uso do combustível, este motor produz mais 25 kW de potência e mais
64 Nm de binário máximo. Também
o uso de um turbocompressor de
geometria variável e intercooler de
grandes dimensões assegura uma
aceleração dinâmica.
A nova PickUp da Mazda continua a ser oferecida em duas versões com caixa de cinco velocidades
– uma versão 2WD e uma versão
2WD/4WD ideal para o uso comercial ou para um estilo de vida mais
aventureiro fora de estrada.
A Mazda BT-50 utiliza o mesmo
durável e fiável sistema de chassis
que a sua predecessora, tendo sido
melhorado para um maior conforto
e melhores qualidades de direcção.
A sua suspensão dianteira foi melhorada para uma maior conforto
em andamento.
Uma linha de cintura elevada e
uma caixa de carga 60 mm mais alto
e mais fácil de ver através do vidro
traseiro, dão à nova Mazda BT-50
uma visibilidade geral melhorada
a partir do lugar do condutor. Em
síntese, estamos perante um novo
modelo cheio de atributos que garantem uma experiência de grande
qualidade e conforto.
Citröen apresenta SUV
Depois da Peugeot ter apresentado o 4007, a Citroën fez o mesmo
com o C-Crosser, que deverá chegar a Portugal durante o mês de
Setembro. Tal como o modelo “leonino”, o primeiro Sport Utility
Vehicle (SUV) da marca francesa foi concebido com base na plataforma do Mitsubishi Outlander, fruto da parceria entre a marca
japonesa e o Grupo PSA.
De acordo com a revista “Auto Motor”, o novo C-Crosser é dotado de “um estilo imponente que se pauta, contudo, por alguma
discrição”, herdando a grelha dianteira do topo de gama C6 e devendo parte do seu apelo visual “às várias inserções cromadas dos
pára-choques e barras do tejadilho”.
Tal como o exterior, também o habitáculo do novo SUV da Citröen aposta num ambiente requintado, sendo que a sua configuração permite um fácil acesso à bagageira, cujo volume é de 420
litros (podendo chegar até aos 1.580 litros).
Em Portugal, o C-Crosser estará disponível apenas com o motor
2.2 HDI de 160 cavalos, que tem acoplada uma caixa manual
de seis velocidades. Adianta a “Auto Motor” que o novo modelo
francês tem uma velocidade máxima de 200 km/h, sendo capaz
de cumprir o arranque dos 0-100 km/h em 9,9 segundos, além de
apresentar um consumo combinado de 7,2 litros/100 km.
Em Portugal, a Citröen conta vender apenas 150 unidades até ao
final do ano, dado o C-Crosser ser um modelo “a pensar essencialmente na imagem da marca”. Nesse sentido, o preço vai andar
de acordo com o estatuto desejado, variando entre os 51.150 e os
54.000 euros. Posteriormente, chegará ao mercado nacional uma
gama mais acessível do C-Crosser, a Elegance, cujo preço de venda
deverá rondar os 47.400 euros.
21
GUI’ ARTE
sexta-feira
2007.07.27
CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO
CANTE EM FIGUEIRA DE CAVALEIROS
O Grupo Coral Os Rurais, de Figueira de Cavaleiros, celebra este sábado, 28, o seu 31º
aniversário com um encontro de grupos
corais, instrumentais e ranchos folclóricos
na aldeia a partir das 17h30.
GUIA CULTURAL
EXPOSIÇÕES | 8
ALJUSTREL
Espaço Oficinas
Até 19 de Agosto
Escultura e desenho de Ricardo Manso
ALMODÔVAR
Galeria da Praça
Até 2 de Setembro
“(In)Definições Atlânticas”, fotografia de
Sandra Rocha
ALVITO
Centro Cultural
Até 31 de Agosto
“Eu Sei Tudo”, escultura de João Castro
Silva
CABEÇA GORDA
Espaço Jodicus
Até 30 de Julho
“As Cores da Cidade”, fotografia de
André Boto
CASTRO VERDE
Biblioteca Municipal
Até 4 de Agosto
“Mais um Olhar”, exposição de pintura
CUBA
Biblioteca Municipal
Pintura de Rico Sequeira, Mário Rodrigues,
Francisco Oliveira e Gabriel Gutierrez
MÉRTOLA
Convento de São Francisco
Até 1 de Dezembro
“O Bom, o Mau e o Vilão - Arte cinética
de Christiann Zwanniken”
VIDIGUEIRA
Posto de Turismo
Até 5 de Agosto
“Momentos Ingénuos”, pintura de Jorge
Morais Costa
MÚSICA | 2
SERPA
Espaço da Nora
Deolinda - Fusão Fado com Urânio Enriquecido
Sexta | dia 27 | 22h00
Mosca Tosca
Sábado | dia 28 | 22h30
CINEMA | 5
ALJUSTREL
Cine-teatro Oriental
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
Domingo | dia 29 | 21h30
ALMODÔVAR
Cine-teatro Municipal
O Mistério da Estrada de Sintra
Sábado | dia 28 | 21h30
CASTRO VERDE
Cine-Teatro Municipal
Ruptura
Sábado e domingo | dias 28 e 29 | 22h00
FERREIRA DO ALENTEJO
Centro Cultural Manuel da Fonseca
As Pragas
Sexta a domingo | dias 27 a 29 | 21h30
SERPA
Cine-teatro Municipal
Escola para Totós
Sexta e domingo | dias 27 e 29 | 21h45
VILA VERDE DE FICALHO EM FESTA
Arrancam esta sexta-feira, 27, as
tradicionais festas em honra de São
Joaquim e Santa Ana, em Vila Verde
de Ficalho. Os festejos duram até
sábado, 28, com muita animação.
FLAMENCO EM ALMODÔVAR
O grupo de novo flamenco Cadências apresenta-se esta sexta-feira, 27,
a partir das 21h30, na Praça da República de Almodôvar para mais um
espectáculo das “Noites de Verão”.
Iniciativa. Noites em Santiago animam vila do concelho de Castro Verde entre sexta-feira, 27, e domingo, 29
Entradas em festa
apresenta site e foral
Noites em Santiago arrancam hoje na bonita
avenida de Entradas, com lançamento de publicações sobre a vila e uma corrida de toiros que
promete casa cheia.
A
vila de Entradas, no concelho de Castro Verde, vai estar
em festa a partir de hoje e
até ao próximo domingo com mais
uma edição das Noites em Santiago.
Espectáculos de sevilhanas, grupos
corais alentejanos, animação de
rua, torneios populares e uma corrida de toiros à portuguesa preenchem o programa das festividades,
promovidas em parceria pela Junta
de Freguesia local, Câmara Municipal de Castro Verde e Sociedade Recreativa e Desportiva Entradense.
Este ano, um dos grandes destaques da iniciativa será a apresentação, nesta sexta-feira, às 19h00,
do livro do Foral de Entradas e o
boletim informativo “O Ceifeiro”,
editado pela Junta de Freguesia. A
par da publicação, a autarquia vai
também dar a conhecer o seu sítio
na Internet, em www.jf-entradas.
pt. (ver caixa).
O primeiro dia das Noites em
Santiago arranca com um espectáculo da Bandinha da Alegria
(20h00) e terá como grande destaque a realização da 8ª Corrida de
Toiros da Rádio Castrense (22h00),
que este ano apresenta um cartel
muito apelativo para os aficionados. Os cavaleiros Luís Rouxinol,
Tito Semedo e Vítor Ribeiro estarão
em, destaque numa corrida que
contará com toiros da ganadaria
de Cunhal Patrício e pegas a cargos
dos grupos de forcados de Évora e
de Cascais.
Durante a corrida, a organização
vai ainda homenagear o forcado
bejense José Luís Zambujeira, cabo
dos amadores de Cascais, que este
ano completa 25 anos de actividade como forcado.
Um espectáculo de sevilhanas
e um baile popular concluem este
primeiro dia dos festejos, que será
ainda marcado pela abertura da exposição “Borboletas e outros insectos”, que mostra um conjunto de
ilustrações científicas de António
José Contente. A mostra estará patente ao público durante os dias da
festa, na chamada Casa de Pedra.
Dois dias animados. O segundo
dia das festas será marcado pela
apresentação do livro O Poço das
Entradas, de autoria de José Luís
Jones (17h00). Um trabalho que
compila um conjunto de crónicas
que o autor tem publicado no boletim “O Campaniço”, da Câmara
Municipal de Castro Verde. Um torneio de malha, uma garraiada popular e um concerto com a cantora
Romana completam o programa
de sábado.
As Noites em Santiago terminam
no domingo, 29, com a realização
das celebrações religiosas em honra de Nossa Senhora da Esperança.
Para as sete da tarde está marcado
um desfile de grupos corais alentejanos, estando prevista a presença
dos Cardadores da Sete, Os Ceifeiros de Cuba, Os Caldeireiros de
S. João e os corais das Paivas e da
Casa do Povo da Amareleja.
Um baile com a Banda Vibrações
e um espectáculo de música popular, com Os Amigos da Figueira,
completam o programa das festas,
que manterão em permanência
um conjunto de stands de exposição promovidos por entidades
daquela localidade. Além da Junta
de Freguesia e do Lar Frei Manoel
das Entradas, será possível apreciar
exposições ligadas à produção de
mel, aves e objectos em miniatura.
Junta de Freguesia
aposta na informação
A Junta de Freguesia de Entradas vai apresentar esta sexta-feira, 27, um
livro que mostra a versão fac-similada do Foral de Entradas. Na mesma
sessão, a autarquia lança o seu novo boletim informativo e o sítio da
freguesia criado na Internet. A cerimónia de apresentação destas novas
“ferramentas” informativas está prevista para as 19h00 e decorrerá no
espaço que a Junta de Freguesia terá nas Noites em Santiago.
Segundo a Junta de Freguesia, a edição do foral “tem como principal
objectivo divulgar o documento e valorizar o património do concelho e da freguesia de Entradas em especial”. A par desta publicação,
a autarquia vai apresentar o seu novo boletim informativo, com oito
páginas a cores, que apresenta um conjunto diversificado de notícias
sobre a freguesia. Finalmente, também o novo site da Junta (www.jfentradas.pt) será apresentado nesta sessão. A página procura mostrar
a realidade da freguesia, desde a história aos eleitos locais, passando
pelos monumentos, património edificado, restaurantes, educação,
acção social e publicações.
pub.
sexta-feira
2007.07.27
22
GUI’ ARTE
Tauromaquia. Cabo dos Forcados Amdores de Cascais nasceu em Alfundão e cresceu em Beringel
Biblioteca
quase pronta
Os 25 anos
de José Luís
A Biblioteca Municipal Manuel
da Fonseca vai inaugurar em
Entradas um pólo no espaço do
antigo hospital da Misericórdia.
Com uma área total de 215 m2, o
espaço pretende divulgar o livro,
promover o gosto pela leitura e
desenvolver actividades que permitam a reflexão, o debate e a crítica. Salas de leitura, de Internet e
audiovisuais, um espaço-criança
e um pátio central compõem
este pólo de Entradas, que deverá afirmar-se como espaço de
encontro cultural e social, com
“uma localização de excelência” no centro da vila.
Cabo dos forcados de Cascais completa 25 anos de actividade e vai deixar as
arenas. Alentejano e profundo conhecedor
da festa, José Luís Zambujeira é homenageado esta sexta-feira em Entradas.
O amor pela festa brava surgiu cedo na
alma de José Luís Zambujeira. Natural de
Alfundão, onde nasceu há 45 anos, o actual cabo do Grupo de Forcados de Cascais
mudou-se para a vizinha aldeia de Beringel, onde passou uma infância a sonhar
com as jaquetas e as noites de glória.
Como acontece a quase todos os forcados do Alentejo, a paixão pelos toiros levou
José Luís a percorrer garraiadas e festas
populares durante a juventude. “Comecei
desde muito novo com os meus amigos,
brincando com as vaquinhas onde havia
festas. Sempre tive o sonho de um dia ser
forcado”, confessa ao “Correio Alentejo”,
lembrando o dia em que teve a oportunidade: “Havia um rapaz da minha terra que
pegava nos juvenis de Beja e que, na fase
má do grupo, mudou-se para [os amadores
de] Cascais. Nessa altura, eu tive a oportunidade de entrar no grupo de forcados e
aproveitei”, recorda.
Estávamos em 1982. Até hoje, José Luís
nunca mais deixou a jaqueta. O seu espírito é igual ao do primeiro dia e a responsabilidade de liderar um grupo obriga-o a
“incutir que, quando se tem uma paixão e
se gosta muito de ser forcado, é preciso esquecer o sentimento de medo”.
“Nenhum forcado deve ir para a praça
pensando que se vai aleijar. Sabemos que
há esse risco mas nunca pensamos nisso.
Nenhum forcado se deve fardar ou ajudar
um amigo pensando que vai ficar aleijado”,
reforça.
Na memória de José Luís Zambujeira
continua fresca a tarde da primeira corrida
com a jaqueta da sua predilecção. Foi na Figueira da Foz e o grupo pegou “dois toiros
à primeira e um à segunda”. Daí para cá, o
toureiro alentejano fez parte do grupo até
1993. Nessa altura, como estava “saturado
e tinha sofrido muitas mazelas e lesões”,
decidiu afastar-se.
Três anos de paragem trouxeram algum
desconforto que Zambujeira não esconde. “O meu ‘cabo velho’ [Francisco Cano],
como o trato carinhosamente, deixou
amornar o grupo um bocado. Como já tinha uns anos largos disto, voltei em 1996,
numa altura em que o grupo estava praticamente moribundo”, recorda.
Nesta fase, o forcado de Beringel aplicou-se a fundo. Mobilizou alguma “rapaziada nova” e procurou ajudar o grupo a renascer. Três anos depois, o Francisco Cano
abandonou totalmente a actividade e José
Luís assumiu o comando “para não deixar
o grupo morrer”.
A coisa correu bem e neste momento os
Forcados de Cascais atravessam um período de grande vitalidade. Apesar de ter muitos membros naturais da região de Beja, o
cabo faz questão de vincar que o grupo é
de Cascais e é essa jaqueta que “todos defendem e dão tudo… se for preciso a vida”,
deixa escapar com evidente paixão.
Com 30 forcados maioritariamente
alentejanos, o futuro está perfeitamente
assegurado. José Luís sente que o grupo
está “num momento
belíssimo”, mas faz notar que, para chegar a
este ponto, “tem havido
muita luta, muitos toiros
pegados e muito trabalho”.
“Este é o momento ideal
para eu deixar [de ser cabo],
porque o grupo está estabilizado e ganhou um estatuto de respeito na festa brava.
Tem forcados belíssimos e é
uma grande família”, explica
José Luís Zambujeira, que no
final desta temporada será
rendido por Pedro Marques.
Até lá, a festa continua e
corridas não faltam. O grupo
já tem 10 corridas feitas e, no
mês de Agosto, deverá cumprir
umas 12 ou 13. “Tudo foi programado para deixar uma imagem de vitalidade e espero que
o grupo esteja bem até ao fim da
temporada”, confia.
A festa e Tito Semedo. Conhecedor profundo da festa em Portugal,
José Luís admite que o “momento
não é fácil porque o país atravessa
uma grande crise”. Se por um lado
o momento é bom para as praças
móveis, por outro há uma evidente
crise nas praças fixas, sobretudo na
zona da Moita, Montijo e Alcochete,
onde há um número muito grande
de corridas. “Mas os empresários vão
saber dar a volta a isso”, confia.
Neste contexto, José Luís Zambujeira não esconde que a reabertura do Campo Pequeno veio dar
outro impulso às corridas de toiros.
Tratando-se da “grande catedral” do
toureio, a praça lisboeta é “o grande
objectivo de cavaleiros, forcados e
novilheiros”. “A reabertura revitalizou
e deu um novo impulso à festa. Mas há
uma crise no país que não devemos esquecer”, remata.
Por outro lado, José Luís está a trabalhar com o cavaleiro alentejano Tito Semedo. Na última temporada, a amizade
falou mais alto e os dois sintonizaram esforços para conseguir uma presença mais
efectiva nas arenas portuguesas. Este ano,
Tito Semedo convidou Zambujeira para
apoderado e este aceitou. “Este ano chegou-se à conclusão que poderia ser apoderado dele. Chegámos a um consenso e as
coisas têm corrido bem. Temos o nosso relacionamento profissional muito baseado
na amizade”, conta.
No seguimento desta “aliança”, Tito Semedo está a ter “uma temporada como
nunca teve”. Depois de ter estado na Póvoa
do Varzim, na corrida TV Norte, prepara-se
para estar na da TV Sul, em Elvas. Com presença assegurada em Setúbal e à espera do
Campo Pequeno, Tito Semedo vai tourear
acima de 20 corridas de toiros.
Entradas
Entradas
Loteamento
terá 21 casas
Com os arruamentos e infra-estruturas praticamente
terminados, já avançam em
bom ritmo algumas obras de
construção de novas moradias
na zona de expansão Nascente
da vila de Entradas, no loteamento paralelo à Avenida de
Nossa Senhora da Esperança.
Além de 21 casas de habitação,
esta nova zona da vila vai ainda
acolher a construção de uma
novo edifício para os diversos
serviços de centro de dia do
Lar Frei Manoel das Entradas.
E está prevista a construção de
um novo estabelecimento de
restauração e uma fábrica de
queijos.
Entradas
Sociedade
vai ter obras
Entradas homenageia
José Luís Zambujeira
José Luís Zambujeira vai ser homenageado na Corrida de Toiros da Rádio Castrense pelos seus 25 anos
de forcado. Uma distinção no ano em que vai deixar
a liderança dos Amadores de Cascais e que o deixa visivelmente satisfeito. “Agradeço muito porque nunca
ninguém me fez uma coisa deste género. Sou um homem de sentimentos, aprecio muito esta lembrança”,
declara ao “CA”.
Além dos Forcados de Cascais, a corrida conta com os
Amadores de Évora e os cavaleiros Luís rouxinol, Tito
Semedo e Vítor Ribeiro. Os toiros são da ganadaria dos
Herdeiros de Cunhal Patrício.
O edifício da Sociedade Recreativa e Desportiva Entradense
(SRDE) vai sofrer obras profundas, anunciou a direcção
daquela colectividade. Neste
momento já existe projecto de
remodelação do espaço e, segundo a mesma fonte, aguarda-se a possibilidade de haver
finaciamento comunitário para
a intervenção prevista. As obras
deverão melhorar significativamente o espaço de bar e reabilitar a cobertura de todo o edifício, nomeadamente o salão de
jogos. O melhoramento da sala
da direcção e a criação de novos
sanitários são outras áreas previstas. Neste momento, apurou
o “CA”, ainda não há calendário
definido para esta intervenção.
Refira-se que a SRDE funciona
naquele edifício há cerca de 71
anos e, durante este período, o
espaço foi sucessivamente melhorado e adaptado.
Fundada a 3 de Fevereiro
de 1935 e presidida por João
Luís Silva, a sociedade mantém
como principais actividades
o futebol sénior e o atletismo,
tendo na última temporada arrecadado vários títulos distritais
nesta última modalidade.
GUI’ ARTE
Gastronomia. Restaurante em Entradas abriu portas há sete anos
Um “Celeiro”
com bom gosto
Restaurante de Entradas aposta na comida
de panela mas tem um bacalhau que seduz muito boa gente.
Ana Soares dirige o Restaurante “O Celeiro”
No próximo mês de Dezembro o
restaurante “O Celeiro” completa
sete anos de existência. Criado para
ser uma pastelaria, rapidamente
evoluiu para uma espaço de restauração devido “à falta de movimento”.
Consciente que “para não fechar a
porta era preciso fazer alguma coisa”, a gerência da casa acreditou que
“poderia ter sucesso com a abertura
de um restaurante”.
Seguindo esta via, Ana Soares optou por uma decoração tradicional,
repleta de motivos alentejanos. “Sou
100% alentejana e tenho procurado
as minhas raízes para ter na minha
casa”, explica ao “CA”, consciente
que esta aposta é um factor de diferenciação muito apreciado pelas
pessoas.
Instalado num antigo celeiro
tradicional, o restaurante revelou-
Açordas de perdiz e fraca, ensopado de borrego e sopas de corvina ou cação são “pratos-fortes” na ementa do restaurante entradense.
À hora de almoço daquela segunda-feira, muito
mudou na vida do restaurante “A Cavalariça”. Era
dia de descanso semanal,
mas mesmo assim a mesa
foi posta para um grupo de jornalistas
amigos da casa. A
estes juntou-se
uma outra jornalista, do “Expresso”, que aflita
na demanda por
um restaurante
em terras campaniças recorreu
à porta da velha
taberna da “Ti
Aur o r a”
em busca de uma refeição.
“Convidámo-la a comer e a
senhora gostou tanto que disse ir
escrever um pequeno texto para
o roteiro ‘Boa Cama Boa Mesa’ do
‘Expresso’”, lembra Maria João,
proprietária e cozinheira
do restaurante que funciona em Entradas há
já uma década.
Desde esse dia
muito mudou na vida
do restaurante, que
ganhou grande visibilidade a nível nacional. A referência
no roteiro do semanário de Pinto Balsemão deu o mote,
a arte e delicadeza na
cozinha fez o resto.
“A casa já funcionava bem,
m a s
de-
Maria João é a “alma” do restaurante “A Cavalariça”
sexta-feira
2007.07.27
pub.
se uma boa aposta. Conduzido por
Ana Soares, o cardápio está repleto de sabores típicos alentejanos e
“essencialmente comida de panela”.
Claro que não faltam grelhados mas,
segundo a responsável, “os visitantes
preferem a comida tradicional”.
Apesar de localizado em Entradas, uma pequena vila do interior
alentejano, o restaurante tem revelado um “ritmo de clientes e de procura que tem sido bastante satisfatório”. “Nós estamos a viver momentos
de crise, não por falta de clientes
mas sim pelo sistema. Mas não me
posso queixar porque a casa está a
trabalhar bastante bem. Tenho cada
vez mais clientes”, afirma a gerente
do “Celeiro”.
Convidada a explicar melhor as
queixas que tem do “sistema”, Ana
Soares não tem papas na língua e
aponta do dedo ao Estado. Porquê?
“Porque impõe impostos, impostos
e impostos e, por muito que trabalhe, a gente tem dificuldades. São
tantas as exigências que nos fazem
que perdemos a motivação de trabalhar”, afirma.
Seja como for, Ana Soares não
esconde que o seu restaurante tem
crescido em bom ritmo e com muitos clientes. Para isso, muito contribui a proximidade com o Clube de
Campo Vila Galé, a quem a empresária agradece por “proporcionar a
chegada de muitos clientes à restauração de Entradas”.
“As pessoas gostam muito da comida de Entradas. Muito mesmo.
Aquilo que eu ouço dizer é que as casas são boas e os serviços também.
As pessoas vão e voltam”, explica
Ana Soares.
Gastronomia. Restaurante da vila de Entradas é conhecido em todo o país
Boa mesa
na “Cavalariça”
23
pois disso começaram a aparecer
pessoas novas. Todos os anos vêm
pessoas novas. Umas porque vêem
no ‘Expresso’, outras noutros roteiros”, observa Maria João.
Açordas de perdiz ou fraca, ensopado de borrego, sopas de corvina ou
cação e pratos de caça marcam com
distinção uma ementa que faz dos
sabores da terra um trunfo e levam
até às mesas d’“A Cavalariça” pessoas
vindas de norte a sul do país.
O movimento tem vindo a crescer
de ano para ano e o espaço do restaurante tem também aumentado. Da
antiga taberna, “onde caçadores, pescadores e outros mentirosos” se reuniam ao balcão para o copo de tinto
do fim da tarde, a casa estendeu-se
para o quintal, para a cozinha e para
um novo salão, decorado de forma
tradicional e que faz a delícia de todos aqueles que por lá passam.
“A casa tem boa frequência durante todo o ano. Não há altos nem baixos”, garante Maria João, que conta
actualmente com mais quatro funcionários e tem como “receita” para
um bom serviço o gosto por aquilo
que faz, sempre com “muita calma e
paciência”.
Contudo, e apesar de “não ter razões de queixa”, a empresária não
deixa de notar nos últimos tempos
alguma retracção nos clientes. “As
pessoas têm menos dinheiro. Nota-se
isso porque antes as pessoas vinham
e todas pediam uma dose de comida. Agora, se forem quatro pessoas,
pedem apenas duas doses e meia de
comida”, assevera.
MÍNIMA
MÁXIMA
SEXTA 27.07.2007
38
16
TEMPO PARA HOJE. Céu geralmente limpo. Vento fraco de noroeste. Pequena subida da temperatura máxima. Neblina ou nevoeiro matinal no litoral oeste.
p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.15 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.18 CORREIO DESPORTIVO • p.20 ESPECIAL CARROS • p.21 GUI’ARTE
pub.
SUGERE...
SEXTA [22H00]
TOURADA EM ENTRADAS
Corrida da Rádio Castrense com
Luís Rouxinol, Tito Semedo e
Vítor Ribeiro. Forcados de Évora
e de Cascais.
“
JOSÉ LUÍS ZAMBUJEIRA Cabo dos Forcados Amadores de Cascais
[P.22]
Nenhum forcado deve ir para a praça pensando que se vai
aleijar. Sabemos que há esse risco mas nunca pensamos nisso.
SÁBADO. [22H00]
TEATRO EM MÉRTOLA
O grupo Contra-Senso apresenta a peça “Romeu e Julieta” no
cine-teatro Marques Duque, a
partir das 22h00.
Festa. Localidade do concelho de Odemira com três noites“cheias”
Comércio
S. Luís apresenta
tasquinhas e música
Pingo Doce inaugurou
nova loja em Almodôvar
Festas arrancam
esta sexta-feira e o
grande destaque vai
para as várias tasquinhas com petiscos
tradicionais.
Realiza-se a partir desta sexta-feira e até domingo, 29, a 9ª edição
das “Tasquinhas de São Luís” que
prometem trazer grande animação
àquela localidade e sede de freguesia do concelho de Odemira.
Durante três dias, a aldeia de São
Luís terá para oferecer aos visitantes
e residentes bons petiscos de gastronomia tradicional, doces regionais,
artesanato, quermesse e animação
musical. Os festejos são organizada
pela Sociedade Recreativa e Musical
Sanluizense, que conta com o apoio
da Junta de Freguesia de São Luís e
da Câmara de Odemira.
A par dos petiscos, as “Tasquinhas de São Luís” terão um programa recheado de actividades de animação, sempre a partir das 21h30.
Esta sexta-feira, 27, haverá baile
com Luís Candeias e a actuação da
fadista Raquel Peterson, acompanhada à viola por António Serápio e
à guitarra por Tó Rui. No dia 28 de
Julho haverá baile com João Mateus
e espectáculo com o grupo de música popular portuguesa “Afluentes
do Sado”. A última noite das “Tasquinhas de São Luís” terá como animação um baile com Fábio Nunes e
a actuação do grupo de dança “Titãs” e do grupo “J.A.S.E.”
Segundo a organização, “esta iniciativa tem trazido “muitos visitantes a São Luís nas últimas edições,
conhecendo também bastante adesão por parte da população local”.
O Grupo Jerónimo Martins inaugurou esta quinta-feira, 26, a sua primeira loja da marca Pingo Doce em Almodôvar. A iniciativa decorreu
pela manhã, às 9h00, e foi apadrinhada por vários representantes da
marca e pelo presidente da Câmara Municipal local, António Sebastião, que visitaram demoradamente as instalações do novo supermercado. Em nota de imprensa, o Grupo Jerónimo Martins explica que a
abertura do novo supermercado
Pingo Doce em Almodôvar, o
200º em toda a rede nacional
da marca, vai permitir à população local e dos arredores disporem de um “espaço
de compra mais moderno
e confortável, com maior
variedade de produtos e os
preços mais baixos do mercado, para as compras de todos
os dias”.
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