Ano XI • nº 204 Maio de 2012 R$ 5,90 em poucas palavras É justamente essa inf luência italiana na nossa gastronomia que dá o mote para o Festival Brasil Sabor, que acaba de chegar a 93 restaurantes distribuídos em 127 endereços não só do Plano Piloto como também de Taguatinga, Águas Claras, Sobradinho e Gama. Inaugurado, como não poderia deixar de ser, na sede da bela Embaixada da Itália, o Brasil Sabor deve atingir um público de 60 mil brasilienses que vão provar os pratos preparados pelos chefs com ingredientes e jeitinho ítalo-brasileiro. Conheça os detalhes nas páginas 8 e 9 e guarde com você a relação completa dos pratos de todas as casas participantes (a partir da página 19). Além dessas saborosas opções gastronômicas do festival, selecionamos mais 23 sugestões caprichadas para tocar o coração das mães neste mês de maio. Na matéria Tudo para elas (página 5), Beth Almeida selecionou agrados em forma de frutos do mar, risotos, filés, bacalhau e sobremesas que têm tudo para fazer do Dia das Mães um momento muito especial. Destacamos ainda o Brasiliense de Coração, seção em que Vicente Sá conta a história de um menino prodígio que toda a mãe gostaria de ter: o “nosso” Hamilton de Holanda, bandolinista que nasceu no Rio mas veio menino para Brasília, onde brincou de bola na 103 Sul e aprendeu música brincando com o pai, seu Américo. Formou com o irmão, Fernando César, o Dois de Ouro, brilhou no Clube do Choro e acabou alçando vôo para encantar as plateias de outros países (página 38). Não deixe de ler também, na seção Diário de Viagem (página 40) a última de uma série de três reportagens que Lúcia Leão escreveu sobre sua viagem recente a Cuba, desta vez viajando de carro pelo interior do país. Boa leitura e até junho. Maria Teresa Fernandes Editora Gabriela Sturba Polenta frita, linguiça, queijo ralado, rúcula, alcachofra, risoto, minestrone, espaguete, pizza, panetone. O que essas delícias da nossa gastronomia têm em comum? Muito simples: elas chegaram ao Brasil junto com as bagagens dos imigrantes italianos que, a partir de 1870, vieram para os cafezais paulistas em busca de trabalho, coisa muito rara naquela época de Itália recém-unificada. 5 águanaboca O Pompidou (batatinhas assadas com mascarpone e lascas de presunto cru), do Grenat Café, é uma das iguarias que sugerimos para o Dia das Mães. 15 16 17 18 19 32 36 38 40 43 44 picadinho garfadas&goles pão&vinho doisespressoseaconta festivalbrasilsabor dia&noite queespetáculo brasiliensedecoração diáriodeviagem cartadaeuropa luzcâmeraação ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora Roteiro Ltda | SIA – Trecho 17, Rua 20, Lote 90 | Diretor Executivo Adriano Lopes de Oliveira Endereço eletrônico: [email protected] | Editora Maria Teresa Fernandes | Capa Carlos Roberto Ferreira sobre foto de André Borges Diagramação Carlos Roberto Ferreira sobre fotos de Daniel Mira | Colaboradores Akemi Nitahara, Alexandre Marino, Alexandre dos Santos Franco, Ana Cristina Vilela, Beth Almeida, Cláudio Ferreira, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luiz Recena, Luiza Andrade, Melissa Luz, Reynaldo Domingos Ferreira, Sérgio Moriconi, Silio Boccanera, Súsan Faria, Vicente Sá | Fotografia Eduardo Oliveira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Amaral | Impressão Gráfica São Judas Tadeu Tiragem: 20.000 exemplares | Para anunciar 3335.9200 | No encarte sobre o Festival Brasil Sabor, as fotos dos pratos são da autoria de Daniel Mira e as da festa na Embaixada da Itália de Cristiano Eduardo. www.roteirobrasilia.com.br Neander Coelho Rafael Wainberg água na boca Bufê de frutos do mar do Places. Noix de Entrecôte com polenta frita do Barbacoa. Tudo para elas 23 sugestões de restaurantes para comemorar o Dia das Mães Por Beth Almeida A data é comercial? Sim. Mas quem resiste a um mimo para as mamães no dia escolhido para homenageá-las? Então, neste 13 de maio, mais do que passar o dia com a mães, vale proporcionar a elas momentos de alegria, conforto e – por que não? – de prazer à mesa. Foi com esse espírito que os restaurantes da cidade se prepararam para a data, alguns com cardápios especiais, outros com pequenos agrados para as estrelas do dia. No Barbacoa, por exemplo, as mães serão recebidas com rosas colombianas. Especializada em carnes, a casa sugere para a data o Noix de Entrecôte (R$ 71,20), corte bovino macio e suculento, também conhecido como bife ancho, acompanhado de polenta frita e do bufê de saladas. De sobremesa, a Taça Brasileiríssima, com- posta por sorvete de baunilha com calda de goiabada cascão e farofa de castanha de caju (R$ 14,90). No Places, onde o bufê (R$ 62 por pessoa) será reforçado com uma série de pratos à base de frutos do mar, o presente das mamães será um ramequim de cerâmica trabalhada, exclusividade da casa. No Taypá, de gastronomia peruana, as mães serão recebidas com um taça de espumante Gran Legado Brut. A sugestão da casa para a data é o Arroces para Mama (R$ 62), uma espécie de degustação de três pratos de arroz servidos na casa: a Paella Acriollada (camarão, lula, mexilhão, polvo e coelho com os ajies e temperos peruanos), o Arroz Negrito de Oliva (arroz negro com vieiras ao molho de pimenta e queijo com salada de manga) e o Meloso de Arroz y Pato (arroz cremoso com pesto de coentro, confit de pato e salada criolla). No Dom Francisco, as mães, enquanto estiveram aguardando para serem atendidas, também degustarão uma taça de espumante Gran Legado. No Bierfass do Pontão do Lago Sul a taça de espumante será a da marca da casa, a Bierfass Brut. Uma das sugestões de pratos principais é o salmão ao creme de gorgonzola e ervas finas, que chega à mesa acompanhado de risoto de frutos do mar (R$ 54,70). Muita tranquilidade para as mães com filhos ainda pequenos é a promessa do Parrilla Madrid, que aproveita o dia para inaugurar a nova área infantil, com brinquedos e oficinas de pintura. Especializado na carne preparada ao modo uruguaio, o restaurante oferece no dia a parrillada (R$ 149), uma sequência com vários tipos de carne, que serve de quatro a cinco pessoas. Para famílias menores, o bife de chorizo (em porções de 220 ou 400 gramas, a 5 Gilberto Evangelista Gisele Bolla Ravióli com recheio de pato ao molho de laranja, do La Tambouille Telmo ximenes R$ 53 e R$ 84, respectivamente) e o Prime Rib Angus (porção de 500 gramas a R$ 89). Tudo acompanhado de porções de saladas, conservas, molhos, batatas bravas (picantes), arroz parrillero (com linguiça, ovo e batata palha), farofa de ovos e purê de mandioca com alioli. Até mesmo o Babel, que não funciona aos domingos, abrirá as portas para receber as mães com um cardápio especial, composto por quatro opções de bruschettas (porções com oito unidades a R$ 35) e carpaccio al pesto (R$ 45) de entrada, e outras duas sugestões de prato principal: o Double Cotte (medalhão de filé mignon envolto em pancetta e regado ao molho de vinho tinto, acompanhado de batata ao forno e ovo poché, a R$ R$ 99), o Spaghetti ala Guitarra (massa puxada no azeite com frutos do mar ao molho de camarão, a R$ 79) e o salmão grelhado servido com molho de maracujá e risoto primave- 6 Ceviche Frida Khalo, do El Paso Texas Bacalhau à Moda Antiga do Antiquárius Grill: receita exclusiva para o Dia das Mães. ra (com tomate, abobrinha e mussarela), por R$ 88. O português Manuel Pires, sócio do Antiquarius Grill, escolheu para a data o Bacalhau à Moda Antiga, receita que era uma das especialidades de sua mãe. O prato, que não faz parte do cardápio da casa, poderá ser servido no almoço ou no jantar. “Ele tem um sabor único, com hortelã, alho, cebola, leite e azeite, e me faz lembrar a infância em Portugal”, diz Manuelzinho. Também exclusivamente nessa data o chef do La Tambouille, Augusto Piras, inclui no cardápio do almoço e do jantar o ravióli com recheio de pato ao molho de laranja. No 4Doze Bistrô, coincidentemente administrado por mãe e filho, Daniel e Daisy Vieira, o prato criado para a data é um camarão flambado no conhaque com molho cítrico de anis estrelado, acompanhado de risoto de alho poró com queijo grana padano, por R$ 42,90. O brinde será uma taça de prosecco, cortesia da casa às mães. No Grenat Café o mimo será a sobremesa: o caviar de café ou o parfait de iogurte com granola e frutas vermelhas, uma sugestão diet. Mas só vale para quem resolver homenagear a mãe na véspera, porque a casa não abre aos domingos. Para o almoço ou o jantar, as sugestões das proprietárias Luciana e Gabriela Sturba são o espaguete com camarões grelhados e molho de bobó (R$ 35), o escondidinho de pato, acompanhado de salada de folhas e nozes (R$ 29) e o Pompidou (batatinhas assadas com mascarpone e lascas de presunto cru, acompanhadas por salada, a R$ 31). No recém-inaugurado Mercado 153 do Terraço Shopping, a cortesia às mães que chegarem para o almoço será uma caneca de chopp garotinho. E no vizinho Couvert, que exibe um vasto cardápio de culinária franco-brasileira, as mães serão presenteadas com uma taça de prosecco. A sugestão do cardápio é a posta de baca- lhau grelhada, servida no azeite de pimenta de cheiro com batatas assadas e arroz de brócolis e camarão, a R$ 37. O Menu de La Mamma (R$ 39 por pessoa), composto de entrada, prato principal, sobremesa e cafezinho, é o presente do chef italiano Fabio Ruocco, da Hostaria Dei Sapori, às mães brasilienses. A refeição começa com uma salada de salmão com pera, seguida de risoto de creme de lagostin ou filé Amalfi (com manjericão e legumes). De sobremesa, tiramisú de morango. A cada quatro pessoas à mesa será concedido um desconto de 25% no valor total da conta e a mãe presente não pagará. A casa também estará funcionando com o cardápio à la carte, em que será igualmente concedido desconto de 25% para mesas com quatro pessoas. O chef Dudu Camargo também promete pegar as mães pelo estômago, tendo como astro principal o camarão. Ele criou duas surpresas para o almoço do dia, que serão servidas no Dudu Camargo Bar e Restaurante, no Your’s e também na Cantina Italiana Unanimità. O camarão estará presente em um risoto que também leva queijo brie, mel e lascas de amêndoas douradas na manteiga (R$ 73 a porção individual, no Dudu Camargo e no Your’s, e R$ 147,60, para duas pessoas, na Unanimità). De sobremesa, panqueca de chocolate recheada com creme holandês e calda de frutas vermelhas (R$ 17,50). Para as mães apreciadoras de alimentos orgânicos, a pedida é o Bhumi, que também preparou menu especial para a data, ao preço fixo de R$ 39 por pessoa. A entrada será o medalhão de berinjela com queijo Minas; o prato principal, papardelle com molho de legumes e champignon fresco; e a sobremesa, bolo de casca de banana com sorvete de creme. Tudo orgânico, obviamente. Se a predileção da mamãe é pela cozinha japonesa, o Haná estará com o bufê (R$ 59 por pessoa) incrementado com al- água na boca gumas delícias de camarão, como a paella de frutos do mar, os camarões empanados com panko (a farinha de rosca japonesa) e camarões e lula ao alho e óleo. Na sobremesa, o brinde da casa às rainhas do dia são os profiteroles (carolinas recheadas com creme e cobertas com calda de chocolate quente). Caro as mães prefiram os sabores mexicanos, vale lançar mão do El Paso Texas, onde o chef David Lechtig também planejou pratos especiais e drinques típicos (margaritas, piña colada e frozen) de boas vindas. No bufê (R$ 39) pode-se começar com tapas como o Ceviche Frida Khalo (preparado ao estilo mexicano, com robalo marinado em limão, tomate picado, cebola roxa, abacate em cubos e pimenta jalapeño) e continuar com delícias como o Mole Poblano, um dos pratos mais tradicionais do México, um peito de frango coberto com molho de chocolate salgado e apimentado, amêndoas, gergelim, banana da terra e especiarias. Ainda seguindo a tradição do país, a sobremesa pode ser um churro com doce de leite e calda de chocolate. Para os que preferirem encontrar as mães em horários alternativos ao almoço e ao jantar, uma boa opção é o café da manhã da Belini Pães & Gastronomia. O bufê (R$ 27,90 por pessoa) será incrementado com rosquinhas de nata, brioches com parmesão, focaccias especiais, macarrons de morango e chocolate, mini cupcakes, mini folhados e muitas outras delícias. Mas a Belini funcionará também no almoço e no jantar. O chá da tarde, a R$ 29,90, tem um bufê tão variado quanto o café da manhã. Outra opção de lanche é a hamburgueria The Fifties, que lança na data sua versão do tradicional Club Sandwich, batizado de Club Fifties (R$ 21,90). São duas camadas, a primeira com maionese, alface juliana, bacon crocante, queijo prato e peito de peru, e a segunda com maionese, queijo prato, peito de peru e tomate. Ainda entre as opções vespertinas, a dica nas duas pizzarias Fratello Uno é a Boa Forma, recheada com pomodori pelati, tomate concassé, abobrinha, cream cheese, manjericão e orégano (de R$ 31,90 a R$ 41,90). Em ambas as pizzarias as mães ainda ganharão um chocolate em forma de coração da Stans. Barbacoa Parkshopping (3028.1530) Places SHS – Térreo do Hotel Naoum (3223.1526) Parrilla Madrid 408 Sul (3443.0698) Babel 215 Sul (3345.6042) Antiquarius Grill Parkshopping (3047.5181) La Tambouille Parkshopping (3047.5925) Taypá QI 17 do Lago Sul (3248.0403) Bierfass Pontão do Lago Sul (3364.4041) 4Doze Bistrô 412 Sul (3345.4351) Grenat Café 202 Sul (3322.0061) Mercado 153 Terraço Shopping (3363.2132) Couvert Terraço Shopping (3363.2132) Hostaria Dei Sapori 212 Sul (3346.3234) Your’s QI 11 do LagoSul (3248.0184) Cantina Italiana Unanimità 408 Sul (3244.0666) Dudu Camargo Bar e Restaurante 303 Sul (3323.8082) Dom Francisco 402 Sul (3224.1634) Parkshopping (3363.3079) Bhumi 113 Sul (3345.0046) Haná 408 Sul (3244.9999) El Paso Texas 404 Sul (3323.4618) 110 Norte (3349.6820) Belini 113 Sul (3345.0777) The Fifties Parkshopping (3234.8726) Pier 21 (3223.4277) Fratello Uno 103 Sul (3321.3213) 109 Norte (3447.3360) 7 Fotos: Daniel Mira água na boca Entrada do Bar Godofredo: Trio Romano. Prato principal do Villa Borghese: filé mignon com chapéu de parm Delícias ítalo-bras Por Beth Almeida O 8 festival já entrou no calendário anual da cidade. E desta vez os brasilienses que há oito anos se deleitam com o Brasil Sabor Brasília têm um motivo a mais para não perder a oportunidade de experimentar pratos preparados pelos chefs da cidade, especialmente para a ocasião, a preços fixos de R$ 25, R$ 36 e R$ 46. É que esta edição é temática: com o lema “Quem tem boca vai a Roma”, o festival homenageia a influência da cultura italiana na gastronomia brasileira. O desafio lançado aos chefs dos 93 restaurantes, espalhados em 127 endereços, foi a criação de receitas com ingredientes e modos de preparo utilizados na cozinha italiana ou que façam referência à cultura do país. “É um intercâmbio sem- pre muito produtivo de dois povos tão próximos pela índole, temperamento e cultura”, defende o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Distrito Federal (Abrasel-DF), Jaime Recena, a mistura da criatividade do brasileiro com as receitas tradicionais italianas resulta em uma variedade de sabores, “para o deleite daqueles que visitarem as casas participantes”. O festival acontece simultaneamente em todas as capitais brasileiras. Em Brasília, esta edição não só conta com mais restaurantes participantes como também envolve endereços de fora do Plano Piloto – de Taguatinga, Águas Claras, Sobradinho e Gama. A expectativa é chegar a 60 mil pratos consumidos ao longo dos 32 dias de realização do evento, que come- çou no dia 3 e vai até 3 de junho. Esta edição do Brasil Sabor Brasília homenageia também o tombamento da Capital Federal como Patrimônio Histórico da Humanidade, que em 2012 completa 25 anos, número lembrado na primeira faixa de preço dos pratos do festival. Além disso, o aniversário do tombamento de Brasília também é marcado por totens com imagens dos principais monumentos da cidade, como a Catedral de Brasília e os Dois Candangos, que estão dispostos nos restaurantes participantes do festival. Brindes e concursos Os organizadores do evento também providenciaram uma série de mimos para aqueles que estão aproveitando as delícias servidas nos restaurantes da cidade. O mezon e risoto de banana. Sobremesa do Taypá: tiramisú de lucuma. ileiras mais apetitoso é o concurso de frases que dá direito a quatro viagens para a Itália, uma por semana. Para concorrer, o cliente que almoça ou janta em um dos restaurantes participantes recebe uma senha e, com esse número, cadastra-se no site de promoções do evento (www.vantagensfourmetabrasel.com.br), na área destinada à promoção Quem tem boca vai a Roma. O concorrente deve postar no local frases com as palavras-chave da semana, que são divulgadas no próprio site. E se o ganhador pagar a conta do restaurante com o cartão BRB, um dos patrocinadores do evento, ainda terá direito a levar um acompanhante no tour italiano. Em parceria com a Tramontina, o fes- Começou o Festival Brasil Sabor Brasília: um mês inteiro dedicado aos prazeres da mesa tival também brinda os participantes com jogos de garfo e faca, um par para cada prato do festival consumido nos restaurantes que fazem parte do programa de fidelidade Vantagens Gourmet Abrasel, mediante acréscimo de R$ 1 à conta. Se a despesa for paga com o cartão BRB, em qualquer dos restaurantes, o brinde é um jogo de talhares com garfos (de mesa e de sobremesa), facas (de mesa e de sobremesa) e uma colher de sobremesa. Todos os talheres têm a marca do festival. Também estão sendo distribuídos jogos americanos com o tema do festival aos clientes que pagam a conta utilizando pontos do programa de fidelidade Vantagens. Os comensais brasilienses que gostam de se aventurar no mundo das caçarolas também podem usufruir da programação paralela em quatro shoppings da cidade (Terraço, Brasília, Pátio Brasil e Deck Norte) e na escola de culinária Kaza Chique. Os encontros, que acontecerão ao longo de todo o mês de maio, têm degustações com harmonizações e cursos direcionados, onde os gourmets brasilienses podem aprimorar suas técnicas com alguns dos principais chefs da cidade. Para participar, basta se inscrever nas centrais de atendimento dos shoppings parceiros. Brasil Sabor Brasília 2012 Até 3/6 em 93 bares e restaurantes da cidade, totalizando 127 endereços. A relação completa dos participantes, com nome, descrição e preços dos pratos, você encontra a partir da página 19. 9 água na na boca boca água Franceses, sim. Por Ana Cristina Vilela Fotos Rodrigo Oliveira A reclamação tem sido frequente: ir a alguns restaurantes em Brasília tornou-se verdadeiro assalto ao bolso. Na contramão dessa tendência, com a promessa de uma cozinha sofisticada e preços um pouco mais acessíveis, chegam à cidade mais dois franceses: o Couvert, no Terraço Shopping, e o L’Atelier du Chef, na 405 Sul. O primeiro é cria do Grupo Couvert, franquia pernambucana com criações gastronômicas do chef Alberto Liberato Pereira. O outro é franco-brasiliense e tem à sua frente o chef francês Lionel Ortega, há um ano e meio no Brasil. Além dos preços menos salgados, eles têm em comum a criatividade e o uso de elementos tanto franceses quanto “tapiocamente” brasileiros. Com saladas que são verdadeiras refeições (de R$ 21,50 a R$ 28,75), pratos à 10 Caríssimos, não base de peixes (R$ 31,80 a R$ 36,60), carnes (R$ 32 a R$ 45,60), aves (R$ 26,70 a R$ 34,34) e camarão (R$ 32,60 a R$ 39,70), além de massas, risotos (R$ 24,75 a R$ 37,85) e sobremesas (R$ 11,90 a R$ 14,10), o Couvert abriu as portas no dia 17 de abril e tem à frente os sócios Daniel e Sérgio Araújo e Cristiane Castro, também donos do Mercado 153. Instalado bem do lado do Couvert, o Mercado é mais uma marca do grupo franqueador. O menu da casa é o mesmo encontrado nas quatro outras unidades, duas em Pernambuco e duas em Salvador. “Para criar o cardápio, fizemos uma fusão tanto de produtos do Nordeste quanto da culinária francesa”, explica o chef Alberto Liberato Pereira. O crevette à la creme – camarões salteados na manteiga, cobertos com cream cheese e geleia de amoras, com mousseline de batata-doce e canela, acompanhado de arroz de castanhas-do-pará (39,70) – é uma de suas criações, assim como o linguine saumon, com maçãs flambadas na vodka e creme de provolone (R$ 36,60), e o côte d’agneau en Chablis, costela de cordeiro com geleia de vinho (R$ 44,95). De sobremesa, além do tradicional O português Carlos Manoel, do Couvert, é o responsável pela criação do "prato do chef". crème brûlée (R$ 11,90), uma boa opção é o bem, mas muito bem brasileiro pudding au tapioca – um pudim de aipim em calda de rapadura com sorvete de coco (R$ 11,90). Em Brasília, o restaurante tem a cozinha sob a batuta do chef Carlos Manoel da Silva, a quem cabe a incansável criação do “prato do chef”, que é rotativo. Ao todo, a casa tem 145 lugares, incluindo áreas interna – superior e térreo – e externa. A área superior pode ser reservada para eventos, almoços de aniversário etc. “Em cerca de um mês teremos telão e pontos de TV”, informa Daniel Araújo. São 36 a 40 lugares que, somados aos do Mercado 153, podem chegar a 100. O primeiro Couvert foi inaugurado em 2006, em Recife. Agora, com a abertura da unidade em Brasília, busca-se expandir a marca pelo país. “Procuramos trazer para dentro do shopping uma cozinha elaborada e a preços acessíveis”, explica o proprietário da franquia, Fernando Torres. Do outro lado da cidade, na Asa Sul, está o L’Atelier du Chef, inaugurado em 29 de março, com 58 lugares e espaço, no segundo andar, para grupos fechados e reuniões. Lionel traz no nome a descendência espanhola, por parte da avó paterna. Estudou gastronomia por seis anos na École Bonneveine, em Marselha, teoria e prática. Depois de viajar e de trabalhar na Suíça, nos Estados Unidos e em Réunion, ilha localizada no Oceano Índico, tornouse chef do embaixador da França em Londres, onde conheceu uma família que acompanhou durante cinco anos. Nesse meio-tempo, encontrou sua esposa, a brasileira Alice. E assim surgiu no seu caminho o Brasil. Já a gastronomia entrou na vida de Lionel como quase sempre acontece: pela família. Em seu caso, foi paixão passada pelos avós, donos de uma boulangerie. Aos 20 anos, começou a cozinhar profissionalmente. E por que, definitivamente, o Brasil? “Tem mais oportunidades do que na França. O sonho era abrir um restaurante, mas lá é muito mais caro do que aqui.” Logo que chegou, passou a preparar jantares privados no Lago Sul, o que continua fazendo, além de ser professor de gastronomia na Aliança Francesa a cada última quinta-feira do mês. O cardápio do L’Atelier tem pratos executivos, servidos no almoço, e normais, servidos tanto no almoço quanto no jantar. Os preços dos executivos variam de R$ 11 a 21 (entradas), de R$ 21 a R$ 26 (principais) e de R$ 11 a R$ 14 (sobremesas). Os pratos normais (almoço e jantar) têm preços que vão de R$ 39 a R$ 61 (carnes, aves e peixes), de R$ 26 a R$ 39 (entradas) e de R$ 16 a R$ 22 (sobremesas). A tilápia sautée com beignets de legumes (R$ 24) é uma das opções de pratos execu- tivos, assim como o rocambole de porco e mussarela com batata e ratatouille (R$ 25). Do cardápio principal, terrine de queijo e ervas aromáticas, salada verde e vinagrete ao mel (R$ 34), de entrada; lagostim (sem casca) assado sobre biscoito temperado, acompanhado de legumes ao curry (R$ 52); e medalhão de vitela sauté minute acompanhado de risoto aos aspargos e creme de tomate e manjericão (R$ 58). De sobremesa, a trilogia de crème brûlée e seus biscoitos, com três sabores: chocolate com biscoito de amendoim; banana com biscoito de baunilha; e baunilha com biscoito de hortelã (R$ 21), e o Millefeuille de tapioca à la banana caramelizada, mousse de coco e calda de chocolate (R$ 19). A casa tem, também, a opção do Menu Dégustation, com pequena entrada, terrine, filé de robalo, medalhão de vitela e a trilogia brûlée (R$ 139). E pode-se beber uma garrafa de vinho (750 ml) a partir de R$ 30. Os preços ainda estão longe de ser para todos os bolsos, mas ampliam as possibilidades e o acesso a bons restaurantes sem que seja preciso gastar uma fortuna. Couvert Terraço Shopping (3363.2132). Diariamente, das 11h30 até o último cliente. L’Atelier du Chef Ortega, do L'Atelier du Chef, e seu filé de merluza empanado com legumes e arroz ao molho salsa. 405 Sul – Bloco B – Loja 6 (3443.8775) De 3ª a sábado, das 11h30 às 15h e das 19h30 às 23h; domingo, das 11h30 às 15h. 11 água na boca Confraria da cerveja Texto e fotos Luiza Andrade 12 Brasilienses amantes de cerveja quase não falam de outra coisa. A novidade são as cervejas especiais, que cada vez mais ganham espaço e admiradores na cidade. A variedade de rótulos faz com que a curiosidade dos entusiastas fique cada vez maior, mantendo constante a sede por novos sabores. Brasília conta hoje com bares especializados que oferecem em seus cardápios uma diversidade enorme de cervejas e começam a chamar a atenção de quem gosta, mas ainda não se arriscou. A bebida que é a paixão nacional dos brasileiros costuma ser classificada por sua nacionalidade e também pelo processo de fermentação, teor alcoólico, lúpulo, cevada e diversos outros fatores. Ingredientes adicionais, que variam desde frutas até plantas, também formam outros grupos. A partir disso, surgem nomenclaturas e classificações específicas para cada conjunto de ingredientes que compõem um tipo de cerveja. Nas especiais, o sabor das bebidas é mais forte e marcante. Mesmo assim, mulheres também estão aderindo à moda. A fotógrafa Mariana Vassalo, 23, conta por que se interessou pelas cervejas. “Quando meus amigos começaram a experimentar e a fazer pedidos de cervejas especiais, resolvi arriscar aos poucos e adorei”. Cervejas que antes era quase impossível encontrar na cidade hoje são vendidas em supermercados e bares especializados. Para as de mais difícil acesso, existem diversos sites com catálogos que chegam a ter mais de 200 tipos de cervejas. Para Pedro Souza, 30, administrador, a solução foi recorrer às compras online. “Na internet, a oferta é muito grande. Encontro cervejas de todos os países, rótulos que jamais encontrei nos bares da cidade. Compro muita cerveja belga, minhas favoritas, e por um preço mais em conta. Juntamos um grupo grande de amigos e fazemos o pedido juntos. Assim, economizamos no frete. Além disso, o preço, em alguns sites, chega a ser metade do que é cobrado em lojas da cidade”. O grupo faz pedidos mensais a partir do catálogo que o site encaminha com os rótulos atualizados. Marcius Fabiani, 38, servidor público, responsável pela coleta de todos os pedidos feitos pelo grupo, explica como funciona. “Para não pagarmos o frete, fazemos todos os pedidos juntos. Como somos um grupo de 12 pessoas, normalmente o pedido fica caro, acima até do valor mínimo para a isenção do frete. Mas é necessário que conste o nome de uma pessoa no boleto de pagamento e na nota fiscal, além do endereço da mesma pessoa para entrega. Então, acabamos deixando essa tarefa comigo”. A harmonização das cervejas especiais com vários tipos de comidas aumentou ainda mais o interesse dos apreciadores. Foi o caso do publicitário André Vasquez, que começou a experimentar cervejas diferentes de inúmeras nacionalidades. Mas foi em 2010 que decidiu começar algo novo. “Voltei da Argentina no começo do ano com vários rótulos de cervejas diferentes. Montei um álbum e decidi estudar a história e os tipos de cervejas”. Junto com o namorado, André, a jornalista Marina Cavechia acompanhava as novas descobertas e sabores de cervejas. Há apenas quatro meses eles decidiram colocar em prática a experiência que acumularam em cursos, palestras, degustações e viagens, e criaram a empresa Oh My Beer. A ideia é oferecer ao público de Brasília uma ampla opção de bebidas por preços acessíveis. “Criamos mensalmente três paks, pequenos conjuntos de cervejas, e junto com eles enviamos um folder com informações completas sobre cada uma delas e as variadas possibilidades de harmonizações com comidas e até com sobremesas”, informa André. O grupo de associados, que começou em dezembro com alguns poucos amigos, como teste para a criação da Oh My Beer, hoje conta com mais de 100 participantes. “Já tem muita gente que não conhecemos pessoalmente, e muitas mulheres também. Aliás, por incrível que pareça, elas são as mais ousadas na hora de escolher o pedido, as que mais pedem e as que mais se arriscam em novos sabores”, comemora Marina. Há até uma nutricionista no gru- po. “A dieta ideal é aquela que tem cerveja incluída. Você pode beber bem e não engordar. O certo é beber com qualidade, e não quantidade”, explica Marina. A partir deste mês, o trabalho do casal dá mais um passo. O site oficial vai entrar no ar e os pedidos e pagamentos poderão ser feitos diretamente pela internet. Para quem ficou com vontade de experimentar os vários tipos de cervejas especiais, a Oh My Beer está com as portas abertas. Oh My Beer Para se cadastrar: www.ohmybeer.com.br ou [email protected] É o maior! Com mais de 2.600 associados, o Have a Nice Beer, criado no ano passado, em Porto Alegre, pelos amigos Pedro Meneghetti, Rafael Borges e Rodrigo Sztelzer, alardeia ser o maior clube de cervejas especiais do Brasil. Agora com sede em São Paulo, entrega mensalmente nas casas de seus associados, espalhados por todo o país, dois exemplares de duas das melhores cervejas do mundo, juntamente com uma revista exclusiva que conta a história dessas bebidas e traz diversas matérias sobre o “estilo de vida cervejeiro”. Os associados pagam R$ 65,90 – mais o frete – pelo serviço mensal, via cartão de crédito. O clube acaba de fechar uma parceria logística que reduziu o valor do frete em até 60% para algumas cidades do país, como Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Barueri, Osasco, Guarulhos e Santana do Parnaíba, todas localizadas no Estado de São Paulo. Em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis, a taxa foi reduzida pela metade, passando de R$ 30 para R$ 15. “Desde o início de nossa operação, em junho do ano passado, associados e interessados em entrar para o clube reclamavam do valor do frete para algumas localidades mais afastadas. Desde então, começamos a buscar um serviço logístico que, além de garantir um valor menor, assegurasse a integridade dos produtos e o prazo, o que foi um grande desafio. Finalmente conseguimos”, comemora Pedro Meneghetti. Em São Paulo e Porto Algre o clube não cobra taxa de entrega. O menor frete hoje custa R$ 12,90 (cidades da Grande São Paulo) e o maior R$ 30. “Com essa redução, esperamos conquistar novos associados e manter nosso crescimento acelerado, chegando ao final do ano com sete mil clientes em todo o Brasil. Continuaremos buscando alternativas para diminuir ainda mais o valor da entrega, sem perder a qualidade”, completa Meneghetti. 13 água na na boca boca água Legítimo libanês Tradicional bufê, Manara se renova e inaugura serviço à la carte Texto e fotos Akemi Nitahara O 14 forte sotaque não deixa dúvida de que estamos diante de uma autêntica libanesa, apesar de falar muito bem o português. Marie-Claude Yammine está no Brasil há dez anos, à frente do Manara, na “esquina do Ceub” (706/707 Norte). A casa, que já oferecia um bufê típico a quilo, agora lança uma novidade que promete agradar aos apreciadores de carneiro, tabule e pastas, mas que têm alguma implicância com self-services. O novo Manara funciona ao lado do antigo, mas é bem diferente. E o contraste começa com a decoração. Mesas bem postas na entrada e o subsolo ricamente decorado, com tecidos e luminárias no teto, almofadas em um aconchegante sofá e estampa típica na parede, além da música ambiente. Mas, no lugar do calor das arábias, um forte ar condicionado. “A ideia é que as pessoas se sintam numa autêntica casa libanesa, com a comida que a dona de casa faz”, diz Marie. E isso, claro, está expresso no cardápio bem enxuto. A grande pedida é o rodízio libanês, com pratos servidos em sequência: pastas de grão de bico (homos), berinjela (babaganush), kibe cru, coalhada, tabule (salada de trigo com receita autêntica, bem molhadinha e temperada, que muitos consideram a melhor da cidade), mini quibe, mini esfiha, charuto de repolho e de uva, kafta na chapa quente grelhada na mesa e, como prato principal, pernil de carneiro e arroz com lentilha. Apesar da suntuosidade, o preço não é nada proibitivo. O banquete custa R$ 40 por pessoa. No cardápio, pequenas porções de 200 gramas, com preços que variam de R$ 5 (o arroz com lentilha) a R$ 10 (o pernil de carneiro). A maioria custa R$ 7. Marie diz que nesses primeiros meses de funcionamento – a casa abriu as portas no dia 14 de março – o cardápio ainda está sendo adaptado, a pedido de clientes. Entre as possibilidade estudadas estão fazer porções mistas das pastas e aumentar a porção do carneiro. A qualidade da comida é a mesma do bufê, já que a cozinha é compartilhada pelos dois restaurantes. As receitas são de família e o pessoal foi treinado para segui-las à risca. Na casa nova, numa bancada por trás do balcão refrigerado, são feitos, à vista dos clientes, o pão sírio, alguns salgados e doces. O diferencial também está na forma como os pratos são servidos, explica Ma- rie. “No antigo é self-service, em área pública, para comer rapido, e aqui é mais para reunião, para trazer a família com calma, mostrar a comida libanesa com melhor apresentação”. Ela destaca que o preço é o mesmo, já que o quilo no bufê custa R$ 35,90 de sexta a sábado e R$ 33,90 de segunda a quinta-feira. Outra novidade é o café da manhã, servido a partir das 9 horas, com esfihas, pães, coalhada, mini-sanduíche no pão sírio, chá e café. O local funciona, ainda, como empório. “Eu selecionei tudo do melhor, em importadoras de São Paulo, pegando o que cada uma tem de melhor”, orgulha-se Marie. Além das pastas, pães, doces e salgados, são vendidas castanhas, amêndoas temperadas, azeitonas, xarope de rosa, chá de flores medicinais do Líbano, queijo árabe shanklish, água de rosa, tahine, halawa, zatar, azeite e vinhos Ksara, entre outros produtos típicos. A qualidade dos produtos é vigiada de perto. Marie conta que a castanha, por exemplo, vem do Líbano mas é torrada no Brasil, para manter o frescor. “Eu provo um pouquinho todo dia pra ver se está bom”. Manara 706/707 Norte – Bloco E – Loja 60 (3273.2324). Diariamente das 9 às 17h. DUO Fotografia picadinho com o maior número de rótulos - 17. A intenção do autor foi oferecer aos consumidores de vinhos uma espécie de guia de compras. O livro apresenta ainda uma seleção de artigos publicados na Roteiro. das estrelas do cardápio do American Prime, que abriu as portas no início do mês no Shopping Quê. As melhores cartas As três unidades paulistas do Barbacoa, que no final do ano passado abriu uma filial no ParkShopping, acabam de receber o prêmio Melhores do Vinho 2012, oferecido pela revista de gastronomia Prazeres da Mesa aos restaurantes detentores das melhores cartas de vinho com 50 a 200 rótulos. Mais de uma centena de bares, restaurantes e hotéis do Brasil e de outros onze países da América Latina inscreveram suas cartas de vinho nas diversas categorias do prêmio. Delícias peruanas Saborear, uma após outra, uma dezena de invenções do chef peruano Marco Espinoza, do Taypá (Fashion Park, na QI 17 do Lago Sul), é uma experiência gastronômica difícil de esquecer. Destaque absoluto para os pratos à base de frutos do mar – sem dúvida, a especialidade da casa. Entre as novidades do cardápio, esse delicioso Atum Nikkei, grelhado em crosta de gergelim e servido com purê de gengibre e tempurá de legumes ao molho de ostras e rapadura. Até o final do mês – de segunda a sexta-feira, do meio dia ao final da tarde – o Antiquarius Grill (Espaço Gourmet do ParkShopping) realiza o seu Festival do Bacalhau. No cardápio, seis receitas da iguaria: três ao preço de R$ 49 (Espiritual, ParkShopping e da Silva), dois a R$ 59 (Gomes de Sá e Meia Desfeita) e um a R$ 79 (à Lagareira). Varanda do Manuelzinho Divulgação Daniel Mira Simone Marinho Rodrigo Oliveira Como comprar vinhos Nova steakhouse Depois do Santa Brasa, inaugurado dois meses atrás, Águas Claras ganha mais um restaurante especializado em carnes nobres. Este suculento Baby Back Ribs, servido com pão e salada caesar, é uma Festival do Bacalhau Há cinco anos titular da coluna Pão & Vinho, Alexandre dos Santos Franco acaba de lançar seu primeiro livro, em que analisa e dá notas a uma centena de vinhos de 14 países produtores, cujos preços variam de 15 a 500 dólares. O Chile comparece Assim ficou conhecida a área externa do Antiquarius Grill, nova e agradável opção para a happy hour. Lá, de segunda a sexta-feira, das 17 às 20h, quem pedir uma caipirinha, uma caipiroska ou uma taça de vinho ganha uma dose extra para acompanhar a sopa de pedra, o camarão a Zico, a punheta de bacalhau, o paio caseiro assado na Bagaceira ou qualquer outro petisco. Para quem não sabe: Manuelzinho é o português Manuel Pires, um dos donos do Antiquárius, presença assídua na varanda. A força da Quituart Nada menos que quatro restaurantes da Quituart (canteiro central do Lago Norte, na altura da QI 9) marcam presença no Festival Brasil Sabor deste ano: o Pimenta de Cheiro (com carne de sol acompanhada de arroz de chips de mandioca, a R$ 25), a Toca do Chopp (com o rosbife al rosmarino e fettuccine visto na foto ao lado, a R$ 36), o Beith Kahama (com boulettes de filé ao molho de romã e laranja, acompanhados de fusili na coalhada, a R$ 46) e o Vila Esperança (com o polpettone de bacalhau, também a R$ 46). 15 GARFADAS & GOLES Luiz Recena GRASSI [email protected] Graças e ondas do capital Luizan Du Mendouce foi economista e filósofo. Viveu e produziu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Nasceu na região montanhosa hoje conhecida como País Basco francês, ou sudoeste da França, num vilarejo já extinto, chamado Baiá, ou Baiê. Na América, onde fez fortuna, apaixonou-se pelo estudo das ondas de rádio. E, ao compará-las com suas teorias econômicas, produziu a seguinte pérola: “O capital é como a onda curta, se mexe rápido e sempre acaba encontrando um espaço para sua expansão”. A lembrança, recente, aconteceu na areia, entre as praias de Itapuã e Flamengo, no maravilhoso litoral da capital da Bahia. Depois do massacre das barracas, largamente denunciado neste espaço, os primeiros tempos foram de tristeza e desolação. Mas, pouco a pouco, o capital foi fazendo das suas e a alegria, se ainda não voltou completa, está cada dia mais presente, tantas são as novas opções propostas aos incansáveis curtidores do sol e do mar, dos peixinhos fritos, dos camarõezinhos, dos queijinhos assados, entre tantas outras comidinhas. E das geladas, as louras que nas praias bronzeiam os corações e refrescam o palato. Primeiros gestos Sair da pressão e da depressão passou a ser a palavra de ordem para os barraqueiros após o massacre, que utilizou de força nunca antes vista neste litoral, com máquinas retroescavadeiras e jagunços fardados e armados até os dentes. Eram municipais, estaduais e federais. Com autorização judicial, diga-se, num conluio extraordinário entre os poderes. A justiça é cega e pode ser demente também. O primeiro gesto, então, foi o do eterno recomeço. Dentro de novas e opressivas regras, tímidas vans foram estacionando e, com poucas mesas e cadeiras, vendendo latas geladas e alguns quitutes trazidos de casa, pois estava proibido cozinhar na praia. Segundos passos Senhor da razão, o tempo foi passando e acomodando as situações, para alegria dos baianos e dos turistas, nacionais e estrangeiros. Garagens foram alugadas e as cozinhas ficaram mais perto da areia. Engenho e arte. Garfadas muitas. Alguns rótulos engarrafados voltaram a frequentar as cercanias do mar. Goles muitos. Mulheres e homens empreendedores. Do farol de Itapuã ao final da praia do Flamengo, as opções foram surgindo e crescendo. Das mais modestas às mais sofisticadas. Os mais fortes 16 E chegamos à terceira onda, a dos antigos donos das grandes barracas, as mais famosas, ricas e fortes. Fórmula simples e engenhosa, com a marca indelével das grandes sacadas: comprar, ou alugar, casas grandes ou pousadas, nas últimas quadras antes do mar, mas sempre fora dos limites das “terras de marinha”, uma invenção lusitana aperfeiçoada faz mais de um século nestas terras de Cabral. Nomes e notas A primeira foi Bora Bora, na Pedra do Sal. Pequena e chique, simpática e competente. Alguns preços, aqui e ali, dão sustos iniciais, mas a maior parte do cardápio pode ser encarada. Meu preferido: carpácio de polvo. Louras? Todas. As engarrafadas, é claro... Depois vieram a do Loro, a Pipa e, por último, mas não menos importante, a Doce Vida, todas nas últimas quadras da Praia do Flamengo. São amplas, enormes, o que às vezes compromete o serviço, principalmente nos feriadões e fins de semana. Mas nos dias bons de meio de semana são ótimas. Outras estão por vir. É o velho capital, onda inquieta, a dar dribles e fazer gols desconcertantes. O próximo verão promete. Fortes ventos O furacão “Laertinho” passou por aqui, Itapuã e Praia do Forte. E “na Vila da Lata, onde as casas são de madeira, não sobrou pedra sobre pedra”, como informou um jornal do interior gaúcho depois de um vendaval que arrasou a cidade de Santa Maria. Com Márcia, Fernandinho e tio Zé Jaka, degustamos camarões e peixe vermelho assado. No domingo das decisões, comemoramos o Santos e o Botafoguinho assando carninhas, franguinhos e um novo peixe vermelho, do rabo aberto. Uma verdadeira “festa na laje”. PÃO & VINHO ALEXANDRE FRANCO pao&[email protected] O novo foco da Expovinis Em meio a tantas mostras e feiras de vinhos, realizou-se aquela que é considerada a maior não só no Brasil mas em toda a América Latina: a Expovinis 2012. Aliás, abril foi pródigo em eventos do gênero: tivemos vinhos da Borgonha e do Gambero Rosso, tivemos a feira da Expand e, para fechar o mês com chave de ouro, essa nova versão da Expovinis. Novamente lá estive durante os três dias e pude observar alguns aspectos que me chamaram a atenção: em primeiro lugar, a feira, como um todo, passou a impressão de ter diminuído de tamanho, deixando de apresentar diversas importadoras que a prestigiavam no passado – segundo pude apurar com algumas delas, em razão dos preços dos espaços cobrados dos expositores, cada vez mais altos e, dizem, até exorbitantes. Mas, na verdade, não creio que efetivamente tenha havido essa diminuição. O que vem ocorrendo, sim, é uma mudança de foco gradativa da feira, que pude notar melhor nesta edição. No passado, com a imensa maioria dos espaços ocupados por importadoras que buscavam, mais que tudo, mostrar seus vinhos ao consumidor final, pois vinham e vêm adotando a política de comercialização direta, a feira adotava um modelo B2C, ou seja, Bussiness to Consumer. Cada vez mais, e nesta edição isso ficou muito visível, a Expovinis veio sendo tomada por grandes espaços institucionais de países e regiões produtoras de vinhos que trazem produtores à procura de importadores brasileiros para seus produtos, adotando, pois, um modelo B2B, ou seja, Bussiness to Bussiness. Entendo que essa é uma tendência irreversível, que leva a Expovinis a cada vez mais ter uma postura de feira profissional, o que vem sendo confirmado na melhora da organização e realização do evento. Noves fora, creio que é uma evolução positiva, na medida em que o consumidor final não é abandonado e acaba sendo suprido pelas lojas e importadoras de forma mais pontual e bem direcionada em eventos independentes. De qualquer forma, lá tivemos, mais uma vez, um maravilhoso “mar de vinhos”, e seguindo a tendência descrita da feira selecionei algumas novidades para comentar. De produtores à procura de importadores, gostaria de citar três: o Lombard&Cie, produtor de maravilhosos champanhes, dos quais me chamou especial atenção o Brut Premier Cru, com 50% Chardonnay e 50% Pinots Noir e Meunier, de lindo dourado, com perlage fino e persistente, notas de acácia, pêssego e damasco e boca bem estruturada, com acidez gastronômica, excelente; a Dal Cero, vinícola italiana com vinhedos no Vêneto para brancos e na Toscana para tintos, principalmente, dos quais me encantou o Clanis 2008, um 100% Syrah de fazer inveja aos grandes nomes dessa cepa, de cor púrpura, com frutas vermelhas maduras, toques de chocolate e pimenta negra, contornado por agradáveis notas de baunilha e tostado, na boca cheio, pleno, macio e ao mesmo tempo muito elegante, fantástico; e, finalmente, a Joseph Mellot, que apresentou alguns dos melhores brancos do Vale do Loire que já degustei, dos quais cito o La Chatellenie, um Sauvignon Blanc de sonho, de um dourado pálido, com aromas estonteantes de maracujá e manga, macio e delicado em boca, mas com um final longo e sensacional. De velhos amigos não posso deixar de comentar ao menos três novidades, duas da importadora Del Maipo, de Brasília, e um da importadora Viníssimo. Da Del Maipo pude relembrar as maravilhas da Jean Grosperrin, que faz alguns dos melhores e mais raros conhaques da face da terra, e lembro o Grosperrin La Gabare 1980, com nada menos que 51,5% de teor alcoólico, com notas florais, toque cítrico e agradável baunilha. Ainda da Del Maipo, o amigo Carlos Badia, da Arnaud de Villeneuve, me brindou com seu inesquecível Rivesaltes Ambré 1969, um doce natural oxidado, com aromas profundos de laranja, nozes, tofe e caramelo e boca fresca, com grande acidez a equilibrar o açúcar. Finalmente, da Viníssimo, meu grande amigo Antonio Saramago brindou-me com sua mais nova poesia vínica, um moscatel de Setúbal cuja produção, em homenagem ao seu pai, não passou de 1.000 garrafas de verdadeiro devaneio. 17 DOIS ESPRESSOS E A CONTA cláudio ferreira [email protected] Detalhes tão pequenos... O planejamento daquele almoço animado ou daquele jantar para comemorar uma data especial não se resume a escolher data, horário e, principalmente, o local. Alguns pormenores precisam ser levados em conta na hora de decidir que bar, restaurante ou congênere merecerá ser a sede de programa tão especial. Senão, o risco de passar raiva é grande. Preste atenção ao couvert que, teoricamente, é opcional. Muitas vezes, o garçom já chega com aqueles pratinhos com berinjela em conserva, pãozinho com manteiga ou azeitonas sem falar uma palavra e pousa tudo na mesa. Bate em retirada também em silêncio. Ainda bem que outros profissionais agem de maneira diferente: vêm com as comidinhas, mas perguntam primeiro se o cliente aceita os acepipes. Já presenciei situação oposta: um mini-couvert de cortesia que chegou à mesa sem que eu tivesse certeza de que era cortesia mesmo. Na dúvida – ou se o dinheiro estiver curto – vale a pena perguntar. Fique atento também aos cânones que dificilmente são quebrados. Gosto de tomar refrigerante só com gelo, sem limão. Aprendi a pedir assim mesmo, “só com gelo, sem limão”, porque em alguns lugares, mesmo se eu falar “um refrigerante com gelo”, o limão vem impreterivelmente no fundo do copo. O mesmo vale para o suco: é bom sempre deixar claro se é “com açúcar e com gelo”, “sem açúcar e com gelo”, “com açúcar e sem gelo” ou “sem açúcar e sem gelo”. Infelizmente, pode ser uma bela oportunidade para trocas indesejadas. Mais um cuidado que se deve ter é com a informação de que “todos os pratos servem uma pessoa”. Muitos restaurantes não querem ver seus fregueses dividindo 18 os pratos, porque a despesa vai ser menor. O cliente de primeira viagem, por sua vez, teme optar pela divisão de um prato desconhecido e sair da refeição com fome. Já passei pelos dois vexames: ou pedir um prato que daria tranquilamente pra dois e colaborar com o desperdício de comida, ou pedir um prato pra dois e vir uma porção tão microscópica que demanda um pedido adicional para sossegar o estômago. Não seria tão mais simples se as informações sobre as quantidades de comida fossem sempre fidedignas? Até o cafezinho merece um olhar atento. Muitos estabelecimentos introduziram a novidade Nespresso, mas nem sempre deixam isso explícito no cardápio. Você pede um espresso e vem um Nespresso – parecidos só no nome, já que o preço do segundo é bem maior. Justiça seja feita: em vários restaurantes, o Nespresso é oferecido além do espresso, mas há aqueles que fazem a troca sem avisar e o cliente só percebe quando confere a conta. Novamente, na dúvida, também é bom perguntar. As contas, aliás, não são padronizadas. Para quem sai em grupo, vale o “olho de lupa”. Em algumas contas, a divisão por pessoa não inclui os 10% de gorjeta. Em outras, já vem calculado direitinho. Em outras ainda, é o número de pessoas que está errado. E hoje em dia, ainda tem o “debate” sobre que membro do grupo vai ser beneficiado com a Nota Legal, já que só um CPF é permitido por conta. Reza a cartilha de boa educação que se faça um revezamento, para que o mesmo amigo não seja sempre o agraciado com a conta polpuda. É uma boa prática para evitar constrangimentos e manter o grupo unido. A abertura do festival na Embaixada da Itália C O presidente da Abrasel-DF, Jaime Recena, e o Embaixador da Itália, Gherardo La Francesca, discursam na cerimônia de abertura do Brasil Sabor 2012. om o tema “Quem tem boca vai a Roma”, o Festival Brasil Sabor 2012 foi lançado na noite de 2 de maio com uma grande festa para 800 pessoas na Embaixada da Itália, precedida por uma breve cerimônia aberta pelo presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Distrito Federal (Abrasel–DF), Jaime Recena, que falou sobre a importância do evento para Brasília. “Este ano temos a participação recorde de 93 casas, em 127 endereços. Isso mostra o crescimento e a importância do setor para o desenvolvimento da nossa cidade”. O presidente executivo da Abrasel Nacional, Paulo Solmucci, destacou que a culinária é uma das identidades culturais mais importantes de uma nação. “Até pouco tempo atrás, o Brasil não tinha nenhum restaurante entre os melhores do mundo e hoje temos uma gastronomia consolidada, que só tende a crescer”, afirmou. Dois dias antes, o paulista D.O.M., de Alex Atala, aparecera em 4º lugar na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, eleitos por um júri altamente especializado da revista inglesa Restaurant. O Embaixador da Itália e anfitrião da noite, Gherardo La Francesca, enfatizou que o Brasil Sabor é uma importante etapa do Momento Itália-Brasil. “A gastronomia faz parte das raízes culturais de um país e o festival nos dá a oportunidade de desenvolver parcerias com entidades de prestígio como a Abrasel”. Último a falar, o secretário de Turismo do DF, Luís Otávio Neves, desejou sucesso ao evento, em sua nona edição, lembrando que Brasília atrai turistas de todo o país e afirmando que os restaurantes da cidade estão entre os principais responsáveis por essa valorização. Também participaram da solenidade de abertura do festival o vice-governador Tadeu Filipelli, o secretário de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, Geraldo Magela, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-DF, José Sobrinho Barros, o chefe de gabinete do Ministério do Turismo, Sérgio Braune, e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). O bufê assinado pelo chef Fabrício Russo, da Banqueteria Rio 40 Graus, apresentou um cardápio ítalo-brasileiro. Bruschettas, chips de queijo coalho, tapioquinhas e polentas foram algumas das entradas. O chef Salvatore Loi preparou uma salada caprese revisitada, enquanto o pernambucano Duca Lapenda ofereceu ao público maxixada e bobó de camarão. A decoração do ambiente foi assinada por Virgínia Darc, que usou cubos iluminados com as logomarcas dos restaurantes participantes do festival e flores tropicais para ressaltar a beleza da Embaixada da Itália. Promovido pela Abrasel e consagrado como o maior evento gastronômico do mundo, o Brasil Sabor segue até 3 de junho em todo o país, oferecendo ao público a oportunidade de degustar receitas inéditas especialmente criadas para o festival. Este ano, são três as faixas de preços: R$ 25, R$ 36 e R$ 45. A primeira é uma homenagem aos 25 anos de tombamento da Capital Federal como Patrimônio Histórico da Humanidade. O tema “Quem tem boca vai a Roma” homenageia a influência da cultura italiana na gastronomia brasileira. Acima, o discurso do presidente executivo da Abrasel Nacional, Paulo Solmucci. Abaixo, o secretário de Turismo, Luís Otávio Neves, o presidente da Abrasel-DF, Jaime Recena, e o Embaixador da Itália. Gherardo La Francesca. Os 93 participantes Prato individual Serve duas pessoas Serve três pessoas Serve quatro pessoas 4DOZE BISTRÔ Conchiglioni a pescatore ao molho bechamel e sálvia Risoto de abóbora com carne seca na cesta de parmesão. Sobremesa: carpaccio de frutas (frutas da estação fatiadas com calda de frutas vermelhas). Almoço e jantar. Shopping Quê! - Águas Claras 3042-5585/3042-2582 25,00 R$ Massa artesanal recheada com camarões, robalo, queijo tipo grana, manjericão e noz moscada. Sobremesa: torta de maçã com sorvete e praliné de nozes. Almoço e jantar. Deliciosa lasanhete de bacalhau do Porto, preparada com massa fresca e creme de leite, ao molho de tomate cereja e tempero especial do chefe. Gratinado com queijo parmesão ao forno, acompanhado de arroz com alho crocante. Entrada: couvert do Mercado, com azeitonas pretas, patês especiais e pão italiano. Almoço e jantar. 414 Sul (3345-4351) 509 Sul (3244-7999/9983-4806) 36,00 R$ 46,00 R$ Bar do Ferreira e Tratoria Peluso Risoto de abóbora com carne seca BAR DO MERCADO MUNICIPAL Lasanhete de Bacalhau ao Gadus Tortilla de batatas trufadas com músculo e ervas aromáticas. Entrada: seleção de tapas (guacamole, queijo e nozes; gratin de queijo gruyere com tamarindo ao forno; e graviak de salmon). Almoço e jantar. BARCELONA BAR E RESTAURANTE Tortilla à Barcelona 206 Sul (3242-1141) 25,00 R$ Moqueca de palmito fresco com pimentões coloridos, alga higik, leite de coco, polpa de coco e dendê, acompanhada de cuscuz de legumes e quinoa. Sobremesa: Delícia de Abacaxi. Apenas jantar. BHUMI – COZINHA ORGÂNICA E SAUDÁVEL Moqueca de palmito pupunha fresco 113 Sul (3345-0046) 25,00 R$ Camarão cremoso servido com salada verde e pão fresco. Sobremesa: bolinho de chocolate belga. Almoço e jantar. 207 Sul (3443-0430) CACAHUÁ Duo Cacahuá 25,00 R$ Massa do tipo penne feito com farinha gran duro ao molho sugo (tomate pelado italiano, manjericão, ervas e azeite extra virgem) com mussarela de búfula semi-gratinada e manjericão. Entrada: Bruschetta Margheritta. Apenas jantar. CANTINA DA MASSA Penne ao sugo com mussarela de búfala e manjericão CONFEITARIA FRANCESA Crocque Monsieur 302 Sul (3226-8374) 25,00 R$ Duas deliciosas tradições gastronômicas. O crocque monsieur é um sanduíche gratinado encontrado em todos os bistrôs de Paris e o tiramisú é uma sobremesa feita de mascarpone, café e chocolate, do jeitinho que a nona fazia. Almoço e jantar. 203 Sul (3225-3276) 25,00 R$ Tradicional polenta de fubá servida com suculento molho de tomates, lombo suíno em pedaços, linguiça levemente apimentada, pancetta e temperos especiais. Queijo parmesão ralado para acompanhar. Sobremesa: pudim de leite condensado. Almoço e jantar. 306 Norte (3272-3032) 25,00 R$ FEITIÇO MINEIRO Polenta Benta Polpetone recheado com queijo mussarela, acompanhado de massa pappardelle com molho de pomodori pelati italiano. Entrada: focaccia com azeite, alecrim e sal. Almoço e jantar. QI 9 Lago Sul (3364-6111) 25,00 R$ FORTUNATA Polpettone Afortunado Três rondeles coloridos, um de beterraba com ricota e gorgonzola, um de espinafre napolitano e outro com recheio de peito de frango com catupiri. Sobremesa: pudim e doces variados, à escolha do cliente . Almoço e jantar. 306 Norte (3273-8525) 25,00 R$ GORDEIXO Trilogia de Rondeles O consagrado parmegiana do Gordeixos, com o delicioso badejo como ingrediente principal. Uma combinação de dar água na boca! Sobremesa: bananinha real. Almoço e jantar. Maggiore Shopping Águas Claras (3435-6565) 304 Sudoeste (3344-5559) QND 32 - Taguatinga (3354-1221) 25,00 R$ GORDEIXOS Filé de badejo à parmegiana Camarões envoltos em tiras de salmão, empanados, servidos com espaguete ao molho de camarão, tomate cassi e manjericão. Sobremesa: tiramisú de café com cupuaçu. Almoço e jantar. Taguatinga Shopping (3049-1840) 25,00 R$ MERCADO 153 TAGUATINGA SHOPPING Spaghetti al Mare Almôndegas de tilápia ao molho de limão, servidas com linguine. Entrada: salada italiana. Almoço e jantar. PEIXE NA REDE Almôndegas de tilápia ao molho de limão PIMENTA DE CHEIRO Carne de sol com arroz de chips de mandioca 309 Norte (3340-6937) 405 Sul (3242-1938) 301 Sudoeste (3344-9498) 25,00 R$ Carne de sol grelhada na manteiga servida com arroz natal e mandioca chips. Prato elaborado nos aromas e sabores nordestinos que influenciam nossa culinária. Entrada: queijo coalho com geleia de pimenta. Almoço e jantar. Quituart - QI 9/10 - Lago Norte (9625-4826/9825-4390) 25,00 R$ Escondidinho de primeira, preparado com delicioso ragu de rabada, polenta mole e queijo derretido. Sobremesa: mini churros com doce de leite. Almoço e jantar. PRIMEIRO COZINHA DE BAR Escondidinho de ragú de rabada com polenta mole Rua das Paineiras - Lote 6 Águas Claras (3028-4366) 25,00 R$ Hambúrguer de picanha com cheddar e cebola. Sobremesa: milkshake de ovomaltine. Almoço e jantar. 402 Sul (3224-8852) RESPEITÁVEL BURGER Hambúrguer Mafioso SUSHILOKO Combinato Jyo 25,00 R$ Delicioso Salmão Jyo revisitado: arroz envolvido por salmão empanado, coberto com cream cheese, camarão, cebolinha e teriaki. Acompanham enrolados e niguis. Entrada: rolinho camarão cremoso. Apenas almoço. Águas Claras - 306 Norte - 406 Sul - Deck Brasil - Deck Norte - Sobradinho - Gama - Lago Sul - Guará II - Sudoeste Taguatinga Norte - Taguatinga Sul - Octogonal 25,00 R$ Hambúrger bovino com pepperoni e provolone, acompanhado de fritas com molho picante. Entrada: mini salada caeser. Apenas jantar. 413 Norte (3033-3136) 25,00 R$ THREE BURGERS Pepperoni búrger com provolone e salsa piccante Paillard de frango ao molho de tomate pomodoro com Fettuccine Alfredo. Sobremesa: torta mousse de chocolate. Almoço e jantar. 408 Sul (3244-0666) 25,00 R$ UNANIMITÀ Frango Taormina Polpetone de peito e linguiça de frango cortados na ponta da faca, recheado com mussarela e gratinado com parmesão e molho de tomates veloce. Servido com fettuccine na manteiga de ervas. Entrada: Trio di Involtinis - parma e melão, abobrinha e creme de gorgonzola e berinjela com cream cheese e pesto de tomate seco. Apenas jantar. Deck Brasil - Lago Sul (3364-2477) 25,00 R$ VELOCE MASSAS Polpettone Marylou Seleção de filé mignon na cama de shitake com pimentão, cebola e pessego. Uma receita extremamente saborosa. Um prato nascido para o paladar brasileiro, mas com aquele toque irlandês. Entrada: pastel crocante de angu com carne moída. Almoço e jantar. Q. 301 - Conj. 4 - Av. Parque Águas Claras (3964-6582) 36,00 R$ ALL DUBLIN Filet lower gardiner Massa de pastel fresca, mussarela de búfala, manjericão, tomate seco, azeite extra virgem, sal e pimenta. Entrada: torradinhas com pasta de alho. Almoço e jantar. 202 Norte (3327-8342) 36,00 R$ ARMAZÉM DO FERREIRA Raggruppare di Parma A Baco traz com exclusividade a massa da verdadeira pizza napoletana, elaborada com as regras da Associazione da Vera Pizza Napoletana. “La Vera Pizza” tem o sabor de funghi porcini, calabresa artesanal, provola e rúcula. Entrada: focaccia com alecrim. Almoço e jantar. BACO PIZZARIA “La Vera Pizza” - funghi porcini com calabresa artesanal 309 Norte (3274-8600) 408 Sul (3244-2292) 36,00 R$ Risoto de linguiça toscana e abobrinha Italiana. Sobremesa: pudim de leite. Almoço e jantar. 201Sul(3224-9313/3321-2412) BAR BRAHMA Risoto à Toscana 36,00 R$ Ravióli artesanal com frutos do mar e molho de tomates frescos. Entrada: cesta de pães italianos com manteiga de ervas. Almoço e jantar. BAR DO FERREIRA PIER 21 Panzerotti com frutos do mar ao molho concassé de tomates frescos SCES Trecho 2 - Lago Sul (3322-1211/9666-7163) 36,00 R$ Ravióli com massa verde à base de salsa, massa vermelha à base de beterraba e massa branca clássica, recheado com carne de sol e purê de abóbora. Entrada: Trio Romano. Almoço e jantar. BAR GODOFREDO Ravióli Bandeirante 408 Norte (3965-6666) 36,00 R$ Escalope de filé mignon recheado com presunto de parma e sálvia, com risoto de açafrão e parmesão. Sobremesa: Divina Torta. Almoço e jantar. BENDITO SUCO ORLA Saltimbocca alla romana com risotto alla milanese SCES Trecho 2 Lote 8 (3225-0249) 36,00 R$ Cordeiro assado refogado no azeite e cebola, servido de tomate sem pele, ramos de erva doce, batata assada e arroz com cenoura e ervilha. Entrada: espetinhos de provolone. Sobremesa: strudel de maçã. Apenas almoço. 402 Sul (3224-3535) 36,00 R$ BIER HAUS Cordeiro assado em erva doce Corte de picanha do gado Angus, com mais maciez, suculência e sabor. Temperado com sal grosso e grelhado na brasa. Acompanhado de arroz com brócolis e farofa de ovo. Entrada: Salada Fernanda Almoço e jantar. 304 Norte (3326-0976) 413 Sul (3346-0036) 36,00 R$ BSB GRILL E BSB GRILL SUL Picanha Black Angus Escalopes de filé mignon ao molho emmental com cogumelos, acompanhados de batata rôti. Entrada: salada de folhas Apenas almoço. 116 Norte (3347-9403) 36,00 R$ Paella com arroz, lula, coelho, porco, frango, cogumelos, embutido espanhol, vagem, alcachofras, pimentão, tomate, cebola e açafrão espanhol. Entrada: bufê de salada preparado na hora à escolha do cliente. Almoço e jantar. SBS Ed. Empire Center (3325-7408) 36,00 R$ CAFÉ SAVANA Escalope Helvetia CALAF Arròs brut (arroz rústico) “Paella de Mallorca” Deliciosa e irresistível pizza com abobrinha italiana temperada e assada. Para realçar o sabor, adicionamos linguiça picante e queijo parmesão. Sobremesa: afogatto de café. Almoço e jantar. Pontão do Lago Sul (3248-7755) Terraço Shopping (3234-5968) 36,00 R$ CAPODANNO PIZZE Pizza com zucchini e calabresa picante Ravióli recheado com salmão e cream cheese ao molho rosé. Entrada: mix de folhas ao azeite de ervas. Almoço e jantar. CLUB NATURE Ravióli de salmão nature SCES Trecho 2 - Asa Sul (3224-9425) 36,00 R$ Pato com tangerina, arroz de espinafre e maçã caramelizada ao molho de tangerina. Sobremesa: gâteau au chocolat. Apenas jantar. COUVERT Canard à la mandarine Terraço Shopping (3363-2145) 36,00 R$ Linguine ao pesto, camarões VG salteados no azeite extra virgem e especiarias, cogumelo paris e brócolis. Entrada: bruschetta. Almoço e jantar. 215 Norte (3965-7711) CROISSANTERIE Linguine ao Basílico EL PASO LATINO EL PASO MEXICANO Tacu tacu y camarones chifa EL PASO TEXAS Tacos ceviche de salmon 36,00 R$ Camarões em molho agridoce levemente picante. Acompanha arroz e feijão branco refrito. Entrada: Causa Chiclayana - massa de batata fria recheada de salpicão de verduras em maionese de abacate. Almoço e jantar. Latino: 404 Sul (3323- 4618) Mexicano: 110 Norte (3349-6820) 36,00 R$ Papelote de salmão assado com pesto de agrião. Servido com risoto de sete cereais e aspargos frescos. Sobremesa: coulis de frutas vermelhas e mousse branco. Apenas jantar. Setor Mansões Mata da Anta, Chácara 15 - Jardim Botânico (3427-1312) 36,00 R$ Pier 21 (3223-0033/ 3223-7489) 36,00 R$ EMPÓRIO SANTO ANTÔNIO Fillet Scallopini All’ Amatriciana Criado como um intercâmbio entre duas culturas. A massa, original da Itália e nas cores da sua bandeira, e a preparação, à base de camarão bem tropical, da região do litoral brasileiro. Entrada: coquetel de atum. Almoço e jantar. 404 Sul (3226-2872) 36,00 R$ FAMIGLIA POMODORO RISTORANTE E PIZZERIA Camarões à Italiana Penne al dente regado ao molho de gorgonzola e castanha do pará com camarões flambados no vinho branco. Entrada: carpaccio. Almoço e jantar. 405 Sul (3443-1450) 36,00 R$ Charque desfiado com pedaços de jerimum, acompanhado de arroz branco. Sobremesa: pudim de tapioca, versão regional do tradicional pudim de leite condensado. Almoço e jantar. 404 Sul (3323-4618) Terraço Shopping (3233-5197) 404 Norte (3201-0129) Jardim Botânico (3427-4028) 36,00 Papelote de salmão ao pesto de agrião Filé acompanhado de batata souté ao forno com creme de queijos, rúcula e tomate seco. Entrada: salada caesar. Almoço e jantar. Tortilhas de milho crocante com recheio de ceviche de salmão e geleia de rocoto com menta. Acompanha guacamole e sour cream. Sobremesa: três leches de fresa - bolo de massa branca com calda de três leites e morangos. Almoço e jantar. R$ EMPÓRIO DA MATA 36,00 R$ fred Penne ao gorgonzola e castanha com camarões flambados FULÔ DO SERTÃO Boiadeiro Salmão grelhado com macarrão oriental levemente adocicado e shimeji. Sobremesa: mini tempurá de sorvete. Almoço e jantar. 403 Sul (3322-6161) GENDAI Salmão com macarrão japonês 36,00 R$ Camarões suavemente aromatizados em pimenta de cheiro, salteados com cogumelos no azeite extra virgem, acompanhados por purê de batata e manjericão e purê de batata com castanhas. Sobremesa: Pretão com morangos em calda de chocolate. Apenas jantar. ILÊ Camarões aromatizados com mix de purês 209 Sul (3443-8099) 36,00 R$ Delicioso filé mignon coberto com parmesão e gratinado ao forno, acompanhado de uma colorida seleção de legumes e uma porção de penne ao pesto. Entrada: salada de tomate e mussarela empanada. Almoço e jantar. L’ ATELIER DU CHEF Filé mignon gratinado ao parmesão 405 Sul (3443-8775/ 9300-6049) 36,00 R$ Medalhões de filé mignon ao molho de aceto balsâmico, acompanhado de risoto de tâmaras. Entrada: Salade Du Jour. Sobremesa: brownie de cupcake recheado com doce de leite e sorvete de creme. Almoço e jantar. L’AFFAIRE BAR E RESTAURANTE Filé ao balsâmico com risoto de tâmaras Hotel Mercure Torre Branca Asa Norte (3326-7130) 36,00 R$ Robalo em crosta de castanha, grelhado ao molho de limão pepper com purê de barôa. Entrada: petit fondue (mini fondue de queijo servido na casquinha). Almoço e jantar. LA BONNE FONDUE Robalo crocante ao limão pepper SCES Trecho 2 - Asa Sul (3223-0005) 36,00 R$ Filé de tilápia grelhado ao molho de amora e cachaça, acompanhado de spaghetti de legumes e shitake grelhado. Sobremesa: petit-gâteau. Apenas almoço. 102 Sul (3224-4989) 36, R$ 00 LA GIOCONDA Tilápia ao molho de amora Polpetone de carne de sol recheado, acompanhado de fettuccine ao mix de queijos. Entrada: brusqueta de mussarela de búfula com tomate seco. Almoço e jantar. 209 Sul (3242-8373) 36,00 R$ LE BUTECÔ Polpetone de carne de sol recheado Toque francês e o sabor forte de queijo italiano. Corte de filé mignon recheado com gorgonzola ao molho rôti, batatas parisienses, alecrim e aspargos na manteiga com alho. Sobremesa: mousse de iogurte com calda de damasco e amoras. Almoço e jantar. Deck Norte (3468-1494) 36,00 R$ LUNNA RESTAURANTE Filé a Le Chef Filé com queijo coalho e molho de goiabada com vinho tinto. Sobremesa: Charlotte (bolo em camadas com calda de laranja, chocolate e chantilly). Almoço e jantar. Terraço Shopping (3363-2132) 36,00 R$ MERCADO 153 TERRAÇO SHOPPING Filé Romeu e Julieta Codornas temperadas com espumante, alho e sálvia. Acompanha risoto de pomodoro pelati. Entrada: Moretum (aperitivo romano de queijo de cabra e ervas). Almoço e jantar. 203 Norte (3039-1803) 36,00 R$ MITTELALTER TABERNA MEDIEVAL Quaglia di Milano Tilápia grelhada acompanhada com suave risoto de abóbora e castanhas, e salada verde orgânica perfumada com limão siciliano. Sobremesa: torta de banana com calda de café e sorvete. Almoço e jantar. NATURAL GREEN’S Tilápia grelhada com risoto de abóbora 302 Norte (3326-0272) 202 Sul (3321-5039) 36, R$ 00 Filé de tilápia de 230g, com o delicioso tempero Outback. Servido com uma combinação de garlic mashed potato e brócolis e molho tartare. Sobremesa: Spoted Dog Sundae. Almoço e jantar. OUTBACK STEAKHOUSE Tilápia Filé ParkShopping (3234-7958) Iguatemi Shopping (3468-3655) 36,00 R$ Fraldinha Angus grelhada na parrilla, com molho de vinho Chianti e batatas bravas. Entrada: saladinhas, conservas e antepastos. Apenas almoço. PARRILLA MADRID Fraldinha ao Chianti PATUÁ - SABORES BRASILEIROS Picanha à Mediterrânea 408 Sul (3443-0698) 36,00 R$ Picanha grelhada (200g) acompanhada de risoto de funghi e batata gratinada no azeite, queijo parmesão e ervas. Entrada: canapé de tomate (ciabata gratinada com maionese e tomate seco) ou Salada Patuá (alface roxa com molho picante e tomate seco). Sobremesa: Delicia Tropical (sorvete de coco com calda de maracujá). Almoço e jantar. Deck Brasil (3248-7231) 36,00 R$ Medalhão de mignon ao creme de padano flambado no whisky e nhoque de barôa com pesto de espinafre e nozes. Entrada: saladinha da casa Apenas almoço. RAYUELA RESTAURANTE CULTURAL Dona Mimma 412 Sul (3346-9006) 36,00 R$ Suculenta picanha suína assada e grelhada, servida com talharim e molho especial. Sobremesa: petitgâteau com sorvete. Almoço e jantar. SCES Trecho 2 (3321-8535) Terraço Shopping (3034-8535/3034-0452) 36,00 R$ ROADHOUSE GRILL Picanha suína com talharim Bacalhau do porto em lascas, regado ao suculento molho de tomates selecionados, vinho branco e especiarias, com camadas de batata inglesa, mandioquinha gratinada e toque de azeitonas verdes. Acompanha arroz ao açafrão. Sobremesa: cheesecake de frutas vermelhas. Almoço e jantar. Terraço Shopping (3322-0092/3223-3505) 36,00 R$ SUBSTÂNCIA GASTRONOMIA LIGHT Escondidinho de bacalhau Rosbife de filé mignon temperado com mix de pimentas, sal e alecrim, chapeados em manteiga e azeite de oliva, acompanhado de fettuccine salteado em manteiga, azeite de oliva, tempero salho e açafrão da terra. Entrada: jiló à bolognesa picante. Almoço e jantar. Quituart (9642-9636) 36,00 R$ TOCA DO CHOPP Rosbife al rosmarino com fettuccine O prato principal vem com escalopes de filé acompanhados de talharim ao roquefort. Entrada: salada chèvre chaud (destacando os queijos, a entrada traz salada com queijo de cabra). Apenas almoço. 405 Sul (3242-7067) 36,00 R$ TOUJOURS BISTROT Escalope com talharim ao roquefort Filé de linguado grelhado com sal e pimenta do reino. Servido com molho de azeite extra-virgem, cogumelo Paris, alcaparras e purê de mandioquinha. Sobremesa: Petit-gâteau Trem do Lago. Almoço. SCES (8412-4731) 36,00 R$ TREM DO LAGO Linguado premium à Trem do Lago Peito de frango marinado e envolvido por panceta, grelhado ao vinho branco e manteiga, servido com batatas toscanas e risoto quatro queijos. Sobremesa: mela crocante. Almoço e jantar. VILA MADÁ Pollo prosciutto toscano Deck Norte (3468-1986) 36,00 R$ Lombo de cordeiro grelhado com spaghettini ao molho de coalhada fresca, hortelã e rabanete. Entrada: beringela da chef e pão Lavosh Almoço e jantar. ZAHIA CAFÉ & KEBAB Cordeiro com Spaguettini na Coalhada 300 Sudoeste (3551-5002) 36,00 R$ Este prato não só nos leva a Roma, mas também à história da cultura árabe. Assim, temos o molho de romã e a coalhada, associados ao fusilli e às boulettes de filé. Sobremesa: petit-gâteau. Almoço e jantar. BEIT KAHAMA Boulettes de filé ao molho de romã e laranja, com fusilli na coalhada Quituart (9970-0938/ 3368-6309) 46,00 R$ Escalopes de filé mignon em sálvia e ervas finas, guarnecidos por risoto de presunto de parma e rúcula. Sobremesa: pêra ao vinho com sorvete de creme em calda de chocolate. Apenas jantar. BELINI IL RISTORANTI Saltimbocca alla romana - Revisitado 113 Sul (3345-0777) 46,00 R$ Filé alto mal passado, grelhado ao pesto de manjerião, servido com risoto de mussarela de búfala e tomate cereja. Sobremesa: torta capuccino. Almoço e jantar. BIERFASS LAGO Tornedor ao pesto de manjericão Pontão do Lago Sul (3364-3663) 46,00 R$ Bife de chorizo temperado com sal grosso, acompanhado de fettuccine com alecrim e pimenta verde. Entrada: mix de folhas com legumes toscanos. Almoço e jantar. Pontão do Lago Sul (3248-7755) 46,00 R$ CAFÉ ANTIQUÁRIO Bife de chorizo com fettuccine ao rosmarino e pimenta verde Gnocchi preparado com ricota fresca, parmesão, ervas e ovos, servido com molho de tomate, pedaços de mussarela de búfala e camarões grelhados em cama de espinafres refogados. Sobremesa: panacota com frutas vermelhas. Almoço e jantar. 104 Sul (3325-5301) Brasília Shopping (3327-2149) Terraço Shopping (3363-1777) 46,00 R$ CARPE DIEM Gnocchi de ricota com tomate e camarões Crepe de camarão e linguiça toscana ao molho de creme de leite fresco e alho poró. Sobremesa: crepe de figo caramelizado. Almoço e jantar. 207 Sul (3443-4777) 46,00 R$ Cordeiro marinado ao molho de vinho tinto e ervas aromáticas, assado lentamente, acompanhado de fettuccine ao próprio molho. Sobremesa: cheese cake com calda de frutas vermelhas. Almoço e jantar. Hotel Golden Tulip Brasilia Alvorada (3429-8100) 46,00 R$ CREPE ROYALE Camarão à Toscana DA NOI Cordeiro Da Noi Lagosta, camarão, lula, robalo, aspargus, batata e mini-cenoura, servidos em tajine com aromático bisque de lagosta, couscous marroquino e pimenta harissa. Entrada: mini salada caesar de salmão defumado. Almoço e jantar. 413 Norte (3349-2323) 202 Sul (3322-1234) Deck Brasil (3364-3400) Gilberto Salomão (3364-0404) Terraço Shopping (3363-2424) Shopping Quê (4141-4446) 46,00 R$ DONA LENHA Tajine royal de frutos do mar Anchova negra em crosta de ervas com nhoque de batata barôa ao molho de limão siciliano. Sobremesa: sopa de goiabada com vinho tinto, sorvete de creme e chips de queijo coalho. Almoço e jantar. DUDU CAMARGO RESTAURANTE Anchova Panarea 303 Sul (3323-8082) 46,00 R$ Saboroso medalhão de filé suíno ao molho madeira com champignon. Acompanha arroz à piamontese e batata sauté. Sobremesa: doces mineiros servidos no bufê da casa. Almoço e jantar. ESQUINA MINEIRA Medalhão suíno minirin EXPAND Risoto de pato com damasco 704/705 Norte (3273-7373/3033-5053) 46,00 R$ Pizza do Chef Jarret de cordeiro no próprio molho e polenta Brasília Shopping (3047-8680) 46,00 R$ 403 Sul (3226-6800) Clube de Golfe (3323-5961/9273-0300) 46,00 R$ 109 Norte (3447-3360) 103 Sul (3321-03213) 46,00 R$ Clube de Golfe (3321-2040) 46,00 R$ LIV LOUNGE Risoto de caju com robalo em crosta de castanha Saltimboca de filé com lâminas de parma e sálvia fresca ao molho de marsala, acompanhado de capeletti de burrata. Sobremesa: macarrons com “crema” de gianduia. Almoço e jantar. Risoto preparado com arroz carnaroli italiano, molho de tomate italiano, azeite de oliva extravirgem e vinho branco. Acompanhado de anéis de lula, lagostas, mexilhões e camarões. Entrada: salada de quinoa. Apenas jantar. Ossobuco de cordeiro cozido em ervas, especiarias, vinho e demi glace, servido no próprio molho do cozimento. A polenta é cozida em água, azeite de oliva extra virgem e sal. Sobremesa: sorvete artesanal Le Jardin. Almoço e jantar. LE JARDIN DU GOLF 46,00 R$ Arroz carnarolli com lascas de pato, damasco e sutil redução de laranja. Sobremesa: fruta do dia. Almoço e jantar. Massa de pizza, pomodori pelati, lascas de presunto de parma cobertas de mussarela de búfala regada de azeite de alho e folhas de manjericão mamute. Sobremesa: sorvete com calda de chocolate. Almoço e jantar. FRATELLO UNO PIZZARIA Risoto cremoso de caju e vinho branco, acompanhado de filé alto de robalo, em uma crosta de manteiga, ervas e castanhas de caju. Entrada: Itália ao Extremo. Almoço e jantar. SHTN Trecho 2 – Condomínio Life Resort (3526-9921) 46,00 R$ MERCADO 153 BRASÍLIA SHOPPING Saltimboca de filé com capeletti de burrata OLIVER Risoto all Mare Sequência de três raviólis: com recheios de catupiri ao molho ferrugem, queijos ao molho de manteiga de sálvia, e o último é surpresa. Sobremesa: ambrosia. Apenas jantar. 316 Norte (3041-5070/ 3041-5924) 46,00 R$ PANELINHA BRASILEIRA Sequência de raviólis Espaguete ao molho pomodoro com gengibre e tomate cereja, acompanhado de salmão em cubos, grelhado no azeite. Sobremesa: fruta do dia. Almoço e jantar. 202 Sul (3224-9408/3226-6800) 46,00 R$ PIANTELLA Espaguete com salmão grelhado ao pomodoro Pizza que combina o tradicional pesto genovese com o nosso regional queijo de coalho. Sobremesa: pizza de chocolate pequena. Almoço e jantar. PIZZAIOLO Pizza Gênova 215 Sul (3345-7878) 46,00 R$ Nhoque de massa leve, ao molho de ossobuco em cozimento lento, aromatizado com toque siciliano em finas fatias. Sobremesa: pêra ao vinho do Porto com flan de queijo. Almoço e jantar. PLACES RESTAURANTE Nhoque ao sugo de ossobuco e limão siciliano SHS Quadra 5 (3223-1526) 46,00 R$ Medalhão de filé recheado ao molho de marsala cremoso e champingnon. Servido com risoto de tomate seco e manjericão. Entrada: salada de caqui e croutons de frango Almoço e jantar. SAN LORENZO RISTORANTE Medalhão Veneza 103 Sudoeste (3201-2161) 46,00 R$ Robalo, arroz com brócolis e shimeji, sohomaki (salmão, cream cheese e camarão maçaricado) e dyo shimeji (arroz, salmão e shimeji maçaricado). Entrada: duplas Soho. Almoço e jantar. SOHO Soho Brasil Pontão do Lago Sul (3364-3979) 46, R$ 00 Filé de peixe ao molho bolonhesa de camarões, com arroz cremoso ao pesto cítrico e pimenta amarela. Sobremesa: tiramisú de lucuma. Almoço e jantar. TAYPÁ Peixe à bolonhesa de camarões QI 17 - Fashion Park Lago Sul (3248-0403) 46,00 R$ Massa branca, azeite, mussarela, presunto de parma ao forno, orégano, coberta com mini rúcula. Sobremesa: sorvete de creme com calda de chocolate e castanha. Almoço e jantar. 214 Norte (3340-9898) 310 Sul (3242-6001) 46,00 R$ VALENTINA PIZZARIA Pizza Bianca Polpetone recheado de tomate seco e azeitona, coberto com pimentão, tomate, cebola e alho em azeite. Entrada: Polpeixinha (polpetinhas de tilápia com recheio de azeitonas e baru). Almoço e jantar. Quituart (9983-8311) 46,00 R$ O filé mignon com chapéu de parmezon e risoto de banana mostra como ingredientes bem misturados fazem da cozinha um libatório deliciosamente divertido. Entrada: brodo de aipim com gorgonzola e polpettini de frango. Sobremesa: creme de chocolate ao coco com calda de lemoncello. Almoço e jantar. 201 Sul (3226-5650) 46,00 R$ VILA ESPERANÇA POLPETERIA E BAR Polpetone de bacalhau VILLA BORGHESE RISTORANTE Filé mignon com chapéu de parmezon e risoto de banana Risoto de tomate coberto com camarões gratinados ao catupiry. Entrada: sopinha de milho verde e pupunha. Apenas jantar. 115 Sul (3345-5513) 46, R$ 00 VILLA TEVERE Risotto al pomodoro com gratinatto di gamberi e catupiry Escalope de filé ao molho do chef com arroz cremoso de provolone. Sobremesa: torta de limão com chantilly. Almoço e jantar. SHIS QI 11 - Lago Sul (3248-0184) 46,00 R$ YOUR’S Filé Stromboli 31 Divulgação dia & noite numcéudediamantes Três anos em cartaz em São Paulo, Rio, Curitiba e até em Lyon, na França. Visto por quase 200 mil expectadores. Ganhador de dois prêmios Shell. Esse é o balanço do sucesso do musical Beatles num céu de diamantes, que estará na cidade dia 9 de junho. Dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, o espetáculo sem diálogos apresenta dez cantores-atores que, acompanhados de piano, percussão e violoncelo, criam uma fantástica história, passando por quase 50 músicas da banda mais bem-sucedida da história. No Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 21h, com ingressos entre R$ 40 e R$ 80. Informações: 3364.0000. ojazzdecioglia Divulgação “A música brasileira e o jazz americano desenvolvem uma relação simbiótica há tempos. Os dois universos sônicos se completam e trocam influências constantemente. A proposta é apresentar um pouco do que acontece quando o cancioneiro brasileiro é tocado de uma forma jazzística”. Quem afirma isso é o contrabaixista brasiliense Leonardo Cioglia, radicado nos Estados Unidos há mais de 20 anos e próxima atração do Terraço Shopping. Dias 11, 18 e 25, sempre às 19h30, o músico mostrará como funciona esse diálogo entre os dois sons. Entrada franca. Júnior Furlan todosossons Marianna Dutra Divulgação mariagadú Mais uma página. Esse é o nome do novo CD da cantora-revelação que estará sendo divulgado em seu show em Brasília, neste 12 de maio. Das 14 faixas do disco, oito são composições próprias, cinco delas em parceria com Ana Carolina, Chiara Civello, Edu Krieger, Maycon e o americano Jesse Harris. O álbum traz três regravações: Anjo de guarda noturno (Miltinho Edilberto), gravada originalmente pela banda Bicho de Pé, Amor de índio, composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos, e Oração ao tempo, de Caetano Veloso. No Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com ingressos entre R$ 60 e R$ 120. Mais informações: 9136.3887. Vai ser dada a largada do projeto que trará cinco concertos ao ar livre nos jardins do CCBB, sempre nas tardes de domingo. Quem abre a temporada de 2012 é o músico paulista Criolo, que no dia 27 de maio se apresenta no Todos os sons em show que terá a participação da baixista Paula Zimbres e do Sistema Criolina. Nova sensação da música brasileira, Criolo conseguiu ampliar as fronteiras entre o rap, o soul e a MPB. Com curadoria de Guilherme Reis, o projeto está em sua sexta edição e já trouxe a Brasília encontros memoráveis, como os que reuniram o congolês Ray Lema e o brasileiro Chico César. A partir das 17h, com entrada franca. poesiamusicada 32 A parceria entre o compositor Dori Caymmi e o letrista Paulo César Pinheiro nasceu há 42 anos. Para comemorar o feito, a dupla se apresenta no Teatro da Unip (913 Sul) no dia 19. No show, o público vai conhecer o último CD de Dori, assim como o repertório mais conhecido de toda sua longa carreira. As novas Marineiragem, Estrela de cinco pontas, Música no ar e Dona Iemanjá estarão no programa, assim como as mais conhecidas – Saveiros, O cantador e O velho do mar. Filho de Dorival Caymmi, Dori teve como principal parceiro Paulo César Pinheiro, com mais de mil canções gravadas por Tom Jobim, Toquinho e Maria Bethânia. Às 20h, com ingressos a R$ 100 e R$ 50, até o dia 11, e a R$ 120 e R$ 60, depois dessa data. Informações: 3346.3738. Divulgação ixalá geometriadatransformação 142 obras de Hélio Oiticica (foto), Lygia Pape, Alfredo Volpi, Cícero Dias e mais 51 artistas plásticos representantes da arte construtiva brasileira estão no Museu da República até 24 de junho. É a mostra Geometria da Transformação, concebida para marcar os 52 anos de Brasília. Do acervo do advogado carioca Sérgio Fadel, as pinturas, desenhos, gravuras e esculturas são do período compreendido entre o início da década de 1950 e o final da década de 1980, traçando um paralelo com o nascimento da capital do país. Segundo o curador da exposição, Max Perlingeiro, a pintura acadêmica, que até então se limitava a reproduzir a natureza de forma realista, sofreu uma transformação radical com o surgimento do abstracionismo informal e geométrico que tomou conta da cultura ocidental depois do fim da Primeira Guerra Mundial. “A tendência construtivista logo se enraizou em todas as partes do mundo e passou a ser universal”, explicou. De terça a domingo, das 9 às 18h30, com entrada franca. Divulgação concretismo O Gabinete de Artes da Presidência da Câmara dos Deputados é sede da exposição de 28 obras de Yves Serpa, artista plástico que incorpora sua personalidade de poeta ao estilo próprio de pintura. A paixão pelo concretismo vem de berço. Com carreira iniciada na escolinha de artes do Museu de Arte Moderna do Rio, sua primeira participação como pintor foi aos cinco anos de idade no Salão de Arte Infantil do Jornal do Brasil, em 1956. Na infância, inseria formas geométricas em seus trabalhos. Com o tempo, percebeu que elas poderiam ter vida própria e se encantou com a op-art (arte ótica) na qual formas e cores são matematicamente calculadas para criar ilusão no espectador. Até 8 de junho, só aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 17h. afrografismos No mesmo Museu da República, só que no mezanino, está a exposição que reúne 50 obras de Willy Bezerra de Mello, o Olumello, artista plástico recém-falecido que possui profunda relação com Brasília, pois foi aqui que se desenvolveu profissionamente. Ele pertenceu à primeira geração de artistas da cidade, e “embora seu trabalho não faça alusão direta a ela, sua poética está visceralmente ligada a tudo o que aprendeu com o nascer do traçado da nova capital”, explica o curador da exposição, Nelson Fernando Inocêncio da Silva. Até 31 de maio. Entrada franca. Olu Mello Divulgação Nunca antes neste país se fez uma exposição tão ampla sobre a Índia. Depois de passar pelo CCBB de São Paulo e do Rio, chegou a vez de Brasília receber, de 22 de maio a 29 de julho, a mostra que apresenta um universo bastante expressivo desse país asiático com mais de 1 bilhão de habitantes (o segundo mais populoso, depois da China) e que é também um dos principais destinos místicos do mundo. Conhecida por suas tradições milenares, suas cores sempre vibrantes e uma culinária forte, a Índia foi sede de vastos impérios e é formada por um povo dividido em nada menos que 200 etnias e com 23 línguas oficiais. O curador Pieter Tjabbes, um holândes radicado há 20 anos no Brasil, afirma ter priorizado a diversidade cultural na organização cenográfica. São 350 peças, entre objetos sacros, estátuas, vestimentas, máscaras, pinturas e fotografias que representam vários aspectos da cultura indiana. Logo na entrada, o público inicia a viagem pela Índia assistindo a um vídeo que o prepara para mergulhar na história milenar desse país. Haverá ainda um altar com a imagem de Ganesh, a mais conhecida e venerada representação de Deus no hinduísmo, simbolizada por uma divindade de quatro braços, barriga grande e a cabeça de um elefante com uma presa só. Idealizada em três blocos temáticos – O cotidiano, O sagrado e Formação da Índia moderna – a exposição poderá ser vista de terça a domingo, das 9 às 21h. Entrada franca. 33 dia & noite Lígia Jardim odilemadesusan teatrogaúcho No ano passado, o Festival de Teatro Brasileiro levou espetáculos mineiros para mais de 24 mil pessoas em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Este ano, trará para Brasília e Goiás 15 espetáculos dos mais variados gêneros, em 68 apresentações. Com curadoria de Sérgio Maggio e Guilherme Filho, o festival promete apresentar o melhor da comédia, do drama, do teatro infantil e experimental feito no Rio Grande do Sul. Num universo de 109 peças, os curadores primaram pela qualidade dos espetáculos, observando a inquietude tanto em temas e abordagens como em estética. De 15 de maio a 3 de junho nas regiões administrativas do Gama, Taguatinga, Ceilândia e Plano Piloto, a preços populares. Programação completa: www.festivalteatrobrasileiro.blogspot.com.br. Divulgação Vilma Carvalho Uma história que se passa inteiramente na mente de uma mulher. Assim é a peça Isso é o que ela pensa, do dramaturgo inglês Alan Ayckbourn, em cartaz no CCBB de 17 de maio a 10 de junho. Conta o dilema de Susan, uma mulher moderna que chegou a uma encruzilhada sexual, social e cultural. Ela idealiza uma família que parece saída de uma revista dos anos 50, com aquela velha fórmula marido carinhoso, irmão protetor e filha atenciosa, enquanto sua família é composta por pessoas bastante depressivas. Depois de estrear em São Paulo, a montagem inédita no Brasil tem direção de Alexandre Tenório e elenco formado por Denise Weinberg, Clara Carvalho e Clarissa Rockenbach. De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h. Ingressos a R$ 6 e R$ 3. Informações: 3108.7600. paratodoosempre Marcelo Nenevê Durante os sete meses que duraram a elaboração de texto e os ensaios, eles entrevistaram casais, grupos de homens e mulheres separadamente, casados, solteiros, enrolados - e ainda consultaram livros sobre o assunto e entrevistaram especialistas. O esforço resultou na comédia Manual de sobrevivência ao casamento, em cartaz até 27 de maio no Teatro Maristão (615 Sul). Ciúmes, traição, romantismo, dinheiro, saúde do casal e sexo são os temas escolhidos para essa “reflexão cômica”. Sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Ingressos a R$ 50 e R$ 25. 34 circabrasilina A palhaça Mastusquella e três cantoras da cidade são as principais atrações da programação do circo mais feminino de que se tem notícia. Em maio, o picadeiro vai ser ocupado pelas crianças que quiserem se divertir com uma palhaça que também é mágica, a Matusquella. Aos domingos, sempre às 17 horas, com ingressos a R$ 20 e R$ 10. Já as sextas-feiras do mês das mães serão dedicadas ao Circa Acústica, com participação de cantoras de Sobradinho – Rosemaria (dia 11), Carol Voigt (dia 18) e Nathália Lima (dia 25). Os shows começam às 21h e custam R$ 10. A Circa Brasilina fica na BR 020 – Km 2,5. aprincesaeosapo Paki O que estava previsto nos contos de fadas não se concretizou. O sapo que foi beijado pela princesa não voltou a ser um príncipe e, ainda por cima, transformou a pobre moça em rã. Para reverter essa desastrosa feitiçaria, a dupla parte em direção ao pântano e busca ajuda de outros animais, que também lutam com suas respectivas angústias. Até o dia 27 o teatro da Escola Parque 308 sul vai ser o palco dessa divertida história infantil encenada pela Cia. de Teatro Néia e Nando. Sábados e domingos, às 17 horas, com ingressos a R$ 30 e R$ 15. Informações: 8199.2120. cárcere vidasembula A proposta do teatro sarau é misturar música, teatro, literatura e muita irreverência. Vem aí o espetáculo Rivotrio e a saga da vida sem bula, encenado pela Colapso, a sua pior companhia! O núcleo da montagem, composto por Ana Flávia Garcia, Alessandro Lustosa, Camila Modikoviski, Hugo Leonardo e Lucas Ferrari, propõe uma colagem poética musicada par dar vazão ao desejo de colocar em cena sua produção literária, poética e musical. É dedicado aos “fazedores dos movimentos culturais alternativos dos guetos pouco conhecidos, aos operários da arte com paixão, aos inquietos, aos sossegados, a quem topa sair de casa na hora da novela”, explica Ana Flávia, que também é diretora artística da companhia. Dias 24, 25 e 26, às 22h, e dia 27, às 20h, no Teatro Mosaico (714/715 Norte). Entrada franca. Joffre Oliveira eraumavez... O grupo Matrakaberta tem uma coleção de historinhas interessantes para divertir a criançada que for ao Pátio Brasil aos domingos de maio. Na programação do projeto, que acontece sempre às 16h30, está A bruxa do avental, dia 27, trazendo a aventura de três ovelhinhas muito gulosas que comeram todo o capim que existia perto de casa. Quando não tinham mais nada para as refeições, tiveram a ideia de comer o capim da parte mais alta da floresta, bem perto da caverna da Dona Bruxa, uma velha malvada que adorava comer ovelhinhas assadas. Entrada franca. Informações: 4003. 7780. Telmo Ximenes Divulgação Como será uma semana inteira na vida de um pianista que está preso e será refém numa rebelião iminente? A resposta está na peça Cárcere, em cartaz no Teatro do Espaço Mosaico (714/715 Norte) nos dias 11, 12 e 13. Dirigida e interpretada por Vinícius Piedade, tem texto de Saulo Ribeiro e conta a história de um pianista que vive em ritmo de contagem regressiva, mostrando suas expectativas, impressões, lembranças, reflexões e sensações expressas num diário que começa numa segunda-feira e termina quando estoura a rebelião, num domingo. Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Ingressos a R$ 15. Informações: 3032.1330. 35 Fotos: Raquel Pellicano que espetáculo Machado de Assis em versão pop U 36 ma arena é formada. Numa das pontas vemos uma cartomante, que, com suas cartas e conselhos ,interfere intimamente na vida de três personagens. No outro extremo está o narrador, que, ao contrário do livro, onde pode ser onisciente e onipresente, aqui precisa medir forças com a cartomante e com os próprios personagens para não perder o posto de condutor da história. Em todo o cenário, um vermelho transbordante, com toques ciganos e elementos de um flamenco pop. No meio disso tudo, Camilo, Rita e Vilela, os protagonistas de um triângulo amoroso. E o público? Ao redor, testemunhando tudo de perto. Foi assim que o Grupo Liquidificador idealizou e estruturou A cartomante, espetáculo que até o fim do mês terá passado por quatro regiões administrativas do DF. Começou pelo Gama (de 4 a 6) e segue para Ceilândia (de 11 a 13), Taguatinga (de 17 a 19) e Plano Piloto (de 24 a 26). Baseado no conto homônimo de Machado de Assis, a peça conta a história de um triângulo amoroso que se forma entre Vilela, sua esposa Rita e seu amigo de infância Camilo. O texto original, publicado em 1884, foi destrinchado pelo Grupo Liqui- dificador em dinâmicas de improvisação criadas pelo diretor inglês Peter Brook, chamadas de “exercícios do tapete”. A técnica funciona mais ou menos assim: em um espaço delimitado no chão (o “tapete”), os atores improvisam livremente em cima de alguma cena (nesse caso, cenas do conto original). Qualquer um da roda pode participar, interpretando o personagem que preferir. “A gente lia trechos do conto e improvisava em cima. Com o tempo, o grupo foi fazendo um inventário, vendo o que sempre voltava nessas improvisações. Algumas coisas acabaram se fixando, até inconscientemente, e outras foram incorporadas racionalmente”, detalha a atriz Fernanda Alpino. Foram dois anos (com algumas interrupções) de maturação, trabalhando as improvisações, burilando os personagens, estudando Machado de Assis. O resultado é um roteiro que agrega a linearidade original do conto a experiências pessoais do atores. “A gente mantém a história completa, do começo ao fim, e mantém a linha de referência que Machado fazia das coisas. A diferença é que a gente incluiu trechos nossos, textos que caberiam numa adaptação contemporânea da obra”, explica o diretor Fernando Carvalho. E contemporaneidade é o que não falta a essa montagem. Formado por Fernanda Alpino, Fernando Carvalho, Glauber Carvalho, Iza Cavanellas, Kael Studart, Karinne Ribeiro e Tiago Medeiros (todos na casa dos vinte e poucos anos), o Grupo Liquidificador traz em seu DNA a cultura pop. O nome da companhia já denota que tudo que passa por ali, antes de criar forma, precisa ser batido e misturado. Essa antropofagia oswaldiana criou em A cartomante um espetáculo capaz de inserir um adultério da segunda metade do Século XIX em um cenário de expressões corporais herdadas do flamenco, com trilha sonora do Gipsy Kings e Santa Esmeralda. “Nossa ideia é ficar no meio do caminho entre a alta cultura e o totalmente vendável. Um caminho mais tropicalista”, define Fernando. A cartomante 11 e 12/5, às 20h, e 13/5, às 19h, no Sesc Ceilândia Norte (QNN 27, Lote B). 17 a 19/5, às 20h, no Teatro Paulo Autran do Sesc Taguatinga Norte (CNB 12, AE 2/3). 24 a 26/5, às 21h, no Teatro Goldoni da Casa D’Itália (EQS 208/209, Bloco A). Entrada franca em todos os espetáculos. Classificação indicativa: 14 anos. Mais informações: 9633.8711 / 8544.2928 Clássicos da ópera em Brasília Fotos: Divulgação Entre maio e junho, festival deve repetir o sucesso do ano passado Por Alexandre Marino T rês grandes óperas serão montadas na cidade no fim deste primeiro semestre, mais precisamente entre 23 de maio e 25 de junho, compondo a segunda edição do Festival de Ópera de Brasília, com direção artística do maestro Cláudio Cohen. Carmen, Olga e La Bohème têm mulheres como tema central, e são mulheres que se agigantam no contexto das narrativas. As três óperas serão encenadas no Teatro Nacional Cláudio Santoro, com a participação da orquestra sinfônica do próprio teatro e do Coral de Brasília, com 60 vozes. Carmen, do compositor francês George Bizet, fica em cartaz de 23 a 27 de maio. É a clássica história da cigana Carmen, que forma com o soldado José e o toureiro Escamillo um triângulo amoroso baseado em amor, ciúme doentio e morte. Bem, amor e morte são temas recorrentes quando se fala de ópera, e estão presentes também nas duas outras que completarão a programação. Carmen estreou em Paris, em 1875, e tornou-se um dos grandes clássicos da ópera. No elenco, Luisa Francesconi e Mere Oliveira, ambas como Carmen, Jean Nardoto e o italiano Raffaele Sepe, no papel de Dom José, o brasiliense Leonardo Neiva, como o toureiro Escamillo, e Patrícia Mello e Della Henry no papel de Micaela. O festival será encerrado com a apresentação de La Bohème, de 22 a 25 de junho, espetáculo que conta a vida de um grupo de intelectuais. De autoria de Giacomo Puccini, a história mistura traição, mentiras, loucura e, é claro, paixão, vivida pelo poeta Rodolfo e a costureira Mimi. Rosana Lamosa e Luciana Tavares interpretam Mimi; Fernando Portari e Hélenes Lopes interpretam Rodolfo; e Leonardo Neiva faz o papel de Marcelo. Além dos espetáculos já consagrados como clássicos, há muita expectativa quanto à ópera que ficará em cartaz de 8 a 10 de junho, Olga, de autoria do maestro Jorge Antunes. Nascido no Rio de Janeiro, ele acaba de completar 70 anos. Desde 1973 é professor da Universidade de Brasília, onde dirige o Laboratório de Música Eletroacústica e ensina composição e acústica musical. Olga Benário Prestes, a revolucionária alemã de origem judaica que veio para o Brasil, teve uma filha com Luís Carlos Prestes, acabou deportada para a Alemanha durante o governo Getúlio Vargas e foi assassinada num campo de extermínio, será interpretada pela cantora brasiliense Janete Dornellas. O barítono Homero Velho viverá Filinto Müller. A grande homenageada do Festival 2012 é Asta Rose Alcaide, uma especialista em óperas que completou 90 anos. Os ingressos custarão R$ 60 e R$ 30 (meia). Espera-se que o evento repita o sucesso da primeira versão do festival, que reuniu mais de 10 mil pessoas na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional em 2011. Festival de Ópera de Brasília Teatro Nacional Cláudio Santoro De 23 a 27/5, Carmen, de George Bizet. De 8 a 10/6, Olga, de Jorge Antunes. De 22 a 25/6, La Bohème, de Giacomo Puccini. Ingressos a R$ 60 e R$ 30. 37 brasiliense de coração O gênio do Tetra Filmes bandolim 38 Por Vicente Sá É sábado, maio, início dos anos oitenta. Antonio Carlos, que está de passagem por Brasília, é obrigado a ir com a irmã a uma apresentação de alunos no Colégio Dom Bosco. “Ter que assistir aqueles menininhos recitando poeminhas em homenagem à mãe, cantando cantigas folclóricas e sei lá mais o quê?” Antônio Carlos, advogado e músico nas horas vagas, entrou no auditório como quem vai para o matadouro. Mas qual não foi sua surpresa ao assistir a apresentação de um garoto de seis para sete anos que dedilhava apaixonada e brilhantemente, ao bandolim, Brasileirinho. Ainda aplaudindo de pé, ele ouviu, pela primeira vez, e murmurou emocionado, o nome do pequeno gênio: Hamilton de Holanda. A vida do garoto Hamilton foi assim desde o início. Nascido com o dom da música, no seio de uma família musical, apoiado pelo irmão mais velho e também músico, não poderia ser de outra forma. Natural do Rio de Janeiro, veio para Brasília com um ano de idade. Aqui viveu sua infância, nos anos 80, cercado do carinho da família, de amigos e com todo o espaço e liberdade que a cidade oferecia naqueles tempos. Mesmo já sendo um pouco diferente, pois começou a tocar antes mesmo de aprender a ler e escrever, Hamilton aproveitou bem o tempo de menino. “Eu sempre brinquei muito com os amigos tanto na quadra quanto na escola. Jogava bola, beti e, ao mesmo tempo, tinha o lado da disciplina com meu pai, que era legal, porque eu já tinha uma ligação grande com a música. Quando eu estava brincando com a turma embaixo do prédio e ele me chamava, às sete da noite, para estudar com meu irmão, às vezes eu me chateava um pouco, mas só um pouco e só às vezes”, conta, lembrando os tempos de moleque na 103 Sul. A disciplina imposta pelo pai, Américo, nunca foi feita pensando na profissionalização do filhos, mas na própria necessidade da música – e também como uma maneira de manter os irmãos mais unidos. Assim, eles apreenderam música brincando e com alegria. O surgimento da dupla Dois de Ouro foi uma decorrência natural do talento dos irmãos Hamilton e Fernando César – e, é claro, o sucesso também. Um senhor de cabelos grisalhos acompanhava os meninos do Dois de Ouro na percussão. Era ninguém menos que o lendário Pernambuco do Pandeiro. Essa boa sina de tocar com os melhores músicos do país nunca mais abandonou Hamilton. Quanto mais o pequeno Hamilton era exaltado nos jornais, ou aparecia tocando na TV, mais ele entendia que a música era um dom a ser compartilhado, dividido. O Clube do Choro, casa da música instrumental da cidade, era, ao mesmo tempo, jardim de infância e local de trabalho para ele. Era visto correndo nos bastidores, com um riso no rosto de moleque, e também no palco, a chorar pelos dedos No final da adolescência, com um grupo de amigos músicos, fazia um verdadeiro trabalho de guerrilha para lotar as casas de espetáculos onde se apresentava o Dois de Ouro. Leander Mota, percussionista e amigo das antigas, conta que eles tinham uma rede de revenda de ingresso que se espalhava como uma erva trepadeira pela cidade. Um grupo passava os ingressos para outros grupos, que revendiam para outros e assim ia. “Ao final, já temíamos não receber direito, porque nem sabíamos mais quem eram os nosso revendedores”, brinca Leander. Mas funcionava. Teatro Nacional, Garagem, dos Bancários, todas as casas lotavam, graças ao trabalho de formiguinha feito pelos amigos e o talento do grupo. Cada vez mais e mais pessoas se curvavam agradecidas à arte do jovem músico. “O Hamilton foi um dos poucos músicos que não precisaram sair de Brasília para fazer sucesso em Brasília”, completa Leander. Aos 19 anos, ele ganhou o Prêmio Icatu, que lhe garantiu um ano de estudos em Paris. Um momento crucial, uma virada na vida. “Sair e olhar a vida da gente de fora é muito importante para nos entendermos culturalmente. Foi importantíssimo para mim. Aprendi a gostar mais ainda de muitas coisas brasileiras e a perceber outras tolices nossas”, explica. Quando voltou, já ficou pelo Rio de Janeiro. E pulou a fase da boemia, levando para o Rio a namorada, Cinara, casando-se com ela e começando a vida de músico sério. Logo depois vieram os filhos, Rafaela e Gabriel, e ele ficou mais centrado ainda. As músicas brotaram cada vez mais. A diferença entre os dedos e o braço do bandolim já não era mais perceptível. Hamilton virou música. De lá para cá, tocou com todo mundo com quem vale a pena tocar. Tocou pelos interiores do Brasil e pelo mundão da Europa. Muitos discos, muitos shows, muitos amigos. Um dos seus últimos trabalhos autorais foi a Sinfonia monumental, para bandolim e orquestra, em homenagem aos 50 anos de Brasília, composta em parceria com Daniel Santiago. Hoje trabalha em uma suíte sobre os quadros Guerra e paz, de Portinari, que deve ser cantada por Milton Nascimento. Brasília continua sendo sua casa, mesmo que ele a estranhe um pouco, às vezes. “Talvez por eu morar no Rio, que é uma cidade muito agitada, e passar também boas temporadas em São Paulo, eu, nos dois primeiros dias, fico me sentido esquisito, em Brasília. No terceiro, eu não quero mais ir embora”, garante. Trinta e tantos anos depois, nosso personagem Antonio Carlos levou a irmã para um show no Clube do Choro. No cartaz, a foto daquele menino que o fizera desistir do cavaquinho por alguns anos. Mais uma vez, ao final da apresentação, Antonio Carlos está de pé, com o coração emocionado de ouvir tanta beleza, a murmurar o nome do gênio: Hamilton de Holanda. 39 diário de viagem Pelos caminhos de Cuba Por Lúcia Leão E sta terceira e última matéria sobre nossa viagem (se você não leu, e quiser, as outras duas estão nas edições anteriores, encontradas no site www.roteirobrasilia.com.br) contará um pouco sobre o que pudemos ver de Cuba para além da capital Havana. Tínhamos planos de alugar um carro e desbravar a ilha de Fidel de costa a costa, uma missão bem plausível considerando suas dimensões territoriais – 111 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho de Pernambuco e no mesmo formato cumprido e estreito desse Estado nordestino. Nossa incursão teria como destino final Santiago de Cuba, a segunda maior cidade do país e de vida cultural ainda mais intensa do que a da capital, e sua vizinha Sierra Maestra. Passaríamos um sábado na Calle Heredia, onde acontecem, todas as semanas, as noches culturales, com eventos de música, dança, teatro, cinema e literatura promovidos, na rua, pelas instituições que se concentram ali – 40 Museu do Carnaval, Casa da Trova, União dos Escritores, biblioteca, associação de tango e até uma “casa do queijo”, entre outras. No dia seguinte subiríamos as montanhas e quem sabe encontraríamos algum vestígio das trilhas percorridas por Che Guevara. Não chegamos lá. Por erro do Visa, nosso cartão de crédito foi bloqueado quando tentamos utilizá-lo na locadora de veículos, o que frustrou completamente essa etapa da viagem e quase nos manteve presos na capital. Mas finalmente conseguimos alugar um carro e fazer do limão uma limonada, corrigindo a rota pela bússola do nosso anfitrião “seo” Oscar, dono da casa em que nos hospedávamos em Havana. Ele sugeriu que a melhor forma de aproveitar o menos tempo e o menos dinheiro que nos restavam era ir a Trinidad e ao Cayo de Santa Maria. Assim fizemos. Saímos de Havana para Sancti Spíritos, província onde fica Trinidad, pela Autopista Nacional, a principal rodovia da metade oeste de Cuba. É uma estrada plana, reta, com quatro pistas de cada lado separadas por canteiro central e excelente pavimentação. Tudo isso para um movimento pífio de poucos carros de passeio, raros ônibus e quase nenhum caminhão. Nas margens, plantios de cana, arroz, laranja e pastos, sempre com começo e fim ao alcance dos olhos (nada que a vista não alcance, como costuma ser por aqui). Ou seja, uma viagem segura, confortável e monótona! A paisagem mudou cerca de 200 quilômetros depois, quando saímos da autopista para tomar a direção de Cienfuegos e de lá beirar o litoral até Trinidad. O asfalto segue bom, mas as pistas se reduzem a mão e contramão cheias de curvas e sobes e desces típicos dos caminhos do mar. O movimento é um pouco mais intenso, especialmente próximo aos povoados, e a presença de animais na pista deixa os motoristas em alerta. Os 30 quilômetros finais desse caminho são especialmente belos, com a estrada imprensada entre mangues e praias selvagens, numa sequência de bocas de rios a desaguar no mar do Caribe. Mas, entre as dezenas de impressionantes monumentos, igrejas e palácios, o que mais nos impressionou mesmo em Trinidad foi um restaurante, o Museu 1514. Menos por ser uma casa de quase 300 anos (a construção é de 1760) e usar o enorme fogão de lenha original para preparar a típica cômica crioula do que pelas louças e talheres que põe à mesa: são cristais bacará, porcelana inglesa e baixelas de prata seculares que, mesmo aos nossos olhos leigos e mal treinados, resplandecem em valor inestimável. Mariene Ruíz, dona da casa, conta que herdou tudo dos padrinhos espanhóis, sem filhos, que tinham na casa um bufê e promoviam grandes festas para os aristocracia local. Quando assumiu o poder, o governo revolucionário não desapropriou nem esse nem outros imóveis que fossem o único patrimônio de uma família, mas determinou que ele ficasse para usufruto dos proprietários e seus dependentes, proibindo a venda. Daí que a casa ficou lá com tudo dentro, mais atrapalhando do que ajudando o negócio atual de Mariene: “O cliente entra, vê isso tudo, acha que é muito caro e vai embora”, queixa-se a empresária, que, como a maioria dos pequenos empreendedores de Cuba, ainda não aprendeu a lidar com a concorrência. Fotos: Arquivo pessoal Patrimônio histórico e arquitetônico Foi assim, encantados e de peito aberto, que chegamos, no final da tarde, a Trinidad. Inebriados, éramos presas fáceis dos “malandritos” que se dedicam ali a desviar visitantes para hospedarias clandestinas, não cadastradas pelo serviço turístico local. Levávamos o cartão de um hostel indicado por “seo” Oscar e, quando procurávamos o endereço, fomos abordados por um simpático morador que lamentou informar que o dono do estabelecimento estava muito doente, “a morir”, mas por sorte ele tinha outro lugar para nos receber. Ingênuo demais para nossos padrões de malandragem, nos livramos do golpe a tempo de poder rir depois. Mais uma vez nos instalamos muito bem, numa suíte voltada para o pátio interno da casa de Yaneisy e Manuel, uma das dezenas que compõem o casario colorido e muito bem preservado da rua Martinez Villena, a antiga Calle Real, no centro histórico. Pagamos US$ 30 pela diária para dois, com café da manhã. Trinidad é uma cidadezinha de 50 mil habitantes com a grandiosidade de 1.200 prédios de reconhecido valor arquitetônico e histórico, que lhe deram o título de Patrimônio da Humanidade. Ela se espalha como um enorme museu em torno da Plaza Mayor, onde a cidade nasceu em 1514 e onde acontecem todos os finais de semana grandes festas ao ar livre. Os locais afirmam que Trinidad tem o complexo colonial mais bem preservado das Américas. Os mineiros de Ouro Preto podem não concordar! 41 42 Estrada sobre o mar Seguindo o rota sugerida por “seo” Oscar, deveríamos ir do lado sul da ilha, onde estávamos, para o litoral norte, onde iríamos andar sobre o mar até o Cayo Santa Maria – eles chamam de cayos as ilhotas que circundam a costa cubana. O Santa Maria propriamente dito pouco falou aos nossos espíritos: uma praia paradisíaca (mar azul escuro, areia muito branca e grossa e nenhum bar por perto, sabe como?) com dois hotéis de luxo, uma pista de pouso e um aquário de golfinhos acrobatas, tipo Free Willy. Mas valeu pagar o pedágio de 10 CUCs (cubanos conversíveis, a moeda para estrangeiros mais ou menos parelha ao dólar) para percorrer inacreditáveis 52 quilômetros com mar de um lado e do outro, agradecendo todo o tempo estarmos fora da época dos furacões (outubro). A ideia era passar uma manhã no Cayo Santa Maria. Para isso, dormiríamos em Remédios, a maior cidade das imediações, em um terceiro hostel, igualmente simpático, confortável e barato. Chegamos de Trinidad até lá cruzando os Topes de Collantes, a segunda maior cadeia de montanhas da ilha (só perde para a Sierra Maestra), área protegida como parque nacional, parecida com alguns trechos da nossa Serra do Mar ainda cobertos de Mata Atlântica: vegetação exuberante, enormes pedreiras e trilhas de quedas d’água pra todo lado. Relatos muito recentes dão conta de uma estrada intransitável, mas quando passamos por lá estavam sendo finalizadas obras por todo o percurso, e viajamos sem problemas. Ao pé da serra estava Santa Clara, a capital da província, e uns outros tantos povoados rurais onde, finalmente, vimos uma Cuba desnuda de qualquer roupagem ou adereço “para inglês ver”. Gostamos, também. Nossa incursão exploratória terminou no extremo leste da ilha, no Parque Nacional de Soroa, província de Pinar del Rio, terra de goiabada com queijo e da melhor paçoca de amendoim que já comemos. E rios, cachoeiras e cascatas, muitos pássaros e matas... Foi fácil ser feliz em Cuba! Fotos: Arquivo pessoal diário de viagem CARTA DA EUROPA As letras perdidas de uma escritora cega Divulgação Por Silio Boccanera, de Londres A história que nos vem de uma pequena cidade no litoral oeste da Inglaterra, sobre uma escritora cega, consegue fascinar sem pieguice e merece ser contada aqui, porque mistura paixão por literatura, solidariedade e uso de alta tecnologia. Trish Vickers, de 59 anos, mora sozinha em Lyme Regis, um pitoresco vilarejo inglês à beira-mar, projetado pelo mundo como o local de filmagem do romance A mulher do tenente francês, com Merryl Streep no papel-título, lá se vão trinta anos. Vickers ficou cega já adulta, em função de diabetes, e passou a preencher o vazio em sua vida escrevendo, numa tentativa de expressar a imaginação que ela descreve como “descontrolada”. Começou escrevendo pequenos versos, depois decidiu tentar um romance. Escrevia à mão, em papel mesmo, com caneta e um elástico que a ajudava a manter a sequência de linha após linha, sem entortar. Produzia, assim, um manuscrito que seu filho Simon lia de volta em voz alta quando a visitava, uma vez por semana. Quando Vickers imaginou a história de uma mulher que passa por um drama pessoal ela escreveu 26 páginas, a seu modo. Seu sonho era submeter o manuscrito completo a uma editora, na esperança de publicar um livro com a história toda, envolvendo morte de uma avó querida, perda do namorado e do emprego. Na visita seguinte do filho, ela mostrou-lhe as páginas escritas. Qual não foi o choque de Simon ao perceber que as páginas estavam em branco. O problema teria sido fácil de notar por uma pessoa com visão: a tinta da caneta acabou, mas Vickers naturalmente não percebeu e continuou “rabiscando” o que sua imaginação ditava. O papel, no entanto, nada registrou. O que seria apenas uma história frustrante e triste, semelhante à de outros es- critores que ao longo da história perderam seus originais de cópia única, começou a ganhar contornos de aventura quando alguém sugeriu que Vickers procurasse a polícia. Não para dar queixa de um crime, mas para pedir ajuda do laboratório forense, onde trabalham especialistas que usam técnicas cientificas e aparelhos high-tech para desvendar pistas de um crime. Como aparecem nos episódios da série americana de televisão CSI. Kerry Savage, uma das especialistas do serviço forense da polícia no condado de Dorset, se comoveu com a história da escritora cega. Nos intervalos de suas investigações sobre homicídios e fraudes, ela usou seu horário de almoço para examinar os papéis em que Vickers tinha escrito sem tinta. Após cinco meses de trabalho, conseguiu extrair o texto do manuscrito em branco. “Fiquei feliz, satisfeita e agradecida”, contou Vickers ao jornal local, o Bridport News, acrescentando: “Eles conseguiram captar o que eu escrevi, mesmo sem tinta. Nem sei como agradecer”. Um porta-voz da polícia de Dorset explicou que o laboratório usou uma combinação de luzes em ângulos diferentes, o que permite extrair de um papel marcas não visíveis a olho nu, com base na pressão exercida por uma caneta ou um lápis. “Foi um prazer ajudar alguém”, disse a técnica Savage. “Por sorte, conseguimos recuperar o texto inteiro. E ainda gostamos do livro”, concluiu. Grannifer’s legacy (O legado de Grannifer) é o título que Vickers já escolheu para o livro, ainda em fase final de escrita, para ser submetido depois a uma editora. Uma voluntária agora a visita toda semana para datilografar o que Vickers prepara – e garantir que não escreva sem tinta. Sobre o material recuperado, a escritora cega acrescenta: “Claro que eu poderia tentar escrever de novo o que estava perdido, pois a história está na minha cabeça, mas nunca teria saído igual”. O sonho de Vickers em ter seu livro publicado tem mais possibilidade de se tornar realidade depois da repercussão internacional de sua história, a partir de uma pequena reportagem no Bridport New. Dali o caso atraiu a mídia nacional e estrangeira (como demonstra este artigo), garantindo assim ao menos a publicidade que editoras prezam. “Meu telefone não parou”, contou Vickers sobre a reação internacional após a divulgação inicial de seu caso. “E só contei ao jornal local porque eu queria agradecer a polícia pela ajuda. Não imaginava que a história entrasse em órbita e eu me visse no meio de uma turbulência da mídia”, disse. Além do interesse de jornais e emissoras de rádio e TV do Canadá à Austrália, Vickers despertou entre o público a disposição de oferecer conselhos práticos, desde o uso de software com reconhecimento de voz até uma caneta com câmera infravermelha e tinta inesgotável. Outros já ofereceram ajuda para preparar o manuscrito segundo os padrões exigidos por editoras. Quanto à qualidade literária do livro, quem se importa? O mais curioso na história dela não é o que está nas páginas de Grannifer’s legacy, mas o que quase deixou de existir no papel, não fosse o avanço na ciência forense. Que o diga a popularidade da CSI nas tevês do mundo inteiro. 43 luz câmera ação A brutalidade barroca Onde canta o rouxinol de Douglas Sirk Retrospectiva no CCBB exibirá algumas das raras realizações do cineasta alemão antes do exílio nos EUA, além dos famosos melodramas que dirigiu para a Universal nos anos 50 Por Sérgio Moriconi O 44 conterrâneo alemão Rainer Werner Fassbinder declarou certa vez que Douglas Sirk estava presente em simplesmente tudo o que ele fazia. Como assim conterrâneo? Sim, ao contrário do que muitos pensam, o diretor de Imitação da vida, entre tantos outros inesquecíveis clássicos do “dramalhão culto”, nasceu em Hambugo, na Alemanha, e não na Dinamarca, país de origem de seus pais. Na Escandinávia, Sirk viveria sua infância com o nome de Claus (depois mudado para Hans) Detlef Sierck. Foi sua avó quem primeiro o levou ao ci- nema, “às escontidas”, para chorar suas primeiras lágrimas nos trágicos dramas vividos pela belíssima, e branquíssima, Asta Nielsen, grande estrela do vibrante cinema dinamarquês da primeira década do século passado. Assumidamente o maior discípulo de Sirk, se é que o termo é conveniente aqui, o falecido Fassbinder gostava de contar o que lhe contara Sirk sobre o que lhe disseram alguns figurões dos estúdios de Hollywood: “Os filmes precisam ser vistos em Garmisch-Partenkirchen, em Okinawa e em Chicago. Pois pense bem no que pode ser o denominador comum a todas essas pessoas”. Só para esclarecer, Garmisch-Partenkirchen é um bucólico município montanhoso da Alta Baviera, cuja estância foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1936. O que mais impressionava Fassbinder era que Sirk havia conseguido fazer com que essa declaração-síntese da filosofia mercadológica hollywoodiana, responsável pelo fracasso de muitos cineastas estrangeiros nos EUA, se ajustasse a ele. Obras como Imitação da vida (1959), Amar e morrer (1958), Almas maculadas (1958) e Sinfonia inacabada (1957) – todas presentes na retrospectiva da obra de Sirk que o CCBB de Brasília apresentará de 22 de maio a 17 de junho – tinham a cara A garota do pântano Fotos: Divulgação do realizador, eram cinema de autor comercialmente viáveis. Muitíssimo viáveis, diga-se de passagem. Um pequeno milagre, considerando-se a formação sofisticada de Sirk. Na juventude, antes de emigrar para os Estados Unidos, estudara direito, filosofia e história da arte na Alemanha. Tornou-se amigo de Kafka, depois se dedicou ao teatro e montou, em 1929, a Ópera dos três vinténs. Cinco anos depois foi contratado pela UFA (o maior estúdio cinematográfico alemão durante a República de Weimar), fazendo sua estreia na direção em 1935, com As garotas do pântano. No curto período em que ali esteve foi prolífico: Os pilares da sociedade (1935), April, april! (1935), Onde canta o rouxinol (1936), Recomeçar a vida (1937) e La habanera (1937) são pérolas raríssimas que também vão estar presentes na mostra. La habanera prenuncia a decisão de Sirk de deixar a Alemanha num futuro não muito distante. Esse musical exótico expressa o incômodo com a ascensão do poder nazista. O diretor deixa finalmente o país, perambula pela Áustria, vendendo seus serviços de roteirista, e faz, na França, Accord final, e, na Holanda, Befie. Sierck desembarca finalmente nos Estados Unidos, em 1939, já como Sirk. No novo mundo, não deixa por menos. O capanga de Hitler (1942), lançado em plena guerra, sua primeira obra longe do continente europeu, era uma crítica feroz ao nazismo através da personagem de Reinhard Tristan Eugen Heydrich, carrasco do regime. Heydrich perseguiu judeus, comunistas e todos aqueles que se recusavam a aderir ao nazismo. Ele atuaria como uma espécie de supervisor do que eufemisticamente se chamou de “solução final”, o plano de extermínio da comunidade judaica. No mesmo ano, a medonha trajetória de Heydrich seria dramatizada por Fritz Lang no clássico Os carrascos também morrem. Assim como Lang, Sirk não teria dificuldades para se adaptar à “fábrica de salsichas” do cinema de gênero hollywoodiano. Antes de dirigir os melodramas que o fizeram célebre, experimentou de tudo um pouco, desde thrillers (Emboscada, de 1946, e Sonha meu Amor, de 1947), comédias (Era somente amor, de 1948, e Sinfonia prateada, de 1952) e mesmo um western, Herança sagrada (1954), que o crítico Jean Tulard classificou como “notável”. Nessa época, Sirk já tinha no bolso o contrato com a Universal Internacional. Os seis filmes que fez em apenas três anos, entre 1957 e April, april! 1959, foram a culminância do estilo Sirk. Todos presentes na mostra, são os filmes que fizeram a cabeça de Fassbinder. Impressionado com os conflitos do triângulo envolvendo Lauren Bacall, Rock Hudson e Robert Stack (suas frágeis e inamorosas relações na América profunda), o autor de O casamento de Maria Braun manifesta sua intenção de nunca botar os pés nos Estados Unido. Palavras ao vento, assim como os outros filmes do período, apesar da implícita crítica cruel ao modo de vida das personagens, conseguia a mágica de agradar ao público, ao estúdio e aos críticos. Ninguém achava que os problemas narrados lhes dizia respeito, mas ficavam todos com uma pulga atrás da orelha. Como muitos chegaram a reconhecer, Sirk fazia um tipo de demolição ao mesmo tempo maneirista, ácida e gentil. Douglas Sirk: o príncipe do melodrama De 22/5 a 17/6 no CCBB de Brasília. 45 luz câmera ação Sete dias com Marilyn C 46 om uma interpretação excepcional de Michelle Williams, indicada ao Oscar de melhor atriz deste ano, e de todo o elenco, integrado por importantes atores britânicos, Sete dias com Marilyn, de Simon Curtis, é um belo filme, que focaliza a penosa semana que Marilyn Monroe passou em Londres para rodar, sob direção de Sir Laurence Olivier, a comédia O príncipe e a corista (1956). O roteiro de Adrian Hodges, de característica biográfica, fornece suficientes informações sobre os conflitos que se estabeleceram – e se refletiram no set de filmagens – entre dois famosos casais de astros do cinema, em crise, na década de 50 do século passado. Tudo é narrado sob a ótica de um jovem, Colin (Eddie Redmayne), de ascendência nobre, recém-saído da universidade, que aspirava a trabalhar no cinema, na área de produção. Persistente no seu objetivo, ele consegue, graças à interferência de Vivien Leigh (Julia Ormond), esposa de Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh), o primeiro emprego na nova produção dele. Para surpresa de todos, Olivier escolhera como intérprete de sua película Marilyn Monroe (Michelle Williams), a divindade da tela cinematográfica da época. Ela era jovem, loura, burra, relapsa com horários para cumprir compromissos, mas belíssima e sensual. Era também sensível ao extremo, pois que carregada de todos os traumas adquiridos na infância, desde que a mãe fora internada num hospício. E, pior, recém-casada com Arthur Miller (Dougray Scott), outra figura cheia de problemas, que lhe explorava a fama, mas não a suportava, já que, como dizia, ela perturbava sua criatividade literária. A primeira incumbência de Colin, como terceiro assistente da produção, fora a de encontrar uma suntuosa casa, nos arredores da cidade, que atendesse às inúmeras exigências de seus famosos hóspedes. Tendo conseguido aprovação de uma de sua escolha pelo agente de Marilyn, Arthur Jacobs (Toby Jones), Colin caiu logo nas graças ou na simpatia da atriz. Assim, ela, após o retorno do marido a Nova York, carente, tratou logo de viver com ele tórrido romance, de duração de poucos dias, tempo suficiente para ambos tomarem banho de rio e, depois, visitarem pontos turísticos londrinos. Esse idílio, porém, deixaria marca profunda nas lembranças de Colin, enfeixadas por ele, posteriormente, num livro, as quais oferecem argumento ao filme. Egresso do teatro, Simon Curtis, o diretor, realizou poucos filmes, mas já consolidou estilo próprio, cuja característica mais importante é a preocupação constante com o ritmo em que se desenvolve a narrativa. Dessa forma, ele começa com sequências curtas, documentais, que se vão se tornando, gradativamente, mais espaçosas, envolvendo o espectador numa atmosfera de discreto romantismo. A ambientação, de Judy Farr, é também, para ele, elemento forte de expressão, assim como a trilha sonora de Conrad Pope (música original) e Alexandre Desplat. A despeito de tudo isso, é certamente o soberbo desempenho de Michelle Williams que dá brilhantismo à película. Williams ressuscita Marilyn em corpo e alma, especialmente, quando dança e canta. É impressionante a capacidade de transferência de personalidade de uma para a outra (há momentos em que se tem absoluta certeza de que é a sedutora Marilyn que está em cena). Kenneth Branagh está bem como Sir Laurence Olivier, ressaltando o seu desespero, como um novo Fausto, pela perda da juventude, que ele deseja recuperar ao amparo do frescor juvenil de Marilyn. A grande surpresa, no elenco estupendo, é Eddie Redmayne, no papel de Colin Clark. Ator premiado no teatro por suas atuações em textos de Shakespeare, Redmayne chega ao cinema com uma interpretação sóbria e bem construída. Sete dias com Marilyn (My week with Marilyn) Reino Unido/2011, 101 min. Direção: Simon Curtis. Roteiro: Adrian Hodges, com base no livro The prince, the showgirl and me and my week with Marilyn. Com Michelle Williams, Kenneth Branagh, Eddie Redmayne, Judi Dench, Julia Ormond, Toby Jones, Emma Watson, Dominique Cooper e Zoë Wanamaker. Divulgação Por Reynaldo Domingos Ferreira