Ano XI • nº 204
Maio de 2012
R$ 5,90
em poucas palavras
É justamente essa inf luência italiana na nossa gastronomia
que dá o mote para o Festival Brasil Sabor, que acaba de chegar
a 93 restaurantes distribuídos em 127 endereços não só do
Plano Piloto como também de Taguatinga, Águas Claras,
Sobradinho e Gama. Inaugurado, como não poderia deixar
de ser, na sede da bela Embaixada da Itália, o Brasil Sabor
deve atingir um público de 60 mil brasilienses que vão provar
os pratos preparados pelos chefs com ingredientes e jeitinho
ítalo-brasileiro. Conheça os detalhes nas páginas 8 e 9 e guarde
com você a relação completa dos pratos de todas as casas
participantes (a partir da página 19).
Além dessas saborosas opções gastronômicas do festival,
selecionamos mais 23 sugestões caprichadas para tocar o
coração das mães neste mês de maio. Na matéria Tudo para elas
(página 5), Beth Almeida selecionou agrados em forma de
frutos do mar, risotos, filés, bacalhau e sobremesas que têm
tudo para fazer do Dia das Mães um momento muito especial.
Destacamos ainda o Brasiliense de Coração, seção em que
Vicente Sá conta a história de um menino prodígio que toda a
mãe gostaria de ter: o “nosso” Hamilton de Holanda, bandolinista que nasceu no Rio mas veio menino para Brasília, onde
brincou de bola na 103 Sul e aprendeu música brincando com
o pai, seu Américo. Formou com o irmão, Fernando César, o
Dois de Ouro, brilhou no Clube do Choro e acabou alçando
vôo para encantar as plateias de outros países (página 38).
Não deixe de ler também, na seção Diário de Viagem
(página 40) a última de uma série de três reportagens que
Lúcia Leão escreveu sobre sua viagem recente a Cuba, desta
vez viajando de carro pelo interior do país.
Boa leitura e até junho.
Maria Teresa Fernandes
Editora
Gabriela Sturba
Polenta frita, linguiça, queijo ralado, rúcula, alcachofra,
risoto, minestrone, espaguete, pizza, panetone. O que essas
delícias da nossa gastronomia têm em comum? Muito simples:
elas chegaram ao Brasil junto com as bagagens dos imigrantes
italianos que, a partir de 1870, vieram para os cafezais paulistas
em busca de trabalho, coisa muito rara naquela época de Itália
recém-unificada.
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águanaboca
O Pompidou (batatinhas assadas com mascarpone
e lascas de presunto cru), do Grenat Café, é uma
das iguarias que sugerimos para o Dia das Mães.
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picadinho
garfadas&goles
pão&vinho
doisespressoseaconta
festivalbrasilsabor
dia&noite
queespetáculo
brasiliensedecoração
diáriodeviagem
cartadaeuropa
luzcâmeraação
ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora Roteiro Ltda | SIA – Trecho 17, Rua 20, Lote 90 | Diretor Executivo Adriano Lopes de Oliveira
Endereço eletrônico: [email protected] | Editora Maria Teresa Fernandes | Capa Carlos Roberto Ferreira sobre foto de André Borges
Diagramação Carlos Roberto Ferreira sobre fotos de Daniel Mira | Colaboradores Akemi Nitahara, Alexandre Marino, Alexandre dos Santos Franco, Ana
Cristina Vilela, Beth Almeida, Cláudio Ferreira, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luiz Recena, Luiza Andrade, Melissa Luz, Reynaldo Domingos Ferreira, Sérgio
Moriconi, Silio Boccanera, Súsan Faria, Vicente Sá | Fotografia Eduardo Oliveira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Amaral | Impressão Gráfica São Judas Tadeu
Tiragem: 20.000 exemplares | Para anunciar 3335.9200 | No encarte sobre o Festival Brasil Sabor, as fotos dos pratos são da autoria de Daniel Mira
e as da festa na Embaixada da Itália de Cristiano Eduardo.
www.roteirobrasilia.com.br
Neander Coelho
Rafael Wainberg
água na boca
Bufê de frutos do mar do Places.
Noix de Entrecôte com polenta frita do Barbacoa.
Tudo para elas
23 sugestões de restaurantes para comemorar o Dia das Mães
Por Beth Almeida
A
data é comercial? Sim. Mas quem
resiste a um mimo para as mamães no dia escolhido para homenageá-las? Então, neste 13 de maio, mais
do que passar o dia com a mães, vale proporcionar a elas momentos de alegria, conforto e – por que não? – de prazer à mesa.
Foi com esse espírito que os restaurantes
da cidade se prepararam para a data, alguns com cardápios especiais, outros com
pequenos agrados para as estrelas do dia.
No Barbacoa, por exemplo, as mães
serão recebidas com rosas colombianas.
Especializada em carnes, a casa sugere para a data o Noix de Entrecôte (R$ 71,20),
corte bovino macio e suculento, também
conhecido como bife ancho, acompanhado de polenta frita e do bufê de saladas.
De sobremesa, a Taça Brasileiríssima, com-
posta por sorvete de baunilha com calda
de goiabada cascão e farofa de castanha de
caju (R$ 14,90). No Places, onde o bufê
(R$ 62 por pessoa) será reforçado com
uma série de pratos à base de frutos do
mar, o presente das mamães será um ramequim de cerâmica trabalhada, exclusividade da casa.
No Taypá, de gastronomia peruana,
as mães serão recebidas com um taça de
espumante Gran Legado Brut. A sugestão
da casa para a data é o Arroces para Mama
(R$ 62), uma espécie de degustação de três
pratos de arroz servidos na casa: a Paella
Acriollada (camarão, lula, mexilhão, polvo
e coelho com os ajies e temperos peruanos), o Arroz Negrito de Oliva (arroz negro com vieiras ao molho de pimenta e
queijo com salada de manga) e o Meloso
de Arroz y Pato (arroz cremoso com pesto
de coentro, confit de pato e salada criolla).
No Dom Francisco, as mães, enquanto estiveram aguardando para serem atendidas, também degustarão uma taça de espumante Gran Legado. No Bierfass do
Pontão do Lago Sul a taça de espumante
será a da marca da casa, a Bierfass Brut.
Uma das sugestões de pratos principais é
o salmão ao creme de gorgonzola e ervas
finas, que chega à mesa acompanhado de
risoto de frutos do mar (R$ 54,70).
Muita tranquilidade para as mães com
filhos ainda pequenos é a promessa do
Parrilla Madrid, que aproveita o dia para
inaugurar a nova área infantil, com brinquedos e oficinas de pintura. Especializado na carne preparada ao modo uruguaio,
o restaurante oferece no dia a parrillada
(R$ 149), uma sequência com vários tipos
de carne, que serve de quatro a cinco pessoas. Para famílias menores, o bife de chorizo (em porções de 220 ou 400 gramas, a
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Gilberto Evangelista
Gisele Bolla
Ravióli com recheio de pato ao molho de laranja, do La Tambouille
Telmo ximenes
R$ 53 e R$ 84, respectivamente) e o Prime Rib Angus (porção de 500 gramas a
R$ 89). Tudo acompanhado de porções
de saladas, conservas, molhos, batatas
bravas (picantes), arroz parrillero (com
linguiça, ovo e batata palha), farofa de
ovos e purê de mandioca com alioli.
Até mesmo o Babel, que não funciona aos domingos, abrirá as portas para receber as mães com um cardápio especial,
composto por quatro opções de bruschettas (porções com oito unidades a R$ 35) e
carpaccio al pesto (R$ 45) de entrada, e
outras duas sugestões de prato principal:
o Double Cotte (medalhão de filé mignon
envolto em pancetta e regado ao molho de
vinho tinto, acompanhado de batata ao
forno e ovo poché, a R$ R$ 99), o Spaghetti ala Guitarra (massa puxada no azeite com frutos do mar ao molho de camarão, a R$ 79) e o salmão grelhado servido
com molho de maracujá e risoto primave-
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Ceviche Frida Khalo, do El Paso Texas
Bacalhau à Moda Antiga do Antiquárius Grill: receita exclusiva para o Dia das Mães.
ra (com tomate, abobrinha e mussarela),
por R$ 88.
O português Manuel Pires, sócio do
Antiquarius Grill, escolheu para a data o
Bacalhau à Moda Antiga, receita que era
uma das especialidades de sua mãe. O
prato, que não faz parte do cardápio da casa, poderá ser servido no almoço ou no
jantar. “Ele tem um sabor único, com hortelã, alho, cebola, leite e azeite, e me faz
lembrar a infância em Portugal”, diz Manuelzinho. Também exclusivamente nessa data o chef do La Tambouille, Augusto Piras, inclui no cardápio do almoço e
do jantar o ravióli com recheio de pato ao
molho de laranja.
No 4Doze Bistrô, coincidentemente
administrado por mãe e filho, Daniel e
Daisy Vieira, o prato criado para a data é
um camarão flambado no conhaque com
molho cítrico de anis estrelado, acompanhado de risoto de alho poró com queijo
grana padano, por R$ 42,90. O brinde será uma taça de prosecco, cortesia da casa
às mães.
No Grenat Café o mimo será a sobremesa: o caviar de café ou o parfait de iogurte com granola e frutas vermelhas, uma sugestão diet. Mas só vale para quem resolver homenagear a mãe na véspera, porque
a casa não abre aos domingos. Para o almoço ou o jantar, as sugestões das proprietárias Luciana e Gabriela Sturba são o espaguete com camarões grelhados e molho
de bobó (R$ 35), o escondidinho de pato,
acompanhado de salada de folhas e nozes
(R$ 29) e o Pompidou (batatinhas assadas
com mascarpone e lascas de presunto cru,
acompanhadas por salada, a R$ 31).
No recém-inaugurado Mercado 153
do Terraço Shopping, a cortesia às mães
que chegarem para o almoço será uma caneca de chopp garotinho. E no vizinho
Couvert, que exibe um vasto cardápio de
culinária franco-brasileira, as mães serão
presenteadas com uma taça de prosecco.
A sugestão do cardápio é a posta de baca-
lhau grelhada, servida no azeite de pimenta de cheiro com batatas assadas e arroz de
brócolis e camarão, a R$ 37.
O Menu de La Mamma (R$ 39 por pessoa), composto de entrada, prato principal,
sobremesa e cafezinho, é o presente do
chef italiano Fabio Ruocco, da Hostaria
Dei Sapori, às mães brasilienses. A refeição começa com uma salada de salmão
com pera, seguida de risoto de creme de lagostin ou filé Amalfi (com manjericão e legumes). De sobremesa, tiramisú de morango. A cada quatro pessoas à mesa será
concedido um desconto de 25% no valor
total da conta e a mãe presente não pagará.
A casa também estará funcionando com o
cardápio à la carte, em que será igualmente
concedido desconto de 25% para mesas
com quatro pessoas.
O chef Dudu Camargo também promete pegar as mães pelo estômago, tendo
como astro principal o camarão. Ele criou
duas surpresas para o almoço do dia, que
serão servidas no Dudu Camargo Bar e
Restaurante, no Your’s e também na
Cantina Italiana Unanimità. O camarão
estará presente em um risoto que também
leva queijo brie, mel e lascas de amêndoas
douradas na manteiga (R$ 73 a porção individual, no Dudu Camargo e no Your’s,
e R$ 147,60, para duas pessoas, na Unanimità). De sobremesa, panqueca de chocolate recheada com creme holandês e calda de frutas vermelhas (R$ 17,50).
Para as mães apreciadoras de alimentos orgânicos, a pedida é o Bhumi, que
também preparou menu especial para a
data, ao preço fixo de R$ 39 por pessoa. A
entrada será o medalhão de berinjela com
queijo Minas; o prato principal, papardelle com molho de legumes e champignon
fresco; e a sobremesa, bolo de casca de banana com sorvete de creme. Tudo orgânico, obviamente.
Se a predileção da mamãe é pela cozinha japonesa, o Haná estará com o bufê
(R$ 59 por pessoa) incrementado com al-
água na boca
gumas delícias de camarão, como a paella
de frutos do mar, os camarões empanados
com panko (a farinha de rosca japonesa) e
camarões e lula ao alho e óleo. Na sobremesa, o brinde da casa às rainhas do dia
são os profiteroles (carolinas recheadas com
creme e cobertas com calda de chocolate
quente).
Caro as mães prefiram os sabores mexicanos, vale lançar mão do El Paso Texas,
onde o chef David Lechtig também planejou pratos especiais e drinques típicos
(margaritas, piña colada e frozen) de boas
vindas. No bufê (R$ 39) pode-se começar
com tapas como o Ceviche Frida Khalo
(preparado ao estilo mexicano, com robalo marinado em limão, tomate picado, cebola roxa, abacate em cubos e pimenta jalapeño) e continuar com delícias como o
Mole Poblano, um dos pratos mais tradicionais do México, um peito de frango
coberto com molho de chocolate salgado
e apimentado, amêndoas, gergelim, banana da terra e especiarias. Ainda seguindo
a tradição do país, a sobremesa pode ser
um churro com doce de leite e calda de
chocolate.
Para os que preferirem encontrar as
mães em horários alternativos ao almoço
e ao jantar, uma boa opção é o café da manhã da Belini Pães & Gastronomia. O
bufê (R$ 27,90 por pessoa) será incrementado com rosquinhas de nata, brioches com parmesão, focaccias especiais,
macarrons de morango e chocolate, mini
cupcakes, mini folhados e muitas outras
delícias. Mas a Belini funcionará também
no almoço e no jantar. O chá da tarde, a
R$ 29,90, tem um bufê tão variado quanto o café da manhã.
Outra opção de lanche é a hamburgueria The Fifties, que lança na data sua versão do tradicional Club Sandwich, batizado de Club Fifties (R$ 21,90). São duas
camadas, a primeira com maionese, alface
juliana, bacon crocante, queijo prato e peito de peru, e a segunda com maionese,
queijo prato, peito de peru e tomate.
Ainda entre as opções vespertinas, a
dica nas duas pizzarias Fratello Uno é a
Boa Forma, recheada com pomodori pelati, tomate concassé, abobrinha, cream
cheese, manjericão e orégano (de R$ 31,90
a R$ 41,90). Em ambas as pizzarias as
mães ainda ganharão um chocolate em
forma de coração da Stans.
Barbacoa
Parkshopping (3028.1530)
Places
SHS – Térreo do Hotel Naoum (3223.1526)
Parrilla Madrid
408 Sul (3443.0698)
Babel
215 Sul (3345.6042)
Antiquarius Grill
Parkshopping (3047.5181)
La Tambouille
Parkshopping (3047.5925)
Taypá
QI 17 do Lago Sul (3248.0403)
Bierfass
Pontão do Lago Sul (3364.4041)
4Doze Bistrô
412 Sul (3345.4351)
Grenat Café
202 Sul (3322.0061)
Mercado 153
Terraço Shopping (3363.2132)
Couvert
Terraço Shopping (3363.2132)
Hostaria Dei Sapori
212 Sul (3346.3234)
Your’s
QI 11 do LagoSul (3248.0184)
Cantina Italiana Unanimità
408 Sul (3244.0666)
Dudu Camargo Bar e Restaurante
303 Sul (3323.8082)
Dom Francisco
402 Sul (3224.1634) Parkshopping (3363.3079)
Bhumi
113 Sul (3345.0046)
Haná
408 Sul (3244.9999)
El Paso Texas
404 Sul (3323.4618) 110 Norte (3349.6820)
Belini
113 Sul (3345.0777)
The Fifties
Parkshopping (3234.8726) Pier 21 (3223.4277)
Fratello Uno
103 Sul (3321.3213) 109 Norte (3447.3360)
7
Fotos: Daniel Mira
água na boca
Entrada do Bar Godofredo: Trio Romano.
Prato principal do Villa Borghese: filé mignon com chapéu de parm
Delícias ítalo-bras
Por Beth Almeida
O
8
festival já entrou no calendário
anual da cidade. E desta vez os
brasilienses que há oito anos se
deleitam com o Brasil Sabor Brasília têm
um motivo a mais para não perder a oportunidade de experimentar pratos preparados pelos chefs da cidade, especialmente
para a ocasião, a preços fixos de R$ 25,
R$ 36 e R$ 46. É que esta edição é temática: com o lema “Quem tem boca vai a Roma”, o festival homenageia a influência da
cultura italiana na gastronomia brasileira.
O desafio lançado aos chefs dos 93
restaurantes, espalhados em 127 endereços, foi a criação de receitas com ingredientes e modos de preparo utilizados na
cozinha italiana ou que façam referência à
cultura do país. “É um intercâmbio sem-
pre muito produtivo de dois povos tão
próximos pela índole, temperamento e
cultura”, defende o embaixador da Itália
no Brasil, Gherardo La Francesca. Para o
presidente da Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes no Distrito Federal
(Abrasel-DF), Jaime Recena, a mistura da
criatividade do brasileiro com as receitas
tradicionais italianas resulta em uma variedade de sabores, “para o deleite daqueles que visitarem as casas participantes”.
O festival acontece simultaneamente
em todas as capitais brasileiras. Em Brasília, esta edição não só conta com mais restaurantes participantes como também envolve endereços de fora do Plano Piloto
– de Taguatinga, Águas Claras, Sobradinho e Gama. A expectativa é chegar a 60
mil pratos consumidos ao longo dos 32
dias de realização do evento, que come-
çou no dia 3 e vai até 3 de junho.
Esta edição do Brasil Sabor Brasília
homenageia também o tombamento da
Capital Federal como Patrimônio Histórico da Humanidade, que em 2012 completa 25 anos, número lembrado na primeira faixa de preço dos pratos do festival. Além disso, o aniversário do tombamento de Brasília também é marcado por
totens com imagens dos principais monumentos da cidade, como a Catedral de
Brasília e os Dois Candangos, que estão
dispostos nos restaurantes participantes
do festival.
Brindes e concursos
Os organizadores do evento também
providenciaram uma série de mimos para
aqueles que estão aproveitando as delícias
servidas nos restaurantes da cidade. O
mezon e risoto de banana.
Sobremesa do Taypá: tiramisú de lucuma.
ileiras
mais apetitoso é o concurso de frases que
dá direito a quatro viagens para a Itália,
uma por semana. Para concorrer, o cliente que almoça ou janta em um dos restaurantes participantes recebe uma senha e,
com esse número, cadastra-se no site de
promoções do evento (www.vantagensfourmetabrasel.com.br), na área destinada à promoção Quem tem boca vai a Roma.
O concorrente deve postar no local frases
com as palavras-chave da semana, que são
divulgadas no próprio site. E se o ganhador pagar a conta do restaurante com o
cartão BRB, um dos patrocinadores do
evento, ainda terá direito a levar um acompanhante no tour italiano.
Em parceria com a Tramontina, o fes-
Começou o Festival Brasil Sabor Brasília: um
mês inteiro dedicado aos prazeres da mesa
tival também brinda os participantes com
jogos de garfo e faca, um par para cada
prato do festival consumido nos restaurantes que fazem parte do programa de fidelidade Vantagens Gourmet Abrasel,
mediante acréscimo de R$ 1 à conta. Se a
despesa for paga com o cartão BRB, em
qualquer dos restaurantes, o brinde é um
jogo de talhares com garfos (de mesa e de
sobremesa), facas (de mesa e de sobremesa) e uma colher de sobremesa. Todos os
talheres têm a marca do festival. Também
estão sendo distribuídos jogos americanos com o tema do festival aos clientes
que pagam a conta utilizando pontos do
programa de fidelidade Vantagens.
Os comensais brasilienses que gostam
de se aventurar no mundo das caçarolas
também podem usufruir da programação
paralela em quatro shoppings da cidade
(Terraço, Brasília, Pátio Brasil e Deck
Norte) e na escola de culinária Kaza Chique. Os encontros, que acontecerão ao
longo de todo o mês de maio, têm degustações com harmonizações e cursos direcionados, onde os gourmets brasilienses
podem aprimorar suas técnicas com alguns dos principais chefs da cidade. Para
participar, basta se inscrever nas centrais
de atendimento dos shoppings parceiros.
Brasil Sabor Brasília 2012
Até 3/6 em 93 bares e restaurantes
da cidade, totalizando 127 endereços.
A relação completa dos participantes, com nome,
descrição e preços dos pratos, você encontra a partir da página 19.
9
água na
na boca
boca
água
Franceses, sim.
Por Ana Cristina Vilela
Fotos Rodrigo Oliveira
A
reclamação tem sido frequente: ir a
alguns restaurantes em Brasília tornou-se verdadeiro assalto ao bolso.
Na contramão dessa tendência, com a promessa de uma cozinha sofisticada e preços
um pouco mais acessíveis, chegam à cidade mais dois franceses: o Couvert, no Terraço Shopping, e o L’Atelier du Chef, na
405 Sul. O primeiro é cria do Grupo Couvert, franquia pernambucana com criações
gastronômicas do chef Alberto Liberato
Pereira. O outro é franco-brasiliense e tem
à sua frente o chef francês Lionel Ortega,
há um ano e meio no Brasil. Além dos preços menos salgados, eles têm em comum a
criatividade e o uso de elementos tanto franceses quanto “tapiocamente” brasileiros.
Com saladas que são verdadeiras refeições (de R$ 21,50 a R$ 28,75), pratos à
10
Caríssimos, não
base de peixes (R$ 31,80 a R$ 36,60), carnes (R$ 32 a R$ 45,60), aves (R$ 26,70 a
R$ 34,34) e camarão (R$ 32,60 a R$ 39,70),
além de massas, risotos (R$ 24,75 a R$
37,85) e sobremesas (R$ 11,90 a R$ 14,10),
o Couvert abriu as portas no dia 17 de
abril e tem à frente os sócios Daniel e Sérgio Araújo e Cristiane Castro, também
donos do Mercado 153. Instalado bem
do lado do Couvert, o Mercado é mais
uma marca do grupo franqueador.
O menu da casa é o mesmo encontrado nas quatro outras unidades, duas em
Pernambuco e duas em Salvador. “Para
criar o cardápio, fizemos uma fusão tanto
de produtos do Nordeste quanto da culinária francesa”, explica o chef Alberto Liberato Pereira. O crevette à la creme – camarões
salteados na manteiga, cobertos com cream
cheese e geleia de amoras, com mousseline
de batata-doce e canela, acompanhado de
arroz de castanhas-do-pará (39,70) – é uma
de suas criações, assim como o linguine saumon, com maçãs flambadas na vodka e creme de provolone (R$ 36,60), e o côte
d’agneau en Chablis, costela de cordeiro
com geleia de vinho (R$ 44,95).
De sobremesa, além do tradicional
O português Carlos Manoel, do Couvert, é o
responsável pela criação do "prato do chef".
crème brûlée (R$ 11,90), uma boa opção é
o bem, mas muito bem brasileiro pudding
au tapioca – um pudim de aipim em calda
de rapadura com sorvete de coco (R$ 11,90).
Em Brasília, o restaurante tem a cozinha
sob a batuta do chef Carlos Manoel da Silva, a quem cabe a incansável criação do
“prato do chef”, que é rotativo.
Ao todo, a casa tem 145 lugares, incluindo áreas interna – superior e térreo –
e externa. A área superior pode ser reservada para eventos, almoços de aniversário
etc. “Em cerca de um mês teremos telão e
pontos de TV”, informa Daniel Araújo.
São 36 a 40 lugares que, somados aos do
Mercado 153, podem chegar a 100. O primeiro Couvert foi inaugurado em 2006,
em Recife. Agora, com a abertura da unidade em Brasília, busca-se expandir a marca pelo país. “Procuramos trazer para dentro do shopping uma cozinha elaborada e
a preços acessíveis”, explica o proprietário
da franquia, Fernando Torres.
Do outro lado da cidade, na Asa Sul,
está o L’Atelier du Chef, inaugurado em
29 de março, com 58 lugares e espaço, no
segundo andar, para grupos fechados e
reuniões. Lionel traz no nome a descendência espanhola, por parte da avó paterna. Estudou gastronomia por seis anos na
École Bonneveine, em Marselha, teoria e
prática. Depois de viajar e de trabalhar na
Suíça, nos Estados Unidos e em Réunion,
ilha localizada no Oceano Índico, tornouse chef do embaixador da França em Londres, onde conheceu uma família que
acompanhou durante cinco anos. Nesse
meio-tempo, encontrou sua esposa, a brasileira Alice. E assim surgiu no seu caminho o Brasil.
Já a gastronomia entrou na vida de
Lionel como quase sempre acontece: pela
família. Em seu caso, foi paixão passada
pelos avós, donos de uma boulangerie.
Aos 20 anos, começou a cozinhar profissionalmente. E por que, definitivamente,
o Brasil? “Tem mais oportunidades do
que na França. O sonho era abrir um restaurante, mas lá é muito mais caro do que
aqui.” Logo que chegou, passou a preparar jantares privados no Lago Sul, o que
continua fazendo, além de ser professor
de gastronomia na Aliança Francesa a cada última quinta-feira do mês.
O cardápio do L’Atelier tem pratos
executivos, servidos no almoço, e normais, servidos tanto no almoço quanto no
jantar. Os preços dos executivos variam
de R$ 11 a 21 (entradas), de R$ 21 a R$ 26
(principais) e de R$ 11 a R$ 14 (sobremesas). Os pratos normais (almoço e jantar)
têm preços que vão de R$ 39 a R$ 61 (carnes, aves e peixes), de R$ 26 a R$ 39 (entradas) e de R$ 16 a R$ 22 (sobremesas).
A tilápia sautée com beignets de legumes
(R$ 24) é uma das opções de pratos execu-
tivos, assim como o rocambole de porco e
mussarela com batata e ratatouille (R$ 25).
Do cardápio principal, terrine de queijo e ervas aromáticas, salada verde e vinagrete ao mel (R$ 34), de entrada; lagostim
(sem casca) assado sobre biscoito temperado, acompanhado de legumes ao curry
(R$ 52); e medalhão de vitela sauté minute
acompanhado de risoto aos aspargos e
creme de tomate e manjericão (R$ 58).
De sobremesa, a trilogia de crème brûlée e seus biscoitos, com três sabores: chocolate com biscoito de amendoim; banana com biscoito de baunilha; e baunilha
com biscoito de hortelã (R$ 21), e o Millefeuille de tapioca à la banana caramelizada, mousse de coco e calda de chocolate
(R$ 19). A casa tem, também, a opção do
Menu Dégustation, com pequena entrada,
terrine, filé de robalo, medalhão de vitela
e a trilogia brûlée (R$ 139). E pode-se beber uma garrafa de vinho (750 ml) a partir
de R$ 30.
Os preços ainda estão longe de ser para todos os bolsos, mas ampliam as possibilidades e o acesso a bons restaurantes
sem que seja preciso gastar uma fortuna.
Couvert
Terraço Shopping (3363.2132).
Diariamente, das 11h30 até o último cliente.
L’Atelier du Chef
Ortega, do L'Atelier du Chef, e seu filé de merluza
empanado com legumes e arroz ao molho salsa.
405 Sul – Bloco B – Loja 6 (3443.8775)
De 3ª a sábado, das 11h30 às 15h e das
19h30 às 23h; domingo, das 11h30 às 15h.
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água na boca
Confraria
da cerveja
Texto e fotos Luiza Andrade
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Brasilienses amantes de cerveja quase
não falam de outra coisa. A novidade são
as cervejas especiais, que cada vez mais ganham espaço e admiradores na cidade. A
variedade de rótulos faz com que a curiosidade dos entusiastas fique cada vez maior,
mantendo constante a sede por novos sabores. Brasília conta hoje com bares especializados que oferecem em seus cardápios
uma diversidade enorme de cervejas e começam a chamar a atenção de quem gosta,
mas ainda não se arriscou.
A bebida que é a paixão nacional dos
brasileiros costuma ser classificada por sua
nacionalidade e também pelo processo de
fermentação, teor alcoólico, lúpulo, cevada
e diversos outros fatores. Ingredientes adicionais, que variam desde frutas até plantas, também formam outros grupos. A
partir disso, surgem nomenclaturas e classificações específicas para cada conjunto
de ingredientes que compõem um tipo de
cerveja. Nas especiais, o sabor das bebidas
é mais forte e marcante. Mesmo assim,
mulheres também estão aderindo à moda.
A fotógrafa Mariana Vassalo, 23, conta
por que se interessou pelas cervejas.
“Quando meus amigos começaram a experimentar e a fazer pedidos de cervejas
especiais, resolvi arriscar aos poucos e
adorei”.
Cervejas que antes era quase impossível encontrar na cidade hoje são vendidas
em supermercados e bares especializados.
Para as de mais difícil acesso, existem diversos sites com catálogos que chegam a
ter mais de 200 tipos de cervejas. Para Pedro Souza, 30, administrador, a solução
foi recorrer às compras online. “Na internet, a oferta é muito grande. Encontro cervejas de todos os países, rótulos que jamais encontrei nos bares da cidade. Compro muita cerveja belga, minhas favoritas,
e por um preço mais em conta. Juntamos
um grupo grande de amigos e fazemos o
pedido juntos. Assim, economizamos no
frete. Além disso, o preço, em alguns sites,
chega a ser metade do que é cobrado em
lojas da cidade”. O grupo faz pedidos
mensais a partir do catálogo que o site encaminha com os rótulos atualizados.
Marcius Fabiani, 38, servidor público,
responsável pela coleta de todos os pedidos feitos pelo grupo, explica como funciona. “Para não pagarmos o frete, fazemos todos os pedidos juntos. Como somos um grupo de 12 pessoas, normalmente o pedido fica caro, acima até do valor mínimo para a isenção do frete. Mas é
necessário que conste o nome de uma pessoa no boleto de pagamento e na nota fiscal, além do endereço da mesma pessoa
para entrega. Então, acabamos deixando
essa tarefa comigo”.
A harmonização das cervejas especiais
com vários tipos de comidas aumentou ainda mais o interesse dos apreciadores. Foi o
caso do publicitário André Vasquez, que
começou a experimentar cervejas diferentes
de inúmeras nacionalidades. Mas foi em
2010 que decidiu começar algo novo. “Voltei da Argentina no começo do ano com vários rótulos de cervejas diferentes. Montei
um álbum e decidi estudar a história e os
tipos de cervejas”.
Junto com o namorado, André, a
jornalista Marina Cavechia acompanhava
as novas descobertas e sabores de cervejas.
Há apenas quatro meses eles decidiram colocar em prática a experiência que acumularam em cursos, palestras, degustações e
viagens, e criaram a empresa Oh My Beer.
A ideia é oferecer ao público de Brasília
uma ampla opção de bebidas por preços
acessíveis. “Criamos mensalmente três
paks, pequenos conjuntos de cervejas, e
junto com eles enviamos um folder com
informações completas sobre cada uma
delas e as variadas possibilidades de harmonizações com comidas e até com sobremesas”, informa André.
O grupo de associados, que começou
em dezembro com alguns poucos amigos,
como teste para a criação da Oh My Beer,
hoje conta com mais de 100 participantes.
“Já tem muita gente que não conhecemos
pessoalmente, e muitas mulheres também.
Aliás, por incrível que pareça, elas são as
mais ousadas na hora de escolher o pedido, as que mais pedem e as que mais se
arriscam em novos sabores”, comemora
Marina. Há até uma nutricionista no gru-
po. “A dieta ideal é aquela que tem cerveja
incluída. Você pode beber bem e não engordar. O certo é beber com qualidade, e
não quantidade”, explica Marina.
A partir deste mês, o trabalho do casal
dá mais um passo. O site oficial vai entrar
no ar e os pedidos e pagamentos poderão
ser feitos diretamente pela internet. Para
quem ficou com vontade de experimentar
os vários tipos de cervejas especiais, a
Oh My Beer está com as portas abertas.
Oh My Beer
Para se cadastrar: www.ohmybeer.com.br
ou [email protected]
É o maior!
Com mais de 2.600 associados, o Have a Nice Beer, criado no ano passado, em Porto
Alegre, pelos amigos Pedro Meneghetti, Rafael Borges e Rodrigo Sztelzer, alardeia ser o
maior clube de cervejas especiais do Brasil. Agora com sede em São Paulo, entrega mensalmente nas casas de seus associados, espalhados por todo o país, dois exemplares de
duas das melhores cervejas do mundo, juntamente com uma revista exclusiva que conta
a história dessas bebidas e traz diversas matérias sobre o “estilo de vida cervejeiro”. Os
associados pagam R$ 65,90 – mais o frete – pelo serviço mensal, via cartão de crédito.
O clube acaba de fechar uma parceria logística que reduziu o valor do frete em até
60% para algumas cidades do país, como Santo André, São Bernardo do Campo, São
Caetano do Sul, Barueri, Osasco, Guarulhos e Santana do Parnaíba, todas localizadas no
Estado de São Paulo. Em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis,
a taxa foi reduzida pela metade, passando de R$ 30 para R$ 15.
“Desde o início de nossa operação, em junho do ano passado, associados e interessados em entrar para o clube reclamavam do valor do frete para algumas localidades mais
afastadas. Desde então, começamos a buscar um serviço logístico que, além de garantir
um valor menor, assegurasse a integridade dos produtos e o prazo, o que foi um grande
desafio. Finalmente conseguimos”, comemora Pedro Meneghetti.
Em São Paulo e Porto Algre o clube não cobra taxa de entrega. O menor frete hoje
custa R$ 12,90 (cidades da Grande São Paulo) e o maior R$ 30. “Com essa redução, esperamos conquistar novos associados e manter nosso crescimento acelerado, chegando ao final
do ano com sete mil clientes em todo o Brasil. Continuaremos buscando alternativas para
diminuir ainda mais o valor da entrega, sem perder a qualidade”, completa Meneghetti.
13
água na
na boca
boca
água
Legítimo libanês
Tradicional bufê, Manara se renova e inaugura serviço à la carte
Texto e fotos Akemi Nitahara
O
14
forte sotaque não deixa dúvida de
que estamos diante de uma autêntica libanesa, apesar de falar
muito bem o português. Marie-Claude
Yammine está no Brasil há dez anos, à
frente do Manara, na “esquina do Ceub”
(706/707 Norte). A casa, que já oferecia
um bufê típico a quilo, agora lança uma
novidade que promete agradar aos apreciadores de carneiro, tabule e pastas, mas que
têm alguma implicância com self-services.
O novo Manara funciona ao lado do
antigo, mas é bem diferente. E o contraste
começa com a decoração. Mesas bem postas na entrada e o subsolo ricamente decorado, com tecidos e luminárias no teto, almofadas em um aconchegante sofá e estampa típica na parede, além da música
ambiente. Mas, no lugar do calor das arábias, um forte ar condicionado.
“A ideia é que as pessoas se sintam
numa autêntica casa libanesa, com a comida que a dona de casa faz”, diz Marie. E
isso, claro, está expresso no cardápio bem
enxuto. A grande pedida é o rodízio libanês, com pratos servidos em sequência:
pastas de grão de bico (homos), berinjela
(babaganush), kibe cru, coalhada, tabule
(salada de trigo com receita autêntica, bem
molhadinha e temperada, que muitos
consideram a melhor da cidade), mini
quibe, mini esfiha, charuto de repolho e
de uva, kafta na chapa quente grelhada na
mesa e, como prato principal, pernil de
carneiro e arroz com lentilha. Apesar da
suntuosidade, o preço não é nada proibitivo. O banquete custa R$ 40 por pessoa.
No cardápio, pequenas porções de
200 gramas, com preços que variam de
R$ 5 (o arroz com lentilha) a R$ 10 (o pernil de carneiro). A maioria custa R$ 7.
Marie diz que nesses primeiros meses de
funcionamento – a casa abriu as portas no
dia 14 de março – o cardápio ainda está
sendo adaptado, a pedido de clientes. Entre as possibilidade estudadas estão fazer
porções mistas das pastas e aumentar a
porção do carneiro.
A qualidade da comida é a mesma do
bufê, já que a cozinha é compartilhada pelos dois restaurantes. As receitas são de família e o pessoal foi treinado para segui-las à risca. Na casa nova, numa bancada
por trás do balcão refrigerado, são feitos, à
vista dos clientes, o pão sírio, alguns salgados e doces.
O diferencial também está na forma
como os pratos são servidos, explica Ma-
rie. “No antigo é self-service, em área pública, para comer rapido, e aqui é mais para
reunião, para trazer a família com calma,
mostrar a comida libanesa com melhor
apresentação”. Ela destaca que o preço é
o mesmo, já que o quilo no bufê custa
R$ 35,90 de sexta a sábado e R$ 33,90 de
segunda a quinta-feira.
Outra novidade é o café da manhã, servido a partir das 9 horas, com esfihas,
pães, coalhada, mini-sanduíche no pão sírio, chá e café. O local funciona, ainda, como empório. “Eu selecionei tudo do melhor, em importadoras de São Paulo, pegando o que cada uma tem de melhor”,
orgulha-se Marie. Além das pastas, pães,
doces e salgados, são vendidas castanhas,
amêndoas temperadas, azeitonas, xarope
de rosa, chá de flores medicinais do Líbano, queijo árabe shanklish, água de rosa,
tahine, halawa, zatar, azeite e vinhos Ksara, entre outros produtos típicos. A qualidade dos produtos é vigiada de perto. Marie conta que a castanha, por exemplo,
vem do Líbano mas é torrada no Brasil,
para manter o frescor. “Eu provo um pouquinho todo dia pra ver se está bom”.
Manara
706/707 Norte – Bloco E – Loja 60
(3273.2324). Diariamente das 9 às 17h.
DUO Fotografia
picadinho
com o maior número de rótulos - 17. A
intenção do autor foi oferecer aos consumidores de vinhos uma espécie de guia
de compras. O livro apresenta ainda uma
seleção de artigos publicados na Roteiro.
das estrelas do cardápio do American
Prime, que abriu as portas no início do
mês no Shopping Quê.
As melhores cartas
As três unidades paulistas do Barbacoa,
que no final do ano passado abriu
uma filial no ParkShopping, acabam
de receber o prêmio Melhores do Vinho
2012, oferecido pela revista de gastronomia Prazeres da Mesa aos restaurantes
detentores das melhores cartas de vinho
com 50 a 200 rótulos. Mais de uma
centena de bares, restaurantes e hotéis
do Brasil e de outros onze países da
América Latina inscreveram suas cartas de
vinho nas diversas categorias do prêmio.
Delícias peruanas
Saborear, uma após outra, uma dezena
de invenções do chef peruano Marco
Espinoza, do Taypá (Fashion Park, na
QI 17 do Lago Sul), é uma experiência
gastronômica difícil de esquecer. Destaque absoluto para os pratos à base de
frutos do mar – sem dúvida, a especialidade da casa. Entre as novidades do
cardápio, esse delicioso Atum Nikkei,
grelhado em crosta de gergelim e servido
com purê de gengibre e tempurá de
legumes ao molho de ostras e rapadura.
Até o final do mês – de segunda a
sexta-feira, do meio dia ao final da tarde
– o Antiquarius Grill (Espaço Gourmet do
ParkShopping) realiza o seu Festival do
Bacalhau. No cardápio, seis receitas da
iguaria: três ao preço de R$ 49 (Espiritual,
ParkShopping e da Silva), dois a R$ 59
(Gomes de Sá e Meia Desfeita) e um
a R$ 79 (à Lagareira).
Varanda do Manuelzinho
Divulgação
Daniel Mira
Simone Marinho
Rodrigo Oliveira
Como comprar vinhos
Nova steakhouse
Depois do Santa Brasa, inaugurado dois
meses atrás, Águas Claras ganha mais
um restaurante especializado em carnes
nobres. Este suculento Baby Back Ribs,
servido com pão e salada caesar, é uma
Festival do Bacalhau
Há cinco anos titular da coluna Pão & Vinho, Alexandre dos Santos Franco acaba
de lançar seu primeiro livro, em que analisa e dá notas a uma centena de vinhos de
14 países produtores, cujos preços variam
de 15 a 500 dólares. O Chile comparece
Assim ficou conhecida a área externa do
Antiquarius Grill, nova e agradável opção
para a happy hour. Lá, de segunda a
sexta-feira, das 17 às 20h, quem pedir
uma caipirinha, uma caipiroska ou uma
taça de vinho ganha uma dose extra para
acompanhar a sopa de pedra, o camarão
a Zico, a punheta de bacalhau, o paio
caseiro assado na Bagaceira ou qualquer
outro petisco. Para quem não sabe:
Manuelzinho é o português Manuel
Pires, um dos donos do Antiquárius,
presença assídua na varanda.
A força da Quituart
Nada menos que quatro restaurantes da Quituart
(canteiro central do Lago Norte, na altura da QI 9)
marcam presença no Festival Brasil Sabor deste ano:
o Pimenta de Cheiro (com carne de sol acompanhada
de arroz de chips de mandioca, a R$ 25), a Toca do
Chopp (com o rosbife al rosmarino e fettuccine visto na
foto ao lado, a R$ 36), o Beith Kahama (com boulettes
de filé ao molho de romã e laranja, acompanhados
de fusili na coalhada, a R$ 46) e o Vila Esperança
(com o polpettone de bacalhau, também a R$ 46).
15
GARFADAS & GOLES
Luiz Recena GRASSI
[email protected]
Graças e ondas
do capital
Luizan Du Mendouce foi economista e filósofo. Viveu e produziu entre o final do século XIX e as primeiras décadas
do século XX. Nasceu na região montanhosa hoje conhecida como País Basco francês, ou sudoeste da França, num
vilarejo já extinto, chamado Baiá, ou Baiê. Na América, onde fez fortuna, apaixonou-se pelo estudo das ondas de
rádio. E, ao compará-las com suas teorias econômicas, produziu a seguinte pérola: “O capital é como a onda curta,
se mexe rápido e sempre acaba encontrando um espaço para sua expansão”. A lembrança, recente, aconteceu na
areia, entre as praias de Itapuã e Flamengo, no maravilhoso litoral da capital da Bahia. Depois do massacre das
barracas, largamente denunciado neste espaço, os primeiros tempos foram de tristeza e desolação. Mas, pouco
a pouco, o capital foi fazendo das suas e a alegria, se ainda não voltou completa, está cada dia mais presente, tantas
são as novas opções propostas aos incansáveis curtidores do sol e do mar, dos peixinhos fritos, dos camarõezinhos,
dos queijinhos assados, entre tantas outras comidinhas. E das geladas, as louras que nas praias bronzeiam os corações
e refrescam o palato.
Primeiros gestos
Sair da pressão e da depressão passou a ser a palavra de ordem
para os barraqueiros após o massacre, que utilizou de força
nunca antes vista neste litoral, com máquinas retroescavadeiras
e jagunços fardados e armados até os dentes. Eram municipais,
estaduais e federais. Com autorização judicial, diga-se, num
conluio extraordinário entre os poderes. A justiça é cega e pode
ser demente também. O primeiro gesto, então, foi o do eterno
recomeço. Dentro de novas e opressivas regras, tímidas vans
foram estacionando e, com poucas mesas e cadeiras, vendendo
latas geladas e alguns quitutes trazidos de casa, pois estava
proibido cozinhar na praia.
Segundos passos
Senhor da razão, o tempo foi passando e acomodando as
situações, para alegria dos baianos e dos turistas, nacionais e
estrangeiros. Garagens foram alugadas e as cozinhas ficaram
mais perto da areia. Engenho e arte. Garfadas muitas. Alguns
rótulos engarrafados voltaram a frequentar as cercanias do mar.
Goles muitos. Mulheres e homens empreendedores. Do farol
de Itapuã ao final da praia do Flamengo, as opções foram
surgindo e crescendo. Das mais modestas às mais sofisticadas.
Os mais fortes
16
E chegamos à terceira onda, a dos antigos donos das grandes
barracas, as mais famosas, ricas e fortes. Fórmula simples e
engenhosa, com a marca indelével das grandes sacadas: comprar,
ou alugar, casas grandes ou pousadas, nas últimas quadras antes
do mar, mas sempre fora dos limites das “terras de marinha”,
uma invenção lusitana aperfeiçoada faz mais de um século
nestas terras de Cabral.
Nomes e notas
A primeira foi Bora Bora, na Pedra do Sal. Pequena e
chique, simpática e competente. Alguns preços, aqui e ali,
dão sustos iniciais, mas a maior parte do cardápio pode ser
encarada. Meu preferido: carpácio de polvo. Louras? Todas.
As engarrafadas, é claro... Depois vieram a do Loro, a Pipa
e, por último, mas não menos importante, a Doce Vida,
todas nas últimas quadras da Praia do Flamengo. São amplas,
enormes, o que às vezes compromete o serviço, principalmente
nos feriadões e fins de semana. Mas nos dias bons de meio
de semana são ótimas. Outras estão por vir. É o velho capital,
onda inquieta, a dar dribles e fazer gols desconcertantes.
O próximo verão promete.
Fortes ventos
O furacão “Laertinho” passou por aqui, Itapuã e Praia do Forte.
E “na Vila da Lata, onde as casas são de madeira, não sobrou
pedra sobre pedra”, como informou um jornal do interior
gaúcho depois de um vendaval que arrasou a cidade de Santa
Maria. Com Márcia, Fernandinho e tio Zé Jaka, degustamos
camarões e peixe vermelho assado. No domingo das decisões,
comemoramos o Santos e o Botafoguinho assando carninhas,
franguinhos e um novo peixe vermelho, do rabo aberto.
Uma verdadeira “festa na laje”.
PÃO & VINHO
ALEXANDRE FRANCO
pao&[email protected]
O novo foco da Expovinis
Em meio a tantas mostras e feiras de vinhos, realizou-se
aquela que é considerada a maior não só no Brasil mas
em toda a América Latina: a Expovinis 2012. Aliás, abril
foi pródigo em eventos do gênero: tivemos vinhos da
Borgonha e do Gambero Rosso, tivemos a feira da Expand
e, para fechar o mês com chave de ouro, essa nova versão
da Expovinis.
Novamente lá estive durante os três dias e pude observar
alguns aspectos que me chamaram a atenção: em primeiro
lugar, a feira, como um todo, passou a impressão de ter
diminuído de tamanho, deixando de apresentar diversas
importadoras que a prestigiavam no passado – segundo
pude apurar com algumas delas, em razão dos preços dos
espaços cobrados dos expositores, cada vez mais altos e,
dizem, até exorbitantes.
Mas, na verdade, não creio que efetivamente tenha
havido essa diminuição. O que vem ocorrendo, sim, é
uma mudança de foco gradativa da feira, que pude notar
melhor nesta edição. No passado, com a imensa maioria
dos espaços ocupados por importadoras que buscavam,
mais que tudo, mostrar seus vinhos ao consumidor final,
pois vinham e vêm adotando a política de comercialização
direta, a feira adotava um modelo B2C, ou seja, Bussiness
to Consumer.
Cada vez mais, e nesta edição isso ficou muito visível,
a Expovinis veio sendo tomada por grandes espaços
institucionais de países e regiões produtoras de vinhos que
trazem produtores à procura de importadores brasileiros
para seus produtos, adotando, pois, um modelo B2B,
ou seja, Bussiness to Bussiness.
Entendo que essa é uma tendência irreversível, que
leva a Expovinis a cada vez mais ter uma postura de feira
profissional, o que vem sendo confirmado na melhora da
organização e realização do evento. Noves fora, creio que
é uma evolução positiva, na medida em que o consumidor
final não é abandonado e acaba sendo suprido pelas lojas
e importadoras de forma mais pontual e bem direcionada
em eventos independentes.
De qualquer forma, lá tivemos, mais uma vez, um
maravilhoso “mar de vinhos”, e seguindo a tendência
descrita da feira selecionei algumas novidades para
comentar.
De produtores à procura de importadores, gostaria
de citar três: o Lombard&Cie, produtor de maravilhosos
champanhes, dos quais me chamou especial atenção
o Brut Premier Cru, com 50% Chardonnay e 50% Pinots
Noir e Meunier, de lindo dourado, com perlage fino e
persistente, notas de acácia, pêssego e damasco e boca
bem estruturada, com acidez gastronômica, excelente;
a Dal Cero, vinícola italiana com vinhedos no Vêneto
para brancos e na Toscana para tintos, principalmente,
dos quais me encantou o Clanis 2008, um 100% Syrah
de fazer inveja aos grandes nomes dessa cepa, de cor
púrpura, com frutas vermelhas maduras, toques de
chocolate e pimenta negra, contornado por agradáveis
notas de baunilha e tostado, na boca cheio, pleno,
macio e ao mesmo tempo muito elegante, fantástico;
e, finalmente, a Joseph Mellot, que apresentou alguns
dos melhores brancos do Vale do Loire que já degustei,
dos quais cito o La Chatellenie, um Sauvignon Blanc de
sonho, de um dourado pálido, com aromas estonteantes
de maracujá e manga, macio e delicado em boca, mas
com um final longo e sensacional.
De velhos amigos não posso deixar de comentar ao
menos três novidades, duas da importadora Del Maipo,
de Brasília, e um da importadora Viníssimo. Da Del Maipo
pude relembrar as maravilhas da Jean Grosperrin, que faz
alguns dos melhores e mais raros conhaques da face da
terra, e lembro o Grosperrin La Gabare 1980, com nada
menos que 51,5% de teor alcoólico, com notas florais,
toque cítrico e agradável baunilha. Ainda da Del Maipo, o
amigo Carlos Badia, da Arnaud de Villeneuve, me brindou
com seu inesquecível Rivesaltes Ambré 1969, um doce
natural oxidado, com aromas profundos de laranja,
nozes, tofe e caramelo e boca fresca, com grande acidez
a equilibrar o açúcar. Finalmente, da Viníssimo, meu
grande amigo Antonio Saramago brindou-me com
sua mais nova poesia vínica, um moscatel de Setúbal
cuja produção, em homenagem ao seu pai, não passou
de 1.000 garrafas de verdadeiro devaneio.
17
DOIS ESPRESSOS E A CONTA
cláudio ferreira
[email protected]
Detalhes tão pequenos...
O planejamento daquele almoço animado ou daquele
jantar para comemorar uma data especial não se resume
a escolher data, horário e, principalmente, o local.
Alguns pormenores precisam ser levados em conta
na hora de decidir que bar, restaurante ou congênere
merecerá ser a sede de programa tão especial. Senão,
o risco de passar raiva é grande.
Preste atenção ao couvert que, teoricamente, é
opcional. Muitas vezes, o garçom já chega com aqueles
pratinhos com berinjela em conserva, pãozinho com
manteiga ou azeitonas sem falar uma palavra e pousa
tudo na mesa. Bate em retirada também em silêncio.
Ainda bem que outros profissionais agem de maneira
diferente: vêm com as comidinhas, mas perguntam
primeiro se o cliente aceita os acepipes. Já presenciei
situação oposta: um mini-couvert de cortesia que
chegou à mesa sem que eu tivesse certeza de que
era cortesia mesmo. Na dúvida – ou se o dinheiro
estiver curto – vale a pena perguntar.
Fique atento também aos cânones que dificilmente
são quebrados. Gosto de tomar refrigerante só com
gelo, sem limão. Aprendi a pedir assim mesmo,
“só com gelo, sem limão”, porque em alguns lugares,
mesmo se eu falar “um refrigerante com gelo”, o limão
vem impreterivelmente no fundo do copo. O mesmo vale
para o suco: é bom sempre deixar claro se é “com açúcar
e com gelo”, “sem açúcar e com gelo”, “com açúcar
e sem gelo” ou “sem açúcar e sem gelo”. Infelizmente,
pode ser uma bela oportunidade para trocas indesejadas.
Mais um cuidado que se deve ter é com a informação
de que “todos os pratos servem uma pessoa”. Muitos
restaurantes não querem ver seus fregueses dividindo
18
os pratos, porque a despesa vai ser menor. O cliente de
primeira viagem, por sua vez, teme optar pela divisão de
um prato desconhecido e sair da refeição com fome. Já
passei pelos dois vexames: ou pedir um prato que daria
tranquilamente pra dois e colaborar com o desperdício
de comida, ou pedir um prato pra dois e vir uma porção
tão microscópica que demanda um pedido adicional
para sossegar o estômago. Não seria tão mais simples
se as informações sobre as quantidades de comida
fossem sempre fidedignas?
Até o cafezinho merece um olhar atento. Muitos
estabelecimentos introduziram a novidade Nespresso,
mas nem sempre deixam isso explícito no cardápio.
Você pede um espresso e vem um Nespresso – parecidos
só no nome, já que o preço do segundo é bem maior.
Justiça seja feita: em vários restaurantes, o Nespresso
é oferecido além do espresso, mas há aqueles que
fazem a troca sem avisar e o cliente só percebe quando
confere a conta. Novamente, na dúvida, também
é bom perguntar.
As contas, aliás, não são padronizadas. Para quem
sai em grupo, vale o “olho de lupa”. Em algumas
contas, a divisão por pessoa não inclui os 10% de
gorjeta. Em outras, já vem calculado direitinho. Em
outras ainda, é o número de pessoas que está errado.
E hoje em dia, ainda tem o “debate” sobre que membro
do grupo vai ser beneficiado com a Nota Legal, já que
só um CPF é permitido por conta. Reza a cartilha de
boa educação que se faça um revezamento, para que
o mesmo amigo não seja sempre o agraciado com
a conta polpuda. É uma boa prática para evitar
constrangimentos e manter o grupo unido.
A abertura do festival na
Embaixada da Itália
C
O presidente da Abrasel-DF, Jaime Recena, e o Embaixador da Itália, Gherardo
La Francesca, discursam na cerimônia de abertura do Brasil Sabor 2012.
om o tema “Quem tem boca vai a Roma”, o
Festival Brasil Sabor 2012 foi lançado na noite
de 2 de maio com uma grande festa para 800
pessoas na Embaixada da Itália, precedida por uma
breve cerimônia aberta pelo presidente da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes no Distrito Federal
(Abrasel–DF), Jaime Recena, que falou sobre a
importância do evento para Brasília. “Este ano temos a
participação recorde de 93 casas, em 127 endereços.
Isso mostra o crescimento e a importância do setor
para o desenvolvimento da nossa cidade”.
O presidente executivo da Abrasel Nacional,
Paulo Solmucci, destacou que a culinária é uma das
identidades culturais mais importantes de uma nação.
“Até pouco tempo atrás, o Brasil não tinha nenhum
restaurante entre os melhores do mundo e hoje temos
uma gastronomia consolidada, que só tende a crescer”,
afirmou. Dois dias antes, o paulista D.O.M., de Alex
Atala, aparecera em 4º lugar na lista dos 50 melhores
restaurantes do mundo, eleitos por um júri altamente
especializado da revista inglesa Restaurant.
O Embaixador da Itália e anfitrião da noite,
Gherardo La Francesca, enfatizou que o Brasil Sabor
é uma importante etapa do Momento Itália-Brasil.
“A gastronomia faz parte das raízes culturais de um
país e o festival nos dá a oportunidade de desenvolver
parcerias com entidades de prestígio como a Abrasel”.
Último a falar, o secretário de Turismo do DF, Luís
Otávio Neves, desejou sucesso ao evento, em sua
nona edição, lembrando que Brasília atrai turistas de
todo o país e afirmando que os restaurantes da cidade
estão entre os principais responsáveis por essa
valorização.
Também participaram da solenidade de abertura do
festival o vice-governador Tadeu Filipelli, o secretário de
Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano,
Geraldo Magela, o presidente do Conselho Deliberativo
do Sebrae-DF, José Sobrinho Barros, o chefe de
gabinete do Ministério do Turismo, Sérgio Braune,
e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
O bufê assinado pelo chef Fabrício Russo, da
Banqueteria Rio 40 Graus, apresentou um cardápio
ítalo-brasileiro. Bruschettas, chips de queijo coalho,
tapioquinhas e polentas foram algumas das entradas.
O chef Salvatore Loi preparou uma salada caprese
revisitada, enquanto o pernambucano Duca Lapenda
ofereceu ao público maxixada e bobó de camarão.
A decoração do ambiente foi assinada por Virgínia
Darc, que usou cubos iluminados com as logomarcas
dos restaurantes participantes do festival e flores
tropicais para ressaltar a beleza da Embaixada da Itália.
Promovido pela Abrasel e consagrado como o
maior evento gastronômico do mundo, o Brasil Sabor
segue até 3 de junho em todo o país, oferecendo ao
público a oportunidade de degustar receitas inéditas
especialmente criadas para o festival. Este ano,
são três as faixas de preços: R$ 25, R$ 36 e R$ 45.
A primeira é uma homenagem aos 25 anos de
tombamento da Capital Federal como Patrimônio
Histórico da Humanidade. O tema “Quem tem boca
vai a Roma” homenageia a influência da cultura italiana
na gastronomia brasileira.
Acima, o discurso do presidente executivo da Abrasel Nacional, Paulo Solmucci.
Abaixo, o secretário de Turismo, Luís Otávio Neves, o presidente da Abrasel-DF,
Jaime Recena, e o Embaixador da Itália. Gherardo La Francesca.
Os 93 participantes
Prato individual
Serve duas pessoas
Serve três pessoas
Serve quatro pessoas
4DOZE BISTRÔ
Conchiglioni a pescatore ao
molho bechamel e sálvia
Risoto de abóbora com
carne seca na cesta de
parmesão. Sobremesa:
carpaccio de frutas (frutas
da estação fatiadas com
calda de frutas vermelhas).
Almoço e jantar.
Shopping Quê! - Águas
Claras 3042-5585/3042-2582
25,00
R$
Massa artesanal recheada
com camarões, robalo,
queijo tipo grana,
manjericão
e noz moscada.
Sobremesa: torta de
maçã com sorvete e
praliné de nozes.
Almoço e jantar.
Deliciosa lasanhete de bacalhau
do Porto, preparada com massa
fresca e creme de leite, ao molho
de tomate cereja e tempero
especial do chefe. Gratinado
com queijo parmesão ao forno,
acompanhado de arroz com alho
crocante. Entrada: couvert do
Mercado, com azeitonas pretas,
patês especiais e pão italiano.
Almoço e jantar.
414 Sul (3345-4351)
509 Sul (3244-7999/9983-4806)
36,00
R$
46,00
R$
Bar do Ferreira
e Tratoria Peluso
Risoto de abóbora
com carne seca
BAR DO MERCADO
MUNICIPAL
Lasanhete de
Bacalhau ao Gadus
Tortilla de batatas trufadas
com músculo e ervas
aromáticas. Entrada:
seleção de tapas
(guacamole, queijo e nozes;
gratin de queijo gruyere com
tamarindo ao forno;
e graviak de salmon).
Almoço e jantar.
BARCELONA BAR
E RESTAURANTE
Tortilla à Barcelona
206 Sul (3242-1141)
25,00
R$
Moqueca de palmito fresco
com pimentões coloridos,
alga higik, leite de coco,
polpa de coco e dendê,
acompanhada de cuscuz
de legumes e quinoa.
Sobremesa: Delícia de Abacaxi.
Apenas jantar.
BHUMI – COZINHA
ORGÂNICA E SAUDÁVEL
Moqueca de palmito
pupunha fresco
113 Sul (3345-0046)
25,00
R$
Camarão cremoso
servido com salada
verde e pão fresco.
Sobremesa: bolinho
de chocolate belga.
Almoço e jantar.
207 Sul (3443-0430)
CACAHUÁ
Duo Cacahuá
25,00
R$
Massa do tipo penne feito com
farinha gran duro ao molho
sugo (tomate pelado italiano,
manjericão, ervas e azeite
extra virgem) com mussarela
de búfula semi-gratinada
e manjericão.
Entrada: Bruschetta
Margheritta. Apenas jantar.
CANTINA DA MASSA
Penne ao sugo com
mussarela de búfala
e manjericão
CONFEITARIA FRANCESA
Crocque Monsieur
302 Sul (3226-8374)
25,00
R$
Duas deliciosas tradições
gastronômicas. O crocque
monsieur é um sanduíche
gratinado encontrado em
todos os bistrôs de Paris e o
tiramisú é uma sobremesa
feita de mascarpone, café
e chocolate, do jeitinho
que a nona fazia.
Almoço e jantar.
203 Sul (3225-3276)
25,00
R$
Tradicional polenta de fubá
servida com suculento molho
de tomates, lombo suíno em
pedaços, linguiça levemente
apimentada, pancetta e
temperos especiais. Queijo
parmesão ralado para
acompanhar. Sobremesa:
pudim de leite condensado.
Almoço e jantar.
306 Norte (3272-3032)
25,00
R$
FEITIÇO MINEIRO
Polenta Benta
Polpetone recheado
com queijo mussarela,
acompanhado de massa
pappardelle com molho de
pomodori pelati italiano.
Entrada: focaccia com
azeite, alecrim e sal.
Almoço e jantar.
QI 9 Lago Sul (3364-6111)
25,00
R$
FORTUNATA
Polpettone Afortunado
Três rondeles coloridos,
um de beterraba com ricota
e gorgonzola, um de
espinafre napolitano e outro
com recheio de peito de
frango com catupiri.
Sobremesa: pudim
e doces variados,
à escolha do cliente .
Almoço e jantar.
306 Norte (3273-8525)
25,00
R$
GORDEIXO
Trilogia de Rondeles
O consagrado parmegiana do
Gordeixos, com o delicioso
badejo como ingrediente
principal. Uma combinação
de dar água na boca!
Sobremesa: bananinha real.
Almoço e jantar.
Maggiore Shopping Águas Claras (3435-6565)
304 Sudoeste (3344-5559)
QND 32 - Taguatinga (3354-1221)
25,00
R$
GORDEIXOS
Filé de badejo
à parmegiana
Camarões envoltos em tiras
de salmão, empanados,
servidos com espaguete
ao molho de camarão,
tomate cassi e manjericão.
Sobremesa: tiramisú
de café com cupuaçu.
Almoço e jantar.
Taguatinga Shopping
(3049-1840)
25,00
R$
MERCADO 153
TAGUATINGA SHOPPING
Spaghetti al Mare
Almôndegas de tilápia
ao molho de limão,
servidas com linguine.
Entrada: salada italiana.
Almoço e jantar.
PEIXE NA REDE
Almôndegas de tilápia
ao molho de limão
PIMENTA DE CHEIRO
Carne de sol com arroz
de chips de mandioca
309 Norte (3340-6937)
405 Sul (3242-1938)
301 Sudoeste (3344-9498)
25,00
R$
Carne de sol grelhada na
manteiga servida com arroz
natal e mandioca chips.
Prato elaborado nos aromas
e sabores nordestinos que
influenciam nossa culinária.
Entrada: queijo coalho com
geleia de pimenta.
Almoço e jantar.
Quituart - QI 9/10 - Lago Norte
(9625-4826/9825-4390)
25,00
R$
Escondidinho de primeira,
preparado com delicioso
ragu de rabada, polenta
mole e queijo derretido.
Sobremesa: mini churros
com doce de leite.
Almoço e jantar.
PRIMEIRO
COZINHA DE BAR
Escondidinho de ragú de
rabada com polenta mole
Rua das Paineiras - Lote 6
Águas Claras (3028-4366)
25,00
R$
Hambúrguer de picanha
com cheddar e cebola.
Sobremesa: milkshake
de ovomaltine.
Almoço e jantar.
402 Sul (3224-8852)
RESPEITÁVEL BURGER
Hambúrguer Mafioso
SUSHILOKO
Combinato Jyo
25,00
R$
Delicioso Salmão Jyo revisitado:
arroz envolvido por salmão
empanado, coberto com cream
cheese, camarão, cebolinha e
teriaki. Acompanham enrolados e
niguis. Entrada: rolinho camarão
cremoso. Apenas almoço.
Águas Claras - 306 Norte - 406
Sul - Deck Brasil - Deck Norte
- Sobradinho - Gama - Lago
Sul - Guará II - Sudoeste Taguatinga Norte - Taguatinga Sul
- Octogonal
25,00
R$
Hambúrger bovino com
pepperoni e provolone,
acompanhado de fritas
com molho picante.
Entrada: mini
salada caeser.
Apenas jantar.
413 Norte (3033-3136)
25,00
R$
THREE BURGERS
Pepperoni búrger com
provolone e salsa piccante
Paillard de frango ao
molho de tomate
pomodoro com
Fettuccine Alfredo.
Sobremesa: torta
mousse de chocolate.
Almoço e jantar.
408 Sul (3244-0666)
25,00
R$
UNANIMITÀ
Frango Taormina
Polpetone de peito e linguiça
de frango cortados na ponta
da faca, recheado com
mussarela e gratinado com
parmesão e molho de tomates
veloce. Servido com fettuccine
na manteiga de ervas. Entrada:
Trio di Involtinis - parma e
melão, abobrinha e creme de
gorgonzola e berinjela com
cream cheese e pesto de
tomate seco. Apenas jantar.
Deck Brasil - Lago Sul (3364-2477)
25,00
R$
VELOCE MASSAS
Polpettone Marylou
Seleção de filé mignon na
cama de shitake com pimentão,
cebola e pessego. Uma receita
extremamente saborosa. Um
prato nascido para o paladar
brasileiro, mas com aquele
toque irlandês. Entrada: pastel
crocante de angu com carne
moída. Almoço e jantar.
Q. 301 - Conj. 4 - Av. Parque
Águas Claras (3964-6582)
36,00
R$
ALL DUBLIN
Filet lower gardiner
Massa de pastel fresca,
mussarela de búfala,
manjericão, tomate seco,
azeite extra virgem,
sal e pimenta.
Entrada: torradinhas
com pasta de alho.
Almoço e jantar.
202 Norte (3327-8342)
36,00
R$
ARMAZÉM DO FERREIRA
Raggruppare di Parma
A Baco traz com exclusividade
a massa da verdadeira pizza
napoletana, elaborada com
as regras da Associazione
da Vera Pizza Napoletana. “La Vera Pizza” tem o sabor
de funghi porcini, calabresa
artesanal, provola e rúcula. Entrada: focaccia com alecrim.
Almoço e jantar.
BACO PIZZARIA
“La Vera Pizza” - funghi porcini
com calabresa artesanal
309 Norte (3274-8600)
408 Sul (3244-2292)
36,00
R$
Risoto de linguiça
toscana e abobrinha
Italiana.
Sobremesa:
pudim de leite.
Almoço e jantar.
201Sul(3224-9313/3321-2412)
BAR BRAHMA
Risoto à Toscana
36,00
R$
Ravióli artesanal com
frutos do mar e molho
de tomates frescos.
Entrada: cesta de pães
italianos com manteiga
de ervas.
Almoço e jantar.
BAR DO FERREIRA PIER 21
Panzerotti com frutos do
mar ao molho concassé
de tomates frescos
SCES Trecho 2 - Lago Sul
(3322-1211/9666-7163)
36,00
R$
Ravióli com massa verde
à base de salsa, massa
vermelha à base de
beterraba e massa branca
clássica, recheado com
carne de sol
e purê de abóbora.
Entrada: Trio Romano.
Almoço e jantar.
BAR GODOFREDO
Ravióli Bandeirante
408 Norte (3965-6666)
36,00
R$
Escalope de filé mignon
recheado com presunto de
parma e sálvia, com risoto
de açafrão e parmesão.
Sobremesa: Divina Torta.
Almoço e jantar.
BENDITO SUCO ORLA
Saltimbocca alla romana
com risotto alla milanese
SCES Trecho 2 Lote 8
(3225-0249)
36,00
R$
Cordeiro assado refogado no
azeite e cebola, servido de
tomate sem pele, ramos de
erva doce, batata assada e
arroz com cenoura e ervilha.
Entrada: espetinhos
de provolone.
Sobremesa: strudel de maçã.
Apenas almoço.
402 Sul (3224-3535)
36,00
R$
BIER HAUS
Cordeiro assado
em erva doce
Corte de picanha do
gado Angus, com mais
maciez, suculência e
sabor. Temperado com sal
grosso e grelhado na brasa.
Acompanhado de arroz com
brócolis e farofa de ovo.
Entrada: Salada Fernanda
Almoço e jantar.
304 Norte (3326-0976)
413 Sul (3346-0036)
36,00
R$
BSB GRILL E
BSB GRILL SUL
Picanha Black Angus
Escalopes de filé mignon
ao molho emmental
com cogumelos,
acompanhados
de batata rôti.
Entrada: salada de folhas
Apenas almoço.
116 Norte (3347-9403)
36,00
R$
Paella com arroz, lula, coelho,
porco, frango, cogumelos,
embutido espanhol, vagem,
alcachofras, pimentão, tomate,
cebola e açafrão espanhol.
Entrada: bufê de salada
preparado na hora à escolha
do cliente.
Almoço e jantar.
SBS Ed. Empire Center
(3325-7408)
36,00
R$
CAFÉ SAVANA
Escalope Helvetia
CALAF
Arròs brut (arroz rústico)
“Paella de Mallorca”
Deliciosa e irresistível pizza
com abobrinha italiana
temperada e assada. Para
realçar o sabor, adicionamos
linguiça picante
e queijo parmesão.
Sobremesa: afogatto de
café. Almoço e jantar.
Pontão do Lago Sul (3248-7755)
Terraço Shopping (3234-5968)
36,00
R$
CAPODANNO PIZZE
Pizza com zucchini
e calabresa picante
Ravióli recheado com
salmão e cream cheese
ao molho rosé.
Entrada: mix de folhas
ao azeite de ervas.
Almoço e jantar.
CLUB NATURE
Ravióli de salmão
nature
SCES Trecho 2 - Asa Sul
(3224-9425)
36,00
R$
Pato com tangerina, arroz
de espinafre e maçã
caramelizada ao molho
de tangerina.
Sobremesa: gâteau
au chocolat.
Apenas jantar.
COUVERT
Canard à la mandarine
Terraço Shopping
(3363-2145)
36,00
R$
Linguine ao pesto,
camarões VG salteados
no azeite extra virgem
e especiarias, cogumelo
paris e brócolis.
Entrada: bruschetta.
Almoço e jantar.
215 Norte (3965-7711)
CROISSANTERIE
Linguine ao Basílico
EL PASO LATINO
EL PASO MEXICANO
Tacu tacu y
camarones chifa
EL PASO TEXAS
Tacos ceviche
de salmon
36,00
R$
Camarões em molho
agridoce levemente picante.
Acompanha arroz e feijão
branco refrito. Entrada:
Causa Chiclayana - massa
de batata fria recheada de
salpicão de verduras em
maionese de abacate.
Almoço e jantar.
Latino: 404 Sul (3323- 4618)
Mexicano: 110 Norte
(3349-6820)
36,00
R$
Papelote de salmão assado
com pesto de agrião.
Servido com risoto de sete
cereais e aspargos frescos.
Sobremesa: coulis de
frutas vermelhas e mousse
branco. Apenas jantar.
Setor Mansões Mata da
Anta, Chácara 15 - Jardim
Botânico (3427-1312)
36,00
R$
Pier 21 (3223-0033/
3223-7489)
36,00
R$
EMPÓRIO SANTO ANTÔNIO
Fillet Scallopini
All’ Amatriciana
Criado como um intercâmbio
entre duas culturas. A
massa, original da Itália e
nas cores da sua bandeira,
e a preparação, à base de
camarão bem tropical, da
região do litoral brasileiro.
Entrada: coquetel de atum.
Almoço e jantar.
404 Sul (3226-2872)
36,00
R$
FAMIGLIA POMODORO
RISTORANTE E PIZZERIA
Camarões à Italiana
Penne al dente regado
ao molho de gorgonzola
e castanha do pará com
camarões flambados no
vinho branco.
Entrada: carpaccio.
Almoço e jantar.
405 Sul (3443-1450)
36,00
R$
Charque desfiado com
pedaços de jerimum,
acompanhado de arroz
branco.
Sobremesa: pudim de
tapioca, versão regional do
tradicional pudim de leite
condensado.
Almoço e jantar.
404 Sul (3323-4618)
Terraço Shopping (3233-5197)
404 Norte (3201-0129)
Jardim Botânico (3427-4028)
36,00
Papelote de salmão
ao pesto de agrião
Filé acompanhado
de batata souté ao forno
com creme de queijos,
rúcula e tomate seco.
Entrada: salada caesar.
Almoço e jantar.
Tortilhas de milho crocante
com recheio de ceviche de
salmão e geleia de rocoto
com menta. Acompanha
guacamole e sour cream.
Sobremesa: três leches de
fresa - bolo de massa branca
com calda de três leites e
morangos. Almoço e jantar.
R$
EMPÓRIO DA MATA
36,00
R$
fred
Penne ao gorgonzola e castanha com camarões flambados
FULÔ DO SERTÃO
Boiadeiro
Salmão grelhado com
macarrão oriental
levemente adocicado
e shimeji.
Sobremesa: mini
tempurá de sorvete.
Almoço e jantar.
403 Sul (3322-6161)
GENDAI
Salmão com macarrão
japonês
36,00
R$
Camarões suavemente
aromatizados em pimenta
de cheiro, salteados com
cogumelos no azeite extra
virgem, acompanhados
por purê de batata e
manjericão e purê de
batata com castanhas.
Sobremesa: Pretão com
morangos em calda de
chocolate. Apenas jantar.
ILÊ
Camarões aromatizados
com mix de purês
209 Sul (3443-8099)
36,00
R$
Delicioso filé mignon coberto
com parmesão e gratinado
ao forno, acompanhado de
uma colorida seleção de
legumes e uma porção de
penne ao pesto. Entrada:
salada de tomate e
mussarela empanada.
Almoço e jantar.
L’ ATELIER DU CHEF
Filé mignon
gratinado ao parmesão
405 Sul (3443-8775/
9300-6049)
36,00
R$
Medalhões de filé mignon ao
molho de aceto balsâmico,
acompanhado de risoto de
tâmaras. Entrada: Salade Du
Jour. Sobremesa: brownie
de cupcake recheado com
doce de leite e sorvete de
creme.
Almoço e jantar.
L’AFFAIRE BAR E
RESTAURANTE
Filé ao balsâmico
com risoto de tâmaras
Hotel Mercure Torre Branca
Asa Norte (3326-7130)
36,00
R$
Robalo em crosta de
castanha, grelhado ao
molho de limão pepper
com purê de barôa.
Entrada: petit fondue
(mini fondue de queijo
servido na casquinha).
Almoço e jantar.
LA BONNE FONDUE
Robalo crocante
ao limão pepper
SCES Trecho 2 - Asa Sul
(3223-0005)
36,00
R$
Filé de tilápia grelhado
ao molho de amora e
cachaça, acompanhado
de spaghetti de legumes
e shitake grelhado.
Sobremesa: petit-gâteau.
Apenas almoço.
102 Sul (3224-4989)
36,
R$
00
LA GIOCONDA
Tilápia ao molho de
amora
Polpetone de carne
de sol recheado,
acompanhado de
fettuccine ao
mix de queijos.
Entrada: brusqueta de
mussarela de búfula
com tomate seco.
Almoço e jantar.
209 Sul (3242-8373)
36,00
R$
LE BUTECÔ
Polpetone de carne
de sol recheado
Toque francês e o sabor forte
de queijo italiano. Corte de
filé mignon recheado com
gorgonzola ao molho rôti,
batatas parisienses, alecrim
e aspargos na manteiga com
alho. Sobremesa: mousse de
iogurte com calda de damasco
e amoras. Almoço e jantar.
Deck Norte (3468-1494)
36,00
R$
LUNNA RESTAURANTE
Filé a Le Chef
Filé com queijo coalho
e molho de goiabada
com vinho tinto.
Sobremesa: Charlotte
(bolo em camadas
com calda de laranja,
chocolate e chantilly).
Almoço e jantar.
Terraço Shopping
(3363-2132)
36,00
R$
MERCADO 153
TERRAÇO SHOPPING
Filé Romeu e Julieta
Codornas temperadas
com espumante, alho e
sálvia. Acompanha risoto
de pomodoro pelati.
Entrada: Moretum
(aperitivo romano de
queijo de cabra e ervas).
Almoço e jantar.
203 Norte (3039-1803)
36,00
R$
MITTELALTER
TABERNA MEDIEVAL
Quaglia di Milano
Tilápia grelhada acompanhada
com suave risoto de abóbora
e castanhas, e salada verde
orgânica perfumada com
limão siciliano.
Sobremesa: torta de banana
com calda de café e sorvete.
Almoço e jantar.
NATURAL GREEN’S
Tilápia grelhada com
risoto de abóbora
302 Norte (3326-0272)
202 Sul (3321-5039)
36,
R$
00
Filé de tilápia de 230g,
com o delicioso tempero
Outback. Servido com
uma combinação de garlic
mashed potato e brócolis
e molho tartare.
Sobremesa: Spoted
Dog Sundae.
Almoço e jantar.
OUTBACK STEAKHOUSE
Tilápia Filé
ParkShopping (3234-7958)
Iguatemi Shopping (3468-3655)
36,00
R$
Fraldinha Angus
grelhada na parrilla,
com molho
de vinho Chianti e
batatas bravas.
Entrada: saladinhas,
conservas e antepastos.
Apenas almoço.
PARRILLA MADRID
Fraldinha ao Chianti
PATUÁ - SABORES
BRASILEIROS
Picanha à Mediterrânea
408 Sul (3443-0698)
36,00
R$
Picanha grelhada (200g)
acompanhada de risoto de
funghi e batata gratinada no
azeite, queijo parmesão e ervas.
Entrada: canapé de tomate
(ciabata gratinada com
maionese e tomate seco) ou
Salada Patuá (alface roxa com
molho picante e tomate seco).
Sobremesa: Delicia Tropical
(sorvete de coco com calda de
maracujá). Almoço e jantar.
Deck Brasil (3248-7231)
36,00
R$
Medalhão de mignon
ao creme de padano
flambado no whisky
e nhoque de barôa com
pesto de espinafre e nozes.
Entrada: saladinha da casa
Apenas almoço.
RAYUELA RESTAURANTE
CULTURAL
Dona Mimma
412 Sul (3346-9006)
36,00
R$
Suculenta picanha suína
assada e grelhada,
servida com talharim
e molho especial.
Sobremesa: petitgâteau com sorvete.
Almoço e jantar.
SCES Trecho 2 (3321-8535)
Terraço Shopping
(3034-8535/3034-0452)
36,00
R$
ROADHOUSE GRILL
Picanha suína com
talharim
Bacalhau do porto em lascas,
regado ao suculento molho de
tomates selecionados, vinho
branco e especiarias, com
camadas de batata inglesa,
mandioquinha gratinada e toque
de azeitonas verdes. Acompanha
arroz ao açafrão. Sobremesa:
cheesecake de frutas vermelhas.
Almoço e jantar.
Terraço Shopping
(3322-0092/3223-3505)
36,00
R$
SUBSTÂNCIA
GASTRONOMIA LIGHT
Escondidinho de
bacalhau
Rosbife de filé mignon
temperado com mix de
pimentas, sal e alecrim,
chapeados em manteiga e
azeite de oliva, acompanhado
de fettuccine salteado em
manteiga, azeite de oliva,
tempero salho e açafrão da terra.
Entrada: jiló à bolognesa
picante. Almoço e jantar.
Quituart (9642-9636)
36,00
R$
TOCA DO CHOPP
Rosbife al rosmarino
com fettuccine
O prato principal vem
com escalopes de filé
acompanhados de
talharim ao roquefort.
Entrada: salada chèvre
chaud (destacando os
queijos, a entrada traz salada
com queijo de cabra).
Apenas almoço.
405 Sul (3242-7067)
36,00
R$
TOUJOURS BISTROT
Escalope com
talharim ao roquefort
Filé de linguado grelhado
com sal e pimenta do
reino. Servido com molho
de azeite extra-virgem,
cogumelo Paris, alcaparras
e purê de mandioquinha.
Sobremesa: Petit-gâteau
Trem do Lago. Almoço.
SCES (8412-4731)
36,00
R$
TREM DO LAGO
Linguado premium à
Trem do Lago
Peito de frango marinado
e envolvido por panceta,
grelhado ao vinho branco
e manteiga, servido com
batatas toscanas e risoto
quatro queijos.
Sobremesa: mela crocante.
Almoço e jantar.
VILA MADÁ
Pollo prosciutto
toscano
Deck Norte (3468-1986)
36,00
R$
Lombo de cordeiro
grelhado com
spaghettini ao molho
de coalhada fresca,
hortelã e rabanete.
Entrada: beringela da
chef e pão Lavosh
Almoço e jantar.
ZAHIA CAFÉ & KEBAB
Cordeiro com
Spaguettini na Coalhada
300 Sudoeste (3551-5002)
36,00
R$
Este prato não só nos
leva a Roma, mas também
à história da cultura árabe.
Assim, temos o molho
de romã e a coalhada,
associados ao fusilli
e às boulettes de filé.
Sobremesa: petit-gâteau.
Almoço e jantar.
BEIT KAHAMA
Boulettes de filé ao molho
de romã e laranja,
com fusilli na coalhada
Quituart (9970-0938/
3368-6309)
46,00
R$
Escalopes de filé mignon
em sálvia e ervas finas,
guarnecidos por risoto de
presunto de parma e rúcula.
Sobremesa: pêra ao vinho
com sorvete de creme em
calda de chocolate.
Apenas jantar.
BELINI IL RISTORANTI
Saltimbocca alla
romana - Revisitado
113 Sul (3345-0777)
46,00
R$
Filé alto mal passado,
grelhado ao pesto de
manjerião, servido com
risoto de mussarela de
búfala e tomate cereja.
Sobremesa: torta
capuccino.
Almoço e jantar.
BIERFASS LAGO
Tornedor ao pesto
de manjericão
Pontão do Lago Sul
(3364-3663)
46,00
R$
Bife de chorizo temperado
com sal grosso,
acompanhado de
fettuccine com alecrim
e pimenta verde.
Entrada: mix de folhas
com legumes toscanos.
Almoço e jantar.
Pontão do Lago Sul
(3248-7755)
46,00
R$
CAFÉ ANTIQUÁRIO
Bife de chorizo com
fettuccine ao rosmarino
e pimenta verde
Gnocchi preparado com
ricota fresca, parmesão, ervas
e ovos, servido com molho de
tomate, pedaços de mussarela
de búfala e camarões grelhados
em cama de espinafres
refogados. Sobremesa:
panacota com frutas
vermelhas. Almoço e jantar.
104 Sul (3325-5301)
Brasília Shopping (3327-2149)
Terraço Shopping (3363-1777)
46,00
R$
CARPE DIEM
Gnocchi de ricota
com tomate e camarões
Crepe de camarão
e linguiça toscana
ao molho de creme de
leite fresco e alho poró.
Sobremesa: crepe de
figo caramelizado.
Almoço e jantar.
207 Sul (3443-4777)
46,00
R$
Cordeiro marinado ao
molho de vinho tinto e
ervas aromáticas, assado
lentamente, acompanhado
de fettuccine ao próprio
molho. Sobremesa: cheese
cake com calda de frutas
vermelhas.
Almoço e jantar.
Hotel Golden Tulip Brasilia
Alvorada (3429-8100)
46,00
R$
CREPE ROYALE
Camarão à Toscana
DA NOI
Cordeiro Da Noi
Lagosta, camarão, lula, robalo,
aspargus, batata e mini-cenoura,
servidos em tajine com aromático
bisque de lagosta, couscous
marroquino e pimenta harissa.
Entrada: mini salada caesar
de salmão defumado.
Almoço e jantar.
413 Norte (3349-2323) 202 Sul
(3322-1234) Deck Brasil (3364-3400)
Gilberto Salomão (3364-0404)
Terraço Shopping (3363-2424)
Shopping Quê (4141-4446)
46,00
R$
DONA LENHA
Tajine royal de frutos
do mar
Anchova negra em crosta
de ervas com nhoque de
batata barôa ao molho
de limão siciliano.
Sobremesa: sopa de
goiabada com vinho tinto,
sorvete de creme e chips
de queijo coalho.
Almoço e jantar.
DUDU CAMARGO
RESTAURANTE
Anchova Panarea
303 Sul (3323-8082)
46,00
R$
Saboroso medalhão
de filé suíno ao molho
madeira com champignon.
Acompanha arroz à
piamontese e batata sauté.
Sobremesa: doces mineiros
servidos no bufê da casa.
Almoço e jantar.
ESQUINA MINEIRA
Medalhão suíno minirin
EXPAND
Risoto de pato
com damasco
704/705 Norte
(3273-7373/3033-5053)
46,00
R$
Pizza do Chef
Jarret de cordeiro no
próprio molho e polenta
Brasília Shopping
(3047-8680)
46,00
R$
403 Sul (3226-6800)
Clube de Golfe
(3323-5961/9273-0300)
46,00
R$
109 Norte (3447-3360)
103 Sul (3321-03213)
46,00
R$
Clube de Golfe (3321-2040)
46,00
R$
LIV LOUNGE
Risoto de caju com robalo
em crosta de castanha
Saltimboca de filé
com lâminas de parma e
sálvia fresca ao molho
de marsala, acompanhado
de capeletti de burrata.
Sobremesa: macarrons
com “crema” de gianduia.
Almoço e jantar.
Risoto preparado com arroz
carnaroli italiano, molho de
tomate italiano, azeite de
oliva extravirgem e vinho
branco. Acompanhado
de anéis de lula, lagostas,
mexilhões e camarões.
Entrada: salada de quinoa.
Apenas jantar.
Ossobuco de cordeiro cozido
em ervas, especiarias, vinho e
demi glace, servido no próprio
molho do cozimento. A polenta
é cozida em água, azeite
de oliva extra virgem e sal.
Sobremesa: sorvete
artesanal Le Jardin.
Almoço e jantar.
LE JARDIN DU GOLF
46,00
R$
Arroz carnarolli
com lascas de pato,
damasco e sutil
redução de laranja.
Sobremesa:
fruta do dia.
Almoço e jantar.
Massa de pizza, pomodori
pelati, lascas de presunto
de parma cobertas de
mussarela de búfala regada
de azeite de alho e folhas
de manjericão mamute. Sobremesa: sorvete com
calda de chocolate.
Almoço e jantar.
FRATELLO UNO PIZZARIA
Risoto cremoso de
caju e vinho branco,
acompanhado de filé alto
de robalo, em uma crosta
de manteiga, ervas e
castanhas de caju.
Entrada: Itália ao Extremo.
Almoço e jantar.
SHTN Trecho 2 – Condomínio
Life Resort (3526-9921)
46,00
R$
MERCADO 153
BRASÍLIA SHOPPING
Saltimboca de filé com
capeletti de burrata
OLIVER
Risoto all Mare
Sequência de três raviólis:
com recheios de catupiri
ao molho ferrugem, queijos
ao molho de manteiga de
sálvia, e o último é surpresa.
Sobremesa: ambrosia.
Apenas jantar.
316 Norte (3041-5070/
3041-5924)
46,00
R$
PANELINHA BRASILEIRA
Sequência de raviólis
Espaguete ao molho
pomodoro com
gengibre e tomate cereja,
acompanhado de salmão
em cubos, grelhado
no azeite.
Sobremesa: fruta do dia.
Almoço e jantar.
202 Sul (3224-9408/3226-6800)
46,00
R$
PIANTELLA
Espaguete com salmão
grelhado ao pomodoro
Pizza que combina
o tradicional pesto
genovese com o nosso
regional queijo de coalho.
Sobremesa: pizza de
chocolate pequena.
Almoço e jantar.
PIZZAIOLO
Pizza Gênova
215 Sul (3345-7878)
46,00
R$
Nhoque de massa leve,
ao molho de ossobuco
em cozimento lento,
aromatizado com toque
siciliano em finas fatias.
Sobremesa: pêra ao vinho
do Porto com flan de queijo.
Almoço e jantar.
PLACES RESTAURANTE
Nhoque ao sugo de
ossobuco e limão siciliano
SHS Quadra 5 (3223-1526)
46,00
R$
Medalhão de filé recheado
ao molho de marsala
cremoso e champingnon.
Servido com risoto de
tomate seco e manjericão.
Entrada: salada de caqui
e croutons de frango
Almoço e jantar.
SAN LORENZO RISTORANTE
Medalhão Veneza
103 Sudoeste (3201-2161)
46,00
R$
Robalo, arroz com brócolis
e shimeji, sohomaki
(salmão, cream cheese e
camarão maçaricado) e dyo
shimeji (arroz, salmão e
shimeji maçaricado).
Entrada: duplas Soho.
Almoço e jantar.
SOHO
Soho Brasil
Pontão do Lago Sul
(3364-3979)
46,
R$
00
Filé de peixe ao molho
bolonhesa de camarões,
com arroz cremoso
ao pesto cítrico e
pimenta amarela.
Sobremesa:
tiramisú de lucuma.
Almoço e jantar.
TAYPÁ
Peixe à bolonhesa
de camarões
QI 17 - Fashion Park
Lago Sul (3248-0403)
46,00
R$
Massa branca, azeite,
mussarela, presunto de
parma ao forno, orégano,
coberta com mini rúcula.
Sobremesa: sorvete de
creme com calda de
chocolate e castanha.
Almoço e jantar.
214 Norte (3340-9898)
310 Sul (3242-6001)
46,00
R$
VALENTINA PIZZARIA
Pizza Bianca
Polpetone recheado
de tomate seco e
azeitona, coberto com
pimentão, tomate,
cebola e alho em azeite.
Entrada: Polpeixinha
(polpetinhas de tilápia com
recheio de azeitonas e baru).
Almoço e jantar.
Quituart (9983-8311)
46,00
R$
O filé mignon com chapéu de
parmezon e risoto de banana
mostra como ingredientes bem
misturados fazem da cozinha
um libatório deliciosamente
divertido. Entrada: brodo de
aipim com gorgonzola e
polpettini de frango. Sobremesa:
creme de chocolate ao coco
com calda de lemoncello.
Almoço e jantar.
201 Sul (3226-5650)
46,00
R$
VILA ESPERANÇA
POLPETERIA E BAR
Polpetone de bacalhau
VILLA BORGHESE
RISTORANTE
Filé mignon com chapéu de
parmezon e risoto de banana
Risoto de tomate
coberto com camarões
gratinados ao catupiry.
Entrada: sopinha de
milho verde e pupunha.
Apenas jantar.
115 Sul (3345-5513)
46,
R$
00
VILLA TEVERE
Risotto al pomodoro
com gratinatto di
gamberi e catupiry
Escalope de filé
ao molho do chef
com arroz cremoso
de provolone.
Sobremesa: torta de
limão com chantilly.
Almoço e jantar.
SHIS QI 11 - Lago Sul
(3248-0184)
46,00
R$
YOUR’S
Filé Stromboli
31
Divulgação
dia & noite
numcéudediamantes
Três anos em cartaz em São Paulo, Rio, Curitiba e até em Lyon, na
França. Visto por quase 200 mil expectadores. Ganhador de dois
prêmios Shell. Esse é o balanço do sucesso do musical Beatles
num céu de diamantes, que estará na cidade dia 9 de junho.
Dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, o espetáculo sem
diálogos apresenta dez cantores-atores que, acompanhados
de piano, percussão e violoncelo, criam uma fantástica história,
passando por quase 50 músicas da banda mais bem-sucedida da
história. No Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 21h,
com ingressos entre R$ 40 e R$ 80. Informações: 3364.0000.
ojazzdecioglia
Divulgação
“A música brasileira e o jazz americano
desenvolvem uma relação simbiótica há tempos.
Os dois universos sônicos se completam e
trocam influências constantemente. A proposta
é apresentar um pouco do que acontece quando
o cancioneiro brasileiro é tocado de uma forma
jazzística”. Quem afirma isso é o contrabaixista
brasiliense Leonardo Cioglia, radicado nos Estados Unidos há mais de 20 anos e
próxima atração do Terraço Shopping. Dias 11, 18 e 25, sempre às 19h30, o músico
mostrará como funciona esse diálogo entre os dois sons. Entrada franca.
Júnior Furlan
todosossons
Marianna Dutra
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mariagadú
Mais uma página. Esse é o nome do novo CD da cantora-revelação que estará sendo divulgado em seu show em
Brasília, neste 12 de maio. Das 14 faixas do disco, oito
são composições próprias, cinco delas em parceria com
Ana Carolina, Chiara Civello, Edu Krieger, Maycon e o
americano Jesse Harris. O álbum traz três regravações:
Anjo de guarda noturno (Miltinho Edilberto), gravada
originalmente pela banda Bicho de Pé, Amor de índio,
composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos, e Oração
ao tempo, de Caetano Veloso. No Centro de Convenções
Ulysses Guimarães, com ingressos entre R$ 60
e R$ 120. Mais informações: 9136.3887.
Vai ser dada a largada do projeto que
trará cinco concertos ao ar livre nos
jardins do CCBB, sempre nas tardes
de domingo. Quem abre a temporada de 2012 é o músico paulista
Criolo, que no dia 27 de maio se
apresenta no Todos os sons em show
que terá a participação da baixista
Paula Zimbres e do Sistema
Criolina. Nova sensação da música
brasileira, Criolo conseguiu ampliar
as fronteiras entre o rap, o soul e a
MPB. Com curadoria de Guilherme
Reis, o projeto está em sua sexta
edição e já trouxe a Brasília
encontros memoráveis, como os
que reuniram o congolês Ray Lema
e o brasileiro Chico César. A partir
das 17h, com entrada franca.
poesiamusicada
32
A parceria entre o compositor Dori Caymmi e o letrista Paulo César Pinheiro nasceu há 42 anos.
Para comemorar o feito, a dupla se apresenta no Teatro da Unip (913 Sul) no dia 19. No show, o
público vai conhecer o último CD de Dori, assim como o repertório mais conhecido de toda sua
longa carreira. As novas Marineiragem, Estrela de cinco pontas, Música no ar e Dona Iemanjá
estarão no programa, assim como as mais conhecidas – Saveiros, O cantador e O velho do mar.
Filho de Dorival Caymmi, Dori teve como principal parceiro Paulo César Pinheiro, com mais
de mil canções gravadas por Tom Jobim, Toquinho e Maria Bethânia. Às 20h, com ingressos
a R$ 100 e R$ 50, até o dia 11, e a R$ 120 e R$ 60, depois dessa data. Informações: 3346.3738.
Divulgação
ixalá
geometriadatransformação
142 obras de Hélio Oiticica (foto), Lygia Pape,
Alfredo Volpi, Cícero Dias e mais 51 artistas
plásticos representantes da arte construtiva
brasileira estão no Museu da República até 24
de junho. É a mostra Geometria da Transformação, concebida para marcar os 52 anos de
Brasília. Do acervo do advogado carioca Sérgio
Fadel, as pinturas, desenhos, gravuras e esculturas são do período compreendido entre o
início da década de 1950 e o final da década de 1980, traçando um paralelo com o nascimento da capital do país. Segundo o curador da exposição, Max Perlingeiro, a pintura
acadêmica, que até então se limitava a reproduzir a natureza de forma realista, sofreu
uma transformação radical com o surgimento do abstracionismo informal e geométrico
que tomou conta da cultura ocidental depois do fim da Primeira Guerra Mundial.
“A tendência construtivista logo se enraizou em todas as partes do mundo e passou
a ser universal”, explicou. De terça a domingo, das 9 às 18h30, com entrada franca.
Divulgação
concretismo
O Gabinete de Artes da Presidência da Câmara dos Deputados
é sede da exposição de 28 obras de Yves Serpa, artista plástico
que incorpora sua personalidade de poeta ao estilo próprio
de pintura. A paixão pelo concretismo vem de berço.
Com carreira iniciada na escolinha de artes do Museu
de Arte Moderna do Rio, sua primeira participação
como pintor foi aos cinco anos de idade no Salão
de Arte Infantil do Jornal do Brasil, em 1956. Na
infância, inseria formas geométricas em seus trabalhos.
Com o tempo, percebeu que elas poderiam ter vida própria
e se encantou com a op-art (arte ótica) na qual formas e cores
são matematicamente calculadas para criar ilusão no espectador.
Até 8 de junho, só aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 17h.
afrografismos
No mesmo Museu da República, só
que no mezanino, está a exposição
que reúne 50 obras de Willy Bezerra
de Mello, o Olumello, artista plástico
recém-falecido que possui profunda
relação com Brasília, pois foi aqui
que se desenvolveu profissionamente.
Ele pertenceu à primeira geração
de artistas da cidade, e “embora seu
trabalho não faça alusão direta a ela,
sua poética está visceralmente ligada
a tudo o que aprendeu com o nascer
do traçado da nova capital”, explica
o curador da exposição, Nelson
Fernando Inocêncio da Silva.
Até 31 de maio. Entrada franca.
Olu Mello
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Nunca antes neste país se fez uma exposição tão ampla sobre a Índia. Depois de passar
pelo CCBB de São Paulo e do Rio, chegou a vez de Brasília receber, de 22 de maio a
29 de julho, a mostra que apresenta um universo bastante expressivo desse país asiático com mais de 1 bilhão de habitantes (o segundo mais populoso, depois da China)
e que é também um dos principais destinos místicos do mundo. Conhecida por suas
tradições milenares, suas cores sempre vibrantes e uma culinária forte, a Índia foi sede
de vastos impérios e é formada por um povo dividido em nada menos que 200 etnias e
com 23 línguas oficiais. O curador Pieter Tjabbes, um holândes radicado há 20 anos no
Brasil, afirma ter priorizado a diversidade cultural na organização cenográfica. São 350
peças, entre objetos sacros, estátuas, vestimentas, máscaras, pinturas e fotografias que
representam vários aspectos da cultura indiana. Logo na entrada, o público inicia
a viagem pela Índia assistindo a um vídeo que o prepara para mergulhar na história
milenar desse país. Haverá ainda um altar com a imagem de Ganesh, a mais conhecida
e venerada representação de Deus no hinduísmo, simbolizada por uma divindade de
quatro braços, barriga grande e a cabeça de um elefante com uma presa só. Idealizada
em três blocos temáticos – O cotidiano, O sagrado e Formação da Índia moderna –
a exposição poderá ser vista de terça a domingo, das 9 às 21h. Entrada franca.
33
dia & noite
Lígia Jardim
odilemadesusan
teatrogaúcho
No ano passado, o Festival de Teatro Brasileiro levou espetáculos mineiros para
mais de 24 mil pessoas em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Este ano, trará
para Brasília e Goiás 15 espetáculos dos mais variados gêneros, em 68 apresentações.
Com curadoria de Sérgio Maggio e Guilherme Filho, o festival promete apresentar
o melhor da comédia, do drama, do teatro infantil e experimental feito no Rio
Grande do Sul. Num universo de 109 peças, os curadores primaram pela qualidade
dos espetáculos, observando a inquietude tanto em temas e abordagens como
em estética. De 15 de maio a 3 de junho nas regiões administrativas do Gama,
Taguatinga, Ceilândia e Plano Piloto, a preços populares. Programação completa:
www.festivalteatrobrasileiro.blogspot.com.br.
Divulgação
Vilma Carvalho
Uma história que se passa inteiramente na mente de uma mulher.
Assim é a peça Isso é o que ela pensa, do dramaturgo inglês Alan
Ayckbourn, em cartaz no CCBB de 17 de maio a 10 de junho. Conta
o dilema de Susan, uma mulher moderna que chegou a uma encruzilhada sexual, social e cultural. Ela idealiza uma família que parece
saída de uma revista dos anos 50, com aquela velha fórmula marido
carinhoso, irmão protetor e filha atenciosa, enquanto sua família é
composta por pessoas bastante depressivas. Depois de estrear em
São Paulo, a montagem inédita no Brasil tem direção de Alexandre
Tenório e elenco formado por Denise Weinberg, Clara Carvalho e
Clarissa Rockenbach. De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos,
às 20h. Ingressos a R$ 6 e R$ 3. Informações: 3108.7600.
paratodoosempre
Marcelo Nenevê
Durante os sete meses que duraram a elaboração de texto
e os ensaios, eles entrevistaram casais, grupos de homens e
mulheres separadamente, casados, solteiros, enrolados - e ainda
consultaram livros sobre o assunto e entrevistaram especialistas.
O esforço resultou na comédia Manual de sobrevivência ao
casamento, em cartaz até 27 de maio no Teatro Maristão
(615 Sul). Ciúmes, traição, romantismo, dinheiro, saúde do
casal e sexo são os temas escolhidos para essa “reflexão cômica”.
Sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Ingressos a R$ 50 e R$ 25.
34
circabrasilina
A palhaça Mastusquella e três cantoras da cidade são as principais
atrações da programação do circo mais feminino de que se tem notícia.
Em maio, o picadeiro vai ser ocupado pelas crianças que quiserem se
divertir com uma palhaça que também é mágica, a Matusquella. Aos
domingos, sempre às 17 horas, com ingressos a R$ 20 e R$ 10. Já as
sextas-feiras do mês das mães serão dedicadas ao Circa Acústica, com
participação de cantoras de Sobradinho – Rosemaria (dia 11), Carol
Voigt (dia 18) e Nathália Lima (dia 25). Os shows começam às 21h
e custam R$ 10. A Circa Brasilina fica na BR 020 – Km 2,5.
aprincesaeosapo
Paki
O que estava previsto nos contos de fadas não se concretizou.
O sapo que foi beijado pela princesa não voltou a ser um
príncipe e, ainda por cima, transformou a pobre moça em
rã. Para reverter essa desastrosa feitiçaria, a dupla parte em
direção ao pântano e busca ajuda de outros animais, que também
lutam com suas respectivas angústias. Até o dia 27 o teatro da Escola
Parque 308 sul vai ser o palco dessa divertida história infantil encenada
pela Cia. de Teatro Néia e Nando. Sábados e domingos, às 17 horas,
com ingressos a R$ 30 e R$ 15. Informações: 8199.2120.
cárcere
vidasembula
A proposta do teatro sarau é misturar
música, teatro, literatura e muita
irreverência. Vem aí o espetáculo Rivotrio
e a saga da vida sem bula, encenado pela
Colapso, a sua pior companhia! O núcleo
da montagem, composto por Ana Flávia
Garcia, Alessandro Lustosa, Camila
Modikoviski, Hugo Leonardo e Lucas
Ferrari, propõe uma colagem poética musicada par dar vazão ao desejo de
colocar em cena sua produção literária, poética e musical. É dedicado aos
“fazedores dos movimentos culturais alternativos dos guetos pouco conhecidos,
aos operários da arte com paixão, aos inquietos, aos sossegados, a quem topa
sair de casa na hora da novela”, explica Ana Flávia, que também é diretora
artística da companhia. Dias 24, 25 e 26, às 22h, e dia 27, às 20h, no Teatro
Mosaico (714/715 Norte). Entrada franca.
Joffre Oliveira
eraumavez...
O grupo Matrakaberta tem uma coleção
de historinhas interessantes para divertir a
criançada que for ao Pátio Brasil aos domingos
de maio. Na programação do projeto, que acontece sempre às 16h30, está A bruxa do avental,
dia 27, trazendo a aventura de três ovelhinhas
muito gulosas que comeram todo o capim que
existia perto de casa. Quando não tinham mais
nada para as refeições, tiveram a ideia de comer
o capim da parte mais alta da floresta, bem
perto da caverna da Dona Bruxa, uma velha
malvada que adorava comer ovelhinhas assadas.
Entrada franca. Informações: 4003. 7780.
Telmo Ximenes
Divulgação
Como será uma semana inteira
na vida de um pianista que está
preso e será refém numa rebelião
iminente? A resposta está na peça
Cárcere, em cartaz no Teatro do
Espaço Mosaico (714/715 Norte)
nos dias 11, 12 e 13. Dirigida e
interpretada por Vinícius Piedade,
tem texto de Saulo Ribeiro e
conta a história de um pianista
que vive em ritmo de contagem
regressiva, mostrando suas
expectativas, impressões,
lembranças, reflexões e sensações
expressas num diário que começa
numa segunda-feira e termina
quando estoura a rebelião, num
domingo. Sexta e sábado, às 21h,
e domingo, às 20h. Ingressos a
R$ 15. Informações: 3032.1330.
35
Fotos: Raquel Pellicano
que espetáculo
Machado de Assis
em versão pop
U
36
ma arena é formada. Numa das
pontas vemos uma cartomante,
que, com suas cartas e conselhos
,interfere intimamente na vida de três personagens. No outro extremo está o narrador, que, ao contrário do livro, onde pode
ser onisciente e onipresente, aqui precisa
medir forças com a cartomante e com os
próprios personagens para não perder o
posto de condutor da história. Em todo o
cenário, um vermelho transbordante,
com toques ciganos e elementos de um
flamenco pop. No meio disso tudo, Camilo, Rita e Vilela, os protagonistas de um
triângulo amoroso. E o público? Ao redor, testemunhando tudo de perto.
Foi assim que o Grupo Liquidificador
idealizou e estruturou A cartomante, espetáculo que até o fim do mês terá passado
por quatro regiões administrativas do DF.
Começou pelo Gama (de 4 a 6) e segue para Ceilândia (de 11 a 13), Taguatinga (de
17 a 19) e Plano Piloto (de 24 a 26). Baseado no conto homônimo de Machado de
Assis, a peça conta a história de um triângulo amoroso que se forma entre Vilela,
sua esposa Rita e seu amigo de infância
Camilo. O texto original, publicado em
1884, foi destrinchado pelo Grupo Liqui-
dificador em dinâmicas de improvisação
criadas pelo diretor inglês Peter Brook,
chamadas de “exercícios do tapete”.
A técnica funciona mais ou menos
assim: em um espaço delimitado no chão
(o “tapete”), os atores improvisam livremente em cima de alguma cena (nesse caso, cenas do conto original). Qualquer um
da roda pode participar, interpretando o
personagem que preferir. “A gente lia trechos do conto e improvisava em cima.
Com o tempo, o grupo foi fazendo um inventário, vendo o que sempre voltava nessas improvisações. Algumas coisas acabaram se fixando, até inconscientemente, e
outras foram incorporadas racionalmente”,
detalha a atriz Fernanda Alpino.
Foram dois anos (com algumas interrupções) de maturação, trabalhando as
improvisações, burilando os personagens,
estudando Machado de Assis. O resultado é um roteiro que agrega a linearidade
original do conto a experiências pessoais
do atores. “A gente mantém a história
completa, do começo ao fim, e mantém a
linha de referência que Machado fazia das
coisas. A diferença é que a gente incluiu
trechos nossos, textos que caberiam numa adaptação contemporânea da obra”,
explica o diretor Fernando Carvalho.
E contemporaneidade é o que não falta a essa montagem. Formado por Fernanda Alpino, Fernando Carvalho,
Glauber Carvalho, Iza Cavanellas, Kael
Studart, Karinne Ribeiro e Tiago Medeiros (todos na casa dos vinte e poucos
anos), o Grupo Liquidificador traz em
seu DNA a cultura pop. O nome da companhia já denota que tudo que passa por
ali, antes de criar forma, precisa ser batido e misturado. Essa antropofagia oswaldiana criou em A cartomante um espetáculo capaz de inserir um adultério da segunda metade do Século XIX em um cenário de expressões corporais herdadas
do flamenco, com trilha sonora do Gipsy
Kings e Santa Esmeralda. “Nossa ideia é
ficar no meio do caminho entre a alta cultura e o totalmente vendável. Um caminho mais tropicalista”, define Fernando.
A cartomante
11 e 12/5, às 20h, e 13/5, às 19h, no Sesc
Ceilândia Norte (QNN 27, Lote B).
17 a 19/5, às 20h, no Teatro Paulo Autran do
Sesc Taguatinga Norte (CNB 12, AE 2/3).
24 a 26/5, às 21h, no Teatro Goldoni da Casa
D’Itália (EQS 208/209, Bloco A).
Entrada franca em todos os espetáculos.
Classificação indicativa: 14 anos. Mais
informações: 9633.8711 / 8544.2928
Clássicos da ópera
em Brasília
Fotos: Divulgação
Entre maio e junho, festival deve repetir o sucesso do ano passado
Por Alexandre Marino
T
rês grandes óperas serão montadas
na cidade no fim deste primeiro semestre, mais precisamente entre
23 de maio e 25 de junho, compondo a
segunda edição do Festival de Ópera de
Brasília, com direção artística do maestro
Cláudio Cohen. Carmen, Olga e La Bohème têm mulheres como tema central, e são
mulheres que se agigantam no contexto
das narrativas. As três óperas serão encenadas no Teatro Nacional Cláudio Santoro, com a participação da orquestra sinfônica do próprio teatro e do Coral de Brasília, com 60 vozes.
Carmen, do compositor francês George Bizet, fica em cartaz de 23 a 27 de maio.
É a clássica história da cigana Carmen,
que forma com o soldado José e o toureiro
Escamillo um triângulo amoroso baseado
em amor, ciúme doentio e morte. Bem,
amor e morte são temas recorrentes quando se fala de ópera, e estão presentes também nas duas outras que completarão a
programação. Carmen estreou em Paris,
em 1875, e tornou-se um dos grandes
clássicos da ópera. No elenco, Luisa Francesconi e Mere Oliveira, ambas como
Carmen, Jean Nardoto e o italiano Raffaele Sepe, no papel de Dom José, o brasiliense Leonardo Neiva, como o toureiro
Escamillo, e Patrícia Mello e Della Henry
no papel de Micaela.
O festival será encerrado com a apresentação de La Bohème, de 22 a 25 de junho, espetáculo que conta a vida de um
grupo de intelectuais. De autoria de Giacomo Puccini, a história mistura traição,
mentiras, loucura e, é claro, paixão, vivida
pelo poeta Rodolfo e a costureira Mimi.
Rosana Lamosa e Luciana Tavares interpretam Mimi; Fernando Portari e Hélenes Lopes interpretam Rodolfo; e Leonardo Neiva faz o papel de Marcelo.
Além dos espetáculos já consagrados
como clássicos, há muita expectativa
quanto à ópera que ficará em cartaz de 8 a
10 de junho, Olga, de autoria do maestro
Jorge Antunes. Nascido no Rio de Janeiro, ele acaba de completar 70 anos. Desde
1973 é professor da Universidade de Brasília, onde dirige o Laboratório de Música
Eletroacústica e ensina composição e acústica musical. Olga Benário Prestes, a revolucionária alemã de origem judaica que
veio para o Brasil, teve uma filha com Luís
Carlos Prestes, acabou deportada para a
Alemanha durante o governo Getúlio
Vargas e foi assassinada num campo de
extermínio, será interpretada pela cantora
brasiliense Janete Dornellas. O barítono
Homero Velho viverá Filinto Müller.
A grande homenageada do Festival
2012 é Asta Rose Alcaide, uma especialista em óperas que completou 90 anos. Os
ingressos custarão R$ 60 e R$ 30 (meia).
Espera-se que o evento repita o sucesso da
primeira versão do festival, que reuniu
mais de 10 mil pessoas na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional em 2011.
Festival de Ópera de Brasília
Teatro Nacional Cláudio Santoro
De 23 a 27/5, Carmen, de George Bizet.
De 8 a 10/6, Olga, de Jorge Antunes.
De 22 a 25/6, La Bohème, de Giacomo
Puccini. Ingressos a R$ 60 e R$ 30.
37
brasiliense de coração
O gênio do
Tetra Filmes
bandolim
38
Por Vicente Sá
É
sábado, maio, início dos anos oitenta. Antonio Carlos, que está de passagem por Brasília, é obrigado a ir
com a irmã a uma apresentação de alunos
no Colégio Dom Bosco. “Ter que assistir
aqueles menininhos recitando poeminhas
em homenagem à mãe, cantando cantigas
folclóricas e sei lá mais o quê?” Antônio
Carlos, advogado e músico nas horas vagas, entrou no auditório como quem vai
para o matadouro. Mas qual não foi sua
surpresa ao assistir a apresentação de um
garoto de seis para sete anos que dedilhava
apaixonada e brilhantemente, ao bandolim, Brasileirinho. Ainda aplaudindo de
pé, ele ouviu, pela primeira vez, e murmurou emocionado, o nome do pequeno gênio: Hamilton de Holanda.
A vida do garoto Hamilton foi assim
desde o início. Nascido com o dom da
música, no seio de uma família musical,
apoiado pelo irmão mais velho e também
músico, não poderia ser de outra forma.
Natural do Rio de Janeiro, veio para Brasília com um ano de idade. Aqui viveu sua
infância, nos anos 80, cercado do carinho
da família, de amigos e com todo o espaço
e liberdade que a cidade oferecia naqueles
tempos.
Mesmo já sendo um pouco diferente,
pois começou a tocar antes mesmo de
aprender a ler e escrever, Hamilton aproveitou bem o tempo de menino. “Eu sempre brinquei muito com os amigos tanto
na quadra quanto na escola. Jogava bola,
beti e, ao mesmo tempo, tinha o lado da
disciplina com meu pai, que era legal, porque eu já tinha uma ligação grande com a
música. Quando eu estava brincando
com a turma embaixo do prédio e ele me
chamava, às sete da noite, para estudar
com meu irmão, às vezes eu me chateava
um pouco, mas só um pouco e só às vezes”, conta, lembrando os tempos de moleque na 103 Sul.
A disciplina imposta pelo pai, Américo, nunca foi feita pensando na profissionalização do filhos, mas na própria necessidade da música – e também como uma
maneira de manter os irmãos mais unidos. Assim, eles apreenderam música
brincando e com alegria. O surgimento
da dupla Dois de Ouro foi uma decorrência natural do talento dos irmãos Hamilton e Fernando César – e, é claro, o sucesso também. Um senhor de cabelos grisalhos acompanhava os meninos do Dois
de Ouro na percussão. Era ninguém
menos que o lendário Pernambuco do
Pandeiro. Essa boa sina de tocar com
os melhores músicos do país nunca
mais abandonou Hamilton.
Quanto mais o pequeno Hamilton
era exaltado nos jornais, ou aparecia tocando na TV, mais ele entendia que a música era um dom a ser compartilhado, dividido. O Clube do Choro, casa da música instrumental da cidade, era, ao mesmo
tempo, jardim de infância e local de trabalho para ele. Era visto correndo nos bastidores, com um riso no rosto de moleque,
e também no palco, a chorar pelos dedos
No final da adolescência, com um grupo de amigos músicos, fazia um verdadeiro trabalho de guerrilha para lotar as casas
de espetáculos onde se apresentava o
Dois de Ouro. Leander Mota, percussionista e amigo das antigas, conta que eles
tinham uma rede de revenda de ingresso
que se espalhava como uma erva trepadeira pela cidade. Um grupo passava os ingressos para outros grupos, que revendiam para outros e assim ia. “Ao final, já
temíamos não receber direito, porque
nem sabíamos mais quem eram os nosso
revendedores”, brinca Leander.
Mas funcionava. Teatro Nacional, Garagem, dos Bancários, todas as casas lotavam, graças ao trabalho de formiguinha
feito pelos amigos e o talento do grupo.
Cada vez mais e mais pessoas se curvavam
agradecidas à arte do jovem músico. “O
Hamilton foi um dos poucos músicos que
não precisaram sair de Brasília para fazer
sucesso em Brasília”, completa Leander.
Aos 19 anos, ele ganhou o Prêmio Icatu, que lhe garantiu um ano de estudos
em Paris. Um momento crucial, uma virada na vida. “Sair e olhar a vida da gente de
fora é muito importante para nos entendermos culturalmente. Foi importantíssimo para mim. Aprendi a gostar mais ainda de muitas coisas brasileiras e a perceber outras tolices nossas”, explica.
Quando voltou, já ficou pelo Rio de
Janeiro. E pulou a fase da boemia, levando para o Rio a namorada, Cinara, casando-se com ela e começando a vida de
músico sério. Logo depois vieram os filhos, Rafaela e Gabriel, e ele ficou mais
centrado ainda. As músicas brotaram cada vez mais. A diferença entre os dedos e
o braço do bandolim já não era mais perceptível. Hamilton virou música.
De lá para cá, tocou com todo mundo
com quem vale a pena tocar. Tocou pelos
interiores do Brasil e pelo mundão da Europa. Muitos discos, muitos shows, muitos amigos. Um dos seus últimos trabalhos autorais foi a Sinfonia monumental,
para bandolim e orquestra, em homenagem aos 50 anos de Brasília, composta em
parceria com Daniel Santiago. Hoje trabalha em uma suíte sobre os quadros Guerra
e paz, de Portinari, que deve ser cantada
por Milton Nascimento.
Brasília continua sendo sua casa, mesmo que ele a estranhe um pouco, às vezes.
“Talvez por eu morar no Rio, que é uma
cidade muito agitada, e passar também boas temporadas em São Paulo, eu, nos dois
primeiros dias, fico me sentido esquisito,
em Brasília. No terceiro, eu não quero
mais ir embora”, garante.
Trinta e tantos anos depois, nosso personagem Antonio Carlos levou a irmã para
um show no Clube do Choro. No cartaz, a
foto daquele menino que o fizera desistir
do cavaquinho por alguns anos. Mais uma
vez, ao final da apresentação, Antonio Carlos está de pé, com o coração emocionado
de ouvir tanta beleza, a murmurar o nome
do gênio: Hamilton de Holanda.
39
diário de viagem
Pelos caminhos
de Cuba
Por Lúcia Leão
E
sta terceira e última matéria sobre
nossa viagem (se você não leu, e
quiser, as outras duas estão nas
edições anteriores, encontradas no site
www.roteirobrasilia.com.br) contará um
pouco sobre o que pudemos ver de Cuba
para além da capital Havana.
Tínhamos planos de alugar um carro e
desbravar a ilha de Fidel de costa a costa,
uma missão bem plausível considerando
suas dimensões territoriais – 111 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho de
Pernambuco e no mesmo formato cumprido e estreito desse Estado nordestino.
Nossa incursão teria como destino final Santiago de Cuba, a segunda maior
cidade do país e de vida cultural ainda
mais intensa do que a da capital, e sua vizinha Sierra Maestra. Passaríamos um sábado na Calle Heredia, onde acontecem,
todas as semanas, as noches culturales,
com eventos de música, dança, teatro, cinema e literatura promovidos, na rua, pelas instituições que se concentram ali –
40
Museu do Carnaval, Casa da Trova,
União dos Escritores, biblioteca, associação de tango e até uma “casa do queijo”,
entre outras. No dia seguinte subiríamos
as montanhas e quem sabe encontraríamos algum vestígio das trilhas percorridas por Che Guevara.
Não chegamos lá. Por erro do Visa,
nosso cartão de crédito foi bloqueado
quando tentamos utilizá-lo na locadora
de veículos, o que frustrou completamente essa etapa da viagem e quase nos manteve presos na capital. Mas finalmente
conseguimos alugar um carro e fazer do limão uma limonada, corrigindo a rota pela
bússola do nosso anfitrião “seo” Oscar,
dono da casa em que nos hospedávamos
em Havana. Ele sugeriu que a melhor forma de aproveitar o menos tempo e o menos dinheiro que nos restavam era ir a
Trinidad e ao Cayo de Santa Maria.
Assim fizemos.
Saímos de Havana para Sancti Spíritos, província onde fica Trinidad, pela
Autopista Nacional, a principal rodovia
da metade oeste de Cuba. É uma estrada
plana, reta, com quatro pistas de cada lado separadas por canteiro central e excelente pavimentação. Tudo isso para um
movimento pífio de poucos carros de passeio, raros ônibus e quase nenhum caminhão. Nas margens, plantios de cana, arroz, laranja e pastos, sempre com começo
e fim ao alcance dos olhos (nada que a vista não alcance, como costuma ser por
aqui). Ou seja, uma viagem segura, confortável e monótona!
A paisagem mudou cerca de 200 quilômetros depois, quando saímos da autopista para tomar a direção de Cienfuegos e de
lá beirar o litoral até Trinidad. O asfalto segue bom, mas as pistas se reduzem a mão e
contramão cheias de curvas e sobes e desces típicos dos caminhos do mar. O movimento é um pouco mais intenso, especialmente próximo aos povoados, e a presença
de animais na pista deixa os motoristas em
alerta. Os 30 quilômetros finais desse caminho são especialmente belos, com a estrada imprensada entre mangues e praias
selvagens, numa sequência de bocas de
rios a desaguar no mar do Caribe.
Mas, entre as dezenas de impressionantes monumentos, igrejas e palácios, o
que mais nos impressionou mesmo em
Trinidad foi um restaurante, o Museu
1514. Menos por ser uma casa de quase
300 anos (a construção é de 1760) e usar
o enorme fogão de lenha original para
preparar a típica cômica crioula do que pelas louças e talheres que põe à mesa: são
cristais bacará, porcelana inglesa e baixelas de prata seculares que, mesmo aos
nossos olhos leigos e mal treinados, resplandecem em valor inestimável.
Mariene Ruíz, dona da casa, conta
que herdou tudo dos padrinhos espanhóis, sem filhos, que tinham na casa um
bufê e promoviam grandes festas para os
aristocracia local. Quando assumiu o poder, o governo revolucionário não desapropriou nem esse nem outros imóveis
que fossem o único patrimônio de uma
família, mas determinou que ele ficasse
para usufruto dos proprietários e seus dependentes, proibindo a venda. Daí que a
casa ficou lá com tudo dentro, mais atrapalhando do que ajudando o negócio atual
de Mariene: “O cliente entra, vê isso tudo, acha que é muito caro e vai embora”,
queixa-se a empresária, que, como a
maioria dos pequenos empreendedores
de Cuba, ainda não aprendeu a lidar com
a concorrência.
Fotos: Arquivo pessoal
Patrimônio histórico e arquitetônico
Foi assim, encantados e de peito aberto, que chegamos, no final da tarde, a Trinidad. Inebriados, éramos presas fáceis
dos “malandritos” que se dedicam ali a
desviar visitantes para hospedarias clandestinas, não cadastradas pelo serviço turístico local. Levávamos o cartão de um
hostel indicado por “seo” Oscar e, quando procurávamos o endereço, fomos abordados por um simpático morador que lamentou informar que o dono do estabelecimento estava muito doente, “a morir”,
mas por sorte ele tinha outro lugar para
nos receber. Ingênuo demais para nossos
padrões de malandragem, nos livramos
do golpe a tempo de poder rir depois.
Mais uma vez nos instalamos muito bem,
numa suíte voltada para o pátio interno
da casa de Yaneisy e Manuel, uma das dezenas que compõem o casario colorido e
muito bem preservado da rua Martinez
Villena, a antiga Calle Real, no centro histórico. Pagamos US$ 30 pela diária para
dois, com café da manhã.
Trinidad é uma cidadezinha de 50 mil
habitantes com a grandiosidade de 1.200
prédios de reconhecido valor arquitetônico e histórico, que lhe deram o título de
Patrimônio da Humanidade. Ela se espalha como um enorme museu em torno da
Plaza Mayor, onde a cidade nasceu em
1514 e onde acontecem todos os finais de
semana grandes festas ao ar livre. Os locais afirmam que Trinidad tem o complexo colonial mais bem preservado das
Américas. Os mineiros de Ouro Preto podem não concordar!
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42
Estrada sobre o mar
Seguindo o rota sugerida por “seo”
Oscar, deveríamos ir do lado sul da
ilha, onde estávamos, para o litoral
norte, onde iríamos andar sobre o
mar até o Cayo Santa Maria – eles
chamam de cayos as ilhotas que circundam a costa cubana. O Santa Maria propriamente dito pouco falou aos
nossos espíritos: uma praia paradisíaca (mar azul escuro, areia muito branca e grossa e nenhum bar por perto,
sabe como?) com dois hotéis de luxo,
uma pista de pouso e um aquário de
golfinhos acrobatas, tipo Free Willy.
Mas valeu pagar o pedágio de 10
CUCs (cubanos conversíveis, a moeda para estrangeiros mais ou menos
parelha ao dólar) para percorrer inacreditáveis 52 quilômetros com mar
de um lado e do outro, agradecendo
todo o tempo estarmos fora da época
dos furacões (outubro).
A ideia era passar uma manhã no
Cayo Santa Maria. Para isso, dormiríamos em Remédios, a maior cidade
das imediações, em um terceiro hostel, igualmente simpático, confortável e barato. Chegamos de Trinidad
até lá cruzando os Topes de Collantes, a segunda maior cadeia de montanhas da ilha (só perde para a Sierra
Maestra), área protegida como parque nacional, parecida com alguns
trechos da nossa Serra do Mar ainda
cobertos de Mata Atlântica: vegetação exuberante, enormes pedreiras e
trilhas de quedas d’água pra todo lado. Relatos muito recentes dão conta
de uma estrada intransitável, mas
quando passamos por lá estavam
sendo finalizadas obras por todo o
percurso, e viajamos sem problemas.
Ao pé da serra estava Santa Clara, a
capital da província, e uns outros tantos povoados rurais onde, finalmente, vimos uma Cuba desnuda de
qualquer roupagem ou adereço “para
inglês ver”. Gostamos, também.
Nossa incursão exploratória terminou no extremo leste da ilha, no
Parque Nacional de Soroa, província
de Pinar del Rio, terra de goiabada
com queijo e da melhor paçoca de
amendoim que já comemos. E rios,
cachoeiras e cascatas, muitos pássaros e matas...
Foi fácil ser feliz em Cuba!
Fotos: Arquivo pessoal
diário de viagem
CARTA DA EUROPA
As letras perdidas
de uma escritora cega
Divulgação
Por Silio Boccanera, de Londres
A
história que nos vem de uma pequena cidade no litoral oeste da
Inglaterra, sobre uma escritora cega, consegue fascinar sem pieguice e merece ser contada aqui, porque mistura paixão por literatura, solidariedade e uso de
alta tecnologia. Trish Vickers, de 59 anos,
mora sozinha em Lyme Regis, um pitoresco vilarejo inglês à beira-mar, projetado
pelo mundo como o local de filmagem do
romance A mulher do tenente francês, com
Merryl Streep no papel-título, lá se vão
trinta anos. Vickers ficou cega já adulta,
em função de diabetes, e passou a preencher o vazio em sua vida escrevendo, numa tentativa de expressar a imaginação
que ela descreve como “descontrolada”.
Começou escrevendo pequenos versos, depois decidiu tentar um romance.
Escrevia à mão, em papel mesmo, com caneta e um elástico que a ajudava a manter
a sequência de linha após linha, sem entortar. Produzia, assim, um manuscrito
que seu filho Simon lia de volta em voz alta quando a visitava, uma vez por semana.
Quando Vickers imaginou a história
de uma mulher que passa por um drama
pessoal ela escreveu 26 páginas, a seu modo. Seu sonho era submeter o manuscrito
completo a uma editora, na esperança de
publicar um livro com a história toda, envolvendo morte de uma avó querida, perda do namorado e do emprego.
Na visita seguinte do filho, ela mostrou-lhe as páginas escritas. Qual não foi o
choque de Simon ao perceber que as páginas estavam em branco. O problema teria
sido fácil de notar por uma pessoa com visão: a tinta da caneta acabou, mas Vickers
naturalmente não percebeu e continuou
“rabiscando” o que sua imaginação ditava. O papel, no entanto, nada registrou.
O que seria apenas uma história frustrante e triste, semelhante à de outros es-
critores que ao longo da história perderam seus originais de cópia única, começou a ganhar contornos de aventura quando alguém sugeriu que Vickers procurasse
a polícia. Não para dar queixa de um crime, mas para pedir ajuda do laboratório
forense, onde trabalham especialistas que
usam técnicas cientificas e aparelhos high-tech para desvendar pistas de um crime.
Como aparecem nos episódios da série
americana de televisão CSI.
Kerry Savage, uma das especialistas do
serviço forense da polícia no condado de
Dorset, se comoveu com a história da escritora cega. Nos intervalos de suas investigações sobre homicídios e fraudes, ela
usou seu horário de almoço para examinar os papéis em que Vickers tinha escrito
sem tinta. Após cinco meses de trabalho,
conseguiu extrair o texto do manuscrito
em branco. “Fiquei feliz, satisfeita e agradecida”, contou Vickers ao jornal local, o
Bridport News, acrescentando: “Eles conseguiram captar o que eu escrevi, mesmo
sem tinta. Nem sei como agradecer”.
Um porta-voz da polícia de Dorset explicou que o laboratório usou uma combinação de luzes em ângulos diferentes, o
que permite extrair de um papel marcas
não visíveis a olho nu, com base na pressão exercida por uma caneta ou um lápis.
“Foi um prazer ajudar alguém”, disse a
técnica Savage. “Por sorte, conseguimos
recuperar o texto inteiro. E ainda gostamos do livro”, concluiu.
Grannifer’s legacy (O legado de Grannifer) é o título que Vickers já escolheu para
o livro, ainda em fase final de escrita, para
ser submetido depois a uma editora. Uma
voluntária agora a visita toda semana para
datilografar o que Vickers prepara – e garantir que não escreva sem tinta. Sobre o
material recuperado, a escritora cega acrescenta: “Claro que eu poderia tentar escrever de novo o que estava perdido, pois a
história está na minha cabeça, mas nunca
teria saído igual”.
O sonho de Vickers em ter seu livro
publicado tem mais possibilidade de se
tornar realidade depois da repercussão internacional de sua história, a partir de
uma pequena reportagem no Bridport
New. Dali o caso atraiu a mídia nacional e
estrangeira (como demonstra este artigo),
garantindo assim ao menos a publicidade
que editoras prezam.
“Meu telefone não parou”, contou Vickers sobre a reação internacional após a
divulgação inicial de seu caso. “E só contei
ao jornal local porque eu queria agradecer
a polícia pela ajuda. Não imaginava que a
história entrasse em órbita e eu me visse no
meio de uma turbulência da mídia”, disse.
Além do interesse de jornais e emissoras de rádio e TV do Canadá à Austrália,
Vickers despertou entre o público a disposição de oferecer conselhos práticos, desde
o uso de software com reconhecimento de
voz até uma caneta com câmera infravermelha e tinta inesgotável. Outros já ofereceram ajuda para preparar o manuscrito
segundo os padrões exigidos por editoras.
Quanto à qualidade literária do livro,
quem se importa? O mais curioso na história dela não é o que está nas páginas de
Grannifer’s legacy, mas o que quase deixou
de existir no papel, não fosse o avanço na
ciência forense. Que o diga a popularidade
da CSI nas tevês do mundo inteiro.
43
luz câmera ação
A brutalidade barroca
Onde canta o rouxinol
de Douglas Sirk
Retrospectiva no CCBB exibirá algumas das raras realizações
do cineasta alemão antes do exílio nos EUA, além dos
famosos melodramas que dirigiu para a Universal nos anos 50
Por Sérgio Moriconi
O
44
conterrâneo alemão Rainer Werner Fassbinder declarou certa
vez que Douglas Sirk estava presente em simplesmente tudo o que ele fazia. Como assim conterrâneo? Sim, ao
contrário do que muitos pensam, o diretor de Imitação da vida, entre tantos outros
inesquecíveis clássicos do “dramalhão culto”, nasceu em Hambugo, na Alemanha,
e não na Dinamarca, país de origem de
seus pais. Na Escandinávia, Sirk viveria
sua infância com o nome de Claus (depois mudado para Hans) Detlef Sierck.
Foi sua avó quem primeiro o levou ao ci-
nema, “às escontidas”, para chorar suas
primeiras lágrimas nos trágicos dramas vividos pela belíssima, e branquíssima, Asta Nielsen, grande estrela do vibrante cinema dinamarquês da primeira década do
século passado.
Assumidamente o maior discípulo de
Sirk, se é que o termo é conveniente aqui,
o falecido Fassbinder gostava de contar o
que lhe contara Sirk sobre o que lhe disseram alguns figurões dos estúdios de
Hollywood: “Os filmes precisam ser vistos em Garmisch-Partenkirchen, em Okinawa e em Chicago. Pois pense bem no
que pode ser o denominador comum a todas essas pessoas”. Só para esclarecer,
Garmisch-Partenkirchen é um bucólico
município montanhoso da Alta Baviera,
cuja estância foi sede dos Jogos Olímpicos
de Inverno de 1936. O que mais impressionava Fassbinder era que Sirk havia
conseguido fazer com que essa declaração-síntese da filosofia mercadológica
hollywoodiana, responsável pelo fracasso
de muitos cineastas estrangeiros nos
EUA, se ajustasse a ele.
Obras como Imitação da vida (1959),
Amar e morrer (1958), Almas maculadas
(1958) e Sinfonia inacabada (1957) – todas
presentes na retrospectiva da obra de Sirk
que o CCBB de Brasília apresentará de
22 de maio a 17 de junho – tinham a cara
A garota do pântano
Fotos: Divulgação
do realizador, eram cinema de autor comercialmente viáveis. Muitíssimo viáveis,
diga-se de passagem. Um pequeno milagre, considerando-se a formação sofisticada de Sirk. Na juventude, antes de emigrar para os Estados Unidos, estudara direito, filosofia e história da arte na Alemanha. Tornou-se amigo de Kafka, depois se
dedicou ao teatro e montou, em 1929, a
Ópera dos três vinténs. Cinco anos depois
foi contratado pela UFA (o maior estúdio
cinematográfico alemão durante a República de Weimar), fazendo sua estreia na
direção em 1935, com As garotas do pântano. No curto período em que ali esteve foi
prolífico: Os pilares da sociedade (1935),
April, april! (1935), Onde canta o rouxinol
(1936), Recomeçar a vida (1937) e La habanera (1937) são pérolas raríssimas que
também vão estar presentes na mostra.
La habanera prenuncia a decisão de
Sirk de deixar a Alemanha num futuro não
muito distante. Esse musical exótico expressa o incômodo com a ascensão do poder
nazista. O diretor deixa finalmente o país,
perambula pela Áustria, vendendo seus serviços de roteirista, e faz, na França, Accord
final, e, na Holanda, Befie. Sierck desembarca finalmente nos Estados Unidos, em
1939, já como Sirk. No novo mundo, não
deixa por menos. O capanga de Hitler
(1942), lançado em plena guerra, sua primeira obra longe do continente europeu,
era uma crítica feroz ao nazismo através da
personagem de Reinhard Tristan Eugen
Heydrich, carrasco do regime. Heydrich
perseguiu judeus, comunistas e todos aqueles que se recusavam a aderir ao nazismo.
Ele atuaria como uma espécie de supervisor
do que eufemisticamente se chamou de “solução final”, o plano de extermínio da comunidade judaica. No mesmo ano, a medonha trajetória de Heydrich seria dramatizada por Fritz Lang no clássico Os carrascos
também morrem.
Assim como Lang, Sirk não teria dificuldades para se adaptar à “fábrica de salsichas” do cinema de gênero hollywoodiano.
Antes de dirigir os melodramas que o fizeram célebre, experimentou de tudo um
pouco, desde thrillers (Emboscada, de 1946,
e Sonha meu Amor, de 1947), comédias (Era
somente amor, de 1948, e Sinfonia prateada,
de 1952) e mesmo um western, Herança sagrada (1954), que o crítico Jean Tulard classificou como “notável”. Nessa época, Sirk
já tinha no bolso o contrato com a Universal Internacional. Os seis filmes que
fez em apenas três anos, entre 1957 e
April, april!
1959, foram a culminância do estilo Sirk.
Todos presentes na mostra, são os filmes que fizeram a cabeça de Fassbinder.
Impressionado com os conflitos do triângulo envolvendo Lauren Bacall, Rock
Hudson e Robert Stack (suas frágeis e inamorosas relações na América profunda),
o autor de O casamento de Maria Braun
manifesta sua intenção de nunca botar
os pés nos Estados Unido. Palavras ao
vento, assim como os outros filmes do período, apesar da implícita crítica cruel ao
modo de vida das personagens, conseguia a mágica de agradar ao público, ao
estúdio e aos críticos. Ninguém achava
que os problemas narrados lhes dizia respeito, mas ficavam todos com uma pulga
atrás da orelha. Como muitos chegaram a
reconhecer, Sirk fazia um tipo de demolição ao mesmo tempo maneirista, ácida e
gentil.
Douglas Sirk: o príncipe do melodrama
De 22/5 a 17/6 no CCBB de Brasília.
45
luz câmera ação
Sete dias
com Marilyn
C
46
om uma interpretação excepcional
de Michelle Williams, indicada
ao Oscar de melhor atriz deste
ano, e de todo o elenco, integrado por importantes atores britânicos, Sete dias com
Marilyn, de Simon Curtis, é um belo filme, que focaliza a penosa semana que Marilyn Monroe passou em Londres para rodar, sob direção de Sir Laurence Olivier, a
comédia O príncipe e a corista (1956). O
roteiro de Adrian Hodges, de característica biográfica, fornece suficientes informações sobre os conflitos que se estabeleceram – e se refletiram no set de filmagens
– entre dois famosos casais de astros do
cinema, em crise, na década de 50 do século passado. Tudo é narrado sob a ótica
de um jovem, Colin (Eddie Redmayne),
de ascendência nobre, recém-saído da universidade, que aspirava a trabalhar no cinema, na área de produção. Persistente
no seu objetivo, ele consegue, graças à interferência de Vivien Leigh (Julia Ormond), esposa de Sir Laurence Olivier
(Kenneth Branagh), o primeiro emprego
na nova produção dele.
Para surpresa de todos, Olivier escolhera como intérprete de sua película Marilyn Monroe (Michelle Williams), a divindade da tela cinematográfica da época.
Ela era jovem, loura, burra, relapsa com
horários para cumprir compromissos,
mas belíssima e sensual. Era também sensível ao extremo, pois que carregada de todos os traumas adquiridos na infância,
desde que a mãe fora internada num hospício. E, pior, recém-casada com Arthur
Miller (Dougray Scott), outra figura cheia
de problemas, que lhe explorava a fama,
mas não a suportava, já que, como dizia,
ela perturbava sua criatividade literária.
A primeira incumbência de Colin, como terceiro assistente da produção, fora a
de encontrar uma suntuosa casa, nos arredores da cidade, que atendesse às inúmeras exigências de seus famosos hóspedes.
Tendo conseguido aprovação de uma de
sua escolha pelo agente de Marilyn, Arthur
Jacobs (Toby Jones), Colin caiu logo nas
graças ou na simpatia da atriz. Assim, ela,
após o retorno do marido a Nova York,
carente, tratou logo de viver com ele tórrido romance, de duração de poucos dias,
tempo suficiente para ambos tomarem banho de rio e, depois, visitarem pontos turísticos londrinos. Esse idílio, porém, deixaria marca profunda nas lembranças de
Colin, enfeixadas por ele, posteriormente, num livro, as quais oferecem argumento ao filme.
Egresso do teatro, Simon Curtis, o diretor, realizou poucos filmes, mas já consolidou estilo próprio, cuja característica
mais importante é a preocupação constante com o ritmo em que se desenvolve a
narrativa. Dessa forma, ele começa com
sequências curtas, documentais, que
se vão se tornando, gradativamente, mais espaçosas, envolvendo o espectador numa
atmosfera de discreto romantismo. A ambientação, de Judy Farr, é também, para ele, elemento
forte de expressão, assim
como a trilha sonora de
Conrad Pope (música original) e Alexandre Desplat.
A despeito de tudo isso, é
certamente o soberbo desempenho de Michelle Williams que
dá brilhantismo à película.
Williams ressuscita Marilyn em
corpo e alma, especialmente,
quando dança e canta. É impressionante a capacidade
de transferência de personalidade de uma para
a outra (há momentos
em que se tem absoluta certeza de que é a
sedutora Marilyn que
está em cena). Kenneth Branagh está bem
como Sir Laurence Olivier, ressaltando o
seu desespero, como um novo Fausto, pela perda da juventude, que ele deseja recuperar ao amparo do frescor juvenil de Marilyn. A grande surpresa, no elenco estupendo, é Eddie Redmayne, no papel de
Colin Clark. Ator premiado no teatro por
suas atuações em textos de Shakespeare,
Redmayne chega ao cinema com uma interpretação sóbria e bem construída.
Sete dias com Marilyn
(My week with Marilyn)
Reino Unido/2011, 101 min. Direção:
Simon Curtis. Roteiro: Adrian Hodges,
com base no livro The prince, the showgirl
and me and my week with Marilyn. Com
Michelle Williams, Kenneth Branagh, Eddie
Redmayne, Judi Dench, Julia Ormond, Toby
Jones, Emma Watson, Dominique Cooper e
Zoë Wanamaker.
Divulgação
Por Reynaldo Domingos Ferreira
Download

água - Roteiro Brasília