Miguel Machado Simas, associado nº 2261
Desta vez vamos apresentar aos nossos associados o Engº. Miguel Simas, uma personalidade com um
percurso profissional e social dignos de destaque.
Nos primórdios da sua vida profissional o Engº. Simas foi Chefe das Centrais de Castelo de Bode e do
Cabril (ex-Hidroeléctrica do Zêzere).
Em 1970 foi cedido pela CPE - Companhia Portuguesa de Electricidade ao Gabinete do Plano do Zambeze
do (então) Ministério do Ultramar, para exercer funções no âmbito do Controlo de Gestão e Segurança, na
fase inicial de construção da Central de Cahora Bassa (HCB), no Songo, em Moçambique, onde esteve
durante cerca de 3 anos.
Regressado à EDP foi colocado na Direcção de Produção Térmica na Equipa de Projecto da Central
Térmica de Setúbal, na área da mecânica. Em Agosto de 1975 foi colocado no Estaleiro desta obra na
área da mecânica. Um ano depois foi incumbido de organizar e preparar os recursos técnicos e humanos
do Departamento de Manutenção da Central para cuja chefia foi nomeado. Em 1991 foi designado Chefe
da Central do Barreiro. No fim de 1992 regressou à Central de Setúbal onde permaneceu até à passagem
à pré-reforma na situação de Chefe da Central.
Atraído desde jovem pelas causas sociais, sempre dedicou uma parte significativa do seu tempo livre ao
voluntariado, nomeadamente no apoio aos mais carenciados. Ainda hoje várias organizações-Caritas,
(APPACDM) Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (de cujos órgãos directivos
fez parte, 3 dos quais como presidente da Delegação de Setúbal), Centro Social da Casa do Povo de
Palmela (Centro de Dia para Idosos e Crianças) - contam com o seu apoio.
Por onde foi passando deixou marcas sociais.
Logo no Zêzere, a justeza das suas decisões mostrava a importância que o ser humano tinha para si. O
carinho com que no passado mês de Maio, no 8º. encontro de confraternização da “Família Zêzere”, foi
registada a sua presença, acompanhado da esposa e da filha Mariana, testemunha a impressiva memória
deixada nos colegas daqueles tempos.
Em Moçambique - Cahora Bassa - as imensas carências dos nativos tiveram do
Eng.º Simas respostas multifacetadas: ajuda na saúde, na habitação, na educação, nos apoios sociais,
em geral, não só ao pessoal do Estaleiro mas também às populações de fora do empreendimento. Trabalhadores da EDP que no âmbito do Acordo de Cooperação estabelecido com a HCB se deslocaram em
1981 ao Songo, testemunharam referências ao seu “trabalho”.
Em Setúbal, o mesmo rumo:
dedicação quase permanente ao próximo. Ainda recentemente foi solicitado para coordenar a tarefa de
recolha, selecção e expedição de bens na região de Setúbal para enviar aos madeirenses vítimas das
grandes cheias. Não sendo possível neste espaço dar a conhecer a extensão das suas actividades sociais em vários pontos desta região, diremos, em síntese, que o Simas “sempre terá disponibilidade para
ajudar quem precisa”.
Discreto, este humanista convicto, açoriano do Pico, tem na pesca e na jardinagem - a par dos seus
hábitos de leitura desde tenra idade - os seus hobbies preferidos e aos quais guarda fidelidade contínua.
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Texto Miguel Simas