AMCHAM - Task Force de Propriedade Intelectual “Biodiversidade e Utilização do Material Genético" 08 de Dezembro de 2004 Biodiversidade e Sociodiversidade “A sustentabilidade consiste na criação de condições de sobrevivência, segurança e bem-estar para todos. Desaprender, reaprender e aprender são as essências desse desafio” Stephen Sterling Educação Sustentável Pirâmide de Sustentabilidade Ambientalmente correta Socialmente justa Economicamente viável Uso Sustentável da Biodiversidade Brasileira - Natura Ekos ...um nome que nos inspira e nos reconecta à natureza. Em Tupi-Guarani, ekó é sinônimo de vida. Ekos, do grego oikos, nossa casa. E também do latim, echo, tudo o que ressoa ou que reverbera será ouvido. Nós somos o eco de todos os povos que viveram com a natureza antes de nós. Dois importantes pilares para a Natura • Sustentabilidade dos Recursos Naturais • Sustentabilidade das Comunidades Tradicionais • Sustentabilidade dos Recursos Naturais Programa de Certificação de Ativos A certificação é uma ferramenta que visa assegurar a exploração sustentável e o bom manejo florestal, envolvendo critérios ambientais, sociais e econômicos. O objetivo é garantir que todos os ativos que se originam da flora brasileira, obtidos por meio de cultivo ou de florestas, sejam manejados de forma ambientalmente sustentável e socialmente justa. Certificação Florestal Certificador: Imaflora Certificação de áreas cultivadas Certificador: IBD Dos 15 ativos utilizados na linha Ekos, 8 estão certificados e os demais estão em processo de certificação • Sustentabilidade das Comunidades Tradicionais Comunidades Prioritárias - Médio Juruá Fundo Natura para o Desenvolvimento Sustentável de Comunidades Tradicionais Aplicação • Geração de fontes alternativas de renda, de acordo com o potencial de recursos naturais e habilidades da comunidade. • Treinamento e capacitação da comunidade para a auto gestão. • Melhoria na infra-estrutura para a execução dos projetos. Comunidades Prioritárias - Médio Juruá Fundo Natura para o Desenvolvimento Sustentável de Comunidades Tradicionais • % da RL de venda dos produtos contendo os insumos fornecidos pela Comunidade. • Projetos desenvolvidos pela comunidade com apoio e aprovação conjunta da Natura. • Para acessar o fundo, entre outros requisitos, a comunidade deve ser fornecedora de insumos para a Natura, garantir a sustentabilidade das espécies (certificação da área) e ser organizada em Associação ou Cooperativa. Relações necessárias para a realização do negócio Imaflora Representante do Órgão certificador FSC Avaliação inicial e identificação de pontos de melhoria para a comunidade Comunidade Tradicional Extração, plantio e coleta Trabalho e dedicação para cumprir as exigências e manter a certificação Desenvolvimento do produto Vendas Fundo Natura Des. Sustentável Plano de Manejo Natura Coordenação da cadeia Estudos etnobotânicos Inventários Estudos de Impacto ambiental Comunidade Acadêmica Compra do insumo Desenvolvimento do processo de beneficiamento Métodos de extração Beneficiador União e Estados - Regulamentação e Apoio Estudos botânicos e agronômicos/ florestais Requisitos Legais para acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado •Convenção sobre Diversidade Biológica Assegurar a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos para promover o desenvolvimento e a conservação da biodiversidade, bem como, estabelecer uma nova relação entre provedores e usuários de recursos genéticos. •Decreto 2519/1998 Incorporou a CDB ao ordenamento jurídico Brasileiro. •Medida Provisória 2186-16/2001 Dispõe sobre o acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado para fins de Pesquisa Científica, Bioprospecção e Desenvolvimento Tecnológico; •Decreto 4339/2002 Dispõe sobre a Política Nacional de Biodiversidade. •Resoluções do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético Estabelecem as diretrizes, normas técnicas e critérios relativos ao acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional Medida Provisória 2.186-16 de 23 de agosto de 2001 Dispõe sobre - Acesso a Componente do Patrimônio Genético para fins de pesquisa, bioprospecção ou desenvolvimento tecnológico. - Acesso a Conhecimento Tradicional Associado ao Patrimônio Genético - Repartição justa e eqüitativa dos benefícios gerados na exploração de ambos - Acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para a conservação e uso da diversidade biológica.: Medida Provisória 2.186-16 de 23 de agosto de 2001 Define que..... Acesso ao patrimônio genético é a obtenção de: Amostra de componente do patrimônio genético Para fins de: Pesquisa científica, Bioprospecção ou Desenvolvimento tecnológico Visando: Aplicação industrial ou de outra natureza Definições legais Pesquisa Científica “ Atividade exploratória que visa identificar componente do patrimônio genético e informação sobre conhecimento tradicional associado, sem potencial de uso comercial” ( MP 2186-16/2001) Bioprospecção “ Atividade exploratória que visa identificar componente do patrimônio genético e informação sobre conhecimento tradicional associado, com potencial de uso comercial” ( MP 2186-16/2001) Definições legais Desenvolvimento Tecnológico “ Trabalho sistemático, decorrente do conhecimento existente, que visa à produção de inovações específicas, à elaboração ou à modificação de produtos ou processos existentes, com aplicação econômica.” (Orientação Técnica nº 4 - DOU 17/06/2004) Processo Administrativo B I O P R O S P . CASTANHA EMOLIENTE CGEN Anuência Prévia; Laudo Antropológico; Contrato de Repartição de Benefícios; Depósito de Amostra; Autorização de acesso. Processo Administrativo B I O P R O S P . D E S. T E C. CASTANHA EMOLIENTE SHAMPOO CONDICIONADOR CGEN SABONETE LÍQUIDO Anuência Prévia; Laudo Antropológico; Contrato de Repartição de Benefícios; Depósito de Amostra; Autorização de acesso. SABONETE EM BARRA HIDRATANTE CORPORAL Processo Administrativo B I O P R O S P . D E S. CGEN CASTANHA EMOLIENTE SHAMPOO T E C. CONDICIONADOR CGEN SHAMPOO COM NOVA EMBALAGEM SABONETE LÍQUIDO Anuência Prévia; Laudo Antropológico; Contrato de Repartição de Benefícios; Depósito de Amostra; Autorização de acesso. SABONETE EM BARRA HIDRATANTE CORPORAL Notificação; São aproveitados os procedimentos anteriores; SHAMPOO COM ALTERAÇÃO DE CONSERVANTE CGEN Notificação. * A repartição de benefícios deve estar prevista no contrato de forma a contemplar todos os produtos desenvolvidos Resolução CGEN nº 17 de 30.09.2004 Lições aprendidas • Complexidade da logística – Limitação na introdução de novos ativos; – Limitação do volume de produção e – Revisão do conceito just-in-time. • Preocupação com a dependência da comunidade de um só ativo – Utilização de novos ativos da mesma comunidade; – Extensão da linha de produto do mesmo ativo e – Contribuição da comunidade para o uso de novos ativos. • Parceria com comunidades com um mínimo de organização • Mobilização de terceiros (ex. Ong´s, consultores independentes, etc...) para auxiliar no desenvolvimento e capacitação das comunidades Lições aprendidas • Questão da remuneração/repartição de benefícios – Avaliação caso a caso, não generalizada e – Desvincular comercialização do insumo, uso da imagem e repartição de benefícios pelo acesso ao patrimônio genético e/ou conhecimento tradiconal • Complexidade do ordenamento jurídico - processo de autorizações legais - Revisão da estrutura e equipe de trabalho e - Inclusão desta estapa no processo de desenvolvimento • Necessário desenvolver indicadores de desenvolvimento social • O conceito de sustentabilidade deve fazer parte dos valores e das crenças da empresa Castanha do Brasil A castanheira Floresta Amazônica Uma árvore sagrada para os povos da floresta devido à riqueza dos alimentos que ela oferece. Capaz de viver por mil anos e atingir uma altura de 50 metros. Etnobotânica Alimento Um leite branco rico em calorias para a alimentação de crianças. A castanha do Brasil é uma fonte de selênio, um antioxidante importante. Medicina A água do ouriço é usada no tratamento de hepatite. Cosmética Suas propriedades emolientes e a riqueza dos nutrientes do óleo de castanha do Pará nos levaram a desenvolver produtos especiais para peles secas e para o cabelo. A Função Sócio-econômica Sustento para muitas famílias O óleo é exportado como óleo comestível e a castanha é usada como aperitivo. Os biscoitos são comprados pelo governo local e servidos nas escolas devido ao seu alto valor nutritivo. Além disso, o óleo não processado é vendido para as empresas de cosméticos. Origem da castanha dos produtos Natura Ekos A castanha é extraída pela Comunidade São Francisco do Iratapuru. Número de famílias: 27 ( em torno de 173 pessoas) Representação: Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas do Rio Iratapuru - COMARU Local de coleta: Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru - Amapá. Produtos • • • • • • • Sabonete Líquido Sabonete em barra Shampoo Condicionador Óleo para banho Hidratante para o corpo Hidratante para as mãos