CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE
CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
Comissão Organizadora
Profª Maria Auxiliadora Terra Cunha
Prof. Eduardo Vianna de Almeida
Prof. José Teixeira de Seixas Filho
Prof. Delfim Vera Cruz Aguiar Prof.
Paulo Antônio Nevares Alves Profª
Maria das Graças Soares
Coordenação de Pesquisa
Rio de Janeiro
Março de 2008
1. Introdução
Este manual tem por objetivo estabelecer diretrizes básicas para a elaboração dos
trabalhos acadêmicos nos cursos de graduação da UNISUAM. As normas aqui
apresentadas foram definidas por uma comissão de professores da UNISUAM tendo
como base as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Nosso objetivo aqui não é aprofundar estudos sobre as matérias tratadas
nas páginas que se seguem, mas sim fornecer diretrizes básicas para a elaboração de
trabalhos monográficos no que diz respeito à organização do conteúdo e à forma de
apresentação. Além isso, estamos dando início ao processo de normatização do TCC
em nível institucional.
Por pretender apenas servir como diretriz inicial, este material certamente apresenta
muitas lacunas. Por isso, a consulta a ele não substitui o estudo mais aprofundado de
Metodologia da Pesquisa e do trabalho científico nas obras sugeridas ao final deste
texto.
2. Organização do Conteúdo do TCC
2.1. Monografia Na maioria dos cursos da UNISUAM, como trabalho final, os alunos
devem elaborar uma monografia que apresente de forma objetiva e sistemática os
resultados de uma pesquisa. A monografia é uma forma de comunicação dos
resultados de uma pesquisa científica sobre um tema bem delimitado. Para os alunos
que estão sendo iniciados na produção científica, o ideal é que esse estudo seja do
tipo bibliográfico, ou seja, que apresente uma revisão aprofundada das obras a
respeito do tema escolhido. Outra vertente do TCC, sobretudo na graduação, é o
aluno ter como tema
o campo de estágio ou a problemática investigada no projeto de pesquisa onde ele
desenvolveu, ou desenvolve, seu trabalho de iniciação científica.
A elaboração da monografia se dá através de seis fases principais, que são: 1)
Escolha do tema 2) Pesquisa (livros, no campo de investigação, sites, legislação,
entre outros) 3) Esboço da monografia 4) Análise de conteúdo 5) Organização do
texto 6) Redação final
A monografia deve conter, além de uma parte onde o aluno apresenta sua
problemática, seu processo de investigação e seus resultados, um capítulo teórico
onde serão discutidos, entre outras coisas, precedentes históricos, aspectos
socioeconômicos, autores e obras relevantes para o tema.
2.2. Pesquisa científica A pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico em busca de
respostas para problemas ainda não solucionados ou estudos sobre temas a respeito
dos quais existam divergências relevantes. O planejamento e a execução de uma
pesquisa fazem parte de um processo sistematizado que se estrutura em etapas
determinadas. Ela se constitui em um conjunto de ações, propostas para encontrar
solução para um problema, que tem por base procedimentos racionais
e sistemáticos. Existem várias formas de classificar uma pesquisa
científica:
em relação à sua natureza: pode ser básica ou aplicada;
em relação à abordagem do problema: pode ser quantitativa ou qualitativa;
em relação aos seus objetivos: pode ser exploratória, descritiva ou explicativa;
em relação aos procedimentos técnicos: pode ser bibliográfica, documental,
experimental, levantamento, estudo de caso, ex-post-facto, etnográfica ou pesquisa-ação.
2.2.1. O tema e o problema da pesquisa A pesquisa científica consiste, em linhas
gerais, em uma investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas de
metodologia consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em
estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa. Por problema de
pesquisa devemos entender uma dificuldade real, ou questão teórica, para qual
estamos buscando solução. Todo problema de pesquisa é um recorte específico, feito
pelo pesquisador, dentro de um tema mais amplo. Tanto o problema quanto o tema de
um estudo podem ser abordados por diversas áreas do conhecimento isoladamente ou
de maneira interdisciplinar. A formulação do problema é o ponto de partida de toda
pesquisa. Ela é o
motor do processo investigatório. Ou seja, a pesquisa não começa a partir de uma
teoria ou premissa, ela se inicia na problematização de uma dificuldade que
o pesquisador deseja enfrentar.
Regras de formulação do problema
Na formulação do problema o aluno deve tomar como base o conhecimento disponível
sobre o tema. Na verdade, o conhecimento científico poderia ser descrito como uma
conversa entre vários teóricos a respeito de questões do interesse de todos. A
familiaridade com o tema, o contato com a literatura já existente e com pessoas que
acumulam experiência sobre o assunto auxiliam muito na tarefa de formular o problema
da pesquisa.
Em resumo, formular um problema consiste em dizer de maneira explícita,
compreensível e operacional qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que
questões dentro dessa dificuldade pretendemos compreender.
2.2.2. Objetivos do estudo Segundo Vergara (2000) o problema formulado é uma
questão que
buscamos responder e os objetivos são resultados que desejamos alcançar. Na
pesquisa científica devemos elaborar objetivos gerais e objetivos específicos.
Objetivos gerais: definição ampla do que se pretende alcançar. Objetivos
específicos: definição do que se pretende alcançar em cada situação da
pesquisa. Os objetivos específicos são desdobramentos do objetivo geral.
2.2.3. Justificativa As justificativas são os alicerces, as razões, os porquês que
fundamentam a elaboração da monografia. Nesse item o aluno deve demonstrar a
relevância do tema escolhido e a pertinência do problema formulado. As justificativas
devem demonstrar que o estudo proposto preencherá uma lacuna no tema escolhido,
trará contribuições para a solução do problema, poderá ser realizado concretamente e
trará benefícios para a sociedade.
2.2.4. Questões do estudo/ Hipóteses do estudo
As questões do estudo são as perguntas que pretendemos responder através do
desenvolvimento da pesquisa proposta. As questões funcionam como
um roteiro da investigação e devem ser elaboradas a partir dos objetivos específicos.
As hipóteses são respostas possíveis ou prováveis para um problema. Toda pesquisa
que apresenta hipóteses deve ser realizada de modo que se possa confirmar ou não
as hipóteses propostas. Levantar hipóteses serve para orientar o raciocínio do
pesquisador.
As hipóteses devem ser respostas simples ao problema e devem ser formuladas de
forma que possam ser testadas. Elas funcionam, por um lado, como explicações
iniciais e, por outro, servem de guia na busca de informações para verificar a validade
destas explicações.
Segundo Lakatos (1991), toda hipótese é uma resposta suposta, provável e provisória,
e que funciona como sentença afirmativa, proposta para um problema que se
apresenta na forma de sentença interrogativa.
2.2.5. Delimitação do estudo Delimitar um estudo é estabelecer limites teóricos para
uma investigação. Este é o momento em que o aluno explicita para o leitor o que fica
dentro do estudo e o que fica fora. Ou seja, onde serão definidos, de forma clara e
objetiva, os recortes do estudo no que diz respeito ao intervalo de tempo, espaço,
perfil de entrevistados, entre outros, que se constituem no universo investigado.
Alguns
temas são muito amplos e, sem a devida delimitação, corre-se o risco de desenvolver
um trabalho pouco informativo.
2.2.6. Variáveis Variáveis são aspectos, propriedades ou fatores do problema
investigado possíveis de serem medidos ou mensurados. As variáveis são os
elementos do problema cuja variação, as mudanças, guardam as respostas que
buscamos. Uma variável pode ser considerada uma classificação ou medida; uma
quantidade que varia; um aspecto, propriedade ou fator, observável em um problema
de estudo, que é passível de mensuração. As variáveis podem ser independentes ou
dependentes. Variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta uma
outra variável; é fator determinante, condição ou causa para certo resultado, efeito ou
conseqüência; é um fator, geralmente, manipulado pelo investigador, na sua tentativa
de assegurar a relação do fator com o problema investigado ou a resposta a ser
descoberta. Variável dependente é aquela cuja mudança pode ser explicada ou
descoberta, em virtude de ser influenciada, determinada ou afetada pela variável
independente. Ela é o fator que aparece, desaparece ou varia à medida que o
investigador introduz, tira ou modifica a variável independente.
2.2.7. Metodologia e instrumentação A metodologia é o conjunto de procedimentos e
equipamentos que o aluno escolheu para encontrar resposta para as questões do seu
estudo. Em outras palavras, nessa parte do trabalho são apresentados os materiais reagentes,
soluções, produtos, equipamentos, programas computacionais, instrumentos, etc., e as
técnicas de investigação ou experimentação que foram utilizados na
pesquisa. Toda metodologia deve ser concebida a partir de uma escolha teórica e deve
ser adequada à natureza do problema investigado. A melhor metodologia é sempre a
mais simples e a mais utilizada pelos diversos pesquisadores de um problema.
2.2.8. Referencial teórico ou revisão de literatura Entende-se por referencial teórico o
capítulo da monografia que tem por objetivo apresentar uma revisão da literatura
existente sobre o tema ou, especificamente, sobre o problema que está sendo
investigado. Nesta parte do texto, o aluno deve demonstrar que tem conhecimento do
que já foi escrito a respeito da problemática por ele formulada. A revisão de literatura é
a fundamentação teórica do estudo proposto. É a partir dela que a pesquisa é
contextualizada e ganha consistência. É nesse capítulo que o aluno deve revelar suas
preocupações e preferências, apontando para o leitor as lacunas que percebe na
bibliografia consultada, as discordâncias que tem com ela, ou os pontos que considera
que precisam ser confirmados. Segundo Vergara (op. cit.), a revisão da literatura
existente permite uma apresentação mais clara do problema, facilita a formulação de
hipóteses, justifica a metodologia e os procedimentos de análise dos resultados
escolhidos. O material bibliográfico necessário para a construção do referencial teórico
pode ser obtido a partir de livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de
pesquisa e outros materiais escritos, bem como na mídia eletrônica ou até mesmo em
conversas com outros pesquisadores.
Na fundamentação teórica o aluno deve:
a) expor o tema concernente fazendo uma análise das principais idéias ou
fatos que o sustentam; b) apresentar as idéias que fundamentam o tema
defendendo sua validade
por meio de evidências racionais e lógicas, citando os autores consultados
para dar melhor sustentabilidade ao trabalho; c) discutir o tema comparando-o
com as idéias e os argumentos apresentados pelos diversos autores
consultados, que devem ser confirmados ou refutados de acordo com a
interpretação feita.
3. Organização da Forma de Apresentação do TCC
Os trabalhos de conclusão estão divididos em três partes: elementos prétextuais,
textuais e pós-textuais.
1. Elementos pré-textuais
-Capa (obrigatória)
Folha de rosto (obrigatória)
Folha de aprovação (obrigatória)
-Dedicatória (opcional)
-Agradecimentos (opcional)
-Epígrafe (opcional)
-Resumo em português (obrigatório)
-Sumário (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de quadros (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
- Lista de abreviaturas, siglas ou símbolos (obrigatória)
2. Elementos textuais -Introdução: apresentação sumária do estudo.
-Desenvolvimento: revisão de literatura, metodologia, apresentação e
discussão dos resultados.
-Conclusão
3 Elementos pós-textuais
-Referências bibliográficas (obrigatória)
- Anexos (opcional)
Modelos
Nas folhas a seguir serão apresentados modelos dos elementos prétextuais.
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE (COMPLETAR) TRABALHO
DE CONCLUSÃO DE CURSO
TÍTULO: subtítulo
por
Nome do aluno
Rio de Janeiro
(data)
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE (COMPLETAR)
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
TÍTULO: subtítulo Trabalho acadêmico apresentado ao
Curso de (nome do curso) da UNISUAM, como parte
dos requisitos para obtenção do Título de (Licenciado
ou Bacharel) em (curso).
Por: Nome do
aluno
Professor-Orientador:
Nome do professor:
Professores Convidados:
Nome do professor: Nome
do Professor:
Rio de Janeiro
(data)
NOME DO ALUNO
TÍTULO DO TRABALHO
Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau de
(Licenciado ou Bacharel) em (nome do curso).
APROVADA em: ______ de ___________ de _______
Professor-Orientador:
____________________________________________
Professor
____________________________________________
Convidado:
Professor Convidado: ____________________________________________
Rio de Janeiro
(data)
SUMÁRIO
FOLHA DE APROVAÇÂO............................................................................................
ii
DEDICATÓRIA...........................................................................................................
iii
AGRADECIMENTOS...................................................................................................
iv
EPÍGRAFE.................................................................................................................
v
RESUMO.................................................................................................................. vi
1. INTRODUÇAO.................................................................................................. 01
2. PROBLEMATIZAÇÃO ..........................................................................................
1.2 O problema .....................................................................................................
1.3 Objetivos .........................................................................................................
1.4 Questões a investigar/ Hipóteses ...................................................................
3. METODOLOGIA DO ESTUDO .............................................................................
3.1 Tipo de estudo ................................................................................................
3.2 População e amostra ......................................................................................
3.3 Coleta de dados ..............................................................................................
4. REVISÃO DE LITERATURA/ REFERENCIAL TEÓRICO ....................................
5. RESULTADOS ......................................................................................................
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................
REFERÊNCIAS.........................................................................................................
ANEXOS....................................................................................................................
4. Apresentação Gráfica do Trabalho
4.1 Formato O papel branco, formato A-4 (padrão internacional) de dimensão
21cmx29cm, é o indicado pela ABNT para trabalhos de teor didático-científico,
devendo ser utilizado apenas um lado e tinta preta.
4.2 Fonte Recomenda-se a utilização de fontes: Times New Roman ou Arial nos
tamanhos 12 para o texto e tamanho 10 para as citações longas e notas de rodapé.
4.3 Margens
As margens superior e esquerda são de 3cm e direita e inferior são de 2cm. Os
parágrafos são de 2cm a partir da esquerda.
4.4 Espaços O espaço deve ser duplo em todo o corpo do texto. Para os títulos e
subtítulos podemos escolher essas opções: a) dois espaços duplos antes de cada
novo título ou subtítulo; b) espaço duplo no corpo do texto, marcando na opção
espaçamento antes
e depois: 18 pt.
4.5 Paginação A capa, apesar de obrigatória, não recebe numeração. As páginas prétextuais devem ser contadas seqüencialmente a partir da folha de rosto, sendo que a
numeração aparece registrada somente a partir da segunda folha, na margem inferior,
em algarismo romano minúsculo. A partir dos elementos textuais reiniciamos a
numeração com o numeral em algarismo arábico, que deve vir no alto da página, na
margem direita. Porém, não é visualizada a numeração da primeira página de cada
capítulo textual ou
pós-textual. Havendo anexo, as páginas devem ser numeradas, dando seqüência à
numeração do texto principal.
4.6 Resumo O resumo será redigido em português, em texto corrido, sem parágrafos,
espaço simples, utilizando a terceira pessoa do singular e verbo na voz ativa. Deve ter
no máximo quinhentas palavras distribuídas em aproximadamente mil e quatrocentos
caracteres, constituindo cerca de vinte linhas. O resumo tem a finalidade de apresentar
uma descrição breve do problema estudado e das soluções encontradas. Deverá
conter os seguintes itens: exposição do objetivo da sua monografia; citação da
metodologia; apresentação dos principais resultados; conclusões. O resumo não deve
conter aspectos do trabalho não descritos no texto, tais como tabelas, figuras e
fórmulas; referências a outros autores. Antecipando o
resumo, deve vir uma referência do trabalho científico apresentado pelo aluno. Ao
final, devem ser colocadas as palavras-chave do trabalho.
4.7 Palavras-chave
Vocábulos ou expressões que sintetizam os principais assuntos tratados na
monografia.
4.8 Notas de rodapé São indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo
autor, tradutor ou editor. Constituem recurso de que dispõe o autor para indicar as
fontes dos diferentes tipos de citação, no caso das notas bibliográficas. As notas
explicativas, porém, destinam-se ao registro de comentários adicionais não cabíveis no
texto, ou ainda para remeter o leitor a outras partes do trabalho ou a outras obras que
tratam da mesma temática. Ambas são apresentadas em
algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo
ou parte.
4.9 Lista de siglas Elemento obrigatório que consiste na elaboração de lista alfabética
das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões
correspondentes grafadas por extenso. Quando forem usadas poucas siglas ou
abreviaturas não há necessidade de elaboração de uma lista. Neste caso, a sigla
ou abreviatura deve ser grafada, seguida da denominação correspondente, por
extenso e nas aparições seguintes apenas a sigla ou abreviatura.
5. Normas para Redação do Texto
5.1 Aspectos gerais Alguns dos aspectos mais importantes a serem considerados são
a clareza e a objetividade do texto. Assim, não se deve tentar mostrar erudição ao
redigir textos com a ordem das frases invertidas ou com o excessivo emprego de
termos arcaicos e pedantes. A leitura do texto deve fluir agradavelmente, sem ser
enfadonha ao leitor. O autor deve ser claro, direto, conciso e objetivo. É óbvio que
essa simplicidade não deve comprometer a qualidade do texto, nem tampouco justifica
o emprego de termos chulos, coloquiais ou mesmo gramaticalmente pobres. Também
é fundamental apresentar todo o conteúdo da monografia de maneira organizada. Os
parágrafos devem possuir uma articulação entre si, isto é, devem conter idéias que
evoluíram do parágrafo anterior e que preparam a leitura do seguinte. Deve-se evitar
frases muito longas, que ocupem sozinhas um parágrafo. A linguagem de um texto
científico é impessoal e deverá ser elaborada na terceira pessoa verbal, em seu valor
denotativo, literal, evitando-se a duplicidade de sentidos e linguagens figuradas.
Objetividade e clareza são fundamentais ao
construir seu texto científico, usando a ordem direta e escolhendo as palavras que
melhor expressem o que deseja.
5.2 Título e partes do texto A forma da subdivisão dos elementos textuais de um texto
científico difere nas diferentes áreas do conhecimento, incluindo as Ciências Humanas,
Exatas e Biológicas. O que se propõe neste texto é apenas uma padronização geral,
cabendo a cada área estabelecer critérios adicionais que contemplem as suas
características e peculiaridades. De acordo com a NBR 10719 da ABNT, o texto deve
ser dividido em três seções básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão e/ou
recomendações. Todavia, conforme mencionado anteriormente, cada uma destas
partes pode ser subdividida de acordo com a natureza do trabalho. O título de um
trabalho não é seu resumo. Assim, devem ser evitados títulos longos, os quais devem
ser objetivos e conter apenas as palavras essenciais sem, todavia, prejudicar a clareza
e entendimento da natureza do trabalho. A introdução deve ambientar o leitor ao
contexto do trabalho. Deve conter, por exemplo, fatos históricos importantes e
trabalhos clássicos, fornecendo as motivações contextuais que levaram o autor a
conduzir o trabalho. Ela deve oferecer uma breve descrição do objeto de estudo, a
justificativa, a delimitação do tema e os objetivos gerais e específicos. O
desenvolvimento varia muito conforme o tipo do trabalho, mas em qualquer tipo de
pesquisa é importante apresentar os trabalhos realizados por outros pesquisadores. O
texto deve apresentar as principais contribuições dos
teóricos que estudaram a questão. Para facilitar a redação, uma opção bastante usual
é dividir a revisão da literatura em subcapítulos, conforme os assuntos. É
fundamental que a revisão da literatura possua consistência com o objetivo proposto,
isto é, os trabalhos apresentados devem ter relação direta com o tema do trabalho.
Também é nessa parte do trabalho que o aluno apresenta e discute os resultados do
seu estudo, assim como todo o processo de pesquisa.
Na discussão, o aluno deve ter em mente que não se trata apenas de uma discussão
dos resultados e sim uma discussão do trabalho como um todo. Assim, devem ser
discutidas todas as suas etapas, isto é, o objetivo, a literatura, a metodologia e os
resultados. Os resultados devem ser discutidos em duas fases: em primeiro lugar o
aluno deve explicar os resultados encontrados e, em seguida, deve comparar esses
resultados com os disponíveis na literatura lida.
As conclusões, considerações e/ou recomendações devem apresentar, de maneira
objetiva, o desfecho do trabalho a partir dos resultados. É sempre importante
apresentar as conclusões de maneira relativa, ou seja, tentando demonstrar que o
pesquisador compreende que seus resultados são parciais e que podem ser refutados
em estudos posteriores.
O aluno deve relacionar os objetivos às conclusões, isto é, deve-se assegurar que não
tenham sido citadas conclusões que não foram objetivo do trabalho.
6. Citações em Documentos: Definições e Regras Gerais
O estudante universitário desenvolve a habilidade de usar material colhido na literatura
científica através da pesquisa bibliográfica, para fundamentar a realização de trabalhos
acadêmicos. Quando se faz necessário reforço para corroborar as idéias que
desenvolve, usa-se a citação, o que deve ser feito com parcimônia, para que o texto
produzido constitua resultado da elaboração pessoal e não cópia de idéias de um ou
mais autores pesquisados. A citação é a menção, no texto, de uma informação colhida
de outra fonte.
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou um sistema
autor-data. Qualquer dos dois métodos adotados deve ser seguido em todo o
documento, mantendo, inclusive, correlação com a lista de referências apresentada ao
final do trabalho.
No sistema numérico, as citações têm numeração única e consecutiva para todo o
documento, sendo que toda vez que um dado for introduzido, a numeração deverá ser
revista.
No sistema autor-data, as citações são feitas pelo sobrenome do autor ou pela
instituição responsável, ou ainda, pelo título de entrada (caso a autoria não esteja
declarada), seguido da data de publicação do documento, separados por vírgula e
entre parênteses.
As citações podem ser de três tipos: (a) direta ou textual: reprodução ou transcrição
fiel das palavras de outrem, com todas as características; (b) indireta ou conceitual:
reconstrução livre do texto lido, guardando fidelidade às idéias do autor, ou (c) mista:
utilização apenas de expressões textuais do autor consultado, em meio ao texto que
está sendo produzido. Para qualquer tipo de
citação é exigida a referência à fonte de onde foi retirado o material utilizado.
Para as citações subseqüentes da mesma obra, substituem-se os nomes do autor e da
obra pela expressão latina Ibidem, seguida da respectiva página. Se a citação diz
respeito ao mesmo autor, obra e página, coloca-se a expressão Idem. Se a seqüência
de citações de uma obra é intercalada por citações de outras obras, recorre-se à
expressão abreviada Op. cit., em seguida ao nome do autor, com a indicação da
página correspondente a cada citação.
6.1 Regras para citação de autores no corpo do texto A citação de autores no corpo
do texto está regulamentada pela ABNT,
mas muitas situações não estão previstas. Nestes casos, será apresentada uma
sugestão para padronização de procedimentos.
Um autor
Os autores devem ser grafados no texto apenas com a primeira letra em maiúscula
(Ex.: Guimarães). Se forem citados entre parênteses, porém, devem ser grafados com
todas as letras em maiúscula (Ex.: GUIMARÃES). Exemplos: Em 1989, Guimarães
concluiu que a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil;
Segundo Guimarães (1989), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade
infantil; A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil
(GUIMARÃES, 1989).
Dois autores
Se os autores estiverem em uma frase, devem ser separados pela conjunção e ou pelo
símbolo &. Exemplos: Em 1989, Guimarães e Appolinaro concluíram que a desnutrição
é uma das principais causas de mortalidade infantil; Segundo Guimarães & Appolinaro
(1989), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil.
Se
os
autores
estiverem
entre
parênteses,
devem
ser
separados
por
;
(ponto-e-vírgula). Exemplo: A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade
infantil (GUIMARÃES; APPOLINARO, 1989).
Três ou mais autores
Neste caso indica-se o uso da expressão latina et al., abreviação de et alii (significa e
outros). Exemplos: Em 1989, Guimarães et al. concluíram que a desnutrição é uma das
principais causas de mortalidade infantil; Segundo Guimarães et al. (1989), a
desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil; A desnutrição é uma
das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES et al., 1989).
Mais de uma citação
Os autores, ou conjunto de autores, devem ser mencionados sucessivamente, em
ordem alfabética. Exemplos: A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade
infantil (ALVES; PENHA, 1989; GUIMARÃES, 1987; JONES et al., 1988); Segundo
Guimarães (1987) e Jones et al. (1988), a desnutrição é uma das principais causas de
mortalidade infantil; A desnutrição é
uma das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES, 1987; JONES et al.,
1988).
Casos especiais
Quando o mesmo autor tem duas citações no mesmo ano deve-se acrescentar uma
letra após o ano. Exemplo: Segundo Guimarães (1989a, 1989b), a desnutrição é uma
das principais causas de mortalidade infantil.
Quando dois autores têm o mesmo sobrenome e a citação é do mesmo ano deve-se
acrescentar as iniciais do primeiro nome. Exemplo: Segundo Guimarães, J. (1989) e
Guimarães, A. (1989), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade
infantil.
Quando se menciona uma citação de um autor que está contida em apenas uma
determinada página de um livro, isto é, não é o livro como um todo ou um de seus
capítulos, deve-se fazer a menção da página no corpo do texto e não nas referências.
Exemplo: Segundo Guimarães (1989, p.546), a desnutrição é uma das principais
causas de mortalidade infantil.
Apud
O termo apud é usado para indicar uma referência que não foi lida diretamente, tendo
sido citada por outro autor. Seu uso deve ser feito com parcimônia, isto é, poucas
citações por trabalho e apenas quando o acesso ao trabalho original for difícil, por
exemplo, publicação antiga, periódico raro ou idioma inacessível. O apud deve
aparecer apenas no corpo do texto, sendo citado nas referências o trabalho em que
ele foi citado. Exemplo: A teoria especial da
relatividade foi publicada no início do século (EINSTEIN, 1905 apud BRODY;
BRODY, 1999).
Legislação
-No corpo do trabalho
Quando a citação contiver até 3 linhas (citação curta), na seqüência do texto que está
sendo escrito, abre-se aspas, faz-se a transcrição e fecha-se aspas.
Se a citação possuir mais de 3 linhas (citação longa), deverá ser transcrita em
parágrafo separado, para isso haverá um recuo de 4cm da margem esquerda,
espaçamento simples, sem aspas e fonte 10 ou 12.
Após cada citação deve ser inserida a nota de rodapé que pode ser:
Nota explicativa: quando se tratar de algum comentário a respeito da
lei;
Nota bibliográfica: deve conter os dados bibliográficos, ou seja,
indicações de onde foi retirada aquela citação ( País de origem, nº da lei, data,
sobre o que ela versa).
7. Referenciação Bibliográfica
O registro das referências bibliográficas, ou seja, o conjunto padronizado de elementos
descritivos de um determinado documento deve ser feito de acordo com as normas da
ABNT em vigor desde 29 de setembro de 2002 (NBR 6023).
A referenciação de documentos consultados deve conter elementos essenciais para a
identificação dos mesmos pelo leitor do texto produzido. Estão estritamente vinculados
ao suporte documental, variando conforme o tipo.
São considerados elementos essenciais: o nome do autor do documento, título, número
da edição, local da publicação (nome da cidade onde está situado o editor), editor, ano
de publicação. Esses dados devem ser apresentados segundo uma seqüência
padronizada.
7.1. Obra considerada no todo
a. Livros SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se
houver).
Número da edição. Local da publicação: Nome da editora, ano da publicação. Número
total de páginas ou de volumes, no caso de coleção.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos
básicos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1991. 241 p.
b. Dicionários SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor/editor. Título:
subtítulo (se
houver). Número da edição. Local da publicação: Nome da editora, ano da publicação.
Número total de páginas ou de volumes. (Coleção ou Série).
HOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português,
português/inglês. São Paulo: Folha da Manhã, 1996.
c. Trabalhos acadêmicos (dissertações, monografias, teses, TCC) SOBRENOME,
Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver).
Data da defesa. Total de folhas. Tese (Doutorado) ou Dissertação (Mestrado) –
Instituição, local, data.
BRAZIELLAS, M.L.M. Coordenação: um processo de relações interpessoais. 1981.
170p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal Fluminense,
Niterói, 1981.
d. Revista -Número especial, suplemento. TÍTULO DA REVISTA. Título do fascículo
ou tema de número especial. Local,
editor, indicação de volume, número, data, número total das páginas do fascículo.
CADERNOS CEDES. Pesquisa participante e educação. São Paulo: Cortez, nº 12,
nov. 1985. 64 p.
- Separata
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Local
de publicação: Editora, ano de publicação. Número total de páginas.
Transcrição da indicação da separata com os dados como aparecem na publicação.
SCHMIDT, S. Sistematização no uso de notas de rodapé e citações bibliográficas nos
textos e trabalhos acadêmicos. Brasília: UnB, 1981. 7p. Separata da Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Brasília, vol. 9, nº 1, p. 3541, jan./jun. 1981.
e. Documento de acesso em meio eletrônico
Inclui bases de dados, listas de discussão, arquivos em disco rígido, BBS (site),
programas, mensagens eletrônicas, entre outros. No caso de arquivos eletrônicos,
acrescentar a extensão à denominação atribuída ao arquivo.
As mensagens que circulam pelo correio eletrônico só deverão ser referenciadas se
não for possível nenhuma outra fonte que aborde o assunto em questão. As
mensagens de e-mail têm um caráter informal, interpessoal e passageiro e, por este
motivo, não devem ser utilizadas como dado científico ou técnico em uma pesquisa.
As referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos
monográficos no todo, acrescidas das informações relativas às descrições físicas do
meio eletrônico. Em obras consultadas on-line, são essenciais as informações sobre o
endereço eletrônico apresentado entre os sinais < >, precedidos da expressão
Disponível em: e seguida pela expressão Acesso em: (data completa, opcionalmente
acrescida de dados referentes à hora, minutos e segundos).
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral
de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1985. CD-ROM.
ALVES, C. Navio negreiro. [S.l.]: virtual books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan.2002, 16:30:30.
7.2. Obra considerada em parte
a.A autoria da parte referenciada é a mesma da obra como um todo
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor.
Título do documento no
todo: subtítulo (se houver). Número da edição. Local da publicação (cidade): Editora,
ano de publicação.
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas; amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação
de dados. São Paulo: Atlas, 1982. 205p. Cap. 2: Amostragem, p. 37-55.
b. A autoria da parte referenciada não é a mesma da obra como um todo
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor da parte referenciada. Título da
parte ou capítulo, etc. In: SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do
documento no todo. Título do documento no todo: subtítulo (se houver). Número da
edição. Local de publicação: Nome da editora, ano da publicação.
Número do volume ou número total de páginas do documento no todo. Número do
volume ou da parte. Número da página inicial-final da parte referenciada.
LÜDKE, M. Aprendendo o caminho da pesquisa. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Novos
enfoques da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 1992. 135 p. Cap. 3, p. 35-50.
c. Publicação periódica Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista
e jornal,
caderno na íntegra, bem como matérias existentes em um número, volume ou
fascículo de periódicos, a saber, artigos, editoriais, seções, reportagens de
revistas, jornais.
Extraído de revista SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do artigo. Título
do artigo: subtítulo (se houver). Título da revista, local de publicação, número do
volume ou do fascículo, número da página inicial-final do artigo, mês e ano do
fascículo.
TARGINO, M. G. Citações bibliográficas e notas de rodapé: um guia para a
elaboração. Ciência e Cultura, São Paulo, vol. 38, nº 12, p. 1984-1991, dez. 1986.
Extraído de jornal SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título do artigo:
subtítulo (se houver). Nome do jornal, local, data (mês abreviado). Localização da
matéria (nome do caderno, seção, página).
PRIGOGINE, I. A missão da universidade hoje. O Globo, Rio de Janeiro, 8 set. 1991.
Segundo Caderno, Seção Livros, p.7.
7.3. Evento como um todo e trabalho apresentado Inclui o conjunto de documentos
agrupados como produto final de um
evento. Dentre diferentes denominações, destacam-se atas, anais, resultados,
proceedings.
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do trabalho. Título do trabalho. In:
TÍTULO DO EVENTO, número, ano, local da realização. Título do documento. Local:
Editor/Editora, ano da publicação. Número de volume ou total de páginas. Número do
volume onde se localiza o material referenciado, número de página inicial - final.
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20.1997, Poços de
Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Química, 1997.
OLIVEIRA, B. Normas básicas para uso de expressões latinas, citações e referências
bibliográficas
de
documentos
jurídicos.
In:
CONGRESSO
BRASILEIRO
DE
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, p. 10, 1979, Curitiba. Anais. Curitiba:
Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3º vol., vol. 2, p. 633-655.
7.4. Verbete de enciclopédia A NRB 6023/2002 é omissa no caso da referenciação de
enciclopédia.
Decidiu-se, neste documento, considerar a mesma orientação para referenciar
parte do documento. Caso o verbete ou assunto tenha autoria, constituir um
dos volumes da enciclopédia, procedendo de acordo com a orientação para
matéria cuja autoria seja distinta da autoria do todo (cf. neste documento).
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local: editor, ano. Total de volumes. Verbete,
localização (número do volume), página inicial – final.
ENCICLOPÉDIA BARSA. Rio de Janeiro: W. Benton, 1972. 16º vol. Educação, vol. 5,
p. 285-298.
7.5. Documento jurídico
Legislação
Quando se tratar de Constituições e suas emendas, acrescenta-se, entre o nome da
jurisdição e o do título, o termo Constituição, seguido pelo ano
da promulgação entre parênteses.
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Poder Executivo. Brasília, DF. 14 dez. 1997. Seção 1.
p. 29514.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995.
Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo
parágrafos. Lex: legislação federal e marginalia. São Paulo, vol. 59, p.1966,
out./dez.1995.
Jurisprudência
Inclui, dentre outras decisões judiciais, as súmulas, os enunciados, os acórdãos, as
sentenças.
JURISDIÇÃO. Órgão judiciário competente. Título (natureza da decisão ou ementa):
subtítulo (se houver). Partes envolvidas (se houver). Relator. Local, data. Dados da
publicação conforme o tipo do documento.
BRASIL. Tribunal Regional (5ª Região). Apelação cível nº 42.441-PE (94.05.01629-6).
Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de
Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4
de março de 1997. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais. São
Paulo, vol. 10, nº 103, p. 558-562, mar. 1998.
Doutrina
Inclui discussões técnicas sobre questões e textos legais em monografias, artigos de
periódicos, papers entre outros.
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Dados
da publicação conforme o tipo do documento.
BARROS, R. G. de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do
Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados. São Paulo, vol. 19, nº
139, p. 53-72, ago.1995.
Legislação codificada
BRASIL. Código civil. Organização de textos, notas remissivas e índices por Juarez
de Oliveira. 67. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
7.6. Obras publicadas por entidades coletivas Obras publicadas por entidades
coletivas são referenciadas usando essa denominação no lugar do nome do autor.
Caso a entidade tenha uma
denominação genérica, seu nome é precedido pelo nome do órgão superior ou da
jurisprudência geográfica a qual pertence.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos/
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Apresentação de trabalhos monográficos de
conclusão de curso. Niterói, 1992. 59 p.
BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília. DF, 1993. 28
p.
Caso a entidade esteja vinculada a um órgão maior que tenha uma denominação
específica que a identifique, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. No caso de
duplicação de nomes, sugere-se acrescentar entre parênteses a unidade geográfica
que a identifica.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da Diretoria-Geral: 1984. Rio de Janeiro,
1985. 40 p.
7.7. Outros
a) A referenciação de material sem autoria declarada começa pelo título, grafando-se
apenas a primeira palavra em letras maiúsculas. No caso de o título ser iniciado por
partícula (o, a, um, uma), esta deve ser colocada depois do título, entre parênteses.
CRÉDITO educativo: MEC adverte escolas. O Globo, Rio de Janeiro, 13 jun. 1993,
Caderno O País, p. 4. CLIENTE tem sempre razão (O). O Globo, Rio de Janeiro, 9 jan.
1994, p. 20.
b) Obras onde são caracterizadas as contribuições de vários autores são
referenciadas pelo responsável intelectual (organizador, coordenador, compilador), se
em destaque na obra, seguido da abreviatura da palavra que
caracteriza o tipo de responsabilidade registrada entre parênteses: (Org.), (Coord.),
(Comp.).
TUBINO, M. J. G. (Org.). A universidade ontem e hoje. São Paulo: IBRASA, 1984.
181p.
c) Outros tipos de responsabilidade, tais como revisor, tradutor, ilustrador, podem ser
acrescentados após o título, conforme aparecem no documento.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, Ver Dicionário de símbolos. Tradução Vera da Costa
e Silva et al. 17. ed. Rev. E aum. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002.
Referências: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6027. Sumários. 1989. São Paulo: ABNT, 1989.
____________. NBR 6024. Numerações progressivas das seções de um documento –
procedimento. 1989. São Paulo: ABNT, 1989.
____________. NBR 6023. Referências bibliográficas. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6028. Resumos. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6032. Abreviações de títulos de periódicos e publicações
seriadas - procedimento. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6822. Preparo e apresentações de normas brasileiras. 2000. São
Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 10520. Apresentação de citações em documentos. 2001. São
Paulo: ABNT, 2001.
____________. NBR 10524. Preparação da folha de rosto de livro -procedimentos.
2002. São Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 10719. Apresentação de relatórios técnico-científicos. 2002. São
Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 14724. Informação e documentação -trabalhos acadêmicos
- apresentação. 2002. São Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 6023. Informação e documentação – referências -elaboração.
2002. São Paulo: ABNT, 2002.
CHAVES, M. A. Projeto de pesquisa: guia prático para monografia. Rio de Janeiro:
WAK, 2002.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3ª ed.
São Paulo: Atlas, 1998.
MOURA, M. L. S. (Org.). Manual de elaboração de projetos de pesquisa. Rio de
Janeiro: UERJ, 1998.
PÉREZ, J. M. Metodologia do trabalho acadêmico. Rio de Janeiro: Universidade
Castelo Branco, 1996 (Material Instrucional).
RÚDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 30ª ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.
SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 9ª ed. Porto Alegre:
Sulina, 1981. 236p.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 19ª ed. São Paulo: Cortez, 1993.
252p.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ª ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
ANEXO 1
DICAS DE PORTUGUÊS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Acerca de. O mesmo que sobre, a respeito de (Poucos trabalhos foram encontrados
acerca deste assunto...). Note que se escreve junto. Quando escrito separadamente (a
cerca de), equivale a aproximadamente (As máquinas foram posicionadas a cerca de
50 cm da parede...).
Anexado, anexo. Use anexado para expressar ação: Os resultados foram anexados
para melhor compreensão.... Use anexo como adjetivo: Os resultados anexos mostram
que....
A nível de. Modismo gramaticalmente incorreto. Nunca o use. Prefira em âmbito de
ou no plano de. O ideal, porém, é simplesmente suprimir e preferir, por exemplo, a
pesquisa foi feita no campo... ao invés de a pesquisa foi feita a nível de campo... ou a
abordagem foi experimental... ao invés de a abordagem foi a nível de experimento....
Anti. Só é seguido de hífen se a palavra seguinte começar por h, r ou s (antihigiênico)
ou for um nome próprio (anti-Collor). Nos demais casos, sem hífen (anticorpo,
antiofídico, etc.). A palavra que segue deve ser preferencialmente um adjetivo
(antibrucélico e não antibrucela).
Desvio padrão. O plural é desvios padrão.
Em termos de. Modismo gramaticalmente incorreto. Não use.
Este, esse, aquele ou isto, isso, aquilo. Usa-se este ou isto para designar pessoa
ou coisa próxima a quem fala: Esta casa é minha. / Isto me pertence. Usa-se esse ou
isso para designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e próxima a um interlocutor:
Entregue-me essa arma. / Esse ano foi muito bom. Usa-se aquele ou aquilo para
designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e de quem ouve: Você viu aquilo? /
Ninguém conhecia aquela técnica.
Etc. De acordo com o Acordo Ortográfico em vigor, apesar da expressão original (et
cetera) conter um "e", etc. deve sempre ser precedido de vírgula:
Havia cães, gatos, vacas, etc.
9. Expressar, exprimir. São sinônimos: Não tenho palavras para exprimir minha
gratidão. / Não tenho palavras para expressar minha gratidão. Use exprimido
com ter e haver: Os valores tinham exprimido o significado exato. Use expresso com
ser e estar: Os resultados são expressos em gramas. A mesma regra vale para vários
outros verbos: tinha (havia) prendido, foi (era) preso; tinha (havia) suspendido, foi (era)
suspenso; tinha (havia) pegado, foi (era) pego; etc.
10. Fazer, haver. No sentido de existir, devem sempre ser no singular: Faz dez anos
que não venho aqui./ Vai fazer seis meses que estamos nesta fase./ Havia cinco
animais naquele grupo experimental.
11. Há, a. Há exprime passado e pode ser substituído por faz: As amostras foram
colhidas há (faz) dois meses. / Há (faz) muitos anos que nenhum autor refere este
fato. A exprime futuro e não pode ser substituído por faz: As amostras serão
colhidas daqui a dois meses. / Estamos a dois anos do fim do experimento.
12. Haver. Haver no sentido de existir é sempre escrito no singular: Havia (e não
haviam) muitas pessoas naquela área / Não houve (e não houveram) dúvidas após
a palestra.
13. Logaritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é logarítmico.
14. Mal, mau. Mal é o oposto de bem e mau é o oposto de bom: Os pacientes
sentiram-se mal (bem) após receberem a medicação. / A técnica utilizada
apresentou um mau (bom) rendimento.
15. Grama. Palavra masculina, inclusive derivados: um grama, dois miligramas, um
quilograma.
16. Nenhum, nem um. Nenhum é antônimo de algum: Não havia nenhuma
referência sobre esta técnica (Havia alguma referência...). Nem um deve ser
empregado no sentido de nem um só, nem um único ou nem um sequer:
Estava tão cansado que não quis tomar nem um copo d'água (sequer).
1. Nobel. Prêmio Nobel, sem acento, mas pronuncia-se Nobél. Óptico, ótico. Óptico
refere-se à visão, ótico refere-se à audição.
2. Por que, por quê, porque, porquê. Usa-se por que basicamente nas perguntas: Por
que a máquina não funcionou? Também é usado para expressar motivo ou razão: Não
se sabe por que (motivo) a máquina não funcionou. Usa-se por quê nos mesmos casos
anteriores, mas o termo fica no fim da frase: A máquina não funcionou e não se sabe
por quê. Usa-se porque quando equivale a
pois: A máquina não funcionou porque (pois) não estava bem regulada. Usa-se
porquê como substantivo: Não se sabe o porquê da máquina não ter funcionado.
19. Ratificar, retificar. Ratificar significa confirmar: Os resultados ratificaram a
hipótese inicial. Retificar significa corrigir: A técnica foi retificada de acordo com
os autores internacionais.
20. Ritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é rítmico.
21. Seção, secção, sessão, cessão. Seção significa divisão: Os indivíduos foram
agrupados em duas seções. Secção deve ser empregado no contexto de cortar: A
secção dos membros foi feita com serras elétricas. Sessão refere-se a uma
reunião ou espetáculo: A sessão do Congresso começou tardiamente. Cessão é
o ato de ceder: Houve a cessão de glebas a todos agricultores.
22. Sendo que. Recurso gramatical pobre e indesejado. Não use.
23. Tampouco, tão pouco. Use tampouco no lugar de também não: Não foram
feitas perguntas, tampouco (também não) foram tiradas fotografias. Use tão
pouco quando couber plural: Ele tinha tão pouco tempo. / Ele tinha tão poucos
amigos.
24. Tem, têm, ...tém, ...têm. Tem indica singular: O grupo 1 tem vários animais. Têm
indica plural: Os grupos têm o mesmo número de animais. ...tém indica singular
dos derivados de ter: ele contém, ele mantém, ele detém. ...têm indica plural dos
derivados de ter: eles contêm, eles mantêm, eles detêm.
25. Ter de, ter que. Dê preferência a ter de, para expressar necessidade: Os dados
tiveram de ser submetidos a dois tratamentos estatísticos.
26. Trás, traz. Trás tem contexto de posterior: Os líderes ficaram para trás. Traz é
flexão do verbo trazer: A história lhe traz tristes lembranças.
27. Vem, vêm, ...vém, ...vêm, vêem. O verbo vir, na terceira pessoa do singular é
vem: O juiz vem aqui todos os dias. No plural é vêm: Os juízes vêm aqui todos os
dias. Nos derivados de vir, o singular é ...vém: ele convém, ele provém, ele
intervém; no plural é ...vêm: eles convêm, eles provêm, eles intervêm. Vêem é
uma conjugação do verbo ver: Eles vêem muito bem.
28. Ver, vir. O verbo ver, no futuro do subjuntivo assume a forma vir: Quando ele vir
isso (e não "ver"). / Se eles virem os resultados (e não "verem"). / Só acreditaremos se
virmos tudo (e não "vermos"). Idem para os verbos derivados:
quando ele previr (e não "prever"), se nós revirmos (e não "revermos"), exceto para
prover: se eu prover, quando eles proverem.
29. Zero. Torna invariável a palavra que o segue: A temperatura chegou a zero grau
(e não "zero graus"). / O experimento começou à zero hora (e não "zero horas").
No caso de valor decimal, assume-se o plural: A temperatura chegou a 1,5 graus.
Download

Comissão Organizadora Profª Maria Auxiliadora Terra