9º Seminário de Atualização em Eucaliptocultura
MATERIAL GENÉTICO ADAPTADO AO
DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
Profa. Luciana Duque Silva
Depto. Ciências Florestais ESALQ/USP
1
FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
1) FINALIDADE DO PLANTIO
FONTE: HIGA, et al. (2000)
2
ESPÉCIES POTENCIAIS INDICADAS EM FUNÇÃO DO USO:
Celulose: E. dunni, E. globulus, E. grandis, E. saligna, E. urophylla e E.
Fluxograma
grandis x E. urophylla (híbrido).
Lenha e carvão: E. brassiana, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana,
E. crebra, E. deglupta, E. excerta, E. globulus, E. grandis, C. maculata, E.
paniculata, E. pellita, E. pillares, E. saligna, , E. tereticornis, E. tesselaris e E.
urophylla.
Serraria: E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. dunni, E.
globulus, E. grandis, C. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata,
E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. resinífera, E. robusta, E. saligna, E.
tereticornis e E. urophylla.
Móveis: E. camaldulensis, C. citriodora, E. deglupta, E. dunni, E. exserta, E.
grandis,C. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinífera, E.
saligna e E. tereticornis.
Fonte: IPEF (2013)
ESPÉCIES POTENCIAIS INDICADAS EM FUNÇÃO DO USO:
Laminação: E. botryoides, E. dunni, E. grandis, C. maculata, E. microcorys,
E. pilularis, E. robusta, E. saligna, e E. tereticornis.
Caixotaria: E. dunni, E. grandis, E. pilularis e E. resinífera.
Construções: E. botryoides, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana,
E. deglupta, C. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E.
resinifera, E. robusta, E. tereticornis e E. tesselaris.
Dormantes: E. botryoides, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E.
deglupta, E. exserta, C. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E.
pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. robusta e E. tereticornis .
Fonte: IPEF (2013)
4
ESPÉCIES POTENCIAIS INDICADAS EM FUNÇÃO DO USO:
Postes: E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, C. maculata, E.
maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. punctata, E. propinqua,
E. tereticornis e E. resinifera.
Estacas e moirões: C. citriodora, C. maculata e E. paniculata,
Óleos essenciais: E. camaldulensis, C. citriodora, E. exserta, E. globulus,
E. smuthii e E. tereticornis.
Taninos: E. camaldulensis, C. citriodora, C. maculata, E. paniculata e E.
smithii .
Fonte: IPEF (2013)
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FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
1) FINALIDADE DO PLANTIO
2) ADAPTAÇÃO
FONTE: HIGA, et al. (2000)
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FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
2) Adaptação
 Clima: Geadas, déficit hídrico, vento, temperatura, etc.
 Solo: Profundidade efetiva, fertilidade, textura etc.
 Pragas: Formiga, vespa da galha, percevejo bronzeado, etc.
 Doenças: Gomose, cancro, etc.
Mudança climática global?
FONTE: HIGA, et al. (2000) adaptado
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EUCALIPTO – INDICAÇÃO EM FUNÇÃO DO CLIMA
Úmido e quente: E. camaldulensis, E. deglupta, E. robusta E. tereticornis e E.
urophylla.
Úmido e frio: E. botryoides, E. deanei, E. dunni, E. globulus, E. grandis, E.
maidenii, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. resinifera, E. saligna e E.
viminalis .
Subúmido úmido: C. citriodora, E. grandis, E. saligna, E. tereticornis e E.
urophylla .
Fonte: IPEF (2013)
EUCALIPTO – INDICAÇÃO EM FUNÇÃO DO CLIMA
Subúmido seco: E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, C. maculata, E.
pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. tereticornis e E. urophylla.
Semiárido: E. brassiana, E. camaldulensis, E. crebra, E. exserta, E.
tereticornis e E. tessalaris .
Fonte: IPEF (2013)
1-2 anos
Depois de 3 anos
3 anos
EUCALIPTO – INDICAÇÃO EM FUNÇÃO DO SOLO
Argilosos: C. citriodora, E. cloeziana, E. dunni, E. grandis, C. maculata, E.
paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna e E. urophylla.
Textura média: C. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. exserta, E. grandis, C.
maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, E.
tereticornis e E. urophylla.
Arenosos: E. brassiana, E. camaldulensis, E. deanei, E. dunni, E. grandis,
E. robusta, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.
Fonte: IPEF (2013)
EUCALIPTO – INDICAÇÃO EM FUNÇÃO DO SOLO
Hidromórficos: E. robusta e E. camaldulensis.
Distrófico: E. albra, E. camaldulensis, E. grandis, C. maculata, E. paniculata,
E. pyrocarpa e E. propinqua.
Fonte: IPEF (2013)
FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
1) FINALIDADE DO PLANTIO
2) ADAPTAÇÃO
3) SILVICULTURA
FONTE: HIGA, et al. (2000)
13
FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
3) Silvicultura
 Sementes ou “clone”.
 Método de produção da muda.
 Preparo do solo.
 Espaçamento de plantio.
 Adubação.
 Controle de plantas daninhas, etc.
FONTE: HIGA, et al. (2000)
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Potencial produtivo de eucalipto em Minas Gerais com o uso de alto nível
tecnológico, obtido pelo modelo de crescimento 3-PG
Fonte: Guimarães, et al (2007)
Potencial produtivo de eucalipto em Minas Gerais com o uso de
médio nível tecnológico, obtido pelo modelo de crescimento 3-PG.
Fonte: Guimarães, et al (2007)
FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
1) FINALIDADE DO PLANTIO
2) ADAPTAÇÃO
3) SILVICULTURA
4) RENTABILIDADE
FONTE: HIGA, et al. (2000)
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FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DE ESPÉCIE:
4) Rentabilidade
- Produtividade (m3/ha)
- Qualidade da madeira
- Valor do produto
- Mercado
FONTE: HIGA, et al. (2000)
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Fonte: Santos (2010)
CLONES COMERCIAIS – ÁREA COM RESTRIÇÃO HÍDRICA
CLONES
Espécie ou Híbrido (RNC)
AEC 1528 (1528)
Eucalyptus spp.
AEC 144 (I144)
E. urophylla
AEC 224 (I224)
E. urophylla
AEC 042 (I042)
E. urophylla
VM01 – (UROCAM)
E. camaldulensis x E. urophylla
GG100
E. urophylla
COP1277
E. camaldulensis x E. grandis
IPB1 – (H13)
E. urophylla
CLONES COMERCIAIS E ALGUMAS DE SUAS CARACTERÍSTICAS
Cultivar
AEC 144
E. urophylla
AEC 224
E. urophylla
C219
E. urophylla x E.
grandis
IPB1 (H13)
E. urophylla
COP1277
E. grandis x E.
camaldulensis
Características
Boa adaptação a várias condições edafoclimáticas; bom incremento de madeira; não
possui desrama natural; floração precoce; apresenta seca de ponteiro com perda de
dominância apical; apresenta tortuosidade no terço superior; tolerância média a
estiagem; tolerante a ferrugem; media tolerância ao Psilídeo de concha; densidade 515
kg/m3; susceptível a geadas
Boa adaptação a várias condições edafoclimáticas; bom incremento de madeira; não
possui desrama natural; floração tardia; apresenta quebra de ponteiro com perda de
dominância apical; tolerância média a estiagem; susceptível a ferrugem; apresenta
regeneração natural; densidade 498 kg/m3; susceptível a geadas;
Boa adaptação a várias condições edafoclimáticas; bom incremento de madeira; não
possui desrama natural; floração tardia; apresenta quebra de ponteiro com perda de
dominância apical; tolerância estiagem; tolerante a ferrugem; tolerância média a
geadas;
Boa adaptação a várias condições edafoclimáticas; bom incremento de madeira; não
possui desrama natural; floração normal; tolerância a estiagem; muito susceptível a
ferrugem; media tolerância ao Psilídeo de concha; densidade 520 kg/m3; susceptível a
geadas;
Boa adaptação a várias condições edafoclimáticas; bom incremento de madeira;
floração tardia; muito tolerante a estiagem; tolerante a ferrugem; altamente susceptível
ao Psilídeo de concha; densidade 490 kg/m3; tolera geadas; altamente susceptível a
Vespa da galha;
Fonte: IPEF (2013)
PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO EM: MONOCULTIVO
22
ÁREAS SEMELHANTES AO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
23
FOTO: Lima (2012)
DADOS DE CAMPO – Espaçamento 6 m2(3m x 2m)
Clone
GG-100
GG-100
GG-100
GG-100
Idade (meses) Mortalidade (%) V (m³/ha)
49
1,52
294,35
59
7,14
274,39
36
1,78
168,24
36
12,16
189,83
IMA (m³/ha.ano)
72,09
55,81
56,08
63,28
I-144
I-144
I-144
I-144
I-144
63
40
36
36
35
23,19
5,86
13,29
5,60
4,80
280,72
180,59
136,21
157,32
211,64
53,47
61,92
45,40
52,44
72,56
1528
38
0,00
183,97
58,09
1277
36
4,69
118,84
39,61
H-13
H-13
59
59
8,63
2,86
259,82
315,35
52,85
64,14
24
CLONE AEC 144 – 36 MESES
CLONE GG100 – 36 MESES
Presença de árvores
tortas e quebradas pelo
vento.
CLONE AEC 1528 – 38 MESES
CLONE COP 1277 – 36 MESES
28
CULTIVARES OESTE DA BAHIA
VM01
Fonte: IPEF (2013)
Descrição/Observações AEC224:
Clone mineiro, híbrido natural de E.urophylla, desenvolvido pela
Arcelormital, é plantado em várias regiões do Brasil .
Apresenta bom desenvolvimento em solos argilosos.
Sua madeira é de boa qualidade e pode ser destinada tanto para
energia, serraria entre outros fins.
Seu IMA : 42/m³/ha/ano, densidade: 498 Kg/m³, teor de lignina:
26,49%.
Descrição/Observações AEC224:Clone mineiro, híbrido natural de E.urophylla, se
desenvolve melhor em solos argilosos. Sua madeira é de boa qualidade e pode ser
destinada tanto para energia, serraria entre outros fins. Seu IMA : 42/m³/ha/ano, 30
densidade : 498 Kg/m³, teor de lignina : 26,49%.
FECHAMENTO DE COPA
31
PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO EM: SAF ou ILPF
32
ÁREAS SEMELHANTES AO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
33
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS - SAFs
- Desrama natural;
- Ângulo de galhos;
- Galhos finos;
- Fuste retilíneo;
- Rápido crescimento inicial (gado)
- Boa produtividade;
- Toras grossas...
34
GG100
AEC 1528
LUZ
AEC 224
AEC 042
35
PRODUTIVIDADE ARRANJO 9m x 3m (linha simples)
Clones
DAP médio
(cm)
H médio
(m)
V médio
(m³)
V
(m³/ha)
I.M.A.
(m³/ha.ano)
GG100
18,27
16,76
0,2060
63,42
15,85
AEC 224
17,34
18,73
0,2280
66,17
16,54
AEC 1528
17,94
18,75
0,2524
79,01
19,75
36
EXTRAPOLAÇÃO DA PRODUTIVIDADE (3m x 2m)
> entrada de luz
37
EX. AVALIAÇÃO QUALITATIVA AEC 1528
38
CLONE AEC 1528 - MONCULTIVO
39
SECA + FUNGO?
CLONE AEC 1528 - SAF
MESMO SINTOMA!
40
Distribuição Geográfica – L. invasa (vespa-da-galha)
FONTE: VIANNA LIMA (2013)
Fonte: Silvicontrol
Infestação em espécies de eucalipto – L. invasa
As espécies de eucalipto com registro de ocorrência da praga são:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
E. camaldulensis,
E. saligna,
E. botryoides,
E. bridgesiana,
E. cinerea,
E. globulus,
E. grandis,
E. gunni,
E. nicholli,
E. pulverulenta,
E. robusta,
E. rudis,
E. tereticornis,
E. viminalis
FONTE: VIANNA LIMA (2013)
Fonte: FAO, 2007
Infestação em espécies de eucalipto – L. invasa
• Situação no Brasil:
• Alta infestação em clones híbridos GRA x CAM
• Média infestação em E. globulus, C. citriodora (MG) e
alguns clones de híbridos E. grandis x E. urophylla.
• Baixa infestação em E. urophylla, E. dunnii e E.
benthamii
• Maiores infestações em viveiro
1,2 mm
• 1277
• VM 58
FONTE: VIANNA LIMA (2013)
SUSCEPTIBILIDADE AO PERCEVEJO BRONZEADO
Espécie
E. camaldulensis
E. tereticornis
E. camaldulensis x E. grandis
E. viminalis
E. grandis
E. paniculata
E. robusta
E. saligna
E. suderoxylon
C. citriodora
Reação
+++
+++
+++
++
+
+
+
+
+
0
+++: suscetível; ++: intermediária; +: pouco suscetível; 0: não atacada
Intensidade de infestação de espécies de eucalipto ao ataque de
Thaumastocoris peregrinus, na África do Sul (Jacobs & Neser, 2005)
SUSCEPTIBILIDADE AO PSILIDEO DE CONCHA
Espécie
Reação
E. camaldulensis
Suscetível
C. citriodora
Intermediária
E. globulus
Intermediária - Pouco Suscetível ou Não Atacada
E. grandis
Intermediária
E. paniculata
Pouco Suscetível ou Não Atacada
E. robusta
Pouco Suscetível ou Não Atacada
E. saligna
Pouco Suscetível ou Não Atacada
E. tereticornis
Suscetível
Reação de espécies de eucalipto ao ataque de Glycaspis brimblecombei
(Hemiptera: Psyllidae) nos EUA (DAHLSTEN et al., 2003)
EX. DE BUSCA POR MAIOR PRODUTIVIDADE
DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES (relevo, cotas de altitude)
E. dunnii
E. dunnii
E. dunnii
E. dunnii
E. benthamii
E. benthamii
E. benthamii
FONTE: SANTOS (2010)
46
RECOMENDAÇÕES
-
Visitem plantios próximos à sua propriedade;
-
Verifique se o fator de insucesso é realmente o material
genético;
-
O status do material genético pode mudar (doença);
-
Não utilize apenas o valor da muda como critério para sua
aquisição;
-
Faça o plantio em condições mais adequadas e tome o
máximo cuidado nessa fase; e
-
Plante vários clones, isso reduzirá o risco do investimento.
9º Seminário de Atualização em Eucaliptocultura
OBRIGADO!!!
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material genético adaptado ao distrito federal e