UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO? FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO NITERÓI - RJ [email protected] www.franciscoguerreiro.com.br 1 SUMÁRIO (APRESENTAÇÃO) O presente trabalho, na verdade é uma continuação do trabalho anterior, chamado “O Espaço – Tempo e a Relatividade”, disponível na página www.franciscoguerreiro.com.br. No trabalho anterior, o autor apresenta sua visão da inexistência de tempo como grandeza e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, assim como apresenta a forma de existência desse espaço-tempo, como também discorda do termo “arqueado” aplicado a ele e propõe o termo “deformado” para o mesmo. Ao final, propõe um modelo alternativo de início de universo fotônico, estável e eterno, em contrapartida ao modelo do Big Bang que, sob a ótica da termodinâmica viola todas as leis conhecidas. Já no presente trabalho, o autor começa com o desenvolvimento de um item comentado ligeiramente no anterior, que é em relação ao atraso sideral em que vivemos. Como o homem só vê comprimentos de onda, e assim mesmo dentro de uma estreita faixa de tamanhos, em números redondos de 400 a 800 nm (4 a 8 x 10-7 m); fora dessa faixa, ele não passa de um cego universal. Além disso, o pouco que ele vê é altamente defasado da realidade, de modo que vivemos em um ponto insignificante nos confins do Universo, praticamente cegos, ou pelo menos, vendo uma minúscula parte do que existe e, além de tudo, esse pouquinho que consegue ver é tão defasado da realidade que se chega a duvidar dele. Mesmo com tanta pequenez e insignificância, o homem consegue ser arrogante, autoritário, prepotente, se dividir em castas, com uns se outorgando o direito de mandar, perseguir e até matar seus irmãos, por se considerarem divinos, filhos a perfeição de um Deus único que habitava exatamente a Terra, nosso pontinho insignificante, e que criou todo o resto do universo, apenas em função de nós, de nossos interesses e nossas vontades. Dessa forma, todo o restante do Universo é apenas uma espécie de brinquedo para nós, divinos, nos divertirmos. Terminada a avaliação das consequências de nossa defasagem em relação ao resto do Universo, o que é feito com base na constância da velocidade da luz, quando mostramos a defasagem existente entre os momentos de emissão de um fóton pelo emissor e seu recebimento pelo receptor, defasagem na posição que os corpos celestes se encontram na hora da emissão e as novas posições ocupadas quando da recepção, com tudo isso sendo também mostrado graficamente. Terminado esse capítulo (o terceiro), passamos a fazer no quarto capítulo, um estudo comparativo das características de nosso Sistema Solar, constituído por nossa estrela de Quinta Grandeza e seus nove planetas, dos quais nossa moradia (e a de Deus também, claro!??) não passa de uma das mais insignificantes. Os resultados do estudo são apresentados em tabelas de dados como também na forma gráfica, mostrando a forma de variação das diversas características intrínsecas, como massa, gravidade, atração gravitacional, velocidades de rotação e translação e outros. E encerra com uma apresentação de todas as características estudadas no capítulo, mas agora não mais distribuídas em função das distâncias dos diversos planetas em relação ao Sol, mas de forma sequencial crescente, mostrando como se dá a dis2 tribuição dos planetas em função das características e não em função do afastamento do Sol. A partir daí começa a preparação para a futura avaliação química feita pelo autor sobre os conhecimentos de hoje, feita mais a frente. Inicialmente, no capítulo 5 é feita apenas uma transcrição bem sucinta dos principais conceitos da teoria ondulatória e pequenos comentários sobre a parte material, até onde “onda era onda e matéria era matéria”. No capítulo 6 começa o estudo que poderá ser questionado adiante, que diz respeito ao Relativismo e a dualidade onda – matéria. Inicialmente é feita apenas uma transcrição dos efeitos fotoelétrico e Compton, obtido na literatura, onde a sequência seguida e os relatos e opiniões são bastante parecidos e encerra com a apresentação da proposta de De Broglie. Antes de qualquer avaliação ou qualquer opinião divergente do autor em relação aos conceitos vigentes, preferimos apresentar no capítulo 7 os conceitos de massa equivalente e de onda equivalente, apresentando detalhes de sua possível interconversão e a consequência que isso traria para as massas dos planetas. A seguir, capítulo 8 é feita uma avaliação da direção tomada por muitos cientistas a procura de uma equação unificadora do contínuo com o quântico em relação a gravitação. É só uma apresentação de forma bem humorada, da curiosidade do autor em relação aos conceitos de contínuo e quântico e sua identificação! Após essa visão global, começa a avaliação QUÍMICA feita pelo autor no capítulo 9. Este capítulo é o mais longo, cáustico e de difícil leitura pelos possíveis leitores que não pertencem ao ramo das ciências, mas talvez o mais importante do trabalho sob o ponto de vista científico. Tem bastante citações de conceitos científicos e é feita uma avaliação minuciosa de todos os conceitos que o autor considera necessários a profunda avaliação, com aceitação ou rejeição das explicações oficiais dos efeitos foto elétrico e Compton, as quais o autor discorda frontalmente. Depois de apresentar os conceitos termodinâmicos, segue-se com a avaliação química do efeito fotoelétrico, para o que foi necessário buscar conceitos básicos de química atômica, com estudo de orbitais moleculares, ligações metálicas, teoria das bandas, etc. Depois de apresentar todo um aparato científico envolvendo o efeito fotoelétrico, o autor faz alguns comentários bastante críticos em relação a explicação formal dele, e termina com a apresentação de sua visão do evento, ou seja, o autor Propõe nova explicação para o fenômeno de forma diametralmente oposta a versão oficial de Einstein, em vigor. No tópico seguinte, tudo isso é repetido para o efeito Compton, com novos conceitos científicos, é claro, também terminando com críticas a explicação de Compton e Proposta de nova explicação. Após confrontar os conceitos explicativos dos efeitos fotoelétrico e Compton originais e propor novas explicações, o autor mostra que os novos conceitos levam obrigatoriamente a rejeição da hipótese de De Broglie. No quinto item desse capítulo, o autor faz uma avaliação também científica e profunda sobre o fato de se ver tudo azul no céu (e seu porque), inclusive são avaliados o efeito estufa e uma possível era do gelo. 3 No sexto item desse capítulo, o autor avalia os conceitos de partícula e anti partícula com suas colisões e aniquilamentos, dos quais o autor discorda da nomenclatura usada: matéria e anti matéria e calcula os valores dos frutos da aniquilação, mostrando que esse evento deve ser refeito e re estudado. Já no sétimo item desse capítulo, o autor mostra que a equação da massa relativista de Einstein não passa de um grande equívoco. No item 9-8, dividido em 5 sub itens, ainda neste capítulo, o autor se estende em algumas avaliações para as PROPOSTAS que irá fazer mais a frente. Começa com algumas considerações e um questionamento a escolha de Einstein sobre limite de deslocamento. No terceiro sub item, é apresentado de forma explicativa verbal e gráfica, as possíveis formas a serem adotadas no caso de troca de referenciais. No quarto sub item, subdividido em a até i, é tratado do assunto Ondas Eletromagnéticas, onde o autor mostra que a velocidade de transmissão da luz, é a Velocidade Média da mesma. Propõe a inclusão do parâmetro Amplitude no estudo da Teoria Ondulatória e questiona a validade da amplitude com que o ábaco usado intensamente, desde ondas de rádio até fótons de raios de altíssimo conteúdo energético. Finalmente, no quinto sub item, o último desse capítulo, também subdividido de a até i, o autor apresenta um estudo sobre o átomo e encerra o capítulo propondo o abandono do modelo ondulatório atual, de Schroedinger e indica novo modelo a ser considerado. Nesse ponto, o final do capítulo 9, o capítulo da QUÍMICA, o autor considera terminada a parte científica, onde houve necessidade de apresentar conceitos bastante profundos, para montar o alicerce para questionar frontalmente vários conceitos atuais vigentes na ciência. No décimo capítulo, o autor traz a tona um assunto que certamente será bastante gostoso de ler. Trata do Ser Humano e seu Habitat, quando faz uma avaliação bastante crítica do ser humano, enquanto ser, dito inteligente, em relação a forma como se comporta em relação a seu habitat, em relação ao seu Deus (!) e como ele cuida da casa que esse Deus lhe cedeu para morar. Em última análise, o assunto tratado consta basicamente do que é convencionado chamar de Meio Ambiente, com a atuação do homem sobre ele. Alguns poucos conceitos científicos relativamente simples e fáceis de compreensão por quem não é do ramo, tiveram que ser usados, mas o autor procurou dar explicações da forma mais simples possível, para tornar o conteúdo accessível a todos. Nesse capítulo o autor disponibiliza toda a sua vivência de meio século como profissional da química e meio ambiente, tentando ajudar no que for possível. Dos 6 itens desse capítulo, dois deles (“A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”) são comentados no final, por terem afetado profundamente o autor. No décimo primeiro capítulo, encaminho um RECADO aos religiosos de todos os tipos e matizes, só lembrando quem somos e o nosso comportamento na nossa casa. Não se trata de nenhuma ofensa a ninguém, nem a tentativa de desacreditar quem quer que seja, mas somente um desabafo do autor sobre o comportamento incoerente, individualista, prepotente, 4 arrogante, autoritário, muitas vezes realmente maligno, tudo isso simultaneamente a seguidas orações para um possível Criador que ele diz que acredita, que ama e que vive em função dele. Mas só nas palavras e nunca nos atos. Por isso, critico toda essa hipocrisia e, em quem couber, que vista a carapuça. No curtíssimo décimo segundo capítulo, antes de passar para as Evidências, Sugestões e Propostas do Autor, com que o trabalho é encerrado, apresento aos leitores um esclarecimento sobre as razões de ter escrito e apresentado um trabalho desse porte, contestando conceitos estabelecidos por gênios como Einstein, Compton, De Broglie, Schroedinger, etc. No último capítulo, o décimo terceiro, a necessidade de um encerramento formal tinha que ser com a apresentação de algumas “conclusões do autor”, que incialmente explica aos leitores o porque de preferir chama-las de “evidências” e não de conclusões. Embora as principais Evidências do trabalho e que confrontam os conhecimentos atuais tenham sido dados ao final de cada assunto respectivo, faço como que “uma sequência de rememoração delas”. 5 ÍNDICE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2 – OS MOTIVOS............................................................................... 3 – O ATRASO SIDERAL........................................................................................... 3 – 1 – Algumas Comparações................................................................... 3 – 2 – Avaliação das Comparações................................................. 3 – 3 – Efeitos do Atraso Sideral.................................................................. 4 – OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR....................................... 4 – 1 – Novos Valores para Avaliações......................................................... 4 – 2 – Avaliação Gráfica do Sistema Solar................................................... 4 – 3 – Relações Crescentes Obtidas das Tabelas........................................... 4 – 4 – Observações e Evidências das Avaliações........................................... 5 – DUALIDADE ONDA – PARTÍCULA............................................................... 5 – 1 – A Parte Ondulatória........................................................ 5 – 2 – A Parte Material......................................................................... 6 – O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA................................... 6 – 1 – Os Efeitos que Geraram o Relat e a Mecânica Quântica............. 6 – 1 – a - O Efeito Fotoelétrico ........................................................................ 6 – 1 – b - O Efeito Compton............................................................................. 6 – 2 – A Proposta de De Broglie............................................................ 6 7 - APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE 7 – 1 – Conceito de Massa Equivalente e Onda Equivalente ................. 7 – 2 – A Interconversão Massa x Onda ................................................. 7 – 3 – Possível Variação de Massa de Planetas pelos Fótons................ 7 – 4 – Avaliação das Tabelas ................................................................. 8 - ESTUDO DA GRAVITAÇÃO..................................................................... 9 – AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO ................................................ 9 – 1 – Avaliação Termodinâmica............................................................. 9 – 1 – a - Os Princípios da Termodinâmica............................... 9 – 1 – b - Como Avaliar Termodinamicamente um Evento................................ 9 – 2 – Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico ..................................... 9 – 2 – a - Considerações .................................................................................... 9 – 2 – b - Os Orbitais Moleculares....................................................................... 9 – 2 – c - Energia de Ionização............................................................................ 9 – 2 – d - Interstícios da Ligação Metálica e a forma do Átomo........................ 9 – 2 – e - Ligações Metálicas............................................................................... 9 – 2 – f - Estudo Comparativo das Energias de Ionização................................... 9 – 2 – g - Comparação: Potenciais de Ionização e de Corte................................. 9 – 2 – h - Teoria das Bandas................................................................................. 9 – 2 – i - Semi Condutores e Isolantes.................................................................. 9 – 2 – j - Quadro Completo das Energias Envolvidas ......................................... 9 – 2 – k - Efeito Fotoelétrico Visto pelo Autor.................................................... 9 – 3 – Avaliação Química do Efeito Compton....................................... 7 9 – 3 – a - Resumo da Descrição do Efeito Compton ........................................... 9 – 3 – b - Alguns Questionamentos ao Efeito Compton .................................... 9 – 3 – c - Efeito Compton na Visão do Autor............ ......................................... 9 – 4 – Teoria de De Broglie...................................................................... 9 – 5 – Desvio de Fótons na Atmosfera...................................................... 9 – 6 – Matéria e Anti Matéria................................................................... 9 – 6 – a - Considerações Gerais........................................................................... 9 – 6 – b - Considerações da Aniquilação............................................................. 9 – 6 – c - Quantificação da Colisão...................................................................... 9 – 7 – A Massa Relativista (em Movimento) ............................................. 9 – 8 – Avaliações para futuras Propostas do Autor................................... 9 – 8 – 1 - Algumas Considerações ...................................................................... 9 – 8 – 2 - O Porque da Escolha.... ...................................................................... 9 – 8 – 3 - Os Referenciais................................................................................... 9 – 8 – 4 - As Ondas Eletromagnéticas........................................... 9 – 8 – 4 - a - Considerações sobre as Ondas Eletromagnéticas................................... 9 – 8 - 4 – b - Características das Ondas Eletromagnéticas........................................... 9 – 8 – 4 – c - Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas............................ 9 – 8 - 4 – d - Velocidade Média e Máxima da Luz..................................................... 9 – 8 - 4 – e - Proposta de Inclusão da Amplitude nas OE........................................... 9 – 8 - 4 – f - Determinação Analítica dos Cruzamentos............................................... 8 9 – 8 - 4 – g - Análise dos valores dos Cruzamentos .................................................... 9 – 8 - 4 – h - Os Cruzamentos Através do Som............................................................ 9 – 8 - 4 – i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando o Som................................. 9 – 8 – 5 - Novo Modelo de Átomo ................................................................ 9 – 8 - 5 – a - Considerações Gerais................................................................................ 9 – 8 - 5 – b - O Átomo de Bohr..................................................................................... 9 – 8 - 5 – c - O Átomo Ondulatório de Schroedinger................................................... 9 – 8 - 5 – d - Considerações para o Novo Modelo......................................................... 9 – 8 - 5 – e - PROPOSTA de um Novo Modelo............................................................ 9 – 8 - 5 – f - Avaliação: Novo Modelo e Tabela Periódica............................................ 9 – 8 - 5 – g - Velocidade do Elétron.............................................................................. 9 – 8 - 5 – h - Considerações Finais do Novo Modelo de Átomo................................... 10 - O HOMEM E SEU HABITAT............................................................................ 10 – 1 – Considerações.................................................................................... 10 – 2 – O Habitat........................................................................................... 10 – 3 – As Coincidências da Criação ou Evolução........................................ 10 – 4 – A Origem do Homem........................................................................ 10 – 5 – O Homem e a Morte......................................................................... 10 – 6 – O Trato da Casa e o Meio Ambiente................................................. 11 – RECADO AOS RELIGIOSOS .......................................................................... 12 – ESCLARECIMENTOS DO AUTOR ................................................................. 13 - EVIDÊNCIAS, SUGESTÕES E PROPOSTAS ................................................ 9 UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO? 1 - INTRODUÇÃO A maioria dos estudiosos do Universo e criadores de modelos de seu surgimento e de sua evolução, são de formação Física. Muitos são materialistas e buscam modelos que possam ser considerados como possíveis, através de formação e desenvolvimento absolutamente natural, sem nenhuma necessidade da existência de um Criador. A principal oposição (ou questionamento) aos modelos criados pelos FísicoMatemáticos é feita pelas religiões. Como os religiosos têm formação Teológica e/ou Filosófica, creditam tudo a um possível Criador, que não tem nenhuma regra nem limite de ação, cujas atitudes aleatórias só são compreendidas pelos seus “representantes”, que consideram todos os demais homens como simples estranhos nesse Universo que “pertence a eles” e só eles e Deus conhecem e entendem bem. E consideram impossível que qualquer homem de ciência possa descobrir algo que eles não saibam, pois só eles conhecem e se comunicam com Deus e sabem tudo que ele pensa e quer. Entretanto, enquanto muitos cientistas levam sua vida inteira pesquisando, procurando explicação para todos os fenômenos que envolvem nossa vida neste insignificante planetinha do mísero sistema solar, seus oponentes religiosos criam uma redoma inquebrável em torno dessa “insignificância universal” ser a morada de Deus e de nos ter criado a Sua imagem e semelhança, sendo todo o resto do Universo simples coadjuvantes nossos. Alguma evidência para isso? Não. Mas, mesmo assim, os religiosos dogmatizam isso como uma verdade absoluta e criticam todos os que tenham alguma dúvida a respeito. Mas nunca apresentam nenhuma evidência que indique que a verdade deles (?) tem alguma chance (mesmo mínima) de ser realmente verdadeira. Devo comunicar logo de início que minha formação é química, razão pela qual peço desculpas a ambos os grupos já que, em princípio, ninguém de fora tem que se meter em brigas dos outros. Entretanto, após pensar muito sobre escrever ou não algo sobre o assunto, me conscientizei que sou um constituinte do Universo como qualquer outro ser humano em todos os tempos, logo, o Universo me interessa tanto quanto para qualquer outro. De outro lado, Deus (se existe) não é propriedade de ninguém. Se ele criou tudo e todos, também criou a mim tanto quanto a qualquer outro, religioso ou não. Assim, a existência ou não dele me interessa tanto quanto a qualquer um. Aos Físicos, materialistas ou não, devo dizer que minha formação é Química, logo, científica, e a pratiquei ao longo de minha vida, já não tão curta aos setenta e três anos de idade. E também que a Física e a Química têm uma longa estrada comum. Nossa formação tem muito mais coisas em comum do que divergências. Além disso, o Universo é constituído de 10 matéria e energia, seja lá o que forem ambos, e a Química estuda exatamente isso. Por essa razão, e como sempre acreditei que em qualquer assunto, uma visão de fora pode ser salutar, pois não se está concentrado nos erros sistemáticos que possam estar bloqueando os estudiosos do assunto, para considerações diferentes do foco que formaram a sua frente, e que o seguem obstinadamente em busca de seu entendimento. Assim, se o observador externo, não intrinsecamente envolvido com o evento, tiver boa visão do assunto, pode talvez enxergar coisas que o pessoal envolvido poderia deixar passar despercebido. O assunto Universo sempre me fascinou por envolver uma busca interminável que é sua origem, que envolve a possibilidade da existência ou não de um Criador, que eu procuro desde que comecei a pensar e vou morrer procurando. Tenho visto inúmeras sugestões de início do Universo, com e sem a participação de um Criador. Como tudo em relação ao universo, assim como em relação a existência ou não de um Criador, está sempre acoplado a uma boa dose de subjetividade, e como eu respeito a opinião de qualquer ser humano, tanto quanto respeito a minha própria, tenho que considerar todas elas como possíveis. É claro que algumas são muito mais carregadas de subjetividade do que outras, mas como o subjetivo NÃO é quantificável, nunca se sabe se o que estamos considerando subjetivo, se de fato o é ou não. Na consideração do Universo como um todo, sob a ótica do macro e do micro, temos que lidar com extremos, de um lado algo como a massa da Terra, da ordem de 6 x 1024 Kg e de outro lado a massa de uma unidade de matéria, que é o elétron, cujo valor é de 9,1 x 10-31 Kg. Isso realmente parece criar uma subjetividade aos nossos neurônios. A primeira vista, a impressão é de se tratar de dimensões inconciliáveis, e creio que isso realmente possa trazer insegurança para alguns técnicos e cientistas. Como expliquei no trabalho “O Espaço- Tempo e a Relatividade”, não sou muito chegado a colocar logo equações matemáticas em tudo. Prefiro primeiro alcançar uma imagem bastante sólida a respeito do assunto pesquisado, para depois então tentar quantificar matematicamente o evento, que é uma recomendação de um dos mais respeitados cientistas do mundo, o Dr Steven Hawking. Só resolvi escrever algo sobre o assunto, que escrevi no referido trabalho, depois de ter me convencido do que era a filosofia do espaço-tempo e sua deformação, da inexistência do tempo e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, da impossibilidade da coexistência só presencial entre os tipos de matéria e radiação eletromagnética, e me detido numa incoerência que me incomodou muito, que é saber que nunca vivemos nem vemos o presente. Depois disso tudo, é que resolvi escreve–lo, apresentando ao final do mesmo, uma proposta alternativa para o início de nosso Universo. Nele são usados apenas cálculos bastante simples e objetivos, para mostrar como a comparação da evolução dos eventos com as distâncias percorridas rotacionalmente e/ou translacionalmente pela nossa habitação, a TERRA, pode ser transferida para qualquer outro corpo celeste que se queira e se conheça algo dele. Já no presente trabalho, sabendo que para os assuntos abordados os cálculos teriam que ser mais profundos, como também vão ser usados conceitos de mudança de referenciais, que são difíceis de aceitação imediata por qualquer ser humano, inclusive por mim, vou seguir a sequência mais didática possível, para que nenhum conceito novo chegue abruptamente ao 11 contexto sem sua prévia apresentação, e vou me restringir ao máximo às explicações das filosofias dos eventos tratados, procurando usar o mínimo possível de qualquer equação matemática. Dentro do estudo do que se considera o Universo, dois pontos saltam aos nossos olhos após o primeiro contato: - o primeiro deles é que só conseguimos ver ondas de determinada faixa de comprimento de onda; fora disso não passamos de cegos universais. Como todos os fótons que recebemos (alguns dos quais conseguimos ver), foram emitidos quando estávamos em posição sideral diferente daquela que estamos ocupando quando os recebemos, então observa-se que no desenrolar do universo ocorre um atraso (ou adiantamento???) sideral; - o segundo está relacionado a eterna dualidade: onda x partícula. É verdade que existe uma equação de Einstein que relaciona os dois parâmetros, mas parece que sua aceitação não é uma unanimidade. De qualquer forma é preciso questionar profundamente a citada equação para passarmos a adota-la incondicionalmente ou então rejeita-la. Dessa forma, no presente trabalho, que faço como complementação ao anterior, que chamei de O Espaço–Tempo e a Relatividade, vamos fazer algumas considerações sobre esses dois grandes aspectos, um independentemente do outro. No final, poderemos ou não chegar a alguma interligação entre eles. Paralelamente, como não poderia me omitir, vou apresentar uma análise do comportamento dos cientistas e dos religiosos, como também do ser humano como um todo, seus medos, suas crenças, sua fé e principalmente, seu comportamento. 12 2- OS MOTIVOS Antes de escrever sobre qualquer coisa, considero importante explicar ao possível leitor, as razões que me levaram a escrever sobre aquele assunto. É claro que o assunto Universo, sua criação, sua evolução, seu possível fim, e outros detalhes com maior importância para uns do que para outros, mas sempre importantes para todos, já que somos moradores temporários nele, e até hoje não existe um conhecimento satisfatório de tudo que envolve o desenrolar de nossas vidas, muito menos quem somos, o que estamos fazendo e para onde vamos quando acabar nossa viagem neste planeta que habitamos e que seremos desembarcados dele de uma hora para outra, sem aviso prévio nem razão específica para tal. Esta curiosidade não é só minha; parece que todos os seres humanos a têm. Acredito que a maioria das pessoas não se dedique a pensar profundamente sobre o assunto por alguns motivos, dos quais o principal é o medo. O homem comum, normalmente tem medo de tudo que lhe seja desconhecido. Na vida presente, com todo o mal reinante, guerras, maldades, doenças, mortes violentas, estupros e morte de crianças, etc, ele já tem uma opinião formada e a aceita, talvez por não ter opção alternativa ou então, porque a conhecendo, mesmo com todos os seus horrores, acredita que sabe como se portar perante ela. Entretanto, quando se trata de desembarcar de nossa “nave espacial rotativa e translativa”, a grande maioria dos seres humanos se apavora. Raríssimos homens creem que ao morrermos acaba tudo para nós e os demais seguem a viagem. A esmagadora maioria dos homens acredita que temos algo não material que se separa do corpo no ato da morte e esse sim, esse desembarca da viagem e vai morar num paraíso. Curiosamente quando, por idade ou por doença, sente que está chegando sua hora de desembarcar dessa viagem aparentemente “sem sentido” ou, pelo menos, se tem algum sentido, não se sabe qual, aí o homem se apavora! Ora, aqui já surge um questionamento ao comportamento do ser humano: se ele tem certeza de que tem uma parte não material que pertence a Deus e que depois de se separar do corpo material vai para o céu morar com Deus, porque ele fica com medo? Estranho, não! Muitos seres humanos, que podem ser os mais inteligentes, mas também podem ser os menos inteligentes e/ou mais medrosos, talvez por acharem muito complexo pensar sobre o assunto, preferem “criar” sem nenhum amparo de nada, muito menos da razão e do bom senso, um “motivo divino” para estarmos aqui, criados a imagem e semelhança de um possível Criador, Oni-tudo, de quem ele é um representante. Com isso, ele se torna um “dono da verdade absoluta” e rejeita qualquer alternativa possível ao seu modo de pensar. Como acho essa forma de pensar uma covardia, passei grande parte de minha vida procurando todas as coisas que considero importantes, tendo eu capacidade de compreendelas ou não. Durante todo o desenrolar do trabalho, vamos tentar a compreensão de vários detalhes que nos parecem, a primeira vista, sem explicação. Costumo pensar em cada assunto de meu interesse, o mais profundamente que eu puder. E, se mesmo assim continuar não o compreen13 dendo, prefiro abandona-lo por algum tempo e depois tentar retomar a busca, sabendo nesse caso, que posso não ter competência para entende-lo. Mas, me sinto na obrigação de tentar, e não considerar como “incompreensível vontade de alguém que nem se sabe ao certo se existe ou não!” Essa forma de pensar da maioria das pessoas, as vezes me incomoda um pouco e me faz refletir muito sobre o porque dela. Algumas vezes me vem a mente alguns possíveis motivos para as pessoas pensarem dessa forma e, cada vez que isso ocorre, aumenta minha convicção de que o homem realmente não quer pensar no assunto. Entre perder tempo com bobagens como “procurar” a verdade, tentar descobrir se ela existe ou não, a maioria prefere delegar a alguns que se dizem representantes do Criador, que falam com ele e que sabem o que Ele pensa e quer, e receber destes durante uma reunião, geralmente semanal, o perdão pelos pecados cometidos na semana e, obviamente, licença para cometer mais outros tantos até a próxima reunião religiosa, quando comprará o perdão para os novos pecados. Isso é uma forma “esperta” de viver; vive seu dia a dia cometendo tudo quanto é tipo de erros, e em uma hora de reunião semanal e, geralmente, um pagamento adicional de dez por cento, e está tudo zerado novamente. Com isso sobra mais tempo para ele viver sua vida material com plenitude, logo, para que gastar tempo em procurar a verdade, ou Deus, ou lá o que seja. Isso ele paga para que alguém faça por ele, e só precisa gastar uma ou duas horas por semana para ir a um templo buscar a “verdade” de seu “procurador”, que se comunica com Deus e retransmite Seu recado e Sua vontade. 14 3- O ATRASO SIDERAL Em virtude da luz caminhar em linha reta enquanto todos os corpos celestes se deslocam translacionalmente ao longo do Universo, ao mesmo tempo em que giram em torno de seu próprio eixo, qualquer fóton no Universo, chegará a determinado corpo receptor quando o mesmo estiver em posição diferente daquela que ocupava no momento da emissão desse fóton pelo agente emissor. Como o deslocamento da luz (fóton) se passa sempre no momento em que foi emitido, ou seja, com as características do conjunto de coordenadas possuídas no momento da emissão, já que na velocidade da luz o tempo não passa, e como todos os corpos celestes, por terem suas velocidades de deslocamento quantificadas em função de suas rotações em torno de si mesmas, ou em relação ao quanto já caminharam em seus deslocamentos translacionais ao longo do Universo, pode-se afirmar que o recebedor do fóton só o fará quando estiver fora de sua posição rotacional e translacional do momento em que o emissor emitiu esse fóton. Essa quantidade de rotação ou de translação dos corpos celestes, especialmente da nossa moradia, o planeta Terra, executada enquanto o fóton percorre seu caminho desde sua emissão até sua recepção, foi considerada pelo homem como uma unidade fundamental, chamando-a de Tempo. A confusão começa a partir do reconhecimento de que Todos os corpos celestes giram em torno de seu próprio eixo e em torno de sua estrela central, mas o conceito de Tempo ficou vinculado somente ao movimento da Terra. Como para cada 300.000 Km percorrido pela luz, a Terra se desloca rotacionalmente de 464 m e translacionalmente em 30.000 metros, este foi padronizado como unidade de Tempo (segundo). Por exemplo, se o observador está em um ponto da região equatorial da Terra e nesse momento o Sol emite um fóton exatamente na sua direção, quando esse fóton atingir a Terra, o observador estará rotacionalmente a 231,5 Km a frente, ao longo do perímetro da Terra, já que o fóton leva 500 segundos para nos atingir, depois de sua emissão pelo Sol. Já em relação ao Sistema Solar, nesse mesmo ponto de recebimento do fóton, o observador, estará distante translacionalmente em torno do Sol, de 14.860,2 Km a frente em relação a posição que estava quando o fóton foi emitido. Mais complicada ainda fica a situação quando nos lembramos que os emissores de luz também se deslocam rotacional e translacionalmente. Assim, os deslocamentos do Sol durante esse evento foram de 1.000 Km rotacional e 109.780 Km translacionalmente. Isto significa que no momento da recepção do fóton além do ponto da Terra estar deslocada em relação ao que ocupava no momento da emissão em 231,5 Km Rotacionais e 14.860 Km translacionais em relação ao Sol, também ele se deslocou, nas quantidades de 1.000 Km rotacionalmente e 109.780 Km translacionalmente. 15 Dessa forma, apenas durante a emissão de um fóton de um ponto do Sol até seu recebimento em determinado ponto da Terra, a situação do Universo se altera bastante. E, é claro, durante todo o “tempo” que estivermos considerando, o Sol continuará emitindo fótons e, cada um deles vai chegar a seus destinos depois que esse “destino”, ou “corpo receptor”, tiver se deslocado rotacionalmente e translacionalmente em valores diferentes, mas com significado que pode ser desprezível para a grandiosidade do Universo como um todo, mas certamente é algo de imenso significado para nossa humilde insignificância em relação ao todo. É claro que só as pessoas que têm bom senso e equilíbrio, e que respeitam o direito de pensar de si próprio e dos demais seres humanos, consideram as coisas dessa forma. A grande maioria das pessoas, enclausurada em sua redoma de vaidade, com a certeza absoluta de que ele é uma imagem e semelhança de um ser superior que criou tudo e também a ele próprio, e por isso ele pensa de forma correta e quem pensa diferente dele é que está errado. E ele chega a dizer que tem pena de quem pensa diferente dele, porque Não conhece a Verdade. Verdade essa que é absoluta, sem nem um ponto ou vírgula a acrescentar, já que ele é divino, uma imagem e semelhança de quem criou tudo e todos. Como se sabe, esses seres humanos são os chamados religiosos, e têm certeza que todos, fora eles, estão errados em tudo e nunca vão conseguir esclarecer nada em relação ao Universo, já que tudo foi criado por Deus e só a eles Deus diz como foi que criou e o que espera que aconteça. Mas eles não esclarecem aos demais seres humanos o que eles sabem (?) para acabar com a expectativa das pessoas e sua “perda de tempo” em procurar o que eles “já sabem”. Minha avaliação equidistante dos físicos materialistas e dos religiosos dogmáticos me leva a concluir que nenhum deles sabe absolutamente nada, pois se soubessem de fato alguma verdade e a escondessem a sete chaves dos demais seres humanos, não passariam de “monstruosos canalhas malignos” em atravancar o desenvolvimento dos demais seres humanos. Por essa razão, parabenizo os físicos, materialistas ou não, que continuam buscando conhecimento desse Universo que habitamos, tentando esclarecer tudo aquilo que hoje ainda foge de nossa capacidade de compreensão e divulgando imediatamente tudo que descobrem, para conhecimento de todos, a fim de dar mais subsídios aos demais que buscam a verdade, se é que ela existe. Pelo menos, eles tentam. Critico o papel que o poder religioso tem desempenhado ao longo de tantos milhares de translações da Terra em torno do Sol, perseguindo, criticando, ofendendo, e até mesmo, em tempos “felizmente passados”, condenando-os a serem mortos na fogueira para pagarem seus “pecados” de tentarem descobrir os “mistérios de Deus”. Felizmente os tempos nebulosos, de ferocidade irracional de homens contra homens por buscarem evidências da existência de um Pai verdadeiro, em troca de uma mercadoria de “infinita bondade que perdoa tudo e todos” que lhes era oferecido pelos “donos de Deus e da verdade absoluta”, já não têm mais sentido nos dias “menos cinzentos” que estamos vivendo nesses últimos dois séculos. 16 Dessa forma, como hoje se pode perguntar abertamente qualquer questão que nos atormente, e esperar que alguém saiba e possa responder a essas questões com esclarecimentos e não com fogueiras, vou continuar seguindo meu raciocínio e mostrar os vários aspectos do conhecimento atual que não conseguem se coadunar e formar uma imagem com razoável bom senso e sensibilidade para explicar isso tudo, ou seja, como começou e onde vai chegar isso que chamamos Universo, e que papel nós representamos aqui. Aproveitando o conceito de atraso sideral, que já tinha aventado de forma rápida no trabalho “O Espaço-Tempo e a Relatividade”, a seguir vamos fazer uma panorâmica sobre o minúsculo sistema em que vivemos, o sistema solar. Constituído por uma estrela de quinta grandeza, o Sol, e circundado por nove planetas, um dos quais o que habitamos, a Terra, cujos movimentos foram padronizados pelos seres humanos como referência para o entendimento de tudo o mais que existe no Universo. 3–1- Algumas Comparações A seguir vamos fazer algumas comparações que nos mostrem o atraso sideral em que vivemos. Serão usadas as tabelas com os valores dos raios orbitais dos planetas do Sistema Solar. Assim, em todas as tabelas sequenciadas adiante, serão mostrados sempre na mesma sequência as colunas: - nome dos planetas - raios orbitais médios (distância ao Sol) - “tempo considerado” - deslocamento rotacional - deslocamento translacional Na coluna “tempo considerado” está sendo colocado o valor do “Tempo Terrestre” em segundos de forma progressiva para nos mostrar os efeitos dos deslocamentos sucessivos. Assim, vamos iniciar mostrando ao leitor com 1 segundo e mostrar o que ocorreu no sistema solar (deslocamentos rotacionais e translacionais dos planetas) 1 segundo após a emissão de um fóton pelo Sol. É evidente que com o tempo de um segundo, os valores dos deslocamentos são os de suas velocidades rotacional e translacional. Nesse estágio, não vamos considerar o deslocamento do SOL, tendo em vista que seu movimento ARRASTA todo o sistema solar no mesmo sentido, de modo que seu movimento apresenta uma correção ÚNICA em relação ao momento da emissão. 17 3 – 1 – 1- Assim, primeiramente vamos considerar que em determinado momento, um ponto do Sol está em determinada posição, assim como cada planeta tem em sua superfície, um observador, e vamos considerar que nesse instante o Sol emita luz em todas as direções. No citado quadro mostrado a seguir, vamos avaliar a posição de cada um desses pontos após cada fóton percorrer 300.000 Km, equivalente a 1 segundo terrestre. Distância média ao Sol (km) Tempo Gasto pelo Deslocamento Fóton no Percurso s Rotacional Km Deslocamento Translacional Km Mercúrio 57.910.000 1 0,003025 47,87 Venus 108.200.000 1 0,0009055 35,02 Terra 149.600.000 1 0,464 29,78 Marte 227.940.000 1 0,241 24,08 Júpiter 778.330.000 1 12,56 13,07 Saturno 1.429.400.000 1 10,26 9,64 Urano 2.870.990.000 1 3,65 6,81 Netuno 4.504.300.000 1 2,68 5,48 Plutão 5.913.520.000 1 0,013 4,67 Planeta ATRASO SIDERAL de ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO APÓS 1 s em Km 0,003 0,001 0,464 0,241 12,56 10,26 3,65 2,68 0,013 47,87 6 35 11 30 15 24,1 23 13,1 78 9,65 143 6,81 287 5,5 450 4,67 590 1000000 100000 10000 1000 100 10 1 0,1 0,01 0,001 0,001 0,01 M V 0,1 TT M J 1 S U N P Milhares A figura mostra o deslocamento ROTACIONAL (vermelho) E TRANSLACIONAL (preto) de todos os planetas do Sistema Solar, um segundo após a emissão do fóton pelo Sol. A escala é log e foi mantido o mesmo intervalo usado no gráfico comum a ser apresentado após terem sido mostrados os outros três intervalos, para efeito de comparação mais nítida. 18 3 – 1 – 2- Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atingiu a superfície de Mercúrio, o primeiro planeta. Isto ocorre após o fóton percorrer a distância que separa o Sol da superfície desse planeta, no valor de 57.910.000 Km. Planeta Distância média ao Sol (km) Tempo Gasto pelo Deslocamento Deslocamento Fóton no Percurso s Rotacional Km Translacional Km Mercúrio 57.910.000 193,033 0,584 9.240 Venus 108.200.000 193,033 0,1747 6.760 Terra 149.600.000 193,033 89,57 5.748 Marte 227.940.000 193,033 46,5 4.648 Júpiter 778.330.000 193,033 2.424,5 2.523 Saturno 1.429.400.000 193,033 1980,5 1.861 Urano 2.870.990.000 193,033 704,6 1.314 Netuno 4.504.300.000 193,033 517,0 1.058 Plutão 5.913.520.000 193,033 2,533 901 3 – 1 - 3 - Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atingiu a superfície de Terra, o nosso planeta. Planeta Deslocamento Deslocamento Distância média ao Tempo Gasto pelo Fóton no Percurso s Rotacional Km Translacional Km Sol (km) Mercúrio 57.910.000 498,67 1,5 23.871 Venus 108.200.000 498,67 0,451 17.464 Terra 149.600.000 498,67 231,4 14.850 Marte 227.940.000 498,67 120,0 12.008 Júpiter 778.330.000 498,67 6.263 6.518 Saturno 1.429.400.000 498,67 5.116 4.807 Urano 2.870.990.000 498,67 1.820 3.396 Netuno 4.504.300.000 498,67 1.336 2.733 Plutão 5.913.520.000 498,67 6,544 2.329 19 3 – 1 – 4Agora vamos observar as posições do sistema solar quando o último fóton chegou a seu destino: Plutão. É claro que enquanto os fótons estão caminhando ao longo do sistema solar, sempre no tempo correspondente ao de sua emissão, todos os corpos estão se movimentando rotacional e translacionalmente. Planeta Distância média Tempo Gasto pelo Fóton no ao Sol (km) Percurso Deslocamento Rotacional Km Deslocamento Translacional Km Mercúrio 57.910.000 19.711,733 59,63 943.601 Venus 108.200.000 19.711,733 17,85 690.305 Terra 149.600.000 19.711,733 9.146 587.015 Marte 227.940.000 19.711,733 4.750 474.658 Júpiter 778.330.000 19.711,733 247.579 257.632 Saturno 1.429.400.000 19.711,733 202.242 190.021 Urano 2.870.990.000 19.711,733 71.948 134.237 Netuno 4.504.300.000 19.711,733 52.827 108.020 Plutão 5.913.520.000 19.711,733 258,7 92.054 3–2- Avaliação das Comparações Os quadros mostrados anteriormente nos permitem fazer algumas observações em relação ao ATRASO SIDERAL em que somos participantes ativos. Neles, só foram colocados os tempos percorridos de: - 1 segundo, - o tempo para atingir o primeiro planeta (Mercúrio), - o tempo para nos atingir (Terra) usado como padrão Universal pelo homem e - o tempo para atingir Plutão, o último planeta do sistema solar. 20 Em cada um dos tempos considerados, são mostrados os deslocamentos rotacional e translacional de todos os planetas do sistema, sempre em relação ao Sol, o emissor dos fótons. O que se pode concluir é que, mesmo considerando o deslocamento da luz (dos fótons) como independente de tempo, é fácil entender o quanto os corpos celestes mudam de posição em relação às recepções dos fótons enviados por um emissor em determinado momento. Pode-se observar que quando o fóton emitido pelo Sol percorreu 300.000 Km, que corresponde ao tempo de 1 segundo terrestre, as posições de todos os planetas já se modificou em relação ao emissor, apesar desse deslocamento ser pequeno. Já ao atingir o primeiro planeta do sistema (Mercúrio), os deslocamentos já começam a ser significativos. Quando o fóton nos atinge, na nossa insignificante moradia que o homem usa como referência para quantificar tudo no Universo, já se passaram quase 500 segundos, correspondentes a nosso deslocamento de 231 Km de rotação e 15 mil Km de translação, enquanto o mais lento e mais distante, Plutão, já se deslocou mais de 2 mil Km. Ao atingir Plutão, o último do sistema solar, este por ser o mais lento, se deslocou 92 mil Km, enquanto o primeiro deles, Mercúrio, já se deslocou quase 1 milhão de Km. E nós, padrão universal, já rodamos um quarto da nossa rotação completa e nos deslocamos em quase 600 mil Km; como o diâmetro da Terra é de 12 mil Km, o mesmo já está 50 vezes adiante. Só para lembrar, enquanto o fóton chega a Plutão e houve esses deslocamentos incríveis em relação ao Sol, não podemos esquecer que o Sol também se deslocou no espaço sideral e o valor de seu deslocamento translacional foi de “apenas” 4 milhões e trezentos mil Km (220 Km/s) e 40 mil Km rotacionalmente. Evidentemente, este valor tem que ser acrescido a todos os planetas de nosso sistema, já que o Sol os arrasta concomitantemente ao seu deslocamento. Isto leva o nosso (Terra) deslocamento, que é de quase 600 mil Km em relação ao sol, ser acrescido desses mais de quatro milhões de Km quando nos referirmos a nosso deslocamento em relação a outro ponto fixo do Universo, como por exemplo, em relação ao centro de nossa galáxia. Uma observação que me parece bastante significativa é que a velocidade de deslocamento translacional dos planetas do sistema solar diminui a medida que o planeta está mais distante do Sol, enquanto as rotações Não seguem nenhuma regra, tendo distribuição caótica. Para finalizar o conjunto de comparações, segue um gráfico completo, com todos os atrasos observados (1, 193, 498 e 19.711 s) tanto de TRANSLAÇÃO quanto de ROTAÇÃO, tudo junto. A nomenclatura e coloração seguirá o seguinte esquema: - da primeira a quarta linha corresponde aos atrasos ROTACIONAIS e as linhas serão pontilhadas nas cores dos números representativos; - da quinta a oitava linha correspondem aos atrasos TRANSLACIONAIS, com linhas cheias e também mantendo as cores dos números correspondentes; - a nona linha que representa a abcissa, corresponde as distâncias de cada planeta ao sol. 21 ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO APÓS 19.711,733 s - TEMPO DO FÓTON IR DO SOL A PLUTÃO 0,003 0,001 0,464 0,241 12,56 10,26 3,65 2,68 0,013 0,584 0,17 89,6 46,5 2424,5 1980,5 704,6 517 2,55 1,5 0,451 231,4 120 6263 5116 1820 1336 6,55 59,6 17,9 9146 4750 247580 202242 71948 52827 258,7 47,87 35 30 24,1 13,1 9,65 6,81 5,5 4,67 9240 6760 5748 4648 2523 1861 1314 1058 901 23871 17464 14850 12008 6518 4807 3396 2733 2329 943600 6 690305 11 587015 15 474658 23 257632 78 190021 143 134237 287 108020 450 92054 590 1000000 100000 10000 1000 100 10 1 0,1 0,01 0,001 0,005 M 0,05 V T M 0,5 J S U N P Deslocamento ROTACIONAL após 1 s Azul Escuro Linha tracejada marcador redondo Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Mercúrio roxo Linha tracejada marcador redondo Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Terra Laranja Linha tracejada marcador redondo Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Plutão preto tracejado marcador redondo Deslocamento TRANSLACIONAL após 1 s vermelho linha cheia marcador quadrado Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Mercúrio verde oliva cheia marcador quadrado Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Terra azul escuro linha cheia marcador quadrado Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Plutão Verde agua cheia marcador quadrado 22 3 – 3– Efeitos do Atraso Sideral É evidente que esse assunto é de extrema importância para nós que vivemos na Terra, sabermos que tudo que existe no Universo tem deslocamentos rotacional e translacional, e que mesmo a luz, que se desloca a velocidade de 300.000 Km durante o intervalo em que um ponto da superfície da Terra se desloca rotacionalmente no valor de 464 metros, convencionado pelo homem a ser considerado como unidade de “tempo”. A grande questão que esse atraso vai implicar, vai ser discutida com mais intensidade mais a frente, depois de avaliarmos o que é matéria e o que é onda, e sua possível inter relação. Uma questão que já fica formulada para ser discutida mais a frente é em relação a nossa existência na Terra. A esmagadora maioria das pessoas, todos religiosos, tem absoluta certeza de que após nossa morte material, sobreviverá algo não material, que tem vida eterna. Como nosso corpo material, feito basicamente de matéria orgânica, vai ser decomposto ou cremado, sendo assim transformado em uma forma de energia chamada calor, sendo emitido para o Universo em forma de entropia, satisfazendo os princípios da termodinâmica. A isto, considero nosso desembarque de nossa forma material dessa viagem (eterna?) do nosso planeta ao longo do Universo. Entretanto, raros homens acreditam que tudo se acaba quando morremos, que são os materialistas. Quase todos os demais seres humanos acreditam que temos um componente em nossa constituição que não é matéria, e que ela é que permite a vida da forma como é, em nós, com nossos corpos materiais. Segundo eles, religiosos de todas as facções religiosas existentes, a essa parte não material que nos compõe, chamam de alma, espírito, espectro, ou lá o que seja, de acordo com a facção referida. Quase todos consideram que essa parte não material nossa, é uma forma de energia, muitos conceituando que nós (não materiais) somos uma forma de energia chamada de luz, considerando-a uma centelha divina. E é essa centelha que, depois que morrermos e “ela se separar do nosso corpo” vai direto para o chamado céu, ou paraíso, ou ainda, a morada de Deus. A questão que ora levanto, não tem nada a ver com todos esses conceitos emitidos e defendidos pela maioria dos homens. Na verdade meu questionamento é sobre a viagem que vamos ter que fazer, em forma não material, depois que sairmos do nosso corpo. Em primeiro lugar, sendo uma forma de energia (luz), seu deslocamento pelo espaço sideral até chegar ao céu, terá que ser limitado a velocidade da luz, que é determinada como 300.000 Km por segundo. Em segundo lugar, onde fica o céu? Não tem nenhum sentido nem lógica racional que ele seja fora do Universo. Assim, o céu sendo dentro do Universo, nossa alma vai ter que se deslocar até lá. Mesmo considerando que o céu seja no centro de nossa própria galáxia (a via 23 Láctea), para coloca-lo no local mais próximo e ilógico, mesmo assim, essa viagem do sistema solar para lá, que dista aproximadamente 2,5 x 1020 m, que equivale a 26.000 anos-luz (o ano-luz é a distância que a luz percorre durante um ano terrestre) levará aproximadamente 26.000 anos terrestres até chegarmos lá. Assim, se formos formados de uma mistura de matéria e luz, ao nos separarmos no ato da morte e sair daqui, levaremos vinte e seis mil anos para chegar ao céu, se o mesmo for no centro de nossa galáxia, que é uma insignificância perante o Universo como um todo. Por curiosidade, o tempo que se vai levar para chegar a esse céu tão pertinho, permitirá que a Terra, nossa moradia, execute vinte e seis mil translações em torno do sol e gire em torno de seu próprio eixo nove milhões e quatrocentos e noventa mil vezes. Se nossa parte constituinte não material for feita de luz ou outra forma de radiação eletromagnética, parece que o céu não nos é acessível, mesmo considerando-o no centro de NOSSA GALÁXIA, o que é no mínimo, presunção demais. Claro que se ele existe, deve se situar nas proximidades do CENTRO DO UNIVERSO, posição em que ficaria equidistante de todo o restante do Universo, habitado ou não. Só como curiosidade, se o centro de nossa galáxia, uma mísera entre milhões ou bilhões delas, nos obriga a viajar 26 mil anos até atingi-lo, qualquer cálculo, por mais sub estimado que seja, para o caso do Céu ser no centro do Universo, nos obrigaria a viajar durante a execução de alguns bilhões (ou trilhões) ou mais, de translações terrestres em torno do Sol, até chegarmos até ele. Os números são assustadores e nos faz ficar “deprimidos” pois violam nosso conceito já consolidado de que acabamos de morrer “nosso espírito é recebido no paraíso”. Claro que se existe tudo que foi citado, o bom senso diz que deve ter algo errado. Entretanto, é bom lembrar aos religiosos que, se considerarem que Deus nos faz viajar muito mais rápido e que se cubra a distância em tempo bastante reduzido (ou mesmo insignificante, mesmo em relação a nós e nossa insignificância), mas temos que lembrar que a Terra, o Sol, e todos os demais corpos que existem no Universo continuam se deslocando nos sentidos rotacional e translacional eternamente, e nas velocidades determinadas pela ciência. Assim, mesmo na vida espectral (se existir), considerando-se que nela NÃO existe tempo, tem que ser levada em conta que a sequência da vida material segue seu curso, em função da rotação dos corpos celestes em torno de seus eixos e ao longo de suas órbitas, independentemente do Céu e de quem esteja em seu caminho para lá. 24 4- OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR Muitas observações podem ser feitas nos quadros (tabelas) do capítulo anterior. A principal delas já se analisou com detalhes, que é a visível defasagem nos recebimentos pelos planetas, dos fótons emitidos simultaneamente pelo Sol. Em princípio, isto é absolutamente lógico, pois como a velocidade da luz é constante, fica claro que quanto maior a distância do emissor ao receptor, maior será o “tempo” gasto no percurso do fóton, gerando consequentemente o atraso no recebimento do mesmo. Este detalhe foi avaliado com razoável profundidade no capítulo anterior. Entretanto, muitas outras observações podem ser feitas, além de podermos tentar algumas correlações entre os valores envolvidos. 4 - -1 - Novos Valores para Avaliação Para avaliação de relações, além dos valores constantes das tabelas anteriores, vamos utilizar os valores catalogados na tabela a seguir. Os valores de muitas das colunas, como DISTÂNCIA DO SOL, DIÂMETRO, MASSA, VELOCIDADE TRANSLACIONAL, GRAVIDADE DOS PLANETAS e outros, são dados colhidos na literatura. Já outras colunas foram calculadas através dos dados disponíveis, sendo: - Energia de Atração Gravitacional pela equação de Newton: Eg = - G x m1 x m2 / d - Energia Cinética de Translação pela equação clássica: Ec = ½ x m1 x v2 e onde: - Eg é a energia de atração gravitacional entre o Sol e o Planeta considerado em J; - Ec é a energia cinética de Translação do Planeta considerado em J; - G é a Constante Gravitacional, igual a 6,67384 x 10-11 m3/Kg.s2 - m1 é a massa do Sol, igual a 2 x 1030 Kg - m2 é a massa do planeta considerado, em Kg; - v é a velocidade translacional do planeta considerado, em m/s; - d é a distância do Sol ao planeta considerado, em m; 25 Os valores obtidos estão colocados no quadro a seguir, juntamente com valores de características já conhecidas e obtidas na literatura. Veloc transl Atr grav En Cinética PeríodoTransl Planeta Dist ao Sol Diametro Massa 10 6 22 m x 10 m x 10 Kg x 10 m/s x 103 J x 1030 J x 1030 s x 106 Mercúrio 5,791 4,88 33 47,87 76,1 37,8 7,6 Venus 10,82 12,1 486,8 35,02 6.005 2.985 19,4 Terra 14,96 12,8 597,4 29,78 5.326 2.650 31,56 Marte 22,79 6,8 64,2 24,08 376 186 59,35 Júpiter 77,83 143 189.900 13,07 325.329 162.000 374,25 Saturno 142,9 120,5 56.880 9,64 53.060 26.400 917,57 Urano 287,1 51,1 8.681 6,81 4.048 2.013 2.661,04 Netuno 450,4 49,6 10.240 5,48 3.018 1.540 5.200,00 Plutão 591,4 2,3 1,3 4,67 13,6 6,5 7.828.989,5 A seguir, coloca-se novamente o mesmo quadro com novos parâmetros para avaliação. Planeta Área PeríodoRot Veloc Rot PerímTransl Nº Diâmet Densidade Gravidade 2 12 m x 10 s x 104 m/s m x 1011 em 1 Transl g/cm3 m/s2 Mercúrio 74,8 506,74 3,02 3,64 74.566 5,427 3,7 Venus 460 2.099,7 0,91 6,8 112.344 5,243 8,87 Terra 510 8,64 464 9,4 73.685 5,515 9,78 Marte 144,8 8,85 241 14,3 210.393 3,934 3,69 Júpiter 62.180 3,58 12.560 48,9 34.210 1,326 24,8 Saturno 43.800 3,69 10.260 89,6 74.371 0,687 10,44 Urano 8.115 4,4 3.650 181,2 354.507 1,27 8,69 Netuno 7.650 5,8 2.680 283,0 570.890 1,64 11,0 Plutão 16,5 55,2 13 370,0 16.045.100 2,03 0,658 26 Uma observação importante e que parece óbvia, que já havia sido obtida nos quadros do item anterior é que, como a distância dos planetas ao Sol aumenta na ordem sequencial com que estão listados, forma que se mantém nos quadros atuais, é a de que a quantidade de deslocamento translacional, ou seja, sua velocidade translacional, diminui a medida que os planetas se afastam do Sol. Em princípio parece bastante natural que se esperasse isso, já que a diminuição da velocidade translacional com a distância ao Sol, é aparentemente fácil de ser explicada, tendo em vista que a atração gravitacional que o Sol exerce sobre o corpo é que equilibra a força centrífuga, que tende a solta-lo de sua órbita. Como a força gravitacional é inversamente proporcional ao quadrado da distância, ela será tanto menor quanto mais distante o corpo estiver, o que torna razoável esperar que a energia cinética de translação também seja menor. Entretanto, como ambas as equações (da atração gravitacional e da energia cinética de translação) levam em conta as massas dos corpos, e como a distribuição dos corpos pela massa ao se afastarem do Sol NÃO segue nenhuma regra, sendo absolutamente caótico, também se obtém resultados caóticos para ambos os parâmetros. Na complementação da análise do quadro acima, vamos tratar apenas da observação que a Energia Gravitacional calculada pela equação de Newton: E = - G x m1 x m2 / d apresenta sempre como resultado, o dobro do valor obtido para a Energia Cinética de Translação obtida pela equação clássica: Ec = ½ x m x v2. Como o Universo vive em equilíbrio, deve-se esperar que todas as forças atuantes sejam contrabalançadas, para evitar a degeneração do mesmo. Assim, como a energia de atração entre o Sol e o Planeta considerado tem determinado valor, claro que a metade deste valor pode ser associada a cada um dos componentes do par envolvido na atração considerada. Assim sendo, a atração gravitacional entre cada par Sol-Planeta, terá a metade de seu valor como sendo a energia com que o SOL atrai aquele planeta. E este é exatamente o valor obtido para a energia cinética de cada um dos planetas, indicando um balanceamento equilibrado entre a atração exercida pelo Astro sobre o Planeta, e a força “centrífuga”, que tende a solta-lo de sua órbita. Outra observação a ser feita é quanto ao período de Translação, que cresce na medida em que o planeta se afasta do Sol. Este resultado é absolutamente coerente e esperado, já que a Velocidade Translacional DIMINUI com o afastamento dos planetas ao mesmo tempo em que a distância desse afastamento AUMENTA. Como o período de translação é a relação entre o espaço percorrido (crescente) e a velocidade de deslocamento translacional (decrescente), gera um tempo cada vez maior. Já em relação ao Período de Rotação, a situação é o oposto: a distribuição é absolutamente caótica. Para uma visão conjunta que permita uma avaliação mais consistente, a seguir vamos apresentar tudo isso em forma gráfica. 27 4 – 2 - Avaliação Gráfica do Sistema Solar O gráfico a seguir mostra as variações de todos os parâmetros discriminados no quadro abaixo. Para facilitar a avaliação serão usadas as mesmas cores nos números na tabela e na sua curva no gráfico, que foi feito na escala abrangendo os valores reais, os quais são indicados no quadro, cujos valores seguem os quadros de origem, logo acima. 1 Diâmetro m * 10e7 0,488 1,21 1,28 0,68 2 Massa Kg * 10e22 33 487 598 64 47870 35020 29780 24100 13100 4 Atra Grav J * 10e30 76,1 6005 5326 5 Em Cin J * 10e30 37,8 2985 6 PeriodoTrans s*10e6 7,6 7 Área m2 * 10e12 8 Período Rot s *10e4 3 VelocTrans m/s 4,96 0,23 10240 60 6800 5500 4700 376 325329 53060 4048 3018 13,6 2650 186 162000 26400 2013 1540 6,5 19,4 31,6 59,4 374,2 917,6 2661 5200 7828990 74,8 460 510 145 62180 43800 8115 7650 16,5 506,7 2100 8,6 8,8 3,6 5,8 55,2 3,03 9 Veloc Rot m/s 0,91 464 241 14,3 12,1 5,11 189900 56880 8681 12560 9600 3,7 4,4 10260 3650 2680 13,1 10 PerímTransl m*10e11 3,6 6,8 9,4 14,3 48,9 89,6 181,2 283 370 11 Nº D 1 Transl * 10e3 74,6 112,3 73,7 210,4 34,2 74,4 354,5 570,9 16045,1 3,7 8,87 9,78 3,69 24,8 10,44 8,69 11 0,66 5,427 5,243 5,515 3,934 1,326 0,687 1,27 1,64 2,03 6 11 78 143 287 450 590 12 Gravidade 13 Desnsidade m/s 2 g/cm Dist Sol m*10e10 3 15 23 28 M V T M J S U N P 29 Devido ao acúmulo de curvas e de cores, e devido a ordem no Gráfico Não seguir a relação acima, necessária para fornecer os dados para a confecção do mesmo, a seguir é apresentada uma sequência com os parâmetros de Cima para Baixo, com indicação do Parâmetro referido, a cor e estilo da linha e a cor e tipo do marcador. Primeira = Nº 4: Atração Gravitacional – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Redondo Cheio. Segunda = Nº 5: Energia Cinética Translacional – Linha Vermelha Pontilhada e Marcador Vermelho Cruz. Terceira = Nº 2: Massa – Linha Preta Tracejada e Marcador Preto Triangular. Quarta = Nº 7: Área – Linha Verde Cheia e Marcador Verde Redondo. Quinta = Nº 10: Perímetro de Translação – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Quadrado. Sexta = Nº 6: Período de Translação – Linha Preta Tracejada e Marcador Vermelho Redondo. Sétima = Nº 1: Diâmetro – Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza e preto. Oitava = Nº 8: Período de Rotação – Linha Azul Cheia e Marcador Azul Cheio Quadrado Nona = Nº 11: Número de Diâmetros em 1 Translação – Linha Roxa Tracejada e Marcador Vermelho com Preto no Enchimento. Décima = Nº 3: Velocidade de Translação – Linha Vermelha Cheia e Marcador Vermelho Redondo Cheio. Décima Primeira = Nº 9: Velocidade de Rotação – Linha Verde Cheia e Marcador Preto Losango Cheio. Décima Segunda = Nº 12: Gravidade – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Triângulo Cheio. Décima Terceira = Nº 13: Densidade – Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza Quadrada Cheia. 30 4–3- AS Relações Crescentes Obtidas das Tabelas Como os valores de alguns parâmetros determinados para os diversos planetas estão distribuídos na sequência de sua ordem de afastamento do Sol de forma absolutamente aleatória, vamos agora repetir o quadro, colocando em cada coluna, os nomes dos Planetas na ordem CRESCENTE de suas características. As características são: A - Distância ao Sol 1 - Diâmetro 2 - Massa 3 - Velocidade de Translação 4 - Atração Gravitacional pelo Sol 5 - Energia Cinética de Translação 6 - Período de Translação 7 - Área 8 - Período de Rotação 9 - Velocidade de Rotação 10 - Perímetro de Translação 11 - Número de Diâmetros em uma Translação 12 - Densidade Média 13 - Gravidade Para facilitar a observação e para manuseio posterior, as células de cada coluna, juntamente com o valor “crescente” do parâmetro determinado, conterá também o nome do planeta que apresenta aquele valor. Como se trata de um total de 14 colunas, fica impossível transcrever tudo em uma só tabela. Por essa razão, serão colocadas duas tabelas a seguir, cada uma delas com a sequência dos planetas pela distância ao Sol, seguido das características em cada um. 31 Distância ao Sol m x1010 Diâmetro Massa m x 106 Kg x1022 Veloc de Atração Translação Gravitac m/s x103 J x 1030 Energia Cinética J x 1030 Período de Densidade Translação g/cm3 s x 106 Mercúrio 5,791 Plutão 2,3 Plutão 4,67 Plutão 13,6 Plutão 6,5 Mercúrio 7,6 Saturno 0,687 Venus 10,82 Mercúrio Plutão 4,88 60 Netuno 5,48 Mercúrio 76,1 Mercúrio 37,8 Vênus 19,4 Urano 1,27 Terra 14,96 Marte 6,8 Marte 64,2 Urano 6,81 Marte 376 Marte 186 Terra 31,56 Júpiter 1,326 Marte 22,79 Vênus 12,1 Vênus 486,8 Saturno 9,64 Netuno 3018 Netuno 1.540 Marte 59,35 Netuno 1,64 Júpiter 77,83 Terra 12,8 Terra 597,4 Júpiter 13,07 Urano 4048 Urano 2.013 Júpiter 374,25 Plutão 2,03 Saturno 142,9 Netuno 49,6 Urano 8681 Marte 24,08 Terra 5326 Terra 2.650 Saturno 917,57 Marte 3,934 Urano 287,1 Urano 51,1 Netuno 10.240 Terra 29,78 Vênus 6005 Vênus 2.985 Urano 2661 Vênus 5,243 Netuno 450,4 Saturno 120,5 Saturno 56.880 Vênus 35,02 Saturno 53060 Saturno 26.400 Netuno 5200 Mercúrio 5,427 Plutão 591,4 Júpiter 143 Júpiter 189.900 Mercúrio 47,87 Júpiter 325329 Júpiter 162.000 Plutão 7828990 Terra 5,515 Mercúrio 3,3 32 Distância ao Sol m x1010 Área Período de Velocidade Nº Diâme2 12 Rotação Rotação tros em 1 m x10 4 Transl x103 s x10 m/s Perímetro Gravidade Translação m/s2 m x 1011 Mercúrio 5,791 Plutão 16,5 Mercúrio 3,64 Venus 10,82 Júpiter 3,58 Vênus 0,91 Júpiter 34,21 Plutão 0,66 Mercúrio Saturno 74,8 3,69 Mercúrio 3,02 Terra 73,68 Venus 6,8 Marte 3,69 Terra 14,96 Marte 144,8 Urano 4,4 Plutão 13,1 Saturno 74,37 Terra 9,4 Mercúrio 3,7 Marte 22,79 Vênus 460 Netuno 5,8 Marte 241 Mercúrio 74,57 Marte 14,3 Urano 8,69 Júpiter 77,83 Terra 510 Terra 8,64 Terra 464 Vênus 112,34 Júpiter 48,9 Vênus 8,87 Saturno 142,9 Netuno 7.650 Marte 8,85 Netuno 2680 Marte 210,39 Saturno 89,6 Terra 9,78 Urano 287,1 Urano 8115 Plutão 55,2 Urano 3650 Urano 354,51 Urano 181,2 Saturno 10,44 Netuno 450,4 Saturno 43.800 Mercúrio 506,7 Saturno 10260 Netuno 570,89 Netuno 283,0 Netuno 11,0 Plutão 591,4 Júpiter 62.180 Vênus 2100 Júpiter 12560 Plutão 16045,1 Plutão 370,0 Júpiter 24,8 Os quadros acima permitem um sem número de observações interessantes. Não tem sentido obter gráficos com os dados em ordem crescente de valores das diversas características, pois a abcissa não teria nenhuma sequência racional. Para uma visão global dessas distribuições, vamos numerar os planetas e apresentar as sequências seguidas pelos mesmos quanto às diversas características. Assim, vamos chamar a sequência numérica de 1 a 9 os planetas na ordem de afastamento do Sol: 33 Mercúrio(1), Vênus(2), Terra(3), Marte(4), Júpiter(5), Saturno(6), Urano(7), Netuno(8) e Plutão(9). Com essa numeração, vamos dar uma observada na sequência das demais características associadas aos mesmos quanto a: A) Afastamento do Sol; 1,2,3,4,5,6,7,8,9 1- Diâmetro 9,1,4,2,3,8,7,6,5 2- Massa; 1,9,4,2,3,7,8,6,5 3- Velocidade de Translação; 9,8,7,6,5,4,3,2,1 4- Energia Gravitacional; 9,1,4,8,7,3,2,6,5 5- Energia Cinética de Translação; 9,1,4,8,7,3,2,6,5 6- Período de Translação; 1,2,3,4,5,6,7,8,9 7- Área; 9,1,4,2,3,8,7,6,5 8- Período de Rotação; 5,6,7,8,3,4,9,1,2 9- Velocidade de Rotação; 2,1,9,4,3,8,7,6,5 10- Perímetro de Translação 1,2,3,4,5,6,7,8,9 11- Nº de Diâmetros em 1 Translação; 5,3,6,1,2,4,7,8,9 12- Densidade; 6,7,5,8,9,4,2,1,3 13- Gravidade 9,4,1,7,2,3,6,8,5 A visualização gráfica do quadro acima não tem nenhum sentido prático. A razão é que para cada parâmetro diferente, temos que mudar os valores do eixo das abcissas e sempre geraria uma reta igual. Só teríamos referências através da abcissa. Dessa forma, acho mais razoável, só para uma visão panorâmica, montar um quadro (abaixo) com as séries idênticas com a mesma cor. Assim, só olhando, sabe-se que as séries de mesma cor seguem a mesma sequência. 34 VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR Distância do Sol m 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Período Translação s 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Perímetro de Transl m 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Atração Gravitac J 9 1 4 8 7 3 2 6 5 Energia Cinética J 9 1 4 8 7 3 2 6 5 Veloc Translação m/s 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Diâmetro(Área) m e m2 9 1 4 2 3 8 7 6 5 Massa Kg 1 9 4 2 3 7 8 6 5 Período de Rotação s 5 6 7 8 3 4 9 1 2 Veloc de Rotação m/s 2 1 9 4 3 8 7 6 5 Nº Diâm em 1 Translação 5 3 6 1 2 4 7 8 9 Gravidade m/s2 9 4 1 7 2 3 6 8 5 Densidades 6 7 5 8 9 4 2 1 3 35 4–4- Observações e Evidências das Avaliações Os valores constantes dos quadros deste capítulo em conjunto com os dos quadros do capítulo anterior, permitem que se chegue a um sem número de observações e de evidências. Primeiro: Como era óbvio, as sequências de Período de Translação e Perímetro de Translação acompanham a sequência da Distância ao Sol. Segundo: A sequência Velocidade de Translação é a única a ser Decrescente, que era esperado pois, como já foi visto, tem que ter valor justo para equilibrar a atração gravitacional. Terceiro: As Energias de Atração Gravitacional e Energia Cinética de Translação apresentam a mesma sequência, o que também era esperado e já foi comentado anteriormente. Quarto: As características de dimensões, diâmetro (ou área) e de Massa foram colocados juntos e com mesma cor, porque SÓ apresentam 2 inversões, mantendo todo o resto na mesma sequência. As inversões são de Mercúrio com Plutão e de Urano com Netuno. Quinto: O Período de Rotação e a Velocidade de Rotação, guardam uma relação sequencial exatamente inversa uma da outra. Sexto: O número de diâmetros (ou de perímetros) durante uma Translação inteira, segue uma sequência completamente aleatória, o mesmo acontecendo com as sequências das Densidades e da Gravidade. Sétimo: Em nenhum parâmetro nosso habitat (Terra) é o menor, e o único onde ele é maior é no parâmetro Densidades (massa por unidade de volume). Em todo o resto ele não passa de um intermediário comum. 36 5- DUALIDADE: ONDA x PARTÍCULA A dualidade onda x partícula foi sempre uma das questões mais difíceis dos cientistas abordarem. Isso durou desde os trabalhos experimentais de Hertz em 1887 no estudo da natureza eletromagnética da luz, até o início do século XX, quando em 1.905 Albert Einstein, apoiando-se nas conclusões de Plank em 1900 quando “quantificou” as emissões de energia, apresentou seu trabalho explicando o mecanismo do efeito foto elétrico. A partir desse experimento, Einstein propôs que onda e matéria sejam interconversíveis, atribuindo valor material às ondas eletromagnéticas. Primeiro vamos apenas citar as relações existentes para relembrar os conceitos de onda e os de matéria para, mais a frente, tratar dos conceitos relativistas. 5–1- A Parte Ondulatória A teoria ondulatória já é conhecida dos cientistas a alguns séculos. A principal característica de uma onda é seu comprimento. A cada onda é atrelado um comprimento de onda: é como se fosse seu código genético. A outra característica de amarração de uma onda eletromagnética é sua frequência. A frequência é o número de vezes que ela se desloca sucessivamente até completar o percurso correspondente a sua velocidade. Daí surge a primeira relação ondulatória, chamada equação fundamental da teoria ondulatória: v = ʋ x ʎ onde: - v é a velocidade da onda, em m/s; - ʎ é o comprimento de onda (sonora ou eletromagnética) em m; - ʋ é a frequência de vibração da onda, ou seja, o número de vezes que ela se repete até completar o valor de sua velocidade, em Hz ( c/s); A frequência é o inverso do Período (T), que é o tempo que um ponto qualquer da onda leva para executar uma oscilação completa (vai e vem). Este tempo é o mesmo que uma fonte gasta para gerar uma onda completa. ʋ = 1/T A luz é reconhecida como uma onda eletromagnética, que se desloca na velocidade de 300.000 Km por segundo terrestre (no vácuo), que equivale ao deslocamento rotacional da superfície da Terra em torno de seu próprio eixo em 464 metros, ou ao deslocamento translacional do eixo da Terra ao longo de sua órbita em torno do Sol, em 30 Km. 37 No caso da luz, a equação se torna: c = ʋ x ʎ onde: c é a velocidade da luz no vácuo, igual a 300.000 Km/s Cada onda eletromagnética, tem um conteúdo energético intrínseco, sendo seu valor dado pela equação: E=h.ʋ onde: - E é a energia da onda, em J - h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s - ʋ é a frequência de vibração da onda luminosa, ou seja, o número de repetições de seu comprimento até atingir os 300.000 Km, em Hz ( c/s); Das duas equações acima, como uma relaciona a energia com a frequência e a outra relaciona frequência com o comprimento de onda, obtém-se a equação que relaciona diretamente a Energia com o comprimento de onda: E = h. c /ʎ: onde: - E é a energia da onda, em J - h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s - c é a velocidade da luz no vácuo, que equivale a 300.000 Km por segundo; - ʎ é o comprimento de onda em m; A amplitude da onda depende somente do seu conteúdo energético. A luz visível pelo homem apresenta comprimento de onda na faixa de: - 360 nm a 780 nm (um nano = 10-9 m), ou seja, 3,6 x10-7 a 7,8 x 10-7 m Valores que correspondem a faixa de frequências de: - 3,8 x 1014 Hz a 8,3 x 1014 Hz. Fora dessa faixa, o homem é um cego Universal. Os raios IR, micro-ondas, ondas de rádio, etc têm frequências inferiores a 3,8 x 1014 Hz. Os raios UV, RX e raios gama têm frequências superiores a 8,3 x 1014 Hz 38 5–2- A Parte Material É claro que a parte material de qualquer evento é de extrema importância. Antes de abordar a interconversão de onda x matéria, pode-se avaliar o que pode ser feito em termos de mudança de parâmetros para entender melhor o comportamento do Universo e, principalmente, o Atraso Sideral em que vivemos, e que vimos anteriormente. A tabela a seguir, usa as massas dos componentes do sistema solar, quantificadas pela física clássica e também determina o número de elétrons que constituem cada um desses corpos. Tudo ainda dentro da física clássica, sem a participação da relatividade. Claro que a coluna obtida, NÚMERO DE ELÉTRONS que constitui o corpo sideral, é apenas a divisão da massa de cada corpo celeste pela massa de um elétron, cujo valor é 9,1 x 10-31 Kg. CORPO CELESTE MASSA Kg NÚMERO DE ELÉTRONS ne SOL 2,000x1030 2,198x1060 LUA 7,300x1022 8,022x1052 MER 3,300x1022 3,630x1053 VEN 4,868x1024 5,350x1054 TER 5,974x1024 6,565x1054 MAR 6,418x1023 7,053x1053 JUP 1,899x1027 2,087x1057 SAT 5,688x1026 6,250x1056 URA 8,681x1025 9,540x1054 NET 1,024x1026 1,125x1056 PLU 6,000x1023 6,590x1053 39 O que se pode observar dos valores acima, é que o maior planeta do sistema solar, Júpiter, é mil vezes menor que o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza. E o menor, que é Mercúrio, é 6 x 107 (60.000.000) vezes menor que o Sol, logo, 60.000 vezes menor que Júpiter. A vantagem de expressar o tamanho de todos os corpos em função do número de elétrons que o compõem, é a adaptação ao manuseio das quantidades micro e macro (excessivamente pequenas e excessivamente grandes), o que nos acostuma a lidar com estes disparates, de uma forma mais familiar. Nossa moradia, o planeta Terra é apenas um intermediário, bem insignificante. Seu tamanho é 3,35 x 105 (335.000) vezes menor que o Sol e é apenas 181 vezes maior que o menor deles, que é Mercúrio. Isto tudo, serve para mostrar o quão NADA somos em relação ao nosso sistema Solar, e muito menos ainda em relação ao Universo como um todo. Paralelamente a isso, os seres que habitam essa “insignificância” se consideram divinos, filhos criados a imagem e semelhança, logo, perfeição, de um possível Criador que eles mesmos “criaram” para fazer dele um escudo, para se defender de seu próprio pânico, causado pelo desconhecimento de tudo em relação a nós mesmos e a nossa moradia. Principalmente em relação ao que vai ocorrer depois que morrermos, se acaba tudo ali ou se temos realmente alguma parte não material acoplada ao nosso corpo e essa parte vai ser desembarcada, sem data marcada nem aviso prévio, de nossa viagem planetária e, no caso, para onde poderemos ir e fazer o que! Além, é claro, de descobrir quanto “tempo” nosso (terrestre) levaremos para chegar lá! Ou se seremos apenas mais um conjunto de fótons a caminhar pelo espaço universal infinito, a espera de um corpo receptor para transferir toda nossa “energia inteligente” para ele! 40 6- O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA A mecânica quântica é o final de um longo processo, como tudo que é feito pelo ser humano. O relativismo das coisas já era considerado desde a antiguidade, mas evidentemente sem o amparo matemático apropriado. Só em fins do século XlX e início do século XX, é que o descobrimento do efeito foto elétrico levou Einstein a propor sua teoria da Relatividade. Toda a teoria da relatividade está calcada na chamada colisão fóton (onda) – elétron (partícula material). Depois da explicação do efeito fotoelétrico dado por Einstein baseado em trabalho de Plank, seguiu-se o efeito Compton e, finalmente na década de 1920, De Broglie propôs a dualidade onda x partícula, estendendo o caráter ondulatório as partículas materiais. Inicialmente vamos transcrever um resumo bem simplificado da sequência de eventos que culminaram com a explicação do efeito fotoelétrico, base da teoria da relatividade proposta por Albert Einstein em 1905, seguido de uma apresentação do efeito Compton, e finalizando com a proposta de De Broglie. Logo após, vamos conceituar massa e onda oriundas (ou calculadas) pelos conceitos relativistas. Só após isso, é que iniciaremos uma avaliação química desse efeito e de suas consequências. 6-1- Os Efeitos que Geraram o Relativismo e a Mecânica Quântica 6 - 1 – a- O Efeito Fotoelétrico Todo o processo que desembocou na definição e quantificação do efeito fotoelétrico é encontrado na literatura do ramo. Todos seguem a mesma sequência e de modo até bem parecido, com poucas omissões ou alterações na sequência dos fatos. Vamos tentar seguir o mais próximo possível a sequência cronológica, com as definições em cada ponto do processo e baseado em que a definição foi amparada. Esta etapa vai ser conduzida em duas partes: a primeira com os estudos puramente ondulatórios, e depois com o efeito fotoelétrico propriamente dito. Em 1800, Willian Herschel vendo a luz branca se decompor ao atravessar um prisma, mediu a temperatura de cada cor do espectro e viu que o efeito térmico aumentava a medida que o termômetro se aproximava do vermelho. E, com espanto, observou que o efeito conti- 41 nuava a aumentar mesmo depois do vermelho, na parte escura do espectro. Essa região é hoje conhecida como “região do infra vermelho” e todos os corpos irradiam nele. A continuidade do estudo levou ao conceito que, na segunda metade do século XlX passou a ser conhecida como “radiação de corpo negro” que basicamente significa que “qualquer corpo, em determinada temperatura emite energia que depende dessa temperatura”, e como Herschel havia descoberto, cada temperatura está associada a uma frequência, logo, a uma cor. Todos os corpos irradiam energia, já que as partículas que o constituem estão em permanente agitação em qualquer temperatura, agitação essa que é tanto maior quanto maior for a temperatura, pois esta não passa de uma medida (indireta) da energia cinética média das partículas do corpo. Sendo assim, sempre que as partículas constituintes do corpo (sejam átomos ou moléculas) oscilam, vibram, existe emissão de radiação electromagnética. As frequências e amplitudes das ondas electromagnéticas emitidas dependem das frequências e amplitudes das vibrações das partículas. A figura a seguir mostra a distribuição espectral da radiação de um corpo negro a Temperatura de 9.000 ºK, sendo a parte colorida correspondente ao espectro visível. Figura copiada de trabalho Wikipédia através do Google, na internet, presente na maioria dos trabalhos consultados. A parte colorida corresponde ao espectro visível. No final do século XIX, várias tentativas foram feitas para explicar essa curva, sendo todas essas tentativas baseavam-se nas teorias clássicas. Stefan e Boltzman mostraram que a emissão de energia aumenta com o aumento da temperatura, e propuseram que era proporcional a quarta potência da temperatura (T4), e hoje é conhecida como Lei de Stefan e Boltzman. Logo depois Wien demonstrou que, quando a Temperatura aumenta, o máximo da curva espectral se desloca para a direita, isto é, no sentido crescente dos valores da frequência (ʋ), logo, dos menores comprimentos de onda (ʎ). 42 Rayleigh-Jeans partiram da premissa que as irradiações provinham da oscilação dos campos elétrico e magnético. A lei estabelecida por eles ajustava a curva na faixa dos altos comprimentos de onda, mas divergia na faixa de baixos comprimentos. Ela passou a ser conhecida como a catástrofe do ultravioleta. Isto só pôde ser resolvido a partir de 1900 com o trabalho de Plank, baseado em trabalhos anteriores, que culminaram com o entendimento do efeito fotoelétrico, como segue. Em 1887 Heinrich Hertz investigando a natureza eletromagnética da luz, quando estudava a produção de descargas elétricas entre duas superfícies metálicas, em potenciais diferentes, observou que cada faísca produzida por uma superfície, gerava uma faísca secundária na outra. Para evitar a dificuldade de visualização, ele construiu uma proteção sobre o sistema para evitar dispersão de luz; entretanto, essa proteção causou diminuição da faísca secundária. Mais a frente, constatou que esse fenômeno não era de natureza eletrostática por não haver diferença entre a proteção ser feita com material isolante ou condutor. Finalmente confirmou sua suspeita de que a luz pode produzir faíscas e que o fenômeno era apenas devido a luz ultravioleta. Em 1888 apoiado no trabalho de Hertz, Wilhelm Hallwachs descobriu que corpos metálicos irradiados com luz ultra violeta (UV) adquiriam carga positiva. Para explicar o fenômeno, Lenard e Wolf sugeriram que a luz UV obrigaria a que partículas do metal deixassem a superfície do mesmo. Em 1889, Thomson postulou que o efeito fotoelétrico consistia na emissão de elétrons e, para provar determinou experimentalmente que o valor da relação carga/massa (e/m) das partículas emitidas no efeito fotoelétrico era o mesmo dos elétrons associados aos raios catódicos. Então, em 1.900 Max Plank propôs que a Lei de Rayleigh-Jeans não estava ajustando a curva espectral em toda a faixa de comprimentos de onda, porque eles admitiram que os osciladores emitiam radiação com qualquer quantidade de energia. Plank propôs uma restrição, impondo que os osciladores SÓ podiam emitir energia em determinadas quantidades inteiras de h.ν, onde h é a constante de Plank e ν é a frequência de vibração da onda, logo: E = n x h x ʋ A partir dessa ideia foi obtida expressão capaz de ajustar totalmente a curva espectral da radiação de corpo negro. A equação de Plank deixava claro que quanto maior for a frequência de determinada luz monocromática, maior será a energia de seus fótons. Em 1.903 Lenard provou que a energia dos elétrons emitidos não apresentava dependência da intensidade da luz. Já em 1.904 Schweidler comprovou que a energia do elétron era diretamente proporcional a frequência da luz. Estava sacramentada a equação de Plank. 43 As ondas eletromagnéticas como a luz visível, os raios X e os raios infravermelhos, ao incidirem em um meio que não lhes seja completamente transparentes, fornecem a esse meio uma certa quantidade de energia. Assim, quando a luz incide sobre um metal, seus elétrons absorvem a energia dos fótons de luz. Se a quantidade de energia associada ao fóton for suficientemente elevada, os elétrons conseguem escapar da atração eletromagnética dos núcleos atômicos. No caso de uma fonte de luz monocromática, quanto maior sua frequência e, em consequência, sua energia, maior será a quantidade de energia absorvida pelos elétrons. Estes resultados são o OPOSTO ao esperado quando da descoberta de Hertz, ou seja: ao aumentarmos a intensidade de uma luz monocromática que consiga remover elétrons da superfície de um metal, aumenta o número de elétrons removidos, pois aumenta o número de fótons. Por outro lado, quando se aumenta a intensidade de uma luz monocromática que não tenha energia suficiente para soltar elétrons da placa, ela continua não sendo capaz de remove-los. Em 1905, Einstein usou a proposta de 1900 de Plank (que se referia a radiação de corpo negro) e explicou o efeito fotoelétrico. Propôs que a energia do fóton absorvido tem que ser igual a soma das energias necessárias para remover o elétron do metal com a energia cinética que o elétron adquire. Assim, ele propôs a relação: E= h.ʋ - onde a parte da energia do fóton usada para remover o elétron do átomo ao qual ele pertence (energia de ligação) ele chamou de Função Trabalho (W ou ), ficando o restante da energia do fóton na forma de energia cinética do elétron, também chamados de fotoelétrons. Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de considerar a luz como onda, propôs que ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cada fóton ou quantum de luz transporta energia de h ʋ. A proposta era que um quantum transfere toda sua energia h ʋ a um só elétron independente da existência de outros quanta de luz. Segundo ele, a equação vale para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia. “Einstein sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte mais superficial”. A equação então se tornou: Emax = h . ʋ – Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energia de ionização do metal. Emin = h . ʋ – Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin – = 0 ʋmin = / h e dai: ʋmin = ʋ0 = frequência de corte. 44 Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outros metais o valor da frequência de corte está na região UV. Com o exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de 495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da placa é de: E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e ʋmin = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34 ʋmin = 1,242 x 1015 Hz e ʎ = 2,41 x 10-7 Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será sua energia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons, mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com os resistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme a incidência de luz. O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a comprovação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclinação da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do material irradiado. Em 1916, Millikan publicou um trabalho onde os resultados obtidos por ele, comprovavam o perfeito ajuste da equação de Einstein aos experimentos. 6-1- b- O Efeitos Compton O efeito Compton é a variação do comprimento de onda da radiação eletromagnética dispersada por elétrons livres. Quando fótons de raios X (de comprimento de onda ʎ) colide com matéria, uma parte da radiação é “espalhada”. Compton observou o espalhamento de raios X monocromáticos por um alvo de grafite. 45 Em 1923 Compton descobriu que: - uma parte da radiação possui frequência menor (ʎ’ > ʎ) maior que o RX incidente - a diferença entre os comprimentos de onda depende do ângulo de espalhamento . O espalhamento Compton não tem explicação pela teoria eletromagnética clássica, já que a onda EM possui sempre o mesmo ʎ . Entretanto, no caso presente tem-se que levar em conta a ocorrência de uma colisão de duas partículas: o fóton incidente com comprimento de onda ʎ e um elétron, considerado em repouso. O fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são fornecidos para o elétron, que recua. A parte da energia restante é espalhada em um novo fóton (ʎ) de menor energia, logo, maior ʎ. Usando o princípio da conservação da energia e do momento, obtém-se a equação do Espalhamento Compton: ʎ’ - ʎ = h / m.c (1 – cos ) onde: ʎ é o comprimento de onda do fóton antes do espalhamento ʎ’ é o comprimento de onda do fóton após o espalhamento m é a massa do elétron h / m.c é chamado de comprimento de onda Compton do elétron é o ângulo de mudança da direção do fóton h é a constante de Plank c é a velocidade da luz no vácuo A grandeza h / m.c é chamada de “comprimento de onda Compton do elétron”, cujo valor é facilmente determinável, a partir dos dados: h = 6,626 x 10 J.s ou Kg.m2/s m = 9,11 x 10-31 Kg c = 3 x 108 m Daí, se obtém: ʎ = h/m.c = 2,43 x 10-12 m 46 O cálculo da energia de um fóton de comprimento de onda ʎ = 10-10 m, sabendo que 1 J = 6,24 x 1018 eV, é fácil: E = h. ʋ = h.c/ʎ = 1,24 x 104 eV O valor desta energia é bem superior a energia de ligação dos elétrons de valência nos átomos que constituem a amostra dispersora, que é de apenas alguns elétron volt. Pode-se afirmar que no experimento com raios X o efeito Compton se restringe a variação do comprimento de onda da radiação, dispersada por elétrons livres, e que essa diferença não depende das características da substância que formam a amostra dispersora. 6-2- A Proposta de De Broglie A teoria ondulatória levou bastante tempo conseguindo explicar todos os fenômenos ondulatórios ocorridos, com grande facilidade. Entretanto, a quantização da luz por Plank, a definição do comportamento da radiação como partícula com propriedades mecânicas bem definidas (fótons) usado por Einstein para explicar o efeito fotoelétrico, e por Compton para explicar o efeito que leva seu nome, deixaram a teoria ondulatória em situação difícil por não conseguir explicar esses fenômenos. Em 1924 De Broglie apresentou sua proposta de que, em determinadas condições, as partículas se comportam como ondas e teriam associado a elas o movimento ondulatório. Como a luz já tinha sido “materializada” por Einstein, com a nova proposta, passou a ser não só a luz, mas também toda a matéria passou a apresentar caráter DUAL. Ele deduziu uma equação que apresentou como sendo de caráter geral. Partiu das duas relações: - a quantidade de movimento linear de uma partícula de massa m e velocidade v é dada por: p=m.v - a quantidade de movimento linear de um fóton de frequência ʋ e velocidade c é dada por: p=hʋ /c Como a equação que relaciona a frequência e o comprimento de uma onda luminosa é: ʎ ʋ =c de onde obteve a expressão p=h/ʎ 47 equação que ele propôs como sendo de caráter geral, aplicável tanto a fótons quanto a partículas materiais. Das equações p = mv e p=h/ʎ obteve a equação ʎ = h / m.v onde m é a massa relativista dada pela equação de Einstein: m = mo / [1 – (v/c)2]1/2 onde: mo é a massa em repouso v é a velocidade da partícula e c é a velocidade da luz no vácuo Este ponto, a partir da proposta de De Broglie associado aos conceitos de Plank, Compton e Einstein, mais os trabalhos de Heisenberg e Schrodinger, é considerado como o início da Mecânica Quântica. 48 7- APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE Pouco se vê sobre aplicações numéricas comparativas envolvendo as equações relativistas de Einstein. A impressão que dá é que “alguns aceitam incondicionalmente como corretas e ponto final” ao mesmo tempo em que outros as “rejeitam formalmente e ponto final”. Parece que as pessoas temem uma discussão a respeito do assunto. Segundo uma opinião de Steven Hawking em sua bela obra Uma Breve História do Tempo: “uma teoria aplicada um bilhão de vezes com resultado correto, se na vez um bilhão e um der errado, a teoria tem que ficar sob suspeita”. Este motivo tem bastante lógica, além de “ser de quem é”, por isso creio que o pessoal que aceita as equações da relatividade assim como os que as rejeitam, deveriam se expor mais, mesmo se sujeitando a ficar como comprovadamente errado. Afinal, ninguém é “dono da verdade”, além de sermos todos iguais (igualmente transportadores ambulantes de coco fedorento e com aproximadamente o mesmo número de neurônios). Como Químico e sendo como sou (um enorme poço de dúvidas sobre tudo), tendo respeito pelas opiniões alheias, mas respeitando meu próprio direito de ter minha própria opinião sobre o assunto que me dispuser a avaliar seriamente, resolvi aceitar meu próprio desafio e encarar o problema de frente. Até aqui só fiz transcrições sobre o assunto, mas daqui para a frente vou levar esse questionamento a sério. 7 – 1- Conceito de Massa e Onda Equivalente Tendo em vista que a equação que relaciona onda com matéria, não tem seu uso generalizado, principalmente porque a equação que permite essa transformação NÃO é de aceitação geral e inquestionável, também não vamos considera-la aqui. A barreira antiga, de que onda é onda e matéria é matéria, sempre foi muito forte, e ainda hoje, se não a maioria das pessoas, pelo menos um grande número deles, ainda não aceita essa interconversão como assunto vencido. Quem propôs essa quantificação foi Albert Einstein, baseado nos resultados obtidos na experiência da determinação do limiar fotoelétrico. E isso já tem um século. Essa equação dada por E = m . c2 relaciona a energia de um fóton com a sua massa, através de um coeficiente que foi estabelecido como o “quadrado da velocidade da luz”. Também ficou convencionado que toda matéria em movimento tem associado a si um comprimento de onda, sacramentado por De Broglie na década de 1920. 49 Entretanto, no presente trabalho, vamos usar a interconversão em ambos os sentidos para tentar buscar respostas para algumas questões que ainda não são muito claras. Porém, em respeito a ambas as correntes, os que a consideram correta e os contrários, NÃO usaremos os termos reais para massa obtida a partir do fóton, nem de comprimento de onda e frequência os valores obtidos a partir de partículas materiais. O autor prefere chamar essa equivalência através das equações de Einstein, até que sejam comprovadas de fato, de forma inquestionável, com o termo equivalente. Assim: - toda massa obtida a partir de ondas, será chamada de ME (Massa Equivalente); - toda onda obtida a partir de partícula, seus parâmetros serão chamados de OE e FE (Comprimento de Onda Equivalente e Frequência Equivalente) 7–2– A Interconversão Massa x Onda Para a transformação citada, a equação usada é a equação relativista de Einstein: E = m. c2 Geralmente a qualquer partícula é associado um valor de massa, bem conhecido e determinável com precisão pelos cientistas. É claro que para aplicarmos a equação acima na transformação de massa em onda, sua aplicação é direta. Já para transformar um fóton, que geralmente está identificado por valores de comprimento da onda ou de sua frequência, precisamos inicialmente transformar o valor conhecido, de comprimento ou de frequência no valor do Conteúdo Energético da onda, para transforma-la em massa equivalente. Assim, as equações que serão usadas, são: - primeira: a equação relativista de Einstein E = m . c2 - segunda: a relação clássica da teoria ondulatória E=h.ʋ - terceira: a equação fundamental da relação comprimento de onda x frequência ʎ x ʋ = c E daí m = h / ʎ.c ou m = h. ʋ / c2 - quarta: P = h/ ʎ onde: E é a energia do fóton (da radiação eletromagnética) em J 50 c é a velocidade da luz igual a 3 x 108 m/s h é a constante de Plank igual a 6,626 x 10-34 J.s ʎ é o comprimento de onda em m ʋ é a frequência de vibração da onda Hz (ciclos/s) m é a massa do fóton (da radiação eletromagnética) em Kg P é a Quantidade de Movimento da onda definida por De Broglie Pelas equações acima, a partir de uma onda visível, com comprimento de onda em torno de 500 nm (5 x 10-7 m, já que 1 nano = 10-9 m), cuja frequência (ʋ = c / ʎ ) se situa em torno de 600 trilhões de ciclos/s (6 x 1014), pela teoria ondulatória calculava-se a energia desse fóton pela expressão E = h . ʋ, de onde se obtém: E = 6,626x10-34 x 6x1014 J, logo, E= 3,9756 x 10-19 J É claro que havendo relação direta entre o comprimento de onda e a frequência do fóton, também pode-se calcular sua Energia diretamente a partir do comprimento de onda, pois: E = h . ʋ e, como: ʎ x ʋ = c obtém-se facilmente: E = h . c / ʎ e daí vem: E = 6,626 x 10-34 x 3 x 108 / 5 x 10-7m que dá: E= 3,9756 x 10-19 J O resultado igual só mostra que os cálculos da teoria ondulatória estão rigorosamente corretos, mas não é suficiente para calcular a quantidade de massa que isso possa representar, o que só pode ser feito pela equação de Einstein: E = m . c2 e daí vem que: m = E / c2 logo: m = 3,9756 x 10-19 / (3 x 108)2 m = ME = 4,417 x 10-36 Kg Para exercício mental, vamos repetir os cálculos para alguns valores de comprimentos de onda, múltiplos de 10 para facilitar. Lembrar que as ondas eletro magnéticas podem variar enormemente, desde valores baixíssimos até valores muito altos, ou seja, teoricamente de zero a infinito; usaremos nesse caso os limites: ʎ = 10-14 m (raios ) e ʎ = 105 m (onda de rádio) Usaremos as equações acima: na primeira coluna vamos colocar os valores dos comprimentos de onda entre os limites estabelecidos acima. Para o cálculo da ME usaremos a relação m =h/c. ʎ, que pode ser calculado diretamente, mas vamos dividir em duas colunas para o leitor observar a forma como ʎ se transforma em massa. Calculada a ME da onda, apresentamos uma quarta coluna com a relação entre a massa do elétron (9,1 x 10-31 Kg) e a massa de cada fóton (ME), obtendo-se assim o número de fótons de cada comprimento de onda, que juntos “equivalem” a massa do elétron. 51 Comprimento de Onda ʎ h/c ME = h/c x ʎ Relação me/MEf 10-14 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-28 4,12 x 10-3 10-13 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-29 4,12 x 10-2 10-12 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-30 4,12 x 10-1 10-11 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-31 4,12 x 100 10-10 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-32 4,12 x 10 10-9 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-33 4,12 x 102 10-8 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-34 4,12 x 103 10-7 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-35 4,12 x 104 10-6 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-36 4,12 x 105 10-5 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-37 4,12 x 106 10-4 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-38 4,12 x 107 10-3 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-39 4,12 x 108 100 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-42 4,12 x 1011 10 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-43 4,12 x 1012 105 2,2087 x 10-42 2,2087 x 10-47 4,12 x 1016 Pelos valores, calcula-se que o fóton que tenha um comprimento de onda tal que tenha ME a do elétron é: ʎ = 2,4271 x 10-12 m ou ʎ = 2,4271 x 10-3 nm. Claro que a segunda coluna, por se tratar da relação entre duas constantes universais, não tem finalidade na sequência dos cálculos. Mas como disse antes, só a coloquei para o leitor, olhando as duas primeiras colunas, tenha uma visão instintiva da forma como os diferentes comprimentos de onda influem na equivalência da massa do fóton. Da mesma forma podese concluir que: 52 - 1 raio γ (gama) de ʎ = 10-14 m tem ME de 250 elétrons - 1 raio γ de ʎ = 2,43 x 10-12 m tem ME de 1 elétron - 4 raios X de ʎ = 10-11 m tem ME de 1 elétron - 4,12 x 106 raios IR de ʎ = 10-5 m tem ME de 1 elétron - 4,12 x 1012 ondas de rádio de ʎ = 10 m tem ME de 1 elétron - 4,12 x 1016 ondas de rádio de ʎ = 105 m tem ME de 1 elétron O Quadro acima pode ser representado graficamente como abaixo, com os “comprimentos de onda” como eixo das “abcissas” e no eixo das “ordenadas” o valor da relação entre a massa real de 1 elétron e as MEs dos fótons dos vários comprimentos de onda. O gráfico permite que se determine o número de fótons com determinado valor de comprimento de onda (e, claro, frequência) que precisam participar da mesma colisão para que a massa equivalente (ME) resultante seja correspondente a massa real de um elétron. Estes resultados parecem nos indicar que, se o Universo primordial era realmente um universo fotônico, então ele seria constituído por ondas de baixíssimo comprimento, ou seja, altíssimas frequências. 53 Observa-se uma diferença brutal na capacidade dos fótons “produzirem” elétrons: enquanto um raio gama de ʎ = 10-14 produz (equivale, ou tem ME) sozinho a 250 elétrons, são necessários 4 raios X de ʎ = 10-11 m para “produzir” massa equivalente a um elétron. Já a probabilidade de que existam elétrons produzidos por poli colisões de fótons de comprimentos de onda de 1 nm para maiores, é mínima ou nula, porque o número de unidades para equivaler a um elétron é muito alto. Entretanto, as colisões de fótons de altíssima frequência com fótons de baixíssima frequência seriam bastante prováveis. Provavelmente, as colisões de fótons de altíssimas frequências com fótons de baixíssima frequência, poderiam vir a ajudar na explicação dos diferentes conteúdos energéticos dos diversos níveis quânticos dos átomos constituintes da matéria, assim como a capacidade de alguns núcleos atômicos emitirem “partículas” de altíssimo conteúdo energético. A razão disso é simples: tendo em vista que o modelo de universo mais aceito atualmente é o do Big Bang (que viola toda a Termodinâmica, logo o considero equivocado) e o modelo proposto pelo autor é com o início por um Universo Primordial Fotônico Eterno, e ambos começarem a possuir matéria através de colisões de fótons e a partir da criação de matéria, através de colisões de fótons primordiais entre si e posteriormente, além de entre si também com a matéria criada, tendo em vista a possibilidade (que se está avaliando no presente trabalho), através do efeito fotoelétrico, que impõe que fótons acima de um valor crítico colidem com elétrons. Claro que se pudermos comprovar que ao fóton seja associado determinada quantidade de matéria e que na colisão com matéria transfira a sua para o receptor, essa comprovação permitiria realmente haver um início de Universo puramente fotônico, com a criação da matéria a partir das colisões de fótons, e depois, deles com a matéria já existente, aumentando-a. Com isso, poderíamos desmembrar todo o conteúdo material do universo em elétrons ( que seriam um tipo de fóton) e com todas as suas características completamente conhecidas. Dessa forma seria fácil amarrar TUDO em relação aos ELÉTRONS, que facilitaria a mudança para qualquer outro referencial desejado. Alias, esse conceito seria válido até para o modelo do Big Bang, se o mesmo tivesse sentido, porque nele o início do universo também teria sido de fótons. Assim, com todas as equações enumeradas acima, e a partir dos valores das massas do Sol, Lua e dos nove Planetas do nosso sistema, procede-se ao cálculo de sua: energia, e daí, de sua frequência, seu comprimento de onda e o número de elétrons que constitui o respectivo corpo celeste. Claro que as massas são reais e não “equivalentes”, pois são determinadas experimentalmente. Assim, o número de elétrons que constitui cada corpo celeste também é o real, já que é obtido pela relação entre a massa (real) de cada corpo e a massa (real) do elétron. Já os demais valores, constantes das demais colunas, são todos obtidos a partir da equação relativista de Einstein. Portanto, os valores de Energia, Frequência e Comprimento de Onda são todos EQUIVALENTES. 54 CORPO CELESTE MASSA Kg ENERGIA J FRQUÊNCIA ʋ Nº de ELÉTRONS Comp ONDA ʎ em m SOL 2,000x1030 1,800x1047 2,716x1080 2,198x1060 1,104x10-72 LUA 7,300x1022 6,570x1037 9,910x1072 8,022x1052 3,027x 10-63 MER 3,300x1022 2,972x1040 4,485x1073 3,630x1053 6,689x10-66 VEN 4,868x1024 4,382x1041 6,613x1074 5,350x1054 4,537 x 10-67 TER 5,974x1024 5,376x1041 8,114x1074 6,565x1054 3,697x10-67 MAR 6,418x1023 5,776x1040 8,715x1073 7,053x1053 3,442x10-70 JUP 1,899x1027 1,710x1044 2,579x1077 2,087x1057 1,163 x 10-69 SAT 5,688x1026 5,120x1043 7,730x1076 6,250x1056 3,883 x 10-69 URA 8,681x1025 7,820x1042 1,179x1075 9,540x1054 2,542 x 10-68 NET 1,024x1026 9,210x1042 1,390x1076 1,125x1056 2,158 x 10-68 PLU 6,000x1023 5,400x1040 8,148x1073 6,590x1053 3,681 x 10-66 O quadro acima é apenas ilustrativo e apresenta para comparação, de um lado o conjunto de valores de Massa e Número de Elétrons constituintes do corpo, definidos pela física tradicional, logo, com seus valores sendo de caráter real, como já apresentado no item 5-2, e de outro lado os valores de Energia, Frequência e Comprimento de Onda obtidos a partir da massa real do planeta pela equação Relativista de Einstein. Os únicos parâmetros que a primeira vista podem chocar o leitor, é a colocação em um mesmo quadro, a participação de dados REAIS como as massas dos planetas e seus respetivos números de elétrons constituintes, juntamente com dados puramente relativistas, logo, subjetivos. A equação relativista de Einstein é usada apenas para o cálculo do valor da ENERGIA de cada corpo celeste em função de suas massas. A partir dos valores das Energias de cada corpo, sua frequência e seu comprimento de onda são calculados pelas equações da teoria Ondulatória. Assim, se a quantificação de Energia para determinada massa, calculada pela equação de Einstein estiver certa, os demais valores obrigatoriamente também estariam, por serem obtidos por equações conhecidas e sacramentadas da parte ondulatória. Até ulterior comprovação da equação relativista, os valores da Energia, da Frequência e do Comprimento de Onda dos corpos são EQUIVALENTES. 55 7 – 3 - Avaliação da possível variação da massa dos Planetas pelos fótons Após as avaliações mais simples feitas anteriormente sobre as tabelas onde são mostrados os valores “Equivalentes” de massa dos fótons e de frequência das partículas materiais, e da avaliação dos conceitos de termodinâmica aplicadas ao Universo, temos que tentar prever ocorrências possíveis, no caso das colisões entre onda e partícula realmente transferirem massa para a partícula material, conforme previsto pela equação relativista proposta por Einstein (E = m.c2). Segundo a relatividade a quantificação de massa nos fótons, implicaria no aumento de massa do corpo receptor da colisão desse fóton. Para materializar o fenômeno e poder quantifica-lo, temos que fazer algumas operações matemáticas bastante simples. Para o exemplo, vamos considerar o nosso planeta, a nossa moradia, a Terra, da qual mais se conhece dados. E também o nosso Sol, nosso abastecedor de energia e, no final das contas, de nossas vidas. Sabe-se que a Terra tem uma área externa de: - A = 510.000.000 Km2 ou na forma: A = 5,1 x 108 Km2 Pode-se transformar em unidades menores, tais como: - A= 5,1x108 (1.000)2 m2 ou A = 5,1 x 1014 m2 - A = 5,1 x 1014 (1.000 mm)2 ou A = 5,1 x 1020 mm2 - A = 5,1 x 1020 (1.000 m)2 ou A = 5,1 x 1026 m2 - A = 5,1 x 1026 (1.000 nm)2 ou A = 5,1 x 1032 nm2 Assim, os valores calculados indicam que a superfície da Terra pode ser expressa em qualquer das unidades indicadas, ou seja, em: - Km2 (Quilômetro quadrado) - m2 (metro quadrado) - mm2 (milímetro quadrado) - m2 (mícron quadrado) - nm2 (nano quadrado) A razão de se obter área expressa em unidades tão pequenas, é para facilitar o raciocínio e a manipulação dos valores que vão ser feitos a seguir. Como os fótons emitidos pelo Sol, pelo menos ao chegar aqui, estão na faixa do visível pelo homem, compreendida entre 400 e 800 nm, ou seja, 4 a 8 x 10-7 m, e como 1 nano mede 10-9 m, perde o sentido fazer avaliação da recepção de fótons em área de 1 nm2, já que o 56 comprimento de onda da luz que nos chega é bem maior que 1 nm. Assim, podemos avaliar o recebimento de fótons nessa faixa de comprimentos de onda na área de 1 m2 (mícron quadrado), pois o m mede 10-3 mm, logo, 10-6 m. Assim sendo, consideremos a emissão de fótons pelo Sol, todos com o mesmo comprimento de onda, e vamos usar o valor médio da faixa visível (550 nm). daí: Esse fóton com ʎ = 5,5 x 10-7m vai apresentar ʋ = c / ʎ daí: ʋ = 3.108 /5,5.10-7 : ʋ = 5,454 x 1014 Hz E = h x ʋ logo: E = 6,626 x 10-34 x 5,454 x 1014 E = 3,6 x 10-19J Pela Relatividade a “massa” (ME) desse fóton será: m = E / c2 que no caso presente será de: m = 3,6 x 10-19 / (3 x 108)2 m = ME = 4,0 x 10-36 Kg Considerando o Sol emitindo fótons na frequência de ʋ = 5,454 x 1014, chegarão a superfície da Terra o número 5,454 x 1014 fótons por segundo em cada m2. Mesmo considerando a metade da área da Terra a receber os fótons, já que a outra metade estará do lado oposto e só receberá os fótons quando a parte que recebeu estiver lá, teremos que: Nº de fótons x área = ½ x 5,1 x 1026 x 5,454x1014 = 13,908 x 1040 Se cada fóton colidir e transferir sua massa para a Terra, esta aumentará sua massa em: m = 13,908 x 1040 x 4,0 x 10-36 = 55,63 x 104 Kg /s ou seja, a Terra aumentará sua massa em 55,63 x 104 = 556.300 Kg/s, ou seja, m = 556 toneladas por segundo. Isto é conseguido com fótons visíveis, com comprimento de onda em torno do valor médio da faixa de comprimentos visíveis. Claro que com fótons de menor comprimento de onda, esse aumento será muito mais significativo. Evidentemente isso tudo é um absurdo. Entretanto, pela relatividade, baseado no efeito fotoelétrico, deveria acontecer. O não acontecimento de algo que pode ser admitido e previsto pela relatividade, abre uma séria questão sobre ela. 57 7–4- Avaliação das Tabelas e Valores Obtidos A análise dos itens anteriores nos permite obter algumas evidências em relação a conceitos de certo interesse, principalmente no tocante a COMPARAÇÕES. Inicialmente, ao reduzir tudo a seus equivalentes em ELÉTRONS, podemos dizer que são números absolutos, pois não foram obtidos através da equação relativista de Einstein já que os valores utilizados de Massa dos corpos celestes e a massa do elétron são calculados pela física convencional, não utilizando os conceitos relativistas. Dessa forma, quando se optou por definir as massas dos corpos em seu respectivo NÚMERO DE ELÉTRONS, estamos ainda na física clássica. Acredito estar, a partir de agora, numa situação de cálculos que podem vir a ser altamente controvertidos em relação a serem ABSOLUTOS ou RELATIVISTAS. Isso porque estou reduzindo tudo a número de elétrons, que é obtido pela divisão do valor da massa do corpo (que é ABSOLUTO) pelo valor da massa do elétron (que é ABSOLUTA). Por outro lado, a partir da massa dos corpos, embora sejam ABSOLUTAS, obtém-se através da equação relativista o valor da Energia do corpo, o que impõe que esta energia é Equivalente, assim como os valores de frequência e comprimento de onda obtidos a partir do valor da Energia, obtida pelo Relativismo. Entretanto, quando se trabalha com a teoria ondulatória, obtém-se a Energia de uma onda através de seus valores intrínsecos que são frequência e/ou comprimento de onda, cujos valores são absolutamente reais. Portanto, a única interrogação em todo esse mar de cálculos e pensamentos, é somente a definição da validade ou não da equação relativista de Einstein: E = m x c2, que o item anterior acabou de mostrar que a famosa equação parece ser apenas um equívoco. Outro ponto a ser considerado é que o último quadro de valores deste capítulo, não deve ser avaliado graficamente, não porque mistura dados reais com dados relativistas, mas sim porque todas as curvas terão o mesmo formato, já que todas as colunas foram obtidas a partir da primeira delas sempre com o mesmo fator de transformação. O não acréscimo de massa nos receptores de fótons emitidos pelo Sol, já deixa a Inter conversão onda x matéria bastante enfraquecida. Mas até agora estamos nos mantendo somente no campo da Física e prefiro deixar para mostrar todo o conjunto de observações e evidências que puderem ser obtidas, mais para a frente para utilizarmos os conceitos da Física junto com os da Química. Após a avaliação Química, a ser feita mais adiante, tentaremos fazer uma análise profunda no sentido de validar ou não a equação relativista, comparando os conceitos atuais (Físicos) com a apresentação de mais alguns questionamentos obtidos através da Química. 58 8- GRAVITAÇÃO: CONTÍNUA OU QUÂNTICA? Há mais de meio século, os cientistas ligados ao estudo do Universo, sua origem, seu desenvolvimento e afins, falam na busca de uma equação unificadora. A razão disso é muito simples: através dos séculos e séculos, os homens de ciência sempre lidaram com eventos de todas as naturezas e formas, sempre com tudo sendo considerado CONTÍNUO. Até que em fins do século XlX e início do século XX, começando com Hertz e concluído por Einstein, apareceu o inesperado DESCONTÍNUO, fenômeno detalhado no capítulo 6. O aparecimento do quântico em contraposição ao já sacramentado contínuo, chegou ao ponto de levar Einstein a pronunciar sua famosa frase: “Deus não joga dados”. O ser humano não gosta desse tipo de convivência aparentemente paradoxal (ou realmente paradoxal, não sei bem). O próprio Einstein foi o primeiro a tentar se desvencilhar dessa obrigação, apresentando uma equação que inter relaciona onda e matéria, deixando transparecer que o Universo seja UNO, ou seja, tanto matéria quanto ondas acabam sendo a mesma coisa. Esse assunto precisa de uma reflexão profunda, detalhada, para não se incorrer no erro da precipitação. A primeira pergunta a ser feita “é: afinal, o que é o contínuo e o que é realmente quântico?” A resposta não parece ser simples como pode se pensar de imediato. O homem lida com determinadas coisas que considero altamente paradoxais, e todos aceitam sem nenhum questionamento. Por exemplo, vamos lembrar alguns eventos considerados contínuos: - um trem se deslocando suavemente sobre os trilhos, em sua velocidade de 70 Km/h, que equivale, em números redondos, a 20 m/s. Evento considerado contínuo por todos. - um avião se deslocando pelo ar entre dois pontos quaisquer, em sua velocidade cruzeiro de 900 Km/h, que equivale a aproximadamente 250 m/s. Evento também considerado absolutamente contínuo por todos. - a atração gravitacional do Sol sobre cada planeta do nosso sistema, por exemplo, também é considerado absolutamente contínuo. Todos esses exemplos, como quase todos os eventos que ocorrem com matéria e em baixas velocidades são unanimemente considerados como sendo eventos contínuos. De outro lado, temos vários outros exemplos que contrastam com eles, deixando uma nuvem espessa sobre uma possível divisão contínuo versus quântico. 59 Assim, a par dos exemplos “contínuos acima” podemos citar inúmeros outros que todos consideram inquestionavelmente quânticos, sem nenhuma indagação sobre o intervalo de “tempo” em que ocorrem duas sucessivas ações do mesmo evento. O primeiro bom exemplo, conhecido por todos, é o funcionamento de uma lâmpada de filamento, em que a corrente elétrica é consumida para excitar os elétrons da última camada para um nível energético superior e, como lá ele é instável, cai de volta para seu nível energético estável, emitindo esse quantum de energia em forma de fóton na faixa do visível; este evento se repete um número de vezes assustadoramente alto durante cada segundo (cada tic tac do relógio), da ordem de 400 a 800 trilhões de vezes. Isto quer dizer que de cada fóton emitido, o elétron excitado, retorna a posição original em um tempo correspondente a um trilionésimo de segundo (0,0000000000001 s). E isto todos sabem que é DISCRETO (ou descontínuo). Emissões de radiações eletromagnéticas de maiores frequências, como raios X e raios por exemplo, com frequência da ordem de 1022 Hz (dez sextilhões), ou seja, são emitidos dez sextilhões de unidades por cada segundo nosso (cada tic tac), o que equivale a um lançamento a cada 0,00000000000000000000001 s. Unanimemente conceituado como um evento DISCRETO. Depois dessas avaliações estapafúrdias, me cabe perguntar: o homem realmente tem capacidade de distinguir entre o contínuo e o quântico? Se tem, gostaria de tomar conhecimento de qual o valor limite de separação entre as duas situações, ou seja, até que valor é quântico e a partir de que valor passa a ser contínuo. Dessa forma, não me parece muito consistente procurar desesperadamente uma equação que liga nada a coisa nenhuma. Afinal, o que seria uma “equação quântica da gravidade”? Que intervalo entre as emissões das ondas atrativas, sejam os grávitons ou lá o que seja, terão que ter um intervalo que, por menor que seja, não o qualificaria como quântico? Sinceramente, me parece mais uma discussão acalorada para definir o sexo dos anjos! No nível em que ocorrem os intervalos entre as emissões, de até sextilhões de vezes por cada tic tac do relógio, considero preciosismo demais tentar traçar uma linha divisória entre ambos. Minha opinião pessoal é que “o que não existe é o contínuo”! O que existe é sempre o quântico, mas com intervalos tão curtos que fogem a capacidade de análise do ser humano. O mesmo raciocínio foi feito por Einstein com sua equação: m = mo / [(1- (v/c)2]1/2 tentando mostrar que nada pode se deslocar em velocidade superior a da luz, já que nela a massa em movimento atinge valor infinito. (Mais adiante mostro que esta equação parece não ser correta). 60 Entretanto, podemos fazer um raciocínio prático: o infinito não existe, ele é apenas uma tendência para o qual caminham os valores calculados por determinadas equações matemáticas, que crescem indefinidamente. Por essa razão talvez se possa considerar que o contínuo nada mais é do que o limite para o qual tende o quântico, quando o intervalo entre as emissões tende para zero. De qualquer forma, essa busca me parece mais um cão correndo atrás de seu próprio rabo. Afinal, para quem aceita a equação relativista da interconversão onda-matéria de Einstein, basta saber que a expressão analítica da lei da gravitação universal é: F = G x M1 x M2 /d2 e nela, trocar os valores das massas dos dois participantes considerados por seus correspondentes valores em função de Energia, Frequência ou Comprimento de Onda, conforme já foi visto no capítulo 6. Já para quem não a aceita, utilizará sempre os conceitos separados. Da minha parte, como descrevi neste capítulo, não acredito na existência do contínuo, e sim que tudo é quântico, sendo a coexistência fruto apenas da incapacidade de análise do homem, que fosse suficiente para saber o valor aproximado, mas real, do limite para o qual o quântico tenderia no caso do intervalo entre as sucessivas emissões tender a zero. Pelos valores apresentados no presente capítulo, o bom senso indica que a curva tende a ser assintótica ao eixo de coordenadas, o que impõe que o realmente contínuo só será alcançado no infinito, logo, na minha opinião, ele Não existe. O que existe na realidade é apenas o quântico com sua curva assintótica ao eixo das abcissas, logo, jamais alcançará o “absolutamente contínuo”, pois isso só é possível quando o intervalo entre as ações do evento for exatamente ZERO. Como esse valor só pode ser alcançado no infinito, que é apenas um artifício matemático para descrever aquilo que não pode ser atingido, ou seja, não tem existência real, então isso invalida a possível existência do contínuo. É claro que para os relativistas, nada disso interessa, pois consideram possível quantificar “massa em onda” e vice verso. Para estes, basta quantificar as massas envolvidas na equação, em suas correspondentes formas de Energia, logo, opcionalmente em frequência ou comprimento de onda, e substituir na referida equação tradicional, que terão sua tão sonhada “equação quântica da gravitação” Como Químico isto até chega a me assustar um pouco. Passei minha vida profissional já com cinquenta anos (mais os cinco da Faculdade), trabalhando a maior parte do tempo no meio rodoviário, sempre em laboratório de controle e projetos, fazendo análises químicas de asfalto etc, ao mesmo tempo que viajava todo o Estado para controlar os traços feitos no labo61 ratório, calibrar usinas de asfalto, etc. Então me acostumei desde cedo, recém formado até a idade bem madura, a trabalhar simultaneamente com dois extremos: no laboratório fazia análises químicas com amostras de centigramas ou miligramas, separando-o em frações onde se obtinham frações com bem menos de um miligrama, ou seja, da ordem de micro gramas. Dalí, duas vezes por semana ia dar uma geral nas obras, calibrar usinas, estabelecer quantitativos para determinados serviços, quando lidava com quantidades “um pouco diferentes” tais como mil e quinhentas toneladas por dia, aterros de vinte mil metros cúbicos, e por aí afora. No início do exercício profissional isso até me assustou um pouco, mas como o homem é um animal de adaptação, logo passei a lidar com micro gramas ou milhares de toneladas com perfeita distinção entre ambos, descobrindo desde cedo que somos seres de uma vida absolutamente equidistante do grande e do pequeno, ou seja, do macro e do micro. Por essa razão, fico ainda hoje um tanto perplexo quando vejo tanto cientista genial se preocupar com tais coisas. Sempre percebi uma certa dificuldade das pessoas comuns em lidar simultaneamente com o micro e o macro. Muitas vezes perguntei para diversas pessoas, de diversas formações (inclusive inclui isso num trabalho que escrevi em 1.991) que era o seguinte: - sem fazer contas, claro, só no sentimento, quantos segundos (tic tac) do relógio se passaram desde que Jesus nasceu até hoje? As respostas variavam de trilhões a quintilhões de segundos. Em seguida perguntava: - uma lâmpada de filamento de tungstênio recebe a corrente que excita o elétron periférico que é enviado ao nível acima dele; como lá ele é instável, ele retorna ao nível original e, nesse salto de volta, emite um quantum de luz com esse mesmo valor energético. Essa operação se sucede quantas vezes a cada segundo? Geralmente as respostas iam de milhares a alguns aventureiros que chegavam a milhões! Quando sabiam dos resultados certos, a maioria ia conferir por não acreditar que: - desde que Jesus nasceu até hoje passaram-se pouco mais de sessenta bilhões de segundos (mais ou menos seis por cento de um trilhão), enquanto, - a excitação e retorno do elétron do filamento com emissão de fótons, ocorre entre quatrocentos e oitocentos trilhões de vezes por cada segundo. Concluí que o homem costuma manter o cone de visão raciocinativa de seus neurônios muito próximos dos limites do seu entendimento das coisas do dia a dia. Daí a dificuldade com que os seres humanos lidam com coisas tão disparatadas, pois parece que seus neurônios perdem a capacidade de lidar com essas monstruosas diferenças, e apresentam lentidão demasiada quando tem que pensar entre limites muito fora dos seus limites cotidianos. Foi só por essas razões que coloquei meu questionamento constante do capítulo 8 que, com mil perdões de todos, considero a famosa discussão do sexo dos anjos. 62 9- AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO Até agora o trabalho se referiu muito pouco a parte puramente Química. Creio ser a química muito importante porque o relativismo é baseado fundamentalmente no efeito fotoelétrico. A partir da consideração de que onda tem massa e partícula tem comprimento de onda, foi gerado todo o resto da teoria da relatividade. O efeito fotoelétrico foi mostrado no item 61- a, a partir de vários autores buscados na internet. O resultado é bastante lógico e realmente leva às conclusões que foram tiradas. Entretanto, acredito que esse evento precisa ter uma avaliação mais profunda sob o ponto de vista puramente químico. Depois de termos avaliado a defasagem em que vivemos em relação a qualquer ponto de referência que queiramos adotar, e de ter passado uma vista panorâmica sobre matéria e sobre ondas, quando se buscou algum entendimento da ligação entre eles, proposta por Einstein através de seu relativismo, vamos mais a frente entrar em algumas considerações bastante subjetivas, que incomodam o desenrolar da vida dos seres humanos. Podemos fazer uma avaliação com alguma segurança ou, pelo menos, podemos tentar questionar as coisas de um ponto de vista racional, de tal forma que possa abrir caminho para outros questionamentos e, quem sabe, mais a frente possa até levar ao esclarecimento de alguns pontos bastante nebulosos de nossas vidas. É claro que nossa vida, assim como o Universo como um todo, com toda a complexidade que envolve ambos, não podem ser definidos com tanta simplicidade ou através de uma equação simples e mágica. Entretanto, depois de cinquenta anos de exercício profissional na área da química, tendo trabalhado em setores diferentes, e tendo sido sempre um observador da natureza e um incansável buscador de evidências da existência ou não de um Criador, cheguei aos meus atuais 73 anos como um verdadeiro “poço de dúvidas e questionamentos”. Mas ao mesmo tempo, creio que se algum dia o ser humano conseguir chegar ao esclarecimento de tudo isso que nos envolve, tenho bastante evidências de isso não se dará através de complicadíssimas equações diferenciais ou integrais, inacessíveis a esmagadora maioria dos homens. As soluções que já conseguimos encontrar na natureza, são sempre simples e lógicas, passíveis de serem entendidas por cientistas e por leigos através da explanação simplória de sua filosofia. Sua quantificação sim, é que poderá ser feita através de cálculos bastante complexos, ficando limitados aos poucos (comparados com a população total) que tiveram a sorte ou privilégio de adquirir esse nível de conhecimento, infelizmente inacessível a maioria dos seres humanos. Como este capítulo é o fundamental do trabalho, para exprimir a opinião do autor, ou seja, procurar saber se ela está certa ou equivocada, vamos procurar desenvolver o capítulo 63 com a maior cautela possível e da forma mais didática que se conseguir para, no final tentar obter conclusões ou, pelo menos, evidências que tenham amparo científico. Pelas razões expostas e pela importância da sequência e da didática, este capítulo será subdividido em itens como mostrado: - inicialmente (item 9-1)vamos apresentar um pequeno resumo sobre os conceitos de Termodinâmica, especialmente Entropia que afinal de contas é o princípio que regula tudo e que direciona os eventos; - o segundo, que na verdade inclui terceiro e quarto questionamentos, abrangidos pelos itens 9-2; 9-3 e 9-4 é o mais longo e provavelmente o mais cáustico, mais polêmico, e que pode ter causado bastante complicação no andar das coisas, será a avaliação do ponto de vista “químico” sobre os efeitos fotoelétrico e Compton e a Proposta de De Broglie. - o quinto questionamento é em relação a se ver tudo AZUL quando se olha para o céu e o efeito Estufa. - o sexto questionamento é sobre a aniquilação através da colisão de matéria com sua anti matéria. - o sétimo questionamento é sobre a determinação do valor da massa relativista proposta por Einstein. - o oitavo questionamento é um conjunto de avaliações feitas pelo autor, já com vistas a futuras Propostas a serem feitas mais a frente, e constam de: - considerações sobre as equações relativistas; - o porque da escolha da velocidade da luz como limite de deslocamento; - os referenciais, para possível mudança futura; - estudo das ondas eletromagnéticas com amplitude; - avaliação do átomo e proposta de novo modelo. 64 9–1- O Estudo da termodinâmica 9–1-a- Avaliação Termodinâmica: Os Princípios Sabemos que nossa vida e o Universo que habitamos, são governados por inúmeras Leis, e creio que não existe a menor dúvida que dentre as principais se encontram os Princípios da Termodinâmica. Deles, o Primeiro Princípio “a Energia do Universo é Constante” é conhecida de qualquer ser humano, inclusive com outras definições de outros autores, como por exemplo a lei de Lavoisier “na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma”. Esta lei não passa de outra forma de expressar o primeiro princípio da Termodinâmica. Quanto ao Terceiro Princípio, embora desconhecido de quem não é do ramo das ciências, é de uma simplicidade enorme, aceito por todos, inclusive pelos leigos após ouvirem sua explicação. Ele diz que “no zero absoluto a Entropia é zero”. A explicação é simples, mas vamos deixar para o final do item, porque sua explicação é baseada nos conceitos que vão ser explanados a seguir. O Princípio da Termodinâmica que causa mais confusão ou polêmica é o Segundo, que diz que “a entropia do Universo tende para um máximo”. Sabe-se que quase todas as formas de energia têm algum direcionamento, algum sentido atrativo, alguma forma de organização, por isso são sempre negativas. A única exceção é o calor, que é a forma de energia desorganizada, que por isso é positiva. A representação gráfica Energia x Entropia é feita como na figura abaixo. 10000 9500 9000 8500 8000 7500 7000 6500 6000 5500 5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500 -4000 -4500 -5000 -5500 -6000 -6500 -7000 -7500 -8000 -8500 -9000 -9500 -10000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 200 65 A representação desses dois tipos de energia pode ser feito através das duas curvas mostradas, sendo que a energia organizada, ou de ligação (que é direcionada, atrativa, logo sempre negativa) que começa com valor infinitamente negativo (- ∞) e termina assintótica ao eixo das abcissas, enquanto a energia desorganizada, caótica (entrópica) começa na origem (valor zero no ponto de temperatura 0ºK), e apresenta sempre valores positivos, que começa em zero e tende ao infinito. O eixo das abcissas é de temperaturas absolutas (Kelvin), e em cada ponto da abcissa, a soma dos valores é constante, e cada gráfico desses é válido para cada material existente. Fica claro que o gráfico para representar o comportamento de qualquer substância desde 0ºK até o infinito, para estar completo tem que apresentar em ambas as curvas (tanto a de Energia quanto a de Entropia) dois pontos de interrupção (na mesma temperatura) onde os dois parâmetros vão subir de forma reta, ou seja, vão variar sem alterar a temperatura, que correspondem às mudanças de estado (fusão e evaporação) onde é utilizado o calor latente de cada um. Logo após este ser consumido, volta a variar a temperatura. É evidente que a contribuição para o caos, desordem, entropia (que são sinônimos) não é dada somente pela energia desorganizada (calor), mas também por qualquer tipo de movimento. Por essa razão, o abaixamento da temperatura leva até o zero absoluto, onde o grau de rigidez das ligações é máximo, de tal forma que tudo a 0ºK é considerado um cristal perfeito. Por não ter nenhuma possibilidade de movimento de qualquer natureza, sua estrutura espacial é invariável, ou seja, só existe aquele arranjo possível, logo, a probabilidade de estado é 1. Como a Entropia é o logaritmo da probabilidade, e este é 1, então como log 1 = 0, a entropia é zero. Nesse ponto, o valor da energia organizada (coesiva) é infinitamente grande, mas com sinal negativo. A partir daí, qualquer quantidade de energia desorganizada (calor, movimento, etc) fornecida ao sistema, faz ao mesmo tempo “diminuir a energia coesiva” chamado normalmente como “aumento da energia” e, por outro lado, aumentar positivamente a entropia. O fato de se dizer aos alunos que o fornecimento de calor ao sistema “aumenta a energia” e “aumenta a entropia” sem a devida explicação do fato, me parece que sempre gerou muita confusão entre os alunos. É claro que a afirmação é correta, mas sabendo-se o que significa cada “aumento” desses, se não, causa muita confusão. Como a energia organizada é negativa, e varia de - ∞ até zero, seu “aumento” na verdade é sua aproximação ao seu valor limite superior que é zero! Assim, como exemplo simplório para os leigos, quando se fornece calor a um sistema que tenha energia de 20 J/mol, que na verdade seu conteúdo de energia organizada é - 20 J/mol. Assim, fornecendo calor ao sistema no valor de 15 J/mol, o aumento real operado na energia organizada, leva esse valor para - 5 J/mol, o que faz com que a coesão do sistema diminua, logo, aumenta sua desorganização. Contrariamente, se o sistema tem entropia de 10 unidades e você fornece 15 unidades, o valor da entropia passa de 10 para 25 unidades POSITIVAS, ou seja, fica mais desorganizado. 66 Muitas vezes é feita uma confusão de conceitos no caso do aumento da entropia através dos movimentos. De um modo geral os leigos atribuem ao termo “movimento” o deslocamento da partícula (ou de qualquer sistema) de posição no espaço tridimensional. Mas é preciso lembrar que no estudo de Termodinâmica torna-se bastante claro que os movimentos da matéria que contribuem para o aumento da Entropia do Universo são de três tipos: Movimento Translacional Movimento Rotacional Movimento Vibracional É claro que a participação de cada um fica amarrado em função dos graus de liberdade existentes. A conceituação filosófica da Entropia não é difícil de ser compreendida: ela é ligada ao conceito de probabilidade intrínseca do sistema. Sabe-se que o aumento da temperatura aumenta o conteúdo energético (energia térmica) do sistema, sendo que a partir de determinada temperatura, onde a energia coesiva deixa de ser importante, passa a importar a energia entrópica, medida pelo caos de posição das partículas do sistema. Deve ficar claro que quando se fala em mudança aleatória (caos) de posição das partículas do sistema, isto não obriga a uma troca na posição que cada partícula ocupa no espaço tridimensional em relação às outras partículas: esta é somente uma das formas de manifestação do caos de posição, chamado deslocamento translacional. Mas existem também os movimentos de rotação e de vibração das partículas: o de rotação faz a partícula girar em torno de um de seus eixos de rotação, o que não envolve mudança de posição no espaço tridimensional e finalmente o movimento vibracional, pelo qual, cada duas unidades de uma mesma partícula vibram (movimento de vai e vem) em torno de um ponto médio, sendo que a excitação desse movimento pode ampliar a frequência dessa vibração ou aumentar sua amplitude. Para o aumento da desordem (caos) do sistema, a quantidade de calor (q) recebida do universo e que gera o aumento do conteúdo térmico do sistema, deve ser distribuído às partículas em forma de pacotes de energia (quanta energéticos) distribuídos ao acaso em função dos graus de liberdade existentes (translacional, rotacional e vibracional) e do espaçamento energético de cada grau de liberdade. Isto também fica explícito a partir da teoria da capacidade calorífica de Einstein-Debye, segundo a qual: “a entropia das oscilações é tanto maior quanto menor for a rigidez do enlace”. Isto significa que se o enlace entre duas partículas (dois átomos) é menos rígido, o par pode vibrar mais livremente, além de uma das partes poder girar em relação a outra parte. Logo, no mesmo intervalo de tempo considerado, haverá mais variações nas posições possíveis para o conjunto, o que confere ao sistema uma maior probabilidade intrínseca, logo, uma maior entropia. Portanto, o aumento da rigidez do enlace, seja pela multiplicidade de ligações entre seus constituintes, seja pelo aumento da coesão (gerado pela diminuição da temperatura), além de dificultar a oscilação (vibração), impede a rotação de uma parte 67 da partícula (molécula) em relação a outra, diminuindo muito a probabilidade intrínseca do sistema, logo, diminui muito sua entropia. Como a 0 0K é atingida a maior rigidez possível entre as ligações, já que elas se tornam tão rígidas que acabam todos os graus de liberdade, fica óbvio que nesse ponto a entropia será nula. Logo, pode-se concluir que a entropia de um sistema é tanto maior quanto maior for a probabilidade de estado desse sistema. E, como se viu, a maior probabilidade intrínseca de um sistema depende da maior probabilidade de alterações nas posições dos elementos constituintes do sistema, que por sua vez, é tanto maior quanto maior for a agitação térmica do sistema, logo, maior seu conteúdo térmico. A influência da temperatura na Entropia pode ser bem compreendida na sequência de comportamentos da desordem de um gás quando o mesmo baixa a temperatura, conforme encontrado nos livros texto de físico-química, descrito como segue: - quando um gás é resfriado, sua entropia diminui. Isto porque, com a diminuição da temperatura a energia a ser distribuída em forma translacional (cujo valor é 3/2. kT) é cada vez menor, logo, a desordem de movimentos diminui, como também há restrição aos graus de liberdade rotacional e vibracional. Em todos três graus haverá cada vez menos estados excitados ocupados. - quando um gás se liquefaz, sua entropia diminui drasticamente. Na temperatura onde o gás se condensa, a translação das partículas é muito mais restrita, diminuindo drasticamente a desordem de posição; diminuem menos a rotação e a vibração. - quando um líquido é resfriado, sua entropia diminui. O abaixamento da temperatura restringe mais ainda o movimento molecular do líquido e os estados de energia ocupados é cada vez menor, diminuindo portanto, a desordem de movimentos. - quando um líquido se solidifica, sua entropia diminui drasticamente. Na solidificação as moléculas se distribuem regularmente no retículo cristalino, perdendo mais liberdade de movimento, mantendo tão somente os modos normais de vibração do cristal, mas refletindo a rigidez e a regularidade do estado sólido. - quando um sólido se resfria, sua entropia diminui. Como no estado sólido já não existem mais os graus de liberdade translacional e rotacional, o abaixamento da temperatura vai diminuindo progressivamente o movimento vibracional das moléculas em torno de suas posições de equilíbrio, diminuindo portanto, a desordem de movimento (a desordem de posição já não existe no estado sólido). A 00K todo movimento desordenado deve cessar, já que cada molécula adquire posição fixa no retículo cristalino, não havendo nem vibrações caóticas excitadas e o sistema fica isento de qualquer tipo de desorganização, logo, só existe um arranjo possível, que corresponde ao cristal perfeito. Como a entropia é o logaritmo da probabilidade, com um só arranjo possível (P=1, logo, lnP=0) a entropia do sistema é zero. 68 Esta explicação atende ao início do item, quando do enunciado do Terceiro Princípio da Termodinâmica Pelo exposto pode-se entender a importância da vibração das partículas constituintes de um corpo na sua contribuição para o aumento da Entropia do Universo. Mesmo sistemas sem nenhuma possibilidade de movimento rotacional nem de movimento translacional, pode estar contribuindo bastante para a entropia do Universo. 9–1-b- Como Avaliar Termodinamicamente um Evento Quando se vai estudar um sistema do ponto de vista da Termodinâmica, para muitos parece uma coisa muito difícil e complexa. Mas na verdade, a avaliação termodinâmica de um evento, embora existam casos de grau de dificuldade bem razoável, mas conduzindo o estudo com consciência e sabendo quais as diretrizes a serem seguidas e que condições o resultado final tem que atender obrigatoriamente, a condução do estudo pode ser facilitada. A primeira grande questão no estudo da Termodinâmica é que as leis a serem respeitadas dizem respeito sempre ao Universo, como um todo. Por essa razão, o estudo é conduzido por uma divisão simbólica, que permite a realização do estudo de forma muito mais accessível. Dessa forma, conduzimos o estudo de uma maneira bastante simples e objetiva: o evento que se quer estudar (avaliar, quantificar, etc) seja ele qual for, ele faz parte do Universo. Então DIVIDIMOS o Universo em duas partes: uma delas é o evento a ser estudado e a outra parte é o RESTO DO UNIVERSO. Claro que a soma do evento mais o resto do Universo, forma o Universo que, como um todo, é subordinado às leis da Termodinâmica. Dessa forma, se queremos estudar uma reação química, ela é uma parte e a outra parte é TUDO do Universo que não ela. Assim: Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo. Assim, vamos exemplificar com dois tipos de reação química de características opostas e avaliar o comportamento de cada parte do Universo. Primeiro: Examinemos uma reação química qualquer que seja EXOTÉRMICA. Uma reação exotérmica é aquela que depois de realizada fica com seu conteúdo de energia coesiva mas forte, ou seja, aumenta a força de ligação entre as partículas constituintes, logo, seu conteúdo de energia “organizada” aumenta, o que significa que o sistema passa de um valor inicial para um valor final maior numericamente mas sem esquecer o sinal negativo. Não nos esqueçamos que ao aumentar a energia coesiva, diminui a temperatura e o valor da energia passa do valor 69 original para um valor entre ele e o infinito negativo (por ex, sai de - 30 unidades para – 55 unidades. É claro que isso traz uma consequência séria para o Universo: uma parte sua aumenta a coesão, logo, obrigatoriamente Diminui a Entropia. Mas como vimos antes, quem tem que obedecer a lei é o Conjunto, o Universo, e pela relação: Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo basta procurar descobrir o que aconteceu com o resto do Universo. Como a reação “aumentou” negativamente a energia do sistema, significa que essa diferença em forma de calor, ou seja, de energia desorganizada, foi exportada para o ambiente, ou seja, para o “restante do Universo”, em forma de entropia. Assim sendo, o conjunto, ou seja, o Universo como um todo, obtido pela soma de um sistema que perdeu entropia com o seu restante, que no caso presente recebeu essa entropia, então o conjunto atende ao segundo princípio da Termodinâmica, que obriga a que o conteúdo Entrópico do Universo NÃO pode diminuir, é obrigado a se manter ou aumentar. Nos casos das reações reversíveis, o valor se mantém, enquanto nos casos de reações irreversíveis o valor da Entropia do Universo AUMENTA. As reações são ditas irreversíveis quando há produção de precipitados ou evaporação de produtos da reação, levando-a a consumir todos os participantes da reação. Segundo: é o caso das reações ditas ENDOTÉRMICAS. Uma reação Endotérmica é aquela que aumenta seu conteúdo de energia desorganizada, ou seja, aumenta sua Entropia, como por exemplo, a dissolução de algum precipitado. A energia desorganizada (calor, entropia) necessária para permitir a ocorrência da reação SÓ tem um lugar onde ela pode ser captada. Como o conjunto é formado pela reação mais o resto do Universo, a reação só pode adquirir a quantidade de Entropia necessária a sua satisfação, no complemento, ou seja, no resto do Universo. Claro que o fornecimento de Entropia ao sistema, faz DIMINUIR a Entropia do resto do Universo. Por essa razão, na mesma quantidade ou quantidade maior, o sistema reação endotérmica tem que elevar seu nível Entrópico, para manter ou aumentar a Entropia do Universo, formado pelo conjunto. Qualquer sistema pode ser avaliado termodinamicamente. Como curiosidade, a Termodinâmica que permite o estudo de tudo que exista, inclusive o próprio Universo, NÃO LEVA EM CONTA O PARÂMETRO TEMPO. Este fato parece ser um indicativo de que realmente o TEMPO NÃO EXISTE, ele não passa de uma criação da própria estrutura do espaço. 70 9–2- 9–2–a Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico Considerações Nas conclusões dos estudiosos do efeito fotoelétrico, fica sacramentado que um fóton colide com um elétron participante da estrutura de um átomo, e o arranca da superfície da lâmina metálica onde ele se encontra. A explicação formal para o efeito fotoelétrico foi dado por Einstein, baseado em recentes descobertas de Plank de que a emissão de radiações eletromagnéticas, incluindo a luz visível, não é contínua, mas se dá em forma descontínua (saltos), com quantidades definidas de energia em cada emissão. Dai, em virtude da colisão de cada um desses “pacotes de energia” com a matéria da lâmina metálica, Einstein propôs que esses pacotes de energia colidiam com matéria (elétrons), então eles também eram portadores de matéria, eram granulares. Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fóton colide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todos os átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra, desde o núcleo até seus elétrons mais periféricos. O estudo do efeito fotoelétrico foi feito com finas lâminas metálicas. Para conseguir um bom entendimento desse efeito, creio ser necessário antes compreender como funcionam as ligações químicas, primeiro em caráter geral, para depois mais especificamente as chamadas ligações metálicas, especialmente a teoria das bandas. Depois desse entendimento, voltaremos para a avaliação novamente, já com os novos conceitos. 9–2- b- Os Orbitais Moleculares A teoria das ligações químicas evoluiu muito com o tempo. As ligações químicas estanques da teoria clássica, através de simples emparelhamentos de elétrons, ficaram sem explicar inúmeros fenômenos de natureza energética e espectroscópica. Estas explicações só se tornaram possíveis com a utilização da teoria quântica, que passou a considerar que na união de dois átomos, o compartilhamento eletrônico se dá pela combinação dos orbitais atômicos envolvidos na união. Cada orbital atômico é representado por uma função de onda de Schroedinger (), adaptado ao átomo da teoria ondulatória de Maxwell. Dessa forma, quando da interligação entre dois átomos, de funções de onda (a e b) ocorre a combinação desses orbitais atômicos com formação de novos orbitais, agora estendidos sobre ambos os átomos, e que são chamados de “orbitais moleculares”, que constitui a base da (TOM) Teoria dos Orbitais Moleculares. 71 O orbital molecular pode ser descrito pela combinação linear (soma ou diferença) entre as funções de onda dos orbitais atômicos dos dois átomos envolvidos na ligação. Combinação das funções de onda do orbital 1s do hidrogênio + = N {1s(A) + 1s(B)} - = N {1s(A) – 1s(B)} A combinação de dois orbitais atômicos pode ocorrer em proporções variadas, de modo que na soma ou diferença entre as funções de onda dos átomos, cada um entra com seu coeficiente equivalente. Quando os orbitais são equivalentes, os coeficientes são iguais, como por exemplo, os dois orbitais atômicos 1s do hidrogênio na formação da molécula de H2. Quando a diferença de energia entre os orbitais aumenta, os coeficientes diferem cada vez mais, de modo que, quando um dos coeficientes é muito maior que o outro, ele é dominante e o orbital molecular se assemelha muito a ele. Ex: (a e b) ocorre que se a>>>>b, a participação a é dominante de tal forma que o orbital Molecular ab se assemelha muito ao orbital atômico a. A consequência disso é que nas ligações por emparelhamentos de elétrons, a distribuição da nuvem eletrônica não é equitativa em relação aos dois participantes da ligação, podendo ficar estatisticamente muito mais tempo mais próximo a um deles; este fato é diretamente proporcional a afinidade eletrônica (eletronegatividade) entre os elementos. Como exemplo, na molécula de HCl a nuvem do orbital molecular fica estatisticamente muito mais tempo próximo ao átomo de cloro, o que causa um certo “desnudamento” do átomo de hidrogênio, logo, forma uma molécula com “polaridade”, ou seja, uma parte com maior concentração de carga negativa e outra parte (a do hidrogênio desnudado) com maior concentração de carga positiva. A solução da equação de Schroedinger (que só é possível por sucessivas aproximações) conduz sempre a dois valores de energia possíveis (E+ e E-) correspondentes as combinações por soma ou por diferença entre as funções dos orbitais atômicos. A solução E+ tem valor energético muito mais baixo (mais altamente negativo) por ser oriunda da soma dos orbitais atômicos, ficando o par eletrônico estatisticamente mais tempo no espaço entre os átomos constituintes, formando uma nuvem simétrica em torno do eixo inter-núcleos) e por isso é chamado orbital ligante, já que contribui muito para a aproximação dos componentes do par, enquanto a solução E- provém da combinação oriunda da diferença entre os orbitais atômicos, quando o par eletrônico fica estatisticamente mais tempo dos lados externos a ligação, deixando os núcleos desnudados e sujeitos a repulsão de seu par, e por isso é chamado de orbital antiligante. Neste ponto creio ser necessário lembrar o conceito de energia e entropia explanado anteriormente. 72 Quando se diz que o orbital tem menor energia significa, como visto, que seu nível de energia coesiva (atrativa, aproximativa, ligante) está com o valor numérico muito maior, mas sem nos esquecermos que ela é NEGATIVA, ou seja, quanto mais baixa for a energia, mais próxima de - ∞ (infinitamente negativo). Quanto maior for o nível energético, mais próximo ele está de Zero, que nesse caso equivale a uma distância infinita do núcleo, pois nesse ponto, termina a ação do campo de atração elétrica exercida pelo núcleo sobre o elétron, o que equivale a ionização do átomo, logo, a energia ZERO equivale a distância infinita entre o elétron e o núcleo do átomo. Dessa forma, a quantidade de energia necessária para liberar um elétron de um orbital ligante ou de orbitais mais internos do átomo, são sempre elevadíssimas. Já a energia para ionizar o átomo pela exclusão de um elétron de um orbital antiligante é muito menor. por: A Ordem de Ligação em todas as ligações formadas pela combinação OM é dada OL = ½ (B-A) onde: • B é o número de elétrons presentes em OM ligantes e A é o número de elétrons presentes em OM anti-ligantes Ordem de Ligação e Estabilidade • Quanto maior OL, mais estável é a molécula ou o íon e mais curta e mais forte (mais energética negativa) é a ligação química; • OL= 0 implica que existe um número igual de elétrons nos OM ligantes e anti-ligantes; • OL > 0 implica que há mais elétrons em orbitais moleculares ligantes. 9– 2 - c – Energias de Ionização A energia de ionização ou potencial de ionização é definida como a quantidade de energia necessária para arrancar um elétron da estrutura do átomo. A explicação do efeito fotoelétrico se baseia exatamente nisso. As citações são sempre de que o potencial de ionização dos metais é baixo. Entretanto, é preciso deixar claro para os leigos, o motivo dessa assertiva. 73 Como a energia é sempre negativa, enquanto a entropia é positiva, a ionização de um átomo consiste no fornecimento de “energia positiva” ao elétron, o que faz com que ele (que tem conteúdo energético com valor negativo), se aproxime energeticamente de zero, ou seja, se afaste do núcleo o suficiente para sair de sua região de atração elétrica. A perda do elétron faz o átomo se transformar em um íon positivo, tendo como uma das consequências, a diminuição do raio, tendo em vista que passou a ter menos carga negativa que positiva, o que aumenta a energia de atração do núcleo sobre menor número de elétrons. Quando do átomo já combinado, formando moléculas, vimos que o compartilhamento dos elétrons de cada par formado por um elétron de cada átomo, apresenta DOIS níveis de energia bem distintos: o orbital ligante, que tende a fortalecer a união, e outro orbital, o antiligante, que tem nível energético muito superior (bem mais próximo a zero) do que o ligante. Quando a diferença de nível energético entre os dois orbitais não é muito grande, qualquer fornecimento de energia positiva (entrópica) ao sistema, o elétron do orbital ligante ascende ao orbital antiligante, que fica mais próximo a liberdade (ao nível zero de energia). Assim, tudo nas ligações metálicas depende do espaçamento energético entre as regiões envolvidas. 9–2- d– Interstícios da Ligação Metálica e a forma dos átomos Para obter amparo técnico para avaliar corretamente a interpretação dada ao efeito fotoelétrico, principalmente no tocante a lâminas metálicas, não posso deixar de lembrar um dos pontos de maior importância para a elaboração do modelo atômico atual. Trata-se da experiência da primeira década do século XX, levada a cabo por Rutherford, Geiger e Marsden. Observaram que partículas alfa (α) equivalentes ao átomo de Hélio ionizado, ou seja, com massa 4 e 2 cargas positivas, emitidas a uma velocidade de 20.000 Km/s (vinte mil quilômetros por segundo) sobre uma fina lâmina de ouro, a esmagadora maioria das partículas atravessava a lâmina diretamente ou com pequeníssimos desvios. Isso indicava que os átomos eram de constituição majoritariamente vazio, permitindo as partículas α atravessarem os átomos sem encontrar obstáculos materiais significativos. Somente um pequeno número delas eram fortemente desviadas (na proporção de uma para cada vinte mil atiradas) e sempre com os desvios acima de 90º, com vários rechaçados. O experimento foi repetido usando folhas de outros materiais e observaram que, quanto maior o peso atômico do material, maior número de partículas eram espalhadas a grandes ângulos. A explicação foi a existência de pontos de pequeníssimas dimensões mas com fortíssimo campo elétrico positivo, nos pontos onde havia desvio dos raios α. Daí a proposta do modelo de átomo por Rutherford com o diâmetro dos núcleos de 10-15 a 10-14 m, enquanto o raio do átomo seria da ordem de 10-10 m. Logo, o átomo tem maioria absoluta de espaço vazio. O aumento da força de ligação é atribuído ao deslocamento de elétrons, que passam a ficar sob a influência de vários núcleos vizinhos. Esse deslocamento é possível porque os átomos metálicos têm baixa energia de ionização e orbitais de valência vazios ou parcialmente preenchidos. Assim, surgiu o modelo de átomo que é a base do modelo atual. Um pequeno núcleo onde se encontram os prótons e nêutrons, praticamente toda a massa do átomo, circundado pelos elétrons, em número suficiente para neutralizar a carga positiva do núcleo. Os elétrons 74 giram em torno do núcleo em diferentes “regiões energéticas”, chamadas orbitais. Embora cada elétron tenha massa, determinada como: me = 9,1 x 10-31 Kg, sua velocidade é tão grande que é impossível localiza-lo, razão pela qual a região onde ele se desloca, funciona como se fosse uma “nuvem eletrônica”, e passa a não ter sentido falar em local onde ele se encontra. Daí, é demarcada no espaço uma região determinada pela função de ondas de Schroedinger que indica a região onde existe maior probabilidade que ele seja encontrado. A distribuição dos elétrons em torno do núcleo, dividida em “regiões de determinado conteúdo energético” segue todas as regras usuais e bem definidas, como a regra de Hund, o Princípio da Exclusão de Pauli, etc. 9–2- e– Ligação Metálica É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais. Quando se juntam muitos átomos do metal formando um cristal metálico, ocorre que os átomos do metal perdem seus elétrons de valência e formam uma rede ordenada de íons positivos, mergulhada num verdadeiro “mar de elétrons” se deslocando livremente ao longo de toda a estrutura, com movimentos absolutamente caóticos. Este foi o primeiro modelo de ligação metálica, chamado “modelo do gás eletrônico”. Os metais, devido a sua distribuição de elétrons em torno do núcleo, apresentam valores de potencial de ionização relativamente baixos. A explicação química para o fato, é bastante simples. A estrutura dos metais, especialmente os das duas primeiras famílias da tabela periódica, é de tal forma que apresenta um ou dois elétrons (um no caso dos metais da Primeira família da Tabela Periódica dos Elementos, e dois no caso dos metais da segunda família da referida Tabela) em determinado nível quântico imediatamente acima de um nível quântico COMPLETO (que equivale a um gás nobre). Exemplificando: Primeira Família da tabela Periódica Li 1s2 2s1 Na 1s2 2s2 2p6 K [He] 2s1 [Ne] 3s1 3s1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 [Ar] 4s1 4s1 Rb 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 [Kr] 5s1 5s1 Cs 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 5p6 Fr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14 [Xe] 6s1 6s1 5s2 5p6 5d10 6s2 6p6 7s1 [Rn] 7s1 75 Segunda Família da tabela Periódica Be 1s2 2s2 Mg 1s2 2s2 2p6 [He] 2s2 3s2 Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 [Ne] 3s2 4s2 Sr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 [Ar] 4s2 5s2 Ba 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 [Kr] 5s2 5s2 5p6 Ra 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14 6s2 5s2 5p6 5d10 [Xe] 6s2 6s2 6p6 7s2 [Rn] 7s2 Os orbitais completos, são altamente eficientes no trabalho de BLINDAGEM do núcleo em relação aos elétrons externos. Por essa razão, os gases nobres que têm os orbitais completos e são neutros (sem excesso de carga) são absolutamente NÃO reativos. Primeiro, tomando por exemplo o Argônio, que tem número atômico 18, tendo a estrutura: Ar = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. Com essa estrutura o Ar tem os três níveis quânticos completos. São 18 prótons no núcleo (positivo) e 18 elétrons periféricos distribuídos em 3 níveis quânticos. Assim, ele é eletricamente neutro e com o núcleo perfeitamente blindado em relação a qualquer elétron extra, pois esse não verá NADA no núcleo, pois as 18 cargas positivas do núcleo estão blindadas com perfeição pelos orbitais completos. Sem nenhuma carga efetiva do núcleo, o elétron extra não tem como se alojar na nuvem eletrônica existente, pois violaria todas as regras. Por isso, ele não forma íon negativo. Segundo porque a energia para sua ionização positiva (perder um elétron) é extremamente alta, já que todos os elétrons da última camada estão sujeitos a atração por uma carga nuclear efetiva muito elevada, tendo em vista que os elétrons de mesmo orbital não blindam os demais elétrons desse mesmo orbital em relação ao núcleo. Assim, pode-se garantir que os 2 elétrons do nível quântico 1 blindam perfeitamente dois prótons do núcleo. Os oito elétrons do nível quântico 2 (completo), blindam perfeitamente mais 8 prótons do núcleo. A partir daí, a coisa complica: como o nível quântico 3 está completo, ele blinda perfeitamente os restantes 8 prótons do núcleo, razão pela qual, acabamos de ver acima que um elétron extra não vê nada no núcleo, logo, não é atraído. Entretanto, apesar de as duas camadas (1 e 2) blindarem perfeitamente o núcleo, e a terceira camada também o fazer em relação a elétron extra, mas dentro da mesma camada, os habitantes desse nível quântico NÃO blindam o núcleo em relação a seus “colegas energéticos”. Dentro do nível 3 pode-se admitir que o sub nível 3s que está com a nuvem de seus dois elétrons ligeiramente mais próxima do núcleo e serve de blindagem (embora não tão eficiente) em relação aos elétrons ocupantes do sub nível 3p. Mas os orbitais 3p (3px, 3py e 3pz) formam lóbulos ortogonais entre si. Com os 3 lóbulos completos e justapostos, formam uma “carapaça” que fecha o núcleo para quem está de fora, mas não blindam uns em relação aos outros. Por essa razão, os 6 elétrons 3p estão presos por uma carga efetiva nuclear muito grande, que 76 é o motivo que faz seu potencial de ionização ser elevadíssimo. Por não se tornarem negativos nem positivos, são chamados nobres, pois não reagem. Depois desse esclarecimento, pode-se observar que todos os elementos dessas duas famílias, sempre apresentam os elétrons externos nos níveis ns1 ou ns2, e todos eles têm todos os seus orbitais até (n-1) completos, logo, eficientes na tarefa de blindar o núcleo em relação ao elétron periférico. Por essa razão, pode-se afirmar que TODOS os elementos da primeira família, têm todos os orbitais até (n-1) completos mais 1 elétron no nível ns. Ora, como todos os orbitais completos têm blindagem eficiente, anula a visão do elétron externo de todos os prótons do núcleo, menos um. Isto permite afirmar que todos os elétrons periféricos dos elementos metálicos de valência 1, estão sujeitos a mesma carga atrativa, que é a carga residual do núcleo, equivalente a 1 próton. A única diferença é que cada um deles sofre a mesma carga atrativa, mas em distâncias cada vez maiores, já que saltam para o próximo nível quântico. Assim, atraídos pela mesma carga mas a distâncias cada vez muito maiores, significa que a energia atrativa vai ser cada vez menor, ou seja, a medida que aumenta o número atômico, a energia de ligação do núcleo com o elétron periférico vai gradativamente caminhando na direção de zero, logo, o elétron vai ficando cada vez mais frouxo em relação ao núcleo, o que significa que necessita cada vez de menor quantidade de energia para solta-lo da atração gravitacional do núcleo. Todo o raciocínio utilizado para os metais monovalentes, serve para os da segunda família, com uma única diferença: enquanto nos monovalente existe 1 elétron no nível n atraído por 1 próton a distâncias crescentes, no caso dos bivalentes a blindagem é a mesma, só que no nível n passam a ter 2 elétrons e o nível n-1 blinda esses dois elétrons dos prótons do núcleo menos dois. Assim, a carga nuclear visível pelos elétrons periféricos será de 2, mas para atrair 2 elétrons. Como esses dois elétrons estão no mesmo nível quântico, um deles NÃO blinda o outro em relação ao núcleo, logo, cada um deles fica preso ao núcleo por uma força maior que um próton, já que ambos os elétrons estão “vendo” os dois prótons. Esse “saldo” que cada elétron vê, ou seja, que está subordinado a ele, é chamado “carga nuclear efetiva”. Como a atração do núcleo sobre os elétrons periféricos nos metais bivalentes é muito maior que nos monovalentes, seu raio é menor que aqueles, enquanto a energia de ionização é bem maior. Estruturalmente os metais se apresentam na forma de cristais, que podem sofrer compressão até se tornarem com formato de lâminas. Na laminação dos metais, conjuntos de átomos se deslocam em um grande rearranjo para outra posição no cristal. Pancadas fortes capazes de amassar o metal, desarranjam o retículo cristalino existente, quando os átomos que o formam rolarem sobre os outros. Entretanto, mesmo assim esse conjunto de átomos continuam unidos, em posição deslocada em relação a posição anterior. Todos os elementos metálicos apresentam propriedades físicas características, tais como: elevada condutividade elétrica e térmica, brilho (refletem a luz), capacidade de sofrer deformação, dentre outras. Essas propriedades se originam da habilidade que os átomos metálicos têm em compartilhar elétrons com átomos vizinhos, formando ligações químicas deslo77 calizadas através da estrutura dos sólidos metálicos. O número de participantes de unidades numa ligação metálica é indefinido e as características obtidas são específicas dos elementos metálicos, e por essa razão é que foram denominadas ligações metálicas. Nas ligações metálicas, os elétrons são deslocalizados, e por não estarem presos a um par de átomos em particular, conferem aos metais essas propriedades bem peculiares. Embora a interação entre dois átomos metálicos resulte em uma ligação fraca, ligações fortes ocorrem quando um conjunto de átomos forma um sólido metálico. Formação de bandas num sólido. (a) átomo isolado. (b) sistema de alguns átomos. (c) um mol de átomos. A visualização de uma ligação metálica mostra uma associação de núcleos positivos em forma de rede, mergulhados num “mar de elétrons”. As Figuras abaixo mostram como funciona a ligação metálica de alcalinos e de alcalino-terrosos. Figura obtida na Wikipédia, via Google. 9–2- f– Estudo Comparativo das Energias de Ionização É importante que se tenha uma visão comparativa dos valores dos potenciais de ionização dos metais em função de sua estrutura, tendo em vista o papel que exercem nas propriedades dos metais como transporte de calor e condução de corrente elétrica, principalmente por ser o principal protagonista do efeito fotoelétrico. Vimos acima a forma de distribuição dos elétrons nas diversas camadas das famílias dos metais alcalinos e alcalino-terrosos da tabela periódica. Ficou claro que a camada externa 78 de cada um, está presa ao núcleo pelo mesmo valor de carga positiva, mas cada vez a uma distância muito maior, pois pula para o próximo nível quântico orbital. Para a necessária visão comparativa vamos colocar os valores das energias de ionização das famílias. Para não repetir toda a tabela, e tendo em vista que todos eles têm o orbital n com um ou dois elétrons e n-1 níveis completos, vamos simplificar colocando somente os algarismos correspondentes aos níveis completos seguido de sua terminação. Para a avaliação da estrutura do átomo e do íon resultante, para se ver os efeitos da energia que prende o elétron ao átomo, vamos colocar os 3 primeiros potenciais. As energias de ionização serão dadas em eV (elétron Volt) para facilitar a comparação dos níveis. Primeira Família da tabela Periódica Potenciais de Ionização Li 1 2s1 Na 1 2 3s1 K 1 2 3 4s1 Rb 1 2 3 4 5s1 Cs 1 2 3 4 5 6s1 Fr 1 2 3 4 5 6 7s1 1º 2º 3º [He]2s1 5,4 75,6 122,4 [Ne] 3s1 5,1 47,3 71,6 [Ar] 4s1 4,3 31,8 46,0 [Kr] 5s1 4,2 27,4 47,0 [Xe] 6s1 3,9 23,4 35,0 [Rn] 7s1 3,9 ? ? Segunda Família da tabela Periódica Potenciais de Ionização 1º 2º 3º Be 1 2s2 [He] 2s2 9,3 18,2 153,8 Mg 1 2 3s2 [Ne] 3s2 7,6 15,0 80,1 Ca 1 2 3 4s2 [Ar] 4s2 6,1 11,9 51,2 Sr 1 2 3 4 5s2 [Kr] 5s2 5,7 11,0 ? Ba 1 2 3 4 5 6s2 [Xe] 6s2 5,2 10,0 ? Ra 1 2 3 4 5 6 7s2 [Rn] 7s2 5,3 10,1 ? Pode-se observar que na primeira família, a retirada do elétron ns1 é fraca e diminui a medida que aumenta o número quântico, já que o elétron do nível ns vai ficando cada vez mais distante e subordinado a mesma carga nuclear. Depois da saída do elétron ns, resta estrutura orbital n-1 completa, mas com uma carga positiva a mais no núcleo, o que aumenta muito a atração deste pela camada externa de elétrons, o que justifica o grande aumento de energia para retirar o segundo elétron em relação ao primeiro. Da mesma forma que na remoção 79 do primeiro elétron, as energias vão diminuindo a medida que aumenta o número quântico, na remoção do segundo e terceiro elétrons, embora com valores evidentemente mais altos. A avaliação é muito semelhante para os elementos da segunda família, com uma única grande diferença: enquanto os alcalinos, ao perderem 1 elétron ns com valor baixo, já se encontram com a estrutura n-1 completa e descompensada eletricamente, nos alcalino terrosos, a segunda família, essa situação só ocorre depois da remoção de dois elétrons, já que sua estrutura externa é ns2. Como os dois elétrons externos estão a mesma distância do núcleo, e um não blinda o outro em relação a seu núcleo, a força que o núcleo exerce sobre o segundo elétron é evidentemente maior (pois a força de atração é maior) porém muito menos distante energèticamente do que na primeira família. Entretanto, depois da retirada dos dois elétrons ns a energia de atração do núcleo pela camada n-1 é bem maior, já que a distância núcleoelétrons é menor e o desequilíbrio energético é o dobro. 9–2- g– Comparações de Potenciais: de Ionização e de Corte Já que começamos a avaliar alguns metais usados no efeito fotoelétrico, quando observei que os valores de “arrancamento” do elétron são muito diferentes dos seus respectivos “potenciais de ionização” que é o valor teórico para remover o elétron da camada de valência, resolvi aprofundar mais a questão. Assim, vamos apresentar uma tabela com alguns dos valores encontrados na literatura com seus valores determinados de seu Primeiro Potencial de Ionização e de seu Potencial de Corte (Função Trabalho), tudo em eV. ELEMENTO QUÍMICO Cs Na Li Ba Al Ta Mo Zn Fe W Ag Ni POTENCIAL DE CORTE 1,90 2,28 2,30 2,5 0 4,10 4,20 4,22 4,31 4,50 4,50 4,73 4,87 1º POTENCIAL DE IONIZAÇÃO 3,89 5,10 5,39 5,21 5,98 7,88 7,18 9,40 7,90 7,98 7,57 7,64 Na tabela acima, só são colocados alguns poucos valores de Potencial de Ionização por equivaler aos elementos cujo Potencial de Corte foram encontrados na literatura. Entretanto, creio ser mais que suficiente para a finalidade a que se destina: dar uma primeira visão panorâmica ao leitor, da disparidade dos valores entre esses dois potenciais. Mais a frente, depois de apresentar outro assunto indispensável a comprovação do equívoco que é a explicação atu80 al e a proposta de nova explicação para esse efeito, será apresentada uma tabela mais completa de Potenciais de Ionização, porém, os valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) realmente existem poucos valores disponíveis na literatura. Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fóton colide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todos os átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra. A avaliação do quadro acima, foi deixada para mais a frente, quando vai-se completalo com os valores energéticos limites ocupados pelos elétrons em seus átomos, assunto que ainda vai ser apresentado. Por enquanto, a tabela acima, já nos permite uma observação bastante complicada de ser explicada pelo efeito fotoelétrico, que é o fato dos potenciais de corte serem sempre em torno da metade do potencial de ionização. Por enquanto, deixemos em aberto. Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de considerar a luz como onda, propôs que ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cada fóton ou quantum de luz transporta energia de h.ʋ. A proposta era que um quantum transfere toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outros quanta de luz. Segundo ele, a equação vale para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia. “Einstein sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte mais superficial”. A equação então se tornou: Emax = h . ʋ – Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energia de ionização do metal. Emin = h . ʋ – Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin – = 0 ʋmin = / h e dai: ʋmin = ʋ0 = frequência de corte. Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outros metais o valor da frequência de corte está na região UV. Como exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de 495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da placa é de: E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e ou E = 82,318 x 10-20 J x 6,2415 x 1018 eV/J E = 5,13 eV ʋmin = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34 ʋmin = 1,242 x 1015 Hz e ʎ = 2,41 x 10-7 m 81 Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será sua energia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons, mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com os resistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme a incidência de luz. O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a comprovação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclinação da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do material irradiado. 9–2- h– Teoria das Bandas A partir da teoria dos orbitais moleculares (TOM), pode-se compreender a estrutura das bandas de energia, utilizando-as para explicar a condutividade elétrica nos materiais. Nos sólidos metálicos, a condutividade elétrica resulta do movimento de elétrons, em resposta a forças que atuam sobre eles quando um campo elétrico externo é aplicado. Em processos dessa natureza, uma corrente elétrica tem origem a partir do escoamento de elétrons, a qual é conhecida por condução eletrônica. A magnitude da condutividade elétrica depende do número de elétrons disponíveis para participar do processo de condução. Como exemplo: O Li tem seus orbitais 2s semipreenchidos e quando dois deles se unem produzem 2 orbitais moleculares, sendo um ligante e um antiligante. Da mesma forma, quando 3 se unem, formam-se 3 orbitais: um ligante, um não ligante e um antiligante. Claro que a união de N átomos de Li produz uma banda contínua de N/2 orbitais ligantes e N/2 orbitais antiligantes. São necessários 2 N elétrons para preencher a banda. A banda formada pelos OM ligantes é chamada banda de valência, enquanto a banda formada por OM antiligantes é chamada banda de condução. Nos metais, a condução eletrônica ocorre na banda de valência parcialmente preenchida, por isso, ela é chamada banda de condução e apenas os elétrons que estão próximos ao nível de Fermi (Ef) podem ser promovidos e conduzir eletricidade. Nesse processo, eles são os portadores de corrente e são chamados de elétrons livres porque podem se movimentar com relativa liberdade através do sólido. O nível de Fermi é definido como sendo o nível acima do qual não há nenhum nível de energia ocupado, quando o sólido encontra-se à temperatura de 0 ºK. Nessa temperatura todos os elétrons ocupam a banda de valência, e o nível preenchido com o maior conteúdo energético (HOMO) é chamado Nível de Fermi. À medida que a Temperatura começa a subir (T > 0ºK), os elétrons próximos ao nível de Fermi podem adquirir energia suficiente para saltar para o OM imediatamente superior, chamado LUMO, que se torna a banda de condução. 82 Representação esquemática dos níveis individuais de energia ocupados por elétrons no zero absoluto, onde EF é o mais alto nível ocupado. Outra representação mais detalhada, mostrando inclusive a sobreposição de bandas, segue abaixo. Deve-se registrar que, na ausência de um campo elétrico, os elétrons de um metal se movem em qualquer direção. Entretanto, quando um campo é aplicado sobre eles, todos experimentam uma aceleração em uma direção oposta àquela do campo aplicado, em virtude das suas cargas negativas, dando origem a uma corrente elétrica.Metais e Nos sólidos metálicos, a banda de condução está parcialmente preenchida e o nível Fermi encontra-se próximo ao centro da banda, portanto, basta uma pequena quantidade de energia para perturbar os elétrons próximos ao nível de Fermi e levá-los a ocupar níveis vazios adjacentes aos níveis preenchidos de maior energia. Geralmente, a energia fornecida por um campo elétrico é suficiente para excitar um grande número de elétrons próximos ao nível de Fermi para níveis mais elevados. A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de “band gap” ou zona proibida. Se a largura das bandas de valência e condução for grande, pode até haver uma sobreposição entre elas, eliminando o “band gap”. Quanto mais elétrons o elemento apresentar na banda de condução, melhor condutor ele será. A condutividade de um metal tende a diminuir com o aumento da temperatura. ( m)-1A explicação para a estrutura das bandas de energia é dada usando a teoria do orbital molecular (TOM). Por essa teoria, os sólidos são considerados moléculas constituídas de um número muito grande, N, de átomos. Como consequência, o espaçamento entre os níveis de energia dos OM formados diminui consideravelmente, tornando-se tão próximos uns dos outros, que, em lugar de níveis discretos de energia, como ocorre em moléculas pequenas, teremos um conjunto de níveis ou estados de energia, com intervalo virtualmente contínuo. Tais intervalos são chamados de bandas de energia. 83 9–2- i– Semi Condutores e Isolantes Nos sólidos iônicos e covalentes, a banda de valência está preenchida e a de condução vazia e são separadas por um gap de energia. A largura da banda gap determina a classificação dos sólidos em isolante e semicondutor, e varia em função da força das ligações que unem os átomos no material. O processo de condução em semicondutores e isolantes pode ser explicado pelo fato de que neles, a banda de valência está preenchida e a banda de condução, vazia. Como o processo de condução eletrônica decorre do movimento de elétrons livres através da banda de condução, é necessário que os elétrons da banda de valência sejam promovidos para os níveis de “menor” energia da banda de condução vazia. Para isso, os elétrons terão de ser excitados com energia suficiente para ultrapassar o gap e alcançar a banda de condução. Geralmente, a energia de excitação para esses materiais provém de uma fonte não elétrica, como o calor ou a luz. Comparação dos hiatos energéticos entre a banda de valência e a banda de condução num metal, num semicondutor e num isolador. Este item só foi colocado para o leitor não acostumado ao assunto, tomar conhecimento do “espaçamento energético” que existe entre diversos materiais, segundo sua classificação na própria figura, e entender o que tem a ver o nível de Fermi com a condutividade dos materiais ou sua capacidade isolante, o que permite o entendimento do efeito fotoelétrico. 9–2- j– Quadro Completo com as Energias Envolvidas Nesse item apenas vamos colocar, para comparação, um quadro com todas as energias envolvidas no fenômeno “efeito fotoelétrico”. Foi dito no texto que a energia de Fermi é o mais alto nível energético ocupado pelos elétrons no átomo. Portanto, qualquer excitação, pode levar os elétrons ocupantes da região energética chamada “nível de Fermi” para a banda superior mais próxima, que será a banda de condução. A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de “band gap” ou zona proibida. Se a largura das bandas de valência e condução for grande, pode até haver uma sobreposição entre elas, eliminando o “band gap”. 84 Nos metais, a condução eletrônica pode ocorrer na própria banda de valência parcialmente preenchida, caso em que ela também é chamada banda de condução. Portanto, a conclusão a que se chega é que nas placas metálicas, especialmente aquelas dos metais que têm banda de valência semi preenchida (cujo local é o nível de Fermi), onde qualquer fornecimento de energia leva os elétrons para a parte mais energética da própria banda de valência, que passa a ser também a “banda de condução”, ou então, quando a largura das bandas for grande e houver sobreposição entre elas, elimina a chamada “zona proibida”, ou seja, elimina a zona energética que teria que ser vencida para que os elétrons pulem da banda de valência para a banda de condução. Nesses casos, o fornecimento de quantidades até bem pequenas de energia são suficientes para elevar os elétrons ao nível da “banda de condução”. O quadro colocado mais a seguir, que será utilizado para comparações e esclarecimentos, é basicamente o quadro apresentado no item 9 -2 - g, onde avaliamos os valores do Potencial de Corte em ralação ao Primeiro Potencial de Ionização do átomo, e concluímos que o valor do Corte é aproximadamente a metade do valor do Potencial de Ionização. Nele será acrescida uma coluna, com os valores obtidos na literatura como sendo os valores REAIS do Nível de Fermi. Os valores da Energia de Fermi foram obtidos através da internet, pesquisa Google no trabalho de N.W.Ashcroft e N.D.Mermin. Os valores do Potencial de Ionização foram obtidos a partir da Tabela Dinâmica Ptable Wikipédia e os valores do Potencial de Corte, foram obtidos através do “Handbook of Chemistry & Phisics Online” e outros trabalhos consultados no Google. Os valores conseguidos são: A coluna Potencial de Ionização em KJ não é de interesse, pois só a coloquei por ser a forma apresentada pelas Tabelas consultadas. Ela só serviu como ponte para a transformação de seu valor em eV e evitar que o leitor acostumado com kJ não tenha que ficar fazendo contas para conferir. Também foi acrescentada uma nova coluna com os valores dos raios atômicos, obtidos na Tabela Dinâmica, através do Google. Essa coluna foi incluída para o leitor observar, ao lado dos valores de Potenciais (de Fermi, de Ionização e de Corte) para mais a frente ter mais facilidade de entender porque o autor Propõe mudança na forma de calcular o raio em função do Potencial e/ou vice verso. 85 Elemento Energia de Químico Fermi eV Potencial de Pot de IoniIonização KJ zação eV Potencial de CORTE eV Li 4,74 520,2 5,39 2,30 Raio Atômico Pico (10-12)m 167 Na 3,24 495,8 5,14 2,28 190 K 2,12 418,8 4,34 243 Rb 1,85 403,0 4,18 265 Cs 1,59 375,7 3,89 Cu 7,00 745,5 7,73 Ag 5,49 731,0 7,58 Au 5,53 890,1 9,22 174 Be 14,3 899,5 9,32 112 Mg 7,08 737,7 7,64 145 Ca 4,69 589,8 6,11 194 Sr 3,93 549,5 5,69 219 Ba 3,64 502,9 5,21 Nb 5,32 652,1 6,76 Fe 11,1 762,5 7,90 Mn 10,9 717,3 7,43 Zn 9,47 906,4 9,39 Cd 7,47 867,8 8,99 161 Hg 7,13 1007,1 10,44 171 Al 11,7 577,5 5,98 Ga 10,4 578,8 6,00 136 In 8,63 558,3 5,79 156 Tl 8,15 589,4 6,11 156 Sn 10,2 706,6 7,32 145 Pb 9,47 715,6 7,42 154 Bi 9,9 703,0 7,29 143 Sb 10,9 834,0 8,64 133 Ta 761,0 7,89 4,20 200 Mo 684,3 7,09 4,22 190 W 770,0 7,98 4,50 193 Ni 737,1 7,64 4,87 149 1,90 298 145 4,73 2,50 165 253 198 4,50 156 161 4,31 4,10 142 118 86 Antes do autor emitir sua opinião sobre o efeito fotoelétrico, no qual discorda do Dr Einstein, mas o que precisa ser analisado no quadro acima é, na visão do autor, uma das coisas mais importantes do ponto de vista químico, como também da ciência como um todo, pois envolve conceitos que podem abalar bastante os estudiosos do ramo. Trata-se do seguinte: a- Já foi verificado anteriormente e comentado por alto, mas que vai ser o principal argumento a ser usado contra a explicação formal do efeito fotoelétrico, que é o fato do Potencial de Corte ser sistematicamente em torno da METADE do Potencial de Ionização do átomo que constitui a placa metálica. b- Os valores da Energia de Fermi são considerados “o maior nível energético que os elétrons de um átomo podem ocupar”. Daí pode-se observar algumas incoerências (mais provavelmente erros de determinação) tanto no valor do Nível de Fermi quanto no valor do Potencial de Ionização, que se trata do seguinte: O elétron ao ocupar o nível de Fermi, está o mais afastado possível do núcleo, sendo considerado o elétron de maior conteúdo energético no átomo. Esta afirmação, apesar de ser verdadeira, pode levar a terríveis confusões, porque quando se diz que o elétron externo é o de maior conteúdo energético, significa ENERGIA TOTAL, incluindo-se aí, a energia entrópica, pois “quanto mais energético ele for, mais próximo a ZERO ele está. Dessa forma, ao estar mais próximo a zero, ele está MENOS preso ao núcleo, logo, ele tem valor bem MENOR da energia de coesão que somada com o valor da energia entrópica que ele já tem, lhe fornece o chamado “maior conteúdo energético”, entretanto é preciso saber que os elétrons mais próximos do núcleo, que são ditos de “menor energia”, na verdade têm menor “energia Total”, mas sua energia coesiva (que é sempre NEGATIVA) é muito maior. Por exemplo, um elétron com energia – 80 unidades, é considerado ter menos energia que outro elétron com – 20 unidades. No conjunto energético Total, isso é verdade, mas quanto mais NEGATIVO for o valor da energia do elétron, MAIS PRESO ao núcleo ele está. c- Esclarecida essa parte, existe um outro problema que causa bastante confusão de conceitos. Trata-se dos valores de Potencial de Ionização e Nível Energético de Fermi. Como o nível de Fermi é o “maior valor energético ocupado por elétrons”, mas esse nível ainda é interno, ou seja, esse elétron ainda está preso ao átomo, logo sua energia é Negativa (atrativa). Por essa razão, me parece que fica bastante claro que o fornecimento de energia “entrópica” nesse mesmo valor, anula a atração do núcleo pelo elétron e leva o conteúdo energético Total ao valor ZERO, o que significa a ionização do átomo. Dessa forma, o valor do Potencial de Ionização TEM que ter o mesmo valor da Energia de Fermi, só que oposta, ou seja, Não Atrativa e sim Entrópica. d- A observação do quadro acima me deixou profundamente confuso, já que os valores dos Potenciais de Ionização e os da Energia de Fermi estão distribuídos de forma absolutamente caótica. e- A explicação para os baixos valores da Energia de Fermi para os metais pode ser explicado pela ligação metálica, quando os elétrons periféricos formam um “mar de elé- 87 trons” em bandas que podem ser constituídas por orbitais moleculares ligantes ou anti ligantes, de muito maior valor energético total. f- Não consigo imaginar porque um elétron no nível de Fermi com, por exemplo, X eV, para se ionizar precise ora de valor maior que esse, ora de valor menor que esse. g- O número de valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) constante da Tabela acima é relativamente reduzido em comparação aos outros parâmetros. Isto ocorre porque os dados disponíveis na literatura consultada são realmente reduzidos, mas o autor considera que isso não tem a menor influência na análise feita, pois o que importa realmente é observar a Tendência dos resultados, e fica claro que todos os valores confirmam essa tendência. 9–2- k- Efeito Fotoelétrico visto pelo Autor Depois de ter apresentado aos leitores tudo sobre o efeito fotoelétrico, com todos os dados que pude obter na literatura, inclusive a explicação formal do Dr Einstein sobre o evento, que tanto pânico causou depois da descoberta de Hertz, e que só foi explicado a partir de novos trabalhos inéditos, estes feitos por Max Plank, que deram subsídios a Einstein para formular uma teoria explicativa do fenômeno. A partir da explicação desse fenômeno, o Dr Einstein elaborou toda sua Teoria da Relatividade. Antes de mais nada, devo esclarecer que a minha opinião formal sobre o assunto, que passo a descrever, não questiona absolutamente nada sobre a ocorrência do efeito fotoelétrico, claro, mas sim sobre a interpretação dada a ele. Com o perdão do Dr Einstein, discordo frontalmente da sua explicação. Ele afirma categoricamente que “cada fóton colide com um único elétron” e também que um quantum transfere toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outros quanta de luz. Segundo ele, isso valia para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia. E sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte mais superficial”. Na visão química do autor, são vários os pontos questionáveis: - primeiro, que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma “nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elétron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg. - segundo, que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron, independentemente da existência de outros quanta de luz. Ora, mesmo com feixe de luz den88 tro da faixa visível, digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de 6 x 1014 Hz, ou seja, chega em cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após intervalo de 1/ 6 x 1014, cujo valor é 1,6666666 x 10-15s que equivale a chegada de um fóton a cada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilionésimos do segundo). - terceiro, que o feixe de luz monocromático aplicado, embora eu não saiba a área total com que ele atinge a superfície, mas não podemos esquecer que para cada milímetro quadrado de área de luz aplicada, como 1 mm = 1.000 µm, teremos 106 µm2. Dessa forma, a cada 1,66 x 10-15s, ou seja, a cada 0,00000000000000166 s chegam 106 fótons por cada mm2. Daí, afirmar que cada fóton colide com um único elétron e transfere para ele toda sua energia independente da existência de outros quanta de luz, me parece mais uma tentativa de adivinhação do que ciência. - quarto é a verificação de um possível equívoco tanto de Einstein quanto dos demais envolvidos nesses fenômenos: é em relação a quantidade de energia transferida pelos fótons ao corpo receptor, seja ele quem for. Todos consideram a chegada de cada fóton ao seu destino com a energia no valor de: E = h.ʋ. Mas isso é um tremendo equívoco. Quando a onda é formada por um oscilador, sabe-se que ele gasta um determinado “tempo” para produzir a onda eletromagnética, com determinado comprimento de onda; Esse tempo é chamado de PERÍODO (T). A cada final de cada período, o comprimento de onda pronto já se desloca e em seu lugar imediatamente se segue outro período formando nova onda, ou seja, um novo comprimento de onda que segue o anterior, e assim sucessivamente. Assim sendo, quando chega ao receptor, cada comprimento de onda é correspondente a uma onda, e sua energia, na verdade NÃO é h. ʋ e sim h.T, isto é, a energia de cada comprimento de onda, onde T é o Período e vale 1/ʋ. Dessa forma, a quantidade de energia transferida do fóton para o receptor, só tem o valor de h. ʋ depois de chegarem comprimentos de onda durante ʋ vezes, ou seja, depois de decorrido 1 segundo. Por essa razão, os conceitos de Plank utilizados por Einstein para justificar a colisão com matéria, estão com os valores utilizados de forma equivocada. Ao longo de 1 segundo, o elétron já se deslocou enormemente, logo NÃO PODE TER RECEBIDO h. ʋ. No máximo alguns h.T, mas nunca h. ʋ, pois para isso era necessário que o elétron ficasse “parado” durante esse tempo (1 s), o que é impossível. - quinto, que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo individual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das ligações metálicas e a teoria das bandas, fica difícil aceitar que um fóton acerte um elétron; - sexto, que é sabido que quanto maior a energia do fóton, maior a energia cinética dos elétrons deslocados; tendo em vista que o potencial de corte, ou seja, a quantidade de energia para soltar cada elétron do “mar” em que ele está inserido e faze-lo participar da corrente elétrica, é o mesmo para cada elemento da lâmina, fica claro que quanto maior a energia do fóton incidente, maior a energia transferida para o “mar”, logo, os elétrons vão para local de maior energia dentro da faixa da “banda de condução” e, portanto, maior a energia cinética dos elétrons conduzidos; - sétimo, que o quadro colocado acima é bastante elucidativo em relação aos quantitativos energéticos envolvidos. Sabe-se que os elétrons de um átomo giram velozmente em torno do 89 núcleo para sua energia cinética contrabalançar a atração elétrica exercida pelo núcleo sobre ele. Dessa forma, a energia do elétron em torno do núcleo, qualquer que seja seu nível orbital, é sempre NEGATIVA. Isto porque a ionização do átomo consta em fornecer energia positiva (entrópica) para anular o valor com que o elétron está preso, e leva-lo a um ponto onde essa energia de atração (negativa) se torne ZERO. A ionização ocorre quando o elétron sai do campo de atração do núcleo a que estava subordinado. Dessa forma, o autor entende que, quimicamente o valor do potencial de corte tinha obrigatoriamente que ser o mesmo valor do potencial de ionização, se o elétron estivesse realmente preso a ele. O valor real se situa em torno da METADE do valor do primeiro potencial de ionização, o que deixa claro que o aumento de energia do elétron suficiente para se soltar da placa, não é o mesmo necessário para solta-lo do átomo. Isto comprova que a Teoria da Ligação Metálica está correta e anula a explicação oficial desse efeito. - oitavo, que, na visão do autor, a Teoria das Bandas de Valência e de Condução, são bastante esclarecedoras dos valores completamente defasados. Se o potencial de ionização é a quantidade de energia caótica para levar o elétron a uma distância infinita do núcleo, onde sua energia de atração ao núcleo se anula, ou seja, ele sai do campo de atração do núcleo e, como foi visto, esse valor é muito menor (aproximadamente a metade) do conteúdo energético desse elétron no átomo neutro, ou seja, isolado, não participante do “mar de elétrons” formado nas lâminas metálicas, nos garante que a ligação metálica apresenta seu “mar de elétrons” em um nível energético bem superior ao nível que cada um dos elétrons participantes desse mar tinha ao ocupar seu orbital energético quando do átomo isolado. Esta razão justifica um Potencial de Corte bem abaixo do Primeiro Potencial de Ionização. - nono, é em relação ao nível energético máximo ocupado pelos elétrons periféricos, nível esse quantificado por Fermi. A definição é bastante simples e clara: o nível de Fermi é o maior nível energético possível de um átomo, ocupado por elétrons. Deixa claro que, para passar desse nível para um nível superior a ele, vai depender de inúmeros fatores. Por essa razão, o caos entre seus valores e seus correspondentes valores de potencial de ionização e de corte. - décimo, é que na visão do autor, a explicação para o evento é muito mais simples: um fóton carrega energia e transfere esse conteúdo energético para qualquer obstáculo que encontre. Assim, ao chegar ao mar de elétrons existente na superfície da lâmina metálica, a transferência do conteúdo energético dos fótons que chegam, sempre em número extremamente alto, se espalha pelos elétrons desse “mar” levando-os para o nível composto pela soma do conteúdo energético existente mais o conteúdo recebido. Se o resultado apresentar valor superior ao nível de Fermi, os elétrons se deslocam na corrente. Se essa energia total for inferior ao nível de Fermi, não acontece nada, já que os elétrons não atingem a Banda de Condução. O menor valor de energia de fóton capaz de vencer o nível de Fermi e passar para a banda de condução é chamado limiar fotoelétrico. E também é claro que quanto maior for o conteúdo energético dos fótons que chegam, o novo nível energético atingido pela soma do nível existente mais a quantidade de energia que chegou e se incorporou ao “mar” também será cada vez maior, ou seja, irá ocupar um nível dentro da “banda de condução” cada vez mais alta, logo, “mais energética total” e como a quantidade de energia para levar o elétron para a banda de condução é a mesma, sobra mais energia para se transformar em energia cinética. 90 - décimo primeiro e último, é que na visão química, não existe nenhuma razão para conceder caráter corpuscular ao fóton; o fato dele ter seu conteúdo energético, assim como o “calórico” proposto por Clausius em 1824, que seria uma unidade de “calor”, logo, de energia, o que não implica na existência de matéria, que na minha opinião, a consideração de matéria nas ondas é completamente absurda. As ondas transferem consigo um conteúdo energético, constituído por calor e movimento (velocidade), ambos fortes contribuintes para o aumento da Entropia, e o Segundo Princípio da Termodinâmica exige que a Entropia do Universo tenda para o máximo possível. Assim, a absorção de conteúdo energético de qualquer natureza, contribui para o aumento da Entropia do receptor desse fóton, o que colabora para o aumento da Entropia do Universo. 9–3- Avaliação Química do Efeito Compton 9–3- a – Resumo da Descrição do Efeito Compton Efeito Compton é a diminuição de energia (aumento de comprimento de onda) de um fóton de raios X ou de raio gama, quando ele interage com a matéria. Na verdade, sob o ponto de vista de um químico, o efeito Compton não difere em quase nada do efeito fotoelétrico. A única diferença é que em lugar de uma lâmina metálica atingida por raios visíveis ou ultravioleta, Compton bombardeou uma superfície de grafite com raios X e raios gama. Compton desenvolveu a teoria do espalhamento de raios X pela matéria, baseando-se nas seguintes hipóteses: o espalhamento pode ser interpretado como uma colisão entre um fóton de raio X e um elétron do material alvo; como a energia de um fóton de raio X é muito maior que as energias cinéticas e potenciais de um elétron na matéria, podemos desprezar estas energias e considerar o elétron como livre e inicialmente em repouso; a energia e o momento linear são conservados na colisão; o fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são fornecidos para o elétron, que recua. 91 como a energia inicial do fóton não é muito menor que a energia de massa do elétron, então é preciso utilizar a cinemática Einsteiniana. Obteve, a partir dos princípios da conservação da energia e do momento a equação do chamado Espalhamento Compton: ʎ’ - ʎ = h / m.c (1 – cos ) onde o termo h / m.c, chamado “comprimento de onda Compton do elétron”, fácil de determinar a partir dos dados: h = 6,626 x 10-34 J.s ou Kg.m2/s m = 9,11 x 10-31 Kg c = 3 x 108 m/s ʎ = h / m.c = 2,42 x 10-12 m A partir dai, calculou a energia de um fóton com ʎ = 10-10 m obtendo: E = 1,24 x 104 eV valor que é muito superior a energia de ligação dos elétrons de valência dos átomos, que é de apenas alguns eV. Tudo isso já foi apresentado no Cap 6 item 1 – b. A interação radiação x matéria, chamada de difusão, consiste na absorção da radiação pela matéria em que incide e, em seguida, emite radiação em todas as direções. A difusão da radiação SEM variação de frequência é chamada ELÁSTICA e aquela com variação é chamada Efeito Compton. A interpretação dada por Compton para esse efeito foi supor que o feixe de raios X seja uma corrente de fótons de alta energia e, a partir da avaliação das premissas feitas, interpretou que a interação entre o elétron e o fóton incidente, resulta um fóton de menor energia, ou seja, um fóton difundido, emitido segundo um ângulo com a direção da incidência. Já o elétron, que ganha energia através do choque, se move fazendo um ângulo , chamado elétron de RECUO. 9–3- b – Alguns Questionamentos ao Efeito Compton Entretanto, a luz dos conhecimentos químicos, devem ser feitas algumas considerações a respeito da interpretação desse efeito. O processo é bastante similar ao efeito fotoelétrico, com os fótons incidentes constituídos por raios X (ou γ), de conteúdo energético alto, mas conhecido. O alvo da incidência dos 92 fótons é o grafite. Os fótons usados já são bem conhecidos por nós, mas precisamos conhecer melhor o alvo, o GRAFITE. Além da forma amorfa, são conhecidas mais 4 formas alotrópicas do carbono: grafite, diamante, fulerenos e nanotubos. Já foi anunciada (em 2004) a descoberta de mais uma forma alotrópica: a NANOESPUMA. A forma amorfa é essencialmente grafite, por não formar estrutura cristalina macroscópica. São conhecidas duas formas de grafite: alfa (hexagonal) e beta (romboédrica) que apresentam propriedades físicas idênticas. Podem ser naturais ou sintéticos; os naturais têm mais de 30% da forma beta enquanto os artificiais só contém a forma alfa. A ligação dos átomos de carbono no grafite é formada através da união de cada átomo a outros três, formando um plano composto de células hexagonais. Para um átomo de carbono se combinar com outros três e não 4, já que o carbono normal é tetraédrico, com o núcleo do átomo ocupando o centro e os orbitais se dirigindo para as quatro extremidades, logo, formando ângulos internos de 109º, que é a forma que o carbono realiza suas ligações simples, onde ele tem 4 orbitais de valência formados pela hibridização tipo sp3 e só efetua ligação sigma em número de quatro e dispostas espacialmente na forma de um tetraedro. A estrutura planar é conseguida com o átomo formando híbrido incompleto, ou seja, um elétron s mais dois p (sp2) sobrando um orbital p não participante do processo de hibridização, ficando assim, o átomo no estado (sp2 + p). Os três lóbulos híbridos sp2 apresentam angulos entre si de 120º, logo, são trigonais planares. Nestes, os três orbitais híbridos sp2 se unem aos lóbulos semelhantes de outros átomos, através de fortes ligações , formando uma estrutura plana, em forma de lâminas, que são chamadas de “folhas de grafeno”. É claro que cada carbono tem um lóbulo p, ortogonal ao plano, e que se encontra semi cheio. A existência de dois lóbulos p semi cheios e vizinhos, tendo o eixo de seu lóbulo individual perpendicular ao plano formado pelo conjunto de hexágonos constituintes da lâmina, procedem a sobreposição desses lóbulos p atômicos vizinhos, formando um ORBITAL MOLECULAR . Devido ao deslocamento dos elétrons dos orbitais , o grafite é condutor de eletricidade, razão pela qual é usado em processos de eletrólise. É um material frágil e as diferentes camadas, separadas apenas por átomos intercalados, se mantém unidas por justaposição através somente das fracas forças de Van der Waals. Por isso, é fácil que umas lâminas deslizem sobre as outras, principalmente porque a justaposição com ligações feitas por forças de Van der Waals que além de já não serem fortes, mesmo sendo de curta distância, fica muito mais enfraquecida ainda, já que os lóbulos moleculares , que são realizados por sobreposição de lóbulos atômicos p perpendiculares ao plano das lâminas, dificultam muito a aproximação maior das lâminas, devido a forte repulsão elétrica que ocorre quando da aproximação desses lóbulos . 93 É claro que, assim como na formação de OM (sigma), tanto entre orbitais atômicos s ou p, forma-se sempre o par de orbitais ligante e antiligante, também na formação do OM , feito por sobreposição dos lóbulos p livres, também se forma o par OM: ligante e * antiligante . Aproveitando a informação da formação dos orbitais ligante e antiligante mostrado acima, onde se vê a distribuição de energia entre eles, é bom, pelo menos como curiosidade, mostrar a comparação das energias e , tanto ligantes como antiligantes. Por essa razão, ou seja, pelo fato das lâminas estarem fixadas fracamente umas sobre as outras, é que ele é usado para escrever ou desenhar sobre papel, pois as lâminas vão se 94 soltando e deixando sua marca. O grafite é combinado com argila para a produção de lápis de diferentes gráus de dureza. Estruturas alotrópicas do diamante e grafite. Grafite Diamante Nanotubos Fulereno Amorfa Depois de tudo que foi analisado nesse item o autor, que é químico, se considera na obrigação de apresentar alguns pontos de total divergência com o conteúdo oficial. 9–3- c – Críticas e Opinião do Autor Uma coisa que consta da explicação de Compton e adotada até hoje como correta é que o fóton (raios X ou γ) é absorvido pela matéria (ELÉTRON) que recua, e ele definiu que a diferença entre os comprimentos de onda do fóton espalhado e do incidente depende do ângulo de espalhamento. Ora, essa afirmação é complicada pelo ponto de vista químico. Se todos os fóton que chegam a superfície estudada são iguais e também se pode garantir que todos os elétrons estão no mesmo nível energético, passeando através dos orbitais moleculares , além de terem a mesma massa e se deslocarem com a mesma velocidade, e a explicação oficial é exatamente a colisão de um fóton com um elétron, o que, sob o ponto de vista químico, não apresenta nenhuma razão lógica para que as quantidades de energia cedidas pelos mesmos fótons aos mesmos elétrons sejam de valores diferentes, a ponto de produzir fótons espalhados que são diferentes em comprimento de onda, logo, energia, como também são espalhados sob ângulos de desvio diferentes. Na minha visão, como a lâmina externa de grafite, com seu “mar de elétrons” promovidos pelos orbitais , formados pela sobreposição dos orbitais p semicheios ortogonais ao 95 plano formado pelos orbitais ligantes híbridos sp2 trigonal planares, ao receber o conteúdo energético trazido pelo fóton e distribuído ao “mar” de elétrons existentes, permite que os elétrons dos orbitais ligantes, ascendam energeticamente aos orbitais antiligantes, muito mais próximos entre si do que os orbitais ϭ. Devido ao pequeno comprimento de onda dos raios X ou γ incidentes e ao seu enorme conteúdo energético e, como visto no item anterior o fóton é somente energia e é absorvido em qualquer obstáculo que encontre, creio ser mais provável que se existir colisão, ela seja com os núcleos dos átomos de carbono, e dependendo do ângulo de contato gera ângulos diferentes de desvio dos raios espalhados. Outro ponto onde discordo é “considerar o elétron em repouso”. A rapidez com que o elétron se desloca em torno do núcleo, em orbitais atômicos ou moleculares é tão alta que é impossível localizar um, sendo estabelecido pela mecânica quântica, a região do espaço onde existe maior “probabilidade de que ele seja encontrado”. Nestas condições considera-lo em “repouso” me parece uma consideração abusiva. Por isso, seguem os questionamentos a seguir: - primeiro que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma “nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elétron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg. - segundo que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron, independentemente da existência de outros quanta de luz. É evidente que a explicação foi amplamente amparada pela explicação de Einstein para o efeito fotoelétrico. Ora, conforme já explicado com detelhes no efeito fotoelétrico,mesmo com feixe de luz dentro da faixa visível, digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de 6 x 1014Hz, chega em cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após intervalo de 1/ 6 x 1014, que equivale a chegada de um fóton a cada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilionésimos do segundo). Isto para luz visível, pois para o caso de fótons na faixa de raios X ou γ, sua frequência média para raios X é da ordem de 1018 Hz, o que equivale a uma emissão seguida de outra no intervalo de 1 atto (10-18) s. E se se tratar de raios , sua média é de 1 zepto (10-21) s, ou seja, chegam ao alvo, 1 sextilhão de fótons em cada segundo em cada ponto. - terceiro que o feixe de luz monocromático aplicado, da mesma forma que no efeito f.e., para cada mm quadrado de área de luz aplicada, ele recebe muito mais quantidade do que de fótons visíveis. Para os raios X com ʋ = 1018 Hz, seu ʎ = 10-10 m e, por isso, pode chegar 1 raio X em cada nm2; como 1 mm = 103 µm = 106 nm, então 1 mm2 = 1012 nm2. Dessa forma, em cada ponto chega 1fóton após o outro, em número de 1018 por segundo, logo, em cada mm2, que tem 1012 nm2, então a cada segundo chegam no receptor o total de 1030 fótons de raios X por cada mm2. Daí, afirmar que cada fóton colide com um único elétron é ainda mais sem sentido do que o dito por Einstein no efeito f.e. 96 No caso de raios , piora ainda mais: para ʋ = 1021 Hz, seu ʎ = 10-13 m de modo que cabe um fóton em cada pico (1 pico = 10-12 m). Assim, 1 mm = 103 µm = 106 nm, = 109 pico então 1 mm2 = 1018 pico2. Logo, chegam 1039 fótons de raios por mm2 por segundo. - quarto que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo individual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das bandas, fica difícil aceitar que um fóton acerte um elétron; - quinto, fica claro como não poderia deixar de ser, que a avaliação e as críticas e propostas em relação ao efeito Compton são bastante semelhantes aos do efeito fotoelétrico, já que ambos são extremamente semelhantes, inclusive sob o aspecto que mais colide frontalmente com as explicações desses dois fenômenos, que é no tocante a Energia recebida em cada “comprimento de onda” que chega a cada “período” no alvo, pois só chega o valor de h. ʋ após chegarem ʋ comprimentos de onda ʎ, que demora 1segundo para se completar; - sexto que uma das poucas diferenças entre Compton e efeito f.e. é que Compton fala em “elétron de recuo”. Ora, aceitar elétron de recuo, é aceitar que o fóton realmente acerte um elétron, o que me parece altamente improvável, conforme justificado no efeito f.e. e no atual. E o fato de faze-lo recuar obrigaria a colisão “entre partículas”, o que me parece forçar demais uma explicação. O fóton, que é energia, passar pela barreira de elétrons é tranquilo, podendo ir até o núcleo, onde transferiria toda sua energia e de onde sairia outro fóton de muito menor energia, logo, maior comprimento de onda. Entretanto, o recuo do elétron (recuo significa recuar, voltar, andar para traz), o que implica em que ele iria caminhar na direção do núcleo. Como entre ele e o núcleo existe toda a estrutura eletrônica do átomo, obriga a violação das leis conhecidas, fora a repulsão elétrica que ocorreria. Além disso, o “recuo” obrigaria a que o elétron penetrasse no nível quântico mais próximo a ele em direção ao núcleo, logo, com maior energia de coesão, logo, com menor conteúdo energético total, fato que obrigatoriamente levaria a emissão de um quantum com energia dada por: h . ʋ = E2 – E1. Dessa forma, a energia do fóton emitido seria rigorosamente de valor conhecido, o que faria com que, com o conhecimento do fóton incidente e, como os níveis quânticos do grafite são conhecidos, todo o resto seria conhecido a priori, ou seja, mesmo sem precisar fazer experiência nenhuma. - a última crítica é ao fato de Compton obrigar a utilização da cinemática Einsteniana, mostrando que parte do princípio de que a inter-relação matéria x onda realmente ocorre e até sua quantificação está correta, pois fala em energia de massa do elétron. 9 – 3 – d - Visão do Autor A explicação para o fenômeno, do ponto de vista químico do autor, é que o fóton, seja X ou , tem seu conteúdo energético absorvido pelo “mar” aumentando o nível energético desse mar ligante, que forma uma banda de valência e eleva o nível energético total ao valor do mar antiligante, que forma uma banda de condução; na quantidade de fótons que che97 ga ao mar por unidade de área e de tempo, certamente com frequência ocorrerá excitação de elétrons que, por apresentarem movimento desordenado, poderá caminhar em qualquer direção. Entretanto, na visão química do autor, o processo de colisão fóton x elétron Não existe, e sim somente a transferência de todo o conteúdo energético do fóton para o receptor, aumentando o conteúdo energético deste; só quando se tratar da chegada do fóton ao núcleo do átomo, aí sim, haverá espalhamento de fótons com menor energia, ou seja, com energia correspondente a diferença entre a energia do fóton original e a quantidade de energia cedida pelo fóton ao receptor (que acredito que seja o núcleo). 9–4 – Teoria de De Broglie Em relação a teoria proposta por De Broglie, não há muitos comentários a fazer, já que ela é apenas a utilização da equação da relatividade de Einstein para quantificar os valores de comprimento de onda e frequência para qualquer matéria em movimento, como também para determinar valor de massa nos fótons e, em consequência, poder calcular seu MOMENTO LINEAR a partir de seu conteúdo de energia, calculado pela teoria ondulatória. Uma vez que o autor discorda frontalmente das equações relativistas de Einstein, toda a teoria de De Broglie desmorona. 9 – 5 – Desvio de Fótons na Terra (A TERRA é AZUL!) e o Efeito ESTUFA Os assuntos avaliados nos itens 2 e 3 deste capítulo, mostram que se deve ter cautela na interpretação dos eventos, e o atravessar por todos os tipos de questionamentos antes de considera-lo certo. Em todos os eventos até aqui citados, a observação é sempre a mesma, de que “na colisão de radiações eletromagnéticas (fótons) com matéria, SEMPRE ocorre perda de parte da energia do fóton, que transfere essa energia para a matéria e continua seu caminho com seu comprimento de onda aumentado, ou seja, sua frequência menor, ou ainda menor conteúdo energético. É isto que ocorre nos efeitos fotoelétrico e Compton. Nosso habitat, o planeta Terra, recebe diuturnamente fótons de diversos pontos do Universo, mas em termos práticos, pode-se afirmar que os fótons que recebemos são emitidos maciçamente pelo Sol, nosso Astro, centro de nosso sistema. A chegada aqui dos fótons emitidos pelo Sol, é um evento de uma simplicidade singular, respeitando as leis já conhecidas pelo homem. O fóton chega em nossa atmosfera superior depois de ter percorrido o trajeto de cento e cinquenta milhões de quilômetros, distância que 98 nos separa. Ele viaja a trezentos mil quilômetros por segundo no vácuo (ou seja, enquanto a Terra se desloca rotacionalmente em 464 m), valor obtido pela expressão: c = 1 / (ɛ0.µ0)1/2, onde ɛ0 é a permissividade elétrica e µ0 é a permeabilidade magnética. Esse valor já foi determinado experimentalmente e comprovado. As ondas eletromagnéticas não necessitam de meio material para se propagarem, e sua velocidade será tanto menor quanto maiores forem os valores de ɛ0 e µ0. Como esses valores praticamente não variam entre os meios vácuo e ar, sua velocidade nesses meios é a mesma. Assim, depois de emitido pelo Sol, o fóton gasta 500 segundos para nos atingir, ou seja, nos atinge em um ponto da superfície da Terra que estava distante rotacionalmente 231 Km atrás do ponto onde ele é recebido e translacionalmente 15 mil quilômetros atrás. No vácuo e sem corpos volumosos nos locais de sua propagação, a luz caminha em linha reta. Ao passar para outros meios, inclusive o ar, devido a presença de matéria nesses meios, as ondas eletromagnéticas sofrem reações diferentes, como no caso de sua penetração em nossa atmosfera, onde elas podem ser: - transmitidas - refletidas -refratadas - difratadas - absorvidas - espalhadas Segue uma resumidíssima explicação de cada evento citado. - Transmitidas são as ondas que passam pela matéria sem serem absorvidas. - Refletidas são as ondas que se propagam em determinado meio e, após incidência de um feixe dessas ondas sobre a interface de separação deste com outro meio, apresentam retorno total ou parcial. - Refratadas são as ondas que mudam sua direção de propagação ao mudar de um meio para outro. - Difratadas são as ondas que contornam a borda de uma barreira ou passam através de uma abertura, fenômeno que em geral provoca aumento de seu comprimento de onda e interferem nas frentes de onda, que criam regiões de maior ou menor intensidade, sendo que a barreira pode ser formada por fendas óticas ou átomos de uma rede cristalina. 99 - Absorvidas são as ondas que colidem com qualquer obstáculo material e transferem para a matéria todo o seu conteúdo energético em forma de calor. - Espalhadas são as ondas que incidem em partículas coloidais e sofrem desvio em diversos ângulos. A reflexão e a difração mudam a direção de propagação da onda eletromagnética, como também modifica sua Amplitude, porém não altera sua frequência. Alguns raios incidentes são transmitidos, ou seja, atravessam diretamente as camadas superiores de nossa atmosfera e chegam a superfície terrestre, geralmente com menor conteúdo energético, ou seja, com maior comprimento de onda. Se o raio incidente for na faixa visível, deverá chegar na forma avermelhada. Entretanto, se se tratar de raios cósmicos, de altíssimo conteúdo energético, pode chegar a superfície e nos atingir ainda com conteúdo energético bem acima da nossa capacidade de suportar, de onde vem o risco de doenças como câncer de pele, e outras. Entretanto, o mais importante desse item, e que é o que importa agora, é saber que nossa atmosfera superior é povoada por enorme quantidade de partículas materiais de vários tipos e tamanhos. O tamanho das partículas que nos interessam para o desenvolvimento desse item está compreendido na faixa de 1 a 100 nm, ou seja, de 10-9 a 10-7 m, já as partículas de tamanho molecular NÃO interferem no caminho da luz. Esta faixa corresponde ao chamado “tamanho coloidal” que tem propriedades específicas. Para não ser repetitivo, não vou transcrever sua conceituação aqui, pois o mesmo está feito com detalhes no capítulo 10 (no item 3), chamado de ‘(As Coincidências da “Criação” ou “Evolução”)’. As partículas com pelo menos uma dimensão nessa faixa, são chamadas partículas coloidais, e têm um comportamento sui generis quando atingidas pela luz. Esse comportamento é um questionamento que desejo fazer, pois é exatamente contrário ao primeiro; é que a maioria dos fótons que chegam, colidem com as partículas coloidais que existem nas nossas camadas superiores e após a colisão sofrem desvio em diversos ângulos, formando um “espalhamento” da luz, que é intensificado nas tonalidades de azul, logo, nos menores comprimentos de onda. Por essa razão é que vemos tudo azul no “infinito”, embora nada seja azul por lá. Entretanto, como os menores comprimentos de onda significam maiores frequências e, em consequência, maior conteúdo energético, fica-se obrigado a aceitar que o fóton GANHOU ENERGIA DURANTE A COLISÃO. Pelo princípio da conservação de energia, a energia total antes do choque permanece a mesma após o choque. Como é evidente que depois da colisão o fóton saiu com maior conteúdo energético do que tinha antes, a conclusão é que aparece um grande questionamento aos efeitos fotoelétrico e Compton, que impõe que a colisão de fóton com matéria transfere o conteúdo energético deste para a matéria. Entretanto, no caso presente, OCORRE o OPOSTO, ou seja, o fóton incidente “ganha energia” da partícula coloidal, com consequente aumento de sua frequência e diminuição de seu comprimento de onda. Como a partícula cede energia para o fóton, ela fica com menor conteúdo entrópico, logo, diminui seu movimento e/ou sua Temperatura, enquanto essa diferença de entropia passa para o fóton, que chega a superfície terres100 tre mais entrópica. A energia entrópica do Universo se mantém, já que houve só troca de portador, mas o ambiente ocupado pelas partículas coloidais, com certeza ficará menos entrópico, logo, possivelmente mais frio, enquanto esse calor passado para o fóton irá chegar a nossa superfície com maior conteúdo energético total, logo, aquecerá e aumentará o caos no local de seu recebimento. O fato dos fótons de luz se espalharem ao colidir com partículas de tamanho coloidal, permite o estudo dessas partículas, tais como determinação de seu tamanho, sua forma etc. Entretanto, em relação ao recebimento de luz no interior do nosso Planeta, fica uma questão complexa de resolver, já que podemos ver a luz intensificada no azul por motivos diferentes: - o primeiro é o recebimento de fótons de maior conteúdo energético, que seja Transmitido, logo, diminui seu comprimento de onda e, portanto, dependendo do seu conteúdo energético original, pode ser refratado, perder energia e seguir seu novo trajeto com energia correspondente ao azul; - o segundo é o recebimento de fótons de menor conteúdo energético que seja Espalhado por partículas coloidais e, com isso, tenha seu comprimento de onda diminuído pelo recebimento de energia da partícula coloidal com quem colidiu e, dependendo do ângulo de desvio, pode ganhar energia suficiente para se transformar em um fóton com comprimento de onda correspondente ao azul. Com certeza existem os dois fenômenos, mas não tenho dados para avaliar qual deles ocorre com maior intensidade. O estudo de coloides é bastante evoluído atualmente, com grandes contribuições de Einstein, Smoluchowiski, Debye, e outras “feras”. Estabeleceram equações que permitem quantificar o fóton desviado, o fóton incidente, sua energia e outros parâmetros através do valor do ângulo de desvio, e muitas outras coisas importantes. Por isso, esse fenômeno é muito utilizado em medicina, na avaliação de turbidez e em inúmeros outros setores. Outro ponto a ser discutido, exatamente oposto, é a incidência de fótons sobre as partículas coloidais pretas, como as que saem das chaminés das grandes indústrias tais como fuligem, carbono coloidal, negro de fumo, e outros. Sabe-se da química coloidal que os coloides com micelas pretas são absorventes totais, ou seja, NÃO espalham a luz incidente nele; simplesmente absorvem totalmente sua energia e a incorporam na forma de energia TÉRMICA (calor). Dessa forma, a região ocupada por essas partículas, fica aquecida. O estudo de coloides é feito através desse fenômeno, o espalhamento dos raios incidentes. Na medicina é usado amplamente no evento chamado nefelometria, que estuda o material através de determinado ângulo de espalhamento. 101 Já o estudo do asfalto é bastante prejudicado pelo fato de não poder ser analisado através da luz, porque suas “micelas” são pretas, logo, absorvem e não espalham a luz. Para a maioria das pessoas, esse efeito é que é o responsável primeiro pelo caminho de destruição de nosso planeta através do chamado “efeito estufa”. Entretanto, como visto acima, sobre colisões de fótons com partículas coloidais, podese afirmar que, do feixe incidente nas partículas coloidais NÃO PRETAS, parte é absorvida em forma de calor, parte é refletida e retorna com o mesmo conteúdo energético e parte é desviado segundo vários ângulos de espalhamento, sempre com os raios espalhados intensificados nos menores comprimentos de onda. Não tenho conhecimento dos quantitativos existentes (e nem sei se eles existem) das partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, pois existe um grupo de cientistas que afirmam que o planeta está caminhando para uma nova “era do gelo”. Evidentemente os dois grandes grupos são antagônicos: - de um lado os que se preocupam com o efeito estufa, que vai nos destruir por excesso de calor (logo, entropia). - de outro lado os que consideram que caminhamos para uma nova “era do gelo”. É evidente que existe motivo de preocupação real em ambos os casos, mas só se pode se engajar efetivamente em um dos lados, com pleno conhecimento das expectativas para futuro, o que só seria possível com o conhecimento, pelo menos aproximado, dos quantitativos existentes hoje e sua tendência futura (de aumento ou diminuição) dos quantitativos das partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, para tentar prever o destino final disso tudo. Não gosto de emitir opinião sobre assunto que eu não tenha conhecimento profundo ou dados confiáveis para me apoiar. Por essa razão não posso defender nem criticar nenhum dos dois grupos. Entretanto, com a volúpia com que o homem caminha no seu desenvolvimento sem medida de consequências, com o violento aumento com que as últimas décadas apresentaram do número de indústrias jogando “partículas pretas” de suas chaminés (sem nenhum tratamento), o aumento na produção de combustíveis fósseis, e outros fatores que, embora de menor expressão, se somam aos maiores no total da capacidade de destruição eu, como leigo, optaria pela preocupação maior com o efeito estufa. Entretanto, por ser químico e conhecer um pouco de Termodinâmica, tenho que me posicionar com equidistância, já que: - o caminho para nova era do gelo, levaria evidentemente a um ambiente de baixíssimas temperaturas, logo, amplamente favorável a coesão, atração, organização; - o caminho para a destruição por degeneração através de excesso de calor, de velocidade, de desorganização, desorientação, levaria ao CAOS total. 102 É evidente que como químico, tenho que ficar equidistante, pois o Segundo Princípio da Termodinâmica afirma que “a entropia do Universo tende para um máximo”. Bem entendido: a entropia do UNIVERSO. A Terra é parte do Universo. Pequeníssima parte, é verdade, mas é parte do Universo e com isso, a análise tem que levar em conta: Planeta Terra + Resto do Universo = Universo o que obrigatoriamente deixa claro que, sendo apenas uma parte do Universo, a Terra tem que ser avaliada como um sistema qualquer e tem que respeitar a equação, que diz que quem NÃO pode DIMINUIR a entropia é o Universo, não parte dele. Assim sendo, dentro da ciência as duas possibilidades têm a mesma probabilidade de ocorrer, pois se nos aquecermos demais, aumentamos nossa entropia (da Terra), o que pode manter ou aumentar a entropia do Universo. Entretanto, se esfriarmos até um possível congelamento, estaremos aumentando quase infinitamente nossa energia coesiva, atrativa, organizada, logo, a diferença entre o estado anterior e o futuro libera uma quantidade incomensurável de energia entrópica para o Universo, o que também contribui para o aumento da entropia do Universo e, portanto, satisfaz plenamente o Segundo Princípio da Termodinâmica. Uma avaliação não científica, através da observação do comportamento do homem em relação ao meio ambiente, que vai ser detalhado minuciosamente no capítulo 10, indica maior probabilidade de irmos para o caos, devido a sanha ensandecida do homem pela riqueza, com as últimas décadas apresentando um terrível aumento do número de chaminés lançando partículas coloidais pretas na atmosfera sem nenhum tratamento nem proteção. No capítulo 10 esse assunto será abordado novamente, mas sob outra ótica, a forma como o homem atua e como ele poderia agir para minimizar os efeitos da destruição que parece já ter dado seu “ponta pé” inicial a bastante tempo. 9–6– Matéria e Antimatéria 9–6– a Considerações Gerais Durante boa parte do trabalho falamos sobre a teoria da relatividade de Einstein. Para tal, tornou-se necessário transcrever toda a história do efeito fotoelétrico, tendo em vista que este é o foco central da questão. Isto porque esse efeito só foi considerado ter sido explicado satisfatoriamente com a intervenção de Einstein, apoiado em recentes descobertas de Plank. Na avaliação Química que fiz dos conceitos vigentes, que sempre foram obtidos sob o ponto de vista puramente Físico, já começamos a esbarrar em alguns contratempos. Como o trabalho se propôs a avaliar o Universo sob os pontos de vista da Física, da Química e tam103 bém do ponto de vista Religioso, não posso me recusar a levar todos os conceitos conhecidos em consideração, por mais esdrúxulos que sejam e por mais que desagradem ateus ou religiosos. Assim sendo, depois de tudo isso, inclusive com as avaliações Químicas, que é a minha especialidade, sempre procurando manter os conceitos o mais possível afastado de agressões ou de provocações, tanto aos religiosos quanto aos não religiosos, procurei sempre colocar as explicações dos conceitos vigentes da forma mais fiel possível às explanações feitas pelos autores que consultei, sempre através do Google, via Internet. Mesmo quando a explicação de alguns autores não me agradava muito, mas se eram concordantes, eu as utilizava literalmente para não cair na tentação de “conduzir” para alguma posição previamente formada em meu subconsciente, já que nunca bloqueei meus neurônios. Sempre procurei dissecar aquilo que me proponho a pensar sobre, até o âmago da questão, ou pelo menos, até o ponto máximo que eu tenha competência para ir. Faço isto quer os resultados que vou encontrando no caminho da busca sejam de meu agrado ou sejam passíveis de meu repúdio. Nunca fui dono da verdade e, como sei que todos os seres humanos que existiram, que existem e que venham a existir no futuro, são todos exatamente iguais, todos “transportadores ambulantes de coco fedorento”, além do que, o número de neurônios, fabulosamente alto como é, quase não difere de um ser humano para outro. Assim, considero que todos têm que ter suas opiniões respeitadas, pois nunca se sabe se o autor de uma determinada opinião foi um dos que bloqueou seus neurônios ou não. E também porque o assunto carrega intrinsecamente uma grande dose de subjetividade e este não é quantificável, o que impõe que nunca se sabe se as opiniões alheias são mais ou menos subjetivas que as nossas opiniões. Dito isso, que achei necessário por considerar que já analisamos conceitos que me parecem muito subjetivos e, o assunto daqui para a frente, ao tratar de Matéria e ANTIMATÉRIA, para a maioria das pessoas soa como de alta subjetividade. Antes de entrar nesse estudo, vamos dar uma panorâmica no assunto, com tópicos extraídos das fontes consultadas na internet. 9– 6 - b Considerações sobre a Aniquilação Procurando na literatura, este assunto não é dos mais fartos de se encontrar, talvez exatamente por ser bastante complexo e altamente subjetivo. A colisão das partículas com suas respectivas antipartículas, levam à imediata aniquilação de ambos, gerando em seu lugar fótons com determinado conteúdo energético. Em princípio todas as partículas existentes possuem suas respectivas antipartículas. Uma experiência clássica e bastante difundida é a colisão de um elétron com sua antimatéria, o Pósitron, gerando dois fótons com determinado conteúdo energético. 104 Existem autores que propõem que esse tenha sido o motivo do aparecimento de fótons no Universo primordial. A consideração feita por muitos autores, é de que toda partícula material tem como sua antipartícula, a antimatéria. O termo antipartícula é mais fácil de aceitar, pois partícula está atrelada a alguns números, e seu antônimo é possível imaginar. Entretanto, conseguir entender o que seja a antimatéria, que pelo dicionário significa o oposto, fica muito difícil imaginar o “oposto da matéria”. Sendo P = m.v o momento do elétron, que tem matéria, como calcular o momento do pósitron que, no caso, tem antimatéria? Seria P = 1/m x v? Creio que o conceito de “antimatéria” seria semelhante a aceitação de “antitempo” ou de “antimovimento (entropia negativa)”, coisas que não consigo visualizar, logo, não consigo imaginar sua existência. Por essa razão, só vou me referir a “antipartícula” por não aceitar a existência de antimatéria. 9– 6 – c - A Quantificação da Colisão Encontramos várias citações a este fenômeno: a colisão entre um elétron e sua antipartícula, o pósitron, leva a aniquilação dos dois e geram dois fótons com energia de 0,511MeV cada um. Dessa forma, podemos esquematizar a situação na forma química: Elétron (-) + Pósitron (elétron +) fóton 1 + fóton 2 O valor calculado pela ciência é de que cada fóton tem energia de 0,511 MeV. Assim, o que se pode garantir é que a reação químico-energética indicada NÃO é reversível, ou seja, é uma reação completamente irreversível onde os reagentes são totalmente consumidos na reação e os produtos adquirem vida própria a partir de sua formação (ou criação). Assim, pela lei da conservação de energia e de momento, pode-se garantir que: - o conteúdo energético dos produtos é de 1,022 MeV - logo, o conteúdo energético dos reagentes também é de 1,022 Mev - o momento dos reagentes é P = mv (para os dois componentes, na minha opinião, pois não sei como é considerado pelos que aceitam a existência de ANTIMATÉRIA). - o momento do produto tem que ser igual ao momento dos reagentes - obrigatoriamente o produto (os dois fótons) têm que ter entropia igual ou maior que os regentes (elétron e pósitron). 105 Como temos o valor da energia dos fótons, vamos calcular suas demais características diretamente a partir do valor conhecido de sua energia, usando somente as equações da teoria ondulatória, já que a interconversão relativista matéria x onda é equivocada. E = 0,511 x 106 x 1,6022 x 10-19 J E=hxν ν = E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J E = 6,626 x 10-34 x ν 8,187 x 10-14 / 6,626 x 10-34 ν= 1,2356 x 1020 Hz Assim, cada fóton tem: E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J e ν= 1,2356 x 1020 Hz A partir daqui, não podemos determinar corretamente o valor do comprimento de onda dos fótons, já que pelo valor da frequência, trata-se de raios gama e a correlação entre a frequência e o comprimento de onda é feito pela velocidade da luz visível no vácuo e a utilização de seu valor (c) para todo o intervalo de frequências está, na minha opinião pessoal, pelo menos sujeito a investigação mais profunda (sob suspeita). Só como exercício de divagação (que pode até estar correto, embora eu ainda discorde dessa amplitude de validade da relação) fazendo a determinação do Comprimento de onda usando a relação ʎ.ʋ = c, seu valor é: ʎ = 3 x 108 / 1,2356 x 1020 de onde se obtém: ʎ = 2,428 x 10-12 m, que é exatamente o chamado “comprimento de onda Compton do elétron”, que por sua vez é igual a h / m.c. Entretanto, sem a relatividade, em relação aos reagentes só podemos definir que: a) Pela Lei da Conservação da Energia, a Energia Total dos Reagentes (elétron + pósitron) é 1,022 MeV. Não podemos sequer considerar com absoluta segurança esse valor repartido igualmente entre a partícula e sua antipartícula. b) Pela lei da conservação dos momentos, o momento dos reagentes é o mesmo dos produtos. Entretanto, não sabemos o valor do momento dos fótons, logo, nem dos reagentes. No caso dos Reagentes, o momento é dado por: P = m x v. Sabemos o valor da massa do elétron (m = 9,1 x 10-31 Kg), mas não sabemos sua velocidade real. No caso dos Produtos, os fótons, não temos como calcular diretamente seu momento sem a utilização da equação de Einstein, o que levaria ao resultado previamente estabelecido. 106 Entretanto, como os dois fótons obtidos são iguais, e como o pósitron é a antipartícula do elétron, e sua aniquilação mútua gera dois produtos exatamente iguais, pode-se considerar as massas dos dois como iguais, só com cargas opostas. Assim sendo, tendo em vista as Leis da Conservação da Energia e do Momento, pode-se garantir que a energia do elétron (e do pósitron) é igual a de um dos fótons, logo, seu valor é de: E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J Os resultados mostram que cada elétron, assim como sua antipartícula (o pósitron), têm energia correspondente a um raio gama, o que indica claramente que esse evento tem que ser revisto, por apresentar resultado aparentemente absurdo. Embora o evento satisfaça o segundo Princípio da Termodinâmica, já que os dois raios gama com certeza apresentam maior entropia do que dois elétrons, mas é impossível a existência de elétron com energia de raio gama. Dessa forma, quimicamente a reação esquematizada anteriormente NÃO pode estar correta. O balanço de energia até pode satisfazer, mas e o balanço de massa? O evento pressupõe como correta a interconversão matéria x onda, que já foi mostrada em outros tópicos como equivocada. Portanto, na minha opinião, este evento deve ser refeito e reanalisado. 9–7– A Massa Relativista (variação da massa em movimento) Mesmo sem ter ainda conseguido qualquer pista ou indício que levasse a uma razão plausível para um gênio como Einstein estabelecer um valor finito e mensurável pelo homem, a velocidade da luz visível, como o limite máximo de rapidez de deslocamento de qualquer coisa no Universo, continuo procurando. O ponto da relatividade que me deu bastante evidências de que ele tinha certeza em relação a existência de um limite da rapidez de deslocamento, e de que esse limite era a velocidade da luz visível, foi a equação proposta por ele para provar esse limite imaginável pelo homem. A equação proposta é: m = m0 / [1 – (v/c)2]1/2 A análise da equação é simplória: a medida que a velocidade do corpo se aproxima da velocidade da luz (c), o denominador tende a zero, o que matematicamente conduz o valor da massa em movimento para o infinito. Entretanto, resolvi fazer uma maquiagem na equação, como segue: m = m0 / [1 – (v/c)2]1/2 [1 – (v/c)2]1/2 = mo/m 107 [(c2 – v2)/c2]1/2 = mo/m c2 – v2 = c2.(mo/m)2 (c2 – v2)1/2 = c.mo/m v2 = c2 - c2.(mo/m)2 v2 = c2 [1 – (mo/m)2] A avaliação da equação nesta forma, mostra que quando a massa relativista tende ao infinito, a velocidade v se torna igual a c, ou seja, a equação apresenta resultado finito e real, mesmo com massa relativista infinita, ou seja, a equação mostra que massa infinita tem velocidade finita. A simples manipulação da equação leva a esses resultados diametralmente opostos, razão pela qual, creio que se pode colocar a equação original sob suspeita. Esta equação também mostra outras curiosidades: se a massa em repouso for nula, que é o caso dos fótons, independentemente do valor finito que possa ser atribuído a massa relativista, também nesse caso, v = c. Após isso, só me resta considerar as equações da Relatividade como não corretas e, portanto, não devem ser usadas. 9–8– 9–8-1– Avaliações para Futuras PROPOSTAS do Autor Algumas Considerações Desde que comecei a pensar mais seriamente sobre o Universo como um todo, como parte de minha eterna busca pela existência ou não de um Criador, começaram a me aparecer pontos de interrogação. Como Químico, me incomodava a explicação do efeito fotoelétrico, como também do efeito Compton. E muito mais ainda a generalização proposta por De Broglie, sacramentando a existência de matéria nas ondas eletromagnéticas e comprimentos de onda associados a qualquer tipo de massa em movimento, além, é claro, da possibilidade da existência de uma parte não material na nossa constituição (seria energia ou o que?). Comecei a pensar profundamente nas razões que levaram Einstein a propor sua explicação para o efeito fotoelétrico. As descobertas de Plank, que o antecederam e lhe deram subsídios para sua explicação, na verdade não mudaram praticamente nada. O fato das radiações eletromagnéticas não serem emitidas continuamente e sim em saltos, não leva a se pensar que ela seja “granular”, ou seja, que seja feita de matéria. 108 Em 1824 Clausius já tinha sugerido que o calor não era uma coisa inteira, contínua, mas era constituído por “unidades de calor” que ele chamou de “calórico”. Mas não sugeriu que ele tivesse massa, mas seria uma unidade de energia. Na época não havia a ligação com o conceito de probabilidade de estado, etc. Mas, se pensarmos com imparcialidade e isenção, o “quantum” nada mais é do que o “calórico” explicado com base mais científica, que não existia na época. Por essa razão, como químico, me causou estranheza que Einstein propusesse que “cada um fóton colide com um único elétron”, quando se sabe que sempre existiu luz e ela sempre foi acolhida por anteparos de qualquer natureza ou espécie. A colisão de “raios de luz”, hoje conhecidos como fótons, com matéria, sempre existiu e sempre foi de conhecimento do homem. A única diferença que ocorreu em relação a isso em todo esse tempo, foi imaginar que a energia não é contínua e sim quântica, em saltos ou pacotes energéticos, começando com Clausius e recebendo tratamento científico mais apurado por Plank, muito embora eu continuo curioso em que alguém consiga estabelecer um valor (uma linha divisória) entre o contínuo e o quântico, como explicado no capítulo 8, onde objetos andando a alguns metros por segundo são considerados contínuos, enquanto emissões de radiações sendo emitidas (ou sendo recebidas) sextilhões de vezes por segundo são rigorosamente descontínuos. Entretanto, daí a considerar que esse “pedaço de Energia” passe a ter “matéria” é uma distância que me assusta. A Proposta de “energia granular” foi feita por Einstein, que ainda a quantificou ao estabelecer sua famosa equação: E = m x c2. Dessa forma, como cada “pedaço de Energia” teve seu valor energético quantificado por Plank, logo a seguir passou a ter associado a si também valor de massa. Creio que essa necessidade que Einstein teve de propor valor material para as ondas era para justificar “colisões” delas com elétrons, já sabidamente possuidores de massa, embora em quantidade tão pequena e desenvolvendo velocidades tão absurdamente altas em espaço disponível mínimo, que lhe foi atribuído se comportar como “ondas” já que era impossível localizar um elétron sozinho, tendo-se que determinar a região do espaço onde existe “maior probabilidade de que ele seja encontrado”, que tomou o nome de “orbital”, que significa a região energética do espaço onde é mais provável encontra-lo. Daí a quantificar “massa em ondas” e dar caráter ondulatório a massas em movimento, vai uma distância que não creio que possa ser interligada, razão pela qual, discordo completamente dela. 9 – 8 - 2 – O Porque da Escolha Um outro ponto que muito me intrigou ao longo desse estudo, foi tentar descobrir alguma razão lógica para que um gênio do porte de Einstein escolhesse como limite de velocidade de qualquer coisa, a velocidade da luz “que vemos”. 109 Para o cidadão comum, especialmente os religiosos, que se consideram uma imagem e semelhança de um possível Criador de tudo, perfeito e divino, oni-tudo, logo ele também o é, até faz sentido. Até aí nada de mais, pois estamos falando de pessoas comuns, mas quando se chega ao nível de um Einstein, Newton, Plank, Bohr e outros tantos, grandes interpretadores de eventos, com capacidade de elaborar soluções de alta complexidade, acho que devemos ter cautela ao avaliar o que eles fizeram, disseram, pensaram ou equacionaram, e nos legaram esse acervo. Por essa razão, fiquei um tanto chocado ao rever, agora maduro e com a sensatez que a idade nos traz, o problema do efeito fotoelétrico, com a assertiva de Einstein (cada fóton colide com um único elétron), deixando transparecer que ele já tinha em sua mente essa necessidade para justificar uma possível inter conversão entre onda eletromagnética e partícula material. Da mesma maneira, passei a buscar algum motivo lógico que ele teria para considerar a velocidade da luz como limite imaginável para rapidez de deslocamento pelo ser humano, pois até então, não tinha me questionado ainda sobre essas razões. Esse conceito fica bem claro quando ele propôs uma equação que calculava o valor da massa em movimento, conhecida como “massa relativista”, já devidamente analisada no capítulo anterior. Entretanto, uma coisa me incomoda nisso tudo: Einstein não era ateu; ele era judeu, logo, religioso. Em algumas frases dele, célebres como não poderiam deixar de ser, não fosse ele o gênio que era, deixa transparecer que acreditava na existência de Deus, logo, também deveria crer na existência da alma (ou espírito, ou espectro, ou qualquer outro nome que queiram dar). Conhecedor como era, do Universo imenso, com as distância medidas em anos-luz e até em unidades maiores ainda, como ele poderia considerar a velocidade da luz como o maior valor de rapidez de deslocamento possível? Sabendo que, na velocidade da luz, o “tempo” gasto para ir da Terra ao centro de “nossa mísera e minúscula galáxia” era de vinte e seis mil anos. Por isso eu me questiono sobre ele: “onde ele acreditava que fosse o céu? Por todas essas razões me dispus a fazer algumas propostas, por mais absurdas que o leitor possa achar delas, o que será feito a seguir. Antes, nesse capítulo, vamos fazer um estudo minucioso de alguns pontos que considero importantes e sobre os quais já vou fazer algumas PROPOSTAS que poderão afetar os leitores. 9–8-3– A Questão dos Referenciais Ao escrever o capítulo 7, Aplicações Numéricas da Relatividade, quando passo a testar a equação de Einstein no tocante a interconversão onda x matéria, onde chamei ambos de “valores equivalentes” no qual coloquei até um gráfico, basicamente tirado do ábaco encontrado em inúmeros trabalhos disponíveis, onde coloco como abcissas os comprimentos de onda em grande intervalo de valores e nas ordenadas, coloquei uma relação que calculei pela equação relativista de Einstein, a qual nos diz quantos fótons de determinado comprimento de onda 110 são necessários para equivaler a massa de um elétron. Claro que isso é baseado na equivalência determinada por Einstein na sua equação: E = m x c2. Uma coisa que fica claro na avaliação do ábaco, é que em toda a amplitude imaginável de frequências (ou de comprimentos de onda), essas duas características são intercambiadas a partir do mesmo fator de conversão: a velocidade da luz no vácuo (c). No estudo de ondas, o produto da frequência pelo comprimento de onda é igual a VELOCIDADE da onda. Na faixa de comprimentos de onda visíveis pelo ser humano, que varia de 360 a 780 nm (nano = 10-9m), essa velocidade é determinada como sendo de trezentos mil quilômetros por “segundo”, quer dizer, enquanto a Terra caminha 464 m em movimento de rotação. Não sei definir a amplitude de validade dessa relação, ou seja, se a correspondência entre frequência e comprimento de onda da luz na faixa visível, vale para quaisquer outros comprimentos de onda, desde os muito grandes, como as ondas de rádio até os raios gama de altíssimo conteúdo energético. As ondas sonoras, por exemplo, que têm sua velocidade definida como 344 m por segundo, constam do ábaco com a correspondência feita através do mesmo parâmetro que nos demais casos. Entretanto creio que os cientistas experimentais deveriam procurar avaliar com cautela a amplitude de validade dessa relação, pois pode-se estar cometendo graves equívocos nos cálculos. Fica a sugestão. A mudança de parâmetros a que me refiro, não chega a ser uma proposta direta, mas um indicativo de uma futura homogeneização de valores. Até hoje a referência de TEMPO é o segundo, que na verdade significa a rotação da Terra no valor de 464 metros, ou seja, enquanto um fóton visível caminha 300.000.000 m, nosso habitat gira 464 m em torno de seu eixo. Esta é uma referência pelo menos esdrúxula, já que 464 m não é unidade de nada. Por essa razão, me parece ter algum sentido para atender o SI, que seria a velocidade da luz em metros, referente a cada metro rodado pela Terra. Assim: 300.000.000 m / 464 m = 646.552 m por m de rotação da terra. Isto para os fótons enquadrados na faixa do visível pelo homem. Uma alternativa seria usar a translação em lugar da rotação, mas isso é a mesma coisa. Creio que no sistema solar, apesar de sua insignificância em relação ao todo, o padrão deveria ser o Sol, que pelo menos é o nosso astro. Para uma visão panorâmica de como poderia ser essa MUDANÇA DE PARÂMETROS, a seguir vamos apresentar um quadro com os valores correspondentes a QUANTOS METROS UM FÓTON DE LUZ CAMINHA ENQUANTO O SOL E OS PLANETAS SE DESLOCAM APENAS 1 METRO ROTACIONAL OU TRANSLACIONALMENTE. 111 Planeta Distância Tempo Velocidade Velocidade média ao Fóton no Rotação Translação m/s m/s Sol (km) Percurso 7 s X 10 SOL Deslocamento Deslocamento da LUZ (m) da LUZ (m) por por metro Ro- metro Translatacional cional 0 1 2.000 220.000 150.000 1364 Mercúrio 5,8 1 3,025 47.870 99.173 6.267 Venus 10,8 1 0,9055 35.020 331.308.670 8.566 Terra 15,0 1 464 29.780 646.550 10.074 Marte 22,8 1 241 24.080 1.244.813 12.458 Júpiter 77,8 1 12.560 13.070 23.885 22.953 Saturno 142,9 1 10.260 9.640 29.240 31.120 Urano 287,1 1 3.650 6.810 82.192 44.053 Netuno 450,4 1 2.680 5.480 111.940 54.744 Plutão 591,3 1 13 4.670 23.076.923 64.240 QUANTIDADE DE DESLOCAMENTO DA LUZ PARA CADA UM METRO DE DESLOCAMENTO ROTACIONAL E TRANSLACIONAL DE CADA CORPO CELESTE DO SISTEMA SOLAR 150000 99170000 3,31E+08 1365 1 SOL 6267 6 MERC 8566 11 VENUS 646550 1244813 23885 29240 10074 15 TERRA 12458 23 MARTE 22953 78 JÚPITER 31120 143 SATUR 82192 111940 2,3E+07 44053 54744 64240 287 450 590 URANO NETUNO PLUTÃO 1E+09 100000000 10000000 1000000 100000 10000 1000 0,001 SOL 0,01 M 0,1 V T M J 1 S S U N P 112 O gráfico mostra a quantidade de deslocamento da LUZ após o Sol e todos os planetas do Sistema Solar, terem se deslocado ROTACIONALMENTE (verde) E TRANSLACIONALMENTE (preto) em exatamente 1 m (um metro). Durante essa avaliação me ocorreu fazer uma comparação com os gráficos do capítulo 3 e encontrei algo pelo menos bastante curioso. Nos gráficos citados o interesse do autor era quantificar o atraso sideral, ou seja, descobrir o quanto vivemos “a reboque” de nossa própria rotação e translação. Como no item anterior foi mostrado um gráfico indicando outros parâmetros cujos valores podem ser tomados como referencial para o Universo, em lugar de determinada quantidade de rotação de nossa própria moradia, juntei novamente os gráficos em um só e o apresento a seguir para avaliação dos possíveis leitores. ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO 220000 2000 150000 47870 3,1 9,9E+07 1365 1 SOL 6267 6 M 35000 30000 24100 0,9 464 241 3,3E+08 646550 1244813 8566 11 V 10074 15 T 12458 23 M 13100 12560 23885 9650 10260 29240 6810 3650 82192 5500 2680 111940 4670 13 2,3E+07 22953 78 J 31120 143 S 44053 287 U 54744 450 N 64240 590 P 500000000 50000000 5000000 500000 50000 5000 500 50 5 0,5 0,0005 0,005 0,05 0,5 Milhares SOL M V T M J S U N P Desloc TRANSLACIONAL após 1 s vermelho marcador quadrado vermelho Desloc ROTACIONAL após 1 s - Verde Oliva marcador redondo Oliva Desloc APÓS 1 METRO ROTACIONAL - Verde marcador Verde Losango Desloc APÓS 1 METRO TRANSLACIONAL- Preto - marcador preto Triangular 113 O gráfico mostra como variam as posições dos Planetas do Sistema Solar durante o “tempo” de 1 s (um segundo, que corresponde a 464 metros de rotação e trinta quilômetros translacionais da Terra) em comparação a variação das posições dos mesmos planetas durante o “tempo” que cada um deles se desloca de 1 m (UM METRO) rotacional e translacionalmente. Não sei se existirá algum interesse na troca de referenciais, já que essa troca por algum parâmetro já enraizado nos nossos neurônios, sempre traz certo mal estar inicial. Mas como o homem é um animal de hábito, certamente se for vantajoso, acabará se acostumando com o novo referencial. De qualquer maneira, na opinião do autor, o referencial mais lógico para o sistema solar seria o SOL, que apesar de sua quinta grandeza, é o nosso astro central, em torno do qual vivemos girando e dependendo de seu abastecimento de energia. 9–8-4– A Questão das Ondas Eletromagnéticas 9 – 8 - 4 - a - Considerações sobre as Características das Ondas Eletromagnéticas Na literatura encontramos assertivas que chegam a nos assustar. Uma delas é a que diz textualmente que: “a amplitude de uma onda NÃO depende da frequência, nem do comprimento de onda nem de sua velocidade; SÓ depende da quantidade de Energia transportada pela onda”. Não sei como as várias fontes consultadas podem afirmar uma coisa destas. As mesmas fontes confirmam que a frequência, o comprimento da onda e sua velocidade DEPENDEM da energia. Como algo pode depender de um fator (no caso, a energia) e não depender de outros fatores que são intimamente dependentes dela? O bom senso indica que deve haver, pelo menos, uma interligação entre eles. Creio que os estudiosos do assunto devem dar mais atenção a este parâmetro que parece ser de fundamental importância já que, “é a amplitude da onda que perturba o caminho por onde passa”. Como quanto maior for a perturbação maior a contribuição para o caos (entropia) do Universo, concluí que um campo oscilante, que gera as ondas eletromagnéticas, NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude. Eles são obrigados a produzir sempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL, pois é a forma de atender ao Segundo Princípio da Termodinâmica. Dessa forma, vamos fazer um pequeno resumo dos principais conceitos encontrados na literatura do ramo para, em seguida, tentar encontrar alguma relação contendo o parâmetro Amplitude da onda, e avaliar se ela é viável. A energia eletromagnética é transportada através das chamadas ondas eletromagnéticas. Ela é obtida a partir de cargas elétricas oscilantes e são constituídas por dois campos ortogonais entre si (campo elétrico e campo magnético), já que segundo Maxwell a variação de 114 um campo elétrico gera um campo magnético e vice verso. Esses campos ortogonais evoluem no espaço na direção ortogonal a ambos (regra dos três dedos) transportando energia. A característica mais importante das ondas eletromagnéticas é que sempre são descritas por funções sinusoidais, ou seja, seus padrões se repetem no espaço e no tempo. 9 – 8 - 4 - b - Principais Características das Ondas Eletromagnéticas A seguir vão ser apresentadas e definidas as principais características das ondas eletromagnéticas: - comprimento de onda é o padrão sinusoidal que se repete no espaço durante a propagação da onda; - período é o tempo que a fonte gasta para produzir uma onda completa ou o tempo gasto para que cada comprimento de onda se desloque no valor de seu próprio comprimento; - frequência, que é o inverso do período, representa o número de ciclos de cada onda no espaço durante uma unidade de tempo, no nosso caso, de 1 segundo; - amplitude é a medida da intensidade dos campos elétrico e magnético, sendo que essa intensidade não depende somente da amplitude, mas também da frequência da onda, logo, quanto maior for amplitude maior será a energia da onda, ocorrendo o mesmo com a frequência: quanto maior ela for, maior a energia da onda; - velocidade da onda é a rapidez com que ela se desloca no espaço na unidade de tempo, sendo que as ondas eletromagnéticas na faixa visível se deslocam no vácuo a 300.000 Km/s (trezentos mil Km por segundo), calculada pela expressão: c = 1/(µ0.ɛ0)1/2. - a velocidade de uma onda é obtida pelo produto do seu comprimento de onda pela sua frequência (que é o número de vezes que esse comprimento de onda se repete na unidade de tempo), logo : v = ʋ.ʎ; 9-8–4- c- Os Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas Agora vamos apresentar um resumo das principais fenômenos causados pelas ondas eletromagnéticas e suas consequências: Absorção Refração Reflexão Transmissão Espalhamento 115 Estes fenômenos foram analisados com detalhes no item 5 desse capítulo, de modo que não considero necessário repetir aqui suas definições nem suas consequências, mas apenas aplica-las onde couber, no desenvolvimento do restante do capítulo. 9 – 8 - 4 - d - As Velocidades Média e Máxima das Ondas Eletromagnéticas Em todos os estudos sobre as ondas eletromagnéticas consultados, sempre encontrei que o valor da velocidade da luz no vácuo é de trezentos mil quilômetros por segundo, ou seja, durante o período em que a Terra gira 464 metros em torno de seu eixo. Entretanto, o valor atribuído a velocidade da luz, medido e comprovado experimentalmente, nunca foi questionado sob nenhum ponto de vista. Inclusive esse valor foi adotado por Einstein em sua teoria da Relatividade como sendo o limite possível para o deslocamento de qualquer coisa imaginável pelo homem. Embora no presente trabalho procurei apresentar bastante evidências dos equívocos que são as equações relativistas, que considero que devem ser abandonadas por não corresponderem a realidade, mas existe um fato ainda mais grave, pelo menos na minha opinião. Como já foi visto, a luz (todas as ondas eletromagnéticas) são obtidas através de um sistema pulsante, ou seja, através de um campo oscilante. Sendo a onda um padrão sinusoidal que se repete no espaço e no tempo durante a sua propagação, apresenta algumas características próprias, específicas delas. Acima vimos o significado das principais características de uma onda, tais como: - período; - frequência; - comprimento de onda; camento. - amplitude; - velocidade de deslo- Dessa forma, como os parâmetros são interligados nas formas apresentadas no capítulo 5 que são: (v = ʋ x ʎ ; ʋ = 1/T; c = ʋ x ʎ; E = h . ʋ; E = h. c /ʎ ). A energia total de uma onda é dada pela soma de sua energia cinética com sua energia potencial (E = Ec + Ep), sendo que a Energia Potencial da onda pode ser calculada em função da Amplitude, e é dada por: E = ½ . k. A2 e daí: A = (2.E/k)1/2 Como foi definido anteriormente, “é a amplitude da onda que perturba o caminho por onde passa”. Por isso, tendo em vista os Princípios da Termodinâmica, o campo oscilante, que gera as ondas eletromagnéticas NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude. Eles são obrigados a produzir sempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL, pois é a forma de atender ao segundo Princípio da Termodinâmica, ou seja, contribuir o máximo possível para o aumento da Entropia do Universo. 116 Com os dados mostrados até aqui, pode-se fazer uma proposta bastante razoável, levando em conta, é claro, o respeito ao Segundo Princípio da Termodinâmica. Para tal, a onda eletromagnética tem SEMPRE que ter a maior amplitude possível, para perturbar o máximo possível o trajeto por onde passa. Para tal, precisamos estabelecer relações da Energia da onda com sua frequência, seu comprimento, seu período, mas também com sua Amplitude. A representação típica de uma onda eletromagnética é dado a seguir, pelo exemplo obtido em trabalho na Wikipédia, através do Google, via Internet. O gráfico é: Representação esquemática da oscilação dos campos elétrico e magnético de uma onda eletromagnética . A avaliação do gráfico nos permite tirar mais conclusões discordantes do conhecimento oficial, inclusive do Dr Einstein. É sabido que a fonte gasta “um período” para produzir um “comprimento de onda” inteiro. Também é sabido que as ondas eletromagnéticas são de transmissão SINUSOIDAL, ou seja, se repetem no espaço e no tempo sincronizadamente, ou seja, repetitivamente até atingir determinado valor. Dessa forma, cada onda ao se propagar oscilatoriamente , a passagem de um comprimento de onda entre dois pontos sucessivos, obrigatoriamente passa por um pico, com a Amplitude atingindo seu valor máximo, logo, sua energia potencial (E = 1/2 x k A2) é máxima, mas onde a onda muda sua direção e, em consequência, seu momento e sua energia cinética se anulam, logo, atinge velocidade zero (v = 0). A partir daí acelera e ao cruzar com o eixo de transmissão, onde a cota é zero, atinge sua velocidade máxima, logo, sua energia é toda Energia Cinética, e seu valor é o mesmo da Energia Potencial no pico. Isso se repete duas vezes a cada período, ou seja, a cada passagem de um comprimento da onda por determinado ponto. Assim, em cada ciclo (período) da onda, seu comprimento passa por dois picos com energia potencial e amplitude máximos e velocidade zero e duas vezes cruza com o eixo da direção da propagação, onde a energia potencial se anula e velocidade de transmissão da onda é máxima. Como cada comprimento de onda se propaga passando, em cada ciclo, por dois pontos de velocidade nula e dois pontos de velocidade máxima, pode-se afirmar que a velocidade de propagação da onda é de: v + 0 + v + 0 = Velocidade Real de Transmissão. Como a velocidade de propagação da luz tem valor medido e confirmado pela ciência como trezentos mil quilômetros por segundo, e sabendo-se que essa é a velocidade MÉDIA obtida após cada ciclo, então apesar de não se ter meios de determinar diretamente a energia cinética da onda, devido a mesma não possuir massa, mas sabe-se seu valor através da energia potencial nos picos, pode-se determinar a velocidade da onda nos cruzamentos com o eixo da propagação: (v+0+v+0) /4 = 300.000 Km/s 117 2 x v = 4 x 300.000 Km/s v máx = 600.000 Km/s Assim, pode-se garantir que a velocidade de transmissão das ondas eletromagnéticas (pelo menos as visíveis) é de 300.000 Km/s, medida e comprovada pela ciência através de diferentes medidas e autores. Entretanto, por ser sinusoidal e essa velocidade ser a média de sua velocidade máxima e zero, o valor atingido pela velocidade da onda nos cruzamentos com o eixo de propagação, é de 600.000 Km/s. Este resultado contraria mais uma assertiva do Dr Einstein, de que NADA pode se deslocar mais rápido que a velocidade de propagação da luz (c), cujo valor comprovado é de 300.000 Km/s. 9 – 8 – 4 - e - Necessidade da Inclusão da Amplitude nas Ondas Eletromagnéticas Nesse ponto acredito ser necessário procurar estabelecer novas relações entre os parâmetros que amarram uma onda eletromagnética. As expressões existentes e que foram apresentadas no capítulo 5, só para relembrar, são as que seguem: (v = ʋ x ʎ ; ʋ = 1/T; c = ʋ x ʎ; E = h . ʋ; E = h. c /ʎ ). Apesar da clareza e importância do Segundo Princípio da Termodinâmica, usualmente não há referência a determinação da Amplitude da onda, que afinal é quem garante o cumprimento dele. A energia potencial nos picos, onde a velocidade de transmissão da luz é zero, é máxima, logo, corresponde a Amplitude Máxima da Onda. E = ½ . k. A2 de onde se obtém: A = (2.E/k)1/2 A partir dai, pode-se estabelecer novas relações entre os parâmetros, agora incluindo a Amplitude da onda, sem usar as equivocadas relações relativistas. E = h . ʋ = ½ . k. A2 A = (2.h.ʋ/k)1/2 ou A = (2.h /k)1/2 x ʋ1/2 Pode-se perceber que no cálculo lançamos mão do valor TOTAL da Energia, ou seja, vinculamos ½ . k. A2 não a um Período onde ocorrem dois picos (e dois cruzamentos com o eixo de transmissão) e sim a Energia Total da onda h.ʋ durante 1 segundo. Por essa razão, o valor que esta equação nos fornece é a soma de todos os picos ocorridos durante os 300.000 Km caminhados pela onda, que pode ser chamada de Amplitude Total. Na verdade, esse valor não tem nenhum interesse prático, pois o que queremos é o valor do pico individual, sabendose que ele ocorre duas vezes em cada período, logo, 2 vezes ʋ por segundo. A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2 e como foi visto, dividindo por 2x ʋ vamos obter o valor do Pico Individual da Amplitude da Onda. Assim: A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2 / 2. ʋ vem: A = (2.h / k)1/2 /2. ʋ1/2 m 118 A expressão acima permite calcular o valor da Amplitude da onda diretamente em função da Frequência, como também da Energia, assim como do seu comprimento de onda. E, como h e k são constantes universais, e relação pode ser escrita na forma: A = [( 2 x 6,626 x 10-34 ) / 1,38065 x 10-23 ]1/2 /2 x ʋ1/2 A = (9,6 x 10-11)1/2 /2 x ʋ1/2 A = (96 x 10-12)1/2 /2x ʋ1/2 ou A = (9,8 x 10-6 ) /2 x ʋ1/2 ou na forma: A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 m Esta é a forma de se calcular a Amplitude de uma onda, ou seja, seu pico que se repete duas vezes por período. Entretanto, pelas relações da teoria ondulatória, também se pode calcular a Amplitude através do comprimento de onda (ʎ ) ou da energia (E= h. ʋ). Pela Energia é só usar a equação original: E = h . ʋ = ½ . k. A2 como soma de todos os picos de amplitude durante 1segundo ou então, E = h . T = ½ . k. A2 para um comprimento de onda, onde T é o período gasto pela fonte para produzi-lo, e vale T = 1/ ʋ. Já para calcular por ʎ, basta substituir ʋ pela relação: A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10 A = (4,9 x 10-6 ) / (c/ ʎ )1/2 dai A / ʎ1/2 = (4,9 x10-6 ) / (3x108)1/2 c = ʋ x ʎ A/ʎ1/2 = (4,9 x 10-6 ) / 1,732 x104 ou na forma: A = 2,83 x 10-10 x ʎ1/2 m Como já foi dito no trabalho, as relações obtidas, o foram com a utilização da relação clássica c = ʋ x ʎ. Claro que essa relação é indiscutível, pois a repetição de um número ʋ de vezes de um comprimento de onda ʎ durante um segundo atinge a distância total de c Km, esta é sua velocidade. Entretanto, o questionamento que faço não é em relação a equação em si, mas sim a validade de sua amplitude. No ábaco encontrado em inúmeros trabalhos do ramo (o mesmo é apresentado um pouco mais a frente), as retas em contra corrente, correspondentes a ʋ e a ʎ, não apresentam limites de validade, seguindo indefinidamente em ambas as direções. No próprio ábaco, é feita a divisória com os limites de qual o tipo de radiação se encontra em determinada faixa, inclusive mostra que ʋ abaixo de certo valor, correspondente ao ʎ acima de certo valor, correspondem a energia sonora, fazendo a interconversão ʋ x ʎ pelo mesmo valor c. Mas, a velocidade do som não é c e sim 344 m/s, como encontrado em outros trabalhos, como mostrado mais a frente. A luz visível que se encontra na faixa 360 a 780 nm, tem a citada relação com validade indiscutível, pois seu valor é determinado experimentalmente pela ciência. Meu questiona119 mento, apoiado no fato dos grandes comprimentos de onda (baixas frequências) apresentarem características diferentes e não se subordinarem a dita relação, então me cabe procurar saber se para baixíssimos comprimentos de onda, logo, altíssimas frequências, como raios X e raios gama, se a relação continua valendo. A seguir é apresentada uma Tabela com os valores de a ʋ e ʎ correlacionados pela clássica relação em função de c, juntamente com suas correspondentes Amplitudes. COMPRIMENTO DE ONDA ʎ em m 3 x 1010 3 x 109 3 x 108 3 x 107 3 x 106 3 x 105 3 x 104 3 x 103 2 3 x 10 1 3 x 10 0 3 x 10 -1 3 x 10 -2 3 x 10 -3 3 x 10 -4 3 x 10 -5 3 x 10 -6 3 x 10 -7 3 x 10 -8 3 x10 -9 3 x 10 -10 3 x 10 -11 3 x 10 -12 3 x 10 -13 3 x 10 -14 3 x 10 -15 3 x 10 -16 3 x 10 -17 3 x 10 -18 3 x 10 -19 3 x 10 -20 3 x 10 -21 3 x 10 -22 3 x 10 -23 3 x 10 -24 3 x 10 FREQUÊNCIA ʋ em Hz 10-2 10-1 100 101 102 103 104 5 10 6 10 7 10 8 10 9 10 10 10 11 10 12 10 13 10 14 10 15 10 16 10 17 10 18 10 19 10 20 10 21 10 22 10 23 10 24 10 25 10 26 10 27 10 28 10 29 10 30 10 31 10 32 10 AMPLITUDE em m 4,9x10-5 1,5484 x10-5 4,9 x10-6 1,5484 x 10-6 4,9 x 10-7 1,5484 x 10-7 4,9 x 10-8 -8 1,5484 x 10 -9 4,9 x 10 -9 1,5484 x 10 -10 4,9 x 10 -10 1,5484 x 10 -11 4,9 x 10 -11 1,5484 x 10 -12 4,9 x 10 -12 1,5484 x 10 -13 4,9 x 10 -13 1,5484 x 10 -14 4,9 x 10 -14 1,5484 x 10 -15 4,9 x 10 -15 1,5484 x 10 -16 4,9 x 10 -16 1,5484 x 10 -17 4,9 x 10 -17 1,5484 x 10 -18 4,9 x 10 -18 1,5484 x 10 -19 4,9 x 10 -19 1,5484 x 10 -20 4,9 x 10 -20 1,5484 x 10 -21 4,9 x 10 -21 1,5484 x 10 -22 4,9 x 10 No quadro, usou-se sempre os valores de ʎ tais que, dividindo c por ele, desse valores de ʋ múltiplos simples de 10 para facilitar o gráfico. 120 Esse item mostra uma coisa interessante que é: “quanto menor for o comprimento de onda e, consequentemente maior a frequência, MENOR será a Amplitude”. Entretanto, existe um cruzamento de valores, tanto entre as curvas “comprimento de onda versus frequência”, quanto nas curvas “comprimento de onda versus Amplitude” como mostrado no gráfico abaixo. Também existe um cruzamento, não visível no quadro, que se dá entre Amplitude versus Frequência. 1E+32 1E+30 1E+28 1E+26 1E+24 1E+22 1E+20 1E+18 1E+16 1E+14 1E+12 1E+10 100000000 1000000 10000 100 1 0,01 0,0001 1E-06 1E-08 1E-10 1E-12 1E-14 1E-16 1E-18 1E-20 1E-22 1E-24 0,001 1 1000 1000000 1E+09 1E+12 1E+15 1E+18 1E+21 1E+24 1E+27 1E+30 1E+33 No gráfico percebe-se claramente os dois cruzamentos, embora preferi determinar esses dois pontos com precisão, e recorri ao método analítico. 9–8-4– f- Determinação Analítica dos Valores dos Cruzamentos ■- o primeiro cruzamento avaliado é o dos valores de Comprimento de Onda e Frequência, que se cruzam onde c = ʋ x ʎ e dai vem que: c = ʋ2 = ʎ2 ʋ = ʎ = c1/2 ʋ = ʎ = 1,732 x 104 Nesse ponto o valor da Amplitude é: A = (4,9 x 10-6) / (1,732 x 104)1/2 (Hz e m) Amplitude: A = (4,9 x 10-6) /ʋ1/2 A = (4,9 x 10-6) / (1,32 x 102) A = 3,72 x 10-8m ■- o segundo cruzamento avaliado é o dos valores do Comprimento de Onda com os da Amplitude, que se cruzam onde: A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10 e como A=ʎ 121 A2 = (2,83 x 10-10)2 x A A = 8,01 x 10-20 m e o valor da frequência é: ʎ = 8,01 x 10-20 m e ʋ = (3 x 108) /(8,01 x10-20) ʋ=c/ʎ ʋ = 3,745 x 1027 Hz ■- o terceiro cruzamento nem é visível no gráfico, mas da para perceber que haverá um cruzamento da Amplitude com a Frequência, que pode ser calculado analiticamente por: A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 ) fazendo A = ʋ ou A2 x ʋ = (4,9 x 10-6 )2 A3 = 24,01 x 10-12 A = 2,885 x 10-4 A = ʋ = 2,885 x 10-4 (m Hz) Neste ponto, o valor do comprimento de onda é: ʎ = (3 x 108) / 2,885 x 10-4 ʎ=c/ʋ ʎ = 1,04 x 1012m Assim, os pontos de cruzamento nas curvas são: 1- ʎ = 1,732 x 104 m ʋ = 1,732 x 104 Hz A = 3,72 x 10-8m 2- ʎ = 8,01 x 10-20 m ʋ = 3,745 x 1027 Hz A = 8,01 x 10-20 m 3- ʎ = 1,04 x 1012 m ʋ = 2,885 x 10-4 Hz A = 2,885 x 10-4 m 9–8-4– g- Análise dos Valores dos Cruzamentos Os valores determinados nos pontos de cruzamento das curvas, apresentados acima, servem para observarmos algumas curiosidades, que podem nos ajudar a entender melhor como as relações entre os parâmetros caracterizam e quantificam as ondas. As curvas e seus cruzamentos são bastante claros. Entretanto, alguns dos valores dos cruzamentos são bastante complicados de se aceitar. 122 ▲ A primeira intercessão avaliada, foi entre Comprimento de Onda e Frequência. O cruzamento é visível no gráfico, em posição aparentemente tranquila, mas os resultados obtidos causaram enorme impacto depois de avaliados. Os valores encontrados foram: 1- ʎ = 1,732 x 104 m ʋ = 1,732 x 104 Hz A = 3,72 x 10-8 m Me é difícil aceitar (ou entender) a produção de uma onda de ʎ = 1,732 x 104 m ( 17.320 m), e que se repete 17.320 vezes em cada segundo, ou seja, ʋ =1,732 x 104 Hz, e com uma Amplitude de A = 3,72 x 10-8 m, isto é, 37,2 nm. Embora tudo esteja matematicamente correto, inclusive com o valor da Amplitude bastante razoável para uma onda eletromagnética, a minha primeira impressão foi tratar-se de um terrível absurdo. Uma onda de 17 Km de comprimento, se repetindo 17 mil vezes em cada segundo, completando os 300.000 Km, e com uma Amplitude de apenas 3,72 x 10-8m. ▲ A segunda intercessão avaliada foi entre as curvas Comprimento de onda versus Amplitude. Esta se apresenta com resultado aparentemente coerente, com seus valores em: 2- ʎ = 8,01 x 10-20 m ʋ = 3,745 x 1027Hz A = 8,01 x 10-20 m Entretanto, uma avaliação mais profunda já começa a criar dificuldade em sua coerência ou veracidade, apesar de matematicamente correto. Pelos valores apresentados, fica difícil visualizar uma onda desse tipo, tendo em vista que são considerados Raios Gama as ondas eletromagnéticas que apresentem Frequências acima de 1020 Hz e Comprimentos de Onda abaixo de 10-12 m. Esse cruzamento, Comprimento de Onda versus Amplitude, mostra algo curioso e interessante. A partir desse ponto, a Amplitude é maior que o comprimento de onda, enquanto para valores inferiores, a Amplitude é sempre menor que o comprimento de onda. Isto parece significar que realmente os osciladores que geram as ondas, não podem variar comprimentos de Onda ou Amplitudes com a mesma Frequência, ou seja, é tudo amarrado. ▲ A terceira intercessão avaliada, o cruzamento da Frequência com a Amplitude, que nem é visto diretamente no gráfico pois ocorre antes da escala usada, mas foi determinado analiticamente como os demais: 3- ʎ = 1,04 x 1012 m ʋ = 2,885 x 10-4 Hz A = 2,885 x 10-4 m Da mesma forma que no caso anterior (cruzamento comprimento de onda versus amplitude), no cruzamento das curvas Amplitude versus Frequência, acontece uma inversão também interessante: a partir do cruzamento, o aumento de Frequência gera Amplitudes menores. Para valores anteriores ao cruzamento, embora não esteja visível no gráfico, as posições se invertem: para obter valores maiores de Amplitude é preciso usar Frequências cada vez menores. Como no cruzamento o valor da frequência já é de ʋ = 2,885 x 10-4 ou seja, 123 ʋ= 0,0002885 Hz, isto é, o oscilador tem que gastar 3.466 segundos por período, justificável já que o comprimento de onda é de ʎ = 1,04 x 1012 ou 1.040.000.000.000 m. Isto significa que o comprimento dessa onda produzida seria 3.466 vezes o percurso da luz (300.000 Km) durante 1 segundo. Apesar de tudo matematicamente e fisicamente correto, o autor considera os resultados como, se não um absurdo, pelo menos bastante estranhos e inesperados. Por essa razão, o autor relembra um ponto que já questionou antes e o responsabiliza por ser a causa de tamanhas incoerências. Na ocasião anterior, por ainda não ter motivos nem conhecimento para propor a rejeição de uma relação de amplo uso na ciência, agora penso ter munição para atirar contra ela. Trata-se do ábaco que transforma Comprimentos de Onda em Frequência e vice verso, do qual coloco a seguir uma cópia , que consta da maioria dos trabalhos consultados, e que critiquei a amplitude de sua validade, ou pelo menos, de sua utilização. O que disse antes, reitero agora, já com base na figura acima e nos conceitos já emitidos: As tabelas correlacionam Frequência e Comprimento de Onda, em Todo o intervalo imaginável através da expressão: c = ʋ x ʎ 124 Assim, para qualquer valor imaginável de frequência ou de comprimento de onda, seu produto tem que ser igual a velocidade da luz no vácuo. 9 – 8 - 4 - h - Os Cruzamentos de SOM Entretanto, agora ao observar os resultados absurdos obtidos, e procurando na bibliografia sobre ondas sonoras, encontrei trabalhos que na faixa sonora não usam a relação para o caso de ondas eletromagnéticas, ao mesmo tempo em que observei que no ábaco citado, essa relação é indefinida, e inclui valores correspondentes aos das ondas sonoras . O quadro a seguir, mostra claramente o respeito ao valor do produto da frequência pelo comprimento de onda, no valor da VELOCIDADE DO SOM, que é de 344 m/s. As colunas apresentam os valores da frequência e do comprimento de onda, satisfazendo a relação: Vs = ʋ x ʎ onde Vs é a Velocidade do Som, igual a 344 m/s. 10 ʎ (m) (vel. do som = 344 m/s) 34,4 500 ʎ (m) (vel. do som = 344 m/s) 0,688 20 17,2 750 0,458 30 11,46 1000 0,344 40 8,6 1500 0,229 50 6,88 2000 0,172 60 5,73 2500 0,137 70 4,91 5000 0,0688 90 3,82 7500 0,0458 100 3,44 10000 0,034 250 1,376 15000 0,0229 500 0,688 20000 0,0172 ʋ(Hz) ʋ(Hz) 9 – 8 - 4 - i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando Som O quadro mostrado acima, deixa evidente que a interconversão das ondas são feitas através do valor da velocidade do Som no ar, já que o mesmo não se propaga no vácuo. Nesse 125 caso, também é usada a relação clássica da teoria ondulatória: ʋ x ʎ = v. A diferença consiste apenas no valor da velocidade da onda, que nesse caso é de: v = 344m. A partir dai, pode-se tentar avaliar os resultados obtidos com a relação do ábaco clássico, fazendo a correção do valor do cruzamento das curvas ʋ x ʎ. Nesse caso, em lugar de ʋ x ʎ =c vamos repetir os cálculos, mas agora fazendo: ʋ x ʎ =344m ● No primeiro caso, cruzamento de Frequência e Comprimento de Onda com ʋ = ʎ vem: ʋ2 = ʎ2 = 344 ʋ = ʎ = (344)1/2 ʋ = ʎ = 18,55 (Hz m) Como o coeficiente de ʋ ou ʎ no cálculo do valor da Amplitude é obtido em função de constantes Universais (h e k), o valor para as ondas sonoras deve ser o mesmo. Assim: A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 A= (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 A = 4,9 x 10-6 / 4,31 A = 1,14 x 10-6 m Para uma avaliação do leitor, vamos colocar os dois resultados juntos: 1- ʎ = 1,732 x 104 m ʋ = 1,732 x 104 Hz A = 3,72 x 10-8 m 1- ʎ = 18,55 ʋ = 18,55 A = 1,14 x 10-6 m ● No segundo caso, cruzamento de Amplitude e Comprimento de Onda com A = ʎ vem: m A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10 2- e como ʎ = 8,01 x 10-20 m A=ʎ Hz A = 2,83 x 10-10 x A1/2 ʋ = 3,745 x 1027Hz A = 8,01 x 10-20 m Neste caso, na minha opinião, os resultados não apresentam nenhuma anormalidade, pois são absolutamente coerentes com os raios Gama. Portanto, não tem sentido mudar para valores em relação ao som. Poderia haver mais precisão no caso da inter relação dos valores do ábaco citado não ser mais válida para os números apresentados, mas a correção possível, seria em direção oposta. ● No terceiro caso, cruzamento de Amplitude e Frequência com A = ʋ vem: A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 fazendo A = ʋ A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 ) ou A2 x ʋ = (4,9 x 10-6 )2 126 A3 = 24,01 x 10-12 A = 2,885 x 10-4 A = ʋ = 2,885 x 10-4(m Hz) Neste ponto, o valor do comprimento de onda é: ʎ = (344) / 2,885 x 10-4 ʎ=c/ʋ ʎ = 119,24 x104m Para a avaliação do leitor, novamente vamos colocar os dois resultados juntos: 3- ʎ = 1,04 x 1012 ʋ = 2,885 x 10-4 A = 2,885 x 10-4 3- ʎ = 119,24 x 104 ʋ = 2,885 x 10-4 A = 2,885 x 10-4 Pelos resultados apresentados com a utilização da relação ʋ x ʎ = c, foi observado que houve casos de resultados estranhos, principalmente em se tratando de frequências baixas e/ou comprimentos de onda muito altos. No tocante a valores de altas frequências e baixíssimos comprimentos de onda, os resultados foram mais compatíveis. Quando os cálculos foram refeitos usando a correlação através da velocidade do Som e não da Luz, os resultados ficaram mais palatáveis. Por essa razão, encerro este item sugerindo estudos experimentais no sentido de avaliar a validade do ábaco apresentado, como também traçar as divisórias correspondentes, especialmente no tocante a Som, além do que, Proponho a inclusão das relações da Amplitude no conjunto de relações da teoria ondulatória. 9 - 8 - 5 - Novo Modelo de Átomo: Cálculo dos Níveis Quânticos. 9 – 8 – 5 - a – Considerações Gerais Depois de tudo que foi visto, das interpretações equivocadas dos efeitos fotoelétrico e Compton, assim como a generalização de De Broglie, concedendo caráter ondulatório à matéria em movimento e valor finito de massa a ondas eletromagnéticas, é necessário uma pausa para meditação. Depois de se ver que o potencial de corte é muito mais baixo que a primeira energia de ionização do metal, e de ter observado uma significativa diferença entre os valores do nível da Energia de Fermi para o Potencial de Ionização e de forma alternada, ou seja, ora para mais 127 ora para menos, fica claro que alguma coisa tomou um rumo que tende a ir afastando cada vez mais os valores encontrados dos valores reais. O átomo proposto por Rutherford era considerado como tendo um núcleo onde se encontra a massa quase total do átomo, e é circundado por elétrons em número suficiente para tornar o conjunto eletricamente neutro. O núcleo mede da ordem de 10-15 a 10-14 m (1 a 10 fentos) (1 fento = 10-15 m) enquanto o átomo completo mede da ordem de 10-10 m (1 Å ou 100 Picos). Este fato foi o que permitiu que Rutherford observasse que o átomo, proporcionalmente, tem mais espaço vazio que o universo. Entretanto, o átomo de Rutherford deixava sem resposta algumas questões, como por exemplo, que os trabalhos de Maxwell sobre eletromagnetismo previam que partículas carregadas em movimento deveriam emitir continuamente ondas eletromagnéticas, logo, os elétrons circulando em torno do núcleo teria que emitir radiação continuamente, logo, iam perdendo energia e cairiam sobre o núcleo. Mas isso não acontecia. 9 – 8 – 5 - b – O Átomo de Bohr Quem resolveu esse problema foi Bohr, que para satisfazer as questões levantadas, ele propôs três postulados que regeriam o modelo atômico definitivo: - O Primeiro diz que o elétron em movimento em uma órbita fechada, não absorve nem emite radiação. Neste postulado Bohr contraria frontalmente a teoria clássica por admitir que o elétron pode possuir aceleração sem irradiar energia, desde que permaneça na mesma órbita. - O Segundo estipula que cada órbita corresponde a um determinado nível energético, porém as órbitas não podem variar continuamente, e só são permitidas as órbitas nas quais o momento angular (mvr) seja um múltiplo inteiro de h/2., ou seja, as órbitas têm que satisfazer a relação: m.v.r = n. h/2. - O Terceiro determina que o elétron pode saltar de um nível energético para outro, mas toda vez que passar de um estado Estacionário para outro, o evento tem que ser acompanhado de absorção ou emissão de energia radiante, cujo valor energético é dado pela diferença de energia entre os dois estados estacionários envolvidos. A energia é absorvida ou liberada na forma de radiação eletromagnética e é calculada pela expressão: h. ʋ = E2 – E1 onde h é a constante de Plank ʋ é a frequência da onda eletromagnética (luz) E1 e E2 correspondem, respectivamente, às energias do elétron nos estados de energia inicial e final. Analisando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, concluímos que o estado de menor nível de energia corresponde a n = 1, chamado de estado fundamental. 128 O tratamento dado por Bohr obriga a que a Força Centrífuga m.v2 /r tem que ser contrabalançada pela força de Atração entre o Próton (núcleo) e o Elétron, que é dado pela Lei de Coulomb: Z.e2 /r2 , logo: m.v2 /r = Z.e2 /r2 Eliminando v obtemos a relação do raio de Bohr: Pela expressão do raio rn, descobre-se que o raio para a órbita no nível n = 1, chamado de raio de Bohr, é de r1 ≅ 0,52.10-10 m ou 0,52 Å, e que os raios para as demais órbitas podem ser generalizadas pela expressão: rn = n2 . r1. Quando o próprio Bohr e outros cientistas tentaram aplicar esse modelo a outros átomos com mais de um elétron, verificaram que este falhava totalmente. A conclusão é que deveria haver outros fatores a influenciarem átomos com mais de um elétron. De qualquer forma, esse modelo teve grande importância, pois introduziu a ideia de “quantização de energia” no estudo do átomo. 9 – 8 - 5 – c – O Átomo Ondulatório A solução para esse problema foi encontrada por um físico alemão, Erwin Schroedinger, que apoiado na teoria da relatividade, considerou o elétron girando em torno do núcleo como uma onda e adaptou da equação de Maxwell, uma equação para quantificar o movimento ondulatório do elétron. A distribuição de energia em um átomo, atualmente é estudada através da “função de onda de Schroedinger”, através do átomo de hidrogênio, ou seja, um único próton no núcleo e um único elétron ocupando sucessivamente os vários níveis energéticos e obtendo-se os valores correspondentes a cada nível quântico pela solução das equações. A equação proposta por Schroedinger, adaptada a partir da equação ondulatória de Maxwell, é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta; por isso, é extremamente complexa e só é passível de solução através de aproximações sucessivas, o que já indica alguma imprecisão nas determinações dos valores medidos. Através dos valores obtidos dessa maneira, é que está montada a tabela periódica com os valores de cada elemento químico. Como vai ser mostrado adiante, esses valores de energias de ionização e de raios, são altamente conflitantes. 9–8–5-d– Considerações para um Novo Modelo Nesse ponto, o autor parou para reflexões mais profundas a respeito desse fato, depois de ter dedicado bastante tempo ao estudo do “GRANDE ÁTOMO” que é o nosso Sistema Solar, com seu Núcleo Sol atraindo os elétrons planetários em seu redor. Como no sistema 129 solar, do qual o átomo é uma miniatura bastante semelhante, quando se consegue calcular a energia cinética translacional do planeta e a energia gravitacional sol-planeta, onde todos os dados são conhecidos e determinados com precisão pela ciência, de forma absolutamente independente, quem contrabalança a Energia de Atração Gravitacional que o SOL exerce sobre o respectivo planeta, é a Energia Cinética de Translação. Não se cogita da utilização da Energia Potencial para traze-lo do infinito à órbita do mesmo. Também se considerou que o valor obtido para a Energia de Atração Gravitacional é entre o Sol e o referido Planeta. Assim, a Energia se distribui entre os dois, pois segundo Newton, “dois corpos se atraem......”. Dessa forma, o autor considerou que a Energia com que o Sol puxa o Planeta é a METADE da Energia Gravitacional entre os dois, pois a energia cinética do planeta, calculada independentemente, apresenta SEMPRE como resultado a METADE do valor calculado para a energia de atração gravitacional. A energia cinética rotacional não foi incluída por ser desprezível em relação a translacional. Pode-se observar que: - en. translacional = ½.m.v2 - en. Rotacional = m.v2 /r Em relação a Terra, pode-se ver que: m é a massa da Terra que é igual nas duas expressões; mas as velocidades não. Enquanto a rotacional é de 464 m/s, a translacional é de 30.000 m/s. Além disso, na translacional o denominador é 2, enquanto na rotacional o denominador é maior que 12.000.000 m (raio da Terra). Pelas razões expostas, a consideração da energia rotacional é absolutamente insignificante, logo, não deve ser usada. Na minha opinião, este foi o erro de Bohr, ao considerar a igualdade entre duas expressões de valores completamente disparatados. Depois de muito questionamento comigo mesmo, acabei por considerar errada ou, pelo menos, incorreta, a equação ONDULATÓRIA de Schroedinger, uma vez que como o elétron tem massa real, mensurável (me = 9,1 x 10-31 Kg), não vejo nenhuma razão para que a determinação da distância de suas órbitas e do conteúdo energético de cada uma, ser determinado por uma EQUAÇÃO DE ONDA, que rege o comportamento ONDULATÓRIO. E ainda por cima, isto é feito com a utilização dos conceitos relativistas na adaptação da equação de Maxwell feita por Schroedinger, conceitos esses que já vimos não serem corretos. 9–8–5-e– Visão do Autor para um novo Modelo de Átomo O que o autor propõe é simples: usar o mesmo raciocínio de Isaac Newton na formulação da lei da gravidade: a Lua gira em torno da Terra e não se afasta porque está presa através de uma “corda invisível” chamada atração gravitacional! E é exatamente isso que ocorre com 130 todos os planetas do nosso sistema: eles são atraídos pela “energia de atração gravitacional” e equilibram essa energia através da “energia cinética translacional” Da mesma forma, por coerência, o autor considera que a atração coulombiana se dá entre DUAS cargas opostas, de modo que a Energia com que o núcleo prende o elétron é a METADE da Energia de Atração entre os dois corpos com cargas opostas, como também considera que a Energia Total do elétron ser a soma da Energia cinética com a Energia Potencial é totalmente equivocada. Esse valor nada mais é do que o Potencial de Ionização daquele elétron, esteja ele no nível energético que estiver. De forma semelhante o autor considera que seja válido raciocinar exatamente da mesma maneira para o caso dos átomos: os elétrons giram em torno do núcleo e não se afastam porque estão presos por uma força invisível chamada “atração elétrica”. Assim, pode-se afirmar que o que prende um elétron no átomo é a energia de atração elétrica dada pela equação: E = k . q1.q2 / d onde: E é a energia com que o núcleo positivo “puxa” o elétron; k é a constante de Coulomb q1 e q2 são as cargas do próton e do elétron; d é a distância que os separa, que na verdade é o “raio do átomo” ou seja, é o raio do orbital energético considerado. Assim sendo o autor, por similitude, propõe que seja abandonado o modelo Ondulatório de Schroedinger e volte a se estudar o átomo de forma semelhante àquela proposta por Bohr, só que através de equações simplíssimas. Considerando o núcleo do átomo como medindo 10-14 m, existem inúmeras regiões entre o núcleo e a periferia “máxima” do átomo que o elétron pode habitar, fazendo seus velocíssimos giros em torno do núcleo, formando o que se chama “nuvem eletrônica”, cuja região de habitação é chamada “orbital”. Assim, a partir dos dados: k – constante = 9 x 109 N .m2 / C2 q1 carga do próton = + 1,6022 x 10-19 C q2 carga do elétron = - 1,6022 x 10-19 C d distância do núcleo ao elétron = raio do átomo (do orbital considerado) = r O cálculo da equação E = k . q1.q2 / d fornece: 131 E = 9 x 109 N.m2/C2 x (+) 1,6022 x 10-19 C x (-) 1,6022 x 10-19 C / r m E = - 2,31 x 10-28 N.m / r E = - 2,31 x 10-28 J / r E=- J É preciso observar que a unidade obtida, Joule, que equivale a N.m, já inclui a unidade de r (raio do átomo), que portanto tem que ser usado em metro para a energia obtida ser corretamente expressa em J (Joule). Esta é a Energia de Atração com que os dois corpos de cargas opostas se atraem, logo, por coerência, a Energia com que o núcleo prende seu elétron é a METADE desse valor, logo: E = - ½ x 2,31 x 10-28 J / r E=- E=Daí para a frente, os cálculos são primários: basta atribuir valores para os raios e saber o valor energético daquela região. Como Rutherford definiu que o núcleo atômico, onde se concentram os prótons e nêutrons, logo, praticamente toda a massa do átomo, mede da ordem de 10-15 a 10-14 , vamos considerar o maior valor (10-14 ) como pertencente ao núcleo e estabelecer níveis energéticos para os raios posteriores, até 10-10 m, equivalente a 1 angstron, considerado o maior tamanho de átomo por ele. Por exemplo: a) b) c) d) e) Para r = 10-13m, a energia do elétron é: Para r = 10-12m Para r = 10-11m Para r = 10-10m Para r = 10-9 m E = - 1,155 x 10-15 J E = - 1,155 x 10-16 J E = - 1,155 x 10-17 J E = - 1,155 x 10-18 J E = - 1,155 x 10-19 J = = = = = -7.200 eV -720 eV -72 eV - 7,2 eV - 0,72 eV Os resultados deixam claro que a medida que o elétron se afasta do núcleo seu conteúdo de energia coesiva (atrativa) vai diminuindo, o que se retrata a partir do “aumento” do conteúdo energético total do mesmo, ou seja, vai gradativamente se aproximando de zero. De forma idêntica, pode –se saber a que distância média o elétron está do núcleo, se for conhecido sua energia de ionização. E=- J daí, vem: r=- m 132 9–8–5-f– Avaliação do novo Modelo de Átomo e da Tabela Periódica É claro que o estudo mostrado acima é somente para a estimativa do valor energético de um único elétron situado a determinada distância do núcleo. No estudo real dos átomos, as equações vão complicar um pouco porque vai ser necessário a introdução dos demais prótons existentes no núcleo, assim como a interferência dos demais elétrons ocupantes dos níveis inferiores já ocupados. Dessa forma, já se mostrou acima, os valores MÉDIOS dos conteúdos energéticos dos elétrons em alguns números inteiros potências de 10, desde o mais próximo possível do núcleo (10-13 m) até o raio mais externo possível do elétron no átomo (10-10 m), como definiu Rutherford. Ao invés de alguns exemplos individuais, vou colocar os valores de RAIO e POTENCIAL DE IONIZAÇÃO, obtidos na tabela dinâmica consultada através do Google A tabela a seguir consta de quatro colunas: abcd- A primeira identifica o elemento A segunda apresenta o Raio obtido na Tabela A terceira apresenta o valor do potencial de Ionização obtido na Tabela A quarta apresenta os valores dos raios que o autor determinou através da fórmula da atração Coulombiana. A razão de ter optado por colocar os raios constantes da Tabela Periódica (em vigor) e os valores obtidos pela determinação através da equação de atração Coulombiana, é porque creio que os cálculos dos potenciais de ionização devem ser mais precisos que os valores dos raios atômicos. Claro que as diferenças encontradas, não são apenas nos valores dos RAIOS, já que se observa discrepâncias nos valores das ENERGIAS DE IONIZAÇÃO também, mas creio que menores do que os dos raios. Isto foi feito propositalmente, para melhor avaliarmos as possíveis origens de tamanhas diferenças de valores. 133 Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb H 53 1312,0 53 Li 167 520,2 134 Na 190 495,8 140 K 243 418,8 166 Rb 265 403,0 173 Cs 298 375,7 185 Fr 380,0 183 Be Mg Ca Sr Ba Ra 112 145 194 219 253 899,5 737,7 589,8 549,5 502,9 509,3 77 94 118 127 138 137 B Al Ga In Tl 87 118 136 156 156 800,6 577,5 578,8 558,3 589,4 87 120 120 125 118 C Si Ge Sn Pb 67 111 125 145 154 1066,5 786,5 762,0 708,6 715,6 65 88 91 98 97 F Cl Br I At 42 79 94 115 127 1681,0 1251,2 1139,9 1008,4 890,0 41,4 55,6 61,0 69,0 78,2 N P As Sb Bi 56 98 114 133 143 1402,3 1011,8 947,0 834,0 703,0 50 69 73 83 99 He Ne Ar Kr Xe Rn 31 38 71 88 108 120 2372,3 2080,7 1520,6 1350,8 1170,4 1037,0 29,3 33,4 45,7 51,5 59,4 67,1 Elemento Químico O S Se Te Po Raio(Pico) Energia KJ RAIO por da Tabela da Tabela Coulomb 48 1313,9 52,9 88 999,6 69,6 103 941,0 73,9 123 869,3 80,0 135 812,1 85,7 TRANSIÇÃO D Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Sc 184 633,1 109,9 Y 212 600,0 115,9 Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Ti 176 658,8 105,6 Zr 206 640,1 108,7 Hf 208 658,5 105,6 Rf 580,0 119,9 134 Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb V 171 650,9 106,9 Nb 198 652,1 106,7 Ta 200 761,0 91,4 Db Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Cr 166 652,9 106,5 Mo 190 684,3 101,7 W 193 770,0 90,3 Sg Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Mn 161 717,3 97,0 Tc 183 702,0 99,1 Re 188 760,0 91,5 Bh Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Fe 156 762,5 91,2 Ru 178 710,2 98,0 Os 185 840,0 82,8 Hs Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Co 152 760,4 91,5 Rh 173 719,7 96,7 Ir 180 880,0 79,1 Mt Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Ni 149 737,1 94,4 Pd 169 804,4 86,5 Pt 177 870,0 80,0 Ds Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Cu 145 745,5 93,3 Ag 165 731,0 95,2 Au 174 890,1 78,2 Rg Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Químico da Tabela da Tabela Coulomb Zn 142 906,4 76,7 Cd 161 867,8 80,2 Hg 171 1007,1 69,1 Cn A avaliação dos valores colhidos na Tabela Periódica, nos leva a alguns sérios questionamentos. Na tabela acima, mostramos cada elemento com os valores oficiais de raio externo (onde se localiza o elétron mais “energético” total), ou seja, mais próximo a zero, seguido do valor de seu Potencial de Ionização. Na coluna extra, a terceira, coloquei os valores dos raios externos calculados pela equação coulombiana, mas usando os valores da energia de ionização constantes da própria tabela. Mesmo usando os valores energéticos oficiais, dá para perceber uma série de questionamentos que serão avaliados. Antes de apresentar os questionamentos, deve ser lembrado que os valores dos raios na Tabela são dados em Pico, que equivale a 10-12 m. A unidade mais usada para tamanhos de átomos é o Angstron (10-10 m). Assim, um Å equivale a 100 Picos. (1 Å = 100 P). 135 ◙ O Primeiro é que o cálculo do valor da Energia de Ionização pela equação coulombiana para 100 P = 1 Å, ou seja, para o raio de valor 10-10 m, é de: E = - 1,155 x 10-18 J = - 7,2 eV ou E = 696 kJ/mol, que podemos afirmar que esse é o valor esperado para a energia de ionização de todos os elétrons que estejam gravitando em torno do núcleo atômico a uma distância aproximada de 1Å, ou seja, 100 picos (10-10 m). ◙ O Segundo é que o cálculo do valor da Energia de Ionização indicado no item anterior, de 696 kJ/mol teria obrigatoriamente que aumentar para distâncias (raios) menores (os elétrons estão mais fortemente atraídos) e diminuir para raios maiores. A observação da Tabela mostra inúmeros casos do átomo com raio Menor e PI também bem Menor, o que é um evidente erro, assim como átomos com raio Maior e PI também Maior, o que vem a corroborar o erro. ◙ O Terceiro é a observação de que os valores muito baixos de raio, comparados os obtidos da tabela com os calculados por Coulomb, quando são próximos, as energias de ionização também são bastante próximas. ◙ O Quarto é que as diferenças entre os potenciais de ionização em FAMÍLIAS não me parecem coerentes com os valores energéticos atribuídos aos níveis quânticos. Por exemplo, se pegarmos os elementos da primeira família, os chamados alcalinos, teremos a situação mostrada a seguir. Primeira Família da tabela Periódica Li 1s2 2s1 Na 1s2 2s2 2p6 K [He] 2s1 [Ne] 3s1 3s1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 [Ar] 4s1 4s1 Rb 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 [Kr] 5s1 5s1 Cs 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 5p6 Fr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14 [Xe] 6s1 6s1 5s2 5p6 5d10 6s2 6p6 7s1 [Rn] 7s1 Depois de observer as diferenças previstas na família, podemos usar a tabela do mesmo item trocando os segundo e terceiro potenciais de ionização em eV por seu valor em J e pelo raio obtido na tabela. 136 Primeira Família da tabela Periódica 1º PI eV Li 1 2s1 Na 1 2 K 3s1 1 2 3 4s1 Rb 1 2 3 4 Cs 1 2 3 4 5 5s1 6s1 PI kJ/mol Raio P [He]2s1 5,4 520 167 [Ne] 3s1 5,1 496 190 [Ar] 4s1 4,3 418 243 [Kr] 5s1 4,2 403 265 [Xe] 6s1 3,9 376 298 A avaliação da tabela acima nos mostra algumas complicações (na visão do autor), que são difíceis de entender. a- O Li tem 1 orbital completo e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,7 x 10-10 m e é removido com 520 kJ b- O Na tem 2 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,9 x 10-10 m e é removido com 496 kJ c- O K tem 3 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,4 x 10-10 m e é removido com 420 kJ d- O Rb tem 4 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,6 x 10-10 m e é removido com 400 kJ e- O Cs tem 5 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 3,0 x 10-10 m e é removido com 376 kJ Realmente, como químico, me assustei com essas observações. O elétron que só tem entre si e o núcleo o primeiro orbital com dois elétrons (1 s2) fica afastado 1,7 Å enquanto o Cs, com 5 orbitais completos, blindando perfeitamente o núcleo, seu elétron externo no nível quântico 6 (6s1) fica distante do núcleo 3,7 Å. O espaço entre 1,7e 3,7 Å comporta 5 orbitais completos? E os valores das quantidades de energia para soltar esse elétron me incomodou mais ainda: enquanto o do Li sai com 5,4 eV, o Na com mais um número quântico inteiro sai com 5,1 eV. Será que só 0,3 eV a mais que para o Na consegue tirar o elétron do Li? Realmente a avaliação dos valores da tabela periódica me assustaram. Os elementos que iniciam as famílias, apresentam valores de raio e de energia de ionização bastante próximos ao calculado pela equação de Coulomb. A medida que o número quântico aumenta (au137 menta o número de camadas completas entre o núcleo e o elétron a ser removido) os valores vão ficando mais discrepantes. Claro que como químico sei que a presença de vários outros elétrons interfere nos resultados, razão pela qual já deixei bem claro ao propor a substituição da equação de Schroedinger pela de atração coulombiana, que o aumento do número de elétrons traria mais dificuldade a solução da simplíssima equação proposta. 9–8–5-g– Os Níveis Quânticos Internos do Átomo Os valores encontrados na Tabela Periódica são os valores do Potencial de Ionização, logo, a quantidade de energia entrópica a ser fornecida ao átomo para que a energia total de seu elétron MAIS EXTERNO, atinja o valor zero, que significa sair do campo de atração do núcleo. Juntamente com o Potencial de Ionização, é fornecido o valor do “raio” ocupado por esse elétron. Esse raio é a maior distância do núcleo onde existe elétron, e o valor de seu conteúdo energético é chamado Nível de Fermi. Entretanto, como previsto por Rutherford, o núcleo mede de 1 a 10 fentos (1fento = 10 m), ou seja, 10-15 a 10-14 m, enquanto o átomo mede em torno de 1Å (10-10 m). Verificando a Tabela Periódica, observa-se os átomos têm seus raios na faixa 0,5 a 3,0 Å. -15 Esses valores, previstos por ele, foram obtidos também por Bohr, como também pelo modelo ondulatório de Schroedinger. Embora tenha utilizado um valor equivocado para o cálculo do raio, Bohr propôs uma relação que quantificava os valores dos demais raios orbitais em função do valor do raio mais interno, ou seja, dos elétrons mais próximos do núcleo. Utilizando o mesmo raciocínio dele, que também foi aceito pelo modelo ondulatório, vem que: rn = n2 . r1. A partir dessa relação pode-se determinar os raios dos demais níveis orbitais do átomo, só tendo o cuidado de lembrar que o raio disponível, medido experimentalmente pela ciência é o mais externo. A partir dele, calcula-se os demais. Exemplo 1 a): Li tem o nível 1s completo e o elétron removível no nível 2s. Dai: rn = 167 P ou 1,67 Å (da Tabela Periódica) n= 2 Logo, vem: rn = n2 . r1 r1 = rn / n2 r1 = 41,75 Picos = 0,4175 Å r1 = 167 / 4 r1= 4,175 x 10-11 m. b): Já se for utilizado o valor obtido pela equação de Coulomb, vem: rn = 134 P ou 1,34 Å (da Equação de Coulomb) 138 n= 2 Logo, vem: rn = n2 . r1 r1 = rn / n2 r1 = 134 / 4 r1 = 3,35 x 10-11 m. r1 = 33,5 Picos = 0,335 Å Exemplo 2: Cs tem completos os níveis 1, 2, 3, 4 e 5 e o elétron removível no nível 6s . Dai vem: 1 rn = 298 P ou 2,98 Å (da Tabela Periódica) n= 6 Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são: r1 = rn / n2 r1 = 298 / 36 r1 = 8,28 P = 0,0828 Å = 8,28 x 10-12 m r1 = 8,28 P A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n. r2 = 4 x 8,28 P r3 = 9 x 8,28 P r4 = 16x 8,28 P r5 = 25 x 8,28 P A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será: 1 r = 8,28 P 1 2 r= 33,12 P 1 2 3 r = 74,52 P 1 2 3 4 r = 132,50 P 1 2 3 4 5 r = 207,00 P 1 2 3 4 5 6s1 r = 298,00 P Assim, os raios orbitais foram calculados pelos valores do raio externo obtidos na Tabela Periódica. Abaixo, vamos fazer os mesmos cálculos só que com o valor do raio orbital externo do átomo calculado pela equação de Coulomb; logo, da mesma forma, calculando os raios a partir da equação coulombiana: rn = 185 P ou 1,85 Å (da Equação) n= 6 Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são: r1 = rn / n2 r1 = 185 / 36 r1 = 5,14 P = 0,0514 Å = 5,14 x 10-12 m 139 r1 = 5,14 P A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n. r2 = 4 x 5,14 P r3 = 9 x 5,14 P r4 = 16x 5,14 P r5 = 25 x 5,14 P A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será: 1 r = 1 2 r = 20,6 P 1 2 3 r = 46,3 P 1 2 3 4 r = 82,2 P 1 2 3 4 5 r = 128,5 P 1 2 3 4 5 6 r = 185,0 P 9–8–5-h– 5,1 P Velocidade do Elétron Para calcular a velocidade do elétron, a proposta é utilizar o mesmo raciocínio do sistema planetário: nele, depois de conhecida a energia de atração gravitacional entre o Sol e o planeta, quando se definiu que a METADE do valor encontrado é referente a atração feita pelo SOL sobre o planeta. Assim, para não ser atraído pelo Sol, o planeta tem que girar em torno dele com tal velocidade que a força centrífuga, que tenderia a afasta-lo do Sol, medida pela sua energia cinética translacional, iguale a força de atração. A energia de cada nível quântico sendo conhecida, a determinação da velocidade do elétron fica fácil de calcular, através da expressão: E = ½. m x v2 Em virtude de cada nível energético (orbitais) ter valor diferente de seu conteúdo de energia, fica evidenciado que a velocidade do elétron também vai ser diferente em cada nível quântico. Como exemplo, para os elétrons do raio 10-13 cuja energia é: E = 1,155 x 10-15 J a velocidade do elétron será: E = 2.½ x 9,1 x 10-31 x v2 v2 = 1,155 x 10-15 / 9,1 x x 10-31 v2 = 0,1269 x 1016 v = 0,356 x 108 v = 35.600.000 m/s 140 Enquanto para os elétrons do raio 10-10 m, cuja energia é: E = 2,31 x 10-18 J a velocidade será: E = 2,31 x 10-18 J = ½ x 9,1 x 10-31 x v2 v2 = 2,31 x 10-18 / 9,1 x x 10-31 v2 = 0,25385 x 1013 v2 = 2,5385 x 1012 v = 1,5933 x 106 v = 1.593.300 m/s Uma vez calculada a velocidade do elétron de determinado orbital, a partir de seu potencial de ionização, e do conhecimento de seu raio (distância que o elétron mantém do núcleo), pode-se determinar com extrema facilidade o número de voltas que o elétron dá em torno do núcleo, através de seu perímetro (2x x r). 9–8–5-i– Considerações finais do novo Modelo de Átomo É claro que sei que quem se dispôs a ler esse item, deve ter ficado chocado. Afinal o modelo Ondulatório está em vigor já caminhando para um século, e agora aparece um qualquer para questiona-lo. Procurei me amparar o mais possível sobre qualquer item que resulte em mudança ou modificação de qualquer coisa em vigor, pois sei que tudo que altera alguma coisa vigente já é previamente vista com maus olhos ou má vontade. Também sei que o modelo proposto poderá ser aceito ou descartado, mas isso não me preocupa porque coloquei em cada ponto tudo o que sei de química a respeito do assunto, embora sei que posso estar raciocinando de forma equivocada (embora realmente considere isso pouco provável). Entretanto, continuo convicto na necessidade da mudança. A equação de Schroedinger é uma EQUAÇÃO ONDULATÓRIA, mas o elétron é massa em movimento, e não uma onda. Além disso, a citada equação é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta, o que matematicamente é pelo menos dificílima de resolver, e assim mesmo através de sucessivas aproximações. E foi adaptada a partir das equações de Maxwell, que são puramente ondulatórias, pois na época nem o relativismo existia (que na opinião do autor não adiantaria nada por estar equivocado). Percebe-se claramente que os valores dos raios para os elementos mais leves, estão rigorosamente em acordo. Mas, a medida que o número de camadas eletrônicas aumenta, os valores obtidos pela equação de Schroedinger são muito mais altos que aqueles obtidos pela equação proposta. 141 Os valores de PI constantes da Tabela Periódica, não apresentam (na visão do autor) coerência com os valores já consolidados. Por exemplo, para um raio de 10-10 m (100 P) o valor do conteúdo energético é de - 696 kJ (ou –7,2 eV). É claro que a medida que o raio aumenta, esse conteúdo energético diminui e vice verso. Entretanto o que se observa na tabela é que a maioria dos raios, bem maiores que 1 x 10-10 m também apresentam valores de Pot. de Ionização muito maior, o que aparentemente está errado. Já a comparação com os raios calculados pelo autor, embora tenham sido determinados a partir dos Potenciais de Ionização das próprias Tabelas, apresentam valores muito mais compatíveis. Pelas razões expostas, creio e Proponho que o modelo de Schroedinger seja realmente abandonado e passe a se usar o modelo coulombiano, tanto para cálculo dos níveis energéticos dos orbitais, quanto para o cálculo de suas distâncias ao núcleo atômico. 142 10 - O HOMEM E O SEU HABITAT 10– 1 - Considerações É claro que depois de ver tanta coisa sobre ciência, Física e Química, e um pouco sobre a parte Divina, que será completada no próximo capítulo, creio ser importante avaliar o comportamento do ser humano, enquanto espécie, qual seu comportamento, principalmente frente ao seu habitat já que, como mostramos antes, o homem quantifica tudo no Universo em função dos movimentos de rotação e translação de sua própria moradia, o planetinha Terra. O homem sempre considerou que, antes de existir qualquer coisa, só existia evidentemente Deus e seu habitat que, por acaso, era a Terra, apesar de ser “sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo” (Gênesis, Bíblia). Lá também diz que Deus criou TUDO em função de nós, os seres criados a Sua imagem e semelhança, logo, perfeição. No livro chamado O Apocalipse (também na Bíblia), o que vemos é um relato de um Céu (ou Paraiso) onde moram Deus e os homens que já passaram pela Terra e agora estão sem matéria, logo, lá com seu Criador a sua imagem e semelhança. Durante o relato, observase que os habitantes do Céu não têm nenhuma tarefa, nem obrigações, nem absolutamente nada, a não ser “adorar o Cordeiro” e passar todo o resto do tempo em função da Terra e dos homens. Vigiam diuturnamente cada ato dos homens, cada praga ocorrida, o comportamento das pessoas, tudo com o maior interesse. A eles nada interessa do que esteja ocorrendo na imensidão das milhões ou bilhões de galáxias de todos os tipos e tamanhos. Afinal, tudo isso só foi criado para nos nortear a noite, e o Sol, apesar de quinta grandeza, é o único astro importante, por ser o nosso, logo, divino. Fica óbvio que para Deus e os demais habitantes do Céu, todo esse Universo sem fim em grandiosidade e, talvez, perfeição, não vale absolutamente nada. A única coisa dentro do Universo que interessa a eles é esse planetinha insignificante e fedorento, mas onde morava Deus e onde hoje moram os seres criados a Sua imagem e perfeição. Para não tomar conhecimento de um Universo tão grande, complexo, quase (ou?) divino, para viver a eternidade em função só de nós, é porque “devemos ser seres perfeitos (sic duplo!)”. Entretanto, vamos colocar os pés no chão, acordar para a realidade e começar a avaliar como é o comportamento desse ser “divino” que é o homem, que habita a morada de Deus, e que mede tudo no Universo a partir da “casa de Deus”, que por acaso, também é a sua. Tendo em vista que raros seres humanos são ateus, descrentes de qualquer coisa superior que tenha nos criado etc, esperar-se-ia que a esmagadora maioria dos homens, certos da existência desse Deus Criador de tudo, inclusive dele próprio (homem) a Sua imagem e semelhança, e exatamente no local em que esse Deus morava, cuidasse do seu (e de Deus) habitat com o mais profundo amor e respeito a TUDO, especialmente às demais Criações de quem o criou com tanto amor e perfeição. Então, estaríamos realmente no Paraiso, pois além do ho143 mem ser uma imagem de Deus, também passou a morar junto com Ele no Seu habitat eterno, o planeta Terra. Isto justifica porque os religiosos adotam como parâmetro medidor e regulador, ou seja, quantificador de tudo no Universo, em função de sua moradia, com a defesa de que não o fez pela moradia ser sua, mas sim de Deus. E parece lógico que o local que seja a moradia de Deus, seja realmente o parâmetro identificador e quantificador de tudo que possa existir. Assim sendo, temos o homem, com todo esse paraíso chamado Terra, morada eterna de Deus e temporariamente sua também, com a incumbência de mantê-la nos moldes em que lhe foi concedido o direito de Utilização dela. Pelo transcorrer dos eventos ligados a criação, pode-se deduzir que a Terra continua sendo de Deus, tendo o homem o direito de habita-la enquanto estiver aqui, com direito inalienável ao usufruto de tudo que tenha sido colocado a sua disposição. Neste capítulo vamos fazer uma análise o mais imparcial possível de como é esse habitat e da forma como ele é cuidado pelos homens criados a “imagem e semelhança de Deus”. 10 – 2 - O Habitat Não se pode negar que a Terra seja um planeta simpático. Sua massa é de 6 x 1024 Kg, sua densidade média é de 5,515 g/cm3, logo, seu volume é de 1,083 x 1012 Km3. É o terceiro planeta em afastamento do Sol, sua superfície mede aproximadamente 510.072.000 Km2, dos quais três quartos (382.554.000 Km2) é constituída por água, com belas praias, e o restante um quarto (127.518.000 Km2) é constituído pela parte sólida, com desertos, florestas tropicais, e uma parte dessa área total coberta com camada orgânica (húmus), apropriada para plantar vegetais que servem de alimento. Sua atmosfera é constituída por uma mistura de dois gases, um inflamável (o oxigênio) e o outro não, sendo inerte (o nitrogênio). Como nesse capítulo o assunto é o homem, seu habitat, e como ele cuida e mantém sua moradia, logo, trata-se do que se convencionou chamar de “meio ambiente”. Como o homem se comporta em relação a manutenção e proteção da Casa de Deus, que ele como Sua imagem e semelhança tem o direito de usufruir dela também. Claro que este assunto pode ocupar um sem número de páginas, com trechos enaltecendo Deus e o amor dos homens por Ele, como também outros tantos mostrando tantos erros e incoerências observadas no nosso dia a dia, que pode tanto comprometer a Divindade de Deus ou mostrar o lado puramente maligno do ser humano. Não quero me estender demais nesse assunto, razão pela qual só estou preparando o caminho para uma análise mais equilibrada do nosso comportamento em relação ao meio am- 144 biente de nosso habitat. Por isso, vou apenas fazer pequenas citações para lembrar os leitores do que já foi dito anteriormente. Pertencemos ao sistema solar, cujo astro SOL é uma estrela de QUINTA grandeza. Somos o terceiro planeta em afastamento do nosso astro (Sol), mais distante apenas do que Mercúrio e Vênus. Somos 335.000 vezes menor que o Sol e somos maiores apenas 181 vezes que Mercúrio, o menor de todos. Nossa massa total é de 6 x 1024 Kg e giramos em torno do Sol a uma velocidade translacional de 30 Km/s, logo com uma energia cinética de 2,65 x 1033 J, preso a sua órbita pela atração gravitacional do Sol sobre nós, metade da atração gravitacional Sol-Terra, que é de 5,325 x 1033 J. Também apresentamos movimento de rotação, ou seja, “rodamos” em torno de nosso próprio eixo na velocidade de 464 m/s. Curiosamente, apesar de ter sido a moradia exclusiva de Deus e de ter se tornado também o nosso habitat, já que somos imagem e semelhança Dele, não somos o maior em nada nem o menor em nada, apenas o de maior densidade, ou seja, massa por unidade de volume. Somos um planetinha intermediário em TUDO e participantes de um sistema de uma estrela de apenas QUINTA grandeza. E lembrar que todo o resto desse imenso Universo foi criado somente em função somente de nós e de nossos interesses (?). 10 – 3 - As Coincidências da “Criação” ou “Evolução” O planeta Terra é constituído por três quartos de agua, logo, pode-se dizer com absoluta certeza que o planeta é “majoritariamente agua”. Curiosamente, quer seja propositalmente ou não, o Homem é constituído por TRÊS QUARTOS DE AGUA. Assim, o Planeta Agua é habitado por um ser humano constituído basicamente por Agua. Só por curiosidade, para quem nunca pensou no assunto, se desidratarmos completamente um homem de oitenta quilos, a agua vai para a atmosfera e o que sobra dele não passa de vinte quilos, que cabe num pequeno balde de obras. O homem nunca consegue imaginar que cabe dentro de um pequeno balde de obra, muito menos que a mistura dessa matéria insignificante com mais três partes iguais de agua (constituinte básico do Planeta) se transforma nessa “maravilhosa imagem e semelhança de Deus”. Muita gente pode até duvidar que esse ser robusto, forte, que anda, corre, pensa, e faz tudo que fazemos no nosso dia a dia, possa ser na verdade uma solução de 1/4 de matéria sólida em 3/4 de agua. Entretanto, a explicação Química para o fato é extremamente simples. Pode-se dividir todas as substâncias existentes em função de suas dimensões. Existem substâncias que medem menos de um nano (1 nano = 10-9 m), que pelas suas dimensões têm sempre energia cinética o suficiente para vencer a força de gravidade e se manter em solução. Por outro lado existem substâncias que medem mais de um micron (1 micron = 10-6 m), que pelas suas dimensões têm sempre energia cinética insuficiente para vencer a força de gravidade, de forma que não 145 conseguem se manter em solução, precipitando e separando o sistema em macro fases distintas. O sistema coloidal é de constituição micro heterogênea, sendo que as partículas com pelo menos uma de suas dimensões dentro da faixa de tamanhos citada, é chamada de “fase dispersa” (ou micelas) e a fase contínua que as mantém em solução é o meio de dispersão, ou a fase dispersante. Entre esses valores, ou seja, de 1 nano a 1 micron encontramos um conjunto de substâncias que são altamente dependentes da Temperatura, isto é, enquanto os solutos (que fazem as soluções verdadeiras) apresentam as mesmas características em longo intervalo de temperaturas, o mesmo ocorrendo com as suspensões grosseiras, as substâncias que ocupam este intervalo coloidal têm propriedades altamente dependentes da temperatura. Pelo tamanho das partículas, até determinados valores de temperatura a energia cinética dessas partículas é pequena e não consegue vencer a força da gravidade e precipita, fazendo geralmente com estruturação total abrangendo todo o volume do sistema, formando uma estrutura chamada de coagulação. Numa pequena faixa de temperaturas, o sistema sai da condição de aglomerado (coagulado) e se se solta, já que as partículas, com leve aumento de temperatura, já adquirem suficiente energia cinética para vencer a força da gravidade e se soltarem, formando um outro tipo de coloide, o coloide fluido. Os coloides do tipo fluidos, soltos, são chamados do “tipo SOL” e aqueles aglomerados, coagulados, são chamados do “tipo GEL”. É bom deixar o aviso para que não digam que errei nos valores, que o limite superior do tamanho coloidal tem divergência na ciência. Inicialmente era realmente 1 micron, mas atualmente a maioria adota para tamanho coloidal a faixa 1 a 100 nanos, ou seja, 10-9 a 10-7 m. Eu compartilho da maioria que adota esse valor, mas só coloquei o limite de 1 micron para ser mais abrangente e esclarecer a todas as correntes de pensamento. Outro ponto que deve ser esclarecido é que as estruturações citadas acima, sistema disperso livre (SOL) e sistema disperso ligado ou coagulado (GEL), não são os únicos tipos de coloide existentes. Na verdade existem inúmeros tipos de coloides, e são muitas as classificações deles, cada uma em função de determinado parâmetro ou finalidade etc. Aqui preferi SÓ colocar esses dois tipos de situação coloidal por uma razão simples: eles são as formas de constituição do homem, com seu um quarto de matéria sólida e três quartos de agua líquida. O homem é uma mistura de tipos de estruturação coloidal, pois varia desde sistemas altamente estruturados como ossos e tendões (os ossos têm o meio de dispersão sólido e a fase dispersa líquida), passando por sistemas geleificados como fígado, indo até sistemas coloidais fluidos, como liquor, sêmen e sangue. Assim, como disse certa vez um cientista, o Prof. Zukov: “o homem é um coloide andante”, serve para mostrar que somos apenas isso, um conjunto coloidal que anda, corre, fala, pensa, se reproduz e tem sentimentos, igual a todos os mamíferos. A única coisa que o homem tem a mais que os demais mamíferos, e que o distingue deles, é a parte do cérebro chamada neo cortical, com seus neurônios vibrando e que dá a quem os possui, a capacidade de avaliar e entender as coisas em que ele pensa. Em suma, dá a seus possuidores a capacidade 146 de discernimento das coisas. Se o homem, mesmo com o neo cortical, não tem a capacidade de saber exatamente o que é certo e o que é errado, pelo menos permite avaliar e distinguir o que o bom senso indica como certo e como errado. Só o homem tem a parte neo cortical do cérebro, logo é o único animal que tem capacidade de distinguir tudo que o bom senso indica como certo, logo, deveria ser o único a saber que matar ou prejudicar qualquer outro ser vivo é errado, e pior ainda, para quem crê na existência de Deus, além de crime deveria considerar um pecado sem perdão! Se matar outro ser vivo já é um crime hediondo e um pecado sem perdão, imagine-se matar um semelhante seu, que é tão filho de Deus quanto ele. Ele mata um filho de Deus e depois reza para Deus! Gostaria de saber o que ele diz para Deus nesse momento. Como seu neo cortical justifica tal ato perante Deus? Infelizmente, na minha opinião, o homem conseguiu bloquear seu neo cortical, pois o assunto morte ainda apavora o ser humano, embora seja a única coisa certa nessa nossa “vida”. No planeta Agua, não existe somente o ser humano. O planeta é habitado por um sem número de espécies animais e vegetais, todos convivendo com o ser humano. São formas de vida que se distribuem em tamanhos desde minúsculos seres unicelulares até seres da complexidade dos animais superiores, com seus ciclos de vida, de reprodução, de respiração, de digestão, etc. Dentre eles o mais complexo é considerado o ser humano. Apesar do homem ter seus ciclos exatamente igual ao de seus pares mamíferos, é o único dos seres vivos que tem a parte neo cortical do cérebro, única coisa que o distingue dos demais. Tirando o homem, tudo no Planeta funciona como um relógio; cada espécie tem seu predador natural, justo para manter o equilíbrio delas. Existem espécies que vivem dentro da agua, dentre os quais alguns mamíferos, mas a maioria tem estrutura apropriada para sua condição, que permita respirar dentro da agua, escamas, etc. Esses seres são apropriados para a vida submarina, logo, são aptos a enfrentar todos os desafios inerentes a vida aquática, neste planeta com três quartos de agua. Fora da agua, existem inúmeras espécies que se deslocam somente na parte sólida do planeta, e alguns que possuem estrutura para voar, com asas apropriadas em função de seu peso, etc. A evaporação da agua, que existe nessa imensidão, forma acúmulos de agua no ar, chamados nuvens que, de quando em quando, caem de volta a superfície, no fenômeno chamado chuva. A chuva é o retorno da agua que evaporou. Isto mantém a relação agua/terra constante. Devido a esses fenômenos, todos os habitantes do planeta são sujeitos a ação da água, já que a constituição dos seres vivos, curiosamente segue a mesma proporção, ou seja, todo ser vivo que habita o planeta é constituído por mais quantidade de agua do que por partículas sólidas. A estruturação desses seres todos, inclusive dos seres humanos, sempre com predominância de agua, é uma forma de estruturação um pouco diferente do que certamente a maioria das pessoas conhece, chamado coloide, explicado acima. 147 Só para esclarecer aos leigos como é possível a estruturação do homem com uma parte sólida para três partes de agua líquida, e formar essa estrutura forte, robusta, de conformação bem definida, basta lembrar o que todos já sabem, mas não correlacionam, e que é um alimento gostoso, que qualquer pessoa no mundo sabe fazer: a GELATINA. A gelatina é uma molécula de tamanho relativamente grande, com suas dimensões se enquadrando na faixa de tamanho coloidal. Sua forma é alongada e cheia de ramificações tipo “sovacos”, que têm a capacidade de prender moléculas de agua. Seria, por exemplo, como uma lacraia, ou mesmo uma centopeia, com aquela enorme quantidade de sovacos por cabeça. Por isso a molécula tem grande capacidade de reter agua, presa dentro de sua estrutura. Por acaso, a molécula de gelatina é a que mais aumenta seu volume em relação a sua matéria seca (centenas de vezes, em condições especiais, claro). Em condições ideais, com agua destilada ou deionizada, a gelatina pode adquirir consistência com uma parte do pó para noventa e nove partes de agua. Mas na prática usual, isso não funciona perfeitamente. Mas como comparação com os seres vivos, basta considerar cinco ou dez por cento de pó para noventa ou noventa e cinco por cento de agua. É só dissolver o pó da gelatina, comprado em qualquer mercado, em noventa (ou noventa e cinco) vezes seu volume em agua. Como a molécula é grande, sua energia cinética a frio não é suficiente para a dissolução total. Recorre-se então ao pequeno aquecimento, justo para dissolver completamente a gelatina na agua. Assim pode-se garantir que a molécula já está estruturada completamente com agua presa em seus sovacos tridimensionais, só que ainda em movimento devido a energia cinética. A seguir basta colocar a solução na geladeira para baixar a energia cinética das partículas o suficiente para a formar a estruturação das moléculas com participação de todo o volume de meio de dispersão, que no caso é a agua. Forma-se um sistema coloidal “ligado”, logo, do tipo GEL (que é exatamente a origem do nome GEL: da gelatina). Esse sistema com cinco por cento de matéria sólida e noventa e cinco por cento de agua líquida forma um sistema estável (e gostoso de se comer). Com tanto líquido, claro que ele não pode ter uma estrutura rígida (rochosa). É maleável, e sacudido lembra muito (e que lembrança boa) o bumbum das maravilhosas mulatas das escolas de samba. Essa estruturação se dá com cinco por cento de matéria sólida. Lembrar que o homem tem da ordem de vinte e cinco por cento (e as mulatas das escolas de samba também!). 10 – 4 - A Origem do Homem Antes de entrar no assunto principal que é a relação do homem com o Meio Ambiente, ou seja, como ele se comporta e como cuida da moradia de Deus da qual ele tem direito a usufruir enquanto estiver por aqui, preciso fazer uma breve análise sobre uma questão bastante cáustica e, certamente criadora de arestas, seja com um seja com o outro grupo, dentre os que defendem cada facção. Trata-se da origem do homem: fruto da Criação ou fruto da Evolução! 148 Vou me ater apenas no presente item, a fazer um resumo de um capítulo chamado O Evolucionismo, que escrevi no Trabalho POR QUE DEUS NÃO REPONDE, disponível para quem se interessar na página www.franciscoguerreiro.com.br. Sempre deixei claro em tudo em minha vida, que sou um poço de dúvidas, já que considero que a evolução é uma busca e só busca algo quem tem dúvidas. Tenho opinião formada e consolidada de que todo aquele que tem certeza de alguma coisa é digno de profunda piedade, porque creio que a certeza é a principal consequência da Vaidade, que dominou inteiramente o ser humano, tornando-o uma máquina de competição e não de amor e convivência. Quando o homem é vencido pelo mal, ao passar a ter vaidade, a esquecer que todos os seres humanos são absolutamente iguais, simples transportadores ambulantes de coco fedorento, então ele passa a ter certeza de tudo e é levado a cometer qualquer erro ou crime, pois ele é divino e tudo que ele faz é a vontade de Deus. Até matar seus irmãos, filhos do mesmo Deus, é a vontade de Deus, porque ele assim o quer que seja. Espero que um dia o homem, se não conseguir parar sua desesperada corrida a lugar nenhum, pelo menos que consiga diminuir a velocidade e comece a pensar em si mesmo e nos demais seres vivos, principalmente seus semelhantes humanos. Talvez ele comece a perceber que se for virado do avesso fede igual a uma latrina cheia. Alias, a latrina fede exatamente por causa dele mesmo. Só que ele não tem inteligência para observar isso, porque bloqueou seu neo cortical, para não ter que pensar no seu fim, pois o homem não entende nem admite seu próprio fim. Se o homem, vaidoso como é, tentar tomar uma lavagem intestinal para se livrar da sua parte que mais fede, ele vai desidratar e terá que ir a um hospital ficar atrelado a um soro para se re hidratar e começar a comer comida sólida que vai virar coco fedorento dentro dele. Aí, quando ele estiver novamente cheio de coco fedorento por dentro, ele pode levantar e ir embora porque voltou a ser um homem normal, ou seja, um transportador ambulante de coco fedorento. Mas nem assim o homem acorda, se julga uma imagem e semelhança de um Deus Todo poderoso, divino e sempre se acha mais querido por Deus do que seus irmãos humanos. O dia que o homem descobrir isso, ele saberá o que é ser feliz e realista, e descobrirá onde está e como age o mal, do qual ele deveria estar se defendendo. Voltando ao assunto desse item, sempre fui cético quanto a aparecer alguma coisa do nada. A ciência atualmente aceita como modelo inicial do universo físico (não divino) o modelo da grande explosão térmica, conhecido como Big Bang. Não vou comentar aqui a impossibilidade de sua existência por já ter trabalho para isso, também disponível na página www.franciscoguerreiro.com.br. O que me deixa curioso é tanto cientista inteligente achar possível uma compressão de fótons até volume zero, violando a termodinâmica e depois gerar uma explosão tão violenta. De qualquer forma, o insumo na explosão era o mesmo, os fótons. Só com fótons explodindo pode-se gerar um Universo tão grande, tão complexo, que até hoje sequer o conhecemos totalmente? Me é difícil aceitar que do nada (volume zero) ou mesmo de grande quantidade do mesmo insumo aparecerem tantas espécies, e tão diferentes entre si, como minerais, vegetais e 149 até animais, inclusive o homem! E qual a explicação para o mesmo insumo gerar produtos tão diferentes? Houve sequência lógica ou foi tudo ao acaso? A partir da Grande Explosão Térmica (???) todos os fótons saíram à mesma velocidade formando esferas cada vez mais amplas, logo, sempre sujeitas às mesmas condições energéticas. Porque não seguiram todas o mesmo destino? Porque tanta diversidade no universo a partir do mesmo insumo seguindo sempre com as mesmas condições energéticas? A evolução das espécies vivas, em si, é coisa comum e sem nada passível de dúvida e sem nada a se acrescentar. É apenas uma adaptação dos seres vivos às novas condições que vão aparecendo com o tempo. E isso é fruto de um período longo de evolução quando atingiu as características que consideramos como definidas e definitivas para os seres atuais. Mas quem garante que a evolução já atingiu sua meta? Sempre haverá a pergunta: o homem atual já é o definitivo ou vai continuar evoluindo? Porque o homem evoluiu tanto no sentido de andar de pé e não de quatro, criou musculaturas próprias para esse fim, ao invés de evoluir no sentido de criar asas e poder voar, já que desde os primórdios o homem sempre sonhou em voar, então porque sua evolução foi em outro sentido? Ou será que nesse caso não houve evolução e sim involução? Porque algumas espécies não evoluíram no sentido de adquirir capacidade de correr como os felinos, deixando de ser presa fácil deles? Porque os felinos evoluíram tanto em termos de velocidade, garras para pegar suas vítimas e presas para as dilacerar, e não evoluiu no sentido de se tornar herbívoro? Afinal, a quantidade de verde que existe em nosso planeta seria suficiente para abastecer todos os felinos por toda a eternidade, além do que eles não necessitariam emboscar e matar outros animais para sobreviver. O que fica muito difícil de fazer quando ele envelhece e talvez isso acelere sua morte. Isto também é evolução? Entretanto, minha dificuldade maior está em entender o evolucionismo como ele é considerado pelos seus defensores, todos só se referindo a evolução de seres vivos, mas não para os seres inanimados. Porque um conjunto de fótons conseguiu evoluir a ponto de se tornarem animais com ciclo vital perfeito etc, e outros não conseguiram passar de inanimados minerais? Pelo exposto, pode-se perguntar qual o final da evolução? Tudo vai continuar evoluindo até que ponto? A evolução caminha para um ponto de equilíbrio ou continua até reduzir tudo a pó? Nós também? Já chegamos ao ponto de máxima evolução possível ou estamos em um estágio primitivo, passível de todas as mudanças imagináveis (ou inimagináveis) ainda por vir? Nesse caso como seríamos no futuro? Voltaríamos ao bom senso e andaríamos de quatro ou continuaríamos de pé? E os demais mamíferos conseguirão adquirir o neo cortical ou se limitarão para sempre com o lumbical? Da mesma forma pode-se inquirir dos evolucionistas porque com o mesmo tempo de evolução os répteis e ofídios não adquiriram o lumbical (a parte do cérebro que dá o conceito de sentimento) como os mamíferos? E porque a cobra não evoluiu no sentido de criar asas ou pernas para se deslocar com mais facilidade? É claro que isso tudo é assunto com boa dose de subjetividade e é passível de questionamentos acalorados para sempre. 150 Entretanto tem uma coisa que considero ponto de honra e não aceito parecer contrário de nenhum ser, mesmo com pouca inteligência, é que tem que manter a coerência: “Num processo evolutivo as coisas sempre evoluem. Pode haver ocasionalmente curtos ou longos períodos estacionários (platôs), para depois continuar a evolução, fato que pode se repetir tantas vezes quanto se queira. Mas, depois de cada platô, OBRIGATORIAMENTE o sistema tem que continuar evoluindo”. Assim sendo, a evolução, intercalada ou não por platôs, SÓ pode conter períodos estacionários e evolutivos. Jamais meus neurônios aceitarão que a parte INVOLUTIVA possa fazer parte do processo EVOLUTIVO. Seria a negação de tudo, da razão, do bom senso, da inteligência e de tudo o mais que o homem conseguir coordenar. E é aí que o Evolucionismo esbarrou nos meus neurônios: “o ser humano”. Frente aos demais mamíferos, o homem é visivelmente um estágio acima, sem nenhuma dúvida. Mas isso é realmente fruto da Evolução? A evolução (ou desenvolvimento) do homem chegou a beira do inimaginável! Uma simples molécula, invisível a olho nu, chamada DNA detém o código genético e todas as características que o futuro ser humano vai ter. Sai de uma simples molécula, consegue evoluir até criar carne, ossos, cabelos etc. Depois evolui aumentando o volume inicial, enrijecendo os ossos, os tendões, consegue se estruturar em forma coloidal com um volume de água mais de três vezes superior ao de sólidos, e aí manter a configuração atual de um sistema coloidal íntegro, composto por várias formas de estruturação coloidal deferentes, desde sóis líquidos a géis consistentes e até mesmo sistema coloidal com o meio de dispersão sólido, como os ossos, aumentar sua resistência às intempéries, chegar ao ápice da força, do conhecimento, da capacidade de discernimento, de reprodução, da utilização racional da força, etc. Enfim, o homem sai de uma simples molécula, se encorpa, aumenta, evolui material e espiritualmente, se reproduz, chega ao ápice. Realmente um processo evolutivo digno de elogio e inveja. De repente, a partir daí começar a decair, a degenerar, a perder tudo que conseguiu amealhar durante o fabuloso processo evolutivo, e culmina por chegar ao seu fim através da morte. Da molécula (DNA) ao ápice, foi realmente uma evolução. Mas aí cabe uma pergunta: o período de decaimento, enfraquecimento, degeneração e morte também faz parte da evolução? Por que um sistema que sai de uma simples molécula, cria um ser vivo, que nasce, evolui até a condição do ser adulto, com vigor, capacidade de locomoção, de pensar, de andar, correr, nadar, etc, e depois que tudo isso é conseguido, começa tudo a andar para trás, começando a desfazer tudo que foi feito antes, culminando com o desaparecimento de tão bela obra da evolução? Será que do nada (um conjunto de fótons) já seria possível estabelecer um sistema evolutivo tão inteligente que previsse que depois de tanto tempo necessário para produzir uma obra tão perfeita, que ela, tão logo produzida, iniciaria seu declínio e destruição? 151 Na minha opinião, que me desculpem os evolucionistas, o decurso do ciclo vital está parecendo muito mais ser atrelado a algum modelo previamente estabelecido para ser cumprido dessa forma (na verdade uma curva de Gauss), do que ser o produto de uma evolução que, de repente estaciona, “involui” e acaba morrendo, com tudo isso fazendo parte de um processo evolutivo (??). É claro que todos esses questionamentos e suas possíveis respostas vão continuar caminhando juntas para sempre e no campo da pura subjetividade. Talvez essa seja a coisa mais importante para o ser humano racional: tudo ser sempre no campo subjetivo, pois se houvesse alguma evidência objetiva, as respostas seriam obvias e de consenso e então o homem não teria mais sobre o que pensar e procurar. Será que o homem continuaria existindo a partir do momento em que tudo fosse esclarecido de forma objetiva? O que ele procuraria dali para a frente? Que motivos ele teria para continuar vivo? Evidentemente o assunto não se esgota por aqui. Claro que, como me considero racional e honesto, e como a avaliação do modelo Evolucionista, que é o único contraponto conhecido hoje ao modelo Criacionista, sou obrigado a reconhecer que, se o modelo Evolucionista tem mais furos do que queijo suíço, o modelo Criacionista que, apesar de apresentar enorme número de falhas, o faz menos que o Evolucionista, então sou obrigado a dar mais crédito ao modelo Criacionista. É evidente que no estágio atual do conhecimento humano, não se pode garantir que o único contraponto possível ao modelo Criacionista seja o Evolucionista, razão pela qual, daqui para a frente, vou continuar buscando a existência de algum outro contraponto mais razoável. Mas, enquanto não o encontrar, sou obrigado a dar mais crédito ao modelo Criacionista do que ao modelo Evolucionista Darwiniano, pelas evidências apresentadas. 10 – 5 - O Homem e a Morte Após ter falado tanto sobre a origem do homem, por Criação ou por fruto de Evolução, e depois dos conceitos emitidos anteriormente sobre a Termodinâmica, que na minha opinião é o balizador final de tudo que ocorre, tenho que colocar aqui uma análise do assunto que mais incomoda a maioria dos homens: seu fim, ou seja, sua morte. No item anterior deixei bem clara a minha opinião pessoal sobre os modelos possíveis de surgimento de tudo, do Universo ao homem. Muito me incomodou o fato de considerar sem sentido nenhum alguma possibilidade de escolha, por mais improvável que seja, pois sempre preferi ter como possibilidade a alternativa da opção, para o que é sempre necessário existirem soluções alternativas possíveis, mesmo com probabilidades muito diferentes. 152 Quanto ao evento morte, ou seja, o fim do homem, que ele não aceita e por isso, com o inerente medo do desconhecido, bloqueia seu neo cortical, que é a parte do cérebro que fornece a razão, logo, o possível entendimento para este ou qualquer outro fato de nossas vidas. Pela honestidade de propósitos de meus estudos, no item anterior terminei embasbacado e o pior, neste item que vou transcrever como segui o raciocínio de início ao fim e mostrar no final, que acabei neste, talvez mais embasbacado ainda. Mas acho que a evolução é assim mesmo; ora achamos uma coisa, e depois a reconhecemos absurda e assim sucessivamente. Mas vamos ao estudo, sua sequência e as conclusões a que cheguei. Conforme foi visto detalhadamente no primeiro item do capítulo 9, a avaliação termodinâmica de um evento é sempre feita dividindo o Universo em duas partes: a primeira constituída pelo sistema que se quer estudar e o segundo, o resto do Universo, de tal forma que a soma das duas partes recompõe o Universo íntegro. No caso presente, o evento que me propus a estudar é o homem, ou seja, o ser humano. Dessa forma temos o seguinte conjunto em equilíbrio: Homem + Resto do Universo = Universo O princípio e o mecanismo de análise é exatamente o mesmo, já que o homem constitui um sistema e somado ao resto do Universo, reconstitui o Universo. Todas as trocas eventuais tem que seguir as mesmas leis, ou seja, a Entropia do Universo tem que aumentar (em alguns casos, como em reações em equilíbrio, pode se manter). Mas, sob hipótese alguma a Entropia do Universo pode diminuir. No caso dos seres vivos, como no caso do homem, aparece um dado novo, que não impede nem atrapalha a avaliação Termodinâmica, mas que vai causar um incômodo mais adiante. Trata-se do fato do homem ser um “ser vivo”, com auto suficiência de locomoção, pensamento, respiração, reprodução, etc. Por essa razão vou considerar essa situação como: Homem VIVO + Resto do Universo = Universo É claro que a introdução da palavra vivo não afeta em nada a continuidade do estudo, tendo-se sempre em mente que as trocas entre os dois lados participantes têm obrigatoriamente que manter ou aumentar a Entropia do conjunto (Universo). É evidente que durante a vida do homem, ele vive trocando Energia e Entropia com seu parceiro (o resto do Universo), sempre respeitando as leis vigentes. Entretanto, no caso dos seres vivos, principalmente no caso presente por se tratar do homem, ocorre um evento desconhecido e imprevisível: de repente o homem MORRE. É claro que no ato da morte mudam muito os parâmetros analisados, de forma que a condição de estudo passa a ser: Homem MORTO + Resto do Universo = Universo 153 Daí para a frente, é só definir os parâmetros e suas variações e continuar fazendo a análise termodinâmica. Entretanto, o ponto crucial da questão não é esse, pois se sabe que ambas as situações vão atender as leis termodinâmicas. O grande problema, e que me pegou desprevenido, foi a grande mudança que ocorre nos balanços energético e entrópico feitos antes e depois do evento MORTE, que se pode até chamar de SINGULARIDADE. É como os dois cones representativos do passado absoluto do evento e do futuro absoluto do evento, definidos por Einstein. Para ele, os dois cones eram ligados pelo bico e representava para ele a chamada singularidade, que ele considerou como sendo o evento presente e definiu que as ocorrências contidas no cone de eventos passados não poderiam ter nenhuma influência nas ocorrências do cone de eventos futuros. Ou seja, a singularidade era uma ruptura brusca e total entre os acontecimentos passados e os acontecimentos futuros. Sempre me incomodou muito essa conclusão dele, ou seja, dois cones ligados mas desvinculados pelo bico comum. Em trabalho anterior já fiz minha crítica a esse conceito, que como é curto, vou descrever aqui. O exemplo que usei foi de um médico atender a uma criança com febre. Se o médico lhe der um antitérmico, vai baixar a febre por um período, e voltará em seguida. Porque a febre não é um evento auto suficiente; ela é consequência de uma infecção que gera o cone de eventos futuros, chamado febre. Assim, se o médico só lhe der antitérmicos vai acabar matando a criança. O que o médico precisa fazer é pesquisar para descobrir o local, a natureza e a intensidade da infecção. Curando a infecção acaba a febre. Dessa forma pode-se considerar que a infecção é o evento presente ou singularidade e a febre é a constituição do cone de eventos futuros. Assim, em princípio me parece mais lógico considerar que o bico tem influência direta no cone de eventos futuros. Geralmente, depois de certo tempo, a infecção volta. Nesse caso, o procedimento do médico tem que ser ainda mais profundo. Não basta confirmar os dados da infecção e trata-la, pois fará com que ela volte mais a frente. Assim, o médico tem que fazer uma pesquisa dos eventos passados que desembocaram na infecção. Evitando os eventos que causaram a infecção, ele cura o paciente de forma definitiva. Este foi o exemplo que eu dei; na verdade trata-se do modelo de um acontecimento bastante semelhante ao que utilizaram para a elaboração do modelo do Big Bang. A condição impositiva de que nada do que ocorreu no cone de eventos passados pode influir nos acontecimentos do cone de eventos futuros, passou a me incomodar um pouco, por ser aparentemente descabida. Uma outra avaliação que fiz em torno disso, é que seus promotores, provavelmente estudando uma possível existência de vida após sairmos daqui, de nossa viagem planetária em forma material, certamente acreditavam que existe realmente uma vida NÃO material quando desembarcarmos de nossa nave em movimento eterno (Terra), porém não tendo encontrado nenhuma forma, por mais subjetiva que seja, de contato, preferiram considerar que o ato da 154 morte, que é um evento singular, seja uma ruptura TOTAL entre o cone de eventos passados (nossa vida material) e o cone de eventos futuros (nossa vida não material, se ela existir, é claro). Acho válido a busca, como qualquer pesquisa teórica ou experimental que alguém se disponha a fazer, pois isso é que faz o homem evoluir. A única coisa que critico veementemente é a assertiva de que a singularidade acaba com qualquer vínculo possível entre os cones de eventos passado e futuro. É mais um exemplo da arrogância, consciente ou inconsciente do homem, que não encontrando resposta ao que procura, define como “verdade absoluta” a conclusão a que ele chegou. Deve-se sempre respeitar o direito de qualquer outro homem também pensar no mesmo assunto e chegar a conclusões totalmente opostas, sem que se possa afirmar que ele esteja errado, pois a verdade é uma busca, e só sabe “a verdade absoluta” os pobres de espírito dignos de profunda piedade por parte de quem pensa com seus neurônios. É isso que realmente eu sinto de todos os que “sabem a verdade”, pois estão no chão da escada do conhecimento da vida. Alias, no chão bastante elameado. Depois disso, vamos voltar ao evento morte e as duas situações criadas: - Homem VIVO + Resto do Universo = Universo - Homem MORTO + Resto do Universo = Universo A avaliação fria das duas situações, mostra realmente um hiato entre elas. Mesmo com as duas situações independentemente uma da outra estarem atendendo as leis, mas o fato é que não são DOIS sistemas, duas situações independentes. Estes dois cones são ligados entre si pelo evento MORTE, que é a singularidade do evento estudado. Antes da morte, o homem tinha determinado conteúdo entrópico, já que ele tem todos os tipos de movimento: mexer as pernas, mexer os braços, executar o ciclo respiratório, o ciclo reprodutivo, o ciclo digestivo, todos os órgãos se movimentando, especialmente o coração, o sangue circulando ao longo de vários metros dentro de artérias e veias, os neurônios vibrando, mantendo todo esse sistema coloidal complexo a uma temperatura em torno de trinta e sete graus, e por aí afora. No ato da MORTE, todo o sistema perde seus movimentos, o coração para de bater, o sangue fluente deixa de ser um sistema coloidal livre, solto, do tipo SOL e coagula, passando a ser um sistema coloidal do tipo GEL (coagulado, aglomerado, com retenção de todo o volume de meio que o constitui, o que diminui drasticamente a entropia) e, finalmente, diminui violentamente o maior contribuinte para a Entropia: a Temperatura. Claro que a diminuição da entropia no homem morto em relação ao homem vivo, que é devido a coagulação do sangue, diminuição de temperatura, e outros, onde tudo favorece o aumento da coesão, energia coesiva ou atrativa. Essa diferença em forma de entropia é enviada ao resto do Universo. Só que é fácil perceber que a quantidade de entropia contributiva para a entropia do Universo promovida pelo Homem Vivo é visivelmente maior do que a promovida pelo Homem morto. 155 Nesse ponto parei para pensar profundamente em quaisquer alternativas possíveis. Depois de tudo que mostrei antes, não posso me negar a aceitar que o evento morte realmente modificou bastante a condição reinante: vivo x morto. A aceitar que o bico (evento presente ou singularidade) que no caso presente é a morte, seja uma interrupção total entre os dois cones de eventos passado e futuro, pode ser até aceito, mas precisa primeiro justificar como essa enorme quantidade de energia e entropia sumiu! Se o sistema VIVO tinha toda aquela quantidade de energia entrópica, através dos movimentos e do calor, e de repente vem a MORTE e acaba com tudo isso sem uma compensação do parceiro do sistema, que é o “resto do Universo”, então eu seria obrigado a reconhecer que a Termodinâmica está errada: não passa de um blefe! Mas admitir que ela atende TUDO que ocorre no Universo inteiro, e só erra em um único caso: a Morte do ser vivo, é difícil de aceitar. Sinceramente, para aceitar isso, eu ficaria na obrigação moral de acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, etc. Usando a razão, pelo menos que eu penso ter, a Termodinâmica não pode ser tão perfeita para tudo menos para esse caso específico, que permite que o Universo como um todo, Diminua muito seu conteúdo entrópico. Seria a ÚNICA exceção ao Segundo Princípio da Termodinâmica. Assim, tem que haver alguma explicação que localize essa quantidade de energia entrópica que “sumiu”. De todas as alternativas que me vieram a cabeça, a única que faz algum sentido, é a possibilidade de realmente termos na nossa constituição, uma parte Não Material, cujo conteúdo tenha mais Entropia do que a quantidade diminuída no ato da Morte. Esta possibilidade satisfaz a Termodinâmica, mas fica faltando identificar o tipo e quantifica-la além, é claro, de descobrir sua origem e que papel ela desempenhava dentro do organismo vivo, e porque sai com a ruptura pela morte. Da identificação e sua compreensão, vai depender a definição de um dos pontos que mais me incomoda, conforme mostrei no item c do capítulo 3, sobre as consequências do atraso sideral, em relação a rapidez do deslocamento dessa forma não material até seu destino final. 10 – 6 - O Trato da Casa e o Meio Ambiente Depois de tudo que foi avaliado e comentado sobre o Homem, a morada de Deus (e do Homem), nosso sistema em relação ao restante do Universo, nossa vida temporária na casa de Deus, etc, vamos avaliar o comportamento do homem em relação ao seu (e de Deus) lar. Como o homem cuida de si, de seus irmãos, das demais criações de Deus, enfim do meio ambiente e da preservação da casa que ele usufrui. 156 Inicialmente, como já vimos, sabemos que nosso planeta é constituído por três quartos de agua. Coincidência ou não, o homem também o é, e a maioria dos animais e vegetais do planeta também são constituídos primordialmente por agua. Em princípio parece um pouco de covardia, todos os habitantes formados majoritariamente por agua e largados num planeta constituído basicamente por agua. Seria um fim rápido e trágico para todos os seres vivos desse planeta. Além disso, outra covardia era colocar nossa atmosfera com oitenta por cento de um gás inerte, sabendo que após o consumo dos vinte por cento respirável pelo homem, transformando-o em outro gás irrespirável pelo homem (gás carbônico), cuja mistura com nitrogênio levaria todos os seres vivos a dolorosa morte por asfixia. Entretanto, nada disso aconteceu nem acontece, e isso por algumas razões que vamos começar a analisar, como por exemplo, como as coisas da natureza se equilibram e onde e como o homem entra nesse circuito, como morador temporário deste “lar divino”. Os assuntos ligados a ecologia e meio ambiente, assim como o comportamento médio do ser humano em relação a eles, são tantos e tão vastos que daria para escrever vários compêndios sobre o assunto. No caso presente, esse assunto é apenas um tópico do que é a finalidade do trabalho. Por essa razão, vou avaliar alguns assuntos o mais sucintamente possível, e para não me alongar demais em nenhum deles nem perder a sequência que me propus, vou identificar cada um deles como um sub item. 10 – 6 – 1 - O primeiro ponto de abordagem é a aparente covardia de seres vivos constituídos primordialmente por água terem que sobreviver em um planeta com maioria absoluta de agua. Como os seres vivos precisam se defender da agua para sobreviver, é só ter um pouco de percepção para verificar que todos foram muito bem protegidos, quer seja por Criação quer seja por Evolução. Todos os seres vivos são protegidos por uma fina camada de “repelente a agua”. Explicando: só existem dois tipos de substâncias, em uma visão genérica, que são as POLARES e as APOLARES. As Polares são aquelas que apresentam alguma polaridade e são representadas por sua forma mais geral: a água ou hidro. De outro lado existem aquelas que não têm nenhuma polaridade, ou seja, são absolutamente Apolares, cuja representação mais geral é o óleo. Assim temos que a agua (hidro) é POLAR e o óleo é APOLAR. Os dois tipos são absolutamente antagônicos, opostos. Quem tiver afinidade por um deles, obrigatoriamente terá aversão pelo outro. A afinidade é definida pelo termo FILIA e a aversão é definida pelo termo FOBIA. Assim, todos os produtos polares, têm afinidade (filia) pela agua (hidro) e por isso são considerados como tendo HIDROFILIA e são classificados como HIDRÓFILOS. Tendo filia pela hidro 157 (polar) obrigatoriamente terá aversão (FOBIA) pelo óleo, logo, são portadores de OLEOFOBIA e são chamados de OLEÓFOBOS. O oposto segue o mesmo raciocínio: quem tem FILIA por óleo é chamado OLEÓFILO, logo, obrigatoriamente um HIDRÓFOBO. Dessa forma, podemos observar que os seres vivos foram muito bem preparados para enfrentar os desafios da vida no planeta agua. Todos têm uma fina proteção HIDRÓFOBA, o que obriga que seja OLEÓFILA. O homem mergulha o braço na agua, ao tirar basta sacudir um pouco ou passar um pano (toalha) e está novo em folha. Entretanto, se ele mergulhar o braço no óleo (petróleo, querosene, gasolina, etc) ou seja, qualquer produto Hidrófobo, logo, oleófilo, que portanto tem afinidade pela superfície atingida, a aderência é de tal forma que dá imenso trabalho para remover e voltar ao normal. Isso, o homem, que tem inteligência e todos os recursos disponíveis para tais ações. Mas, e os demais seres vivos? Estão protegidos pela natureza porque nela Não existe óleo disponível, que possa lhes causar danos. Alguns tipos de óleo, em pequenas quantidades, como parte de frutos, que depuramos para usarmos como comestíveis. Nada afeta aos demais seres vivos porque o óleo que existe em abundância, não tem a menor chance de incomodar ninguém. Está a inúmeros quilômetros de profundidade, a maioria abaixo do fundo do mar. É uma forma de garantir a segurança dos seres vivos que têm proteção hidrofóbica, logo ficam vulneráveis aos produtos oleosos. O equilíbrio e a segurança estão garantidos pela Natureza, pelo meio ambiente, por Deus, ou seja lá pelo que for. Cada um que credite a proteção e segurança àquilo em que ele acredite. Infelizmente, aí entra a única coisa maligna que existe no planeta: o homem. Consegue furar um sem número de quilômetros abaixo do fundo de quilômetros de lâmina d’agua, para buscar óleo em quantidade suficiente para lhe dar conforto e riqueza. Com grande frequência ocorrem enormes vazamentos de petróleo em diversos pontos do planeta. Os seres vivos, por terem proteção contra a agua, que poderia destruí-lo, se tornam altamente vulneráveis, porque para se defender da agua, tem que ter um produto que abre sua guarda para o óleo. A fauna e a flora atraem o óleo por terem estrutura de mesma natureza e se tornam vítimas fatais porque o óleo molha bem as superfícies hidrófobas, por terem que ser oleófilas. E lhes conduz a um triste fim. Tristes vítimas do tresloucado maligno ser humano, que sequer diminui seu ritmo de destruição. Mas reza para Deus e considera que Deus está de acordo e ponto final. Assim, as vítimas deixam de ser problemas seus, passam a ser de Deus. 10 – 6 – 2 - O segundo aspecto que desejo abordar é sobre a respiração. O ciclo de respiração do ser humano é a inspiração de oxigênio e a consequente expiração de gás carbônico. Assim, o que se deveria esperar é que nossa atmosfera fosse constituída de oxigênio. Entretanto, o oxigênio é o comburente natural. Se a atmosfera fosse só dele, bastava 158 riscar um fósforo que o planeta explodiria. A natureza é sábia: ele existe na proporção de uma parte dele para quatro partes de um outro gás, este inerte, o nitrogênio, que impede isso. Mas ao respirarmos, vamos inspirar o nitrogênio junto com o oxigênio. Certo, vamos, mas o nitrogênio é inerte, entrará em nossos pulmões e sairá da mesma forma que entrou. Não participa de nada nem interfere no serviço do oxigênio. Equilíbrio perfeito. Entretanto, nosso ciclo de respiração completo consta da inspiração do oxigênio junto com o nitrogênio e, após a realização do ciclo, expiramos o nitrogênio intacto (entrou e saiu sem participar de nada). Por outro lado, o oxigênio inspirado, após a realização do ciclo, é expirado na forma de gás carbônico. Dessa forma, gradativamente vamos transformando a mistura inicial de nosso equilíbrio e condição de vida, a mistura de oxigênio com nitrogênio, para uma nova mistura constituída por nitrogênio e gás carbônico. Com essa mistura, o homem não sobrevive, é condenado a morte por asfixia. Mais uma vez a natureza mostra que não precisa de nós, de nossos favores para nada. Ela é auto suficiente em tudo. Inclusive nesse caso, que solução simples, tranquila e objetiva da natureza: os VEGETAIS respiram ao contrário de nós, ou seja, enquanto os animais inspiram oxigênio e expiram gás carbônico, os vegetais inspiram gás carbônico e expiram o oxigênio puro, renovado. Animais e vegetais vivendo juntos e compartilhando a mesma atmosfera, ou seja, um dando respaldo às condições de vida do outro. Equilíbrio simples e perfeito. Os vegetais nos devolvem o oxigênio que destruímos formando gás carbônico, transformando-o novamente em oxigênio, puro, independentemente de ter sido utilizado antes por outros seres com qualquer tipo de doença, contagiosa ou não, não importa: ele sempre volta limpo e puro, como se nunca tivesse sido usado antes. Assim, os vegetais nos equilibram, nos ajudam a viver com saúde e tranquilidade. Infelizmente, novamente entra em cena o mal do planeta, o ser humano, que destrói os vegetais para amealhar o maldito dinheiro, a custa da eliminação de quem nos garante vida e saúde. 10 – 6 – 3 - O terceiro aspecto que desejo avaliar é o radicalismo de muitos ambientalistas (ou ecologistas) no sentido de defender o meio ambiente. Agem e querem que todos participem desse tipo de ação, como se o meio ambiente fosse um retardado mental que não sabe o que faz e muito menos se defender. É bom que os que desconhecem o assunto com certa profundidade, não caiam na esparrela dos desesperados defensores de um mongoloide indefeso. A verdade não é bem essa. O meio ambiente não precisa de nossa ajuda, por uma razão muito simples e que eu tenho inteligência suficiente para saber e reconhecer com toda humildade: o meio ambiente (ou, a natureza) é muito mais inteligente do que nós todos juntos. Ela sabe se defender, tem todos os mecanismos de defesa, se não, já tínhamos ido todos “para o brejo”. 159 Digo isso conscientemente porque sou um observador da natureza e já trabalhei em controle de poluição, na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), hoje INEA. Para ficar mais didático vou subdividir. 10 – 6 – 3 a- O Oceano O oceano sabe se defender bem; se vocês nunca repararam, tudo que se joga no oceano e que não presta, ele devolve, jogando nas praias. Os interceptores oceânicos despejam todo o esgoto orgânico bem longe da rebentação. A agua do mar depura toda a massa atirada, retém aquilo que precisa, como os coliformes, por exemplo, que servem de alimentos para micro organismos marinhos. O restante, em forma de bolo fecal mas já seco, inservível para ele, é jogado de volta para as praias. Se nós morrermos afogados, em tempo reduzido o oceano devolve para as praias, ou seja, o oceano se livra de tudo que não presta, inclusive nosso corpo. É com tristeza que temos que reconhecer que sanha maligna do homem é infinita. Ele não dá tempo para o oceano se limpar, tal a velocidade com que ele o agride. Assim, creio que os ecologistas deviam parar de se preocupar com o oceano e se preocupar com o mal, que é o homem. 10 – 6 – 3 - b - Os Rios Os rios são formados por agua corrente, o que, por si só, já mostra que ele não precisa de ajuda. Quando trabalhei na Feema, eu próprio, com minha equipe, fiz esse teste no Rio Paraiba do Sul. Na beira de uma pequena cidade de interior, onde o esgoto era lançado ao vivo no rio, medimos a velocidade da agua e marcamos outro ponto mais distante cerca de duzentos metros. Claro que a quantidade de coco não era como de uma cidade grande. Mas no momento do lançamento fizemos coleta de material ali, e depois do tempo que garantia que aquela mesma massa de agua estava passando no ponto posterior, repetimos a coleta. Resultados do Laboratório: - agua do local do lançamento: Nº de coliformes: incontáveis - agua do local 200 metros adiante: Nº de coliformes: zero A conclusão é que o esgoto orgânico (coliformes) serve de alimento para os micro organismos (cujos nomes são de conhecimento dos biólogos, zootecnistas etc). O que não for consumido no caminho, será lançado ao mar, que devolverá tudo a terra. 160 A poluição que realmente acaba com a saúde dos rios e de seus habitantes marinhos, quer sejam micro ou macroscópicos é o despejo industrial, contendo metais pesados, letais até para os humanos, detergentes etc. Novamente me entristece o fato de saber que os malditos que cometem esses crimes são os homens, com o desespero de aumentar cada vez mais o lucro, e contam com a conivência dos servidores públicos venais que, em troca de propinas, permitem esse crime de lançamento diretamente nos rios, não obrigando às indústrias a remover todos os materiais nocivos no despejo. 10 – 6 – 3 – c - Baia de Guanabara Só vou relatar este fato porque pode servir de base para alguma investigação que possa vir a ajudar aos abnegados que atuam no combate a poluição. Todas as baías apresentam as mesmas características, visíveis para quem observa de fora dela: durante a enchente, observa-se nitidamente a agua entrando na baía, e durante a maré vazante, é visível a agua saindo da baía em direção ao mar. Esta é a principal característica de uma baía e é exatamente o que a distingue de um rio, onde a agua corre sempre para o mar, quer seja na enchente quanto na vazante, com pequenas exceções onde a agua do mar adentra no rio, mas em pequeníssimas distâncias, para logo retornar seu trajeto natural para o mar. A Baia de Guanabara tem uma característica que parece ser única no mundo. Talvez devido ao seu formato de um útero, ela apresenta a seguinte característica: na vazante a agua realmente SAI da baia para o mar. Entretanto, curiosamente, durante a enchente a agua continua saindo para o mar, embora seja visível o aumento de volume do interior dela. A explicação parece ser simples: devido a seu formato, durante a vazante a agua sai para o mar como qualquer outra baía. Entretanto, durante a enchente, a agua entra em grande volume por baixo (correntes inferiores), o que faz com que, devido as correntes de marés, parte da agua continua saindo pela superfície. Desse modo, para um observador externo, a agua está SEMPRE saindo, logo, parece se tratar de um rio e não de uma baía. Isto já era sabido pelos Portugueses há quinhentos anos. Só depois de adentrar no “rio” é que se vai descobrir que se trata de uma baía. Mas o que quero apresentar não é isso. Quando lá trabalhei, havia um convênio da Marinha de Guerra (Governo Federal) e a Feema (Governo Estadual), convênio esse no qual fui secretário durante algum tempo. Era o Convênio de Controle de Poluição da Baía de Guanabara. Haviam os “feras” que comandavam o controle, a partir de modelo matemático, com dezenas de pontos de coleta de agua, em três profundidades (superfície, meio e fundo), feitos sistematicamente (não me lembro mais se a frequência era mensal ou quinzenal). 161 As amostras eram levadas ao laboratório, ensaiadas e os resultados fornecidos ao grupo encarregado da execução do modelo. Não sei o resultado final desse estudo porque na mudança de Governo do Estado saí e fui trabalhar em outro órgão. Mas o importante é que, enquanto estive lá, responsável e participante das coletas das amostras, e muito amigo de dois excelentes profissionais da área da Química, o Dr Marcos K. Barreto, chefe geral da Divisão de Laboratório, e seu assessor científico, o saudoso Dr Hélio Ramos da Costa. Estes dois, com suas excelentes cabeças de cientistas, observadores dos eventos químicos, responsáveis pelo abastecimento de dados aos “modeladores”, claro que tinham a obrigação de fazer uma avaliação prévia, para detectar possíveis erros de amostragem, de resultados de ensaios ou qualquer indício de equívoco, para não levar problemas sobre assunto de tal seriedade. Nas avaliações, começaram a perceber que os resultados de cada ponto de coleta, não mudavam demasiadamente com o tempo. E, o pior, os resultados eram uma verdadeira “salada de frutas”. Começaram a detectar pontos extremamente próximos entre si apresentando valores altamente divergentes, ao mesmo tempo em encontravam pontos muito distantes um do outro, com características bem mais próximas. Claro que, com a capacidade intelectual dos dois, aliado ao profundo conhecimento profissional, começaram a montar planilhas e conduziram uma avaliação paralela a modelatória oficial. Depois de longo e penoso estudo, conseguiram unir graficamente os pontos de mesmas características, e obtiveram um conjunto de curvas que faziam como que contornos reduzidos bastante semelhante ao formato da Baía de Guanabara. Ao procurarem o esclarecimento dos resultados obtidos, descobriram que o conjunto de curvas que obtiveram eram exatamente as curvas da Carta de Marés da Baía de Guanabara fornecida pela Marinha. Não sei qual o resultado final disso tudo, pois saí de lá e fui para outro órgão, logo depois Dr Hélio faleceu e o Dr Marcos deixou de ser o diretor após a mudança do Governo. Só citei isso para mostrar ao leitor como as coisas funcionam, pelo menos por aqui. Da mesma forma como conversei muito com ambos sobre esse assunto, concluímos que era bastante óbvio o resultado: você joga o esgoto em determinado ponto, que a corrente marinha se encarrega em distribui-lo ao longo do circuito que ela perfaz. A minha conclusão, que me valeu alguns xingamentos, é de que “controlar a poluição da baia de Guanabara” é “jogar dinheiro fora”. E por que disse isso? Ora, se em determinado ponto, como por exemplo, no desembocadouro do canal do mangue, fétido, que só tem coco e despejo industrial, a corrente o distribui por toda a área de circulação dela. Daí, para mim, não precisa nem ser inteligente para saber que, basta jogar agua limpa nesse ponto, que a corrente se encarregará de distribui-la, ou seja, a baia não precisa de nossa ajuda, ela sabe se defender sozinha: basta que parem de jogar esgoto e despejo nela. Claro que a despoluição total, ou sua limpeza completa não é somente isso. Seria simples demais. Acontece que isso serve para 162 mostrar que a limpeza dela poderia custar pequeníssima parte do que é gasto anualmente, e com a baia sempre com as mesmas fétidas condições. Claro que sei porque fui xingado por alguns colegas, por toda pecha de ofensas; o controle de poluição, não só da baia, como também todos os outros tipos, se transformaram numa espécie de “indústria”. Hoje se vê tanta gente ganhando muito dinheiro a custa de controlar a poluição, que por seu lado está cada vez maior. Atualmente está como a “indústria da seca do nordeste brasileiro”, cantada em verso e prosa desde a época do Império, no século XlX. Até hoje a seca leva grande parte da riqueza nacional, majoritariamente nas mãos da “coronelidade” da região. Nenhum projeto sério para solução do problema consegue sair do papel. 10 – 6 – 4 - O quarto ponto que tenho experiência e posso colaborar falando da minha tentativa frustrada de ajudar, é no tocante a proteção de animais silvestres. Trabalho há bastante tempo na área de pavimentação. Quando se faz uma estrada, que vai cortar uma área de terreno, o usuário observa que o asfalto fica bem elevado em relação ao terreno natural, normalmente mais de um metro. Isto é feito por detalhes técnicos, que não cabem aqui comentar. O que importa é que, antes de passar a rodovia, o terreno como um todo, plano ou não, já era habitado por animais silvestres, que andavam de um lado para outro com segurança e tranquilidade. Geralmente existem trilhas preferenciais pelas quais eles se deslocam. Quando se faz a estrada, o terreno fica “dividido em dois”, os dois lados da estrada e os animais para irem de um lado para o outro, têm que subir a “rampa” de um lado, atravessar a rodovia e descer do outro lado. Isto leva a dois problemas sérios: o primeiro é o risco a que ficam os motoristas, principalmente a noite, de perder o controle do carro ao tentar se desviar dos animais, pelo menos os que ainda têm algum respeito aos animais dentro de si, pois a maioria se lixa e passa por cima e pronto; o segundo é que, antes da estrada, os animais viviam sua vida em seu habitat natural, com paz, tranquilidade e segurança. Nós, homens, por interesse nosso, é que fomos levar desconforto e insegurança a vida deles. Por essas razões, sempre considerei que era obrigação moral nossa (infelizmente o homem, com seu desespero pelo maldito dinheiro nem se lembra mais do que seja a tal de “moral”) tentar minimizar nossa violência contra eles. Antes da construção da estrada, eles caminhavam livremente, passando de um lado para o outro de onde ela seria construída. Claro que eles usam trilhas preferenciais, então minha sugestão era no sentido de, antes da abertura da estrada, fazer um levantamento para descobrir os pontos de trilha preferencial dos “moradores” daquela área. Durante a construção da rodovia, principalmente quando cortava ou tangenciava alguma reserva, minha sugestão era fazer nesses pontos uma “travessia” para eles. Coisa simples e barata. Simplesmente nesses pontos, atravessar a estrada, no nível do terreno natural, com um bueiro celular, um tubo armco, ou mesmo manilhas armadas. O local deveria ser revestido pelo piso e pelos lados, com material e vegetação natural do local. Claro que deveria haver um 163 cuidado inicial dos animais, mas certamente com o tempo, se sentindo seguros, voltariam a fazer a travessia sem passar pela rodovia (da morte). Era o mínimo que eu achava que tínhamos obrigação moral de fazer para minimizar o mal que fizemos a eles. Claro, para quem conhece o ser humano, isso nunca foi aceito, porque “não tem recurso destinado para isso”. Talvez não influa no custo da obra nem 0,1%. Mas não pode. Também é claro que pode sair valores centenas ou milhares de vezes maior para propinas, para caixas de campanha de partidos políticos, etc. Mas, para preservar a vida de “seres vivos criados por Deus” nem pensar! Mas, os causadores direta ou indiretamente pelas mortes dos animais (e até de seres humanos em acidentes ocasionais) não se preocupam, porque a culpa não é deles: afinal ele acredita em Deus, segue alguma religião e semanalmente dedica uma ou duas horas de seu precioso tempo para rezar para esse Deus Todo Poderoso, que ele ama, como ama e respeita tudo que esse Deus fez e faz. E continua feliz com sua fé e seu amor a Deus. 10 – 6 – 5 - O quinto aspecto que precisa ser avaliado é a questão do lixo. O lixo é um problema crônico em nossas cidades. O chorume produzido contamina o solo e, muitas vezes atinge o lençol freático, causando danos muito mais sérios. Não sou especialista em lixo, como não conheço a tecnologia para produzir energia a partir dele. Portanto, por não conhecer os quantitativos envolvidos, não devia dar opinião nem sugestões a respeito. Entretanto, como me considero um homem preocupado com o meio ambiente e com o futuro do planeta, como também trabalhei alguns anos em meio ambiente, e tendo trabalhado minha vida quase toda em usina de asfalto, creio que minha opinião pode ser um ponto de partida para algum especialista avaliar melhor. Uma usina de asfalto é composta de um sistema de silos e correias para abastecimento dosado dos materiais frios. Tudo é transportado para dentro de um tambor rotativo, que é um secador, alimentado por um maçarico que eleva a temperatura o suficiente para secar totalmente o material que tem sua umidade natural ou oriundo de chuva, orvalho, etc, e elevar a temperatura desse material seco até determinado valor adequado para a mistura com o asfalto, formando a mistura que será transportada e aplicada nas estradas de rodagem e em vias urbanas. O tambor secador de uma usina de asfalto, mede em torno de dez metros, não muito mais, e o maçarico é programado para elevar a temperatura do material até pouco mais de duzentos graus. Claro que tecnicamente tanto o tambor como o maçarico podem ser projetados para alcançar temperaturas muito superiores e produção muito maior. É evidente que o aquecimento remove a agua do material, assim como queima toda a matéria orgânica presente (contaminando os materiais frios) formando gás carbônico e ocasionalmente fuligem, partículas de tamanho coloidal pretas (negro de fumo, etc) O tambor tem acoplado um exaustor que suga isso tudo para uma chaminé, que joga tudo para o ar (para o meio ambiente). 164 É uma violência contra o meio ambiente, com certeza. E isso foi assim durante décadas. Até que começaram a fabricar os chamados “filtros de mangas”. É um equipamento implantado ao lado da usina de asfalto, e todo o material (vapor d’agua, gás carbônico, fuligem, negro de fumo, e demais impurezas) que contaminavam os materiais, são puxados por um exaustor e lançados por dentro de longas mangas feitas com tecido especial, que retém todas as partículas, só deixando passar para a atmosfera o vapor d’agua e o gás carbônico. Todo o material sólido fica aderido as paredes das mangas e intervalados pulsos (sacudidelas) faz todo esse material sólido ser despejado em um silo (depósito localizado abaixo do filtro). Este material, muito fino, é reutilizado na própria massa asfáltica, como material de enchimento. Porque citei tudo isso antes de dar alguma sugestão para o caso do lixo? Foi porque a solução apresentada acima, para as usinas de asfalto podem ser ampliadas para uma solução ambiental de grande porte. Em primeiro lugar vamos falar do lixo. Acredito que seja possível a instalação de equipamentos idênticos às usinas de asfalto, com produção e queimadores dimensionados por especialistas para atender a demanda de cada caso particular, que poderia ser em cada Município ou em cada conjunto de municípios próximos, desde que estudos mostrassem sua viabilidade econômica. O lixo é constituído basicamente por matéria orgânica, como papel, plásticos, restos de alimentos, tudo junto com latas e vidros. Qual é a ideia principal: esse material todo seria transportado por correias para dentro do sistema tambor-maçarico dimensionado para tal, e teria seu funcionamento de forma absolutamente idêntica a produção de massa asfáltica. O resíduo sólido depositado no silo, seria submetido a análise química para saber sua composição e descobrir se ele tem finalidade nobre para seu uso. Se não tiver finalidade nobre, esse pó seria adicionado ao pó de pedra com que se faz tijolos de cimento, ou mesmo ao barro com que se faz tijolos e telhas. Assim teríamos os produtos que estão começando a destruir o planeta passando a nos ajudar a viver melhor, barateando custo de material de construção, que favoreceria muito os pobres. Deixei propositalmente para o final o destino a ser dado a fumaça que sai da chaminé dos filtros de manga. Essa fumaça é constituída por vapor d’agua e gás carbônico. 10 – 6 – 6 - A Fumaça das Chaminés Deixei a avaliação da fumaça das usinas de lixo para o final, porque aqui entra o sexto ponto a ser comentado e avaliado, que é a questão das emissões das chaminés das dezenas ou centenas de milhões de indústrias que jogam diuturnamente sua fumaça para a atmosfera, emitindo as partículas coloidais pretas, absorvente de energia que, se alojando nas camadas superiores da atmosfera, recebem os fótons de luz que aqui chegam, principalmente do Sol. Nas colisões, o coloide preto não espalha a luz, ele é absorvente integral, logo ele recebe a energia trazida pelo fóton e aumenta seu conteúdo energético, logo, aumenta sua temperatura, causando o famoso “efeito estufa”, para muitos o iniciador do fim da vida no planeta. 165 Então, qual seria a sugestão do autor? Que todas as chaminés do planeta recebessem o mesmo tratamento de uma usina de asfalto, que também foi proposta para a caso do lixo urbano, qual seja, ser acoplada a um filtro de mangas (ou algo mais eficaz), que captasse toda aquela fumaça preta que vai para a atmosfera e a filtrasse, produzindo o pó residual no silo abaixo dos filtros, com destino em função de sua composição química ou na fabricação de tijolos e telhas, e terminando da mesma forma que nas usinas de asfalto e de lixo, só jogando pelas chaminés dos filtros, a mistura de vapor d’agua e gás carbônico. Livres do efeito estufa, o planeta já agradeceria, mas para os homens que utilizam seu neo cortical, isso ainda é muito pouco. Podemos ajudar mais, é só se dedicar mais um pouco. O gás carbônico, que muitos dizem ser culpado pelo efeito estufa, não é verdade. Ele não tem tamanho de micela coloidal e sim de molécula, e molécula não retém os fótons, logo não aumenta seu conteúdo energético. Isso é específico dos coloides. Além disso, o gás carbônico expelido pelas chaminés NÃO nos traria nenhum problema se quem foi colocado pela natureza para nos proteger, transformando-o novamente em oxigênio puro, NÃO tivesse sido já destruído em um nível altamente comprometedor da nossa integridade: os VEGETAIS. Infelizmente o homem, em sua sanha desesperada de destruição de tudo que puder ser destruído, o que satisfaz sua malignidade íntima, AINDA continua destruindo o que resta de “nossos parceiros de vida”. Com a violenta diminuição de nossos equilibradores vegetais, o gás carbônico passa a ser nocivo, primeiro porque quanto mais dificuldade de elimina-lo, mais difícil vai ficando a recomposição do oxigênio que nos permite a vida, e segundo porque ele vai saturando toda a agua do planeta, que com sua dissolução, vai diminuindo a dissolução do oxigênio na agua, para permitir a vida dos seres marinhos. Este é o triste quadro que o homem criou e continua alastrando cada vez mais e com mais intensidade, parecendo que realmente o que ele quer é a rápida destruição do planeta. Mas, ainda tem solução? Claro que sim! Infelizmente depende do homem! E o pior é que depende do par que tem mais FILIA nesse planeta, e uma filia insana e maldita: o homem e o dinheiro. É preciso que haja determinação dos homens para tal, mas também é necessário recursos financeiros para tal. E conseguir fazer com que os ricos diminuam sua riqueza para salvar o planeta é uma utopia impensável. Como exemplo é só lembrar o passado bem recente: em 2001 a OMS apresentou um relatório mostrando que a quantia de duzentos e vinte bilhões de dólares acabaria com a fome no continente africano. Claro que ninguém, governos, multinacionais, bancos, todos coitadinhos, no momento estão em sérias dificuldades e não podem fazer nada, mas desejam boa sorte às vítimas (qualquer semelhança com Pilatos terá sido coincidência?). No entanto poucos anos depois anunciou-se uma crise no mundo financeiro do capitalismo, e todos já devem saber o que é uma catástrofe para os ricos, não sabem? É quando eles deixam de ganhar um milhão por dia e passam a ganhar SÓ novecentos mil. Isto é uma desgraça inadmissível! Imediatamente o Sistema Reinante deu seu jeito de arranjar quase três trilhões 166 de dólares para recompor o nível anterior de riqueza dos ricos e repor seus lucros ao nível desejado. Dessa forma, esperar que dirigentes de grandes corporações, banqueiros, grandes industriais e outros bilionários se dignem diminuir seu lucro, por mínimo que seja, para “salvar o planeta” é de uma infantilidade a toda prova. Temos que ter os pés no chão e saber que “quem aceita dinheiro em quantidade que sacrifique a vida de seus semelhantes, não o gasta, só o investe para receber mais, logo a frente”. Eles se tornaram muito ricos porque sofreram uma mutação: os olhos de todos eles perderam a retina e foi criado no lugar dela um enorme e maligno cifrão! Dessa forma, eles tanto compram vidas e consciências como vendem as suas também. O único objetivo da vida deles é aumentar o tamanho do cifrão que ocupa o lugar de sua retina. Então o que eu proponho é muito simples: compra-los! Como? É muito simples. A colocação de filtros em todas as chaminés do mundo, vão custar um pouco de cada um, mas eles preferem morrer a fazer isso. Então os governos dos países podem ajudar ao próprio planeta e aos pobres de um modo geral tomando uma atitude extremamente simples. Todos sabem que o solo disponível para plantio é ácido. O ideal para o plantio é fazer uma correção dessa acidez. Essa correção é feita com um produto chamado calcário (que é o carbonato de cálcio). E como se obtém o calcário? Pode ser obtido diretamente a partir das chaminés das usinas de asfalto e de lixo e de TODAS as chaminés do planeta. Depois de depurado, todas ela emitem o que? Agua e gás carbônico. O gás carbônico mergulhado em um tanque de soda cáustica produz o carbonato de sódio. Este, reagindo com cloreto de cálcio, forma o carbonato de cálcio, o famoso e indispensável CALCÁREO. É essa a minha proposta: instalar filtros de manga (ou um sistema mais eficiente) que separe as partículas sólidas (inclusive as coloidais) que serão usadas em tijolos e telhas, e deixe sair pela chaminé somente agua a gás carbônico. Ao invés dessa mistura ir para a atmosfera, ela seria sugada por um exaustor e mergulhada num tanque de soda cáustica, que com a adição de uma quantidade apropriada de cloreto de cálcio, produz o calcário, que seria ensacado e fornecido aos agricultores, gratuitamente ou a preço de custo. Os governos comprariam das grandes corporações toda a produção de calcário, por um preço que desse a eles o reembolso do investimento mais um lucro (sem o qual eles não vivem). Resultado: o plantio ia melhorar no planeta inteiro, os pequenos agricultores iriam deixar de gastar boa parte de sua produção para aquisição desse adubo imprescindível, e planeta teria uma vida bem melhor. E, claro, nós também. Os dirigentes das grandes corporações iriam passar o resto de suas vidas rindo de orelha a orelha, felizes com o aumento do seu “cifrão retínico”. O único inconveniente é que isto obrigaria aos que vêm TV com frequência (que felizmente não é o meu caso) a passar a ver todos os dias matéria paga por eles com pequena parte do lucro auferido, enfiando goela abaixo dos espectadores que eles são maravilhosos, que estão “investindo pesado na vida do planeta para ajudar aos pobres, etc e etc”. Nunca dizem que estão ganhando com isso. Todo esse 167 bla, bla, bla, que já estamos saturados de ouvir e, mesmo todos sabendo que é mentira, somos obrigados a engolir as mentiras deles, cantadas e declamadas por artistas muito bem pagos para tentar nos convencer que são verdades e que eles realmente são bonzinhos. Ainda bem que já estou próximo do meu fim. Tenho é muita piedade dos que hoje são crianças ou jovens e, principalmente, daqueles que ainda estão por chegar. 168 11 - UM RECADO AOS RELIGIOSOS Nada tenho contra religiosos de um modo geral. Claro que muito me incomoda a existência de dogmáticos, de qualquer origem e de qualquer natureza. Durante toda a minha vida, busquei a existência ou não de Deus, da existência ou não de algum lugar diferente do nosso, onde não imperasse a vaidade, o ódio, a destruição, a morte pela fome de uns para que outros jogassem fora o que poderia matar a fome deles, onde os seres criados por alguma inteligência superior, divina ou não, não matassem fria e covardemente seus próprios irmãos, tão filhos de quem os criou quanto criou a eles próprios, e tantas outras coisas que me mostraram ao longo de minha vida, já não tão curta, apenas que, se existe conhecimento, amor, sabedoria, iluminação, etc, isto não passou nem perto de nós. Nós, habitantes da Terra, na avaliação de nosso conjunto ao longo do que nossa memória permite captar, sempre fomos os mesmos, anormais executores de nós mesmos e de todas as demais espécies que convivem conosco. O homem nunca desconfiou que existe o amor, que nós somos tão filhos de um Criador (se Ele existe) quanto todos os demais homens. Mas os homens matam seus irmãos em nome Dele, e depois rezam para Ele e Lhe oferecem o sangue daqueles que eles executaram, com absoluta certeza de que esse Deus, tão insano quanto ele, recebe e agradece a oferenda e ainda o abençoa por tal ato. Infelizmente não posso deixar de registrar que os religiosos sempre tiveram papel preponderante nessa forma de pensar e de agir, que para mim só mostrou que o homem nunca foi “alguém” e sim “algo” que existe na natureza, nesse Universo que parece não ter limites, nem começo nem fim, tal sua grandiosidade. Enfim, somos algo que não significa nem representa absolutamente nada para o todo onde estamos inseridos. Felizmente o poder maligno de destruição do homem não tem capacidade de ultrapassar os limites do insignificante e fedorento pontinho universal onde estamos concentrados. Pontinho esse que, apesar de insignificante e fedorento, é considerado pelos seres humanos como o local da moradia de Deus e de Sua Criação, por acaso, ele próprio, chamado homem. Claro que as religiões sempre contribuíram muito para que isso se tornasse uma “verdade absoluta” e se perpetuasse para sempre. Os seres humanos do futuro vão continuar se matando, uns acumulando o que não têm condição de usar e de gastar, e isso a custa da falta de muitos outros que continuarão morrendo de fome, de inanição, com os ossos furando a pele, cheios de inúmeros tipos de doenças, que não importam absolutamente nada aos que estão do covarde lado dos que têm demais, sempre de forma ilegal, e se lixam para a saúde e até para a vida dos menos favorecidos. A única coisa que muito me intriga e me deixa perplexo é que os seres humanos nunca fizeram opção por pensar profundamente sobre seu comportamento, como também pensar se existe alguma “possibilidade de ele estar certo” pensando em algo superior a nós, de caráter divino, que nos criou, nos conduz e nos receberá depois de sairmos daqui. Não, o homem 169 nunca se preocupou em pensar de fato, pois no sub consciente ele parece saber que se procurar vai achar algum lampejo de iluminação, mas também descobre que essa “revelação” que ele pode buscar e encontrar lhe obrigará a atitudes e comportamentos que ele repudia violentamente, como abrir mão da vaidade, da sabedoria “absoluta”, do direito de matar seus “irmãos”, do direito de ter mais que eles, de mentir, de trair, de jurar falso, de acumular o que não pode usar, e tantas outras coisas ligadas as “benesses materiais” a que só ele tem direito e muitos de seus irmãos não. Por isso ele prefere bloquear seu neo cortical, que é a parte do cérebro onde habitam os neurônios com suas frequências de vibração, que lhe dão condição de entender tudo a sua volta. No fundo, parece que a maioria dos homens sente, intuitivamente que, se procurar vai encontrar algo superior a ele, ao qual ele deve se subordinar. Mas, ele se questiona: para que procurar algo que pode lhe tirar os fabulosos prazeres materiais a que tem direito! Por isso, a maioria bloqueia seu neo cortical e inclui no seu lumbical, a parte do cérebro que fornece o “sentimento”, que os mamíferos possuem e os répteis não, uma coletânea de condições imaginadas com o auxílio do mal, e por isso se torna um “espelho de Deus”. E até mata quem questionar isso. Por essa razão, o homem vive enclausurado em sua redoma inquebrável e impenetrável para todos, onde ele é o “eixo motriz da lei de Deus” e só ele sabe a verdade e a vontade de Deus, e tem certeza que ao morrer vai para o paraíso morar com Deus. Mas quando fica velho, ou contrai uma doença fatal e sabe que está em estado terminal, se apavora, fica com medo, mostrando que sua redoma sempre foi de vidro fino, só ele não percebeu. Mas, para quem pensa com o neo cortical, ou seja, de forma ampla, geral e irrestrita, avaliando a si próprio como qualquer ser vivo, sente profunda piedade dos infelizes (esmagadora maioria dos seres humanos) que agem dessa forma. E, pior ainda, ele tem pavor de ir para um lugar onde só haja “choro e ranger de dentes”, como afirmado por quem de direito, não tendo nem mais capacidade de raciocinar, já que seu neo cortical foi devidamente bloqueado por ele mesmo, por interesse material, para olhar a sua volta e ver que o lugar para onde ele tem pavor de ir é exatamente o lugar onde ele está! E, o pior, que ele é um dos promotores do “choro e ranger de dentes de muitos infelizes”. Nem assim o homem acorda. E creio que nunca vai acordar. As benesses materiais oferecidas pela “casa” satisfazem plenamente a vaidade da grande maioria dos homens. Meu pai me disse certa vez, já pouco tempo antes de sua morte, em 1.981 a frase que nunca esqueci: “meu filho, quando se consegue entender como tudo isso funciona e descobre que não se pode interferir no curso das coisas, chega-se a conclusão que é muito melhor ir embora daqui”. Durante algum tempo isso só me assustou um pouco, mas hoje entendo perfeitamente e compartilho cem por cento com a opinião dele. O mal está tão enraizado nos seres humanos, que a luta contra ele é impossível de ser ganha sem extermina-los. Como isso não é tarefa nossa, é que compreendi bem a assertiva dele e compartilho dela. O trabalho que acabaram de ler foi provavelmente minha última tentativa de colaboração na difícil tarefa de entender nossa estadia aqui, nos confins do Universo, presos por uma 170 grade fortíssima chamada Gravidade e, se realmente existe a tal parte não material constituinte do ser humano, pode-se afirmar que a parte material nada mais é do que a nossa “cela” com direito a pequeníssimas locomoções dentro do cativeiro onde estamos. Mas, mesmo assim, muitos vão continuar pelo tempo afora a se considerar “divinos”, feitos a imagem e perfeição de um Deus OniTudo. Tenho muita pena dos seres humanos. Creio que, se existe realmente um Criador desse Universo, tão grande e complexo, não deve ter sido sem razão que nos colocou aqui. O bem e o mal são duas faces de uma mesma moeda sem espessura, o que significa que para ser do bem ou do mal, basta optar. Infelizmente nosso lar que poderia ser um paraíso de convivência fraterna e de amor, existindo ou não o Criador, foi transformado pelo próprio homem na famosa “geena”. A sanha de destruição do homem é tanta que ele já está começando a realizar a única obra que pode realmente salva-lo: “a sua própria destruição”. A erradicação do homem fatalmente vai conseguir fazer com que este planetinha insignificante passe a ter algum valor: será um lugar onde não existirá ódio e sim amor, convivência de diferentes tipos de seres vivos que se mantém em alto padrão de equilíbrio, cada espécie com seu predador natural, sem nenhum predador total, capaz de destruir a si próprio e seus semelhantes. Claro que já não mais estarei por aqui quando isso ocorrer, mas tenho pena dos muitos seres vivos que vão passar por aqui, partilhar de várias rotações da Terra em torno de seu eixo, como também participar de, poucas ou muitas, nunca se sabe, translações da terra em torno de seu astro Sol. Os que não bloquearem seu neo cortical sofrerão muito, como tantos que nos antecederam e nós, que atualmente deixamos ele funcionar normalmente, e que acabamos percebendo que para vivermos no paraíso é só uma questão de opção. Infelizmente vence a maioria e, a maioria sendo vaidosa, dona da verdade, aceita todas as benesses materiais oferecidas e nos obriga a compartilhar dessa fedorenta geena onde estamos. Creio que o motivo fundamental pelo qual o homem bloqueia seu neo cortical é realmente a Primeira e Grande consequência da VAIDADE. Essa é que estragou tudo, fez o homem se virar contra o próprio homem, cada um querendo ser mais que seus semelhantes, mas não através de atitudes, de amor, de confraternização, mas sim através do TER. A única coisa que interessa ao homem é TER, quanto mais, melhor. O fato de ele acumular aquilo que não vai conseguir gastar, que sempre causa falta a semelhantes seus, que vão sofrer por isso, passar necessidades, não interessam em nada aos que acumulam muito. Para eles, basta saber que ele TEM mais que a maioria de seus semelhantes, que isso já lhes satisfaz plenamente. E o pior de tudo é que parece que nunca vão modificar sua forma de pensar e de agir, exatamente pela principal consequência da Vaidade, que é a CERTEZA. Na minha humilde opinião o ser humano nunca vai mudar porque, sendo vaidoso e aceitando as benesses materiais oferecidas pelo luxo e riqueza, com a certeza de que está certo, ele esquece que seus semelhantes têm as mesmas necessidades que ele, e o pior, que as necessidades de seus irmãos não são culpa deles. A culpa é de quem eles dizem que creem, que amam, que idolatram, que vivem em função dele, e todas as demais baboseiras que você já deve estar saturado de ouvir. A culpa pela necessidade que os homens têm de comer, beber, 171 morar, respirar e tantas outras, são impostas pela Criação, e eles que sempre dizem que acreditam e aceitam esse Criador como Superior, Divino, Justo e tantas outras Virtudes, mas cada um se considera “filho único” desse Pai Celestial. Ele dá sua “colaboração” para os “representantes” desse Deus Todo Poderoso e dispensa uma ou duas horas por semana para ir a um suntuoso templo “rezar para Deus”, mas não quer saber se esse mesmo Deus é o que criou os seus semelhantes. Basta que o tenha criado, já chega. O problema dos outros que não têm nada, não é dele nem desse seu Deus Único, e sim deles com o Deus deles. E eles todos que se danem. Creio firmemente que o homem tem que finalmente DESCOBRIR que ele não passa de um “transportador ambulante de coco fedorento”, igual a todos os demais homens do passado, do presente e do futuro. Somos todos absolutamente iguais. E o que mais me espanta nessa vida é ver que os homens dizem que acreditam em Deus, rezam para Ele, etc. Acham que Ele é único e criou tudo e todos, logo, no mínimo o que se deveria esperar de um ser racional, que sabe que tudo foi criado por um Deus Divino, era amar e respeitar tudo que esse Deus Divino criou e, consequentemente, ama. Mas no comportamento o homem na realidade age exatamente ao contrário: destrói Tudo que foi criado por esse seu “Deus maravilhoso”, sonha em morrer e ir finalmente morar com Ele, mas entra em pânico quando em situação de possibilidade de realmente morrer (e seu Deus?), mata outros seres criados por este mesmo “Deus”, mas com certeza de que agiu certo e fez a vontade desse “Deus assassino e covarde que aprova isso”. Mas ele continua com certeza da existência e divindade desse Deus Onitudo e que ele, com cem por cento de certeza, irá morar com Ele quando “sair do corpo e for para a verdadeira vida”. Todo esse comportamento me assusta e me espanta. Ou o homem é um animal profundamente doente física e mentalmente ou, se realmente existe um Criador, o homem certamente foi “uma experiência fracassada, quer dizer, que não deu certo”. Como já disse, não sou religioso nem ateu absolutista, sou apenas um completo poço de dúvidas. Duvido até da existência de matéria e de luz (e sou químico), quanto mais de Deuses, Paraísos, Céus, vida depois da morte, e tantas outras coisas. Mas tenho respeito por todas as opiniões de meus semelhantes, pois não sou melhor que nenhum deles (nem pior também), já que tenho tanto coco fedorento dentro de mim quanto qualquer outro ser humano. Só que eu já descobri isso há muito tempo, e a grande maioria das pessoas vai morrer sem nem desconfiar disso. Nesta minha vida, não tão curta pois já passei de setenta e três voltas da Terra em torno do Sol, logo participei de quase vinte e sete mil rotações da Terra em torno de seu eixo, a única coisa que me assustou, me assusta e vou morrer altamente assustado, é com o SER HUMANO. Que coisa ruim e esquisita é esse tal de ser humano! Apesar de não ser religioso nem ateu, sempre li muito e, dentre tudo que li, muita coisa foi sobre religiões; inclusive já li a Bíblia toda. As conclusões a que cheguei são todas indutivas ao questionamento e a dúvida. E como já li tanto, cheguei a ser esse poço de dúvidas que sou. 172 Da mesma forma que tenho opinião própria a respeito de tanta coisa na ciência, também tenho opiniões sobre a existência e a pregação das religiões. De tudo que li cheguei a uma conclusão que, de início, me aterrorizou: “Ninguém acredita de fato em Deus e nas coisas pregadas pelas religiões”. O homem imaginou um Deus a sua imagem, e dando-lhe o caráter de todo poderoso, oni tudo e perfeito, pois com isso ele também passou a sê-lo. O porque disso, na minha opinião, é o MEDO. O homem tem medo do desconhecido e, como não existe contato real e verdadeiro com quem já morreu e, se houver vida depois, ele não sabe como ela é e por isso é que se apavora. Então se imagina filho desse Deus oni tudo que o receberá de braços abertos quando ele não puder mais se manter aqui na “sua verdadeira casa”. Se o homem usasse realmente seu neo cortical, poderia pensar em ter mais cuidado com o Deus que ele compra nos botequins templários encontrados em cada esquina do planeta. Um Deus que, sendo Todo Poderoso, moraria na Terra, único local existente fora Ele. Um Deus que tem capacidade de Criar um Universo quase inimaginável pelo ser humano, tal sua grandiosidade e perfeição de movimentos, sincronização de efeitos e eventos, e tantas outras maravilhas, só dentro do espaço que o homem consegue observar, o que dá para imaginar as maravilhas que podem existir fora do alcance do conhecimento do ser humano, esse ser quase um cego absoluto, pois só consegue ver comprimentos de onda numa faixa de 360 a 780 nanos, num Universo com possibilidade de ter comprimentos de onda de tamanhos de zero a infinito, mas um Deus que não consegue sequer evitar as atrocidades cometidas pelos malignos seres humanos contra seus próprios irmãos, um Deus que não impede que uma inocente criança, pura e imaculada, seja estuprada e morta por anormais travestidos de ser humano, um Deus que não consegue evitar as guerras, todas por interesses comerciais, onde dezenas ou centenas de milhares de inocentes são friamente executados só para alguns poucos malditos ganharem mais riqueza. Enfim, um Deus que vivia na Terra e cria todo esse monstruoso aparato de perfeição que é o Universo, mas quando cria algo semelhante a si próprio, sai a “merda” que saiu! Procurem pensar. Vou deixar meu último recado a todos que quiserem pensar sobre ele: nada do que é subjetivo é passível de comprovação, logo, não existe nenhum ser humano do passado ou do presente e, provavelmente também do futuro, que possa provar que Deus existe nem que Deus não existe. Por isso, você tem que começar a fazer uma coisa que é profundamente dolorosa, mas é necessário: você precisa começar a PENSAR! Quando começar a pensar, que significa caminhar para dentro de si próprio, você vai se deparar com coisas apavorantes e monstruosas, muitas que vão dar gosto de sangue amargo na boca. Mas é preciso, portanto, mãos a obra. Você vai descobrir tanta coisa que nunca pensou que pudesse existir, que vai se sentir mal. Mas lembre-se, não adianta passar a noite toda olhando para o céu e de manhã dizer que o céu é lindo e tem muitas estrelas, mas que o chão onde você pisa não tem poças d’agua. Você pode estar com os dois pés dentro de uma e continuar com convicção de que elas não existem. Por isso, não olhe para o local onde você já sabe o que vai ver. Olhe em todas as direções e sentidos, e poderá ver coisas terríveis, mas REAIS, então você precisa saber da existência delas. Lembre-se de que a dúvida mostra que você se interessa pelas coisas, mostra que você pensa, busca, quer esclarecimentos sobre o que a grande maioria das pessoas nem se preocupa, pois simplesmente tem CERTEZA de que 173 está certo, que Deus o ama e que, quando morrer vai morar no paraíso com Ele! Estes talvez tenham tanta decepção! Quando você ver nascer uma criança linda e saudável e ouvir todos dizerem que aquilo só foi possível pela intervenção de Deus, oni tudo, de infinita bondade , etc, pergunte a todos onde se encontrava esse mesmo Deus quando nasceu um outro ser puro e imaculado com um grave defeito que o fará se arrastar pela vida afora. O Deus é o mesmo ou existem outros? Talvez você comece a sentir o chão se abrir debaixo de seus pés, ter angústia, etc. Mas só assim você poderá evoluir. Você que tem certeza que ao morrer vai ser recebido de braços abertos por esse Deus oni tudo e ir para o paraíso, releia o cap 3 e lembre-se que se você tiver realmente uma parte não material que seja constituída por luz, levará vinte e seis mil anos até chegar ao centro de nossa galáxia. E se o Céu não for lá e você tiver de continuar viajando mais bilhões de anos até chegar ao tão aguardado Céu? Pense nisso tudo, pois mesmo passando mal agora, é possível que lhe ajude a não se surpreender com o que pode encontrar pela frente depois. Pense na grandiosidade do Universo, tão complexo que seu começo e seu fim são inimagináveis pela sabedoria humana, e procure avaliar se um Deus a imagem e semelhança do homem pode ter competência para sequer imaginar isso, quanto mais, cria-lo. O Deus que você adquire em qualquer esquina do planeta é SÓ um escudo contra o medo do desconhecido, por isso o homem, enquanto não está com medo, o achincalha todos os dias. Só quando o medo chega é que se agarra a ele. Tente avaliar se é a Este Deus que você tem que procurar e amar! Para encerrar, desejo fazer um pedido ao leitor: se você tem uma opinião realmente sua, pensada e repensada, e tem convicção dela, então me diga o que acha do Universo: ele é Físico, Químico ou Divino? Se você tem opinião formada e sacramentada sobre isso, por favor, mande sua opinião para o email: [email protected]. Eu agradeço desde já. Isso pode me ajudar a clarear mais o meu caminho, que vou continuar trilhando. Pretendo chegar a meu fim (morrer) buscando a verdade, mesmo sabendo que ela não existe, pois creio que a evolução é a dúvida e a busca! E vou até o túmulo seguindo meu caminho opcional, com absoluta consciência de que, se existe um Criador, Seu caminho é esse! 174 12 – ESCLARECIMENTOS DO AUTOR Nesse ponto do trabalho, que apresentou conceitos científicos bastante profundos, onde o autor se expõe abertamente ao propor mudanças em tópicos definidos por “monstros sagrados” da ciência, o que pode ser considerado por muitos como uma “petulância” de um simples desconhecido do terceiro mundo questionar publicamente conceitos propostos por gênios como Einstein, De Broglie, Compton e outros. Tentei fazer o trabalho o mais auto explicativo possível. Minha explicação (ou defesa?) para a apresentação dessa obra é que ela não diminui em nada o profundo amor e respeito que tenho por todos os cientistas aqui citados, além de outros tantos não citados aqui. O motivo principal pelo qual me atrevi a tomar essa decisão foi minha formação química, que me permite uma visão dos eventos citados sob um ângulo de visão nem sempre coincidente com os desses gênios, além do que, E PRINCIPALMENTE, porque já se passou UM SÉCULO da elaboração dessas teorias, feitas pela genialidade de seus autores, mas com os conhecimentos sacramentados à época. Assim, as questões que citei ao longo do trabalho, a medida que foram sendo encontradas ao me aprofundar quimicamente nos eventos, principalmente nos efeitos fotoelétrico e Compton, me levava a dar uma parada (pausa) para refletir mais ainda sobre os conceitos oficiais. À medida que os ia encontrando, fui me convencendo cada vez mais que, de certa forma, a ciência tem caminhado um pouco como a religião. As grandes figuras religiosas têm sempre razão e ninguém se atreve a questiona-los por temer represálias. E realmente é o que tem acontecido a todos os questionadores de pontos considerados indiscutíveis pelos chefes religiosos. Entretanto, por tudo que li e que aprendi ao longo de minha vida, a ciência nunca “queimou” ninguém por discordar de seus princípios básicos. Sempre foi mais liberal e mais racional, se curvando quando o crítico às verdades de então, consegue comprovações do que está propondo. É claro que em todas as ciências, existem grupos que se consideram “divinos e inquestionáveis” naquele ramo, e sempre que são contrariados ou ameaçados, os “vaidosos” do grupo tentam desacreditar, desmoralizar, e até humilhar publicamente o questionador. Mas nunca os questionadores foram mandados para a masmorra nem para a fogueira. Se o que é proposto por algum questionador não passa de uma bobagem, simplesmente o autor é achincalhado publicamente durante algum tempo e depois vai para o ostracismo. No entanto, creio piamente que quem tem algum conhecimento de determinado assunto e discorda da forma oficial de seu entendimento, tem obrigação moral de expor publicamente suas ideias e opiniões, pois é isso que sempre levou a ciência para a frente. Na ciência, jamais alguém será mais que um degrau da escada do conhecimento. Mas só será esse degrau se souberem da existência dele. Por isso, estou me expondo desse jeito. 175 13 - EVIDÊNCIAS, PROPOSTAS E SUGESTÕES DO AUTOR Creio que deu para os possíveis leitores perceberem, em alguns pontos do trabalho, que confessei abertamente minha dificuldade de tirar “conclusões”. Só consigo aceitar alguma evidência, por mais clara que ela seja, como possível conclusão, depois de atravessá-la por todo tipo de questionamentos e, se ela conseguir satisfazer a todos os questionamentos, aí sim, aí considero essa evidência “com grande possibilidade de ser verdadeira”. É claro que para atravessar uma evidência forte por todos os tipos de questionamentos, é uma tarefa difícil para quem acabou de elaborar o trabalho, logo, está com seus neurônios com certo direcionamento positivo nas evidências a que chegou. Por isso, creio que uma avaliação profunda requer algum tempo e necessita que alguns abnegados se disponham a ler e criticar a obra. Entretanto, uma obra desse porte, com a variedade de assuntos abordados, chegando ao final parece ter sido um trabalho bastante dispersivo, o que não me parece correto. Por essa razão, me sinto na obrigação de enumerar as principais observações significativas e evidências plausíveis para funcionar como uma espécie de resumo das observações feitas, ao invés da pomposa “conclusões” como faz qualquer “dono da verdade” e me soa um tanto fascista. Devido ao fato do trabalho ser muito “pesado” para muitos leitores que não são do ramo, vou procurar colocar essas observações e evidências na ordem mais cronológica possível, para evitar mistura de assuntos. Claro que nem sempre isso é possível, porém tentarei o mais que puder. Ao longo desse encerramento, vou entremear Evidências com Sugestões, e destacar, quando houver, algumas PROPOSTAS feitas pelo Autor. PRIMEIRA: A primeira parte do trabalho, os cap. 3 e 4, trata primordialmente do assunto referente ao nosso sistema solar em relação ao Universo como um todo. Fica Evidente neste estudo, o quanto somos insignificantes em relação ao Universo como um todo, além de sermos quase cegos universais e vivermos uma irrealidade, ou seja, vivemos com grande defasagem em relação ao restante do Universo. Fica como PROPOSTA aos religiosos fazerem avaliações sinceras e profundas dos seus conceitos em relação ao Universo como um todo e ao Deus que morava na Terra sem forma e vazia (?). 176 SEGUNDA: Terminado o estudo em relação ao nosso atraso sideral, começamos a entrar no campo real do trabalho. No cap. 5 é feita uma breve apresentação aos leitores que não são do ramo, quais são os principais conceitos e relações de Onda e de Matéria. Em seguida, no cap 6, é feita uma apresentação de forma didática e a mais cronológica possível, dos desenvolvimentos que desembocaram nos efeitos fotoelétrico, Compton e na Proposta de De Broglie, que consolidou a dualidade onda-partícula. Estes dois capítulos foram só de “apresentação dos assuntos aos leitores” e não cabia nenhuma recomendação nem evidência plausível. TERCEIRA: No cap. 7 que chamei de Aplicações Numéricas da Relatividade, apesar de tedioso, com um sem número de contas e resultados, mas achei necessário para mostrar ao leitor como funciona numericamente a aplicação de alguns conceitos relativistas. Apesar de tedioso, foi importante por apresentar inúmeros cálculos e resultados da interconversão onda-matéria, que muito ajudaram ao autor a mostrar ao leitor o quão equivocada ela é. O item deixa Evidente que a interconversão NÃO existe e muito menos, fóton tem massa agregada, se não a massa dos planetas cresceria indefinidamente. Minha PROPOSTA é que a equação da interconversão onda x matéria: E = m.c2 seja abolida por estar errada. QUARTO: Antes de entrar na parte QUÍMICA das avaliações, que é a especialidade do autor, optei por colocar um capítulo, o 8º, como uma forma de chamar bastante a atenção dos cientistas envolvidos no estudo da Gravitação Universal. Já li e ouvi inúmeras vezes sobre a incessante procura dos cientistas por uma equação unificadora, que correlacione o CONTÍNUO com o QUÂNTICO, que seria através da elaboração de uma Equação Quântica da Gravidade. Fica Evidente a falta de coerência e faço uma Sugestão aos cientistas que repensem o assunto. QUINTO: No cap 9 o autor entra forte na sua área que é a parte Química. Procurei apresentar os assuntos numa sequência a mais didática que pude. Durante a explanação, iam ficando claras as discordâncias que iam se delineando; por isso, no final de cada item, já fui colocando claramente minha opinião a respeito do evento, mesmo discordando frontalmente da versão oficial de cada um. A sequência é longa, pois todos os assuntos foram abordados do ponto de vista químico, e são elencados a seguir: 177 ◙ no primeiro item, apenas coloco didaticamente os conceitos de Termodinâmica, especialmente o Segundo Princípio, como também a Forma como se Avalia Termodinamicamente um evento, do qual sempre lancei mão, tanto na avaliação dos efeitos citados, quanto em tópicos mais adiante e que me abalaram bastante. A única evidência desse item é que a Termodinâmica tem que ser considerada em todos os setores e aspectos do Universo. ◙ no segundo item, a questão do efeito fotoelétrico, depois de explanar todos os conceitos químicos que de alguma forma serviam para demonstrar que a colisão fóton x elétron não passa de um equívoco, o autor mostra a forma como o fóton é absorvido, como funcionam o mar de elétrons, o nível de Fermi, os potenciais de Ionização e de Corte (função Trabalho) e as bandas de valência e de condução e, a partir disso tudo, mostrar como a explicação dada por Einstein sobre o referido efeito está completamente equivocada quimicamente. Creio ter ficado bastante Evidente que não existe colisão fóton x matéria, simplesmente porque onda não tem matéria nem matéria tem frequência nem comprimento de onda. Dessa forma, como a quantificação de matéria nos fótons foi criada para conseguir explicar a única coisa que a teoria ondulatória clássica não explicava, que era como haver “colisão onda x matéria”, então Einstein criou a interconversão para justificar o comportamento “material (granular) da onda” que explicaria a “colisão” do fóton com o elétron. Com as novas explicações, baseadas nos conhecimentos advindos da enorme evolução dos conceitos químicos descobertos “depois da explicação de Einstein”, pode-se dizer que as evidências mudaram de direção, de tal modo que a explicação atual é somente químico-energética, para a qual não há nenhuma necessidade de considerar existência de matéria em onda e vice verso. Assim, as Evidências que tenho e que submeto aos leitores é de que não existe interconversão onda x matéria. Minha PROPOSTA é abandonar esse conceito e voltar a considerar ondas regidas apenas pela teoria ondulatória. ◙ no terceiro item, em relação ao efeito Compton, depois de reapresentar um pequeno resumo, passo a apresentar os conceitos químicos que conduzem às fortíssimas evidências de que ele não passa de mais um equívoco. Aliás, já era esperado, pois a explicação do efeito Compton foi dada através de conceitos amplamente apoiados nos conceitos de interconversão onda x matéria, além do que, o fenômeno em si guarda enorme semelhança com o efeito fotoelétrico e, em consequência, a explicação também se tornou bastante semelhante. Dessa forma, como seria esperado, os conceitos e justificativas de seu equívoco, não poderiam deixar de ser bastante semelhantes ao anterior. E realmente, durante os questionamentos a explicação de Compton, ficou patente que são semelhantes. Mudam alguns detalhes, como o tipo de onda eletromagnética usada e o receptor, que deixa de ser metálico e passa a ser orgânico (grafite), mas é usado na forma de lâminas deslizantes composta de unidades hexagonais, com bastante ligações (sobreposição de lóbulos p ortogonais ao plano das lâ178 minas deslizantes), que facilitam esse deslizamento por repulsão elétrica se contrapondo as já fracas ligações de Van der Waals que unem as lâminas. As nuvens formadas pelos orbitais , tanto ligante quanto antiligante, funcionam de forma não tão diferente do “mar de elétrons” das lâminas metálicas. Também deve ser lembrado que a “distância energética” entre os orbitais ligante e anti ligante são muito menores que aquela entre os orbitais ϭ (sigma) ligante e antiligante. No final do item correspondente, o autor já deixou lá sua opinião a respeito do efeito, mostrando as fortes Evidências de que se trata de um grande equívoco. Minha PROPOSTA é que a explicação original do efeito Compton seja abandonada e seja adotada a explicação químico-energética apresentada no trabalho. ◙ no quarto item, que tratava da Proposta de De Broglie, não há muito o que acrescentar nem comentar. A proposta dele consta tão somente de generalizar os efeitos da interrelação onda x matéria, dando caráter material às ondas e estender isso a matéria, ou seja, dar frequência e comprimento de onda a partículas materiais em movimento. Com as Evidências apresentadas nos efeitos fotoelétrico e Compton, de que essa interconversão não passou de um grande equívoco, a Proposta de De Broglie se desmorona sozinha. PROPONHO, pois, que ela seja abandonada. ◙ no quinto item foi avaliado o comportamento das ondas que chegam no planeta Terra, principalmente o porque de vermos tudo azul quando olhamos para o céu. É feita uma avaliação do efeito causado nos fótons que chegam em nossa atmosfera superior, utilizando somente os conceitos da Teoria Ondulatória. Também é avaliada a possibilidade de estarmos já em processo de destruição através caminharmos para o efeito estufa completo ou caminharmos para uma nova era do gelo. ◙ no sexto item o autor enfrenta um problema cáustico, se não tão grande pelo seu teor, pelo menos em relação a Nomenclatura. Trata-se da tão badalada “colisão da matéria com sua anti matéria”. O vocábulo “anti” significa o oposto, o contrário. Alguns autores se referem a “anti partícula”, que eu nada tenho a opor e aceito completamente. Toda partícula tem sua anti partícula, como o elétron que tem carga negativa) e existe o seu oposto, o pósitron, tudo igual ao elétron, só que com carga positiva. Até aí, tudo bem. Uma partícula é amarrada por alguns parâmetros (números, caracteres, ou lá o que seja), de modo que a inversão de algum ou alguns deles torne a nova partícula o oposto dela. Entretanto, aceitar isso como “anti matéria” me chocou profundamente. Cansei de me perguntar: o que é anti matéria? Só conhecemos matéria (massa) e energia (ondas), então de que seria feita a anti matéria? 179 O exemplo mais encontrado na literatura, até quantificado, é o da colisão do elétron com sua “anti partícula (tudo bem)”. Sabe-se que a colisão do elétron com o pósitron, leva a aniquilação dos dois, com o aparecimento de dois fótons com energia de 0,511 MeV cada um. Como os cálculos mostraram, a energia do fóton de 0,511 Mega eV corresponde a uma onda com frequência ʋ = 1,2365 x 1020 Hz e comprimento de onda ʎ = 2,428 x 10-12 m. O valor de ʎ obtido, é o mesmo obtido por Compton, e que foi chamado de “comprimento de onda Compton do elétron”, obtido através da relação h/m.c. Como a equação: elétron + pósitron = fóton 1 + fóton 2, e como os fótons são iguais, seríamos obrigados a aceitar que elétron e pósitron são iguais (evidentemente de sinais contrários) e com a energia de raios . Essas razões são Evidências indicativas de que esse evento deve ser refeito e analisado com mais detalhes, pois o resultado aparenta ser um absurdo. Lembrando que, isto tudo é para a colisão partícula com sua anti partícula, que é fácil de aceitar, mas se tiver que falar em anti matéria, logo perguntarei: Se o momento da matéria é P = m.v, obrigatoriamente o momento da anti matéria teria que ser: P = (1/m) . v. Isto existe? Minha PROPOSTA é abandonar o termo anti matéria e usar somente o termo anti partícula, além de reavaliar o tipo e os valores da energia obtida. ◙ no sétimo item para fechar o assunto sobre a tão controversa inter relação onda x matéria, o autor avalia o segundo conceito básico da interconversão onda x matéria proposta por Einstein: m = mo / [(1 –(v/c)2]1/2, que é a equação da massa em movimento (massa relativista), já que a equação primeira E= m.c2 já está abarrotada de Evidências de sua não validade. Na forma apresentada sempre igual em todos os trabalhos, a aproximação da velocidade real com a velocidade da luz, faz a massa tender ao infinito. Entretanto, após fazer uma “maquiagem” na equação e explicitar a Velocidade em função das massas em repouso e relativista, o que se obtém é o oposto: quando a massa em movimento atinge valor INFINITO, sua velocidade tende a “c”, ou seja, a equação apresenta resultado real, finito e mensurável para valor infinito de massa. A Evidência é que se trata de mais um grande equívoco e minha PROPOSTA é que a equação seja abandonada por ser errada. ◙ no oitavo item, o autor sub dividiu em sub itens para melhor poder esclarecer os impactantes assuntos tratados, e embora ao final de cada tópico já foi colocada a opinião do autor, mas vamos resumir a seguir: ◙ ◙ no primeiro sub item do oitavo item, o autor apenas faz algumas considerações de caráter mais geral ao fato de Einstein ter definido que “cada fóton colide com um elétron” dando ca- 180 ráter material ao fóton e ainda o quantificando pela equação E = m.c2, já comprovadamente equivocada e com PROPOSTA para ser abandonada. ◙ ◙ no segundo sub item do oitavo item, o autor faz algumas considerações e fortes críticas ao fato do Dr Einstein ter escolhido a velocidade de propagação da luz visível pelo homem como limite de rapidez de deslocamento para qualquer coisa (“nada pode se deslocar mais rápido que a luz”), baseado na sua equação de massa relativista, que já vimos estar errada e apresentou-se PROPOSTA para que seja abandonada. ◙ ◙ no terceiro sub item do oitavo item, o autor apresenta em forma de tabela e também em forma gráfica, os dados para uma possível futura Mudança de Referenciais, já que NÃO existe Tempo e nossa unidade de referência, batizada pelo homem com o termo “segundo”, na verdade não passa de uma simples equivalência a ROTAÇÃO DA TERRA em torno de seu próprio eixo em um total de 464 metros (ou também, equivalente a seu deslocamento translacional em torno do Sol em 30 Km). Como 464 m não é unidade de nada, apenas um número esdrúxulo, o autor correlaciona a velocidade da luz com o valor de 1 metro de rotação e de translação do Sol e dos seus nove planetas. A PROPOSTA do autor é correlacionar a velocidade da luz com a rotação do Sol que, apesar de quinta grandeza, é o nosso Astro. ◙ ◙ no quarto sub item do oitavo item, o autor apresenta um detalhado estudo sobre Ondas Eletromagnéticas, onde chega a algumas Evidências que, com toda certeza, vão causar muito espanto quando os possíveis leitores chegarem àquele tópico. Dentre os assuntos confrontantes com os conhecimentos atuais, pode-se enumerar: a) O autor mostra que a velocidade de 300.000 Km/s é a Velocidade Média de Transmissão da luz, mas não sua velocidade máxima; como em um comprimento de onda existem dois picos onde a velocidade é nula (e a amplitude é máxima) e dois cortes no eixo de transmissão onde a amplitude é nula e a velocidade é máxima, e tendo em vista que a resultante, média entre zero e v máx é de 300.000 Km/s, logo, a velocidade máxima é de 600.000 Km/s. Isso já anula a assertiva de Einstein de que nada se desloca com velocidade superior a 300.000 Km/s. b) O autor PROPÕE a inclusão das relações da Amplitude Máxima da Onda no conjunto de relações que avaliam e caracterizam uma onda eletromagnética, para atender a termodinâmica, já que “é a amplitude da onda que perturba o espaço por onde ela passa”. c) O autor discute amplamente, durante todo o desenrolar do item, um ponto que considera um tremendo equívoco, causa de muitos erros cometidos nos cálculos ondulatórios: é a amplitude da validade do ábaco que correlaciona frequência (ʋ) com comprimento de onda (ʎ) através da velocidade de transmissão da luz no vácuo. No citado ábaco, os dois sentidos são ilimitados, de modo que se transforma ondas com valores de ʎ desde cente181 nas ou milhares de metros até ondas com valores de ʎ da ordem fento (10-15 m) ou mesmo zepto (10-21 m), já tipicamente correspondentes a raios de altíssimo conteúdo energético, através do mesmo parâmetro, que é a velocidade da luz no vácuo. Procurando na literatura, encontrei autores no estudo de som, que inter relacionam frequência e comprimento de onda não pela velocidade da luz, mas sim pela velocidade do som, que é de 344 m/s. d) Finalmente, o autor levanta uma questão de profunda seriedade: quando um oscilador cria ondas eletromagnéticas, ele as cria apenas através de um PERÍODO (T), durante o qual ele cria um “comprimento de onda”. Após sua criação, esse comprimento de onda segue correndo a 300.000 Km/s em média, alternando velocidades zero e máxima ao longo de cada comprimento de onda percorrido, ao mesmo tempo em que o oscilador cria outro comprimento de onda, e mais outro, e mais outro, e assim por diante, produzindo ondas em número de unidades muito alto, sendo na faixa visível pelo homem, da ordem de 400 a 800 trilhões de unidades por cada segundo. Se se tratar de raios as quantidades produzidas chegam a sextilhões de unidades por segundo. Quando Plank determinou a Energia de cada fóton, estabelecendo que E = h.ʋ, que foi usado por Einstein e todos os demais, mas sempre como “colidiu, transferiu h.ʋ para o receptor”, o que NÃO corresponde a realidade, pois o valor total h.ʋ só é transferido para o corpo receptor após 1 s de contato, quando chegam as trilhões ou quadrilhões (ou até mesmo, sextilhões) de unidades emitidas durante esse 1 s. Dessa forma, o autor mostra as fortes Evidências de que as transferências de energia das ondas para os receptores estão sendo mal interpretados. Motivo pelo qual PROPONHO que os quantitativos de energia transferidos, passem a ser computados pela unidade h.T vezes o tempo do contato, e não mais diretamente o valor h.ʋ, pois esse corresponde a um tempo muito longo quando se fala em fótons ou em elétrons. ◙ ◙ no quinto sub item do oitavo item, o autor apresenta um novo modelo de átomo, para ser avaliado pela comunidade. O autor faz uma avaliação do que considera ter sido o equívoco de Bohr na elaboração de seu modelo. Também faz severas críticas a aceitação do modelo ondulatório de Schroedinger, já que se apresentou bastante Evidências do equívoco que é a interrelação onda x matéria, e sendo o elétron matéria, não pode ser regido por equação ondulatória. Dessa forma, o autor PROPÕE um novo modelo, basicamente a partir do modelo de Bohr, mas eliminando o equívoco deste e mostra todas as incoerências observadas nos valores obtidos na Tabela Periódica dos elementos, calculados a partir da errônea equação de Schroedinger, tanto dos valores de Potencial de Ionização, quanto dos valores dos raios atômicos apresentados na citada Tabela. O autor também Sugere que os valores dos níveis energéticos de cada orbital e seus respectivos raios sejam recalculados, mas através da equação coulombiana proposta no trabalho. 182 SEXTO: No capítulo 10 é feita uma avaliação completa do Homem e de seu Habitat, especialmente sendo seu habitat o local onde morava (?) Deus, o Criador de tudo, inclusive dele à Sua imagem e semelhança. A avaliação começa com algumas Considerações de caráter geral (item 1) seguido de uma transcrição desse habitat (item 2) com os dados já conhecidos nos capítulos 3 e 4. No item 3 apresento uma série de fatos, que chamei de “coincidências da Criação ou Evolução”. Não sei realmente se são coincidências ou não. Trata-se de nosso habitat, o Planeta Terra, ser constituído por três quartos de água e, curiosamente, os seres vivos também serem constituídos por três quartos de água. Explico como se dá quimicamente essa associação em forma coloidal, de forma simples e objetiva, inclusive com alguns dados hilariantes. E mostro como nossa estrutura é apropriada para sobreviver nessas condições desfavoráveis. Já no item 4, A Origem do Homem, começa minha própria cruz. Antes, eu já tinha levado um baque que me deixou um tempo sem ler nem escrever nada. Foi quando escrevi o trabalho “Porque Deus não Responde” (disponível na pagina www.franciscoguerreiro.com.br), quando minha avaliação imparcial do duelo Criacionismo versus Evolucionismo, não consegui manter a equidistância que sempre tive em relação a tudo. Na ocasião, apesar da minha posição prévia e já longamente consolidada avessa a possibilidade de uma Criação, que continuo vendo inúmeras falhas primárias nela, mas a avaliação mais profunda do Evolucionismo, mesmo eu que li a obra de Darwin, além de inúmeros outros autores maravilhosos, defensores do Evolucionismo como Desmond Morris, Richard Dawkin e outros, fiquei chocado ao chegar a algumas conclusões a que cheguei e mostrei nesse item. Meu apoio era o Darwinismo, já que o modelo Criacionista em certos pontos chega a parecer historinha para fazer criança dormir e não aparenta ser coisa séria. Entretanto, depois de ler tanto opositores, logo, defensores do Evolucionismo, parei para meditar profundamente sobre ambos, dando chance a ambos, considerando os dois como coisas sérias e dignas de se perder bastante tempo para tentar entende-las. Depois de alguns meses de concentração e meditação, considerei minha tarefa “por enquanto” concluída. Mas minha situação interna se tornou bem pior e mais aflitiva que antes. Em relação ao modelo Criacionista, como sempre está na pauta de assuntos do dia a dia de inúmeros locais, familiares, de trabalho, em reuniões sociais, etc, devo dizer que NADA mudou em relação ao que eu pensava. Principalmente depois que estudei mais um pouco de Universo, ver esse infinito onde estamos inseridos nos confins dele, me levou a concluir que uma possível Criação não tem NADA A VER com esse Deus “que morava na Terra sem forma e vazia, vive no Céu em função de nós (sic), sequer conhece a imensidão do Universo” e tantas outras baboseiras que não se coadunam com um ser humano inteligente e muito menos com um Deus verdadeiro. Minha opinião não mudou. Infelizmente sou obrigado a confessar que minha enorme decepção foi com o Darwinismo, o Evolucionismo. Como explanei no trabalho acima citado, do qual apresento um resumo nesse item que estou avaliando agora, fui descobrir que o modelo Evolucionista tem “mais furos que queijo suíço”. O ponto crítico é ter que aceitar que a Involução seja parte da Evolução. 183 Enquanto viver, vou continuar buscando. Até porque como racional, tenho obrigação de fazer isso, já que minhas avaliações foram sobre Criacionismo versus Evolucionismo, sendo este, o ÚNICO contraponto ao Criacionismo conhecido pelo homem. Mas como o homem é um animal primitivo, com sua mente nas trevas, refugiado nas cavernas do medo, tenho que esperar que de repente algum iluminado apresente um contraponto ao Criacionismo com mais alicerce do que o Evolucionismo Darwiniano. Depois disso tudo, fiz no item 5 “O Homem e a Morte” uma avaliação Termodinâmica da morte. Sem medo, sem pre concepções, sem acusar nem defender previamente nenhum conceito, só indo em frente, seguindo o fluxo, quer os resultados a que ia chegando me agradassem ou eu os repudiasse, continuava seguindo a trilha. Enquanto fazia a avaliação Termodinâmica é que fui dar conta de que nunca tinha pensado séria e tão profundamente antes sob essa ótica. Realmente, como detalhado no item, o homem vivo está sempre em equilíbrio termodinâmico com o Universo. Mas, o homem morto também está em equilíbrio com o Universo. Só que, avaliando com pureza e imparcialidade, descobri que realmente ambas as afirmativas são verdadeiras, ou seja, o H vivo está em equilíbrio com o Universo e, por outro lado, o H morto está em equilíbrio com o Universo. Só que, analisando as condições de equilíbrio com o Universo em ambas as situações, pude concluir termodinamicamente que essas duas situações NÃO são iguais entre si. A quantidade de Entropia trocada pelo homem vivo com o resto do Universo é bem superior a quantidade de Entropia trocada pelo homem morto com o resto do Universo. Então me dei conta de que entre as duas situações houve um evento chamado MORTE, uma singularidade, com seus dois cones de eventos: o de eventos passados é a vida e o de eventos futuros, que seria o envio de entropia para o Universo oriundo da coagulação do sangue, perda de movimentos e abaixamento da temperatura, que faz com que a energia coesiva fique muito mais negativa, tudo isso gera um conteúdo entrópico enviado ao Universo, acrescentando-se a isso, mais os efeitos da cremação ou deterioração biológica do cadáver até desfaze-lo totalmente. Claro que o valor entrópico contribuído pelo homem morto para a entropia total do Universo, é algo significativo. Entretanto, a contribuição do homem vivo é visivelmente muito maior, por todos os seus movimentos, circulação do sangue, movimento dos órgãos, ciclos de respiração, de digestão e tantas outras coisas inerentes a esse complexo ser chamado homem. Parece bem claro que o conteúdo entrópico do par homem vivo + resto do Universo é bem maior que o par homem morto + resto do Universo. Nesse ponto, me senti como se o chão se abrisse debaixo de meus pés. Entre essas duas situações só houve um evento: a Morte. Se o homem vivo passa para a condição de homem morto através de uma singularidade, que é o ato da morte, onde está a diferença de conteúdo entrópico entre as duas situações? Concluí que o ato da morte envolve uma quantidade significativa de energia entrópica, equivalente a diferença entre as entropias do homem vivo e do homem morto. Mas que energia é essa? Onde ela estava e para onde foi? Essa situação me obrigou, pela primeira vez a aventar a possibilidade de existência de uma parte NÃO material na nossa constituição. 184 No intervalo entre o término do item acima, e antes de entrar no assunto Meio Ambiente propriamente dito, tive que fazer uma pausa para pensar sobre o que pude entender dos itens “A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”. Sei que isso me afetou profundamente, e o assunto se encaminha para a parte não científica, nem física nem química. Entretanto, quando me propus a escrever o trabalho, considerando a solidez de meus conhecimentos de química e minhas convicções a respeito das religiões, de Deus, etc, resolvi fazer a análise completa do que eu pensava, daí o título dado: Universo: Físico, Químico ou Divino? Como sempre disse, e nunca escondi isso de ninguém, jamais fui ateu convicto, como também jamais tive qualquer indicativo que fosse da existência ou da não existência de um Criador. Sempre fui cético em relação a tudo, e uma das coisas que mais me irrita nessa vida é ouvir a palavra “provar” sobre qualquer situação religiosa, divina ou não. Tudo que está fora do nosso mundo material, seja lá o que for a matéria (se ela e a luz existem, pois tenho sérias dúvidas disso) é puramente SUBJETIVO. E o subjetivo não é quantificável nem passível de comprovação. Por isso já afirmei e assino com meu sangue como estou certo, de que jamais um homem comprovará a existência de Deus, assim como também jamais comprovará a Não existência dele. Por isso fico altamente irritado quando ouço alguém dizer que Deus ou alguma outra coisa subjetiva, como “milagres” por exemplo, foi “comprovada”. Considero isso uma tremenda falta de respeito para com seus semelhantes, coisa que não admito. Quem tem certeza de alguma coisa, não é mais inteligente ou mais iluminado do que seus semelhantes, e sim mais medíocre e digno de piedade. Talvez tão idiota que nem saiba que é um transportador ambulante de coco fedorento. Se esse desabafo ofender alguém, me desculpe, pois a intenção do trabalho é só expor e confrontar ideias, avalia-las e fazer opção entre elas, embora sei que com a maioria dos religiosos Não é assim que a coisa funciona: eles estão certos, com absoluta certeza disso e quem for contra deve morrer! Para mim, morrer é o de menos, pois com a idade que estou e com a pouca saúde que tenho, se me matarem estão antecipando por tão pouco tempo o que vai ocorrer naturalmente. Além disso, a morte é um evento que só me assustou um pouco na juventude, quando era imaturo e não tinha quase nenhum conhecimento que tenho agora. Mas agora, na idade que estou e, como falei no capítulo 13, a frase dita por meu pai em 1981, acho que morrer é realmente muito mais um alívio do que sofrimento. Depois disso tudo é que entrei no item 6 do cap 10, ou seja, finalmente entrei propriamente no assunto Meio Ambiente. Nele coloquei a disposição do leitor, uma vida dedicada a pensar e tentar ajudar aos demais seres humanos, como aos demais seres vivos, principalmente animais domésticos e silvestres, tudo que aprendi em relação ao chamado Meio Ambiente, a atuação do homem sobre ele e sobre os demais seres vivos. Esse item, sub dividido em seis tópicos, mostra vários ângulos do comportamento do homem, como ele pensa que “ilude” Deus que ele imaginou a sua própria imagem, e faz Ele ter um comportamento absolutamente humano, O achincalha a todo momento no seu dia a dia, e só recorre a ele nos momentos de desespero, quando ele sente que vai morrer e ir “morar junto com esse Deus Maravilhoso”, coisa que ele diz que passa sua vida sonhando, mas quando o evento se aproxima, curiosamente ele se agarra é com esse mesmo Deus que ele 185 imaginou para tentar “evitar” que ocorra o que ele “sonhou a vida toda e aguardou ansiosamente esse bendito dia” de sair da matéria e ir morar com ele. Com tanto show de incoerência, incompetência, cinismo, hipocrisia, falta de caráter, falta de honestidade e tantas outras faltas, que daria para encher um livro inteiro, o homem segue sua trilha auto definida como o eixo motriz da lei desse mesmo Deus que ele imaginou, mas que se desespera quando sente que está próximo a ir morar com Ele. A grande Evidência que isso conduz o autor é que realmente a grande maioria dos homens realmente BLOQUEIA seu neo cortical e só usa o seu Lumbical, devidamente recheado de alguns conceitos acoplados a imensos prazeres materiais, que lhe tomam tanto tempo que ele não tem mais tempo sequer de usar seu neo cortical. Esse é o infeliz morador do insignificante e fedorento pontinho do Universo, chamado homem e que é divino e mora na casa de Deus. Claro que com tudo isso, pode-se garantir que a “máquina de mandar e de destruir e matar” em que o homem se tornou, está em condição absolutamente irreversível. Assim, não há necessidade de PROPOR nada, pois o homem e seu Deus Todo Poderoso Oni Tudo que ele criou à sua própria imagem e semelhança e está com ele e o obedece cegamente, são divinos e só têm satisfação a dar a si próprios. É muito triste ver que o homem conseguiu chegar a esse ponto de deterioração, baixeza e imundície, mas infelizmente foi o que ocorreu. Entretanto, como sou teimoso e ainda acredito que existam pessoas que se contrapõem a essa forma maligna de agir como o homem médio alcançou, vou continuar lutando ao lado deles, como por exemplo, os grandes abnegados do Greenpesce, e outros semelhantes. Claro que somos minoria, mas David venceu Golias, o que já é um alento. Foi por essa razão que fiz o citado item onde mostro como o meio ambiente funciona, os mecanismos que se tem para tentar desviar o comportamento dos “ricos e poderosos” no sentido de faze-los agir em defesa do planeta e do meio ambiente, mesmo tendo que “compralos”, dando-lhes mais e mais riquezas, com as quais vão ter sucessivos “orgasmos anormais” até saírem daqui, e usarão sua riqueza para tentar se limpar do sangue dos que sofreram e morreram por sua causa. E isto, junto com esse Deus que imaginaram a sua imagem e semelhança, que custa somente dez por cento do que ganham, mesmo que seja a custa do sangue e da vida de seus “irmãos”. De qualquer forma, ao longo do item, ficam explícitas as PROPOSTAS que o autor vai fazendo, em relação aos animais, ao lixo, aos rios, ao oceano e as possibilidades de se reverter o problema do efeito estufa. SÉTIMO: No cap 11, que chamei de “Um Recado aos Religiosos”, quero reiterar aqui que não teve por finalidade o sentido de briga ou de ofensas. Nada disso. O que procurei passar como recado para eles é exatamente aquilo que me assusta no comportamento do ser humano. Realmente, depois de todas as avaliações feitas com o comportamento do homem, tenho medo de ter chegado a uma evidência que para mim está tão forte, que talvez possa vir a 186 ser uma possível conclusão. Minhas evidências indicam que o ser humano NÃO crê em Deus, coisa nenhuma, o que ele tem é medo, medo do desconhecido, medo de morrer sem saber o que vai acontecer. Por isso ele criou um Deus a sua própria imagem e semelhança para fazer dele um escudo contra esse medo. É apavorante tomar conhecimento do comportamento do ser humano no dia a dia. Verbaliza maravilhas de um Deus OniTudo, que o criou a Sua imagem e semelhança, que é Perfeito, é só Amor, Perdoa tudo dele e de seus irmãos, reza para Ele, prega Seu nome e outras tantas Maravilhas a Seu respeito e a tudo que Ele criou. Isso tudo ao mesmo tempo em que é vaidoso, prepotente, acumula riqueza deixando outros filhos desse Deus maravilhoso morrerem de fome, desnutridos, com os ossos furando a pele, mente, trai, jura falso e até mata seu semelhante, mas sem nunca deixar de rezar para Ele. A certeza de que esse Deus que ele imaginou é real e pensa exatamente como ele, é que realmente acabou com o pouco que se poderia esperar de “amor e fraternidade” do ser humano. O ser humano é medroso, tem medo de tudo, até de morrer sem saber o que vai encontrar, por isso creio que se as religiões quisessem realmente conduzir o homem para o bem, bastava dar bastante força a esse mesmo Deus e criminalizar todos os seus seguidores que fizessem mal a algum ser vivo, e o excomungasse. Com o medo que o homem tem, ele certamente começaria a pensar em seus atos e pararia de ser o grande predador de tudo, até dele mesmo. Se as religiões excomungassem quem participasse de uma guerra, fosse qual fosse o motivo de sua participação, ele relutaria em ir para a guerra com medo das consequências futuras. Infelizmente, ao longo das rotações e translações da Terra, o que a história conta é exatamente o oposto. Existe um número incontável de facções religiosas, todas dizendo que amam e cultuam o “mesmo Deus único”, criador de tudo e de todos os homens a Sua imagem e semelhança, mas nunca conseguiram sequer se entender entre si e vivem brigando e se matando, exatamente em nome Dele. Ao invés de excomungarem quem vai para um campo de batalha matar seus próprios irmãos, as religiões “benzem as armas dos soldados do seu lado”, desejando que eles “matem todos aqueles infiéis do outro lado”. E no seu retorno agradecem a Deus por eles estarem de volta e vivos, ou seja, agradecem a Deus por eles terem matado tantos dos seus outros filhos que estavam do outro lado! Perdão, mas isso tudo me assusta e me dá calafrios de saber que quem faz isso são semelhantes meus. Que dizem que acreditam em Deus, sua divindade, etc etc. Realmente a única opção que meus neurônios encontraram para esse comportamento dos “filhos de Deus” é que de fato eles BLOQUEARAM seu neo cortical e ainda digo mais, creio que comprimiram bastante seu lumbical e só deixaram aflorado, comandando tudo´, o seu “repteliano”, que é a parte do cérebro que move os repteis (só têm ele), e só tem o conceito de sobrevivência a qualquer custo. Para isso, quando sentem perigo, comem seus próprios filhotes, seus ovos, seu próprio rabo (que se recompõe com o tempo). Pelo menos eles não têm discernimento, alias, não têm sequer sentimento, pois não têm o lumbical. Mas o homem tem o lumbical, tem o neo cortical e age exatamente como eles, ou melhor “como eles, não”, agem de forma muito pior, mais cruel, mais insana e depois rezam para o seu Deus de infinita bondade, que ama a todos e perdoa a todos. E se mantém alerta e preparado para fazer tudo outra vez, no momento que 187 algum ensandecido achar necessário, mas com convicção de que está agindo conforme a vontade desse seu “maravilhoso Deus de infinita bondade e perfeição que perdoa tudo”! OITAVO: No cap 12 dedico algumas palavras aos que devem me chamar de idiota, sem desconfiômetro e coisas que tais, por apresentar publicamente um trabalho científico discordando de monstros sagrados da área, onde explico o porque de ter tomado tal atitude. Em primeiro lugar os conhecimentos de hoje são bastante diferentes de tudo que se conhecia de um certo tempo para trás, exatamente porque sempre que algum conceito novo é considerado acertado, é porque o autor do conceito anterior estava errado. Não considero isso demérito para ninguém. Muitas vezes, talvez a esmagadora maioria delas, o autor de um conceito só conseguiu elabora-lo por ter tido conhecimento do conceito anterior, tê-lo estudado e, com nova visão, pode propor as modificações que tornariam esse conceito mais adequado. Talvez não conseguisse fazer isso se o autor do conceito anterior fosse covarde, tivesse medo de ser achincalhado e não tivesse publicado sua visão do assunto. Como me considero consciente do conhecimento que tenho e do bom senso que acredito ter pelo menos um pouco, achei que não me expor a um possível achincalhe temporário, seria me comportar como um Pilatos, lavar as mãos e deixar, se eu estiver certo, que todos continuem agindo errado. Seria uma covardia e falta de caráter. Tenho conhecimento e decência suficiente para apresentar meus conhecimentos publicamente e estou pronto a defender todos os meus pontos de vista em qualquer lugar e situação. Claro que a comprovação de que meu conceito está errado, imediatamente o refaço, pois sou tão transportador ambulante de coco fedorento como qualquer outro ser humano, e nada desmerece alguém Propor o que quer que seja com honestidade, com convicção de que aquilo está certo. Não fazer isso é que é covardia e mediocridade. Lembrem-se sempre que a a ciência e o conhecimento tem forma de degraus, e ninguém passa de um degrau dessa escada, inclusive muitos conceitos equivocados permitiram que dele, outros avaliassem melhor e concluíssem corretamente, logo, mesmo errado, também passou a ser um degrau da escada do conhecimento e da sabedoria. NONO: Tenho que confessar que o trabalho me deixou sequelas. Uma delas é que nunca aceitei a existência de alma, espírito, ou lá que nome tenha. Para aceitar tal coisa, fica implícito que precisa antes, acreditar na existência de um Deus Criador de tudo. Como já disse, desde que comecei a pensar, busco alguma evidência forte da existência ou da não existência desse Criador, que me abriria o resto do caminho a frente. Infelizmente, sou obrigado a confessar que NUNCA encontrei nenhuma Evidência séria, digna de ser levada em conta, nem da existência nem da não existência desse Criador. É 188 claro que sei que somos materiais e esse assunto é fundamentalmente subjetivo. Mas de uma coisa minha vida de pensamentos e pesquisas me deixou de EVIDÊNCIAS: - Realmente é difícil imaginar um Universo tão grande e tão diversificado, saindo do nada (só um conjunto de fótons, quentes ou frios), e evoluíssem dessa forma, criando coisas tão disparatadas, desde minerais, vegetais e até seres vivos, do nível de complexidade dos mamíferos, especialmente o homem; - O Universo NÃO é UNO: ele é DUO, ou seja, não existe interconversão onda x matéria (seja lá o que forem ambos, quer existam ou não); a matéria, através de diversos processos químicos e físico-químicos, se transforma em energia, geralmente na forma de calor (a energia desorganizada) para atender os Princípios da Termodinâmica. - A existência de um hiato entre a vida e a morte, com o sumiço de enorme quantidade de energia entrópica, me deixou com uma enorme interrogação: de onde essa energia veio, qual seu quantitativo, como ela funcionava, para onde ela vai, e como vai ser seu comportamento? DÉCIMO: Chegou o momento de pedir desculpas aos leitores que se dignaram ler o meu último trabalho, chamado “O Espaço Tempo e a Relatividade” que está disponibilizado na página www.franciscoguerreiro.com.br. Nesse trabalho o autor apresenta sua visão do espaço-tempo e da inexistência do tempo como parâmetro, como também coloca no anexo, um resumo de um trabalho anterior onde mostra a impossibilidade do modelo conhecido como Big Bang e, como consequência, apresenta um modelo de início de Universo como alternativa ao anterior. Como é meu feitio, minha forma de agir, não gosto de situações onde não exista a possibilidade de opção, ou seja, situações onde não existam alternativas a disposição para serem analisadas e uma delas escolhida. Por isso, o modelo que propus, de Universo Primordial Fotônico e Eterno, com existência integral só de fótons frios, e que em determinado momento, a múltipla colisão de fótons, produziu matéria (elétron) que começou a girar e em consequência, passou a ser referência para os fótons em relação a posição da matéria em função de sua rotação (e translação, claro). A partir daí, as futuras colisões de novos fótons com a matéria existente, iam aumentando essa matéria, e assim sucessivamente. Acontece que na ocasião do trabalho, eu aceitava a existência de matéria nos fótons e na colisão fóton matéria com transmissão da matéria do fóton para a matéria, aumentando seu valor. Desse modo, o autor estava em paz por seu modelo, tendo em vista que, a partir de um Universo Primordial Eterno e somente Fotônico, já que na velocidade do fóton o tempo não passa, o aparecimento da massa e o consequente aparecimento de matéria rotativa para funcionar como referência, que posteriormente foi batizada pelo homem com o nome de “tem189 po”, na visão do autor era uma forma ideal, tendo em vista que o aparecimento da massa a partir só de fótons, tanto poderia ser um evento natural, a partir da colisão ao acaso de vários fótons, como também poderia ter sido a partir da intervenção de um Criador, que criou matéria ao seu critério. Entretanto, depois de bastante busca e profundas divagações para a elaboração do presente trabalho, o autor chegou às conclusões já relatadas de que NÃO EXISTE COLISÃO DE FÓTONS COM MATÉRIA, MUITO MENOS DE FÓTON COM FÓTON SE TRANSFORMANDO EM MATÉRIA. Dessa forma, o autor deixou seu próprio Modelo SEM alternativa, ou seja, sem possibilidade de escolha pelo leitor. Tendo em vista que onda não tem matéria, a partir de um Universo Primordial Eterno Fotônico fica impossível o aparecimento da matéria através puramente de colisões fotônicas, de forma que, a partir do presente trabalho, onde uso os conceitos químicos para comprovar a impossibilidade de tal ocorrência, o modelo passa obrigatoriamente a ter tido início material a partir da intervenção de um Criador. Claro que os religiosos, que são a maioria dos homens, vão considerar que “agora é que o modelo faz sentido e pode ser aceito”. Respeito a opinião deles, mas também tenho obrigação de respeitar a opinião dos que não creem na existência de um Criador. O pior foi que quem tornou meu modelo proposto como “sem opção” fui eu mesmo, mas não me recrimino pois acho que é exatamente isso que se considera evolução. Mais grave ainda fica a situação quando penso que me recrimino por bloquear o direito de opção dos que não creem, no mesmo trabalho onde confesso os duros golpes que levei ao me decepcionar com modelo Evolucionista de Darwin, e pior ainda, após fazer uma análise termodinâmica do evento Morte, onde descobri que na passagem da condição de Homem Vivo para Homem Morto, através de uma Singularidade chamada Morte, desaparece uma enorme quantidade de entropia do Universo, que por ser termodinamicamente impossível, me conduz a um caminho que não aceitava antes, que é a possibilidade de termos uma parte na nossa constituição que seja não material, somente energia pura e que se liberta depois do ato da morte. Claro que nem desconfio que tipo de material essa energia pode ser, a não ser que ela deve ter conteúdo entrópico e com quantitativo igual ou superior a diferença entre as energias das condições entre homem vivo e homem morto. Nem o valor mesmo aproximado desse quantitativo, faço a mínima ideia. Em sua busca, que vou continuar perseguindo, a única diretriz que tenho é que se essa energia for algo relacionado com o que os homens consideram alma, espírito, ou lá que nome tenha, com certeza NÃO é luz ou algo semelhante a uma onda eletromagnética, pois se fosse, seu deslocamento seria limitado a velocidade da luz, logo, se existe o Céu, ele não chegaria lá antes de dezenas ou centenas de milhares ou milhões de anos, o que se tornaria uma coisa inviável. Se existir realmente o espectro (alma, espírito, etc) deve haver alguma forma em outras dimensões que os desvincule da amarração aos movimentos de rotação ou translação dos corpos celestes. Mas até o presente momento, nem desconfio do tipo de “coisa” que possa ser. 190 25 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - SCHUKIN, E.D., PERTSOV, A.V. e AMELINA, E.A., “Química Coloidal”, Editorial Mir, Moscou, l988. 2 - SHAW, D.J., “Introdução à Química dos Colóides e de Superfícies”, Edgard Blücher, 1975. 3 - OHLWEILER, O.A., “Introdução à Química Geral”, Editora Globo, Porto Alegre, 1971. 4 - ANDREWS, D.H. e KOKES, R.J., “Química Geral”, Ao Livro Técnico/Editora da Univer sidade de São Paulo, São Paulo, l968. 6 - PIMENTEL, G.C. e SPRATLEY, R.D., “Química, um Tratamento Moderno”, Edgard Büchler, São Paulo, l974. 7 - WEBB, F.C., “Ingenieria Bioquímica”, University College, Londres, 1983. 8 - MORRISON, R.T. e BOYD, R.N., “Química Orgânica”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1981. 9 - PERRY, J.H., Chemical Engineers’ Handbook, McGrow-Hill Book Co. 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