161
números
Setembro e Outubro 2008
Ano XXXVI
Terminar em Festa
Recomeçar
em Alegria
A Entrevista p4/5
Colaboração
p7
Tanta música
p6
2 - Jornal Escolar Setembro e Outubro de 2008
Ajuste necessário
Editorial
O primeiro número do nosso Ribadouro, no
arranque de um novo ano lectivo, é sempre
pensado para estabelecer pontes entre o
ontem, o passado, o presente e, porque
não, o futuro.
Já o ano lectivo passado caminhava para
o fim e as actividades iam-se sucedendo.
Aqui procuramos deixar o seu registo.
Encontrarás artigos sobre a Festa de
Encerramento do ano lectivo, o Campo de
Férias, o Acampamento MJS, os Passeios
do 1º e 2º Ciclo, a colaboração com a Casa
da Música …
O novo ano arrancou e as iniciativas
sucedem-se. Aqui fica o registo das que já
se realizaram … A Semana da Música, o
Dia Internacional das Línguas, a Reunião de
pais e Encarregados de Educação … mas
também as colocações no Ensino Superior,
as mudanças físicas que se vão realizando,
o Desporto Escolar …
A entrevista ao nosso director, Pe. Paulo
Pinto, que publicamos neste número nas
páginas centrais, vai bem para além do
ontem e do hoje … projecta-nos em direcção
ao futuro. A não perder!
O trabalho que se faz no nosso Ribadouro,
aquilo que ele é, aquilo que ele pode ser,
depende de quem promove, dinamiza,
congrega, aglutina, depende, principalmente,
de quem é a razão de ser de tudo o que se
faz nesta casa: os nossos alunos.
Se participas, se intervéns, dá-nos a
conhecer as actividades em que te envolves.
Já sabes, não esperes que te “encomendem”
artigos para o jornal. Toma a iniciativa.
Vamos ver se és capaz de aceitar o desafio!
Ficamos à espera!
A rubrica “Palavra do Director” não se
publicará neste número.
A experiência ajuda-nos a corrigir práticas
e a experimentar novas soluções.
O arranque do presente ano lectivo foi
pensado para criar momentos de maior
proximidade entre Pais e Encarregados
de Educação e as estruturas directivas e
pedagógicas do colégio. Nesse sentido, a
reunião geral que sempre se realiza no início
de um novo ano lectivo foi organizada em três
momentos distintos: o tradicional encontro com
a Direcção, momento aproveitado pelo Director
Pedagógico, Pe. Paulo Pinto, para se dirigir
a todos, focando aspectos que interessam
a todos; um segundo momento em que os
Directores de Turma acolheram os respectivos
Pais e Encarregados de Educação abordando
então questões específicas de cada turma e,
finalmente, no Bar do Colégio, um convívio
informal entre todos.
Pretendeu-se tornar mais rico este primeiro
encontro e aproximar ainda mais Família e
Escola.
O número de pais e Encarregados de
Educação atesta bem do interesse em
acompanhar a vida da escola e, no fundo,
acompanhar os seus filhos e educandos
Segurança, nunca
é demais!
O capítulo da segurança
contra incêndios mereceu,
novamente, a atenção da
direcção: foram instalados
novos extintores por todo o
edifício (neste momento existem
80 extintores no colégio) bem
como foram colocadas placas e
luzes sinalizadoras de emergência que, com os
detectores de fumo e os painéis com as plantas
de evacuação do edifício, completam o sistema
de segurança contra incêndios.
A ideia é sempre facilitar
O acto de tirar fotocópias sofreu alterações
com a instalação de três novas máquinas
fotocopiadoras, estrategicamente colocadas
(1º piso, biblioteca e secretaria) e que irão
servir professores e alunos tendo, para
esse feito, sido distribuído um novo cartão
de identificação e de controlo do acesso à
cantina, que está também dotado de novas
funcionalidades, nomeadamente permitir
imprimir, fotocopiar e enviar e-mails pelo
próprio.
Neste momento estas funcionalidades estão
atribuídas apenas aos professores. O cartão
dos alunos permite, para já, que o próprio o
utilize na fotocopiadora da Biblioteca e do
corredor do 1º piso, prevendo-se que outras
funcionalidades lhe venham a ser atribuídas.
A password atribuída a cada aluno, é sempre
bom lembrar, é pessoal e intransmissível.
Nas salas de aula foram instalados terminais
para ser possível ligar computadores portáteis
à rede e à internet. Vai ser possível aceder,
em cada sala de aula, à informação de forma
mais rápida e diversificar estratégias de aula,
tornar-se-à mais fácil trazer a imagem e o som
para dentro da sala de aula.
Apesar da sua implementação ainda suscitar
dúvidas em muitos de nós, a Plataforma Moodle
(http://moodle.cop.pt) está para ficar.
Tempo de Férias 2008
Mais um verão, mais um Tempo de Férias que se realizou com muitas actividades e novas
amizades que se criaram no decorrer destas 4 semanas de animação total. Agradeço a todos
os participantes da maneira como cooperaram e se comportaram neste período
de férias, pois são dois factores importantes para o êxito desta actividade.
Como também quero deixar aqui o meu agradecimento aos animadores que
colaboraram nesta actividade, alguns deles já com alguma experiência entre os
quais alguns antigos alunos que continuam a sentir o colégio como sua casa e
que gostam de partilhar a sua experiência com os animadores mais novos, pois
assim, todos nos ajudamos a crescer e a partilhar experiências.
Experiência de animação
Ao longo de 4 semanas de Tempo de Férias, vivi uma das
mais agradáveis experiências nesta casa.
Partilhei com os meus colegas e amigos mais novos, ideias,
brincadeiras e uma amizade que vejo reflectida, no dia-a-dia,
quando nos cruzamos nos corredores.
A entre-ajuda,
companheirismo e
o respeito criado no
grupo originavam o
bom ambiente que se
sentia ao longo do dia.
Sabemos que não
nascemos amigos uns
dos outros, a amizade,
como uma casa, vai-se
construindo e a nossa
ficou bem cimentada.
Rita Lemos 12º CSH
A Direcção do Colégio, sempre com a
preocupação de actualizar e simplificar
métodos e processos, entendeu que a
adopção deste veículo de comunicação no
seio da Comunidade Educativa proporcionaria
mais um espaço de aproximação entre os seus
utilizadores.
Muitos docentes disponibilizaram já, nas
suas disciplinas, recursos e actividades para
que o trabalho lectivo e de enriquecimento, em
ambiente a que se acede através da Internet,
fosse mais apelativo. Muitos alunos visitaram
já, com mais ou menos regularidade, este
espaço e, pelas reacções, estão a gostar. Até
parece que o estudo e o trabalho se tornaram
diferentes.
Ribadouro Setembro e Outubro de 2008 - 3
Pense Indústria 2008
Acabar em Festa
Foi certamente um dia diferente para a
Comunidade Educativa do nosso Colégio:
um dia em que literalmente se abriram as
portas e se deu a conhecer os principais
espaços colegiais e onde, de manhã à noite,
foi possível dar uma imagem próxima daquilo
que se vai realizando ao longo do ano lectivo…
actividades diversas, do desporto ao teatro
passando pelas exposições, pela dança, pela
música, pelas oficinas … pela primeira vez
toda a escola se movimentou para apresentar,
num único momento, o que é o dia-a-dia.
Pensou-se o encerramento do ano lectivo
promovendo a vinda dos pais e encarregados
de educação ao colégio para assistir e
participar nas actividades dos filhos e
educandos e eles aderiram em grande
número, ultrapassando mesmo as melhores
expectativas.
Várias gerações se cruzaram nos pátios,
nos corredores, no bar, no salão nobre, nos
laboratórios … conviveram, experimentaram,
sentiram-se parte de um projecto que não é
só nosso mas que é de todos nós e só faz
sentido se todos o abraçarmos como tal.
Não foi uma festa sem falhas e sem
dificuldades. A boa vontade foi ultrapassando
algumas delas mas nada que não se possa
corrigir para futuro.
A avaliação interna que fizemos, a presença
de tantos visitantes, diz-nos que é de repetir
… então, aqui fica o registo, principalmente
visual, do que foram esses momentos, alguns
desses momentos.
A Ciência marcou presença
Tudo começou bem cedinho. Prontos
para um dia de trabalho, mesmo ao
sábado, encontramo-nos todos no
COP por volta das 8.30h . Apesar
das actividades só terem iniciado por
volta das 14h. Tudo precisou de uma
preparação minuciosa.
Entre bagaço (resultante da
destilação do vinho), sabonetes de
glicerina, bolas pinchonas, pasta dos
dentes de menta, colapso de latas,
pega-monstros, sais de banho e
pipocas e assim se passou um dia no
laboratório de Física e Química.
Por outro lado, no laboratório de
Biologia e Geologia, fizemos queijo fresco, iogurte, preparações com células ao microscópio.
Os alunos do 3.º ciclo estiveram a simular a formação de fósseis e a mostrar a constituição e
funcionamento do sistema respiratório do coelho. Os alunos do 2.º ciclo fizeram pão e os alunos do
4.º ano estiveram a fazer experiências que aprenderam ao longo do ano nas aulas laboratoriais.
Todo este trabalho não foi feito em vão, pois a adesão foi muito positiva por parte dos
pais, alunos e professores, entre outros.
No final de tudo isto, e depois do grande jantar, ficamos com o espírito de cá voltar.
Alunas do 9º ano entre os vencedores
A RECET - Associação dos Centros
Tecnológicos de Portugal, juntamente com
o Ministério da Economia e da Inovação,
promoveram a entrega de prémios do concurso
"Isto é uma Ideia" no âmbito do Projecto
Pense Indústria, no passado dia 7 de Julho,
na FIL – Parque das Nações em Lisboa, em
sessão presidida pelo Ministro da Economia e
Inovação, Dr. Manuel Pinho.
Neste evento foram apresentados 7 projectos
inovadores no "isto é uma ideia". Este concurso
inserido nas actividades de sensibilização do Pense
Indústria pretende premiar a criatividade dos jovens
no desenvolvimento de produtos e processos
inovadores, utilizando novas tecnologias.
Foi com “BBI – Best Beg Intelligent”, uma
mochila para evitar esquecimentos de material
escolar, que a Beatriz França, Beatriz Oliveira,
Bruna Lopes e Iolanda Teixeira, alunas do 9º
ano que frequentavam o CATIM – Centro de
Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica,
que conseguiram ser um dos sete projectos
finalistas e por esse motivo cada uma delas
recebeu um computador portátil.
Este grupo de alunos foi ainda convidado a
assistir, no Museu do Oriente, em Lisboa, no
dia 15 de Setembro 2008, à conferência “Lisbon
Innovation and Renewable”, organizada pelas
revistas Visão e Exame, e da responsabilidade
do Ministério da Economia que contou com
intervenções do Dr. Manuel Pinho, Dr. Francisco
Pinto Balsemão e Richard Branson, dono do império
Virgin e de uma das empresas que vai comercializar
voos turísticos no espaço, debateram questões
sobre inovação e energias renováveis.
Depois das intervenções e do debate em torno
do tema “Inovação e Energias Renováveis”, foi
projectado um filme sobre as actividades do
Pense Indústria tendo, de seguida, os jovens
participantes no PI subido ao palco para falar
sobre os seus projectos e ainda, numa curta
intervenção, a RECET anunciou as linhas força
do projecto para o ano 2008 / 2009.
Parabéns aos alunos participantes e à
professora Lourdes Leitão que mais uma
vez proporcionou aos nossos alunos do 9º
ano o contacto com a realidade da Indústria,
alargando os seus horizontes.
Grupo de alunos do 10.º ano C.T.
Passeio do 2º Ciclo
No dia 13 de Junho, as turmas do
5º e 6º anos fizeram o seu passeio
de final de ano, com a finalidade de
marcar o fim das actividades lectivas
se divertir, sem esquecer a parte
cultural da viagem.
Primeiro, visitámos o Castelo de
Montemor – o -Velho. Apesar de algo
destruído, o castelo estava enfeitado
com fitas coloridas, que lhe davam
um ar de festa. Percorremos as
muralhas, observámos a paisagem
através de um telescópio, visitámos
a Igreja onde pudemos apreciar a
velha imagem da Senhora do Ó.
Como recordação tirámos uma
fotografia do grupo, que se organizou
de modo a mostrar a sigla COP.
Então, seguimos viagem para um
grande parque, onde almoçámos,
brincámos, fizemos um torneio de futebol,
dançámos, ouvimos música, etc.
Ao fim da tarde, regressámos ao colégio
cansados mas com vontade das férias.
«Foi muito divertido e queremos fazer outro,
mas num sítio diferente» Zé Miguel – 6ºC
«Foi tão alegre, que dá vontade de voltar de
novo» João Luís – 6ºC
«Foi bom conhecermos o castelo e a Igreja»
Luís – 6ºC
«Foi um óptimo tempo de convívio com os
nossos colegas» Sofia – 6ºC
Marta Correia – 6ºC
4 - Jornal Escolar Setembro e Outubro de 2008
Uma entrevista ao nosso Director
Um olhar pessoal sobre a nossa realidade e projecto
A ideia de realizar uma entrevista mais alargada ao Pe. Paulo Pinto, nosso Director, surgiu após a publicação de uma breve
entrevista para a revista “País Positivo” nº 21 de Março de 2008, a que fizemos referência em número anterior do Ribadouro.
Na entrevista que a seguir se publica, o Pe. Paulo Pinto fala de si, dos seus projectos, da sua missão, das dificuldades que se lhe
deparam na acção mas, acima de tudo, do cunho que quer transmitir ao “governo” desta casa e à nossa Comunidade Educativa.
P. Quando regressou ao Colégio para
assumir a responsabilidade de orientar a
Pastoral, alguma vez pensou ter de assumir a
direcção desta casa?
R. Sinceramente, não! Naquela altura
recebi do Provincial dos Salesianos a tarefa
de promover a Evangelização (pastoral) nos
diversos projectos e sectores da obra do
Colégio dos Órfãos e a assumir a Direcção
Técnica do Lar. Nesse momento tinha planeado
o trabalho para um período de três anos…
P. Como se vê nesta sua nova missão/
função?
R. Humilde! Reconheço que sou novo e a
iniciar uma experiência nova de trabalho num
contexto que exige muita responsabilidade e
empenho. Sinto, por isso, a necessidade de
cultivar o estudo e a reflexão para que seja
possível dar cumprimento à qualidade do
Projecto Educativo desta casa. Nesse sentido,
tenho procurado apostar no desenvolvimento
um trabalho organizado e coordenado,
confiando nas pessoas com quem partilho
tarefas de Direcção e Coordenação.
Para além de todas estas exigências,
não posso esquecer-me que sou sacerdote
salesiano. Tenho o dever de olhar a realidade
e os contextos actuais e orientar a casa na
fidelidade aos valores do Evangelho, segundo
o carisma salesiano.
P. Muitos dos que nos lêem não tem bem
a noção do que “faz” o Director desta casa.
Como é o seu dia a dia?
R. Quando se fala do “Director do Colégio
dos Órfãos”, geralmente as pessoas associam
esta figura apenas ao Director Pedagógico
da Escola Salesiana do Colégio dos Órfãos.
O Director é o representante da Entidade
Titular do Colégio, neste caso, a Província
Portuguesa da Sociedade Salesiana. Assim,
por inerência do cargo, o Director acumula
diferentes serviços, entre os quais Director
da Comunidade Salesiana; Director Técnico
do Lar; Director Pedagógico; Presidente
da Mesa da Assembleia do Centro Juvenil
Salesiano (CJS) e do Centro de Antigos Alunos
Salesianos (CAAS).
Portanto, o que faz o Director desta casa?
Zela pela qualidade da Proposta Educativa
Salesiana em todos os seus sectores, zela
pelo bom desempenho dos seus funcionários,
zela pela qualidade dos serviços, zela pela
coordenação de todos os sectores que
constituem a Comunidade Educativa e Pastoral
do Colégio dos Órfãos (CEP), zela pela melhor
relação com as entidades parceiras do
Colégio, zela pelo cumprimento dos diferentes
acordos celebrados com entidades públicas
e privadas.
Infelizmente, e digo-o com pesar, neste
momento sinto-me mais afastado das crianças
e jovens que convivem todos os dias nesta
grande casa. É uma ausência que me dói como
leitores desta entrevista, as pessoas com
quem trabalho, são realmente aquelas com
quem gostaria de trabalhar! Reconheço nelas
profissionalismo, dedicação, empenho e
entusiasmo e, sobretudo, uma grande amizade
pelas crianças e jovens que vivem e estudam
nesta casa. Formamos uma família com um
propósito educativo e esta é a maior força para
enfrentar as dificuldades.
" (...) as pessoas com quem
trabalho, são realmente
aquelas com quem gostaria
de trabalhar. (...)"
salesiano sacerdote. Gostaria de passar mais
tempo com eles, sobretudo com aqueles que
vivem no Lar.
P. O Director é, pelas Constituições
Salesianas, a “Cabeça” duma casa. Como
tem norteado a sua missão/acção à frente dos
destinos do nosso Colégio?
R. Há um conjunto de convicções pessoais
das quais não abdico. Elas têm-me servido para
orientar o meu trabalho no dia-a-dia e projectar
o futuro desta casa. São essencialmente
quatro: a convicção de que Jesus Cristo é a
revelação da plenitude do ser humano. No seu
seguimento descobrimos uma forma de ser e
de estar na humanidade que a eleva à sua
máxima dignidade e plenitude; a convicção
que a comunhão trinitária (Pai, Filho e Espírito
Santo), é modelo perfeito de comunhão, base
para a construção de uma comunidade de
vida e de amor; a convicção que o Sistema
Preventivo Salesiano, assente nos pilares da
razão, religião e amor, é o melhor dos sistemas
pedagógicos para o acompanhamento e
comprometimento dos educadores no
crescimento das novas gerações; a convicção
que a amizade, entendida como um “querer o
bem do outro” e que merece de mim o meu
melhor, é um valor fundamental que sustenta
uma relação fundada na sinceridade e na
responsabilidade.
P. Quais as maiores dificuldades com que
se tem deparado?
R. Podíamos estar o resto da entrevista
a falar sobre este assunto: dificuldades
económicas (quem não as tem neste
momento!?), estruturais, enquadramento
geográfico do Colégio, acessibilidades, rede de
transportes públicos, publicitação da qualidade
de ensino que possuímos e de todo o bem
que se faz, no Lar, na Escola, no CJS, no
CAAS…Contudo, julgo que o mais importante
não é tanto constatar, mas sobretudo ter a
capacidade criativa e inovadora para conseguir
dar resposta a estas dificuldades.
Contudo, e porque o sinto partilho com os
P. Quais os projectos que gostaria de ver
concretizados durante o seu mandato? Obras?
Uma solução ou martírio?
R. O primeiro e principal projecto que
gostaria de ver concretizado é o Projecto
Educativo desta casa, quer ao nível do Lar quer
ao nível da Escola. Já existe, mas julgo que
ainda nos falta conseguir verter nele a riqueza
de uma Instituição que se rege pelos valores
do Evangelho, que se inspira no Sistema
Pedagógico Salesiano e que quer formar
pessoas humanas, capazes de serem “bons
cristãos e honestos cidadãos”. Não é fácil
passar dos princípios à operacionalização quer
no âmbito da gestão e da administração, quer
no acompanhamento pessoal e académico
que se exige.
Todos os restantes projectos não são mais
que uma exigência deste primeiro: a melhoria
das condições estruturais do Colégio, a
construção de um Centro de Recursos para a
Informação e o Conhecimento; um Auditório;
uma Escola de Música com salas apropriadas
e um estúdio de gravação; a remodelação
do Pavilhão Gimnodesportivo, criação de
espaços verdes, reestruturação da entrada
do Colégio…
À pergunta se as obras são solução
ou martírio… responderia que são uma
exigência!
P. Noutro domínio, o do fundamento da
acção, considera que o “Sistema Preventivo”
dá resposta aos desafios/problemas que
afectam a educação dos jovens? O que
mudaria … os políticos ou as políticas? Como
tem o Colégio acompanhado as alterações que
atingem, em catadupa, a Escola?
Ribadouro Setembro e Outubro de 2008 - 5
R. Muita coisa já foi dizendo a este respeito.
Contudo sublinho novamente a minha
convicção que o Sistema Preventivo Salesiano
é o melhor dos modelos educativos de que
tenho conhecimento para o acompanhamento
e a educação dos jovens. Parece um pouco
abusivo da minha parte, eu sei, mas esta é
uma convicção pessoal! Na razão, no amor
e na religião cristã vejo uma síntese perfeita
daquelas atitudes e princípios que informam
uma educação consistente, verdadeira e
utópica (no sentido que não pactua com a
medianidade ou com o que já se conseguiu,
mas que empenha para mais e melhor).
Sobre a questão dos políticos e das
políticas… bem, não sou indiferente aos
problemas que afectam o país e até mesmo
a cidade do Porto. A política é necessária e,
portanto, também os bons políticos. Contudo,
prefiro pensar que é necessário “dar a César
o que é de César e a Deus o que é de Deus”;
também na educação. Reconheço o valor
da lei, mas reconheço igualmente que ela
é largamente superada pelo amor e pela
caridade. É impossível obrigar alguém a amar
pela força da lei. Não é uma avaliação de
desempenho, por exemplo, que fará com que
"Amar é a condição sem a
qual não será possível uma
educação de qualidade,
ou uma relação pessoal
sincera e amiga(...)"
um professor goste mais dos seus alunos. Tal
apenas poderá vir de um coração livre que
ama e, por isso, se sente responsável por
cuidar e acompanhar os alunos da melhor
forma possível. Será o amor quem suscitará no
professor o sacrifício, o empenho e, portanto,
a qualidade na docência... Amar é a condição
sem a qual não será possível uma educação
de qualidade, ou uma relação pessoal sincera
e amiga, ou uma comunhão de vida livre e
responsável.
Com tudo isto não quero dizer que não estou
atento ao novo paradigma e aos contextos que
orientam e sustentam as posturas do ministério
da educação; nem que não aproveita a sua
mais valia em termos de pensamento, de
reflexão e inovação... O que pretendo dizer é
que, se uma lei ou um decreto, uma norma…
não tiver como primeira intenção o bem dos
alunos, mas apenas os interesses políticos do
momento, essa será uma má lei, necessária
de ser melhorada e superada.
P. Como vê o Ensino Particular e Cooperativo
num período em que se fala de “fortes ataques
à Escola Pública”?
R. Ataques à Escola Pública???!
Bem, primeiro é preciso esclarecer que
a Escola Particular e Cooperativa também
é Pública e, por sinal, com uma melhor
qualidade de serviços, com melhores
resultados académicos e com um menor
peso (substancial) para as despesas do erário
público. Penso que ao referir-se a “Escola
Pública” se refere a Escola Estatal.
Gostava também de dizer que a Escola
Estatal está refém de si mesma no seu Projecto
Educativo. Neste momento, tem havido uma
tendência para reduzir um projecto educativo
a números e à formulação de medidas em
vista de uma suposta melhoria da qualidade
de resultados. Tal como dizia anteriormente, o
que promove a qualidade de ensino não são
os números, as actividades, as planificações,
mas tudo isto apenas ganha sentido quando
o professor quer o melhor dos seus alunos.
Penso que um Projecto Educativo deve ser
claro, para os pais/encarregados de educação,
alunos, docentes e não docentes e para a
sociedade em geral, quanto aos princípios e
valores que regulam a acção educativa e que
ser humano quer construir. Ora, uma Escola
nunca será neutra e ficamos sempre com a
impressão que, ao nível das directrizes que
enformam a configuração da Escola Estatal
fica sempre qualquer coisa por dizer…
Penso que o ataque de que falava é
sobretudo orientado para a Escola Particular
e Cooperativa de inspiração Católica. Ela tem
uma proposta educativa clara, transparente
e sem subterfúgios. Os seus valores e
princípios estão escritos e são afirmados
como base sustentadora dos seus Projectos
Educativos. Isto incomoda muita gente,
algumas organizações e poderes públicos,
porque vêem neles um empecilho à “liberdade
humana” e à construção de uma “Europa
Moderna”. Não é aquele Homem que se quer
construir, mas apenas aquele que melhor sirva
os interesses do Tratado de Lisboa.
Penso, portanto, que não se trata de um
ataque ao nível da gestão e da administração
(não quero crer em tal perversidade), mas ao
nível de diferentes cosmovisões, concepções
antropológicas, princípios morais e éticos e,
por consequência, diferentes paradigmas e
modelos sociais.
"Quando estou no meio
deles, eles são mellhores"
D. Bosco
em causa sermos portadores do amor de Deus,
revelando aos Homens um Deus que amor e
que, por isso, vem ao encontro daqueles que
mais precisam. Não se trata de uma questão
política ou pessoal, mas simplesmente de
serviço ao Deus de Jesus Cristo e à sociedade
humana.
É neste contexto que enquadro a ordenação
de D. Joaquim. Encontro nele uma grande
abertura à vontade de Deus e uma grande
disponibilidade para o servir no serviço
aos irmãos, sobretudo os mais jovens e
necessitados, como certamente muitos dos
que o conheceram enquanto Director desta
Casa reconhecem. É verdade que preferia ver
o D. Joaquim na Diocese do Porto, mas sinto
que quem decide, decide com conhecimento
e com um propósito justo.
P. Que mensagem gostaria de transmitir
à Comunidade Educativa do nosso Colégio,
a todos os que fazem desta Colégio, a sua
“Casa”?
R. Acredito que é possível conseguirmos
criar no Colégio um ambiente de família, onde
cada um se sente responsável pelo bem do
outro. Acredito que o Colégio tem uma parte
importante na vida dos nossos alunos para a
construção do seu projecto de vida. Apenas
recordaria uma frase que dom Bosco dizia, e
que julgo ser significativa para todos nós que
estamos envolvidos neste enorme projecto que
é o Colégio dos Órfãos, com todas as suas
valências: “Quando estou no meio deles, eles
são melhores!”
P. Como viu, numa perspectiva pessoal e
da Congregação, a elevação de D. Joaquim
Mendes, antigo Director desta casa, à condição
episcopal?
R. Vi numa perspectiva de Igreja, de
vocação ao serviço e como resposta às
necessidades pastorais de uma diocese. Não
é fácil falar sobre este tema para um público
em geral, porque é necessário compreendêlo à luz da fé e da caridade divina. A vocação
ao seguimento de Jesus Cristo passa por
uma entrega da vida no serviço generoso à
comunidade cristã e por um desprendimento
de interesses e necessidades pessoais. Está
O Ribadouro deseja as maiores felicidades ao Pe. Paulo Pinto para que todos os seus projectos e aspirações encontrem
concretização num futuro não muito distante e que encontre em nós, Comunidade Educativa, toda a ajuda necessária.
6 - Jornal Escolar Setembro e Outubro de 2008
Mais do que um dia... toda uma semana
Recentemente, a nossa Comunidade
Educativa testemunhou e participou numa
séria de manifestações artísticas e culturais
subjacentes ao Dia Internacional da Música,
celebrado a 1 de Outubro, tendo a efeméride
ocorrido este ano numa quarta-feira...Durante
os dias precedentes e até à semana seguinte,
a Escola enfeitou-se de surpresas musicais que
coloriram o ambiente com um toque de festa,
criatividade e partilha de talentos...
Logo na terça-feira, dia 30, pelas 10h00, a
Banda da PSP associou-se a esta iniciativa
e ofereceu-nos gentilmente um concerto no
nosso pátio com um programa recheado de
temas bem interessantes. Após o toque das
10h20 a Banda permaneceu ainda por mais
algum tempo com os alunos do 1º e do 2º ciclo
interpretando outros temas e apresentando
de forma sugestiva alguns dos instrumentos
musicais deste agrupamento.
Na quarta-feira, dia Internacional da Música,
foi inaugurada no Salão Nobre do Colégio,
uma exposição de instrumentos musicais e de
desenhos realizados pelos alunos do 1º, 2º e 3º
Ciclos. Esta exposição foi organizada a partir
estruturada em 4 categorias instrumentais:
sopros, cordas, percussão e instrumentos de
raíz popular. A maioria dos alunos visitaram-na e puderam conhecer mais de perto a
magia daqueles objectos que, quando tocados
com arte e mestria, fazem-nos experimentar
momentos de inigualável beleza e comoção e
sentir o poder arrebatador da música... Ela é
um dos mais sublimes fermentos para a “alma”
deste “corpo”, a nossa Comunidade Educativa,
como D. Bosco assim nos ensinou...
Dos desenhos expostos referidos
anteriormente, foi seleccionado um deles,
que serviu de suporte visual a um postal que foi
preparado durante as aulas de EVT e editado
nas Oficinas Gráficas do Colégio, contendo
igualmente um texto evocativo deste dia, que
serviu de referência para o momento dos “Bons
dias”, da autoria do prof. José Paulo.
Também na quarta-feira, dia 1, durante o
segundo intervalo da manhã, o João Luís do
6ºano C, acompanhado pelo seu professor,
tocou alguns temas para trompete, na varanda
do pavilhão voltada para o pátio.
No dia 2 de Outubro, à tarde, realizou-se no
mesmo local, uma coreografia para todos os
alunos, que foi concluída com nova participação
musical do João, agora acompanhado pela
Joana Delfina do 5º B, que, com os seus
trompetes, partilharam os seus talentos com
entusiasmo e disponibilidade...
No dia 8 de Outubro, as 3 turmas do 6º
ano, realizaram uma visita guiada à Casa
da Música, considerada o ano passado uma
das sete maravilhas do mundo em termos de
arquitectura urbana...
Foi uma oportunidade única para os alunos
conhecerem mais aprofundadamente este
“icone” da cidade e poderem relacionar
a realidade física do edifício com os
diversos serviços e projectos artísticos/
formativos que aí se desenvolvem...Foram
demonstradas algumas das actividades e
projectos mais recentes da Casa da Música,
A semana vista pelos alunos
Durante uma semana (de 6 a 10 de
Outubro), foram várias as actividades
desenvolvidas pelo Departamento de Artes
e levadas a cabo na escola.
Tivemos oportunidade de visitar, no Salão
Nobre, uma exposição de instrumentos
musicais.
Dia 7, durante o intervalo da manhã a
banda de música da P.S.P animou o nosso
recreio.
Dia 8, os alunos do 6ºano foram a uma
visita à Casa da Música, como forma de nos
enriquecermos e desenvolver os nossos
conhecimentos musicais.
Dia 9, depois do almoço, houve uma aula
de Hip-Hop, dada pelo nosso ex-colega
André.
Nas aulas de Educação Musical e de
E.V.T a Música foi o tema principal dos
nossos trabalhos.
“Foi uma semana longa, mas divertida.”
Maria Ana – 6ºB
de uma campanha de recolha de instrumentos
que envolveu toda a comuniudade educativa...
Graças ao espiríto de colaboração de alguns
dos nossos professores, alunos e funcionários,
foi possível recolher um vasto número de
instrumentos musicais – alguns deles bastante
originais e/ou quase desconhecidos – que
foram todos devidamente catalogados, com
referências às suas origens, características,
família, funcionamento, etc. A exposição estava
tais como o “Gamelão”, um instrumento
comunitário proveniente da ilha de Java, na
Indonésia, tocado por mais de vinte pessoas
simultaneamente e que alguns dos nossos
alunos puderam experimentar...
Estas iniciativas tinham como finalidade uma
maior sensibilização para o papel fundamental
que a música assume nas nossa vidas, não nos
esqueçamos que ela pode ter um efeito gerador
de paz, harmonia, estabilidade emocional e um
maior sentido de partilha. Ao relacionarmo-nos
com ela de um modo altruísta e equilibrado,
estamos a melhorar a nossa qualidade de
vida e provavelmente a dos outros que nos
rodeiam...
Prof. José Paulo Ferreira e Profª. Teresa Barbosa
“Foi divertido, mas gostei principalmente
da ida à casa da Música, porque tocamos
instrumentos desconhecidos.”
Francisca – 6ºC
“Gostei de ver a banda de música da
P.S.P percorrer o nosso Colégio.”
Beatriz – 6ºB
Ribadouro Setembro e Outubro de 2008 - 7
O nosso contributo
Fruit
Salad
Na Sexta-feira, dia 3 de Outubro, na aula
de Inglês, fizemos uma fruit salad, isto é, uma
salada de fruta. Cada aluno teve que trazer
uma peça de fruta: maçã, pêra, uvas, manga,
maracujá, bananas, pêssegos, etc. Depois
a professora mandou os alunos que tinham
lavado as mãos descascar e cortar as frutas
e pôr numa taça grande. Havia muita fruta!
E alguns trouxeram latas com vários frutos e
outros com ananás e pêssego.
Já mais para o fim, escrevemos numa folhinha
pequenina fruit salad e colámos nuns pauzinhos.
Distribuímos a fruit salad por tacinhas de metal
Pusemos os pauzinhos nas taças e depois
comemos. Quando nós começámos a comer
vimos que a fruit salad tinha muitos frutos
diferentes. A Professora foi simpática e deixounos repetir. Aquilo era mesmo bom!
João Miguel, Miguel e João Vítor (4º ano)
A Desfolhada
A Pré-Primária e o 1º Ciclo fizeram uma
desfolhada, no dia 6 de Outubro de 2008, à
tarde. Foi no pátio de baixo às 15 horas.
A professora Ana Raquel levou o milho e o
Alexandre o cesto para colocarmos os grãos
de milho depois de debulhado.
- A desfolhada começou! – avisou a
professora. Nós começámos logo a desfolhar
e a debulhar o milho até às 16 horas. O milho
rei saiu à Ana Margarida, que teve que dar um
beijinho a uma pessoa à sua escolha.
No final, juntamos os grãos de milho no cesto
e recolhemos as folhas do milho. A professora
disse que depois nos ia mostrar farinha de milho
e que mais tarde nos ia dar a provar boroa de
milho. Depois de tudo recolhido e de deixarmos
o espaço limpo, regressamos à sala de aula.
Foi muito divertido!
Inês Pereira 4º
Não há bela sem senão
A colaboração em iniciativas promovidas pela Casa da Música atingiu o seu ponto alto com
a participação de alunos e professores desta casa em dois projectos (Aniki Bóbó e Histórias
do Norte), de natureza multidisciplinar, que se realizaram no final do ano lectivo anterior e aos
quais ainda não tínhamos feito referência nas páginas do nosso jornal.
“Aniki Bóbó segue o seu
caminho”
“Pelas 10 horas da manhã do dia 6 de Julho
de 2008, já os membros do grupo “Dance
Balance” estavam sentados no átrio da Casa
da Música prontos para o grande dia.
Após um exaustivo dia de ensaios,
que terminou pelas 20 horas, estávamos
preparados para dar o tudo por tudo e
contribuir para que este musical fosse uma
grande homenagem a Manuel de Oliveira pela
passagem do 100º aniversário. Os nervos
eram muitos mas, quando subimos ao palco,
como que se transformaram numa explosão
de emoções positivas.
A coordenação do espectáculo, que teve
a duração de duas horas, esteve a cargo do
violoncelista e compositor Ernst Reijseger e
nele colaboraram, entre outros, o coreógrafo,
bailarino e percussionista António Tavares e
o videasta Tiago Pereira, autor do vídeo em
que também participamos.
Este espectáculo foi o culminar de longos
meses de trabalho, foi um momento de puro
entretenimento que nos remeteu para a época
da realização do Aniki Bóbó e, em paralelo,
para a actualidade juvenil.
Uma experiência que gostaríamos de
repetir.
Ana Rita e Ana Sofia, 11º L.H
No passado dia, 21 de Junho de 2008, o Clube Multimédia,
do Colégio dos Órfãos do Porto, esteve presente na Casa da
Música, para participar no espectáculo designado “Histórias
do Norte”. Os representantes do Colégio foram os alunos
David de Pinho, Fábio Daniel Mendes e Rui Manuel Marques,
(actualmente no 8º ano), orientados pelo Professor José
Maria Calisto. Estes tiveram como proposta realizar uma
animação Vjing, (apresentação de vídeo em tempo real), em
colaboração com a Academia de Música de Espinho, que
interpretou uma peça designada “Stonewave” do compositor
norueguês, Rolf Wallin.
O Colégio contou também com a participação
dos alunos do Lar que encerraram o espectáculo. A
coreografia, manipulando uma serpente, à semelhança
de um Dragão Chinês, projecto do Professor Carlos
Dias, teve a colaboração de Lee 7 (Coreografa do
Porto). Os alunos que manipularam a serpente foram:
André Vilela, Armando Ferreira, Emanuel Pereira,
Luciano Monteiro, Micail Barbosa e Pedro Rosa.
O trabalho realizado pelos nossos alunos revelou-se de grande qualidade e mereceu os elogios da
organização.
Neste espectáculo participaram também a Escola
de Música Óscar da Silva, Anilupa/Associação de
Ludotecas do Porto, Escola de Música de Valentim de
Carvalho, Lee7 (Oficina Artística), Puppets (Grupo de
Dança), Conservatório de Música do Vale de Sousa.
No início do ano lectivo, os alunos deram-se conta
que alguns espaços do colégio ainda não estavam em
condições de os acolher. Os balneários, que servem o
nosso pavilhão, estavam ainda em obras. Era uma obra
necessária para proporcionar melhores condições aos
seus utilizadores: quatro novos balneários, gabinetes … A
obra está praticamente concluída e, como já é “tradição”,
bem para além da data inicialmente prevista.
A surpresa maior ainda estava para acontecer … Um
enorme guindaste foi montado no pátio de cima para
dar início às obras de substituição do telhado. Não foi
o momento pensado para dar início a esta empreitada
Prof. José Maria
mas … “não há bela sem senão”! Modernizar acarreta
sempre transtornos, contratempos. Não fora o atraso
no início da obra e, por esta altura, já estaria também
concluída.
As obras continuarão já que vai ser necessário intervir
nalgumas salas do 1º piso (lado norte), como é o caso da
sala de informática, dado que o tecto, com as infiltrações,
ficou bastante degradado e a ameaçar ruir.
No próximo Verão outros espaços vão sofrer obras de
beneficiação e modernização como será o caso da Portaria e
Pátio das Primárias e a Cozinha. Qualquer das intervenções
a realizar visa proporcionar melhores condições, servir
melhor, todos os que se movimentam nesta casa.
8 - Jornal Escolar Setembro e Outubro de 2008
Pelos caminhos do desporto
Um ano em cheio
O nosso aluno do 7º ano Cláudio Pinto
está de parabéns, continua a melhorar a sua
performance. No presente ano foi campeão
Nacional Sub 13 e Sub 15, Ganhou o Spanish
Junior Open 2008- Sub 13 e foi 12º no Dutch
Júnior Open 2008 – Sub 13 , que o projectou
para 26º lugar no Ranking Mundial de Júnior
Sub 13 da European Squash Federation. As
suas próximas provas vão ser mais um passo
no caminho do sucesso. Nos dia 31 de Outubro
a 2 de Novembro vai disputar o Belgium Dunlop
Júnior Open ( Belgica) e, no fim de semana de
14 a 16 de Novembro, vai disputar o PortoCup
2008 nas instalações do Monte Aventino Porto.
Aparece e dá o teu apoio.
Bi Campeãs Gira Volei
No torneio do Gira Volei as nossas atletas
estiveram mais uma vez de parabéns. Foram
campeãs regionais no escalão de Juvenis,
dando o título pela segunda vez ao COP.
As atletas Catarina Henriques e Alexandra
Gonçalves foram sem dúvida o espelho
de todo o trabalho que se realiza no nosso
Colégio. Foram apuradas para a fase final do
Nacional que se realizou em Lisboa, onde a sua
prestação foi formidável, não ganharam mas a
experiência foi inesquecível. De salientar que a
dupla de infantis Inês e Sofia CorreiaSilva que
se estrearam nestas andanças e que foram
também apuradas para a fase final do nacional,
estando também de parabéns. Gostaria, de
mais uma vez, agradecer a colaboração dos
acompanhantes a Lisboa, Ricardo Henriques
O Dia Europeu das Línguas, 26 de Setembro,
foi assinalado na nossa escola. Este dia foi
instituído em 2001 pelo Conselho da Europa,
que achou importante celebrar a diversidade
linguística no nosso continente. Para termos
uma ideia do que se entende por diversidade
linguística, existem mais de 200 línguas na
Europa! Com a criação deste dia, o Conselho
da Europa pretendeu também elogiar a vontade
e a Isabel, que foram incansáveis em todo o
seu apoio às duplas apuradas.
Desporto Escolar Voleibol
A ansiedade era grande logo nos primeiros
dias de aulas pois muitos perguntavam quando
começam os treinos de Voleibol. Pois bem, os
treinos começaram logo na segunda semana de
aulas onde quem quisesse podia experimentar
para ver se gostava. Agora já é a valer!
Como o calendário não nos deixa mentir,
este ano estamos todos mais velhos, e por
isso os escalões que vão entrar em competição
sofreram alterações. Nesta época de desporto
escolar os escalões em actividade externa são
as Infantis e as Juvenis. No entanto, todos os
outros entram em competições, adaptando-os
aos escalões ou noutra provas a realizar, Gira
Volei e Jogos Nacionais.
Objectivos Desporto Escolar
No nosso programa do Desporto Escolar.
Um dos objectivos que nos rege, é a detecção,
selecção e orientação de possíveis talentos no
desporto e nomeadamente no Voleibol.
Para a concretização deste objectivo o
número cescente de atletas inscritos no clube
de Voleibol tem sido crucial. É muito motivador
ver a quantidade de atletas a crescer e a
qualidade a aparecer mais cedo. Somos um
dos Centros de Gira Voleibol com mais
jogadores inscritos e também um dos que envia
mais atletas para o desporto federado.
que o Homem sempre mostrou de aprender
línguas ao longo dos tempos. Essa vontade
também é característica dos alunos da nossa
escola, e torna-se visível na alegria e empenho
com que a maior parte encara as aulas de Inglês
e de Francês. Estes alunos sabem que aprender
uma língua não é fácil, pois requer um trabalho
árduo e constante, mas também sabem que a
aprendizagem de uma língua estrangeira será
muito importante no seu futuro!
Para assinalar este dia, foi colocado
na portaria e em outros locais do colégio
o cartaz oficial do Dia Europeu das
Línguas. A ementa do dia, escrita em
português, em inglês e em francês,
também pôde ser vista em vários locais
do colégio. Quisemos ainda convidar
os nossos alunos a “usarem” um
autocolante com uma “palavra-amiga”
em português, inglês, francês, alemão,
espanhol ou italiano, transmitindo
Sei que por vezes não é fácil treinar às sete
horas da tarde ou ter de levantar cedo aos
Sábados de manhã, mas nunca foi dito que
a vida de atleta ia ser fácil. E para algumas, o
Voleibol já passou a fase do hobby e tornou-se, a par da escola, uma actividade importante.
No entanto, uma boa gestão do tempo é crucial
para um sucesso garantido. Saber quando
estudar, brincar e treinar é o Segredo.
Hóquei em patins
Se existe um desporto cujo nome está
relacionado com Portugal,
esse desporto é o Hóquei
em patins. Portugal tem um
grande número de Campeonatos do Mundo e da
Europa e os Salesianos
também tiveram o seu
peso com a formação de
alguns grandes jogadores
e a dinamização do Hóquei
em patins no nosso Colégio
do Estoril.
Na pesquisa dos desportos praticados pelos
nossos alunos, descobri
que o Diogo Teles, aluno do 8º ano, pratica
hóquei num dos clubes mais carismáticos da
nossa cidade, o Académico Futebol Clube.
Já fui ver o primeiro jogo e fiquei muito
impressionado com a competitividade da
prova e com a disciplina dos jogadores.
Se gostas de patins e de um desporto
cheio de movimento, pergunta ao Diogo como
praticar hóquei.
Partilha
Parece começar a crescer e a dar os primeiros
frutos a planta da partilha. Ao fim de alguns anos
de treino começa aparecer nalguns atletas com a
necessidade de partilhar os seus conhecimentos,
ajudando a treinar os mais novos. Sabemos como
é uma experiência enriquecedora do ponto de
vista pessoal. A partilha é uma das formas de
sermos melhores.
Prof. Francisco Silva
uma mensagem positiva e ao mesmo tempo
associando-nos ao lema para este ano – “Por
uma Cidadania Responsável”. Estes autocolantes
foram elaborados pelos alunos do 6º ano. No bar,
durante os intervalos, foi ainda projectado um
vídeo sobre Portugal, legendado em inglês.
Quando aprendemos outras línguas ficamos
com um conhecimento do mundo mais
completo, com um entendimento mais perfeito
sobre outras culturas e outros modos de vida.
Fica o desafio!
Prof. Paulo Cardos
Jornal da Escola Salesiana
do Colégio dos Órfãos do Porto
Lrg. Pe. Baltasar Guedes - 4300 - 059 Porto
Direcção: Pe. Paulo Pinto
Edição, Paginação e Impressão:
Alunos do Curso Tecnológico de Produção Gráfica
Fotografias: participantes das actividades referidas
Tiragem: 1000 exemplares
www.cop.pt (Edição em pdf)
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