I DON’T BELONG HERE DE DINARTE BRANCO E NUNO COSTA SANTOS encenação Dinarte Branco texto Nuno Costa Santos, Dinarte Branco, Cláudia Gaiolas, Joe Leandro, Louie de Sousa, Paul Pacheco, Tiago Nogueira, Tony Brum, Zita Almeida vídeo Paulo Abreu desenho de luz Feliciano Branco desenho de som Sérgio Gregório cenografia e figurinos Paulo Oliveira assistência de imagem e som Francisco Rosas, Marco Moreira, Paulo Lima construção cenográfica Decor Galamba apoio aos figurinos Ana Teresa Castelo direção de produção Alexandra Libânio, João da Ponte interpretação António Brum, Cláudia Gaiolas, José Leandro, Luís de Sousa, Paulo Pacheco, Tiago Nogueira, Zita Almeida coprodução Molloy Associação Cultural, AGECTA/Moby Dick Produções, Teatro Micaelense, O Espaço do Tempo, Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato, TNSJ espetáculo coproduzido no âmbito da rede 5 Sentidos estreia 9Jan2015 Maria Matos Teatro Municipal (Lisboa) dur. aprox. 2:00 M/12 anos Teatro Carlos Alberto 21-25 janeiro 2015 qua-sáb 21:00 dom 16:00 TNSJ Praça da Batalha 4000-102 Porto T 22 340 19 00 TeCA Rua das Oliveiras, 43 4050-449 Porto T 22 340 19 00 MSBV Rua de São Bento da Vitória 4050-543 Porto T 22 340 19 00 [email protected] Expulsos de Casa O processo de trabalho de I Don’t Belong Here começou através de contactos pessoais, feitos em Agosto de 2013, na ilha de São Miguel, com aqueles que iriam formar um alargado grupo de deportados do qual foram escolhidos cinco elementos para entrar num espectáculo sobre a sua experiência de deportação. Contacto a contacto, conversa a conversa, história a história, fomos conhecendo os seus percursos e o modo como as suas vidas foram sendo conduzidas para zonas de marginalidade. Fomos sabendo o que cada um era antes da deportação. O que cada um passou a ser depois da deportação, segunda pena para quem já havia cumprido anos de prisão pelos crimes que cometeu. Sem um trabalho feito com tempo, desenhado a partir de workshops vários e contactos muitos, seria impossível atingir o nível de proximidade a que se chegou. Trabalhar artisticamente a partir das vidas de seres humanos é uma tarefa delicada, e mais delicada se torna quando esses seres humanos estão numa situação de desconforto extremo, longe da comunidade onde criaram uma identidade pessoal, e num território insular com vivências e referências culturais muito distantes do caos das cidades onde cresceram. O trilho fez-se trilhando. Com ideias, avanços, dúvidas, decisões. Que permitem que as histórias sejam sempre contadas de um modo diferente em cada sessão, que abre espaço para que surjam novas ideias durante a recriação de instantes que os próprios deportados viveram. A participação de todos os envolvidos no projecto e no desenho da peça foi, é e será sempre efectiva até ao fim da tournée. Mesmo tendo um chão, foi sendo construído depois de conversas, entrevistas, experiências. E está sempre a ser renovado. Como é sempre renovado o modo como cada um se conta ao mundo. São sete actores em palco. Dois profissionais, Cláudia Gaiolas e Tiago Nogueira. E cinco pessoas que expõem corajosamente a sua solidão, a sua dor, a saudade que têm dos seus, mesmo que aqui e ali sublimadas por elementos coreográficos ou pelo humor. Os seus nomes: António Brum, Tony; José Manuel Carvalho Leandro, Joe; Luís Alberto Botelho de Sousa, Louie; Paulo Maria de Almeida Pacheco, Paul; Zita Maria Costa Almeida, Zita. I Don’t Belong Here é, no fim de contas, sobre a não-pertença e a pertença. A não-pertença a uma terra onde se foi obrigado a viver. A pertença à casa da qual se foi expulso. Essas circunstâncias extremas e os dolorosos sentimentos que provocam em quem cumpre a dupla pena da deportação são a base do espectáculo que agora se apresenta. Dinarte Branco e Nuno Costa Santos Texto escrito de acordo com a antiga ortografia. www.tnsj.pt O TNSJ É MEMBRO DA “Emoções, vivências e – esperamos – libertações” Foi ao pensar alto, no seguimento da análise do louvável trabalho levado a cabo tanto pelo Governo dos Açores como pelas associações locais, que me ocorreu a ideia de um trabalho de integração pela arte. Mais precisamente, foi após ter assistido a uma peça interpretada pelo Dinarte Branco e partilhado com ele as minhas preocupações e sonhos que se materializou a ideia. Pouco tempo depois, e com muito entusiasmo de todos, nasceu o projeto I Don’t Belong Here. A todos, portanto, o meu muito obrigada pela esperança trazida pelo processo, que vai com certeza conduzir a resultados emocionantes, tanto na peça como no filme. Estou ansiosa por ver o resultado desta generosa partilha de todos os participantes, em especial os atores, tanto os profissionais como os da “vida”, entregando-nos as suas emoções, vivências e – esperamos – libertações! Emmanuelle Ortega Afonso Fundadora e Presidente do Observatório dos Luso-Descendentes FICHA TÉCNICA TNSJ coordenação de produção Maria João Teixeira assistência de produção Eunice Basto direção de palco (adjunto) Emanuel Pina direção de cena Cátia Esteves maquinaria de cena António Quaresma, Carlos Barbosa, Joel Santos luz Filipe Pinheiro, Abílio Vinhas, Adão Gonçalves, José Rodrigues, Nuno Gonçalves som António Bica vídeo Fernando Costa APOIOS TNSJ APOIOS À DIVULGAÇÃO “A coragem de partilhar as suas histórias” Fizemos questão de apoiar o projeto I Don’t Belong Here, que eu considero uma iniciativa exemplar de reintegração e inclusão na sociedade através do teatro, e de uma importância fulcral, na medida em que aborda uma problemática tão complexa e socialmente exigente como a da população repatriada dos EUA e do Canadá para os Açores. É uma causa difícil, mas eu sou daqueles que entendem que vale a pena realizar sonhos e utopias. E nós, sociedade civil responsável e participativa, temos o dever de fazer tudo para que a nossa voz seja ouvida e que esses sonhos venham a ser concretizados por e para seres humanos como nós! Não posso, por isso, deixar de felicitar o Observatório dos Luso-Descendentes e a Molloy por promoverem a iniciativa, o encenador Dinarte Branco por assumir a direção artística do projeto, os atores profissionais por aceitarem integrar o espetáculo, e os (atores) repatriados por terem tido a coragem de partilhar as suas histórias. É uma honra para a AMI “pisar o palco” convosco! Fernando de La Vieter Nobre Fundador e Presidente da Fundação AMI AGRADECIMENTOS TNSJ Câmara Municipal do Porto Polícia de Segurança Pública Mr. Piano/Pianos – Rui Macedo APOIOS MOLLOY Fundação AMI, Governo dos Açores, Observatório dos Luso-Descendentes, Associação Novo Dia, SATA, Grupo Bensaude, Açoreana Seguros, Câmara Municipal da Ribeira Grande, Cresaçor, ANA Aeroportos de Portugal – Direção dos Aeroportos dos Açores, Direção Regional de Turismo – Delegação de Turismo dos Açores em Lisboa AGRADECIMENTOS MOLLOY António Castro Freire, António Vieira Bizarrão (Mestre “Baiboia”), ARRISCA – Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural, Universidade Aberta – CLA Ribeira Grande, Carolina Queiroz, Diana Diegues, Francisco Albergaria, Isabel Pinto Coelho, Nídia Fernandes, Nô Coutinho, Paulo Fontes, Quinta da Falésia (São Vicente Ferreira), Quinta do Norte, Restaurante O Emigrante (Capelas), Restaurante O Solar do Rei dos Frangos (São Vicente Ferreira), Restaurante Pharmacia (Lisboa), Ricardo Reis, RTP-Açores, Rui Faria, Sofia Motta