Deputados querem dar aumento para a elite Enquanto isso, o restante do funcionalismo (primos pobres) ficam a ver navios O projeto equipara os vencimentos desses funcionários aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de SP, carreira com o mais alto salário no Estado -R$ 22.111,25 mensais. Hoje, o limite de salário do funcionalismo é o valor pago ao governador: de R$ 14.850.O aumento do teto vai beneficiar categorias como os fiscais de renda, coronéis da PM e procuradores de autarquias. Página 15. 1ª Reunião das entidades com a líder do Projeto de Gestão de Pessoas No dia 24 de novembro, das 14h30 às 17h30 ocorreu uma reunião na Fazesp (Capital) - foto, com a líder do Projeto de Gestão de Pessoas, Sra. Neide, diretora do DRH, sua assistente. Estiveram presentes o Sr. Dairo (Associaçãoa Taats), Sérgio e Amábile (Sindfesp), Mauro e Samuel (Sitesp), Antônio (Associação Sede) representantes das entidades envolvidas no processo que tem como prioridade até março/abril de 2009 entregar à Secretaria da Fazenda um estudo técnico sobre as carreiras fazendárias. O supervisor de projetos, Sr. André Fischer e sua equipe estiveram presentes e informaram que o projeto já ultrapassou a fase de levantamento de legislação, entrevistas e coletas de dados com um grupo de servidores intitulado como “Grupo de Modelagem”. A Sra. Neide ressaltou que o próprio Secretário da Fazenda solicitou que as entidades representativas das categorias fazendárias fossem informadas do que está sendo desenvolvido. O Sr. André informou também que irá entregar 12 produtos visando o aperfeiçoamento dos trabalhos dentro da Sefaz. Esclareceram que TODOS os cargos envolvidos estão na LC 700 e que não existe nada DIFERENCIADO privilegiando quaisquer carreiras. Estaremos realizando uma reunião com nossos diretores deliberativos e executivos para analisar muitos aspectos envolvidos durante a reunião, porém ficará para o fim de janeiro de 2009. Queremos esclarecer aos servidores que tanto a equipe do Sr. André (FIA), como da Sra. Neide (DRH) demonstraram interesse na participação das entidades, solicitaram propostas e sugestões para a elaboração do NOVO QUADRO DE PESSOAL NA SEFAZ. Secretário da Fazenda é acusado de improbidade O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs ação de improbidade administrativa contra três expresidentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Mauro Ricardo Costa (à direta), Valdir Bezerra e Paulo Lustosa são acusados de desviar recursos públicos por meio da contratação ilegal de mão-de-obra terceirizada. Página 11 ATO PÚBLICO UNIFICADO Dia 28 de novembro - Praça da Sé – 14 horas Caso algum filiado do interior deseje participar deste ATO PÚBLICO, entrar em contato com a diretoria desta entidade para maiores informações. Negociamos junto APEOESP e o CPP e os mesmos disponibilizarão ônibus de suas regionais aos filiados do SINDFESP que poderão utiliza-los juntamente com os professores. Informamos que deverão apresentar o hollerith provando a filiação nas Regionais. Dependente pode pagar para ter pensão Os dependentes dos trabalhadores autônomos podem garantir a pensão do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mesmo que o segurado tenha parado de contribuir e morrido após perder a qualidade de segurado. Para isso, basta que ele tenha prestado serviços a uma empresa que não recolheu as contribuições previdenciárias devidas. Os autônomos filiados ao INSS -chamados de contribuintes individuais- devem pagar à Previdência Social todos os meses, de acordo com o salário de contribuição informado ao instituto. Quando eles prestam serviço, a empresa deve descontar, do pagamento, a parte da contribuição que cabe a elas. O trabalhador autônomo, nesse caso, deve pagar o restante. O TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que atende São Paulo e Mato Grosso do Sul) entendeu que, se o trabalhador não contribuiu por culpa da empresa para a qual ele prestava serviço, os dependentes têm direito à pensão, mesmo que o autônomo já tenha perdido a qualidade de segurado. “É obrigação do INSS fiscalizar se a empresa fez ou não o recolhimento previdenciário. O trabalhador não pode ser penalizado se a empresa deixou de pagar”, afirma a advogada Marta Gueller, do escritório Gueller & Portanova Advogados Asssociados. O tribunal entendeu que, como cabe ao INSS fiscalizar essa contribuição, e como é obrigação da empresa recolher parte da grana, o trabalhador não pode ser penalizado pelo não-pagamento. Ou seja, mesmo sem os devidos pagamentos, ele continua segurado do INSS. Nesta decisão, o TRF 3 determinou que o instituto pague a pensão para os dependentes de um contribuinte individual, porque considerou que ele manteve a qualidade de segurado. Na mesma decisão, o tribunal determinou que fosse descontado, da pensão, os valores referentes à cota da contribuição que caberia ao autônomo. O desconto é de até 30% sobre o valor do benefício, respeitando a garantia do pensionista receber, pelo menos, um salário mínimo, e o INSS não poderá descontar a parte que cabia à empresa ter recolhido. Para ter o benefício na Justiça, é melhor contratar um advogado e abrir um processo em uma vara previdenciária, porque, se o INSS recorrer, a ação irá para o TRF 3. Os juizados especiais federais podem negar o pedido.O Ministério da Previdência não comenta revisões e decisões da Justiça e informou que não aceita, em suas agências, o pagamento em atraso das contribuições ao INSS do trabalhador morto. (Paulo Muzzolon) Vaca-fria O sentido de retomar um assunto interrompido todos conhecem. Mas por que vaca? E fria? Já que a crise não vai passar tão cedo, que tal voltar à vaca-fria? Expressão antiga e popular, mas de origem misteriosa, ela pode ter nascido de uma anedota de tribunal Nas últimas semanas brilharam nesta página as palavras juros, crise e pânico. Como a histeria financeira ainda parece longe de passar, é hora de voltar à vaca-fria – expressão que quer dizer retomar algo deixado para trás no atropelo da conversa, mas que não se considera devidamente resolvido. No caso, retomar o saudável ecletismo do papo sobre termos de nosso vocabulário. Vaca-fria, por exemplo. “Voltar à vaca-fria” é uma locução misteriosa. Por que vaca? Por que fria? Isso não afeta sua popularidade no Brasil e em Portugal – talvez maior lá do que aqui –, como se pode comprovar numa rápida consulta ao Google. Dicionarizada desde que o lexicógrafo português Cândido de Figueiredo a registrou, em 1899, a vaca-fria é cercada de silêncio quando se trata de investigar sua origem. Um silêncio que não é completo, felizmente. No oitavo volume de seu Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa, de 1968, o filólogo brasileiro Silveira Bueno vai buscar a seguinte história no colega e compatriota Teobaldo, pseudônimo de Francisco Mendes de Paiva, que em 1879 publicou o livro Provérbios Históricos e Locuções Populares: “Com pequena variante de animais, ora o carneiro, ora a cabra, diz Teobaldo (...) que é muito velha a frase, prendendo-se, em português, ao fato de litigarem perante um juiz sobre a posse de uma vaca: a certa altura, quando o advogado da defesa fazia longas digressões, falando até de Faetonte e do seu carro ardente, atalhou o juiz: ‘Tudo isto é muito bonito, mas voltemos à vaca fria’.” Legenda necessária: Faetonte é um personagem da mitologia grega, filho do deus Hélios, que um dia foi dirigir a carruagem paterna – o Sol – e ateou fogo ao mundo. É a essa figura desastrada, e ao calor da oratória que ela inspira ao advogado, que o sarcástico juiz contrapõe sua vaca-fria. Sérgio Rodrigues, escritor e jornalista Carta aberta contra a política perversa de Serra que arrocha salários e destrói serviços públicos O neoliberalismo, política que prega o “estado mínimo” – um Estado desobrigado a oferecer à população serviços essenciais (educação, energia, saúde, transporte), entregando-o à iniciativa privada – vem sendo adotado no Estado de São Paulo desde os anos 90. Quem paga a conta é a população, pois a iniciativa privada só tem um objetivo: o lucro! Um exemplo foi a privatização da Eletropaulo, adquirida por empresas norte-americanas. Além de não cumprir a meta de expandir a capacidade de geração de no mínimo 15% em oito anos, as empresas reajustaram as tarifas – em dez anos – em 327,03%, frente a uma inflação de 93,53% no mesmo período. Em outras palavras, o neoliberalismo significa privatizar os lucros e socializar os prejuízos. É o que vem acontecendo na recente crise financeira, iniciada nos Estados Unidos e que vem se espalhando pelo mundo, derrubando as bolas de valores. A grande maioria dos trabalhadores não tem qualquer tipo de proteção, enquanto as mega-empresas recebem socorro do Estado. No dia 12 de novembro, o governador José Serra anunciou um pacote de ajuda aos bancos no valor de R$ 4 bilhões. Arrocho salarial No Estado de São Paulo, o neoliberalismo é levado à risca pelos sucessivos governos do PSDB. Há 14 anos os funcionários públicos – que trabalham nas escolas estaduais, no metrô, nos hospitais, nos postos de saúde, na empresa que fornece água etc. – estão sem reajuste salarial; o governo de José Serra não cumpre a lei que estabeleceu a data-base da categoria em 1º de março. Adota, como política salarial, a concessão de bônus e abonos, extremamente prejudicial e discrimina os aposentados, que não recebem os bônus e gratificações. Outro problema é a grande disparidade existente entre o piso e o teto salarial pago à categoria. Os maiores salários atingem uma minoria do funcionalismo. Soma-se a isto o autoritarismo do governador Serra, que não negocia e se nega a atender as reivindicações dos servidores públicos. Foi assim durante os 22 dias de greve dos professores; da mesma forma tratou os policiais civis, que cruzaram os braços por 59 dias. Por isto os funcionário públicos lutam para que o governo reconheça o Conselho de Políticas de Administração e Remuneração de Pessoal (SINP), criado pela Lei 12632, de 6 de julho de 2007, e que objetiva, entre outras questões, a busca constante das melhorias das condições salariais dos servidores públicos; do aperfeiçoamento das relações e condições de trabalho e melhoria da qualidade do serviço público e a criação de um sistema de negociação permanente. Estágio probatório O governo passa a avaliar, por três anos, funcionários públicos aprovados em concurso público de provas e títulos. Não define com clareza, contudo, os métodos de avaliação. O desmonte Educação: O Estado mais rico da Federação aplica apenas 3,5% do PIB em Educação. Resultado: profissionais desvalorizados, escolas sem bibliotecas, sem carteiras, lousas, laboratórios, classes superlotadas. As universidades públicas sofrem o mesmo mal: faltam investimentos para pesquisas e o governo entrega as faculdades para organizações sociais, travestidas de “fundações”, o primeiro passo para privatização. Saúde: Há anos a saúde pública vem sendo sucateada. O governo aposta na terceirização dos serviços e na transferência de responsabilidades do Estado para empresas privadas, que priorizam o lucro em detrimento das reais necessidades da população. Sem contar que o governo do Estado desvia milhões de reais de recursos próprios da saúde para outros fins. Como tem regime jurídico diferenciado, a assistência médica do servidor é realizada pelo Iamspe, que mantém o Hospital do Servidor Público. O sistema de saúde é mantido somente com a contribuição dos funcionários, que pagam 2% do salário; o Estado não entra com sua cota-parte. Resultado: atendimento precário. Transportes O setor de transporte, especialmente do Metrô, também tem sofrido com a falta de investimentos públicos, com a terceirização de mão-de-obra e com a privatização da Linha 4. O sucateamento do serviço, especialmente da manutenção preventiva, provoca constantes acidentes. As rodovias paulistas também estão sendo entregues à iniciativa privada, a um custo alto para os usuários. O IPVA e os pedágios são os mais caros do País. Segurança e judiciário: A política do PSDB para a segurança pública é o de escamotear números de homicídios nas estatísticas oficiais sobre a violência e não investir na área, e nem o de negociar com os policiais civis em greve. O judiciário sofre com o gargalo provocado pela terceirização, pela privatização e pela falta de concurso público, que só faz a morosidade no julgamento de processos aumentar, enquanto o governo corta 36,5% das verbas destinadas à Justiça no orçamento aprovado para 2008. ATO PÚBLICO UNIFICADO Dia 28 de novembro Praça da Sé – 14 horas * Abertura de negociação já! * Pelo cumprimento da database (1º de março) * Reconhecimento do SINP. * Em defesa do Iamspe. * Não às privatizações e terceirizações . * Contra o estágio probatório. Deputada articula a bonificação dos funcionários da Secretaria da Fazenda Está tramitando na Assembléia Legislativa o projeto de lei complementar 42/2008 que instituiu uma bonificação por resultados para os servidores da Secretaria da Fazenda. O projeto 42/2008 recebeu 15 emendas de parlamentares, sendo todas estas em benefícios dos trabalhadores da SEFAZ.Como relatora pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a Deputada Maria Lúcia Amary teve como obrigação analisar a constitucionalidade, legalidade e juridicidade dessas propostas. Constatada a inconstitucionalidade das emendas, a Deputada teve que rejeitálas em seu parecer. Mesmo sabendo que elas são merecidas. A Deputada Maria Lúcia Amary está articulando com as lideranças dos partidos, inclusive com o líder do governo uma alternativa viável para que haja melhorias no projeto encaminhado pelo Executivo. Vale ressaltar que no ano de 2004, a Deputada foi a primeira a defender os servidores da SEFAZ apresentando dois projetos de lei complementar sobre a PIQ (Prêmio de Incentivo de Qualidade). Esclarece a parlamentar que as razões que a levaram a rejeitar as emendas foram puramente técnicas. Maria Lúcia Amary Agendamento por site é falho e tumultua Hospital do Servidor A marcação de consultas no Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo, é hoje um desafio. A internet, ferramenta disponibilizada no ano passado para agendamentos antes feitos, em sua maioria, no próprio hospital, faz com que usuários esperem meses até conseguir marcar. Traz dificuldades para quem não navega na internet -principalmente idosos- e transtornos aos que descobrem, na hora da consulta, que ela não está agendada. Em visita ao hospital, a Folha encontrou vários pacientes nessas situações. “Fiquei oito meses até conseguir marcar uma consulta com [um] cardiologista para mim e para minha mãe, pela internet. Entrava dia sim, dia não. Sempre aparecia que não havia vagas”, conta Scheila Santos Raimundo, 46. Ela não tem internet em casa e acessa a rede apenas em seu trabalho, no Poupatempo, no centro de São Paulo. Lá, segundo Scheila, atendentes que lidam com a internet ficam a postos às 18h55 para tentar marcar consultas para os outros funcionários. Isso porque o sistema de marcação pela internet é disponibilizado sempre às 19h, de segunda a sexta. Os usuários têm alguns minutos para conseguir marcar sua consulta ou retorno para dali a alguns dias. Muitos reclamam que, às 19h15, já não há mais nenhuma vaga disponível. Além disso, quem consegue marcar não tem certeza de que será atendido. “Fiquei uns 15 dias para agendar geriatra e gastro para a minha mãe. No dia marcado, vimos de Osasco e não constava em nenhum lugar esse agendamento. A situação está crítica aqui”, diz o aposentado Valcir Cabral. O hospital é o principal centro de atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Estadual) e está ligado à Secretaria Estadual da Gestão Pública. O instituto atende 1,3 milhão de usuários por meio do hospital, postos de saúde e convênios com hospitais no interior. Segundo a superintendência, a dificuldade para marcar acontece, entre outros motivos, porque a internet não se integra com os outros sistemas -por telefone e pessoalmente, nos guichês, método que antes provocava enormes filas. Para a Amiamspe, a associação médica do instituto, caso ainda estivessem no hospital os 204 funcionários demitidos em 2007 entre eles 64 médicos aposentadoso atendimento poderia estar melhor. Novecentos médicos atendem hoje. Com dificuldades para marcar consultas, muitos usuários recorrem ao PS e “incham” o serviço. Na terçafeira, não havia pacientes em estado grave esperando atendimento, mas outros aguardavam pelo menos duas horas e se queixavam de que apenas dois médicos atendiam. A funcionária pública Regina Maria de Assis, 40, que acompanhava a mãe, disse que “a demora é sempre grande” e que já ficou no local das 6h às 16h para consultar exames. Alguns precisam de especialistas. Uma professora que preferiu não se identificar disse que, havia dias, tinha problema de memória, e que só estava ali por não conseguir marcar com um neurologista após tentar por todos os meios possíveis. Situação vai melhorar com novo sistema de marcações, afirma superintendente Na tentativa de melhorar a marcação de consultas, o Hospital do Servidor Público Estadual contará com uma central de agendamento a partir de janeiro. A informação é do superintendente do hospital, Latif Abrão Júnior. “A implantação está em fase avançada. É reconhecido o problema de agendamento. Fizemos a contratação dos equipamentos. Isso tudo tem que ser mudado radicalmente. Não é possível liberar a agenda na internet às 19h e às 19h01 estar tudo cheio”, diz. O superintendente prevê ainda a integração do sistema de marcação, levando em conta as feitas pela internet, telefone e nos guichês, o que não ocorre hoje, aumentando a confusão. No cargo desde março, Abrão diz que o número de consultas cresceu mais de 20% no período -hoje são 60 mil por mês. Ele diz que o hospital tem atuado em diversas frentes para isso. “Aumentamos a oferta de serviço médico. O governador José Serra [PSDB] já aprovou a contratação de 122 médicos. Além disso, buscamos resolver a prestação de assistência no interior, aumentando o número de cidades com serviços credenciados de 113 para 198”, diz. A estratégia visa credenciar mais hospitais e consultórios, já que os convênios para atendimentos no interior hoje praticamente se restringem às Santas Casas. Abrão diz que o aumento do atendimento é possibilitado por mudanças administrativas aplicadas e por uma decisão do governo estadual que garantiu mas R$ 100 milhões por mês ao hospital a partir de janeiro. Segundo ele, a demissão de médicos no ano passado não trouxe prejuízo e foi feita em razão de decisão judicial. Ele conta que, após a demissão, 60 médicos de concursos passados foram integrados. Para Abrão, um dos desafios da gestão é exercer também um maior rigor sobre o atendimento médico, verificando, por exemplo, o número de horas trabalhadas. STF aplica repercussão geral para remuneração do servidor O que não pode ser inferior ao salário mínimo é a remuneração total do servidor, e não seu salário base. Já há precedentes no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. Nesta quinta-feira (13/11), o Plenário da corte decidiu declarar a repercussão geral de Recurso Extraordinário do estado de São Paulo sobre o assunto. Nele, o estado pede a suspensão de acordo que entendeu que o salário base não pode ser inferior ao mínimo. Com a decisão, casos sobre a mesma matéria poderão ser negados e d e v o l v i d o s a o t r i b u n a l d e o r i g e m . O re l a t o r, m i n i s t r o R i c a rd o Lewandowski, mencionou, entre outros julgados, o Agravo de Instrumento 492.967, RE 455.137. O ministro também encaminhou proposta para a edição de uma Súmula Vinculante sobre a matéria. Inicialmente, a súmula teria a seguinte redação: “Os artigos 7º, IV, e 39, parágrafo 3º, da Emenda Constitucional 19/98, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor”. A proposta ainda precisa ser julgada. No Recurso Extraordinário, o estado de São Paulo alegou existência de repercussão geral da discussão. Quanto ao mérito, sustentou que, ao garantir aos servidores públicos salário nunca inferior ao mínimo, o constituinte originário referiu-se a vencimentos, ou seja, soma do salário base e demais vantagens pecuniárias fixas INSS espera fazer 50 mil acordos O INSS espera resolver este ano, por meio de acordo, pelo menos 50 mil processos de revisão ou concessão de benefícios que estão em tramitação na Justiça Federal. De janeiro até agora, o INSS já conseguiu 40 mil acordos. Para a semana de conciliação, que vai de 1º a 5 de dezembro, o INSS espera fechar cerca de 10 mil acordos no país. No acordo, o INSS oferece a implantação do benefício na hora e o pagamento de 80% dos atrasados -valor referente a diferença não paga pelo INSS nos últimos cinco anos. Serão feitas proposta de acordo para todos os ações sobre aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria por idade, aposentadoria especial, aposentadoria ou pensão rural e benefícios assistenciais, como o Loas. O INSS também fará acordo em casos que envolvem benefícios por incapacidade. Nesses casos, serão necessárias perícias judiciais que serão marcadas para antes da semana de conciliação. “Os procuradores estão empenhados para diminuir o volume de conflitos com os segurados na Justiça. A conciliação é o melhor caminho para isso”, disse Meire Lúcia Gomes Monteiro Coelho, presidente da ANPPREV (Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social).Segundo Meire, este ano o INSS está conseguindo fechar 80% dos acordos propostos. Em 2006, no primeiro ano com semana de conciliação, 55,4% das propostas de acordo feitas pelo INSS foram aceitas pelos segurados.No ano seguinte, 42,2% das propostas do INSS terminaram em acordo.Atualmente existem cerca de 6,5 milhões de ações de segurados contra o INSS na Justiça Federal. Por mês, são cerca de 130 mil novas ações.Antes de aceitar a proposta, o segurado precisa avaliar se essa seria mesmo a melhor opção. Caso o segurado não aceite a proposta do INSS, a ação continuará valendo e será julgada normalmente, de acordo com o calendário da Justiça Federal. (Juca Guimarães) Veja quanto irá ganhar na revisão da poupança ACABA EM DEZEMBRO O PRAZO PARA QUEM QUER PEDIR NA JUSTIÇA A CORREÇÃO DO PLANO VERÃO; O AGORA TRAZ TABELA PARA POUPADOR CONFERIR QUANTO VAI RECEBER No mês que vem, termina o prazo dado aos poupadores para entrar na Justiça e pedir a revisão da poupança referente à mudança econômica do Plano Verão (entre janeiro e fevereiro de 1989), que dá correção de até 20,36% sobre o saldo da caderneta à época. Quem ainda está em dúvida para saber se entra ou não com um processo deve conferir se valerá a pena. Quem tinha mil cruzados novos na época do Plano Verão, por exemplo, deverá receber hoje R$ 2.955,58. Se o poupador tinha 5.000 cruzados novos, por sua vez, terá direito a R$ 14.777,90. Já se a revisão for a do Plano Collor 1, 5.000 cruzados novos renderão na Justiça R$ 523,84. Os valores, aproximados, foram feitos pelo escritório de advocacia Berthe e Montemurro, segundo decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas não valem para ações contra a Caixa Econômica. Os poupadores também têm direito a pedir a revisão do Plano Collor 2 (1991), mas poucos entram na Justiça, porque a correção e o período que dá direito a ela não estão confirmados nos tribunais. Para entrar na Justiça O primeiro e mais importante passo para entrar com uma ação de revisão é conseguir os extratos que provam que havia dinheiro na caderneta de poupança na época da mudança do plano. O documento leva, em média, um mês para ser fornecido pelas instituições financeiras, que costumam cobrar R$ 6 por ele. Porém, alguns bancos demoram ainda mais, alegando dificuldade para localizar os extratos antigos. A Justiça pode aceitar outros documentos que provem a existência da conta, como a declaração de Imposto de Renda ou extratos mais antigos. O juiz fará uma conta aproximada da diferença a que o poupador teria direito. Mas se o banco se negar ou demorar a entregar o extrato, o poupador poderá reclamar à ouvidoria do banco ou registrar uma queixa no Banco Central. Outra possibilidade é entrar na Justiça com uma medida cautelar de exibição de documentos. (Anay Cury) Nota Sindfesp: Nosso corpo jurídico está preparado para impetrar ações como esta, solicitamos aos associados que entrem em contato. Extinção do Ipesp resultará em inúmeras ações Maria Cristina Lapenta A extinção do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp), estabelecida no artigo 40 da Lei Complementar Estadual 1.010/2007, promulgada em 1º de junho de 2007, criou uma nova autarquia previdenciária chamada: São Paulo Previdência — SPPrev. Esse novo órgão administrativo deve estar instalado e em pleno funcionamento até dois anos após a publicação da lei citada. A Lei 1.010/2007 tem por finalidade a unificação do sistema de previdência dos servidores públicos estaduais, civis e militares, o que torna patente a ausência de previsão legal com relação à sucessão de determinadas categorias que até então contribuíram e estão contribuindo para o Ipesp, tais como, advogados, economistas, contadores e serventuários de Cartórios de R e g i s t r o e Ta b e l i õ e s . N o entanto, vale ressaltar que essa Lei Complementar, ao conferir à SPPrev a condição de sucessora do Ipesp atribuiu-lhe o encargo de continuar zelando pela boa gestão de todas as categorias contribuintes, abrangendo, indubitavelmente, o dever de zelar por sua sustentabilidade e obrigação de adotar as medidas necessárias para tanto. Isto porque, tanto o Ipesp quanto a SPPr ev sã o p r o l o n g a m e n t o s personalizados e instrumentos da atuação do estado no campo da previdência, sendo assim indiscutível a responsabilidade subsidiária do estado de São Paulo. Existem duas alternativas para que os contribuintes incluídos nas categorias previstas não fiquem prejudicados com a extinção do Ipesp. A primeira é o ingresso de ação requerendo a restituição dos valores recolhidos junto ao Ipesp, diante da quebra da confiança e instalação da enorme insegurança gerada por tal situação. A segunda é a propositura de ação com o fim de declarar a São Paulo Previdência — S P P r e v, sucessora do Ipesp, como responsável pelo cumprimento da obrigação, e o estado de São Paulo como responsável subsidiário. Sobre o autor Maria Cristina Lapenta: é sócia e advogada de Direito Público do escritório Innocenti Advogados Associados Serra anuncia projetos que beneficiam servidores O governador José Serra sancionou quinta-feira (13/11), quatro projetos de lei complementares que beneficiam policiais civis, militares e técnico-científicos, além de aposentados e pensionistas, com um conjunto de medidas de valorização, entre elas o reajuste no salário-base em 6,5%. De acordo com a assessoria de comunicação do governo paulista, a lei será publicada na edição desta sextafeira (14/11), do Diário Oficial do Estado. O aumento, retroativo a 1º de novembro, será depositado na conta dos servidores em dezembro. As novas leis elevam o piso de todos os cargos das carreiras policiais. É o caso do delegado, que muda dos atuais R$ 3.700 para R$ 4.900. Em 2009, esse valor subirá para R$ 5.200, um reajuste acumulado de 40,3%. No caso dos investigadores e escrivães, o piso inicial das carreiras, em cidades com menos de 200 mil habitantes, passa dos atuais R$ 1.757,82 para R$ 2.056,96 e chega a R$ 2.142,56 em 2009, reajuste acumulado de 21,89%. Os textos sancionados asseguram ainda extinção da 5ª classe com a redistribuição dos cargos beneficiando cerca de 3.500 delegados e 16.032 policiais operacionais, ou seja, praticamente 50% dos policiais ativos serão promovidos. Além disso, segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, as leis garantem intervalo salarial de 10,5% entre as classes, bem como a criação de 1.236 cargos de oficiais administrativos destinados ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito). As mudanças também significam vencimentos maiores à medida que o policial for sendo promovido. Outra reivindicação atendida, de acordo com o governo estadual, é a aposentadoria especial. Com isso, os policiais civis podem se aposentar cinco anos mais cedo. Isso porque, o tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria vai cair de 35 anos para 30 anos com o fim da exigência da idade mínima para quem ingressou na carreira até 2003. Já os aposentados e pensionistas também têm um acréscimo salarial. Eles levam para a inatividade, de forma gradual, 50% da média do Adicional de Local de Exercício recebido nos últimos cinco anos.Para a Polícia Militar um dos principais benefícios é a redução do número de cargos de segundotenente e a criação automática de 1.180 cargos de cabos, sargentos e Nossa caixa tem lucro líquido de 87,5% maior até setembro O lucro líquido da Nossa Caixa caiu 83% no terceiro trimestre deste ano, passando dos R$ 411 milhões registrados no segundo trimestre para R$ 70 milhões. Houve melhora, porém, em relação ao mesmo período de 2007, quando o banco teve prejuízo de R$ 68 milhões. No acumulado de 2008, o lucro líquido é de R$ 596 milhões, um aumento de 87,5% ante igual intervalo do ano passado. Os ativos totais recuaram 1,1% no terceiro trimestre na comparação com o segundo, para R$ 53,4 bilhões. “A queda se deu em função de uma diminuição da carteira de valores mobiliários. Alguns títulos venceram e não foram repostos para que o banco ficasse com um pouco mais de liquidez”, explicou Milton Santos, presidente da instituição. Ante o terceiro trimestre de 2007, os ativos cresceram 15%. Os depósitos na Nossa Caixa somaram R$ 34 bilhões no final de setembro, dos quais R$ 15,8 bilhões são judiciais, R$ 11 bilhões, de poupança, R$ 3,4 bilhões são à vista, e R$ 3,8 bilhões, a prazo. Nas operações de crédito, a Nossa Caixa superou a média do mercado com uma alta de 33% na sua carteira -que atingiu R$ 11,5 bilhões-, no período de julho a setembro, enquanto no sistema em geral a elevação foi de 22,7%. Esse volume não inclui o R$ 1,409 bilhão em carteiras de crédito que a instituição havia comprado de outros bancos até setembro, segundo Santos. A Nossa Caixa deve adquirir mais R$ 1,019 bilhão até o final do ano e R$ 1,467 bilhão em 2009. São cerca de dez as instituições vendedoras. O carro-chefe do banco paulista, o crédito consignado, avançou 35,9% em relação a 2007, para R$ 4,5 bilhões -a média do mercado foi de um aumento de 23,8%. “As instituições que apostam nos empréstimos para aposentados pelo INSS estão vendo o número de operações cair. Mas nós damos ênfase ao servidor público estadual”, disse Santos. O executivo afirma não temer que o banco perca essa parte da sua identidade caso seja realmente vendido para o Banco do Brasil. “O BB, com a experiência que tem de lidar com o servidor público federal, terá condições de ampliar a posição junto ao funcionário estadual”, destacou.N - DENYSE GODOY DA REPORTAGEM LOCAL - Fonte: Jornal Folha de SP Nota Sindfesp: A idéia da venda da NCNB pode ter um péssimo rumo considerando que o sr. José Serra tem a pretensão política de candidatar-se a presidente da República, muita coisa errada acontece quando mistura-se negócios e política. subtenentes que serão alocados em 44 novos batalhões e companhias. Na mesma corporação, a lei transforma as vagas de segundo-tenente extintas em cargos de coronel, tenente coronel, major, capitão e primeiro-tenente, o que permitirá novas promoções. A lei garante também projeto que regulamenta a criação do cargo de Superintendente da Polícia TécnicoCientífica, com vencimentos equivalentes aos de Delegado-Geral de Polícia e Comandante Geral da PM. Em algumas funções como a de diretores técnicos e chefes de seção a elevação oscila entre 7 e 15%. Ainda de acordo com texto aprovado, médicos legistas e peritos criminais não perdem o direito à gratificação ao se afastarem devido a férias ou licença prêmio. Fonte:Última Instância A ambição do homem é tão grande que para satisfazer a uma vontade presente, ele não pensa no mal que dentro em breve daí pode resultar. (Henry Ford) A terceirização e a quarterização na administração pública Amábile Priscila Inicialmente o cliente dos serviços públicos do Estado é o cidadão que paga seus tributos e anseia que este dinheiro esteja sendo bem empregado pela administração. Este cliente vê um grande benefício na TERCEIRIZAÇÃO E QUARTEIRIZAÇÃO de serviços em órgão públicos, pois de forma leiga acredita que o dinheiro empregado junto ao Estado de São Paulo está sendo bem direcionado, porém temos visto que este tipo de serviço como tantos outros que tem ocorrido no decorrer dos anos, são tapas buracos de administrações anteriores que de forma vulgarmente utilizaram muito mau o nosso dinheiro. Tendo que varrer para debaixo do tapete toda a sujeira que o tal "jeitinho brasileiro" têm causado sobre a vida dos verdadeiros aos verdadeiros patrões da administração pública que é pagadores de diversos impostos. Tudo agora é resolvido com sistemas de terceirização e quarteirização, afim de não demonstrar o que está por detrás da situação caótica de um partido político que literalmente ao longo desde 15 anos têm administrado o Estado de São Paulo, sucateando quase tudo para empresas privadas. A procuradora da República, Dr.ª Raquel Branquinho, diz em sua avaliação que os contratos de terceirização servem para abrigar indicações políticas e enriquecem as empresas contratadas com prejuízo para o serviço público. Além do custo elevado, não há, da parte do empregado terceirizado, o comprometimento com o serviço público, analisa ela. No escândalo dos sanguessugas, grande parte dos funcionários que estavam nas comissões de licitação era de terceirizados, completa, referindo-se ao esquema de venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras, que usavam recursos de emendas de parlamentares ao Orçamento. Hoje, o PSDB que têm uma política neo-liberal, que consiste precisamente na idéia de restringir a atividade do Estado, ao extremamente mínimo necessário, deixando o exercício da atividade econômica para a iniciativa privada. As escuras faz o papel de “bons moços” que governam bem, mas que através de emendas na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo em letras minúsculas, em meio de projetos ditos sociais têm imposto o desejo de literalmente acabar com os serviços públicos e colocar em seu lugar empresa terceirizadas para estrangular as finanças do Estado. Por isso esse partido têm sido tão bem recebido por partes dos grandes empresários que trabalham na área de prestações de serviços, pois vêm com grande satisfação o trem da alegria de enriquecimento através “PAI – ESTADO – PSDB”. A Prefeitura de São Paulo tinha entregue parte de seus serviços de saúde para a administração de empresas privadas, qualificadas como Organizações Sociais (OS), entidades sem fins lucrativos. De acordo com o modelo - espécie de administração privada adotada pelo ex-prefeito José Serra e que tem continuidade na gestão de seu sucessor, Gilberto Kassab , instalações, equipamentos, servidores e recursos da saúde são transferidos para a gerência privada, sem necessidade de licitação. A concessão de serviços públicos, com a devolução da qualidade através das concessionária (empresas privadas) e não mais a empresas estatais e somente usuário transita pelas estradas brasileiras sabem perfeitamente que estão pagando o dobro pela conservação das estradas e com o carro tem uma série de impostos com uma variedade de siglas que ás vezes ninguém sabe nem mesmo para que serve mas uma tributação. E nenhum dos tributos diminuíram com as estradas entregues a empresa privada, muito pelo contrário têm aumentado ano após ano e perdeu – se o direito de ir e vir. Mais um tempo e estaremos vendo a terceirização da saúde pública, segurança, educação e tanto outros serviços que de forma abominável e até repugnante poderá acontecer com o agenciamento da mão –de - obra barata e desqualificada de forma ofensiva à lei e à moral Ou seja a locação de trabalhadores poderão ter salários miseráveis e as empresas “prestadoras e agenciadoras de serviços” com seus cofres cheios de dinheiro. E o verdadeiro patrão do Estado e dos servidores públicos que somos nós mesmos estaremos pagando muito mais por serviços que deveriam estar sendo melhores e mais baratos. Então não devemos ver com bons olhos estas melhorias que são parciais, mas verdadeiramente fiscalizar este governo, e exigir melhorias sem que nosso bolso seja novamente assaltado por um governo tucano. Realidade Tributária é uma revista informativa da Acofins e o Sindicato dos Funcionários da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Tem como objetivo infomar a pequenos, médios e grandes empresários todos os impostos gerados hoje pela União Cálculo da remuneração de servidor público pode ser alterado a critério da administração Os servidores públicos têm resguardado o direito à irredutibilidade de vencimentos e proventos (proventos: valores relativos à aposentadoria), mas não possuem direito adquirido com relação ao regime de remuneração. Isso significa que o cálculo dos valores que compõem a remuneração, como gratificações, adicionais, entre outros, pode sofrer alterações promovidas a critério da Administração Pública, não sendo permitida, apenas, a redução da remuneração. Esse é o entendimento da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros negaram o recurso de um grupo de servidores públicos federais atuantes no estado do Rio de Janeiro contra mudanças no cálculo do adicional de titulação – benefício estabelecido na Lei n. 8.691/93 e referente à apresentação pelos servidores de títulos de especialização, mestrado e doutorado. As modificações foram promovidas pela Administração Pública por meio da Medida Provisória (MP) 2.048-27/ 00. Os servidores alegaram que as alterações reduziram os valores por eles recebidos. Segundo o ministro Arnaldo Esteves Lima, relator do processo, no caso em questão, os recorrentes “não demonstraram que a reestruturação efetivada pela MP 2.048-27/00, a despeito da alteração na forma de cálculo do Adicional de Titulação de que trata a Lei n. 8.691/93, tenha reduzido o valor de sua remuneração”. Mudança sem redução A MP 2.048-27 trata da “criação, reestruturação e organização das carreiras, cargos e funções comissionadas técnicas no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional”. A MP gerou alterações na Lei n. 8.691/93, que, em seu artigo 21, estabelece a forma de cálculo e define quais servidores da carreira pública têm direito a receber o adicional de titulação pela conclusão de cursos de especialização, mestrado ou doutorado. O grupo de servidores públicos federais do estado do Rio de Janeiro recorreu ao STJ após ter decisões desfavoráveis em primeira e segunda instâncias. Para os servidores, a MP contrariou o artigo 21 da Lei n. 8.691/93, pois, segundo eles, aquele adicional deve ser calculado com base na totalidade de seus vencimentos, não em apenas parte, pois o adicional é incorporado aos vencimentos. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região manteve a sentença contrária ao pedido. Para o TRF, a modificação promovida pela MP é legal e não gerou redução da remuneração dos servidores. Segundo o Tribunal, “a despeito da reestruturação verificada no sistema remuneratório no âmbito da Administração Pública, reestruturação esta da qual resultou a modificação da sistemática de cálculo da remuneração dos autores, há que se ter em conta que essa operação importou em significativa elevação da remuneração deles, de modo que não há que se cogitar nem de ilegalidade, nem de inconstitucionalidade, na hipótese”. O ministro Arnaldo Esteves Lima, relator do caso no STJ, rejeitou o recurso. O relator destacou o entendimento firmado pelo STJ no sentido de que, “resguardada a irredutibilidade de vencimentos e proventos, não possuem os servidores públicos direito adquirido a regime de remuneração”. Arnaldo Esteves Lima citou precedentes do STJ no sentido do seu voto, entre eles o que afirma: “A alteração de determinadas parcelas que compõem a remuneração do recorrente (servidor), respeitada a irredutibilidade de vencimentos, não constitui ofensa a direito adquirido.” Os julgados destacados pelo ministro ressaltam, ainda, o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema. “Conforme jurisprudência do STF, o servidor público tem direito adquirido ao quantum remuneratório, mas não ao regime jurídico de composição dos vencimentos”. Fonte: Panorama Brasil. Direito de greve não se aplica aos policiais civis de São Paulo, decide Ministro O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o direito de greve não se aplica aos policiais civis, no caso de São Paulo. Assim, cabe à Administração estadual, “desde logo, prover no sentido do restabelecimento pleno da prestação dos serviços”. A decisão do ministro será submetida a referendo do Plenário em questão de ordem na Reclamação 6568. Ao analisar petição apresentada pelo estado de São Paulo, o ministro cassou hoje liminar anteriormente concedida por ele, em setembro, que mantinha decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região no sentido de garantir o efetivo de 80% dos policiais em exercício. Com a decisão do ministro, 100% do efetivo deve estar em atividade. Permanece suspenso, no entanto, o trâmite do dissídio na Justiça trabalhista, até que o Supremo analise o mérito da Reclamação e defina a quem cabe julgar a ação sobre o movimento grevista – se a Justiça comum ou a trabalhista. Na petição, o governo paulista afirmou que, frustradas as tentativas de negociação, o movimento grevista da Polícia Civil do Estado de São Paulo prossegue. Afirmou, ainda, que caberia ao Supremo analisar a legitimidade da greve dos policiais. Sobre esse ponto, o ministro Eros Grau, relator do caso, afirmou que “não compete ao STF decidir sobre a legitimidade do movimento grevista deflagrado pelos policiais civis do Estado de São Paulo, mas sim à Justiça local. Infelizmente é assim, um governo neoliberal com um governante arrogante, por outro lado, servidores que não vêem reposição das perdas salariais dos últimos 12 anos. Esta entidade está solidária às entidades de classe dos policiais civis que não podem recorrer a última instância (greve) para terem seus direitos restabelecidos. Secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa é acusado pelo Ministério Público de haver cometido improbidade administrativa O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs ação de improbidade administrativa contra três expresidentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Mauro Ricardo Costa, Valdi Bezerra e Paulo Lustosa são acusados de desviar recursos públicos por meio da contratação ilegal de mão-de-obra terceirizada. A ação pede a anulação do contrato, a devolução de R$ 56,6 milhões aos cofres públicos e a responsabilização dos envolvidos pelas ilegalidades cometidas. O esquema, que funcionou entre 2002 e 2007, incluiu ainda os exdirigentes Paulo Garcia e Wagner Campos; a Brasfort, contratada pela Funasa; e Robério Negreiros, dono da empresa. A primeira irregularidade apontada pelo MPF está na própria terceirização, uma vez que os serviços contratados fazem parte da atividade-fim da entidade e deveriam ser realizados por servidores concursados. A Funasa tem um orçamento anual de R$ 5 bilhões e 80% desse valor é gasto com folha de pagamento. Segundo o MPF, o quadro próprio da entidade, se bem administrado, é suficiente para atender às demandas. As investigações demonstram que o contrato com a Brasfort era usado para empregar parentes e pessoas indicadas pela alta administração da Funasa. Incra A justiça federal de Marabá (PA) aceitou os argumentos do Ministério Público, em ação de improbidade administrativa, e decretou a quebra do sigilo bancário da conta corrente onde foram depositados os valores do convênio celebrado entre o Incra e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), por onde passaram, entre 2004 e 2006, mais de R$ 3,2 milhões.O valor é referente a recursos públicos que deveriam ser empregados na assessoria técnica, social e ambiental aos assentados no sul e sudeste do Pará. Presidentes desviaram R$ 56 mi da Furnas O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs ação de improbidade administrativa contra três expresidentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Mauro Ricardo Costa, Valdi Bezerra e Paulo Lustosa são acusados de desviar recursos públicos por meio da contratação ilegal de mão-de-obra terceirizada. A ação pede a anulação do contrato, a devolução de R$ 56,6 milhões aos cofres públicos e a responsabilização dos envolvidos pelas ilegalidades cometidas. O esquema, que funcionou entre 2002 e 2007, incluiu ainda os exdirigentes Paulo Garcia e Wagner Campos; a Brasfort, contratada pela Funasa; e Robério Negreiros, dono da empresa. A primeira irregularidade apontada pelo MPF está na própria terceirização, uma vez que os serviços contratados fazem parte da atividade-fim da entidade e deveriam ser realizados por servidores concursados. A Funasa tem um orçamento anual de R$ 5 bilhões e 80% desse valor é gasto com folha de pagamento. Segundo o MPF, o quadro próprio da entidade, se bem administrado, é suficiente para atender às demandas. As investigações demonstram que o contrato com a Brasfort era usado para empregar parentes e pessoas indicadas pela alta administração da Funasa. Incra A justiça federal de Marabá (PA) aceitou os argumentos do Ministério Público, em ação de improbidade administrativa, e decretou a quebra do sigilo bancário da conta corrente onde foram depositados os valores do convênio celebrado entre o Incra e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), por onde passaram, entre 2004 e 2006, mais de R$ 3,2 milhões. O valor é referente a recursos públicos que deveriam ser empregados na assessoria técnica, social e ambiental aos assentados no sul e sudeste do Pará. SINDFESP participa do I Seminário do Conselho de Administração e Remuneração de Pessoal – SINP O Sindfesp participou nesta segunda-feira (17) e terça-feira (18) da primeira etapa do I Seminário do SPPREV e conjunto com as Entidades Sindicais e Associativas dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo. Sob o tema RPPS “Regime próprio de previdência social”, o palestrante Paulo Sebastião Gonçalves Olympio, presidente da Associação dos Servidores do Judiciário do Rio Grande do Sul (ASJ-RS), que traçou uma análise comparativa entre os órgãos de previdência dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Olympio informou que o número de servidores ativos e inativos no Rio Grande do Sul é de 51% de ativos, 49% aposentados e 55 mil pensionistas em todo o Estado. Declarou ainda que a União Gaúcha, composta por 28 Entidades de Classe, reúne-se religiosamente, todas as segundas-feiras pela manhã. Segundo Olympio, os Servidores gaúchos trabalharam de forma intensa nos últimos anos na reformulação da Previdência e da Saúde estadual, trazendo melhorias como uma maior participação das Classes na administração da previdência e melhoras nos planos de saúde para o funcionalismo. “Se as Entidades de Classe não tivessem brigado intensamente com o Governo, a situação hoje seria péssima”, finalizou Olympio. Logo após foi a vez de Roberto dos Santos, Diretor de Seguridade do Rio Previdência disse que na extinção do antigo IPERJ, em julho de 2008, o novo instituto absorveu o passivo, e que “só Deus sabe para onde foi o dinheiro”. Segundo Roberto, além de ser muito prático, competente, transparente e possuir recurso próprio, o sistema previdenciário carioca conta com um patrimônio financeiro de 54 bilhões de reais, em grande parte baseados em royalties do petróleo e chegaram a ter um superávit financeiro de um bilhão e meio. O Rio PREV possui também auditoria interna e certificação dos diretores. “Ser superavitário é muito bom para todos nós que fazemos parte do sistema, já que para chegarmos até este ponto, houve participação ativa dos Servidores”. Roberto citou também que o Rio possui 220.000 servidores ativos, 140.000 aposentados e 90.000 pensionistas. Na indicação dos nomes para o novo instituto, as Entidades elaboram uma lista tríplice e tudo é feito por decreto. Ao finalizar, o carioca disse que para o ano que vem a Rio Previdência possui as seguintes metas: Recadastramento de servidores; auditoria dos benefícios e a concessão automática de pensão. O terceiro palestrante foi Mauro Borges, da Paraná PREV, que iniciou sua fala dizendo que muitos servidores não souberam poupar ao longo dos anos devido às experiências ruins com os processos inflacionários que ocorreram nos anos 80 e 90, e que o Estado do Paraná foi o primeiro a realizar o processo segregação de massa de seus segurados. Como sugestão, Borges disse que as gestões previdenciárias estaduais devem fugir da partidarização. “Precisamos fugir das entranhas do Estado, não o aceitando como gestor, o que pode proporcionar um caos no sistema previdenciário”, explicou como foi que a passagem do antigo instituto para o atual foi de repartição para capitalização. “Quanto ao passivo atuarial, não adianta chorar o leite derramado”, disse. Para concluir, o palestrante sugeriu que é muito importante que se constitua um Órgão Previdenciário autônimo no SPPREV, já que o mesmo está em início de atividades. E no âmbito do estado a previdência não é uma assistência, mas que deve ser uma proteção para o servidor. “Entre o ideal e o possível é preciso dar o primeiro passo”. Na parte da tarde, sob o tema “Fundo de Previdência e Financiamento”, o palestrante foi o Deputado federal João Eduardo Dado Leite de Carvalho, que deu início aos trabalhos abordando um breve histórico do regime previdenciário no Estado de São Paulo. “Até 1998, o Estado era responsável pelo custeio da Previdência”, explicou. Disse também que em São Paulo, o Estado contribui hoje com 5% (Geraldo Alckimin) e os Servidores com 11%, entretanto, a lei exige que o Estado contribua com 22%. As emendas 19 e 20 modificaram o artigo 37 da Constituição Federal. A idéia do Governo Covas era compartilhar o passivo atuarial com o Servidor Público, por intermédio de Previdência Complementar e, no começo de 1999, Covas aprovou outra lei, que previa a participação dos Servidores. O deputado enfatizou o fato de que aplicação de dinheiro de previdência em ações é um mecanismo de FRAUDE, advertindo aos Servidores para que isso não venha a ocorrer, esclarecendo que sobre esse assunto existe até uma CPI em Brasília. Dado também fez um apelo aos Servidores Públicos. “Precisamos eleger mais dos nossos! Quem tem dinheiro no nosso País são os banqueiros. Precisamos acabar com essa influência no Congresso Nacional e colocar pessoas que sentem na carne o que o povo brasileiro está passando”, incentivou Dado, que alertou também sobre uma possível Reforma Tributária que pode fazer o Estado de São Paulo perder a oportunidade de administrar seus tributos e que acaba com o orçamento da Seguridade Social e com as verbas do SUS. A grande dúvida pairou sobre o gerenciamento e administração de Previdência Complementar e, existe uma possibilidade da União interferir nos Fundos Previdenciários dos Estados. “Daí surge à necessidade de termos nossos representantes na Câmara e no Senado Federal”, disse. Dado respondeu que a sugestão é a mobilização ainda este ano, e que barrar a Reforma Tributária é mais importante agora do que a Previdenciária. Outra observação feita pelo Deputado foi sobre o FATOR PREVIDENCIÁRIO, e que no Parlamento Brasileiro existem deputados que o defendem, e outros que são contra. Dado completou também que, em dois anos atuando na Câmara, ainda não viu uma grande mobilização de Servidores Públicos estaduais. O deputado teve em sua categoria (Fiscais de Renda) uma compreensão antecipada sobre a importância de ter um representante no Congresso Nacional, e que sempre é o momento de mobilizarse e ir para as ruas. Para finalizar, o deputado disse que o atual Governo recuperou boa parte da estrutura e da qualidade do Serviço Público Federal no Brasil, criando cargos em concursos e dando uma boa esperança aos Servidores estaduais, porém, reforçou a idéia de que o funcionalismo deve se mobilizar mais e escolher seus representantes de forma democrática. Entendemos que é de suma importância à participação ativa dos Conselheiros da administração e dos Conselheiros fiscais trabalhando juntos e com o apoio das entidades do SINP e em constantes reuniões conseguiremos ter uma previdência efetiva considerando que o SPPREV é um órgão que ainda está nascendo. Enquanto que o IPESP não pode ser esquecido, pois foi construído com a contribuição dos servidores públicos do estado de São Paulo. 25 de Novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher Definido no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia, o 25 de Novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Em 25 de novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher,que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Este período também contempla outras duas datas significativas: o 1o de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a AIDS e o dia 6 de Dezembro, Dia do Massacre de Montreal (leia mais sobre o 6 de Dezembro) Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Fonte: Rede Feminista de Saúde, RedeFax, 26/ 2003. O futuro é hoje e, se não corrermos terá sido ontem. (Oscar Lorenzo Fernandez) Tito e Sindfesp fazem parceria de sucesso Escrever o jornal mensal, corrigir, diagramar, disponibilizar fatos importantes, ser aparentemente ríspido em criticas, lutar de forma exuberante pela classe, expor-se pela classe, trabalhar diuturnamente, já faz parte rotineira da vida do presidente desse sindicato. Na parte comercial, digamos assim, do referido jornal, o parceiro Tito Alexandre Rezende Maia, também o faz com galhardia, denodo, full-time, viajando pelo interior do estado, permanecendo por pelo menos 40 dias fora de casa, com todo prazer possível pelo trabalho. Em nosso jornal, também são realizados anúncios, contendo convênios de atendimento, do comércio de cada cidade visitada em que o atendimento ao funcionário da Secretaria da Fazenda é feito de maneira diferenciada. Basta acompanhar os anúncios. Prazos, descontos, compra através de requisição, em estabelecimentos comerciais, como posto de gasolina, farmácia de manipulação, lojas de moda, calçados, etc. Tudo para criar conforto ao funcionário. Um jornal mensal exige muito dinamismo, antes, durante e depois de impresso, a fim de manter a qualidade geral. O responsável pelos anúncios inseridos, é o sr. Tito Alexandre Rezende Maia, profissional de elevada idoneidade, sendo só dele a responsabilidade civil, administrativa e criminal, já que sua editora (Tarmaia) assim se responsabilizou por contrato de parceria celebrado junto a esta entidade. Vale ressaltar, que o nosso jornal tinha 4 páginas preto e branco e hoje, já tem de 16 a 24, dependendo da edição, grande parte colorida, o que enche de orgulho a todos nós. Caso recebam o sr. Tito Alexandre em seus estabelecimentos comerciais para realizar anúncios e parcerias para os funcionários da Secretaria da Fazenda com descontos e prazos, será um imenso prazer tê-los conosco. Deputados estaduais pretendem dobrar salários da elite do funcionalismo até 2011 O projeto equipara os vencimentos desses funcionários aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de SP, carreira com o mais alto salário no Estado -R$ 22.111,25 mensais. Hoje, o limite de salário do funcionalismo é o valor pago ao governador: de R$ 14.850. O aumento do teto vai beneficiar categorias como os fiscais de renda, coronéis da PM e procuradores de autarquias. Se aprovado, o projeto vai beneficiar servidores que têm retido pelo Estado os pagamentos que ultrapassam esse teto. São casos de pessoas que ganham na Justiça o direito de incorporações salariais, mas acabam recebendo os R$ 14.850 por força da Constituição. Por exemplo: embora o maior piso inicial do fiscal de rendas seja de R$ 10.666, com o tempo eles incorporam vantagens que elevam o valor para mais do que ganha o governador. Porém, esse valor acima do teto do governador não é pago. Para entrar em vigor, a emenda constitucional não precisa passar pelo Executivo -como ocorre com outras leis. Ela entra em vigor assim que for aprovada por, no mínimo, 63 dos 94 deputados e sancionada pela Assembléia. O projeto determina que os reajustes sejam escalonados: neste ano, o teto passa para 70% do salário dos desembargadores; 80% a partir de 1º de janeiro de 2009, 90% em 2010 e 100% em 2011. Ou seja, após a aprovação do projeto, eles já poderão receber até R$ 15.477. Em janeiro, o valor alcançará R$ 17.688. Se for aprovado em fevereiro, por exemplo, a mudança se torna retroativa. Embora o governo Serra já tenha se manifestado contra o aumento do teto, ao menos 38 deputados da base do tucano assinaram o documento. Dos 13 do DEM, 11 assinaram. Do PSDB, 3 dos 21. Do PT, assinaram 15 dos 20 deputados. O secretário de Estado de Gestão, Sidney Beraldo, segundo sua assessoria, ainda não havia calculado o impacto nas despesas com o funcionalismo. Serra, segundo a Folha apurou, foi pego de surpresa e criticou o projeto. “Temeridade” O presidente da Assembléia, Vaz de Lima (PSDB), disse que, ao contrário do que afirmam outros deputados, desconhecia o teor do projeto, apesar de a proposta ter sido publicada no “Diário Oficial” do Legislativo. “Eu não tinha conhecimento disso. É de autoria parlamentar, isso vai entrando lá na Casa, e a gente não tem controle disso, né? Qualquer um vai lá, protocola o projeto, e aí a coisa se processa naturalmente. Não tenho conhecimento do teor”, disse ele, que não quis manifestar sua opinião sobre o projeto. O líder de Serra na Assembléia Legislativa, Barros Munhoz (PSDB), afirma que o projeto é uma temeridade. “Estamos em um momento em que muita gente que ganha muitíssimo menos está lutando para ganhar um pouco mais. Não é exatamente o momento de você aumentar os maiores salários do Estado”, disse ele. Segundo Barros Munhoz, Vaz de Lima deve apoiar o aumento do teto, já que é oriundo da categoria dos fiscais de renda, que estão entre os beneficiados. “Ele [Vaz de Lima] é originário dessa categoria. Diz isso para quem quiser ouvir: “Eu não voto contra a minha categoria profissional, onde eu nasci, onde eu me fiz político, onde eu me fiz na vida”.” Fonte: Folha de São Paulo Aids surgiu há um século, diz estudo O vírus da Aids começou a se espalhar entre seres humanos há bem mais tempo do que se imaginava até agora: em torno de um século atrás ele deixou as florestas da África central e começou a circular nas cidades que os colonizadores europeus construíam na região. A nova estimativa foi possível graças à descoberta de exemplares do vírus preservados em uma amostra de 1960 de tecido humano preservada em um hospital de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. É a segunda amostra mais antiga do vírus -a outra, datada de 1959 e da mesma cidade, foi descrita em 1995. A comparação das seqüências do material genético das duas permitiu calcular que um ancestral comum dos dois vírus já existia em torno de 1900. As seqüências de DNA das amostras antigas, batizadas ZR59 e DRC60, diferem em 12%, o que indicaria um ancestral comum das duas meio século antes. O HIV evolui 1 milhão de vezes mais rápido que um animal, o que o torna um alvo difícil para a medicina. O estudo foi feito por uma equipe de 12 cientistas, liderados por Michael Worobey, da Universidade d o A ri z o n a e m Tu c s o n , E U A , e publicado na edição de hoje da revista científica britânica “Nature”. “A considerável distância genética entre DRC60 e ZR59 demonstra diretamente que a diversificação do HIV-1 no centro-oeste da África ocorreu bem antes da pandemia reconhecia de Aids”, escreveram Worobey e colegas. O HIV-1 possui três linhagens básicas. Uma delas, conhecida como grupo M, é a causa de mais de 95% dos casos de Aids em todo o mundo, lembra Paul Sharp, da Universidade de Edimburgo, Reino Unido. Ele comenta a descoberta na mesma edição da revista. “Conhecer a seqüência original, ancestral, do HIV-1 do grupo M e como ele evoluiu poderá ajudar os cientistas a desenvolver drogas e vacinas. Se você souber quais partes do genoma original do HIV-1 grupo M foram conservadas ao longo do tempo, esses genes podem codificar proteínas que são críticas à sobrevivência do HIV e improváveis de mudar muito no futuro”, disse à Folha a epidemiologista Rosemary McKaig, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, que co-patrocinou a nova pesquisa. Já Sharp é mais cético. “Conhecer a evolução do HIV-1 provê uma útil informação de fundo, mas pode não ter um impacto direto no desenvolvimento de drogas ou vacinas.” “O estudo é muito importante porque mostra a evolução do vírus na circulação críptica [oculta] entre humanos”, diz o brasileiro Paolo Zanotto, especialista em evolução de vírus do Instituto de Ciências Biomédicas das USP. Ele lembra que o agente causador da doença precisa de uma fase de adaptação para passar do chimpanzé ao homem, quando ele passa a “testar” a malha de transmissão humana -e, eventualmente, criar uma epidemia. No caso africano não há provas de como se deu a transmissão em maior escala no ser humano, mas os autores do estudo sugerem que isso tenha acontecido graças à urbanização. O vírus tenderia a se espalhar com o adensamento da população e a intensificação de comportamentos de risco. “O relevante para nós no Brasil hoje é que o estudo mostra que um vírus pode estar circulando, apesar de ainda não estar causando uma epidemia”, diz Zanotto. O melhor exemplo, diz, é o subtipo 4 do vírus da dengue. Para ele, faz mais sentido agir antes nesses casos com medidas profiláticas do que “correr a reboque” da epidemia depois que ela começar. Fonte: Jornal Folha de São Paulo