Tecnologia em Silvicultura
Anderson Piacezzi, MSc
Consultor Técnico
Engº Florestal – UFV
Mestre em Genética e Melhoramento Florestal – UFV
Especialista Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas - UFLA
Novembro/2013
Desenvolvimento e Estabelecimento da Silvicultura
Clonal - MATOPIBA
OBJETIVOS
Assegurar a indicação /
internalização, seleção e o
melhoramento genético florestal de
clones de Eucalyptus spp adaptados
às condições edafoclimáticas nas
diferentes regiões dos Estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia,
com capacidade produtiva e
características tecnológicas da
madeira adequadas a processos
industriais diversos, através da
implementação de ações
estratégicas de curto, médio e longo
prazo.
Desenvolvimento e Estabelecimento da Silvicultura
Clonal - MATOPIBA
BENEFÍCIOS
 Atratividade
de
novos
empreendimentos de base
industrial para os Estados.
 Desenvolvimento econômico
dos Estados.
 Desenvolvimento social =>
melhoria da qualidade de
vida: IDH & IFDM.
 Conservação ambiental =>
minimização e/ou redução da
exploração das vegetações
nativas.
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano
IFDM: Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
Florestas Clonais de Eucalyptus
O que plantar,
como plantar e manejar,
produzir e colher.
Área e
distribuição
de plantios
florestais
com
Eucalyptus
nos Estados
do Brasil,
2012
Fonte: ABRAF (2013)
Crescimento percentual da área plantada com
Eucalyptus por Estado, 2012
Fonte: ABRAF (2013)
Produtividade Potencial Média Florestal
_ Brasil
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MÉDIA FLORESTAL
60
50
50
40
m³/ha/ano
40
30
25
20
13
10
0
70
80
90
00
Ano
FONTE: Rubens Garlipp, SBS 2007.
Comparação da produtividade florestal de
folhosas no Brasil com países selecionados, 2012
Fonte: ABRAF(2012)
Programa de Melhoramento Genético e Florestal –
PMGF
Importância do Estabelecimento PMGF
 Obtenção de clones adaptados às condições edafoclimáticas dos
Estados.
 Aumento da produtividade volumétrica de madeira por hectare de floresta
cultivada.
 Melhoria das características tecnológicas da madeira para uso industrial.
 Otimização da relação custo x benefícios.
 Maior competitividade econômica no Mercado, das Empresas a se
instalarem nos Estados.
MATOPIBA:
Atlas Pluviométrico do Brasil
Isoietas Anuais Médias _ Período 1977 a 2006
Fonte: http://www.cprm.gov.br/publique/media/Isoietas_Totais_Anuais_1977_2006.pdf
Tocantins:
Condições
climáticas:
- precipitação
- temperaturas
médias anuais
- umidade
relativa
Tocantins:
Características
edáficas:
- morfologia dos
solos
- textura dos
solos
- profundidade
efetiva
- camadas de
impedimento
Estados MATOPIBA – Logística Favorecida
Desenvolvimento Tecnológico Florestal
Tocantins _ MATOPIBA
Estabelecimento de ações estratégicas
 Parceria Pública & Privada
Mercado Empresarial
Investidores & Produtores
Setores Industriais:




Celulose & Papel
Siderurgia
Madeira Sólida
Bioenergia
Fluxograma Planejamento
Plantio Florestal
Planejamento Técnico-Operacional
Características dos
Solos e Topografia
• Preparo de solo
Recomendações
• Material genético (clones)
Realimentação
• Nutrição (plantio e manutenção)
Execução
Registros
•Controle da matocompetição
• Anotações florestais (histórico ocorrências)
• Avaliação de plantios
Acompanhamento
• Inventário florestal (IMA e/ou biomassa)
• Monitoramento Status Nutricional
Melhoramento Genético e Seleção de Clones
Programa de Melhoramento Genético e Florestal Multiespécies
Espécies progenitoras potenciais
Espécie
Prioridade
Regeneração
(m /ha.ano)
Densidade
Básica
Madeira
Pragas
Doenças
Déficit hídrico
não
não
+
Produtividade
3
3
Tolerância/Resistência
E. grandis
++++
baixa
aumento
(kg/m )
370 a 500
E urophylla
++++
muito boa
aumento
560
sim
sim
+++
E.camaldulensis
+++
muito boa
baixa
630 a 700
parcial*
sim
+++
E. tereticornis
+++
muito boa
boa
570 a 645
parcial*
sim
+++
Corymbia citriodora
+++
muito boa
baixa
730 a 800
sim
sim
++
Híbridos outros
+++
muito boa
aumento
480 a 620
---
---
---
E. brassiana
++
boa
baixa
780
parcial*
sim
++
E. resinifera
++
baixa
mediana
770
sim
sim
++
E. cloeziana
+
baixa
boa
680 a 800
não
não
++
E. robusta
+
média
mediana
690
sim
sim
+
E. pellita (Papua)
+
muito boa
boa
610
sim
sim
++
* susceptível ao Psilídeo de concha e Vespa da galha.
Fontes: Euzébio Miguel (ArcelorMittal); Embrapa Florestas – 2000; www.greenhouse.gov.au
Melhoramento Genético e Seleção de Clones
Programa de Melhoramento Genético e Florestal Multiespécies
Espécies progenitoras potenciais
Densidade
Básica (kg/m )
Teor de lignina
(% )
Rendimento de
Celulose (% )
Clima
Crescimento
E. camaldulensis
630
31
-
Tropical
Baixo
E. dunni
520
23
52
Temperado
Médio
E. globulus
550
20
55
Temperado
Médio
E. grandis
490
29
51
Subtropical
Alto
E. pellita
600
30
-
Tropical
Médio
E. saligna
490
26
51
Subtropical
Alto
E. smithii
550
20
55
Temperado
Médio
E. tereticornis
610
31
-
Tropical
Baixo
E. urophylla
560
29
50
Tropical
Alto
Espécie
3
Produção Vegetal – Silvicultura Clonal
– Cruzamentos espécies: geração de híbridos
Ganho de Produtividade Volumétrica e Qualidade da Madeira
Nº Clone
**
Material Genético
Descrição do local de
seleção
Empresa
Fornecedora
Densidade
Tolerância
Déficit Hídrico Básica (kg/m3)
Rendimento de
Celulose (%)**
1404
Híbrido E.urograndis
Alagoinhas - BA
Copener / BSC
+++
540
51
1407
Híbrido E.urograndis
Alagoinhas - BA
Copener / BSC
+++
540
51
GG157
Híbrido E. urophylla
Três Marias - MG
Gerdau
+++
585
51
GG1886
E. urophylla
Três Marias - MG
Gerdau
+++
561
48
MA2000
Híbrido E .urocornis
Urbano Santos-MA
SUZANO
++++
580
49
MA2001
Híbrido E .urocornis
Urbano Santos-MA
SUZANO
++++
580
49
VM01
Híbrido E. urocam
João Pinheiro-MG
V&M
++++
590
48
Valor DB estimada (base valores spp puras dos híbridos)
Valor RC estimado (base valores spp puras dos híbridos e DB da madeira)
Fonte: TecSil, 2013
Melhoramento e Seleção de Clones
Ações de Curto Prazo – Desenvolvimento Florestal
Estabelecimento de ações estratégicas
 Definição das macrorregiões distintas quanto as características
edafoclimáticas ao longo dos Estados MATOPIBA => aspectos de
logística e desenvolvimento potencial de Mercados de base industrial
devem ser contemplados / considerados.
 Instalação de Fazendas Experimentais Modelos, com diversidade genética
e de espécies arbóreas e distintos modelos de manejos silviculturais,
silvipastoris e agrosilvopastoril.
 Base genética de Eucalyptus spp ampla, visando identificação de
potenciais clones adaptados aos sites específicos, bem como, com
potenciais usos industriais diversificados.
Ações de Médio Prazo – Desenvolvimento Florestal
Estabelecimento de ações estratégicas
 Definição e introdução de base genética clonal diversificada e potencial
de Eucalyptus (usos potenciais celulose, carvão vegetal, madeira sólida,
biomassa).
 Implantação de rede experimental diversificada, foco em resultados de
curto e médio prazo a atender empreendimentos novos e em implantação.
 Estabelecimento de gestão de dados, informações e resultados,
comprometidos com metas.
 Estruturação de um Programa de Melhoramento Genético e Florestal –
PMGF para a geração de novos clones híbridos (raças locais) aptos as
condições edafoclimáticas dos Estados MATOPIBA, com usos industriais
distintos.
Programa de Melhoramento Florestal
PMF => Estratégias de
Curto e Médio Prazo
Normal
Eventual
Ações de Longo Prazo – Desenvolvimento Florestal
Estabelecimento de ações estratégicas
 Obtenção / geração de materiais genéticos híbridos (clones) potenciais e
adaptados a sites diversos do MATOPIBA.
 Realização de dias de campo no médio e longo prazo, com produtores e
empresários / empreendedores, nas Fazendas Experimentais Modelos.
 Divulgação local, Nacional e Internacional dos resultados das Fazendas
Experimentais Modelos, possibilitando a atratividade de novos
empreendimentos de base industrial, para distintas regiões dos Estados
MATOPIBA.
Melhoramento Genético e Florestal –
Tripé de Sustentação
Produtividade
Sustentabilidade
Biológica
Diversidade
Genética
Qualidade da
Madeira
 Diversidade Genética: Manutenção de um nível de diversidade genética adequado que
proporcione sustentabilidade e, ou, segurança às florestas plantadas.
Melhoramento Genético - Seleção de Clones
Anatomia e
Composição Química
da Madeira.
Obtenção de Híbridos
interespecíficos, como:
Eucalyptus urograndis
E. urocornis
E. urocam
E. toreliodora
Produtividades Comparativas e Esperadas
Planejamento – Produtividade Esperada Projetos Florestais
Conciliando Material Genético Clonal e Manejo Físico e Químico do Solo
IMA médio
Região
Estado
Precipitação total
(mm/ano)
(m3/ha.ano)*
R01
Bahia
1.200
65,8
7
R02
Bahia
900
28,2
6
R03
Bahia
800
21,8
6
TO
Tocantins / MATOPIBA
1.000 a 1.500
30 a 35...
6a7
Idade (anos)
* Dados de IF_Inventário Florestal, Testes Clonais Ampliados (parcelas de 7 x 7 plantas, aferiadas centrais 5 x 5 plantas, 3 rep.).
Fonte: TecSil, 2013
Produtividade Florestal _ Bahia
Resultados Teste Clonal Ampliado_7 anos
Fonte: TecSil, 2013
Produtividade Florestal _ Bahia
Resultados Teste Clonal Ampliado_6 anos
321 = 60
5341 = 50
1250 = 49
Fonte: TecSil, 2013
Produtividade Florestal _ Bahia
Clone 321, 92 meses, 54,4 IMA, Altamira II
1400 mm
Clone 1277, 104 meses, 53,9 IMA, Altamira I
13002013
mm
Fonte: TecSil,
Recomendação de Material Genético
- Clones _ Zona da Mata Mineira_MG
> Umidade Relativa
Clone Resistente
< Circulação de ventos
> Predisposição ocorrência de
doenças fúngicas, como p.ex.
Ferrugem (Puccinia psidii),
detalhes abaixo.
Clone Susceptível
Plantios Comerciais Clonais
- Mato Grosso do Sul
Clones Híbridos E. urograndis
Com 5 meses a 1 ano de idade.
Plantio Clone Inadaptado - Tocantins
Clone H13
Plantio: 12/01/2007
Com 4 anos de idade.
Plantio Clonal (GG100)
Com +/- 2 anos de idade.
Plantio Clone Inadaptado - Tocantins
Clone GG100
Em torno de 2 anos de idade.
Recomendação Comercial de Material Genético
- Clones
Clone
I-144
Descrição Material
genético
Descrição da
Procedência
Híbrido E .urograndis
Descrição do local de
seleção
Empresa
Fornecedora Nº Clone (1)
(1)
Tolerância
Déficit Hídrico
Densidade
Básica
(kg/m3)
Rendimento
de Celulose
(%)
Participação
Projeto 2013/2014 est.
planejada Projeto
18.000 ha (ha/clone)
2013/2014 (%)
Demanda Mudas
2013/2014
-----
Itamarandiba-MG
ArcelorMittal
+++
515
52,2
30%
5.400
7.042.140
GG157 Híbrido E. urophylla
-----
Três Marias - MG
Gerdau
+++
585
51
10%
1.800
2.347.380
VC865
Híbrido E .urograndis
-----
Entre Rios - BA
Copener
++?
540
50,8
10%
1.800
2.347.380
VC888
Híbrido E .urograndis
-----
Entre Rios - BA
Copener
++?
540
51,7
8%
1.440
1.877.904
1404
Híbrido E.urograndis
-----
-----
Copener
+++?
540
51
8%
1.440
1.877.904
1407
Híbrido E.urograndis
-----
-----
Copener
+++?
540
51
8%
1.440
1.877.904
GG702 E. grandis x E. urophylla
-----
Três Marias - MG
Gerdau
+++
550
50
4%
720
938.952
GG680 E. grandis x E. urophylla
-----
Três Marias - MG
Gerdau
+++
550
50
4%
720
938.952
1294
Híbrido E.urograndis
Inhambupe-BA
Inhambupe-BA
Copener
+++
550
50
4%
720
938.952
1250
Híbrido E.urograndis
Inhambupe-BA
Inhambupe-BA
Copener
+++
556
52
3%
540
704.214
1296
Híbrido E.urograndis
Inhambupe-BA
Inhambupe-BA
I-220 *
Híbrido E. urophylla
AEC1528 E. urograndis
A23 *
Híbrido E. grandis
2063 *
Híbrido E. grandis
6500 *
Eucalyptus híbrido
EXP
Áreas Experimentais
Copener
+++
552
52
3%
540
704.214
Itamarandiba-MG
ArcelorMittal
+++
578
51
3%
540
704.214
Rio Claro-SP
Itamarandiba-MG
ArcelorMittal
++
531
52
2%
360
469.476
Rio Claro - SP
São Mateus - ES
Celmar
++?
568
48,2
1%
180
234.738
Rio Doce
FRDSA
++?
568
48
1%
180
234.738
Copener
++?
530
50
0,5%
90
117.369
0,5%
90
117.369
100%
18.000
23.473.800
-----
----Pará
-----
Plantios Semi-Comerciais / Fatorial (Clone x Espaçamento x Adubações Potenciais)
----
----
Média Aritmética DB madeira / Rendimento de Celulose
550
51
Média Ponderada Participação DB madeira / Rendimento de Celulose
541
51
Legenda:
Classe I
Participação de 74%.
(ha/Classe)
13.320
Classe II
Participação de 18%.
3.240
Classe III
Participação de 7,5%.
1.350
Exp
Áreas Experimentais 0,5%
90
Fonte: TecSil – MS, 2013.
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Cel. 55 34-9133-3654
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