Depois de deixar o escritório chego em casa como se tivessem
colocado um rojão na bunda. Olho as caixas embaladas e quebra meu
coração. Tudo foi uma merda. Minha viagem para a Alemanha é cancelada e
minha vida no momento, também. Eu coloquei quatro coisas em uma
mochila e desapareço antes que Eric me encontre. Meu telefone toca, e toca,
e toca. É ele, mas recuso-me a atendê-lo. Eu não quero falar com Eric.
Pronto para desaparecer da minha casa, eu vou para um café e
chamo minha irmã. Eu preciso falar com ela. Eu faço-lhe prometer que não
vai contar a ninguém onde estou e fico com ela.
Minha irmã atende minha chamada e depois do abraço que eu
preciso, me escuta. Eu digo uma parte da história, apenas parte que sei que
deixaria sem palavras. Eu omito a parte do sexo e tal, porque Rachel é
Rachel! E quando as coisas não lhe agradam começa com ―Você está
louca!‖, ―Você tem um parafuso solto!‖, ―Eric é um bom partido!‖ ou ―Como
você pôde fazer isso?‖. No final eu me despeço dela e apesar de sua
insistência não revelo para onde estou indo. Eu a conheço e sei que vai dizer
a Eric que eu a chamei.
Quando eu consigo me separar da minha irmã, eu chamo o meu pai.
Depois de ter uma breve conversa com ele e fazê-lo entender que em alguns
dias eu vou para Jerez e lhe explicarei o que acontece comigo, eu entro no
carro e vou para o Valencia. Lá eu vou ficar em um albergue durante três
dias de caminhada na praia, dormir e chorar. Eu não tenho nada melhor para
fazer. Não pegue o telefone para Eric. Não... eu não quero.
No quarto dia eu entro no carro e eu estou mais relaxada em Jerez,
onde o meu pai me acolheu de braços abertos e me deu todo o seu amor e
carinho. Digo-lhe que o meu relacionamento com Eric se foi para sempre, e
ele não queria acreditar. Eric me ligou várias vezes preocupado e, de acordo
com o meu pai, esse homem me ama demais para me deixar ir. Pobrezinho.
Meu pai é um romântico incurável.
No dia seguinte, quando eu acordo, Eric já está na casa de meu pai.
Pai o chamou.
Quando ele me vê, tenta falar comigo, mas eu me nego. Eu fico com
muita raiva, grito, grito e grito, e lhe culpo por tudo que tenho dentro de mim
antes de dar com a porta na cara dele e me trancar no meu quarto. No final,
eu ouço meu pai pedindo para ele sair, e agora me deixo respirar.
Sabe que eu sou agora incapaz de raciocinar e, ao invés de resolver
as coisas, vou é complicá-las mais.
Eric está na porta do quarto trancado e sua voz pesada com a tensão
e ira me dizia que iria embora. Mas que iria para a Alemanha. Tem alguns
assuntos para resolver lá. Insiste mais uma vez que eu saia, mas vendo
minha recusa finalmente se vai.
Passa dois dias e minha angustia é persistente.
Esquecer Eric é impossível, especialmente quando ele me telefona
constantemente. Eu não respondo. Mas como eu sou uma masoquista pura
e simples, escuto nossas músicas repetidas vezes para martirizar-me e
vangloriar a minha dor, dorzinha... dor. O lado positivo de tudo isso é que eu
sei que está muito longe, e também que eu tenho a minha moto para
desafogar-me, me enlamear e saltar através dos campos de Jerez.
Depois de alguns dias eu liguei para Miguel, meu ex - companheiro de
Muller, e me deixa atualizada. Eric despediu minha ex-chefe. Incrédula, eu
ouvi como Miguel me disse que Eric teve uma grande discussão com ela
quando ele a pegou no refeitório zombando de mim. Resultado: Demissão.
Tome isso! Cadela.
Desculpo-me, eu não deveria estar feliz por isso, mas a malvada que
existe dentro de mim se deleita como a víbora finalmente teve o que
mereceu. Como meu pai sabiamente diz: "O tempo coloca cada um em seu
lugar", e já era tempo de colocar onde ela merece, na maldita rua.
Naquela tarde, aparece a minha irmã com José e Luz, e nos
surpreendeu com a notícia de que eles vão ser pais novamente. Gravidez a
vista! Meu pai e eu nos entreolhamos com cumplicidade e sorrimos. Minha
irmã está feliz, meu cunhado e minha sobrinha Luz animada. Vai ter um
irmãozinho!
No dia seguinte, chega a casa Fernando. Ao nos vermos damos um
longo e significativo abraço. Pela primeira vez desde que nos conhecemos,
ficamos sem nos falar por meses, e que nos dá tanto a entender que o
―nosso‖, que nunca existiu, finalmente acabou.
Não me pergunta de Eric.
Não o menciona, minha intuição diz que imagina que o que havia
entre nós terminou ou algo aconteceu. Na parte da tarde, minha irmã,
Fernando e eu bebemos em um bar em Pachuca, eu pergunto:
- Fernando, se eu pedisse um favor, você poderia me fazer?
- Depende do favor.
Nós dois sorrimos, e o faço disposta para conseguir o meu propósito:
- Eu preciso do endereço de duas mulheres.
- Que mulheres?
Tomo um gole da minha coca-cola e respondo:
- Uma se chama Marisa de La Rosa e vive em Huelva. Ela é casada
com um cara chamado Mario Rodriguez, que é um cirurgião plástico, eu sei
pouco mais. E a outra se chama Rebecca e foi namorada por um par de
anos de Eric Zimmerman.
- Judith – protesta a minha irmã – Não!
- Cala a boca, Raquel.
Mas minha irmã começa seu discurso e não há ninguém que a cale.
Depois de discutir com ela eu olho para Fernando, que não abriu a boca.
- Você pode conseguir o que pedi, ou não?
- Para que você quer? – Me pergunta.
Eu não estou disposta dizer o que aconteceu.
- Fernando, não é para nada ruim – saliento - mas se você pudesse
ajudar, eu agradeço.
Por alguns segundos, me olha tranquilamente, ainda com Raquel ao
meu lado reclamando. No final concorda, se levanta, e longe eu vejo que fala
no celular. Fico inquieta. Dez minutos depois, ele vem até mim com um papel
e diz:
- Sobre Rebecca eu só posso dizer que está na Alemanha, mas não
tem residência fixa e endereço da outra aqui está. Por certo, seus amigos
movem-se em ambientes de altos voos e compartilham os mesmos jogos
que Eric Zimmerman.
- Que jogos você fala? Raquel pergunta.
Fernando e eu nos olhamos. Mordo a língua para não falar mais
alguma coisa!
Entendemo-nos bem e indico que ele não responda minha irmã, ou
vai se ver comigo. É um excelente amigo. Finalmente, Fernando concorda e
responde:
-Nenhuma bobagem com elas, tudo bem, Judith?
Minha irmã balança a cabeça enquanto bufa. Eu, animada, pego o
papel e dou-lhe um beijo na bochecha.
-Obrigada. Muito... muito obrigada.
Naquela noite, quando estou sozinha no meu quarto, eu me sinto
furiosa. Sabendo que no dia seguinte, com um pouco de sorte, eu vou ver a
cara da Marisa faz meu coração palpitar. Essa bruxa má vai saber quem eu
sou.
De manhã eu desperto às sete. Está chovendo.
Minha irmã já está levantada e, quando vê que estou me preparando
para ir a uma viagem, ela gruda em mim como cola e começa a explodir suas
perguntas incessantes.
Eu tento esquivar.
Vou à Huelva, fazer uma visitinha a Marisa de La Rosa. Mas Rachel é
muito Rachel! E no final, vendo que eu não posso tirar de cima de mim,
convido para me acompanhar. Durante o trajeto me arrependo e sinto uns
desejos assassinos para jogar ela numa vala. É tão cansativa e repetitiva
que consegue tirar qualquer um da casinha.
Ela não sabe o que realmente aconteceu com Eric e eu, e não para de
delirar com suas suposições. Se soubesse a verdade ficaria chocada. Uma
mentalidade como a minha irmã não entenderia meus jogos com Eric.
Pensaria que somos depravados, entre muitas outras coisas ainda piores.
O jeito que o dia passou enquanto estava com ela, deformei a
realidade. Eu disse a ela que essas mulheres tinham posto as ervas
daninhas em nossa relação e é por isso que nós tínhamos discutido e Eric e
eu tínhamos rompido. Eu não poderia dizer o contrário.
Quando eu entro em Huelva, estranhamente eu não estou nervosa.
Meu nervosismo é para minha irmãzinha.
Ao chegar à rua que indica o papel, estaciono meu carro. Ao observar
a urbanização vejo que Marisa vive muito, muito bem. O complexo é luxuoso.
- Eu ainda não sei o que fazemos neste lugar, fofa – protesta minha
irmã, saindo do carro.
- Fique aqui, Raquel.
Mas, ignorando o meu pedido, fecha a porta decidida e responde:
- De jeito nenhum, bonita. Onde você for eu vou também.
Eu bufo e rosno.
- Mas vamos ver, é que talvez precise de um guarda-costas?
Coloca-se ao meu lado.
- Sim. Mas eu não confio em você. Você é tão desbocada e às vezes
você fica muito bruta.
- Foda-se!
- Você vê isso? Você já disse "foda-se!" Ela repete.
Sem responder começo a caminhar em direção ao belo local indicado
pelo papel. Toco o interfone na portaria, e quando uma voz de mulher
atende, digo:
- Carteiro.
A porta se abre, e minha irmã, surpreendida, olhe para mim.
- Aiiii, Judith, creio que vá fazer uma tolice. Por favor, querida, calma,
que eu te conheço ok?
Dou uma risada e murmurou enquanto aguardamos o elevador:
- Tolice ela fez quando me subestimou.
- Aiii fofa!
- Vamos ver - sussurro irritada -, a partir deste momento, eu a quero
caladinha. Este é um assunto entre essa mulher e eu, ok?
O elevador chega. Nós entramos e eu pressiono o botão para o quinto
andar. Quando o elevador para, procuro a porta D e bato. Momentos depois,
a porta se abre e uma desconhecida vestindo uniforme de serviço.
- Que deseja? Ela me pergunta.
- Olá, bom dia! - eu respondo com o melhor de meus sorrisos - Eu
gostaria de ver a Sra. Marisa de La Rosa. Ela está em casa?
- De que parte?
- Diga a ela que eu sou Vanessa Arjona, de Cadiz.
Ela desaparece.
- Vanessa Arjona? – sussurra minha irmã. O que é isso de Vanessa?
Rapidamente, com um breve aceno de cabeça, ordeno silêncio.
Dois segundos depois, aparece diante de nós Marisa, muito bonita,
com um conjunto branco. Vendo o seu rosto diz tudo. Está assustada. E
antes que ela pudesse fazer ou dizer alguma coisa, fecho a porta com força
e digo:
- Ei, sua putinha!
- Fofaaa! – minha irmã protesta.
A Marisa treme toda. Eu olho para a minha irmã para ficar quieta.
- Eu só quero que você saiba que eu sei onde você mora – assobio O que você acha? - Marisa está pálida, mas eu continuo -Seu jogo sujo me
deixou com raiva e, acredite, se eu colocar minha mente, eu posso ser muito
má e posso prejudicar você e seus amigos.
- Eu... eu não sabia que...
- Cale a boca, Marisa! -rosnei com os dentes apertados. Ela se cala e
eu prossigo:
-Eu não me importo com o que você diz. Você é uma bruxa má,
porque você me usou para um propósito nada bom. E, sua amiguinha Betta,
como eu tenho certeza que vocês mantêm contato, diga-lhe o dia que ela
cruzar meu caminho, ela vai saber quem sou eu.
Marisa oscila. Olha para dentro da casa e eu sei que ela teme o que
eu posso dizer.
- Por favor – súplica-, os meus sogros estão aqui e...
- Os seus sogros? – interrompo e aplaudo - Genial! Me apresente-os.
Eu ficaria feliz em conhecê-los e dizer quatro coisas de sua nora angelical.
Descontrolada, Marisa nega com a cabeça. Ela está com medo. Eu
sinto muito por ela. Apesar de ela ser uma bruxa má, eu não sou. Por fim,
decido terminar a minha visita.
- Se você me subestimar de novo, sua vida bonita e descontraída vida
com seus sogros e seu famoso esposo vai acabar - concluo -, porque eu
mesmo vou me encarregar por fazê-lo assim, ok?
Pálida como cera, concorda. Ela não me esperava aqui e muito
menos com esse humor. Quando eu disse tudo que eu tinha para dizer, me
viro para ir embora, eu ouço minha irmã perguntando:
- Esta é a puta que você procurava?
Faço um gesto afirmativo, e surpreendente como sempre faz Raquel,
eu ouço dizer:
- Se você chegar perto de minha irmã ou o namorado dela, eu juro
pela glória santa de minha mãe, que está olhando para nós do céu, que
quem regressa aqui sou eu com a faca de presunto do meu pai e arranco
teus olhos, pedaço de puta!
Marisa, depois da explosão palavras de minha querida Raquel, fecha
a porta na nossa cara. Ainda sem palavras, eu olho para a minha irmã e
murmuro alegremente enquanto nós caminhamos para o elevador:
- Ainda bem que a bruta e desbocada da família sou eu. - E ao vê-la
rir, eu acrescento – Não te disse que te queria caladinha?
- Olha, fofinha, quando se metem com a minha família e a prejudicam
eu falo mesmo e quero ver quem me cale.
Entre risadas, voltamos para o carro e retornamos à Jerez.
Quando chegamos, meu pai e meu cunhado perguntam por nossa
jornada. Nós duas nos entreolhamos e rimos. Nós dizemos nada. Esta
viagem será algo entre Raquel e eu.
Estamos em 17 de dezembro. O Natal se aproxima, e os amigos de
toda a vida, que vivem fora de Jerez estão chegando. Se o mundo terminar
no dia 21, como os maias dizem, pelo menos teremos nos visto pela última
vez.
Como todos os anos nos reunimos na grande festa organizada por
Fernando na casa de campo de seu pai, onde teve muito luxo. Risos,
danças, brincadeiras e, acima de tudo, boas vibrações. Durante a festa,
Fernando não me faz o menor indício. Só agradeço. Eu não estou para
insinuações.
Em um momento de folia, Fernando senta ao meu lado e
conversamos. Somos sinceros. Por suas palavras deduzo que sabe muito
sobre o meu relacionamento com Eric.
-Fernando, eu...
Ele não me deixa falar, põe um dedo na minha boca para me calar.
-Hoje você vai me ouvir. Eu disse que não gosto desse cara.
-Eu sei...
- E que não era conveniente para você, por tudo que nós sabemos.
-Eu sei...
-Mas, gostem ou não, estou ciente da realidade. E a realidade é que
você está se lançando para ele e ele para você. - Eu olho para ele com
espanto, e ele continua - Eric é um homem poderoso que pode ter qualquer
mulher que ele quer, mas ele tem mostrado sentimentos muito fortes por
você, e eu sei da sua insistência.
- Insistência?
-Ele me ligou mil vezes, desesperado, no dia que você desapareceu
de seu escritório. E quando eu digo "desesperado" é desesperado.
-Te ligou?
-Sim, todos os dias várias vezes. E mesmo que ele saiba que não é o
meu santo de devoção, o cara se arriscou, ele engoliu o orgulho, e me pediu
ajuda. Eu não sei como ele conseguiu meu telefone, mas a verdade é que
me ligou para me pedir para encontrá-la. Ele estava preocupado com você.
Meu coração acelerou. Pensar em meu Iceman enlouquecido pela
minha ausência me deixou tonta. Exageradamente tonta.
-Ele disse que havia se comportado como um idiota -continuou
Fernando - e que você tinha ido embora. Localizei-te em Valência, mas não
contei nada a ele ou tentaria te ligar, porque eu achei que você precisava
pensar certo?
-Sim.
Bloqueada pelo que ele está dizendo, eu o olho.
-Você já tomou uma decisão?
-Sim.
-Posso saber qual?
Tomo um gole da minha bebida, eu deixo o cabelo no rosto e, com
toda a dor do meu coração, falo com um pequeno sussurro de voz:
-O que havia entre mim e Eric acabou.
Fernando balança a cabeça, olha para alguns amigos, e depois de
respirar fundo, sussurra:
-Eu acho que você está errada.
-Como?
-Você ouviu.
-Como eu te ouvi! Você é estúpido?
Meu amigo abre um sorriso bobo e toma um gole de sua bebida.
-Espero que seus olhos brilhem por mim, como brilham por ele! Finalmente, exclama. -Eu queria que você ficasse tão louca por mim como
eu sei que você é por ele! E pode não estar ciente de que esse cara rico é
tão louco por você que é capaz de me chamar para te encontrar e te buscar,
embora em um momento assim eu possa te colocar contra ele.
Eu fecho meus olhos. Os apertos quando Fernando começa a falar
novamente.
-Para ele, a sua segurança, te encontrar e saber que você estava
bem, tem sido o principal, o mais importante, e isso me faz ver o tipo de
homem que Eric é e o quanto apaixonado ele está por você. -Abro os olhos e
escuto com atenção. -Eu sei que estou jogando pedras no meu próprio
telhado de confessar isso, mas se essa coisa entre você e aquele belo rapaz
é tão autêntica quanto ambos dão-me a entender, por que terminar?
-Está me dizendo pra ficar com ele?
Fernando sorriu, tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e sussurra:
-Você é boa, generosa, uma grande mulher e eu sempre te considerei
inteligente o suficiente para não ser enganada por qualquer um ou fazer algo
que não está ao seu gosto. Além disso, te quero como amiga, e se você se
apaixonou por esse cara, deve haver, né? Ouça, Jerezana, se você está feliz
com Eric, pense no que você quer, o que você deseja, e se o seu coração te
pede para ficar com ele, não se negue ou você vai se arrepender, ok?
Suas palavras tocam o meu coração, mas antes de eu começar a
chorar como um idiota e as cataratas do Niagara brotem dos meus olhos, eu
sorrio. Está tocando Waka waka da Shakira.
Tsamina mina, eh eh, waka waka, eh eh
Tsamina mina, zangaléwa, anawa ah ah
Tsamina mina, eh eh, waka waka, eh eh
Tsamina mina, zangaléwa, porque esto es África.
Horas mais tarde, a festa continua, e falo com Sergio e Elena, os
proprietários de bares movimentados Jerez. Outros anos, no Natal, eu
trabalhava como garçonete em sua loja e me oferecem novamente.
Concordo, satisfeita. Agora que estou desempregada, qualquer renda extra
viria a calhar.
Na madrugada, quando eu cheguei em casa, estou cansada, um
pouco bêbada e satisfeita.
Como todos os anos eu me inscrevo para participar da corrida
solidaria de MotoCross que arrecada fundos para comprar brinquedos para
crianças carentes em Cadiz. A corrida será realizada em 22 de dezembro,
em El Puerto de Santa Maria. Meu pai, o Bicharrón e Lucena estão
encantados. Eles sempre desfrutam tanto ou mais do que eu com esses
eventos.
Em 20 de dezembro de manhã meu telefone toca pela décima oitava
vez. Eu estou morta. Trabalhar no pub é divertido, mas cansativo. Ao segurar
o telefone e ver que é Frida, me animo e respondo rapidamente.
- Jud! Feliz Natal. Como vai?
-Feliz Natal! Estou bem e você?
-Bem, bonita, bem.
Sua voz é tensa e eu me assusto.
- O que houve? –pergunto -Aconteceu alguma coisa? Eric está bem?
Depois de um incomodo silencio, Frida se decide.
-É verdade o que eu ouvi sobre Betta?
-Não - respondo, e bufo com a memória. - Tudo foi uma montagem
dela.
-Eu sabia. -Murmura.
-Mas de qualquer maneira, Frida, -acrescento -não importa.
-Como não importa! Eu me importo. Agora me diga a sua versão.
Sem demora, digo-lhe o que aconteceu com todos os seus defeitos e
tudo, e quando eu termino, comenta:
-Essa Marisa nunca gostei. Ela é uma bruxa, e Eric parece criança.
Homens! Sabe que Marisa é amiga de Betta, ela lhes apresentou.
-Ela apresentou?
-Sim. Betta é de Huelva como Marisa. Quando começou seu
relacionamento com Eric, ela foi para a Alemanha para morar com ele, até
que aconteceu o que aconteceu e eu perdi o contato. Mas essa Marisa
merece um castigo.
-Pode ficar tranquila. Fiz uma visita a essa bruxa e deixei muito claro
que comigo não se joga.
-Não me digas!
-Isso mesmo que você ouviu. Eu avisei a ela que eu sei jogar sujo.
Frida solta uma gargalhada, e eu faço o mesmo.
-Como está Eric?
-Mal -responde, e suspira. Ela continua: -Ontem à noite eu tive um
jantar com ele na Alemanha e, quando não te vi, perguntei e foi quando eu
descobri o que aconteceu entre vocês. Eu fiquei furiosa e lhe disse quatro
coisas bem ditas.
-Mas, ele está bem?
-Não, não está, Judith, e eu não estou me referindo a sua doença,
mas como pessoa. É por isso que eu estou te ligando assim que cheguei à
Espanha. Você deve corrigi-lo. Ligue para ele. Eric realmente sente falta de
você.
-Ele me deixou de lado, deve agora assumir as consequências.
-Eu sei disso. Ele também me disse. É um teimoso, mas um teimoso
que quer você, então não hesite.
Inconscientemente, ao ouvir tal coisa não faz mais borboletas
vibrarem, mas avestruzes no meu estômago. Eu sou a rainha dos
masoquistas. Eu gosto de saber que Eric ainda me ama e sente falta de mim,
apesar de que eu mesma me empenhe para não acreditar.
-Estou ligando porque este fim de semana terá o jantar na véspera de
Natal com meus sogros em Conil, então nossa casa Zahara estará tranquila.
O Ano Novo passará na Alemanha, com a minha família. Por certo, Eric vai
se juntar a nós em Zahara. Você gostaria de vir?
Isso é um plano encantador. Em outra ocasião, teria parecido perfeito.
Mas respondo:
-Não, obrigado. Eu não posso. Estou ocupada com a minha família e
também o tenho trabalho à noite, e...
-O quê? Você está trabalhando à noite?
-Sim.
-Mas, em quê trabalha?
-Sou garçonete em um bar...
-Judith! Garçonete! Eric não vai achar engraçado. Eu o conheço e sei
que não vai gostar nada.
-O que Eric gosta ou não, não é problema meu -sem entrar em
detalhes. -Além disso, tenho uma corrida este sábado em Cádiz e...
-Você vai a uma corrida?
-Sim.
-De quê?
-De MotoCross.
-De MotoCross?
-Sim.
-MotoCross! -grita, surpreendida - Jud, isso eu não esperava. Você é
a minha heroína. Que legal que você pode fazer! Se algum dia eu tiver uma
filha, eu quero seja igual a você.
Vendo sua surpresa, eu rio e digo:
-É uma corrida de caridade que visa arrecadar fundos para comprar
brinquedos e distribuí-los entre as crianças de famílias que não podem
pagar.
-Oh, então nós estaremos lá E onde você disse que é?
-Em El Puerto de Santa María.
-Que horas?
-Começa às onze horas. Mas, Frida... não diga ao Eric. Ele não gosta
nada dessas corridas. Ele fica mal porque se lembra do que aconteceu com
sua irmã.
-O que não dizer ao Eric? -zomba sem querer me escutar. -Primeira
coisa eu vou fazer quando o ver... Se ele não quiser vir, não vem, mas eu
certamente vou vê-la.
-Eu não quero vê-lo, Frida. Estou muito zangada com ele.
-Vamos, por Deus! Veja se agora você vai ser pior do que ele! Olha,
se o mundo acabar amanhã, como os maias dizem e não o volte a ver
novamente... Você já pensou?
O comentário faz-me rir, apesar de admitir que pensasse nessa
possibilidade.
-Frida, o mundo não vai acabar. Quanto ao Eric, uma pessoa
desconfia e fica com raiva de mim, sem me deixar explicar não é o que eu
quero na minha vida. Além disso, eu estou cansada dele. Ele é um idiota.
-Oh, meu Deus! Na verdade, você é pior do que ele. Mas vamos ver,
como tolos são os dois, que você não percebe que são feitos um para o
outro? Mas... você quer deixar de lado seu orgulho maldito e dar-lhe a
oportunidade que você merece. Que ele é teimoso, sim! Que você é
cabeçuda, sim! Mas pelo amor de Deus, Judith, você tem que falar! Lembrome que você pensou em mudar em breve para viver na Alemanha. Você já
se esqueceu? -E antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela diz: -Bem,
deixa comigo. Até sábado, Jud.
E com uma dor estranha no estômago pelo que eu escutei, digo
adeus.
Passa a sexta-feira, e o mundo não se acaba! Os Maias não
acertaram.
No sábado, eu acordei muito cedo. Estou exausta de meu trabalho
como garçonete, mas é o que se tem! Eu olho para fora da janela.
Não chove!
Bom!
Sabendo que o Eric está a poucos quilômetros de onde eu estou e
que pode haver uma chance de que eu o veja-me inquieto em excesso. Eu
não comento nada em casa. Não quero que isso os altere, e quando o Bicho
e Lucena com o trailer da moto e meu pai andando com José sorrio divertida.
- Vamos, morena! Meu pai grita- Tudo está pronto.
Minha irmã, minha sobrinha e eu saímos de casa com uma bolsa
esportiva, onde eu tenho o meu macacão para correr, e ao chegar ao carro
me alegro em ver Fernando.
- Você vem? -Eu pergunto.
Ele acena.
- Diga-me quando eu perdi uma das suas corridas.
Dividimo-nos em dois carros. Meu pai, minha sobrinha, Bicho e
Lucena estão em um carro, e minha irmã, José, Fernando e eu, em outro.
Quando chegamos ao El Puerto de Santa Maria, nos dirigimos para o
local onde será celebrado o evento. Ele está transbordando de gente, como
todos os anos. Depois de esperar na fila para verificar o registro e receber
um número de corrida, meu pai retorna feliz.
-Você é o número 87, morena.
Dou-lhe um aceno de cabeça e olho ao redor para encontrar Frida.
Não a vejo. Tem muitas pessoas.
Eu verifico meu telefone. Nem uma única mensagem.
Vou com minha irmã para o vestiário improvisado que a organização
providenciou para os participantes. Aqui eu tiro minha calça e coloco meu
macacão de couro vermelho e branco. Minha irmã colocou proteções nos
joelhos.
- Judith, algum dia vai ter que dizer ao pai que você não vai mais fazer
isso – afirma -. Você não pode ficar dando salto em uma moto para sempre.
- E por que não, se eu gosto?
Raquel sorri e me beija.
- Também tem razão. No fundo, admiro a moleca guerreira que há em
você.
- Você acabou de chamar moleca?
- Não, fofa. Quero dizer que essa força que você tem, eu gostaria de
tê-lo em mim.
- Você tem, Raquel... - eu digo, e sorrio com carinho - Ainda me
lembro de quando você participava nas corridas.
Minha irmã revira os olhos.
- Mas eu fiz isso duas vezes, - diz ela – E não farei novamente,
mesmo que papai adoraria se isso acontecesse.
De fato. Ela está certa. Embora nós duas tenhamos sido criadas pelo
mesmo pai e sobre os mesmos hobbies, ela e eu somos diferentes em
muitos aspectos. E MotoCross é um deles. Eu sempre amei. Ela sempre fez
contragosto.
Quando eu saio com meu macacão, eu dirijo para onde estava meu
pai e o que pode ser chamado de minha equipe. Minha sobrinha está feliz e,
quando me vê, salta encantada. Para ela eu sou a sua heroína! Eu tiro fotos
com ela e com todos, e eu sorrio. Pela primeira vez em vários dias, o meu
sorriso é aberto e conciliador. Eu faço algo que eu gosto, e isso é minha
cara.
Passa um homem que vende bebidas e meu pai me compra uma
coca-cola. Satisfeito, eu começo a beber quando minha irmã exclama:
- Aiii, Judith!
- O quê?
- Tem alguém te encarando.
Eu olho pra ela, com uma expressão brincalhona, e ela se
aproximando de mim com humor:
- No corredor que leva ao dorsal 66, à sua direita, não para de te
olhar. E não é por nada, mas ele não é de se jogar fora.
Curiosa, eu viro e sorrio ao reconhecer David Guepardo. Ele pisca
para mim, e ambos nos deslocamos para nos cumprimentar. Nós nos
conhecemos há anos. Ele é de uma cidade chamada Estrella del Marqués ao
lado de Jerez. Nós dois somos apaixonados por MotoCross e nos cruzamos
de vez em quando em algumas corridas. Nós conversamos por um tempo.
David, como sempre, é encantador comigo. Ele me entrega um
bombonzinho, aceito e me despeço, e volto ficar junta com minha irmã.
- O que tem na sua mão?
- Você é uma intrometida, Raquel - a censuro. Mas, ao entender que
ela não me deixará em paz até que eu conte, eu respondo: - O seu número
de telefone, feliz?
Minha irmã cobre a boca primeiro e depois solta:
- Aii, fofa, Se eu nascer de novo eu peço para ser você.
Caio na risada justo no momento que eu escuto:
- Judith!
Viro-me e acho o maravilhoso sorriso de Frida, que corre para mim
com os braços abertos. Recebo-a com satisfação e abraço, quando eu
percebo atrás dela quem vem são Andres e Eric.
- O mundo não acabou! - murmura Frida.
- Eu disse a você! - Eu digo alegre.
Deusssssssss! Eric está vindo!
Meu estômago se encolhe e, de repente, toda a minha confiança
começa a desvanecer-se. Por que eu deveria ser tão estúpida? O amor nos
faz tornar-se insegura? Tudo bem... No meu caso, enfaticamente sim.
Eu sei o que isso significa para Eric participar de um evento como
este. Dor e tensão. Mesmo assim, eu escolho não olhar para ele. Eu ainda
estou brava com ele. Depois de cumprimentar Frida, saúdo com carinho
Andres e o pequeno Glen, que está em seu colo, e quando cabe
cumprimentar a Eric, digo sem olhar:
- Bom dia, Sr. Zimmerman.
- Jude!
Sua voz me deixa inquieta.
Sua presença me perturba.
Tudo isso me incomoda!
Mas tiro as forças que mantenho dentro de mim para momentos como
este, eu viro minha cabeça e minha irmã intrigada:
- Raquel, estes são Frida, Andres e o pequeno Glen, e ele é o Sr.
Zimmerman.
O rosto da minha irmã e tudo é um poema. A frieza que eu demonstro
ao referir Eric desconcerta a todos menos ele, que me olha com o sua
habitual cara de genioso.
Naquele momento, parece Fernando.
- Judith, a largada está próxima.
No mesmo instante enxerga Eric e ele para. Ambos se cumprimentam
com um aceno de cabeça, e eu olho para Frida.
- Eu vou deixar vocês. Eu tenho que sair. Frida, eu sou o número 87.
Deseje-me sorte.
Quando eu me viro, David Guepardo, o motociclista com quem falei
antes, se aproxima de mim e me deseja sorte! Eu sorrio e, sem mais, eu vou
embora acompanhada por Raquel e Fernando. Quando estamos longe o
suficiente dos outros eu falo com a minha irmã, entregando o papel que levo
em minhas mãos:
Grava o número do David no meu celular, certo?
Minha irmã concorda e pega.
- Fofinha! – profere - Eric veiooooo!
Com gesto desconfortável, apesar de minha estúpida alegria interior
ironizo:
- Oh, que emoção!
Mas minha irmã é uma romântica incurável.
- Judith, pelo amor de Deus! Ele está aqui para você, não para mim ou
para o outro. Você não vê? Aquele cara é louco por você.
Eu sinto desejo de estrangulá-la.
- Nem uma palavra a mais, Raquel. Eu não quero com ele.
Minha irmã, no entanto... , é minha irmã!
- A propósito, - ela insiste- essa coisa de chamá-lo pelo sobrenome
teve sua graça.
- Raquel, cale-se!
Mas é claro que ela, retorna para a briga.
- Nossa, espere quando papai souber!
Pai? Paro na hora. Olho e esclareço.
- Nem uma palavra a papai que ele está aqui, e antes de ir em frente
com sua tagarelice e drama de novela mexicana, lembra-se que o Sr.
Zimmerman e eu não temos mais nada a ver. Entendido?
Fernando, que está com a gente, tenta por a paz.
- Pessoal, vamos lá, não discutam. Não vale a pena.
- Como não vale a pena?! - reclama minha irmã - Eric é...
- Raquel... Eu protesto.
Fernando, que tem o divertimento com nossas discussões estranhas,
diz, olhando para mim:
- Vamos, Judith, não fique assim. Talvez você deva ouvir a sua irmã
e...
Incapaz de suportar mais um segundo de palavras destes dois, eu
olho para o meu amigo com mau humor e grito como uma possessa:
- Por que você não cala a boca! Garanto-lhe que você é mais bonito.
Fernando e irmã trocaram um olhar e riem. Eles se tornaram idiotas?
Chegamos onde meu pai está com Bicho e Lucena. Que trio! Eu
coloco o capacete, óculos de proteção e escuto o que o meu pai tem a dizer
sobre as regulagens da moto. Então, subo na moto e me dirijo até o portão
de entrada. Aqui eu espero com outros participantes para nos deixarem
entrar na pista.
Protegida atrás de meus óculos eu olho para onde está Eric. Eu não
posso evitar. E é tão grande que é impossível não vê-lo. Está impressionante
com seu jeans cintura baixa e camisa preta.
Que bonito, por Deus!
É o típico homem que mesmo com uma alface na cabeça estaria
ainda impressionante. Está conversando com o Andres e Frida, mas eu o
conheço, seu gesto que denota a tensão. De trás de seu RayBan aviador
prata, sei que me procura com o olhar. Isto faz meu coração palpitar. Mas eu
sou pequena e, entre tantos motociclistas vestidos como eu, não consegue
me localizar, o que me dá vantagem. Eu posso tranquilamente observar e
desfrutar a vista.
Quando a pista abre, juízes nos colocam em nossa posição no grid de
largada. Avisam-nos que existem vários grupos de nove pessoas, de igual
homem e mulher, e que os quatro primeiros colocados em cada grupo se
classificam para os seguintes.
Colocada na minha posição, eu ouço a vozinha da minha sobrinha me
chamando e eu aceno. Ela ri e aplaude. Que linda é minha luz! Mas meu
olhar voa para Eric.
Sem se mover.
Dificilmente respirar.
Mas lá está ele, pronto para assistir a corrida, apesar da angústia que
isso vai causar.
Mais uma vez, eu me concentro no meu trabalho. Eu tenho que
começar entre os quatro primeiros, se eu quiser me classificar para a
próxima rodada. Limpando minha mente e dou a partida na moto. Eu me
concentro na corrida e esqueço o resto. Tenho que fazer.
Os instantes que antecede a largada, a adrenalina sobe. Ouvindo o
ronco dos motores em torno de mim me dá arrepios, e quando o juiz dá a
bandeirada de largada, piso fundo no acelerador e saio em disparada. Tomo
boa posição desde o início e, como meu pai me alertou, eu tenho cuidado na
primeira curva, que é muito acidentado. Salto, derrapo, divirta-me! E quando
começo a desfrutar a espetacular descida como uma louca percebo à minha
direita que motociclista perde o controle de sua moto e cai. Levou um grande
golpe ao cair! Eu acelero, acelero , acelero, e salto de volta. Derrapo, acelero
salto, derrapo novamente, e depois de três voltas, enquanto outras pessoas
estão caindo, eu fico entre os quatro primeiros.
Bom!
Classifico-me para a próxima rodada.
Quando eu saio da pista, o meu pai mais feliz do que um perdiz, me
abraça. Todos me cumprimentam pelo o meu sucesso enquanto eu removo
os óculos embarrados. Minha sobrinha está animada e não pode parar de
pular. Sua tia é sua heroína, e eu estou muito feliz por ela.
David Guepardo vai para a próxima etapa. Ao passar ao meu lado me
cumprimenta novamente. Naquele momento, Frida está chegando e,
encantada com a corrida, grita:
- Parabéns! Oh, Deus, Judith! , Tem sido impressionante.
Eu sorrio e tomo um gole de coca-cola. Estou sedenta. Olho além de
Frida e não vejo Eric vir a me abraçar. O localizo a vários metros de
distância, com Glen em seus braços, conversando com Andres.
- Você não vai cumprimentá-lo? - Pergunta Frida.
-Eu já cumprimentei.
Ela sorri e se aproxima um pouco mais.
- Isso de chamar Sr. Zimmerman é curioso. – sussurra - Mas sério,
realmente você não vai chegar perto dele?
-Não.
- Eu lhe asseguro que ele fez um grande esforço para vir. E você sabe
o que quero dizer.
- Eu sei, - eu respondo - mas ele poderia ter evitado a viagem.
- Vamos, Judith... ! Frida insiste.
Nós conversamos um pouco, mas, como meu pai diz, eu me recuso a
sair do burro. Eu não vou chegar perto de Eric. Ele não merece. Ele me disse
que o que era ‗nosso‘ teria acabado, e eu devolvi seu anel. Fim de assunto.
A manhã passa e eu vou superando as voltas, tanto que chego à final.
Eric continua aqui e eu o vejo falar com meu pai. Ambos estão concentrados
em uma conversa, e agora meu pai sorri e dá um forte tapa nos ombros dele.
O que estão confabulando?
Eu observei como Eric está me buscando continuamente com o olhar.
Isto me excita, mas eu mantive minhas armas. Ele tentou chegar perto de
mim, mas cada vez que eu adivinho sua intenção, eu escapulo entre as
pessoas e ele não me encontra.
- Tem cara que quer tomar uma coca-cola, certo?
Eu me viro para ver David Guepardo oferecendo-me.
Eu aceito isso e enquanto esperamos que nos avisem para correr a
ultima corrida, nos sentamos e tomamos o refrigerante. Eric, não longe de
mim, tira os óculos. Quer que eu veja que ele está me olhando. Quer que eu
veja sua raiva. Mas mesmo com eles eu sei como ele me olha. Finalmente,
eu lhe dou as costas, mas eu ainda sinto seus olhos em mim. Isso me
incomoda e, ao mesmo tempo me excita.
Durante um bom tempo, David e eu conversamos, rimos e assistimos
outros companheiros correndo à última pré-eliminatória. Meu cabelo
flutuando no vento, e David pega uma mecha e coloca atrás da orelha.
Putz isso vai tirar o Sr. Zimmerman da casinha!
Eu não posso nem olhar.
Mas no fim a mórbida que vive em mim faz e, de fato, o seu gesto me
fez passar do desconforto a ira total.
Que seja!
Avisam-nos que em cinco minutos acontecerá a última corrida. A final.
David e eu nos levantamos, nós batemos os punhos, e cada um vai para sua
moto e seu grupo. Meu pai me dá o capacete, os óculos e as de proteções, e
se aproximando de mim, pergunta:
- Você tá fazendo ciúmes pro seu namorado com David Guepardo?
- Papai... , eu não tenho namorado! - afirmo. Ele ri, e antes de dizer
qualquer outra coisa, eu acrescento: - Se você refere-se a que eu creio já te
disse que terminamos. Acabou!
Meu amável pai suspira.
- Creio que Eric não pensa como você. Não se dá o seu
relacionamento por encerrado.
- Eu não me importo pai.
- Jesus! É cabeçuda igualzinha sua mãe! Igualzinha!
- Pois veja, me alegro! – respondo mal humorada.
Meu pai balança a cabeça, suspira e me solta com um gesto
engraçado:
- Aii morena! Os homens que gostam de mulheres difíceis, e você,
minha vida, você é. Esse teu temperamento, me deixa louco!- Ele ri - Eu não
deixei escapar a sua mãe, e Eric não vai deixá-la escapar. Você é muito
preciosa e interessante.
Com raiva, ajusto o capacete e coloco meus óculos. Não quero falar.
Acelero e levo a minha moto até o grid de largada. Uma vez aqui, como nas
classificatórias anteriores, eu me concentro, e enquanto aguardava o início,
acelero o meu motor repetidamente. A diferença é que agora eu estou com
raiva, muita raiva, e isso me deixa mais louca. Meu pai, que me conhece
melhor do que qualquer pessoa no mundo, me acenando com as mãos do
local que ele está para diminuir minha intensidade e relaxar.
A corrida começa e eu sei que eu tenho que fazer uma boa saída se
eu quero alcançar o meu objetivo.
E eu faço e corro como alma que corre do diabo. Eu arrisco mais e
desfruto, com a adrenalina no ar, salto e derrapo. Com o canto do meu olho,
eu vejo que David e outro se adiantam pela direita. Eu acelero. Eu consigo
superar a outra moto, mas David Guepardo é muito bom, e antes de chegar
à área acidentada, acelero e salto os buracos que me fazem perder tempo e
quase acabo caindo. Mas não, não caio. Aperto os dentes; consigo manter o
controle da moto e continuo acelerando. Não gosto de perder.
Dou mais gás para a moto. Alcanço David e ultrapasso. Ele me
ultrapassa mais uma vez. Derrapamos e um terceiro corredor ultrapassa a
nós dois.
Pegue-o!
Acelero o máximo, consigo chegar até deixar ele para trás. Agora,
David salta, acelera e me ultrapassa pela esquerda. Acelero... acelero...
todos aceleraram.
Quando eu passo pela linha de chegada e o juiz baixa a bandeira
quadriculada, eu levanto o braço.
Sou a segunda coloca!
David, primeiro.
Damos uma volta pelo circuito e saudamos a todos que assistem.
Recebemos seus aplausos e contemplo seus felizes rostos que nos faz
sorrir. Quando paramos, David vem e me abraça. Está feliz e eu também.
Tiramos nossos capacetes, os óculos e as pessoas nos aplaudem com mais
força.
Sei que Eric não deve estar gostando dessa proximidade. Eu sei
disso. Mas eu preciso, e inconscientemente, quero provocar. Sou dona de
minha vida. Sou dona de meus atos, e nada e ninguém vai dominar minha
vontade.
Meu pai e todos os outros vêm na pista para felicitar-nos. Minha irmã
me abraça, como meu cunhado, Fernando, minha sobrinha, Frida. Todos
gritam "campeã" como se eu tivesse ganhado um campeonato mundial. Eric
não chega nem perto. Ele permanece no fundo. Eu sei que deve estar
esperando que eu me aproxime dele. Mas não. Nesta ocasião, não. Como a
nossa canção diz: ―somos polos opostos‘‘, e se ele é teimoso, eu quero que
ele saiba de uma vez por todas que eu sou mais‖.
Quando no pódio nos contam o dinheiro que foi arrecadado para os
presentes das crianças, alucino!
Que dinheirama!
Instintivamente, eu sei que uma grande quantidade desse dinheiro
quem doou foi Eric. Eu sei disso. Ninguém precisa me dizer.
Encantada ao escutar a quantidade sorri. Todos aplaudem, incluído
Eric. Sua feição está mais relaxada e eu o vejo orgulhoso em sua expressão
quando levanto meu troféu. Isto me comove e acende meu coração. Em
outro momento, lhe daria uma piscadela e diria com o olhar que ‗te amo‘,
mas agora não. Agora não.
Quando desço do pódio tiro milhares de fotos com David e todo
mundo. Meia hora mais tarde, as pessoas dispersam e os corredores
começaram a recolher suas coisas. David, antes de sair, se aproxima de mim
e me avisa que estará na cidade até 06 de janeiro. Prometo ligar pra ele e
ele concorda. Quando eu deixo o vestiário com meu macacão na mão,
agarram-me pelo braço e me puxam. É Eric.
Por alguns segundos, nos olhamos.
Oh, Deus, Oh, Deussssssssss! Esse gesto me leva a loucura.
Suas pupilas dilatam. Diz-me com o olhar quanto necessita e, ao ver
que não respondo, me puxa contra ele. Quando me tem perto de sua boca,
murmura:
- Eu estou morrendo de vontade de te beijar.
Não diz nada mais.
Ele me beija e uns estranhos que estão ao nosso redor aplaudem
encantados pela demonstração de afeto. Durante uns segundos. Deixo que
Eric saqueie minha boca. Uau! Desfruto loucamente. Quando se separa de
mim, Iceman comenta com sua voz rouca, me olhando nos olhos:
- Isto é como corrida, querida: quem se atreve, ganha.
Assinto. Ele está certo.
Mas deixando inteiramente deslocado, respondo, consciente do que
eu digo:
- Exatamente Sr. Zimmerman. O problema é que você já me perdeu.
Imediatamente, seus olhos endureceram.
Separo-me dele, dando um empurrão e caminho para o carro do meu
cunhado. Eric não me segue. Acho que ficou congelado com o que eu disse,
mas sei que me observava.
Na parte da tarde, ao chegar em Jerez, meu telefone não para de
tocar.
Estou prestes a jogar contra a parede.
Eric quer falar comigo.
Eu desligo o telefone. Ele liga no celular do meu pai e eu me recuso
atender.
No domingo, quando me levanto, minha irmã está plantada na frente
da TV, vendo novela mexicana que a deixa extasiada, ‗sou teu dono‘. Que
brega!
Quando entro na cozinha, há um precioso ramo de rosas vermelhas
de haste longa. Ao vê-las, amaldiçoo-o, imagino quem me mandou.
- Fofinha, olha que preciosidade recebeu! – diz Raquel atrás de mim.
Sem necessidade de perguntar, sei de quem são, e rapidamente as
agarro e as jogo no lixo. Minha irmã grita comigo como uma possessa.
- O que você está fazendo?
- O que lhe parece?
Rapidamente, pega as rosas do lixeiro.
- Pelo amor de Deus! Jogar isso é um sacrilégio. Eles devem ter
custado uma fortuna.
- Para mim, se parecem com as que estão no mercadinho. Fazem-me
o mesmo efeito.
Não quero ver minha irmã enquanto ela coloca as rosas num vaso.
- Você não vai ler a notinha? Ela insiste.
- Não, e tampouco você – respondo, e arranco de suas mãos e jogo
no lixo.
De repente, aparecem meu cunhado e meu pai, olham para nós.
Minha irmã me mantém longe das rosas.
- Vocês podem acreditar que ela quer jogar fora esta maravilha?
- Eu acredito, meu pai afirma.
José sorri, e aproximando-se de minha irmã, lhe dá um beijo no
pescoço.
- Que bom que você resgatou pombinha.
Eu não respondo.
Não olho.
Não estou aqui para escutar ―pombinha‖ e ‖pombinho―. Como eles
podem ser tão sentimentais?
Eu aqueço um café no micro-ondas e depois de beber, eu ouço a
campainha. Eu xingo e levanto, pronto para fugir se for Eric. Meu pai, vendo
meu jeito, vai abrir. Dois segundos depois, rindo, entra sozinho e deixa algo
na mesa.
- Moreninha isto é para você.
Todo mundo olha para mim, esperando que eu abra a enorme caixa
branca e dourada. Finalmente desisto e abro. Quando eu pego o embrulho,
minha sobrinha, que entra neste momento na cozinha, exclama:
- Um estádio de futebol feito de doce! Que lindooooooooooooooo!
- Acho que alguém quer adoçar sua vida, querida! Brinca meu pai.
De boca aberta, olho o enorme campo de futebol. Não falta detalhe.
Até as arquibancadas e os torcedores tem! E no placar diz "eu te amo" em
alemão: Ich liebe dich.
Meu coração palpita descoordenado.
Eu não estou acostumada a essas coisas e não sei o que dizer.
Eric me desconcerta, me deixa louca! No fim eu rosno, e minha irmã
rapidamente se coloca ao meu lado.
- Você não vai jogá-lo fora, certo? Ela diz.
- Eu acho que sim. - Eu respondo.
Minha sobrinha fica no meio e levanta um dedo.
- Titiaaaaaaaaaaaaa, você não pode jogá-lo fora.
- Por que não posso jogar? -Eu pergunto a ela irritada.
- Porque é um presente muito bonito do titio e nós temos que comer. Sorrio ao ver seu jeito de travessa, mas meu sorriso me congela quando ela
acrescenta:
- Além disso, você tem que perdoá-lo. É muito bom e ele merece.
- Vale a pena?
Luz faz um gesto afirmativo com a cabeça.
- Quando eu briguei com Alicia por causa do filme e ela me chamou
de idiota, eu estava realmente chateada, certo? – Me lembra a minha
sobrinha, e eu concordo com a cabeça. A menina continuou:
-Ela pediu desculpas, e você me disse que tinha que pensar se a
minha raiva era tão importante para perder minha melhor amiga. Pois agora,
tia, eu vou dizer o mesmo. Então, você é louca de não perdoar o titio Eric?
Eu ainda boquiaberta com o que ela disse, é quando meu pai
intervém:
- Moreninha, somos escravos de nossas palavras.
- Certo, pai, e assim Eric também é! – respondo ao me lembrar das
coisas que ele me disse.
Minha pequena sobrinha me olha esperando por uma resposta.
Piscando como um ursinho de pelúcia. É uma criança e não devo esquecerme disso. Por ela, com a pouca paciência que me resta, murmuro:
-Luz, se quiser, come todo o campo de futebol. Se te agrada, ok?
- Legal! -Aplaude a pequena.
Todos sorriem e seus sorrisos me desarmam. Por que ninguém
entende a minha raiva?
Eles sabem que Eric e eu terminamos, mas ninguém, exceto para
minha irmã, sabem que é por uma mulher, e nem mesmo para ela eu contei
toda a verdade. Se Raquel ou qualquer outro souber o fundo da nossa
discussão, surtariam em cores brilhantes!
Consciente que meu fardo só aumenta, aumenta e aumenta, vou ver
minha amiga Rocio. Estou certa que ela não falará nada de Eric. E eu não
estou enganada.
Volto para comer. O telefone não parou de tocar e eu desligo.
Basta! Por favorrrrrrr!
As dez eu vou para o pub. Eu tenho que trabalhar. Mas quando eu
estou na porta acenando para alguns amigos, vejo passar um BMW escuro e
reconheço Eric no volante. Eu me escondo. Ele não me viu e pela direção
que ele segue, suspeito que ele vá para a minha casa.
Amaldiçoo, amaldiçoo, e amaldiçoo. Por que é tão persistente?
Quando o desespero começa a dar uma grande angústia, alguém me
toca nas costas e ao me virar, encontro David Guepardo. Que cara mais
lindo! Encantada, sorrio e tento me concentrar nele. Ao entrarmos no pub.
Convida-me para uma bebida e eu aceito. É um amor, e pela sua encarada e
as coisas que me diz, sei o que busca. Sexo! Mas não. Hoje eu não estou
bem, eu decidir ignorar as mensagens e começo servir as bebidas no bar.
Vinte minutos mais tarde, eu vejo entrar Eric no local, e meu coração
desanda!
Tun -tun ... Tun -tun ...
Entra sozinho. Olha ao redor e rapidamente me localiza. Caminha
com decisão até onde estou, e quando chega, diz:
- Jud, sai agora mesmo e venha comigo.
David olha para ele e, em seguida, olha para mim.
- Você conhece esse cara? - Ele pergunta.
Eu vou responder quando Eric se adianta.
- Ela é minha mulher. Algo mais para perguntar?
Sua esposa? Será um prepotente?
Surpreso, David olha para mim. Eu pisco e, finalmente, quando eu
termino de preparar uma cuba-libre para a ruiva à direta, respondo:
- Eu não sou sua mulher.
- Ah, não é? -Eric insiste.
-Não.
Eu entrego a bebida para ruiva, e esta me sorri. E eu faço o mesmo.
Depois de atender ela, viro para Eric, que parece desesperado, e eu
esclareço:
- Eu não sou nada sua, o que nós tínhamos terminou e...
Mas Eric, cravando seus espetaculares olhos azuis em mim, não me
deixa terminar.
- Jud, querida, você vai parar de falar essas bobeiras e sair desse
bar?
Irritada com as suas palavras, rosno.
- Você que tem que parar de falar bobeira, chato. E repito: não sou tua
mulher e tampouco sou tua noiva. Não sou absolutamente nada sua e quero
que me deixe viver em paz.
- Jud...
- Quero que você me esqueça e me deixe trabalhar - prossigo irritada.
-Eu quero que você parta para outra, que te dê bola e se afasta de mim,
entendido?
Meu rosto é sério, mas o de Eric é tenebroso.
Eu olho... eu olho... eu olho...
Sua mandíbula está tensa e eu sei que está segurando seus impulsos
mais primitivos, aqueles que me deixam louca. Deus, eu sou uma
masoquista! David olha para nós, mas antes que ele possa dizer qualquer
coisa, Eric sussurra:
- Tudo bem, Jud. Eu vou fazer o que você me pede.
Sem mais, ele se vira e vai para o fundo do bar. Incomodada, eu o
sigo com o olhar.
- Quem é esse cara? Pergunta David.
Eu não respondo. Eu só posso continuar a olhando para Eric e ao ver
que meu colega de bar lhe serve um whisky. David insiste.
-Se não for muita indiscrição, quem é?
- Alguém do meu passado, eu respondo como posso.
Com raiva, tento esquecer que Eric está aqui. Eu continuo a fazer
bebidas e sorrindo para as pessoas que vêm até mim para fazer pedido. Por
um curto tempo, não olho. Eu quero esquecer-se de sua presença e divertirme. David é encantador e continuamente tenta me fazer rir. Mas meu sorriso
congela e meu sangue para quando, ao buscar uma garrafa no armário, vejo
Eric conversando com uma mulher linda. Não me olha. Está totalmente
concentrado na moça, e isso me deixa louca. Mas, de mau humor.
Mãe... mãe... que ciumenta estouuuu!
Uma vez que pego a garrafa, dou a volta. Não quero seguir
contemplando o que ele faz, mas minha puta curiosidade me obriga a olhar
de novo. Os sinais que faz a moça são as típicas que usamos quando o
homem nos interessa. Toque no cabelo, na orelha um sorrisinho do tipo
―claro que estou lhe convidando para algo mais‖.
De repente, a loira corre um dedo pelo seu rosto. Ele sorri.
Eric não se move e eu sou testemunha de como ela está ficando cada
vez mais perto, até que ele foi totalmente encaixado entre suas pernas. Eric
me olha. Seus olhos de fogo me aquecem. Ele corre um dedo pela garganta,
e isso me enfurece.
O que faz tolo?
Ela sorri, e ele baixa o olhar.
Eu te mato!
Essa baixada de olhos, acompanhado desse sorriso torto, sei o que
significa: Sexo!
Meu coração acelera.
Eric está fazendo o que eu pedi. Fixou-se em outra, se diverte, e eu
como uma imbecil, estou aqui sofrendo pelo o que eu mesma pedi. Pronto,
quero me matar!
Quinze minutos depois, percebo que se levantam ele pega na mão
dela e, sem olhar para mim, sai do local.
Eu matooooooooooooo ele...!
Meu coração bombeia enlouquecido. Saio do bar, caminho até ao
banheiro e refresco a nuca com água. Eric acaba de demonstrar que ele não
anda pela metade e seu jogo é forte e devastador. Preciso de ar ou explodo
aqui. Tenho que desaparecer daqui, ou sou capaz de organizar a mesma
matança de Texas, mas em Jerez.
Quando eu saio do banheiro, como eu encontro David e digo que
sairei com ele na noite seguinte. Ao chegar ao meu carro, entro e grito de
frustração. Por que sou tão redondamente imbecil? Por que disse a Eric que
faça coisas que me vão machucar? Por que não posso ser tão fria como ele?
Sou espanhola, temperamental, não sou como Eric, impassível alemão. Eu
ligo o carro, e o rádio começa a tocar. A voz de Álex Ubago encheu meu
carro e fecho meus olhos. A canção Sin miedo a nada me dá arrepios.
Idiota, idiota, idiota... Eu sou totalmente IDIOTA!
Mexendo no celular, inconscientemente começo cantarolar:
Me muero por explicarte lo que pasa por mi mente,
me muero por entregarte y seguir siendo capaz de sorprenderte,
sentir cada día ese flechazo al verte.
Qué más dará lo que digan, qué más dará lo que piensen.
Si estoy loca es cosa mía...
Buscando o numero de Eric e, quando estou a ponto de telefonar,
paro.
O que estou fazendo?
O que diabos eu faço?
Enfurecida eu fecho o celular.
Eu não vou ligar. Nem louca!
Mas a raiva que eu tenho faz com que eu tire a chave da ignição, saio
do carro e batendo a porta, entro de volta no pub. Estou solteira, sem
compromisso e sou dona de minha vida. Procuro David. O localizo e lhe dou
um beijo. Ele rapidamente me corresponde.
Que fáceis sãos os homens!
Por vários minutos eu deixei sua língua entrar em mim e brincar com a
minha, e quando eu estou a ponto de insinuar que vamos para outro lugar, a
porta do bar abre e vejo que entra aquela loira que saiu com Eric.
Surpresa ao vê-la ali, eu sigo o seu olhar. Ela vai para o bar, pede
uma bebida para o meu parceiro e, em seguida, retorna com seu grupo de
amigos. No momento, meu celular toca. Uma mensagem de Eric.
“Namorar é tão fácil quanto respirar. Não faça nada que possa se
arrepender.”
Sem saber por que, solto uma risada enquanto amaldiçoo. Maldito
Eric! Ele e seus jogos malditos. David olha para mim. Eu digo a ele que eu
tenho que continuar trabalhando e voltar para o meu posto.
Às seis e meia da manhã entro na casa de meu pai. Todo mundo está
dormindo. Eu vou para a lata de lixo e, depois de cavar através dele,
encontro a nota das rosas que ele me enviou. Eu abro e leio:
"Querida, eu sou um idiota. Mas um idiota que te ama e que deseja
que você me perdoe. Eric".
Quando me levanto de manhã é muito tarde.
Minha irmã e meu pai e estão ocupados com o jantar de Natal,
enquanto o meu cunhado esta jogando Playstation com a minha sobrinha.
Depois de tomar um café, sento-me ao lado de meu cunhado e dez minutos
depois, meu celular toca. Eric. Diretamente eu desligo.
Às sete da noite, quando eu entrava no chuveiro, eu me olho no
espelho. Minha aparência é boa, mas por dentro eu estou indecisa. Dirijo-me
ao telefone e, depois de ver doze chamadas de Eric não atendidas, acho a
mensagem de David:
"Eu vou pegar você em torno de meia-noite. Está ótimo.”
Faz-me sorrir. Mas meu sorriso é triste. Apático. Em desespero, eu
me inclino sobre a pia. O que acontece comigo?
Por que eu não posso tirá-lo da cabeça?
Por que dizer uma coisa, quando eu quero outra?
Por que...? Por que...?
A resposta a ambos os "por quê?" É evidente. Eu o amo. Eu estou
apaixonada por Eric. Mas não, eu sou burra. Estou farta desse absurdo e eu
vou ter minha vida de volta.
Frustrada, eu decidi tomar um banho, mas antes de eu ir para o banho
vou ao meu quarto para encontrar alguma coisa para vestir. Uma vez no
banheiro, fechei o trinco da porta, coloquei o meu CD e que parece loucura
Aerosmith. Eu aumentar o volume e abro a torneira do chuveiro. Eu fecho os
olhos e começo a me mover sensualmente ao ritmo da música e, no final, eu
me sento na borda da banheira com o vibrador.
Eu quero fantasiar.
Eu preciso disso.
Eu desejo.
Mantenho os olhos fechados enquanto a música toca e faz barulho no
banheiro.
I go crazy, crazy, baby, I go crazy
You turn it on, then you’re gone
Yeah you drive me crazy, crazy, crazy for you baby
What can I do, honey?
I feel like the color blue...
Eu abro minhas pernas e deixo minha imaginação voar. Eu acho que
Eric está por trás de mim e sussurra em meu ouvido que minhas pernas se
abrem para os outros.
Minhas coxas são separadas e, com os dedos, abro meus lábios
como se eu estivesse oferecendo ao Eric ensinou minha mórbida e
proprietário tentador. Queimando.
Sem demora, monto os dedos pelo meu sexo molhado. Eu ligo o
vibrador e o levou-o para o meu clitóris. O resultado é fantástico, instigador e
fabuloso. Uma explosão de prazer levar meu corpo, e quando eu vou fechar
as pernas, a voz de Eric pede-me que não. Obedeço a ofegante.
Eu entro na banheira vazia e levanto minhas pernas em ambos os
lados. Com os olhos fechados, eu estou exposto a todo mundo que se
preocupar em olhar. Deitada de costa com as pernas abertas coloco o
vibrador no centro do meu desejo como sussurra a voz de Eric para jogar e
ter um bom tempo.
Meu corpo queima move animado eu mordo o lábio para não chorar.
Eric está presente. Eric pede-me. Eric me instiga. Minha mente vagueia e
fantasia. Quero reviver aqueles momentos do passado e senti-los
novamente. A curiosidade que eu gosto. Sinto-me atraída tanto quanto Eric.
Ofegante. A música soa alta e posso dar ao luxo de sussurrar o nome dele
mesmo no momento em que eu sento na banheira e um maravilhoso
orgasmo que me faz convulsionar com prazer.
Quando eu me recupero, eu abro meus olhos. Estou só. Eric esta só
na minha mente.
I go crazy, crazy, baby, I go crazy
You turn it on, then you’re gone
Yeah you drive me crazy, crazy, crazy for you baby
What can I do, honey?
I feel like the color blue...
Após sair do chuveiro mais relaxada, volto ao meu quarto. Eu guardo
o vibrador e pego o telefone. Dezesseis chamadas não atendidas de Eric.
Isto me faz sorrir e imaginar a raiva que deve ter.
Tome alemão! Eu também sou masoquista.
Eu quero ficar bonita para o jantar de Natal e decidi usar um vestido
preto mais do que sugestivo. Explosivo. Certamente Eric vai em seguida para
o pub e eu desejo que ele morra de raiva por não me ter.
Quando eu saio do meu quarto e minha irmã me vê e exclama:
- Que vestido mais lindo!
- Gostas?
Rachel acena com a cabeça e caminha até mim.
- É bonito, mas para o meu gosto e ousado de mais também, você
não acha?
Eu olho no espelho do corredor. O decote do vestido é realizado por
um anel de prata e de abertura chega ao estômago. É sexy e sei. Agora, vejo
o meu pai.
- Mãe, morena, você está linda! Ele diz, olhando.
- Obrigada, pai.
- Mas, minha vida, você não acha que está um pouco decotado?
Quando eu coloquei os olhos, minha irmã retorna ao ataque.
- Isso é o que eu estava dizendo a ela, pai. Isto é muito bonito, mas...
- Você está indo para o trabalho no pub com esse vestido? Meu pai
pede.
-Sim. Por quê?
Meu pai balança a cabeça.
- Morena, Não acredito que Eric vai gostar disso.
- Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! -Resmungou, irritada.
Agora vem o meu cunhado, que também para em mim.
- Uau, cunhada, esta deslumbrante!
Ele sorri. Viro-me para o meu pai e minha irmã, e eu digo:
-Isso..., só isso que eu queria ouvir.
Às nove e meia nós nos sentamos à mesa e provo as delícias que
meu pai, com todo o seu amor, tinha comprado e preparado para nós. Os
camarões são divinos e o cordeiro de lamber os dedos. Rindo das coisas que
ele diz a minha sobrinha, jantamos, e quando nós terminamos, eu decido
retocar a maquiagem. Eu tenho que ir trabalhar. Eu fiquei com David e eu
pretendo esquecer tudo e apenas me divertir. Mas quando eu volto para a
sala congelo vendo minha família em pé conversando com..., com Eric!
Ele vira para mim, caminhando com os olhos nos meu rosto e depois
o meu corpo.
- Oi, querida! Cumprimenta-me, porém, percebendo em seu olhar,
retificação. Bem, talvez isso de "carinho‖.
Eu estava bloqueada por um momento e quando eu vou para
responder à minha irmã se intromete.
-Olha quem veio Chuchu. Que surpresa, certo?
Eu não respondo. Fecho meus olhos ignorando o sorriso de meu pai,
entro na cozinha diretamente. O que ele faz aqui? Preciso de água.
Segundos depois, meu pai vem.
-Minha vida, esse menino é um bom homem e é louco por você.
Além...
-Papai, por favor, não comece com isso.
-Esse homem te ama você não vê?
-Não, papai, não vejo. O que ele faz aqui?
-Eu o convidei.
- Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Meu pai, sem tirar os olhos, insiste:
-Vem morena, deixe sua teimosia para outro tempo e fala com ele. Eu
tento entender você, mas não entendendo o porquê não falar com Eric.
-Não tenho nada para falar com ele. Nada.
-Persevera mel, temos discutido. Os casais discutem e...
Nós ouvimos a campainha. Eu vejo o relógio. Se for quem eu acho
que é eu fecho os olhos. De repente minha irmã entra me seguindo pela
pequena luz e sussurra:
- Pelo amor de Deus, Judith, você ficou louca? Acabei de abrir a porta
para David Cheetah e Eric esta na sala do lado. Oh, Deusssssssss! O que
vamos fazer?
- O corretor, esta aqui? Meu pai pede.
-Sim, respondeu à minha irmã.
Recebo risos nervosos.
- Você tem dois namorados, Titia? Minha sobrinha quer saber.
- Nãooooooooooo! -Eu digo, olhando para a pequena.
- Porque dois namorados vêm procurando por você?
- O titânio é o que há! Minha irmã-protesto.
Estou ansiosa para matar Rachel, e ela silencia os pequenos. Meu pai
meche no cabelo com um olhar preocupado.
- Você convidou David?
-Sim, papai - respondo. -Eu tenho meus próprios planos. Mas... mas
você é um encrenqueiro e... Oh, Deussssssssss!
O pobre concorda. Isso não é bom e, sem dizer nada, leva minha
sobrinha pela mão e volta para o quarto. Minha irmã é histérica.
- O que fazemos! -Mais uma vez perguntou, olhando-me fixamente.
Eu tomo um copo de água novamente e estou pronta para fazer o que
eu acho, eu respondo:
- Você não sabe. Vou com David.
- Ai!!! Virgem de Triana!!! Que angústia!!!
- Angústia, por quê?
Minha irmã está se movendo nervosa. Eu sou mais, mas
dissimulação. Ela contou com a presença de Eric para o meu pai. Então
Rachel vem para mim.
-Eric é seu namorado e...
-Ele não é meu namorado. Como é que eu tenho a dizer?
Agora minha irmã abriu os olhos de tão exorbitante e ouvi atrás de
mim:
- Jud, você não vai com esse cara. Eu não concordo.
Eric!
Eu me viro.
Eu olho.
Oh, Deussssssssssss, esta incrivelmente lindoooooooooo!
Mas vamos ver, como e quando não é? E consciente de sua raiva em
mim, pergunto com a minha arrogância em grande estilo:
- Então, quem é que vai me parar, não é você?
Nenhuma resposta.
Somente aqueles celestiais olhos frios. De repente ele fala:
- Se eu tiver que carregá-lo por cima do ombro e levá-lo comigo para
fora, vou assobiar no final.
O comentário não me surpreende e eu não estou dissuadida.
- Sim, certo... quando os peixes voarem. Atreva-se e...
- Jud... não me provoca, me cortou secamente.
Ele sorriu para o seu aviso, e altera o meu sorriso ainda mais.
- Minha paciência hoje em dia está mais do que esgotada, pequenas
e...
- Sua paciência! -Eu grito, decomposta. -Não seria a minha que está
esgotando. Ligue para mim. Eu prosseguir. Eu assediei. Você aparece no
meu trabalho. Minha família insiste que você é meu namorado, mas não! ...
Você não é. E ainda assim você diz que sua paciência se esgota.
- Eu te amo Jud.
- Pior para você, eu digo, sem saber realmente o que eu digo.
- Eu não posso viver sem você - sussurra com a voz rouca cheia de
tensão.
A ―ohhhhh!‖ escapa dos lábios de minha irmã. Seu gesto diz tudo.
Esta totalmente abduzida por Eric e suas palavras românticas. Irritado e sem
desejo de querer ouvir o que ele tem a dizer, eu me aproximei dele, na ponta
dos pés e pronunciado como perto de seu rosto que eu posso:
- Você e eu não estamos mais juntos. Que parte dessa frase é
incapaz de processar?
Minha irmã me viu nesse estado, deixa a sua voz escapar, e me leva
pelo meu braço para longe de Eric.
- Por Deus, Judith, eu estou vendo você vir. A cozinha está cheia de
facas, e atualmente é uma arma de destruição em massa.
Eric dá um passo à frente, afasta a minha irmã e disse, olhando para
mim:
-Você está vindo comigo.
- Com você? Eu digo, e sorriu maliciosamente.
Meu Iceman homem gelado me segura e me deixa perplexa, e de
repente:
- Sim comigo.
Irritado com a confiança que exala por todos os poros de sua pele,
levanto uma sobrancelha.
- Não é o que parece.
Eric sorri. Mas o sorriso é frio e desafiador.
- Quem não sonharia com isso?
Eu dou de ombros, eu pareço desafiá-lo e adoto atitude mais
arrogante que eu sou capaz.
- Bem, não.
- Jud...
- Oh, por favorrrrrrrrrrrrrrrr! Eu protesto, querendo atirar a panela que
eu tenho perto levo minha mão na cabeça.
- Judith - sussurra minha irmã - a sua mão fora da panela agora.
- Cale a boca uma vez, Raquel! - Grito. - Ninguém é mais pesado, se
ele ou se eu.
Minha irmã, ofendida com as minhas palavras, sai da cozinha e fecha
a porta. Faço uma simulação para segui-la, mas Eric me impede. Intercepta
o meu caminho. Eu tenho o desejo que eu tenho que matá-lo e sussurrou:
- Eu disse muito claramente que se você estava indo, assuma as
consequências.
- Eu sei.
- Então?
Eu olho... Eu olho... Eu olho, e finalmente ele disse:
- Agi mal. Eu sou como você diz uma cabeça quadrada e eu preciso
que você me perdoe.
- Você está perdoado, mas não temos mais nada.
- Pequena...
Antes que eu pudesse reagir, me pegar em seus braços e me beija.
Oprime-me. Pega a minha boca com a verdadeira adoração e eu pressionei
contra a forma possessiva. Meu coração vai a uma milha, mas quando
separou sua boca da minha, eu lhe asseguro:
- Estou cansada de suas imposições.
Ele me beijar e me deixa quase sem fôlego.
- De suas palhaçadas e sua raiva e...
Pega minha boca novamente e quando eu me separei dele,
murmurou:
- Não faça isso de novo, por favor.
Eric olha para mim e, em seguida, desvia o olhar, virando a cabeça.
- Se você me der com a panela na cabeça, dê-me, mas eu não vou
sair. Eu vou continuar beijando você até você me dar outra chance.
De repente, eu percebo que tenho o cabo da panela pendurado na
minha mão quase deixando cair. Eu sei, e, como a minha irmã falou, eu sou
uma arma de destruição em massa! Eric sorri, e eu digo com toda a
convicção de que eu posso:
-Eric... , não temos mais nada.
- Não, querida.
- Se... Sua mais! - Repita o que mais você quer?
- Eu te amo.
Mesmo em seus braços, fecho os olhos. Minha força começou a
vacilar. Eu observo. Meu corpo começa me trair.
- Eu te amo! - Continuou a sua boca perto da minha boca. - E às
vezes amo tão irracional sobre determinados temas. Mas as minhas dúvidas
foram dissipadas quando no escritório me contou sobre como eu falei e me
fez ver o quão ridículo e idiota que eu sou. Você não está com Betta. Você
não é uma mentirosa e canalha encolhendo como ela é. Você é uma mulher
maravilhosa e linda que não merece o tratamento que te dei, me perdoe de
coração.
- Eric, não...
- Querida, não existe um segundo em que você não é o mais
importante da minha vida e eu sou louco por você. - Eu olho para ele, e ele
pergunta:
- Você não me ama mais? - Eu não respondo, e ele continua:
- Se tu o dizes, eu prometo deixar ir, sair e não voltar a incomodá-la
em sua vida. Mas se você me ama me desculpe por ser tão teimoso. Como
você disse, eu sou alemão! E eu estou disposto a continuar tentando voltar
com você, porque já não posso viver sem você.
Meu coração vai explodir. Que coisas mais agradáveis ele está me
dizendo! Mas... não, eu não deveria ouvir, e sussurrou em uma voz fraca:
- Não faça isso Eric...
Ainda segurando, implorando, trazendo sua testa na minha.
- Por favor, meu amor, por favor... por favor... por favor, me escuta.
Uma vez você ficou chateada do que eu era para você, mas eu não sei
como. Eu não tenho nem a sua magia, e sua graça para alcançar esses
efeitos dramáticos. Eu sou apenas um alemão que está na frente de você e
lhe pede..., pedir-lhe uma nova oportunidade.
- Eric...
- Ouça - rapidamente me interrompe, - Eu tenho falado com os
proprietários do pub onde você trabalha e eu resolvi tudo. Você não tem que
ir para o trabalho. Eu...
- Por que você fez isso?
- Pequena...
Furiosa. Estou de volta furiosa.
- Mas vamos ver quem é você para... para? Você ficou louco? - Amor.
Ciúme me matar e...
- Não ciúme, mas eu faço isso eu vou te matar, eu insisto. Você só
estragou o único trabalho que eu tive. Mas quem você pensa que é para
fazer isso? Quem?
Espero que as minhas palavras tenham saído com tanta raiva, mas
não.
- Eu sei que a minha ação, tenham parecido com excesso, mas eu
quero e preciso estar com você, a minha teimosa mulher de gelo. Gemi
quando ele acrescenta: - Eu não posso permitir que você leve seus sorrisos
maravilhosos e dando o seu tempo com alguém que não seja eu. Eu te amo
pequena. Eu te amo demais para esquecer e vou fazer tudo o que poder
fazer para você me querer de novo e tanto quanto eu preciso de você.
Meus olhos se enchem de lágrimas. Estou esvaziando. O homem que
eu amo dizer isso para mim as coisas mais maravilhosas que eu já ouvi. Mas
eu mantenho a minha resolução.
- Saia!!!
- Então é verdade? - Pergunta ele, com a voz tensa e cheia de
emoção.
Minha cabeça vai explodir.
- Eu não disse isso, mas eu tenho que falar com David.
Ainda não me soltou.
- Por quê?
Apesar de ser tonto, prego um duro olhar sobre ele.
- Porque esta me esperando e merece uma explicação. Eric concorda.
Percebo o desconforto em seu rosto. Por último, deixo a cozinha precedida
por Eric e David me ver assobiando.
- Esta espetacular, Judith.
- Obrigado, respondo, sorrindo com relutância.
Não querendo pensar em mais nada, agarrou o braço de David a cara
de espanto do meu pai e de minha irmã, e o levo para o jardim para
conversar a sós com ele.
David concorda. Eric foi reconhecido como o homem do bar na noite
passada. Entende o que eu expliquei e depois me dando um beijo na
bochecha, ele sai. Eu volto para a casa. Todo mundo olha para mim. Meu pai
sorri, e Eric chega para saber à minha escolha.
- Você vem comigo?
Eu não respondo.
Basta olhar para ele, olhá-lo e olhá-lo.
- Titia, você tem que perdoar, diz a minha sobrinha. Eric é muito bom.
Olha, ele me trouxe uma caixa de chocolates do Bob Esponja.
Então eu vejo que Eric pisca para a minha sobrinha.
- Está subornando?
Ela sorri e lhe dá um cúmplice sorriso irregular.
Eu olho para o meu pai e, animado, acenos. Eu olho para a minha
irmã e um de seus sorrisos bobos, acena com a cabeça em aprovação. Meu
cunhado me dedica uma piscada. Eu fecho meus olhos e meu coração
acelera. É o que eu quero. É o que eu preciso.
- No momento, você e eu vamos falar – falo olhando para Eric.
- O que você quiser, querida.
Minha sobrinha da saltos, encantados.
- Dê - me um segundo.
Eu vou para o meu quarto e minha irmã está vindo atrás. Eu vejo
assim que me abraça.
- Deixe o seu orgulho de lado, teimosa, e aprecia o homem que veio
procurar você. Por que razão? Claro, querida. Defendo com Jesus dia após
dia, mas o melhor são as reconciliações. Não negue seus sentimentos e
deixe o amor.
Aparentemente irritado comigo mesmo por um cata-vento, eu me
sento na cama.
- Ele realmente me dá nos nervos, Rachel.
- Aqui, e meu Jesus, mas nós queremos e é isso que conta, para de
falar besteira. Finalmente, sorrio e com sua ajuda eu começo a colocar
minhas coisas na minha mala.
O que eu sinto por Eric é definitivamente forte o suficiente para mim.
Eu quero, eu preciso dele e eu adoro isso. Voltando à sala de estar com a
minha bagagem, Eric sorri me abraça e eu fico arrepiada quando anuncia ao
meu pai e toda a minha família:
- Eu vou ganhar todos os dias.
Depois de dizer adeus à minha família eu entro no carro de Eric. Eu
cedi. Eu cedi e novamente eu estou ao lado dele. Minha cabeça vai e volta
eu tentando entender o que eu estou fazendo. De repente, eu olho para a
estrada. Eu acreditava que iria para Zahara, a casa de Frida e Andres, e
estou surpreso ao ver que fomos para uma bela casa alugada de verão.
Uma vez que a cerca de metal fecha atrás de nós, vejo a bela casa no
fundo e sussurrou:
- O que fazemos aqui? Eric olha para mim.
- Precisamos estar sozinho. - Concordo.
Não há nada que eu queira mais do que isso.
Quanto eu saio do carro, Eric leva a minha bagagem com uma mão e
me dá a outra. Ele me agarra com força e entra na casa. Minha surpresa é
capitalizada para ver como o ambiente mudou. Mobiliário moderno. Paredes
e cores lisas. Uma enorme tela de plasma. Uma nova chaminé. Tudo,
absolutamente tudo, é novo.
Ele pareceu surpreso. Eu o vejo colocar a música e, antes de dizer
qualquer coisa, a clara:
- Eu comprei a casa. Mas sabe o que e incrível? Como você pode não
ter ouvido falar que eu comprei?
- Você já comprou esta casa?
- Sim, para você.
- Para mim?
- Sim, querida. Foi minha surpresa.
Atordoada, eu olho ao redor.
- Venha, - diz Eric depois de deixar a minha bagagem. -Precisamos
conversar.
A música envolve a estadia, eu me sento na cadeira confortável em
frente à lareira crepitante.
- Você está linda com esse vestido - diz, sentado ao meu lado.
- Obrigada. Acredite ou não, comprei para você.
Depois de um aceno de cabeça, seu olhar vaga pelo meu corpo, - não
posso deixar de dizer:
- Mas foi para outros que eu pensava em usar o vestido. Mas aqui
estamos.
- Já começou.
- Uma vez que esta me mordendo!
- Conte até quarenta e cinco anos, e não quarenta e seis. -finalmente,
resposta:
- Como eu te disse uma vez, eu não sou um santo. E quando eu não
tenho um parceiro, e eu uso o que eu quero que eu queira, quando eu quero.
- Eric levanta uma sobrancelha, e eu prossigo:
- Eu sou a sua única amante, você tem que ser claro de uma vez por
todas. Exatamente: quando você é único, que não é o caso, ele insiste, sem
tirar os olhos de mim.
De repente, percebo que soa como uma música que eu realmente
gosto. Deus, o que eu achava de Eric enquanto ouvia isso! Voltamos a nos
como rivais, tanto a voz de Ricardo Montaner canta:
Convénceme de ser feliz, convénceme.
Convénceme de no morir, convénceme.
Que no es igual felicidad y plenitud
Que un rato entre los dos, que una vida sin tu amor.
Estas palavras dizem muito sobre o meu relacionamento com Eric que
eu momentaneamente deixo nublar a minha mente. Mas no final, Eric cede e
muda de assunto.
- Minha mãe e minha irmã envia-lhe lembrança. Esperam vê-la na
festa organizada na Alemanha no dia cinco, lembra?
- Sim, mas não conte comigo. Eu não vou.
Minha testa está franzida. Apesar da felicidade que me oprime para
estar com o homem que eu amo o orgulho e a raiva ainda estão instalados
em mim. Eric sabe.
- Esta bem Jud..., sou o único culpado por tudo que aconteceu. Você
estava certa. Mas às vezes eu sou um teimoso e...
- O que fez você mudar de ideia?
- O fervor com que você defendeu a sua verdade foi o que me fez
perceber o quão errado eu estava com você. Antes de você sair eu já tinha
percebido o meu grande erro, querida.
- Convencer...
Nada mais a dizer, Eric olha para mim, e eu me repreendi.
―Convencer?‖
Mas o que estou dizendo? Deus, a canção ofusca minha razão. Que
termina agora. E sem deixá-lo responder, rosnou:
- E por que eu tive que dizer adeus ao meu trabalho e devolver o
anel?
- Não, você não está demitida e...
- Sim, estou. Eu não sou a porra do seu negócio de volta na minha
vida.
- Por quê?
- Porque sim. Ah, e por falar nisso, eu estou feliz em saber que você
colocou na rua o meu ex- patrão. E antes que você insiste, não! Eu não vou
voltar para o seu negócio, certo?
Eric concorda, mas por um momento, é atencioso. No final, decidimos
falar:
- Eu não vou permitir que você continuasse trabalhando como
garçonete ou aqui ou em qualquer outro lugar. Para as minhas coisas eu sou
muito territorial e você...
Espantada por este ataque de ciúmes, eu digo:
- Olha bonitão, hoje há um grande número de desemprego na
Espanha e, você sabe que eu tenho que trabalhar eu não posso me colocar
no plano de princesa. Mas de qualquer maneira, agora eu não quero falar
sobre isso, ok?
Eric concordou com isso.
- Em relação ao anel...
- Eu não quero.
- Uau, que vantagem eu estou tendo! - Até eu estou surpresa. - É seu,
mel... -Eric responde com um toque e uma voz suave.
- Eu não quero.
Desvio do beijo. E antes que diga alguma coisa, murmuro:
- Eu não quero anéis, sem compromissos, sem movimento, sem nada.
Nós estamos falando sobre nós e nosso relacionamento. Houve algo que
tem atrapalhado a vida e não quero nem anéis de casamento títulos, ok?
Concorda novamente. Sua docilidade tem me espantado. Você
realmente me ama tanto? As extremidades das músicas e sons do Nirvana.
Genial! Ele só romance. Há um silêncio tenso dos dois, mas levo o meu olho
em um segundo. Finalmente, vejo que a curva nos cantos dos lábios e diz:
- Você é um jovem muito corajoso ao mesmo tempo bonito. Não
querendo sorrir, levanto uma sobrancelha. Eric sorri assim que eu acabei de
dizer.
- O que fez outro dia no escritório, me deixou sem palavras.
- É mesmo? Cantar? Verdades? Dizendo adeus do trabalho?
- Tudo isso e ouvir como me mandavas para o inferno com o chefe de
gabinete. Nunca mais faça perder a credibilidade na minha empresa, você
entende?
Desta vez sou eu quem acena e sorri. Ele está certo. Isso foi muito
ruim. Silêncio.
Eric olha para mim, esperando que eu o beije. Exigiu o meu contato, é
por isso que eu olho, mas estou determinada a não tornar as coisas fáceis.
- É verdade que você me ama tanto?
- Mais - sussurros, trazendo seu nariz no meu pescoço.
O coração me agita seu cheiro, sua proximidade, sua postura, começa
a tomar seu pedágio em mim, e eu só posso me desejam me despir e eu
tenho. Sua proximidade é irresistível, mas disposto a dizer tudo o que eu
tenho a dizer, eu me afasto e murmurou:
- Eu quero que você saiba que eu estou muito brava com você.
- Sinto muito, querida.
- Você me fez sentir muito mal.
- Desculpe pequena.
Os lábios dela beijando seu ombro nu. Oh, Deusssssss, como eu
gosto! Mas não. Deve seu próprio remédio. Ele serve-lhe bem. Então, respire
fundo e diz:
- Você vai senti-lo, Mr. Zimmerman, porque a partir desse momento,
cada vez que eu ficar com raiva de você terá uma punição. Estou cansada
de que aqui apenas eu sou punida. Surpreso, ele olha para mim e franze a
testa.
- E como você pretende me punir?
Levanto-me do sofá.
- Não gosta dos guerreiros? Bem, aqui vou eu.
Eu ando ao redor lentamente diante dele, com certeza da minha
sensualidade.
- No momento, privando-o de que a maioria quer.
Ele se levanta. Oh, oh! Sua altura é espetacular. Crava seus olhos
marcantes e azuis em mim e pergunta:
- O que quer dizer exatamente?
Eu observei e, quando estou atrás do balcão, esclareço:
- Você não está indo para desfrutar de meu corpo. Essa é a sua
punição.
Tensão! O ar pode ser cortado com uma faca. Seu rosto é
decomposto diante dos meus olhos. Espero que os gritos e se recusa, mas
depois a voz gélida diz:
- Você ama-me louco? - Eu não respondo, e continuo ofuscado, Você escapou de mim. Eu fiquei louco, sem saber onde estava. Eu tomei o
telefone por alguns dias. Eu bati a porta na cara dele e na noite passada eu
te vi sorrindo para outros tipos. O que eu quero infligir ainda mais punição?
- Aha! (Maldições em alemão.).
Uau, que palavra disse! Mas, falando de minhas alterações
completamente o tom:
- Querida, eu quero fazer amor. Eu quero beijar. Eu quero te mostrar o
quanto eu amo você. Eu quero você nua em meus braços. Eu preciso de
você. E você está me dizendo que vai me privar disso tudo?
Eu confirmo com a minha voz mais fria e distante.
- Sim, exatamente. Nem mesmo num fio de cabelo meu você vai tocar
até eu sair. Você quebrou meu coração e se você me quiser, respeita a
punição que eu tenho sempre respeitado as suas.
Eric retorna a xingar em alemão.
- E quanto tempo vou ser punido? Ele pergunta, olhando-me
fixamente.
- Até eu decidir que basta. Ele fecha os olhos. Inspira pelo nariz e,
quando aberre, concorda.
- Tudo bem, pequena. Se for isso que você acha que deve fazer, vá
em frente. Encantada, sorrio. Eu tenho fugido com ele!
Eu vejo o relógio e ver que é duas e meia da manhã. Eu não durmo,
mas preciso ficar longe dele, ou o primeiro que vai cumprir a punição
absurda serei eu. Assim, eu falo antes dele colocar as malas no quarto:
- Você me dizer onde é o meu quarto?
- Será que o seu quarto!
Com dissimulação eu contive o riso que eu gostaria de ver a sua face:
- Eric, não espere que vamos dormir juntos.
- Mas...
- Não, Eric, não eu gostaria da minha própria privacidade. Eu não vou
compartilhar a cama com você. Você não merece.
Tenso acena com a cabeça lentamente, enquanto a este ponto deve
ser em memória de todos os meus antepassados, e murmura, após o
primeiro impacto:
- Você sabe que a casa tem quatro quartos. Escolha o que você quer.
Eu vou dormir em qualquer um dos que estão livres.
Sem olhar, eu pego minha mochila e sigo para o quarto que ele e eu
usamos no verão. O nosso quarto. Esta lindo!!! Eric colocou uma enorme
cama de dossel no centro do quarto, o que é ótimo. Móveis brancos em
conserva e cortinas de linho laranja para combinar com a colcha. Eu olho
para o teto e vejo um ventilador. Eu amo os ventiladores! Eu fecho a porta e
meu coração bate difícil. O que estou fazendo? Desejo a despir-me, beijarme, deixe-me o amor como nós gostamos tanto, mas aqui estou eu, negando
a mim mesmo o que mais desejo e negando a ele.
Depois de deixar a minha bagagem ao lado de uma parede do quarto,
eu me olho no espelho oval com mobiliário de correspondência e sorrio.
Minha aparência com este vestido é o mais sexy e sugestivo. Não admira
que Eric me olhe assim, com malícia sorrio e planou o dedo no pulso, quero
puni-lo. Abro a porta, eu olho e vejo Eric em pé na frente da lareira.
- Posso pedir um favor?
- Claro.
Percebendo o que eu peço, eu me aproximei dele, eu retiro o meu
cabelo longo e escuro de um lado, e eu pergunto, mimosa:
- Pode descer o zíper do meu vestido?
Eu me viro para encontrar o meu sorriso e não ouvi-lo bufar. Eu não
vejo o gesto, mas eu imagino os olhos fixos nas minhas costas. Na minha
pele. Suas mãos descansar em mim. Ufa, é quente! Muito lentamente a
descer o zíper. Eu sinto sua respiração no meu pescoço. Emocionante!
- Jud...
- Eric... - Diga
- Desejo - confessou com voz rouca no meu ouvido.
A carne me faz rastejar. Os cabelos em pé e não me respondeu. Eu
não posso. Não usar um sutiã e termina com zíper no final da minha bunda.
Estava olhando para a minha calcinha preta. Minha pele. Minhas nádegas.
Eu sei, eu o conheço. Eu também quero. Eu estou morrendo para seus
ossos. Mas eu estou disposto a buscar o meu alvo.
- O que você quer? Eu digo sem me virar.
Aproximando-se mais perto de mim, eu deixei ele me abraçar por trás
e as palavras ecoam no meu ouvido. - Eu quero você.
Deus estou desesperada! Se não quente e terrivelmente animada.
Sem olhar, inclino minha cabeça em seu peito, fechar os olhos e murmurou:
- Gostaria de me tocar, nua e fazer amor? – Sim
- Com a posse? Sussurrou com uma voz fina. - Sim
Expelir o ar dos meus pulmões e me sufocando. Eu sinto sua ereção a
cada momento mais duro pressionando contra a minha bunda. Ele beija
meus ombros e eu gosto.
- Gostaria de me dividir com outro homem?
- Só se você quiser querida.
Vou desabafar das orelhas de um a qualquer momento.
- Desejo, gostaria de olhar nos seus olhos e saborear sua boca
enquanto outro me possui.
- Sim...
- Você dá-lhe a mim, eu vou abrir para ele e observar como ele se
encaixa em mim de novo e de novo. - enquanto eu engasgo e olho em seus
olhos, noto como Eric engole em seco. Isso colocou coração. Meu coração
não... seguindo.
E quando ele coloca seus lábios ardentes na base do meu pescoço e
me beija, eu torno a me afastar dele e, olhando-o nos olhos, digo com todo o
meu despeito:
- Não, Eric..., você esta sendo punido.
Começo a subir o vestido para ir embora.
- Boa noite, eu deixo.
Eu entro no meu quarto e fechou a porta. Tremendo. Eu apenas fiz o
mesmo que eu fiz esse tempo no comércio de bar. Aqueça tudo. Queimando.
Excitação. Hot... quente. Eu tiro meu vestido e deixo em uma cadeira.
Vestida apenas com a calcinha preta, eu sento aos pés da cama e olho para
a porta. Eu sei que ele vira. Seus olhos, sua voz, seus desejos e seus
instintos mais primários me disse que eu preciso e é o que você quer.
Momentos depois, ouvi seus passos se aproximando. Minha
respiração agitação. Eu quero entrar. Eu quero puxar a porta. Eu gostaria de
possuir com o meu olhar em seus olhos. Sem tirar os olhos da porta eu ouço
seus movimentos. Estou duvidosa. Era tentador. Mas também sou a mulher
que você não quer decepcionar.
A maçaneta move, oh, sim! E minha vagina tremer, ansiosa para
aproveitar o que só Eric pode fornecer. Sexo selvagem. Mas, de repente, a
maçaneta para, a minha decepção me faz abrir a minha boca, e mais para
ouvir seus passos se afastando.
Será que ele foi?
Quando eu sou capaz de fechar a boca, eu lamento. Eu sou uma
idiota. Uma bobagem. Ele simplesmente respeita o que eu pedi e eu
gostando ou não, eu vou ser feliz. Eu levo horas para adormecer. Eu não
posso. É uma doença que faz com que ele seja muito tentador para mim.
Estamos sozinhos em uma bela casa, desejando-nos como loucos, mas
também não faz nada sobre isso.
Na parte da manhã , quando eu acordo, a primeira coisa que faço é
ligar para o meu pai. Vai ser desconfortável. Nós nos comunicamos bem e
estou animado para ouvir a sua voz de felicidade. Ele é repleto de alegria
para mim e Eric, e isso me faz sorrir. Ele me pergunta se eu gostei da casa
que Eric me comprou. Fico surpresa que meu pai sabe, mas confesso que
ele tem sabido de tudo. Eric perguntou-lhe e ele adorou cuidar de toda a obra
em sigilo é claro. Meu pai e Eric se dão muito bem, e é isso que eu gosto,
mas eu estou preocupada ao mesmo tempo.
Após terminar o telefonema, abro a porta e bisbilhoto através dela.
Não vejo nada, eu ouço apenas música. Eu acho que o cantor é Stevie
Wonder. Eu escovo os dentes, penteio o cabelo e visto um jeans. Ao entrar
na sala de estar espaçosa agora interligada à cozinha, vejo-o sentado no
sofá lendo um jornal. Eric sorri para mim. O que é muito atraente! É lindo
com a camisa cinza e roxo e com um jeans.
- Bom dia. Quer um café?- Ele pede de bom humor.
Eu franzo a testa e eu respondo:
- Sim, com leite.
Silenciosamente eu vejo que se levanta, vai até o balcão da cozinha e
encheu uma caneca com café e leite, enquanto eu noto em suas mãos,
aquelas mãos forte que eu gosto quando eu jogo e o deixo louco de prazer.
- Você quer torradas, linguiça, omelete, ameixa, bolo, cookies?
- Nada.
- Nada!
- Eu estou em uma dieta.
Surpreso, ele olha para mim. Desde que nós nos conhecemos nunca
tinha lhe dito que eu estava em uma dieta. Que a tortura não é comigo.
- Você não precisa de nem uma dieta.
Deixando o café para mim. Eu não respondo. Basta olhar para ele, eu
olho e o vejo, e bebo o café. Depois que acabo Eric, que não levantou os
olhos de cima de mim, diz:
- Você dormiu bem?
- Sim - Não vou revelar que eu não tinha dormido bem nem sobre ele
não ter saído da minha mente.
- Você? - Eric curva nos cantos dos lábios e sussurros:
- Honestamente, eu não conseguia pregar o olho pensando em você.
Que lindoooooooooooo!!!! Mas o que isso me faz ter um ataque
cardíaco. Provoca-me. Então, para ficar longe da tentação, levanto-me da
cadeira e vou até a janela para olhar o horizonte. Está chovendo. Dois
segundos depois, eu noto que ele esta atrás de mim, mas não me toca.
- O que você quer fazer hoje?
O que eu quero fazer! Jura que ele não sabe??? Como falar, bem
deixe ver: SEXO!!!! Mas não, eu não vou dizer isso, então eu encolho os
ombros retomando minha postura.
- O que você quiser.
- Humm...! O que eu quero? – Sussurra perto do meu ouvido. Mãe,
mãe, mãe! Ai ele sente a mesma coisa que eu: SEXO! Ouço a sua voz e
imaginar o que ele está pensando me deixa em arrepios. Mas eu posso
evitá-lo, dirijo-me a olhar para ele, e ele me olhou nos olhos e acrescentou:
- Se é o que eu quero, eu quero despir você, baby.
- Eric...
Engraçado, sorri e vai embora depois de me seduzir como um
demônio de verdade.
- Quer ir para Zahara ver Frida e Andrew?
Ele pede ao longe o suficiente. Isso me parece uma excelente ideia e
concordo encantada. Meia hora depois, nós dois estamos indo em seu carro
para Zahara. Está chovendo. Está frio. Ele coloca a música Convencer! Por
que essa música de novo? Eu fecho meus olhos e silenciosamente
amaldiçoou. Quando eu abro os olhos, eu olho para fora da janela. Eu fico
quieta.
- Você não quer cantar? - Mentalmente, sim, eu faço, mas eu não
admito.
- Eu não me sinto com vontade. -Silêncio entre os dois até que ele
quebra novamente.
- Você sabe, uma vez uma linda mulher que eu adoro me contou que
sua mãe lhe dissera que cantar era a única coisa que domesticava os
animais e...
- Você está me chamando de animal? - Surpreso ele estremece.
- Não... longe disso.
- Bem, você canta, se quiser, eu não me sinto assim.
Eric concorda e morde o lábio. Por fim, ele diz com resignação:
- Tudo bem, eu vou calar a boca.
A tensão no ar é palpável, e ninguém abre a boca durante toda a
viagem. Quando chegamos ao nosso destino, Frida e Andrew abraçam-me
felizes, especialmente Frida, que pode me sussurra:
- No passado enfim... Estou contente de ver que vocês estão de volta
juntos!
- Não declare vitória cedo demais, estamos em quarentena.
- Quarentena? - Eu sorrio ironicamente.
- Eu o tenho punido sem sexo ou carinho.
- O quê?
Depois de olhar para Eric e contemplar a sua carranca, eu murmurou:
- Ele me castiga quando eu faço algo de errado, e agora eu decidi que
eu vou fazer o mesmo. Então eu o puni sem sexo.
- Mas só você ou todas as mulheres?
Isso me alerta. Eu não tinha pensado nisso, mas eu tenho certeza que
ele teria entendido tudo. - TODAS! – Frida ao ver o meu gesto ri.
- Ei, enquanto ele esta sendo punido o que você faz? - Frida está
rindo.
- Eu não tenho que contá-los. - Eu sei onde você está indo. Seu rosto
me faz sorrir sirigaita.
- Tudo bem... Eu vou te dizer, porque eu não tenho vergonha de falar
sobre sexo. A primeira vez que fui punido, eu a levei para um clube de
swingers e depois de aquecer e abrir as pernas para outros homens me
forçou a voltar para o hotel sem ninguém, nem mesmo ele me tocar. A
próxima vez que uma mulher me deu e...
- Oh, Deussssssssssss, eu adoro a punição do Eric, mas eu acho que
o seu é muito cruel! Vendo o olhar de Frida no final eu sorrir novamente.
- Isso por que você sabe que eles estão jogando. Eu serei seu pior
pesadelo e ele vai se arrepender de ter me deixado com raiva.
Na hora da comida parou de chover e decidimos ir a um dos
restaurantes em Zahara. Como sempre, tudo é grande, e como eu não tinha
comido direito no café da manhã comi com uma fome voraz. Eu como
camarão, cação marinado e lulas. Eric olha para mim com surpresa.
- Você não estava em uma dieta?
- A resposta é sim, engraçado, mas eu fico com fome às vezes.
O meu comentário faz rir e, inconscientemente, me beija e se
aproxima de mim. Eu aceito o seu beijo. Oh, Deus, eu precisava disso. Mas
quando terminar gostaria de falar tudo o que posso:
- Verifique se o seu instinto, Mr. Zimmerman, e encontra seu castigo.
Sua expressão fica séria e acena com azedume. Frida olha para mim
e, com o seu sorriso. O resto do dia foi bem gasto. Estar com Frida para mim
é divertido e eu me sinto bem como Eric procura minhas atenções.
Necessidade de beijar e tocar-lhe tanto ou mais do que eu, mas me
contenho. Eu ainda estou brava com ele. À noite, voltamos para a casa.
Quando foi deitar veio e me deu um beijo nos lábios tentadores, eu vou para
o meu quarto, mas antes que eu possa chegar, Eric pega a minha mão.
- Quanto tempo vai durar isso?
Quero dizer que acabou. Quero dizer eu não posso mais. Mas meu
orgulho me impede de desistir. Piscou, e me deixou ir de sua mão e entrar no
quarto sem responder. Uma vez lá dentro, os meus instintos mais básicos
gritam comigo para abrir a porta e acabar com o absurdo da punição, mas
minha autoestima não vai me deixar. Como na noite passada, eu o escuto se
aproximando da porta. Eu sei que você quer me ver, mas eventualmente
deixa novamente.
Na parte da manhã, a mãe de Eric ligou e pediu para voltar com
urgência para a Alemanha. A mulher que cuida de seu sobrinho, na sua
ausência, decidiu deixar o trabalho sem aviso prévio e ir viver com a sua
família em Viena. Eric está numa encruzilhada: seu sobrinho ou eu.
- O que você deve fazer?
Por horas eu o vejo tentar resolver o problema por telefone. Falar com
a mulher que parecia distante e discute com seu sobrinho. Ela não entende
que ela não avisou a tempo de encontrar uma substituta. Em seguida, falar
com Martha e se desespera. Fala com sua mãe e discuti novamente. Eu o
ouço falar um pouco com Flyn e sentir sua impotência para enfrentá-lo. Na
parte da tarde, vendo-o exausto, extremamente sobrecarregado e sem saber
o que fazer, meu bom senso prevalece e concorda em acompanhá-lo para a
Alemanha. Tem que resolver um problema. Quando eu digo, ele fecha os
olhos, e coloca a testa contra a minha e me abraça.
Eu falo com o meu pai que eu vou voltar no dia 31 para jantar com
eles. Meu pai está satisfeito, mas deixou claro que, se no final, por qualquer
motivo, decidir ficar este ano na Alemanha, vai entender. Naquela tarde,
tomamos seu jato particular em Jerez, que nos leva a Josef Aeroporto
Internacional Franz Strauss, em Munique.
Na Alemanha, caiu uma forte nevasca e é frio como o inferno. Na
chegada, estávamos esperando um carro escuro. Eric cumprimenta o
motorista e depois me apresentar e descubro que se chama Norbert.
Observo as ruas cobertas de neve e vazias enquanto Eric fala pelo telefone
com a mãe e promete ir para a casa dela amanhã. Ninguém brinca com a
neve ou esta andando de mãos dadas. Quando o carro para meia hora
depois, está diante de um portão de aço grande eu sinto que nós chegamos.
A porta se abre e vejo ao lado de uma pequena casa. Eric diz-me que esta é
a casa dos funcionários que trabalham na casa. A unidade continua através
de um jardim bonito e agradável. Surpreendo-me ao ver a mansão linda e
enorme que aparece diante de mim. Quando o carro para, Eric me ajuda a
descer e ver como eu olho ao meu redor, diz:
- Bem vinda ao lar.
Sua voz e seu gesto e seu olhar me coloca todas em arrepios. Ele
pega a minha mão e me puxa firme. Eu o segui, e quando uma mulher na
casa dos cinquenta anos abre a porta rapidamente, cumprimenta Eric e me
apresenta:
- Judith, ela é Simona. Ela cuida da casa, juntamente com o marido.
A mulher sorri, e eu faço o mesmo. Entramos no enorme lobby
quando um homem chega a nós o que nos pegou no aeroporto.
- Norbert é o marido dela - diz Eric.
Sem hesitar, eu falo no meu perfeito Alemão o que o deixou
desnorteado:
- Tenho o prazer de conhecê-lo.
O casal atordoado pela minha exuberância trocou um olhar. E então,
dizem:
- Senhorita.
Eric sorri.
- Simona, Norbert, podem ir descansar. É tarde.
- Vamos antes levar a sua bagagem em seu quarto, senhor, indica
Norbert.
Assim que deixar a nossa bagagem, Eric me dá um olhar interrogativo
e sussurra:
- Na Alemanha, somos assim beijoqueiros.
- Opa, desculpe.
Com um sorriso inocente, me olha com os seus olhos lindos tocando
as minhas bochechas e murmura suavemente:
- Tudo bem, Jud. Tenho certeza de que você vai gostar tanto quanto
eu.
Eu balancei minha cabeça em aprovação e dou um passo para trás
para longe dele, ou não serei responsável por minhas ações. Eu olho em
volta a procura de uma saída, e vendo a escada dupla por onde o casal
passou, ele pega a minha mão e sussurra:
- Impressionante. Gostas? Ele pergunta, preocupado.
- Deus, Eric! ... Como eu não vou gostar? Mas... mas isso é incrível.
Enorme. Lindo.
- Venha, eu vou te mostrar a casa - diz segurando a minha mão.
Estamos sozinhos, com exceção de Simona e Norbert. Eu gosto do
toque da sua mão, e sentir a sua felicidade isso quebra gradualmente a
concha de frieza que está em meu coração. Entramos em uma sala onde
tem uma lareira maravilhosa e imponente que convida você para aquecer um
chocolate. Eu olho para tudo. O mobiliário escuro e sóbrio. É uma casa de
homens. Não tem uma fotografia. Não tem um detalhe feminino. Nada. Presa
na mão dele, ele me guia por todos os quartos do primeiro andar: dois belos
banheiros, um incrível designer de cozinha, uma despensa. Eu ando ao seu
lado e fico encantada com tudo que vejo. Atravessamos um corredor, e uma
porta se abre e fomos para uma garagem enorme e impecável . Deus! O
sonho do meu pai! Há um Mitsubishi SUV estacionado azul escuro, em cinza
claro um Maybach Exelero, um Audi A6 preto e uma moto 1100 BMWcinza
escuro. Eu olho para tudo atônita, e quando eu penso que já não pode
surpreender mais, voltando pelo corredor, outra porta se abre diante de mim
parece uma piscina retangular espetacular que me deixa completamente
sem palavras.
- Piscina coberta? Que mimo!
Eric sorri. Parece engraçado ver os meus gestos de surpresa. Eu
tento mantê-los, mas eu não posso. Estou impressionada! Uma vez fora da
sala, continuamos pelo corredor e em um escritório. Seu escritório. Tudo é
carvalho escuro e uma enorme biblioteca com escada móvel eu sempre vejo
nos filmes. Isso parece ótimo! Em cima da mesa repousa vários dispositivos
de computação. Para a direita existe uma lareira e a esquerda uma caixa de
vidro contendo várias armas.
- Eles são o seu, certo? - Peço depois que me aproximei da vitrine.
- Sim. - Constato com armas assustadoras.
- Eu nunca gostei de armas. - E antes que ele diga alguma coisa, eu
continuo - você sabe usar? - Como sempre, eu olho... Eu olho e no final ele
diz:
- Um pouco. Prático tiro olímpico.
Não pergunto mais, deixo pegar a mão dele novamente e saímos do
escritório. Fomos para uma segunda sala, onde há uma abundância de
brinquedos e uma secretária. Essa deve ser a sala de jogos e estudos Flyn.
Tudo é bem organizado. Não há nada fora do lugar, o que me surpreende.
Se colocássemos a minha sobrinha em uma sala de jogos seria o caos em
pessoa. Não expresso nada do que eu penso, e saio do quarto para ir para
outro.
Este é parcialmente vazio, exceto por caixas, muitas caixas.
- Este espaço é para você. Para o seu material, diz de repente.
- Para mim? Eric concorda e acrescenta:
- Aqui você pode ter o seu próprio espaço pessoal, algo que eu sei
que você quer e gosta. - Eu vou dizer uma coisa, quando ele acrescenta:
- Como você viu, Flyn tem o seu lugar e eu tenho o meu. É justo que
você também tem o seu para o que quiser.
Dado o que ele diz, não sei o que dizer. Estou boquiaberta que prefiro
manter a calma para não falar algo que eu sei que vou me arrepender mais
tarde. Eric está mais perto de mim, me beija na testa e murmura:
- Vem...
Continua a apresentar a sua casa. Absorvida pela amplitude e luxo
aqui, eu subi a escadaria dupla impressionante no átrio. Eric me diz que no
andar estão sete quartos, todos com banheiro. O quarto do Eric é incrível.
Enorme! É no azul e no centro tem uma cama gigante, que faz meu coração
disparar. O banheiro é outra maravilha: jacuzzi, duche, tudo um luxo. Ao
voltar para o quarto eu olho para o abajur em uma das mesas e sorriso. É o
que nós compramos em El Rastro. Muito casual. Sem olhar, eu sei que Eric
está olhando para mim o que me perturba. Repentinamente eu olho para o
quarto e vejo a minha bagagem. Isso me deixa mais aflita.
Saímos do quarto de Eric e entrou no de Flyn. Aviões e carros
perfeitamente colocados. Tão pura é esta criança? Ele continua a me
surpreender. O quarto é bom, mas impessoal. Não parece que uma criança
vive aqui. Saímos e fui apresentada aos cinco quartos restantes. Eles são
grandes e bonitos, mas sem vida. Você percebe que ninguém usa. Ele pega
a minha mão de novo e me puxa para baixo pelas escadas. Entramos pelo
arco de madeira incrível da cozinha com ilha central. Abre um frigorífico
americano, mostra um coque frio para mim e uma cerveja para si mesmo.
- Espero que você goste da casa.
- Ela é linda Eric.
Ele sorri e toma um gole de sua cerveja.
- É tão grande que... Ugh! - Eu digo, olhando em volta e tocando sua
testa. - O meu pai vai alucinar com todas essas cores. Mas... mas a minha
casa é menor do que um dos banheiros neste piso. - Eric sorri, e perguntou:
- Por que você não me disse antes? Ele dá de ombros, dar uma
olhada no que nos rodeia.
- Eu não sei. Você nunca me pediu para conhecer a minha casa. - Eu
sorrio. Eu pareço ridícula, mas eu não consigo parar de sorrir. Eu gosto de
Eric. Eu gosto da casa. Na verdade eu gosto e de estar com ele aqui. Tudo...
absolutamente tudo o que tem a ver com isso que eu gosto! E antes que eu
possa falar, eu sinto suas mãos na minha cintura e me colocar no balcão. Ele
fica entre as minhas pernas e pergunta com tom doce perto da minha boca
- Eu continuo no castigo?
Essa sua pergunta e sua proximidade me pegaram de surpresa tanto
que eu não sei o que dizer. Por um lado, eu tenho que ser a difícil eu sei que
devo o fazer pagar, mas já me faz pensar-se eu quero continuar com esse
castigo, mas por outro lado eu preciso então eu sou capaz de perdoar
absolutamente tudo para o resto da vida? Eu quero gritar - me fode aqui!!
Para o que parece uma eternidade, nós nos olhamos. Nós nos beijamos com
os olhos. E como de costume em ele começa a vagar em mim.
- Você me perdoa? - Não lhe perdoarei? Mas, cansado de esperar
coloca sua boca na minha tentadoramente. Eu sinto seus lábios nos meus
queimar quando ele diz:
- Beije-me...
Eu não me movo. Não o beije!!! Estou tão paralisada pelo desejo que
eu mal posso respirar.
- Beije-me - insiste. Quando eu não o faço nada, ele coloca suas
mãos sobre minha cabeça e me deixa louca por isso ele coloca a sua língua
no meu lábio superior e na parte inferior, encerrando o momento com uma
deliciosa mordida. Minha respiração acelera. Meu coração parece uma
locomotiva, e depois ele me beija.
Não espere mais. Tem sua boca de modo que eu estou disposta a
absolutamente tudo o que ele me pedir. Enquanto me beijar, sinto que uma
de suas mãos vai para baixo da minha cabeça e para o meu pescoço e, em
seguida, começa a afundar seus dedos na minha carne e ele vaga para a
minha vagina sua doce e tentadora ereção. Oh, meu Deus! Felizmente eu
estou usando jeans, se não, Eric já teria rasgado a minha calcinha, ou
melhor, eu a teria rasgado eu mesma. Inconscientemente, eu fecho meus
olhos e levanto a minha cabeça para trás.
Ele, vendo a minha alegria e minha mudança de respiração, da às
primeiras mordidas em meu queixo e move a sua língua molhada para a
minha garganta e sussurra:
- Venha para o quarto, querida. Eu preciso despir você e possuir como
eu venho querendo fazer a dias. Eu quero abrir as suas pernas para mim e
depois afundar-me uma e outra vez até que seus gemidos vivos acalmem a
ansiedade que eu sinto por você.
Ouvir isso me deixa tonta. Instantaneamente, me sinto bêbada com
ele e como sempre eu quero mais. Mas não, eu não preciso. Eu luto com
determinação contra o meu desejo e excitação, e junto o resto das forças
que eu ainda tenho a meu favor, eu me soltou dele, sabendo o que vai
acontecer:
-Não... , você não está perdoado.
- Jud... , eu quero você.
-Não... , você não deve.
- Jud... , ele protesta.
- Diga-me o meu quarto e... Sem terminar a frase, eu ouço sua
frustração quando se separa de mim. Seu gesto é tão tenso quanto à virilha
de suas calças. Fecha os olhos e se encosta-se ao balcão. Seus dedos são
brancos, e sem olhar para mim, finalmente, sibila:
- OK, vamos continuar com o seu jogo. Siga-me.
Desta vez, não pega a minha mão começa a descer as escadas e eu
sigo. Eu olho para as costas largas, pernas fortes e seu bumbum. Hummmm
Eric é tentador. Pura tentação e eu sei que eu disse não. Ao chegar ao
primeiro andar andando resolutamente em direção ao seu quarto, abre a
porta, leva a minha bagagem e volta para o lobby.
- O quarto de dormir?
Eric, com raiva e determinação, caminha até o fim do corredor e abre
uma porta mais distante do seu quarto. Ambos entramos, ele coloca a minha
bagagem ao lado da cama e, depois de não olhar para mim ou me beijar fala:
- Boa noite
Fecha a porta e vai embora. Por alguns segundos, eu sou como uma
idiota olhando para a porta o meu peito sobe e desce com a emoção do
momento. O que eu fiz? Mas incapaz de fazer ou dizer qualquer outra coisa,
eu tiro a minha roupa eu coloco o meu pijama e deito na cama linda. Eu pego
o meu iPod e começa a tocar a canção ―Convencer-me a ser feliz, me
convencer‖ no final apago a luz, é melhor eu dormir. Mas o meu
subconsciente me trai. Como dormir se eu estou molhada e com tesão, só
consigo imaginar Eric me beija enquanto abre as minhas pernas e dá acesso
a outro homem para me penetrar. Eu levanto os meus quadris em busca de
maior profundidade, e o homem, que eu não vejo o rosto, acelera sua corrida
dentro e fora de mim, e não poso deixá-lo ir. O estranho e que Eric, meu
Iceman, libera escabroso, sexy e cativante, tem o seu lugar.
Eu toco as coxas... Oh, sim!
Eu abri as minhas pernas... sim!
Ele crava seu olhar deslumbrante para mim para que eu possa vê-lo,
e diz em um tom mórbido:
- Pergunte-me o que quiser.
E antes que eu pudesse responder, meu amor, meu homem, meu
Iceman, único, preciso e ardente me penetra e me faz gritar de prazer.
- Eric!
Ele e só ele me dá o que eu realmente preciso. Ele e só ele sabe o
que eu gosto. Um... dois... três... vinte vezes ele me penetra me deixando
pronta para ir a loucura. Eu grito, grito, ele arranhou as costas, enquanto o
homem que eu amo me leva aos mais doces orgasmos, maravilhada e
devastada.
Eu acordei assustada. Eu estou sozinho na cama, suando e eu realizo
o meu sonho. Não sei quanto tempo vou ser capaz de continuar infligindo
essa terrível punição de abstinência sexual, mas o que eu sei é que eu
preciso de Eric e eu morreria para estar em seus braços.
Quando eu acordo, não sei que horas são. Olho para o relógio. Faltam
cinco minutos para as dez.
Saio da cama. Os alemães são muito madrugadores e não quero
parecer um urso sonolento. Eu tomo um banho rápido, depois coloco um
vestido de lã preto casual e minhas botas, e desço até a sala de estar. Ao
entrar não há ninguém, caminho até a cozinha. Eric está sentado em uma
mesa redonda, lendo um jornal. A me ver fecha o jornal.
- Bom dia, dorminhoca, me cumprimenta sem sorrir.
Simona, que está cozinhando, me olha e diz:
- Olá - Eu pareço definitivamente como um urso sonolento.
- Bom dia, eu digo.
Eric não faz menção de levantar-se nem de me beijar. Isso me
surpreende, mas reprimo meus instintos, enquanto rumino minha tristeza por
não receber o meu beijo de bom dia.
Simona me oferece frios, queijos e mel. Mas, vendo que eu nego com
a cabeça e peço apenas café, pega um bolo de ameixa feito por ela mesma
e logo me empurra para me sentar à mesa ao lado de Eric.
- Dormiu bem? - Ele pergunta.
Eu faço um gesto afirmativo com a cabeça e tento não lembrar do
meu sonho excitante. Se ele soubesse...
Dois minutos depois, Simona deixa um café com leite fumegante
sobre a mesa e um bom pedaço de bolo de ameixa. Com fome, eu pego um
pedaço na boca e ao perceber seu sabor de manteiga e baunilha, exclamo:
- Hummmm, está muito bom, Simona!
A mulher, encantada, concorda e sai da cozinha, enquanto eu
continuo com o café da manhã. Eric não fala, só me olha, e quando eu não
aguento mais, olho para ele e pergunto:
- O que foi? Por que você está me olhando assim?
Sem sorrir, apoiando-se em sua cadeira ele responde:
- Ainda não posso acreditar que você está sentada na cozinha da
minha casa. - E antes que eu possa dizer qualquer coisa, muda de assunto e
acrescenta - Quando terminar iremos à casa da minha mãe. Devo pegar
Flynn e comeremos por lá. Depois sairei. Hoje eu tenho um jogo de
basquete.
- Você joga basquete? - Eu pergunto surpresa.
- Sim.
- Sério
- Sim.
- Com quem?
- Com alguns amigos.
- Por que não me disse que você jogava basquete?
Eric me olha, me olha, me olha, e finalmente, murmura:
- Porque nunca me perguntou. Mas agora estamos na Alemanha, na
minha área, e pode ser que muitas coisas te surpreendam sobre mim.
Assinto como uma boba. Acreditava conhecê-lo, e de repente
descubro que faz tiro olímpico, joga basquete e, supostamente, vou
surpreender-me com mais coisas. Sigo comendo o delicioso café da manhã.
Voltar a ver sua mãe e conhecer o pequeno Flynn são situações que me
deixam nervosa, por isso não posso esconder o que pinica a minha cabeça.
- Quando você disse que aqui não era muito efusivo nas saudações,
isso também significa que não haverá beijos de bom dia?
Percebo que a minha pergunta o pega de surpresa, mas responde
enquanto reabre o jornal:
- Haverá beijos sempre que os dois queiram.
Tudo bem... Acaba de me dizer que agora não sou atraente para ele.
Merdaaaaaaa! Eu estou começando a provar do meu próprio remédio e eu
sou uma péssima doente.
Eu ainda sigo comendo o bolo de ameixa, mas meu rosto deve ser tal
que pergunta:
- Mais alguma pergunta?
Eu balanço minha cabeça, e ele volta a olhar para o jornal, mas com o
canto do meu olho eu vejo os cantos da curva de seus lábios. Que patife!
Quando termino completamente o delicioso café da manhã, ele se
levanta e eu faço o mesmo. Vamos até a entrada após abrir um armário,
pegamos nossos casacos. Eric olha para mim.
- E agora? - Digo-lhe ao ver o seu gesto.
- O que você veste é pouca roupa. Aqui não é a Espanha.
Com minhas mãos eu toco o meu casaco preto da Desigual e
esclareço:
- Calma, aquece mais do que você pensa.
Com uma carranca, me sobe a gola do casaco e, após pegar minha
mão, afirma enquanto caminhamos para a garagem dentro da casa:
- Terá que comprar algumas coisas, pois não quero que adoeça.
Suspiro e não respondo. Nem vou passar tanto tempo aqui que
precise comprar nada. Uma vez que entramos no Mitsubishi, Eric aciona um
controle que está no carro. A porta da garagem se abre enquanto o
aquecimento do carro aquece o ambiente em décimos de segundo. Que
maravilha o Mitsubishi!
Ligo o rádio e sorrio ao reconhecer a música do Maroon 5. Eric dirige.
Está sério como sempre. E sem necessidade de que eu lhe pergunte,
começa a me explicar por aonde vamos passando.
Sua casa, segundo me diz, está no centro de Trudering, um lugar
bonito, onde à luz do dia vejo que há mais casas ao seu redor. E que casas
pequenas! Cada qual mais impressionante. Ao sair de uma estrada me indica
que um pouco mais ao sul, há campos agrícolas e pequenos bosques. Isso
me emociona. Tendo natureza perto, como em Jerez, para mim é essencial.
Ao longo do caminho passamos pelo distrito de Riem, até chegar a
um bairro elegante chamado Bogenhausen. Aqui vive sua mãe. Depois de
atravessar ruas com casas, paramos em um portão escuro, e os meus
nervos estão tensos. Conheço Sonia e sei que é um amor, mas é a mãe de
Eric, e isso me deixa muito nervosa.
Uma vez que Eric estaciona o seu carro dentro de uma bonita
garagem, olha para mim e sorri. Ele me conhece e sabe que quando estou
tão quieta é porque estou tensa.
Quando vou soltar um dos meus disparates para relaxar o ambiente, a
porta da casa se abre e Sonia aparece diante de nós.
- Que alegria, que alegria de ter vocês dois aqui! - Ela diz feliz.
Eu sorrio, não posso fazer outra coisa. E quando Sonia me dá um
abraço e eu retribuo, ela sussurra em meu ouvido:
- Bem-vinda à Alemanha e a minha casa querida. Aqui vamos te
querer muito bem.
- Obrigada. - sussurro como posso.
Eric se aproxima e beija sua mãe, então seguramente me pega pela
mão e juntos entramos na casa, onde o ambiente agradável rapidamente me
deixa quente.
No entanto, o barulho é terrível. Parece música repetitiva.
- Flynn está na sala de estar jogando com um de seus infernais jogos.
- Sonia explica. E, olhando para seu filho, ela acrescenta - Eu tenho a
cabeça louca. Não pode jogar sem essa musiquinha feliz. - Eric sorri, e ela
continua - Por certo, sua irmã Marta acaba de ligar. Disse para esperarmos
para comer. Quer cumprimentar Jud.
- Grande - Eric assente. Enquanto eu estou prestes a ficar louca pela
música alta saindo da sala.
Por alguns minutos, Eric e sua mãe falam sobre a mulher que cuidava
de Flynn. Ambos estão decepcionados com ela, e ouço dizer que pretendem
contratar alguém para ajudá-los com o garoto. Enquanto falam, estou
surpresa ao ver que eles fazem, sem que o ruído infernal de fundo seja um
problema. Além disso, dá a sensação de que eles estão acostumados a isso.
Uma vez que terminam, uma jovem se aproxima de nós e diz algo a Sonia.
Esta, desculpando-se, sai com a outra. De repente, Eric me dá a mão.
- Preparada para conhecer Flynn?
Eu digo sim com um gesto. Sempre gostei de crianças.
Juntos caminhamos até a sala. Eric abre a enorme porta de correr
branca e os decibéis da música sobem inevitavelmente. Está surdo Flynn?
Observo a sala. Ela é grande e espaçosa. Cheia de luz, fotos e flores. Mas o
barulho é insuportável.
Eu olho para a frente e vejo uma enorme TV de plasma e alguns
guerreiros lutando impiedosamente. Reconheço o jogo Mortal Kombat:
Armageddon. É o jogo que o meu amigo Nacho tanto gosta e que passamos
horas e horas jogando. Frequente vício obtive com ele.
Na tela os lutadores saltam e lutam, e eu noto que no bonito sofá cor
de framboesa que está na frente da TV, se move um boné vermelho. Será
Flynn?
Eric franze o cenho. A música não pode estar mais alta. Ele solta a
minha mão e caminha para o sofá e, sem dizer nada, se abaixa, aperta um
botão e abaixa o volume.
- Tio Eric! - Uma pequena voz grita.
E de repente um garoto pequeno dá um salto e abraça meu
Iceman particular. Eric sorri e, enquanto o abraça, fecha os olhos.
Oh, Deus, que momento tão bonito!
Arrepiam-me os pelos por todo o corpo ao sentir o amor que meu
alemão sente pelo sobrinho. Por alguns segundos, observo os dois enquanto
compartilham confidências e ouço uma risada infantil.
Antes de me apresentar, Eric presta atenção enquanto o menino,
animado com a sua presença, conta algo do jogo. Depois de alguns minutos,
o pequeno ainda não percebeu que eu estou lá, Eric coloca-o no sofá e diz:
- Flynn, quero te apresentar à senhorita Judith.
Da minha posição, percebo como as costas do menino estão tensas.
Esse gesto de desconforto é tão Iceman, que não me surpreende que o
tenha também. Mas, sem demora, caminho até o sofá e, ainda que o
pequeno não me olhe, eu o cumprimento em alemão.
- Olá, Flynn!
De repente, ele vira o rosto, crava seus olhos escuros e rasgados em
mim, e responde, enquanto Eric tira o boné para revelar sua cabeça escura:
- Olá Sra. Judith!
Chinês?
Flynn é chinês?
Surpresa com os traços orientais do pequeno, quando eu esperava o
típico menino de olhos azuis e branquinho, tento recuperar-me do choque
inicial e com o melhor de meus sorrisos, digo ante o gesto divertido de Eric:
- Flynn, você pode me chamar só Jud ou Judith, ok?
Seus olhos escuros me digitalizam profundamente e assente. Seu
olhar desconfiado é tão penetrante como o de seu tio, o que me dá arrepios.
Mas antes que possa dizer qualquer outra coisa, entra na sala a mãe de Eric,
Sonia.
- Oh, meu Deus, como é maravilhoso falar sem gritar. Eu vou ficar
surda! Flynn, meu querido, você não pode jogar com o volume baixo?
- Não Sonia. - responde o pequeno, ainda com os olhos cravados em
mim.
Sonia?
Que impessoal. Por que não chamar a avó de avó?
Por um momento, noto que a mulher fala com a criança, até que seu
telefone celular toca. O garoto se senta no sofá quando Sonia responde.
- Jogamos uma partida, tio? - Pergunta.
Eric olha para sua mãe, mas ela sai da sala com pressa. Finalmente,
ele senta ao lado de seu sobrinho. Antes que comecem a jogar, eu me
intrometo.
- Eu posso jogar?
- As meninas não sabem jogar isso. - responde o pequeno Flynn sem
me olhar.
Meu rosto é um poema e Eric desvia o olhar para esconder um
sorriso, eu sinto isso.
- Quem disse isso?
Se algo que tenho odiado toda a minha vida é que os sexos se
condicionem para fazer as coisas. Surpresa com isso fico observando o
moleque, que segue sem me olhar.
- Por que você acha que as meninas não sabem jogar isto?
- Porque este é um jogo de homens, e não mulheres. - replica o
infame enquanto volta a cravar os olhos escuros em mim.
- Você está errado. - eu respondo com calma a Flynn.
- Não, eu não me engano. - insiste o pequeno. - As meninas são
desajeitadas para jogos de guerra. Vocês preferem mais os jogos de
príncipes e de moda.
- Você realmente acha isso?
- Sim.
- E se eu mostrar que as meninas também jogam Mortal Kombat.
O pequeno pense na sua resposta e, finalmente, afirma:
- Eu não jogo com as meninas.
Com os olhos arregalados, olho para Eric pedindo ajuda e pergunto
em espanhol:
- Mas que tipo de educação machista você está dando a este menino
mal-humorado? - E antes de responder, eu adiciono com um sorriso falso
nos lábios:
- Ei, olha, é o seu sobrinho, mas se me diz algo a mais solto quatro
pedras, por mais criança que seja.
Eric sorri e responde como um idiota, enquanto ele mexe com a
franja:
- Não te assuste, pequena. Ele faz isso para impressioná-la. E por
certo, Flynn pode falar espanhol perfeitamente.
Fico boquiaberta e antes que possa dizer qualquer coisa o pequeno
se adianta:
- Eu não sou um menino mal-humorado, se não jogo contigo é porque
eu quero jogar só com o meu tio.
- Flynn - Eric repreende.
Convencida de que o começo com o menino não foi tão bom como eu
gostaria, sorrio e murmuro:
- Retiro o "menino mal-humorado". E tudo bem, eu não vou jogar, se
você não quiser.
Sem mais, ele para de me olhar e liga o jogo. A música soa horrível
novamente, Eric pisco para mim e começa a jogar com ele.
Por vinte minutos observo como jogam. Ambos são muito bons, mas
eu percebo que eu sei movimentos que eles não sabem e que não estou
disposta a revelar.
Cansada de olhar para a tela e de que estes dois machos de poder
passam de mim, eu me levanto e começo a andar pela enorme sala. Vou até
uma grande lareira e me fixo nas fotos que estão expostas.
Nelas vejo Eric com duas meninas. Uma delas é Marta e suponho que
a outra era Hannah, a mãe de Flynn. Vejo sorrirem e percebo o quanto se
parecia Eric e Hannah: cabelos claros, olhos azuis e o mesmo sorriso.
Inconscientemente sorrio.
Há mais fotos. Sonia com seus filhos. Flynn bebê nos braços de sua
mãe, vestido de abóbora. Marta e Eric abraçados. Estou surpresa de ver
uma foto de Eric, muito mais jovem e com cabelo comprido. Uau, que sexy
meu Iceman!
- Olá, Judith!
Ao ouvir meu nome me viro e encontro o encantador sorriso de Marta.
Com o ruído existente não ouvi entrar. Abraçamo-nos e ela diz, pegando a
minha mão:
- Já vejo que estes dois guerreiros te abandonaram pelo jogo.
Ambas os olhamos e respondo com escárnio:
- De acordo com alguém, as meninas não sabem jogar.
Marta sorri, suspira e caminha até mim.
- Meu sobrinho é um pequeno monstro em potência. Certamente ele
lhe disse isso, certo?
Concordo com a cabeça, e ela suspira novamente. Finalmente, ela
acrescenta:
- Vamos à cozinha para tomar uma bebida.
Sair da sala para mim e especialmente para os meus ouvidos, é um
descanso.
Quando chegamos à cozinha vejo uma mulher cozinhando que nos
cumprimenta. Marta a apresenta como Cristel, e quando ela volta para seus
afazeres, pergunta:
- O que você gostaria de tomar?
- Uma Coca-Cola.
Marta abre a geladeira e pega duas Cocas. Em seguida, faz um aceno
com a cabeça e a sigo para uma bela sala de jantar ao lado da cozinha.
Sentamos à mesa e através do vidro vejo Sonia, agasalhada, está fora da
casa ao telefone. Ao nos ver, sorri, e Martha sussurra:
- Mamãe e seus namorados.
Isso me surpreende. Mas Sonia não é casada com o pai de Martha?
E quando a minha curiosidade está prestes a explodir, Marta toma um
gole de sua Coca-Cola e esclarece:
- Meu pai e ela se divorciaram quando eu tinha oito anos. E apesar de
eu amar meu pai, eu sei que é um homem muito chato. Mamãe é tão cheia
de vitalidade que precisa de outro tipo de vida louca. - Concordo como uma
boba, e ela é divertida, sussurra: - Olhe para ela, é como uma adolescente
quando fala com uma de suas paqueras por telefone.
Eu olho para Sonia e estou ciente de que o que Martha diz é verdade.
Neste momento, Sonia fecha o celular e dá um pulinho de excitação. Em
seguida, abre o vidro e entra, ao ver que estamos sozinhas, nos diz
enquanto tira o casaco:
- Meninas... me convidaram para ir a Suíça. Eu disse que sim e vou
amanhã.
Sua exuberância me faz sorrir.
- Com quem mamãe? - Pergunta Marta.
Sonia se senta ao nosso lado e confidencia em sussurros,
emocionada:
- Com o belo Trevor Gerver.
- Trevor Gerver! - Gesticula Marta e Sônia concorda.
- Ah, minha filha!
- Vá, mamãe! Trevor é um grande bolo quente.
Alisando o cabelo, Sonia explica:
- Filha, eu já te disse que esse homem olha demais para minhas
pernas quando fazemos o curso. Além disso, o dia em que saltei de
paraquedas, eu notei que...
- Você saltou de paraquedas? - Eu pergunto boquiaberta.
Mãe e filha me dizem para calar a boca com gestos e finalmente
Marta me diz:
- Sobre isto nem uma palavra para o meu irmão ou ele monta em nós,
ok?
Atordoada, eu concordo com a cabeça. Esse esporte arriscado para
Eric não tem nenhuma graça.
- Se meu filho descobre que ambas fazemos esse curso, vai ser
insuportável - Sonia me informa - É muito rigoroso com segurança desde o
acidente fatal que ocorreu com minha preciosa Hannah.
- Eu sei... eu sei ... Eu faço motocross e o dia que me viu fazendo ele
quase...
- Você faz motocross? - Marta pergunta, surpresa.
Concordo e Marta aplaude.
- Sonia intervém, - Mas sim isso fazia também minha filha com
Jurgen, seu primo. E o meu filho não ficou com raiva ao saber?
- Sim, - respondo sorrindo - mas tornou-se claro que o motocross é
parte de mim e não posso fazer nada.
Marta e sua mãe sorriem.
- Na garagem ainda tenho a moto de Hannah - aponta Sonia. quando quiser levar. Pelo menos você vai usá-la.
- Mamãe! - Martha protesta. - quer perturbar Eric?
Sonia suspira, depois sacode a cabeça e olhando para sua filha,
responde:
- Eric fica com raiva só de olhar para ela querida.
- Também tem razão, - Martha zomba.
- E, apesar de querer que vivessem em uma bolha de vidro, para que
nada nos aconteça, - continua Sonia, - você deve compreender que a vida é
para ser divertida e que não é por andar de moto ou saltar de paraquedas
que tem que acontecer algo horrível. Se Hannah tivesse vivido, seria o que
eu diria. Então, querida, - insiste olhando para mim, - se você quiser a moto é
sua.
- Obrigada. Vou me lembrar disso, - sorrio encantada.
No final, nós três rimos. Está claro que Eric, conosco ao seu lado,
nunca terá sossego.
Entre risos e confidências escuto que Trevor é o proprietário da escola
de paraquedismo, que fica nos arredores de Munique. Isto realmente me
chama a atenção. Eu adoraria fazer um curso em queda livre. Mas então,
quando ouvi falar sobre a viagem para a Suíça, percebo que em dois dias é
véspera de Ano Novo! E incapaz de manter o silêncio, pergunto:
- Você vai voltar para o Ano Novo?
Ambas olham para mim, e Sonia responde:
- Não, querida. Passarei na Suíça com Trevor.
- Eric e Flynn passariam sozinhos? - Pergunto, boquiaberta.
As duas respondem com a cabeça.
- Sim, - esclarece Marta. - Mamãe tem planos e eu também.
Meu rosto deve estar um poema, porque Sonia se obriga a dizer:
- Desde que minha filha Hannah morreu, esta noite deixou de ser
especial para todos nós, especialmente para mim. Eric entende e é ele quem
fica com Flynn.
E mudando de assunto rapidamente, Sonia sussurra:
- Oh, Martha o que levo para a Suíça?
Por um tempo eu ouvia, enquanto penso que meu pai nunca, nem por
um pensamento remoto, nos deixaria sozinhas, minha irmã ou eu com a
minha sobrinha em uma noite especial. Uma brincadeira de Marta de repente
me faz sorrir, e nossa conversa é interrompida quando Eric aparece com o
pequeno pela mão.
Ele, que não é bobo, olha para as três. É claro que estávamos falando
sobre algo que não queremos que ele saiba, e Marta, para disfarçar, levanta
para cumprimentá-lo no momento em que Sonia olha para mim e sussurra:
- Nem uma palavra do que falamos aqui para o meu filho sempre
zangado. Mantenha o segredo, está bem querida?
Eu respondo com um sinal afirmativo quase imperceptível, enquanto
observo que Eric sorri para algo que Flynn acabou de dizer.
Vinte minutos depois, os cinco reunidos em volta da mesa de jantar,
degustamos uma rica comida alemã. Tudo é fantástico.
Às três e meia, estamos todos sentados na sala conversando quando
vejo que Eric olha para o relógio, se levanta, se aproxima e, agachando-se
ao meu lado diz, cravando seus deslumbrantes olhos azuis em mim:
- Querida, tenho que estar dentro de uma hora no Centro Esportivo de
Oberföhring. Eu não sei se você gosta de basquete, mas eu ficaria feliz se
você viesse comigo para assistir o jogo.
Sua voz, sua proximidade e a forma como diz ―querida‖, faz levantar
voo às milhares de borboletas que vivem dentro de mim. Quero beijá-lo.
Quero que me beije. Mas não é o melhor lugar para desencadear a paixão
contida. Eric, sem necessidade de que eu fale, sabe o que eu penso. Sente.
No final, concordo encantada, e ele sorri.
- Eu também quero ir! – ouço Flynn dizer.
Eric parar de me olhar. Nosso momento é quebrado, e presta atenção
ao pequeno.
- Claro. Coloque seu casaco.
Quinze minutos depois, nós três estamos no Mitsubishi de Eric e nos
dirigimos ao Centro Esportivo de Oberföhring. Quando chegamos, Eric para
o motor do carro, Flynn sai como um tiro e desaparece. Eu olho inquieta para
Eric, mas ele diz, pegando sua bolsa de ginástica:
- Não se preocupe, Flynn conhece bem o centro de esportes.
Um pouco mais calma, eu pergunto enquanto caminhamos:
- Você já notou como o seu sobrinho me olha?
- Lembra como eu olhei no início para sua sobrinha? - Eric responde.
Isso me faz sorrir, e acrescenta: - Flyn é uma criança. Você tem que apenas
conquistá-lo, como eu conquistei a Luz.
- Tudo bem... você está certo. Mas não sei porque eu sinto que o seu
sobrinho é como seu tio, um osso duro de roer!
Eric ri. Ele para, me olha, se aproxima, se inclina para me alcançar e
sussurra:
- Se não estivesse de castigo, neste momento te beijaria. Gostaria de
colocar minha boca nos seus lábios e devorá-los com prazer real. Depois te
colocaria no carro, te arrancaria as roupas e te faria amor com verdadeira
devoção. Mas, infelizmente para mim, estou de castigo e sem qualquer
chance de fazer alguma coisa que eu desejo.
Meu coração bate acelerado. Tun -tun ... Tun -tun ...
Deussssssssssss, como entender o que acaba de dizer, e quando eu
estou pronta para beijá-lo, de repente escuto:
- Judith! Eric!
Eu olho para a minha direita e vejo Frida e Andrés com o pequeno
Glen. Nem preciso dizer que nos derretemos em abraços efusivos.
- Você também joga basquete? - Eu pergunto, olhando para Andrés.
O divertido médico me atira um olhar.
- Sou o melhor da equipe - sussurra e todos sorrimos.
Quando chegamos ao vestiário, Frida e Andrés se beijam.
Que macacos!
Eric olha para mim com desejo, mas não se aproxima.
- Vá com Frida, querida. Vejo você após o jogo. - Diz antes de
desaparecer atrás da porta.
Deus meu, quero que me beijeeeeeee! Mas não. Isso não acontece.
Quando a porta se fecha, minha cara boba deve ser tal que Frida
pergunta:
- Não me diga que você ainda o está castigando?
Como uma boba, concordo e minha amiga solta uma risada.
- Vamos..., vamos para as arquibancadas para torcer por nossos
meninos. Por certo, eu adoro suas botas. Elas são lindas e sexy!
Perdida em meus pensamentos, sigo Frida. Chegamos a uma porta e
ao abrir aparece uma bonita quadra de basquete. Ali está Flynn, sentado em
um banco amarelo brincando com seu PSP. Ao nos ver chegar se levanta e
sem nos cumprimentar, se dirige a Glen. O pequeno o ama. Nos sentamos e
Flyn pede à Frida que deixe o filho com ele. Ela faz isso, e por alguns
minutos observo como faz carinhas para que o pequeno Glen sorria.
A pista está cheia de gente, e logo Flynn entrega o menino à sua mãe
e vai sentar vários bancos abaixo de nós.
- Que tal com Flynn? - Pergunta Frida me observando.
Antes de responder, encolho os ombros.
- Honestamente, acho que ele não gostou de mim. Ele não quer jogar
comigo e apenas fala comigo. É sempre assim, ou é só comigo?
Frida ri.
- É um bom menino, mas não é muito comunicativo. Note que eu o
conheço toda a minha vida, e não falei mais que dez palavras. É um louco
por maquininhas e jogos. Mas sim, quando vê Glen é todo sorrisos. - De
repente, fica em silêncio por um momento, então sussurra: - Ugh, que fedor!
Eu só vou usar o banheiro para trocar a fralda deste pequeno, ou todos nós
morreremos com esse cheiro.
- Posso te acompanhar?
- Não, Judith. Fique aqui. Não demorarei.
Quando ela vai, eu noto que Flynn percebe que estou sozinha. Eu
sorrio, convidando-o a sentar-se comigo, mas ele resiste. Ele não se move e
eu desisto. Cinco minutos depois, chega um grupo de mulheres da minha
idade, todas belíssimas e perfumadas. Elas se sentam abaixo de mim.
Parecem muito animadas ao falar sobre um cabeleireiro, até que os
jogadores vêm para aquecer e fico boquiaberta ao reconhecer quem está
conversando com Eric e Andrés.
Dá-me um calor da morte. Na pista, há poucos metros de mim, esta o
homem que eu amo com toda minha alma, junto com outros dois com quem
eu compartilhei a cama. Ufa, que calor e que embaraçoso! Discretamente me
abano com a mão, enquanto não sei para onde olhar.
Quando consigo que meu coração pare de bater a dois mil por hora,
olho para a pista e volto a ficar vermelha como um tomate, quando vejo que
os três homens me olham e me cumprimentam. Timidamente eu levanto
minha mão e respondo. As mulheres que estão a minha frente acreditam que
é para elas que se dirigem e cochicham como galinhas, enquanto saúdam
entusiasmadas.
Estou ciente de que eu não posso tirar meus olhos de meu Iceman
particular. É tão sexy... Ele me olha, solta a bola e pisca para mim, e eu
sorrio como uma boba. Deus... é tão lindo de amarelo e branco que estou
prestes a gritar " Lindo, lindo e lindo!" De onde estou.
Flynn se aproxima de seu tio, e ele satisfeito, lhe joga a bola. O
menino ri, e Björn pega em seus braços e lhe dá uma cambalhota. Por
alguns segundos, o pequeno é o centro do jogo dos homens, e está feliz. Ele
muda o gesto e, pela primeira vez, eu o vejo sorrir como uma criança da sua
idade.
Quando Flynn se retira e senta no banco, observo orgulhosa como
Eric se move pela pista. Nunca o imaginei no papel de atleta, e eu só consigo
pensar que me encanta!
Por alguns minutos, eu gosto do que eu vejo
involuntariamente, ouço de uma mulher que está sentada à frente:
quando,
- Vamos, vamos... Hoje jogue como o homem que eu quero em minha
cama.
- E eu na minha, fala outra.
Todas riem, e eu também, dissimulando. Tais comentários entre
mulheres amigas é muito normal. Tudo é divertido, e eu aproveito o
momento, até que outra exclama:
- Oh, meu Deus! Eric está cada dia melhor. Vocês já viram suas
pernas? – De novo todas riem, e a loira idiota, porque não tem outro nome,
acrescenta: - Até hoje me lembro da noite que passei com ele. Foi colossal.
Meu sangue sobe.
Toc... Toc... Ciúme bate à minha porta.
E pensar que Eric tem compartilhado noite e sexo com aquela não me
agrada, e acima de tudo, gostaria de saber se a reunião foi recente.
- Lora, mas se isso foi há mais de um ano atrás. Como você pode se
lembrar ainda?
Uff, eu estou prestes a bater palmas quando ouço isso.
Eric teve algo com essa antes de me conhecer. Quanto a isto não
posso culpá-lo. Eu também tive as minhas coisas com outros homens antes
de estar com ele.
- Gina, só te direi que Eric é um homem que deixa pegada. Responde a tal Lora, e todas sorriem, inclusive eu.
Por um tempo escuto como as mulheres expõem o que pensam de
todos, e cada um dos homens que estão na pista aquecendo. Para todos têm
grandes palavras, mesmo para o marido de Gina. Quando a tal Loira
menciona a Andrés e depois Björn, então eu percebo que ela não se importa
com o outro. Sua maneira de falar deles me permite descobrir o que busca:
sexo.
- Lora - ri Gina, - se quiser repetir com Eric, só tens que agradar o
chinesinho. Todas sabemos que este monstrinho é a sua fraqueza.
A tal Lora enruga o nariz ao olhar Flynn. Ela move a juba loira e
esticando-se murmura:
- Para o que eu quero Eric, não preciso ganhar a ninguém que não
seja ele mesmo.
Minha indignação é em grande estilo. Elas estão falando de meu
menino e eu estou aqui, ouvindo o que dizem. De repente aparece Frida com
o pequeno Glen e se senta ao meu lado.
- Olá, meninas! - Cumprimenta.
As quatro mulheres olham para trás e sorriem. Se beijam entre elas,
até que Frida decide me incluir no grupo.
- Meninas, eu apresento a Judith, a namorada de Eric.
O rosto da mulher, especialmente a da juba loira, é um poema.
Que surpresa que foi!
Frida disse que eu era a namorada dele, algo que tenho proibido Eric
de mencionar, mas neste momento quero deixar muito claro para elas. Sou a
sua namorada, e ele é meu!
Disposta a começar com o pé direito com elas, apesar dos
comentários, decido fazer-me de surda e feliz da vida, cumprimentando. A
partir desse momento, ninguém volta a mencionar sobre Eric.
A partida começa, e eu decido me concentrar no meu menino. Eu o
vejo correr de um lado a outro da quadra, e isso me excita. Mas o basquete
não é o meu chão.
Eu entendo pouco e Frida me explica. Andrés joga de base e Eric de
ala, e rapidamente, estou ciente que a sua posição é importante pela
combinação de altura e velocidade. Eu aplaudo a cada vez que faz cestas de
três pontos e inicia um contra-ataque. Oh Deus, meu menino é tão sexy...!
Durante o intervalo, observo dissimuladamente como a tal Lora o olha.
Procura a sua atenção, mas em nenhum momento encontra. Eric está focado
no que está falando com os colegas, e eu gosto disso. Isso me deixa louca,
ver como ele se entrega a algo que lhe fascina.
Engraçado, eu aplaudo como o inferno quando o jogo é reiniciado e,
com Frida, entro totalmente no jogo, de modo que quando eu quero relatar, o
jogo termina e os nossos meninos vencem por doze pontos. Olé! olé!
Feliz da vida observo, da minha posição como Flynn corre para
abraçar seu tio, e ele sorri, feliz, levantando seus braços. Todo mundo
começa a mover-se de seus assentos.
-Vem... - diz Frida, - vamos lá.
Segura do que quero fazer, chego até a pista junto com as outras
mulheres, e noto que Eric se senta encharcado de suor e coloca um casaco
esporte. Sua expressão séria de costume voltou ao seu rosto, e isso me faz
o coração palpitar. Definitivamente, eu sou masoquista!
De repente, eu percebo que Lora e a que está ao seu lado cochicham
e olham para o meu Iceman. E incapaz de não fazer nada, decido entrar em
ação para deixar as coisas claras de uma vez por todas. Caminho até Eric e,
sem cortar distância, me sento sobre ele e, para sua surpresa, aproximo a
minha boca da sua e o beijo. Eu beijo desesperadamente, com paixão e com
gosto. Ele, surpreso no início, me deixa fazer e finalmente, com a voz rouca
sussurra a centímetros da minha boca:
- Pequena, se eu soubesse te trazia antes a uma quadra de basquete.
- Sorri excitado, e pergunta: - Será que isso significa o fim do castigo?
Assinto. Ele fecha os olhos. Respire pelo nariz e me beija novamente.
Enquanto os homens tomam banho após o jogo, eu vou junto com
Frida e as meninas em uma pequena sala de espera. Aqui me divirto com os
seus comentários. Lora não voltou a dizer nada que possa me perturbar. Só
olha para mim com gesto estranho. É evidente que saber que eu sou a
namorada de Eric cortou o rolo inteiro. Meia hora depois, começam a sair
grandes homens brilhantes e limpinhos.
O primeiro a se aproximar de mim com curiosidade e sorridente é um
cara tão loiro que parece albino.
- Olá! Você é Judith? A espanhola?
Estou prestes a dizer "Olé!" Mas, finalmente, decido não fazer.
- Sim, sou Judith.
- Olé... touro...! - Diz um deles, e eu sorrio.
Dois outros rapazes, neste caso morenos, se aproximam de nós e se
interessam por mim. Aqui sou a novidade, a espanhola! Isso me faz rir e
inicio uma conversa com eles. De repente eu vejo Eric deixar o vestiário e
olhar para mim. O incomoda me ver rodeada por todos aqueles, e eu sorrio.
Esse zelo bobo de sua parte me agrada e ainda mais quando eu vejo ir para
Frida, Andrés e o bebê, e espera que eu vá até ele. Seus olhos se cruzam
com os meus, e então, faz algo que me faz rir. Me indica com um aceno de
cabeça que me mexa.
Eu ignoro sua ordem. Não quero começar a obedecer como um
cachorrinho. Não, definitivamente não vou voltar a ser tão boba com ele
como eu era há meses atrás. No final, se aproxima e, tomando-me de
maneira possessiva pela cintura ante seus companheiros, me dá um beijo
nos lábios e indica:
- Rapazes, essa é a minha namorada, Judith. Portanto cuidado!
Seus amigos riem e eu faço o mesmo, justo no momento que Björn se
aproxima, pega minha mão, beija e me cumprimenta. Inexplicavelmente eu
fico nervosa, mas meus nervos relaxam quando percebo que Björn não faz
nem diz nada fora do lugar. Por outro lado, é bastante correto. Uma vez que
me cumprimenta, Eric me beija na testa e entre eles planejam ir jantar juntos
no Jokers, restaurante dos pais de Björn.
Eu verifico o meu relógio. Sete e vinte da tarde.
Uau, que horror! Vou jantar no horário estrangeiro.
Mas disposta a isto, deixo Eric me segurar firmemente pela cintura,
enquanto observo que com a outra mão agarra Flynn. Nós pulamos no carro,
e o pequeno, animado com a partida, não para de falar com seu tio. Em
nenhum momento me incluem na conversa, mas mesmo assim eu me
integro. No final, ele não tem escolha a não ser responder a algumas
perguntas que eu faço, e isso me faz sorrir.
Quando chegamos ao Jokers, estacionamos o Mitsubishi, e atrás de
nós chegam Frida e Andrés, e depois deles Björn. Faz frio como o inferno e
entramos rápido no local. Um alemão alto e magro vem nos cumprimentar e
Björn me diz que é seu pai. Se chama Klaus e é um tipo muito simpático. Ao
mesmo tempo, que sabe que eu sou espanhola, as palavras "olé‖ e "touro"
saem de sua boca, e eu sorrio. Engraçado!
Depois de servir algumas cervejas, chega o resto do grupo, e
momentos depois uma jovem do restaurante nos abre uma sala de estar
separada e todos nós entramos. Sentamo-nos e deixo que Eric peça para
mim. Tenho que me inteirar em relação à comida alemã.
Rindo, começamos a jantar e tento entender tudo o que eles dizem,
mas ouvir muitas pessoas ao mesmo tempo conversando em alemão me
atrapalha. Que bruscos são falando! Enquanto eu estou focado em entender
perfeitamente o que eles dizem, Eric se aproxima do meu ouvido.
- Desde que sei que acabou o castigo, eu não posso esperar para
chegar em casa, pequena. - Sorri e me pergunta: - Você deseja o mesmo?
Eu digo sim, e Eric pergunta novamente no meu ouvido, enquanto
posso sentir seu dedo fazer círculos na minha coxa por baixo da mesa:
- Me desejas?
Com gestos desonestos, levanto uma sobrancelha, concentrando-me
nele.
- Sim, muito.
Eric sorri. Está feliz com o que escuta.
- Em uma escala de 1 a 10, quanto me deseja? - Me pergunta,
surpreendendo-me.
Convencida de que minha libido está nas nuvens, eu respondo:
- O dez é insuficiente. Digamos cinquenta?
Minha resposta volta a agradá-lo. Pega uma batata frita de seu prato,
dá uma mordida e depois introduz na minha boca. Eu, me divertindo,
mastigo. Por alguns minutos comemos até que eu escuto Eric dizer:
- Vamos Flynn, coma ou eu vou comer o seu prato. Estou faminto.
Terrivelmente faminto.
O pequeno assente e de repente Björn solta uma gargalhada.
- Eric, quando eu disse à nova cozinheira de meu pai, que Judith é
espanhola, me exigiu que a apresentasse.
Ambos sorriem, e sem perder tempo, Eric se levanta, bate com
cumplicidade à mão de Björn, pega a minha e diz:
- Façamos o que pede a cozinheira, ou não podemos voltar a este
lugar.
Atordoada, levanto-me diante dos olhos de todos, e quando Flynn vai
levantar para acompanhar, Björn, atraindo a atenção do pequeno, diz:
- Se você for, vou comer todas as batatas.
O garoto defende sua posse, enquanto nos afastamos do grupo.
Saímos da sala, caminhamos por um amplo corredor e de repente, Eric para
em frente a uma porta, coloca uma chave na fechadura e me faz entrar, após
fecha a porta e murmura desabotoando sua camisa:
- Eu não aguento mais querida. Tenho fome e não é de comida que
está me esperando na mesa.
Eu fico boquiaberta.
- Mas nós não estávamos indo cumprimentar a cozinheira?
Eric vem até mim com um olhar devorador.
- Fique nua querida. Escala de cinquenta do desejo, lembra-se?
Com espanto no rosto ainda vou responder quando Eric me pega
veementemente pela cintura e me senta sobre a mesa. Porém, não me disse
para ficar nua?
Com sua língua, passa primeiro pelo meu lábio superior, depois o
inferior, e quando finaliza o doentio contato mordiscando, sou eu que me
lanço sobre sua boca e devoro.
Calor.
Excitação.
Loucura momentânea.
Por vários minutos nos beijamos com frenesi autêntico, enquanto nos
tocamos. Eric é tão quente, tão ativo nesse aspecto, sinto que vou derreter,
mas quando minha roupa sobre de repente e coloca suas mãos enormes no
cós da minha calça digo:
- Pare. - Meu pedido não o faz parar, e antes que continue, adiciono Não quero que rasgue nem as calças nem as calcinhas. São novas e me
custou uma fortuna. Eu tiro.
Sorri, sorri, sorri... Oh meu Deus! Quando ele sorri, meu coração salta
furioso.
Que me rasgue o que você quiser!
Eric dá um passo para trás. Sou consciente de que o seu desejo se
intensifica por mim. Sem demora coloco um pé em seu peito. Abre a bota
sem tirar os olhos dos meus e a tira. Repete a mesma ação com a outra
perna, e com a outra bota.
Uau, que doentio é o meu Iceman!
Quando as duas botas estão no chão, embaixo da mesa, dá um passo
para trás, e eu tiro minhas calças justas. Deixo sobre a mesa.
A respiração de Eric é tão irregular quanto a minha, quando ele se
ajoelha diante de mim, não precisa me pedir o que ele quer, eu faço. Me
aproximo dele, aproximo o seu rosto da minha calcinha, ele fecha os olhos e
murmura:
- Você não sabe o quanto eu perdi.
Eu também perdi, desejosa de sexo, passo minhas mãos em seu
cabelo e mexo enquanto ele esfrega o rosto imóvel no meu púbis, até que
coloca um dedo na minha calcinha, passa sua boca pela minha tatuagem e
murmura:
- Peça-me o que quiser, pequena... , o que quiser.
Sem deixar de repetir essa frase tão típica dele e que eu tatuei em
mim, abaixa a calcinha e tira, deixa sobre a mesa e levantando-se, me pega
em seus braços, me senta na mesa, abre minhas pernas, abaixa as calças
pretas de treino, e quando cravo meus olhos em seu tentador pênis ereto,
sussurra enquanto me toma:
- Fico louco ao ler essa frase em seu corpo, pequena. Ficaria horas
saboreando-te, mas não há tempo para preâmbulos, e por isso eu vou te
foder agora mesmo.
E novamente, aproxima sua enorme ereção na entrada da minha
vagina molhada, e com uma só e certeira estocada, me penetra.
Sim.. sim... sim...
Oh, sim!
Escutamos o burburinho das pessoas por trás da porta fechada, e Eric
me possui. Eu olho. Me deleito.
- Não há mais segredos entre você e eu. - Murmuro.
Eric concorda. Me penetra.
- Eu quero sinceridade em nosso relacionamento. - Eu insisto,
ofegante.
- Com certeza pequena. Prometido agora e para sempre.
A música chega até nós, mas eu só posso desfrutar o que eu sinto
neste momento. Estou sendo saciada uma e outra vez com força pelo
homem que eu mais desejo no mundo, e me encanta. Suas mãos fortes me
pegam pela cintura, me seguram, e eu feliz com o momento, me deixo
segurar.
Eric me pressiona uma e outra vez contra ele, enquanto range os
dentes eu ouço o ar escapando através deles. Meu corpo se abre para
receber, ofegante, pronto para abrir mais e mais para ele. De repente, me
levanta entre seus braços e me apoia contra a parede.
Oh, Deus, sim!
Suas estocadas estão cada vez mais intensas. Mais possessivas.
Um.. dois... três.... sete... oito... nove... estocadas, e eu gemo de prazer.
Suas mãos me apertam, me belisca o traseiro. E imobilizada contra a
parede eu só posso receber de bom grado uma e outra vez seu ataque
maravilhoso e devastador. Este é Eric. Esta é a nossa maneira de amar. Esta
é a nossa paixão.
Quente. Eu tenho um calor terrível quando sinto que um orgasmo
destruidor está prestes a fazer-me gritar. Eric olha para mim e sorri.
Contenho meu grito, aproximo minha boca ao seu ouvido e sussurro como
posso:
- Agora..., querido... Mais forte agora.
Eric intensifica suas estocadas, sabendo como fazer. Ele penetra bem
fundo em mim, enquanto eu desfruto e explodo em êxtase. Eric me dá o que
eu peço. É o meu dono. Meu amor. Meu servo. Ele é tudo para mim, e
quando o calor entre os dois parece que vai carbonizar, ouço sair de nossas
gargantas um grito rouco de libertação que acalmamos com um beijo.
Momentos depois, se curva sobre mim e eu o pressiono contra o meu
corpo, decidida que não saia dele a noite toda.
Quando os tremores do orgasmo maravilhoso começam a
desaparecer, nos olhamos nos olhos e eu murmuro, seu pau ainda dentro de
mim:
- Eu não posso viver sem você. O que você fez?
Isso me faz sorrir e, depois de dar um beijo sincero nos lábios, eu
respondo:
- O mesmo que você fez. Apaixonada!
Por alguns segundos, o meu Iceman particular me olha com aquele
olhar tão seu, tão alemão e tão castigador que me deixa louca. Adoraria
estar em sua mente e saber o que se passa por ela enquanto me olha assim.
No final, ele me dá um beijo nos lábios e me solta relutantemente.
- Te foderia em todos os cantos deste lugar, mas acho que devemos
voltar para o resto do grupo.
Eu fico tão animada. Vejo calças e calcinha em cima da mesa, e eu
visto rapidamente, mas antes Eric abre uma gaveta e pega uma toalha de
papel para nos limpar.
- Bem... bem, Sr. Zimmerman, - aponto com um gesto travesso - pelo
que vejo não é a primeira vez que você vem aqui para satisfazer suas
necessidades.
Eric sorri e após limpar-se e jogar o papel em uma lata de lixo, como
resposta se encaixa nas calças pretas:
- Não está errada senhorita Flores. Este lugar é do pai de Björn e
temos visitado este quartinho muitas vezes para nos divertir e compartilhar
certas companhias femininas.
O seu comentário se torna engraçado, mas esse ciúme espanhol tão
característico de minha personalidade me faz dar um passo adiante. Eric me
olha.
- Espero que a partir de agora sempre conte comigo. - Aponto
inclinando os olhos.
Eric sorri.
- Não duvides pequena. Você sabe que é o centro do meu desejo.
Fogo...
Falar tão claramente sobre sexo com Eric me enlouquece. Ele tem
consciência disso, se aproxima de mim e me agarra pela cintura.
- Em breve vou abrir as suas pernas para que outro foda você na
minha frente, enquanto eu beijo seus lábios e bebo seus gemidos de prazer.
Só de pensar nisso agora estou duro de novo.
Vermelha, devo estar mais vermelha do que um tomate em ramo. Só
imaginar o que acaba de dizer me deixa louca.
- Quer que aconteça o que eu disse?
Sem qualquer indício de vergonha, balanço a cabeça afirmativamente.
Se meu pai me visse me deserdaria. Eric divertido sorri e me beija com
carinho.
- Faremos, eu prometo. Mas agora termine de se vestir preciosa. Há
uma mesa cheia de gente esperando há poucos metros daqui e, se
demorarmos mais, irão suspeitar.
Inclinada pelo que aconteceu e por suas últimas propostas, termino de
pôr as calças. Então Eric me ajuda a fechar as botas.
- Estou decente? - Peço uma vez vestida, olhando.
Eric me olha de cima abaixo e, antes de abrir a porta, sussurra:
- Sim querida, embora quando chegarmos em casa te quero
totalmente indecente. - Seu comentário me faz rir e depois de aspirar, diz, Vamos sair deste quarto agora ou eu não vou ser capaz de me conter para
não rasgar desta vez suas novas calças e calcinhas preciosas.
À noite, quando chegamos em casa, Eric acomoda Flynn, fechamos a
porta do nosso quarto e nos entregamos ao que mais gostamos: sexo
selvagem, quente e doentio.
No sábado, 29 de dezembro, Eric me pede para passar o dia inteiro
com seu sobrinho. Seus olhos me dizem que está preocupado com isso, mas
eu concordo, convencida de que é o melhor para todos, especialmente para
Flynn. Sim, ele não perde a oportunidade, sempre que pode, de me fazer
sentir que estou demais. Não levo em conta. É um menino. Jogamos grande
parte do dia o Wii e o Play, a única coisa que parece motivar o garoto, e
mostro que as meninas sabem fazer mais coisas que ele acredita.
Divirto-me observando como me olha quando eu ganho de Eric no
jogo Moto GP, ou mesmo uma partida de Mario Bros. O menino não pode
acreditar no que vê. Uma menina ganhar! Mas eu deixo ele vencer o Mortal
Kombat, para dar algumas defesas e para que não me odeie mais. Flynn é
uma criança difícil de descascar, digno sobrinho de meu Iceman.
Durante todo o dia, Eric e eu estamos nos dedicando totalmente a ele
e à noite sinto a cabeça como um tambor de tanta música de videogame.
Mas ao jantar, surpresa, percebo que Flynn pergunta se eu quero salada e
enche meu copo de Coca-Cola sem que eu peça ou sem que acabe. Este é
um começo, Eric e eu sorrimos.
Quando finalmente conseguimos cansar o menino e acomodá-lo, na
privacidade do nosso quarto Eric volta a ser meu. Só meu. Desfruto dele, sua
boca, seu jeito de fazer amor, e eu sei que ele gosta de mim e de estar
comigo.
Enquanto me penetra, não paramos de olhar nos olhos e de dizermos
coisas quentes e doentias. Seu jogo é meu jogo e juntos desfrutamos como
loucos.
No domingo, quando acordo, como sempre estou sozinha na cama.
Eric e seu pouco sono. Olho o relógio. Dez e oito minutos. Estou exausta.
Depois da noite áspera com Eric, só quero dormir e dormir, mas eu sei que
na Alemanha são muito madrugadores e devo me levantar.
De repente, a porta se abre, e o objeto de meus desejos mais
pecaminosos e escuros aparece com uma bandeja de café da manhã.
Está muito bonito nesse suéter e calça jeans granada.
- Bom dia, moreninha!
Este apelido de meu pai me faz sorrir. Eric se senta na cama e me da
um beijo de bom dia.
- Como está a minha namorada hoje? - Pede com carinho.
Encantada com a vida e com o amor que lhe professo, tiro o cabelo do
rosto e respondo:
- Exausta, mas feliz.
Minha resposta lhe agrada, mas antes de dizer qualquer coisa, eu
olho para a bandeja e ver algo que me deixa atordoada.
- Churros? São churros?
Ele balança a cabeça com um sorriso agradável enquanto pego um,
molho no açúcar e dou uma mordida.
- Hummmm, que gostoso! - E ao olhar meus dedos, sussurro: - Com
gordura e tudo.
O riso de Eric ecoa na sala.
Oh, Deus, comer um churro na Alemanha é um pouco surpreendente!
- Mas onde você compra isso? - Pergunto ainda surpresa.
Com um sorriso mega gigante Eric pega outro churro e dá uma
mordida.
- Comentei com Simona que os churros eram muito típicos na
Espanha e você gostava muito no café da manhã. E ela, não sei como, fez
para você.
- Uau, isso é legal! - Exclamo encantada. Quando contar para meu pai
que tenho churros no café da manhã na Alemanha, ele vai querer ver as
fotos.
Eric e eu sorrimos enquanto comemos churros. Quando vou me
limpar com um guardanapo, ao pegá-lo, o anel que devolvi para Eric no
escritório aparece diante de mim.
- Volte a ser a minha namorada, quero que fique com o anel.
Eu olho. Olho. Sorrio. Sorrio, e meu louco amor pega o anel e o
coloca no meu dedo. Depois me dá um beijo na mão e sussurra com a voz
rouca:
- Volte a ser toda minha.
Meu corpo está quente. Eu o amo. Eu o beijo na boca e quando eu
me afasto, sussurro:
- Está certo, meu namorado. - Sorrio. - Posso perguntar algo sobre
Flynn?
- Claro.
Depois de engolir o rico churro, cravo meu olhar nele e me pergunto:
- Por que você não me disse que seu sobrinho Flynn é chinês?
Eric ri.
- Não é chinês. Ele é alemão. Não o chame de chinês, ou vai ficar
muito zangado. Não sei por que ele odeia essa palavra. Minha irmã Hannah
foi viver na Coreia por dois anos. Lá ela conheceu Lee Wan. Quando ela
ficou grávida, decidiu voltar para a Alemanha para ter Flynn aqui. Portanto, é
alemão!
- E o pai de Flynn?
Eric faz uma careta.
- Ele era um homem casado e nunca quis saber de nada sobre ele. Eu faço um aceno de cabeça, e sem esperar ele continua: - Ele teve um pai
na Alemanha por dois anos. Minha irmã namorou um cara chamado Leo. O
garoto o adorava, mas quando ocorreu o acidente com minha irmã, o idiota
não quis saber de nada dele. Me deixou claro o que ele sempre pensava,
estava com minha irmã pelo seu dinheiro.
Decidi não perguntar mais. Não devo. Sigo comendo e Eric me beija
na testa. Por alguns segundos nos olhamos, e eu sei que é hora de falar
sobre o que está em minha mente. Antes tomo um gole de café.
- Eric, amanhã é véspera de Ano Novo, e eu...
Não me deixa continuar.
- Eu sei o que você quer dizer. - Com certeza colocando o dedo na
minha boca - Quer voltar para a Espanha para passar o Ano Novo com sua
família, certo?
- Sim - Eric acena com a cabeça, e eu prossigo: - Acho que devo ir
hoje. Amanhã é véspera de Ano Novo e... bem, você entende.
Suspira, mostrando-se conformado. Sua resignação toca meu
coração.
- Eu quero que você saiba que, embora eu adoraria que você ficasse
aqui comigo, eu entendo. Porém desta vez eu não posso te acompanhar. Eu
tenho que ficar com Flynn. Minha mãe e minha irmã têm planos, e eu quero
passar a noite com ele em casa. Você compreende também, certo?
Lembrar disto parte meu coração. Como vão ficar sozinhos? Mas
antes que eu diga qualquer coisa, meu alemão acrescenta:
- Minha família se desfez no dia que Hannah morreu. E eu não posso
censurar nada. No primeiro Ano Novo o desaparecido era eu. Enfim... Eu não
quero falar sobre isso Jud. Você deve ir para a Espanha e aproveitar. Flynn e
eu vamos ficar bem aqui.
A dor que eu vejo em seus olhos me faz tocar sua bochecha. Eu
quero falar com ele sobre isso, mas meu Iceman não quer que eu sinta pena
dele.
- Ligarei para o aeroporto para prepararem o jato.
- Não..., você não. Eu vou no voo normal. Não precisa...
- Eu insisto Jud. Você é minha namorada e...
- Por favor, não faça mais difícil Eric. – eu o corto. - Eu acho melhor
eu ir em um voo regular. Por favor.
- Tudo bem. - Depois de um silêncio mais do que significativo diz: - Eu
vou cuidar disso.
- Obrigada, murmuro.
Resignado, pisca e pergunta:
- Você vai voltar depois do Ano Novo?
Minha cabeça começa a girar. Porém, como pode me pedir isso?
Ainda não percebeu que o amo com loucura? Desejo gritar que é claro que
eu quero voltar, quando ele toma minhas mãos.
- Eu quero que você saiba, - ele acrescenta - que se você voltar para
mim, vou fazer tudo que esteja ao meu alcance para evitar qualquer coisa
que empurre você de volta para a Espanha. Sei que o seu sentimento para
com sua família é muito forte, e que separar-te deles é o pior para você,
porém comigo você vai ser cuidada, protegida e, acima de tudo, será muito
amada. Desejo que você seja feliz comigo em Munique, e se para isso todos
teremos que aprender coisas espanholas, aprenderemos e faremos com que
se sinta em casa. Quanto à Flynn, dê tempo ao tempo. Tenho certeza de que
antes que você espera ele irá te adorar tanto ou mais do que eu. Eu disse
que ele era uma criança especial e...
- Eric - Lhe interrompo emocionada - Eu te amo.
O tom da minha voz, o que acabo de dizer e os seus olhos fazem que
os pelos de todo meu corpo se arrepiem, especialmente quando eu escuto
dizer:
- Eu te amo, pequena, e estar longe de ti, me deixa louco.
Nossos olhos são sinceros e nossas palavras mais ainda. Nos
queremos. Nos amamos loucamente, e quando se aproxima da minha boca
para beijar-me a porta se abre amplamente e aparece o pequeno Flynn.
- Tioooooooo, por que demora tanto?
Rapidamente nos recompomos, e vendo que Eric não diz nada ante
os olhos do menino, pego algo da bandeja e pergunto em espanhol:
- Você quer um churro, Flynn?
O pequeno faz cara feia. Não conhece a palavra "churro" e não me
suporta. E como está disposto a tirar mais um segundo de tempo de seu
amado tio, responde:
- Tio, espero lá embaixo para jogar.
E antes que alguém possa dizer alguma coisa, fecha a porta e sai.
Quando Eric e eu ficamos a sós na sala, eu olho risonha.
- Não tenho a menor dúvida de que Flynn vai ficar muito feliz pela
minha partida.
Eric não diz nada. Fica calado e me beija nos lábios, depois se
levanta e sai. Por um tempo olho para a porta sem entender como Sonia e
Martha, a mãe e a irmã de Eric, podem deixá-los sozinhos em um momento
como este. Isso me entristece.
Às seis e meia, Eric, Flynn e eu estamos no aeroporto. Não preciso
verificar minha bagagem. Só vou levar uma mochila com alguns poucos
pertences. Estou nervosa. Muito nervosa. Digo adeus a eles, especialmente
a Eric, com o coração partido, mas eu tenho que estar com a minha família.
Apesar da frieza que vejo em seus olhos, Eric tenta brincar. É o seu
mecanismo de defesa. Frieza para não sofrer. Quando a hora de dizer adeus
finalmente chega, eu me abaixo e beijo Flynn na bochecha.
- Jovem, foi um prazer conhecê-lo, e quando eu voltar, eu quero uma
revanche de Mortal Kombat.
O garoto assente com a cabeça e, por alguns segundos eu vejo um
pouco de calor em seus olhos, mas balança a cabeça e quando eu olho de
novo, o calor se foi.
Incentivado por Eric, Flynn se afasta de nós uns metros e senta para
esperar.
- Eric, eu...
Porém não posso continuar. Eric me beija com verdadeira devoção e
quando se afasta um pouco crava seus olhos azuis marcantes em mim.
- Tenha um bom voo, pequena. Mande meus cumprimentos a sua
família e não esqueça que pode voltar a qualquer momento. Estarei
esperando por seu telefonema para voltar ao aeroporto para buscá-la. A hora
que for.
Emocionada, assinto. Tenho uma terrível vontade de chorar, mas me
contenho. Não devo chorar e parecer uma boba, uma maricas, nunca gostei
disso. Por esta razão eu sorrio, volto para dar mais um beijo em meu amor e
piscar para Flynn, caminho até os arcos de segurança. Uma vez que passo,
recolho minha bolsa e minha mochila, volto para dizer adeus, e meu coração
se parte ao ver que Eric e o pequeno sumiram. Eles se foram.
Eu ando pelo aeroporto com segurança, procuro nos painéis minha
porta de embarque, e após saber qual é, me dirijo até lá. Falta mais de uma
hora para a porta abrir, e decido dar um passeio ao redor pelas lojas para me
entreter. Porém minha cabeça não está onde deveria estar, só consigo
pensar em Eric. Meu amor. Na dor que eu vi em seus olhos quando o deixei,
e isto me parte a alma a cada segundo.
Cansada e esgotada pela tristeza que sinto, me sento e observo as
pessoas caminhando ao meu lado. Pessoas felizes e tristes. Pessoas com
família e pessoas sozinhas. Assim estou por um bom tempo, até que de
repente o meu telefone toca. É meu pai.
- Olá, moreninha. Onde você está, minha vida?
- No aeroporto. Esperando abrir o portão de embarque.
- A que horas você chega em Madrid?
Eu olho para o bilhete.
- Teoricamente, pousamos às onze horas, e às onze e meia pego o
último voo que vai a Jerez.
- Perfeito! Eu estarei esperando no aeroporto de Jerez.
Por um tempo, conversamos sobre coisas triviais.
- Você está bem, minha filha? Ele pergunta de repente. Você parece
um pouco triste. Como eu sou incapaz de esconder os meus sentimentos do
homem que me deu a vida e me ama, eu respondo:
- Papai, é tudo tão complicado que... que...é um fardo.
- Complicado?
- Sim papai... muito.
- Você voltou a discutir com Eric? – Meu pai pergunta sem entender.
- Não, papai, não. Nada disso.
- Então, qual é o problema, querida?
Antes de dizer qualquer coisa, eu estou convencida de que eu preciso
falar com ele sobre o que sinto.
- Papai, eu quero estar com vocês no Ano Novo. Desejo vê-lo, a Luz e
a louca da Rachel, mas...mas...
O sorriso carinhoso de meu pai me faz sorrir, mesmo com relutância.
- Mas você está apaixonada por Eric e quer estar com ele, não é
mesmo querida?
- Sim papai, e eu me sinto mal por isso. - Eu sussurro, enquanto eu
assisto duas recepcionistas colocadas na porta pela qual eu tenho que entrar
no avião.
- Você sabe moreninha? Quando eu conheci sua mãe, ela vivia em
Barcelona e, como você sabe, eu em Jerez, e te garanto que o que estás
sentindo, eu já senti antes, e o conselho que posso dar é que você deixe
seguir seu coração.
- Mas papai, eu ...
- Ouça-me em silencio, minha vida. Tanto Luz como sua irmã ou eu
sabemos que você nos ama. Teremos e queremos você para o resto de
nossas vidas, mas tem que começar seu caminho como antes eu comecei, e
depois sua irmã quando ela se casou. Seja egoísta meu amor. Pense sobre
o que você quer e no que deseja. E se neste momento o seu coração pede
para ficar na Alemanha com Eric, fique! Divirta-se! Porque se você fizer isso
eu vou ser mais feliz do que tê-la aqui ao meu lado triste e abatida.
- Papai...que romântico você - soluço, comovida por suas palavras.
- Aha, aha, moreninha.
- Ai papai! - Eu choro de emoção. - Você é o melhor... o melhor.
Sua bondade novamente enche a minha alma quando eu escuto
dizer:
- Você é minha garota e te conheço melhor do que qualquer pessoa
no mundo, e eu só quero que seja feliz. E se a sua felicidade é com este
alemão que te tira da tua casa, bendito seja Deus! Seja feliz e aproveite a
vida. Eu sei que você me ama e você sabe que eu te amo. Onde está o
problema? Não importa se você está na Alemanha ou ao meu lado para
saber que temos um ao outro pelo resto de nossas vidas. Pois você é minha
moreninha, e isto nem à distância, nem Eric ou qualquer outra coisa vai
mudar. - Emocionada por suas palavras eu choro, e ele segue: - Vamos...
vamos...não chore que eu fico nervoso e me sobre a pressão. Você não quer
isso, certo?
Sua pergunta me faz soltar uma gargalhada cheia de lágrimas. O meu
pai é grande. Muito grande!
- Vamos ver minha menina, por que você não fica na Alemanha e
passa a véspera de Ano Novo alegre e feliz? Este é o começo da vida que
tinha planejado recentemente para iniciar no Natal, e será sempre uma bela
recordação para vocês, não acha?
- Papai... você realmente não se importa?
- Claro que não, minha vida. Portanto sorria e vá encontrar Eric. Dê
uma saudação por mim e, por favor, seja feliz para que eu possa ser
também, ok?
- Tudo bem, papai. - E antes de desligar, eu digo: - Amanhã à noite eu
telefono. Eu te amo papai. Eu te amo.
-Eu também te amo moreninha.
Emocionada, comovida e com milhares de sentimentos dentro de
mim, desligo o telefone e enxugo minhas lágrimas. Por vários minutos
permaneço sentada enquanto minha cabeça pensa no que fazer. Papai ou
Eric? Eric ou papai? Ao final, quando as pessoas de meu voo começam a
embarcar, pego a mochila e tenho muito claro para onde eu vou.
Quando o taxi me leva até a porta da mansão onde Eric mora, eu
pago com meu Visa e saio. Como era de se esperar, voltou a nevar e minhas
botas se afundam na neve, mas não importa; estou feliz, além de congelada.
Quando o taxi vai embora, fico sozinha diante do portão imponente e um
barulho próximo me deixa alerta. Olho para a lixeira a minha esquerda e me
assusto. Dois olhos grandes, brilhantes e redondos me observam, e eu grito.
- Porra, que susto!
Meu grito faz com que o pobre cachorro fuja apavorado. Acredito que
se assustou mais que eu. Uma vez que estou sozinha novamente, toco a
campainha para que abram para mim, mas então vejo que se acende uma
luz na casa de Simone e Norbert, as cortinas se movem e imediatamente o
portão se abre.
- Senhorita Judith? Por Deus, você vai congelar!
Me viro e vejo Norbert, o marido de simone, está vestido com um
casaco escuro que vai até os pés, corre até mim.
- Mas o que você faz aqui no frio? Você não tinha ido à Espanha?
- Mudei de planos no último minuto – Respondo tremendo e ao
mesmo tempo sorrindo.
O homem assente sorrindo enquanto me indica o caminho até a porta
lateral.
- Entre, por favor. Ouvi um carro parando na porta e por isso olhei .
Entre. Te levarei imediatamente para a casa.
Juntos passamos pelo enorme jardim o mais rápido possível. Os
meus dentes batiam e o homem se prontificou a me entregar seu casaco. Eu
recusei. Isso não poderia aceitar. Quando chegamos a casa, nos dirigimos à
porta da cozinha. Norbert pega uma chave, abre a porta e me convida a
entrar.
- Vou preparar algo quente para tomar. Você precisa!
- Não, não, por favor – digo, tomando suas mãos frias – Volte pra
casa. Já está tarde e você deve descansar.
- Mas senhorita, eu...
- Calma Norbert. Eu mesma farei. Agora por favor, volte para sua
casa.
O homem aceitou a contragosto, e me disse que o Eric a essa hora
geralmente está em seu escritório e Flyn está dormindo. Agradeço a
informação e ele se vai.
Fico sozinha na cozinha enorme e escura, e respiro agitada. A casa
está em silêncio, e isso me dá arrepios. Mas estou de volta! Tremo. Eu tenho
frio, mas ao pensar em Eric próximo a mim me faz começar a ter calor. Estou
nervosa, ansiosa em ver sua cara quando me vir.
Incapaz de aguentar mais um segundo, vou para o escritório, e
quando me aproximo, eu ouço música. Como uma menina, aproximo meu
ouvido à porta e sorrio ao ouvir a voz maravilhosa de Norah Jones
interpretando a letra romântica de ―don‘t know why‖.
Desconhecia que Eric gostava disso, mas me encanta saber.
Abro a porta em silencio, e sorrio ao ver meu homem parado sentado
junto à grande lareira, com um copo na mão, enquanto observa o fogo. A
música, o calor e a emoção de o ver me envolvem, e eu caminho até ele. No
mesmo instante ele olha para trás e me vê.
Levanta-se. Minha respiração fica ofegante enquanto seu rosto diz
tudo. Está surpreendido!
Larga o copo em uma mesinha. Seu gesto de espanto me faz sorrir e
eu solto a mochila que ainda carrego em minhas mãos congeladas.
- Papai mandou om olá e espera que tenhamos um feliz Ano Novo. –
Eric pisca atordoado, eu tremo e prossigo. – E como você disse que eu
poderia voltar quando quisesse, estou aqui, e...
Mas não posso dizer mais nada. Meu grande alemão caminha até
mim, me abraça com amor e sussurra antes de me beijar:
- Você não sabe o quanto eu desejei que isso acontecesse.
Me beija e quando afasta seus lábios dos meus, sorri, sorri, sorri... até
que de repente sua expressão fica séria.
- Pelo amor de Deus Jud, você está congelada querida! Fique perto
do fogo.
Segurando em suas mãos, faço o que me pede, enquanto esses olhos
me observam com grande ternura.
- Porque não me chamou? – Perguntou ainda comovido pela surpresa
– Teria ido te buscar.
- Queria te surpreender.
Com a expressão preocupada, tiraa o cabelo úmido do meu rosto.
- Mas você está congelada amor.
- Não importa... Não importa.
Me beija denovo.
Ele está nervoso.
A surpresa foi incrível e ele está completamente deslocado.
- Você já comeu?
Eu balancei minha cabeça, ele me ajuda a me livrar do meu casaco
frio.
- Tira essa roupa. Você está molhada e vai ficar doente.
- Espere. Se acalma, eu digo rindo, feliz.
- Na minha mochila eu tenho roupa que...
- Tudo em sua mochila está molhado e frio – insiste, e remove
rapidamente o moletom Nike cinza que está usando.
- Meu deus! Que abdomen!
É incrível. Todos os dias me lembra mais do maravilhoso Paul Walker.
Aqui, coloque isso enquanto eu pego roupas secas no quarto.
Ele sai rápido do escritório, enquanto eu não consigo parar de rir
como uma verdadeira boba e um calor maravilhoso sobe pelo meu corpo. O
efeito de Eric Zimmerman voltou para mim.
Estou tonta.
Idiota.
Perdidamente apaixonada.
E antes que eu pudesse me mover, ele voltou trazendo roupas secas
e vestindo um sueter azul.
Vendo que eu ainda não havia retirado às roupas molhadas, me
despiu enquanto tocava a música sensual Turn me on de Norah Jones, por
Deus, eu amo essa música!
Eric não tirou os olhos de mim. Nua diante dele, colocou seu enorme
moletom cinza em mim.
- Dança comigo - eu pergunto quando já estou vestida.
Sem saltos e sem calcinha, agarro-me ao homem que eu amo e o
faço dançar comigo. Com nossos rostos colados e sentindo-me totalmente
protegida por ele, dançamos aquela bela e romântica canção de amor sobre
o tapete macio em frente à lareira.
Like a flower waiting to bloom
Like a lightbulb in a dark room
I’m just sitting here waiting for you
To come on home and turn me on
Me rendo em seus braços. Eu sei que ele se rende nos meus braços.
Enquanto isso, nossos pés se movem lentamente sobre o tapete e as nossas
respirações se fundem para se tornar um.
Nós dançamos em silêncio. Nós não podemos falar. Só precisamos
nos abraçar e continuar dançando.
Uma vez que a música termina, fechamos os olhos, e Eric, se abaixa,
e me dá um beijo doce nos lábios.
- Termine de se vestir, Jud – diz, com a voz sensual. -divertindo-me
com as milhares de emoções que me faz ver e sentir, sorrio, e ainda mais
quando vejo que eu trouxe algumas roupas íntimas.
- Uau ... eu os amo! E ainda por cima é Armani.
Sexy! Eric sorri, e depois de dar um tapa carinhoso em meu traseiro,
me entrega um par fofo de meias brancas.
- Coloque suas roupas e não me provoque mais, venha, sente-se
junto à lareira. Eu vou para a cozinha e trarei comida para você.
- Não há necessidade, Eric..., realmente.
- Oh, sim, querida - insiste. - É necessário. Sente-se e espere eu
voltar.
Encantada com a nossa felicidade, faço o que me pede. Ele me dá um
beijo e sai. Quando estou sozinha no escritório, olho em volta enquanto me
envolvo na música que toca da fantástica Norah Jones. Vou até minha
mochila molhada e pego uma escova de cabelo, me sento em frente à lareira
e começo a desembaraçar meu cabelo. Estou me penteando, quando Eric
entra com uma bandeja. Ao me ver, deixa a bandeja sobre a mesa e vem até
a mim.
- De-me a escova. Eu vou te pentear.
Como uma criança, me sento e deixo que me penteie.
Sentir suas mãos passando por meus cabelos com mimo me
enlouquece.
Me dá arrepios.
Ele é tão delicado às vezes, que é impossível acreditar que posso
discutir com ele. Assim que termina me dá um beijo na nuca.
- Arrumado o seu lindo cabelo. Agora é hora de comer.
Ele se levanta, pega a bandeja em cima da mesa e a deixa sobre o
tapete. Ele então se senta ao meu lado e me beija no pescoço com carinho.
- Você está linda, querida.
Seu gesto, suas palavras, seu olhar, tudo sobre ele demonstra a
felicidade que sente por me ter aqui. O aroma delicioso do caldo atinge meu
nariz, e feliz, eu tomo o caldo. Eric não tirou os olhos de mim enquanto tomo
em um só gole e deixo o copo na bandeja.
- Eu te surpreendi né?
- Muito - admite, e tira uma mecha solta de meu rosto. Você nunca
deixa de me surpreender.
Isso me faz rir.
- Quando eu fui pegar o avião, recebi um telefonema do meu pai. Eu
conversei com ele e ele me disse que se o que me faria feliz era ficar com
você, que era então para ficar e não perder a oportunidade de ser feliz. Para
ele, é mais importante que saber que eu estou aqui com você, satisfeita, do
que ter a mim ao seu lado e saber que eu sinto sua falta.
Eric sorri, pega o sanduíche de presunto que fez para mim e o coloca
na minha boca para eu dar uma mordida.
- Seu pai é uma grande pessoa, pequena. Você tem muita sorte que
ele seja assim.
- Papai é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, respondi
depois de engolir o pedaço do lanche. Inclusive me disse para começar
minha nova vida com você no Natal, que é algo bonito que eu não deveria
perder. E ele está certo. Este é o nosso começo e quero aproveitar com
você.
Eric me oferece novamente o sanduíche e eu dou-lhe uma mordida.
Quando ele entende o significado do que eu acabei de dizer, eu adiciono,
fechando a boca:
- Definitivamente, eu estou com você, na Alemanha. Você não irá se
livrar de mim.
A notícia o pegou de surpresa, de forma, que ele não sabe nem o que
fazer, até que ele solta o sanduíche na bandeja, pegue o meu rosto com as
mãos e diz próximo a minha boca:
- Você é a melhor, a mais bela e maravilhosa coisa que me aconteceu
na vida.
- Sério?
Eric sorri, me beija nos lábios e disse:
- Sim, senhorita Flores. E ao ver as intenções no meu olhar, fala com
a voz rouca: Até que você termine a sopa, o sanduíche e a sobremesa, eu
não vou satisfazer os seus desejos.
- Todo o sanduíche?
Meu alemão assente com a cabeça e murmura em voz baixa, me
dando arrepios:
-Tudo.
- E a banana também?
- Claro.
Sua resposta me faz sorrir.
Aproveito o caldo e o bebo olhando para ele por cima do copo.
Seduzindo-o com os meus olhos e vendo a excitação em seus olhos.
Deus, meu Deus! Eric, como me excita!
Assim que termino, sem falar, deixo o copo e como o sanduíche. Eu
bebo a água, e quando eu pego a banana, para ensiná-lo, sorrio e deixo na
bandeja.
- Para a sobremesa... Prefiro você.
Eric sorri. Ele me beija e eu o empurro até deitá-lo sobre o tapete.
Estamos em frente ao fogo.
Sozinhos...
Excitados...
E com vontade de jogar.
Eu monto em cima dele. Seu pau está duro pelo meu contato e
minhas insinuações e disposto a me dar o que eu quero e necessito. Suas
mãos passeiam por minhas pernas de forma lenta e pausadamente, e param
em minhas coxas.
- Ainda não posso acreditar que você está aqui, baby.
- Toque-me para acreditar - eu o convido, olhando em seus olhos.
A excitação aumenta a cada segundo e decido tirar seu suéter.
Nu da cintura para cima, a minha mercê, e com um sorriso triunfante
no meu rosto, eu coloco minhas mãos em seu estômago e lentamente subo
até seu peito. Ao longo do caminho, eu me curvo e sua boca vem ao meu
encontro. Nós nos beijamos. Suas mãos pegam as minhas.
- Eric... me coloque como em uma motocicleta.
Ele sorri.
Eu sorrio.
- Você quer que eu te mostre como montar em mim? Pergunta-me
faminto e sem fôlego.
- Sim.
Eric acena com a cabeça, pega a calça que estou usando e, sem
rodeios as tira de mim. Em seguida, faz o mesmo com o sueter, me deixando
totalmente nua sobre ele. Suas mãos vão direto para os meus seios e me
atraindo sussurra:
- Dê-me.
Excitada, me curvo. Eu ofereço o meu corpo, meus seios. Ele
gentilmente beija-los, e, em seguida, colocar um mamilo na boca e, após
deixá-lo duro, faz o mesmo com o outro, enquanto suas mãos me
pressionam contra ele para que eu não saia. Por alguns minutos desfruto de
sua carícia afrodisíaca. Elas são colossais, quente e mórbido, até que, com
suas mãos fortes, me move, deslizando por baixo de mim, me deixando
sentada em sua boca.
Meu estomago se encolhe ao sentir o calor de seu hálito no centro do
meu desejo. Oh sim! Me agarra com suas fortes mãos pela cintura e
somente o posso escutar enquanto me solto:
- Eu vou te saborear. Relaxe e aproveite.
Sentada sobre a sua boca, Eric cumpre o que promete e me faz
apreciar. Sua língua ansiosa, me querendo, procura o centro do meu prazer,
como uma um delicioso manjar tirando de mim gemidos descontrolados
enquanto eu fecho meus olhos queimando a cada segundo. Uma e outra
vez, sua língua toca meu clitóris inflamado e me leva para a borda, porém
não me deixando chegar ao clímax. Isso me deixa louca e eu quero
protestar.
Imagens deliciosas passam pela minha mente, enquanto o homem
que me deixa louca toma tudo o que ele quer de mim, e eu lhe dou ansiosa
por mais. Estarmos sozinhos em seu escritório, diante do fogo e nus é
delicioso e prazeroso.
Mas, inexplicavelmente, uma pequena voz na minha cabeça sussurra
baixinho que se estivessemos em três seria mais gostoso.
Alucinada, eu abro meus olhos. Porque estou pensando assim? Eric
conseguiu me colocar completamente em seu jogo, e agora sou eu que
fantasio sobre isso.
Eu deixei um gemido de prazer quando eu me sinto perversa. Muito
perversa. E, me deixando levar por minhas fantasias, eu digo:
- Eu quero jogar, Eric..., brincar com tudo o que você quiser.
Eu sei que ele me ouviu. Seu açoite na minha bunda me confirma.
Sua boca vagueia meus lábios vaginais, seus dentes me mordiscando me
rasgam ondas de prazer e por fim me deixa chegar ao clímax.
Quando meu corpo se recupera desse maravilhoso ataque, Eric volta
a me colocar sobre seu peito, e com um sorriso triunfal, me pede com uma
voz rouca, carregada de erotismo:
- Foda-me Jud.
Noto que minhas bochechas estão coradas pelo desejo que o meu
alemão me provoca. Não é a lareira que me aquece, é Eric. Meu Eric. Meu
alemão. Meu mandão. Meu teimoso. Meu Iceman.
Disposta que ele desfrute tanto quanto eu, me ajeito e agarro seu
pênis. Sua suavidade é requintada. Eu olho com olhos de "relaxar e gozar",
e, sem esperar mais, eu o coloco na minha vagina.
Estou molhada, encharcada, e eu sinto a ponta do seu maravilhoso
brinquedo quase atingindo o meu útero sem ele se mover.
Deus, que prazer!
Eu movo meus quadris da esquerda para a direita à procura de mais
espaço, e então pressiono meu corpo sobre ele. Eric fecha os olhos e
suspira. Ele gosta desse movimento. Bem! Repito, apoiando as mãos em seu
peito e eu exijo:
- Olhe para mim.
Minha voz. O tom exigente que eu uso nesse momento é o que faz
Eric rapidamente abrir os olhos para me olhar. Eu comando. Ele me pediu
para tomar a iniciativa e me senti poderosa. De repente, eu mudo o
movimento dos meus quadris e ao dar um empurrão seco para frente, Eric dá
um suspiro alto e, involuntariamente ele se contrai.
Ele coloca as mãos nos meus quadris. A fera interna do meu Eric está
despertando. Mas eu entrelaço nossas mãos sussurrando:
- Não..., você não se mova. Deixe-me.
Ele está ansioso.
Animado.
Quente.
Com apenas um olhar seu e já sei o que deseja. O que pensa. O que
ele almeja.
Movo-me novamente com força. Afundo-me mais, e Eric volta a
perder o folego. Eu também.
- Deus, pequena..., você me deixa louco.
Novamente repito os movimentos.
Eu o levo até a borda, mas não deixo que ele chegue ao clímax.
Quero que ele sinta o que me fez sentir a uns minutos atrás, e seu olhar
endurece. Ahh... como pode me olhar com essa irritação!
Suas mãos tentam me fazer sujeitar a ele, mas as detenho outra vez,
enquanto meus movimentos rápidos e circulares continuam o levando até
onde eu quero. Ao extase. Mas o seu prazer é o meu prazer, e quando eu
percebo que nós dois vamos morrer em combustão acelero meus
movimentos até que um orgasmo maravilhoso me toma por completo e meu
Iceman fica enlouquecido e se deixa levar.
Extasiada após o fato, me deixo cair sobre ele, e me abraça. Gosto de
senti-lo perto. Nossas respirações ofegantes pouco a pouco voltam ao
normal.
- Eu te adoro moreninha - diz no meu ouvido.
Suas palavras, tão cheia de amor, eu fico louca, e eu só posso sorrir
como uma boba enquanto seus braços fecham em torno da minha cintura e
me apertam.
Seu calor e meu calor se fundem, e erguendo a cabeça, dou-lhe um
beijo.
Ficamos por alguns minutos deitado no tapete, até que Eric, vendo a
minha pele se arrepiar, me convida para levantar. Nós dois ficamos em pé.
Ele pega um cobertor escuro lá no sofá e me cobre. Então, nu, senta-se e,
sem me soltar, faz com que eu me sente em seu colo e tira o cabelo
bagunçado do meu rosto.
- O que passou pela sua cabeça quando você disse que queria jogar
tudo o que eu quisesse?
Wow! Isso me pegou de surpresa. Eu não esperava.
- Vamos, Jud – me encorajo ao olhá-lo - Você sempre foi honesta.
Inacreditável. Como ele sabe que eu estou escondendo alguma
coisa? No final, disposta a dizer o que penso, eu respondo:
- Bem... eu..., eu realmente não sei. - Eric sorri no meu pescoço e eu
continuo – Vamos... vou te contar. Eu amo fazer amor com você é
maravilhoso e emocionante. Mas me ocorreu a idéia que se estivéssemos
em três no tapete, teria sido ainda melhor. E, rapidamente, eu acrescento Mas, querido... não pense mal de mim, ok? Eu adoro o sexo com você. Eu
amo! E não sei por que razão essa coisa estranha passou pela minha
cabeça. Como você pediu que fosse sincera eu... eu... Eu te disse. Mas
realmente... Eu realmente gosto de estar somente com você e...
Sua risada curta interrompe o meu discurso e ele responde, me
abraçando sobre o cobertor:
- Me deixa louco saber que você deseja jogar, querida. O sexo entre
nós é fantástico, e o jogo, é um complemento em nosso relacionamento.
Satisfeita com a resposta dele, murmuro:
- Que bela definição! Um complemento.
Eric volta a me beijar no pescoço e se levanta comigo nos braços,
dizendo em uma voz cheia de felicidade:
- No momento, linda, eu te quero exclusivamente para mim. E os
complementos, incluiremos um outro dia.
Nós rimos, e saimos do escritório dispostos a ter uma longa noite de
paixão.
Quando eu acordo de manhã eu mal posso reconhecer onde estou,
mas o cheiro de Eric me inunda e, quando abro completamente os olhos, ele
está deitado ao meu lado.
- Bom dia, linda.
Encantada com a sua presença na cama há essa hora, eu sorrio.
- Bom dia, lindo.
Eric estava prestes a me beijar na boca, mas eu o paro. Seu rosto é
um poema, até que eu digo:
- Me deixe escovar os dentes pelo menos. Assim que acordo fico
enjoada comigo mesma.
Sem esperar por uma resposta, saio da cama, vou até o banheiro,
escovar os dentes em um segundo, e sem me preocupar com o meu cabelo,
eu deixo o banheiro, pulo de volta para a cama e o abraço.
- Agora sim! Agora me beije.
Ele não demora. Ele me beija enquanto suas mãos se entrelaçam no
meu corpo, e eu, encantada, me rendo. Vários beijos depois, murmuro:
- Olha, querido, eu estive pensando...
- Hummmm, é um perigo quando você pensa! - Eric zomba.
Rindo, dou um beliscão em sua bunda e, ao ve-lo sorrir, continuo:
- Eu pensei que como estou aqui agora, não precisa contratar alguém
para acompanhar Flyn quando você não está. O que você acha?
Eric olha para mim, olha, olha... e responde:
- Você tem certeza, querida?
- Sim, grandalhão. Eu tenho certeza.
Por um tempo, conversamos abraçados na cama, até que de repente,
a porta se abre.
Adeus privacidade!
Flyn aparece com a testa franzida. E não se surpreende ao me ver,
então imagino que Eric já disse a ele que eu estava aqui. Sem olhar para
mim, se aproxima da cama.
- Tio, seu telefone está tocando.
Eric me solta, pega o telefone e sai da cama, vai até a janela para
conversar. Flyn se afasta sem olhar para mim, mas eu estou disposta a
conquistá-lo.
- Olá, Flyn, como você está lindo hoje!
O garoto olha para mim, oh, sim, seus olhos observam meu rosto e
ele diz:
- Você tem o cabelo bagunçado.
Sem dizer mais nada, ele se vira e vai embora.
Olé chinês! Uiii, não...! É Coreano - alemão.
Convencida de que o pequeno será um osso duro de roer, me levanto,
vou ao banheiro, e me olho no espelho.
Realmente, meu cabelo está uma bagunça! Meu cabelo ficou molhado
na noite passada, e não está nem enrolado e nem liso; está embaraçado.
Eric entra no banheiro, me abraçando por trás e, e eu olho para ele
através do espelho, e ele apoia o queixo na minha nuca.
- Pequena... você deve se vestir. Estão nos esperando.
- Estão nos esperando? Eu pergunto, chocada – Quem nos espera?
Mas Eric não responde e me dá um beijo na nuca novamente antes
de sair.
- Eu te espero na sala. Venha rápido.
Quando fico sozinha no banheiro, eu me olho no espelho. Eric e seus
segredinhos! No final, eu decido tomar um banho. Assim que volto para o
quarto, eu sorrio ao ver que Eric deixou sobre a cama minha calça jeans
seca e minha camisa. Que lindo! Uma vez vestida, eu deixo meu cabelo em
um rabo de cavalo alto, e quando eu chegar à sala, Eric levanta-se e me
entrega um casaco azul escuro que não é meu, mas do meu tamanho.
- Seu casaco ainda está molhado. Coloque este. Vamos lá...
Assim que decido perguntar para onde vamos, Flynn aparece com
seu casaco, chapéu e luvas. Sem abrir a boca, e segurando as mãos de Eric,
chegamos à garagem. Nós três entramos no Mitsubishi e partimos. Quando
passamos pelas latas de lixo na rua, eu olho com curiosidade e vejo deitado
de lado, sobre a neve, um cachorro. Eu sinto pena. Coitado, o frio deve
sentir!
O rádio está tocando música, mas para meu desgosto não conheço
essas
músicas
e
nem
estes
grupos
alemães!
Meia hora mais tarde, depois de deixar o carro em um estacionamento
privado, entramos em um elevador. As portas se abrem no quinto andar e um
homem alto, de aparência primitiva, gritando, abrindo os braços:
- Eric! Flynn!
O menino se atira aos seus braços e Eric lhe dá um aperto de mãos,
sorrindo. Segundos depois, os três me olham.
- Orson, esta é Judith, minha namorada – Eric me apresenta ao
homem.
Orson é um homem grande e tem um cabelo loiro desbotado. Um
alemão daqueles que ao tomar sol fica vermelho como uma melancia.
Deixando Flyn no chão, se aproxima de mim.
- Prazer em conhecê-la.
- Prazer em conhecê-lo
O homem olha para mim e sorri.
-
eu
respondo
educadamente.
- Espanhola? - Ela pergunta, virando-se para Eric. Meu amor confirma
com a cabeça, e o outro homem diz:
- Oh, Espanha! Olé! Touro! Castanholas!
Agora eu sorrio. Ouvir isso me faz rir.
- Que espanhola mais bonita!
- Ela é linda, entre outras coisas mais - diz Eric, fundindo o seu olhar
com o meu sorridente.
Vou abrir a boca para dizer algo quando Orson me agarra pela
cintura.
- Esta é a sua casa a partir de agora.
- E, sem me responder, ele continua:
- Agora você já sabe relaxe e desfrute. Tire suas roupas e,
eu vou dar-lhe tudo o que você precisa.
- Sem entender nada, eu olho para Eric. Tirar as roupas?
Eric sorri para o meu gesto.
Pelo amor de Deus, Flynn está com a gente!
Eu quero falar, protestar, mas meu gigante vem até mim e me beija
nos lábios cheio de cumplicidade.
- Eu quero que tenha um bom tempo, baby. Vamos..., relaxe e
desfrute.
Vou surtar, ele ficou louco? O que ele pretende que eu faça?
- Venha, siga-me, linda. - Orson me pede. E olhando para Eric e Flynn
diz:
- Podem ir se quiserem. Eu vou cuidar dela e todas as suas
necessidades.
Calor. Eu estou chocada. Estou indignada. Eu vou gritar, a ponto de
explodir como uma louca, quando uma mulher com uma arara de roupas.
Olha para Eric e fica vermelha, em seguida, olha para mim e pergunta:
- Ela é a cliente que veio aqui para provar as roupas, correto?
Eric ri, e eu, de repente, esclareço toda a confusão que eu estava
armando sozinha na minha cabeça, dou um tapa nele e dou risada. Eric pega
a mão de seu sobrinho e me dá um beijo nos lábios.
- Você precisa de roupas, maluquinha. Vá com Orson e Ariadne, e
compre tudo, absolutamente tudo, o que quiser. Flynn e eu temos coisas
para fazer.
Encantada, eu devolvo o beijo sigo Orson e a menina das araras.
Entramos em uma grande sala com espelhos e várias prateleiras de todos os
tipos de roupas. Assustada, eu olho em volta.
- Eric me disse que você precisa de tudo – me informa Orson Portanto, desfrute. – Prove tudo o que quiser, e se não gostar de nada por
favor, me avise e traremos mais.
Boquiaberta, olho o homem se afastar. A jovem olha para mim e sorri.
- Vamos começar! - Ela exclama.
Por mais de duas horas que eu tento em todos os tipos de calças,
vestidos, saias, camisas, botas, sapatos, casacos e conjuntos de lingerie.
Tudo é bonito, e o pior, é muito caro!
Ouço uma batida na porta. Momentos depois abro e vejo Eric. Estou
usando um vestido preto sexy de chiffon que é muito parecido com o de
Shakira em sua canção Gitana. Eu adorei o vestido e pela expressão de Eric,
vejo que ele também. Ele me faz sorrir. Ao ve-lo entrar Ariadne desaparece
do quarto, e ficamos a sós. Animadamente dou uma volta para ele.
- O que você acha?
Eric se aproxima me agarra pela cintura e sorri.
- Mal posso esperar para tirá-lo, pequena.
Eu tento protestar, mas ele me beija. Oh, Deus, como eu amo seus
beijos!
- Você está linda neste vestido – ele afirma quando me solta. –
Compre-o.
Inconscientemente, eu olho para a etiqueta e fico chocada.
- Eric é... Meu Deus! Ele custa €2600,00. De jeito nenhum! Vamos,
por favor, eu não ganho isso nem fazendo um zilhão de horas extras.
Ele sorri e pega meu queixo.
- Você sabe que dinheiro não é um problema para mim. Compre-o.
- Mas...
- Você precisa de um vestido de festa para o aniversário da minha
mãe dia cinco, e neste vestido você ficou incrivelmente bonita.
A porta se abre novamentee entram Ariadne e Orson. O último olha
para mim e dá um assobio de aprovação.
- Este vestido foi feito para você, Judith.
Eu sorrio. Eric sorri.
- Bem, Judith, já viu as coisas que você gosta? - Pergunta Orson.
Boquiaberta, eu olho ao redor. Tudo é fantástico.
- Eu acho que gosto de tudo - respondo com um ar de brincadeira.
Eric e Orson se olham, e meu Iceman diz:
- Envie tudo para casa.
Horrorizada, eu falo rapidamente.
- Eric, por Deus, não se atreva! Como é que você vai comprar tudo
isso?
Se divertindo com a minha cara, o homem que eu estou
completamente apaixonada aproxima seu rosto do meu e sussurra:
- Bem, se você não quer que enviem tudo para casa, escolha algumas
coisas. E quando eu digo algumas coisas, eu quero dizer vários itens,
incluindo sapatos e botas! Você precisa dessas coisas até que cheguem
suas coisas da Espanha, certo?
Wow! Eu vou enlouquecer. Eu amo roupas.
- Mas você tem certeza, Eric? - Eu insisto.
- Totalmente seguro, pequena.
- Eric... isso me preocupa. É muito dinheiro!
Meu Iceman sorri e beija a ponta do meu nariz.
- Você vale muito mais, querida. Vamos, dê-me o prazer de ver que
você aproveite este. Escolha absolutamente tudo o que você quiser, sem
olhar para o preço. Você sabe que eu posso pagar. Por favor, me faça feliz.
Olho de canto para Orson, e ele sorri.
Levar um pedaço de Eric nas compras que vou fazer! Finalmente
fiquei mais relaxada. Eu estou vivendo o sonho que qualquer mulher gostaria
de viver na Terra. Comprar sem olhar para o preço! Respiro fundo, me volto
para as coisas que me cativou, pronto para lhe dar o gostinho, e também
para o prazer que eu vou me dar. Mãe do céu... que perigo que eu tenho!
Ariadne coloca tudo ao meu lado para eu escolher o que quero, e
então eu começo. Sem pensar sobre o preço, eu levo várias calças jeans,
camisas, vestidos, saias longas e curtas, sapatos, botas, meias, bolsas,
roupas íntimas, um casaco longo, chapéus, cachecóis, luvas, cachecol
vermelho e vários pijamas.
Assim que termino, com o coração acelerado, eu olho para Eric.
- Eu quero tudo, inclusive o vestido que estou usando.
Eric sorri. Ele está muito contente, feliz.
- Desejo concedido.
Estou com um lindo vestido vermelho que eu comprei esta tarde, me
olho no espelho. Fiz um coque alto e deixei meu olhar sofisticado. Chove
muito. Há uma tremenda tempestade e trovões me fazem estremecer. Eu
não estou com medo, mas eu nunca gostei de trovões.
Eu ligo para o meu pai em Jerez para conversar com ele e minha
irmã. No fundo eu ouço a risada da minha sobrinha e sinto um aperto no
coração. Enquanto nós conversamos ao telefone, todos parecemos felizes,
apesar de sentirmos muito a falta um dos outros.
Depois de desligar o telefonema, ainda emocionada, decido retocar a
minha maquiagem. Eu chorei, meu nariz está parecendo um tomate e eu
preciso de uma melodia. Quando acho que estou totalmente apresentável
novamente, eu saio do quarto e, depois de descer a escada principal,
apareço na sala. É a última noite do ano e quero me divertir com Eric e
Flynn. Quando eu apareço, Eric se levanta e caminha em minha direção. Ele
está lindo em seu terno escuro e camisa azul clara.
- Você está linda Jud, Linda.
Ele me beija, com um beijo cheio de paixão e desejo. Durante um
segundo nos fixamos nosso olhar, até que uma voz ao fundo protesta:
- Para de beijar! Que nojo!
Flynn não suporta nossas demonstrações de afeto, o que nos faz rir,
embora a criança não ache engraçado. Quando eu olho para ele, vejo que
está vestido como Eric, mas em miniatura! Balanço a cabeça em aprovação.
- Flynn, vestido assim você se parece com seu tio. Você está muito
bonito.
O garoto me olha e dá um sorriso. Ele gostou do comentário sobre
estar parecido com seu tio, mas ainda assim estou ansiosa para o jantar.
- Vamos... Você está atrasado e eu estou com fome.
Olho para o relógio. Não são nem sete horas!
Por Deus, como podem jantar tão cedo?!
Esse horário estranho vai me matar! Eric parece ler meus
pensamentos e sorri. Quando me recomponho, olho para a linda e elegante
mesa que Norbert e Simona prepararam e enquanto Eric me leva até uma
das cadeiras eu pergunto:
- Bom na Alemanha o que se come na última noite do ano?
Mas antes que ele pudesse responder as portas se abrem e Norbert e
Simona aparecem com duas travessas e as deixam sobre a mesa.
Surpreendida, observo que em uma tem lentilhas e na outra sopa.
- Lentilhas? – Eu digo rindo.
- Eca! – diz Flynn fazendo como se fosse vomitar.
- É uma tradição na alemanha, igual na Itália – Diz Eric feliz.
- A sopa é de torresmo e linguiça, senhorita Judith, é muito saborosa –
me diz Simona - Gostaria de provar?
- Sim obrigada.
Simona encheu meu prato, e todo mundo me olha esperando que eu
prove. Eu pego minha colher e faço o que eles querem. Na verdade, está
muito boa. Eu sorrio, e eles sorriem de volta.
Incapaz de acalmar minha mente, enquanto Norbert distrai Flynn,
Simona enche a tigela dele de sopa, eu olho para Eric e sussurro:
- Por que não pede a Simona e Norbert para se sentar com a gente
para o jantar?
Minha proposta no início o surpreendeu, mas depois de entender o
que eu pretendo, finalmente, concorda.
- Simona, Norbert, gostariam de jantar conosco?
O casal se entreolha. Por suas caras, imagino que seja a primeira vez
que Eric lhes convida para algo assim.
- Senhor - Norbert responde - Agradecemos, mas já jantamos.
Eric olha para mim. Como eu estou disposta a fazer do meu jeito, eu
digo sorrindo:
- Eu adoraria que ficassem então para a sobremesa com a gente,
vocês me prometem?
O casal volta a se olhar, e no final, por insistência de Flynn, Simona
sorri e assente.
Dez minutos mais tarde, depois de terminar a sopa, Simona e Norbert
trazem mais pratos. Eu olhando fixamente para um deles.
- Isso é uma verdura. Chamamos de chucrute - Diz Eric. - É feito com
repolho. Experimente.
- Sim. É muito bom - diz Flynn.
Seu gesto me mostra que ele não gosta e, pela aparência, não me
agradou. Decido recusar a oferta com o melhor dos meus sorrisos e pegar
um bagel com algo parecido com uma salsicha branca.
De repente, vejo Norbert trazer mais uma travessa para a mesa. Eu
aplaudo. É camarão, queijo e presunto assado. Ole! Eric vendo meu rosto
feliz, pega minha mão.
- Não se esqueça de que minha mãe é espanhola e temos muitos
costumes que ela nos ensinou.
- Hummm! Eu adoro presunto! – Diz a criança.
O presunto está muito bom. Meu deus que delícia! E quando trazem o
pato assado, já não posso comer mais nada. Mas como não quero fazer feio,
me sirvo com um pouco, mas na verdade está muito bom!
Também provo um pouco de queijo alemão e repolho com cenoura.
Eles me explicam que são as comidas tradicionais para trazer estabilidade
financeira, e como estou desempregada, me encaixo na situação!
O jantar é agradável, apesar de perceber que sou eu quem conduz a
conversa. Eric me observa e sorri. Para mim é o suficiente.
Flynn tenta me ignorar, mas sua idade é fácil de agradar, e quando
falo de jogos de Wii ou Playstation, ele é incapaz de não se envolver na
conversa. Eric sorri e se aproximando de mim murmura:
- Você é incrível querida!
Quando decido não comer mais nada para não passar mal, aparecem
Simona e Norbert com a sobremesa com uma cara maravilhosa, que só de
olhar, quero devorar.
- Bienenstich da Simona! Que delícia! – Diz Flynn feliz.
Sem que eu pudesse tirar meus olhos desse bolo maravilhoso,
pergunto:
- O que é isso?
- É uma sobremesa típica da Alemanha, senhorita – fala Norbert – que
minha Simona faz maravilhosamente.
- Ah sim! É o melhor bienenstich que você comerá em sua vida – me
diz Eric divertindo-se.
A mulher, animado por sentir que é o centro das atenções de todos,
especialmente dos três homens na casa, sorri e se vira para mim:
- É uma receita que minha avó passou a minha mãe, e minha mãe
para mim. O Bienenstich é um doce feito em camadas. O fundo é uma
massa de bolo diferente, a segunda é um recheio de açúcar, manteiga e
creme de amêndoa que eu deixo moída até torná-la cremosa, e na camada
de cima é novamente uma massa de bolo diferente com amêndoas
caramelizadas e mel.
- Humm, gostoso! Eu sussurro. E, levantando-se de forma decisiva, eu
acrescento - Como esta é a sobremesa, vocês tem que se sentar com a
gente para comer. Simona e Norbert se olham, e antes que digam alguma
coisa, eu os lembro – Vocês me prometeram!
Eric segue meu exemplo, levanta-se, puxa uma cadeira e diz à
mulher:
- Simona, você poderia se sentar?
A mulher, quase sem respirar, senta, e ao lado dela, o marido, eu, me
aproximo e pergunto:
Este
doce
Simona concorda.
é
cortado
como
um
bolo,
certo?
- Muito bem, então eu servirei a todos esse fantástico Bienenstich. Então, olho para a criança e pergunto – Flynn poderia trazer mais dois pratos
para Simona e Norbert?
O pequeno, feliz, se levanta, vai até a cozinha e volta com dois pratos.
Com determinação, corto cinco fatias e sirvo a todos, e uma vez que eu
sento na minha cadeira, Eric olha para mim, satisfeito.
- Vamos..., coma antes que eu coma tudo - eu murmuro, fazendo
todos rirem.
Rindo e conversando devoramos a sobremesa maravilhosa. Surpresa,
eu assisto as quatro pessoas ao meu redor aproveitando o momento como
algo único, e estou extremamente feliz. Assim, proponho que cantem para
mim uma canção alemã e, rapidamente, Norbert começa com o tradicional
OTannenbaum.
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
wie treu sind deine Blätter.
Du grünst nicht nur zur Sommerzeit,
nein auch im Winter, wenn es schneit.
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
wie grün sind deine Blätter!
O árvore de Natal, ó árvore de Natal,
Como leais são suas folhas.
Você é verde, não só no verão,
Não, mesmo no inverno, quando neva.
O árvore de Natal, ó árvore de Natal,
quão verde são as suas folhas!
Eu escuto maravilhada. Eric, com seu sobrinho sentado em seu colo,
também canta que em alemão e me dá arrepios. Vendo essas quatro
pessoas unidas pela a música me faz lembrar a minha família. Certamente,
meu pai e minha irmã estão cortando o cordeiro, e minha sobrinha e meu
irmão rindo das piadas. Isso me emociona, e enhem os meus olhos de
lágrimas.
Porém quando eles terminam a canção eu aplaudo, e rapidamente
Flynn entra no meu jogo e pede que eu cante uma música em espanhol.
Penso rápido em uma canção típica que o pequeno pode já ter escutado
Sonia cantando e lembro de Los peces en el río.
Eu acerto, e a criança e Eric me seguem, e cantamos batendo
palmas:
Pero mira cómo beben los peces en el río,
pero mira cómo beben por ver a Dios nacido
Beben, y beben, y vuelven a beber,
los peces en el río por ver a Dios nacer.
Quando terminamos, desta vez é Simona e Norbert que nos
aplaudem, e juntamos a eles nos aplausos.
Que momento familiar agradável!
Eric abre uma garrafa de champanhe, enche todos as taças e para
Flynn serve suco de abacaxi. Todos brindamos a São Silvestre.
Quando Simona começa a limpar a mesa, eu tento ajudar.
Mas ela e Norbert reclamam, mas, eventualmente, desistem ao ouvir
Eric dizer:
- Simona, se Jud disse que vai ajudar você, nada vai fazer ela parar.
Ela se dá por vencida e, encantado, eu ajudo. Consigo convencer
Norbert a ficar com Eric e Flynn na sala, conversando. Quando eu volto para
pegar os últimos pratos, Simona sussurra:
- Não, senhorita Judith... os pratos devem ser deixados sobre a mesa
até a madrugada. Na Alemanha, é costume deixar as sobras do jantar na
mesa. Isso nos garante que no próximo ano teremos a dispensa bem cheia.
Imediatamente, deixo os pratos com alegria.
- Tudo bem! Tudo por uma dispensa cheia!
Por um tempo nós rimos e contamos histórias engraçadas. Enquanto
estamos rindo eles me contam que há um jogo chamado Bleigiessen
tradicional e surpresa ao ouço dizer que há kits de Bleigiessen a venda com
os significados.
O Bleigiessen é um ritual de prever ou adivinhar o futuro. O chumbo é
derretido em uma colher com o fogo de uma vela e, uma vez que está
líquido, derrama-se o chumbo em um recipiente com água fria e deixa-o
endurecer. Cada pessoa fica depois com uma destas formas e, com a ajuda
do kit, prediz o seu futuro.
Se o chumbo estiver em forma de mapa - diz Flynn alegre - é que
você irá viajar muito.
- Se você tiver em forma de flor - Norbert diz - significa que fará novos
amigos.
- E se ele vem em forma de coração - sorrindo Simona explica - é que
o amor virá em breve.
Eric está desfrutando. Vejo em seu rosto e em seu sorriso.
Finalmente, ele se levanta da mesa, nos convida a sentar-se no sofá e
diz enquanto liga a televisão:
- Jud, na Alemanha, há uma outra tradição. É um pouco estranho,
mas é uma tradição.
- Ah, é mesmo? E o que é isso? - Eu pergunto curiosa.
Todo mundo sorri, e Eric, depois de me dar um beijo no rosto, diz:
- Os alemães, após o jantar da véspera do Ano Novo e antes de sair
para admirar os fogos de artifício, que costumam assistir uma comédia, bem
antiga, em preto e branco, chamado Dinner for One, Olha... vai começar
após o comercial.
Todos concordam e se acomodam, e Eric, vendo que eu estou rindo,
sussurra:
- Não ria morena. É uma tradição! Todos os canais de TV transmitem
isso, ano após ano no dia 31 de dezembro. Mas o mais curioso de tudo, é
que é um filme em Inglês, apesar de alguns canais colocá-lo com legendas
em alemão.
- Do que se trata?
Eric me acomoda em seus braços e, enquanto começa o filme,
sussurra em meu ouvido:
- A senhora Sophie comemora seu nonagésimo aniversário na
companhia de James, seu mordomo, e vários amigos, que não estão
presentes, porque eles estão mortos. O engraçado é como o mordomo,
durante a noite, passa por cada amigo.
De repente, para de falar porque ele começa a rir com o que vê na
televisão. Durante o tempo que dura o filme olho para todos surpreendida.
Se divertem tanto que até Flynn deixa de lado sua habitual carranca e ri
abertamente antes de cada cena do mordomo na televisão.
Quando acaba o filme, Simona vai para a cozinha e volta com cinco
taças com uvas. Olho para a fruta com espanto.
- Lembre-se que a minha mãe é espanhola - disse Eric - As uvas
nunca faltam nesta noite.
Emocionada, atordoada e feliz por uma simples uva, choro quando
Eric coloca o canal internacional e sintoniza a Puerta del Sol, em Madrid.
Ahh, minha Espanha!
Viva a Espanha!
Eu me sinto mais espanhola do que nunca.
Faltam quinze minutos para que o ano acabe, e ver na TV a minha
amada Madrid me deixa emocionada. Flynn olha para mim surpreso, e Eric
diz no meu ouvido:
- Não chore querida.
Eu engulo as lágrimas e sorrio.
- Eu tenho que ir ao banheiro um instante.
Saio da sala o mais rápido que posso.
Quando entro no banheiro e fecho a porta, minha boca se contrai e
choro. Mas minhas lágrimas são estranhas. Estou feliz porque sei que minha
família está bem. Estou feliz que Eric está ao meu lado. Mas as malditas
lágrimas estão determinadas a sair.
Eu choro, choro e choro, até que eu consigo manter o controle. Eu
lavo o meu rosto e, depois de alguns minutos no banheiro, ouço algumas
batidas leves na porta. Saio e Eric, preocupado, pergunta:
- Você está bem?
- Sim - digo em voz baixa – É só que essa é a primeira vez que estou
longe da minha família em uma noite especial.
Minha expressão e, acima de tudo, os meus olhos dizem a ele o que
acontece comigo e ele me abraça.
- Sinto muito, querida. Eu sinto que, por estar aqui comigo, você está
tendo um momento difícil.
Suas palavras, de repente, me confortam, me fazem sorrir, e eu o
beijo.
- Não se desculpe, querido. Este final de ano está sendo muito mágico
para mim.
Não muito satisfeito com o que eu disse, me olha nos olhos com uma
expressão firme quando vai falar mais alguma coisa, eu lhe dou um rápido
beijo.
-Vamos..., vamos voltar para a sala. Flynn, Simona e Norbert estão
nos esperando.
Quando o relógio da Puerta del Sol começam a tocar, eu explico que
faltam cinco minutos. E quando os sinos começam a tocar verdadeiramente,
eu encorajo a todos a comer uma uva. Para Eric, Flynn e isso é algo que eles
já fizeram, mas Simona e Norbert ainda não, e eu rio ao ver seus rostos.
A cada uva, recomponho as minhas forças.
Um. Dois. Três. Papai, Rachel, Luz e meu cunhado estão bem.
Quatro. Cinco. Seis. Eu estou feliz.
Sete. Oito. Nove. O que mais posso pedir?
Dez. Onze. Doze. Feliz 2013!
Após o gongo final, Eric me abraça, mas Flynn se coloca entre nós
dois e nos separa. Eu sorrio e pisco para ele. É normal. O pequeno quer ser
o primeiro. Norbert e Simona, ao ver o que aconteceu, me abraçam e dizem
em alemão:
- Gutes Neues Jahr!
Incapaz de conter meus impulsos, os beijos e rindo, eu repeti em
espanhol:
- Feliz Ano Novo!
O casal se diverte repetindo o que eu digo a eles, rindo e mostrando a
sua felicidade. Norbert e Simona, em seguida, dão as mãos a Eric e desejam
um Feliz Ano Novo enquanto Flynn nunca sai do seu lado. Me abaixo para
ficar na sua altura e, sem que ele proteste, dou um beijo em sua bochecha.
- Feliz Ano Novo, precioso. Que este ano que inicia seja maravilhoso
e espetacular.
O pequeno me beija de volta, e para minha surpresa, sorridente.
Norbert o leva em seus braços, e Eric olha rapidamente para mim, me
abraça e sussurra com todo o seu amor no meu ouvido, me deixando
arrepiada:
- Feliz Ano Novo, meu amor. Obrigado por fazer desta noite, uma
noite muito especial para todos nós.
Os dias passam, e estar com Eric é a melhor coisa que já me
aconteceu. Ele me ama, me enche de mimos e supre tudo que eu preciso.
Flynn é outra história. Contraria-me em tudo, e eu tento fazê-lo ver que eu
não sou sua inimiga. Se eu faço uma omelete, ele não gosta. Se eu dançar e
cantar, ela me olha com desprezo. Se eu vejo algo na TV, reclama.
Diretamente não me suporta e não disfarça. Isso me deixa cada vez mais
impaciente.
Eu falo com minha família em Jerez, e está tudo bem. Isso me
conforta. Minha irmã me diz que está muito cansada com a gravidez e o
cansaço que a minha sobrinha dá. Eu sorrio. Luz está histérica esperando a
visita dos Reis Magos. Como é linda minha Luz!
Uma manhã eu entro na cozinha e vejo Simona assistindo televisão.
Ela está tão concentrada no que vê que não me ouve. Quando eu já estou ao
seu lado, eu vejo que ela está angustiada, com medo.
- Meu Deus! O que está acontecendo?
Ela enxuga os olhos com um guardanapo e olhando murmura:
- Estou assistindo 'Emerald Madness', senhorita.
Surpresa, eu olho para a TV e vejo que isso é uma novela. Na
Alemanha assistem novelas mexicanas? Deixo escapar um sorriso e Simona
também.
- Eu acho que você também gostaria desta, senhorita Judith. Na
Espanha conhecem esta novela?
- Nunca ouvi falar disso, mas não gosto dessa enrolação.
- Acredite que eu também não, mas na Alemanha virou febre. Todo
mundo conhece 'Emerald Madness'.
Quando estou prestes a rir, depois de superar o choque, ela
acrescenta:
- É sobre a jovem Esmeralda Mendoza. Ela é uma linda jovem que
trabalha como empregada doméstica para os senhores Falcons de San
Juan. Mas as coisas se complicam quando retorna dos EUA o filho pródigo
Carlos Alfonso Falcons e se apaixona por Esmeralda. Mas ela ama
secretamente Luis Alfredo Quiñones, o filho bastardo do senhor Halcones, e
oh, meu Deus, é tudo tão difícil...
Fico boquiaberta e me divirto, ouvindo atentamente o que a mulher
diz. Que pedaço enrolado que ela está me dizendo! Minha irmã iria amar. No
final, sem saber o porquê, eu me sento com ela e, de repente, estou imersa
na história.
Martha, a irmã de Eric, vem me buscar em 02 de janeiro. Eu já disse
que eu preciso fazer algumas compras de Natal e de bom grado ela se
ofereceu para me acompanhar. Eric, feliz por me ver sorrir, me da um beijo
antes de eu sair.
- Tenha um bom tempo, querida.
Está fazendo um frio congelante. Estamos a 2 graus abaixo de zero.
Mas estou feliz pela companhia de Martha e suas piadas engraçadas.
Chegamos à praça principal de Munique, Marienplatz, uma majestosa praça,
cercada por prédios imponentes. Aqui tem um grande centro comercial onde
faço compras.
- Está vendo aquela varanda? – concordo com a cabeça e Marta
continua – É a varanda da Câmara Municipal e lá todas as tardes tocam
música ao vivo.
De repente, vejo um lugar com inúmeras árvores de Natal coloridas
que me chama a atenção. Algumas são vermelhas, azuis, brancas, verdes e
em tamanhos diferentes. A maioria estão descoradas com fotos, pequenas
notas com desejos, macarrão ou CD plástico. Eu amei! Eu olho para Martha
e pergunto:
- O que você acha que seu irmão vai pensar se eu colocar uma árvore
em sua sala de estar?
Marta acende um cigarro e ri.
- Vai ficar horrorizado.
- Por quê?
Aceito um cigarro enquanto Marta observa a árvore artificial colorida.
- Porque essas árvores são muito modernas para ele e, acima de
tudo, porque eu nunca o vi colocar uma árvore de Natal em sua casa.
- Sério? - Estou perplexa e convencida do que eu quero fazer - Bem,
sinto muito por ele, mas eu não posso viver sem ter a minha árvore de Natal.
Portanto, horrorizado ou não, vai ter que aguentar.
Martha ri, e sem mais, eu decido comprar uma árvore vermelha de
dois metros. Uma bomba! Compro muitas fitas coloridas com sinos
pendurados. Quero decorar a casa como ela merece. Ainda é Natal! Deixo
pago e prometo voltar no final do dia para buscar.
Por mais de uma hora nós continuamos comprando presentes e
quando nossos narizes estão vermelhos por causa do frio, Marta me convida
para tomar uma bebida. Concordo. Estou morrendo de frio, fome e sede. Eu
sou guiada por ela pelas belas ruas de Munique.
- Eu vou te levar para um lugar muito especial. Algum outro dia nós
sairemos para comer e eu vou levá-la para o restaurante que fica na Torre
Olímpica. É giratório, e tem uma excelente vista de Munique.
Congelada, concordo e observo que todos os táxis são de cor creme e
quase todos Mercedes-Benz. Que luxo! Poucos minutos depois, quando
entramos em um lugar enorme, Marta orgulhosamente afirma:
- Querida Judith, como boa cidadã de Munich que sou, eu tenho o
orgulho de dizer que você está no Hofbräuhaus, a cervejaria mais antiga do
mundo.
Empolgado, eu olho ao redor. O lugar é lindo. Com lareira. Eu observo
a estrutura das paredes cobertas com quadros curiosos e grandes e longos
bancos de madeira, onde as pessoas gostam de beber e comer.
- Vem, Jud, vamos tomar alguma coisa - Marta insiste, levando meu
braço.
Dez minutos depois, estamos sentados em um dos bancos de
madeira com outras pessoas. Durante uma hora conversamos enquanto eu
desfruto de uma maravilhosa cerveja chamada Spatenbräu.
A fome aperta e decidimos pedir várias coisas para comer, e, em
seguida, continuar com nossas compras. Deixo que Martha escolha, e ela
pede Leberkäs, que é salsicha quente, em bolinhos de farinha com carne
picada, bacon, sal, cenoura crocante feito em forma de oito no qual você
pode espalhar molhos. Tudo muito bonito!
- Bem, o que achou de Munich?
Depois de mastigar e engolir um pedaço da rosca crocante, eu
respondo:
- O pouco que eu vi até agora, majestoso. Eu acho que é uma cidade
muito imponente.
Marta sorri.
- Você sabia que Munich é conhecida como a Europa mediterrânica?
- Não.
Nós duas rimos.
- Você veio para ficar com Eric?
Ela foi direto ao ponto! Como eu gosto. E disposta a ser honesta, eu
digo:
- Sim. Somos como fogo e gelo, mas nos amamos e queremos tentar.
Marta aplaude, feliz, e aqueles que estão do nosso lado nos olham
perplexos. Mas sem se importar com os outros, ela sussurra:
- Eu adoro isso. Amo isso! Espero que o meu irmão aprenda que a
vida é mais do que trabalho e seriedade. Eu acho que você vai abrir os olhos
dele de muitas maneiras, mas lamento dizer que isso vai ter trazer mais de
um problema. Eu o conheço muito bem.
- Problema?
- Aham!
- Bem, eu não quero problemas. – Dizer isso faz me lembrar da
canção de David Maria e, inevitavelmente, sorrio - Porque você acha que eu
vou ter problemas com Eric?
Marta limpa os lábios com um guardanapo e responde:
- Eric nunca viveu com ninguém, exceto com Flynn nos últimos anos.
Tornou-se independente muito cedo, e se há alguma coisa que não suporta é
que interfiram na sua vida e suas decisões. Além disso, eu adoraria ver o seu
rosto quando ele vir à árvore de Natal vermelha e as fitas coloridas que você
comprou. – nós rimos e ela prossegue - Eu sei muito bem que ele é cabeça
dura e tenho certeza que você vai discutir com ele. A propósito, em relação à
educação Flynn é uma coisa ruim. Ele é superprotegido. Só falta colocá-lo
em uma caixa de vidro.
Isso me faz rir.
- Não ria. Você mesma vai ver. E lembre-se do que eu digo: meu
irmão não vai aprovar o presente que você comprou para Flynn.
Eu olho para o saco que Marta está apontando e, surpresa, pergunto:
- O que? Não vai aprovar o skate?
- Não.
- Por quê? – Começo a lembrar de como eu me divirto com a minha
sobrinha e seu skate.
- Eric rapidamente irá falar sobre os perigos. Você vai ver.
- Mas eu comprei um capacete, joelheiras e cotoveleiras para que,
quando ele cair não vá doer ou machucar...
- Dá no mesmo Judith. Neste presente, Eric só verá o perigo e vai
proibi-lo.
Meia hora depois, saímos do local e descemos a Rua
Maximilianstrasse, considerada a milha de ouro de Munich. Entramos na loja
da D&G e aqui Martha escolhe alguns jeans. Enquanto ela os prova,
rapidamente compro uma camisa que eu vi que ela gostou. Visitamos muitas
lojas exclusivas, uma mais cara que a outra, e quando entramos na Armani,
eu decido comprar uma camisa branca com listras azuis para Eric. Vai ficar
lindo.
Assim que terminamos as compras, voltamos para a praça da cidade
para pegar a minha linda árvore de Natal. Martha ri. Eu também, apesar de
começar a duvidar se eu fiz bem em comprar isso.
Uma tempestade toma o céu de Munique e decidimos acabar com o
dia de compras. Quando às seis horas Marta me deixa em casa, Eric não
está. Simona me diz que ele foi para o escritório, mas que não demorará a
chegar. Rapidamente, levo as compras para cima e escondo-as no fundo do
guarda-roupa. Eu não quero que ele as veja. Mas antes de me mudar olho
pela janela. Cai um dilúvio e recordo ter visto junto aos baldes de lixo o cão
abandonado.
Sem pensar duas vezes, vou ao quarto dos convidados e pego uma
manta. Já comprarei outra. Baixo à cozinha, colho um pouco de estufado da
geladeira, ponho-o num recipiente de plástico, aqueço-o no microondas e
saio de cassa. Caminho com gosto entre as árvores até chegar à grade,
abro-a e aproximo-me dos baldes de lixo.
- Susto… - Baptizei-o com esse nome – Susto, estás aí?
A cabeça de um delgado galgo cor de canela e branco aparece por trás
do balde. Treme. Está assustado e, pelo seu aspecto, deve ter fome e
muito… muito frio. O animal receoso, não se aproxima, e deixo o estofado no
chão enquanto o animo a comer.
- Vamos Susto, come. Está bom.
Mas o cão esconde-se e, antes que eu o possa tocar, foge espavorido.
Isso entristece-me. Pobrezinho. Que medo tem dos humanos. Mas sei que
vai voltar já o vi muitas vezes junto aos contentores de lixo, e disposta a
fazer algo por ele, com umas madeiras e umas caixas, levanto uma espécie
de casota improvisada numa latera. No centro da caixa meto a manta que
levo e o estofado e vou-me. Espero que ele regresse e coma.
Já em casa, subo de novo ao meu quarto, mudo de roupa e regresso à
sala com a caixa da árvore de Natal. Flyn está a jogar com a PlayStation.
Sento-me ao seu lado e deixo a enorme e colorida caxa entra as minhas
pernas. De certeza que isso chamará a sua atenção.
Durante mais de vinte minutos observo-o jogar sem dizer uma só
palavra, enquanto o raio da música estrondosa do videojogo me destroça os
tímpanos. No fim, claudico e pergunto com a voz em grito:
- Apetece-te fazer a árvore de Natal comigo?
Flyn oha-me por fim! Pára a música. Oh…que delícia! Depois observa
a caixa.
- A árvore está aí metida? – pergunta surpreendido.
- Sim. É desmontável, o que achas? – pergunto, abrindo a tampa e
tirando um pedaço.
A sua cara é um poema.
- Não gosto – afirma rapidamente.
Sorrio, ou dou-lhe um tapa. Decido sorrir.
- Pensei criar a nossa própria árvore de Natal. É para sermos originais
e termos algo que mais ninguém tem, decoramo-la com desejos e vamos lêlos quando a desmontarmos. Cada um de nós escreverá cinco desejos. O
que achas?
Flyn pestaneja. Consegui atrair a sua atenção e mostrando-lhe um
caderno, um par de canetas e marcadores de cor, acrescento:
- Montamos a árvore e logo em pequenos papéis escrevemos desejos.
Enrolamo-los e atamo-los com os marcadores de cores. Não é uma boa
ideia?
O pequeno olha o caderno. Depois olha-me fixamente com seus
olhaços escuros e murmura:
- É uma ideia horrível. Além disso, as árvores de Natal são verdes, não
vermelhas.
Arrepio-me toda. Que pouca imaginação! Se esse pequeno anão diz
isso, que dirá o seu tio? Volta ao jogo e a música troveja de novo. Mas
disposta a pôr a árvore de Natal e disfrutar dela, levanto-me com segurança
e grito para que me ouça:
- Vou pô-la aqui, junto à janela – digo enquanto observo que segue
diluviando e espero que Susto tenha regressado e esteja a comer na casota
– O que achas? Não responde. Não me olha. Assim, pois, decido por mãos à
obra.
Mas a música chilreante mata-me e opto por mitigá-la como melhor
posso. Acendo o iPod que levo no bolso dos meus jeans e ponho os
auricular e, segundos depois, cantarolo:
Euphoria
An everlasting piece of art
A beating love within my heart.
We’re going up-up-up-up-up-up-up
Encantada com a minha música, sento-me no chão, tiro a árvore,
esparramo-a ao meu redor e olho as instruções. Sou a rainha do bricolage,
pelo que, em dez minutos, já está montada. É uma metidaça. Vermelha…
vermelha brilhante… Olho Flyn. Ele continua a jogar diante do televisor.
Apanho a caneta e o caderno e começo a escrever pequenos desejos.
Uma vez que tenho vários, arranco as fitas e corto-as com cuidado. Faço
desenhos de Natal ao seu redor. Tenho de me entreter com alguma coisa.
Quando estou satisfeita, enrolo os meus desejos e ato-os com fita dourada.
Fico assim durante mais de uma hora, até que de repente vejo uns pés ao
meu lado, levanto a cabeça e encontro-me com o cenho franzido do meu
Iceman.
Vai lá!
Rapidamente levanto-me e tiro os auriculares.
- O que é isso? – diz enquanto aponta para a árvore vermelhas.
Vou responder quando o anão de olhos achinesados aproxima-se do
seu tio e, com o mesmo gesto sério dele, responde:
- Segundo ela, uma árvore de Natal. Segundo eu, uma caca.
- Que a ti te pareça que a minha linda árvore é uma caca, não significa
que tenha de o parecer a ele – respondo com uma certa acritude. Depois
olha a Eric e acrescento: Olha… talvez não dê com a tua sala, mas vi-a e
não pude resistir. É bonita, não é?
- Porque não me telefonaste para me consultar? – solta o meu alemão
favorito.
- Para te consultar? – repito surpreendida.
- Sim, a compra da árvore.
Flipante!
Mando-o à merda ou insulto-o?
Por fim, decido respirar antes de dizer o que penso, mas, chateada,
murmuro:
- Não pensei que tivesse de te telefonar para comprar uma árvore de
Natal.
Eric olha-me…, olha-me e dá-se conta que me estou a chatear, e para
tentar acalmar-me apanha-me a mão.
- Olha Jud, o Natal não é a minha época favorita do ano. Não gosto de
árvores nem dos ornamentos que nestas datas todo o mundo se empenha
em colocar. Mas se querias uma árvore, eu poderia ter encomendado um
bonito abeto.
Os voltamos a olhar a minha colorida árvore vermelha em antes que
Eric volto a dizer algo, replico:
- Pois lamento que não gostes do período natalício, mas a mim
encanta-me. E por certo, não gosto que se cortem abetos pelo simples facto
de ser Natal. São seres vivos que demoram muitos anos para crescer, para
morrer porque os humanos gostam de decorar as salas com um abeto no
Natal. Tio e sobrinho olham-se, e eu prossigo: - Sei que logo algumas dessas
árvores são replantadas. Tudo bem, mas a maioria delas terminam no balde
do lixo, secos. Nego-me a isso! Prefiro uma árvore artificial, que uso e,
quando não preciso, guardo para o ano seguinte. Ao menos sei que
enquanto está guardada não morre, nem seca.
O aperto dos lábios de Eric arqueia-se. A minha defesa dos abetos
diverte-o.
- De verdade que não te parece lindo e original ter esta árvore? –
pergunto, aproveitando o momento.
Com a sua sinceridade habitual, levanta as sobrancelhas e responde:
- Não.
- É horrível – cochicha Flyn.
Mas não me rendo. Esqueço a resposta do miúdo e, mimosa, olho o
meu marmanjo.
- Nem sequer gostas se te digo que é a nossa árvore dos desejos?
- Árvore dos desejos? – pergunta Eric.
Assento e Flyn responde enquanto toca um dos desejos que eu
pendurei na árvore:
- Ela quer que escrivamos cinco desejos, os penduremos e depois das
festas as leiamos para que se cumpram. Mas eu não quero fazê-lo. Essas
coisas são de meninas.
- Era o que faltava que tu quisesses – sussurro demasiado alto.
Eric reprova o meu comentário com o olhar e o pequeno, disposto a
fazer-se notar, grita:
- Além disso, as árvores de Natal são verdes e decoram-se com bolas.
Não são vermelhas nem se adornam com desejos tontos.
- Pois eu gosto de vermelho e de decorá-la com desejos, vê lá tu –
insisto.
Eric e Flyn olham-se. Nos seus olhos vejo que se comunicam. Malditos!
Mas consciente que quero a minha árvore vermelha e o muito que vou ter de
brigar com estes resmungões, tento ser positiva:
- Vá-la meninos, é Natal, e um Natal sem árvore não é Natal!
Eric olha-me. Eu olho-o e olho para os lábios. Por fim sorri.
Ponto para Espanha!
Flyn, chateado, vai a afastar-se quando Eric lhe agarra o braço e dizlhe, apontando o caderno:
- Escreve cinco desejos como Jud te pediu.
- Não quero.
- Flyn…
- Raios tio! Não quero.
Eric abaixa-se. A sua cara fica em frente à do pequeno.
- Por favor, ias fazer-me muito feliz se o fizesses. Este Natal é especial
para todos e seria um bom começo com Jud cá em casa, está bem?
- Odeio que ela tenha de cuidar e mandar coisas.
- Flyn… - insiste Eric com dureza.
A batalha de olhadas entre ambos é latente, mas no final ganha o meu
Iceman. O pequeno, furioso, apanha o caderno, rasga uma folha e agarra
uma das canetas. Quando vai para sair, digo-lhe:
- Flyn, pega na fita verde para atá-los.
Sem olhar-me, apanha a fita e encaminha-se até à mesinha que há em
frente à televisão, onde vejo que começa a escrever. Com dissimulação
acerco-me de Eric e, pondo-me em pontas, cochicho:
- Obrigada.
O meu alemão olha-me. Sorri e beija-me.
Ponto para a Alemanha!
Durante um pedaço falamos sobre a árvore e tenho de rir diante dos
comentários que ele faz. É tão clássico para certas coisas, que é impossível
não rir. Segundos depois, Flyn chega até nós, pendura os desejos que
escreveu na árvore e, sem olhar-nos, regressa ao cadeirão. Apanha o
comando da PlayStation, e a música irritante começa a soar. Eric, que não
me tira os olhos de cima, apanha o caderno do chão e a caneta, e pergunta
aproximando-se do meu ouvido:
- Posso pedir qualquer desejo?
Sei para onde vai.
Sei o que quer dizer e, melosa, murmuro aproximando-me mais dele:
- Sim, senhor Zimmerman, mas recorde que passada a época natalícia
leremos os desejos todos juntos.
Eric observa-me durante uns instantes, e eu só penso sexo…, sexo,
sexo. Deus meu! Olhá-lo excita-me tanto que estou a converter-me numa
escrava do sexo! No fim, o meu excitante noivo assente, afasta-se uns
metros e sorri.
Uaaaaau! Como me põe, quando me olha assim. Essa mistura de
desejo, absolve-vidas e má intenção encanta-me.! Sou assim de masoquista.
Durante um momento, vejo-o escrever apoiado na mesa de jantar.
Desejo saber os seus desejos, mas não me aproximo. Devo aguentar até ao
dia que assinalei para os ler. Quando acaba, dobra-os e dou-lhe a fita
prateada para que os ate. Depois de os pendurar ele mesmo na árvore, olhame com picardia e, aproximando-se de mim, mete algo dentro do bolso da
frente do meu suéter desportivo. Depois, beija-me na ponta do nariz e
aponta:
- Não vejo o momento de cumprir este desejo.
Divertida sorrio. Calor… Deus, que calor! E pondo-me nas pontas dos
pés dou-lhe um beijo na boca enquanto o meu coração vai a trezentos à
hora. Depois de um cúmplice açoite no meu traseiro, que me faz saber o
muito que me deseja, Eric senta-se junto ao seu sobrinho. Eu aproveito, tiro
a pequena caixa que meteu no meu bolsinho junto um papel e leio:
- O meu desejo é ter-te despida esta noite na minha cama para usar o
teu presente.
Sorrio. SEXO!
Com curiosidade, abro a caixinha e observo algo metálico com uma
pedra verde. Que engraçado‖ Para que será? E a minha cara de surpresa é
digna de se ver quando leio que no papel diz: «Jóia anal Rosebud».
Oi!... Não sabia que havia jóias para o cú!
Começo a rir.
Alegre, caminho até À janela enquanto o calor invade a minha cara, e
continuo a ler:. «Jóia anal de aço cirúrgico com cristal Swarovski. Ideal para
decorar o ânus e estimular a zona anal».
Que fooorteeeeeeeeeee!
Observo, acalorada, que Eric olha-me. Vejo a gozação nos seus
gestos. Com comicidade, levanto o polegar em sinal de que gostei, e ambos
rimos. Eta noite será fantástica!
Depois do jantar, proponho jogar uma partida de Monopólio da Wii.
Jogada a jogada vamos animando-nos. No final, deixamos que Flyn ganhe e
vai pletórico a dormir. Quando ficamos sozinhos na sala, Eric olha-me. O seu
olhar diz tudo. Impaciência. Beijo-o e murmuro no seu ouvido:
- Quero-te em cinco minutos no quarto.
- Demorarei dois – responde com autoridade.
- Melhoor!
Dito isto, sai da sala. Corro pelas escadas acima, entro no nosso
quarto, tiro o nórdico, dispo-me, deixo a jóia anal junto ao lubrificante sobre a
almofada e atiro-me para a cama, esperando-o. Não há tempo para mais.
A porta abre-se, e o meu coração late com força. Excitação. Eric entra,
fecha aporta, e os seus olhos já estão sobre mim. Caminha até a cama e
observo-o enquanto tira a camiseta cinza pela cabeça.
- O teu desejo está à tua espera onde o querias.
- Perfeito – responde com voz rouca.
Como um lobo esfomeado, olha-me. Vejo que deita o olho à jóia anal e
sorri. O desejo consume-me. Tira a camiseta ao chão e põe-se aos pés da
cama.
- Flexiona as pernas e abre-as.
Deus... Deus!... Que calor!
Faço o que me pede e sinto que começo a respirar já cm dificuldade.
Eric sobe à cama e leva a sua boca até à face interna das minhas coxas.
Beija-os. Beija-os com delicadeza e eu sinto que me desfaço. Ele, com o seu
habitual erotismo, continua o seu rastro de beijos sobre mim. Agora sobe.
Beija-me o quadril, logo o umbigo, depois um dos meus peitos e quando a
sua boca está sobre a minha e me olha nos olhos, sussurra com voz
carregada de desejo e erotismo:
- Pede-me o que quiseres.
Oh, Deus!
O, meu Deus!
A minha respiração acelera-se. A minha vagina contrai-se e o meu
estomago derrete-se.
Eric, o meu Eric, puxa a sua língua. Chupa-me o lábio superior, depois
o inferior, e antes de beijar-me dá-me a sua típica mordida no lábio que me
faz abrir a boca para lhe facilitar a sua possessão. Adoro os seus beijos.
Adoro a sua exigência. Adoro como me toca. Adoro-o a ele.
Uma vez que acaba o seu beijo, olha-me à espera que lhe peça algo e,
consciente do que desejo, sussurro:
- Devora-me.
O seu rastro de beijos agora baixa pelo meu corpo. Quando me beija o
monte de Vénus, passa com sensualidade o seu dedo pela minha tatuagem.
- Abre-te com os teus dedos para mim. Fecha os olhos e fantasia.
Oferece-te como quando estivemos com outra gente.
«Oferece-te! Outra gente!»
Deus! Que excitante!
As suas palavras provocam-me uma aquecimento tremendo e as
minhas mãos voam à minha vagina. Agarro as pregas do meu sexo, abro-os
e exponho-me totalmente a ele, desejosa que me devore enquanto a minha
mente imagina que não estamos só ele e eu neste quarto. Sem demora, a
sua língua toca o meu clitóris, oh sim!, e eu consumo-me diante dele. O fogo
abrasador das minhas fantasias e a excitação de Eric provoca-me deixamme sem forças. Nua e deitada na cama, as suas ávidas lambidas deixam-me
louca enquanto as suas mãos sobem pelo meu traseiro. O meu excitante
homem apanha-me pelos quadris para ter mais acessibilidade ao meu
interior.
- Oferece-te, Jud.
Despertada, activada, provocada e alterada pelo que imagino e o que
diz, aproximo a minha húmida vagina à sua boca. Sem nenhum pudor,
aperto-me sobre el e ofereço-me gostosa, desejosa de disfrutar e de que me
disfrute. A sua boca rapidamente me chupa, os seus dentes lançam-se ao
me clitóris, e eu ofego e procura mais e mais.
A pele arde-me enquanto um louco e selvagem prazer toma o meu
corpo. Retorço-me na sua boca a cada toque da sua língua e exijo-lhe mais.
O meu húmido e inchado clitóris está a ponto de explodir. Isso provocao. Eu sei. Mas quando levanta a cabeça e olha-me com os lábios húmidos
dos meus fluidos, incorporo-me como uma bala e beijo-o. O seu sabor é o
meu sabor. O meu sabor é o seu sabor.
- Fode.me . exijo-lhe.
Eric sorri, morde-me o queixo e volta a dominar-me. Deita-me com
rudeza e dessa vez o meu corpo cai pela lateral da cama enquanto me abre
de novo as pernas, dá-me um açoite e continua o seu ataque devastador.
Noto algo húmido no orifício do meu ânus que rapidamente identifico como o
lubrificante. Eric com o seu dedo dilata-me e instantes depois noto que
introduz o meu presente. A jóia anal.
- Linda – ouço dizer enquanto me beija as bochechas do cú.
Da minha posição, não posso ver-lhe a cara. Mas a sua respiração e a
sua voz rouca indicam-me que gosta do que vê e o que faz. Durante vários
minutos, as paredes do meu ânus contraem-se. Que delícia! Depois, mete
primeiro um dedo na minha vagina e logo dois.
- Olha-me, Jud.
Com a cabeça dependurada pela lateral, viro os meus olhos até ele,
que murmura com a voz cortada pelo momento:
- A jóia é bonita, mas o teu traseiro é espectacular.
Isso faz-me sorrir.
- Prefiro a carne ao aço cirúrgico.
- Ah, sim?
Assento.
Preferes que outra pessoa e eu tomemos o teu corpo?
Ao assentir de novo, os seus dedos fundem-se mais em mim. Loucura!
Arrebatado pela excitação, insiste:
- De certeza, pequena?
- Sim – ofego.
Os seus dedos entram e saem de mim uma e outra vez, enquanto com
a outra mão aperta a jóia anal e eu fico louca. Depois de soltar um gemido,
abro os olhos e Eric está a olhar-me.
- Em breve seremos dois a foder-te, pequena… Primeiro um, logo o
outro, e depois os dois. Aprisionar-te-ei entre os meus braços e abrirei as
tuas coxas. Deixarei que outro te foda enquanto eu te olho e só permitirei
que te venhas para mim, entendido?
- Sim… Sim… - volto a ofegar, extasiada com o que diz.
Eric sorri e eu tenho um espasmo de prazer. A minha vagina contrai-se
e os seus dedos notam-no. Com rapidez, muda o seu pénis pelos dedos e eu
afogo um grito ao notar a sua impressionante erecção entrar em mim.
Oh, Deus, como adoro isso!
Com mãos especialistas, agarra-me pela cintura e levanta-me. Sentame sobre ele na cama e murmura perto da minha boca enquanto me aperta
contra ele:
- Seremos na próxima vez.
Entre ofegos, assento.
- Sim…, sim. Sim,
Eric beija-me. A sua paixão deixa-me louca quando ofega.
- Move-te, pequena.
Os meus quadris fazem-me caso a um ritmo profundo e lento. Creio
que vou explodir. A fricção do brinquedo anal é tremenda. Olhamo-nos nos
olhos enquanto cravo uma e outra vez nele.
- Beija-me – peço-lhe.
O meu Iceman satisfaz-me e eu acrescento o meu ritmo deixando-o
louco. Uma e outra vez, entro e saio de ele até que ele pára, Com um
movimento, pousa-me sobre a cama, faz-me dar a volta e põe-me de quatro
patas.
- Que fazes? – pergunto.
Eric não responde, mete o seu duro e erecto pénis na vagina, e depois
de um par de empurrões que me fazem ofegar, sussurra no meu ouvido:
- Quero o teu precioso cuzinho, carinho. Posso?
Calor… Muito calor… Excitada ao extremo, mostro-lhe o anel da minha
mão.
- Sou toda tua.
Tira com cuidado a jóia anal e unta com mais lubrificante. Estou
impaciente e desejosa de sexo. Quero mais. Preciso de mais. Eric, ao ver a
minha impaciência, enquanto unta o lubrificante no seu pénis, morde as
costas. Nervos. Os meus sentimentos são contraditórios, Não voltei a
praticar sexo anal desde o dia em que o fiz com ele e com aquela mulher.
Mas Eric sabe o que faz e, pouco a pouco, introduz o seu pénis em mim.
Dilato-me. A minha mente fica louca e a excitação invade.me quando peço
ao notar como me empala:
- Forte…, forte Eric.
Mas ele não me liga. Não quer magoar—me. Vai pouco a pouco e,
quando está totalmente dentro de mim, abaixa-se sobre as minhas costas e,
abraçando-me com amor, sussurra ao meu ouvido:
- Deus, pequena, que apertada és!
Acomodo-me à nova situação, ditosa do prazer que sinto, enquanto ele
entra e sai de mim e eu ofego. Ardo. Queimo-me. Entrego-me ao gostoso
prazer do sexo anal e disfruto Sinto-me perversa. Praticar sexo quente com
Eric torna-me perversa. Louca.
Desinibida. Estou de quatro patas ante ele, com o cú em ostentação,
desesperada para que me foda, para que me faça sua uma e outra vez.
- Eric… gosto disto – asseguro enquanto cravo o meu traseiro no seu
corpo, desejosa de mais profundidade.
Durante vários minutos o nosso jogo continua. Ele penetra-me, agarrame pela cintura e eu mostro-me receptiva. Um…, dois…, três… Ardor!
Quatro…, cinco… Seis… Prazer! Sete…, oito…, nove… Necessidade!
Dez…, onze…, doze… Eric!
Mas o meu Iceman já não pode conter-se mais e o seu lado selvagem
fá-lo penetrar-me com mais profundidade, enquanto a minha cara cai sobre a
cama. Um grito afogado pelo colchão sai da minha boca e o meu alemão
sabe que o meu prazer culminou. Então, crava os seus dedos nos meus
quadris e lança-se até ao meu dilatado traseiro a um ataque infernal.
Oh, sim! Oh, sim!
- Mais… mais, Eric… - suplico estimulada.
O prazer que isto lhe provoca e o desejo que vê em mim, deixam-no
louco e, quando não pode mais, u gemido gutural sai da sua boca e cai
contra o meu corpo.
Assim estamos uns segundos. Unidos, quentes e excitados. O sexo
entre nós é electrizante e gostamos. Instantes depois, Eric sai do meu
traseiro e deixamo-nos cair na cama felizes, cansados e suados.
- Deus, pequena! Vais matar-me de prazer.
O seu comentário faz-me rir. Abraço-me a ele e ele abraça-me. Sem
falar, o nosso abraço diz tudo, enquanto no exterior chove com força. Logo,
ouve-se um trovão e Eric move-se.
- Vamos lavar-nos e vestir-nos, pequena.
- Vestir-nos?
- Pormos alguma roupa. Um pijama, ou algo assim.
- Porquê? – pergunto, desejosa de continuar a jogar com ele.
Mas Eric parece ter pressa.
- Vamos, apanha a tua roupa interior da mesinha – exige-me.
Penso protestar, mas opto por o ouvir. Apanho a minha roupa interior e
um pijama. Mas não me quero vestir. Vá que corte!
Eric, ao ver o meu cenho franzido, beija-me animadamente enquanto
apanha a jóia anal e guarda-a e ao lubrificante na mesinha. Depois, levantase, e justo quando me pga nos braços, a porta do quarto abre-se de par em
par. Flyn, com cara de sono e o seu pijama de riscas, olha-nos boquiaberto.
Tapo-me com a minha roupa como posso e grunho:
- Mas tu não sabes bater à porta»
A criança, por uma vez, não sabe o que responder.
- Flyn, já voltamos – diz Eric.
Sem mais, entramos no banheiro. Uma vez dentro, olho-o à espera de
uma explicação por essa aparição e murmura perto da minha boca:
- Desde pequeno que os trovões o assustam, mas não lhe digas que te
disse- - Beija-me e quando se separa prossegue - : Sabia que ia vir À cama
quando ouvi o trovão. Sempre faz isso.
Agora quem o beija sou eu. Deus, como gosto do seu sabor! E quando
abandono com preguiça a sua boca, pergunto:
- Sempre vem para a tua cama?
- Sempre – assegura, divertido.
A sua cara faz-me sorrir. Que lindo que é o meu alemão!
Um novo trovão faz-nos regressar À realidade, e Eric pousa-me no
chão. Deixa a jóia anal por cima da bancada do banheiro e lava-se. Depois,
seca-se, põe as cuecas e diz antes de sair:
- Não demores, pequena.
Quando fico sozinha, apanho a jóia e meto-a debaixo do fio de água
para lavá-la. Penso em Susto. Pobrezinho Com o que está a cair e ele na
rua. Logo, limpo-me e uma vez que ponho o pijama, olho no espelho e,
enquanto penteio o meu louco cabelo, sorrio.
Que bela história esta em que me estou a meter!
Mas segundos depois, recordo que quando eu era pequena aconteciame o mesmo que a Flyn. Davam-me medo os trovões, esses ruídos infernais
que me faziam pensar que os demónios feios e de unhas cruzavam os céus
para levar as crianças, Foram muitas noites a dormir na cama com os meus
pais, ainda que no final a minha mãe, com paciência e alguma ajuda extra,
conseguiu tirar-me esse medo.
Ao sair do banho, Eric está deitado na cama a falar com Flyn. O
pequeno, ao ver-me, segue-me com o olhar, abro a mesinha e com
dissimulação deixo a jóia anal. Depois, quando me meto na cama, o anão
resmungão pergunta ao seu tio:
- Ela tem que dormir connosco?
Eric faz um gesto afirmativo e eu murmuro, tapando-me com o
edredão:
- Oh, sim! Tenho medo das tempestades, sobretudo os trovões. Por
certo, gostam de cães?
-Não – respondem os dois em uníssono.
Vou a dizer algo quando Flyn concretiza:
- São sujos, mordem, cheiram mal e têm pulgas.
Boquiaberta pelo que disse, respondo:
- Estás equivocado, Flyn. Os cães não costumam morder e, claro, não
cheiram mal nem têm pulgas se estão cuidados.
- Nunca tivemos animais em casa – explica Eric.
- Pois, muito mal – cochicho e vejo que sorri -. Ter animais em casa dáte outra perspectiva da vida, em especial às crianças. E, sinceramente, creio
que a vocês os dois vos faria muito bem ter uma mascote.
- O cão do Leo mordeu-me e doeu – diz o rapaz.
- Mordeu-te um cão?
A criança assente, levanta a manga do pijama e mostra-me uma marca
no braço. Arquivo essa informação na minha cabeça e imagino o pavor que
deve ter dos animais. Hei-de tirá-lo.
- Nem todos os cães mordem, Flyn – indico com carinho.
- Não quero um cão – insisto.
Sem dizer mais, deito-me de lado para olha Eric nos olhos. Flyn está
no meio e rapidamente me vira as costas. Não faltava mais nada! Eric pedeme desculpas com o olhar e eu pisco-lhe o olho. Minutos depois, o meu
moço apaga a luz e, ainda na obscuridade, sei que sorri e me olha. Eu sei.
Hoje é dia 5, vamos ao jantar do Dia de Reis na casa da mãe de Eric.
Durante estes dias, tenho observado que meu alemão trabalha em casa,
mas não fala sobre me levar ao escritório. Quero conhecer, mas prefiro
esperar que seja ele quem me proponha.
Flynn segue sem me dar trégua. Tudo o que faço lhe incomoda, e isso
faz com que Eric e eu tenhamos uma que outra briga. Mas sim, eu
reconheço que é sempre Eric quem cede para que a discussão não vá além.
Sabe que o menino não está fazendo certo e tenta me entender.
Minha relação com Susto fez excelentes progressos. Ele já não foge
quando me vê. Nós nos tornamos amigos. Ele percebeu que sou de
confiança e deixa que o toque. Ele tem uma tosse forte que não me agrada
e, então fiz um cachecol para o pescoço. Ele está bonito!
Susto é uma maravilha. Tem uma cara de bom que não posso com
ela, e cada vez que consigo, sem que Eric perceba, vou até a casinha levarlhe comida, o pobrezinho me agradece como sabe: com lambidas,
balançando o rabinho e dando pulinhos.
À noite, quando chegamos à casa de Sonia , Martha, a irmã de Eric,
nos recebe com um grande sorriso.
- Muito bem! Já chegaram!
Eric faz uma careta. Este tipo de festinhas que sua mãe organiza não
lhe agrada, mas sabe que não deve faltar. Ele faz isso por Flynn, não por ele.
Eric me apresenta às demais pessoas que estão na sala como sua
namorada. Vejo o orgulho em seus olhos e em como me agarra com posse.
Minutos depois, começa a falar com vários homens sobre negócios e
decido procurar Martha. Porém ao me afastar dele, um jovem me
cumprimenta.
- Olá, eu sou Jurgen. Você é Judith, certo? - Concordo com a cabeça,
e ele diz: - Eu sou o primo de Eric. - E sussurrando, acrescenta: - Aquele que
faz motocross.
Meu rosto se ilumina e, encantada começo a falar com ele. Ele
menciona vários lugares onde as pessoas se reúnem para praticar este
esporte, e eu prometo ir. Me anima usar a moto de Hannah. Sonia lhe contou
que pratico motocross e ele ficou entusiasmado. Com o canto do olho
observo que Eric me olha, e pela sua cara, deve imaginar sobre o que
falamos. Em dois segundos já está ao meu lado.
- Jurgen, quanto tempo sem te ver! - Cumprimenta Eric enquanto volta
a me agarrar pela cintura.
O primo sorri.
- Será porque você não se deixa ver muito?
Eric acena com a cabeça.
Tenho estado muito ocupado.
Jurgen não volta a mencionar o assunto motocross e, imediatamente
ambos estão imersos em uma conversa chata. De novo decido procurar por
Martha. Lhe encontro fumando na cozinha.
Quando me aproximo dela, me oferece um cigarro. Não costumo
fumar, mas com ela sempre me agrada, e aceito um.
Assim, vestida com glamour, nós duas fumamos enquanto falamos
sobre nossas coisas.
- Que tal Flynn?
- Ufa! Me declarou guerra. – Zombo me divertindo.
Martha acena com a cabeça, e aproximando sua cabeça perto da
minha, sussurra:
- Se serve de consolo, ele declarou guerra a todas as mulheres.
- Mas por quê?
A jovem sorri.
- De acordo com o psicólogo, se deve à perda de sua mãe. Flynn
pensa que nós mulheres somos pessoas circunstanciais, e que vamos e
viemos em sua vida. Portanto, tenta não demonstrar seu afeto para conosco.
Com mamãe e comigo se comporta igual. Nunca demonstra seu carinho e,
sempre que pode, nos rejeita. Mas bem, nós já estamos acostumadas com
isto. O único que ele gosta acima de todos é de Eric. Por ele sente um amor
especial, às vezes para o meu gosto, doentio.
Por alguns segundos ficamos em silêncio, até que eu não consigo
mais.
- Martha, eu gostaria de dizer algo em relação ao que você falou, mas
talvez você possa se incomodar. Não sou ninguém para dar opinião sobre
um assunto como esse, mas é que se eu não falo, eu explodo!
- Continue. - Responde, sorrindo. - Prometo não ficar brava.
Primeiro dou uma tragada no cigarro e expulso a fumaça.
- Do meu ponto de vista, o menino se apega a Eric, porque ele é o
único que nunca o abandona. E antes que me diga qualquer outra coisa, eu
sei que você ou sua mãe não o abandonaram, mas me refiro a que, talvez
Eric seja o único que fica zangado com ele algumas situações e tenta fazê-lo
pensar, e em datas tão importantes, como o Ano Novo, por exemplo, não se
afasta dele. Flynn é uma criança, e as crianças só buscam carinho. E se ele,
pelo que aconteceu com sua mãe, tem reação a amar uma mulher, são
vocês as que têm que fazer todo o possível para que ele perceba que sua
mãe se foi, mas vocês estão aqui. Que nunca o abandonarão.
- Judith, eu lhe garanto que mamãe e eu fizemos de tudo.
- Eu não duvido Martha. Mas talvez devessem mudar de tática. Eu
não sei..., se uma coisa não funciona, tente algo diferente.
O silêncio que se seguiu me dá arrepios.
- A morte de Hannah quebrou os corações de todos. - Finalmente, diz
Martha.
- Eu imagino. Deve ter sido terrível.
Seus olhos se enchem de lágrimas, e eu a pego no braço. Martha
sorri.
- Ela era o motor e o centro da família. Era alegre, positiva e...
- Martha...- Eu sussurro ao ver uma lágrima a rolar pela sua
bochecha.
- Você se encantaria Jud, e estou convencida de que vocês duas
teriam se dado muito bem.
- Tenho certeza disto.
Ambas terminamos em silêncio nossos cigarros.
- Nunca esquecerei do rosto de Eric naquela noite. Naquele dia, não
só viu a morte de Hannah, mas também perdeu seu pai e a sua namorada na
época.
- Tudo no mesmo dia? - Eu pergunto curiosa.
Eu nunca falei muito sobre isso com Eric. Eu não posso. Não quero
fazer-lhe recordar.
- Sim. O pobre, ao não conseguir entrar em contato com seu pai para
lhe dizer o que aconteceu, chegou à sua casa e encontrou-o na cama com
aquela idiota. Foi terrível. Terrível.
Eu fico arrepiada.
- Eu juro que pensei que Eric não iria se reconstruir. - Continua
Martha. - Muitas coisas ruins em tão poucas horas. Após o enterro de Ana,
por duas semanas, não soubemos dele. Desapareceu. Nos preocupou muito.
Quando voltou, sua vida estava uma bagunça. Ele teve que enfrentar seu pai
e Rebecca. Foi terrível. E como se não bastasse, Leo, o homem que vivia
com a minha irmã Hannah e Flynn, aliás, outro idiota, nos disse que não
queria cuidar do pequeno. De repente, não o considerava seu filho. O
menino sofreu muito no início, e então Eric assumiu sua vida. Ele disse que
iria cuidar de Flynn e, como tem visto, ele está fazendo. Sobre o tema da
véspera de Ano Novo, eu sei que você está certa, mas quem quebrou a
tradição foi Eric, levando Flynn no primeiro ano para o Caribe. No ano
seguinte, disse a mim e a mamãe, que preferia que essa noite passasse sem
muita celebração, e assim os anos se passaram. Então, eu e ela fazemos os
nossos planos.
- Sério? - Eu pergunto surpresa.
Neste exato momento a porta da cozinha se abriu, e o pequeno Flynn
nos observa com olhos acusadores. Logo depois sai.
- Foda! - Protesta Martha. - Se prepare.
- Por que me preparar?
Encostada no canto da porta de vidro sorri.
- Ele vai fofocar para Eric que estamos fumando.
Eu sorrio. Fofocar? Por favor, somos adultas.
Mas antes que possamos contar até dez, a porta da cozinha se abre
de novo, e meu alemão, seguido por seu sobrinho, pergunta enquanto
caminha em nossa direção com atitude intimidadora:
- Você está fumando?
Martha não responde, mas eu concordo com a cabeça. Por que eu
deveria mentir? Eric olha para minha mão. Faz cara feia e me tira o cigarro.
Isso me irrita, e com um tom de voz nada calmo, sussurro:
- Que seja a última vez que você faz o que acabou de fazer.
A frieza dos olhos de Eric me afeta.
- Que seja a última vez que você faz o que acaba de fazer.
O ar pode ser cortado com uma faca.
Espanha contra a Alemanha. Isso parece ruim!
Eu não entendo a sua raiva, mas eu entendo a minha indignação.
Ninguém me trata assim. E sem pensar duas vezes, pego o maço de
cigarros que está sobre a mesa, tiro um cigarro e acendo. Indelicada, eu
posso ser!
Boquiaberto, Eric me olha, enquanto Martha e Flynn nos observam.
Momentos depois, Eric novamente me tira o cigarro das mãos e joga na pia.
Porém não. Isso não vai ficar assim. Pego outro cigarro e volto a acender.
Ele repete a mesma ação.
- Muito bem, você vai acabar com todo o meu estoque de cigarro? Protesto Martha enquanto recolhe o pacote.
- Tio, Jud fez algo errado. - Insiste o pequeno.
Sua voz de menino das sombras me aperta o coração, e vendo que
nem Martha nem Eric dizem algo, eu olho para ele com raiva.
- E você, como é tão fofoqueiro?
- Fumar é ruim. - Diz.
- Olha Flynn. Você é uma criança e você deve fechar essa boquinha,
e...
Eric me corta.
- Não desconte na criança Jud. Ele só fez o que tinha que fazer.
- Fofoca é o que ele tinha que fazer?
- Sim. - Responde com segurança. E então, olhando para sua irmã,
acrescenta: - Eu acho prejudicial que fume e que incite a Jud a fumar. Ela
não fuma.
Ah não, isso não! Eu fumo quando saio do jogo, e incapaz de não
dizer nada, eu atraio seu olhar e murmurar muito chateada:
- Você está errado Eric. Você não sabe se eu fumo ou não.
- Bem, eu nunca vi você fumar em todo esse tempo. – Afirma ele, de
mau humor.
- Se você não me viu fumar é porque eu não sou uma fumante
freqüente. – Lhe repreendo. - Mas garanto a você que, às vezes eu gosto
fumar um que outro cigarrinho. Este não é o primeiro da minha vida e nem
será o último, você querendo ou não.
Ele me olha. Eu olho para ele. Ele me desafia. Eu o desafio.
- Tio, você disse que não se pode fumar, e ela e Martha estavam
fazendo. - Insiste o pequeno monstrinho.
- Fique quieto Flynn! - Eu protesto ante a passividade da Martha.
Com olhar muito sério, meu garoto, não latino, indica:
- Jud você não vai fumar. Eu não vou permitir.
Bommmmm, o que acaba de dizer!
Meu coração bombeia o sangue em um ritmo que me faz supor que
isso não vai acabar bem.
- Vamos lá homem, não me incomode. Nem que você fosse meu pai e
eu tivesse dez anos.
- Jud..., não me irrite!
Esse ―não me irrite‖ me faz rir.
Neste momento, meu sorriso adverte como um grande painel
luminoso a palavra ―CUIDADO‖, e em tom de ironia, olho para ele e respondo
ante a cara incrédula de Marta:
- Eric..., você já me irritou.
Neste momento, a mãe de Eric aparece e, ao ver nós três ali,
pergunta:
- O que aconteceu? - De repente, ao ver o maço de cigarros nas mãos
de sua filha exclama: - Ah, que bom! Me dê um cigarro querida. Estou
morrendo de vontade de fumar um.
- Mamãe! - Eric protesta.
Mas Sonia franze a testa e, olhando para o filho, solta.
- Oh, meu filho, um pouco de nicotina me relaxa.
- Mamãe! - Protesto novamente Eric.
Um sorriso escapa da minha boca quando Sonia explica:
- A esposa insuportável de Vichenzo, meu filho, está me tirando a
paciência.
- Sonia, não se pode fumar! - Flynn recrimina.
Marta e sua mãe se comunicar com os olhos e, no final, a primeira,
cansada de ficar na cozinha, pega seu braço de sua mãe e diz, enquanto
puxa Flynn, que se recusa a sair com elas:
- Vamos pegar algo para beber... Precisamos.
Uma vez que Eric e eu ficamos sozinhos na cozinha, prontos para a
batalha, esclareço:
- Nunca mais fale comigo assim na frente das pessoas.
- Jud...
- Não volte a me proibir nada.
- Jud...
- Nem Jud nem leite! – Explodo furiosa. - Você me fez sentir como
uma adolescente ante sua irmã e o pequeno fofoqueiro. Quem você pensa
que é para falar assim? Você não percebe que se entrar no jogo de Flynn,
você e eu brigamos? Pelo amor de Deus Eric, Seu sobrinho é um diabinho e,
se não parar, amanhã será um ser horrível.
- Não exagere Jud.
- Eu não exagero Eric. Esse menino é um velho prematuro para
apenas nove anos. Eu... eu é que ao final ...
Se aproximando de mim, pega com as mãos no meu rosto e diz:
- Escute querida, eu não quero que você fume. É só isto.
- Tudo bem Eric, isso eu posso entender. Porém, que tal se você me
disser quando estivermos você e eu sozinhos no nosso quarto? Ou é
necessário deixar que Flynn veja você me repreender, porque assim ele
decidiu. Foda-se Eric, tão inteligente que você é, parece mentira que logo
possa ser tão burro.
Viro-me e olho para fora do vidro. Eu estou irritada. Muito irritada. Por
alguns segundos eu amaldiçôo todos os seres vivos, até que sinto que Eric
se aproxima atrás de mim. Passa seus braços em volta da minha cintura, me
abraça e repousa o queixo no meu ombro.
- Sinto muito.
- Sente porque você agiu como um babaca!
Essa palavra faz Eric rir.
- Eu amo ser seu babaca.
Sinto vontade de rir, mas me contenho.
- Desculpa ser tão burro e não perceber o que você disse. Você tem
razão, eu fiz errado e me deixei levar pelo que Flynn queria. Você me
perdoa?
O que ele diz e, especialmente, como me abraça, me relaxa. Eu
posso. Certo... Eu sou uma molenga, mas é que eu o amo tanto e sentir que
ele precisa que o perdoe, seja com minha raiva ou com todo o resto.
- É claro que eu te perdôo. Mas repito: nunca mais me proíba de
nada, muito menos na frente de ninguém, certo?
Percebo como move seu rosto no meu pescoço, e então eu me viro e
o beijo. O beijo com ardor, paixão e vício. Me levanta em seus braços e me
aprisiona contra o vidro, enquanto suas mãos procuram o final do meu
vestido para investir. Eu quero continuar. Eu quero que continue, mas
quando vou me desmanchar de prazer, me afasto dele uns milímetros e
sussurro em sua boca:
- Querido, estamos na cozinha de sua mãe e atrás da porta há
convidados. Eu acho que não é o local nem lugar para continuar o que
estamos pensando.
Eric sorri. Me coloca no chão. Eu arrumo o babado do meu bonito
vestido de noite e, enquanto nos dirigimos para a sala de mãos dadas,
sussurra, fazendo-me sorrir:
- Para mim, qualquer lugar é bom se eu estou com você.
Voltamos de madrugada para casa. Troveja e chove muito, e apesar
da louca vontade que tenho de fazer amor com Eric, me contenho. Eu sei
que o menino, o velho prematuro, virá dormir conosco, e sobre isto nada
posso fazer.
As nove, eu acordo. Bem, o alarme me acorda. Eu o coloquei porque
eu vou dormir até meio-dia, se ninguém me acordar. Como sempre, eu estou
sozinha na cama, mas eu sorrio, sabendo que é a manhã de Reis.
Que belo dia!
Vestida de pijama e roupão, tirou meus presentes, que estão no
armário sob as escadas e estou pronta para distribuir.
- Vivam os Reis!
Passo pela cozinha e convido Simona e Norbert para se juntar a nós.
Tenho presentes para eles também. Quando eu entrar na sala, Eric e Flynn
jogam com Wii. O garoto, a meu ver, faz uma cara carrancuda, e eu, feliz
como uma criança, paro a música olho para ele e para Eric, e anúncio feliz:
- Os reis deixaram-me presentes para vocês.
Eric e Flynn sorriem e diz:
- Espere até terminar o jogo.
Sua falta de entusiasmo me deixa K.O. estou acostumada com a
minha sobrinha Luz que seguramente esta gritando e pulando de alegria ao
ver os presentes sob a árvore! Mas determinada a não fazer nenhum caso
caminho, até o sofá de Eric quando Norbert e Simona entram.
- Venha, vamos sentar junto à árvore. Eu tenho que dar-lhe os seus
presentes.
Flynn protestar novamente, mas desta vez Eric o repreende. O garoto
está quieto, levanta-se e senta-se conosco na árvore. Eric retira do bolso da
calça quatro envelopes e dá um a cada um.
- Feliz dia de Reis!
Norbert Simona o agradecem-lhe e, sem abri-los, guardam em seus
bolsos. Eu não sei o que fazer com o envelope, enquanto Flynn abre o seu.
- Dois mil euros! Obrigado, cara!
Incrédula e alucinada eu olho para Eric e perguntou:
- Você está dando um cheque de 2000 € a uma criança no dia de
Reis?
Eric concorda.
- Não há necessidade de fazer os bobos presentes - pensar o rapaz.
Eu sei que os Reis Magos iriam aprovar.
Essa explicação não me convence e, olhando para o meu Iceman, eu
protesto.
- Pelo amor de Deus Eric! Como você pode fazer isso?
- Sou prático, querida.
Neste momento, Simona dá Flynn uma pequena caixa. A criança abre
e da gritos de excitação quando encontra um novo jogo de Wii. Encantada
com a sua felicidade, mesmo que por outro pequeno jogo que irá mantê-lo
ligado à TV, eu dou os meus presentes a Simona e Norbert. Eles são um
casaco de lã para ela e um conjunto de luvas e cachecol para ele. Eles
olham com alegria e não param de me agradecer enquanto se desculpam
por não ter um presente para mim. Pobres, que vergonha estão sentindo!
Eu continuo retirando os meus pacotes do enorme saco. Eu dou o de
Eric e muitos para Flynn. Eric rapidamente abre o seu e sorri para cachecol
Celadon que comprei e camisa Armani. Ele adora isso! Flynn nos observa
com seus presentes na mão. Pronta para assinar o contrato da paz com a
criança, eu olho com carinho.
- Venha, querido, - eu o incentivo a abri-los. - Espero que goste!
Por um momento, a criança observa as embalagens e deixei a caixa
na frente dele. Senta-se na frente da enorme caixa embrulhada em papel
vermelho. Ele olha para mim e alternadamente para a caixa, mas não a toca.
- Eu garanto que ela não vai morder você – uso meu tom cômico para
falar isso.
Cauteloso como sempre, Flynn pega a caixa. Norbert Simona e
incentivam ele a abri. Por alguns segundos, ele fica paralisado como se não
soubesse o que fazer com ele.
- Rasgue o papel. Vamos lá, puxe-o, eu digo.
Imediatamente ele faz o que eu peço e começa a desembrulhar o
presente para a minha felicidade e a de Eric. Depois de tirar o papel, a caixa
esta fechada.
- Vamos, abra!
Quando a criança abre a caixa e vê o que está nele, de sua boca vem
um "Oh!".
Sim, sim, sim... Será que ele gosta!
Eu sei disso. Ele vai adorar.
Eu sorriu triunfante e olhou para Eric. Mas o seu gesto mudou. Eu
paro de sorrir. Simona e Norbert também não sorriem. Todo mundo olha o
verde skate sério.
- O que é isso? - Eu pergunto.
Eric tira das mãos da criança do skate e coloca-o na caixa.
- Jud, devolva isso.
No momento lembro do que Marta falou e o que eu disse. Problemas!
Mas recuso-me a querer entender, e respondo:
- O que devolver? Por quê?
Nenhum resposta. Retiro da caixa o skate verde e mostrou para
Flynn.
- Não gosta?
O garoto, pela primeira vez desde que eu o conheci, ele me olha com
expectativa. Esse presente o tem impressionado. Eu sei que ele gostaria de
andar de skate. Entendo que os seus olhos dizem, mas eu percebo que não
significa nada para Eric. Pronta para a batalha, deixo o skate de lado e peço
que a criança abra os outros presentes. Após a abertura, tem diante de si um
capacete, joelheiras e cotoveleiras. Então, novamente pego o skate e eu viro
minha Iceman:
- O que pode acontecer a ele com toda essa proteção para andar de
skate?
Eric, sem olhar para o que eu tenho na mão, diz:
- É perigoso. Flynn não sabe como usar e ele pode se machucar.
Norbert e Simona acenam com cabeça, mas eu, incapaz de dar o meu
braço a torcer, eu insisto:
- Eu comprei todos os acessórios se por ventura ele sofrer uma queda
o dano será mínimo, enquanto a aprendizagem não se preocupe Eric eu
posso ensinar. Você vai ver como ele domina em quatro dias.
- Jud - tenso diz - Flynn não vai andar nesse brinquedo.
Incrédula, eu respondo:
- Vamos lá, se é um brinquedo é para se divertir Eu posso te ensinar.
- Não.
- Eu ensinei a Luz a usá-lo e você deve ver como ela anda.
- Eu disse que não.
- Olha, apesar de suas negativas, não é difícil de aprender de pegar o
jeito e o equilíbrio. Flynn é muito inteligente, e eu tenho certeza que ele vai
aprender rapidamente.
Eric se levanta, pega das minhas mãos o skate e em voz alta rosna:
- Eu quero que isso longe Flynn agora, ok?
Deus, quando ele fica assim, tenho vontade de matá-lo! Levanto-me,
tomo o skate das suas mãos e rosnou:
- É o meu presente para Flynn. Não acho que ele deveria ser o único
a dizer se quer ou não?
O menino não fala. Só nos observa. Mas, finalmente, diz:
- Eu não quero. É perigoso.
- Ouça, Flynn...
- Jud - Eric intervém, tirando o skate de novo, - não basta ele dizer
que não quer. O que você precisa ouvir?
Amuada, eu coloco as minhas malditas mãos no skate.
- O que eu ouvi é que você queria que ele dissesse. Deixe que ele
responda.
Eu não quero que o garoto desista.
Com minhas mãos vou até ele e me abaixo.
- Flynn, se você quiser, eu posso ensinar. Eu prometo que você não
vai se machucar, porque eu não vou permitir e...
- É isso aí! Eu disse que não e é não! - Eric grita. - Simona, Norbert
tirem Flynn da sala, eu tenho que falar com Judith.
Quando os outros deixam a sala e ficamos sozinhos, Eric fala:
- Ouça, Jud, a menos que você quer discutir na frente da criança ou
dos empregados, cale-se! Eu disse não para andar de skate. Por que você
insiste?
- Porque ele é um menino, caramba! Você não viu os olhos dele
quando ele retirava o presente da caixa? Que ele gostava! Mas você não
percebeu?
- Não.
Desejando a chamá-lo de qualquer coisa, eu protesto.
- Ele não pode passar o dia todo ligado no Wii, Play ou o... Mas que
tipo de criança que você está criando? Você percebe que amanhã vai ser
uma criança muito tímida.
- Eu prefiro assim que algo poderia acontecer.
- É claro que algo vai acontecer com a educação que você está
dando. Você não acha que vai chegar um momento em que ele quer sair
com os amigos ou uma menina, e não saberá nada além de jogar com o Wii
e obedecer a seu tio?
Eric olha para mim, olha para mim e olha para mim, e finalmente
responde:
- Você vir mora comigo e com a criança nessa casa é a melhor coisa
que já aconteceu em muitos anos, mas não vou colocar em risco Flynn,
porque você acha que ele deve ser diferente. Eu concordei em ficar com
essa árvore vermelha horrível, eu forcei a criança a escrever o seu desejo
absurdo para decorara sua arvore, mas eu não vou desistir da educação de
Flynn isso só diz respeito a mim. Você é minha namorada, mas Flynn é a
minha responsabilidade, e não a sua, não se esqueça disso.
Suas palavras duras em uma manhã tão bonita me quebra o coração.
Idiota! Sua casa. Seu sobrinho. Mas não estou disposta a chorar como uma
idiota, eu puxo meu temperamento e apressadamente recolho todos os
presentes da criança na bolsa original e falo:
- Muito bem. Eu vou fazer um teste para o seu sobrinho. Certamente
que ele vai gostar mais e você também.
Eu sei que minhas palavras e, especialmente, o meu tom de voz
irritam Eric, mas eu estou disposta a incomodar muito, muito e muito.
- Você disse que quer a sala vazia sem esses presentes certo?
Eric acena com a cabeça, e eu faço o meu caminho em direção a
porta, abro a porta da sala e eu acho Simona, Norbert e Flynn. Eu olho Flynn
e digo com os pequenos presentes na mão:
- Você pode ir o que seu tio e eu tínhamos que falar já falamos.
Na pressa de sair da naquela sala, abro a porta e cai no chão o skate
e todos os acessórios. Com o mesmo espírito, volto para a sala e pego os
presentes. Simona e Norbert desapareceram estão só Eric e Flynn, eu olho
para eles e falo:
- Então, eu lhe dou um cheque! Só não espere que seja tão volumoso
como o do seu tio porque eu não sou rica!
A criança não responde. O sentimento ruim está instalado na sala de
jantar e eu estou pronta para sair e me lembro do envelope. Tenho ele em
minhas mãos, eu abro-o e vendo um cheque em branco, eu o rasgo.
- Obrigado, mas não. Eu não preciso do seu dinheiro. Além disso, eu
já ganhei todas as coisas que eu comprei outro dia.
Sem resposta. Eu os olho. Eles olham para mim, e como a
devastação do furacão, aponto a árvore, pronta para terminar com o restante
de "Natal" que ainda temos.
- Vamos lá, pessoal, vamos continuar com esta bela manhã. E se
lermos os desejos da nossa árvore? Talvez um algum seja cumprido.
Eu sei que eu estou nos limites. Eu sei que o que estou fazendo é
errado, mas eu não me importo. De repente, ele grita:
- Eu não quero ler os desejos tolos!
- Por quê?
- Porque ainda insiste.
Eric olha para mim. Sem entender que eu estou muito irritada e
perplexa sem saber como parar. Mas estou furiosa, louca de raiva por estar
aqui com esses dois obtusos e tão longe da minha família.
- Vamos lá, que é o primeiro a ler da árvore desejo?
Nenhuns dos dois falam.
- Muito bem... Eu vou ser a primeira e escolho um dos Flynn para ler!
Eu tomo o papel verde e quando eu estou desenrolando, pele se
lançou contra mim e retira das minhas mãos. Ele pareceu surpreso.
- Eu odeio este Natal, esta árvore e odeio você, odeio seus desejos! Exclama. - Você deixou o meu tio com raiva, por sua causa hoje esta sendo
horrível.
Eu olho para Eric pedindo por ajuda, mas nada, nem se mover.
Eu quero gritar, montar a terceira guerra mundial na sala, mas no final
eu faço o que eu posso fazer. Eu pego a árvore de Natal vermelha sangrenta
e arrastou-a para fora da sala para tirá-la para onde eu deixei o skate.
- Miss Judith, você está bem? Simona pergunta equivocada.
Pobre mulher! Que dia esta tendo!
- Relaxa - acrescentou antes que eu possa responder, e leva as
minhas mãos as suas. – O senhor, às vezes, é bem severo com relação as
coisas da criança, mas não é por mal ele o quer muito bem. Não fique
chateada.
Eu a beijo no rosto. Coitada, e como forme eu ando para cima
murmurou:
- Calma Simona. Está tudo bem. Mas eu vou me refrescar ou isso vai
acabar pior do que ―Madness Emerald".
Ambas sorriem. Quando eu chego ao quarto e fecho a porta, eu coço
o pescoço. Deus, os vermelhões! Eu olho no espelho e tenho o pescoço
cheio deles. Droga!
Pronta para sair desta casa. Eu me visto quente, volto para a sala,
onde os dois estão jogando com o Wii que pessoas agradáveis! A passos
largos eu vou até eles e desligo o Wii. A música para, ambos olham para
mim.
- Eu vou dar uma volta. Eu preciso disso! - E quando Eric vai dizer
algo, eu ponto e silvo: - Nem tente me impedir. Para o seu bem, nem tente!
Eu estou saindo de casa e ninguém me segue.
O pobre Simona tenta me convencer a ficar, digo para ela não se
preocupar. Quando eu chego ao portão e passo pela pequena porta lateral
vejo Susto que vem me cumprimentar. Paro na calçada da estrada, com o
cão ao meu lado. Eu digo a ele os meus problemas, minhas frustrações, e o
pobre animal olha para mim com os olhos arregalados como se entendesse
alguma coisa.
Depois de uma longa caminhada, quando eu estou de volta em frente
ao portão da casa, eu telefono para Marta. Vinte minutos depois, quando mal
sinto meus pés, Marta me pega de carro e saímos. Eu digo adeus para
Susto. Eu preciso falar com alguém para me aliviar, ou eu vou enlouquecer.
Com a tensão a mil , eu bebo uma cerveja com Martha de cara séria.
Através das minhas palavras e da minha raiva , você pode ter uma noção do
que aconteceu.
- Calma, Jud . Você vai ver, assim que você voltar tudo vai estar mais
calmo.
- Ah, claro ... claro que vai estar mais calmo ! Eu não vou falar com
nenhum dos dois . Eles se merecem Um smurf rabugento e o outro enfatico.
Eu não sei dizer qual dos dois é mais cabeça dura . Mas, por Deus, como
pode o seu irmão dar um cheque de presente de Natal para um menino de
nove anos de idade ? E como pode uma criança de nove anos de idade ser
tão velho ?
- Eles são assim . Zomba Marta .
O telefone de Martha toca . Ela fala com alguém e quando ele desliga
me diz:
Era mamãe. Ela me disse que o meu primo Jurgen ligou e disse que
hoje tem uma corrida de motocross não muito longe daqui , caso você
quisesse saber. Quer ir ?
"Claro , concordo, interessada.
Quarenta e cinco minutos depois, no meio de um deserto de neve,
estamos rodeadas de motocicletas . Eu me sinto energizada . Deseja pular ,
saltar e correr, mas Marta me pára . Animadissíma assisto a corrida.
Aplaudo como uma louca e, quando termina , corremos até Jurgen para
cumprimenta-lo. O jovem , me vendo, fica feliz.
- Liguei para a tia Sonia , porque não tinha seu telefone. Eu não
queria ligar para a casa do Eric . Eu sei que ele não gosta .
Concordo com a cabeça . Eu entendo , e eu dou -lhe o meu telefone.
Ele me dá o seu . Então olhe para a moto .
- Como é dirigir com as rodas cheias de pregos ?
Jurgen não hesita . Ele me entrega um capacete.
- Veja por si mesma .
Marta se recusa. Preocupada que algo possa acontecer comigo , mas
eu insisto. Eu coloco o capacete e rasgo com a moto de Jurgen .
Wow! Adrenalina a mil.
Feliz , eu vou para a pista cheia de gelo, eu ando por lá com a moto e
fiquei agradavelmente surpresa ao perceber a aderência das rodas
cravejando a neve . Mas eu desabafo. Eu não estou com as proteções
necessárias e eu sei que se eu cair, eu vou me machucar . Uma vez de volta
com Marta , que respira e quando dou o capacete para Jurgen , murmuro :
Obrigado. Foi incrível.
Jurgen me apresenta a vários pilotos , e todos eles parecem
surpresos . Rapidamente todos dizem que " olé , touros e sangria " quando
sabem que sou espanhola , mas bem, é o conceito que os turistas tem dos
espanhóis ?
Após a corrida , nos despedimos , Martha e eu estamos indo tomar
uma bebida. Ela decide onde ir. Quando nos sentamos, eu ainda estou
entusiasmada com a pequena viagem que eu tive na moto. Eu sei que se
Eric descobrir, vai ficar muito bravo , mas eu não. Eu gostei . De repente, eu
estou ciente de como Marta olha maliciosamente para o garçom . Esse loiro
veio várias vezes nos trazer as bebidas e, claro , é muito simpático .
- Vamos ver , Martha , o que está acontecendo entre o garçom
gostoso e vocÊ?- Pergunto, rindo.
Surpresa com a pergunta, respondeu :
- Nada . Por que você diz isso?
Certa de que a minha intuição não me falha , eu me mecho na
cadeira.
-Primeiro: o garçom sabe o seu nome , e você sabe o dele . Segundo
: me perguntou que tipo de cerveja que eu quero, e já pra você trouxe sem
pedir. E terceiro , e de vital importância : eu notei como vocês se olham e
sorriem .
Martha ri. Olha novamente e , se aproximando de mim , sussurra
- Nós nos vimos algumas vezes . Arthur é muito agradável . Temos
tido alguma coisa e ...
- Uau! Aqui tem um assunto quente , brinco
gargalhadas .
, e Martha dá
Sem dissimular , apenas olho para Arthur . É um jovem da minha
idade , alto, de óculos e gracinha. Ele , vê que eu olho , sorri pra mim , mas
seus olhos voam novamente para Martha enquanto ele recolhe alguns
copos de mesa ao lado.
- Vocês se gostam muito, não é?
- Eu sei, mas não pode ser " , diz Marta rindo .
- Por que não pode ser? Eu pergunto, curiosa.
Marta primeira toma um gole de sua cerveja.
- Óbvio , não é? Ele é mais jovem do que eu. Arthur tem apenas 20
anos . É um menino !
- Ei ... , ele tem a mesma idade que eu . A propósito, quantos anos
você tem ?
- Vinte e nove.
A gargalhada que eu solto faz com que várias pessoas olhem para
nós .
- E durante quatro anos você acha isso? Vamos, Marta , por favor :
Achei que você fosse mais moderna com ess besteria de idade . E desde
quanto tem idade para amar ? E antes que você diga alguma coisa, eu
quero que você saiba que se seu irmão fosse mais novo do que eu , e eu
gostasse del, eu não mudaria nada. Absolutamente nada . Porque, como diz
meu pai , a vida ... É para ser vivida !
Nós duas rimos , e quando vai responder , ouvimos atrás de nós :
-Marta , que bom ver você aqui.
Nos viramos e encontramos dois homens e uma mulher . São bonitos
, realmente. Marta sorri, se levanta e os abraça. Segundos depois , olhando
para mim , diz:
Judith , esta é Anita , Reinaldo e Klaus. Eles trabalham comigo no
hospital e Anita tem uma loja de moda maravilhosa e exclusiva.
Eles se sentam com a gente e , esquecendo os meus problemas , eu
me concentro em conhecer essas pessoas , eles rapidamente nos fazem rir.
Reinaldo é cubano e suas expressões latinas me encantam. Meu telefone
toca . É Eric . Sem querer evitá-lo , eu atendi , e tudo que eu posso dizer :
- Diga-me , Eric.
- Onde você está?
Como realmente não sei onde estou, olho para Marta rindo com os
meninos , eu respondo:
Estou com a sua irmã e alguns amigos bebendo alguma coisa.
- Que amigos? Eric pergunta impaciente.
' Eu não sei , Eric ... Aguns ... Eu não sei !
Ouço ele bufar . Isso de controlar onde e com quem estou me
incomodava , mas me mostrei disposta a me desfrutar o momento .
- O que você quer ?
- Vá para casa .
-Não.
- Jud , não sei onde você está e nem com quem você está , ele
insiste, e eu sinto a tensão em sua voz. Estou preocupado com você . Por
favor, me diga onde você está e eu vou te pegar , pequena .
Silêncio ... silêncio , e antes que ele venha me dizer algo macio, eu
acrescento:
Eu vou desligar. Eu quero aproveitar o belo dia de Reis e eu acho que
essas pessoas vão me ajudar a fazer isso. Por outro lado, eu espero que
você também desfrute da companhia de seu sobrinho. Vocês se merecem.
Tchau.
Dito isso, eu desligo .
Mãe do Céu , o que eu fiz !
Eu enfrentei Iceman !
Isso vai fazer-lo ficar com muita raiva . O telefone toca novamente.
Eric . Desligo a chamada, e quando ele insiste, mando diretamente pra caixa
de mensagem . Eu não me importo que ele está com raiva . Por mim, ele
pode até bater com a cabeça na parede. Eu volto para conversa conversa e
tento esquecer o meu alemão .
Os amigos de Marta são hilariantes , e quando saímos do bar vamos
a um restaurante para comer alguma coisa . Como sempre, tudo ótimo. Ou,
como sempre , a minha fome é atroz. Depois de deixar o restaurante ,
Reinaldo sugere ir a um estabelecimento cubano e sem titubear lá vamos
nós.
Quando entramos Guantanamera , Reinaldo apresenta muitos
compatriotas que, como ele vivem em Munique. Meu Deus, quantos cubanos
vivem aqui! Meia hora mais tarde , eu já sou uma cubana e digo isso de "mi
amol você já sabe. "
Marta e eu colocamos mais mojitos . Marta é uma menina . É o oposto
de seu irmão , no quesito diversão. Ela é mais espanhola que tortilla de
batatas , e eu adoro o progresso que ele tem. A tia é da minhas , e juntos
fazemos uma boa dupla . Anita não está muito atrás . Quando a música
maravilhosa Quimbara de Celia Cruz começa , Reinaldo me convida para
dançar , e eu aceito .
Quimbara quimbara quma quimbambá.
Quimbara quimbara quma quimbambá
Ay, si quieres gozar, quieres bailar. ¡Azúcar!
Quimbara quimbara quma quimbambá.
Quimbara quimbara quma quimbambá.
Míaaaaaaa Mãe, que música !
Reinaldo dança muito bem , e eu me deixei ir. Eu movo meus quadris.
Subo braços . Impulsiono para a frente. Passo para trás. Eu me viro . Eu
movo meus ombros e Maravilhaaaaaaa !
As horas passam e meu humor estáficando bem melhor . Viva Cuba !
Por volta das onze horas da noite, Marta , cansada pela dança , olha
para mim e diz , entregando seu celular :
É Eric .Tenho mil chamadas dele perdidas e quer falar com você.
Resmungo e , ao seu olhar , resolvo atender .
- Diga-me, pesadito , o que você quer?
- Pesadito ? Você acabou de me chamar pesadito ?
- Sim, mas se você quiser eu posso chamá-lo de qualquer coisa eu
respondo e solto uma risada.
- Por que você desligou o telefone?
- Pra você não me incomodar . Às vezes , você é pior do que Carlos
Alfonso Falcons San Juan quando tortura a pobre Esmeralda Mendoza.
- Você está bêbada ? - Pergunta sem entender o que quero dizer.
Ciente de que neste momento tenho mais mojitos que o sangue no
meu corpo, exclamo :
- Agora você sabe meu amol !
- Jud , você está bêbada ?
- Nãooooooooo ! - Eu brinco . Desejando continuar com a bagunça
maravilhosa , falo : Vamos Iceman , o que você quer?
- Jud , eu quero que você me diga onde você está para ir buscá-la .
- De jeito nenhum, eu respondo , engraçado .
- Pelo amor de Deus ! Você saiu de manhã já são onze horas da
noite, e ...
- Cambio e desligo , corajosa .
Eu passo o telefone para Marta, que após ouvir algo que seu irmão
diz , ele desliga . Me afastandoum pouco do grupo , sussurra :
-Sabe que o meu irmão me deu duas opções. A primeira : levá-la de
volta para casa . A segunda : irritá-la mais e quando voltarmos , o mundo vai
tremer.
Ouvindo isso me faz rir , e disposta a ter uma boa resposta:
- Que trema o mundo , mi amol !
Marta solta uma risada e , sem mais , saímos para dançar Bemba
Colora enquanto gritavamos : " Maravilhaaaaa" .
Ao amanhecer , voltamos , mais bêbadas do que sóbrias. Quando
paramos em frente ao portão preto sussurro :
- Você quer passar ? Certamente o Smurf mal-humorado tem algo a
dizer .
- De jeito nenhum - responde Marta rindo. Agora eu vou fazer as
malas e fugir do país. Quando Erica me ver , vai arrancar minha pele .
- Descobri que não me importo ! Exclamo rindo, e me abaixo no carro
.
Mas antes que ele possa dizer qualquer outra coisa , a porta se abre e
aparece Erica com uma cara de dar medo. A passos largos , vai até o carro e
olhando para a irmã, sussurra :
" Já falarei com vocÊ , irmãzinha .
Marta acena com a cabeça e , sem mais , vai andando. Nós estamos
sozinhos, um de frente para o outro, no meio da rua. Eric agarra meu braço ,
me pedindo .
- Vamos ... , voltar para casa .
De repente, um gemido perfura o silêncio da rua, e antes que algo
aconteça que possamos lamentar , me solto do aperto de Eric e olho para o
emissor do gemido e calmamente , murmuro :
Calma Susto, não aconteceu nada .
O animal roda em minha volta , quando Eric pergunta:
- Você conhece esse cão ?
- Sim . É Susto.
- Susto ? Ele se chama Susto ?
" Bem, sim . Não é muito comumm?
Sem acreditar no que vê , Eric faz uma careta .
- Mas o que usa no pescoço ?
- Está frio e eu fiz um lenço para ele , explico encantada.
O cachorro coloca a cabeça ossuda na minha perna e eu faço
carinho.
- Não lhe toque . Ele vai te morder ! Eric grita com raiva.
Isso faz -me rir. Tenho certeza de que Eric o morderia peimeiro.
- Não toque nesse cão sujo, Jud , pelo amor de Deus ! Ele insiste .
Um pequeno som vem da garganta do animal e divertido, eu me
agacho.
" Não ligue pro que ele diz , tudo bem, Susto ? Vamos dormir. Está
tudo bem.
O cão, depois de um último olhar torto para Eric extraviado e entra no
galpão em ruínas . Eric, sem dizer mais nada , começar a andar e eu
pergunto:
- Eu posso levar Susto para casa?
- Não, nem pensar.
Eu sabia! Mas novamente
- Coitadinho , Eric. Você não vê o como está frio ?
- Esse vira-latas não vai entrar na minha casa .
Já estamos em casa!
- Vem, meu amol . Porfavorrrr pleaseeee !
Nenhuma resposta, e no final , eu decido seguir . Eu voltaria nesse
assunto isso mais tarde. Quando eu ando atrás dele , eu coloco meus olhos
em suas costas e pernas fortes.
Wow! Que bunda gostosa e as pernas fortes me fazem sorrir e , sem
mais nem menos, zás , dou-lhe um tapa .
Eric pára, olha para mim com uma cara feia que não diz nada e
continua andando . Eu sorrio . Eu não tenho medo . Eu não tenho medo e eu
sou brincalhona. Eu paro , agacho encho minhas mãos de neve e atiro bem
no meio da sua bela bunda . Eric pára . Fala uns palavrões em alemão e
continua andando .
Aisss , que pouco senso de humor!
Volto para pegar mais neve , e desta vez atiro diretamente na sua
cabeça. A neve se espalha em toda a sua cabeça . Solto uma gargalhada.
Eric gira. Crava seus olhos frios em mim e diz:
- Jud ... , você está me deixando com raiva , você não pode nem
imaginar .
Deus ... ! Deus, como é sexy! Como ele me excita !
Continua o seu caminho e eu o sigo . Eu não consigo tirar meus olhos
dele , apesar do frio que eu sinto, e eu sorrio imaginanso o que faria
naquele momento. Quando entramos na casa, ele vai para o seu escritório ,
sem falar. Está muito irritado . Um calor maravilhoso percorre todo o meu
corpo . Agora eu sei o frio que está lá fora. Pobre susto. Quando eu tiro o
casaco , eu decido segui-lo para o escritório. Eu o desejo . Mas antes de eu
tiro minhas botas e jeans encharcado. Eu fico só com a camisa, qeu fica até
o meio das coxas , e abro a porta. Quando eu ando , Eric está sentado em
sua mesa no computador. Não olha para mim.
Caminho para ele, e quando eu chego perto , não importa o seu
gesto desconfortável, eu me sento montada nele. Neste momento, ele fica
ciente de que não estou usando calças. Seus olhos me dizem que não quer
o contato , mas eu quero . Exigente, eu o beijo nos lábios. Ele não se move.
Não devolve o beijo. Ele está me castigando. Meu Iceman frio como um
iceberg , mas eu com a minha fúria espanhola decidi descongela-lo. Mais
uma vez eu o beijo, e quando eu sinto que ele não vai cooperar , murmuro
perto de sua boca :
"Eu vou foder você e eu vou fazer, porque você é meu.
Surpreso, ela olha para mim . Ele vacila e eu o beijo de volta. Desta
vez, sua língua está mais receptiva , mas ainda não vai cooperar. Eu mordo
seu lábio inferior , atiro nele e olhando em seus olhos, eu solto. Então , eu
enrolo os dedos em seu cabelo e fico me contorcendo em seu colo .
- Eu quero você, querido, e você vai cumprir minhas fantasias .
- Jud ... , você está bêbada.
Eu rir e acenar .
- Oh, sim, eu bebi alguns mojitos , mi Amol , que estavam ótimos .
Mas escute , eu sei o que eu faço , por que faço e que pra quem faço , ok?
Ele não fala . Apenas olha para mim. Me levanto do seu colo . Eu
estou prestes a fazer o que eles fazem nos filmes, puxar tudo em cima da
mesa , mas eu acho que não. Eu acho que isso vai deixa-lo mais nervoso.
No final, eu deixo de lado o laptop e sento na mesa. Eric me observa . O gato
comeu sua língua , e eu , pronto para fazer do meu jeito , eu pego uma de
suas mãos e passo por cima de minha calcinha. Minha umidade é latente e
sinto que engole duro.
- Eu quero que você me devore. Desejo que você enfie a língua
dentro de mim e me faça gritar , porque o meu prazer é o seu prazer, e
somos donos de nossos corpos.
Quando eu termino de falar vejo que ele respira um pouco agitado.
Homens! Eu continuo excitando meu Iceman , e determinada a continuar e
deixá-lo louco enquanto eu tiro minha camisa.
Toque - me . Vamos, Iceman , você quer isso tanto quanto eu . Faça
isso! - Eu exijo .
Meu Iceman está descongelado em alguns segundos. Bem ! Coloca a
boca no meu seio direito , e em uma fração de segundo , devora o mamilo.
Oh, sim ! Colossal .
Eu gosto!
Seus olhos frios agora estão selvagens e desafiador. Ainda com raiva,
mas o desejo que ele sente por mim é o mesmo que eu sinto por ele.
Quando ele solta meu mamilo, recosta-se na cadeira. A curiosidade se
instala em meu corpo.
- Levante-se da mesa e se vire murmura .
Eu faço o que ele pede. Coloco meus pés no chão , vestindo apenas a
minha calcinha. Ele empurrou a cadeira para trás , se levanta e traz sua
ereção nas minhas costas , suas mãos voando para a minha cintura e me
aperta contra ele. Eu suspiro . Me dá um tapa . Então ele me dá outro , e
quando eu ia protestar, ele coloca sua boca sobre o meu ouvido e diz:
" Você tem sido uma menina muito má e ,você merece uma surra pelo
menos.
Ele me faz sorrir. Ok ... se você quer jogar , vamos jogar!
Eu me viro e , ao olhar em seus olhos, coloco minha mão dentro de
suas calças , e agarro seus testículos e , enquanto eu toco, eu pergunto:
- Você quer que eu te mostro o que eu faço os bandidos ? Você
também foi muito ruim esta manhã , querido . Muito ... muito ruim.
Ele paralisa . Segurar seus testiculos em minhas mãos não o deixa
muito feliz . Tenho certeza de que ele acha que eu posso fazer alguns danos.
- Jud ...
Com um puxão , ele tira as calças e as boxers , e sua enorme ereção
aparece esplendorosa para mim. Nossa, minha mãe ! Eu o empurro e ele cai
na cadeira. Me Sento montada nele e ele peço :
Rasgue - o fio dental.
Dito e feito . Eric puxa , e rasga o fio dental , e minha boceta molhada
descansa em sua ereção . Eu não dou tempo para ele pensar , e o coloco
dentro de mim. Estou tão molhada ... tão excitada ... sua ereção entra
completamente , e quando ele está interiro dentro de mim , eu exijo :
Olhe para mim .
Ele faz . Deus é tudo tão mórbido !
" Assim ... assim eu quero continuar . Nós sempre concordamos .
Meus quadris se movem e a minha vagina o suga quando eu sinto
que tira as calças e estamos estendidos de forma alguma no chão. Eric
respira com dificuldade quanto mete em mim mais uma vez e me beija.
Desta vez, a sua boca me devora e me pede que eu continue . Eu paro meus
movimentos . Não nos movemos. Estamos apenas encaixados um no outro e
na situação. Excitação é máxima. É plena , e então o meu Iceman se levanta
comigo ainda encaixada nele, e me leva para as escadas da biblioteca e me
empurra contra ela.
- Segure-se em meu pescoço.
Sem demora , eu faço . Ele pega uma das tabuas dos degraus da
escada acima da minha cabeça e afunda totalmente em mim, e eu choro.
Um ... dois ... três ... Tensão.
... Quatro , cinco ... seis ... Suspiros .
Meu Iceman me apoia , enquanto eu faço o meu. Nós dois gostamos .
Ambos ofegantes . Nós nos possuímos.
Uma e outra vez , mete em mim , e eu o recebo, até que o meu grito
de prazer faz saber que o clímax chegou, e ele se deixa de ir quando ele
afunda em uma última e poderosa estocada .
Por alguns segundos , os dois permanecem nesta posição, contra a
escada e apertado contra o outro, até que solta do corrimão , pega minha
cintura e volta para a cadeira. Ao sentar-se , ainda dentro de mim , me beija .
-Eu ainda estou bravo com você , diz ele.
Ele me faz sorrir.
- Bem !
- E então? Ela pergunta , surpreso.
Eu beijo. Eu olho . Ele piscou .
- Mmm ! Sua raiva faz com que tenhamos uma noite interessante pela
frente.
Três dias depois, uma van chega ao aeroporto com as minhas
pequenas coisas da mudança de Madrid.
Apenas vinte caixas, mas estou cheia! O resto segue para minha casa,
nunca se sabe!
Ter minhas coisas é importante e durante dias me dedico á coloca-las
por toda casa. Eric e eu estamos bem. Após uma magnífica noite de sexo
que tivemos no dia da discussão, não podemos parar de nos beijar, fiquei
surpresa, fiquei tentada e eu fiquei louca. Queremos nos ver e nos tocar,
ficarmos sozinhos e tirar a roupa com a maior paixão.
Neste ponto, eu posso garantir que estou viciada em "Loucura de
esmeralda." Acompanho essa novela e quando começa Simona me avisa
que começou, nós duas nos sentamos juntas na cozinha para assistir o
sofrimento da Esmeralda Mendoza. Pobre menina!
Certa manhã, o telefone toca. Simona me passa a ligação. É o meu pai.
- Pai! grito, encantada.
- Olá, moreninha! Como você está?
- Bem, mais sinto sua falta.
Nós conversamos um pouco e digo a ele o problema que tenho com
Flynn.
- Paciência, querida, - me disse - Esse menino precisa de paciência e
calor humano. Observe-o e tente surpreendê-lo. Certamente uma surpresa
que esta à criança vai adorar.
- A única maneira de alcançá-lo é deixando essa casa. Acredite em
mim, pai, essa criança é...
- A criança, filha. Com nove anos, é uma criança.
Huff e suspiro
- Pai, Flynn é um velho prematuro. Nada a ver com a nossa luz.
Protesta por tudo e me odeia. Para ele eu sou um pé no saco, você deveria
ver como me olha.
- Moreninha..., Este garoto por menor que seja tem sofrido muito.
Paciência. Ele perdeu a mãe e apesar de seu tio cuidar dele, eu tenho
certeza que ele se encontra perdido.
- Isso eu não nego. Tento me aproximar mas ele não deixar. Eu só o
vejo feliz quando está ligado ao Wii jogando sozinho ou com o seu tio.
Meu pai ri.
- É porque você não conhece. Tenho certeza de quando ele conhecer
minha moreninha não poderá viver sem você.
Quando desligo estou com um enorme sorriso. Meu pai é o melhor.
Ninguém é como ele para levantar minha autoestima e me dar forças pra
tudo.
É domingo, e Eric propõem acompanhá-lo até o campo de tiro. Flynn
e eu vamos com ele. Eric me aprensenta a todos os seus amigos e, como
sempre acontece, quando eles descobrem que eu sou espanhola, começo a
ouvir as palavras "Olé", "touro" e "paella" (A paella (em castelhano e catalão)
é um prato à base de arroz, típico da gastronomia espanhola e que tem as
suas raízes na comunidade de Valência), é claro. Que pesadelo!
Observo que Eric é um atirador de elite e me surpreende. Com o seu
problema de visão nunca havia pensado que ele poderia praticar um esporte
assim. Eu não gosto de armas. Eu nunca gostei, e quando Eric me propõe
jogar eu me recuso.
- Eric, eu disse que eu não gosto.
Ele sorri. então olha para mim e sussurra, dando-me um beijo nos
lábios:
Experimente. Talvez se surpreenda.
- Não. Eu disse que não. Se você gosta, vá em frente! Não me tire
esse prazer. Mas eu não penso em fazer isso, eu me recuso! Na verdade
parece aceitável que pelo menos Flynn as veja com tanta facilidade. Armas
são perigosas, mesmo Olímpico.
- Em casa, elas estão bem trancados. Ele não as toca.
proibido - Se defendeu.
Ele está
- É o mínimo que você pode fazer. deixa-las trancados.
Meu alemão sorri e desisti. Você vai começar a me conhecer e se
digo não, é não.
Uns dias se passam e decido dar alegria a casa, fui fazer compras
com a Simona. Ela me acompanha emocionada e ri quando vê as cortinas
cor de pistache que eu comprei para a sala de estar junto com as cortinas
brancas. Segundo ela, o patrão não vai gostar, mas na minha opinião, você
tem que gostar. Sim ou sim. Sem sucesso Simona tenta Chamar Norbert e
Judith, mas é impossível. A "Senhorita" parece o meu primeiro nome, e
finalmente parou de tentar.
Durante dias compramos tudo o que eu queria. Eric está feliz em me
ver tão motivada e dá carta branca para tudo o que eu quero fazer em casa.
Ele só quer que eu seja feliz e agradeço.
Depois de pensar comigo mesma, sem dizer nada, eu coloquei Susto
na garagem. Está frio e eu me preocupo com seu latido. A garagem é
enorme e o pobre animal não passará tanto frio. Nós mudamos o cachecol
por outro que confeccionei em azul e está prestes a comer. Simona ao vê-lo
protesta. Ela leva as mãos à cabeça. - O Senhor ficará com raiva, nunca quis
animais em casa - Mas eu digo para ela não se preocupar porque eu vou
cuidar do Senhor. Eu sei que eu sou uma mentirosa, mas não há como voltar
atrás.
Susto é ótimo. O animal não late. Ele não faz nada exceto dormir
sobre o cobertor limpo e seco que eu coloquei em um lugar discreto da
garagem. Mesmo quando Eric chega com o carro, não conseguirá vê-lo.
Sorrio ao ver que o Susto é muito inteligente e sabe que não deve se mover.
Com a ajuda de Simona, o levamos para longe do campo para fazer suas
necessidades, e poucos dias depois Simona adora o cão tanto quanto eu ou
mais.
Em uma manhã depois do café, Eric finalmente me propõe que lhe
acompanhe para o escritório. Encantada, coloco um terno escuro e uma
camisa branca, pronta para dar uma imagem profissional. Eu quero que os
trabalhadores tenham boa impressão sobre mim.
Nervoso chego há empresa Müller, um enorme edifício e dois anexos
que compõem os escritórios sede em Munique. Eric esta deslumbrante com
seu casaco azul-escuro de executivo e seu terno escuro. Como sempre, é
uma delícia observa-lo. Sensualidade e autoridade emerge de seus poros.
Essa última mexe comigo. Quando entramos em um saguão impressionante
uma recepcionista loira olha para nós, e os guardas da segurança
cumprimentam o chefão. Meu garoto! Me olham com curiosidade quando eu
vou passar pela catraca, me param. Eric rapidamente com voz de comando
controlado, esclarece que sou sua namorada e deixam-me passar sem o
cartão com o V de visitantes.
Viva meu garoto!
Eu sorrio. O rosto do Eric está sério e professional. No elevador
encontramos com uma bela morena. Eric a cumprimenta, e ela responde à
saudação. Disfarçadamente essa mulher nos observa em seus olhos posso
ver que o deseja. Eu estou a um passo se sair como um furacão, mas eu me
contenho. Eu não deveria estar assim. Eu tenho que me controlar. Quando
saímos do elevador e chegamos ao andar presidencial, um "oh!" saí da
minha boca. Isso não tem nada a ver com os escritórios de Madrid. Tapete
preto, paredes cinzentas, gabinetes brancos e modernidade absoluta.
Enquanto eu caminho ao lado do meu Icemam observo as expressões sérias
das pessoas. Todo mundo olha para mim e especulam especialmente as
mulheres que me examinam com profundamente.
Eu me sinto um pouco intimidada. Muitos olhos e expressões sérias
me observam e quando paramos em uma mesa, Eric diz para uma loira
muito bonita e elegante:
- Bom dia, Leslie, esta é a minha namorada, Judith. Por favor, venha
ao meu escritório e me coloque em dia.
Ela olha para mim, surpresa, e me cumprimenta.
- Encantada, senhorita Judith. Eu sou a Secretária do Sr. Zimmerman.
Quando precisar de alguma coisa, não hesite em chamar.
- Obrigado, Leslie - respondo, sorrindo.
Eu os sigo e entramos no impressionante escritório de Eric. Como era
de se esperar é como o outro escritório, moderno e minimalista. Boquiaberta,
eu me sento na cadeira que ele me mostrou, e por um tempo, ouço a
conversa.
Eric assinar vários papéis que Leslie lhe entrega, e quando finalmente
estamos a sós no escritório, ele olha para mim e pergunta:
- O que você achou do escritório?
- A bomba. São lindas se compararmos com os da Espanha.
Eric sorri e movendo-se em sua cadeira, sussurra:
- Eu prefiro os de lá. Aqui não há nenhum arquivo.
Isso me faz rir. Eu me levanto e me aproximo dele e sussurro:
- Melhor. Se eu não estou aqui, não quero que tenha arquivo.
Engraçado, rimos e Eric me senta em suas pernas. Tento me levantar,
mas me segura firmemente.
- Ninguém vai entrar sem avisar. É uma regra muito importante.
Eu rio e o beijo, mas de repente minha testa se franze.
- Importante desde quando? - Eu quero saber.
- Desde sempre.
Toc ...- Toc ...- ciúmes chamando! E antes que eu pergunte, Eric
confessa:
- Sim Jud, o que você está pensando está correto. Eu mantive algum
outro relacionamento neste escritório, mas isso já acabou há muito tempo.
Agora eu só quero você.
Ele tenta me beijar. Retiro-me.
- Então acaba de me negar um beijo? Pergunta ele, divertido.
Confirmo. Eu estou com ciúmes, muito ciúmes.
- Querida... - Eric murmura - quer parar de pensar bobagens?
Retiro-me de suas mãos. Rodeo a mesa.
- Com Betta, certo?
Um momento depois de mencionar esse nome, eu percebo que eu
não deveria ter feito isso. Amaldiçoo! Mas Eric se acomoda e responde com
sinceridade:
- Sim.
Depois de um silêncio constrangedor, eu pergunto:
- Será que você teve alguma coisa com Leslie, sua secretária?
Eric se acomoda em sua cadeira e suspira.
- Não.
- Você tem certeza?
- Completamente .
Mas estimulada pelo ciúme insisto enquanto o meu pescoço começa a
coçar e me arranho.
- E com a garota morena que subiu com a gente até o elevador?
Pensa, e finalmente responde:
- Não.
- E a loira que estava na recepção?
- Não. E não toque no pescoço, ou os comichões vão piorar.
Eu o ignoro e, não contente com as suas respostas, pergunto:
- Mas você disse que já fez sexo neste escritório?
- Sim.
O meu pescoço comicha! Eu não dou crédito e sussurro para fora de
mim:
- Você está dizendo que você jogou com alguém que trabalha em sua
empresa.
- Não.
Eric se levanta e caminha.
- Mas você acabou de dizer que...
- Vejamos-me corta, retirando a mão do pescoço, eu não tenho sido
um monge e eu tive relações sexuais com várias mulheres da empresa e fora
dela. Sim, querida, eu não vou negar. Mas jogar o que você e eu chamamos
de jogo, eu não tenho jogado com qualquer um neste escritório, exceto Betta
e Amanda.
Ao nos lembrarmos dessas harpias, meu coração bombeia de forma
irregular.
- Claro ..., Amanda, Srta Fisher.
- Que por sinal -, explica Eric enquanto me sopra o pescoço- Mudouse para Londres para o desenvolvimento da Müller naquela cidade.
Isso me satisfaz. Eu gosto de tê-la longe, e Eric, se divertir com as
minhas perguntas, me abraça e me beija na testa.
- Para mim, hoje a única mulher que existe é você, pequena. Confie
em mim querida. Lembre-se, não há segredos entre nós e desconfianças,
precisamos de tudo para que assim a gente funcione.
Nós olhamos.
Desafiamos-nos e, finalmente Eric chega perto da minha boca.
- Se eu tentar te beijar, você vai virar o rosto de novo?
Eu não respondo a sua pergunta.
- Você confia em mim? -digo.
-Totalmente - responde. - sei que não me esconde nada.
Assento, mas a verdade é que lhe escondo coisas, me bate um
sentimento de culpa. Eu me sinto mal! Nada tem haver com sexo, mas lhe
oculto coisas, entre elas que escondo um cachorro em casa, que pulei na
moto de Jurgen, e que sua mãe e Marta estão matriculadas para um curso
de paraquedas.
Deus, quantas coisas escondo dele!
Eric olha para mim. Eu sorrio e finalmente bufo e sussurro:
- Olha como ficou o meu pescoço por causa de você!
Eric ri e me toma em seus braços.
- Acho que vou pedir para fazerem um arquivo em meu escritório para
quando vier me visitar, o que você acha?
Deixo escapar uma risada, e o beijo, esquecendo a minha culpa e
meu ciúme,
ponderei:
- É uma excelente idéia, Sr. Zimmerman.
palavras aquele dia no arquivo do escritório. Sorrio ao lembrar do meu
rosto na primeira vez que ele me levou para o Moroccio, ou vi aquela
gravação no hotel, ou coloquei o chiclete de morango na boca. Recordações
. Recordações quentes, mórbidas e divertidas passam pela minha mente
enquanto meu louco e ardente marido me toca. E disposta a selar para
sempre o que um dia começou, o beijo, agarrou seu pênis ereto com a mão,
o guio à minha fenda molhada, me empalo nele, quando meu amor ofega,
olho para aqueles belos olhos azuis que sempre me deixam louca e sussurro
loucamente apaixonada:
- Sr. Zimmerman, peça-me o que quiser, agora e sempre.
No final de semana fico mal-humorada assistindo os smurfs do sofá e
irritada com eles jogando o dia todo colados na televisão.
- Anda os dois! Nós vamos ao cinema, ao teatro, comeremos
hambúrgueres - e eu vejo que estão se divertindo, por que eles custam tanto
a sair de casa?
Uma noite Eric me surpreende me convidando para ir jantar em um
restaurante. Em seguida me leva a uma impressionante boate, e nós
tomamos umas bebidas enquanto nos divertimos entre beijos e conversas.
Ele não volta a falar nada sobre o nosso suplemento sexual.
Quando fazemos amor em nossa cama, nós sussurramos fantasias
quentes que nos deixam como uma motocicleta, mas até agora não temos
compartilhado sexo com ninguém. Será que ele me quer só para ele?
Domingo é um bom dia para sair para passear, estacionamos nosso
carro em um estacionamento e caminhamos até o Jardim Inglês, uma
maravilha de lugar no centro de Munique. Flynn não fala comigo, mas eu o
estimulo continuamente na conversa. Ele reluta, mas no final ele não tem
escolha a não ser aceitar.
Pela tarde os obrigo a entrar no campo de futebol do Bayern de
Munique. Eles ficam horrorizados com a ideia porque gostam mais do
basquete. O local é enorme é excelente, é como se eu fosse alemã, eu
explico que esta equipe é que mais venceu a Bundesliga. Me escutam e
acenam com a cabeça, mas passa por mim no final, eu sorrio quando vejo
suas cara de aborrecimento. Por volta das 19:30h, proponho ir jantar, eu rio
neste momento. Mas consciente de que Flynn leva tempo para se
acostumar, especialmente por ser alemão, me levam a um restaurante local
e gosto daqui, eu experimento diferentes tipos de cerveja. A Pilsen é loira, a
Weissbier é branca e Rauchbier ou fumada. Eric me olha eu vou dizer
saboreando e no fim, o faço rir:
- Não há nenhuma como as Mahou cinco estrelas!
A base dos pratos alemães é a farinha. A utilizam para fazer
absolutamente tudo. Eric me explica, enquanto eu devoro um weissburst ou
salsicha branca, ela é feita de finas tiras de carne bovina picada, especiarias
e manteiga. Está de morrer! Flynn, se diverte com a atenção que lhe
prestamos seu tio e eu. Mordiscando uma rosquinha salgada em forma de
oito benz como e chamada. Seu bom humor e o meu é contagiante, e Eric
simplesmente se diverte.
Durante muito tempo, nós trazem vários pratos. Embora os alemães
jantem cedo eu tenho fome e peço rabanete em finas fatias e polvilhada com
sal. Me dizem que isso é chamado de radi. Depois nos servem Obatzda, que
é um queijo Camembert preparada com manteiga, cebola e pimentão. E para
a sobremesa, eu fico louca com o Germknödel, bolo doce com geléia de
ameixa, feito de açúcar, fermento, farinha e leite quente, e servido com
açúcar em pó e sementes de papoula. Vamos lá..., tudo muito light.
À noite, quando voltamos para casa, estamos moídos. Andamos uma
barbaridade, e Flynn cai sobre a cama como um morto. Deitados no sofá da
sala de jantar enquanto assistimos a um filme eu proponho nadar na piscina.
Eric tem os olhos fechados e se recusa.
- Tem alguma coisa errada?
-Não- responde rapidamente.
- Você tem dor de cabeça? - Eu pergunto, preocupada.
Eu o observo. Ele me olha e de repente, divertindo me pega como um
saco de batatas e me leva com ele. Ao chegar apenas acendemos a luz
dentro da piscina e quando ele menos espera, o empurro e ele cai vestido na
água. Quando tirar a cabeça da agua, olha para mim, eu levanto as
sobrancelhas e perguntou, sorrindo:
- Não me diga que você vai ficar com raiva?
Minha risada o faz rir, especialmente quando eu me jogo na água
vestida ao lado dele. Eric me agarra e ao mesmo tempo que faz cosquinhas,
sussurra:
-Moreninha, você é uma garota muito travessa.
Eu sei que as minha risadas causadas pelas cócegas lhe enchem a
alma e o fazem feliz. Durante um tempo, nós brincamos e submergimos.
Enquanto vamos tirando a roupa até que estejamos nus nós nos beijamos,
nos provocamos e finalmente fazemos amor.
Eu nunca tinha feito isso antes em uma piscina, mas é emocionante e
excitante. Eric cochicha coisas no meu ouvido que aceleram meu coração.
Depois de nos recompor sugiro que ele verifique a piscina, mas é
impossível. Eric só quer me beijar e desfrutar de mim. Vinte minutos depois
saímos da água. Eu vou até onde sei que tem toalhas, pego duas e volto
para o seu lado. Nos sentamos vestidos em uma rede bonita cor castanho. A
rede é confortável e como geralmente está amarrada em duas árvores, mas
na sua falta, aqui está amarrada a duas colunas.
Eric soltou minha mão e fico abraçada a ele, nós nos movemos e
parecemos que estamos flutuando. Beijos, carícias e quando me dou conta,
estou sobre ele devorar o seu pênis. Deitado de costas ele desfruta de
minhas intenções enquanto brinco com ele e dou beijos maliciosos e
ardentes. Eu amo seu pênis. Eu amo a sensação dele na minha boca. Eu
amo sua suavidade e eu adoro a forma como Eric toca suavemente meu
cabelo e me encoraja a chupa- lo. Ele nunca fica saciado. Ele se levanta,
plantar os pés no chão em ambos os lados da rede e vira-se sussurrando em
meu ouvido enquanto ele me penetra:
-Isto é por me jogar na piscina.
-Vou voltar a joga-lo - sussurro enquanto o recebo.
- Pois bem, voltarei a te foder uma e outra vez por ser uma menina
má.
Eu sorrio e mordo o lábio, enquanto suas mãos apaixonadamente
apertam a minha cintura e faz de novo e de novo.
- Arque-a os quadris pra mim..... mais,....mais – ele exige agarrando o
meu cabelo.
Me dá um tapa que ressoa em toda a piscina. Eu suspiro. Eu faço o
que me pede. Eu arqueio e ele vai mais fundo em mim. Gosta do que faço,
meus suspiros ecoam na sala enquanto suspendida na rede eu chego ao
climax forte e maravilhada, acometida com meu amor. Uma hora depois,
saciado com o sexo, vamos para o nosso quarto. Temos que descansar.
Na parte da manhã, quando me levanto e vou até a cozinha Simona
me informa que Eric não tinha ido para o trabalho e que está em seu
escritório. Surpresa, eu vou para onde ele está e só de abrir a porta vejo seu
rosto e sei que está mal. Eu me assusto, mas quando eu chego perto, ele
diz:
-Jud, não me toque, por favor.
Nervosa, eu não sei o que fazer. Eu o observo, me sento em sua
frente, ele contorcer as mãos.
- Chame a Marta - me pede finalmente.
Rapidamente faço o que ele disse.
Tremo.
Estou assustada.
Eric, meu Iceman forte e duro está sofrendo. Eu vejo isso em seu
rosto, na tensão de seu gesto, em seus olhos vermelhos. Eu quero me
aproximam dele. Eu quero beijá-lo. Eu quero dizer-lhe para não se
preocupar. Mas Eric não quer nada disso. Eric só quer que ficar em paz.
Respeite o que ele precisa e o que eu quero fica em segundo plano.
Meia hora depois, Marta chega. Traz sua pasta. Ao ver meu estado,
me olha e pede para eu me acalmar. Tento fazer isso enquanto ela examina
seu irmão com cuidado sob o meu olhar atento. Eric não é um bom paciente
e protesta o tempo todo. É insuportável.
Marta, implacável por seus grunhidos, senta-se na frente dele.
- O nervo óptico está pior. Você tem que voltar para a sala de cirurgia.
Eric amaldiçoa. Protesta. Não olha para mim. Apenas uma blasfêmia.
- Eu disse que isso ia acontecer - fala Marta com calma - você sabe
disso. Você precisa iniciar o tratamento, para se fazer o microbypass
trabecular.
Ouvindo tal coisa me deixa com raiva. Ele não comentou esse tempo
todo absolutamente nada. Mas não quero discutir. Não há tempo. Ao
contrário. Mas disposta a ajudar com o que dizem, pergunto:
- Qual é o tratamento?
Marta explica. Eric não olha para mim, e quando termina, eu digo com
certeza:
-Tudo bem, você diz quando começamos.
Como eu imaginava durante o tratamento Eric se tornou ainda mais
insuportável. Um verdadeiro tirano com todos. Nada satisfeito tudo o que tem
feito é protestar dia sim, dia não. Como sabemos, não faço nenhuma caso,
mas embora às vezes sinto um desejo incontrolável de enfiar sua cabeça na
piscina e tirar.
Marta falou com vários especialistas nestes dias. Obviamente, quer o
melhor para o seu irmão e me mantém informada de tudo. As gotas que Eric
deve colocar nos olhos os destroem. Sua cabeça e seu estômago doem,
transformando-o.
- Outra vez? - Eric protesta.
- Sim, querido, tem que colocar de novo - insisto.
Ele amaldiçoar, blasfema, mas quando ele vê que eu não me mover,
se senta e depois de bufar, me permite fazer.
Seus olhos estão vermelhos demais, sua cor azul está apagada. Eu
fico com medo. Mas não permito que veja o medo que eu tenho. Eu não
quero ser um peso á mais. Ele também está com medo. Eu sei disso. Ele
não diz nada, mas sua raiva me faz ver o temor em seus olhos com medo de
ter a doença.
Está de noite estamos cercados pela escuridão do nosso quarto. Eu
não consigo dormir. Ele, também não. Me surpreendendo quando ele me
pergunta:
- Jud, Se a minha doença avançar. O que você vai fazer?
Sei a que está se referindo, me ruborizo, desejo cala-lo por pensar
besteiras. Mas me volto para ele no escuro, e respondo:
- No momento, te beijar.
O beijo, e quando a minha cabeça volta a estar no travesseiro, eu
acrescento:
- É claro, seguir te amando, como eu te amo agora, querido.
Nós permanecemos em silêncio por um tempo, até que ele insiste:
- Se eu ficar cego, eu não vou ser um bom companheiro.
- Não quero pensar sobre isso. Não, por favor. - Mas ele ataca
novamente.
-Eu vou ser um obstáculo para você, alguém que vai limitar a sua vida
e...
- Chega! - Eu exijo.
- Nós precisamos conversar, Jud. Por mais que doa, temos que
conversar.
Me desespero. Não tenho nada para falar com ele. Não importa o que
aconteça. Eu o amo e vou continuar amando. Não percebe isso? Mas no
final, me sento na cama, e digo:
- Me machuca ouvir você dizer isso. E sabe por quê? Porque eu sinto
que se qualquer coisa acontecer comigo, tenho que deixar você?
Não deixo que ele continue. Eu levanto da cama. Abro minha gaveta.
Saco várias coisas, incluindo uma meia preta, e me sento montada sobre ele,
dizendo:
- Você vai me deixar fazer uma coisa?
- O quê? Ele pergunta surpreso com o rumo da conversa.
- Você confia em mim?
Apesar da escuridão de nosso quarto, eu vejo acenos.
- levanta a cabeça.
Delicadamente passo meia preta ao redor de sua cabeça, sobre seus
olhos, e faço um nó atrás.
- Agora não enxerga absolutamente nada, certo?
Ele não fala, só balança a cabeça. Eu deito sobre ele.
- Mesmo se algum dia você não me ver, eu amo sua boca, o beijo, eu
amo seu nariz - o beijo - eu amo seus olhos, o beijo por cima da meia - e eu
amo o seu cabelo bonito e acima de tudo, do jeito que você rosnar com raiva
de mim.
Eu me sento sobre ele, eu coloco suas mãos no meu corpo.
- Mesmo se algum dia você não me ver – continuo - suas mãos fortes
poderão me seguir tocando. Meus seios continuaram se excitando com seu
toque. E o seu pênis. Oh, Deus! Tão duro, incrível, excitante e
enlouquecedor! - sussurro, excitada, enquanto eu me aperto contra ele - Me
fazer suspirar, louca de desejo digo pra ele:
- Peça-me o que quiser.
Os cantos de seu lábios se curvam. Estou conseguindo que sorria.
Ansiosa para seguir, ponho em suas mãos um plug anal e murmurro pra ele
colocar em sua boca.
- Chupe.
Ele faz o que eu peço e depois guio sua mão na minha bunda e
sussurrou perto de seu rosto:
- Mesmo se algum dia você não me ver, você vai continuar
introduzindo o plug, como você diz na "minha bunda bonita" e você fará
porque você gosta, porque eu gosto e porque ele é nosso jogo, querido.
Vamos fazê- lo?
Eric tateando, tocando minha bunda e quando ele encontra o buraco
do meu ânus, ele faz o que eu peço. introduz o plug anal no meu corpo, o
recebendo e ambos ofegamos.
Excitada com o que ele esta fazendo, passo minha boca por sua
orelha.
- Gosta do que está fazendo, querido?
- Sim... muito – sussurra enquanto apertava com suas mãos minha
bunda.
Seu desejo sexual cresce a cada segundo. Isso o excita muito, e ao
mover o plug em mim digo, querendo-o enlouquecer:
- Mesmo se algum dia você não me ver, você vai continuar
devorando- me com o seu desejo. Eu vou abrir minhas pernas para você e
pra quem você me diga, e eu juro que vou aproveitar e vou apreciá-lo como
você sempre faz. E você fará, porque você vai guiar. Você tocará. Você
ordenará. Eu sou sua. Sem você, nenhum dos nossos jogos tem validade
porque pra mim não vale. - Eric geme, e eu acrescento - Vamos fazê- lo.
Jogue comigo.
Eu baixo seu corpo e me deito ao seu lado. tiro sua mão e a coloco
sobre mim. Para tentar me tocar, sua boca, desesperada, passear pelo meu
corpo, meu pescoço, meus mamilos, meu umbigo, e meu sexo, o guio até
que ele esteja entre as minhas pernas. Não há necessidade de fazer
perguntas, eu abro para ele.
- Mais aberta? - pergunto.
Eric me toca.
- Sim.
Eu sorrio, e me abro mais.
Em uma fração de segundo me devora. Sua língua entra e procura o
meu clitóris. Brincar com ele. Tira- o com os lábios, e quando ele o tem
inchado, me dá tapinhas que me fazem gritar e me arquear enlouquecida.
Me movo ofegante. Ele mexe no meu plug anal, ao mesmo tempo que puxa
meu clitóris, e eu fico louca. Com o ardor ele pega minhas coxas com suas
mãos e me aperta à sua vontade sobre sua boca enquanto eu, com a minha
mão, tocou-lhe o cabelo e sussurro:
- Não é preciso ver para me dar prazer. Para me fazer feliz. Para me
deixar louca. Assim...
Durante alguns minutos, meu louco amor continua seu ataque
destruidor.
Calor.... calor... tenho muito calor, e isso me provoca.
Na escuridão do quarto, eu o observo. Com movimentos elegantes e
felino se move como um tigre em mim, devorando sua presa. Ele não pode
me ver. A escuridão e as meias que eu coloquei ao redor dos olhos o
impede. Sua respiração acelera, sua boca procura a minha e me beija.
Momentos depois sem falar nada, com uma mão pega sua ereção, enquanto
com a outra toca a umidade do meu sexo.
- Estou encharcada para você, baby - eu sussurrar em seu ouvido Só para você.
Com desespero, guio a sua dura ereção através da minha fenda, até
que em determinado momento me penetra. Nós dois ofegamos. Eric me
agarra, se pressiona contra mim enquanto balança seus quadris e eu não
posso me mover, seu peso me imobiliza. Eu chupo o seu pescoço e mordo
seu ombro.
- Mesmo se algum dia você não me ver, você me possui com paixão,
força e vitalidade e eu vou te receber sempre, porque eu sou a sua. Você é
minha fantasia e eu sou a sua. E juntos, desfrutaremos agora e sempre,
querido.
Eric não fala só se deixa se levar pelo momento. E quando nós dois
chegamos ao clímax, me abraça e diz:
- Sim, querida. Agora e sempre.
Durante os dias de tratamento ele não vai trabalhar, não pode. Em
casa eu o ajudo com os e-mails e respondo como uma boa secretária para
tudo o que ele me pede. Quando recebe um e-mail de Amanda, eu sinto uma
vontade de cortar sua garganta. Bruxa!
Com curiosidade espio as
mensagens entre eles, dou risadas ao ler uma de meses atrás em que o Eric
lhe obriga a mudar sua atitude sobre ele. Ele explica que é um homem
comprometido e que o sua companheira está em primeiro lugar para ele. Olé
e Olé esse é meu Iceman! Eu gosto de ver que ele deixa as coisas claras
para essa lagarta.
Em várias ocasiões desejo colocar a cabeça na lixeira ou grampear
as orelhas na mesa quando ele fica besta e mal-humorado. É insuportável!
Mas quando isso passa, eu o encho de beijos!
Sonia, sua mãe vem nos visitar, e quando Eric está brincando com a
gente, me animo a ir para a moto de Hannah. Definitivamente, eu vou para
ela. Após dias de tensão que estou passando com o Eric, eu preciso me
desafogar. E saltar com uma moto de motocross, para mim, é a melhor
opção.
O dia da operação está chegando. Eric está sob tensão e eu tento
distraí- lo da melhor maneira que sei. Com o sexo! Uma das noites quando
meu Iceman está deitado na cama com uma máscara de gel frio sobre os
olhos, para que ele descanse a vista, o surpreendo. Decido não pensar sobre
a operação. Amorosa, eu me deito sobre ele e sussurro em sua boca:
- Olá, Sr. Zimmerman!
Eric tenta remover a máscara e eu fixo suas mãos.
- Não..., não tire.
- Mas não te vejo, baby.
Trazendo minha boca para sua orelha, eu sussurro para colocar
arrepios:
- Para o que vou fazer, você não tem que me ver.
Ele sorri, e eu também.
- Vamos jogar vários jogos queira você ou não.
- Tudo bem... porque eu quero. - disse com humor.
Eu o beijo. Ele me beija, e saboreio sua paixão.
- Vou explicar como jogar, o que você acha? - Eric concorda - O
primeiro jogo é chamado de "A pena". Eu vou passar por seu corpo, e se
você ficar mais de dois minutos sem rir, sem falar ou sem se lamentar, farei o
que me quiser, de acordo?
- De acordo, querida.
- O segundo jogo é chamado de "A caixa dos desejos e punições."
- Nome sugestivo. eu creio que vou gostar dele - diz, rindo enquanto
me agarra pela cintura possessivamente.
Divertida, tiro suas mãos da minha cintura.
- Concentre-se, querido. Em uma caixa de cinco desejos ficará cinco
punições que desejar. Você escolhe um, eu leio, e se você me conceder
esse desejo, eu não imponho um castigo. - Eric ri, e prossigo.
- E o terceiro jogo é deixá-lo fazer o que desejar. Portanto faça o que
desejar. O que você acha?
- Perfeito - diz ele alegre.
- Genial o que desejar. Se eu ver que você não está quietinho, vou
amarrá-lo, entendido?
Eric solta uma risada.
- Muito bem, Sr. Zimmerman, a primeira coisa que vou fazer é tirar
suas roupas.
Com cuidado, lhe tiro a camisa branca e a calça preta de algodão que
ele usa. Quando eu vou tirar a cueca, uau! Ele está empolgado e secar
minha boca imediatamente. Eric é tentador, muito, muito tentador. Sem dizer
nada, ligo a câmera de vídeo, quero que depois vejamos nosso jogo. Tenho
certeza que ele vai gostar e o fará rir.
Uma vez que o tenho nu, pego uma pena que eu encontrei na cozinha
e começo a passar pelo seu corpo. Delicadamente roço seu pescoço, em
seguida a baixo a pena para os seus mamilos, e eles se tornam duros ao
toque. Eu sorrio. A pena continua por seu abdômen, rodeio seu umbigo, e
quando eu chego ao seu pênis, um suspiro da sai da sua boca. Eu continuo
me divertindo e minutos se passam enquanto sigo movendo a pena por seu
corpo maravilhoso. Por fim, ele pega minha mão.
- Senhorita Flores, creio que se enganou. Já se passaram mais de
dois minutos. Não seja trapaceira.
Olhando para o meu relógio, espantada percebo que já se passou
sete. Como passar rápido o tempo enquanto eu desfruto do meu prazer! Eu
sorrio e solto a pena.
- Você está certo, senhor. O que você quer que eu faça por você?
Com um dedo me diz para ir até ele. Eu sorrio e me abaixo.
- Eu quero você completamente nua.
Eu faço isso. Eu tiro meu pijama em seguida minha calcinha e quando
estou completamente nua, eu lhe informo:
- Desejo realizado, senhor.
Sem pode me ver por causa da máscara, me busca com as mãos até
que me encontra. Sua mão toca meu estômago em seguida, sobe
lentamente para o meu seio. Ele o envolve e aperta um mamilo com os
dedos.
- Muito bem. Já cumpri o seu desejo. Vamos seguir em frente para o
próximo jogo?
- Será que é o desejo ou punição? - pergunta.
- È isso!
Eu pego a caixa, onde coloquei vários pedaços de papel e coloco
diante dele. Tomo sua mão e introduzo na caixa.
- Faça um desejo, e eu vou lê-lo.
Eric faz o que eu peço. Solta a caixa e inventando o que coloquei,
digo:
- Eu quero uma moto. Você se importaria senhor que trouxessem a
minha da Espanha?
Sua expressão muda.
- Sim, me importo. Eu não quero que você se mate.
Isso me faz rir em voz alta. E como não quero discutir com ele eu digo
rapidamente:
- Muito bem Sr. Zimmerman. Como você não vai satisfazer o meu
desejo, você pegará um papel de punição.
Sorrindo, voltar a fazer o que eu peço e leio:
- Sua punição por não querer cumprir o meu desejo é de ficar quieto e
não me toca enquanto eu faço o que eu quiser com o seu corpo.
Assente. Eu sei que com relação a moto eu vou cortar um pequeno
dobrado imagino como vai ser quando eu trouxer a moto de sua irmã.
Com um pincel e chocolate líquido, começo a pintar seu corpo. A
camera grava, e Eric sorri enquanto eu rodeio seus mamilos com chocolate.
Então, faço um caminho em torno de seu abdômen, passando por seu
umbigo e terminando em seus oblíquos. Molho o pincel em mais chocolate e
agora eu começo a passar no seu pênis duro. Ele sorrir e se movimenta. O
pinto com delicadeza e noto sua inquietude, sua impaciência. Depois de
deixar o pincel trago minha boca para chupar seus mamilos. Saboreio o
gosto de chocolate com o seu delicioso sabor, me deleito. Eu sigo o caminho
que eu tinha marcado. Baixo minha língua sobre seu abdômen, e Eric faz um
movimento para me tocar, pego suas mãos e retiro de mim enquanto eu
reclamo:
- Não... não... não... você não pode me tocar. Lembre-se disso!
Eric se move nervoso. Eu o estou provocando. Rodeo com a minha
língua seu umbigo, em seguida seus oblíquos. E quando a minha língua
chega ao seu pênis ele ofega. Eu corro minha língua com prazer por onde
sei que o deixa louco faço isso de novo e de novo. Ele se contrai. Rodeo com
o cuidado seu pênis e mordo com delicadeza o seu aparelho que me faz
incrivelmente feliz. Assim fico por um tempo, até que não consegue mais, e
mesmo com a máscara, me exige:
- Fim de jogo, pequena. Agora me fode.
Feliz da vida, faço o que me pede. Me sento montada sobre ele
enquanto me coloca na sua dura ereção, seu pênis é quente e maravilhoso,
suspiro o cheiro de chocolate e sexo em torno de nós. subo e desço em
busca de nosso prazer com o cuidado tento me abrir lentamente para
recebê-lo. Mas a impaciência do meu Iceman pode contra ele. Ele tira sua
máscara, jogado-a no chão e antes de me dar conta, estou deitada na cama
e ele olhando nos meus olhos, sussurra:
- Agora, eu assumo o comando. Passamos ao terceiro jogo. já sabe,
amor: quietinha ou vou ter que te amarrar.
Eu sorrio. Ele me beija, abre minhas pernas com as suas pernas e
sem piedade me penetra novamente, e eu suspiro. Eu tento me mover, mas
o seu peso me mantém imobilizada enquanto pressiona duro dentro de mim.
- Uma gravação muito excitante - sussurra ao ver a câmera na frente
de nós.
Eu não posso falar. Não me deixa. Colocando a sua língua na minha
boca e me fazendo sua enquanto move os quadris de novo e de novo, eu
suspiro enlouquecida. O jogo mais excitante, ele se esqueceu da operação e
coloca as minhas pernas em seus ombros, começa a bombear dentro de
mim com paixão. Com prazer.
Naquela noite, Eric dorme em meus braços. Vimos a gravação e nós
rimos. Eu o surpreendi com meus jogos e antes de dormir, sussurra em meu
ouvido:
- Você me deve uma revanche.
Dois dias depois, o operam.
Marta e sua equipe fará microbypass trabecular em seus olhos. Basta
dizer o nome que me assusta. Junto com sua mãe, aguardo na sala de
espera do hospital. Estou nervosa. Meu coração bate rápido. Meu amor, meu
menino, meu namorado, meu alemão está em uma mesa de cirurgia, e eu sei
que não está indo bem. Ele não diz, mas eu sei que ele está com medo.
Sonia toma a minha mão, me dá força e eu dou a ela. Ambas
sorrimos.
Espero... Espero... Espero... O tempo passa devagar, e eu espero.
Quando passa uma eternidade, Marta deixa a sala de cirurgia e olha
para nós com um sorriso. Tudo correu muito bem, embora a alta é imediata,
ela mentiu para o Eric e disse que ele tem que passar a noite aqui no
hospital. Concordo com a cabeça. Sonia relaxa, e nós três nos abraçamos.
Insisto em passar a noite com ele. Na escuridão da sala eu o olho. Eu
o observo. Eric está dormindo, e eu não consigo dormir. Eu não posso
imaginar minha vida sem ele. Eu estou tão ligada à meu amor que só de
pensar que um dia nós possamos terminar isso quebra meu coração. Eu
fecho meus olhos e, finalmente, esgotada adormeço.
Quando eu acordo, me encontro diretamente com o olhar do meu
"menino". Acamado me observando e viu que eu abro os olhos, sorrindo.
- Esta manhã, você está de alta e voltará para nossa casa. Nosso lar.
Com os dias, a recuperação de Eric é incrível. Ele tem uma saúde de
ferro e após as revisões apropriadas, os seus médicos lhe deram alta.
Ambos estamos felizes e retomamos nossas vidas.
Uma manhã, quando vai para o trabalho, peço à Eric para me levar a
casa de sua mãe. Meu objetivo é ver o estado da moto de Hannah. Eu não
lhe disse nada, nem sei se vou montar. Quando Eric me deixa, sua mãe e eu
vamos para a garagem. E depois de retirar várias caixas e tirar a poeira,
aparece a moto. É uma Suzuki RMZ 250 amarela.
Sonia fica animada e me entrega um capacete amarelo e diz:
- Tesouro, espero que você se divirta com ela, tanto quanto minha
Hannah se divertiu.
Lhe abraço e me sento para acalmar sua angústia, e quando ela vai
embora e deixa–me sozinha na garagem, eu sorrio. Como esperado, a moto
não liga. A bateria, depois de tanto tempo sem ser utilizada, morreu. Dois
dias depois, apareço na sua casa com uma bateria nova. Eu coloco e a moto
começa a funcionar no mesmo instante. É bom estar em uma moto, me
despeço de Sonia e vou para minha nova casa. Eu gosto de dirigir e eu
tenho vontade de gritar de alegria. Quando eu chego, Simona e Norbert
olham para mim, e dizem:
- Senhorita, eu acho que o Sr. não vai gostar.
Eu estaciono a moto, retiro o capacete amarelo e respondo:
- Eu já sei desta história.
Quando Norbert sai resmungando, Simona se aproxima e sussurra:
- Hoje em ―Loucura de Esmeralda‖ Luis Alfredo Quiñones descobriu
que o bebê de Esmeralda Mendoza é seu e não de Carlos Alfonso. Ele viu à
sua esquerda a mesma marca de nascença que ele tem.
- Oh, Deus meu e eu perdi? - eu protesto, levando minha mão ao
coração. Simona balança a cabeça. Ela sorri e confessa, fazendo-me rir:
- Eu gravei.
Aplaudo, dou-lhe um beijo, e corremos juntas para o salão para
assistir.
Depois de ver a novela brega que me tem ligado, volto para a
garagem. Eu quero fazer uma afinação sobre a moto antes de usar
regularmente e acompanhar Jurgen e seus amigos para as estradas de terra
para a qual eles passam. A primeira coisa que faço é mudar o óleo. Norbert,
relutantemente, aceita ir comprar óleo para a moto. Uma vez que ele traz, á
posiciono em um canto da garagem de difícil acesso e começo a fazer uma
grande afinação como meu pai me ensinou.
Após visitar a Müller na companhia de Eric, decido que no momento
não quero trabalhar. Agora eu posso escolher. Eu quero aproveitar esse
sentimento de plenitude, sem pressa, problemas de negócios e sussurros
muitos estranhos dispostos a me esmagar por ser a namorada estrangeira
do chefão. Não, eu me recuso! Eu prefiro andar com Susto, ver " Loucura de
Esmeralda ", nadar na piscina coberta maravilhosa ou ir com Jurgen o primo
de Eric, correr com a moto. Isso é maravilhoso, é tudo que eu gosto. Eric não
sabe de nada. Eu não conto, e Jurgen mantem segredo. Por enquanto é
melhor ele não saber.
Na manhã de quarta-feira eu vou com Marta e Sonia para o campo,
onde elas seguem o curso de paraquedismo. Animada vejo como o instrutor
diz-lhes o que fazer quando eles estiverem no ar. Encorajo-as a participar,
mas eu só olho. Para saltar de paraquedas tem que ser muito corajosa,
quando vejo tão de perto me assusta. Elas vão fazer seu primeiro salto livre,
e elas estão nervosas. Eu estou histérica! Até agora, elas sempre fizeram
com um monitor, mas desta vez é diferente.
Penso em Eric, o que ele diria se soubesse disso. Eu me sinto terrível.
Eu não posso nem imaginar qualquer coisa que possa dar errado. Sonia
parece ler minha mente e se aproxima de mim.
- Calma, tesouro. Tudo vai ficar bem. Positividade!
Eu tento sorrir, mas eu tenho o rosto congelado pelo frio e nervos.
Antes de embarcar no avião, ambas me beijam.
- Obrigado por nos manter o nosso segredo, diz Marta.
Quando estão no avião eu digo adeus. Nervosa, noto como se levanta
e vai embora quase fora de vista. Um monitor ficou comigo e explica
centenas de coisas.
- Olha... elas estão nas alturas.
Com o coração na boca, eu vejo cair alguns pontos. Atormentada, eu
vejo como os pontos estão perto... chegando perto... e quando estou a ponto
de gritar o paraquedas se abri e eu aplaudo, estou a ponto de ter um infarto.
Minutos mais tarde, ao chegarem a terra, Sonia e Marta estão eufóricas. Elas
gritam, saltam e se abraçam. Elas fizeram isso!
Aplaudo de novo, mas honestamente, eu não sei se porque elas
conseguiram ou porque não aconteceu nada de errado. Só em pensar em
que o Eric diria, eu me arrepio. Quando me viram, correram e me abraçaram.
Como três meninas pulamos animadas.
À noite, quando Eric pergunta onde eu estive com sua mãe e irmã, eu
minto. Invento que estivemos em um Spa fazendo massagens de chocolate e
coco. Eric sorri. Pensando no que eu inventei, me sinto mal. Muito mal. Eu
não gosto de mentir, mas Sonia e Marta me fizeram prometer. Eu não posso
decepciona-las.
Uma manhã, Frida me liga e uma hora depois chega em casa
acompanhada pelo pequeno Glen. Que lindo esta este menino! Nós
conversamos por horas, e confesso que sou uma seguidora fiel de " Loucura
de esmeralda." Isso faz -me rir. Quão forte! Não sou a única garota da minha
idade que assiste. Afinal, Simona tem razão quando fala que esta telenovela
mexicana ainda é um fenômeno de massa na Alemanha. Após várias
confidências, conto - lhe da moto e ela se assusta.
- Judith , você gosta de ver o Eric louco?
- Não - eu digo, rindo - mas ele tem que aceitar as coisas que eu
gosto, como eu aceito as que ele gosta, você não acha?
- Sim.
- Odeio armas, e concordo que ele pratique tiro olímpico! -insisto para
me justificar.
- Sim, mas ele não vai achar nenhuma graça na moto. Além disso,
Hannah foi e...
- Se a moto é de Hnnah ou de Jiminy Cricket ele vai ficar com raiva do
mesmo jeito. Eu sei disso. Eu vou encontrar o melhor momento para contar.
Estou certo de que, com meu tato e delicadeza, ele vai entender.
Frida sorri, olhando para susto, observando-nos diz:
- Mais feio não pode ser o pobre cão, mas tem uns olhos muito
bonitos.
Boba, eu ri e dei um beijo na cabeça do animal.
- É lindo. Lindo. - Afirmo.
- Mas Judith, esse tipo de cão não é muito agradável. Se você quer
um cão, eu tenho um amigo que tem belas raças em sua fazenda.
- Mas eu não quero um cão para usá-lo, Frida. Eu quero um cachorro
para amá-lo e Susto é amoroso e muito bom.
- Susto? - Repetiu, rindo. - Ele se chama Susto?
- A primeira vez que vi, me deu um susto terrível
Eu esclareci animadamente. Frida entendeu. Repetiu o nome, e o
animal pulou no ar e o pequeno Glen sorri. Depois de passar várias horas
juntas, quando se vai promete me ligar para nos encontrarmos outro dia.
Na parte da tarde a minha irmã telefona. Faz muito tempo que não
falo com ela e preciso ouvir a sua voz.
- Fofa, o que aconteceu? Ela pergunta, alertada.
- Nada.
- Oh, sim , algo está errado. Você nunca me liga, insiste.
Isso me faz rir. Ela está certa, mas disposta a aproveitar a conversa
da minha louca irmã Raquel respondo:
- Eu sei. Mas agora que estou longe eu sinto sua falta.
- Ahhhh, minha fofinhaaaaaa !!!! Exclama com entusiasmo.
Nós conversamos por um tempo. Eu me atualizei em relação à sua
gravidez, os seus vômitos e náuseas e por incrível que pareça ela não falou
sobre seus problemas conjugais. Isso me surpreende. Isso é um bom sinal.
Quando eu desligo após uma hora de conversa, eu sorrio. Eu coloco
meu casaco e vou para a garagem. Assobio e Susto sai de seu esconderijo,
encantada estou indo para um passeio com ele.
Dois dias depois, uma manhã, quando Flynn e Eric vão para a escola
e trabalhar, respectivamente, faço uma remodelação na sala. Passamos
muito tempo com isso e eu preciso dar outros ares. Eu mesma me encarrego
de fazer todas as mudanças. Norbert fica horrorizado ao me ver subir nas
escadas. Ele diz que se o Sr. ver vai me repreender. Mas eu estou
acostumado com essas coisas, eu tirei e coloquei cortinas a vida inteira. Eu
substituo as almofadas de couro escuro pelas minhas pistaches e a cadeira
agora tem aparência fresca e moderna, e não maçante e chata.
Na mesa redonda coloco um belo vaso de vidro verde com
maravilhosas enseadas vermelhas. Tiro as figuras escuras que Eric tem
sobre a lareira e coloco vários quadros com fotografias. Ambos são da minha
família e as de Eric, e eu estremeço em ver minha sobrinha Luz sorrindo.
Como é linda! E o quanto eu sinto sua falta.
Eu substitui vários quadros, cada um mais feio que o outo, e coloquei
os que eu comprei. De um lado da sala, pendurei um trio de imagens de
tulipas verdes. É muito bonito!
Na parte da tarde, quando Flynn retorna da escola e entra na sala,
seus gestos se contraem. A sala mudou muito. Ela deixou de ser sóbrio, para
ser colorida e cheia de vida.
Ele odeia, mas eu não. Eu sei que qualquer coisa que eu fizer ele não
vai gosta. Quando Eric chega a tarde, a impressão quando ele olha, o deixa
mudo. O sóbrio e o escuro desapareceram para abrir caminho para uma
estadia plena de alegria e luz. Ele gosta. Seu rosto e gesto me dizem e
quando ele me beija, eu sorrio ao ver a expressão de nojo da criança.
No dia seguinte, Eric decide levar Flyn para a escola. Como regra
geral, é sempre Norbert que leva, mas o menino aceita feliz. Eu os
acompanho no carro. Não sei onde é, mas eu estou disposta a dar um
passeio ao redor da cidade.
Eric não esta feliz que eu ande sozinha em Munique, mas ele não
pode com minha teimosia, finalmente concorda. No caminho pegamos dois
meninos, Roberto e Timóteo. Eles me olham com curiosidade. Eu percebo
que eles carregam um skate de varias cores nas mãos, apenas o brinquedo
que Eric proibiu Flynn. Quando chegamos à escola, as crianças abrem a
porta, saem do carro e vão para a escola. Flynn é o último. Em seguida,
fecho a porta.
- Uau, eu não tive um beijo – eu falo - Eric sorri.
- Da mais tempo.
Eu suspirei, revirei os olhos e ri.
- Você me dá um beijo? - Eu pergunto quando vou sair do carro.
Sorrindo, Eric me puxa para ele.
- Tudo o que você quiser, pequena.
Ele me beija e eu gosto de seu beijo possessivo tão duro .
- Tem certeza que você sabe volta para casa, por si mesma?
Divertida, concordo. Eu não tenho ideia, mas eu sei o endereço e
tenho certeza que eu não vou me perder.
- Claro. Não se preocupe.
Na verdade, não lhe convenceu.
- Você esta com o telefone, certo?
Eu tiro do meu bolso.
- A bateria esta cheia, se eu precisar peço ajuda! - Eu respondo
secamente.
No fim das contas, meu louco amor abre um sorriso, me beija e eu
saio do carro. Eu fecho a porta e começo a ir. Sei que me olha pelo espelho
retrovisor e abano a mão como uma tola. Mama mia que apaixonada que
sou!
Quando o carro vira para a esquerda e não vejo-o mais, olho para a
escola. Existem vários grupos de crianças na entrada e da minha posição,
constato que Flynn fica parado na lateral. Ele está sozinho. Onde estão
Robert e Timóteo? Eu estou atrás de uma árvore e vejo o seu olhar
interessado para uma linda menina loira e fico animada.
Ahh, meu smurf zangado tem um coraçãozinho!
Se apoia na porta da escola e não tira o olhar fora enquanto ela brinca
e conversa com outras crianças. Eu sorrio.
A campainha toca e as crianças começam a ir. Flynn não se move.
Aguarda a garota e seus amigos entrarem na escola, e então ele vai. Com
curiosidade eu mantenho os olhos e de repente eu vejo que Roberto,
Timóteo e dois meninos com seus skates nas mãos abordam e param Flynn.
Falam. Um deles pega o seu boné e atira-o ao chão. Quando ele se abaixa
para pegá-lo, Roberto dá-lhe um pontapé na bunda e Flynn cai de cabeça no
chão. O sangue me sobe. Estou indignada! O que eles fazem?
Malditos meninos!
As crianças, morrem de rir, afastaram-se e olharam como Flynn se
levanta e olha para sua mão. Vejo que ele se machucou.
Ele limpa com um lenço de papel que tira do seu casaco, coloca o seu
boné e sem levantar os olhos do chão, entra na escola.
Boquiaberta, eu penso no que aconteceu e me pergunto como eu
posso falar sobre isso com Flynn.
Uma vez que o menino desaparece eu começo a me afastar, e de
repente estou no cento das ruas de Munique. Eric liga. Eu falo que estou
bem e desligo. Lojas.... muitas lojas, e eu gosto, eu paro em todas as
vitrines. Eu entro em uma loja e compro tudo que eu preciso para a moto.
Estou animada. Quando eu saio mais feliz que uma perdiz, eu observo os
pedestres. Todos carregam um gesto sério. Eles parecem com raiva. Poucos
sorrisos. Eles pouco se parecem com os espanhóis.
Passo caminhando sobre uma ponte, a Kabelsteg. Me surpreendo ao
ver a quantidade de cadeados coloridos nela. Com cuidado toco estes
pequenos símbolos de amor e leio nomes aleatórios: Iona e Peter, Benni e
Marie. Há ainda cadeados para que você se juntem com outros pequenos
candidatos, acho que os nomes são das crianças. Eu sorrio. Acho super
romântico e gostaria de fazê-lo com Eric. É o que vou lhe propor. Mas solto
uma risada. Certamente acho que eu fiquei louca, ao menos sentimental.
Depois de visitar uma parte bonita da cidade, estou diante de uma loja
erótica. Meu celular toca. Eric. Meu louco amor está preocupado comigo.
Garanto-vos que nenhuma banda de albaneses me sequestraram, e depois
de rir dele, me despeço. Rindo, eu vou para o sex shop.
Olho curiosa ao meu redor. É um lugar onde se vendem todos os tipos
de brinquedos sexuais e lingerie sexy e está decorado com bom gosto e
requinte. As paredes são vermelhas, e tudo o que me chama a atenção esta
lá. Centenas de vibradores coloridos e brinquedos de varias maneiras,
surpreendentes para mim, estou muito curiosa. Vejo plumas pretas e as
pego. Me serviram para jogar um dia com Eric. Eu também escolho uns tapa
mamilos preto com lantejoulas e com pesos nas pontas. O atendente me diz
que eles são reutilizáveis e servem para enfeitar os mamilos. Eu dou risada.
Imagina usar isso para Eric, me faz rir. Mas conhecendo ele, vai gostar!
Quando eu vou pagar, olho para o lado da loja e solto uma risada ao ver
algumas fantasias. Eu sorrio e pego uma de policial. Eu vou comprá-la. Hoje
à noite vou surpreender meu Iceman.
Quando eu saio da loja com a minha bolsa na mão e um sorriso de
orelha a orelha, passo em uma loja de ferragens. Lembro-me de uma coisa.
Eu entro e compro uma tranca para a porta. Quero sexo em casa sem
convidados inesperados.
Três horas mais tarde, depois de andar nas ruas de Munique, pego
um táxi e vou para casa. Simona e Norbert me cumprimentam, olhando para
o homem, peço-lhe as ferramentas. Surpreso, ele concorda, mas não
pergunta e me entrega-as.
Satisfeita da vida com o que Norbert me trouxe, eu vou para o quarto
que eu compartilho com Eric e na porta coloco a trava. Eu espero que ele
não se importe, mas eu não quero que Flynn nos pegue enquanto eu estou
vestida selvagemente de policial fazendo amor. O que o menino pensaria de
nós?
Na parte da tarde, quando Flynn retorna da escola, como sempre esta
mau humorado. Ele se tranca em seu quarto para fazer lição de casa.
Simona vai lhe entregar um lanche e peço-lhe para que me deixe fazer isso.
Quando eu entro na sala, o menino está sentado à mesa, envolvido em suas
funções. Deixo o prato com o sanduíche e olho para sua mão. Parece ferida.
- O que aconteceu com sua mão? Eu pergunto.
- Nada, responde, sem olhar para mim.
- Se não tivesse acontecido nada, você não teria um bom machucado,
insisto. O garoto olha para cima e me examina.
- Fora do meu quarto. Estou fazendo lição de casa.
- Flynn... por que você está sempre com raiva?
- Eu não estou com raiva, mas eu vou ficar com raiva.
Sua resposta me faz sorrir. Esse anãozinho é como seu tio, para
responder as mesmas coisas! No final, eu desisto e saio da sala. Eu vou
para a cozinha e pego uma coca, abro e tomo um gole da lata. Quando eu
estou tomando, o menino aparece e me olha .
- Você quer? Eu ofereço.
Ele nega com a cabeça e sai. Cinco minutos depois, eu me sento na
sala e ligo a televisão. Olho a hora. São cinco horas. Falta pouco para Eric
voltar. Eu decido assistir a um filme e procurar algo que possa me interessar.
Nada, mas finalmente passou em um canal de um episódio de " Os
Simpsons", eu assisto.
Por um tempo, rio pelas ocorrências de Bart e quando eu menos
espero, Flynn aparece ao meu lado. Ele olha e senta. Tomo um gole da
minha lata de Coca-Cola. O menino pega o controle com a intensão de
mudar o canal.
- Flyn, se você não se importa, estou assistindo a TV.
Ele pensa. Deixa o controle remoto sobre a mesa, se acomoda no
sofá e de repente diz:
- Agora eu quero uma Coca-Cola.
Meu primeiro instinto é responder: "Você tem duas pernas muito
bonitas e pode ir buscar" Mas eu quero ser boa para ele, eu me levanto para
buscar.
- Em um copo com gelo, por favor.
- Claro, concordo, encantada com aquele tom tão apaziguador. Feliz
entro na cozinha. Simona não esta. Eu pego um copo e coloco gelo, pego a
Coca-Cola na geladeira e quando abro ela explode. O gás e o líquido me
entram nos olhos, sujando a cozinha e a mim.
Como pode, solto a bebida no balcão e procuro a toalha de papel para
enxugar o rosto. Deus, estou encharcada! Mas então eu percebo através do
espelho do microondas que Flynn me olha com um sorriso cruel pela porta.
Filho da mãe!
Claro que foi ele quem sacudiu a Coca-Cola para explodir e por isso
pediu-me tão gentilmente.
Respiro... respiro e respiro enquanto me seco e limpo o chão da
cozinha. Maldito menino! Uma vez terminado, eu saio como um touro bravo,
e quando vou falar com o menino, convencida de que ele é o culpado de
tudo, eu entro na sala e vejo Eric com ele nos braços.
- Hey , baby! Cumprimenta - me com um sorriso.
Eu tenho duas opções: tirar o sorriso e causar-lhe um acidente
vascular cerebral dizendo-lhe o que seu rico sobrinho acabou de fazer ou
esconder e não dizer nada sobre o pequeno delinquente que está em seus
braços. Eu opto pelo segundo e então o meu Iceman deixa o garoto no chão,
se aproxima de mim e me dá um beijo doce e saboroso nos lábios.
- Você está molhada? O que aconteceu com você?
Flynn olha para mim, eu olho para ele e respondo:
- Quando fui abrir uma coca ela explodiu em mim e eu me sujei toda.
Eric sorri e afrouxando a gravata, disse:
- O que acontece com você, não aconteça com ninguém.
Eu sorrio. Eu não posso fazer nada. Neste ponto entra Simona.
- O jantar está pronto. Quando quiserem é só avisar.
Eric olha para o seu sobrinho.
- Vamos, Flyn. Vá com Simona.
O pequeno corre para a cozinha, e Simona vai atrás dele. Então, Eric
me abraça e dá- me um beijo quente nos lábios que me deixa tonta!
- Como foi o seu dia em Munique?
- Genial. Apesar de você saber. Você me ligou mais de mil vezes,
chatinho! Eric abri um sorriso.
- Chatinho, não. Preocupado. Você não conhece a cidade e me
incomoda você andando sozinha. Suspiro, mas não me dá tempo de
responder.
- Mas diga-me, onde você esteve?
Lhe explico os lugares que visitei, todos grandes e surpreendentes e
quando eu lhe conto sobre a ponte dos cadeados, me surpreendo.
- Parece uma ótima ideia. Quando quiser, vamos a Kabelsteg
colocamos os nossos.
e
De fato, em Munique há mais pontes de amor. Tem a Thalkirchner e
Großhesseloher.
- Alguma vez você já colocou um cadeado lá? Eu pergunto, surpresa.
Eric me olha... me olha e com um meio sorriso, sussurrando diz:
- Não, maluquinha. Você é a primeira que conseguiu.
Deixou-me emocionada. Meu Iceman é mais romântico do que eu
imaginava.
Encantada com a sua resposta e bom humor, penso em minha
fantasia de policial. Ele vai adorar!
- O que você acha de jantarmos hoje à noite na casa de Björn?
Meu desejo rapidamente se desfaz da minha fantasia de policial. Meu
corpo está aquecido no ponto zero em um segundo, eu engasgo. Eu sei o
que isso significa. Sexo, sexo e sexo. Sem tirar os olhos dele, concordo.
- Parece uma ótima ideia.
Eric sorri, me solta, entra na cozinha e ouço-o falar com Simona,
Também escuto protestos de Flynn. Ele fica irritado porque seu tio vai sair.
Uma vez que meu louco amor volta, pega a minha mão e diz:
- Vamos nos arrumar.
Eric se espanta com a trava que eu coloquei na porta do quarto.
Comprometo-me a usá-lo só em momentos peculiares. Ele concorda e
entende.
- Eu comprei algo que eu quero lhe mostrar. Sente-se e espere, lhe
peço, ansiosa entro correndo no banheiro. Não lhe digo sobre a fantasia de
policial. Esta surpresa quero lhe mostrar outro dia. Eu tiro a roupa e coloco
os tapa mamilos. Que engraçado! Divertida, eu abro a porta do banheiro e
como a Mata Hari, fico diante dele.
- Uau, baby! Eric exclama para mim. O que você comprou?
- Estas são para você.
Engraçado, eu mecho meus ombros e as bolas penduradas nos
mamilos balançam.
Eric ri. Se levanta e verifica os tapa mamilos. Eu sorrio. Quando eu
me aproximo e me deito na cama, meu lobo faminto murmura.
- Eu amei, Moreninha. Agora eu vou desfrutar, mas vamos levá-los
também. Eu quero que Bjorn veja também.
Com um sorriso aceito seu beijo voraz.
- Tudo bem, meu amor.
Uma hora mais tarde, Eric e eu estamos indo no seu carro. Estou
nervosa, mas os nervos me excitam a cada segundo. Meu estômago esta
contraído. Eu não vou ser capaz de comer e quando chegamos a casa de
Björn, meu coração bate como um cavalo desembestado.
Como esperado, Björn lindíssimo, acolhe-nos com o melhor sorriso.
Ele é um cara muito sexy. Seu olhar não é mais tão inocente como quando
estamos com outras pessoas. Agora é Sensual.
Eu vejo a sua casa espetacular e me surpreendo quando ele abri uma
porta, diz que estas, são as salas do seu escritório particular. Ele explica que
cinco advogados trabalham aqui, três homens e duas mulheres. Quando
passamos em uma das mesas, Eric diz:
- Helga trabalha aqui. Você se lembra dela?
Concordo. Eric e Björn se olham e disposta a ser tão honesta como
eles, explico:
- É claro. Helga é a mulher que eu fiz um trio naquela noite do hotel,
certo?
Meu alemão se mostra surpreso com a minha sinceridade.
- A propósito Eric, diz Björn, vamos ficar algum tempo no meu
escritório, já que estamos aqui, vamos verificar os documentos em que
falamos no outro dia.
- Sim, vamos ver.
Entramos em um bonito escritório. É clássico, tão clássico como o que
o Eric tem em casa. Por alguns segundos, eles folheiam alguns papéis,
enquanto eu me dedico a bisbilhotar. Eles são silenciosos. Eu não consigo
parar de pensar sobre o que eu quero. Eu os observo, e me aqueço. Os tapa
mamilos endurecem o meu peito enquanto eu escuto os falar, e eu me
excito. Eu desejo que me possuam. Eu quero sexo. Eles provocam em mim
uma dor que estou sentindo e quando eu não posso mais, eu me aproximo,
tiro os papéis das mãos de Eric e com a coragem de que eu nunca pensei
que eu pudesse ter, eu lhe beijo.
Oh, sim! Sou uma loba!
Eu mordo a sua boca com ferocidade e Eric responde no mesmo
segundo. Do canto do meu olho eu vejo Björn nos observando. Não me toca.
Não se aproxima. Só nos olha, enquanto Eric, que assumiu o controle do
tempo, passa suas mãos na minha bunda, puxando meu vestido para cima.
Quando se separa seus lábios dos meus, sou consciente do que
despertei nele e sussurro, extasiada, disposta a tudo:
- Desnuda-me. Jogue comigo.
Eric olha para mim e desejoso de sexo, sussurrou em minha boca:
- Entregue-me.
Sua boca volta para pegar a minha e sinto as suas mãos sobre o zíper
do meu vestido. Oh, sim! Abaixa, e quando ele já atingiu o pico, me aperta as
nádegas. Calor.
Sem falar, ele tira meu vestido, que caem aos meus pés. Eu não uso
o meu sutiã e sim os cobre mamilos, estou exposta a ele e seu amigo.
excitação
Björn não fala. Não se move. Só nos observa, Eric me senta na mesa
apenas vestida com uma tanga preta e com os tapa mamilos. Loucura.
Abre minhas pernas e me beija. Sobre o meu sexo sua ereção me
aperta. Desejo.
Me deita sobre a mesa, agacha e me chupa em volta dos tapa
mamilos.
Logo sua boca se arrasta até meu monte de Vênus, depois de beijálo, enlouquecido, pega minha tanga e rasga. Exaltação.
No mais, vira para o seu amigo e faz um sinal. Oferecendo-me.
Björn se aproxima dele e os dois me observam. Eles me comem com
os olhos. Estou deitada sobre a mesa, nua, com os tapa mamilos e a tanga
ainda rasgada. Björn sorri, e depois andando com seu olhar quente para o
meu corpo, murmura, enquanto um de seus dedos toca a minha tanga
rasgada:
- Excitante.
Exposta a eles e disposta a ser o objeto de loucura, eu subo os meus
pés sobre a mesa, empurro-me e me ajeito melhor. Eu levo um dos meus
dedos na minha boca e sugo, sob o olhar atento dos homens a quem eu
estou me oferecendo sem qualquer pudor. A respiração se acelera, eu enfioo meu dedo no meu sexo molhado varias vezes. Eu me masturbo para eles.
Oh, sim!
Seus olhos me devoram. Seus corpos estão desejosos para me
possuir, e eu de que eles o façam. Os provoco. Os desafio com os meus
movimentos. Eric pergunta:
- Jud, você carrega em sua bolsa...?
Sim, lhe corto antes do fim da frase.
Eric pega minha bolsa. Ele abre e puxa o vibrador em forma de
batom, e fica surpreso ao ver a joia anal. Ele sorri e caminha em direção a
mim.
- Vire-se e fique de quatro sobre a mesa.
Eu faço. O meu dono me pediu e obedeço-o de bom grado. Björn me
dá uma tapa na minha bunda, e então aperta com as mãos, enquanto Eric
coloca a joia na minha boca para lubrificar com minha saliva. Eles estão
loucos, eu sei. Uma vez que Eric leva a joia da minha boca, eu abro as
pernas e ele introduz a joia no meu ânus. Enfia e puxa. Estou ofegante,
ainda mais quando percebo que ele gira profundamente, sinto um prazer
maravilhoso enquanto eles me tocam.
Curiosa, eu olho para trás e percebo que os dois olham para minha
bunda, enquanto suas mãos selvagens vagueiam pelas minhas coxas e meu
sexo.
- Jud. Eric diz. - Fica como estava antes.
Me viro e deito sobre a mesa, enquanto eu sinto a joia dentro de mim.
Quando minhas costas repousam sobre a mesa novamente, Eric abre
minhas pernas, eu estou exposta aos dois, então fica entre elas e beija o
centro do meu desejo. Eu queimo.
Sua língua exigente e dura, toca meu clitóris, e eu salto.
- Não mexe suas pernas, fala Björn.
Me agarro com firmeza à mesa e faço o que ele pede, enquanto Eric
agarra meu quadril e se encaixa em minha boca. Gemidos de prazer saem
de mim, enquanto desfruto dele, noto que Björn tira as calças e coloca um
preservativo.
De repente, Eric para, entrega a Björn o pequeno vibrador em forma
de batom, sai do meio das minhas pernas e seu amigo toma o seu lugar. Eric
fica ao meu lado, coloca meu cabelo para trás e sorri. Mima-me e beija-me.
Björn, que compreendeu a mensagem, liga o vibrador. Eric, carregado de
erotismo, sussurra:
- Vamos jogar com você, em seguida, vamos foder, como deseja.
Björn passa as mãos pelas minhas pernas. Toca-as. Se acomoda
entre elas e passa o seu dedo pelo meus lábios molhados do meu sexo.
Depois dois, e quando abriu para expor meu clitóris inchado ele coloca o
vibrador sobre ele, eu grito. Me movo. Aquele contato tão direto me deixa
louca.
- Não feche as pernas, linda. Björn me pede.
Eric me beija. Coloca uma mão no meu estômago, para que eu não
me mova, enquanto Björn aperta o vibrador no meu clitóris, e eu grito ainda
mais. Isso é angustiante. Tremendo. Eu vou explodir. Meu ânus está cheio.
Meu clitóris inchado, estou louca. Meus mamilos duros.
Dois homens jogam comigo e não me deixam mover, eu acho que eu
não vou ser capaz de suportar. Mas sim... o meu corpo aceita o choque de
prazer que isso me causa, e quando eu não aguento, Björn me penetra e
Eric enfia a língua na minha boca.
- Assim... pequena... assim.
Ardo. Eu queimo em brasa.
Entregue a eles, o que eles pedem, eu aproveito enquanto meu
Iceman me enche de amor com sua boca, Björn entra em mim de novo e de
novo.
Nunca imaginei que eu pudesse gostar tanto de algo assim.
Nunca imaginei que eu poderia fazer algo assim.
Nunca imaginei que eu ia participar de um jogo tão carnal, mas sim,
eu tenho participado. Eu me ofereço a eles, ansiosa para jogar, para que
eles me devorem e façam o que quiserem comigo. Eu sou sua. deles. Eu
gosto desse sentimento e eu quero continuar. Anseio por mais.
O calor é escaldante. Eric, entre beijos, diz coisas quentes na minha
boca e eu enlouqueço de excitação. Enquanto isso, Björn continua me
penetrando em sua mesa, de novo e de novo, ao mesmo tempo da tapas em
minha bunda.
Eu atinjo o clímax e grito, enquanto, me abro para Bjorn ter mais
acesso ao meu interior. Eric morde meu queixo e segundos depois, é Björn
quem se deixa ir.
Quente, animada e querendo mais jogos respiro com dificuldade
sobre a mesa. Eric me toma em seus braços e mesmo com a tanga rasgada
pendurada em meu corpo e a jóia anal, me tira do escritório. Nós passamos
do escritório, para a casa de Björn. Nós entramos em um banheiro. Ele nos
segue mais não entra. Sabe quando e onde deve estar, e sabe que este é
um momento íntimo entre Eric e eu.
Quando entramos no banheiro, Eric me coloca no chão. Tira os tapa
mamilos, se abaixa e suavemente, tira o restos da minha tanga. Eu sorrio, e
quando se levanta com ela em suas mãos, solta:
- É evidente que você gosta quando eu rasgo sua lingerie.
Eric sorri. Joga em uma lata de lixo, enquanto ele tira a camisa, diz:
- Nua eu gosto mais.
Com visual mais leve, pergunto:
- E a joia?
Eric sorri e me dá um tapa na minha bunda.
- A joia fica onde está. Quando eu tirar vai ser para colocar outra
coisa, se você quiser.
Em seguida, abre a torneira do chuveiro e ambos entramos. Meu
cabelo absorve a agua e ele me abraça. Me ensaboa.
- Pode ser, querida?
Eu balanço a cabeça, mas ele, ansioso por ouvir a minha voz, separa
de mim a poucos centímetros. Eu olho para ele e sussurro:
- Eu queria fazer, Eric, e ainda desejo.
Meu alemão me dá um sorriso e levanta uma sobrancelha.
- Me deixa louco, pequena.
Eu agarro seu pescoço e pulo para alcançar sua boca. A água flui
através de nossos corpos, nós nos beijamos. A joia pressiona meu ânus. Eu
quero mais, confesso. Eu gosto da sensação que tenho, quando me oferece
e joga comigo. Me excita o jeito que ele fala comigo e diz coisas quentes.
Isso me deixa louca para ser compartilhada, eu quero fazer novamente
milhares de vezes.
Seu sorriso sedutor me faz tremer. Sua gentileza enquanto me abraça
é extrema, estou cheia de felicidade.
Depois de sair do chuveiro, Eric me enrola em uma toalha macia, me
pega em seus braços novamente e sem se secar me tira do banheiro. Levame para um quarto de cor vermelha e me coloca na cama. Presumo que é o
quarto de Björn, que neste momento sai do banheiro, nu e molhado. Ele se
junta a nós.
Vejo que ambos se olham e sem fazer o menor gesto se comunicam
com o olhar. O jogo continua. Björn vai para um lado da sala e liga a música
―Cry me a River‖ na voz de Michael Bublé .
- Eric me disse que você realmente gosta deste cantor, é verdade?
Bjorn pergunta:
- Sim, eu adoro ele, confirmo depois de olhar para o meu Iceman e
sorrir.
Björn está chegando.
- Eu comprei este CD especialmente para você.
Eu estou como uma gata no cio e pronta para excitá-los de novo. Eu
tiro a toalha, toco meus seios e brinco com eles no compasso da música.
Eles me comem com os olhos. Tentadoramente, me viro na cama e fico de
quatro. Eu levanto minha bunda, onde ainda esta a joia, e mexo ao ritmo da
música. Eles olham para mim e vejo suas ereções dura e pronta para mim.
Me abaixo na cama e nua, obrigo-os a se aproximar. Eu quero dançar com
eles. Eric olha para mim e me agarra pela cintura e obriga Björn a me pegar
por trás. Por alguns minutos, os três nus, molhados e excitados, dançamos
esta doce e sensual música. Enquanto isso, Eric devora a minha boca com
paixão, Björn beija meu pescoço e aperta a jóia no meu ânus.
Tudo é louco entre os três no quarto. Ambos cobrem minha cabeça e
sinto-me pequena entre eles, eu gosto. Suas ereções latentes, confrontam
contra o meu corpo e desejo. Minha boca esta seca eu sorrio para Eric. Meu
alemão, depois de me beijar, deita sobre mim, e vejo os olhos de Björn. Sua
boca quer me beijar, eu sei! Mas não o faz. Se limita a beijar meus olhos,
nariz, bochechas e quando seus lábios escovam o canto da minha boca, ele
olha com desejo.
- Jogue comigo. Toque-me, eu sussurro.
Björn acena com a cabeça, e leva uma de suas mãos até o meu sexo.
Os toca. Os examina e coloca um dedo em mim, fazendo-me gemer. Eric me
morde no ombro enquanto suas mãos voam sobre o meu corpo e param
sobre a joia. Ele as vira, e minhas pernas vacilam. Ele me agarrou pela
cintura e o deixo fazer. Eu sou o seu brinquedo. Quero que joguem comigo.
Dançamos, nos devoramos, nos tocamos, nos excitamos.
Sou o centro das atenções desses dois titãs, eu gosto. Eu amo isso.
Sento-me perversa no momento quando eles me tocam e querem o máximo
de mim. Eu fecho meus olhos, pressionada contra seus corpos e ereções me
dizendo que eles estão prontos para mim. Sou louca por esse sentimento. Eu
amo ser o objeto de desejo.
A canção termina, e começa ―Kissing a Fool‖, e minha excitação vai
para as alturas. Eric e Bjorn estão como eu. No final, Eric pede com a voz
carregada de tensão:
- Björn, ofereça-me.
Ele se senta na cama, me colocar na frente dele, passa seus braços
sob minhas pernas e abre–as. Oh Deus, como me excita! Meu sexo está
totalmente aberto para o meu amor. Eric agachado entre as minhas pernas,
morde meu monte de Vênus, em seguida, meus lábios vaginais. Tremo. Sua
avida língua me saboreia e logo encontra o meu clitóris. Joga. Tortura. Isso
me deixa louca, e no topo é quando os dedos giram a joia do meu ânus. Eu
Grito.
- Eu gosto de ouvir você gritar de prazer, Björn sussurra em meu
ouvido.
Eric se levanta. Esta enlouquecido. Ele coloca seu pau duro na minha
vagina e me penetra.
Oh, sim... Suas idéias são doentes e devastadora, enquanto Björn
continua:
- Eu vou te foder, linda. Eu não posso esperar para entrar de volta em
você.
As investidas de Eric são maravilhosas me fazem gritar de prazer,
enquanto me afunda uma e outra vez, me arranca centenas de suspiros
gostosos. Perverso.
De repente ele para e sem sair do meu interior me agarra pela cintura
e me levanta.
Eu afundo nele. Björn que estava fora da cama, aparece num piscar
de olhos, como se estivesse sentado em uma cadeira Invisível, Eric continua
suas investidas, enquanto os braços fortes de Björn me segura e me joga
uma e outra vez contra o meu Iceman.
Sou sua boneca. Me desmancho em seus braços, quando eu grito,
Eric sabe que eu alcancei o orgasmo e sai fora de mim. Bjorn me deita na
cama e Eric com seu pau ereto, vem, agarra minha cabeça e rudemente
enfia em minha boca. Eu chupo. Aproveito, enlouquecida. Ouço rasgar a
camisinha e imagino que Björn está colocando. Segundos depois, fica entre
minhas pernas abertas e me penetra sem a menor cerimônia.
Sim! Extasiada pelo momento que esses dois estão me
proporcionando, eu desfruto da ereção de Eric. Deus, eu adoro isso! Até que
segundos depois ele tira da minha boca e corre sobre meu peito.
Björn está muito animado com o que vê, então ele agarra meus
quadris e começa bombear dentro de mim com firmeza . Oh, sim!
Um ... dois
... três ... quatro ... cinco ... seis ...
Meu gemidos de prazer saem da minha
boca descontroladamente, enquanto os dois homens
fazem o que querem
do meu corpo. Me possuem com vontade, e eu aceito. Eu quero. Eu me abro
pra eles,
até Björn correr pra mim. Eric, esta tão louco quanto nós, empurro
meus peitos e jogo com sua excitação, vejo em seus olhos vidrados
aproveitar o momento.
Todos nós gostamos muito.
A música vai crescendo, e os nossos corpos correm juntos. Eric beijame e eu gozo. Depois de me deixar, Björn coloca a cabeça entre as minhas
pernas e busca meu clitóris. Quer mais. Ele aperta entre seus lábios e puxao. Eu me contorço. Move a jóia no meu ânus. Grito.
Sua boca morde o interior de minhas coxas enquanto Eric massageia
a minha cabeça e me olhando. Calor... Eu tenho calor e eu acho que eu vou
gozar novamente. Mas quando eu estou prestes a fazer, eu ouço Eric:
- Ainda não, pequena... Venha aqui.
Ele se senta na cama, pega a
minha mão e me puxa. Isso faz com que eu sente montada
sobre ele que
me penetra novamente. Eu quero gozar. Eu preciso gozar.
Como louca eu movo em busca do meu prazer e enlouquecida, grito:
- Não pare, Eric. Eu quero mais. Eu os quero dentro.
Através dos
cílios, vejo que Eric concorda.
Björn abre uma gaveta e tira um lubrificante.
Eric, vendo-me tão
louca, para suas penetrações.
- Ouça, amor, Björn vai colocar lubrificante para facilitar a sua entrada.
Concordo, e continua a me olhar:
- Tranquila, nunca deixe nada te machucar. Se doer, me avise e
paramos, ok?
Eu digo sim e ele me beija, eu pressiono contra ele e suspiro.
Eric me
traz mais perto de seu corpo, sua ereção continua me
proporcionando
prazer. Björn, por trás, me dar um de seus tapas na bunda.
Eu sorrio. Tira a joia do meu
ânus e sinto algo frio e úmido, enquanto
sussurra em meu ouvido:
- Você não sabe o quanto eu te quero, Judith. Eu não posso esperar
para penetrar em seu belo cú. Eu vou jogar com você. Eu vou te foder, e
você vai me receber.
Eu concordo. Eu quero fazer, e Eric acrescenta:
-Você é minha, pequena e eu te ofereço. Deixe-me desfrutar do seu
orgasmo.
Com o dedo, Björn brinca em meu interior, enquanto Eric me penetra
e me diz coisas quentes. Muito quentes. Ardentes. Ele me conhecem e sabe
o que me excita.
Segundos depois, Björn pede a Eric para que me abra para ele. Meu
Iceman, sem tirar seus belos olhos de mim, pega e abri a minha bunda e me
morder o lábio. Sem soltar, sinto a ponta da ereção de Björn no meu cu e
centímetro por centímetro, empurrando, introduz em mim.
- Assim, querida... pouco a pouco... Eric murmura após deixar meus
lábios.
- Não tenhas medo. Dói? Nego com a minha cabeça, e ele segue:
Aproveita, meu amor, aproveite a posse.
- Sim... linda... Sim... tem uma bunda fantástica... Murmura Björn,
penetrando-me. Oh, Deus, eu adoro isso. Sim, baby... sim...
Eu abro minha boca e gemo. O sentimento é indescritível, a
penetração dupla,
ouvir o que eles falam, me aquece a cada segundo.
Eric olha para mim com os olhos
brilhantes de antecipação e diante
de minha respiração ofegante, me diz:
- Não deixe de me olhar, querida.
Eu faço.
- Assim... Assim..., encaixe em nós... Lentamente... desfrute...
Estou entre dois homens que me possuem.
Dois homens que me querem.
Dois homens que me desejam.
Quatro mãos segurando-me a partir de locais diferentes, ambos me
enchem com delicadeza e paixão. Sinto seus pênis dentro de mim, e eu
gosto de me expor a eles.
Eric olha para mim, toca minha boca com a sua e toma cada um dos
meus suspiros, sendo tão doce e quente me diz palavras de amor. Björn
aperta meus mamilos, me possuindo por trás, sussurra em meu ouvido:
- Estamos te fodendo... Sinta nossos paus dentro de você...
Calor... Eu tenho calor horrível e de repente, sinto-me como se todo o
sangue do meu
corpo sobe à cabeça e grito de êxtase. Estou sendo
duplamente penetrada e
enlouqueço de prazer. Me aperto contra eles
exigindo mais, e volto a grito, me contraio e me deixo ir. Eles não param,
continuam suas penetrações. Eric... Björn...
Eric... Björn... Suas respirações
enlouquecidas e movimentos fazem-me saltar no meio
dos dois, até que
eles liberam um grunhidos viril, e eu sei que o jogo, até o momento, esta
finalizado.
Björn cuidadosamente sai de dentro de mim e deita-se na cama.
Eric me puxa e caio estendida sobre ele, enquanto me abraça.
Durante alguns minutos, nós três respiramos com dificuldade, enquanto a
voz de Michael Buble ecoa na sala, e nós recuperamos o controle de nossos
corpos.
Depois de cinco minutos, Björn pega minha mão, beija e sussurra
com um meio sorriso:
- Com sua permissão, eu vou tomar banho.
Eric ainda está me segurando e eu o abraço. Quando estamos
sozinhos na cama, olho pra ele. Seus olhos estão fechados. Eu mordo seu
queixo.
- Obrigado, amor.
Surpreso, abre seus olhos.
- Por quê?
Dou-lhe um beijo na ponta do nariz que lhe faz sorrir.
- Por ensinar-me a jogar e desfrutar do sexo.
Sua risada me faz rir, e quando ele diz:
- Você está começando a ficar perigosa. Muito perigosa.
Meia hora depois, de banho tomado, nós três vamos para a cozinha
de Björn. Ali, sentado em alguns bancos, comemos e nos divertimos
enquanto conversamos. Lhes confesso que suas exigências e grosserias, às
vezes me excitam e os três riem Algumas horas depois, volto a estar nua no
balcão da cozinha, enquanto eles voltam a me possuir e eu gosto, me
ofereço.
A Vida com meu Iceman vai de vento em pompa, apesar das nossas
discussões. Nossas reuniões são loucas, doce, apaixonadas e quando
visitamos Björn e sempre quente e doentia. Eric me oferece ao seu amigo e
eu aceito de bom grado. Não existe ciúmes. Nem censuras, apenas sexo,
jogos Nos três formamos um trio excepcional e nós sabemos desfrutar da
nossa sexualidade plenamente a cada encontro. Nada é sujo. Nada é
escuro. Tudo é incrivelmente sexy.
Flynn é outra história. O menino não é nada fácil. Cada dia que passa
vejo mais
relutância em ser bom para mim e para nossa felicidade. Eric e eu
acabamos discutindo por causa dele. Ele é a fonte de nossas brigas, e o
menino parece se divertir.
Agora acompanho Norbert algumas manhãs para deixa-lo a escola.
O que Flynn não sabe é que quando Norbert liga o carro e vai, eu o
observo sem ser vista. Eu não entendo o que acontece.
Eu não consigo entender por que Flynn é o centro da zombaria de
seus supostos amigos.
Ele é jogado, empurrado e não reage. Sempre termina no chão. Eu
fico doente. Ele precisa sorrir, ter mais confiança, mas não sei como posso
ajuda-lo.
Uma tarde, enquanto eu estou no meu quarto, cantarolando a canção
―Tanto‖ de Pablo
Alborán, observo através dos vidro que voltou a nevar.
Neve sobre neve e sinto alegria. Como é bonita a neve! Encantada com isso,
vou a sala de jogos
onde Flyn faz suas tarefas e abro a porta
- Você quer brincar na neve?
O menino olha para mim e com a expressão séria de costume,
responde:
- Não
Ele tem um lábio cortado. Isso me enfurece. Eu tomo o queixo e
perguntou:
- Quem fez isso?
O garoto olha para mim e com seu temperamento
responde
-Não lhe interessa.
Antes de contestar, decido me calar. Eu fecho a porta e vou em busca
de Simona, que
esta na cozinha, preparando um caldo. Eu me aproximei
dela.
- Simona.
A mulher, enxuga as mãos no avental, me olha.
- Diga-me, senhorita
- Ai, Simona, por Deus, me chame pelo meu nome Judith!
Simona sorri.
- Eu tento, senhorita, mas é difícil de me acostumar com isso.
Eu entendo que na verdade, deve ser muito difícil para ela.
- Existe um trenó em casa? Eu peço.
A mulher pensa por um momento.
- Sim. Lembro-me de ter um guardado na garagem
- Ótimo! Eu aplaudo. E olhando para ela, eu digo:
- Eu preciso te pedir um favor.
-Diga-me
- Eu preciso que saia para fora da casa e brinque de bola de neve
comigo.
Incrédula, parada, e sem entender nada. Eu, me divirto e com as
mãos agarrou-a e sussurro:
- Eu quero que Flyn veja o que está perdendo. É um menino e deve
querer brincar com a neve e trenó. Venha, vamos mostrar o quanto pode ser
divertido brincar com algo que não seja os vídeo games. Primeiro, ela fica
relutante. Não sabe o que fazer, mas vendo que eu espero, tira o avental.
- Dê-me dois segundos, vou colocar as botas. Com os sapatos que
eu uso, não posso ir lá fora.
- Perfeito! Coloco meu casaco vermelho e luvas que estão na porta da
casa, aparece
Simona, que carrega um casaco azul e um chapéu.
- Vamos brincar! Eu digo, agarrando-lhe o braço.
Saímos de casa. Caminhamos pela neve para chegar na frente da
sala de jogos
de Flyn, e aí começamos a nossa guerra particular com bolas
de neve.
Em primeiro lugar, Simona se
mostra tímida, mas depois de quatro
acertos meus, ela se anima. Nós pegamos neve e, rindo, jogamos uma na
outra.
Norbert, surpreso com o que fazemos, vem até nós. Primeiro, é
relutante em participar, mas dois minutos depois, eu consegui, e ele se
juntou ao nosso jogo.
Flynn está assistindo. Eu vejo através das janelas que ele esta
assistindo e grito:
-Vamos, Flyn ... Vem com a gente!
O menino balança a cabeça, e os três continuam. Peço a Norbert para
trazer o trenó da garagem. Quando ele traz, vejo que é vermelho. Encantada,
eu subo e me atiro por um declive cheio de neve. O golpe que eu recebo é
considerável, mas a neve é fofa e me para e eu rio em voz alta. A próxima a
saltar é Simona e em seguida, nós duas juntas. Acabamos sendo golpeadas
pela Neve, mas feliz, apesar da cara de desconforto de Norbert. Ele não
confia em nós. De repente e contra todas as probabilidades, eu vejo que
Flynn sai e olha para nós.
- Vamos lá, Flynn, vem!
O pequeno se aproxima e insisto para ele
subir no trenó. Ele olha para mim com desconfiança, assim que lhe digo:
- Venha, eu vou me sentar na frente e você vai atrás, que você acha?
Incentivado por Simona e Norbert, o menino senta e com muito
cuidado me atiro pelo declive. Os meus gritos de diversão se unem com os
dele, e quando o trenó para, ele pergunta, em êxtase:
- Podemos repetir?
É bom ver um gesto que nunca tinha visto, concordo. Ambos
corremos onde esta Simona e repetimos para baixo.
A partir deste momento, tudo é riso. Flynn, pela primeira vez desde
que eu estou na Alemanha está se comportando como uma criança, e
quando eu consigo convence-lo a ir sozinho no trenó, seu rosto de
satisfação, enchem a minha alma.
Sorri!
Seu sorriso é cativante, precioso e maravilhoso, até que de repente eu
vejo as mudanças e olhando na direção que ele olha, vejo que Susto corre
para nós.
Norbert deixou a garagem aberta, ele ouviu os nossos gritos e o
animal não foi capaz de ficar lá e veio brincar. Assustado, o menino está
paralisado e eu dou um assovio. Susto vem até mim, eu agarro sua cabeça e
murmuro:
- Não se assuste, Flyn.
- Os cães mordem - sussurra, paralisado.
Lembro-me do que o menino contou naquele dia na cama e
acariciando Susto, tento tranquiliza-lo:
- Não, querido, nem todos os cães mordem. E Susto, eu lhe garanto
que não vai fazer. - Mas o menino não está convencido e eu insisto que ele
chegue perto
- Vem. Confie em mim. Susto não vai mordê-lo.
Não se aproxima. Apenas olhe para mim. Simona incentiva e Norbert
também, e o menino dá um passo à frente, mas para. Ele está com medo. Eu
sorrio e digo novamente
- Eu prometo, querido, ele não vai fazer nada de mal.
Flynn olha para mim com desconfiança, até que de repente Susto se
atira na neve e coloca as pernas pra cima. Simona, divertida, toca em sua
barriga.
- Veja, Flyn. Susto só quer que você faça cócegas. Vem.....
Eu faço o que fez Simona, e o animal enfia a língua para o lado de
sua boca em
sinal de felicidade.
De repente, o menino se aproxima, se
agacha e com mais medo do que qualquer outra coisa, passe-lhe um dedo.
Eu tenho certeza que é a primeira vez que ele toca um animal em muitos
anos. Vendo que Susto, ainda não se moveu, Flynn é incentivado e toca-lhe
novamente.
- O que você acha?
- Suave e molhado. murmura o garoto, agora colocando a palma da
mão.
Meia hora mais tarde, Susto e Flynn, agora são amigos, e quando nós
descemos com o trenó,
Susto corre ao nosso lado e nós gritamos e
rimos.
Estamos todos encharcados e coberto de neve. É divertido. Nós
estamos muito
bem, até que ouvimos um carro se aproximar. Eric. Simona e
eu nos olhamos. Flynn, vendo
que é seu tio, congela. Isso me surpreende.
Não corre para ele. Quando o
veículo se aproxima, vejo que Eric está
assistindo, e pelo seu rosto parece que não esta gostando. Vamos, agir
normal. Mas sem poder evitar Simona se aproxima e eu murmuro:
- Oh, oh, ele nos pegou.
A mulher concorda.
Eric para o carro. Ele abre a porta e me faz perceber o
tamanho de
sua raiva enquanto caminha, em nossa direção intimidante.
Mama Mia! Quanta tensão tem o meu Iceman!
Quando ele quer ser arrogante, é o pior. Ninguém respira. Eu olho
para ele. Ele olha para mim. E quando chega perto de nós, grita com gesto
de desaprovação:
- O que esse cachorro faz aqui?
Flynn não diz nada. Norbert e
Simona estão paralisados. Todos olham para mim, e eu respondo:
- Nós estávamos brincando na neve, e ele está brincando com a
gente. Eric leva a mão à Flyn e rosna:
- Eu e você precisamos conversar. O que você fez na escola?
A voz com que ele fala com o garoto me enfurece. Por que ele diz
isso? Mas quando eu vou dizer alguma coisa, ele fala:
- Eu fui chamado á escola novamente. Aparentemente, você entrou de
novo em outra confusão e desta vez muito grande!
- Tio, eu ...
- Cale-se! Ele grita. Você está querendo ir direto para o internato. No
final, você vai conseguir.
Vá para o escritório e me espere lá.
Simona, Norbert, eu e o menino, vemos o duro olhar de Eric e eles
saem. Com um gesto de dor, a mulher olha para mim. Eu pisquei, embora eu
sei que vai me cair o mundo. Uma vez sozinho, Eric vê o trenó e as
impressões digitais lá na encosta, e rosna:
- Eu quero esse cão fora da minha casa, você está me ouvindo?
- Mas Eric ... escuta ...
- Não, eu não vou ouvir, Jud.
- Pois deveria, insisto.
Depois de um duelo de olhares, tremendo, finalmente grita:
- Eu disse para sair!
- Ei, se você vem com raiva do escritório, não desconte em mim.
Ele Bufa, passa a mão pelo cabelo e murmura:
- Eu disse que não quero ver esse vira-lata aqui, eu não dei
permissão
para o meu sobrinho andar de trenó, e muito menos ficar ao lado
do animal.
Surpreendida pela birra e pronta para a batalha, eu protesto.
- Eu não acho que tenho que pedir permissão para brincar na neve ou
tenho? Se você me disser
que tenho, a partir de hoje vou pedir permissão
para respirar. Porra, só faltava ouvir isso!
Eric não responder, e olha mal humorado:
- Quanto ao Susto, quero que fique aqui. Esta casa é grande o
suficiente para que não veja-o se não quiser. Tem um jardim que parece um
parque de tão grande. Eu posso construir uma casa para ele viver e nós
mantemos longe da casa. Não sei por que você insiste em deixa-lo no frio.
Mas você não vê? Você não tem vergonha? Coitadinho, ele tem frio. Esta
nevando e você pretendo deixá-lo na rua. Vamos, Eric, por favor.
Meu Iceman, que esta impressionante, com seu terno azul escuro,
casaco, olha para Susto. O cão lhe abana o rabo, animado!
- Mas, Jud, você acha que eu sou idiota? Ele diz, surpreendendo-me.
E como não respondo, afirma:
- Este animal tem estado na garagem.
Meu coração está paralisado. Será que ele também viu a moto?
- Você sabia?
- Mas você acha que sou tão tolo de não ter percebido? Claro que
eu
sabia.
Primeiro fico boquiaberta e antes que eu possa responder, ele insiste:
- Eu disse que não queria ele em minha casa, mas mesmo assim,
você desobedeceu...
- Como sempre você diz que a sua casa... Estou louca de raiva, mas
não menciono
a moto. Se ele não disse nada, é melhor não falar nada neste
momento.
- Você vive me dizendo para considerar esta casa como a minha, e
agora, porque eu dei abrigo a um pobre animal na porra da sua garagem
para não morrer de frio e fome na rua, você está comportando-se como um
... um ...
- Idiota, ele diz.
- Exatamente, concordo.
- Como você já disse, um idiota!
- Entre o meu sobrinho e você vai a...
- O que Flyn fez na escola? Eu o cortei.
- Ele se meteu numa briga e o outro menino teve que dar pontos
na
cabeça.
Isso me surpreende. Não vejo Flyn fazendo isso, embora esteja com o
lábio cortado. Eric
passa a mão sobre a sua cabeça furiosamente, olha para
susto e grita:
- Eu quero ele fora daqui agora!
Tensão. O tempo frio não é comparável com o frio que eu sinto no
meu coração, e
antes que ele venha a falar, ameaço:
- Se Susto for, eu vou com ele.
Eric levanta as sobrancelhas friamente, e deixando-me com a boca
aberta, disse antes de se virar:
- Faça o que quiser. No final, você sempre faz.
E sem mais, ele sai. Deixando-me ali plantada, com cara de idiota e
com gana de discutir. Passa dez minutos e continuou fora da casa ao lado do
animal. Eric não sai. Eu não sei o que fazer. Por um lado, eu entendo o que
eu fiz de errado de colocar susto na garagem, mas por outro lado não posso
deixar este pobre animal na rua.
Vejo Flynn olhar do vidro da sala de jogos e lhe aceno com a mão. Ele
faz o mesmo e me salta o coração. A brincadeira com o trenó e Susto correu
tão bem, mas
eu não posso deixar o cachorro em casa. Eu sei que seria
uma outra fonte de problemas. Simona sai e se aproxima de mim.
- Senhorita, você vai pegar um resfriado. Você está encharcada e...
- Simona, eu tenho que encontrar uma casa para Susto. Eric não quer
ele aqui.
A mulher fecha os olhos e concorda com tristeza.
- Sabe que eu levaria para minha casa, mas o Sr. não vai gostar,
Certo? Concordo com a cabeça, e ela diz:
- Se você quiser, podemos chamar o protetor de
animais. Eles com
certeza vão encontrar um lar para ele.
Peço-lhe para localizar o telefone. Não tenho outra escolha. Não entro
em casa. Me recuso. Se eu ver Eric e eu o mato, no mal sentido da palavra.
Caminho com Susto pela trilha até o grande portão. Eu vou lá fora e brinco
com o animal, que esta feliz por estar comigo. Lágrimas enchem os meus
olhos e deixo-as ir. Contê-las é pior. Eu choro. Eu choro incontrolavelmente
enquanto eu jogo pedras para o animal, para que ele corra buscar. Coitado!
Vinte minutos depois, Simona aparece e me entrega um papel com
um telefone.
- Norbert diz para ligar aqui. Peça para falar com Henry e diga-lhe
que
é de sua parte.
Agradeço-lhe e puxo meu celular do bolso e com o coração partido,
eu faço o
que Simona diz. Falo com o tal Henry e ele diz que virá dentro de
uma hora para buscar o animal.
É noite. Simona me pede para entrar em casa para comer junto com
Eric e Flynn, e eu fico do lado de fora com medo. Eu estou congelada. Mas
isso não é nada perto do frio que ele teve que passar todo esse tempo este
pobre animal. Eric me chama de seu celular, mas eu desligo. Eu não quero
falar com ele. Dane-se ele!
Dez minutos depois, as luzes aparecem no fundo da rua e eu sei que
é o carro vindo para levar o animal. Eu choro. Susto me olha. Uma Van que
carrega animais chega onde estou e para. Lembro-me de Curro. Ele se foi e
agora Susto também vai. Porque a vida é tão injusta?
Eu recebo um homem que se identifica como Henry, ele olha para o
animal e passa a mão em sua cabeça.
Assino alguns papéis que me entrega, enquanto ele abri as portas
traseiras da van e me diz:
- Despeça dele, senhorita. Estou indo agora. E, por favor, retire o que
esta em seu pescoço.
- É um lenço que fiz para ele. Está frio.
O homem olha para mim e insiste:
- Por favor, tire-o. É o melhor.
Droga. Eu fecho meus olhos e faço o que ele pede. Quando eu tenho
o lenço na minha mão,
cheiro. Ugh, que momento mais triste. Eu contemplo
Susto, olhando para mim com seu
grandes olhos me agacho, sussurro
enquanto eu toco sua cabeça:
- Desculpe, querido, mas esta não é minha casa. Se fosse, eu lhe
garanto que ninguém te levaria daqui.
O animal encosta seu nariz molhado em meu rosto, me dá uma
lambida, e eu acrescento:
- Você vai encontrar uma boa casa, um lugar acolhedor, onde você
será tratado muito bem.
Eu não posso dizer mais nada. Eu choro. Isto é como a despedida de
Curro. Eu o beijo na cabeça, e Henry pega susto e coloca na van. O animal
está relutante, mas Henry está acostumado e pode lidar com isso. E quando
as portas se fecham, se despede de mim e vai.
Sem sair de onde estou, eu
vejo a van longe, e Susto vai. Eu
cubro o rosto com o lenço e choro. Eu
quero chorar. Por um tempo, sou a única nesta
rua escura e fria, chorando
como a tempos não chorava. Tudo é difícil em Munique. Flynn
não me
tornas nada fácil, e Eric às vezes é frio como gelo.
Quando eu me viro para voltar para dentro da casa, fico surpresa ao
ver
Eric de pé atrás de mim. A escuridão não me deixa ver seus olhos, mas
eu sei que esta pregado em mim. Tendo frio. Eu caminho e ele abre o portão.
Passo a seu lado e não digo nada.
- Jud ...
Com raiva me volto para ele.
- Não. Não se preocupe. Susto não está mais na sua maldita casa.
- Ouça, Jud ...
- Não, não quero ouvir. Deixe-me em paz.
Sem mais, começo a andar. Ele me segue, mas andamos em silêncio.
Quando
chegamos em casa, tiramos nossos casacos e ele pega a minha
mão. Rapidamente
eu o deixo e corro para cima. Eu não quero falar com
ele. Subindo as escadas, eu
encontro com Flynn. O menino olha para mim,
mas eu passo por ele e entro no meu
quarto, batendo a porta. Eu tiro minhas
botas molhadas e jeans, e vou para o chuveiro. Estou congelado e eu
preciso me aquecer.
A água quente me traz de volta para ser uma pessoa,
mas certamente de volta para lamentar.
- Merda de vida! Grito.
Um gemido vem de dentro de mim e choro. Eu passei o dia chorando.
Ouço a porta do banheiro se abrir e através do vidro, vejo que é Eric.
Durante alguns minutos, nós nos olhamos, até que ele sai do banheiro e
deixa-me em paz. Agradeço.
Ao sair do chuveiro, eu me enrolo em uma toalha e seco o meu
cabelo, coloco meu pijama e vou para a cama. Eu não tenho fome.
Rapidamente, o sono me vence e eu acordo assustada quando percebo que
alguém me toca. É Eric. Mas com raiva, simplesmente murmurou:
- Deixe-me. Não me toque. Eu quero dormir.
Suas mãos apertam minha cintura, e eu me viro. Eu não quero seu
contato.
Na parte da manhã, quando eu acordo, Eric está tomando café na
cozinha. Flynn esta ao seu lado, e quando me veem, os dois me olham.
- Bom dia Jud, diz Eric.
- Bom dia, eu digo.
Eu me aproximo dele. Eu não dou meu beijo de bom dia, e Flynn nos
observa.
Simona rapidamente se aproxima com o café e sorrio quando vejo
que me fez pão quente. Encantado, eu agradeço e começo a comer. O
silêncio é sepulcral na cozinha, quando no padrão, sou eu que falo o tempo
todo.
Eric me olha, me olha e me olha, sei que não gosta da minha atitude.
Lhe incomoda. Mas
Eu não me importo. Eu quero incomodá-lo tanto ou mais
do que ele me incomodou.
Norbert entra na cozinha e diz para Flynn se
apressar ou vai se atrasar para
escola. Nesta hora, meu telefone toca. É
Marta. Eu sorrio, me levanto e saio da cozinha.
Subo as escadas e entro no
meu quarto.
- Olá, louca! La saúdo.
Marta ri.
- Como estão as coisas por ai?
Respiro, olho pela janela e respondo:
- Bem. Você já conhece meu namorado! Estou com vontade de matar
seu irmão.
Mais uma vez, o riso de Marta ressoa.
-Então isso significa que está tudo bem.
Depois de falar com ela por um tempo. Ela pede que eu a acompanhe
para comprar algumas roupas. Quando desligo o telefone, me viro e Eric esta
atrás de mim.
- Você estava falando com a minha irmã?
- Sim.
Passo a seu lado, e Eric, estende a mão para mim.
- Jud..., quando você vai falar comigo de novo?
Eu olho para ele e respondo a sério:
- Eu acho que eu estou falando.
Eric sorri. Eu não. Eric para de sorrir. Eu rio por dentro.
Ele me agarra
pela cintura.
- Ouça, querida. Sobre o que aconteceu ontem ...
- Eu não quero falar sobre isso.
- Você me ensinou a falar sobre os problemas. Agora você não pode
mudar sua opinião.
- Bem, veja, respondo com petulância, pois desta vez, sou eu que não
quero discutir os problemas. Eu estou doente....
Silêncio.... Tensão...
- Querida, eu sinto muito. Ontem não foi um bom dia para mim e...
- E eu paguei com o pobre susto, né? E ai você me lembrou que esta
é a sua casa e Flynn é o seu sobrinho. Olha, Eric, foda-se!
Ele olha. Ele olha. Desafio aos nossos olhos, até que sussurra:
- Jud, esta é a sua casa e ...
- Não, querido, não. É a sua casa. Minha casa é na Espanha, um
lugar que nunca deveria ter saído.
Com rapidez, ele se aproxima e sussurra:
- Não siga por esse caminho, por favor.
- Bem, cale a boca e pare de falar sobre o que aconteceu ontem.
A tensão no ar pode ser cortada com uma faca. Penso na moto.
Quando ele descobrir, vai ser outra discussão. Nos olhamos e, finalmente, o
meu alemão diz:
- Eu tenho que sair de viagem. Eu ia dizer ontem, mas...
- O que, você sair em uma viagem?
- Sim.
- Quando?
- Agora.
- Onde?
- Eu tenho que ir para Londres. Eu tenho que corrigir alguns
problemas, mas retorno manhã.
Londres. Isso me alerta. Amanda!
- Você vai ver Amanda? Eu pergunto, incapaz de me conter.
Eric acena com a cabeça. O ciúme me consome. Aquela bruxa
Eu não gosto e não quero eles sozinhos. Mas Eric, sabe o que eu
penso, se aproxima e me puxa pra ele.
- É uma viagem de negócios. Amanda trabalha para mim e....
- Com ela você joga também! Com ela você se diverte e
este será um
desses momentos, né?
- Querida, não... Sussurra.
Mas o ciúme é uma coisa terrível e grita para fora de mim:
- Ah, que ótimo! Vá e divirta-se com ela. E não negue o que você sabe
que vai
acontecer. Deus, Eric, nós sabemos! Vamos, tranquilo! Eu estarei
esperando por você na sua casa quando você voltar.
- Jud...
- O quê! Grito completamente fora de mim.
Eric pega meus braços,
me deita na cama e diz, agarrando o meu rosto com a mãos:
- Por que você acha que eu vou fazer alguma coisa com ela? Você
não percebe
que eu te amo e eu te quero?
- Mas ela ...
- Mas ela nada. me corta.
- Eu tenho que viajar a trabalho, e ela trabalha comigo. Mas, querida,
isso não significa que tem que haver nada entre nós. Venha comigo. Prepare
uma mochila e venha comigo. Se você realmente não confia em mim, faça
isso, mas não me acuse de coisas que eu não farei.
De repente, eu me sinto ridícula. Absurdo. Estou tão chateada por
conta de Susto, que sou incapaz de raciocinar. Eu sei que Eric não mentiria
sobre algo assim, e depois de suspirar, murmuro:
- Desculpe, mas eu ...
Eu não posso continuar a falar. Eric leva a boca e me beija. Me
devora, e, em seguida, estou abraçando-o desesperadamente. Eu não quero
ficar com raiva. Eu odeio quando brigamos. Eu desfruto do seu beijo. Ele
pressiono contra mim, até minha boca, peço...
-Foda-me.
Eric se levanta. Ele coloca a trava na porta e, ao volta, murmura:
-Tenho prazer em fazer, Senhorita Flores. Tire sua roupa.
Sem perder tempo eu tiro o pijama e quando estou completamente
nua diante dele, e ele diante de mim, senta-se na cama e diz:
-Vem ...
Me aproximo dele. Abaixa o rosto para o meu monte de Vênus e o
beija. Passa suas mãos
pelo meu corpo e sussurra enquanto eu me sento
montado nele, com as mãos ele abre os lábios do meu sexo:
-Você é a única mulher que eu quero.
Seu pênis se afunda em mim.
- Você ... é o centro da minha vida.
Eu me movo em busca do meu prazer e quando vejo que ele ofega,
acrescento:
- Você... você é o homem que eu amo e que eu quero confiar.
Meus quadris vão de frente para trás, e quando eu estou ofegante,
Eric sobe
na cama, me coloca sobre ele e deitado sobre mim me penetra
profundamente.
-Você... você é minha e eu sou seu. Não duvides de mim, pequena.
Um ataque forte faz com que o seu pênis entre no meu útero e eu me
curvo.
- Olhe para mim, me ordena.
Eu olho para ele, enquanto me entras mais e mais, suspira e diz:
- Somente você pode fazer amor assim, só você eu desejo, só com
você desfruto dos jogos.
Calor ... fogosidade ... excitação.
Eric me agarra pela cintura, me aperta contra ele e diz coisas
maravilhosas e
lindas, e eu excitada, aprecio tanto quanto ele. Por vários
minutos dentro e fora de mim, mais forte ... mais rápido ..., intenso, até que
ele ordena.
- Diga-me que você confia em mim, tanto quanto eu confio em ti.
Volta a afundar dentro de mim e me da um tapa esperando minha
resposta.
Eu olho para ele. E não respondo, e ele retorna para me penetrar
enquanto agarra os meus ombros para
que o ataque seja mais voraz.
- Diga-me! exige.
Seus quadris se contorcem antes de voltar a jogar em mim, e quando
eu encolho de prazer, Eric aperta - me para mais perto dele, e eu fico louca e
murmuro:
- Eu confio em você ..., sim ..., eu confio em você.
Um sorriso de lobo se abre em seu rosto, me agarra pela cintura e me
levanta. Me
manipulado à vontade! Eu amo isso. Leva-me contra a parede e
encorajado, me penetra com força uma e outra vez, enquanto eu envolvo
minhas pernas em volta de sua cintura e me arqueio para recebe-lo.
- Oh, sim, sim, sim!
Meu gemido agradável, é acalmado por que mordo seu ombro, mas
ele vê que o meu orgasmo esta chegando, e então, só então, ele mostra o
seu prazer.
Nus e suados, nos abraçamos contra a parede. Eu amo Eric.
Eu
lhe quero com toda minha alma.
- Eu te amo, Jud... Disse ele, levantando do chão. Por favor, não
duvides, querida.
Cinco minutos depois, estamos no chuveiro. E fazemos amor
novamente.
Estamos insaciável. O sexo entre nós é fantástico. Colossal.
Quando Eric se vai, eu digo adeus. Eu confio nele. Eu quero confiar
nele. Eu sei o quanto sou importante na sua vida e eu tenho certeza que ele
não vai me decepcionar.
Marta vai me pegar e sorrio. Eu entro em seu carro e imergimos no
Tráfego de Munique.
Chegamos a uma loja elegante. Estacionamos o carro
e quando entramos, vejo que é a loja de Anita, a amiga de Marta que estava
conosco no bar cubano. Depois de escolher vários vestidos, cada um mais
bonito e mais caro que o outro, quando entramos num espaçoso e iluminado
provador sussurra:
- Eu tenho que comprar algo sexy para o jantar de amanhã.
- Tem um encontro com um bofe?
- Sim. Marta diz sorrindo.
- Nossa, e com quem é este jantar?
Divertida, Marta me olha e sussurra:
- Com Arthur.
- Arthur, o garçom bonitão?
- Sim.
- Uau, ótimo! Eu aplaudo.
- Eu decidi seguir o seu conselho e dar-lhe uma chance. Talvez vai
ser bom, talvez não, mas eu nunca posso dizer que eu não tentei!
- Olé, minha menina...! Exclamo, alegre.
Ela Provou vários vestidos e
finalmente decidiu por um azul intenso. Marta esta
linda com ele. De
repente, uma voz chama a minha atenção. Onde eu ouvi aquela voz? Saio
do
provador e fico sem palavras. A poucos metros de distância de mim, eu
tenho a pessoa que eu desejava ver o rosto nos últimos meses, ela esta
conversando com outra mulher: Betta.
O sangue e minha sede de vingança aperta e me transforma.
Incapaz de conter meus impulsos assassinos, vou até ela e antes que
Betta possa reagir, eu a pego pelo pescoço e sussurro em seu rosto:
- Oi, Rebecca, ou é melhor te chamar de Betta?
Ela esta branca como papel, e sua amiga ainda mais. Esta
assombrada. Não esperava me ver aqui e eu não reajo bem. Eu sou
pequena, mas poderosa, e
essa idiota vai saber quem sou eu. Anita, ao nos
ver, vem até nós. Porem não disposta a soltar minha presa, eu empurro-a
num provador.
- Eu tenho que falar com ela. Será que nos da um momento?
Fecho a porta do provador, e Betta olha para mim, horrorizada. Não
tem como escapar.
Sem mais, dou-lhe um tapa na cara que ela vira.
- Isso é para você aprender, e digo e dou-lhe outro tapa com a mão
bem aberta, se ainda não aprendeu.
Betta grita. Anita grita. Amiga de Betta grita. Todos gritam e empurram
aporta, estou disposta a dar o que lhe é merecido a esse canalha, torço o
seu braço, e ela cai de
joelhos diante de mim eu grito:
- Eu não sou agressiva, nem má pessoa, mas quando você mexe
comigo, eu sou a pior. Me transformo num bicho muito ... muito ruim. Eu sou
tranquila, mas você despertou um monstro em mim.
-Solta-me ... solta-me, você esta me machucando. Betta grita do
chão.
- Machucando? Repito sarcasticamente. Eu não estou te
machucando, sua asquerosa! Por enquanto é
apenas um aviso de que
comigo não se brinca. Você brincou com vantagem da ultima vez.
Você
sabia quem eu era e ao contrario de você, eu não sabia quem era
você. Você jogou sujo comigo, e eu, fui
boba, não vi você vindo. Mas escute,
não mexa comigo, e se mexer, deve estar
disposto a aguentar a revanche.
Marta, assustada com os gritos, junta-se a bater na porta com a outra.
Não
entende o que acontece. Não entendo por que estou agindo assim .
Isso me domina, me desconcentra e, antes de soltar a Betta, falo em seu
ouvido:
- Essa é a última vez que você se aproxima de mim e de Eric, porque
eu te juro, se voltar a se aproximar, isso não vai ser em uma advertência.
Para o seu bem, é melhor ficar muito longe de Eric. Lembre-se disso.
Dito isso eu à solto, mas dou chute em seu traseiro e ela cai de cara
no chão.
Oh, meu Deus! Que satisfação! Em seguida, abro a porta e saio.
Marta me olha assustada. Não
entende nada e, em seguida, olha para Betta
e entende tudo. Justo quando a outra se levanta,
aproxima-se dela e, com
toda a sua raiva, lhe dá outro tapa.
- Isso é pelo o meu irmão. Como você pode dormir com o meu pai,
cadela!
Neste momento, Anita para de pedir explicações e entende o que ela
está falando. A
Amiga de Betta, horrorizada, a ajuda.
- Chame a polícia, por favor.
- Por quê? Anita pede indiferente.
- Estas mulheres atacaram Rebecca, você não viu?
Anita balança a cabeça.
- Desculpe, mas eu não vi nada. Eu só vi um rato no chão.
Melhor do que nunca, me inclino sobre o lado da porta e olho. Me
contenho.
Eu gostaria de dar uma surra, mas acho que ela já teve o que
merecia. Betta esta confusa, sem saber o que fazer e, finalmente, disse,
tomando-lhe o braço da amiga:
-Vamos.
Quando desaparecem da loja, Anita e Marta olham para mim.
- Desculpe. Desculpe-me, gente, mas eu tinha que fazer. Essa mulher
tem nos dado
muitos problemas, e quando eu a vi, eu não poderia deixa-la...
Anita concorda e Marta responde
- Não se preocupe. Essa vadia mereceu.
Poucos segundos depois, nós três rimos enquanto a minha mão ainda
doía dos tapas que eu dei em Betta. Mas eu gostei muito!
Quando saímos
da loja, decidimos ir a um cervejaria local. Eu
preciso. O encontro com Betta
tem sido algo que eu não esperava e temos que comemorar um pouco.
Quando chegamos para relaxar, Marta me conta sobre a sua nomeação.
- Depois de amanhã é o dia dos namorados?
- Sim, Martha responde. Você não sabia?
- Eu não... Eu tenho tantas coisas na minha cabeça que eu tinha
sinceramente
esquecido. Apesar de saber, que seu irmão, com certeza não
vai dar
importância para esse dia.
- Mulher, lembre-se que lhe disse que retornará de sua viagem neste
dia.
- Sim, mas não mencionou nada especial. Embora ele recentemente
propôs a colocar um cadeado na ponte do amor e eu disse que sim.
- Meu irmão?
- Aha!
- Eric, mal humorado, disse sim para colocar uma cadeado na ponte
do amor?
Dito isto, eu confirmo, rindo.
- Eu mencionei isso como algo que tinha chamado minha atenção e
me disse que quando eu quisesse, poderíamos ir colocar o nosso. Porem,
ele não mencionou novamente.
Depois de que nós rimos, incrédula, Martha sussurra:
- Sinceramente. Eu nunca vi meu irmão muito romântico para essas
coisas. E
eu me lembro, quando ele estava com o Betta, nunca o ouvi fazer
nada de especial e romântico.
- Eu imagino que essa canalha fez algo bem ruim pra vocês, certo?
Pergunta Marta.
-Sim.
- Você pode me dizer?
Minha cabeça começa a correr a mil por hora. Eu não posso dizer a
verdade sobre o que aconteceu, para Martha. Ela não conhece os nossos
jogos.
- Na Espanha, ela entrou em nosso relacionamento, e seu irmão e eu
discutimos e terminamos.
- O meu irmão terminou com você por causa desta nojenta? Pergunta
Marta boquiaberta.
- Bem ... é complicado.
- Será que ele saiu com ela? Porque se ele saiu, eu vou lhe matar!
-Não... não é por isso. Foi um mal-entendido que levou a essa
discussão e ele
deu mais credibilidade para ela do que para mim.
- Eu não posso acreditar. Meu irmão é um tolo?
- Sim, e um idiota.
Nós duas rimos e decidimos dar a conversa por terminada e comer
alguma coisa.
Eric me ligou e eu falei com ele assim que chegou em
Londres, não disse o que aconteceu com Betta. Vai ser melhor.
Após o almoço, Martha me deixou na casa de Eric. Simona me diz
que Flynn está fazendo o dever de casa no seu quarto de jogos e ela vai ao
supermercado com Norbert. Ela gravou o capítulo "Emerald Loucura" e mais
tarde veremos. Assim, eu vou para o quarto para trocar de roupa. Eu estou
vestindo uma camiseta e calça cinza de algodão, paro e olho ao redor da
casa e decido ir ver como está o menino .
Quando abro a porta, ele olha para mim . Pela sua cara, ele está com
raiva. Mas vamos lá, isso não me surpreende. Ele vive com raiva. Vou até
ele e mexo no seu cabelo.
- Que tal hoje na escola?
O garoto mexe a cabeça para deixá-lo tocar e responde:
- Bem.
Eu vejo que o seu lábio está melhor do que ontem. Eu balanco minha
cabeça. Isto não pode continuar assim e, me agachando para ficar na sua
altura, falo :
- Flyn , você não pode continuar deixando os meninos fazerem o que
fazem. Você precisa se defender.
- Sim, claro, e quando eu faço isso, o meu tio briga comigo. – fala
furioso.
Eu me lembro do que Eric me disse e concordo.
- Vamos ver , Flyn, eu entendo o que você diz. Não sei o que
aconteceu ontem ao menino e porque ele teve que levar pontos.
O menino olha para mim, mas sua feição fica dura e eu sinto que o
que eu digo o incomoda.
- Escuta, você não deve permitir que ...
- Cale-se! Ele grita com raiva. Você não sabe de nada. Cale a boca!
- Ok. Eu vou calar a boca. Mas eu quero que você saiba que estou
ciente do que acontece. Eu já vi. Eu tenho visto esses seus supostos amigos
quando estão com você no carro, quando Norbert desaparece , eles te
empurram e te provocam.
- Eles não são meus amigos.
- Não preciso que me fale, eu acredito. Já me dei conta disso. O que
eu não entendo é por que você não explica isso para o seu tio.
Flyn se levanta. Me empurra para fora do quarto e eu saio. Quando a
porta fecha na minha cara, meu primeiro instinto é abrir e gritar bem alto,
mas depois de alguma reflexão, decido sair. Eu disse o que eu acho. Agora
devo esperar para ele me pedir ajuda.
Meu telefone toca. É Eric.
Encantada, falo com ele por mais de uma hora. Ele pergunta sobre o
meu dia , e eu sobre o dele , e então começamos a falar coisas quente e
bonitas . Eu amo isso. Eu o amo. Eu sinto falta dele. Antes de desligar, diz
que vai me ligar para ligar de volta quando chegar no hotel . Genial!
Quando eu desligo, fico entediada e sem saber o que fazer, eu entro
na sala que Eric diz que é minha e me ponho a tirar minhas caixas de CDs.
Vendo oCD da Malu que me traz boas lembranças , eu decido colocá-lo em
meu pequeno aparelho de som .
Sé que faltaron razones..., sé que sobraron motivos.
Contigo porque me matas... y ahora sin ti ya no vivo.
Tú dices blanco..., yo digo negro.
Tú dices voy..., yo digo vengo.
Enquanto cantarolo essa canção que para mim e para o meu louco
amor é tão importante, eu continuo tirando as coisas das caixas . Eu olho
com carinho os meus livros e vou colocando-os em prateleiras que eu
comprei para eles.
De repente, a porta do quarto se abre , e Flynn diz com raiva:
- Desligue a música. Isso me incomoda.
Olho pra ele surpresa .
- Te incomoda ?
- Sim .
Bufo . A música não deveria te-lo perturbado. Ele nem está tão alta,
mas disposta a ser condescendente eu me levanto e abaixo o volume. Volto
e continuo a pegar os livros que deixei no chão. Com o canto do meu olho,
eu que vejo o moleque vai para o aparelho de som, e com um tapa desliga a
música.
Deixo os livros sobre a mesa, eu vou para o aparelho de som e coloco
a música de volta. O menino, que saiu pela porta naquele momento, pára,
olha para mim como se quisesse me matar e grita:
- Por que você não vai para sua casa !
- O quê?!
- Vai, e para de encher .
Eu mordo minha língua. Oh, sim! Melhor me morder do que eu me
deixar levar pelo meu gênio, e esse moleque mal-humorado vai saber
quando fica irritada uma espanhola. Com uma cara de mau vai para o
aparelho . Ele para. Pega o CD e sem dizer nada vai em direção a janela,
abre o vidro e joga o CD fora.
- Deus, meu CD da Malu !
Eu mato , eu mato , eu matooooooooooooo !
Sem pensar eu saio correndo para busca-lo . Eu o retiro da neve como se
fosse o meu bebê, eu limpo com a minha camisa, xingando todos os
antepassados do bastardo , e quando eu me viro, eu ouço o clique da porta
se fechando. Eu fecho meus olhos e falo:
- Por favor, Deus, me dê paciência !
Está frio, muito frio, e eu roco na maçaneta.
- Flyn, abra agora, por favor.
O pequeno demônio me observando. Ele sorri maliciosamente, se vira
e depois de jogar todos os livros que eu coloquei na prateleira e os CDs de
música ele pisoteia, e eu o vejo saindo do quarto.
- O seu tio vai te matar! Eu tento abrir, mas ele fechou por dentro.
- Droga!
Querendo estrangular alguém faço meu caminho para a próxima
janela enquanto minha calça de ginastica fica ensopada de afundar na neve.
Deus, está frio! Eu vou indo pela parte exterior da sala onde ele faz o seu
dever de casa e vejo quando ele entra nele. Eu toco o vidro e digo :
- Flyn , por favor, abra a porta.
Nem olha para mim . Fingi não me ver !
Tremo. Faz um frio horrível e eu tento abrir a porta. Mas nada. Sem
misericórdia de mim, e dez minutos depois, meus dentes batendo, cabelo
molhado e duro na minha cabeça e eu me sinto estalactites sob o nariz, grito
como o inferno, enquanto bato na porta.
- A p.. que te pariu , Flyn! Abra a merda da porta!
O garoto finalmente olha para mim. Eu acho que eles vai sentir pena
de mim. Ele se levanta, caminha até o vidro e, zás, fecha as cortinas. Merda,
eu estou esmurrando a porta e xingando tudo que eu posso em espanhol.
Absolutamente
nada,
bonito.
Droga. Estou na rua vestida com um algodão insignificante e tênis. Eu tenho
frio. Um frio horrível. Eu esfrego minhas mãos e tento me aqueçer. Eu corro
para a porta da cozinha. Fechada. Lembro que Simona não está. Eu tento
entrar pela porta da sala. Fechada. A porta da frente. Fechada. A porta do
escritório de Eric. Fechada. A janela do banheiro. Fechada.
Tremo. Estou congelando e meu cabelo molhado e duro me faz
espirrar. Vou pegar uma pneumonia. Volto até onde Flyn está atrás das
cortinas. Eu quero matá-lo. Eu olho para cima. A varanda de um dos quartos.
Sem parar para pensar no perigo, eu subo em um peitoril para tentar chegar
à varanda, mas eu estou tão gelada e o peitoril tão escorregadio que vou
direto pro chão. Levanto-me e insisto. Estou em uma parede congelada, me
levanto e antes de chegar à varanda, zaparrás! Meus tênis escorrega e eu
caio , antes mesmo de eu ver a parede . O golpe foi terrível e o meu queixo
dói muito .
Deitada na neve sinto pena de mim, e quando eu vejo estou com o
rosto cheio de gelo, choro.
- Abra a porta! Eu estou congelando .
Flynn então puxa as cortinas , e seu rosto não é mais o que era. Ele
diz algo. Eu não ouço. E quando abre a porta, grita:
- Há sangue!
- Onde eu tenho sangue?
Mas não precisou ele me dizer. Ao olhar para o chão, vejo a neve
vermelha aos meus pés. Minha camiseta cinza está vermelha e ao tocar o
meu queixo sentoo corte e as minhas mãos estão cheias de sangue. Flyn,
com medo, olha para mim. Não sabe o que fazer e digo enquanto entro no
seu quarto.
Dê-me uma toalha ou algo assim, corra!
Corre e retorna com uma toalha, mas o chão está manchado de
sangue. Eu coloco a toalha no queixo e tento me acalmar. Sinto o gosto
metálico de sangue na boca. Eu devo ter mordido os lábios também. Eu
estou sozinho com Flynn. Simona e Norbert não estão, e preciso ir com
urgência para um hospital. Com isso, eu olho para Flynn, que está confuso, e
pergunto:
- Você sabe onde fica o hospital mais próximo?
O garoto acena com a cabeça.
- Vamos lá, pegue seu casaco e chapéu.
Sem dúvida chegamos à porta com nossos casacos. Gotas de sangue
caídas no chão e eu não tenho tempo para limpar.
Quando eu vou colocar o meu casaco preciso soltar a toalha e isso
faz com que o sangue escorra. Eu fico com medo, e Flynn também. Volto a
colocar a toalha, que está embebido em água e sangue, eu pergunto:
- Pode me ajudar a colocá-lo?
Ele o faz rapidamente. Uma vez que estamos agasalhados, fomos
para a garagem. Eu pego o Mitsubishi, e quando as portas da garagem se
abrem , Flynn segura a toalha no meu queixo para eu poder dirigir e me diz
onde tenho que ir. Minhas mãos e meus joelhos estão tremendo, mas eu
tento me recompor enquanto estou dirigindo.
O hospital não está longe e quando chegamos eu sou atendida
rapidamente. Flynn nunca sai do meu lado. Ele diz a um dos médicos que
ligue para sua casa e explica que sua tia é Marta Grujer e diga para ir ao
hospital. Espanta-me a capacidade de dar ordens do moleque, mas estou tão
dolorida que eu não me importo com o que ele diz. Ele pode até chamar
Mickey Mouse.
Vamos para outra sala, e quando o médico olho os meus lábios me
diz que irá se curar soinho mas o corte, tenho que levar cinco pontos no
queixo. Isso me assusta. Eu queria chorar. Pontos me assustam. Uma vez
quando eu era pequena eu levei cinco pontos no joelho e eu me lembro
como um trauma. Eu olho para Flynn. Ele está branco como a neve. Ele está
com um medo terrível. E eu percebo que eu não posso chorar, mas quando
eles aplicam a anestesia no meu queixo, inconscientemente, uma lágrima cai
dos meus olhos, e Flynn vê.
Ele se levanta do banco onde estava e corre sua mãe em direção a
minha e aperta. O médico diz para se sentar novamente, mas a criança se
recusa. No final, eu ouvi o médico dizer:
- Igual ao seu tio.
Isso me surpreende, não é?
- O seu nome é? Pergunta o médico.
- Judith Flores.
- Espanhola?
Deus, tomara que ele não diga " olé , paella , touro, castanholas " . Eu
não quero ouvir isso. Mas quando concordo, o homem diz:
- Olé, touro!
Eu nem recuo, ou lhe dou soco. Droga turístas. Minha cabeça dói,
boca, queixo e esse idiota apenas diz: " Olé , touro!‖
Eu fecho meus olhos para não olhar para ele e deixo que Flynn
explica:
- É a namorada do meu tio Eric.
Abro os olhos. Estou surpresa que o rapaz admitiu.
- Bem, Judith , eu vou dar os pontos - informou o médico. Não se
preocupe que vou fazer os pontos quase imperceptiveis. Mas temo que
amanhã e durante alguns dias você vai ficar com o rosto roxo. Você levou
um belo tombo e você tem um hematoma.
- Tudo bem...
Inconscientemente, aperto a mãozinha de Flynn. E sua energia é
minha energia e logo me acalmo. Quando o médico apenas coloca um
enorme curativo no meu queixo, aplica um creme no meu lábio e me diz que
eu tenho que voltar em uma semana. Concordo. E quando lhe pergunto
como faço para pagar a consulta, ele me diz falará com Marta.
Como eu realmente não queria falar e meu rosto dóia, eu concordei.
Tomo a receita do médico e saio para descobrir a cara angustiada de Marta.
- Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você, Judith?
Pergunta horrorizada ao ver o curativo. Não querendo dar muitas
explicações, eu olho para Flynn, que nunca soltou minha mão e sussurro:
- Eu estava correndo pela neve, escorreguei, e com azar acertei o
queixo.
- Deixe o seu carro aqui, diz Marta apressadamente. Então Norbert
virá busca-lo. Venha, eu vou pegar o meu.
Eu precisava fechar os olhos e esquecer a dor que eu sentia. No
caminho começa a chover, e quando chegamos em casa, um diluvio. Ao
entrar, Simona e Norbert estão na porta da frente com o rosto assustado. Ao
voltar do supermercado e ver sangue no chão eles imaginaram tudo. Eu
garanti que estamos bem, e eles se tranquilizam quando nos vêem, mas eu
olho com medo. Flynn nunca sai do meu lado. Ele parece ter cola. Eu gosto,
mas ao mesmo tempo me deixa com raiva. Tudo o que aconteceu comigo,
eu devo a ele.
Minha cabeça me mata. Dói como o inferno e eu decido ir para a
cama. Eu tomo o que o médico me disse, eu tiro minhas roupas manchadas
de sangue e eu caio no sono. Marta me diz que vai dormir no quarto de
hóspedes no caso de eu precisar de alguma coisa . De madrugada, um
trovão me acorda. Eu me viro na cama e toco o lado vazio de Eric. Eu sinto
falta dele. Eu quero ele de volta. Eu fecho meus olhos, e relaxo e outro
trovão ronca. Abro os olhos. Flyn!
Eu me levanto e a dor volta, eu vou para o quarto dele. Minha cabeça
vai para o lado. Quando eu vejo que a luz está acesa, ele está sentado na
cama, tremendo. Seu rosto está assuatado. Eu me aproximo dele e
pergunto:
- Posso dormir com você?
O garoto olha para mim atordoado. Devo estar toda descabelada.
- Flyn, eu insisto, eu tenho medo de trovão.
Ele aprova com um gesto e eu me rastejo na cama. Coloco a
almofada no meio dos dois. Como sempre marcando distâncias. Eu sorrio.
Quando eu começo a mentir, sussurro:
- Feche os olhos e pense em algo agradável. Você vai ver como você
dorme e não ouve o trovão.
Por um tempo os dois estão deitados em silêncio na sala enquanto a
tempestade baixa furiosamente lá fora. Trovão novamente, e Flyn pula na
cama. Naquele momento, tiro o travesseiro que estava entre nós dois, e
agarro sua mão e puxo para o meu corpo. Está congelado, tremendo e com
medo. Quando ele vem para mim não protesta. Além disso, noto que ainda
está coberto. Com amor e cuidado para não bater no meu queixo, beijou a
sua cabeça.
- Feche os olhos, pense em coisas bonitas e durma. Juntos vamos
nos proteger do trovão.
Dez minutos depois, os dois, exaustos, dormimos abraçados.
Um golpe no queixo que me faz acordar. Dor. Flynn ao se mexer me acerto e
isso dói. Sento-me na cama e toco o queixo. O curativo é enorme maldição.
A chuva e os trovões pararam. Eu vejo o relógio na mesa de cabeceira São
5:27 da manhã.
Nossa, que cedo!
Dolorida, eu vou deitar de costas quando vejo que Eric está sentado
em uma cadeira em um dos lados da sala.
- Eric!
Rapidamente, ele se levanta e vem até mim, seus olhos estão
preocupados e sérios. Ele me dá um beijo na testa, me pega em seus braços
e me leva para fora do quarto.
Estou com tanto sono que eu não sei se é um sonho ou é verdade,
até eu cair em nossa cama e murmura :
- Não se preocupe com nada, querida. Voltei para cuidar de você.
Surpresa, e depois de receber um beijo doce na boca, eu pergunto:
- Mas o que você está fazendo aqui? Você não voltaria só amanhã?
Com um aceno ele balança a cabeça, quando olha o curativo no
queixo.
- Eu liguei para falar com você e Simona me contou o que aconteceu.
Voltei imediatamente. Me desculpe, eu não estava aqui, baby.
- Calma, eu estou bem, você não vê?
Eric me examina com os olhos.
- Você está bem?
Eu dou de ombros .
- Sim, estou dolorida, mas tudo bem. Não se preocupe.
- O que aconteceu?
Fico tentada a dizer a verdade. Seu sobrinho é uma boa peça. Mas eu
sei que vai causar mais dores de cabeça para ele e problemas para Flyn. No
final, eu explico:
- Eu fui lá para fora, escorreguei e bati o queixo.
Seus olhos não acreditam em mim. Eles duvidam. Mas estou disposta
a continuar.
- Você sabe que eu sou um pouco desajeitada na neve. Mas ainda
assim, eu estou bem. A desvantagem é a marca que vai ficar. Espero que
você não perceba.
- Presumida, Eric sorri.
Eu também sorrio.
- Eu tenho um namorado muito lindo e quero que ele se orgulhe de
mim.
Eric mente para mim e me abraça. Eu posso sentir seu corpo tremer.
- Eu sempre estou orgulhoso de você, pequena. – Coloca a cabeça na
curva do meu pescoço, e acrescenta: Eu não me perdoo por não estar aqui.
Eu não me perdôo.
Seu drama me deixa sem palavras . Não suportava imaginar o que
poderia ter acontecido. Eu fecho meus olhos. Estou cansada e dolorida. Me
aconchegou contra ele, e em seus braços, e adormeco.
Quando eu acordo na manhã seguinte, eu estou surpresa. Eric está
dormindo ao meu lado. São 08:30 e é a primeira vez que eu acordo antes
dele. Eu sorrio. Olho pra ele com curiosidade. Ele é lindo. Vê-lo relaxado e
dormindo é uma das coisas mais bonitas que já vi na minha vida. Eu não me
mexo. Eu quero que esse momento dure para sempre. Por um longo tempo,
e eu gosto do que vejo, até que ele abre os olhos e olha para mim. Seus
grandes olhos azuis me atacam.
- Bom dia, meu amor!
Surpreso, elw olha para mim e pergunta:
- Que horas são ?
Curiosa , eu olho para o relógio e respondo:
- Quase nove .
Eric olha para mim por um longo período e continua me olhando, e
pelo seu gesto, eu pergunto :
- O que foi ?
Passe a mão pelo meu cabelo e remove-lo do meu rosto.
- Você está bem?
Estiquei e resposta:
- Sim, querido, não se preocupe.
Eric se senta na cama , e eu faço o mesmo. Então eu vejo que vai
para o banheiro e eu vou logo atrás dele me espereguiçando . Mas quando
eu vou ao banheiro e me vejo refletida no espelho grito:
- Deus, eu sou um monstro !
Meu rosto é uma paleta de cores. Sob os olhos, tenho rodas
vermelhas e verdes que me deixam sem palavras. Meu menino me agarra
pela cintura e me senta no vaso sanitário. Ver a minha aparência horrível me
deixou sem palavras e horrorizada, murmuro:
- Oh, Deus, mas eu só bati na neve.
- Você deve ter levado um tombo e tanto, pequena.
Eu sei disso. Eu bati na parede antes de cair na neve. Agora eu me
lembro mais claramente.
Eric me acalma. Milhares de palavras carinhosas saem da sua boca
e, finalmente, lembro-me que o médico me disse:
- Contusões. Consciente de que eu não posso fazer nada sobre isso,
eu me levanto e olho no espelho. Eric está ao meu lado.
- Não me solta. Bufo. Eu balanco minha cabeça para o lado e
murmuro:
- Eu estou horrível.
Eric beija meu pescoço. Ele me agarra por trás e , apoiando o queixo
na minha cabeça, diz:
- Você não fica feia nem querendo, pequena.
Ele me faz sorrir. Minha cara é desastrosa. Eu sou a antítese da
beleza, e o homem mais esplêndida do mundo acaba de me provar seu amor
e carinho. No final, eu decidi ser prática e dar de ombros.
- A parte boa disso é que em poucos dias passará.
Meu Iceman sorri, e eu escovo os dentes enquanto ele toma banho.
Quando eu sento no vaso sanitário para assistir. Eu amo seu corpo. Grande,
forte e sensual. Eu olho suas coxas, sua bunda e suspiro ao ver seu pênis.
Oh, meu Deus! Como eu gosto. Quando sai do chuveiro tira a toalha e
começa a se secar. Me divertindo com o que vejo, estico a minha mão e toco
o seu pênis. Eric olha para mim e, inclinando-se para trás, diz:
- Pequena, você não está um pouco cansada hoje?
Solto uma gargalhada. Ele está certo. Por um tempo eu assisti
enquanto minha imaginação superaquecida voava e imaginava. Meu rosto
me entrega e Eric pergunta:
- O que você tá pensando ?
Eu sorrio ...
- Vamos , pequena , o que você está pensando ?
Dou risada do seu comentário e pergunto :
- Alguma vez você já teve alguma experiência com um homem?
Ele levanta uma sobrancelha. Ele olha para mim e diz:
- Não gosto de homens, querida. Você sabe disso.
- Eu também não gosto de mulheres. Mas admito que eu não me
importo de jogar com elas às vezes.
Meu Iceman sorri e secando-se, e fala:
- Eu me importo em jogar com um homem. Nós dois rimos.
- E se eu quisesse te oferecer a um homem?
Eric fica paralisado, me examinando com os olhos e responde:
- Eu me recusaria .
- Por quê? É apenas um jogo. E você é meu.
- Jud , eu disse que eu não gosto de homens.
Aceno com um sorriso , mas eu não estou disposto a ficar em silêncio.
- Mas você, fica excitado em ver uma mulher colocando a boca entre
as minhas pernas , certo?
- Sim , muito , pequena .
- Bem, eu gostaria de ver um homem com a boca entre as suas
pernas.
Surpreso, ele olha para mim e pergunta:
- Você está bem?
- Perfeitamente, Mr. Zimmerman. E vendo como ele me olha, eu
acrescento, eu não gosto de mulheres, mas para você, para o seu prazer em
assistir, eu experimentei uma mulher jogando comigo, e reconheço que
tambem tive curiosidade. E realmente, eu gostaria que um homem fizesse a
mesma coisa para você. Você dobra sua cabeça entre as minhas pernas e ...
- Nãoo.
Me levanto e abraço sua cintura.
- Lembre-se, querido: o seu prazer é o meu prazer e nós possuímos
nossos corpos. Você me mostrou um mundo desconhecido . E agora eu
estou com saudades, quero te beijar, como um homem que...
- Bem, vamos falar sobre isso em outra ocasião, me corta.
Fico na ponta dos pés, o beijo nos lábios e sussurro:
- É claro que vou falar sobre isso outra hora. Não duvide.
Eric sorri e balança a cabeça. Em seguida, ele amarra a toalha na
cintura e a deixa cair enquanto me toma nos braços:
- Você sabe, moreninha? Você começa a me assustar.
Após o almoço, Eric vai para o escritório. Promete voltar em poucas
horas . Antes de sair, me proíbe de sair na neve, e eu rio. Marta, que ainda
está aqui, também está em me sondando, e Sonia, me liga angustiada
querendo saber o que aconteceu, mas assim que fala comigo se tranquiliza.
Simona está preocupada. Assistimos juntas a nossa novela, mas não
para de me olhar. Tento fazer parecer que eu estou bem.
Naquele dia, Esmeralda Mendoza, o vilão de Carlos Alfonso Falcons
San Juan, por não conseguir o verdadeiro amor da garota, ele leva seu bebê.
Ele dá os camponeses para levá-lo e fazê-lo desaparecer. Simona e eu, nos
olhamos horrorizada. O que vai acontecer com o pequeno Claudito
Mendoza? Não gostamos!
Quando Flynn volta da escola, estou no meu quarto. Eu estou sentada
no tapete macio conversando no Facebook com um grupo de amigos.
Chamamos as Guerreiras Maxwell, e todos têm um pouco de loucura e
diversão que nós amamos.
- Posso?
Flynn. A sua pergunta me surpreende. Ele nunca pergunta. Concordo.
O pequeno entra e fecha a porta , levanto o rosto para ele, vejo que ele está
branco em décimos de segundo. É assustador. Não esperava ver a minha
cara de mil cores.
- Você está bem?
- Sim .
- Mas o seu rosto ...
Quando eu sorrio e lembro do meu rosto, tentando jogá-lo para baixo,
sussurrando :
- Tudo bem. É uma aquarela de cores, mas eu estou bem.
- Dói ?
- Não
Eu fecho o laptop, e o garoto pergunta novamente:
- Eu posso falar com você?
Suas palavras e, especialmente, o seu interesse, me comovem. Este
é um avanço, e resposta:
- Claro . Vamos . Sente-se comigo .
- No chão ?
Engraçado, eu encolhi de ombros.
- Pelo menos daqui a gente não cai.
O pequeno sorri. Um sorriso! Quase aplaudi.
Ele se senta na minha frente e nos olhamos. Por mais de dois minutos
nos olhamos sem falar. Isso me deixa nervosa, mas estou determinada a
manter seu olhar o tempo que for necessário, como faço algumas vezes com
seu tio. No final, a criança diz:
- Eu sinto muito, sinto muito. Seus olhos se enchem de lágrimas e ele
murmura:
- Você me perdoa?
Estou comovida. O Flyn duro independente está chorando! Eu não
posso ver ninguém chorar. Eu sou uma mole mesmo. Eu não posso!
É claro que eu te perdôo, querido, mas só se você parar de chorar,
ok?
Ele balança a cabeça, e as lágrimas caem, para tirar um pouco da
culpa que sente, eu digo:
- Eu também tive culpa. Eu deveria ter ido para a parede e...
- Foi apenas a minha culpa. Fechei a porta e não te deixei entrar. Eu
estava com raiva, e eu... eu... o que eu fiz é muito ruim, eu vou entender se
o tio Eric me mandar para o internato que dizem Sonia e Marta. Ele me
advertiu que era a ultima vez e eu voltei a decepciona-lo.
A dor e o medo que eu via em seus olhos me destruiiu. Flynn não vai
a nenhum internato. Eu não vou permitir. Sua insegurança me atinge em
cheio no coração e na resposta:
- Ninguém vai saber, porque nem você nem eu vamos dizer a ele, ok?
Flyn não esperava essa reação e, surpreso, olha para mim.
- Você não disse ao meu tio o que aconteceu?
- Não, querido. Eu simplesmente disse que eu estava
escorreguei e caí .
na neve,
De repente, eu lembro do meu pai . Eu acabo de surpeender Flynn e
isso o enfraquece. Eu sorrio. Os pequenos ombros relaxam. Acabei de tirar
um peso dos meus ombros.
- Obrigado, eu já me via no internato.
Sua sinceridade me faz rir.
- Flyn, você tem que me prometer que nunca mais vai se comportar
assim. Ninguém quer que você vá para um colégio interno. É você quem
parece querer com suas ações, você não vê? – Não responde e pergunto:
- O que aconteceu no outro dia na escola?
- Nada .
- Oh , não, rapaz ! Não há mais segredos ! Se você quer que eu confio
em você, você vai ter que confiar em mim e me dizer o que diabos está
acontecendo na escola e por que dizer que você que começou uma briga
quando você não pensa assim .
Ele fecha os olhos, avaliando as conseqüências do que eu vou dizer.
- Robert e os outros caras começaram a me xingar . Como sempre,
me xingam de merda, frango, covarde. Eles zombam de mim porque eu não
sei fazer nada do que eles fazem com o skate, de bicicleta ou patins. Tentei
ignorá-los, como de costume, mas quando George me derrubou e começou
a me dar socos, peguei o seu skate e acertei sua cabeça. Eu não sei o que
eu deveria ter feito, mas ...
- É isso que te falam esses canalhas?
Flynn concorda.
- Eles estão certos. Eu sou um desajeitado.
Amaldiçoo Eric em silencio. Ele, com os seus medos que as coisas
aconteçam, está causando tudo isso. Flyn sussurra :
- Os professores não acreditam em mim. Eu sou o esquisito da classe.
E como eu não tenho amigos que me defendam, eu sempre levo a culpa .
- E seu tio não acredita em você ?
Flyn encolhe os ombros .
- Ele não sabe de nada. Acha que me meto em encrenca porque
tenho esses conflitos. Eu não quero que ele saiba que esses caras zombam
de mim porque eu sou um covarde. Eu não quero decepciona-lo.
Isso me dói . Não é justo que Flynn esteja passando por isso e Eric
não saiba. Eu tenho que falar com ele. Mas olhando para o rostinho oval do
menino sussurro:
- Bater com o skate na cabeça do garoto também não foi uma coisa
boa, querido. Você entende isso, certo? O pequeno concorda, e disposta a
ajuda-lo continuo:
- Mas eu não vou deixar mais ninguém zombar de você novamente.
Seus olhos de repente ganham vida. Lembro-me da minha sobrinha.
- Coloque o polegar contra o meu. E uma vez que eles tocam, a gente
dá um tapinha na mão. – Ele faz o que eu digo e sorri de novo:
- Esta é a senha da amizade entre a minha sobrinha e eu. Agora será
a nossa também, você aceita?
Ele balança a cabeça, sorri, e eu estou prestes a pular de alegria. A
trégua. Eu tenho uma trégua com Flynn. E quando eu penso que nada
melhor pode acontecer, ele diz:
- Obrigado por dormir comigo na noite passada .
Eu dou de ombros para minimizar isso.
- Oh, não, obrigado você por me deixar dormir em sua cama.
Ele sorri e diz :
- A você não tem medo de trovão. Eu sei disso. Você é mais velha.
Isso faz-me rir. Como é inteligente o fodido!
- Sabe, Flyn? Quando eu era pequena, tinha medo de trovões e
relâmpagos. Cada vez que tinha uma tempestade, eu era a primeira a
rastejar na cama com meus pais. Mas minha mãe me ensinou a não ter
medo da chuva.
- E como ela fez isso ?
Eu sorrio. Penso na minha mãe , com seus olhos amorosos, suas
mãos quentes e seu eterno sorriso e digo:
- Ela me dizia para fechar os olhos e pensar em coisas agradáveis. E
um dia me comprou um animal de estimação. Se chamava Callamar. Foi o
meu primeiro cachorro. Minha melhor amiga e minha melhor mascote.
Quando chovia, Callamar ia pra cama comigo, e me acompanhava, isso me
fez enfrentar. Eu não precisava mais ir para a cama com meus pais.
Callamar me protegia e eu protegia ela..
- Onde está Callamar agora ?
Ela morreu quando eu tinha quinze anos. Está com a minha mamãe
no céu.
Essa revelação sobre a minha mãe o surpreendeu . Eu omito
mencionar tudo, parece muito cruel.
- Sim Flyn , minha mãe morreu como a sua. Você sabia? Ela e
Callamar juntas me dão forças para não ter medo de nada . E tenho certeza
que a sua mãe faz o mesmo com você.
- Você acha ?
- Oh, sim, claro que eu acho.
- Não me lembro de minha mãe.
Sua tristeza me tocou, e eu respondo :
-Normal , Flyn . Você era muito pequeno quando ela se foi.
- Eu gostaria de te-la conhecido.
Sua dor é a minha dor, e sou incapaz de prosseguir o assunto,
murmuro :
- Eu acho que você pode conhecê-la através dos olhos daqueles que
amava , como sua avó Sonia , tia Martha e Eric .
Converse com eles sobre a sua mãe assim você vai se lembrar e
saber mais sobre ela. Tenho certeza de que sua avó ficaria encantadade
contar centenas de coisas sobre a sua mãe.
- Sonia ?
- Sim .
- Ela está sempre muito ocupada! Protesta o menino .
- É lógico , Flyn . Se você não deixasse ela tomar conta de você e
cuidar de você, o tempo todo, você tem que seguir com a sua vida. As
pessoas não podem ficar esperando que outros vivam a sua vida, eles têm
de continuar a viver, mas em seu coração sei que você quer isso todos os
dias. Por outro lado, por que chamá-la pelo nome e não avó ?
O garoto deu de ombros e pensa na resposta por um momento.
- Eu não sei. Eu acho que é porque o nome dela é Sonia .
- Você não gosta de chama-la de avó ? Tenho certeza de que ela
adoraria ser chamada assim. Ligue para o telefone dela um dia e vá almoçar
ou jantar com ela. Peça-lhe para lhe dizer coisas sobre sua mãe, e eu Tenho
certeza de que você vai perceber o quanto você é importante para ela e para
sua tia Martha.
O garoto acena com a cabeça . Silêncio. Mas, de repente, diz :
- Eu balancei a coca cola outro dia pra espirrar na sua cara.
Lembrar disso me faz rir. Será que filho da puta! Mas determinada a
não ter ficar com raiva , disse:
- Eu imaginava.
- Você imaginava ?
- Sim .
- Por que você não disse nada ao tio Eric ?
- Porque eu não sou uma fofoqueira, Flyn . E , vendo como me olha,
eu toco seu cabelo escuro, e digo:
- Mas isso não importa. O importante é que a partir de agora vamos
tentar nos dar bem e ser amigos , você acha uam boa ideia?
Concorda. Coloca o seu polegar no meu e mais uma vez faz a nossa
saudação. Eu sorrio .
Seus olhos correm pelo quarto com curiosidade e vejo que para
quando vê algo a direita. Com discrição olho e vejo que é o meu skate e
patins. E logo , eu pergunto:
- Você gostaria de aprender a usar o skate ou patins ? - Flyn não
responde, e sussurro :
- Será algo entre você e eu. Seu tio , até agora, não tem que saber.
Apesar de , mais cedo ou mais tarde , sob o risco de matar a gente, vamos
lhe contar dizer, ok? Gostaria de aprender?
Sua expressão mudou e aceita. Eu sabia!
Eu sabia que Flyn queria aprender coisas novas. Eu rapidamente me
levanto do chão. Ele também se levanta . Eu vou para onde está o skate e o
coloco no chão. Eu subo em cima dele e mostro que eu sei como usar.
- Eu posso fazer isso também?
Para me abaixo e digo :
- Claro , querido. E com um piscar de olhos, ele murmura :
- vou te ensinar a fazer coisas que , quando você uma certa menina
loira ver não vai parar de te olhar.
Flyn ficou vermelho.
- Qual é o nome dela? Pergunto .
- Laura .
Satisfeita até agora pelo momento maravilhoso que eu estou vivendo
com a criança , tomo ele pelos ombros e digo :
- Asseguro-lhe que em poucos meses, Laura e sua turma de canalhas
vão surtar quando verem como você anda com o skate.
O pequeno concorda . Eu olho para ele e digo :
- Vamos ... tentar. Primeiro, coloque um pé no skate e olha como ele
se move.
Flyn olha para mim. Pego suas mãos e, quando o pequenos coloca o
pé no skate, escorrega. Assustada, eu olho e tento acalmá-lo :
- Primeiro ponto: nunca use sem mim.
- Segundo: Para evitar lesões deve estar usando joelheiras,
cotoveleiras e capacete.
- Terceiro, e muito importante: você confia em mim?
Concorda e eu fico animada.
De repente , ouve-se o som de um carro. Eu olho pela janela e vejo
Eric entrando na garagem. Não há necessidade de dizer nada, o garoto sai
do skate estava e se senta ao meu lado no chão novamente. Fingimos. Dois
minutos depois, a porta do quarto se abre, e Eric, nos vê sentados no chão ,
pergunta surpreso :
- Tem alguma coisa errada ?
Flynn se levanta e abraça seu tio.
- Jud me ajudou com a lição de casa .
Eric olha para mim . Concordo com a cabeça . O pequeno se vai . Eu
me levanto . Eu vou para o meu alemão favorito, agarrando pela cintura,
sussurro :
- Você vai ver , qualquer dia desses ganho um beijinhoso deu
sobrinho .
Eric, assustado sorri. Ele me toma em seus braços, e tomando
cuidado para não me bater no queixo , sussurra à procura da minha boca :
- No momento , pequena , meus beijos já tem .
Na parte da manhã, a cor do meu rosto é mais verde do que
vermelho. Eu olho no espelho e me desespero. Como posso ficar com essa
cara ?
Por favor, eu estou pareçendo Hulk, o monstro verde!
Okay...não que eu seja uma beleza , mas me ver assim é terrível,
deprimente. Pobre Eric. Olha a noiva que tem. Estou exatamente como a
noiva cadáver. Eu rio. Eu sou uma tonta . Quando eu voltei para o quarto
esta tocando no rádio a música do Rolling Stones Satisfation e eu canto.
Essa música sempre me faz lembrar dos meus amigos de Jerez. Eu começo
a dançar enquanto canto em voz alta. Eric vem me beijar antes de sair para o
trabalho e , surpreso, me olha da porta, até eu perceber o espetáculo
deprimente que eu estou oferecendo, levanto, mas meus ombros mantem o
ritmo enquanto eu me aproximo dele.
- Eu adoro ver você tão feliz.
Eu sorrio . Eu o beijo .
- Esta canção traz de volta grandes lembranças dos meus amigos.
- De alguém especial?
Concordo com um sorriso maquiavélico. Eric muda seu gesto e, me
dando um apero mais sensual, me pergunta com tom possessivo :
- De quem ?
Rindo com o que eu vou dizer explico :
- De Fernando - E quando seus olhos ficam escuros , eu continuo:
- De Rócio, Laura, Alberto, Pepi, Loli, Juanito, Almudena, Leire ...
Me dá um outro apertão . Muda o seu gesto de uma forma mais
divertida e murmura enquanto aperta minha bunda massageando:
- Não brinque com o fogo pequena,ou você vai se queimar .
- Mmm , eu gosto de me queimar . E balançando , sussurro :
- Você quer me queimar ?
Eric me solta do seu aperto e bufa . Eu o tento . Ele me deseja. Então
sacode a cabeça para ambos os lados.
- Quando você se Recuperar ,prometo te queimar .
- Uau! Eu gemo, e sorrio.
Depois de me dar um beijo.
- Tenha um bom dia , querida.
Dito isso, ele se vai. Ele só se afasto cinco metros de mim e eu já
sinto sua falta . Mas eu marquei de almoçar Frida e eu sei que vou ficar
bem Olhando pela janela , vejo seu carro longe e, de repente , o telefone
toca. Minha irmã .
- Olá, cuchuuuuuuuuuuuuu !
- Olá, gordinha ! Como você está? Digo rindo enquanto eu deito na
cama para falar com ela.
- Bem . Cada dia maior , mas tudo bem. E você como está?
Sua voz soa um pouco triste, mas com a pressa do que aconteceu
segundos antes com Eric, eu respondo:
- Olha, Rachel, não se desespere . Eu estou bem, apesar de eu estar
parecendo com o Incrível Hulk . Dois dias atrás eu caí na neve. Eu fiquei com
o rosto que se parece com uma pintura de Picasso e levei alguns pontos no
queixo . E isso é tudo.
- Cuchuuuuuuuuuuuu , não me assusta !
Ao ver como ela fica assustado , acrescento :
- Mas você não vê que eu estou falando com você? Isso não foi nada.
Não dramatize , eu te conheço.
Por mais de uma hora converso com ela. Ela parece estar bem , mas
não sei alguma coisa não está bem, e... não me deixa feliz. Quando eu
desligo e vou me vestir e desco para a sala de jantar . Simona está
aspirando e ao me ver , pergunta :
- Como você está hoje , senhorita ?
- Melhor , Simona . Já começou a 'Madness Emerald " ?
A mulher olha para o relógio e diz:
- Por todos os santos, corremos ou vamos perder.
Hoje Luis Alfredo Quiñones, depois de andar ao redor do pasto de cavalo
com Esmeralda Mendoza, entre beijos, enquanto eles olham juntos para o
horizonte, e ele lhe promete recuperar seu filho. Simona e eu ficamos
animadas, nós olhamos e suspiro.
Exatamente ao meio dia aparece Frida como de costume e quando
ela me vê fica sem palavras. Embora eu tenha avisado ao telefone, não
pode
deixar
de
ficar
impressionada
ao
ver
meu
rosto.
Sentadas na sala de jantar, que Simona nos preparou enquanto
conversavamos .
- Eu tenho que te contar uma coisa , Frida .
- Diga .
Divertida eu a olho e digo :
- No outro dia eu conheci Betta e llhe dei duas bofetadas e um chute
na bunda. Ok, antes que você diga qualquer coisa , eu sei que estava errada.
Eu sou adulta e eu não posso me comportar como um criminosa, mas hey ,
eu reconheço que eu me senti bem fazendo isso e que se não fosse as
pessoas nos olhando , eu lhe teria dado mais sete.
Ela derruba o garfo, e nós duas rimos. Digo-lhe o que aconteceu e ela
amaldiçoa por não poder ter estado lá e aproveitado como Marta para o seu
tapa desejado. Quando terminou de comer, em vez de sentar na sala de
estar , decidimos ir para o meu quarto. Eu estava muito surpresa que eu
estava saindo e , quando você ela vê a árvore de Natal vermelha no canto , o
meu comentário é:
- Não pergunte .
Encorajado, nós nos sentamos na cadeira vermelha confortável que
Eric me deu, depois de boatos sobre a nossa novela favorita , pergunta:
- Então tudo bem com Eric ?
- Sim . Nós discutimos , nos reconcoliamos e voltamos a discutir.
Certo.
- Fico feliz , ela diz rindo. E sexualmente , ok também?
Eu reviro os olhos e concordo. Nós duas rimos.
- Inacreditável. Sempre que estávamos com Björn formamos um trio
indescritível. Isso me deixa louca venco a paixão nos olhos de Eric. Como
ele me oferece... Oh, Deus, eu amo quando fico entre os dois! Eu nunca
pensei que isso aconteceria ,a princípio parecia chocante.
- Sexo é sexo , Judith . Não há como fugir disto . Se vocês, como um
casal gostam e apreciam , vá em frente!
- Agora eu gosto , Frida . Mas, primeiro, lhe asseguro que pensava
que as pessoas que faziam isso eram depravadas. Mas a sensação que eu
tenho quando sou desejada e quando eles me fazem sua ...
- Cala a boca ... isso me excita . Eu sou uma depravada !
Nós duas rimos , e ela acrescenta:
- Por outro lado, falando de depravação, Eric lhe disse algo sobre a
festa particular de hoje à noite? Eu balancei minha cabeça. Heidi e Luigi dão
grandes festas. Tenho certeza de que você foi convidada, mas com certeza
Eric recusou a oferta, por causa do seu estado.
- Normal. Com esta cara que eu estou . Melhor não me levar para a
festa, para assustar as pessoas, e nós duas rimos . Mas , curiosa ,
perguntando :
- Será que vai ter muita gente?
- Sim. A verdade é que vai muita gente . Eles costumam fazer no bar
swingers , e eu garanto a você lá só vai o melhor dos melhores .
E baixando a voz, ela murmura: No ano passado, em uma dessas
festas foi que eu e Andrew, realizamos, uma das nossas fantasias .
Vendo minha cara, Frida ri e sussurra :
- Fiz um gangbang (1) e Andrew , um boybang(2) .
Gangbang: denomina também as reuniões de sexo grupal entre uma
mulher e vários homens, um homem e várias mulheres ou vários homens, ou
ainda várias mulheres e homens simultaneamente.
Boybang: um homem fazendo sexo com várias mulheres ao mesmo
tempo
E vendo que eu pisquei, sussurrou, Andres escolheu seis mulheres na
festa, e eu escolhi seis homens. Entramos em um dos quartos da casa, e eu
me dei a eles e Andrew para elas. Foi incrível, Judith. Eu era o centro dos
meus homens e estava tentando diferentes posições sexuais com eles.
Deus, você não pode imaginar como eles gostaram, e André, eu lhe
asseguro que fez a mesma coisa com suas meninas. No final, unimos os
dois grupos e fizemos uma orgia. Como eu disse, as festas de Heidi e Luigi
sempre trazem coisas boas .
O que ela me diz parece excitante, mas na minha opinião,
exagerados. Com dois homens eu tenho o suficiente, mas me sinto
aquecida.
Por um tempo, ela explica suas experiências. Todas são mórbidas e
emocionantes. Adoro falar com Frida tão abertamente sobre sexo. Nunca tive
uma amiga com quem pude falar tão abertamente, e eu gosto disso. As cinco
ela se vai. Tem que se preparar para a festa.
Sonia me telefona para ver como eu estou, e depois dela, Marta. Ela
está encantada com a sua nomeação naquela noite. E para dar incentivo e
peço para ela me ligar amanhã e me contar como foi tudo.
Na parte da tarde, Flynn retorna da escola. E eu espeo ele fazer sua
lição de casa no meu quarto. Quando entra eu lhe mostro os patins inline que
ele tinha encomendado para Frida. Ele bate palmas. Depois de colocar as
cotoveleiras, joelheiras e capacete, começamos suas aulas com o skate.
Como esperado, ele se desespera. A primeira coisa a aprender é saber qual
é o centro de equilíbrio de cada um. Demora um pouco, mas finalmente ele
consegue.
Quando ouvimos o carro de Eric, rapidamente deixamos tudo no
lugar. Ele não pode saber que estamos praticando. Flynn corre para sua sala
de estudo, e nós dois dissimulamos muito bem. Eu tiro meus chicletes de
morando
do
bolso
da
minha
calça
e
mastigo.
Quando Eric vem ao meu quarto para me encontrar, encontrar-me sentada
no chão, olhando para a tela do computador.
- Por que você não se senta em uma cadeira? , Ele pergunta.
- Porque eu gosto de sentar neste tapete macio e muito caro. Estou
errada ?
Ele se abaixa e me beija. Está lindo com um casaco azul caro e seu
terno escuro. Seu aspecto executivo é incrível, e eu adoro isso. Ele me puxa
pela mão e eu me levanto , e então, me surpreendendo , me entrega um
lindo buquê de rosas vermelhas.
- Feliz Dia dos Namorados , pequena.
Fiquei boquiaberta.
Pasma e espantada .
Que romântico !
Meu Iceman me comprou um lindo e maravilhoso buque de rosas
vermelhas para o dia dos namorados , e eu naõ lembrei e nem comprei nada
pra ele. Eu sou a pior! Eric sorri . Ele parece saber o que eu pensei .
- Meu melhor presente é você , moreninha. Eu não preciso de mais
nada.
Eu o beijo Ele me beija e sorri.
- Devo-lhe um presente. Mas agora eu tenho algo para você .
Surpreso, ela olha para mim, e tiro o pacote de chicletes do bolso. Te
mostro. Ele sorri. Tiro um. Eu abro e coloco em sua boca.
Divertindo-se com o que isso significa para nós , pergunta:
- Agora você vai deixar os ronchones e sua cabeça vai girar como a
menina do exorcista ?
O riso dos dois é delicioso.
- O novo método é a minha cara verde e os meus pontos. O que
poderia ser mais sexy para o Dia dos Namorados ?
Eric me beija e, quando se separa de mim , eu digo:
- Frida me disse que esta noite vai a uma festa em um bar swingers .
Será que você sabe alguma coisa ?
- Sim . Luigi me ligou para me convidar para esta noite . Mas eu
recusei a oferta. Não, não está muito boa para ir a festas , você não acha ?
- Bem, sim ... mas , hey, se tivesse pelo menos apresentável, eu teria
gostado de ir.
Eric me beija e morde o lábio .
- Pequena viciada , está tão necessitada assim? - Eu rio e balanço a
cabeça , e ele me pressiona contra ele e diz:
- Haverá outros feriados. Eu prometo . E quando ve os meus olhos ,
pergunta:
- Diga moreninha , o que você quer perguntar?
Eu sorrio . Como ele me conhece . E, aproximando-se dele , pergunto:
- Alguma vez você já fez boybang ?
- Sim .
- Uau, que direto!
Eric ri da minha resposta.
- Querida, eu tenho mais de 14 anos de pratica nesse tipo de sexo
para você agora é tudo novo . Eu já fiz muitas coisas, e eu lhe garanto que
algumas delas nunca quero que você faça. Ele me olha sabendo que eu
quero saber mais, e dis:
- Sado.
- Oh , não, isso não quero. E depois de ouvir a risada de Eric, eu
pergunto:
- O que você acha do gangbang ?
Eric olha para mim, por um longo tempo...
paciência está prestes a explodir , responde :
e quando a minha
- Muitos homens entre você e eu. Preferiria que você nunca me
propusesse .
Isso me faz rir, e antes que ele possa dizer qualquer coisa, mudo de
assunto :
- Tenho sede. Você quer beber alguma coisa ?
Feliz da vida com meu buquê de rosas na mão, caminho pelo enorme
e amplo corredor da casa.
De repente, quando entrei na cozinha, Simona olha para mim com um
sorriso, e eu grito :
- Susto !
O animal corre para mim, e Eric pede para ele parar. Ele não quer me
machucar. Mas o animal está louco de felicidade, e eu ainda mais. Depois de
abraçar com cuidado e dizer mil coisas amorosas , eu olho para o meu galã
de olhos azuis , não se importando que Simona está à frente, abraço e
sussurro em espanhol:
- Nem gangbang nem leite! Você é a coisa mais bonita que sua mãe
deu à luz, e eu juro que vou me casar com você agora mesmo de olhos
fechados.
Eric sorri . Está pasmo . Ele me beija .
- A melhor coisa é você. E quando você quiser ... , podemos casar .
Oh , meu Deus! Mas o que eu disse? Acabo de lhe pedir em
casamento? Pode me matar .
Assutado pula em torno de nós, e Eric, parando, comentários,
engraçado:
- Como você pode ver , eu coloquei o lenço no pescoço como você
fez. Por outro lado está extremamente rouca.
- Aisss , como Iceman ! Exclamo rindo e beijando-o.
Apaixonada por esse momento lindo, eu estou tão feliz , que não paro
de me mover de tão feliz que estou , quando vejo algo nas mãos de Simona.
É um filhote de cachorro branco.
- E esta beleza ? Eu pergunto enquanto eu assisto encantada.
Ainda segurando a cintura, nos aproximamos de Simona , e Eric
disse:
Ele estava na mesma gaiola que Susto . Aparentemente, ele foi o
único de sua ninhada , que sobreviveu, e deve ter um mês e meio não me
deixou sair de la queria vir comigo também . Você deveria ter visto como ele
pegou sua boca e saiu da gaiola quando eu chamei. Então, eu fui incapaz de
devolver o cachorrinho para a gaiola.
- Você é muito humano, senhor , diz , Simona , animada .
- Ele é o melhor, concordo feliz. E então, olhando para Susto, eu digo:
- E você, um pai amoroso .
Diante dos nossos comentários, meu Iceman sorri feliz e diz,
observando o cachorro :
- Eu só não sei que raça é .
Com cuidado , eu levo o cachorro . É gordinho e fofo. Lindo.
- É de milhares de raças.
- Milhares de raças ? É mesmo? Que cachorro é esse ? Simona
pergunta .
Eric, que entendeu a minha piada , sorri, e eu , com o filhote em
minhas mãos, deixo claro para Simona :
- Milhares de raças é um cão que é de todas as raças e nada de
nenhuma em especial.
Nós três de nós rimos. Simona , feliz, corre para contar a Norbert .
Deixei o cachorro no chão, e Eric diz enquanto segura Susto para ela não
pulae em cima da gente .
- Você gostou dos seus presentes ?
Encantada e completamente apaixonada , beijo e murmuro :
- Eles são os meus melhores presentes , querido. E você é o melhor .
Eric está feliz. Eu vejo isso em seus olhos.
- No momento, eles podem ficar na garagem até que enham uma
casinha lá fora.
Eu olho para ele . Não acredito , ele é louco!
- Tudo bem ... mas hoje eles podem ficar aqui dentro . Está muito frio.
- Aqui dentro ?
- Sim .
Neste momento, o cachorro , que anda no chão, faz xixi !
Eric olha para mim , sério e pergunta:
- Dentro de casa ?
Piscou pra ele e sussurro :
- Esteja ciente de que eles apenas aumentaram a família. Agora
somos cinco.
Meu Iceman fecha os olhos e entende o que eu disse e antes que ele
diga algumas de suas pérolas , peço :
- Vamos, Eric , eu digo enquanto pego o cachorro . Vamos fazer uma
surpresa para Flyn .
- Susto te dá medo?
Eu balancei minha cabeça .
Silenciosamente , fomos para o seu quarto de jogos.
Cuidadosamente, eu abro a porta e entro com o animal.
- Susto ! - Chora a criança , e abraça Susto.
O riso de Flyn é maravilhoso. Colossal ! E o cão fica de barriga para
cima para coçar a barriga . Por um tempo a felicidade é completa, até que
ele olha pra mim e vê algo em minhas mãos que chama a sua atenção .
Com os olhos arregalados, se aproxima de mim e pergunta :
- Quem é esse?
Eric , feliz e acima de tudo , surpreso com a felicidade que ele vê em
seu sobrinho , explica:
- Quando eu fui à procura de susto , este pequeno estava com ela na
gaiola. Susto não iria deixá-lo sozinho e então veio com a gente.
O garoto , alucinado , olha para o seu tio.
- Dois cães. Dois! - Eu , encantada com tudo , deixo o cachorrinho em
suas mãos.
- Este pequeno será o seu superamigo e supermascote. Portanto,
você que tem que dar o nome pra ele.
Flynn olha para o seu tio, e quando ele vê que ele balança a cabeça
concordando, sorri. Olha pra baixo o cachorro branco e diz:
- Ele vai se chamar CAllamar.
Uma enorme nó de emoções corre na minha garganta quando ouço
isso , e sorrio. O pequeno polegar de Flyn colocado diante de mim , eu
coloquei o meu, e terminamos com um tapa .
Nós rimos. Eric beija meu pescoço e sussurra em meu ouvido quando
ve seu sobrinho feliz:
- Quando você quiser, você sabe... Eu vou me casar com você.
Com o passar dos dias, o meu rosto volta para o que era, e quando o
médico remove os pontos no queixo sob o olhar atento de Eric, sorri para a
obra de arte que ele fez. Sem aviso prévio, e que me faz feliz.
A casa, após a chegada de Susto e Calamar, tornou-se uma casa
cheia de risos, latidos e loucura. Eric, nos primeiros dias protestou.
Encontrou xixi de Calamar no chão, ele está de mau humor, mas finalmente
cedeu.Susto e Calamar o adoram, e ele também os adora.
Todas as manhãs quando eu acordo, eu gosto de olhar para fora da
janela e lá está o meu Iceman , jogando um pedaço de pau para Susto , para
que ele corra atrás dele . O animal já está acostumado. Antes que ele vai
trabalhar, leva uma vara em seus pés, Eric joga e sorri. Alguns finais de
semana convenço Eric e Flynn, a vagar pelo campo nevado com os animais.
Susto o agradece e Eric brinca com ele enquanto Flynn foge ao nosso redor
com o seu animal de estimação. Fico toda animada. Especialmente quando
eu vejo como Eric se aguacha e abraça Susto. Meu frio e duro Iceman, vai se
descongelando a cada dia que passa e a cada dia eu o amo mais .
Também tenho acompanhado Eric em várias ocasiões ao campo de
tiro olímpico. Ainda não gosto de armas, mas eu gosto de ver o quão bem ele
faz. Sinto-me orgulhosa. Uma das manhãs que estamos ali, ele me
apresentou a alguns amigos , e um deles perguntou eu era espanhola .
Rapidamente, balancei a cabeça e disse: “brasileira”.Imediatamente, o
homem diz: "Samba, caipirinha”. Concordo com a cabeça e sorrio. Vê-se que
, dependendo de onde você está, você persegue um sambista. Eric olha para
mim surpreso e finalmente sorri . Naquela noite, quando fazemos amor,
sarcasticamente sussurra em meu ouvido:
- Vamos,brasileira, dance para mim.
Flynn já percorreu um longo caminho com o skate e patins. O menino
é inteligente e aprende rapidamente. Nós fazemos as escondidas, quando
Eric não está . Se ele nos visse, nos mataria! Simone sorri e Norberto
murmura. Percebo que o senhor ficará bravo quando descobrir. Eu sei que
você está certo, mas eu não posso parar minhas aulas com o garoto. Suas
atitudes em relação a mim mudaram, e agora procura sempre pedir pela
minha ajuda.
Eric , por vezes, nos observa , e sabe que entre nós ocorreu algo para
que tenha ocorrido essa pequena mudança. Quando ele pergunta ,eu digo
que foi por causa da chegada dos animais na casa. Ele balança a cabeça,
mas não se convence. Sem mais perguntas .
O primeiro dia que eu posso fugir eu pego a Jurgen, a moto é incrível.
Tantos dias de inatividade em casa quase me deixu louca , então eu salto ,
grito com a Jurgen derrapandoperto dos amigos pela estrada de Munique. Eu
digo ao Eric. Mas o problema é que nunca acho que é o momento.
Isso começa a me atormentar . Nossa base é a confiança , e desta
vez eu estou falhando.
Uma tarde, quando eu estou ocupada com a minha moto na garagem,
Flynn chega da escola.
Ele olha para mim e o vejo olhando espantado para a moto. Eu
recordo. E quando digo que a moto é de sua mãe e que tem que manter
segredo de seu tio , pergunta:
- Você sabe como usá-la?
- Sim - eu digo , com as mãos sujas de gordura .
- Tio Eric estava com raiva.
A frase me fez rir. Todos, absolutamente todos, sabemos que Eric
está com raiva . E eu respondo , olhando para ele :
"Eu sei , querido. Mas o tio Eric, quando ele me conheceu , ele sabia
que eu estava fazendo motocross. Ele sabe e tem que entender que eu
gosto desse esporte .
- Ele sabe?
"Sim", eu digo, e sorrio ao lembrar como ele soube .
- E ele deixa?
Sua pergunta não me surpreendeu , e olhando para ele , eu digo:
- Seu tio não tem que deixar. Sou eu que decido se quero ou não
fazer motocross. Os adultos decidem , querido.
O garoto , não muito satisfeito , acena , e pergunta novamente :
- Sonia te presenteou com a moto da minha mãe?
Eu olho para ele , e antes de contestar , pergunto:
- Você se importa se ela fez ?
Flyn não pensa. E então responde:
-Não. Mas você tem que me prometer que irá me ensinar .
Eu sorrio , solto uma gargalhada e digo :
- Você quer que seu tio me mate?
Uma hora mais tarde , Eric me telefona . Ele tem uma partida de jogo
de basquete e quer que ele vá para o centro de esportes .Encantanda,
aceito. Eu uso jeans, minhas botas pretas e uma camiseta Armani . Eu saio,
pego um táxi, e quando eu chego ao endereço que ele me deu , eu sorrio ao
vê-lo encostado em seu carro me esperando .
Eric paga o táxi, e à medida que caminhamos para o vestiário , ele
murmura :
- Por que você não me contou sobre o jogo ?
Meu garoto sorri, me beija e sussurra :
- Acredite ou não , eu esqueci. Se não fosse por Andres , que me
ligou no escritório, eu nem me lembraria!
Quando chegamos ao vestiário , ele me beija .
- Vá para as arquibancadas. Frida está lá .
Feliz com a vida e o amor , sigo a caminho da arquibancada . Frida
está ao lado de Lora e Gina . Minha relação com elas mudaram. Me
aceitaram como a namorada de Eric e fico agradecida. Lora , a loira , ao me
ver , sorri e diz :
- Chegou minha heroína.
Surpresa, eu a olho , e sussurra :
- Ouvi dizer que você deu a Betta o que ela merecia.
Olho para Frida reprovando-a pela sua atitude de ter contato, ela diz :
- Não me olhe assim, eu não contei nada .
Lora sorrie , voltando para mim , diz :
- Quem me disse foi a mulher que estava com Betta .
Assento, sorrindo.
- Por favor, não quero que Eric descubra . Eu não gostaria de dar a
ele outra decepção.
Todas estão de acordo e logo depois os meninos entram em campo.
Como esperado, ele me deixa louca . Vendo como ele é agil e corre no
campo. Mas desta vez, apesar de seus esforços , eles perdem o jogo por
três pontos.
Quando terminam, deixam o campo , e Eric ao me ver, me beija . está
todo suado.
Vou tomar banho , querida. Já volto.
Na sala onde costumamos esperar, ficamos só eu e Frida. Lora e
Gina sumiram. Fofocamos alegremente, até que Eric e Andres chegam , e
Andres diz:
- Bela , mudança de planos. Nós iremos para casa .
Frida , surpreendida, protesta.
- Mas iriamos ficar com Dexter em seu hotel .
Andres concorda, mas diz:
- Não posso. Surgiu um imprevisto e eu tenho que resolver.
Vejo Frida resmungar .
- Quem é o Dexter ? Eu pergunto.
Ela olha para mim , e diante dos olhos atentos do meu Iceman ,
responde :
- Um amigo com quem jogamos quando estamos em Munique. Eric o
conhece também, certo?
Meu menino acena com a cabeça .
- Ele é um grande cara .
Jogo ?Sexo ? Meu corpo se excita e , aproximando-se de Eric, e digo
:
- Por que não podemos ir a esse encontro?
Ele parece surpreso, e eu insisto :
" Eu quero jogar . Vem ... vem .
Meu Iceman sorri e olha para Frida , em seguida, olha para mim e diz:
- Jud , não sei se você irá gostar do jogo de Dexter .
Espantada , olho para ele , e quando ele não me diz nada , pergunto a
Frida :
- Ele é Sado?
- Não e sim - responde Andres antes da risada de Eric .
Frida encolhe os ombros .
-Dexter gosta de dominar , brincar com as mulheres e dar ordens. Não
é sado . Ele é exigente, mórbido e insaciável. E foi muito divertido quando
nos encontramos.
Eric se despede de seus companheiros e me agarra pela cintura :
- Venha, vamos para casa .
Eu olho para ele , e insisto:
-Eric , eu quero conhecer Dexter .
Meu Iceman me olha, me olha de novo e de novo, e finalmente aceita
.
- Tudo bem, Jud . Nós iremos.
Andres ligou e disse sobre a mudança de planos. Dexter concorda ,
encantado .
Rindo , nós entramos em os nossos carros, nos despedimos e cada
casal faz o seu caminho . Nós enfrentamos o tráfego de Munique. Ele está
em silêncio. Pensativo . Eu cantarolo uma canção no rádio e, de repente , ele
para o carro. Ele olha para mim e pergunta:
- Então, está tão ansiosa para jogar?
A sua pergunta me surpreende , e respondo :
- Ei ...se isso te incomoda , não iremos . Achei que você poderia
gostar.
- Eu te disse que para mim o jogo no sexo é um complemento, Jud , e
...
- E para mim também, querido " eu digo. E olhando para ele de frente,
esclareceu : " Você me ensinou que isso é uma coisa de dois. Quando você
põe, eu aceito. Por que você não pode aceitar e ver deste modo quando sou
eu que proponho?
Ele não responde. Apenas me olha. E num encolher de ombros ,
acrescenta:
- No final , é apenas um suplemento que ambos desfrutamos, não é ?
Depois de um silêncio, Eric respira, diz suavemente:
- Dexter é um cara bom. Nós nos conhecemos há anos e quando
estamos em Munique, sempre nos encontramos.
- Para jogar ? Pergunto sarcasticamente.
Eric concorda.
- Para jogar, comer, beber ou apenas fazer negócios .
- Você está animado que eu pedi para jogar com ele?
Meu alemão crava seus olhos deslumbrantes em mim e me faz
queimar, sussurra:
- Muito .
Concordo, e Eric me diz que chegamos . Faz um frio de congelar. Me
encolho toda e começo a andar de mãos dadas com Eric . Me sinto segura.
Sua mão se encaixa a minha tão bem que eu sorrio, satisfeita. Em seguida,
vejo que vamos direto ao um hotel , e leio; NH Munchen Dornach .
Quando entramos , Eric pergunta pelo quarto do senhor Dexter
Ramirez. Nos indicam o número, e logo o telefona para comunicá-lo de
nossa chegada. Eric e eu entramos no elevador. Estou nervosa.Tão especial
é esta Dexter ? Eric, agarra minha cintura, sorri, me beija e sussurra :
- Calma, tudo vai ficar bem . Eu prometo .
Chegamos a uma porta que está entreaberta . Eric empurra com os
dedos e o ouço dizer em espanhol:
-Eric , entre.
Minha vagina começa a lubrificar . Eric pega meu braço e fecha a
porta :
- Venha .
Entramos em uma sala grande e bonita. À direita, há uma porta aberta
onde eu vejo a cama. Eric me observa . Ele sabe que eu estou olhando para
tudo com curiosidade. Ele se aproxima de mim e pergunta:
- Excitada?
Eu olho para ele e balaço a cabeça . Eu não vou mentir . Nesse
momento, entra um homem na idade de Eric em uma cadeira de rodas.
-Eric , amigo! Como você está?
Ele se cumprimentam com a mão, e , em seguida, o homem vagueia
meu corpo com os olhos e diz:
- E você deve ser Judith, a deusa que tem o meu amigo atordoado,
para não dizer apaixonado, certo?
Ele me faz sorrir , embora eu estou surpresa de vê-lo naquela cadeira
.
- Exatamente - eu digo. - E para que conste eu adoro tê-lo atordoado
e apaixonado.
O homem , depois de cruzar um olhar divertido com Eric , pegua a
minha mão e a beija,
E murmura galanteios :
- Deusa, eu sou Dexter, um mexicano que se caiu aos seus pés.
Uau, mexicano! Como a novela " Loucura Emeralda". Ele me faz sorrir
, embora me dói vê-lo em uma cadeira de rodas . Ele é tão jovem ! Mas
depois de cinco minutos de conversa com ele, estou consciente da vitalidade
e seu desprendimento.
- O que você quer beber ?
Nós dizemos e Dexter abre um mini-bar e prepara . Me observa . Ele
me olha com curiosidade , e Eric me beija. Quando nos serve, sedenta, dou
um grande gole em minha bebida.
- Eu gosto das botas de sua esposa .
Surpreso com o comentário , eu toco minhas botas . Eric sorri, depois
de me beija no pescoço e diz :
- Querida, tire a roupa.
Como? Nesse frio ?
Droga, tudo bem!
Estou disposta a fazer , sem nenhuma vergonha , e faço. Eu quero
jogar . Eu pedi . Eric e Dexter me olham enquanto tiro minhas roupas , eles
estão excitados . Uma vez que eu sou completamente nua , Dexter diz:
- Eu quero que você coloque as botas novamente.
Eric olha para mim . Lembro-me de que Frida disse que ele gosta de
mandar . Entro em seu jogo , pegue as botas e as coloco. Nua e com minhas
botas pretas, me sinto sexy e perversa.
- Caminhe até o fundo da sala . Eu quero vê-la.
Eu faço o que ele me pede . Os dois olham para minha bunda quando
eu ando e passo por eles. Eu vou até o final da sala e volto. O homem olha
no meu monte de Vênus .
Bonita sua tatuagem. Como dizemos no meu país, meu pai!
Eric concorda. Tome um gole de uísque e responde sem tirar os olhos
grandes sobre mim:
-Maravilhoso.
Dexter estende a mão , passa pela minha tatuagem e , olhando para
Eric , diz:
- Leve-a para a cama , cara. Estou morrendo de vontade de jogar com
a sua esposa.
Eric pega a minha mão , se levanta e me leva para o quarto ao lado .
Me coloca nua de quatro em cima da cama, depois abre minhas pernas, e
diz:
- Não se mova.
Emocionante . Tudo isso parece emocionante.
Eu olho para trás e vejo que Dexter está se aproximando de nós em
sua cadeira. Chega até a cama . Toca em minhas coxas , na parte interna
das minhas pernas e suas mão chegam até o meu trazeiro . Ele me açoita.
Em seguida, me da outro golpe, depois outro, e diz:
- Eu gosto de traseiro vermelho.
Então coloca a sua mão na minha fenda e brinca com meus lábios
molhados.
- Sente-se na cama e olhe para mim.
Obedeço.
- Deusa ...meu brinquedinho não funciona , mas me excito só em
tocar, ordenar e olhar. Eric sabe o que eu gosto. – Ambos sorriem - Eu sou
um pouco mandão , mas eu espero que nós três nos divertimos , embora eu
avisei o seu namorado que a sua boca é só dele.
- Exatamente. Só dele – concordo.
Ele me da um sorriso mexicano , e antes que diga alguma coisa, eu
digo:
-Eric sabe o que você gosta , mas eu quero saber como você gosta de
mulheres .
-Quentes e mórbidas. E sem deixar de me olhar , pergunta
- Eric, sua mulher é assim ?
Meu Iceman me olha com luxúria e acena.
- Sim, é .
Sua segurança me faz suspirar e disposta a ser tudo o que ele diz que
eu sou, eu o animo:
- O que você quer de mim , Dexter ?
O homem olha para Eric, depois de concordar, diz :
- Eu quero te tocar , te amarrar , te chupar e te masturbar . Eu faço o
jogo , te pedirei postura e passerei a dizer como fazer. Você está pronta ?
- Sim .
Dexter pega uma bolsa pendurada na sela e diz estendendo-a:
- Eu tenho alguns brinquedos não utilizados quero testá-lo .
Eu abro a bolsa . Eu vejo uma jóia anal . Desta vez com cristal rosa.
Estou surpresa e sorrio. Será que é a moda agora na Alemanha? Curiosa ,
abro uma caixa onde há uma corrente com uma espécie de grampo em cada
extremidade , e quando o fecho, eu vejo um casal de dildos . Eles são
macios e ásperos . Um deles é um equipamento com vibração. Dexter
explica:
- Eu quero introduzir dentro de você, se você me deixar , é claro.
Eric me apertou contra ele e disse com voz rouca:
"Ela vai , né , Jud ?
Concordo.
Calor ... , eu sinto uma grande quantidade de calor .
Dexter pega o saco, leva a caixa que eu abri segundos antes , eu
murmura:
- Dá-me os seus seios . Vou colocar estes grampos.
Eu não sei o que é. Eu olho para Eric, ele me toca e diz :
- Calma , não vai doer. Esses grampos são suaves .
Eu levo meus seios para o homem , e depois coloca a garra em um
mamilo e depois o outro grampo no outro mamilo. Meus seios são unidos por
uma corrente, e quando puxado, meus mamilos esticam , e eu suspiro
sentindo um grande formigamento .
Dexter sorri . Aproveita, e sem tirar os olhos escuros de mim ,
sussurra baixinho:
- Eu quero vê-la amarrada na cama se masturbando, e , sem seguida,
quero ver como transa com Eric.
Ofegante e pronta para qualquer coisa , eu me levanto , eu puxo as
cordas que estão no saco e ofereço-as ao meu amor. Murmuro:
- Amarre - me .
Eric olha para mim, agarra as cordas e , na minha boca , sussurra:
- Você tem certeza ?
Eu olho em seus olhos, está totalmente animado com o que vê,
condordo:
- Sim .
Eu deito na cama . Meus mamilos , esticam e encolhem . Eric amarrou
minhas mãos e passa a corda através da cabeceira. Então eu amarrei o
tornozelo , que se liga a um lado da cama e, eventualmente, outros . Eustou
com a perna completamente aberta e imobilizada por eles.
Dexter, com habilidade , movendo-se da cadeira para a cama, me
olha . Puxa a corrente de
meus mamilos , e eu lamento .
-Eric ... , você tem uma mulher muito quente.
- Eu sei, com o olho me acena .
Minha vagina lubrifica -se, e Dexter adiciona :
- Você gosta de sado , deusa ?
Eric sorri, e eu digo :
-Não.
Dexter balança a cabeça e pergunta novamente :
- Te excita usar o seu corpo para o nosso próprio prazer?
- Sim - eu respondo.
Volta ao puxar a corrente , e meus mamilos endurece como sempre.
Eu suspiro , choro, e pergunta novamente :
- O que eu faço te dá tesão?
- Sim .
Passa um consolo azul em minha vagina molhada.
- Quero usá-lo , usá-lo e você gosta ?
Com os olhos contaminados no momento, olho para Eric . Seu olhar
diz tudo. Aproveite. E com a voz sensual , sussurro :
- Use - me , usa-me e desfruta-se de mim.
Eric deixa escapar um gemido . Ele ficou louco com o que eu disse.
Pega a corrente de meus seios e puxa. Eu suspiro , ele me beija . Coloca
sua língua profundamente em minha boca, como os meus mamilos
agradando cada atração.
Satisfeito com o que você vê , o mexicano acaricia o interior das
minhas coxas com as mãos macias. Eric para seus beijos e nos observa . Ao
ver animado, ele diz :
- Abre-a .
Eu faço o que pediu e ele coloca o consolo azul celeste na minha
boca.
- Chupe-o – exige.
Por alguns minutos , Dexter desfruta de meus lábios , até tirá-lo da
minha boca.
-Eric ...agora eu quero que ela chupe você .
Meu alemão, encantado, direciona seu pau duro em minha boca.
Introzuz em mim e eu chupo , degustando-o . deixo que foda minha boca,
até que volto a escutar:
- Pare.
Sinto-me devastada. Meu Iceman retira sua maravilhosa ereção da
minha boca. Dexter molha a ponta do vibrador com uma quantidade
abundante de lubrificante e diz para que coloque em minha fenda molhada :
- Agora por aqui.
Eric fica do outro lado da cama, abre minha vagina com os dedos para
facilitar o acesso , e Dexter introduz lentamente .
- Você gosta disso? Dexter pergunta .
Ofegante , eu me movo e concordo, Eric, meu amor, me olha e sei
que me oferece.
- Que boas vibrações !murmura o mexicano.
Por um momento, aquele extranho move o vibrador dentro de mim.
Mete ... , tira ..gira....ele se transforma ... , puxa a corrente de meus mamilos
, e eu suspiro . Eu fecho meus olhos e deixo-me levar pelo momento . Meu
corpo atado se transforma . Move-se e grito. Animada por estar amarrada,
abro os olhos e olho para o meu amor. Ele sorri e toca seu pênis. Que está
duro.
Pronto para jogar .
- Eu gosto do cheiro de sexo - Dexter murmura , e mete o vibrador de
uma maneiro no meu corpo que volto a gritar arqueando-me . Então ...vamos
lá , deusa, venha para mim !
O vibrador entra e sai de mim , arrancando gemidos descontrolados, e
quando a minha vagina chupa o vibrador , Dexter o tira. Eric fica entre as
minhas pernas com seu pau duro e eu grito de prazer.
Dexter volta a sentar em sua cadeira. Tira as correntes de meus
peitos e me movo como posso. Estou atada de pés e mãos , e eu só posso
suspirar e gemer e receber os golpes do meu amor , enquanto Dexter
remove grampos de meus mamilos doloridos, e sussurra :
- Deusa , levanta o quadril ... Vamos lá ... , receba-o . Sim. ..assim .
Eu faço o que pede. Desfruto das estocadas enquanto o ouço
sussurar entre os dentes.
-Eric , cara. Forte ... , dá-lhe com força .
Eric me beija . Devora minha boca e , afundando -me com força , me
faz gritar. Dexter pergunta . Exige. Nós damos . Desfrutamos daquele
momento , e quando não podemos mais, paramos.
Com respirações irregulares , Eric desata minhas mãos, enquanto
Dexter desamarra meus pés. Eric me abraça e sorri. Eu faço o mesmo
quando Dexter murmura:
- Deusa , você é muito quente. Estou certo de que vai desfrutar muito.
Venha . Levanta-se .
Eu faço o que me pede. Dexter me agarra pela bunda, me aperta e
coloca sua boca sobre meu monte de Vênus . Ele morde . Seus olhos param
em minha tatuagem e sorris. Eric se levanta, se coloca atrás de mim, e, com
os dedos, me abre para seu amigo .Deus , tudo é tão quente!
Dexter desliza sua língua ao longo do interior dos meus lábios
internos e pede para me me mova em sua boca. Eu faço. Subo em seus
ombros para dar maior acesso , enquanto o Eric me mantém na parte de trás
. Meus quadris balançar para trás e para a frente , enquanto Dexter, com
intensidade , me aperta contra sua boca pressionando minhas nádegas,
enrijecendo-a . Ela fica vermelha, e eu deixo.
Durante vários minutos em silêncio ele me faz sua. Não há música .
Apenas ouço nossos corpos, nossa respiração ofegante, nossos gemidos e
os sons las lambidas gostosas de Dexter. Eric, enlouquecido com o que vê ,
toca os meus mamilos enquanto Dexter se deleita com o meu clitóris, eu
murmuro alegre :
- Sim ...ai ... ai.
Doentio. ..Isso é doentio em estado puro.
Meus suspiros aumentam. Vou gozar outra vez , mas então, Dexter
para , e depois de dar um beijo no meu monte de vênus , me faz sair de seus
ombros e sussurra enquanto sua cadeira rola para trás .
- Ainda não, deusa ...ainda não .
Eu estou quente. Muito quente. Eric se senta na cama e , depois de
me beijar-me no pescoço, diz , assumindo o comando da situação:
-Apoia-se em mim e abre suas pernas quando eu lhe oferecer a outro
homem .
Meu estomago se contrai. Estou com calor, encharcada , molhada e
com vontade de gozar. Assim que estou na posição em que ele quer , apoia
seu o queixo no meu ombro direito , toca um dos meus mamilos com o
polegar e pergunta, sob o olhar vigilante de Dexter:
- Você gosta de ser o nosso brinquedo ?
A minha resposta é clara e contundente , mesmo com uma pequena
voz .
- Sim .
O riso de Eric no meu ouvido me excita , e diz beijando meu ombro:
- A próxima vez irei te compartilhar com um homem, ou quem sabe
dois, o que você acha ?
Meu olhar penetra Dexter . Ele sorri .Hiperventilado , mas eu digo ,
animado :
- Parece bom. Eu desejo.
Eric concorda, e expondo -me completamente ao seu amigo,
sussurra:
- Quando estivermos com eles , abrirá suas pernas assim...
Ele faz com minhas pernas o que quer, e eu suspiro , enquanto Dexter
nos olha com luxúria.
- Eu vou te oferecer . Convidá-los a te saborear. Eles vão tirar de você
o que quiser e você vai obedecer. -Concordo . Quando seus orgasmos me
satisfazerem, eu vou te foder enquanto eles assistem e, quando acabar,
ordenarei que eles te fodam . Irão te foder , possuir, e você gritar de prazer .
Quer jogar assim, Jud ?
Quero responder , mas eu não posso. Um nó na garganta não deixa
as minhas palavras sairem, e eu ouço novamente :
- Você quer ou não jogar?
- Sim – consigo responder.
Um zumbido me dá arrepios . Eric em suas mãos tem o vibrador em
forma de batom que eu carrego na minha bolsa. Quando ele pegou? Então
me da o plug anal rosa de vidro e o lubrificante, e sussurra :
- Agora você vai ate o Dexter - diz , entregando-me a jóia e
lubrificante. E ele vai pedir para introduzir a joia na sua bunda linda, e depois
volte aqui novamente.
Pego as coisas que me dá , e excitada, faço o que me pede. Nua
vestindo apenas minhas botas, caminho ate Dexter vermelha. Eu entrego a
jóia e o lubrificante. Alucinado vejo-o olhando para o meu monte de Vênus .
Minha tatuagem o excita .
- Eu quero tocá-la. Parece tão legal ...
Aproximei-me dele , e com o desejo, passa a mão sobre o meu monte
de Vênus e devora com seus olhos. Uma vez que ele faz, eu viro, levanto
minha bunda no ar, sem falar, escuto abrindo o lubrificante, segundos
depois, noto uma pressao em meu anus, até que introduz a joia anal.
-Precioso – ouçu-o murmurar .
Quando incorporo , Dexter me agarra pela cintura e diz enquanto
move a jóia dentro de mim :
- Sua tatuagem, eu vou pedir mil coisas , deusa, não se esqueça .
Volto com Eric . Sento-me sobre ele, e Dexter sussurra com a voz
rouca :
- Ofrereceme-a , Eric.
Meu Iceman passa seus braços por debaixo de minhas pernas e a
abre . Minha boceta molhada esta aberta e a cara de Dexter vibra. Ele
respira pesadamente e fecha os olhos . Minha entrega o deixa louco.
Também respiro com dificuldade. Estou muito excitada . Exaltada.
Estou à beira do orgasmo. Ofegante, arqueio os quadris em busca de algo ,
de alguém , e é o meu dedo que no fim, passa por meu sexo molhado. Sem
nenhuma vergonha, eu mesma o introduzo em minha vagina, enquanto Eric
me incentiva a continuar com o jogo e sei que Dexter gosta. Vejo em seu
rosto. Aberta e exposta como ele quer, sinto que retira o dedo para introduzir
um dos vibradores.
Grito de excitaçao enquanto Dexter coloca e tira rapidamente do meu
interior. Mas eu quero mais . Eu preciso de mais , e quando coloca o vibrador
no meu clitóris inchado como um professor, me faz gritar. Com experiência,
enquanto Eric segura as minhas pernas, Dexter distância e coloca o vibrador
para o ponto exato do meu prazer , Dexter se distancia e coloca o vibrador
no ponto exato do meu prazer, ele chicoteia, convulsiono, ofegante ouçu-o
dizer:
- Deusa ...goze agora mesmo para nós.
- Sim ... Eu grito , enlouquecida.
Com seu dedo, toca meu clitoris inchado e grito . Estou molhada,
muito molhada, e pergunto surpreendendo-o:
- Dexter ... , chupe-me , por favor.
Meu pedido o desperta . Eric se inclina para frente para facilitar a ação
de seu amigo, que momentos depois coloca a boca na minha umidade
.Enlouquecida , estou de volta em sua boca. Dexter chupa, lambe , envolve e
estimula a minha buceta até o clitóris . É comovente , e eu suspiro . Puxa
meus lábios , solto um gemido . Isso me deixa louca , e quando gozo em
sua boca, murmuro :
- E delicioso.
Exausto, eu sorrio quando Eric me pega com força, me coloca de
quatro sobre a cama , brusco e sem falar, me penetra .
Superexcitado pelo que ele viu , louco, mete em mim, enquanto eu ,
rasgada, me abro para recebê-lo de bom grado. Uma, duas, três ... , mil
vezes mais profundo, enquanto me agarra pela cintura por trás, penetrandome sem piedade. Uma chicoteada , duas, três . Grito. Ele agarra meu cabelo,
puxa –o de volta e sussurra:
- Arquei-e os quadris.
Eu faço o que eu peço.
- Mais - exige no meu ouvido.
Sinto-me como uma egua montanda enquanto Eric me estoca uma e
outra vez sob o olhar atento de Dexter . De repente , Eric se levanta, restira a
jóia do meu ânus e empurra sua ereção. Eu caio na cama , segurando os
lençois ofegante. Sem nada de lubrificantes ...dói ... mas uma dor que gosto
. Leva-me a pedir mais. Eric me pressiona contra ele, e me da outra
estocada e pergunta:
-Mova-se Jud, Mova-se.
Eu mme movo. Suas conexões são devastadoras . Flamejantes.
Sensuais . Eu pulo mais e mais , até que Eric me agarra pela cintura e me dá
uma estocada que me faz gritar enquanto o orgasmo toma conta e emociona
a nos dois.
Exausto com o que acabamos de fazer , Dexter assiste -nos da sua
cadeira. Aproveita. Ele gosta do que vê . Eric propõe a tomar um banho, e
quando estamos sozinhos , pergunta com cautela:
- Tudo bem , querida?
- Sim .
Eu adoro o jeito que se preocupa quando estamos sozinhos . A agua
passa por nossos corpos e rimos. Eu pergunto a Eric por que Dexter está em
uma cadeira de rodas e me diz que foi o resultado de um acidente com seu
planador . Isso me entristece . Ele é tão jovem ... Mas Eric , exigente, me
beija . Ele não quer falar sobre isso e traz-me de volta à realidade quando ele
introduz novamente a jóia em meu anus. Quando saimos do chuveiro, Dexter
continua de onde paramos , com o vibrador na mão . Ele está cheirando e ,
quando ele me vê , ele diz :
- Eu adoro o cheiro de sexo.
Seus olhos me dizem o quanto me deseja, e sem pensar, aproximo
meu rosto do dele
e murmuro lembrando de uma palavra de " Loucura de esmeralda."
- Agora eu vou te pegar , Dexter .
Eric olha para mim, surpreso. Dexter olha para mim, boquiaberto. O
que ela disse?
Nenhum dos dois entendeu o que eu disse. O brinqquedinho de
Dexter nao funciona.
-Como é que você vai fazer? Depois de explicar a Eric o meu
proposito , ele sorri. Com a sua ajuda , Dexter sentou-se em uma cadeira
sem braços, e amarraos um dos pênis vibratório com aneis em sua cintura.
Divertido, Dexter olha para o penis ereto e zomba .
- Deus , quanto tempo sem me ver assim!
Sem mais, beijo Eric . Minha bunda fica na altura de Dexter e Eric
move minhas nadegas tentando mover minha joia anal. Ele faz . Dexter entra
no jogo e aperta as nádegas para deixa-las vermelhas . Eric me beija e
sussurra em minha boca :
-Voce me deixa louco, amor.
Eu sorrio . Eric sorri . Olha para o seu amigo e pergunta:
- Dexter, lhe ofereço minha mulher.
Ele pega a minha mão , me senta sobre ele e abre minhas pernas .
Ele toca com a mão em minha jóia e sussurra em meu ouvido :
- Deusa ...você é quente. Eu amo a sua entrega.
Eu sorrio , e quando a boca de Eric toca minha vagina, me contraio.
Dexter me agarra , enquanto eu me movo, suspirando e grito pelas as coisas
maravilhosas que o meu amor faz. Ainda mais disposta a esquentar os dois,
sussurro :
- Sim ...Há ...Assim ...Assima ...Mais .. Oh, sim ! ... Eu gosto ... Sim. ..
Sim.
Eric joga com a língua em meu clitóris novamente. Em torno dele,
pegá-lo com os lábios e puxa, enquanto Dexter me oferece e toca meus
seios. Com a ponta dos dedos duros, o aperto. Meu Iceman se ocupa em
minha vagina arrancando suspiros e gemidos loucos de prazer. A respiração
de Dexter acelera em alguns momentos , quando Eric me recebe em num
piscar de olhos me penetra , nos tres gememos . Meu amor se inclina contra
a parede para afundar -me uma e outra vez duro, até que os dois ,
finalmente, gozamos. Gostosa e altamente excitada , olho para Dexter , que
esta quente . E, aproximando-se dele , murmuro :
- Agora você .
Me sento sobre ele me introduzindo em seu penis com anel. Eu dou o
controle remoto, e ele vibra . Eu sorrio . Dexter sorri . Como uma deusa do
pornô , eu passo uma e outra vez à procura do meu próprio prazer ,
enquanto esfrego meus peitos contra ele levando-o em sua boca. Dexter,
com as mãos segurando minha cintura e começa a dançar a mesma música
que eu. Com a força me estoca mais uma vez , enquanto eu grito
enlouquecida de bom grado pela brutalidade disso.
Eric, nos assiste , está do nosso lado . Ele não diz nada. So observa
enquanto Dexter me agarra com força e me puxa de novo e de novo sobre
ele. Ansiosa e animada , grito :
- Assim ... Foda-me assim ... Oh, sim !
Minha vagina está totalmente aberta ao redor do anel e gemendo,
olho em seus olhos .
- Vamos, Dexter, me mostra o quanto me desejas.
Minhas palavras lhe aliviam. Seu desejo cresce e eu sinto que
obscurece a mente .Dexter , quente, me puxa sobre o anel . Ele gosta do que
faz . Eu vejo isso em seus olhos. Ar escapa de sua boca.
- Não pare ... Não pare ! Eu grito.
Dexter não poderia ter parado , mesmo que ele queria , e quando eu
pressionei uma última vez contra o cinto e soltei um grunhido de satisfação ,
eu sei que eu o tive. Dexter desfrutou tanto como Eric e eu.
Uma tarde, eu e Flyn patinávamos na garagem escondidos, de
repente , a porta da garagem começa a se abrir . Eric chega antes do tempo.
Nós dois ficamos paralisados.
Se formos pegos, levaremos uma bronca!
Reajo rapidamente , pego o garoto e saímos da garagem . Mas Eric
esta em nossos calcanhares e não sei o que fazer. Isso não nos dá tempo
para tirar os patins ou chegar a algum lugar .
Como uma louca, eu abro a porta que dava para o deck da piscina. A
criança olha para mim, e eu me pergunto:
- Bronca, ou na piscina ?
Nada de pensar. Vestidos e de patins, nos jogamos na piscina e
ficamos na beirada apenas com a cabeça fora da agua. A porta se abre, e
Eric olha para nós . Com rapidez nos apoiamos na beira da piscina . Nossos
pés com patins estão submersos .
Atônito, Eric vem até nós e pergunta:
- Desde quando se jogam na piscina com roupa?
Flyn e eu nos olhamos , riu, e resposto:
"Foi uma aposta. Jogamos o jogo , e o perdedor tinha que fazer.
- Por que vocês dois estão na água? Eric insiste achando graça.
- Porque Jud é uma trapaceira - Flyn reclama. Eu ganhei , fui puxado,
quando ela se atirou.
Eric ri. Fica encantado ao ver o relacionamento que há entre seu
sobrinho e eu. Gentilmente, eu o deixo me beijar sem mostrar meus pés. Eu
o beijo nos lábios.
- Como esta a água ? - Ele pergunta.
- Ótimo! – Flyn e eu, dizemos em uníssono.
Encantado, toca a cabeça molhada de seu sobrinho e antes de sair
pela porta , diz:
- Coloque em um maiô , se você quiser entrar na água .
- Venha, querido. Anime-se e venha!
Iceman me olha, e antes de desaparecer pela porta, responde ,
cansado :
- Eu tenho coisas para fazer, Jud .
Quando Eric fecha a porta, nos sentamos na beira da piscina .
Rapidamente, nós tiramos nossos patins escondemos em um armário lá nos
fundos.
- Essa foi por pouco - murmuro , encharcada.
O pequeno ri e eu também. E sem mais, nos atiramos na piscina .
Quando saímos uma hora depois, Flyn se agarra em minha cintura.
- Eu não quero que vá nunca, você promete?
Entusiasmada com o carinho que a criança demonstra, beijo sua
cabeça.
- Prometo .
Naquela noite, Flyn vai para a casa de Sonia. Segundo ele, tem
coisas para fazer. Seus segredos me fazem rir. Eric esta serio. Não com
raiva, mas seu gesto me mostra que algo aconteceu. Eu tento falar com ele,
e acabo descobrindo que tem dor de cabeça. Isso me assusta . Seus olhos !
Sem dizer nada , vai para o quarto descansar. Eu não o sigo . Quer ficar
sozinho .
Cerca de seis horas da tarde, Susto, ae aborrece porque Flynn esta
com Calamar , então me pde a sua maneira para que caminhemos . Eric
deixou o nosso quarto e está em seu escritório . Ela parece melhor. Ele sorri
. Isso é reconfortante. Peço para que me acompanhe para tomar um ar. Mas
ele se recusa. No fim das contas , eu desisto .
Protegida com minha encharpe vermelha , chapéu, luvas e cachecol ,
sigo para fora da casa. Não faz frio. Susto corre, e eu corro atrás dele.
Quando saímos pelo, começo a atirar bolas de neve. O cão, divertido , corre,
corre ao girar em torno de mim .
Por um tempo, andamos pela estrada. O bairro onde moramos é
enorme e decido aproveitar a tarde e ir embora quando está escuro. De
repente , vejo um carro parado na vala. Com curiosidade me aproximo . Um
homem na casa dos quarenta falando ao telefone com o cenho franzido.
- Eu estou esperando a porra do guincho a mais de uma hora. Mandeme agora !
Dito isso, trava os olhos em mim . Eu sorrio e pergunto:
- Problemas?
Ele concorda , sem vontade de fala, ele responde :
- As luzes do carro.
Curiosa, eu olho para o carro . Uma Mercedes .
- Eu posso verificar o seu carro?
- Voce?
Esse ―você‖?" Com sorriso de superioridade que não gosto, mas
suspiro , eu olho e respondo :
- Sim, eu . E ao ver que ele não se move, eu insisto. Você não tem
nada a perder, você não acha ?
Boquiaberto , concorda . Susto está do meu lado . Peço-lhe para abrir
o capô , e abre do interior do carro. Uma vez aberto , pego a vara e coloco
para que o capo não se feche . Meu pai sempre me disse que a primeira
coisa que eu tenho que olhar quando eu deixar as luzes do carro são os
fusíveis. Com os olhos , busco onde está a caixa de fusíveis e o modelo do
carro , e quando encontro, o abro. Sigo olhando e vejo o que aconteceu.
- Tem um fusível queimado.
O homem olha para mim como se estivesse explicando a teoria da
lula na salmoura .
- Veja isso! - Eu digo , mostrando fusível azul. O homem acena com a
cabeça . - Se você olhar , você vê que está queimado. Não se preocupe , a
luz do seu carro ficara bem. Basta alterar o fusível do carro e a lâmpada
volta a funcionar novamente.
- Incrivel – concorda o homem me olhando.
Oh, Deus, como eu gosto de deixar os homens boquiabertos com
estas coisas. Obrigado, pai ! Como agradeço a meu pai por me ensinar a ser
mais do que uma princesa.
Me afasto dele, que me cerca demais pelo meu gosto, pergunto:
- Você tem um fusível ?
Mais uma vez eu percebo que ele não tem ideia do que falo, divertida,
pergunto mais uma vez:
- Você sabe onde é a caixa de ferramenta do carro?
O belo vestido abre a porta traseira do veículo e me dá o que eu peço.
Sob seu olhar atento , eu olho para a amperagem do fusível que eu preciso e
, depois de encontrá-lo, eu insiro no lugar , e dois segundos depois, a luz
dianteira do carro volta trabalhar novamente.
O rosto do cara é incrível. Eu acabo de deixa-lo fascinado. Que uma
desconhecida , uma mulher se aproxima de você e conserta o carro num
piscar de olhos o deixou totalmente equivocado. E ele veio falar comigo ,
disse:
- Obrigado, senhorita .
- Por nada - eu sorrio .
Ele olha para mim com os olhos brilhantes e estendendo a mão , diz:
- Meu nome é Leonard Guztle , quem e você?
Nós apertamos as mãos e respondo :
- Judith . Judith Flores.
- Espanhola ?
- Sim - sorrio, satisfeita.
- Eu amo espanhola , seus vinhos e omelete .
Concordo e suspiro. Isto, pelo menos , não disse " ole " .
- Eu posso acompanha-la ?
- Claro que sim , Leonard.
Por um segundo, eu estou andando com seus olhos claros em meu
rosto, até que pergunta:
- Gostaria de comprar uma bebida. Depois do que você fez por mim, é
o mínimo que posso fazer para agradecer.
Uau ! Está flertando comigo ?
Mas disposta a cortar pela a raiz , eu sorrio e respondo :
- Obrigada, mas não. Visto-me com pressa.
- Eu posso levá-la onde quiser - Ele insiste .
Nesse momento, Susto dá um latido e correr para um carro se
aproximando de nós . É Eric . Nossos olhos se cruzam, e uau! , Esta sério.
Para o carro , sai e , se aproximando de mim , me beija e me agarra pela
cintura.
- Estava preocupado . Demorou muito. - Então olha para o homem
que está nos assistindo, e diz , estendendo a mão. Olá , Leo ! , Como você
está ?
Uau, eles se conhecem!
Surpreso com a presença de Eric , o homem olha para nós e meu
menino explica:
- Eu vejo que você conheceu minha namorada.
Um silêncio tenso toma o lugar , e eu não entendo nada , até que
Leonard, tenso por encontrar Eric, acena e da um passo para trás.
- Não sabia que Judith fosse sua namorada. Ambos concordam com a
cabeça, e Leonard continua: - Mas eu quero que você saiba ala apenas me
ajudou a consertar o carro.
- Veja, agora ... ela sozinha trocou um fusível.
Leonard sorri, e murmura , enquanto toca com o dedo na ponta do
meu nariz congelado:
- Fez algo que eu não sabia , e isso , mocinha , deixou-me surpreso .
Tenso. Eric não sorri .
- Como está sua mãe? O homem pergunta .
- Bem .
- E o pequeno Flynn ?
- Perfeito , Eric responde secamente.
O que é isso ? O que está errado ? Eu não entendo nada.
Eventualmente, nós nos despedimos . Leornard arranca com sua Mercedes ,
acende as luzes e vai. Eric, Susto e eu, entramos no carro. Da a partida, mas
sem se mover do seu banco, pergunta:
- O que você estava fazendo sozinha com Leo ?
- Nada .
- Como nada ?
- Veja, nos ... ele estava sem luzes no carro e eu mudei um fusível. Eu
fiz só isso, não se zangue.
- E por que você teve de fazer ?
Chocada com essa pergunta absurda , murmuro :
- Bem, Eric ... , porque eu sou assim . Meu pai me criou assim. Minha
mãe me educou dessa maneira. E claro que você sabe, não e?
Eric olha para mim .
- Esse idiota que você ajudou com o carro é Leo , que era o namorado
de Hannah, ocorreu tudo aquilo, ele largou Flynn sem pensar nele .
As ideias ficam claras!
Esse idiota foi quem não quis saber de Flynn quando Hanna morreu ?
Se eu soubesse, o deixaria na cidade com o fuzil queimado.
Os olhos de Eric cuspiam fogo . Está muito irritado . Frustrado com
essas recordações , dá um golpe no volante com as mãos.
- Você parecia muito confortável com ele.
Não quero discutir , tentando manter o controle, murmuro :
- Ei , querido, eu não sabia quem era esse homem . Somente fui
simpática e ...
- Pois não seja - me corta . Quando você vai perceber que aqui, se
você é tão simpática a um homem, eles pensam que esta interessada .
Ele me faz sorrir. Os alemães são um tanto particular, sobre muitas
coisas , e essa é uma delas.
- Você está com ciúmes ?
Eric não responde. Ele olha para mim com aqueles olhos grandes que
me deixa louca. No final, sussurra :
- Devo estar?
Nego com a cabeça enquanto eu aperto o botão da unidade de CD
fico surpresa ao ver que Eric ouve a minha música . Enquanto Eric protesta e
eu sorrio, Luis Miguel canta:
Tanto tiempo disfrutamos de este amor, nuestras almas se acercaron
tanto así,
que yo guardo tu sabor, pero tú llevas también, sabor a mí.
Oh , Deus, o bolero mais romântico !
Eu olho para Eric . Sua carranca me faz suspirar , sem deixar de
continuar suas queixas , pergunto:
- Você está melhor da sua dor de cabeça?
- Sim .
Eu tenho que fazer alguma coisa. Eu tenho que relaxar e fazê-lo sorrir
. Por isso , eu digo:
- Saia do carro.
Surpresa, ele olha para mim e pergunta:
- O quê?
Eu abro a porta do carro e repito :
- Saia do carro.
- Para quê?
- Saia do carro, e eu sei que eu insisto.
Quando isso acontece, bate a porta . Em sua linha. Antes de eu sair
deixo a música alta e a minha porta aberta. Susto sai também . Então
caminho onde o meu zangado favorito, abraçando-o, digo diante da sua cara
de bravo:
- Dança comigo .
- O quê!
- Dança comigo - insisto .
- Aqui ?
- Sim .
- No meio da rua ?
- Sim ... E sob a neve. Não é romântico e ideal?
Eric maldiz . Eu sorrio . Ele da a volta, mas o pego pelo braço
puxando , exijo dando um forte puxão:
- Dance comigo !
Duelo de Titãs . Alemanha contra a Espanha . Finalmente, torce o
nariz e sorri.
Olé força espanhola!
Ele me abraça . É um momento mágico. Um momento único. Dança
comigo . Ele relaxa . Eu fecho meus olhos , nos braços de meu amor com a
voz de Luis Miguel dizendo:
Pasarán más de mil años, muchos más.
Yo no sé si tendrá amor la eternidad.
Pero allá, tal como aquí, en la boca llevarás
sabor a mí.
- Vejo seu ponto de estar com ciúmes, querido, mas você tem que
saber. Você para mim é único e insubstituível - murmuro sem olha-lo ,
abraçando-o .
Noto sorrindo. Eu também. Nós dançamos em silêncio, e quando a
música termina , eu olho e pergunto :
- Mais tranquilo? - Não responde . Só me observa, eu digo enquanto
coloca seu rosto no meu:
- Eu te amo, Iceman .
Eric me beija . Devora os meus lábios e em minha boca murmura :
- Eu te amo, maluquinha .
Chegou meu aniversario, 04 de março . Vinte e seis anos . Eu falo
com a minha família , e todo mundo me parabenizou com alegria. Eu sinto
falta deles . Eu queria vê-los e escutá-los , e prometo ir visitá-los em breve.
Sonia , a mãe de Eric, da um jantar em casa para o meu aniversário . Frida
convidou Andres e amigos mais conhecidos. Eu estou feliz.
Flyn me deu um presente, um pingente de vidro muito bonito que uso
com orgulho. Que o pouco que tenho pesquisado e tenho dado este presente
era especial. Muito especial. Eric me dá uma bela pulseira de ouro branco.
Ele está gravado o nome dele e o meu, e estou animada . É maravilhoso.
Mas o presente que me dá arrepios é quando meu amor me diz para
remover o anel que ele me deu e me obriga a ler o que está lá dentro, "Peçame o que quiser, agora e para sempre . "
- Mas quando você colocou isso? Pergunto boquiaberta.
Eric ri. Ele está feliz .
- Uma noite, enquanto dormia . Eu tirei. Norbert levou-a para um
amigo joalheiro e quando eu trouxe um par de horas depois, eu coloquei em
você. Eu sabia que não iria removê-lo e você não veria .
Eu o abraço . Esse tipo de surpresas são os que eu mais gosto , que
eu espero , especialmente quando a voz rouca , sussurra -me sobre a minha
boca e a beija:
- Não se esqueça, querida, agora e sempre .
Uma hora mais tarde, após arrumar-me, eu me olho no espelho. Eu
gosto da minha imagem. O vestido de chiffon preto que Eric me comprou, me
encanta . Eu observo o meu cabelo . Decido por deixa-lo solto. Eric gostaria
do meu cabelo. Ele gosta de tocar, cheirar , e isso me excita .
A porta do quarto se abre e os meus próprios desejos aparece. Esta
lindo, com smoking escuro e gravata borboleta.
" Mmm ! , Gravata borboleta ? ! Que sexy. Quando voltar, eu quero
você nu só com gravata borboleta " , eu penso, mas olhando para ele
pergunto :
- Como me pareço?
Eric percorre meu corpo com os olhos e , em sua avaliação, s=vejo
seus olhos queimando . Finalmente, ele abre a boca , com um sorriso
perigoso , sussurra:
-Sexy . Excitante. Maravilhosa.
Por favor ... , quero come-lo!
Acalorada , deixo que me abrace. Suas mãos tocam minhas costas
nuas e eu sorrio quando sua boca encontrou a minha . Queimando . Por um
momento, nós nos beijamos , gostamos , estamos animado , e quando eu
estou prestes a rasgar seu smoking, ele se separa de mim.
- Vem, moreninha. Minha mãe nos espera.
Eu olho o relógio. Cinco horas.
- Então, em breve , iremos para a casa de sua mãe?
-Melhor , mais cedo ou mais tarde , você não acha ?
Quando eu solto , eu sorrio . Maditas corridas alemãs!
- Dá-me cinco minutos e eu desço.
Eric concorda. Volta a dar-me outro beijo nos lábios e desaparece do
quarto deixando-me sozinha . Sem tempo a perder , coloco os sapatos de
saltos, eu volto a me olhar no espelho e retoco os lábios . Uma vez
terminado, eu sorrio , pego a bolsa que combina com vestido e feliz e
disposta a se divertir, saio do quarto.
Quando desço as escadas , Simona vem ao meu encontro .
- Você esta belíssima , senhorita Judith .
Contente , sorrio e lhe dou um aperto. Preciso aperta-la. Susto e
Calamar, vem me cumprimentar. Uma vez que solto Simona, com um sorriso
inocente, olha para mim e diz enquanto leva os cães :
- O Sr. e pequeno Flynn a espera no salão.
Feliz da vida e com um grande sorriso nos lábios, eu me dirijo ate lá.
Quando abro a porta, uma corrente elétrica percorre todo o meu corpo, e
contraindo o rosto , eu coloquei minha mão em minha boca e ,feliz como
poucas vezes na minha vida , eu começo a chorar .
- Maluquinhaaaaaaaaa ! Grita minha irmã.
Diante de mim, esta meu pai , minha irmã e minha sobrinha.
Eu não posso falar . Eu não posso andar . Eu só consigo chorar ,
enquanto o meu pai corre para mim e me abraça . Me aquece. Sinto em seu
abraço. Por fim, só posso dizer :
- Papai ! Papai, Que bom que esta aqui!
- Titiaaaaaaaaaaaaa !
Minha sobrinha corre e me beija junto com minha irma. Todos me
abraçam durante alguns segundos, um caos de risos, choros e gritos
prevalecem no salão, vejo como esta Flyn esta serio e a emoção de Eric .
Quando me recomponho desta grande surpresa , limpo as lagrimas
das bochechas e digo:
- Mas ... , mas quando vocês chegaram ?
Meu pai, mais animado do que eu, responde :
Uma hora atrás. Faz frio frequentemente na Alemanha.
- Ai , maluca, você está linda com esse vestido !
Dou uma voltinha diante de minha irmã, e divertida , eu respondo :
- É um presente de Eric . Não é lindo ?
-Legal .
Não vendo meu cunhado na sala de estar , eu pergunto:
- Jesus não veio ?
- Não, maluca... você sabe,trabalhando .
Concordo e minha irmã sorri. O beijo. Eu a amo. Minha sobrinha, que
está loucamente agarrada a minha cintura, grita:
- Não viu o quão legal o avião do tio Eric ! A aeromoça me deu
chocolate e shake de baunilha.
Eric vem a nós e , pegando a minha mão , diz depois de beijar-me :
- Eu falei com seu pai e sua irmã um par de dias atrás, e eu pensei
que era ótimo voltar para passar o aniversário com você. Você está feliz ?
Eu quero morde-lo.
Quero morde-lo com beijos !
E como uma linda garotinha , eu sorrio e respondo :
- Muito . É o melhor presente .
Por um momento, nos olhamos nos olhos . Amor. Isso é o que Eric me
da . Mas, o momento se rompe quando Flynn exige:
- Eu quero ir para casa da Sonia agora !
Assustada, eu olho . O que está errado ? Mas vê-lo franzir a testa me
faz entender. Esta com ciumes. Então, muitas pessoas desconhecidas para
ele de uma vez não é bom. Eric , sabendo do estado de seu sobrinho, se
afasta de mim, ele toca a cabeça e murmura :
- Iremos em seguida . Fique tranquilo.
O garoto se vira e senta-se no sofá , desviando-se de todos. Eric bufa
, e minha irmã , para desviar a atenção , o envolve :
- Esta casa é linda.
Eric sorri .
- Obrigado , Rachel. E, olhando para mim , ele diz: Mostra-lhe a casa
e deixá-los saber onde são seus quartos. Em duas horas , todos devemos ir
para a casa da minha mãe .
Eu sorrio , feliz da vida , e junto de minha família , saio da sala. Em
grupo iremos a cozinha , eu os apresento a Simona , Norbert, e Susto e
Calamar. Depois vamos a garagem, onde assobiam ao verem os carros
estacionados lá.
Quando saímos da garagem , ensino onde estão os banheiros ,
escritórios, e minha irmã , como esperado, lança gritos de satisfação
enquanto observa tudo. E quando eu abro a porta e ve a grande piscina
coberta, ela enlouquece.
- Aiii , maluca , isso é incrível !
- Olhaaaaaaaaa ! Luz grita . Incrível, Titia tem piscina e tudo!
A pequena vai ate a borda e toca a agua . Seu avô , engraçado,
adverte :
- Luz da minha vida ... fique longe da borda que você pode cair .
Com rapidez meu pai agarra suas maos , mas ela se solta e se coloca
ao meu lado e ao de minha irma, e eu com cara de levada, sussurra :
- Quer que lhe atire na piscina?
- Luz! Minha irmã grita , olhando para o meu vestido.
- Essa garota é louca e te encharcou - zomba de meu pai.
Tudo bem conhecido por ser com o pequeno perto da água que está
encharcado . Eu recebo uma risada. Se eu molhar o belo vestido será um
drama, então eu olho para a minha sobrinha e sussurrou conspiratório :
- Se você me jogar com o vestido que Eric me deu , ficarei brava. E se
você não fizer , eu prometo que amanhã ficaremos um longo tempo na
piscina. O que você prefere?
Rapidamente minha sobrinha coloca o dedo na frente do meu. É a
nossa maneira de concordar. Eu coloquei meu dedo ao lado dela, e ambos
piscamos um olho e sorrimos.
- Ok, Tia , mas amanhã vamos tomar banho , ok?
- Prometido querida - sorriu, satisfeita.
Nós levantamos nossos polegares , juntar, e depois o batemos .
Ambos sorriram.
- Lembre-se , Luz, amanhã à tarde voltamos para casa - a minha irmã
insiste.
Assim que deixamos a área da piscina , eu vou com a minha família
para o primeiro andar da casa. Eu tenho que suprimir a minha vontade de rir
em voz alta para os gestos de admiração de minha irmã por tudo o que ela
vê. Papeis de parede , incrível!
Após acomodar nos quartos, eu os apresso a se vestirem. Em uma
hora temos que ir ao jantar, na casa da mãe de Eric . Quando volto sozinha a
sala de estar , Eric e Flynn jogam com o PlayStation , como sempre, aos
berros . Ao entrar, nenhum dos dois me ve , cercando-os ouço Flyn dizer :
- Eu não gosto daquela garota faladora.
- Flyn ... chega.
Silenciosamente eu paro para ouvir como eles seguem :
-Mas eu não quero que ela ...
- Flyn ...
O pequeno bufa, enquanto segue o comando do jogo e insiste:
- As meninas são uma chatice , tio .
-Não não são - responde meu Iceman .
- Eles são chatas e choronas. Só quer dize-lhes coisas bonitas e que
as beijem , você não vê ?
Incapaz de conter o riso , eu me aproximo com cautela até a orelha de
Flynn e sussurrou :
- Um dia você vai adorar beijar uma garota e dizer coisas agradáveis ,
você vai ver!
Eric solta uma gargalhada enquanto Flyn deixa o comando do jogo
irritado e sai da sala. Mas o que aconteceu ? Onde está todas as nossas
boas vibrações? Uma vez que estávamos sozinhos, eu desligo a música do
jogo , me aproximo sentando em seu colo , tomando cuidado para não
enrugar o meu lindo vestido , sopro feliz:
- Eu vou te beijar .
- Perfeito - concorda meu Iceman .
Emaranhado meus dedos em seus cabelos , sussurro com paixão :
-Vou dar-lhe um beijo explosivo !
- Mmm, eu gosto da idéia - sorri.
Aproximo meus lábios à boca, seduzindo-o, e sussurro :
- Hoje você me fez feliz, trazendo minha família para a sua casa .
- Nossa casa, pequena - corrige .
Não falo mais . Com minhas mãos, agarro sua nuca e beijo-o. coloco
minha língua em sua boca com possessao . Ele responde . E depois de um
maravilhoso , gostoso e excitante beijo incrível , eu o solto . Ele me olha .
- Uau, eu amo seus beijos explosivos .
Nós dois rimos e cheia de sensualidade , eu digo:
- Você nunca ouviu falar que quando as espanholas beijam, é beijo de
verdade.
Eric ri novamente .
Eu adoro vê-lo tão feliz, e quando nós nos beijamos de novo, Flynn
aparece diante de nós , com os braços cruzados. Ele parece bravo. Atras
dele esta a minha sobrinha com vestido azul de veludo , olhando-me,
pergunta:
- Porque o chinês não fala ?
Uisss , o que ela acaba de dizer ! Ela o chamou de chinês!
Flyn reuni a sobrancelha e bufa . Aisss , pobre ! Rapidamente levanto
as minhas pernas de Eric e repreendo a minha sobrinha .
-Luz , seu nome e Flynn. E não é chinês , é alemão.
A criança o olho. Depois de olhar para Eric, que se levantou e está
com seu sobrinho, em seguida, olha para mim e , finalmente , com o seu
distintivo Golden Spike insiste:
-Mas os seus olhos são como os chineses. Você não viu, tia?
Oh, Deus, eu quero morrer .
Que situação mais embaraçosa . No final, Eric se abaixa , olha para a
minha sobrinha no olho e diz:
-Certo , Flyn nasceu na Alemanha e e alemão. Seu pai era coreano e
sua mãe alemã como eu, e ...
- E se e Alemão, por que não e loiro como você? Insiste fudida.
-Ele acabou de explicar Luz, eu intercedo . Seu pai era coreano.
- E os coreanos são chineses ?
- Não, Luz- respondo olhando para que se cale .
Mas não. Ela é curiosa.
- E por que tem os olhos assim?
Estou prestes a matá-la. Mata-la! Em seguida , entra na sala meu pai
e minha irmã em suas melhores roupas . Estão lindos!
Meu pai , vendo minha expressão de ―socorro‖ , Rapidamente percebe
que se passou algo com a menina. Ele a leva em seus braços e a encoraja a
olhar para fora da janela. Eu respiro de alívio. Eu olho para Flynn, e ele
sussurra em alemão :
- Essa garota não gosta de mim.
Eric e eu no olhamos. Faço cara de horror, e ele pisca com
cumplicidade . Dez minutos mais tarde , todos estamos na Mitsubishi de Eric
, nos dirigimos a casa de Sonia .
Quando chegamos , a casa esta iluminada e existem vários carros
estacionados ao lado. Meu pai , surpreso com a grandeza da casa, olha para
mim e sussurra :
- Estes alemães , o quão bem eles se acomodam !
Ele me faz sorrir , mas o sorriso me corta quando eu vejo o olhar de
Flynn. É muito desconfortável.
Assim que entramos na casa, Sonia e Marta cumprimentam a minha
família com amor, e ambas me dizem o quão bonita eu estou com esse
vestido. Flyn se distância e vejo que a minha sobrinha vai atrás dele . Não e
nada bom. Dez minutos depois, encantada , sorrio como se eu fosse a
mulher mais feliz do mundo cercado por pessoas que eu quero e que mais
me importo no mundo. Eu estou feliz.
Conosco há um homem que Sonia sai. Esta com Trevor ! Não é bonito
. Nem mesmo atraente. Mas, cinco minutos com ele me fez ver o
magnetismo que ele tem. Até minha irmã, que não sabe alemão , sorri como
uma tola . Eric , no entanto, observa . Ele olha e tira conclusões . Que sua
mãe tem um novo namorado, que não gosta muito , mas ele respeita .
Frida e minha conversam. Se recordam de quando se viram na
corrida de motocross . Ambos são mães e falam dos filhos . Eu ouçu-as por
um tempo, e quando minha irmã vai embora, Frida sussurra em meu ouvido :
- Em breve, haverá uma pequena festa privada no Natch .
- Nossa , que interessante !
- Muito ... muito interessante, zomba Frida , divertida.
Eu sorrio enquanto o sangue para minha cabeça. Sexo !
Dez minutos mais tarde ,estou começando a rir com a minha irmã . E
uma exigente e incansável faz avaliações referentes a algumas coisas que
valem a pena ouvir . Sonia , feliz por organizar esta festa para mim , em um
certo momento me leva para o canto da sala e diz:
- Filha, que alegria poder celebrar a sua festa de aniversário em
minha casa com sua família.
- Obrigado, Sonia . Você tem sido muito gentil com todos nós.
A mulher sorri e apontando para o pequeno Flyn , sussurra:
- Você gostou do seu presente ?
Eu toco meu pescoço e lhe mostro:
- É lindo .
Sonia sorri e sussurra :
- Eu quero que você saiba que o outro dia, quando o meu neto me
ligou no telefone para me pedir para levá-lo a um shopping center e ajudá-lo
a comprar um presente de aniversário , eu não podia acreditar. Eu pulei de
alegria ! Fiquei emocionada ao me chamar e me pedir ajuda. É a primeira
vez que você fazê-lo. E ao longo do caminho , falou-me como nunca havia
feito antes. Me perguntou por sua mãe e se queria que me chamasse de avo
".
Ela se emociona , e depois mover a cabeça em "não vou chorar ! "
Continua:
- Ele também me disse o quão feliz ele esta porque você está vivendo
com ele.
- Sério?
- Sim , querida. So não cai de bunda porque eu estava sentada .
Nós duas rimos , e Sonia , afirma alegre :
- Eu te disse uma vez , quando eu conheci você : você é a melhor
coisa que poderia ter acontecido com Eric .
- E o seu filho é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo, eu
digo.
Sonia balança a cabeça e sussurra:
- Este meu filho , tão teimoso e mandao, isto é, teve muita sorte de
encontra-la . E Flyn , e longa história. Você é perfeita para eles. - Sorrio, e
diz:
Certamente, Jurgen me disse que você é uma excelente pilota de
motocross . Estou ansiosa para um dia vê-la . Quando foi que você começou
a carreira?
Eu dou de ombros . Até agora, eu ainda não se inscrevi para qualquer
coisa. Eu não quero que Eric saiba.
- Quando eu fizer, eu lhe digo . E obrigado pela moto. É ótima !
Nós duas rimos .
- Com o risco da bronca que levarei de Eric se souber e da raiva que
ficara se me pegar , eu estou feliz que você realmente seja um genio . Tenho
certeza de que Hannah vai estar sorrindo para ver sua amada moto voltando
a vida novamente e sendo bem conservada em sua casa.
" A minha casa ". Que bom soam essas palavras . Não havia
discutido novamente com Eric sobre isso. Depois da última discussão voltou
a se referir à sua casa , como tal , e agora Sônia faz o mesmo. Empolgada ,
beijo-a .
- Você sabe, se o seu filho se irritar quando descobrir , vou precisar de
um quarto.
- Você tem toda a casa , querida. Minha casa é sua casa.
- Obrigado. Bom saber.
Nós duass rimos , e Eric está se aproximando de nós .
- O que estão planejando as duas mulheres mais importantes na
minha vida?
Sonia dá-lhe um beijo na bochecha e divertida, zomba como ele anda
:
- Conhecendo-nos, temos uma antipatia por você.
Eric me olha deslocado, em seguida, fixa os olhos em mim e, num
encolher de ombros respondo com voz angelical :
- Eu não entendo por que disse isso. E para mudar de assunto ,
sussurro :
- Frida me disse que está organizando outra festinha privada no Natch
.
Meu amor sorri, traz sua boca para a minha e sussurra :
- Sim, pequena.
Fomos para a mesa e Eric, galantemente , retirou a cadeira para eu
sentar , e quando eu faço , beija meu ombro nu . Nós dois sorrimos e pega o
assento na minha frente , ao lado do meu pai e Flyn .
De repente, minha irmã, sentada a minha esquerda , sussurrando :
- Maluquinha , posso fazer -lhe uma pergunta ?
- Ate cinqüenta - contesto
Raquel olha furtivamente para a esquerda e , voltando para mim,
sussurra:
- Eu estou perdida com tantos guarfos e facas. A prataria, como e
usada? , Todos fora ou de dentro para fora ?
A entendo perfeitamente. Eu aprendi o protocolo nas refeições de
negócios na empresa . Em nossa casa , como na maioria das casas do
mundo , use apenas uma faca e garfo para toda a refeição . Sorrio e
respondo :
-De fora para dentro .
Rapidamente a observo indicando ao meu pai, e ele , aliviado , acena
com a cabeça . Que mico! Eu sorrio quando minha irmã volta ao ataque :
- Então, qual é o meu pão?
Olho para o que esta diante de nós e respondo :
- Do lado esquerdo .
Raquel sorri novamente. Eric percebe tudo , e me olha com
cumplicidade , e eu fico vesga . Sua risada toca minha alma , assim como eu
sei que meu gesto toca seu coraçao.
À noite, depois de uma noite maravilhosa , cantam meus parabéns e
me recebo meus preciosos presentes, quando voltamos para casa, estamos
todos felizes e exaustos. Sonia e uma grande organizadora de festas e isso
ficou claro.
Tudo mentira, e Eric e eu entramos em nosso quarto e fechou a porta
. Sem acender as luzes, nós olhamos . A luz da lâmpada que sai pela janela
é a única coisa que nos permite ver os nossos rostos. Incapaz de ficar mais
tempo sem tocá-lo , eu me aproximo dele e , mimosa , eu passo meus
braços em volta de seu pescoço enquanto ele sussurrava :
- Peça-me o que quiser, agora e sempre .
Eric me beija , balança a cabeça e , ao longo da minha boca , repete :
- Agora e sempre .
Depois de uma grande manhã na piscina , como eu prometi a minha
sobrinha, a tarde, minha família deve voltar para a Espanha. Eles pegam o
avião particular de Eric. Lamento vê-los ir , estou triste , mas estou feliz por
ter passado esse tempo com eles.
"Vamos lá , pequena , sorria - murmura Eric, apertando minha
bochecha quando pra no semáforo - Eles estão bem. Você esta bem. Não há
necessidade de ficar triste .
- Eu sei. Mas eu realmente sinto falta - murmuro.
- A semáforo fica verde, e Eric prossegue. Eu olho para fora da janela
e, de repente , a música a todo volume. Espantada , eu olho para o meu
menino e eu vejo cantando a pleno pulmão
Living easy, living free,
Season ticket on a on-way ride
Asking nothing leave me be
Taking everything in my stride...
Surpreendida, pisco .
É a primeira vez que o vejo cantar bem . Eu rio exagera nos
movimentos . Eu amo o seu lado selvagem! Eric balança a cabeça no ritmo
da música e me da a mão incitando-me a cantar e fazer o mesmo. Divertida,
eu começo a cantar com ele em voz alta. Nos olhamos e rimos. De repente,
estaciona o carro. Continuamos cantando, e quando a música termina ,
soltamos uma gargalhada.
- Eu sempre amei essa canção - diz Eric .
Me deixa boquiaberta em saber que gosta dessa canção.
- Você gosta de AC / DC?
Sorri, sorri ... , abaixa o volume da música e confessa :
- Claro . Eu não tenho sido sempre tão sério.
Por alguns minutos , ele explica sua jovem vida de roqueiro, e eu
escuto surpresa. Olha o Iceman! Mas quando termina a sua história, meu
sorriso desaparece. Eric olha para mim . Sabe que penso na minha família
novamente. Ele vê a dor que sinto por terem ido embora e diz :
- Saia do carro.
- O quê?
- Saia do carro - insiste.
Quando eu faço , eu sorrio . Eu sei o que vai fazer . Soa no rádio You
are the sunshine of my life de Stevie Wonder. Eric sob o volume no máximo,
sai do carro e caminha em minha direção.
Deus, o que você fazer?
- Você vai dançar comigo no meio da rua ?
Incrível !
Com determinação , se põe em minha frente e sussurra :
- Dança comigo .
Me jogo em seus braços. Isto me faz feliz. Ver que é capaz de parar o
carro no meio de uma rua movimentada e dançar comigo descaradamente é
maravilhoso.
- Como a música diz, você é o sol da minha vida e se eu ver você
triste , eu não posso ser feliz sussurra em meu ouvido. - Eu prometo , baby ,
vamos para a Espanha quando quiser, sua família poderá vir a nossa casa
sempre que quiser, mas por favor , sorria, se eu não te vejo sorrir , eu não
posso ser feliz.
Suas palavras tocam o meu coração. Estou muito feliz . Eu abraço e
concordo . Eu danço com ele e aproveito este momento mágico. Pessoas
que passam ao nosso lado nos observa . não entendem o que estamos
fazendo. Eu sorrio. Não importa o que pensam, e eu sei que Eric não se
importa. Quando a música termina , eu olho e sussurro , feliz e feliz:
- Eu te amo com todo o meu coração , tesouro.
Concorda. Diverte-se com as minhas palavras .
- Eu continuo esperando que aceite casar comigo .
Ele me faz sorrir. E esclareço.
"Querido ... isso foi um impulso. Não que você tenha tomado a sério?
Meu Iceman me olha ... olha para mim e finalmente disse :
- Sim .
- Mas , Eric, o que você está falando ? Eu não sou de casar, nem
dessas coisas.
Meu louco amor me beija .
- Em casa, tem na geladeira uma grande garrafa de Moet Chandon
rosa. O que você acha que beber e falar desse impulso?
Calor. Emoção . Nervosismo.
Você realmente está falando sobre casamento?
Mas segurando meus nervos , eu sorrio e me pergunto mimosa :
- Moët Chandon rosado ?
- Aham ! - Sorri .
- Esses adesivos rosas cheiram a morangos silvestres – morro ao
recordar a primeira vez que levou essa garrafa.
- Sim, pequena.
Deixo escapar uma risada e murmuro sem me soltar dele :
- Por agora , vamos por a garrafa.
De repente celular toca de Eric. Recebeu uma mensagem. Ele me
beija . Devora minha boca, e quando estamos satisfeitos , entramos no carro.
Está frio. Olha para o seu celular e diz:
-Certo , eu tenho que passar um momento no escritório , você se
importa ?
Apaixonada ate as tantas por esse homem , balanço a cabeço e
sorrio. Vinte minutos depois, chegamos à mesma porta . São dez horas da
noite e poucas pessoas viram na rua. Quando entramos na sala , os
seguranças nos cumprimenta. Eles me olham com surpresa e sorriso. Eles
não sorriem.
Ai , mãe ! , O que custa os alemães sorrirem.
Quando chegamos ao piso presidencial , noto que não há ninguém . O
escritório está completamente vazio. Eu tenho que ir ao banheiro .
-Eric , onde ficam os banheiros aqui?
Vou pela direita e ando em direção a ele , enquanto ele diz :
- Te espero no meu escritório.
Uma vez que eu faço o que tenho que fazer, eu me olho no espelho e
arrumo o cabelo. Meu olhar é doce e jovial. Vestida com suéter rosa que
ganhei do meu pai e calça jeans pareço mais jovem do sou.
Penso no que Eric me disse minutos antes . Casamento ? Realmente
deveríamos nos casar?
Eu sorrio , eu sorrio , eu sorrio .
Com um magnífico sorriso sio do banheiro e dirijo-me para o escritório
de Eric . Quando eu abro a porta, vou abrir a minha boca e meu sorriso
desaparece ao ver Amanda na frente de Eric com um vestido vermelho sexy
e sugestivo. Cobra!
Por alguns segundos , eles não me veem. Eu assisto ela se inclinar
sobre Eric enquanto ele assina alguns papeis. Seus seios estão muito perto
dele e eu acho que você está procurando por algo que não seja trabalho.
Eric sorri . Ela toca seu ombro, e ele não diz nada. Vou mata-los!
Eu continuo assistindo alguns minutos. Falam. Olham os papeis . No
final, Amanda, animadamente , senta-se à mesa e cruza as pernas diante de
meu Iceman . Meu ciúme é intenso. Muito intenso. Perigoso. Quando eu não
aguento mais, abro com força a porta do escritório, e eles me olham.
Meu rosto não é mais aquele de menina doce como no banheiro.
Estou prestes a gritar como Shakira. Rabiosa ! O que eu vejo me enfurece .
Essa mulher e suas artimanhas trazem o pior em mim. O rosto surpreso de
Amanda diz tudo. Não esperava aqui. Com determinação e uma certa
arrogância, vou para onde eles estão . Eric olha para mim . Ele tem uma
sobrancelha arqueada .
-Homem, Amanda, quanto tempo não nos vemos !
Ela sai da mesa, ela recompõe o vestido e caminha a poucos passos
doe Eric . Ela toca seu cabelo meticulosamente , enfia a olhar impessoal
para mim e responde com um sorriso pré-fabricado :
- Querida Judith , é bom ver você .
Que mentirosa ... !
Está se aproximando para me cumprimentar , mas eu prefiro deixar as
coisas claras . Eu a detenho e digo com a voz irritada :
- Não se atreva a me tocar , ok?
Eric se levanta. Prevê
apontando :
problemas e, antes de abrir a boca , digo
- Você cale a boca. Eu estou falando com Amanda . Em seguida,
falarei com você.
A mulher sorri . Se sente bem, diante do gesto de desgosto de Eric .
Nos olhamos com ódio. É claro que nunca seremos amigas. Estou ciente de
que não temos nada a ver. Ela está vestida com um vestido justo vermelho
sexy e um salto de matar , e eu com uma camisa rosa , calça jeans e botas
de montaria. Vamos lá ... , impossível competir .
Ela está consciente disso. Eu sei sobre a minha aparência. Mas eu
estou disposta a fazer o que passa pela minha cabeça, por isso eu digo com
certeza:
- Não precisa se vestir de prostituta para deixar um homem louco. Ate
mesmo porque você já e, pelo amor de Deus , que coincidência , você
mesma já esta se insinuando, puta!
Amanda vai protestar quando , levanto o dedo , e digo para calar-se.
- Trabalha para Eric . Para o meu namorado. Cumpra seu trabalho,
limite-se a isso, e nada mais.
- Jud ... - Eric rosna .
Mas ignorando, continuo :
- Se eu ver você tentar mais alguma coisa com ele , eu juro que você
vai se arrepender. Desta vez isso não vai acontecer como o último que nos
vimos . Desta vez, eu não estou indo para ir. Se alguém sair, vai ser você,
você me entende?
Eric move-se de sua cadeira . Amanda olha para nós e diz:
"Eu acho que ... Eu acho que você está equivocada , minha cara .
Pronto para marcar meu território , dou com o dedo na sua cara , e
sussurrou :
- Deixa de " querida " e de babaquices. Fique longe de Eric, sua
putinha , ok?
- Jud ... - Eric repreende - me incrédulo.
Amanda , humilhada, recolhe as suas coisas e vai , mas primeiro olha
para trás e diz:
- Amanhã eu te ligo .
Eric concorda. Ela sai , e eu , irritada , sibilo :
- Não me diga que não se deu conta de que aquela vaca se insinuou a
você há alguns segundos , eu juro que pego essa estatua de cima de sua
mesa e dou em sua cabeça. –Ele não responde, e eu pressiono : - Acaba de
me decepcionar ,seu idiota! Essa idiota estava colocando os seios na sua
cara, e você estava permitindo .
- Você está errado.
- Não, não estou errada. Entre você e Amanda existe essa
familiaridade que você não percebe , né? Bem grande ... Continuamos neste
caminho ! Quando eu encontrar o Fernando na próxima vez , como ha
familiaridade entre nós , não importa o que você pensa ou sente , eu vou
sentar no colo dele e falar com ele , vou colocar minhas tetas na cara dele,
parece bem pra você?
- Esta ultrapassando, Jud – sibila furioso .
- O inferno ! - Grito. Você ultrapassou .
Sua cara de raiva e um poema. Eu sei que eu estou exagerando , eu
vi que Eric foi enganado por Amanda, mas eu não posso parar.
- Você já deve ter cortado o rolo com Amanda . Eu já vi. Foda-se ! Eu
vi como você olhou para ela , e ... , e ... Se eu não tivesse olhando se
atirando, teria terminado em cima da mesa , como de costume , você não
acha ?
- Se eu fosse você não continuaria por esse caminho ... Friamente
insiste.
- A troco de que teve que vir ao escritório a essas horas? - Não houve
resposta. - Mas você já viu como ela estava vestida ? Buscava sexo. Nem
mais nem menos . E você é tão estúpido que não percebe , né?
Eric não responde. Minhas palavras te chateam . Recolhe os papéis
que Amanda deixou sobre a mesa e diz:
- Entre Amanda e eunão há absolutamente nada . Eu não vou negar
que ela continua sua sedução, mas eu não me movo ...
- Sera babaca? !-Eu grito , descontrolada. Você sabe que ela está
tentando , mas você não escuta . Grande , Eric ! Na próxima vez que ver o
Leonard , que o eu consertei o carro, se tentar me seduzir, eu vou deixar.
Sim, calma , eu não vou nem tentar ignorar . Em geral, você não se importa ,
certo?
Isso o enfurece. Coloca os papéis em sua pasta e sem olhar para mim
e sai do escritório . Eu sigo . Entramos no elevador em silêncio. Sigo-o até o
carro. Nós entramos e fazemos todo o caminho em silêncio. O ciúme e a
insegurança nos mata, e quando chegamos em casa ele coloca o carro na
garagem, descemos e cada um toma um caminho diferente . Ele entra em
seu escritório, e vou para o meu quarto. Bato a porta e sento-me sobre o
tapete macio.
Solto fumaça pelas orelhas !
Eu olho para a janela. Só se vê escuridão . Eu ligo o meu laptop , olho
os meus posts, falo com meus amigos pelo chat do facebook e isso me
relaxa.
As horas passam , nenhum olha para o outro. Ninguém quer falar .
Ninguem quer conversar sobre garrafa de Moet Chandon rosado. O relógio
marca duas da manhã e nosso orgulho está ferido. De repente, acende a luz
do meu e-mail. Recebi uma mensagem .
Eric ! Com o coração batendo forte, eu abro para ler :
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.11
Para : Judith Flores
Assunto : Eu não posso continuar sem falar
Querida, eu sei que você está certo sobre tudo o que você disse, mas
nunca irei trair você com Amanda ou com qualquer outra.
Eu te amo loucamente e apaixonadamente .
Eric . O imbecil.
Quando leio, um sorriso bobo se instala em meu rosto.
Por que ele me ganhou com este e-mail?
Por um tempo fico tentada a responder. Eu sei ele espera. Mas não.
Eu não vou. Eu me recuso . Dez minutos mais tarde , um outro e-mail chega.
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.21
Para : Judith Flores
Assunto: Peça-me o que quiser
Pequena, sinceridade e confiança entre nós é de suma importância .
As palavras "Pergunte-me o que quiser, agora e sempre " inclui
absolutamente tudo para nós.
Pense nisso.
Eu te amo.
Eric . O atormentado idiota.
Mais uma vez eu sorrio .
Claro que eu não posso negar que naqueles meses Eric tornou-se
mais borbulhante e divertido. Eu vou responder , meus dedos parecem
dispostos a fazê-lo , quando me vem outro e-mail .
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.30
Para : Judith Flores
Assunto: Diga sim
Você gostaria de um copo de Moet Chandon rosa ? Encontre-me no
escritório.
Eric . O louco , apaixonado e atormentado idiota.
Solto uma gargalhada. Gosta de me fazer rir.
Passaram-se meia hora. Eu li os e-mails uma centena de vezes e uma
centena de vezes, eu sorrio . Não volto a receber mais nenhum. A coragem
me foge. Eu tenho fome . Caminho para a cozinha e encontro Eric sentado à
mesa com uma garrafa de Moet Chandon rosado junto com Susto. O cão se
aproxima de mim e digo: Olá . Toco sua cabeça ossuda e Eric olha para
mim. Ele sabe que li os e-mails e me espera dar o segundo passo. Lembrome do ponto de vista. Não quero olha-lo nem abraça-lo.
Caminho ate a geladeira e quando vou abri-la , noto o corpo do meu
amor atrás de mimMe arrepia todo o pelo do corpo. Não me mexo. Sem
trégua . Eu me sinto como ele coloca suas mãos fortes na minha cintura ,
quando fecho os olhos e coloco minha nuca em seu peito, sussurra em meu
ouvido :
- Eu não quero . Eu não posso. Não quero ficar com raiva de você .
- Eu também não.
Silêncio. Estou tão emocionada com seu abraço que eu não posso
falar . Eric mordisca minha orelha .
- Nunca cairia no jogo de Amanda . Eu te amo muito para te perder .
Suas palavras me deixa louca . Fico sem me mover, e então eu me
viro . Com as mãos agarra meu rosto e beija minha testa , os olhos, as
bochechas, a ponta do nariz , queixo, e quando ele vai beijar minha boca
,assim que eu gosto. Chupa o meu lábio superior , então o inferior , fico com
uma mordidela , em seguida, agrediu minha boca. Com sua mão me agarra
pelo pescoço, enquanto eu pulo para estar no auge. Me agarra com suas
mãos fortes e não me deixa cair . Quando separo sua boca da minha, olha
para mim e sussurra :
- Agora e sempre . Não se esqueça, pequena.
Concordo e o beijo. Eu o desejo. Sem mais, nos seu braços,
chegamos ao nosso quarto. Ali meu amor, meu amor louco, tranca a porta
enquanto tiro a roupa sem deixar de olha-lo. Na cama , momentos depois,
fazemos amor como gostamos . Forte e selvagem.
Não voltamos a comentar sobre o tema casamento. Agradeço. Apesar
do amor que temos, somos como dois titãs e nossos confrontos nos
assustam. Nos desorientam. Fico sabendo por Eric que Amanda está
retornando a Londres. Quanto mais longe de mim, melhor.
Simona e eu continuamos gostando de ―Loucura Esmeralda". Eu
estou viciada na novela. Quando Eric descobre zomba de mim. Ele não pode
acreditar que estou viciada em algo assim. Nem eu. Mas a verdade é que
quero que Carlos Alfonso Halcones San Juan receba o merecido das mãos
de Luis Alfredo Quiñones, e que Esmeralda Mendoza recupere seu bebê, se
case com o seu amor e, finalmente seja feliz. Para matar!
Uma tarde, quando Eric chega em casa, estou trabalhando na minha
moto. Quando escuto o carro, rapidamente fecho com o plástico azul por
cima e saio da garagem. Eu corro para o meu quarto, mas antes lavo as
mãos. Ele não percebe nada. Onde a moto está não dá para ver, mas ainda
que eu respire aliviada, cada dia está mais difícil esconder o segredo. Minha
consciência me diz que eu estou errada. Eu me culpo, mas não sei como
dizer.
No sábado, Eric e eu vamos à noite para a festinha privada de Natch.
Finalmente vou conhecer o famoso clube de swing de casais. Quando
entramos, Eric me apresenta à Heidi e Luigi. Frida e Andrés se juntam a nós,
e logo depois, Björn chega com uma amiga. Divertido, tomamos algo quando
vejo que aparece Dexter. Ele me cumprimenta e sussurra em meu ouvido:
- Deusa, que legal. Estou morrendo de vontade de ver você colocada
entre dois homens.
Meu estômago se contrai, e Eric, imaginando o que o outro me disse,
sorri.
Um copo atrás do outro e o lugar fica lotado. Todos parecem
conhecer-se e conversam amigavelmente. Eric está proibido de mencionar
que eu sou espanhola. Não suporto mais que alguém me diga "olé, paella,
toro". Eric sorri e me convida para dançar. Eu concordo. Entramos em um
quarto escuro com uma luz violeta escuro.
- Não deixarei você. Fique tranquila.
Está tocando ―Cry Me a River‖ na voz de Michael Bublé. Eric me beija
e eu gosto de sua proximidade. Dançamos quase no escuro. Sinto sua
excitação entre as minhas pernas e como beija meu pescoço. De repente,
sinto uma mão atrás de mim. Alguém me toca na cintura. Eu não vejo seu
rosto. Mas logo sei quem é quando eu escuto em meu ouvido:
- Está tocando a nossa música, linda.
Eu sorrio. É Björn. Ao ritmo da música dançamos como fizemos
naquele dia em sua casa, enquanto eu deixo que suas mãos voem por todo
meu corpo. Sexy. Essa música é sexy, excitante, e meus dois homens me
deixam louca. Eric me beija, e com posse põe a mão debaixo do meu
vestido, chega até minha calcinha e com um puxão a tira. Eu sorrio, ainda
mais quando ele sussurra em minha boca:
- Aqui você não precisa.
Glups e reglups!
Eu sorrio e aproveito. Me sinto lasciva. Quente.
Neste momento Björn dá a volta e meus seios estão à sua disposição.
Passa sua boca pelo decote do meu vestido e morde meus mamilos através
dele. Duros. Assim os deixa. Depois sua boca beija meu pescoço, meu rosto,
meu nariz, mas quando atinge o canto da minha boca ele para. Ele não
passa o limite que sabe que não deve. Enquanto isso, Eric sobe meu vestido
e toca no meu traseiro, no escuro. Me pressiona contra ele. Björn excitado
faz o mesmo. Eric volta a virar-se, e agora é Björn quem aperta minhas
nádegas.
Calor... , eu sinto um tremendo calor.
O quarto escuro começa a encher de gente. A música troca e a voz de
Mariah Carey cantando ―My All‖ enche a sala. As mãos de Björn
desaparecem enquanto Eric continua mordiscando meus lábios. Eu escuto
gemidos em volta. Imagino que o que as pessoas fazem me excita, enquanto
o meu homem, meu Iceman, meu amor sussurra:
- Você é muito excitante querida. Estou tão duro que acho que vou
fazê-la minha aqui mesmo.
Eu sorrio e sem ver a escuridão que nos rodeia, murmuro:
- Eu sou sua. Faça comigo o que quiser.
Escuto seu sorriso no meu ouvido.
- Cuidado pequena. Ouvir você dizer isto é perigoso. Já percebi que o
sexo, a curiosidade e os jogos te agradam tanto ou mais que a mim, certo?
Concordo. Ele está certo.
- Hoje à noite eu estou muito quente.
- Eu gosto de saber. Eu também. – Consigo dizer enquanto respiro
com dificuldade.
- Você é a minha fantasia moreninha. Minha louca fantasia.
Super excitada pelo que me disse, agarro suas nádegas, pressiono
contra mim e sussurro, querendo jogos quentes e cheios de tesão:
- Eu gosto de ser a sua fantasia. O que você quer provar comigo
hoje?
O pênis de Eric está duro. Tremendo. Enorme. Sinto-me contra a
minha barriga e, após me beijar, diz na minha boca, enquanto dançamos ao
ritmo da música:
- Eu quero fazer de tudo. Você está disposta? - Concordo e ele
murmura, esquentando mais. - Eu quero ver você com outra mulher. Vou
assistir. Observar. E quando seus gemidos me enlouquecer, vou te foder, e
depois farei que dois homens te fodam, enquanto eu assisto e fodo essa
mulher. O que você acha?
Suspiro... Eu fecho meus olhos.
Fico molhada, e quando vou responder, sinto umas mãos ao redor da
cintura de Eric. Elas são finas e cuidadas. Uma mulher. A toco. Ela me toca.
E eu noto um grande anel que se parece com uma margarida.
Será esta a mulher com que Eric quer me ver?
Na escuridão, deixo que a desconhecida percorra o corpo do meu
amor, enquanto ele me beija. Lhe excita ter duas mulheres ao seu redor. Sua
excitação é a minha excitação, e aproveito enquanto sinto como a estranha
toca sua ereção. Eu pego sua mão e faço que lhe aperte. Nós duas lhe
apertamos e Eric suspira.
Assim ficamos por um bom tempo. Mas em nenhum momento Eric se
vira. Deixa que ela lhe toque, porém se aproveita da minha boca e aperta
minha bunda. Se aproveita só de mim. Quando a música termina,
esquecemos da mulher e saímos do quarto escuro e entramos em outro
quarto diferente do primeiro.
Vejo Bjorn com a garota que veio com ele e sorrio ao ver como ele e
Dexter a fazem rir enquanto os dois tocam seus peitos. Eric me leva para o
bar. Olho em volta e não vejo Frida ou Andrés. Pedimos uma bebida. Eu
tenho a boca seca. Com cuidado, meu amor me olha. Passa os dedos pelo
meu rosto e leio sua boca quando ele diz "eu te amo". Depois pega um
banquinho e me senta.
Segundos depois, várias pessoas se aproximam de nós. Eric me
apresenta. Uma delas, ao me escutar falar, percebe que sou espanhola e
diz: - ―Olé‖.
Que cansativo, por favor!
Em um dado momento, uma das mulheres sorri com algo que Eric diz,
e meu amor ordena:
- Abra as pernas Jud.
Eu faço. Aquela estranha toca minhas pernas. Sobe sua mão pelas
minhas coxas até chegar a minha vagina, onde repousa a palma da mão, e
murmura:
- Eu gosto depilada.
Eric concorda com a cabeça, e depois de dar um gole em sua bebida,
acrescenta:
- Ela está completamente depilada.
A mulher lambe a boca, sorri e levando a outra mão para um dos
meus peitos, os toca por cima do vestido e murmura enquanto aperta:
- Você e eu vamos ter um bom tempo.
A curiosidade me desperta. Concordo.
- Eu gosto muito... muito das mulheres. E eu gosto de você, ela
insiste.
Eu abro mais as minhas pernas e a mulher enfia um dedo em mim,
não se importando de fazer nesta sala cheia de gente. Eu levanto o meu
queixo. Eu me inclino mais a frente no banquinho para ela ter mais
acessibilidade e Eric sussurra em meu ouvido:
- Essa vai ser a mulher que vai jogar contigo, você gosta?
Passo meu olhar por ela e concordo. A mulher tira sua mão dentre
minhas pernas, chupa o dedo que estava dentro de mim e sorri.
Eu faço o mesmo e escuto dizer ao meu homem:
- Vejo você na sala preta.
Sem mais, a mulher se afasta, e meu homem, olhando, pergunta:
- Pronta para jogar?
Concordo.
Estou tão excitada que meus lábios tremem quando sorrio. Com a
mão na sua caminho ao local.
Passamos uma porta, caminhamos por um corredor e vejo Frida e
Andrés na cama de um quarto aberto. Frida não me vê, está totalmente
entregue entre as pernas de uma mulher, enquanto ela dá um golpe em
Andrés e outro homem penetra Frida.
Excitante.
Eric e eu nos olhamos. Seguimos nosso caminho. Ele abre uma porta.
Entramos no quarto. Não vejo nada e meu amor diz:
- Não se mova.
Momentos depois, o quarto se ilumina com uma luz fraca e lilás ao
projetar-se em uma de suas paredes um filme pornô. Curiosa eu observo o
quarto. Há uma cama redonda, uma cadeira, uma espécie de bancada e ao
fundo uma tela com uma ducha. Eric me abraça. Ele beija minha orelha e me
chupa enquanto assistimos as imagens quentes projetadas na parede.
Cinco minutos depois a porta se abre. Aparece a mulher que antes me
tocou, nua e com um vibrador duplo nas mãos. Entra e comunica:
- Venha agora.
Eric concorda. Eu não sei quem vem, mas eu não me importo. Minha
respiração sussurrada me faz saber como estou excitada quando Eric se
senta na cama.
- Diana, deixe minha mulher nua, diz:
Não me movo.
Deixo fazer.
Essa sensação me excita.
Os olhos de meu amor se escurecem de desejo enquanto a mulher
abre o zíper do meu vestido. Suas mãos voam por todo o meu corpo
enquanto Eric nos assiste. Meu vestido cai no chão e eu fico só com a cinta
liga, saltos e sutiã. O fio dental Eric arrancou minutos antes.
A mulher me toca. Passeia suas mãos no meu corpo e me pede para
sentar no balcão ao lado. Eric se levanta, me pega nos braços e me levanta.
Me coloca nele e separa minhas coxas. A boca da mulher vai direto para a
minha vagina e com um golpe enfia a língua dentro de mim.
Exige. Exige muito enquanto abre minha vagina com as mãos e me
consome.
Eric nos assiste. Eu olho para ele e suspiro, enquanto o vejo fica nu.
Ele toca seu pau duro e grita de prazer ao sentir o que a mulher me faz.
Acaba de me meter um lado do duplo vibrador. Calor!
Ela move com habilidade e prática enquanto sua boca brinca com
meu clitóris. Fecho os olhos. Eu gosto, me abro para ela, e movo os quadris
em busca de mais. A mulher sabe o que faz e estou gostando. Muito.
Abro os olhos. Eric nos assiste e, de repente ela sobe na bancada,
sem tirar o vibrador do meu corpo, se introduz na outra parte e com
conhecimento e técnica cai sobre mim, agarra meus quadris e começa a
foder. O vibrador duplo entra em mim e nela ao mesmo tempo, e os nossos
sussurros são rítmicos. Seu ritmo intensifica enquanto a minha excitação
cresce. Como se fosse um homem, ela toma meu corpo enquanto, sem me
mover eu tomo o seu, até que ambas nos curvamos e nossos orgasmos nos
fazem gritar.
Eu olho para o meu amor. Ele não se move, e Diana com habilidade,
tira o vibrador duplo de ambas, desce da bancada e diz, abrindo o topo das
pernas:
- Me dê seu suco... me dê.
Sua boca ansiosa me lambe. Quer o meu orgasmo. Me chupa com
habilidade e eu fico louca novamente. Eu nunca tive isso antes. Eu nunca
imaginei que uma mulher pudesse me fazer gozar duas vezes em menos de
dois minutos. Mas Diana, com facilidade, consegue, e eu me entrego a ela
disposta que consiga mil vezes mais. Eric se aproxima, estende a mão e me
beija enquanto ela se aproveita de mim.
Eu me sinto como uma boneca em seus braços quando meu amor me
agarra e me tira da bancada. Seu pênis duro colide com minhas pernas e
sorrio. Me deita na cama. Se senta ao meu lado e a mulher do outro lado.
Ambos me tocam. Quatro mãos percorrem meu corpo e eu suspiro. A porta
se abre e entra um homem nu. Observa nosso jogo e eu me fixo em como
seu pênis cresce, enquanto nos observa.
Paramos. O recém-chegado se apresenta como Jeffrey, e Eric se
abaixa e pergunta:
- Você está gostando de Diana?
- Sim... Sussurro como posso.
Ele sorri. Me beija, e quando ele sai da minha boca, pergunto,
extasiada:
- Posso te pedir uma coisa?
Meu amor retira o cabelo da testa e concorda.
- O que você quiser.
Quente, eu levanto da cama. Eric se deita e eu sento sobre ele,
murmuro:
- Eu quero que Jefrey masturbe você.
Jefrey chega num segundo. Meu alemão não diz nada. Deitado me
olha. Seu gesto me mostra que isto não lhe agrada, e então sussurro antes
de beijá-lo:
- Eu sou sua mulher, certo? - Eric concorda. - E você é meu marido,
certo?
Volta a assentir, e com sensualidade lhe beijo os lábios.
- Se entregue a mim e as minhas fantasias querido. Só te masturbará.
Eu prometo.
Vejo que fecha os olhos. Pensa sobre a minha proposta, e quando os
abre, concorda. Eu o beijo. Eu sei o que isso significa para ele, e me agrada.
Toco em seus mamilos e sussurro:
- Jeffrey, quero que aproveite o meu marido.
Sem um segundo de hesitação, Jefrey ajoelha-se na cama, toma o
pau duro de Eric e massageia. O move para cima e para baixo, e Eric fecha
os olhos. Não quer ver. A mulher se coloca ao meu lado e toca meus seios.
Ele gosta e me deixa saber, enquanto o outro continua masturbando o meu
amor. Ele lhe toca, tira dele, até que ele mete todo o pênis na boca. Eric se
arqueia. Suspira. Gostando de ver aquilo, me aproximo de sua boca.
- Abra as pernas, querido.
Ele faz. Jefrey se encaixa entre as pernas de Eric para lamber, chupar
e excitar o homem que eu amo. Indico à mulher que me toca, que lhe chupe
os mamilos. Ela faz e eu concordo, com prazer de controlar a situação. Eu
gosto de mandar, bem como de ser mandada. Jeffrey, com a boca ocupada,
passa suas mãos livres pelo traseiro do meu amor, e este se contrai.
Aproveita as carícias. Fecha os olhos, e eu exijo:
- Olhe para mim.
Obedece. Crava seu olhar azulado em mim, enquanto eu sinto que os
pêlos do seu corpo arrepiam com o que o homem faz. Eric se contrai. O
prazer rude que Jefrey lhe dá e que nunca tinha provado o agrada. De
repente, percebo que Eric tem uma mão sobre a cabeça de Jeffrey. Ela o
empurra para baixo em seu pênis. Quer mais. Eu sorrio. Meu amor suspira, e
eu louca de excitação, faço que Jefrey saia e me coloco montada sobre Eric,
ele me preenche.
Eric agarra meus quadris e me aperta contra ele, em busca de seu
orgasmo louco, enquanto Jefrey e a mulher nos observam. Quando meu
amor dá um gemido sórdido, eu pressiono contra ele, e então, só então, se
deixa ir.
Deitada sobre ele, o abraço. Eu beijo e pergunto:
- Tudo bem, querido?
Eric me olha. Balança a cabeça e murmura:
- Sim, pequena. Finalmente você conseguiu.
Isso me faz rir. De repente, a porta se abre. Dexter entra com um
homem nú. Eric se levanta e entra no chuveiro enquanto eu me sento na
cama. A mulher ao meu lado não consegue resistir e começa a me tocar. O
mexicano sorri, se aproxima de mim e me ensina a por a corrente pequena
de mamilos. Sem necessidade de que me peça, aproximo meus peitos e ele
belisca com uma pinça. Em seguida, puxa as correntes e murmura:
- Deusa..., me faça gozar.
Eric retorna conosco e senta em uma poltrona. Sei que quer observar.
Eu sei disso. A mulher que está ao meu lado sussurra que quer novamente a
minha vagina. Concordo. Abro minhas pernas deitada na cama e guio sua
cabeça para ela. Com exigência, agarro pelos cabelos, enquanto me chupa,
e sou eu nesse momento que determina a intensidade. Ela pega a corrente
entre os meus seios, e cada vez que seus lábios puxam e libera meu clitóris,
e eu grito.
Somos o espetáculo quente e doentio de quatro homens. Eu gosto.
Eles nos observam, e eu noto que Jeffrey e o outro colocam preservativos.
Dexter respira de forma irregular, e Eric me come com os olhos. Os homens
gostam do que vêem entre nós, e eu gosto de ser olhada.
Quando o orgasmo me faz ter convulsões, a mulher volta a chupar
avidamente. Quer a minha essência. Eu deixo que tome tudo o que quiser.
Venero como me chupa. Eric a chama e a afasta de mim e pede que se
sente montada sobre ele.
Como um deus todo-poderoso meu dono me olha. Eu olho para ele e
escuto dizer:
- Quero ver como eles te fodem.
Eu olho para os dois homens que me observam. Ambos se levantam
da cama e começam a me tocar, enquanto Eric se deixa tocar pela mulher.
Dexter se aproxima de mim, puxa a corrente pequena para alongar os
mamilos ao máximo, assobia e tira de mim:
- .....permita-me deixar seu traseiro vermelho.
Dou a volta e lhe ofereço meu traseiro, após beijá-lo me dá seis
açoitadas. Três de cada lado. Depois aproxima seu rosto às minhas nádegas
e sentindo o meu calor sussurra:
- Agora sim deusa, ... agora já está preparada.
Jefrey me deita na cama. Ele fica sobre mim e chupa meus mamilos
doloridos. Curiosamente, apesar de estarem doloridos, o formigamento que
sinto ante as lambidas me faz desfrutar. O ritmo de Jefrey em seus
movimentos é excitante, e quando considera oportuno, me coloca sobre ele.
Eu deixo.
- Ofereça seus seios. - Pede Eric.
Me abaixo sobre Jefrey e meus seios vão a sua boca. Ele chupa,
lambe e os endurece, enquanto o outro homem toca minha cintura e
mordisca carinhosamente minhas costelas. Assim ficamos uns minutos, até
que Jeffrey, sob o olhar atento do meu amor, me penetra. A sua vontade me
faz tremer, e eu suspiro. Agarrado a minha cintura, me desloca da frente
para trás, e seu pênis entra em mim sem piedade. Eu gosto. Me sufoca, e
Eric não tira o olho de mim.
De repente, sinto que o outro homem me dá uma açoitada, me abre
as nádegas e me enche de lubrificante. Com firmeza enfia um dedo no meu
ânus e começa a mover, enquanto Jeffrey me penetra sem parar. Eu suspiro.
Eric se levanta. Ele sobe na cama e se aproxima de mim, sussurrando:
- Você está preparada, querida?
Ardente concordo, e então o desconhecido coloca seu pênis em meu
ânus e começa a entrar em mim até que eu estou completamente
preenchida. Eu suspiro ao me sentir totalmente fodida ante os olhos de meu
amor. Meu ânus está dilatado. Não há dor. Apenas prazer. Uma e outra vez
aqueles homens saem e entram em mim, e eu gosto. Diana deita na cama,
pega a enorme ereção de Eric e coloca na boca. Ela chupa. Ele gosta.
- Assim querida..., assim...curve-se...- Eric murmura extasiado com o
que vê, até que um grito viril surge da boca da mulher.
Os dois desconhecidos continuam fundindo-se em mim, e meu corpo
aceita. Dexter pede a Jeffrey que morda meus mamilos, e ao outro detrás
que me bata. Eles fazem ao mesmo tempo que me fodem. Uma vez ... e
outra... e outra mais, até que eu gozo e eles também.
Depois disso, Eric me beija. Ele faz os homens saírem de mim, agarra
a minha cintura e me carrega em seus braços para o chuveiro. A água cai
sobre nossos corpos e não falamos. Minha vagina e meu ânus ainda
tremem. Tudo foi tão doentio e excitante que eu mal posso pronunciar uma
palavra. Meu Iceman passa a mão pelo meu rosto e sussurra:
- Tudo bem, querida?
Aceno com a cabeça e sorrio. Isso foi incrível.
Nossas bocas se encontram. Se devoram, e Eric furioso volta a me
penetrar. Ele se recuperou e sua ereção me necessita. Ele me toma em seus
braços e, sob a água correndo, me faz sua. Presa contra a parede, meu
amor se funde em mim, uma e outra vez, enquanto minhas pernas se
enredam em volta de sua cintura, ansiosa por mais e mais. Nos dizemos
palavras quentes ao ouvido e cresce o nosso desejo. Palavras selvagens,
olhando nos olhos para enlouquecermos mais. E quando nosso orgasmo nos
faz gritar, ficamos apoiados na parede, e Eric sussurra em meu ouvido:
- Vai me matar pequena...
Eu sorrio. Me movo e Eric me solta no chão. A água segue caindo
sobre nossos corpos. Olhamos um para o outro e sorrimos. Quando saímos
do chuveiro, eu olho para as outras pessoas no quarto, e vejo que agora é a
mulher que está na cama com os outros dois e Dexter a toca feito louco,
pergunto:
- Isto é sempre assim?
Eric concorda, e chegando mais perto de meu corpo, murmura:
- Sempre. Quando a pessoa encontra o que deseja. São fantasias.
Lembre-se disso.
Dez minutos depois, Eric e eu, vestidos, voltamos para o segundo
quarto, onde estávamos. Ele me beija, desfruta de mim e eu dele. Estamos
felizes. Estamos sintonizados. O que mais posso pedir?
Depois de beber um par de bebidas mistas minha bexiga está
explodindo. Eu indico que tenho que ir ao banheiro. Ele me diz onde é, e eu
me encaminho. Ao entrar vejo duas mulheres se beijando, me olham, olho
para elas e sorrio. Eu entro em uma cabine e de bom grado suspiro enquanto
faço xixi. Ouço mais pessoas entrar no banheiro. Risos. Algumas mulheres
sussurram e ouço:
- Oh, sim! Na próxima sexta-feira eu tenho um jantar com Raimon
Grüher e seus pais. Finalmente eu consegui meu objetivo. Ele vai me pedir
em casamento.
Guinchos de satisfação. Eu sorrio. E outra voz diz:
- Onde você vai jantar com eles?
-Às sete horas, na Trattoria de Vicenzo. Um lugar ideal, certo?
-Maravilhoso.
- E exclusivo.
- E caríssimo.
Risos novamente.
- Mas espere, eu pensei que Raimon não era seu tipo. Você gosta dos
garotos.
- E não é mesmo querida, mas do seu dinheiro eu gosto. - Ambas
sorriem, e eu suspiro. Pequena sirigaita! - Não é um homem que me
enlouquece na cama. Na sua idade, o que você espera? Mas eu já tenho isto
resolvido com seu primo Alfred e os meus próprios amigos. No final fica tudo
em família, você não acha?
- Oh, Betta! Você é terrível.
Betta?!
Ela disse Betta?
Meu coração começa a bater, quando ouço:
- Olha quem está falando. Não que você seja uma santa, estando
neste lugar sem seu marido. Se Stephen descobrisse, daria o troco.
O sorriso me confirma que é ela. Betta! Sua risada de carne de porco
é inconfundível. Abaixo o vestido, já que não estou usando calcinha porque
Eric rasgou, e abro a porta do banheiro. Elas olham para mim e percebo que
Betta não se surpreende ao me ver no local. Pelo seu gesto, eu sinto que já
sabia que eu estava ali. E antes que eu possa fazer qualquer coisa, me dá
um empurrão que me joga contra a parede. Mas eu sou rápida, eu a pego
pelo vestido e arranco. Ela cai de cabeça no chão. Sua amiga começa a
chorar e vai em busca de ajuda. As duas mulheres que estavam se beijando
correm . Nos deixam sozinhas.
Quando ela cai ao meu lado, olho para sua mão. Vejo um anel em
forma de margarida e, furiosa, grito:
- Você tocou nele, maldita porca. Você tocou em Eric?
Ela sorri maliciosamente.
- Me parece que os dois estavam gostando quando eu toquei, não?
Sua declaração me deixa sem palavras. Vou matá-la! Dou-lhe um
tapa e depois outro, ante a cara de horror de uma mulher que entra neste
momento no banheiro. Betta levanta do chão, e eu sigo. Ela é mais alta que
eu, porém eu sou muito mais ágil e rápida do que ela, e quando vai escapar,
o empurro contra a parede, prendendo-a, sibilo:
- Como você ousa tocá-lo? - Eu grito.
Ela não responde. Apenas sorri e, furiosa, digo:
- Eu disse que não queria você perto de Eric.
- Tudo o que você disse não me importa.
Oh, Deus, eu rasgo as extensões! E olhando para ela, grito com raiva:
- Eu te disse que se me provocasse, me encontraria, cadela!
Betta grita. Ela se assusta quando torço o braço e, de repente, Eric
me agarra, me separa dela, e pergunta:
- Pelo amor de Deus Jud, o que você está fazendo?
Betta, com o rosto enrugado e olhar recriminador, grita:
- Tua namorada é uma assassina.
- Você vai ver cadela! - Eu grito.
- Ela me viu e me atacou.
- Você é uma sem-vergonha. Me atacou primeiro.
- Mentirosa. E olhando para Eric, ela murmura: Querido, não acredite
nela. Eu estava no banheiro, e ela veio e...
- Cale a boca, Betta! - Eric grita, enfurecido.
- Querido! Você quis dizer "querido"? - Eu grito, me livrando dos
braços de Eric. Não o chame de querido, vadia!
Eric me segura. Estou uma fera. Ele olha para mim e diz:
- Não entre no seu jogo, querida. Olhe Jud. Olhe para mim.
Mas eu estou pronta para tirar os olhos desta que me olha com
diversão, e grito:
- Como você pode tocar? Como você pode se aproximar dele? De
nós?
- Este é um lugar público, bela. Não é um lugar exclusivo para você e
Eric.
- Betta, basta! - Eric grita sem entender o que queremos dizer.
Vou matar. Eu vou matar ela!
Eric, furioso, tenta me acalmar. Não preste atenção em Betta, ela não
interessa.
Só presta atenção em mim, até que ela grita:
- Esta é a segunda vez que me ataca em Munique. O que aconteceu
com sua namorada? É um animal?
Isso atrai a atenção de Eric e me pergunta:
- É a segunda vez?
Eu não respondo. Suspiro, e ela insiste:
- Sim. Na loja da Anita. Estava com sua irmã Martha, e ela também
me atacou. As duas me perseguiram e me bateram, e...
- Será que você faria isso? - Eric pede, irritado.
Constrangida por reconhecer, e em especial como ele me olha, eu
respondo:
- Sim. Ela me devia. Por sua culpa nós rompemos, e...
Eric me solta e leva as mãos à cabeça.
- Pelo amor de Deus, Judith, somos adultos. Como você pode fazer
algo assim?
Espantada com a forma que ele está interpretando, eu olho e
sussurro:
- Quem me provoca, me paga. E esta cadela me provocou.
Frida, alertada, entra no banheiro. Ao ver Betta não pensa. Se
aproxima e lhe dá uma bofetada.
- Cadela, o que você está fazendo aqui? - Ela grita.
Betta olha ao redor. Nenhuma ajuda. Todos sabem sua história com
Eric, e nos ameaça aos gritos:
- Eu vou chamar a polícia e vou denunciar a todos.
- Chama. – Gritamos eu e Frida.
Aquela idiota puxa seu celular de última geração, e após tentar, grita
frustrada:
- Por que não tem sinal aqui?
Frida e eu sorrimos, e digo com ironia:
- Saia do banheiro. Lá fora certamente tem sinal.Vamos.., chame a
polícia. Será ótimo que seus futuros sogros e maridinho descubram que você
estava aqui.
Andrés chega, censura sua esposa e a repreende ao vê-la gritar.
Frida reclama e sai do banheiro, irritada. Não suporta Betta. Björn, que até
então tinha permanecido ao lado da porta, olha para seu amigo irritado, e
sussurra:
- Isto já acabou. Vamos sair daqui.
Eric, sem me avisar, sai do banheiro. Betta sorri. E eu, incapaz de
segurar meu instinto, lhe dou um empurrão contra o banheiro.
- Eu juro pelo meu pai que isso não acaba aqui.
Uma vez que saio do banheiro, muito irritada, Björn agarra meu braço,
me faz olhar e murmura:
- Assim não se resolve as coisas, linda.
- O que quer dizer? Eu não quero resolver coisa alguma com essa
cadela!
E depois contar-lhe o que aconteceu em Madrid, e do rompimento
entre Eric e eu, diz:
- Não me admira o que aconteceu aqui. Além disso, estou prestes a
entrar e dar mais uma bofetada.
Isto me faz rir. Björn, vendo meu gesto, sorri e me abraça. Neste
momento, Eric vem até nós e, com fúria em seus olhos, diz:
- Estou indo para casa. Você vem comigo ou vai ficar com Björn para
continuar a jogar?
Surpresos, olhamos para ele e digo:
- Você é um babaca.
- Jud...- Eric sibila.
- Nem Jud nem leite. O que você está querendo insinuar com isso?
Eric não responde. Björn, se divertindo, me empurra para Eric e
acrescenta:
- Vamos pombinhos.Terminem a discussão em casa, na cama!
No carro não falamos.
Ambos estamos com raiva e não entendo por que ele tem essa raiva.
No final de tudo, Betta mereceu. E ainda por cima teve a coragem de tocá-lo.
De tocar-nos. Para se aproximar de nós. Maldita mulher!
Ao longo do caminho, os nossos celulares tocam. Temos recebido
várias mensagens. Não olhamos. Nós não estamos com humor. Estou certa
de que é Frida e Björn, para ver como estamos. Quando chegamos em casa,
colocamos o carro na garagem, dou uma batida com a porta e Eric me olha,
e ansiosa para entrar numa briga, grito:
- O que houve?
Eric avança sobre mim.
- Você poderia não ser tão estúpida e fechar com cuidado.
- Não.
Ele levanta uma sobrancelha surpreso e repete:
- Não?
- Exatamente. Não, não quero ter cuidado! E não quero ter, porque
estou muito brava com você. Primeiro por gritar comigo na frente da idiota da
Betta, e segundo pela idiotice que disse em relação a Björn.
Eric fecha os olhos.
- Por que você não me contou sobre Betta?
- Porque eu não vi necessidade. É entre eu e ela.
- Entre você e ela?
- Exatamente. E antes que você acrescente qualquer outra coisa,
deixe-me dizer que meu pai me ensinou a...
- Já estamos com o seu pai? Quer deixar seu pai fora disto?
Indignada com a sua fúria, grito:
- Pois bem,... e porque não posso falar sobre o meu pai quando me dá
vontade?
- Porque estamos falando de Betta, não do seu pai.
- Você é um idiota, sabia?
Eric não responde. E como não posso manter o que penso, o deixo ir:
- Eu ia dizer, que o meu pai me ensinou a não ser vítima de pessoas
más. Aquela idiota, para não dizer algo pior, brincou comigo. Foi uma
megera e tentou complicar a minha vida. O que você quer? Que quando a
vejo lhe abrace? Olha, não... Isso você não acredita nem depois de muito
Möet Rosa.
Sem olhar para mim, toca sua testa.
- Não pretendo que bata palmas. Só quero que não tenhas nada a ver
com ela. Fique longe de Betta, e poderemos viver em paz.
- E o que dizer desta noite? Essa... essa...cadela teve o descaramento
de se aproximar de nós no quarto escuro. Tocou você. Ela passou as mãos
sujas pelo seu corpo, e eu incentivei sem perceber que era ela. Tocou em
você diante de mim. Voltou a me provocar. Mais uma vez ela jogou
sujo.Você acha que eu deveria perdoar novamente?
Eric não responde. O que acaba de escutar o surpreende.
- Ela era a mulher que...
- Sim, ela. Aquela nojenta. Ela esteve no quarto escuro! – Grito em
desespero.
Escuto amaldiçoar. Caminhar de um lado para o outro, e finalmente
murmura:
- É tarde. Vamos para a cama.
- Uma merda. Estamos conversando. Não importa a hora que seja.
Você e eu estamos tendo uma conversa adulta, e não vou deixar que
interrompa porque você não quer falar sobre isso. Acabo de dizer que essa
cadela voltou a nos enganar. Ela jogou sujo.
Nervoso, se move pela garagem. Amaldiçoa.
De repente, se fixa em algo. Vejo o meu capacete amarelo da moto.
Oh não! Eu fecho meus olhos e amaldiçôo. Deus, agora não! Eric caminha
em direção ao seu objetivo e grita, quando retira o plástico azul.
- O que essa moto faz aqui?
Bufo. A noite vai de mal a pior. Eu ando até ele e respondo:
- É a minha moto.
Incrédulo, olha para mim, olha a moto e diz:
- É a moto de Hannah. Por que está aqui?
- Sua mãe me deu de presente. Ela sabe que eu faço motocross e...
- Isto é inacreditável! Inacreditável!
Consciente do que ele pensa, suavizo meu tom.
- Ouça Eric. A Hannah gostava do mesmo esporte que eu, e como eu
não tenho minha moto aqui, e...
- Você não precisa desta moto, porque aqui você não vai fazer
motocross. Eu te proíbo!
Isso me enfurece. Me pinica o pescoço.
Quem é ele para proibir alguma coisa? E pronta para a batalha,
respondo:
- Você está errado. Vou continuar fazendo motocross. Aqui, lá e onde
eu bem entender. E para que saibas: tenho ido algumas manhãs com seu
primo Jurgen e seus amigos para correr. Aconteceu alguma coisa?
Nãoooooooo..., mas você como sempre, tão dramático.
Seus olhos queimam. Não estou fazendo bem para ele. Sei que estou
colocando o pé no fundo, mas nada posso fazer. Eu sou uma boca grande!
Eric me olha. Acena com a cabeça. Morde o lábio.
- Está escondendo coisas de mim?
- Sim.
- Por quê? Acredito que a primeira coisa que nos pedimos quando
retomamos nosso relacionamento foi sinceridade. Certo, Judith?
Eu não respondo. Eu não posso. Ele está certo. Sou a pior. Me pinica
o pescoço. A alergia! De repente, a porta da garagem se abre e entra Sonia
e Marta. Nos olham e Sonia diz:
- Para que vocês têm os telefones?
Me surpreendo ao vê-las aqui. Que horas são? Mas Eric grita:
- Mãe, como você pode dar a moto para Judith?
A mulher me olha. Eu suspiro.
- Filho, vamos, relaxe. Essa moto em casa não servia para nada, e
quando Judith me disse que fazia motocross como Hannah, pensei e decidi
dar de presente.
Eric bufa e grita de novo:
- Como tenho que dizer para que não se intrometa na minha vida?
Como?
- Desculpe Eric... É a minha vida! - Esclareço ofendida.
Martha, vendo o gênio de seu irmão, olha e grita, apontando:
- Ponto um: não grite com a mamãe assim. Ponto dois: Judith é maior
de idade para saber o que pode ou não pode fazer. Ponto três: se você
quiser viver em uma bolha de vidro não quer dizer que nós tenhamos que
viver.
- Cale a boca, Martha! Cale a boca! - Eric sibila.
Mas sua irmã se aproxima dele, e acrescenta:
- Eu não vou me calar. Estamos ouvindo de dentro da casa. E tenho
que dizer que é normal que Judith não diga sobre a moto ou qualquer outra
coisa. Como ia contar? Com você não se pode falar. Você é o Senhor
Ordeno e Mando. Tem que fazer somente o que você gosta, ou dá uma de
Deus. - E, olhando para mim, ela diz: - Você já disse sobre mim e mamãe?
Nego com a cabeça, e Sonia com as mãos sobre a boca, sussurra:
- Filha por Deus,... cale a boca.
Eric sem acreditar, nos observa. Seu gesto está se tornando mais
escuro. Por fim ele tira o casaco. Está com calor. Deixa sobre o capô do
carro, põe as mãos na cintura, e me dando um olhar intimidador pergunta:
- O que é isso de contou sobre minha mãe e minha irmã? Que outros
segredos você esconde de mim!
- Filho, não grite com a Judith. Coitada.
Eu não posso falar. Tenho a língua grudada no palato, e Martha, curta
e grossa diz:
- Para seu registro, mamãe e eu estamos fazendo um curso de páraquedismo há meses. Aha! Já falei. Agora, pode ficar com raiva e gritar, isso
sim lhe dá de motivo, irmãozinho.
O rosto de Eric é um poema.
- Pára-quedismo? Vocês enlouqueceram?
As duas abanam a cabeça e, de repente Simona, envergonhada,
entra na garagem.
- Senhor, Flyn está chorando. Quer que você suba.
Eric olha para a mulher e diz:
- O que Flyn faz acordado a esta hora? - Da um passo, pára. Olha
para a sua irmã e sua mãe, e pergunta: - O que aconteceu? Por que vocês
estão aqui a esta hora?
Não lhes dá tempo para responder. Sai como um tiro para o quarto de
Flynn. Sonia vai atrás dele. Martha me olha assustada, e eu pergunto:
- O que houve?
Martha suspira e olha para mim.
- Céus.., lamento dizer que meu sobrinho caiu com o skate e quebrou
um braço.
Quando escuto minhas pernas amolecem. Não. Não pode ser
verdade!
- Como?
- Eu chamei o telefone milhares de vezes, masvocês não atenderam.
Branca como a parede, olho para Martha .
- Não havia cobertura onde estávamos. Ele está bem?
- Sim, como se não bastasse, Eric vai ficar com mais raiva de você.
Ao entrarmos no interior da casa, meu coração bate forte. Eric não vai
me perdoar por nada disto. Todos os segredos que me atormentavam vêm à
luz ao mesmo tempo. Isso vai deixá-lo muito zangado. Eu sei disso. Eu o
conheço.
Quando eu entro no quarto de Flynn, o pequeno está engessado. Ele
olha para mim, e quando eu chego perto dele, Eric fica na frente e sussurra:
- Como você pode me desobedecer? Eu disse não para o Skate.
Tremo. Tremo incontrolavelmente e com um sussurro digo:
- Sinto muito Eric.
Com o gesto completamente deslocado, ele me despreza.
- Não tenha dúvida, Judith. Claro que você vai sentir.
Eu fecho meus olhos.
Eu sabia que isto aconteceria um dia, mas eu nunca pensei que Eric
reagiria de forma tão dura. Estou tão confusa que não sei o que dizer. Eu só
vejo o seu olhar frio. Deixando-me de lado, eu me aproximo do menino e o
beijo na testa.
- Você está bem?
O garoto acena com a cabeça.
-Perdoe-me Jud. Eu estava entediado e peguei o skate e caí.
Com carinho sorrio e sussurro:
- Sinto muito, querido.
O pequeno assente com tristeza. Eric pega meu braço, me puxa para
fora do quarto com a mãe e a irmã, e diz com raiva:
-Vão dormir. Amanhã eu falo com vocês. Eu vou ficar com Flynn.
Naquela noite, quando entro em nosso quarto, não sei o que fazer. Me
sento na cama e me desespero. Quero estar com Eric e Flynn. Eu quero me
juntar a eles, mas Eric não deixa.
Na manhã seguinte, quando desço até a cozinha, estão sentados à
mesa Martha, Eric e Sonia. Discutindo. Quando eu entro, ficam quietos e isso
me faz sentir terrível.
Simona, carinhosamente, me prepara uma xícara de café. Com seus
olhos me pede tranquilidade. Conhece Eric e sabe que ele está furioso, e me
conhece. Quando eu me sento à mesa olho para Eric e pergunto:
- Como está Flynn?
Com um olhar severo que eu não gosto, sussurra:
- Graças a você, com dor.
Sonia olha para o seu filho e rosna:
- Maldito seja Eric, não culpe a Judith! Por que você insiste em culpála?
- Porque ela sabia que não devia ensiná-lo a usar o skate. Portanto a
culpa é dela - responde com raiva.
Minhas pernas tremem. Eu não sei o que dizer.
- Mas você é estúpido ou se faz? - Martha intervém.
- Martha...- Eric sibila.
- O que é que ela não deveria? Mas você não vê que o menino mudou
por causa dela? Não vê que Flynn não é mais a criança introvertida que era
antes dela chegar? -Eric não responde, e Martha continua. - Você deveria
agradecer-lhe por ver Flyn sorrir e se comportar como uma criança da sua
idade. Porque, sabe irmãozinho? As crianças caem, porém se levantam e
aprendem, algo que, aparentemente, você ainda não aprendeu.
Sem resposta. Ele se levanta e sai da cozinha sem olhar para mim.
Meu coração se encolhe, mas depois de dar uma olhada para as três
mulheres que me observam, murmuro:
- Fiquem tranquilas, falarei com ele.
- Dê uma bofetada. É o que ele merece. - Marta sussurra.
Sonia me olha, toca minha mão e sussurra:
- Não se culpe por nada, querida. Não é culpa sua. Nem mesmo de
ter a moto de Hannah e sair com Jurgen e seus amigos.
- Eu tinha que ter-lhe dito. - Afirmo.
- Sim, claro, como se fosse tão fácil dizer alguma coisa ao senhor malhumorado! - Marta protesta. - Você tem muita paciência com ele. Você deve
gostar muito, porque senão, não entendo como suporta. Eu o amo, ele é meu
irmão, mas eu te garanto que não o suporto.
- Martha... - Sonia sussurra - Não seja tão dura com Eric.
Ela se levanta e acende um cigarro. Peço outro. Preciso fumar.
Quando eu saio da cozinha vinte minutos mais tarde, me aproximo da
porta do escritório de Eric.Tomo ar e entro. Ao me ver crava seus olhos
acusadores em mim e sussurra:
- O que você quer Judith?
Eu me aproximo.
- Desculpe. Desculpe não ter dito que...
- Não aceito o seu pedido de desculpas. Você mentiu.
- Você está certo. Eu tenho escondido as coisas, mas...
- Você mentiu o tempo todo. Tem escondido coisas importantes
quando você sabia que não deveria fazer isso. Sou tão ogro que não pode
me dizer as coisas?
Eu não respondo. Silencio. Nos olhamos e, finalmente, pergunta:
- O que significa para você agora e sempre? O que significa para você
o compromisso de estarmos juntos?
Suas perguntas me abalam. Eu não sei o que dizer. Silencio. No final,
ele diz:
- Olha Judith, estou muito bravo com você e comigo mesmo. Melhor
sair do escritório e me deixar em paz. Eu quero pensar. Preciso relaxar ou,
como eu estou, vou fazer ou dizer algo que vou me arrepender.
Suas palavras me levantam e sem ignorá-lo, digo:
- Você está me tirando de sua vida como sempre faz quando fica com
raiva?
Não responde. Me olha, olha, olha, e eu decido me virar e sair da
sala.
Com lágrimas nos olhos, caminho para o meu quarto. Entro e fecho a
porta. Sei que sua raiva é justificada. Sei que procurei por isto, mas ele tem
que perceber que, se eu não disse nada que era porque todos temiam a sua
reação. Estou arrependida. Muito arrependida, mas nada pode ser feito.
Dez minutos depois, Marta e Sonia vêm dizer adeus. Estão
preocupadas. Eu sorrio e digo que podem ir tranquilas. O sangue não
chegará ao rio.
Quando elas saem, eu me sento no tapete macio do meu quarto. Por
horas eu penso e lamento. Por que eu fiz tudo tão errado? De repente, ouço
um carro sair. Eu olho para fora da janela e fico sem palavras ao ver que é
Eric quem sai. Eu saio do quarto, olho para Simona, e antes de perguntar,
ela explica:
- Saiu para encontrar Björn. Disse que não vai demorar.
Eu fecho meus olhos e suspiro. Subo ao quarto de Flynn, e o pequeno
ao me ver sorri. Ele parece melhor do que na noite anterior. Me sento na
cama e sussurro, tocando sua cabeça:
- Como você está?
- Bem.
- Dói o braço?
O garoto acena com a cabeça e, ao sorrir, digo:
- Aiiii Deus, querido você também quebrou um dente!
O alarme em meu rosto é tal que Flynn sussurra:
- Não se preocupe. A vó Sonia disse que é de leite.
Concordo e me surpreendo com suas palavras:
- Eu sinto que o tio está tão bravo. Não levará o skate. Você me pediu
que nunca usasse sem estar perto. Mas eu estava entediado e...
- Não se preocupe Flynn. Essas coisas acontecem. Sabe, quando eu
era pequena, uma vez que quebrei uma perna ao saltar de moto e, anos
depois, um braço. As coisas acontecem porque têm que acontecer.
Realmente, não se preocupe.
- Não quero que você vá embora, Judith!
Isso me perturba.
- E por que eu iria embora? - Eu peço.
Não responde. Me olha, e então sussurro:
- O seu tio falou que vou embora?
O garoto nega com a cabeça, mas eu tiro minhas próprias conclusões.
Deus, não. De novo não!
Eu engulo o caroço de emoção na minha garganta que quer sair.
Respiro e sussurro:
- Escuta querido. Não importa se vou ou se fico, ainda vamos
ser amigos, certo? Ele acena com a cabeça, e eu com dor no coração
mudo de assunto:
- Gostaria de jogar cartas?
O menino concorda, e eu engulo as lágrimas. Brinco com ele
enquanto minha cabeça pensa no que disse. Será que Eric quer que eu vá?
Após o almoço, Eric retorna. Vai direto para o quarto de seu sobrinho,
e eu me abstenho de entrar. Por horas me sento no sofá da sala e assisto
televisão até que eu não posso mais, saio para rua com Susto e Calamar.
Dou um passeio pelo bairro e demoro além da conta, com a esperança de
que Eric me procure ou me chame no celular. Mas nada disso acontece, e
quando eu volto, Simona sai de casa e diz que o senhor já foi dormir.
Eu verifico o meu relógio. Onze e meia da noite.
Confusa porque Eric vai para a cama antes de voltar, entro na casa e,
após dar água aos animais, subo a escada com cuidado. Eu olho para o
quarto de Flynn e o pequeno dorme. Vou até ele, dou-lhe um beijo na testa e
vou para o meu quarto. Ao entrar, olho para a cama. A escuridão não me
deixa ver claramente Eric, mas eu sei que o vulto que vislumbro é ele.
Silenciosamente eu tiro a roupa e me meto na cama. Tenho os pés
congelados. Eu quero abraçá-lo e, quando me aproximo, ele se vira.
Seu desprezo dói, mas decidida a falar com ele, murmuro:
- Eric, eu sinto muito querido. Por favor, me perdoe.
Eu sei que está acordado. Eu sei disso. E sem se mexer responde:
- Você está perdoada. Vá dormir. É tarde.
Com o coração partido eu rolo na cama e tento dormir sem ser tocarlhe. Dou mil voltas e finalmente consigo.
Quando acordo no dia seguinte, estou sozinha na cama. Isso não me
surpreende, mas quando vou até a cozinha e Simona diz-me que o senhor
foi trabalhar, bufo de indignação. Porque logo hoje me deixei dormir?
Como posso, passo o dia com Flyn. O pequeno está irritado. Ele
machucou o braço e a sua ligação comigo é zero.
Desesperada, sento-me com Simona a ver «Loucura esmeralda».
Naquele dia, Luis Alfredo Quiñones, o amor de Esmeralda Mendoza, acredita
que ela o está traindo com Rigoberto, o noivo dos falcões de San Juan, e
quando o capítulo termina Simona e eu olhamos uma para a outra
desesperadas. Como nos podem deixar assim?
Eric não vem almoçar, e retornando no final da tarde do escritório,
quando me vê, não me beija. Cumprimenta-me com um breve movimento de
cabeça e vai para ver o seu sobrinho. Janta com ele, e quando chega a hora
de dormir, faz o mesmo da noite passada. Ele vira-se e não me fala. Não me
abraça.
Durante quatro dias suporto esse tratamento. Não me fala. Não me
olha. E na quinta-feira surpreende-me quando me procura no meu pequeno
quarto e late:
- Nós temos de falar.
Ugh, que mal soa essa frase. É angustiante, mas concordo.
Diz-me para passar no seu escritório. Vai ver o seu sobrinho. Faço o
que me pede. Espero-o. Espero por mais de duas horas. Está a provocarme. Quando entra no seu escritório, estou muito nervosa. Ele senta-se na
sua mesa. Olha-me como levava dias sem olhar-me e espalha-se na sua
cadeira.
- Tu dirás.
Boquiaberta, olho para ele e sussurro:
- Eu direi?!
- Sim, tu dirás. Conheço-te e sei que terás muito para dizer.
Como um furacão muda-me o gesto. Com a sua arrogância em certas
ocasiões, eu posso, e, sem mais, explico-me:
- Como podes ser tão frio? Por favor! Estamos na quinta-feira e desde
sábado que não me falas. Oh, Deus, eu estava ficando louca. Por acaso
pretendes não me falar mais? Martirizar- me? Pregar-me numa cruz e ver
como eu sangro diante de ti? Frio... frio ... isso é o que és: um frio alemão.
Vocês são todos iguais. Vocês não têm sentido de humor. Mas quando conto
uma piada, vocês nem riem, e se sou simpática vocês acreditam que eu
estou flertando. Por favor, em que mundo vivemos? Fiquei aborrecida,
entediada! Como podes ser tão ... tão ... idiota? - Grito. Cansada! Eu estou
farta! Nestes momentos, não sei o que fazemos eu e tu juntos. Somos fogo
contra gelo, e eu estou cansada de tentar não me consumas com a porra da
sua maldito frieza.
Não responde. Só olha para mim e continuo:
- A tua irmã Hannah morreu, e tu cuidas do seu filho. Tu achas que
ela aprovaria o que estás a fazer com ele? – Eric bufa. Eu não a conheci,
mas pelo que eu sei dela, eu tenho certeza que teria ensinado a fazer a Flyn
tudo o que tu lhe negas. Como disse a tua irmã na outra noite, as crianças
aprendem. Eles caem, mas levantam-se. Quando tu te vais levantar?
- O que queres dizer? Murmura com fúria.
- Digo que deixes de te preocupar com coisas que ainda não
aconteceram. Digo que deixes viver os outros e entendas que nem todos
gostam da mesma coisa. Quero dizer que aceites que Flyn é uma criança e
que deve aprender centenas de coisas que…
- Chega!
Contorço as mãos. Estou muito nervosa e ao ver o seu gesto
contrariado, pergunto
- Eric, não sentes falta de mim? Não tens saudades?
- Sim.
- E porquê? Estou aqui. Toca-me. Abraça-me. Beija-me O que
esperas para falar comigo e tentar perdoar-me de coração? Foda-se! Não
matei ninguém. Sou humana e cometo erros. Está bem, aceito o da moto.
Tinha de te ter dito. Mas vamos ver, eu proibi-te de ires ao tiro olímpico?
Não, verdade? E porque eu não te proibi apesar de eu odiar armas?
Muito simples, Eric, porque eu te amo e respeito que gostes de algo
que eu não gosto. Quanto a Flynn, na verdade, disseste-me para ele não
andar de skate, mas o menino queria. A criança precisava fazer o mesmo
que os seus companheiros para demonstrar àqueles que o chamam de
"chino, meia leca e galinha" que pode ser um deles e ter a porra de um
skate.
Ah, e isso para não dizer que o garoto gosta de uma garota da sua
classe e quer impressiona-la. O quê, tu não sabias? Ele negou com a
cabeça, e continuo: "Quanto à tua mãe e à tua irmã, elas pediram-me para
não dizer nada, que mantesse o segredo. E a pergunta é: quando o meu pai
te guardou o segredo do que tinhas comprado a casa em Jerez, eu devia terme zangado com ele, tinha de o apedrejar por isso? Vamos, por favor... Eu
só fiz o que as famílias fazem: mantive pequenos segredos e tentei ajudar. E
quanto a Betta, oh, Deus, cada vez que eu penso que te tocou à minha
frente, eu fico louca. Se eu soubesse, eu cortaria as garras porque...
- Cale-se! Eric grita, com veemência. Já ouvi o suficiente.
Isso me irrita, e eu sou incapaz de calar-me.
- Estás à espera que eu vá embora, certo?
A minha pergunta surpreendeu-o. Eu conheço-o e os seus olhos
dizem-me isso. E, sem dar trégua, porque eu estou histérica, eu pergunto:
- Porque disseste a Flyn que talvez me vá daqui? Por acaso é o que
me vais pedir para fazer e já estás a preparar a criança?
Continua surpreendido.
- Eu não disse isso a Flyn. Do que falas?
- Não acredito em ti.
Não me responde. Olha-me, olha-me, e olha-me, e no final diz-me:
- Não sei o que fazer contigo, Jud. Eu quero-te, mas tu deixas-me
louco. Preciso de ti, mas desesperas-me. Adoro-te, mas…
- És um idiota…!
Ele levanta-se da mesa e exclama com a cara contraída: - Pára! Não
voltes a insultar-me.
- Idiota, idiota e imbecil.
Meu Deus, como mês estou a passar! Mas depois de tantos dias sem
falar comigo, eu sou um tsunami.
Ele olha-me, furioso. Eu encorajada e, com intrepidez, repreendo-o:
- Deveria mudar-te o nome e chamá-lo de sr. Perfeito. O que é isso?
Você não comete erros? Ah, não, Mr. Zimmerman é Deus!
- Queres calar a boca e ouvir-me? Eu preciso te dizer uma coisa e
quero pedir-te...
- Queres pedir-me para ir embora, certo? Só precisa que eu não
cumpra alguma outra regra para tirar-me da tua vida de novo.
Não responde. Olhamos um para o outro como rivais.
Eu quero beijá-lo. Desejo-o. Mas este não é o momento para isso.
Então abre-se a porta do escritório e Björn aparece com uma garrafa de
champanhe nas mãos. Olha-nos, e antes que diga alguma coisa, eu me
aproximo dele. Eu agarro o seu pescoço e beijo-o nos lábios. Meto a minha
língua na sua boca, e os seus olhos olham para mim de forma estranha. Ele
não entende o que estou a fazer. Quando eu me separo dele, furiosamente,
olho para Eric e digo perante a cara de incredulidade de Björn:
- Acabo de quebrar a sua grande regra: a partir deste momento a
minha boca já não é tua.
A cara de Eric é indescritível. Eu sei que não esperava isso de mim. E
diante da expressão alucinada de Björn, explico:
- Vou facilitar-te a vida. Não é preciso que me deixes, porque agora
quem se vai sou eu. Recolherei todas as minhas coisas e desaparecerei da
tua casa e da tua vida para sempre. Aborreceste-me. Estou cansada de ter
que esconder-te as coisas. Entediada com as tuas regras. Aborrecida - grito!
Mas antes de sair e com a respiração entrecortada murmuro -: Só te vou
pedir um último favor: Eu preciso do teu avião para me levar, a Susto e às
minhas coisas para Madrid. Não quero meter Susto numa jaula no porão de
um avião e ...
- Por que não te calas? - pragueja, furioso, Eric.
- Porque não me apetece.
Crianças, por favor, acalmem-se - pede Björn. Eu acho que vocês
estão exagerando as coisas e...
- Eu estive calada - prossigo, ignorando Björn e olhando para Eric quatro dias e a ti não te importou o que eu poderia pensar ou sentir. Não te
importou a minha tristeza, a minha raiva ou a minha frustração. Portanto, não
me peças agora que me cale, porque eu não vou calar-me.
Björn, atordoado, observa-nos, e Eric murmura:
- Por que estás a dizer tantos disparates?
- Para mim, não são.
Tensão. Olhamo-nos com raiva, e o meu alemão pergunta:
- Porque vais levar Susto?
Irritada, aproximo-me dele.
- O quê, vais lutar pela custódia dele?
- Nem ele, nem tu, vão sair daqui. Esquece!
Depois do seu grito, levanto o queixo, retiro o cabelo do rosto e
murmuro:
- Tudo bem. Já vejo que não me vais ajudar no que se refere à porra
do teu jacto particular. Perfeito! Susto fica contigo. Encontrarei uma maneira
de levá-lo, porque eu me recuso a colocá-lo no porão de um avião. Mas
saiba que eu vou no domingo!
-Então vai, porra! Vai-te embora! - grita, descontrolado.
Sem mais, saio do escritório enquanto sinto que, de novo, tenho
coração partido.
Na noite durmo no meu quarto. Eric não me procura. Não se preocupa
comigo e isso desmotiva-me total e completamente.
Cumpri o seu objectivo. Facilitei que não fosse ele que me jogou fora
da sua casa e da sua vida. Deitada no tapete junto a Susto, olho pela
cristaleira enquanto estou consciente de que a minha bonita história de amor
com este alemão acabou.
No dia seguinte, quando Eric vai para o trabalho, eu estou arrasada. O
tapete é a bomba, mas eu tenho as costas quebradas. Quando entro na
cozinha, Simona, alheia à minha dor, cumprimenta-me. Eu tomo café em
silêncio, até que eu peço-lhe para se sentar ao meu lado. Quando lhe conto
que me vou embora, o seu rosto contrai e, pela primeira vez em todo o meu
tempo aqui, vejo a mulher chorar com desconsolo. Abraça-me e eu abraço-a.
Durante horas eu recolho todas as minhas coisas que há ao redor da
casa. Eu guardo fotos, livros, caixas de CD, e cada vez que eu fecho com
fita, o meu coração encolhe. Na parte da tarde, fico com Marta no bar de
Arthur, e quando eu digo que estou indo embora, surpreendida, diz:
- Mas, o meu irmão é imbecil?
Sua expressão faz-me sorrir e depois de a tranquilizar, murmuro:
- É o melhor, Marta. Está visto que o teu irmão e eu nos amamos
muito, mas somos totalmente incapazes de resolver os nossos problemas.
-Meu irmão e tu, não. O meu irmão! Ela insiste. Conheço esse
teimoso, e se você está indo é certo, é porque ele não te fez as coisas fáceis.
Mas eu juro pela minha mãe que me vai ouvir. Vou pô-lo verde por ser como
é. Como pode deixar-te ir? Como?
Frida junta-se à nossa dor e, durante horas, nós conversamos.
Consolamo-nos umas às outras, enquanto Arthur se aproxima de nós para
nos trazer bebidas frescas. Não sabe o que nos acontece. Tudo o que sabe
é que tão depressa choramos como rima.
De repente, lembro-me de alguma coisa. Olho para o relógio. É sextafeira, e são sete e vinte.
- Vocês sabem onde fica a Trattoria de Vincenzo?
- Tens fome? Marta pergunta.
Neguei com a cabeça e comento que a essa hora eu sei que Betta
estará nesse lugar.
- Oh, não! Frida diz ao ver o meu olhar. Não te atrevas Se Eric sabe
disso ficará mais chateado e...
- Então o quê? – pergunto – Ele importa agora?
As três nos olhamos, como bruxas, e desatamo-nos a rir. Nós
subimos para o carro de Marta e vinte minutos depois estamos em frente a
esse lugar. Rindo, nós arquitectamos um plano. Essa Betta que vai saber
quem é Judith Flores.
Quando entramos no belo restaurante, esquadrinho o ambiente
procurando por ela. Como imaginava, está sentada numa mesa com várias
pessoas. Por um tempo eu assisto. Parece satisfeita e feliz.
-Judith, se quiser, nós vamos – sussurra Marta.
Eu nego com a cabeça. A minha vingança será completa. Caminho
decidida até a mesa, e Betta, quando nos vê as três, fica branca. Eu sorrio, e
pisco-lhe um olho. Para ruim, yo! Quando estamos lá, Frida diz:
- Oh, Betta. Tu aqui?
- Bem, bem, que coincidência! Eu digo, rindo, e Betta se decompõe.
Todos os comensais da mesa nos observam, e eu apresento-me.
"Sou Judith Flores, espanhola como Betta. – Todos assentem e sopro
com um sorriso encantador e angelical: Prazer em conhecê-los.
Os comensais sorriem, e sem perder tempo, eu pergunto:
- Um passarinho disse-me que hoje alguém te ia perguntar algo
importante. É verdade que te pediam em casamento?
Com um sorriso perdido, assente, e o noivo dela, um homem entradito
em anos, diz, feliz:
- Sim, senhora. E esta beleza disse que sim. - E, tomando-lhe a mão,
ele acrescenta: Na verdade, a minha mãe acaba de dar –lhe o anel de
noivado da família, uma verdadeira jóia.
Os convidados aplaudem, e Marta, Frida e eu também. Todo mundo
sorri enquanto nos oferecem algumas taças de champanhe e, encantadas da
vida, aceitamos e bebemos. Dão-nos espaço. Sentamos à mesa com eles, e
Betta observa-me. Eu sorrio e olhando para o seu futuro marido, eu digo:
Raimon, ela sim é uma jóia... uma verdadeira jóia.
O homem acena com a cabeça, orgulhoso e, divertida, junto os meus
dois compinchas e encorajamos todos a gritar: "Beijem-se!"
Betta olha pra mim furiosa e eu, encantada, aplaudo, até que
finalmente se beijam. Quando o fazem, cabeceio, e com uma voz angelical,
eu pergunto novamente:
- E quem é o primo Alfred?
Um jovem da minha idade levanta a mão e olhando para ele,
pergunto:
- Disse a Raimon que você está dormindo com Betta também? Eu
acho que ele merece saber, ainda que tudo fique em família.
Os rostos de todos mudam. Raimon, o noivo, levanta-se e pergunta:
- O que você disse, jovem?
Com pesar, assinto. Toco no ombro do pobre Raimon, levanto-me e
sussurro:
-Vamos, Alfred, Diga!
Todo mundo olha para o jovem, envergonhado, e Frida insiste:
- Então, Alfred... é teu primo. É o mínimo que você pode fazer.
Betta está roxa. Não sabe para onde ir, enquanto aqueles que se
tornariam seus sogros exigem que ela devolva o anel de família. Encantada
por ver aquilo, olho para o desbotado Raimon e murmuro:
Eu sei que é uma merda o que eu estou te dizendo, mas,
eventualmente, você vai me agradecer, Raimon. Esta jóia só se casa com
você pelo seu dinheiro. Na cama, você não coloca nada e ela dorme com
meia Alemanha. E antes que você pergunte, sim, eu posso provar.
Fora de si, Betta se levanta e grita enquanto a mãe de Raimon puxa
seu dedo para obter o seu anel:
- Besteira, isso é uma mentira! Raimon, não a ouças!
Marta, que tem estado calada até o momento, sorri com malícia e diz:
-Betta, Betta... …conhecemos-te. E olhando para os convidados,
acrescenta: Meu irmão chama-se Eric Zimmerman, saiu com ela por um
tempo, mas deixou-a quando a encontrou a brincar com o seu próprio pai na
cama. O que vocês acham? Feio, não é?
Alucinados, todos se levantam para pedir explicações, e Frida
sussurra:
- Aisss, Betta, quando você vai aprender!
Raimon está furioso e seus pais, junto com outras pessoas, não dão
crédito ao que ouvem. Alfred não sabe onde meter-se. Gritam todos. Todos
opinam. Betta não sabe o que dizer, e então, sem tocá-la, aproximo-me dela
e murmuro em espanhol:
-Eu te disse. Eu disse-te que comigo não se brinca, cadela! Volta a
aproximar-te de Eric, da sua família, dos seus amigos ou de mim, e eu juro
que te expulsam da Alemanha.
Dito isto, Frida, Marta e eu deixamos o restaurante. A minha vingança
sobre essa idiota está completa. Com a adrenalina no ar, decidimos ir dançar
no Guantanamera. Não quero regressar a casa. Não quero ver Eric, e um
pouco de salsa cubana e açúcar será bom.
No dia seguinte, com uma ressaca monumental, pois a noite foi
rachando e eu só dormi algumas horas na casa de Marta, quando chego em
casa de Eric, ele está lá. Quando ele me vê entrar com óculos de sol,
caminha na minha direcção e assobia com raiva:
- Posso saber onde você dormiu?
Surpresa, eu levanto a minha mão e sussurro:
-No meio da rua, posso garantir-vos que não.
Ele rosna. Blasfema. Ele permite-me saber o quão preocupado
esteve. Eu ignoro-o. Caminho decidida enquanto sinto os seus passos atrás
de mim. Ele fica furioso, e quando eu entro no meu pequeno quarto, dou com
a porta na cara dele. Isso deve-o ter irritado muito. Espero que entre e grite
comigo, mas isso não acontece. Bem! Não me apetece ouvi-lo rosnar. Não
hoje.
Enquanto acabo de meter as minhas coisas nas caixas de cartão,
tento ser forte. Não vou chorar. Acabou a choradeira pelo Iceman. Se não se
importa comigo, não tenho porque eu querê-lo a ele. Quando acabo de
fechar uma caixa de livros, decido subir ao meu quarto. Aqui tenho muitas
coisas. Por sorte não me cruzo com Eric, e quando entro no dormitório,
suspiro ao ver que também não está aí. Deixo um par de caixas e entro para
ver Flyn.
O pequeno, o verme, alegra-se, mas quando se apercebe que me
estou a despedir dele, a sua cara muda. O seu olhar duro volta e sussurra:
- Prometeste que não o fazias.
- Eu sei, céu. Sei que te prometi, mas por vezes as coisas com os
adultos não saem como se prevê e, no final, complicam-se mais do que
imaginávamos.
- É tudo culpa minha – diz, e contrai-se-lhe a cara. Se eu não tivesse
pegado no skate, não teria caído, e o tio e tu não teriam discutido.
Abraço-o. Acaricio-o. Eu nunca imaginei que chorasse por mim, e
tentando não estourar de lágrimas dos meus olhos, murmuro:
- Ouve Flyn. Tu não tens culpa de nada, querido. O teu tio e eu…
- Não quero que vás embora. Contigo estou bem e és…, és boa
comigo.
- Ouve, céu!
- Porque tens de ir?
Sorrio com tristeza. É incapaz de ouvir-me e eu de explicar-lhe uma
vez mais o absurdo conto de porque me vou embora. Por fim limpo-lhe as
lágrimas dos olhos e digo:
- Flyn, sempre me mostraste que és um homenzinho tão duro como o
teu tio. Agora tens de voltar a ser assim, está bem? O pequeno assente e eu
prossigo: - Cuida bem de Calamar. Lembra-te que ele é o teu superamigo e a
tua supermascote, e gosta muito de Susto, está bem?
- Prometo-te!
Os seus olhos vidrados encolhem-me o coração e, depois de lhe dar
um beijo na bochecha murmuro:
- Ouve querido. Prometo-te que virei ver-te dentro de algum tempo
está bem? Telefonarei a Sonia e ela ajudará para nos vermos, queres?
O pequeno concorda, levanta o polegar, eu levanto o meu, unimo-los
e damos uma palmada. Isso faz-nos sorrir. Abraço-o, beijo-o e com toda a
dor no meu coração, saio do quarto.
Uma vez fora, não posso respirar. Levo a minha mão ao peito e no
final consigo respirar. Porque tudo tem de ser tão triste? Quando entro no
meu quarto, abro o armário. Olho todas as coisas preciosas que Eric me
comprou e, depois de pensar, decido levar apenas o que veio de Madrid. Ao
pegar nas minhas botas pretas vejo uma bolsa, abro-a e sorrio com tristeza
ao ver o meu disfarce de polícia má. Não o estreei. Por umas coisas ou
outras, acabei por não o usar para Eric. Meto-o numa das caixas, junto aos
meus jeans e às minhas camisetas. Depois entrei no banho e colhi as
minhas pinturas e os meus cremes. Nada do que há ali é meu.
Quando regresso ao quarto, aproximo-me da minha mesinha. Esvazio
um caixote e olho para os brinquedos sexuais. Toco a jóia anal com a pedra
verde. Os vibradores. Os tapa mamilos. Todo aquele arsenal, não o quero,
pois vai-me recordar dele. Fecho o caixote. Fica ali. Os olhos estão a ficarme cheios de lagrimas. Momento tonto. A culpa é da luminária que, meses
atrás, Eric comprou no rastro de Madrid e eu não sei o que fazer. Olho-a,
olho-a e olho-a. Ele comprou as duas. Por fim decido levá-la. É minha.
Dou a volta e Eric está a observar-me da porta. Está impressionante
com os seus jeans de cintura baixa e a camiseta preta. Parece um pouco
mais magro. Preocupado. Mas imagino que estou igual. Não sei há quanto
tempo está ali, mas o que sei é que o seu olhar é frio e impessoal. Esse que
põe quando não quer demonstrar o que sente. Não quero discutir. Não me
apetece e, olhando-o, murmuro:
- A verdade é que estas luminárias nunca ficaram bem com a
decoração do teu quarto. Se não te importas, levo a minha.
Assentiu. Entra no quarto e aproximando-se da sua murmura
enquanto a toca:
- Leva-a. É tua.
Mordo o lábio. Guardo a luminária numa caixa e ouço-o dizer:
- Isto foi o que sempre me chamou a atenção em ti, seres totalmente
diferente de tudo o que rodeia.
Não respondo. Não posso. Então, num tom mais calmo, Eric afirma:
- Judith, lamento que tudo acabe assim.
- Mais lamento eu, posso assegurar-te – recrimino-o.
Noto que se move pelo quarto. Está nervoso e, finalmente, pergunta:
- Podemos falar um momento como adultos?
Engulo o nó de emoções que tenho na minha garganta e concordo. Já
não me chama «pequena», nem «morenita», nem «querida». Agora chamame «Judith» com todas as suas letras. Dou a volta e olho para ele. Cada um
de nós está de um lado da cama. A nossa cama. Esse lugar onde nos
tínhamos amado, querido, beijado e Eric começa:
- Ouve, Judith. Não quero que por minha culpa fiques sem um
trabalho. Falei com Gerardo, o chefe de pessoal da delegação de Müller de
Madrid, e voltas a ter o posto que tinhas quando nos conhecemos. Como não
sei quando te quererás reincorporar, disse-lhe que no prazo de um mês
entrarás em contacto com ele para retomar o teu trabalho.
Nego com a cabeça. Não quero voltar a trabalhar na sua empresa.
Eric continua:
- Judith, sê adulta. Uma vez disseste-me que o teu amigo Miguel
precisava de um trabalho para manter a sua casa, a sua comida e poder
viver. Tu tens de fazer o mesmo, e com o desemprego, a crise que há em
Espanha, será muito difícil para ti conseguires um trabalho decente. Há um
novo chefe nesse departamento e sei que não terás nenhum problema com
ele. E quanto a mim, não te preocupes. Não tens porque ver-me. Já te
aborreci bastante.
Esta última frase dói-me. Sei que a diz por que a gritei na outra noite,
mas não digo nada. Ouço-o. A cabeça dá-me voltas, mas sei que tem razão.
Volta a ter razão. Contar com um trabalho hoje em dia é algo que não está
ao alcance de toda a gente e eu não posso recusar a oferta. No final cedo:
- De acordo. Falarei com Gerardo.
Eric assente.
- Espero que retomes a tua vida, Judith, porque eu vou retomar a
minha. Como disseste quando beijaste Björn, já não sou o dono da tua boca
nem tu da minha.
- Dizes isso agora a que propósito?
Com o olhar cravado em mim, diz mudando o tom da sua voz:
- Agora poderás beijar quem te dê vontade.
- Tu também poderás fazê-lo. Espero que brinques muito.
- Não duvides que o farei – sublinha com um sorriso frio.
Olhamo-nos, e quando não posso mais, saio do quarto sem de
despedir dele. Não posso. As palavras não saem da minha boca. Desço as
escadas a todo o gás e chego ao meu quarto. Fecho a porta e então, só
então, permito-me amaldiçoar.
Essa noite, quando está tudo embalado, indico a Simona que um
camião virá às da manhã para levar tudo ao aeroporto. Vinte caixas
chegaram de Madrid. Vinte regressam. Com tristeza apanho um envelope
para fazer a última coisa que tenho de fazer nessa casa. Com uma caneta,
na metade do envelope escrevo «Eric». Depois, apanho um pedaço de papel
e depois de pensar o que escrever, anoto simplesmente: «Adeus e cuida-te.»
Melhor algo impessoal.
Quando solto a caneta, olho a minha mão. Treme. Tiro o precioso anel
que já lhe devolvi outra vez e, trémula, leio o que diz no seu interior: «Pede—
me o que quiseres, agora e sempre».
Fecho os olhos.
O agora e sempre não pode ser possível.
Aperto o anel na mão e finalmente, com o coração partido, meto-o no
envelope. O meu telemóvel toca. É Sonia. Está preocupada esperando-me
na sua casa.
Dormirei ali a minha última noite em Munique. Não posso nem quero
dormir debaixo do mesmo tecto que Eric. Quando chego à garagem e pego
na moto, Norbert e Simona aproximam-se de mim. Com um sorriso préfabricado, abraço-os aos dois e dou a Simona o envelope com o anel para
que o entregue a Eric. A mulher soluça e Norbert tenta consola-la. A minha
saída entristece-os. Acolheram-me com tanto carinho como eu a eles.
Simona – tento brincar -, dentro de dias telefono-te e dizes-me como
segue «Loucura Esmeralda», de acordo?
A mulher cabeceia, tenta sorrir, mas choraminga mais. Dou-lhe o
último beijo e disponho-me a sair quando ao levantar a vista vejo que Eric
nos observa desde a janela do nosso quarto. Olho-o. Olha-me. Deus…,
como o quero. Levanto a mão e digo adeus. Ele faz o mesmo. Instantes
depois, com a frieza que ele me ensinou, dou a volta, monto na mota e,
depois de arrancar, vou-me embora sem olhar para trás.
Essa noite não durmo. Só olho para o vazio e espero que o
despertador toque.
Quando eu chego a Madrid, ninguém sabe da minha chegada.
Ninguém me recebe. Não telefonei a ninguém. Contrato uma furgoneta no
aeroporto e meto todas as minhas caixas nela. Quando saio da T-4 tento
sorrir.
Volto a estar em Madrid!
Ligo o rádio e as vozes de Andy e Lucas cantam:
Entregarei-te um céu cheio de estrelas, tentarei dar-te uma vida
inteira
Em que tu sejas tão feliz, muito pertinho de mim.
Quero que saibas…, lelelele.
Tento cantar, mas a minha voz está apagada. Não posso fazê-lo.
Simplesmente sou incapaz. Quando chego ao meu bairro, a alegria inundame, ainda que logo, quando tenho de me ocupar das vinte caixas sozinha, a
alegria converte-se em mau humor. Meti pedras? Uma vez que acabo, fecho
a porta de minha casa e sento-me no sofá. De volta ao lar. Levanto o
telefone decidida a telefonar à minha irmã. No final, desligo. Não me apetece
dar explicações ainda e a minha irmã será um osso duro de roer. Ligo o
frigorífico e saio a comprar comida no Mercadona. Quando regresso coloco
aí o que comprei, a saudade come-me. Rói-me.
Tenho de telefonar à minha irmã e ao meu pai.
Penso, penso, penso. Por fim decido começar pela minha irmã e,
como era de esperar, dez minutos depois de desligar tenho-a à porta da
mina casa. Quando abre com a sua chave, estou sentada no sofá e ao verme, murmura:
- Cuchuuuuuu, mas o que se passou querida?
Ver a minha irmã a sua gravidez e os seus olhares é o cúmulo de
tudo, e quando me abraça choro, choro e choro. Fico a chorar durante duas
horas em que ela me embala e me diz uma vez e outra para não me
preocupara com nada. Que faça o que fizer estará bem. Quando me
tranquilizo, olho- e pergunto:
- Onde está Luz?
- Em casa da sua amiga. Não lhe disse que estás aqui ou já sabes…
Isso faz-me sorrir e murmuro:
- Não lhe digas nada. Amanhã quero ir a Jerez ver o papá. Quando
regressar vou visitá-la, está bem?
- Está bem.
- Com mimo, passo-lhe a mão pela sua barriga saliente, e antes que
eu posso dizer alguma coisa, solta:
- Jesús e eu estamos a separar-nos.
Surpreendida, olho-a. Ouvi bem? E com uma frieza que não sabia que
existia na minha irmã explica-me:
- Disse a papá e a Eric para não te dizerem nada para não te
preocupares. Mas agora que estás aqui, creio que tens de saber.
- Eric?!
- Sim, Cuchu… e….
- Eric sabia? – grito descolocada.
A minha irmã, que não entende nada, pega-me nas mãos e murmura:
- Sim, querida. Mas proibi-o de te contar. Não vás zangar-te com ele
por isso.
Não acredito. Não acredito!
Ele zanga-se comigo porque lhe oculto coias, quando ele as esconde
também, incrível?
Fecho os olhos. Tento tranquilizar-me. A minha irmã tem um
problemão e tentando esquecer-me de Eric e dos nossos problemas,
pergunto:
- Mas… Mas o que se passou?
- Estava a enganar-me com meia Madrid – afirma muito fresca-. Já te
tinha dito há muito tempo, ainda que não acreditasses em mim.
Durante horas falamos. Esta notícia deixou-me totalmente derrubada.
Não esperava essa traição por parte do tonto do meu cunhado. Para que te
acredites nos tontos…! Mas o que me deixou totalmente sem palavras foi a
minha irmã. Ela, que é tão chorona, de repente está centrada e tranquila.
Será a gravidez?
- E Luz? Como recebeu a notícia?
Move a cabeça com resignação.
- Bem. Ela aceita bem. Chateou-se muito quando lhe disse que me ia
separar do seu pai, mas, desde que Jesús foi há mês e meio de casa, vejo-a
mais feliz e mostra-me isso todos os dias quando a vejo sorrir.
Falamos, falamos e falamos e depois de comprovar por mim mesmo
quão forte é a minha irmã e o bem que está a passar com o desgosto e a
gravidez, pergunto:
- O meu carro está no parking?
- Sim, céu. Funciona uma maravilha. Tenho-o estado eu a utilizar
estes meses.
Assento. Retiro o cabelo da cara, e então sussurra:
- Não me digas o que se passou com o Eric. Não quero saber. Eu só
preciso de saber que estás bem.
Agradeço que diga isso e, olhando-a, afirmo como posso:
- Eu estou, Raquel. Eu estou bem.
Voltamos a abraçar-nos e sinto-me em casa. Quando a noite chega e
fico sozinha, por fim posso respirar. Desafoguei-me. Chorei como desejava e
já me sinto muito melhor. Ainda que esteja ainda mais chateada com Eric.
Como pode ocultar-me algo assim?
Decido não telefonar ao meu pai. Vou surpreendê-lo. Às sete da
manhã levanto-me e vou à garagem. Olho ao meu Leoncito e sorrio. Que
lindo é! Depois de subir nele, arranco e vou na direcção de Jerez No
caminho, tenho momentos para tudo. Para o riso. Para o choro. Para cantar
ou amaldiçoar e lembrar-me de todos os antepassados de Eric.
Ao chegar a Jerez vou directa à oficina de papá. Quando estaciono o
carro à porta vejo-o a falar com dois de seus amigos, e, de imediato, ao verme, paralisa-se. Sorri, e corre até mim para me abraçar. O seu abraço
sincero faz-me saber que me vai mimar e, quando nos separamos, olha em
volta e pergunta:
- Onde está Eric?
Não respondo. Os meus olhos enchem-se de lágrimas e ao ver a
minha cara sussurra:
- O morenita! O que aconteceu, minha vida?
Contendo o pranto, volto a abraçá-lo. Necessito dos mimos do meu
pai.
Essa noite, depois de jantar, estou a olhar para as estrelas quando o
meu pai se senta no sofá.
- Porque não me disseste o de Raquel e Jesus? – pergunto-lhe com
tristeza.
- A tua irmã não queria preocupar-te. Ela falou disso com Eric e pediulhe para não te contar.
- Olha que bem! – silvo desejosa de arrancar a cabeça a Eric por ser
tão falso comigo.
- Ouve, morenita, a tua irmã sabia que se te dizia alguma coisa, virias
a Madrid. Só fiz o que ele me pediu. Mas fica sossegada, ela está bem.
- Eu sei, papá, vi-o com os meus próprios olhos e deixou-me sem
palavras.
O meu pai concordou.
- Entristece-me muito o que aconteceu, mas se Jesús não valorizava
a minha menina como devia fazer, melhor que a deixe em paz. Miúdo sem
vergonha! – cochicha -. Com sorte, a minha menina vai encontrar um homem
que a valorize, a queira e, sobretudo, faça com que volte a sorrir.
Com um doce sorriso, olho para ele. Papá é um romântico
empedernido.
- Raquel é um bombom de mulher – prossegue, e eu sorrio --. Oju,
morenita! Sinceramente não esperava que Jesús pudesse fazer o que fez.
Jogou com os sentimentos da minha menina e da minha netinha e isso eu
não lhe vou perdoar.
Assento, e enquanto abro a lata de coca-cola que deixe diante de
mim, pergunta:
- E tu? Vais contar-me o que se passou com Eric?
Sento-me junto a ele e, depois de dar um gole, murmuro:
- Somos incompatíveis, papá.
Mexe a cabeça e cochicha:
- Já sabes, tesouro, que os polos opostos se atraem. E entes que me
digas o que seja, vocês não são Jesus e Raquel. Não têm nada a ver com
eles. Mas deixa-me dizer-te que quando estive para o teu aniversário vi-vos
muito bem. Vi-te feliz, e Eric totalmente apaixonado por ti. Porque isso
agora?
Espera uma explicação e até que a consiga não vai parar, pelo eu,
disposto a dar-lhe lembro:
- Papá, quando Eric e eu retomamos a nossa relação, prometemos
que nunca ocultaríamos as coisas e seríamos sinceros cem por cento. Mas
eu não cumpri a promessa, ainda que, pelo que vejo, ele também não.
- Tu não a cumpiste?
- Não papá… Eu….
Conto-lhe tudo: do curso de paraquedismo de Marta e Sonia, da moto,
as minhas saídas com Jurgen e os seus amigos, ensinar Flyn a andar de
skate e patins, a queda do pequeno e que bati ao murro uma ex de Eric que
nos fazia a vida impossível.
Com os olhos com pratos, o meu pai ouve—me e murmura:
- Mas tu bateste numa mulher?
- Sim, papá, Ela merecia.
- Mas, filha, isso é horrível! Uma senhorita como tu não faz essas
coisas.
Cabeceio. Assento e asseguro convencida que o voltaria a fazer.
- Simplesmente lhe deu o que mereceu por ser uma cadela.
- Morenita, queres que te lave a boca com sabão?
Dá-me riso ao ouvi-lo e no final é ele que se ri. Não é para menos, e
dando-me uns toquezitos na mão, lembra-me:
- Eu não te ensinei a comportar-te assim.
- Eu sei, papá, mas que querias que fizesse? Ele provocou-me e já
sabes que sou demasiado impulsiva.
Divertido, dá um gole na sua cerveja e sinala:
- Está bem, filha. Entendo o que fizeste, mas ouve, que não se volte a
repetir! Nunca foste uma arruaceira e não quero que sejas.
As suas palavras fazem-me rir, abraço-o e sussurra na minha orelha:
- Conheces o dito «se tens um pássaro deves deixá-lo voar»? Se
volta, é teu, senão, é porque ele nunca te pertenceu. Eric regressará. Já vais
ver, morenita.
Não respondo. Não tenho forças para responder nem pensar em
refrões.
Na manhã seguinte arranco na minha moto e desafogo saltando como
um Kamikaze pelos campos de Jerez. É o meu melhor remédio. Arrisco,
arrisco e arrisco e, no final, caio. Dou.me um grande tombo. No chão só
penso como Eric se preocuparia pela minha queda e, quando me levanto,
toco o meu doído traseiro e praguejo.
De tarde, enquanto estou a ver televisão, toca o telemóvel, É
Fernando, O seu pai, o Bicharrón, disse-lhe que estou em Jerez e sem Eric e
preocupa-se por mim. Dois dias depois aprece por Jerez. Quando me vê,
abraçamo-nos e convida-me para comer. Falamos. Digo-lhe que eu e Eric
acabamos, e sorri. O muito idiota sorri e diz-me:
- Esse alemão não te vai deixar escapar.
Sem querer falar mais do tema pergunto-lhe pela sua vida e
surpreende-me quando me conta que está a sair com uma miúda de
Valencia. Alegro-me por ele e mais quando me confessa que está total e
completamente ligado com ela. Isso encanta-me. Quero vê-lo feliz.
Os dias passam e o meu humor tão depressa é alegre como
depressivo. Sinto falta de Eric. Não entrou em contacto comigo, e isso é uma
novidade Quero-o. Quero-o demasiado para esquecê-lo tão rápido. Pelas
noites, quando estou na cama, fecho os olhos e quase o sinto ao meu lado
enquanto ouço no iPod as músicas que desfrutei ao seu lado. O meu nível de
masoquismo sobe durante dias. Trouxe uma camiseta dele e cheiro-a. O seu
odor encanta-me. Necessito cheirá-lo para dormir. É um mau costume, mas
não me importa. É o meu mau costume.
Quando estou há uma semana em Jerez, telefono a Sonia na
Alemanha. A mulher fica contente ao receber a minha chamada e eu
surpreendo-me quando sei que Flyn está ali com ela. Eric está a viajar. Estou
tentada a perguntar se foi a Londres, mas decido que não. Já me martirizo
bastante. Durante um bom tempo falo com o miúdo, Nenhum dos dois
mencionamos o seu tio, e quando Sonia volta a pegar no telefone, murmura:
- Estás bem, tesouro?
- Sim, Estou com o meu pai em Jerez e aqui mima-me como preciso.
Sonia sorri e cochicha:
- Sei que não queres ouvir mas vou dizê-lo: está insuportável. Esse
meu filho, com esse feitio que se gasta, está intratável.
Sorrio com tristeza. Imagino como está. Sonia murmura:
- Não diz nada, mas almeja por ti. Eu sei. Sou a sua mãe e, ainda que
não me diga, nem se deixe mimar, eu sei.
Falamos durante quinze minutos. Antes de desligar peço-lhe que por
favor não digam a Eric que eu telefonei. Não quero que pense que o quero
pôr contra a sua família.
Depois de dez dias em Jerez com o meu pai e a sentir o seu
calorzinho e o seu amor, decido regressar a Madrid. Ele viaja comigo. Quer
ver a minha irmã e comprovar que ambas estamos bem. O primeiro que
fazemos mal chegamos é ir ver a minha sobrinha. A pena ao ver-me abraça
e come-me de beijos, mas rapidamente pergunta pelo seu tio Eric.
Depois de comer de depois do acosto e derrube da minha sobrinha
perguntando pelo seu tio Eric, decido falar com ela a sós. Não sei lhe pode
afectar a separação da sua mãe e agora a minha. Quando ficamos sozinhas
pergunta-me pelo chino. Repreendo-a por não chamar a Flyn pelo seu nome,
ainda que, quando não me vê, rio-me. Esta criança é demais. Quando lhe
conto que Eric e eu já não estamos juntos, protesta e zanga-se. Ela gosta do
seu tio Eric. Mimo-a e tento fazê-la compreender que Eric continua a gostar
dela e no final assente. Mas logo olha nos meus olhos e pergunta:
- Tia, porque os meus pais já não se gostam?
Que pergunta! O que lhe respondo?
Enquanto penteio o seu belo cabelo escuro, respondo:
- OS teus pais vão se gostar durante toda a vida. O que acontece é
que se aperceberam que são mais feliz vivendo separados.
- E porque é que se se gostam, discutiam tanto?
Com carinho dou-lhe um beijo na cabeça.
- Luz, as pessoas ainda que discutam gostam umas das outras. Eu
mesma, se estou muito tempo com a tua mamã, discuto, verdade? – a
pequena assente e junto-: Pois nunca duvides que ainda que discuta com
ela, gosto muito dela. Raquel é minha irmã e é uma das pessoas mais
importantes da minha vida. O que acontece é que os adultos têm opiniões
diferentes em muitas coisas e discutimos. E por isso os teus pais se
separaram.
- Por isso já não estás com o tio Eric? Por opiniões diferentes?
- Pode-se dizer que sim.
Luz crava os seus olhos e volta a perguntar?
- Mas ainda gostas dele?
Suspiro. Luz e as suas perguntas! Mas incapaz de não responder,
digo:
- Claro que sim. As pessoas não deixam de se gostar de um dia para
o outro.
- E ele também ainda gosta de ti?
Penso, penso, penso e depois de meditar a minha resposta, digo:
- Sim. Estou convencida que sim.
A porta abre-se e aparece a minha irmã. Está muito bonita com o seu
vestido de pré-mamã; atrás dela está o meu pai. Pequena célula que tem o
homem com nós as duas…
- Estais preparadas para irmos comer alguma coisa no parque?
- Sim - aplaudimos luz e eu.
O meu pai apanha a camara fotográfica.
- Juntam-se um momento que vou tirar-vos uma foto. Estáis
belíssimas. – Quando faz a fotografia, murmuro – Olú, que orgulhoso estou!
Olha que trê mulher tão bonitas eu tenho!
Uma manhã, trás mil indecisões, ligo para o escritório de Muller e falo
com Gerardo. O homem feliz de falar comigo, deixa transparecer que
esperava minha ligação. Pergunto a ele por Miguel e me diz que ele esta
viajando e que retorna na segunda. Depois falamos de trabalho e ele me
pergunta quando volto a trabalhar. Ë quarta-feira. Decido começar a
trabalhar na segunda. Ele aceita. Quando desligo, meu coração bate
acelerado. Vou voltar ao lugar onde tudo começou.
É sexta vou ao lugar de tatuagens do meu amigo Nacho. Quando me
vê na porta abre os braços e corro ao seu encontro. Essa noite nos vamos
de farra e terminamos de madrugada.
No domingo pela moite não durmo. No dia seguinte volto ao Muller.
Quando o despertador desperta, me levanto. Tomo banho e depois pego
meu carro e dirijo até a empresa. No estacionamento meu coração começa a
bater com força, mas , depois de passar pelo pessoal, volto ao meu escritório
meu corção sai pela boca. Estou nervosa. Muito nervosa.
Vários colegas, ao me verem, correm para me comprimentar. Todos
parecem tão felizes pelo reencontro, que agradeço a recepçào. Quando fico
só, mil recordações vem a minha mente. Sento-me em minha mesa, mas
meus olhos viram a direita, em direção ao escritório de Eric, do meu louco e
sexy senhor Zimmerman, sem querer remediar, vou até lá, abro a porta e
olho ao meu redor. Tudo está como no dia que fui. Passo a mão pela mesa
que ele tocou e quando entro no arquivo tenho vontade de chorar.
Quantos bons, bonitos e mórbitos momentos eu passei com ele aqui.
Quando escuto barrulho no escritório ao lado, imagino que meu chefe
chegou. Com cuidado saio do arquivo pelo antigo escritório de Eric e volto
para minha mesa. Estico a jaqueta do meu blazer azul, levanto o queixo e
decido apresentar-me. Toco na porta e ao entrar com os olhos arregalados
sussuro:
- Miguel!
Sim me importa quem nos possa ver, me aproximo e o abraço. Essa
surpresa sim eu não esperava. Meu antigo colega, Meu antigo companheiro,
o lindo Miguel.
Depois do caloroso abraço que nos damos, Miguel me olha com olhar
de zombaria e diz:
- Nem sonhe meu amor. Eu não tenho caso com minha secretária.
Isso me faz rir. Sento-me na cadeira e ele se senta ao lado.
- Mas, desde de quando é o chefe? Pergunto empolgada!
Miguel, que continua tão bonito como sempre, responde:
- Faz uns meses.
- Verdade?
- Sim minha linda. Depois de despedir a chefe e dois dias depois a
tonta de sua irmã. Me colocaram porque eu era o único que conhecia o
funcionamento desde departamento. E quando percebi que tinha seus sacos
em minhas mãos, pedi que me dessem o cargo, e pelo visto o senhor
Zimmerman aceitou .
Isso me surpreende. Eric nunca me comento. Mas feliz por Miguel,
sussuro:
- Deus, Miguel,como estou contente. Estou muito feliz por você.
Meu amigo me olha, passa a mão por meu rosto e sussura:
_Não posso falar o mesmo de você. Eu sei que foi viver em Munique
com Zimmerman. - Isso volta me surpreender. Ninguém tem que saber e
esclarece: - Tranquila. Um dia encontrei com sua irmã e ela me comentou.
Ninguén sabe. Mas o que aconteceu? O que faz aqui de novo?
Consciente que tenho que dar-lhe uma explicação, digo-lhe
-Terminamos.
- Sinto muito, minha linda._ diz com tristeza.
Encolho os ombros.
-Nao deu certo. O senhor Zimmerman e eu somos muito diferentes.
Miguel me olha, depois do que eu disse e fala:
-Diferente vocês são. Isso percebo. Mas você sabe os opostos se
atraem.
Isso me faz rir, é o mesmo que meu pai disse.
Dez minutos depois estamos na cafeteria. Miguel avisou aos meu
amigos loucos Raul e Paco que estou de volta, e os quatros, como faziamos
meses atrás, falamos e nos contamos confidencias.
Passamos um bom tempo na cafeteria. Onde todas as novidades são
faladas. Quando estou no escritório de Miguel e ele me entrega uns
documentos, houve unas batidinhas na porta. Miguel e eu olhamos, e um
messageiro com boné vermelho pergunta:
-Por favor: A Senhorita Judith Flores?
Sento-me e fico parada, quando me entrega um buque de flores
coloridas.
Sorrio.Olho para Miguel, e ele me diz levantando os braços:
- Eu não fui.
Quando abro o cartão e comeco a ler, meu coração da um salto.
Estimada Senhorita Flores:
Bem vinda a empresa.
Eric Zimmerman
Fecho os olhos, Miguel se aproxima de mim por trás, lê o cartão por
cima dos meus ombros e diz:
-Olha o chefão. Para ter terminado com ele, que informado ele esta do
seu retorno.
Meu estomago se contrai, o coração bate enloquecido.O que esta
fazendo Eric?
Os dias passam e mergulho no trabalho. Trabalhar junto com Miguel e
uma delícia.
Mas que uma secretária, ele me trata como uma amiga. Pelas tardes
preciso sair de casa. Faço passeios e em algumas ocasiões me da agonia de
ver tanta gente. Sinto falta dos passeios na neve e da urbanização solitária,
cheia de árvores em Munique.
Um dia meu chefe, na hora da comida me diz:
-Te convido à almoçar. Quero te mostrar algo que sei que vai adorar.
Entramos em seu carro e paramos no centro de Madrid. Agarrada em
seu braço caminho pela rua quando vejo que entramos em um Burger bem
sujo.divertida olho para ele e digo:
-Que pão duro!
- Porque ? pergunta sorridente.
- De verdade vai me convidar para comer um hamburger?
Miguel concorda e me olha com um sorisso estranho e fala:
- Claro. Você sempre gostou, não?
Encolho os ombros e finalmente sussuro:
- Ok. Tem razão, Como você vai pagar vou querer o dobro de queijo e
o dobro de batatas.
Concorda e ficamos na fila. Estamos conversando e quando e nossa
vez de pedir, fico sem palavras ao ver a pessoa que vai pegar o pedido.
Na minha frente esta minha ex chefe. Aquela idiota de cabelo
brilhante que fazia minha vida impossível em Muller. Agora é a responsável
por esse Burger. Minha cara de assustada lhe ofende e ela diz:
-Se não sabem o que vão pedir por favor deixe passer o próximo
cliente.
Depois de recuperar do choque. Miguel e eu fazemos nosso pedido e
qunado caminhamos com nossas bandejas para a mesa, entre risadas, ele
comenta:
-Anda joga o hamburger e vamos comer outra coisa. Essa tia e tão má
que é capaz de ter cuspidor ou jogado veneno de rato em nossa comida.
Horrorizada com essa possibilidade, jogo a comida fora e entre
rizadas saimos do local. A vida em certas ocassiões e justa e esta dando a
ela uma boa lição.
Meus dias se resumiram em trabalho, passeios e noites pensando em
Eric. Não soube mais nada dele. Já passou um mês desde que retornei da
Espanha e cada dia me sinto mais longe dele, ainda que quando me
masturbo com o vibrador que ele me deu, sinto ele ao meu lado.
Volto a sair com meus amigos de sempre e desfruto os sanduiches de
lula da praça Mayor junto eles. Mas quando vamos de farra me descontrolo.
Bebo demais e faço pra esquecer. Porque preciso.
No momento nenhum homem chama minha atenção. Nada me leva. E
quando algum tenta, dispenso de imediato. Eu escolho e não estou em um
mercado de carne.
Um domingo de manhã, traz uma boa farra da noite anterior. Tocam a
porta da minha casa. Me levanto e a campanhia volta a tocar. Minha irmã
não é, ou ela mesmo teria aberto a porta. Abro a porta e murmuro.
_-Bjorn?
O homem me olha e soltando uma risada diz:.
-Nossa Senhora, Jud, que farra teve a noite.
Abro os braços, e ele dá um passo adiante e nos unimos en um
saldável e carinhoso abraço. Passado alguns segundos comenta:
-Vai tomar um banho. Precisa estar apresentável.
Corro ao banheiro e quando olho no espelho, até eu mesmo me
assusto. Sou como a bruxa Lola só que morena. A água me anima para a
vida e a circulação sanguínea. Quando acabo e volto a sala vestida com meu
classico jeans, uma camisa e um rabo de cavalo alto, ele diz:
- Minha linda. Assim está mil vezes mais tentadora.
Ambos rimos. Convido ele a sentar no sofá e pergunto:
- O que faz aqui?
Bjorn retira meu cabelo do rosto, poe atrás da orellha e responde:
- Não, minha linda. A pergunta é: O que voce faz aqui?
Não entendo. Pisco
- Deve voltar a Munique.
-Como?
- O que ouviu. Eric precisa de você e precisa agora.
Me endireito no sofá e explico.
-Não perdi nada em Munique Bjorn. Você mesmo viu que entre ele e
eu depois do que passou naquela noite, nada funcionava. Viu que…
-Vi que me beijou para para deixa-lo irritado. Isso que vi.
-Droga, Bjorn! Não me lembre.
-Foi horrivel assim? Se irrita. E quando vou a responder, solta um
sorriso e pergunta:_Mas querida, como você pode fazer isso?
Cada vez mais enrrugava a testa e sussurei:
-Te beijei porque Eric precisava de um último sinal para tirá-lo da
minha vida. Tinha decidido segundos antes e eu voce apareceu na hora.
Quando você chegou, tive que te beijar. Te beijei para que ele desse o último
passo e me deixasse.
-Mas ele disse pra você ir?
Penso, penso e finalmente responde:
-Sim
-Não - Corrige ele - Você que falava que ia e no final ele que falou que
se você quissese ir que fosse. Mas foi você querida Judith.
-Não….mas…
-Exatamente. Não! Ele não foi.
O sangue foge de mim. Não quero falar disso e antes que Bjorn diga
mais alguma coisa, levanto-me do sofá.
- Olha, seu chato, se veio aqui para me colocar louca falando do
babaca do seu amigo, sai agora mesmo por essa porta. Ok?
- Bjorn sorri e diz:
- Uau….Eric tem razão, você tem um gênio forte!
Fecho os olhos. Rosno. Coço meu pescoço e ele fala:
- Não te arranhe, mulher, que não e bom para suas brotoejas.
Olho para ele e ele tem os olhos assustado.
- Sim , meu amor! Você deixou Eric louco. Não para de falar de você e
já não suporto mais. Conheço suas brotoejas. Sua dureza. Sei que adora as
trufas. Os chiclestes de morango. Por favor não aguento mais!
Isso faz meu coração acelerar, mas sem dizer nada murmuro:
- Ele me disse que iria voltar com seus jogos. Me disse que antes de
você partir.
-Ele te falou isso?
- Sim.
Bjorn sorri e diz:
- Mas que eu saiba, meu amor, não tenho visto ele em nenhuma
festinha. E tem mais. Cheguei a pensar que vai virar um padre.
Isso faz com que fique calada e olhando para mim, esclarece.
- Esse meu amigo, tonto e cabeção ia te pedir, que se casasse com
ele, na noite que você o deixou furioso.
- O que?
- Mas vamos ver, Judith - insiste Bjorn - Porque você pensou que eu
chegava com uma garrafa de champanhe nas mãos. O que aconteceu é
muito mal explicado ou você não queria escutar?
Penso. Balanço a cabeça. Casamento?
Definitivamente, esta louco, louco! E quando vou falar, Bjorn diz:
- Depois do que aconteceu com Betta e ele soube de tudo, ficou muito
chateado. Sua mãe e irmã tiveram uma boa briga com ele. Esclareceram
para ele que tudo que aconteceu não era culpa sua nem de ninguém. Em
todo caso a culpa era sua por ser como você é. Ele não ficou bravo contigo,
meu amor ,ficou bravo com ele mesmo. Não podia acreditar que foi tão tolo
ao ponto que todos tiveram que mentir e esconder as coisas. - Penso. E
quase não respiro, e Bjorn continua: - Quando veio na minha casa e me
contou, eu lhe falei o de sempre lhe disse. Suas maneiras de falar as coisas,
tão acentuada, faz com que a gente se intimide e não conte nada. Ele custou
entender, mas entendeu. Durante dias eu penso, por isso não falava com
você, e quando se deu conta, ele quis acertar, mas tudo se foi para o inferno.
Você me beijou. E ele ficou paralizado e você se foi.
Bjorn me olha e eu estou paralizada, olho para ele. Estrala os dedos
diante de mim e pergunta:
- Ainda está aqui.
Concordo e ele continua:
- O caso, minha linda! Ë que ele falou que você se foi, mas, vai voltar.
Ë tão orgulhoso que apesar de saber que fez mal, ë incapaz de pedir pra
você voltar, ainda que está morrendo. Portanto meu amor se você quer dá o
primeiro passo. E todos que vivem próximo a ele te agradecemos.
Penso, penso, penso e finalmente, respondo:
- Não vou fazer Bjorn.
Ele bufa, se levanta e pergunta:
- Mas como vocês podem ser tão cabeça dura?
- Com pratica - respondo ao lembrar a resposta que Eric me deu uma
vez.
_Vocês se amam. Se vão por nada. Porque você não cede. A primeira
vez separaram porque ele foi. A segunda porque você se foi. Um dos dois
tem que cerder desta vez. Certo?
Me levanto, atordoada com que ouvi e digo:
_ Preciso sair daqui. Vamos te convido para beber alguma coisa.
Essa noite Bjorn e eu saimos por Madri. Falamos e falamos. Em
nenhum momento tenta avança o sinal comigo, se comporta como um
legítmo cavalheiro é o melhor amigo de Eric. Depois de me deixar em casa
as nove, se vai. Deve pegar um voo que leve ele a Munique.
No dia seguinte estou no meu escritório escrevendo um e-mail quando
o homem que me tem enlouquecida passa por mim como um furacão e sem
parar diz, dando uma batida na minha mesa:
- Senhorita Flores, vá a meu escritório.
Meu coração soube até minha garganta. Eric aqui?
Não posso levantar.
Minhas pernas tremem.
Hiperventilo
Três minutos depois o telephone toca. Uma ligação interna. Atento
- Senhorita Flores. Estou esperando - insiste Eric
Como posso levantar. Tem muitos dias que não vejo ele e agora ele
esta aqui. A menos de cinco metros de mim e quer me ver. Coço minha
cabeça. Fecho os olhos, respiro e entro no seu escritório. O impacto de verlo me deixa sem respirar. Ele deixou a barba crescer.
- Fecha a porta.
Seu tom é baixo e intimidador. Faço o que pedi e olho para ele.
Me olha, me olha e me olha e logo diz:
- Que fazia anoite com Bjorn por Madri?
Me agito. Tanto tempo sem nos ver e ele me pergunta isso? Será…!
Quando consigo soltar uns dentes dos outros, respondo:
- Senhor, eu
- Eric …Sou Eric, Judith, para de me chamar de <<senhor>>.
Está bravo, tremendamente bravo e seu mal genio começa a me
fazer reacionar. Seu olhar é frio, mas agora que sei o que Bjorn me contou,
jogo com confiança a meu favor e respondo:
- Olha, não vou mentir para você. Acabou as mentiras! Bjorn é meu
amigo, porque não vou sair com ele por Madri e onde eu queira??
Minha resposta não deixa ele satisfeito e me pergunta entre os
dentes:
- Saiu com ele em Munique alguma vez sem que eu saiba?
Abro a boca, surpreendida e sussuro enquanto balance a cabeça:
- Você vai ser idiota!…
Eric revira os olhos, sacode a cabeça e sibila.
- Não comece Judith
- Desculpe. Mas não começe você - digo, dando um soco na mesa. Mas, que besteira está me perguntando? Bjorn é o melhor amigo que pode
ter e você me pergunta essas besteiras. Olha coração, você sabe o que
quero dizer? Vou vê-lo sempre que quiser.
- Esta jogando com ele Judith?
Outra pergunta surpresa. No final das contas isso lhe causa dor.
Como pode pensar isso? E mal humorada respondo com desaforo
- Simplesmente faço o que tenho que fazer. Nem mais. Nem menos.
Silencio. Tensão. De novo, Alemanha contra Espanha. No final
balança a cabeça e me olha de cima em baixo.
- Concordo.
Nos olhamos. Nos endireitamos. Estou quase gritanto o que ele
escondeu sobre minha irmã, mas ao final sem saber porque digo-lhe.
- O próximo final de semana vou para Munique.
Eric levanta da cadeira e apoia na mesa com os olhos em furia e
pergunta:
- Vai a festa de Bjorn?
Não sei de que festa ele esta falando. Bjor não me disse nada e nem
sabe da minha viagem. Eu fiquei com Marta em Munique para ver a Flyn e
todos que gosto, mas apoiando na mesa , respondo devagar e
desconfiadamente:
Porque te interessa?
O telefone toca! Minha salvação! Rapidamente atendo.
- Bom dia. Você está falando com a atendente Judith Flores. Como
posso te ajuddar?
- Maluquinha! Como está meu amor?
Minha irmã!
Sem deixar de olhar para Eric, digo:
- Oi, Pablo!
- Pablo?? Mas Maluuuuu, sou eu Raquel.
- Eu sei Pablo…eu sei. Ok. Se você quiser podemos jantar. Na sua
casa? Ötimo!
Minha irmã não entende nada e antes de que fale mais alguma coisa,
analogo:
- Depois te ligo, Agora estou falando com meu chefe. Até daqui a
pouco.
Quando desligo, o olhar de Eric e sinistro. Não sabe quem é
Pablo e se descompoe. Feliz porque sei o que ele pensa, e digo:
- O que aconteceu? Quem fala pra você da minha vida não te falou
do Pablo? - e me jogando pra frente na mesa, silvo reu rosto: - Então não
estão te informando direito. Bjorn é um amigo, Pablo concerteza não é.
Sem dizer mais nada dou meia volta e saio do escritório. Estou toda
tremendo. Que maneira de estragar tudo.
Sei que não parou de me olhar, pego minha bolsa e saio como quem
corre do diabo.Quando chego na lanchonete, peço uma coca com muito
gelo. Estou com muita sede, furiosa e histérica.
Que diabos estou fazendo? E pior de tudo. O que ele esta fazendo?
Pego meu celular e ligo para Bjorn.
- Seu amiguinho Eric esteve aqui. Veio como um furacão
perguntando o que eu e você faziamos ontem em Madri.
- O que? Você esta em Madri?
Nesse momento, Eric entra na lanchonete e me olha. Senta na outra
ponta do balcão e seguimos falando por telefone.
- Sim agora tenho ele bem na minha frente.
- Joder com Eric! - ri Bjorn- Bom, minha linda, você já sabe o que
vou te falar. Ele precisa de você. Se você realmente quer ter ele, não seja
tão díficil e volta com ele. Só está esperando que você de o primeiro passo.
Seja amável e boa.
Sorrio e entro em desperro. Amável e Boa? Mais dar o primeiro
passo, quem começou a guerra foi ele.
Dessesperada por estar na encruzilhada mais louca da minha vida,
depois de perceber que Eric me observa.
- No próximo final de semana pensei em ir a Munique. Eu mencionei
isso a ele e agora ele acredita que vamos a uma festa .
- Uau!, minha querida. Isso deve ter deixado ele louco - diz.
Depois de falar de minha visita a Munique com Bjorn me despeço
dele e desligo o telefone. Bebo minha coca. Pago e saio da lanchonete.
Quando volto ao escritório, aos dois minutos Eric aparece. Entra em meu
escritório, me olha, me olha e me olha.
Deus, como me excita quando me olha assim.
Sou uma maldita masoquista, mas essa frieza em seu olhar foi o que
me fez apaixonar por ele.
Como posso me concentrar em meu trabalho. Não consigo
concentrar. Preciso dele. Preciso beija-lo para me desbloquear. Desejo sua
boca, seu contato e sei como conseguir, levanto, entro no escritório do
Miguel, que não esta e dali vou para o arquivo.
Pensei bem. Eric não demora para chegar e antes que consiga
respirar já esta atrás de mim. Não me toca. Só esta proximo de mim. Faço
como não reparei sua presença e dou a vota. Trombo com ele. Oh Deus!
Seu cheiro me feitiça. Olho para ele e ele me olha e pergunto:
_ Quer alguma coisa senhor Zimmerman?
Sua boca vai direto para a minha.
Não para de chupar meus labios.
Diretamente enfia sua língua em minha boca e me beija. Me devora
com desejo. Sua barba e seu bigode me fazer cocegas no nariz e no rosto,
mas quando suas mãos aapertam minha cabeça para aprofundar o beijo,
simplesmente eu deixo-me levar. Preciso dele. Desfruto dele. Enquanto me
beija com paixão e exigência, meu corpo se recarega de força e quando
finalize olho para ele e sem limpar os labios , murmuro:
_ Lembre-se senhor, minha boca já não e só sua.
Depois que digo isso empurro ele contra os arquivos e saio vitoriosa
por ter conseguido meu beijo. Mas depois me arrependo. O que estou
fazendo? Ele precisa que eu de o passo, mas orgulho-me não permiti. No
resto do dia não volta a chegar perto de mim. Isso sim, não deixa de me
olhar. Me deseja. Eu sei. Me deseja tanto como eu desejo ele.
No dia seguinte, Eric não apareceu no escritório. Ligo para Bjorn e me
informa que está em Munique. Fico feliz em saber. Na sexta-feira à tarde,
quando saio do escritório pego um voo para Alemanha. Marta vai me buscar
e ainda que fica com raiva insisto que quero dormir num hotel. Sim Eric e eu
nos acertamos, quero ter onde leva-lo. No sabado pela manhã fico com
Frida. Me fala que Bjorn esta preparando uma festa em sua casa esta noite e
Eric acha que vou. Nego com a cabeça. Não penso em ir. Não vou jogar sem
ele.
Pela tarde, vou a casa de Sonia. A mulher me abraça com carinhoe se
emociona ao me ver. Quando menos espero aparece , me abraça com
Simona, que ao saber que tinha viajado a Munique decide me visitar.
Quando me ver, me abraça com carinho e entre risadas, me conta como vai
a saga de << Loucura Esmeralda>>. Mas um dos melhores momentos e
quando aparece Flyn. Ele não sabe que estou ali e quando me ver corre aos
meus braços. Está totalmente recuperado e cochicha que Laura e ele agora
se falam. Nos rimos, e Sonia aproveita dos sorrisos de seu neto.
Depois
de
comer,
quando
estamos
Flyn e eu jogando Wii, aparece Eric. Sua attitude ao me ver é fria. Fez a
barba e volta a ficar lindo como sempre. Aproxima-se de mim e quando me
da dois beijos sua bochecha toca na minha e tremo. Fecho os olhos e
aproveito esse delicado e atrio entre nós. Marta e Soniadepois de vários
minutos, levam Flyn para a cozinha. Querem nos deixar sozinho. Quando
ninguem está proxímo ele pergunta:
Veio a festinha de Bjorn?
Não respondo. Apenas olho para ele e sorrio.
Eric xinga e sem me dar tempo de mais nada sai. Não me dá
oportunidade de falar. Fico brava comigo mesmo. Porque ele sorrio? Com
tristeza, através do vidro vejo que ele veio na sua BMW cinza. Vejo ele ir.
Suzpiro. Marta ao me ver me agarra os ombros e murmura:
- Este meu irmão, se continuar assim, vai ficar louco.
Eu tambem vou ficar louca…penso. Ao final, volto a jogar com Flyn
depois do gesto triste de Sonia. As sete, vamos para o hotel. Troco de roupa
e diferente do que pensa Eric, vou à festa com Marta. Não quero jogar com
ninguén que não seja ele. Não posso. Nós vamos ao Guantanamera. Lá
estão todos nos esperando Arthur, Anita, Reinaldo e vários amigos.
Ao entrar exijo, Mojitos! Para esquecer de Eric e depois de vários já
sorrio enquanto danço salsa com Reinaldo. Essas pessoas que tem sido
minhas amigas todos esses meses na Alemanha me receberam con carinho,
abraços e muito amor.
As onze da noite recebo uma mensagem de Frida: << Eric está aqui>>.
Fico inquieta. Fico desanimada
Ao saber que Eric esta numa festinha fechada, sim me deixa irritada.
Ficará com as outras mulheres? As onze e meia ligam-me. Olho para o
celular, mas não atendo. Não posso. Não sei o que lhe dizer. Depois de
várias chamadas dele que não atendo é Frida que liga. Corro para o banheiro
para escuta-la.
- O que aconteceu?
- Ixi, Judith! Eric esta muito desconfiado.
- Porque? Por que eu não estou na festina?
Frida rir.
- Está desconfiado porque não sabe onde você esta. Meu Deus! Em
que você se meteu? Esta matando ele saber que você esta em Munique e ele
não ter controle de você. Coitadinho.
- Frida, Eric participou de algum jogo?
- Não querida. Nào tem corpo para isso, mais veio acompanhado.
Isso me deixa nervosa. Acompanhado? Saber isso deixa me muito
desconfiada. Então Frida diz:
- Porque não vem? Concerteza que se ele vê….
- Não…., não… vou ir.
- Mas Judith, não ficamos que você ia ser mais facíl? Querida,
confensou-me que gostava dele e nós duas sabemos que ele gosta de você e
….
- Falei para ele – rosno furiosa, por saber que foi acompanhado - ,E or
favor não diga para ele onde estou.
- Judith, não seja assim…
- Promote- me, Frida, Promete-me que não vai falar nada para ele.
Depois de conseguir uma promessa as boas de Frida, desligo. E meu
celular volta a tocar. Eric! Não atendo. Quando volto a pista, Marta alheia a
tudo me dá outro Mojito e tentando ser feliz grito, determinada a aproveitar:
- Açucar!
Chego ao hotel depois das sete da manhã. Estou morta e caio na
cama. Quando acordo são duas da tarde. Mina cabeça da voltas. Na noite
anterior bebi demais. Olho para o celular. Está sem bacteria. Tiro o
carregador da minha mala e enfio na tomada. Quando começa a carregar,
apita. Eric. Decido atende-lo.
- Onde esta? – grita.
Estou a ponto de mandar ele para merda, mas respond:
- Neste momento, na cama. Que você quer?
Silencio. Silencio. Silencio. Até que finalmente pergunta:
- Sozinha?
Olha ao redor e revirando na enorme cama, murmur:
Não é da sua conta, Eric. O que você quer?
Ele bufa. Xinga. E rosna.
- Jud, esta com quem?
Sento-me na cama e retirando o cabelo do meu rosto, respond:
- Vamos ver Eric o que você quer?
- Disse que ia ir a festa de Bjorn e não foi.
- Eu falei isso – silvo – Está enganado. Eu disse que iria a uma festa,
mas não necessariamente a de Bjorn. Deixei claro pra você que ele e só um
bom amigo.
Silêncio. Nenhum fala, Eric murmura:
-Quero te ver, por favor.
Isso eu gusto. Que ele me peça algo assim, vacilo
- As quarto no jardim ingles, ao lado do posto onde compramos os
sandwiches no dia que fomos com Fly. Ok?
- Combinado.
Quando desligo, sorrio tenho um encontro com ele. Tomo banho.
Ponho uma saia comprida, uma camiseta e um casaco de couro. Pego um
taxi, e quando chego, vejo ele esperando-me. Meu coração palpita com força.
Me abrça e pedi que volte com ele. Não vou poder dizer que não. Gusto dele
demais apesar da raiva que estou dele por não ter me contado da minha irmã
e saber que foi acompanhada na festa. Quando chego a sua altura, olho ara
ele e decidida a ser facíl digo:
- Estou aqui. O que você quer?
- Tem cara de ter descansado pouco.
Achando engraçado a observação, olho para ele e respondo:
- Você tambem tem uma boa aparência.
-Onde esteve a noite e com quem?
- Mas, outra vez você vem com esse assunto?
- Jud
Deus! Deus! Ele me chamou de Jud
- Ok… te responderei quando você me diga quem e a mulher que te
acompanhou na festinha de Bjorn.
Minha pergunta lo surpreende e não responde. Fico brava e falo mais
alto e tentando mostrar fria com o olhar digo:
- Meu avião sai as sete e meia. Então fala rapido o que tem pra falar
comigo, tenho que passaqr pleo hotel, arrumar minha mala e pegar meu voo.
Xinga, me olha irritado.
- Não vai me contar com quem esteve a noite?
- Você respondeu minha pergunta? – Não responde; só me olha e silvo
–: Quero que saiba que sei que mentiu para mim.
- Como? – Pergunta confunso.
- Omitiu a separação da minha irmã e depois deve o descaramento de
ficar bravo comigo porque escondia as coisas da sua família.
- Não e a mesma coisa- defende-se.
Com frieza, essa frieza que ele me ensinou, olho para ele e silvo:
E um mentiroso, um ser frio e deploravel que não se vê a trave no seu
olho. Basta ver o cisco no olho do seu vizinho. E respondendo com quem
passei a noite, só te falo que sou livre e ara passer a noite com quem quiser,
como você. Está boa minha resposta?
Olha para mim, olha e olha e finalmente levanta e diz:
-Adeus Judith.
Ele vai. Me deixou!
Minha cara de espanto e enorme. Saiu deixando-me sozina no meio do
Jardim Inglês.
Com minha drenalina pelos ar, observe ele afastando-se. ele nunca
dará o braço a torcer. É muito orgulhoso, e eu também. Ao final me levanto,
pego um taxi, vou para o hotel, pego minha mala e vou para o aeroporto.
Quando o avião decola, fecho os olhos e sussuro:
- Maldito cabeção!
Dez dias depois, há uma convenção da Müller em Munique, a qual
tenho que participar. Tento escapar, mas Gerardo e Miguel não permitem, e
sinto que o Sr. Zimmerman tem algo a ver com isso. Quando meu avião
chega aqui as recordações me oprimem. Mais uma vez estou nesta
majestosacidade. Acompanhado por Miguel e vários chefes de todas as
delegações da Espanha, chegamos ao local onde é realizada a convenção
às onze horas. Uma vez lá, eu me sento ao lado de Miguel e a convenção
começa. Procuro Eric entre a multidão de participantes e o localizo. Está na
primeira fila, e meu coração aperta quando o vejo ao lado de Amanda. Bruxa!
Como sempre parecem muito compenetrados e quando Eric sobe ao
palco para falar na frente de mais de três mil pessoas de todas as
delegações, olho para ele com orgulho. Escuto tudo que ele diz e percebo o
quão bonito, lindíssimo ele está com aquele terno cinza escuro. Quando seu
discurso acaba e Amanda sobe ao palco ao lado dele, fico tensa. Eric a
segura pela cintura, e ela encantada, saúda com gesto de triunfo.
Miguel olha para mim. Engulo em seco, mas tento sorrir. Após a
cerimônia, alguns garçons começar a passar taças de champanhe e
canapés. Protegida pelos meus companheiros espanhois, estou ciente de
tudo. Eric se aproxima junto com Amanda. Eles cumprimentam todos os
participantes e desejo correr quando vejo-o chegar ao meu grupo. Com um
encantador, mas frio, sorriso, olha para todos. Não direciona nenhuma
atenção especial a mim, e quando me cumprimenta nem sequer coloca seus
olhos nos meus. Aperta minha mão, como qualquer um e, em seguida, sai
para cumprimentar o resto dos convidados. Amanda cruza um olhar comigo
e vejo a brincadeira em seus olhos. Cachorra!
Enquanto cumprimentam os outros, vejo como Eric retorna a segurar
Amanda pela cintura e tirar fotos. Em nenhum momento faz menção de olhar
para mim. Nada, absolutamente nada. É como se nós nunca tivéssemos nos
conhecido. Sem pestanejar observo-o tirar fotos com outras mulheres, e fico
arrepiada quando vejo que Eric diz algo para uma delas olhando para os
seus lábios. Eu o conheço. Sei o que significa esse olhar e o que acarretará.
Meu pescoço pinica. As brotoejas! Oh, não! Que inquietação, eu não aguento
mais!
Quando não agüento mais, procuro uma saída. Tenho que sair dali
que qualquer forma. Quando chego a uma das portas, alguém pega a minha
mão. Viro-me com o coração disparado e vejo que é Miguel. Por um
momento, pensei que fosse Eric .
- Onde você vai?
- Eu preciso de um pouco de ar. Está muito quente aí dentro.
- Acompanho você - diz Miguel.
Quando estamos próximos a uma saída, Miguel pega um maço de
cigarrosmostra um maço de tabaco e peço um. Preciso fumar. Após as
primeiras tragadas meu corpo começa a se acalmar. A frieza de Eric, junto a
Amanda e como ele olhou para as outras mulheres, foi demais para mim.
- Está tudo bem, Judith ? - pergunta Miguel.
Concordo. Sorrio. E tento ser a garota alegre de sempre.
- Sim, só que estava muito quente .
Miguel concorda. Sei que imaginará coisas, mas eu não quero falar
com ele. Depois do cigarro, eu proponho entrarmos novamente. Devo ser
forte e demonstrar a ele, a Amanda, a Miguel e a todo mundo.
Com a passos seguros volto para o grupo da Espanha e tento me
integrar as conversas, mas não posso. Toda vez que eu me viro, Eric está
perto, lisonjeiro com alguma mulher. Todas querem fotos com ele, todas,
exceto eu.
Duas horas mais tarde, quando eu estou em um dos banheiros, ouço
como uma das mulheres fala que o chefão Eric Zimmerman disse para ela
que é muito bonita. Tolinha! Sem conseguir evitar, olho para ela. É uma
mulher tremendamente atraente. Uma italiana de com enormes seios, curvas
sinuosas e cabelo cor de cobre. Parece nervosa e eu entendo. Eric dizer
uma coisa assim olhando-a é paraficar nervosa mesmo.
Quando eu saio do banheiro, cruzo com Amanda. Ela me olha. A
cobra me olha e pisca para mim com diversão. Sinto um desejo incontrolável
de agarrá-la pelos cabelos loiros e arrastá-la pelo chão, mas não. Eu posso.
Eu estou em uma convenção, tenho que ser profissional e acima de tudo, eu
prometi ao meu pai que eu não iria me comportar como uma arruaceira.
Chegando ao meu grupo, surpreendo-me quando vejo Eric falando
com eles. Próximo a ele é tem uma linda morena do escritório de Sevilla
babando enquanto ele fala. Eric, ciente do magnetismo que provoca nas
mulheres, brinca com ela, e ela, como um boba, mexe no cabelo e se move
nervosamente. Fecho meus olhos . Não quero vê-los. Mas quando abro os
olhos, me encontro com o olhar de Eric, que diz:
- A senhorita Flores irá levá-los para onde organizei a festa. Ela
conhece Munique. - Eu levanto o queixo, e Eric acrescenta, entregando-me
um cartão. – Espero todos lá.
Dito isto, ele sai. Eu pisco.
Todos olham para mim e começam a perguntar como chegar ao local
que o chefão disse. Olho para o cartão, e depois de lembrar onde é o local,
nos dirigimos para o ônibus para nos levará ao hotel, até à noite e acontecer
o evento.
Quando o ônibus nos deixa no hotel, aproveito a oportunidade para
tomar um banho. Estou muito tensa. Não quero ir a essa festa, mas tenho
que ir. Eu não posso escapar. Eric já garantiu que eu escape. Depois de
secar o meu cabelo, ouço uma batida e alguns suspiros. Escuto atentamente
e, finalmente, sorrio. O quarto ao lado é o de Miguel, e pelo que eu ouço, ele
está muito bem.
Eu bato na parede e os suspiros param. Eu não quero ouví-los!
Eu troco o terno cinza claro por um vestido preto com strass na
cintura. Coloco saltos que me caem bem, e faço um coque alto no cabelo.
Quando me olho no espelho, sorrio. Eu sei que sou sexy. Certamente, Eric
não olhará para mim, mas a minha aparência vai fazer outros homens me
observarem.
Que pelo menos minha moral suba, certo?
Às nove, depois de jantarmo no hotel, nos reunidos na recepção.
Como esperado todos procuram por mim a pessoa que os levará para onde
o grande chefe disse . Depois de falar com o motorista do ônibus, nós
mergulhamos no tráfego de Munique, e sorrio quando passamos pelo Jardim
Inglês. Com carinho vejo os lugares que passei com Eric e ui feliz por um
bom tempo na minha vida, mas a sensação boa acaba quando o ônibus
chega ao destino e nós temos que descer.
Entramos no local. É enorme, e como esperado, o Sr. Zimmerman
preparou uma grande festa. Todos aplaudem. Miguel olha para mim e
divertida, murmuro:
- Ei, eu estive prestes a tirar um lenço branco e gritar " toureiro " .
Ele ri e aponta para uma jovem.
- Deus, baby, nem te conto como é o furacão Patricia.
Nós dois rimos e depois, escuto ao meu lado:
- Boa noite.
Ao levantar o olhar encontro com Eric. Éstá lindo com seu smoking
preto e gravata borboleta. Oh, Deus, eu sempre quis fazer amor com vestido
só de gravata. Que mórbido! Rapidamente tiro essa idéia da cabeça. O que
faço ensando nisso? Nossos olhos se encontram, e sua frieza é extrema.
Meu coração palpita. Meu estômago se contrai até eu vejo que quem está ao
lado dele é a italiana ruiva do banheiro. Oh meu Deus!
Sem alterar o gesto, cumprimento-o, e ele segue o seu caminho com
ela. Eu não quero que veja que sua presença me dói, mas a verdade é que
eu deixei totalmente nocauteada. Está claro que Eric retomou sua vida e eu
tenho que aceitar.
Dou o braço a Miguel, nos dirigimos ao bar e pedimos uma bebida.
Estou com sede. Durante uma hora, Miguel fica ao meu lado. Rimos e
conversamos, até que a música começa. Eles contrataram uma banda de
swing. Eu adoro! As pessoas começam a dançar, e Miguel decide levar o
furacão Patricia.
Fico sozinha e enquanto bebo, escaneio o local. Não voltei a ver Eric,
mas logo o encontro dançando com a Italiana. Isso me inquieta. Canção
após canção, sou testemunha de como todas as mulheres querem dançar
com ele, e ele, encantado, aceita .
Desde quando é tão dançarino?
Supõe-se que a louca dançarina sou eu e aqui estou eu,fechando o
bar. Merda! Mas quando vejo-o dançando com Amanda enlouqueço. Eu sou
tão idiota. Não posso suportar o olhar dela e como se agarra com possessão
e ele pelo pescoço enquanto move um dedo e acaricia seus cabelos.
Eu me viro. Eu não posso continuar olhando-os. Vou ao banheiro, me
refresco e volto para a festa.
Ao sair, encontro com Xavi Dumas, ele é do escritório de Barcelona, e
me convida para dançar. Eu concordo. Em seguida, vários homens me
convidam, e minha auto-estima está de volta onde eu precisava. De repente,
Eric está ao meu lado e pede ao meu acompanhante permissão para dançar
comigo. Meu acompanhante concorda, encantado. Eu, nem tanto. Quando
ele coloca a mão na minha cintura e eu coloco meus braços ao redor de seu
pescoço, a orquestra toca Lua Azul. Engulo em seco e danço. Da sua altura,
olha para mim e finalmente diz:
- Está indo bem, senhorita Flores?
- Sim, senhor – concordo brevemente.
Suas mãos nas minhas costas queimavam. Meu corpo reage ao seu
toque, sua proximidade e seu cheiro.
- Como está indo a vida? - Pergunta novamente em tom impessoal.
- Bem – consigo dizer - com muito trabalho. E você?
Eric sorri, mas seu sorriso me assusta quando ela traz a boca no meu
ouvido e sussurra:
- Muito bem. Retomei meus jogos e devo dizer que eles são muito
melhores do que lembrava. Logicamente, Dexter oediu-me para desejar-lhe
saudações para você, para a sua deusa quente.
- Idiota!
Tento desfazer-me de seu abraço, mas não vai me deixa. E me
pressiona contra ele.
- Termine de dançar esta música comigo, senhorita Flores. Então
você pode fazer o que quiser. Seja profissional.
Meu corpo coça todo, mas eu não coço.
Aguento o puxão de seu olhar severo, e quando a música termina, me
dá um frio e galante beijo na mão. E antes de sair, ele resmunga.
- Como sempre, foi um prazer voltar a vê-la. Espero que fique bem .
Sua proximidade, suas palavras e sua frieza chegaram a minha alma.
Vou ao bar e peço uma Cuba Libre. Eu preciso disso. Depois desse,
bebo outro e tento ser profissional e fria como ele. Eu tive o melhor
professor. Nenhum Eric Zimmerman pode comigo.
Vejo-o furiosa, enquanto ele tem um bom tempo com as mulheres.
Todas caem aos seus pés e eu sei com quem ficará esta noite. Não é com a
italiana. É com Amanda. Seus olhares me dizem .
Odeio-os !
À uma da manhã decido finalizar a festa. Já não posso mais. Miguel
se foi com a sua própria furacão sexual e outro cara já está se oferendo pra
mim.
Quando eu saio, respiro. Eu me sinto livre. Eu vejo aparecer um táxi e
subo. Eu dou o endereço e em silêncio volto ao meu hotel. Vou para o meu
quarto e tiro os sapatos. Estou com raiva . Eric me tirou do meu eixo. Que
estranho? Ouço suspiros no quarto ao lado. Miguel e seu furacão.
Bufo. Que noitezinha que vão me dar.
Sento na cama, cubro meus olhos e fico com vontade de chorar. Que
diabos estou fazendo aqui? Os suspiros no quarto ao lado aumentam.
Pequeno escandalo! No final, desconfiada, dou dois golpes na parede. Os
suspiros param, e eu balanço minha cabeça.
Momentos depois batem na minha porta e cubro meus olhos. Que
empata-foda eu sou!
Será Miguel para me pedir perdão. Sorrio, e quando abro a porta,
encontro com um carrancudo Eric. Minha expressão muda.
- Bem ... Eu vejo que não sou quem esperava, senhorita Flores.
Sem pedir permissão entra no quarto e fecho a porta. Não me movo.
Não sei o que faz aqui. Eric dá uma volta pelo ambiente, depois de verificar
que estou sozinha, me olha e pergunto :
- O que você quer, senhor?
Iceman me olha, olha, olha e responde com indiferença:
- Não vi cocê saindo da festa e queria saber se estava tudo bem.
Sem aproximar-me dele, balanço a cabeça, ainda estou com raiva
sobre o que me disse na festa.
- Se você veio para ver com quem eu iria jogar no hotel, sinto
desapontá-lo, mas eu não jogo com as pessoas da empresa nem quando os
mesmos estão próximos. Sou discreta. E quanto a estar ou não estar bem,
não se preocupe, senhor, eu sei cuidar bem de mim mesma. Então, você
pode ir .
Dizer que jogo em outros momentos o atiça. Vejo em seu rosto e,
antes que diga qualquer coisa que me irrite mais, silvo :
- Saia do meu quarto agora mesmo, Sr. Zimmerman .
Ele não se move.
- Você não é ninguém para entrar aqui sem ser convidado.
Certamente o esperam que em outros quartos. Corra, não perca tempo, com
certeza Amanda ou qualquer outra de suas mulheres querem ser o centro da
sua atenção. Não perca seu tempo aqui comigo e saia para jogar.
Tensão. Muita tensão.
Nos olhamos como autênticos rivais, e quando ele chega perto de
mim, move-me rapidamente. Eu não estou disposta a cair em seu jogo por
mais que meu corpo precise dele, grite por ele.
Ouço-o amaldiçoar e depois, sem olhar para mim, vai até a porta,
abre-a e vai. Ele sai furioso.
Estou sozinha no quarto. Minhas pulsações estão a mil. Não sei o
queEric quer. O que eu sei é que quando eu estou sozinha com ele, não sou
a dona do meu corpo.
A noite que volto da convenção de Munique decido que devo ter de
volta a minha vida. Devo esquecer Eric e encontrar outro emprego. Eu
preciso voltar a ser eu, ou se continuar assim, não sei o que será de mim.
No dia seguinte, quando eu chego ao escritório, falo com Miguel . Ele
não entende porque eu quero ir. Tenta me convencer, mas percebe que o
que havia entre o chefão e eu não está resolvido. Me acompanha até a sala
de Gerardo e, uma vez lá, solicito minha demissão.
Depois de uma manhã louca em que Gerardo não sabe o que fazer
comigo, no final eu consigo. Dou definitivamente baixa na Muller.
Na parte da tarde, quando eu saio do escritório, sorrio. Esse é o
primeiro dia da minha vida.
Às sete da manhã, quando ainda estou na cama, meu celular toca.
Olho para a tela e eu não reconheço o número. Eu pego e escuto:
- O que você fez ?
- O quê? - pergunto sonolenta, sem entender nada .
- Por que você se demitiu, Judith?
Eric !
Gerardo já deve tê-lo informado do que eu fiz e, irritado, grita:
- Pelo amor de Deus, pequena, você precisa trabalhar! O que você
pretende fazer? Em que pretende trabalhar? Quer ser garçonete novamente?
Aturdida com as perguntas e, principalmente, porque me chamou de
"pequena", sussurro:
- Não sou sua pequena e não volte a me ligar nunca mais em sua
vida.
- Jud ...
- Esqueça que eu existo.
Desligo.
Eric insiste. Desligo novamente.
No final desligo o telefone e antes que ligue para o meu número de
casa, tiro o fone do gancho. Zangada, me viro e continuo dormir. Quero
dormir e esquecer do mundo.
Mas eu não consigo dormir e levanto. Me visto e saio. Não quero estar
em casa. Chamo Nacho e vou com ele para sua oficina. Durante horas,
observo-o fazer tatuagens enquanto falamos. Na hora de fechar, chamamos
os amigos e vamos para a farra. Preciso comemorar que não trabalho para
Müller .
Quando chego em casa são três da manhã. Vou direto para a cama.
Eu tenho um peso enorme.
Cerca de dez horas da manhã batem na minha porta. Com gesto
pesaroso me levanto para abrir. Fico como estátua quando vejo que é um
entregador com um lindo buquê de rosas vermelhas de longas hastes. Tento
fazê-los levar de volta. Sei de quem são, mas o entregador resiste.
Finalmente pego-as e jogo direto no lixo. Mas a curiosa que há em mim
procura o cartão e meu coração acelera quando eu leio:
Como eu disse há muito tempo, eu levo você na minha mente
desesperadamente .
Eu te amo, pequena.
Eric Zimmerman
Boquiaberta, releio de novo a nota.
Fecho meus olhos. Não, não, não. Outra vez, não!
A partir desse momento eu não posso ligar o telefone sem receber
uma chamada de Eric. Sobrecarregada decido desaparecer. Eu conheço ele
e em poucas horas ele está na porta da minha casa. Pela internet alugo uma
casa no campo. Pego meu Leoncito, e desta vez vou para Astúrias,
especificamente para Llanes.
Eu ligo para meu pai e não digo onde estou. Não confio nele para não
contar a Eric. Eles se dão muito bem. Garanto que estou bem, e meu pai
concorda. Só exige que eu ligue todos os dias para saber que estou bem e
para alertá-lo quando chegar a Madrid. De acordo com ele, temos que
conversar muito sério. Eu concordo.
Durante uma semana passeio por esta cidade bonita, durmo e penso.
Tenho que decidir o que vou fazer comigo depois de Eric. Mas eu sou
incapaz de pensar claramente. Eric está tão profundo em minha mente, no
meu coração e na minha vida que eu mal posso pensar.
Eric insiste.
Enche meu correio de voz, e quando vê que eu ignoro-o, ele começa
a enviar e-mails que leio à noite no quarto da bela casa que eu aluguei.
De: Eric Zimmerman
Data: 25 de maio de 2013 09:17
Para : Judith Flores
Assunto: Perdoe-me
Estou preocupado, querida.
Eu errei. Te acursei de me esconder as coisas quando eu sabia da sua irmã
e não te disse. Eu sou um idiota. Eu estou ficando louco. Por favor, me ligue.
Eu te amo.
Eric
______________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 25 de maio de 2013 22:32
Para : Judith Flores
Assunto: Jud ... por favor
Apenas me diga que você está bem. Por favor ... , pequena.
Eu te amo.
Eric
Leia seus e-mails me emociona. Eu sei que ele me quer. Eu sei disso.
Mas não pode ser. Nós somos fogo e gelo. Por que voltar a tentar
novamente ?
De: Eric Zimmerman
Data: 26 de maio de 2013 07:02
Para : Judith Flores
Assunto: Mensagem recebida
Eu sei que você está muito zangada comigo. Eu mereço . Eu fui um idiota
(um completo imbecil). Eu fui fatal e me sinto mal. Contava os dias para vê-la
na convenção em Munique e, quando eu tinha você diante de mim, ao invés
de dizer o quanto eu te amo eu agi como um animal furioso. Sinto muito
querida. Me desculpe, desculpe, desculpe .
Eu te amo.
Eric
Saber que ele queria me ver na convenção me alegra . Agora entendo
porque ele se comportou dessa maneira. Usou a frieza como um mecanismo
de defesa e fez uma má jogada. Tenrou enciumar-me e conseguiu. Não
mediu os resultados, e agora estou muito irritada com ele.
De: Eric Zimmerman
Data: 27 de maio de 2013 02:45
Para : Judith Flores
Assunto: eu sinto sua falta
Ouço nossas músicas.
Eu penso em você .
Me perdoará outra vez?
Eu te amo.
Eric
Também escuto nossas músicas o coração apertado. Hoje, enquanto
comia em um terraço em Llanes tocava a música: You are the sunshine of
my life de Stevie Wonder, e lembrei quando me pediu para sair do carro para
dançar com ele no meio de uma rua em Munique. Isso humaniza-o. Detalhes
como esse que me fazem saber o quanto Eric mudou por mim. Eu o amo,
mas tenho medo. Eu tenho medo de não parar de sofrer .
De: Eric Zimmerman
Data: 27 de maio de 2013 20:55
Para : Judith Flores
Assunto: Você é incrível
Flyn acabou me contar sobre a coca-cola e sua queda na neve. Por que você
não me contou?
Se te queria antes, agora eu quero mais.
Eric
Saber que Flynn confiou em seu tio me emociona. Isso me faz saber que ele
começou a se sentir mais confiante. Gosto de saber disso. Olé, meu menino!
Eric ... Eu amo-o ainda mais. Por que isso está acontecendo?
Será que o efeito Zimmerman me abduziu de tal maneira que eu não
posso esquecer? Definitivamente sim.
De: Eric Zimmerman
Data: 28 de maio de 2013 09:35
Para : Judith Flores
Assunto: Oi, querida
Estou no escritório e não me concentro.
Eu não consigo parar de pensar em você. Eu quero que você saiba que eu
não tenho jogado em todo esse tempo. Eu menti, pequena. Como eu disse,
minha ÚNICA fantasia é você .
Eu te amo agora e sempre .
Eric
Agora e sempre. Que belas palavras quando as dizia olhando-me nos
olhos. Minha fantasia é você, teimoso. O que tenho que fazer para te
esquecer e para você esquecer de mim?
De: Eric Zimmerman
Data: 28 de maio de 2013 16:19
Para : Judith Flores
Assunto: Eu ordeno!
Maldita seja, Jud !, Eu exijo que me diga onde você está.
Pegue o maldito telefone e me ligue agora mesmo, ou me escreva um e-mail.
Faça isso!
Eric
Uau, Iceman de volta! Sua raiva me faz rir. Ordena e lhe dão!
De: Eric Zimmerman
Data: 29 de maio de 2013 23:11
Para : Judith Flores
Assunto: Boa noite, pequena
Perdoe meu último e-mail. O desespero por sua ausência me permite.
Hoje foi um grande dia para Flynn. Laura convidou-o para seu aniversário e
quer contar a ele.
Não vai ligar pra ele?
Eu sinto sua falta e eu te amo.
Eric
Meu desespero também me permite. Oh Deus, o que vou fazer sem
você?
Eu choro de alegria ao saber que Flynn está feliz pelo convite. Meu
pequeno mal-humorado começa a viver. Eu também amo você, Eric, e sinto
sua falta.
De: Eric Zimmerman
Data: 30 de maio de 2013 15:30
Para : Judith Flores
Assunto: Não sei o que fazer
O que eu tenho que fazer para que responda às minhas mensagens?
Eu sei que você as recebe. Eu sei, querida .
Eu sei pelo seu pai que você está bem. Por que você não me liga?
Minha paciência está rachando dia-a-dia. Você me conhece. Eu sou um
alemão teimoso. Mas por você eu estou disposto a fazer qualquer coisa.
Eu te amo, pequena.
Eric (o imbecil)
Quando eu fecho o computador, bufo. Eu imaginei que o meu pai o
manteria informado.
O jogo virou. Agora é ele quem escreve e eu quem não responde.
Agora eu entendo o que ele sentiu naquele momento. Tento esquecê-lo
como ele tentou me esquecer, e estou consciente que que não vai me deixar
fazê-lo, porque eu não o deixei.
O dia em que cheguei em Madrid depois da semana em Llanes, volto
com o coração ainda mais quebrado. Saber que Eric procura por mim me faz
insegura até do ar que respiro. O tempo não eliminou a dor, só aumentou
para níveis que nunca pensei existie.
Ligo para meu pai. Digo-lhe que cheguei em Madrid e converso com
ele.
- Não, pai. Eric me desespera e ...
- Você não é uma santa, querida. Vocêé teimosa e desafiadora. Você
sempre foi assim, e justamente ele é seu par ideal.
- Papáaaaa !
Meu pai ri e responde:
- Uow, moreninha! Não se lembra o que sua mãe dizia?
- Não.
- Ela sempre dizia: "O homem que se apaixonar por Rachel, terá uma
vida tranquila, mas o homem que se apaixonar por Judith, coitado! Vai estar
numa briga dia sim e outro também".
Sorrio, lembrando das palavras da minha mãe, e meu pai acrescenta:
- E assim é, moreninha. Rachel é como é e você é como sua mãe, um
guerreira! E, para aguentar uma guerreira só há duas opções: ou é um tolo
que nunca abre a boca, ou um guerreiro como Eric.
- E você o que é pai, um tolo ou um guerreiro?
Meu pai ri.
- Eu sou um guerreiro como Eric. Como você acha que aguentei sua
mãe? E, embora Deus tenha levado-a muito cedo da minha vida, nunca outra
mulher chegou ao meu coração, porque sua mãe ... deixou a expectativa
muito, muito alta. E isso é o que acontece com Eric, tesouro. Depois de
conhecê-la, sabe que você não vai encontrar outra igual.
- Sim, boba - me ridicularizo.
- Não, querida. Direita. Espevitada. Divertida. Engraçada. Graciosa.
Teimosa. Briguenta. Maravilhosa. Bonita. De tudo, moreninha ... , tudo.
- Pai ...
- Como você pressupôs, Eric pertence a você, e você pertence a ele.
Eu sei disso.
Eu sou incapaz de não rir.
- Por favor, papai, como um escritor de novelas você não têm preço!
Quando desligo, sorrio .
Como sempre, falar com o meu pai me relaxa. Quer o melhor para
mim e, como ele disse, a melhor coisa para mim é esse alemão, embora
neste momento eu duvide.
À noite, quando abro o computador, tenho uma nova mensagem de
Eric .
De: Eric Zimmerman
Data: 31 maio de 2013 14:23
Para : Judith Flores
Assunto: Não me deixe
Eu sei que você me quer, mesmo que não me responda. Eu vi nos seus
olhos na última noite no hotel. Você me chutou para fora, mas me quer tanto
quanto eu te quero. Pense nisso, querida. Agora e sempre você e eu.
Eu te amo. Desejo. Estou com saudades. Eu preciso de você .
Eric
Por que é tão romântico?
Onde está o alemão frio?
Por palavras românticas me deixam tonta e eu preciso ler e reler? Por
quê?
Quando eu desligo a luz do meu quarto, volto a pensar no único que
penso ultimamente. Eric. Eric Zimmerman. Cheiro sua camisa. Não sei o que
tenho que fazer para esquecê-lo.
Eu acordo às seis da manhã. Sonhei com Eric. Eu não unca sonhei
que eu tirá-lo de sua mente!
Mate-me!
Porque quando se está obcecadoem alguém o dia e a noite se
resume em pensar só nele?
Irritada, eu não consigo dormir e decido levanta. Chateado como opto
por fazer uma limpeza geral. Isso me relaxará. Fico nisso e às dez horas da
manhã testou envolvida na casa que não há nem por onde fugir.
Estava desorganizada e organizei!
Estou nervosa. Meu coração bate loucamente e decido tomar um
banho, deixar a casa e sair para uma corrida. Correr será um luxo.
Eliminarei adrenalina.Quando saio do banho, prendo o cabelo em um rabo
de cavalo alto, coloco uma calça corsário preta, tênis e uma camiseta .
De repente, a campainha toca e, ao abrir sem olhar, fico sem palavras
quando encontro Eric. Está mais bonito do que nunca vestindo com uma
camisa branca e jeans. Assustada por tê-lo tão perto, tento fechar a porta,
mas não me deixa. Colocando um pé .
- Querida, por favor, ouça- me .
- Não sou sua querida, nem sua pequena, nem sua moreninha, nem
nada. Afaste-se de mim.
- Deus, Jud, você está destruindo meu pé.
- Tire-o e não quebrarei - responder enquanto tento fechar a porta
com toda a minha força.
Mas ele não tira o pé .
- Você é meu amor, minha querida, minha menina, minha moreninha e
também minha mulher, minha namorada, minha vida e milhares de outras
coisas. E por isso quero pedir-lhe para voltar para casa comigo. Estou com
saudades. Eu preciso de você Eu não posso viver sem você.
- Fique longe de mim, Eric – rosno enquanto luto com a porta
inutilmente.
- Eu fui um idiota, querida.
- Oh, sim, não duvide disso – murmuro do outro lado porta.
- Um idiota com todas as letras por deixar ir a melhor coisa que
aconteceu na minha vida. Você! Mas idiotas como eu se dão conta e tentam
se corrigir. Dê-me outra chance de novo ...
- Eu não quero ouvir você. Eu não quero! - grito.
- Querida ... eu tentei. Tentei dar seu espaço. Dar a mim o meu. Mas a
minha vida sem você não tem sentido. Eu não durmo . Você está em minha
mente às vinte e quatro horas do dia. Eu não vivo. O que você quer que eu
faça, se eu não posso viver sem você?
- Compre um macaco - berro.
- Querida ... eu errei. Escondi sobre a tua irmã e tive a pouca decência
de ficar bravo com você quando eu fiz a mesma coisa que você .
- Não, Eric, não ... Agora não quero ouvir – insisto a ponto de chorar.
- Deixe-me entrar.
- De jeito nenhum.
- Pequena, deixe-me olhar em seus olhos e falar com você. Deixe-me
corrigir isso.
- Não.
- Por favor, Jud. Eu sou um imbecil. O homem babaca no mundo, e eu
vou deixar você me chamar disso todos os dias da minha vida, porque eu
mereço.
Minhas forças acabam. Ouvir tudo o que ele me diz começa a me
enfraquecer, e quando eu paro de pressionar a porta, Eric a abre totalmente
e murmura, olhando-me:
- Ouça-me, pequena ... - E ao olhar atrás de mim, pergunta: Limpeza
geral? Uau, você está muito, chateada!
Os cantos de sua boca sobem, e então eu grito, histérica, vendo que
se move.
- Não entre na minha casa .
Ele pára. Não entra .
- E, antes de continuar com as belas palavras que está dizendo – falo
furiosa - quero que você saiba que eu não vou parar mais uma vez a minha
vida para tudo dar errado novamente. Me desespera. Eu não posso com
você. Não quero parar de fazer as coisas que eu gosto, porque você me quer
em uma gaiola de vidro. Não, eu me recuso!
- Eu amo você, Senhorita Flores.
- É um estúpido. Deixe-me em paz!
E, pegando-o de surpresa, eu dou uma portada. Meu peito sobe e
desce. Estou acelerada. Eric fez de novo. Voltou a me dizer as coisasmais
belas que um homem pode dizer a uma mulher, e eu, como um tola, ouvi.
Eu sou uma idiota. Boba. Incapaz. Por quê? Por que eu escuto-o?
A campainha toca novamente. É ele . Eu não quero abrir.
Eu não quero vê-lo, mesmo que morrar para fazê-lo. Mas, de repente
ouço uma voz. Essa é Simona? Abro a porta e boquiaberta, vejo Norbert
junto a sua esposa. O homem diz:
- Senhorita, desde que você saiu de casa, nada é igual. Se voltar,
prometo que vou ajudá-la a colocar sua moto pronta sempre que você quiser.
Eu levanto as minhas sobrancelhas, e Simona, depois de abraçar-me,
me beija no rosto.
- E eu prometo te chamar de Judith . O Senhor me deu permissão. - E
levantando minhas mãos, sussurra - Judith , eu sinto falta de você, e se você
não voltar, o Sr. nos martirizará o resto dos nossos dias. Você quer isso para
nós? – nego com a cabeça, e insiste: - Além disso, ver a novela "Loucura
Emeralda" sozinha não tem a graça que tinha quando víamos juntas.
Certamente, Luis Alfredo Quiñones pediu outro dia Esmeralda Mendoza em
casamento. Eu tenho gravado para vermos nós duas.
- Oh, Simona ... ! – Suspiro e levo as mãos sobre a boca .
De repente Susto e Calamar entram na casa e começam a latir .
- Susto! Grito ao vê-lo.
O cachorro salta e abraço-o. Tenho tantas saudades tuas ... Em
seguida, toco em Calamar e sussuro:
- Como você cresceu, anão .
Os animais saltam animados ao meu redor. Lembram de mim. Não se
esqueceram de mim. Eric, encostado na parede, está olhando para mim
quando Sonia entra com um sorriso encantador e me beija .
- Minha querida, como você não veio para nós, Eric trouxe-nos até
você, é que você é tão teimosa quanto ele. Este meu filho te ama, te ama, te
ama, ele me confessou .
Estou olhando para ela, suspresa quando meu pai entra.
- Sim, moreninha, esse menino te ama muito e te disse que voltará
para você ! E aqui você o tem. Ele é seu guerreiro e você é a guerreira dele.
Vamos, meu tesouro ... Eu conheço você, e se não gostasse desse homem,
já teria retomado sua vida e não teria essas olheiras.
- Pai ... – Soluço levando a mão à boca .
Meu pai me beija e sussurra:
- Seja feliz, meu amor. Aproveite a vida por mim. Não me faça ser um
pai preocupado o resto dos meus dias.
Duas lágrimas deslizam pelo meu rosto quando ouço:
- Maluquinhaaaa ! - Minha irmã soluça, emocionada.- Aisss , que
lindo Eric fez. Reunir todos para pedir o seu perdão. Que romântico ! Que
maravilhosa forma de mostrar seu amor! Um homem assim é o que eu
preciso, não um brutamontes. E, por favor, perdoe-o, porque não contar-lhe
sobre minha separação. Eu ameaçei machucá-lo se o fizesse.
Eu olho para Eric. Segue apoiado fora da minha casa e não tira os
olhos de mim. Neste momento, entra Marta e piscando para mim, sussurra:
- Como diz não ao teimoso do meu irmão, eu juro que vou trago todos
de Guantanamera te convencer enquanto bebemos chupitos1 e gritamos:
"açúcar " – Dou uma risada. – Pense no que foi para ele pedir ajuda a todos.
Esse cara abriu mudou por você , e isso tem que compensado de alguma
forma. Vamos, você o ama tanto quanto ele te ama.
Eu rio. Eric também ri, e minha sobrinha grita
- Titiaaaaaaaaaaaaaaa ! O tio Eric prometeu que neste verão eu vou
com vocês nos três meses de férias para a sua piscina , e quanto ao meni....
a Flynn, é muito legal. Muito legal! Não sabe como joga Mario Cars. Que
esperto! É ótimo.
Este parece ser o metrô na hora do rush. A sala está cheia de
pessoas, enquanto Eric olha para mim com seus lindos grandes olhos azuis,
sem entrar em minha casa. De repente, chega Flynn. Ao me ver, se atira em
meu pescoço. Ele me abraça e me beija. Adoro seus beijos, e, quando se
solta, sai pela porta e dou risada quando vejo-o arrastar a árvore de Natal
vermelha.
Você trouxe a árvore vermelha de desejos?
Isso me faz rir. Eu olho para Eric, e ele encolhe os ombros.
Tia Jud, diz Flynn, ainda não lemos os desejos que fizemos no Natal. Isso me emociona, ele murmura: - "Eu mudei meus desejos. O que escrevi
no Natal não eram muito agradáveis . Além disso, confessei ao tio Eric que
eu escondia segredos. Eu lhe disse que fui eu quem balançou a coca-cola
para explodir em seu rosto e por minha culpa você caiu na neve e aconteceu
o feio machucado no queixo.
- Por que você contou?
- Tinha que dizer a ele. Você sempre foi boa para mim, e ele tinha que
saber.
1
Chupito: amostras de bebidas alcoólicas, colocadas em pequenos copos, para beber de uma vez só.
- Oh, a propósito querida - indica Sonia - a partir deste ano,
comemoraremos o Natal juntos. Acabou a celebração separadamente.
- Boa, vovó ! – Flynn salta, e eu sorrio .
- E nós estaremos também – pontua meu emocionado pai.
- Bem, feito! - Aplaude Luz, e Eric ri com as mãos nos bolsos.
Eu olho para ele. Ele olha para mim. Nossos olhos se encontram, e
quando eu acredito que não possa chegar mais pessoas, entram Björn, Frida
e Andrés com o pequeno Glen. Os dois homens não dizem nada. Só me
olham, me abraçam e sorriem. E Frida, abraçando-me também, sussurra em
meu ouvido:
- Castique-o quando você perdoá-lo. Ele merece.
Nós duas rimos, e eu coloquei as mãos no rosto. Eu não posso
acreditar. Minha casa está cheia de pessoas que me amam, e todos foram
mobilizados por Eric. Todos me olham esperando que eu diga alguma coisa.
Estou emocionada. Muito emocionada. Eric é o único que ainda está fora .
Eu o proibi de entrar. Com determinação, ele se aproxima de minha porta.
- Eu te amo, pequena - declara. - Eu digo a você sozinho, para nossas
famílias e para quem precisar. Você estava certa. Depois de Hannah estava
fechado como um caracol, isso não me favorecia nem a minha família. Eu
estava errado, especialmente com Flynn. Mas você entrou na minha vida ,
em nossas vidas, e tudo mudou para melhor. Acredite em mim, amor, você é
o centro de minha existência.
Um " Ohhhhhh " escapa da garganta de minha irmã, e eu sorrio
quando Eric acrescenta:
- Eu sei que não fiz a coisa certa. Eu tenho um temperamento ruim,
sou frio em algumas ocasiões, chato e intratável. Tentar corrigí-lo. Eu não
prometo, porque não quero falhar, mas eu vou tentar. Se você concordar em
me dar outra chance, voltaremos a Munique com sua moto e prometo que
vou ser quem mais te aplaude e grita quando competir no motocross.
Inclusive, se você quiser, te acompanharei com a moto de Hannah pelos
campos perto de casa. - E fixando os olhos nos meus, sussurra : Por favor,
pequena, me dê outra chance.
Todo mundo olha para nós .
Não se ouve uma mosca.
Ninguém diz nada. Meu coração bombeia em um ritmo frenético.
Eric fez isso de novo!
Eu o quero ... eu quero ele e adoro-o. Esse é o Eric romântico que me
deixa louca.
Vou para a porta, saio da minha casa, me aproximo de Eric e,
colocando-me na ponta dos pés, aproximo minha boca da dele, chupo seu
lábio superior, depois o inferior e, depois de dar uma mordiscada, revelo:
- Você não é chato. Eu gosto do seu temperamento e sua cara brava,
e não vou permitir que você mude .
- De acordo, querida - concorda com um grande sorriso.
Nos Olhamos. Nos devoramos com os olhos. Sorrimos .
- Eu te amo Iceman - digo finalmente.
Eric fecha os olhos e me abraça. Me pressiona contra seu corpo, e
todos aplaudem .
Eric me beija. Eu o beijo e derreto em seus braços, não disposta a
deixá-lo nunca mais.
Ficamos assim por alguns minutos, até que ele se separa de mim.
Todos se calam.
- Pequena, você me devolveu o anel duas vezes, e espero que na
terceira vez se dê por vencida.
Sorrio e me surpreendendo mais uma vez, ajoelha-se e colocaando o
anel de diamante diante de mim, diz, me deixando desconcertada:
- Eu sei que foi vocêimpulsivamente quem me pediu para casar da
outra vez, mas desta vez quero que seja meu impulso, e, especialmente, que
seja oficial e perante nossas famílias. - E, deixando -me sem palavras, ele
continua:- Senhorita Flores, você quer casar comigo ?
Meu pescoço pinica. As brotoejas!
Me coço. Casamento? Meus nervos!
Eric olha para mim e sorri. Sabe o que eu acho. Ele se levanta, coloca
sua boca em meu pescoço e sopra suavemente. Neste instante, aceito que
ele é meu guerreiro, e eu, sua guerreira, e agarrando seu rosto, olho
diretamente nos seus olhos e responso:
- Sim, senhor Zimmerman, eu quero me casar com você .
Dentro da minha casa todos pulam de alegria .
Casamento à vista!
Eric e eu abraçados, nos olhamos e ficamos felizes . Então, pego a
maçaneta da porta e a fecho. Meu amor e eu ficamos no corredor da minha
casa, sozinhos .
- Organizou tudo isso para mim?
- Yeah, baby! Eu utilizei a artilharia porque não queria me ouvir, nem
ver, nem beijar, nem dar uma oportunidade - sussurra, beijando meu
pescoço .
- É o que eu gosto!
Feliz como uma perdiz enquanto aceito seus doces beijos no meu
pescoço, murmuro:
- Eu senti falta de uma coisa.
- O quê? - pergunta, olhando para mim .
- A garrafa de champanhe rosa com sabor de morango.
Eric ri e me dá um tapa na bunda .
- Isso e tudo que você quiser estão esperando-nos na geladeira da
nossa casa.
- Ótimo!
Eu esfrego nele, abraço-o e me pega em seus braços. Enrolo minhas
pernas em volta de sua cintura e me apóia contra a parede .
Me beija, o beijo. Me excita, o excito.
Desejo-o e ele me deseja.
- Pequena pare – me adverte, divertido ao ver minha entrega.- A casa
está cheia de gente e estamos no corredor de seu prédio.
Concordo. Gosto de estar em seus braços, e murmuro fazendo-o rir:
- Estou apenas mostrando o que vai acontecer quando estivermos
sozinhos. Porque eu quero que saiba que eu vou puní-lo.
Eric estremece. Me olha. Meus castigos costumam ser drásticos e,
mordiscando sua boca, digo:
- Vou puní-lo forçando-o a cumprir todas as nossas fantasias .
Meu amor sorri e aperta sua dura ereção contra mim. Oh, sim !
Pegue seu celular e digita algo. Em uma fração de segundos, a porta
da minha casa abre .
Björn nos olha, e Eric pede:
- Eu preciso que você tire urgentemente todos da casa e leve-os
embora.
Björn sorri e pisca para nós.
- Dê-me três minutos.
- Um – Eric responde.
Sorrio. Esta é o exigente Eric que me deixa louca.
Em apenas trinta segundos, entre risos , todos saem enquanto estou
nos braços de Eric e digo-lhes adeus consciente de que sabem o que vamos
fazer. Meu pai, pisca pra mim, e eu atiro um beijo.
Quando entramos na casa e estamos sozinhos, o silêncio nos
envolve. Eric me deixa no chão.
- Comece o seu castigo. Vá para a cama e fique nu .
- Pequena ...
- Vá para a cama ... - Exijo .
Surpreso, levanta as sobrancelhas, depois as mãos e desaparece
pelo corredor. Com a pulsação a mil, olho as caixas não desfeitas. Olho para
as etiquetas e quando encontro o que quero pego e divertida, corro para o
banheiro .
Quando saio e entro no quarto, Eric me olha perplexo. Estou vestida
com minha fantasia de policial. Finalmente vou estreá-la com ele!
Olho para ele. Dou uma volta mostrando a roupa enquanto coloco o
chapéu e o óculos. Eric me devora com os olhos. Com arrogância caminho
até meu som, coloco um CD e de repente a guitarra do AC / DC quebra o
silêncio da casa. Começam os acordes de Highway to Hell, uma música que
sei que ele gosta .
Sorri, sorrio, e como uma tigresa caminho até ele. Pego o cacetete
que levo na cintura e fico diante do amor da minha vida .
- Você foi muito mal, Iceman .
- Eu assumo, senhora policial.
Dou duas pancadas na minha mão com o cacetete.
- Como castigo, você sabe o que eu quero.
Eric ri, e antes que eu possa dizer ou fazer qualquer outra coisa, meu
amor, meu louco amor alemão, me tem sob seu corpo e, com uma
sensualidade que me deixa louca, sussurra:
- Primeira fantasia. Abra suas pernas, pequena.
Eu fecho meus olhos. Sorrio e faço o que me pede, pronta para ser
sua fantasia.
Epílogo
Munique ... dois meses depois.
- Corre, Judith, vai começar Loucura Esmeralda - grita Simona.
Ao ouví-la olho para Eric, minha sobrinha e Flyn. Estamos na piscina
e, ante ao riso do meu alemão, digo:
- Volto em meia hora.
- Tita, não vá! - Resmunga minha sobrinha.
- Tia Jud ...
- Secando-me com a toalha, olho para os pequenos que estão na
água, e indico:
- Volto em seguida, seus chatinhos.
Eric me agarra. Ele não quer que eu vá. Desde que voltei não se sacia
de mim.
- Vem, fique com a gente, céu.
- Querido - murmuro, beijando-o. - Eu não posso perder. Hoje
Esmeralda Mendoza vai descobrir quem é sua verdadeira mãe, e a série
acaba. Como é que eu vou perder ?
Meu alemão dá uma gargalhada e me dá um beijo .
- Anda vai.
Com um sorriso nos lábios deixo meus três amores na piscina e corro
em busca de Simona. A mulher já me espera na cozinha. Quando me sento
ao lado dela, me dá um lenço de papel. Começa Loucura Emeralda.
Nervosas vemos como Esmeralda Mendoza descobre que sua mãe é a
doente herdeira do rancho " Os Guajes". Nós testemunhamos como a
maltratada mulher abraça sua filha enquanto Simona e eu choramos como
duas Madalenas. No final a justiça é feita: a família de Carlos Alfonso
Halcones de San Juan está arruinada, e Esmeralda Mendoza, que foi sua
empregada, é a grande herdeira do México. Quase nada!
Ensimesmadas, vemos como Esmeralda, junto a seu filho, vai em
busca de seu único e verdadeiro amor, Luis Alfredo Quiñones. Quando ele a
vê chegar, sorri, abre os braços, e ela se refugia neles. Momento Perfeito!
Simona e eu sorrimos emocionadas e quando acreditamos que a série
acabou, de repente alguém atira em Luis Alfredo Quiñones e nós duas
abrimos os olhos como pratos enquanto na tela aparece: " Continua..." .
- Continua! – gritamos as duas com os olhos bem abertos .
Nos olhamos e, finalmente, rimos. " Loucura Esmeralda " continua e,
com ela, nós seguramente todos os dias.
Simona vai preparar a comida, e vou para a piscina, mas encontro as
crianças com Eric na sala de estar, jogando Mortal Kombat no Wii. Flyn,
vendo-me chegar, diz:
- Tio Eric, esmagamos as meninas?
Eu sorrio. Sento-me com o meu amor e ver o olhar da minha sobrinha
ao que disse Flynn, juntamos nossos polegares, batemos as mãos e
murmuro:
- Vamos, Luz. Vamos mostrar a esses alemães como as espanholas
jogam.
Depois de mais de uma hora de jogos, minha sobrinha e eu
levantamos e cantamos para eles:
We are the champions, me friend.
Oh weeeeeeeeee ....
Flynn olha para nós com uma careta. Ele não gosta de perder, mas
desta vez ele perdeu.
Eric olha para mim e sorri. Aproveite minha vitalidade, e quando me
atiro sobre ele e beijo-o, afirma:
- Você me deve uma revanche.
- Quando quiser, Iceman.
Ele me beija. O beijo. Minha sobrinha protesta.
- Ei, Titia, por que você sempre tem que beijá-lo?
- Sim, que chato! - Flyn concorda, mas sorri.
Eric olha para eles e, para afastá-los de nós, diz:
- Corram. Vão a cozinha e peguem uma coca-cola.
É só mencionar aquela refrescante bebida, e as crianças correm como
loucos. Quando ficamos sozinhos, Eric me derruba no sofá e, divertido, me
instiga:
- Nós temos um minuto, no máximo dois. Vamos, fique nua !
Começo a rir. E quando Eric me faz cócegas ao colocar as mãos sob
a minha camisa, de repente escutamos:
- Maluuuuuuuuuuuuuuuuu ... maluquinha!
Eric e eu nos olhamos, e rapidamente pulamos do sofá. Minha irmã
olha para nós da porta e, com um gesto decomposto, exclama:
- Oh, meu Deus! Oh, Deus! Eu acho que minha bolsa estourou.
Rapidamente, Eric e eulevantamos do sofá e ficamos ao seu lado.
- Não pode ser. Não posso estar em trabalho de parto. Falta um mês
e meio. Eu não quero estar em trabalho de parto! Não. Eu me recuso !
- Acalme-se, Rachel – murmura Eric enquanto abre o telefone e faz
uma ligação.
Mas minha irmã é minha irmã e decomposta, lamenta:
- Eu não posso começar o trabalho de parto aqui. A menina deve
nascer em Madrid. Todas as suas coisas estão lá e ... e ... Onde está meu
pai? Temos que ir para Madrid. Onde está meu pai?
- Rachel ... Por favor, acalme-se - digo rindo da situação. - Papai está
com Norbert. Voltará em algumas horas.
- Não tenho horas ! Chame-o e diga-lhe para vir agora! Oh, Deus, eu
não posso estar em trabalho de parto! Primeiramente é o seu casamento.
Depois, volto para Madrid e, finalmente, tenho o bebê. Esta é a ordem das
coisas, e nada pode falhar.
Tento segurar suas mãos, mas está tão nervosa que me dá tapas. Por
fim, depois de receber uma idéia da minha irmã louca, olho para Eric e digo :
- Nós temos que levá-la ao hospital.
- Não se preocupe, querida - sussura Eric - Já liguei para Marta e ela
nos espera em seu hospital.
- Que hospital? - Uiva, decomposta. - Não confio na saúde alemã.
Minha filha tem que nascer no Doze de Outubro, não aqui!
- Pois bem, Raquel – suspiro - eu acho que a menina vai ser alemã.
- Não ... ! E agarrando o pescoço de Eric, puxa-o, fora de si e exige: Ligue para o seu avião. Para nos pegar e nos levar para Madrid. Eu tenho
que dar a luz lá.
Eric piscar os olhos. Ele olha para mim e começo a rir novamente.
Minha irmã, confusa, grita:
- Maluquinha, por favorrrrrrrrrrrrrrr, não ria !
- Rachel ... olhe para mim - murmuro, e tento não rir. – Primeiro:
relaxe. Segundo: se a criança tem que nascer aqui, nascerá no melhor
hospital porque Eric vai resolver isso. E terceiro: pelo meu casamento, não
se preocupe, ainda faltam dez dias, querida.
Eric, mudou a cara e tem a agonia estampada, pede a Simona para
ficar com as crianças . Então, ignorando os gritos de minha irmã, pega-a nos
braços e entra no carro. Em vinte minutos, estamos no hospital onde trabalha
minha cunhada Marta. Ela nos espera. Mas a minha irmã segue sua
ladainha. A menina não pode ter nascer ali.
Mas a natureza segue seu curso e, cinco horas mais tarde, uma linda
menina de quase três quilos nasce na Alemanha. Depois de passar pelo
parto com a minha irmã, porque ela se recusa a ficar sozinha em uma sala
de operação com estranhos que não entende, quando eu saio descabelada
olho para Eric e meu pai. Ambos estão sérios. Eles se levantam e eu ando
até eles e me sento.
- Deus, foi horrível !
- Querida - Eric se preocupa - você está bem?
Ainda lembrando o que vi, murmuro:
- Foi horrível, Eric ... horrível. Olha como meu pesco‘‘co está coberto
de brotoejas.
Pego uma revista sobre a mesa e me abano. Que calor!
- Moreninha – rosna meu pai – deixe de bobeira e me fale como está
sua irmã.
- Oh, papai, sinto muito – suspiro – Rachel e a menina passam bem.
A menina pesa quase três quilos, e Rachel chorou e riu quando a viu. Estão
ótimas!
Eric sorri, meu pai também, e se abraçam. Se felicitam. Mas, para
mim, aquilo me transtornou.
- A menina é linda ... mas eu ... eu estou ficando enjoada.
Assustado Eric me agarra. Meu pai tira a revista e me abana
enquanto sussurro :
- Eric .
- Diga-me, querida.
Eu olho para ele com olhos selvagens.
- Por favor, querido. Não me deixe passar por isso.
Eric não sabe o que dizer. Ver como estou o preocupa, e meu pai
solta uma risada.
- Espantado meu pai diz: você é igualzinha a sua mãe até nisso.
Quando o enjoô passa e volto a ser eu, meu pai me olha .
- Outra garota. Por que estou sempre rodeado de mulheres? Quando
vou ter um neto homem?
Eric olha para mim. Meu pai me olha. Eu pisco e esclareço:
- Não olhem para mim. Depois do que eu vi, eu não quero ter filhos.
Nem louca!
Uma hora mais tarde, Rachel está em um quarto adorável e nós três
vamos visitá-la. A pequena Lucía é linda, e Eric baba olhando para ela.
Olho para ele boquiaberta . Desde quanto gosta tanto de crianças?
Depois de pedir permissão a minha irmã, pega a pequena suavemente e diz:
- Querida, eu quero uma!
Meu pai sorri. Minha irmã também, e eu muito a séria respondo:
- Nem louca!
À noite, meu pai está determinado a ficar com a minha irmã e minha
sobrinha no hospital. Eu o chamo de Papai Pato2 quando me despeço dele, e
ele ri. Quando vamos para o carro, só Eric e eu, estou cansada. Eric conduz
em silêncio, enquanto toca uma música alemã no rádio, e eu olho encantada
pela janela. De repente, quando chegamos a zona urbana, Eric para o carro
à direita.
- Saia do carro.
Pisco e começo a rir
- Vamos, Eric . O que você quer ?
- Abaixe o carro , baby.
Divertida, faço pouco caso. Sei o que vai fazer. Em seguida, começa a
tocar Blanco y Negro de Malú, e Eric, depois de aumentar o volume de
música ao máximo, fica diante de mim e pergunta:
- Dança comigo?
Sorrio e passo as mãos ao redor de seu pescoço. Eric me traz mais
perto de seu corpo enquanto a voz de Malú diz:
Tu dices blanco, yo digo negro (Você diz branco, eu digo preto)
Tu dices voy, yo digo vengo (Você diz vou, eu digo venho)
Miro la vida em colores, y tú em blanco y negro (Eu vejo a vida em cores e
você em branco e preto).
- Sabe, baby?
2
Papa Pato: avô babão
- O que, garotão?
- Hoje ao ver a pequena Lucía eu pensei ...
- Não ... Nem pense em me pedir isso. Eu me recuso!
Foda-se! Ao dizer isso, eu lembrei da minha irmã. Que horror ! Eric
sorri, me abraça ainda mais contra ele e murmura:
- Você não gostaria de ter uma menina para ensinar motocross?
Rio e respondo:
- Não.
- E um menino para ensinar a andar de skate?
- Não.
Continuamos dançando.
- Nunca conversamos sobre isso, pequena. Mas você não quer ter
filhos?
Por todos os santos, o que estamos falando sobre isso ? E olhando
para ele, sussurro:
- Oh, Deus, Eric ! Se você tivesse visto o que eu vi, entenderia porque
não quero tê-los. Fica assim... enorme ... enormeeeeeeeeee, e tem que doer
muito. Não. Definitivamente me recuso. Eu não quero ter filhos. Se você
quiser cancelar o casamento eu entenderei. Mas não me peça para pensar
em ter filhos agora porque eu não posso nem imaginar.
Meu menino sorri, sorri ... e me dando um beijo na testa, murmura:
- Você vai ser uma mãe maravilhosa. Basta ver como você trata Luz,
Flyn , Susto e Calamar e como você olhava a pequena Lucía.
Eu não respondo. Eu não posso. Eric me obriga a continuar dançando
.
- Não vamos cancelar o casamento. Agora feche os olhos, relaxe e
dance comigo a nossa música.
Faço o que ele me pede. Fecho meus olhos. Relaxo e danço com ele.
Aproveito.
Quatro dias depois minha irmã recebe alta e dois dias depois a
pequena Lucía. Apesar de ter nascido prematuramente, a pequena é forte e
com saudável e uma autêntica boneca. Meu pai não para de dizer que é
igualzinha a mim, e, francamente, é moreninha e tem o meu nariz e minha
boca. É linda. Toda vez que Eric pega ela olha para mim com olhos melosos.
Eu nego com a cabeça, e ele racha de rir. Eu não acho engraçado.
Os dias passam e chega o casamento.
Na manhã em questão, estou histérica. O que faço em um vestido de
noiva?
Minha irmã está uma chata, minha sobrinha uma chatinha e, no final ,
meu pai é o único que tem que nos colocar ordem. Como de costume,
quando estamos juntas. Estou tão nervosa com o casamento que penso em
fugir. Meu pai, ao lhe dizer isso, me tranquiliza. Mas quando entro na igreja
lotada de San Cayetano de braço com meu emocionado pai vestida com o
meu lindo vestido de noiva sem alças e vejo meu Iceman esperando-me
mais bonito do que em toda a sua vida com esse smoking, sei que eu não
vou ter um filho, vou ter trocentos mil.
A cerimônia é curta. Eric e eu pedimos assim, e quando saímos,
familiares e amigos que nos cobrem de arroz e pétalas de rosa branca. Eric
me beija, apaixonado, e eu estou feliz.
Comemoramos a festa em um bonito salão em Munique. A comida é
deliciosa, metade alemã, metade espanhola, e todos parecem gostar.
Eric, surpreendente, não poupou despesas. Ele não queria que meu
pai, minha irmã e eu nos sentíssemos sozinhos, e trouxe meu bom amigo
Nacho, e de Jerez trouxe Bicha e Lucena com suas esposas, Lola a farrista e
Pepi a do bar e Pachuca e Fernando com sua namorada valenciana.
Segundo eles, o alemão entrou em contato com eles e convidou-os com
todas as despesas pagas. Inclusive Eric convidou as Guerreiras Maxwell.
Loucura!
Vou comê-lo! Vou enchê-lo de beijos.
Da Müller convidou Miguel com sua namorada furacão, Gerardo com
sua esposa e Raul e Paco, que, ao me verem, aplaudem emocionados.
Brindamos com Moet Chandon rosado. Eric e eu entrelaçamos nossos
copos e felizes bebemos na frente de todos. O bolo é de trufa e morango
noivo, desejo do noivo, e quando o vejo, meus olhos embaçam. Sem contar
o jeito que eu fico.
Ao abrir novamente o salão, meu agora marido continua a me
surpreender. Eric contratou a cantora Malú que canta ao vivo a nossa
música: Blanco y Negro. Que momento! Abraçanda a ele, aprecio a música,
enquanto nos olhamos apaixonados. Deus, como eu o amo!
Depois disso, uma orquestra entretém a festa. Sonia, meu pai e minha
irmã estão cheios de alegria. Martha e Arthur aplaudem. Flyn e Luz,
divertidos, correm pelo salão, e Simona e Norbert não consiguem parar de
sorrir. Tudo é romântico. Tudo é maravilhoso e aproveitamos nosso lindo dia
.
Alegre, danço com Reinaldo e Anita a música Bemba Colorá enquanto
gritamos "Açúcar". E Eric não consegue parar de rir. Eu sou a sua felicidade.
Com Sonia, Björn, Frida e Andrés nos desmanchamos para dançar
September, e quando a música termina, Dexter pega o microfone e canta a
capela de um bolero mexicano dedicando a Eric e a mim. Eu sorrio e
aplaudo.
Eu tenho bons amigos dentro e fora do quarto. São pessoas como eu
que gostam de coisas mórbidas e jogos quentes entre quatro paredes, mas
quando saem do quarto são atenciosos, carinhosos, educados e muito
engraçados. Todos eles me fazem contente e feliz.
A festa dura por horas, e quando vejo Dexter conversando
animadamente com a minha irmã, assustada, olho para Eric, e ele me diz
para não me preocupar. No final, sorrio .
A festa termina às quatro da manhã, e à noite meu pai e minha irmã
com as meninas e Flynn vão dormir na casa de Sonia. Eles querem deixar a
casa inteira para nós.
Quando chegamos, Eric está determinado em me levar nos braços
para cruzar a posta. Encantada, deixo que me pegue e quando passamos
pela porta me solta e alegre, sussurra:
- Bem vinda ao lar, Sra. Zimmerman.
Encantada o beijo. Saboreio meu marido e o desejo .
Quando entramos e fecho a porta, sem falar, eu tirar o casaco do
smoking, a gravata, a camisa, a calça e a cueca. O desnudo para mim e
sorrio ao dizer:
- Coloque a gravata, Iceman .
Divertido, ele faz. Deus, meu alemão nu e com a gravata é a minha
fantasia. Minha louca fantasia. Tirou dele e, ao chegar à porta do escritório,
olho para ele e sussurro:
- Eu quero rasgue minha calcinha.
- Você tem certeza, querida? - pergunta rindo meu amor.
- Absoluta.
Eric, animado, começa a subir tecido, e mais tecido ... e mais tecido. A
saia do vestido é interminável. No final, o detenho entre risos.
- Vem ... sente-se no sofá.
Se deixa guiar por mim. Faz o que peço e olha para mim.
Excitada, desabotôo a saia do meu bonito vestido, e esta cai aos
meus pés. Vestida apenas com o corpete e calcinha, me sento sensualmente
em cima da mesa do meu enlouquecido marido.
- Agora, rasgue-a!
Dito e feito.
Eric rasga a calcinha branca, e quando passa suas mãos pelo meu
tatuado e sempre depilado monte de vênus, murmura com a voz rouca:
- Peça-me o que quiser.
Quando diz isso fecho meus olhos e me emociono.
Tudo começou entre a gente quando me disse essas palavras aquele
dia no arquivo do escritório. Sorrio ao lembrar do meu rosto na primeira vez
que ele me levou para o Moroccio, ou vi aquela gravação no hotel, ou
coloquei o chiclete de morango na boca. Recordações. Recordações
quentes, mórbidas e divertidas passam pela minha mente enquanto meu
louco e ardente marido me toca. E disposta a selar para sempre o que um
dia começou, o beijo, agarrou seu pênis ereto com a mão, o guio à minha
fenda molhada, me empalo nele, quando meu amor ofega, olho para aqueles
belos olhos azuis que sempre me deixam louca e sussurro loucamente
apaixonada:
- Sr. Zimmerman, peça-me o que quiser, agora e sempre.
31
Com o passar dos dias, o meu rosto volta para o que era, e quando o
médico remove os pontos no queixo sob o olhar atento de Eric, sorri para a
obra de arte que ele fez. Sem aviso prévio, e que me faz feliz.
A casa, após a chegada de Susto e Calamar, tornou-se uma casa
cheia de risos, latidos e loucura. Eric, nos primeiros dias protestou.
Encontrou xixi de Calamar no chão, ele está de mau humor, mas finalmente
cedeu.Susto e Calamar o adoram, e ele também os adora.
Todas as manhãs quando eu acordo, eu gosto de olhar para fora da
janela e lá está o meu Iceman , jogando um pedaço de pau para Susto , para
que ele corra atrás dele . O animal já está acostumado. Antes que ele vai
trabalhar, leva uma vara em seus pés, Eric joga e sorri. Alguns finais de
semana convenço Eric e Flynn, a vagar pelo campo nevado com os animais.
Susto o agradece e Eric brinca com ele enquanto Flynn foge ao nosso redor
com o seu animal de estimação. Fico toda animada. Especialmente quando
eu vejo como Eric se aguacha e abraça Susto. Meu frio e duro Iceman, vai se
descongelando a cada dia que passa e a cada dia eu o amo mais .
Também tenho acompanhado Eric em várias ocasiões ao campo de
tiro olímpico. Ainda não gosto de armas, mas eu gosto de ver o quão bem ele
faz. Sinto-me orgulhosa. Uma das manhãs que estamos ali, ele me
apresentou a alguns amigos, e um deles perguntou se eu era espanhola.
Rapidamente, balancei a cabeça e disse: “brasileira” Imediatamente, o
homem diz: "Samba, caipirinha”. Concordo com a cabeça e sorrio. Vê-se
que, dependendo de onde você está, você persegue um sambista. Eric olha
para mim surpreso e finalmente sorri. Naquela noite, quando fazemos amor,
sarcasticamente sussurra em meu ouvido:
- Vamos,brasileira, dance para mim.
Flynn já percorreu um longo caminho com o skate e patins. O menino
é inteligente e aprende rapidamente. Nós fazemos as escondidas, quando
Eric não está . Se ele nos visse, nos mataria! Simone sorri e Norberto
murmura. Percebo que o senhor ficará bravo quando descobrir. Eu sei que
você está certo, mas eu não posso parar minhas aulas com o garoto. Suas
atitudes em relação a mim mudaram, e agora procura sempre pedir pela
minha ajuda.
Eric , por vezes, nos observa , e sabe que entre nós ocorreu algo para
que tenha ocorrido essa pequena mudança. Quando ele pergunta, eu digo
que foi por causa da chegada dos animais na casa. Ele balança a cabeça,
mas não se convence. Sem mais perguntas.
O primeiro dia que eu posso fugir eu pego a Jurgen, a moto é incrível.
Tantos dias de inatividade em casa quase me deixu louca , então eu salto,
grito com a Jurgen derrapandoperto dos amigos pela estrada de Munique. Eu
digo ao Eric. Mas o problema é que nunca acho que é o momento.
Isso começa a me atormentar. Nossa base é a confiança, e desta vez
eu estou falhando.
Uma tarde, quando eu estou ocupada com a minha moto na garagem,
Flynn chega da escola.
Ele olha para mim e o vejo olhando espantado para a moto. Eu
recordo. E quando digo que a moto é de sua mãe e que tem que manter
segredo de seu tio, pergunta:
- Você sabe como usá-la?
- Sim - eu digo , com as mãos sujas de gordura .
- Tio Eric estava com raiva.
A frase me fez rir. Todos, absolutamente todos, sabemos que Eric
está com raiva. E eu respondo, olhando para ele :
-Eu sei, querido. Mas o tio Eric, quando ele me conheceu, ele sabia
que eu estava fazendo motocross. Ele sabe e tem que entender que eu
gosto desse esporte .
- Ele sabe?
-Sim, eu digo, e sorrio ao lembrar como ele soube .
- E ele deixa?
Sua pergunta não me surpreendeu , e olhando para ele , eu digo:
- Seu tio não tem que deixar. Sou eu que decido se quero ou não
fazer motocross. Os adultos decidem , querido.
O garoto, não muito satisfeito, acena, e pergunta novamente :
- Sonia te presenteou com a moto da minha mãe?
Eu olho para ele, e antes de contestar, pergunto:
- Você se importa se ela fez?
Flyn não pensa. E então responde:
-Não. Mas você tem que me prometer que irá me ensinar .
Eu sorrio, solto uma gargalhada e digo :
- Você quer que seu tio me mate?
Uma hora mais tarde , Eric me telefona . Ele tem uma partida de jogo
de basquete e quer que ele vá para o centro de esportes. Encantanda,
aceito. Eu uso jeans, minhas botas pretas e uma camiseta Armani . Eu saio,
pego um táxi, e quando eu chego ao endereço que ele me deu , eu sorrio ao
vê-lo encostado em seu carro me esperando .
Eric paga o táxi, e à medida que caminhamos para o vestiário , ele
murmura :
- Por que você não me contou sobre o jogo ?
Meu garoto sorri, me beija e sussurra :
- Acredite ou não , eu esqueci. Se não fosse por Andres , que me
ligou no escritório, eu nem me lembraria!
Quando chegamos ao vestiário , ele me beija .
- Vá para as arquibancadas. Frida está lá .
Feliz com a vida e o amor , sigo a caminho da arquibancada . Frida
está ao lado de Lora e Gina . Minha relação com elas mudaram. Me
aceitaram como a namorada de Eric e fico agradecida. Lora , a loira , ao me
ver , sorri e diz :
- Chegou minha heroína.
Surpresa, eu a olho , e sussurra :
- Ouvi dizer que você deu a Betta o que ela merecia.
Olho para Frida reprovando-a pela sua atitude de ter contato, ela diz :
- Não me olhe assim, eu não contei nada .
Lora sorrie , voltando para mim , diz :
- Quem me disse foi a mulher que estava com Betta .
Assento, sorrindo.
- Por favor, não quero que Eric descubra . Eu não gostaria de dar a
ele outra decepção.
Todas estão de acordo e logo depois os meninos entram em campo.
Como esperado, ele me deixa louca . Vendo como ele é agil e corre no
campo. Mas desta vez, apesar de seus esforços , eles perdem o jogo por
três pontos.
Quando terminam, deixam o campo , e Eric ao me ver, me beija . está
todo suado.
Vou tomar banho , querida. Já volto.
Na sala onde costumamos esperar, ficamos só eu e Frida. Lora e
Gina sumiram. Fofocamos alegremente, até que Eric e Andres chegam , e
Andres diz:
- Bela , mudança de planos. Nós iremos para casa .
Frida , surpreendida, protesta.
- Mas iriamos ficar com Dexter em seu hotel .
Andres concorda, mas diz:
- Não posso. Surgiu um imprevisto e eu tenho que resolver.
Vejo Frida resmungar .
- Quem é o Dexter ? Eu pergunto.
Ela olha para mim , e diante dos olhos atentos do meu Iceman ,
responde :
- Um amigo com quem jogamos quando estamos em Munique. Eric o
conhece também, certo?
Meu menino acena com a cabeça .
- Ele é um grande cara .
Jogo ?Sexo ? Meu corpo se excita e , aproximando-se de Eric, e digo
:
- Por que não podemos ir a esse encontro?
Ele parece surpreso, e eu insisto :
- Eu quero jogar . Vem ... vem .
Meu Iceman sorri e olha para Frida , em seguida, olha para mim e diz:
- Jud , não sei se você irá gostar do jogo de Dexter .
Espantada , olho para ele , e quando ele não me diz nada , pergunto a
Frida :
- Ele é Sado?
- Não e sim - responde Andres antes da risada de Eric .
Frida encolhe os ombros .
-Dexter gosta de dominar , brincar com as mulheres e dar ordens. Não
é sado . Ele é exigente, mórbido e insaciável. E foi muito divertido quando
nos encontramos.
Eric se despede de seus companheiros e me agarra pela cintura :
- Venha, vamos para casa .
Eu olho para ele , e insisto:
- Eric , eu quero conhecer Dexter .
Meu Iceman me olha, me olha de novo e de novo, e finalmente aceita
.
- Tudo bem, Jud . Nós iremos.
Andres ligou e disse sobre a mudança de planos. Dexter concorda ,
encantado .
Rindo , nós entramos em os nossos carros, nos despedimos e cada
casal faz o seu caminho . Nós enfrentamos o tráfego de Munique. Ele está
em silêncio. Pensativo . Eu cantarolo uma canção no rádio e, de repente , ele
para o carro. Ele olha para mim e pergunta:
- Então, está tão ansiosa para jogar?
A sua pergunta me surpreende , e respondo :
- Ei ...se isso te incomoda , não iremos . Achei que você poderia
gostar.
- Eu te disse que para mim o jogo no sexo é um complemento, Jud , e
...
- E para mim também, querido - eu digo. E olhando para ele de frente,
esclareceu - Você me ensinou que isso é uma coisa de dois. Quando você
põe, eu aceito. Por que você não pode aceitar e ver deste modo quando sou
eu que proponho?
Ele não responde. Apenas me olha. E num encolher de ombros ,
acrescenta:
- No final, é apenas um suplemento que ambos desfrutamos, não é ?
Depois de um silêncio, Eric respira, diz suavemente:
- Dexter é um cara bom. Nós nos conhecemos há anos e quando
estamos em Munique, sempre nos encontramos.
- Para jogar ? Pergunto sarcasticamente.
Eric concorda.
- Para jogar, comer, beber ou apenas fazer negócios .
- Você está animado que eu pedi para jogar com ele?
Meu alemão crava seus olhos deslumbrantes em mim e me faz
queimar, sussurra:
- Muito .
Concordo, e Eric me diz que chegamos . Faz um frio de congelar. Me
encolho toda e começo a andar de mãos dadas com Eric . Me sinto segura.
Sua mão se encaixa a minha tão bem que eu sorrio, satisfeita. Em seguida,
vejo que vamos direto ao um hotel , e leio; NH Munchen Dornach .
Quando entramos , Eric pergunta pelo quarto do senhor Dexter
Ramirez. Nos indicam o número, e logo o telefona para comunicá-lo de
nossa chegada. Eric e eu entramos no elevador. Estou nervosa. Tão
especial é este Dexter? Eric, agarra minha cintura, sorri, me beija e sussurra
:
- Calma, tudo vai ficar bem . Eu prometo .
Chegamos a uma porta que está entreaberta . Eric empurra com os
dedos e o ouço dizer em espanhol:
-Eric , entre.
Meu sexo começa a lubrificar . Eric pega meu braço e fecha a porta :
- Venha .
Entramos em uma sala grande e bonita. À direita, há uma porta aberta
onde eu vejo a cama. Eric me observa . Ele sabe que eu estou olhando para
tudo com curiosidade. Ele se aproxima de mim e pergunta:
- Excitada?
Eu olho para ele e balaço a cabeça . Eu não vou mentir . Nesse
momento, entra um homem na idade de Eric em uma cadeira de rodas.
-Eric , amigo! Como você está?
Ele se cumprimentam com a mão, e , em seguida, o homem vagueia
meu corpo com os olhos e diz:
- E você deve ser Judith, a deusa que tem o meu amigo atordoado,
para não dizer apaixonado, certo?
Ele me faz sorrir , embora eu estou surpresa de vê-lo naquela cadeira
.
- Exatamente - eu digo. - E para que conste eu adoro tê-lo atordoado
e apaixonado.
O homem , depois de cruzar um olhar divertido com Eric , pegua a
minha mão e a beija, E murmura galanteios :
- Deusa, eu sou Dexter, um mexicano que se caiu aos seus pés.
Uau, mexicano! Como a novela " Loucura Emeralda". Ele me faz sorrir
, embora me dói vê-lo em uma cadeira de rodas . Ele é tão jovem ! Mas
depois de cinco minutos de conversa com ele, estou consciente da vitalidade
e seu desprendimento.
- O que você quer beber ?
Nós dizemos e Dexter abre um mini-bar e prepara . Me observa . Ele
me olha com curiosidade , e Eric me beija. Quando nos serve, sedenta, dou
um grande gole em minha bebida.
- Eu gosto das botas de sua esposa .
Surpreso com o comentário , eu toco minhas botas . Eric sorri, depois
de me beija no pescoço e diz :
- Querida, tire a roupa.
Como? Nesse frio ?
Droga, tudo bem!
Estou disposta a fazer , sem nenhuma vergonha , e faço. Eu quero
jogar . Eu pedi . Eric e Dexter me olham enquanto tiro minhas roupas , eles
estão excitados . Uma vez que eu sou completamente nua , Dexter diz:
- Eu quero que você coloque as botas novamente.
Eric olha para mim . Lembro-me de que Frida disse que ele gosta de
mandar . Entro em seu jogo , pego as botas e as coloco. Nua e com minhas
botas pretas, me sinto sexy e perversa.
- Caminhe até o fundo da sala . Eu quero vê-la.
Eu faço o que ele me pede . Os dois olham para minha bunda quando
eu ando e passo por eles. Eu vou até o final da sala e volto. O homem olha
no meu monte de Vênus .
Bonita sua tatuagem. Como dizemos no meu país, meu pai!
Eric concorda. Tome um gole de uísque e responde sem tirar os olhos
grandes sobre mim:
-Maravilhosa.
Dexter estende a mão , passa pela minha tatuagem e , olhando para
Eric , diz:
- Leve-a para a cama , cara. Estou morrendo de vontade de jogar com
a sua esposa.
Eric pega a minha mão , se levanta e me leva para o quarto ao lado .
Me coloca nua de quatro em cima da cama, depois abre minhas pernas, e
diz:
- Não se mova.
Emocionante . Tudo isso parece emocionante.
Eu olho para trás e vejo que Dexter está se aproximando de nós em
sua cadeira. Chega até a cama . Toca em minhas coxas , na parte interna
das minhas pernas e suas mão chegam até o meu trazeiro . Ele me açoita.
Em seguida, me da outro golpe, depois outro, e diz:
- Eu gosto de traseiro vermelho.
Então coloca a sua mão na minha fenda e brinca com meus lábios
molhados.
- Sente-se na cama e olhe para mim.
Obedeço.
- Deusa ...meu brinquedinho não funciona , mas me excito só em
tocar, ordenar e olhar. Eric sabe o que eu gosto. – Ambos sorriem - Eu sou
um pouco mandão , mas eu espero que nós três nos divertimos , embora fui
avisado por seu namorado que a sua boca é só dele.
- Exatamente. Só dele – concordo.
Ele me da um sorriso mexicano , e antes que diga alguma coisa, eu
digo:
-Eric sabe o que você gosta , mas eu quero saber como você gosta de
mulheres .
-Quentes e mórbidas. E sem deixar de me olhar - pergunta - Eric, sua
mulher é assim ?
Meu Iceman me olha com luxúria e acena.
- Sim, é .
Sua segurança me faz suspirar e disposta a ser tudo o que ele diz que
eu sou, eu o animo:
- O que você quer de mim , Dexter ?
O homem olha para Eric, depois de concordar, diz :
- Eu quero te tocar , te amarrar , te chupar e te masturbar . Eu faço o
jogo , te pedirei postura e passerei a dizer como fazer. Você está pronta ?
- Sim .
Dexter pega uma bolsa pendurada na sela e diz estendendo-a:
- Eu tenho alguns brinquedos não utilizados quero testá-lo .
Eu abro a bolsa . Eu vejo uma jóia anal . Desta vez com cristal rosa.
Estou surpresa e sorrio. Será que é a moda agora na Alemanha? Curiosa ,
abro uma caixa onde há uma corrente com uma espécie de grampo em cada
extremidade , e quando o fecho, eu vejo um casal de dildos . Eles são
macios e ásperos . Um deles é um equipamento com vibração. Dexter
explica:
- Eu quero introduzir dentro de você, se você me deixar , é claro.
Eric me apertou contra ele e disse com voz rouca:
-Ela vai , né , Jud ?
Concordo.
Calor ... , eu sinto uma grande quantidade de calor .
Dexter pega o saco, leva a caixa que eu abri segundos antes, eu
murmura:
- Dá-me os seus seios . Vou colocar estes grampos.
Eu não sei o que é. Eu olho para Eric, ele me toca e diz :
- Calma , não vai doer. Esses grampos são suaves .
Eu levo meus seios para o homem , e depois coloca a garra em um
mamilo e depois o outro grampo no outro mamilo. Meus seios são unidos por
uma corrente, e quando puxado, meus mamilos esticam , e eu suspiro
sentindo um grande formigamento .
Dexter sorri . Aproveita, e sem tirar os olhos escuros de mim, sussurra
baixinho:
- Eu quero vê-la amarrada na cama se masturbando, e , em seguida,
quero ver como transa com Eric.
Ofegante e pronta para qualquer coisa , eu me levanto , eu puxo as
cordas que estão no saco e ofereço-as ao meu amor. Murmuro:
- Amarre - me .
Eric olha para mim, agarra as cordas e , na minha boca , sussurra:
- Você tem certeza ?
Eu olho em seus olhos, está totalmente animado com o que vê,
condordo:
- Sim .
Eu deito na cama . Meus mamilos , esticam e encolhem . Eric amarrou
minhas mãos e passa a corda através da cabeceira. Então amarra o
tornozelo , que se liga a um lado da cama e, eventualmente, outros . Eustou
com a perna completamente aberta e imobilizada por eles.
Dexter, com habilidade , movendo-se da cadeira para a cama, me
olha . Puxa a corrente de meus mamilos , e eu lamento .
-Eric ... , você tem uma mulher muito quente.
- Eu sei, com o olho me acena .
Meu sexo lubrifica -se, e Dexter adiciona :
- Você gosta de sado , deusa ?
Eric sorri, e eu digo :
-Não.
Dexter balança a cabeça e pergunta novamente :
- Te excita usar o seu corpo para o nosso próprio prazer?
- Sim - eu respondo.
Volta ao puxar a corrente , e meus mamilos endurece como sempre.
Eu suspiro , choro, e pergunta novamente :
- O que eu faço te dá tesão?
- Sim .
Passa um consolo azul em meu sexo molhado.
- Quero usá-lo em você, você gosta ?
Com os olhos contaminados no momento, olho para Eric . Seu olhar
diz tudo. Aproveite. E com a voz sensual , sussurro :
- Use - me , usa-me e desfruta-se de mim.
Eric deixa escapar um gemido . Ele ficou louco com o que eu disse.
Pega a corrente de meus seios e puxa. Eu suspiro , ele me beija . Coloca
sua língua profundamente em minha boca, como os meus mamilos
agradando cada atração.
Satisfeito com o que vê , o mexicano acaricia o interior das minhas
coxas com as mãos macias. Eric para seus beijos e nos observa . Ao ver
animado, ele diz :
- Abre-a .
Eu faço o que pediu e ele coloca o consolo azul celeste na minha
boca.
- Chupe-o – exige.
Por alguns minutos , Dexter desfruta de meus lábios , até tirá-lo da
minha boca.
- Eric ...agora eu quero que ela chupe você .
Meu alemão, encantado, direciona seu pau duro em minha boca.
Introzuz em mim e eu chupo , degustando-o . deixo que foda minha boca,
até que volto a escutar:
- Pare.
Sinto-me devastada. Meu Iceman retira sua maravilhosa ereção da
minha boca. Dexter molha a ponta do vibrador com uma quantidade
abundante de lubrificante e diz para que coloque em minha fenda molhada :
- Agora por aqui.
Eric fica do outro lado da cama, abre minha vagina com os dedos para
facilitar o acesso , e Dexter introduz lentamente .
- Você gosta disso? Dexter pergunta .
Ofegante , eu me movo e concordo, Eric, meu amor, me olha e sei
que me oferece.
- Que boas vibrações ! - Murmura o mexicano.
Por um momento, aquele extranho move o vibrador dentro de mim.
Mete ... , tira ..gira....ele se transforma ... , puxa a corrente de meus mamilos
, e eu suspiro . Eu fecho meus olhos e deixo-me levar pelo momento . Meu
corpo atado se transforma . Move-se e grito. Animada por estar amarrada,
abro os olhos e olho para o meu amor. Ele sorri e toca seu pênis. Que está
duro.
Pronto para jogar .
- Eu gosto do cheiro de sexo - Dexter murmura , e mete o vibrador de
uma maneira no meu corpo que volto a gritar arqueando-me . Então ...vamos
lá , deusa, venha para mim !
O vibrador entra e sai de mim , arrancando gemidos descontrolados, e
quando a meu sexo chupa o vibrador , Dexter o tira. Eric fica entre as minhas
pernas com seu pau duro e eu grito de prazer.
Dexter volta a sentar em sua cadeira. Tira as correntes de meus
peitos e me movo como posso. Estou atada de pés e mãos , e eu só posso
suspirar e gemer e receber os golpes do meu amor , enquanto Dexter
remove grampos de meus mamilos doloridos, e sussurra :
- Deusa , levanta o quadril ... Vamos lá ... , receba-o . Sim. ..assim .
Eu faço o que pede. Desfruto das estocadas enquanto o ouço
sussurar entre os dentes.
-Eric , cara. Forte ... , dá-lhe com força .
Eric me beija . Devora minha boca e , afundando -me com força , me
faz gritar. Dexter pergunta . Exige. Nós damos . Desfrutamos daquele
momento , e quando não podemos mais, paramos.
Com respirações irregulares , Eric desata minhas mãos, enquanto
Dexter desamarra meus pés. Eric me abraça e sorri. Eu faço o mesmo
quando Dexter murmura:
- Deusa , você é muito quente. Estou certo de que vai desfrutar muito.
Venha . Levanta-se .
Eu faço o que me pede. Dexter me agarra pela bunda, me aperta e
coloca sua boca sobre meu monte de Vênus . Ele morde . Seus olhos param
em minha tatuagem e sorris. Eric se levanta, se coloca atrás de mim, e, com
os dedos, me abre para seu amigo .Deus , tudo é tão quente!
Dexter desliza sua língua ao longo do interior dos meus lábios
internos e pede para me mover em sua boca. Eu faço. Subo em seus ombros
para dar maior acesso , enquanto o Eric me mantém na parte de trás . Meus
quadris balançar para trás e para a frente , enquanto Dexter, com
intensidade , me aperta contra sua boca pressionando minhas nádegas,
enrijecendo-a . Ela fica vermelha, e eu deixo.
Durante vários minutos em silêncio ele me faz sua. Não há música .
Apenas ouço nossos corpos, nossa respiração ofegante, nossos gemidos e
os sons las lambidas gostosas de Dexter. Eric, enlouquecido com o que vê ,
toca os meus mamilos enquanto Dexter se deleita com o meu clitóris, eu
murmuro alegre :
- Sim ...ai ... ai.
Doentio. ..Isso é doentio em estado puro.
Meus suspiros aumentam. Vou gozar outra vez , mas então, Dexter
para , e depois de dar um beijo no meu monte de vênus , me faz sair de seus
ombros e sussurra enquanto sua cadeira rola para trás .
- Ainda não, deusa ...ainda não .
Eu estou quente. Muito quente. Eric se senta na cama e , depois de
me beijar-me no pescoço, diz , assumindo o comando da situação:
-Apoia-se em mim e abre suas pernas quando eu lhe oferecer a outro
homem .
Meu estomago se contrai. Estou com calor, encharcada , molhada e
com vontade de gozar. Assim que estou na posição em que ele quer , apoia
seu o queixo no meu ombro direito , toca um dos meus mamilos com o
polegar e pergunta, sob o olhar vigilante de Dexter:
- Você gosta de ser o nosso brinquedo ?
A minha resposta é clara e contundente , mesmo com uma pequena
voz .
- Sim .
O riso de Eric no meu ouvido me excita , e diz beijando meu ombro:
- A próxima vez irei te compartilhar com um homem, ou quem sabe
dois, o que você acha ?
Meu olhar penetra Dexter . Ele sorri .Hiperventilado , mas eu digo ,
animado :
- Parece bom. Eu desejo.
Eric concorda, e expondo -me completamente ao seu amigo,
sussurra:
- Quando estivermos com eles , abrirá suas pernas assim...
Ele faz com minhas pernas o que quer, e eu suspiro , enquanto Dexter
nos olha com luxúria.
- Eu vou te oferecer . Convidá-los a te saborear. Eles vão tirar de você
o que quiser e você vai obedecer. -Concordo - Quando seus orgasmos me
satisfazerem, eu vou te foder enquanto eles assistem e, quando acabar,
ordenarei que eles te fodam . Irão te foder , possuir, e você gritar de prazer .
Quer jogar assim, Jud ?
Quero responder , mas eu não posso. Um nó na garganta não deixa
as minhas palavras sairem, e eu ouço novamente :
- Você quer ou não jogar?
- Sim – consigo responder.
Um zumbido me dá arrepios . Eric em suas mãos tem o vibrador em
forma de batom que eu carrego na minha bolsa. Quando ele pegou? Então
me da o plug anal rosa de vidro e o lubrificante, e sussurra :
- Agora você vai ate o Dexter - diz , entregando-me a jóia e
lubrificante. - E ele vai pedir para introduzir a joia na sua bunda linda, e
depois volte aqui novamente.
Pego as coisas que me dá , e excitada, faço o que me pede. Nua
vestindo apenas minhas botas, caminho ate Dexter vermelha. Eu entrego a
jóia e o lubrificante. Alucinado vejo-o olhando para o meu monte de Vênus .
Minha tatuagem o excita .
- Eu quero tocá-la. Parece tão legal ...
Aproximei-me dele , e com o desejo, passa a mão sobre o meu monte
de Vênus e devora com seus olhos. Uma vez que ele faz, eu viro, levanto
minha bunda no ar, sem falar, escuto abrindo o lubrificante, segundos
depois, noto uma pressao em meu anus, até que introduz a joia anal.
-Precioso – ouçu-o murmurar .
Quando incorporo , Dexter me agarra pela cintura e diz enquanto
move a jóia dentro de mim :
- Sua tatuagem, eu vou pedir mil coisas , deusa, não se esqueça .
Volto com Eric . Sento-me sobre ele, e Dexter sussurra com a voz
rouca :
- Ofrereceme-a , Eric.
Meu Iceman passa seus braços por debaixo de minhas pernas e a
abre . Meu sexo molhado esta aberto e a cara de Dexter vibra. Ele respira
pesadamente e fecha os olhos . Minha entrega o deixa louco.
Também respiro com dificuldade. Estou muito excitada . Exaltada.
Estou à beira do orgasmo. Ofegante, arqueio os quadris em busca de algo ,
de alguém , e é o meu dedo que no fim, passa por meu sexo molhado. Sem
nenhuma vergonha, eu mesma o introduzo em meu sexo, enquanto Eric me
incentiva a continuar com o jogo e sei que Dexter gosta. Vejo em seu rosto.
Aberta e exposta como ele quer, sinto que retira o dedo para introduzir um
dos vibradores.
Grito de excitaçao enquanto Dexter coloca e tira rapidamente do meu
interior. Mas eu quero mais . Eu preciso de mais , e quando coloca o vibrador
no meu clitóris inchado como um professor, me faz gritar. Com experiência,
enquanto Eric segura as minhas pernas, Dexter distância e coloca o vibrador
para o ponto exato do meu prazer , Dexter se distancia e coloca o vibrador
no ponto exato do meu prazer, ele chicoteia, convulsiono, ofegante ouçu-o
dizer:
- Deusa ...goze agora mesmo para nós.
- Sim ... Eu grito , enlouquecida.
Com seu dedo, toca meu clitoris inchado e grito . Estou molhada,
muito molhada, e pergunto surpreendendo-o:
- Dexter ... , chupe-me , por favor.
Meu pedido o desperta . Eric se inclina para frente para facilitar a ação
de seu amigo, que momentos depois coloca a boca na minha umidade
.Enlouquecida , estou de volta em sua boca. Dexter chupa, lambe , envolve e
estimula o meu sexo até o clitóris . É comovente , e eu suspiro . Puxa meus
lábios , solto um gemido . Isso me deixa louca , e quando gozo em sua boca,
murmuro :
- E delicioso.
Exausta, eu sorrio quando Eric me pega com força, me coloca de
quatro sobre a cama , brusco e sem falar, me penetra .
Superexcitado pelo que ele viu , louco, mete em mim, enquanto eu ,
rasgada, me abro para recebê-lo de bom grado. Uma, duas, três ... , mil
vezes mais profundo, enquanto me agarra pela cintura por trás, penetrandome sem piedade. Uma chicoteada , duas, três . Grito. Ele agarra meu cabelo,
puxa –o de volta e sussurra:
- Arquei-e os quadris.
Eu faço o que eu peço.
- Mais - exige no meu ouvido.
Sinto-me como uma egua montanda enquanto Eric me estoca uma e
outra vez sob o olhar atento de Dexter . De repente , Eric se levanta, restira a
jóia do meu ânus e empurra sua ereção. Eu caio na cama , segurando os
lençois ofegante. Sem nada de lubrificantes ...dói ... mas uma dor que gosto
. Leva-me a pedir mais. Eric me pressiona contra ele, e me da outra
estocada e pergunta:
-Mova-se Jud, Mova-se.
Eu me movo. Suas conexões são devastadoras . Flamejantes.
Sensuais . Eu pulo mais e mais , até que Eric me agarra pela cintura e me dá
uma estocada que me faz gritar enquanto o orgasmo toma conta e emociona
a nos dois.
Exausto com o que acabamos de fazer , Dexter assiste -nos da sua
cadeira. Aproveita. Ele gosta do que vê . Eric propõe tomar um banho, e
quando estamos sozinhos , pergunta com cautela:
- Tudo bem , querida?
- Sim .
Eu adoro o jeito que se preocupa quando estamos sozinhos . A agua
passa por nossos corpos e rimos. Eu pergunto a Eric por que Dexter está em
uma cadeira de rodas e me diz que foi o resultado de um acidente com seu
planador . Isso me entristece . Ele é tão jovem ... Mas Eric , exigente, me
beija . Ele não quer falar sobre isso e traz-me de volta à realidade quando ele
introduz novamente a jóia em meu anus. Quando saimos do chuveiro, Dexter
continua de onde paramos , com o vibrador na mão . Ele está cheirando e ,
quando ele me vê , ele diz :
- Eu adoro o cheiro de sexo.
Seus olhos me dizem o quanto me deseja, e sem pensar, aproximo
meu rosto do dele e murmuro lembrando de uma palavra de " Loucura de
esmeralda."
- Agora eu vou te pegar , Dexter .
Eric olha para mim, surpreso. Dexter olha para mim, boquiaberto. O
que ela disse?
Nenhum dos dois entendeu o que eu disse. O brinqquedinho de
Dexter nao funciona.
- Como é que você vai fazer? Depois de explicar a Eric o meu
proposito , ele sorri. Com a sua ajuda , Dexter sentou-se em uma cadeira
sem braços, e amarraos um dos pênis vibratório com aneis em sua cintura.
Divertido, Dexter olha para o penis ereto e zomba .
- Deus , quanto tempo sem me ver assim!
Sem mais, beijo Eric . Minha bunda fica na altura de Dexter e Eric
move minhas nadegas tentando mover minha joia anal. Ele faz . Dexter entra
no jogo e aperta as nádegas para deixa-las vermelhas . Eric me beija e
sussurra em minha boca :
-Voce me deixa louco, amor.
Eu sorrio . Eric sorri . Olha para o seu amigo e pergunta:
- Dexter, lhe ofereço minha mulher.
Ele toca com a mão em minha jóia e sussurra em meu ouvido:
- Deusa ...você é quente. Eu amo a sua entrega.
Eu sorrio , e quando a boca de Eric toca meu sexo, me contraio.
Dexter me agarra , enquanto eu me movo, suspirando e grito pelas as coisas
maravilhosas que o meu amor faz. Ainda mais disposta a esquentar os dois,
sussurro :
- Sim ...Há ...Assim ...Assima ...Mais .. Oh, sim ! ... Eu gosto ... Sim. ..
Sim.
Eric joga com a língua em meu clitóris novamente. Em torno dele,
pegá-lo com os lábios e puxa, enquanto Dexter me oferece e toca meus
seios. Com a ponta dos dedos duros, o aperto. Meu Iceman se ocupa em
meu sexo arrancando suspiros e gemidos loucos de prazer. A respiração de
Dexter acelera em alguns momentos , quando Eric me recebe em num
piscar de olhos me penetra , nos tres gememos . Meu amor se inclina contra
a parede para afundar -me uma e outra vez duro, até que os dois ,
finalmente, gozamos. Gostosa e altamente excitada , olho para Dexter , que
esta quente . E, aproximando-se dele , murmuro :
- Agora você .
Me sento sobre ele me introduzindo em seu penis com anel. Eu dou o
controle remoto, e ele vibra . Eu sorrio . Dexter sorri . Como uma deusa do
pornô , eu passo uma e outra vez à procura do meu próprio prazer ,
enquanto esfrego meus peitos contra ele levando-o em sua boca. Dexter,
com as mãos segurando minha cintura e começa a dançar a mesma música
que eu. Com a força me estoca mais uma vez , enquanto eu grito
enlouquecida de bom grado pela brutalidade disso.
Eric, nos assiste , está do nosso lado . Ele não diz nada. So observa
enquanto Dexter me agarra com força e me puxa de novo e de novo sobre
ele. Ansiosa e animada , grito :
- Assim ... Foda-me assim ... Oh, sim !
Meu sexo está totalmente aberto ao redor do anel e gemendo, olho
em seus olhos .
- Vamos, Dexter, me mostra o quanto me desejas.
Minhas palavras lhe aliviam. Seu desejo cresce e eu sinto que
obscurece a mente .Dexter , quente, me puxa sobre o anel . Ele gosta do que
faz . Eu vejo isso em seus olhos. Ar escapa de sua boca.
- Não pare ... Não pare ! Eu grito.
Dexter não poderia ter parado , mesmo que ele queria , e quando eu
pressionei uma última vez contra o cinto e soltei um grunhido de satisfação ,
eu sei que eu o tive. Dexter desfrutou tanto como Eric e eu.
32
Uma tarde, eu e Flynn patinávamos na garagem escondidos, de
repente , a porta da garagem começa a se abrir . Eric chega antes do tempo.
Nós dois ficamos paralisados.
Se formos pegos, levaremos uma bronca!
Reajo rapidamente, pego o garoto e saímos da garagem . Mas Eric
esta em nossos calcanhares e não sei o que fazer. Isso não nos dá tempo
para tirar os patins ou chegar a algum lugar .
Como uma louca, eu abro a porta que dava para o deck da piscina. A
criança olha para mim, e eu me pergunto:
- Bronca, ou na piscina ?
Nada de pensar. Vestidos e de patins, nos jogamos na piscina e
ficamos na beirada apenas com a cabeça fora da agua. A porta se abre, e
Eric olha para nós . Com rapidez nos apoiamos na beira da piscina . Nossos
pés com patins estão submersos .
Atônito, Eric vem até nós e pergunta:
- Desde quando se jogam na piscina com roupa?
Flynn e eu nos olhamos , riu, e resposto:
- Foi uma aposta. Jogamos o jogo , e o perdedor tinha que fazer.
- Por que vocês dois estão na água? Eric insiste achando graça.
- Porque Jud é uma trapaceira - Flynn reclama. Eu ganhei , fui
puxado, quando ela se atirou.
Eric ri. Fica encantado ao ver o relacionamento que há entre seu
sobrinho e eu. Gentilmente, eu o deixo me beijar sem mostrar meus pés. Eu
o beijo nos lábios.
- Como esta a água ? - Ele pergunta.
- Ótimo! – Flynn e eu, dizemos em uníssono.
Encantado, toca a cabeça molhada de seu sobrinho e antes de sair
pela porta, diz:
- Coloque em um maiô , se você quiser entrar na água .
- Venha, querido. Anime-se e venha!
Iceman me olha, e antes de desaparecer pela porta, responde ,
cansado :
- Eu tenho coisas para fazer, Jud .
Quando Eric fecha a porta, nos sentamos na beira da piscina .
Rapidamente, nós tiramos nossos patins escondemos em um armário lá nos
fundos.
- Essa foi por pouco - murmuro , encharcada.
O pequeno ri e eu também. E sem mais, nos atiramos na piscina .
Quando saímos uma hora depois, Flynn se agarra em minha cintura.
- Eu não quero que vá nunca, você promete?
Entusiasmada com o carinho que a criança demonstra, beijo sua
cabeça.
- Prometo .
Naquela noite, Flynn vai para a casa de Sonia. Segundo ele, tem
coisas para fazer. Seus segredos me fazem rir. Eric esta serio. Não com
raiva, mas seu gesto me mostra que algo aconteceu. Eu tento falar com ele,
e acabo descobrindo que tem dor de cabeça. Isso me assusta . Seus olhos !
Sem dizer nada , vai para o quarto descansar. Eu não o sigo . Quer ficar
sozinho .
Cerca de seis horas da tarde, Susto, ae aborrece porque Flynn esta
com Calamar , então me pde a sua maneira para que caminhemos . Eric
deixou o nosso quarto e está em seu escritório . Ela parece melhor. Ele sorri
. Isso é reconfortante. Peço para que me acompanhe para tomar um ar. Mas
ele se recusa. No fim das contas , eu desisto .
Protegida com minha encharpe vermelha , chapéu, luvas e cachecol ,
sigo para fora da casa. Não faz frio. Susto corre, e eu corro atrás dele.
Quando saímos pelo, começo a atirar bolas de neve. O cão, divertido , corre,
corre ao girar em torno de mim .
Por um tempo, andamos pela estrada. O bairro onde moramos é
enorme e decido aproveitar a tarde e ir embora quando está escuro. De
repente , vejo um carro parado na vala. Com curiosidade me aproximo . Um
homem na casa dos quarenta falando ao telefone com o cenho franzido.
- Eu estou esperando a porra do guincho a mais de uma hora. Mandeme agora !
Dito isso, trava os olhos em mim . Eu sorrio e pergunto:
- Problemas?
Ele concorda , sem vontade de fala, ele responde :
- As luzes do carro.
Curiosa, eu olho para o carro . Uma Mercedes .
- Eu posso verificar o seu carro?
- Você?
Esse ―você‖?" Com sorriso de superioridade que não gosto, mas
suspiro , eu olho e respondo :
- Sim, eu . E ao ver que ele não se move, eu insisto. Você não tem
nada a perder, você não acha ?
Boquiaberto , concorda . Susto está do meu lado . Peço-lhe para abrir
o capô , e abre do interior do carro. Uma vez aberto , pego a vara e coloco
para que o capo não se feche . Meu pai sempre me disse que a primeira
coisa que eu tenho que olhar quando eu deixar as luzes do carro são os
fusíveis. Com os olhos , busco onde está a caixa de fusíveis e o modelo do
carro , e quando encontro, o abro. Sigo olhando e vejo o que aconteceu.
- Tem um fusível queimado.
O homem olha para mim como se estivesse explicando a teoria da
lula na salmoura .
- Veja isso! - Eu digo , mostrando fusível azul. O homem acena com a
cabeça . - Se você olhar , você vê que está queimado. Não se preocupe , a
luz do seu carro ficara bem. Basta alterar o fusível do carro e a lâmpada
volta a funcionar novamente.
- Incrivel – concorda o homem me olhando.
Oh, Deus, como eu gosto de deixar os homens boquiabertos com
estas coisas. Obrigado, pai ! Como agradeço a meu pai por me ensinar a ser
mais do que uma princesa.
Me afasto dele, que me cerca demais pelo meu gosto, pergunto:
- Você tem um fusível ?
Mais uma vez eu percebo que ele não tem ideia do que falo, divertida,
pergunto mais uma vez:
- Você sabe onde é a caixa de ferramenta do carro?
O belo vestido abre a porta traseira do veículo e me dá o que eu peço.
Sob seu olhar atento , eu olho para a amperagem do fusível que eu preciso e
, depois de encontrá-lo, eu insiro no lugar , e dois segundos depois, a luz
dianteira do carro volta trabalhar novamente.
O rosto do cara é incrível. Eu acabo de deixa-lo fascinado. Que uma
desconhecida , uma mulher se aproxima de você e conserta o carro num
piscar de olhos o deixou totalmente equivocado. E ele veio falar comigo ,
disse:
- Obrigado, senhorita .
- Por nada - eu sorrio .
Ele olha para mim com os olhos brilhantes e estendendo a mão , diz:
- Meu nome é Leonard Guztle , quem e você?
Nós apertamos as mãos e respondo :
- Judith . Judith Flores.
- Espanhola ?
- Sim - sorrio, satisfeita.
- Eu amo espanhola , seus vinhos e omelete .
Concordo e suspiro. Isto, pelo menos , não disse " ole " .
- Eu posso acompanha-la ?
- Claro que sim , Leonard.
Por um segundo, eu estou andando com seus olhos claros em meu
rosto, até que pergunta:
- Gostaria de comprar uma bebida. Depois do que você fez por mim, é
o mínimo que posso fazer para agradecer.
Uau ! Está flertando comigo ?
Mas disposta a cortar pela a raiz , eu sorrio e respondo :
- Obrigada, mas não. Visto-me com pressa.
- Eu posso levá-la onde quiser - Ele insiste .
Nesse momento, Susto dá um latido e correr para um carro se
aproximando de nós . É Eric . Nossos olhos se cruzam, e uau! , Esta sério.
Para o carro , sai e , se aproximando de mim , me beija e me agarra pela
cintura.
- Estava preocupado . Demorou muito. - Então olha para o homem
que está nos assistindo, e diz , estendendo a mão. Olá , Leo ! , Como você
está ?
Uau, eles se conhecem!
Surpreso com a presença de Eric , o homem olha para nós e meu
menino explica:
- Eu vejo que você conheceu minha namorada.
Um silêncio tenso toma o lugar , e eu não entendo nada , até que
Leonard, tenso por encontrar Eric, acena e da um passo para trás.
- Não sabia que Judith fosse sua namorada. Ambos concordam com a
cabeça, e Leonard continua: - Mas eu quero que você saiba ela apenas me
ajudou a consertar o carro.
- Vejo, agora ... ela sozinha trocou um fusível.
Leonard sorri, e murmura , enquanto toca com o dedo na ponta do
meu nariz congelado:
- Fez algo que eu não sabia , e isso , mocinha , deixou-me surpreso .
Tenso. Eric não sorri .
- Como está sua mãe? O homem pergunta .
- Bem .
- E o pequeno Flynn ?
- Perfeito , Eric responde secamente.
O que é isso ? O que está errado ? Eu não entendo nada.
Eventualmente, nós nos despedimos . Leornard arranca com sua Mercedes ,
acende as luzes e vai. Eric, Susto e eu, entramos no carro. Da a partida, mas
sem se mover do seu banco, pergunta:
- O que você estava fazendo sozinha com Leo ?
- Nada .
- Como nada ?
- Veja, nos ... ele estava sem luzes no carro e eu mudei um fusível. Eu
fiz só isso, não se zangue.
- E por que você teve de fazer ?
Chocada com essa pergunta absurda , murmuro :
- Bem, Eric ... , porque eu sou assim . Meu pai me criou assim. Minha
mãe me educou dessa maneira. E claro que você sabe, não e?
Eric olha para mim .
- Esse idiota que você ajudou com o carro é Leo , que era o namorado
de Hannah, ocorreu tudo aquilo, ele largou Flynn sem pensar nele .
As ideias ficam claras!
Esse idiota foi quem não quis saber de Flynn quando Hanna morreu ?
Se eu soubesse, o deixaria na cidade com o fuzil queimado.
Os olhos de Eric cuspiam fogo . Está muito irritado . Frustrado com
essas recordações , dá um golpe no volante com as mãos.
- Você parecia muito confortável com ele.
Não quero discutir , tentando manter o controle, murmuro :
- Ei , querido, eu não sabia quem era esse homem . Somente fui
simpática e ...
- Pois não seja - me corta . Quando você vai perceber que aqui, se
você é tão simpática a um homem, eles pensam que esta interessada .
Ele me faz sorrir. Os alemães são um tanto particular, sobre muitas
coisas , e essa é uma delas.
- Você está com ciúmes ?
Eric não responde. Ele olha para mim com aqueles olhos grandes que
me deixa louca. No final, sussurra :
- Devo estar?
Nego com a cabeça enquanto eu aperto o botão da unidade de CD
fico surpresa ao ver que Eric ouve a minha música . Enquanto Eric protesta e
eu sorrio, Luis Miguel canta:
Tanto tiempo disfrutamos de este amor, nuestras almas se acercaron
tanto así,
que yo guardo tu sabor, pero tú llevas también, sabor a mí.
Oh , Deus, o bolero mais romântico !
Eu olho para Eric . Sua carranca me faz suspirar , sem deixar de
continuar suas queixas , pergunto:
- Você está melhor da sua dor de cabeça?
- Sim .
Eu tenho que fazer alguma coisa. Eu tenho que relaxar e fazê-lo sorrir
. Por isso , eu digo:
- Saia do carro.
Surpreso, ele olha para mim e pergunta:
- O quê?
Eu abro a porta do carro e repito :
- Saia do carro.
- Para quê?
- Saia do carro, e eu sei que eu insisto.
Quando isso acontece, bate a porta . Em sua linha. Antes de eu sair
deixo a música alta e a minha porta aberta. Susto sai também . Então
caminho onde o meu zangado favorito, abraçando-o, digo diante da sua cara
de bravo:
- Dança comigo .
- O quê!
- Dança comigo - insisto .
- Aqui ?
- Sim .
- No meio da rua ?
- Sim ... E sob a neve. Não é romântico e ideal?
Eric maldiz . Eu sorrio . Ele da a volta, mas o pego pelo braço
puxando , exijo dando um forte puxão:
- Dance comigo !
Duelo de Titãs . Alemanha contra a Espanha . Finalmente, torce o
nariz e sorri.
Olé força espanhola!
Ele me abraça . É um momento mágico. Um momento único. Dança
comigo . Ele relaxa . Eu fecho meus olhos , nos braços de meu amor com a
voz de Luis Miguel dizendo:
Pasarán más de mil años, muchos más.
Yo no sé si tendrá amor la eternidad.
Pero allá, tal como aquí, en la boca llevarás
sabor a mí.
- Vejo seu ponto de estar com ciúmes, querido, mas você tem que
saber. Você para mim é único e insubstituível - murmuro sem olha-lo ,
abraçando-o .
Noto sorrindo. Eu também. Nós dançamos em silêncio, e quando a
música termina , eu olho e pergunto :
- Mais tranquilo? - Não responde . Só me observa, eu digo enquanto
coloca seu rosto no meu:
- Eu te amo, Iceman .
Eric me beija . Devora os meus lábios e em minha boca murmura :
- Eu te amo, maluquinha .
33
Chegou meu aniversario, 04 de março . Vinte e seis anos . Eu falo
com a minha família , e todo mundo me parabenizou com alegria. Eu sinto
falta deles . Eu queria vê-los e escutá-los , e prometo ir visitá-los em breve.
Sonia , a mãe de Eric, da um jantar em casa para o meu aniversário . Frida
convidou Andres e amigos mais conhecidos. Eu estou feliz.
Flynn me deu um presente, um pingente de vidro muito bonito que uso
com orgulho. Que o pouco que tenho pesquisado e tenho dado este presente
era especial. Muito especial. Eric me dá uma bela pulseira de ouro branco.
Ele está gravado o nome dele e o meu, e estou animada . É maravilhoso.
Mas o presente que me dá arrepios é quando meu amor me diz para
remover o anel que ele me deu e me obriga a ler o que está lá dentro, "Peçame o que quiser, agora e para sempre . "
- Mas quando você colocou isso? Pergunto boquiaberta.
Eric ri. Ele está feliz .
- Uma noite, enquanto dormia . Eu tirei. Norbert levou-a para um
amigo joalheiro e quando eu trouxe um par de horas depois, eu coloquei em
você. Eu sabia que não iria removê-lo e você não veria .
Eu o abraço . Esse tipo de surpresas são os que eu mais gosto , que
eu espero , especialmente quando a voz rouca , sussurra -me sobre a minha
boca e a beija:
- Não se esqueça, querida, agora e sempre .
Uma hora mais tarde, após arrumar-me, eu me olho no espelho. Eu
gosto da minha imagem. O vestido de chiffon preto que Eric me comprou, me
encanta . Eu observo o meu cabelo . Decido por deixa-lo solto. Eric gostaria
do meu cabelo. Ele gosta de tocar, cheirar , e isso me excita .
A porta do quarto se abre e os meus próprios desejos aparece. Esta
lindo, com smoking escuro e gravata borboleta.
- Hummm ! Gravata borboleta ? Que sexy! Quando voltar, eu quero
você nu só com gravata borboleta - eu penso, mas olhando para ele
pergunto :
- Como me pareço?
Eric percorre meu corpo com os olhos e , em sua avaliação, vejo seus
olhos queimando . Finalmente, ele abre a boca , com um sorriso perigoso ,
sussurra:
- Sexy . Excitante. Maravilhosa.
Por favor ... , quero come-lo!
Acalorada , deixo que me abrace. Suas mãos tocam minhas costas
nuas e eu sorrio quando sua boca encontrou a minha . Queimando . Por um
momento, nós nos beijamos , gostamos , estamos animado , e quando eu
estou prestes a rasgar seu smoking, ele se separa de mim.
- Vem, moreninha. Minha mãe nos espera.
Eu olho o relógio. Cinco horas.
- Então, em breve , iremos para a casa de sua mãe?
- Melhor , mais cedo ou mais tarde , você não acha ?
Quando eu solto , eu sorrio . Maditas corridas alemãs!
- Dá-me cinco minutos e eu desço.
Eric concorda. Volta a dar-me outro beijo nos lábios e desaparece do
quarto deixando-me sozinha . Sem tempo a perder , coloco os sapatos de
saltos, eu volto a me olhar no espelho e retoco os lábios . Uma vez
terminado, eu sorrio , pego a bolsa que combina com vestido e feliz e
disposta a se divertir, saio do quarto.
Quando desço as escadas , Simona vem ao meu encontro .
- Você esta belíssima , senhorita Judith .
Contente , sorrio e lhe dou um aperto. Preciso aperta-la. Susto e
Calamar, vem me cumprimentar. Uma vez que solto Simona, com um sorriso
inocente, olha para mim e diz enquanto leva os cães :
- O Sr. e pequeno Flynn a espera no salão.
Feliz da vida e com um grande sorriso nos lábios, eu me dirijo ate lá.
Quando abro a porta, uma corrente elétrica percorre todo o meu corpo, e
contraindo o rosto , eu coloquei minha mão em minha boca e ,feliz como
poucas vezes na minha vida , eu começo a chorar .
- Maluquinhaaaaaaaaa ! Grita minha irmã.
Diante de mim, esta meu pai , minha irmã e minha sobrinha.
Eu não posso falar . Eu não posso andar . Eu só consigo chorar ,
enquanto o meu pai corre para mim e me abraça . Me aquece. Sinto em seu
abraço. Por fim, só posso dizer :
- Papai ! Papai, Que bom que esta aqui!
- Titiaaaaaaaaaaaaa !
Minha sobrinha corre e me beija junto com minha irma. Todos me
abraçam durante alguns segundos, um caos de risos, choros e gritos
prevalecem no salão, vejo como esta Flyn esta serio e a emoção de Eric .
Quando me recomponho desta grande surpresa , limpo as lagrimas
das bochechas e digo:
- Mas ... , mas quando vocês chegaram ?
Meu pai, mais animado do que eu, responde :
- Uma hora atrás. Faz frio frequentemente na Alemanha.
- Ai , maluca, você está linda com esse vestido !
Dou uma voltinha diante de minha irmã, e divertida , eu respondo :
- É um presente de Eric . Não é lindo ?
-Legal .
Não vendo meu cunhado na sala de estar , eu pergunto:
- Jesus não veio ?
- Não, maluca... você sabe,trabalhando .
Concordo e minha irmã sorri. O beijo. Eu a amo. Minha sobrinha, que
está loucamente agarrada a minha cintura, grita:
- Não viu o quão legal o avião do tio Eric ! A aeromoça me deu
chocolate e shake de baunilha.
Eric vem a nós e , pegando a minha mão , diz depois de beijar-me :
- Eu falei com seu pai e sua irmã um par de dias atrás, e eu pensei
que era ótimo voltar para passar o aniversário com você. Você está feliz ?
Eu quero morde-lo.
Quero morde-lo com beijos !
E como uma linda garotinha , eu sorrio e respondo :
- Muito . É o melhor presente .
Por um momento, nos olhamos nos olhos . Amor. Isso é o que Eric me
da . Mas, o momento se rompe quando Flynn exige:
- Eu quero ir para casa da Sonia agora !
Assustada, eu olho . O que está errado ? Mas vê-lo franzir a testa me
faz entender. Esta com ciumes. Então, muitas pessoas desconhecidas para
ele de uma vez não é bom. Eric , sabendo do estado de seu sobrinho, se
afasta de mim, ele toca a cabeça e murmura :
- Iremos em seguida . Fique tranquilo.
O garoto se vira e senta-se no sofá , desviando-se de todos. Eric bufa
, e minha irmã , para desviar a atenção , o envolve :
- Esta casa é linda.
Eric sorri .
- Obrigado , Raquel. E, olhando para mim , ele diz: Mostra-lhe a casa
e deixá-los saber onde são seus quartos. Em duas horas , todos devemos ir
para a casa da minha mãe .
Eu sorrio , feliz da vida , e junto de minha família , saio da sala. Em
grupo iremos a cozinha , eu os apresento a Simona , Norbert, e Susto e
Calamar. Depois vamos a garagem, onde assobiam ao verem os carros
estacionados lá.
Quando saímos da garagem , ensino onde estão os banheiros ,
escritórios, e minha irmã , como esperado, lança gritos de satisfação
enquanto observa tudo. E quando eu abro a porta e ve a grande piscina
coberta, ela enlouquece.
- Aiii , maluca , isso é incrível !
- Olhaaaaaaaaa ! Luz grita . Incrível, Titia tem piscina e tudo!
A pequena vai ate a borda e toca a agua . Seu avô , engraçado,
adverte :
- Luz da minha vida ... fique longe da borda que você pode cair .
Com rapidez meu pai agarra suas maos , mas ela se solta e se coloca
ao meu lado e ao de minha irma, e eu com cara de levada, sussurra :
- Quer que lhe atire na piscina?
- Luz! Minha irmã grita , olhando para o meu vestido.
- Essa garota é louca e te encharcou - zomba de meu pai.
Tudo bem conhecido por ser com o pequeno perto da água que está
encharcado . Eu recebo uma risada. Se eu molhar o belo vestido será um
drama, então eu olho para a minha sobrinha e sussurrou conspiratório :
- Se você me jogar com o vestido que Eric me deu , ficarei brava. E se
você não fizer , eu prometo que amanhã ficaremos um longo tempo na
piscina. O que você prefere?
Rapidamente minha sobrinha coloca o dedo na frente do meu. É a
nossa maneira de concordar. Eu coloquei meu dedo ao lado dela, e ambos
piscamos um olho e sorrimos.
- Ok, Tia , mas amanhã vamos tomar banho , ok?
- Prometido querida - sorriu, satisfeita.
Nós levantamos nossos polegares , juntar, e depois o batemos .
Ambos sorriram.
- Lembre-se , Luz, amanhã à tarde voltamos para casa - a minha irmã
insiste.
Assim que deixamos a área da piscina , eu vou com a minha família
para o primeiro andar da casa. Eu tenho que suprimir a minha vontade de rir
em voz alta para os gestos de admiração de minha irmã por tudo o que ela
vê. Papeis de parede , incrível!
Após acomodar nos quartos, eu os apresso a se vestirem. Em uma
hora temos que ir ao jantar, na casa da mãe de Eric . Quando volto sozinha a
sala de estar , Eric e Flynn jogam com o PlayStation , como sempre, aos
berros . Ao entrar, nenhum dos dois me ve , cercando-os ouço Flynn dizer :
- Eu não gosto daquela garota faladora.
- Flynn ... chega.
Silenciosamente eu paro para ouvir como eles seguem :
-Mas eu não quero que ela ...
- Flynn ...
O pequeno bufa, enquanto segue o comando do jogo e insiste:
- As meninas são uma chatice , tio .
-Não não são - responde meu Iceman .
- Eles são chatas e choronas. Só quer dize-lhes coisas bonitas e que
as beijem , você não vê ?
Incapaz de conter o riso , eu me aproximo com cautela até a orelha de
Flynn e sussurrou :
- Um dia você vai adorar beijar uma garota e dizer coisas agradáveis ,
você vai ver!
Eric solta uma gargalhada enquanto Flynn deixa o comando do jogo
irritado e sai da sala. Mas o que aconteceu ? Onde está todas as nossas
boas vibrações? Uma vez que estávamos sozinhos, eu desligo a música do
jogo , me aproximo sentando em seu colo , tomando cuidado para não
enrugar o meu lindo vestido , sopro feliz:
- Eu vou te beijar .
- Perfeito - concorda meu Iceman .
Emaranhado meus dedos em seus cabelos , sussurro com paixão :
-Vou dar-lhe um beijo explosivo !
- Mmm, eu gosto da idéia - sorri.
Aproximo meus lábios à boca, seduzindo-o, e sussurro :
- Hoje você me fez feliz, trazendo minha família para a sua casa .
- Nossa casa, pequena - corrige .
Não falo mais . Com minhas mãos, agarro sua nuca e beijo-o. coloco
minha língua em sua boca com possessao . Ele responde . E depois de um
maravilhoso , gostoso e excitante beijo incrível , eu o solto . Ele me olha .
- Uau, eu amo seus beijos explosivos .
Nós dois rimos e cheia de sensualidade , eu digo:
- Você nunca ouviu falar que quando as espanholas beijam, é beijo de
verdade.
Eric ri novamente .
Eu adoro vê-lo tão feliz, e quando nós nos beijamos de novo, Flynn
aparece diante de nós , com os braços cruzados. Ele parece bravo. Atras
dele esta a minha sobrinha com vestido azul de veludo , olhando-me,
pergunta:
- Porque o chinês não fala ?
Uisss , o que ela acaba de dizer ! Ela o chamou de chinês!
Flynn reuni a sobrancelha e bufa . Aisss , pobre ! Rapidamente
levanto as minhas pernas de Eric e repreendo a minha sobrinha .
- Luz , seu nome e Flynn. E não é chinês , é alemão.
A criança o olho. Depois de olhar para Eric, que se levantou e está
com seu sobrinho, em seguida, olha para mim e , finalmente , com o seu
distintivo Golden Spike insiste:
- Mas os seus olhos são como os chineses. Você não viu, tia?
Oh, Deus, eu quero morrer .
Que situação mais embaraçosa . No final, Eric se abaixa , olha para a
minha sobrinha no olho e diz:
- Certo , Flyn nasceu na Alemanha e e alemão. Seu pai era coreano e
sua mãe alemã como eu, e ...
- E se e Alemão, por que não e loiro como você? Insiste fudida.
- Ele acabou de explicar Luz, eu intercedo . Seu pai era coreano.
- E os coreanos são chineses ?
- Não, Luz- respondo olhando para que se cale .
Mas não. Ela é curiosa.
- E por que tem os olhos assim?
Estou prestes a matá-la. Mata-la! Em seguida , entra na sala meu pai
e minha irmã em suas melhores roupas . Estão lindos!
Meu pai , vendo minha expressão de ―socorro‖ , Rapidamente percebe
que se passou algo com a menina. Ele a leva em seus braços e a encoraja a
olhar para fora da janela. Eu respiro de alívio. Eu olho para Flynn, e ele
sussurra em alemão :
- Essa garota não gosta de mim.
Eric e eu no olhamos. Faço cara de horror, e ele pisca com
cumplicidade . Dez minutos mais tarde , todos estamos na Mitsubishi de Eric
, nos dirigimos a casa de Sonia .
Quando chegamos , a casa esta iluminada e existem vários carros
estacionados ao lado. Meu pai , surpreso com a grandeza da casa, olha para
mim e sussurra :
- Estes alemães , o quão bem eles se acomodam !
Ele me faz sorrir , mas o sorriso me corta quando eu vejo o olhar de
Flynn. É muito desconfortável.
Assim que entramos na casa, Sonia e Marta cumprimentam a minha
família com amor, e ambas me dizem o quão bonita eu estou com esse
vestido. Flynn se distância e vejo que a minha sobrinha vai atrás dele . Não e
nada bom. Dez minutos depois, encantada , sorrio como se eu fosse a
mulher mais feliz do mundo cercado por pessoas que eu quero e que mais
me importo no mundo. Eu estou feliz.
Conosco há um homem que Sonia sai. Esta com Trevor ! Não é bonito
. Nem mesmo atraente. Mas, cinco minutos com ele me fez ver o
magnetismo que ele tem. Até minha irmã, que não sabe alemão , sorri como
uma tola . Eric , no entanto, observa . Ele olha e tira conclusões . Que sua
mãe tem um novo namorado, que não gosta muito , mas ele respeita .
Frida e minha conversam. Se recordam de quando se viram na
corrida de motocross . Ambos são mães e falam dos filhos . Eu ouçu-as por
um tempo, e quando minha irmã vai embora, Frida sussurra em meu ouvido :
- Em breve, haverá uma pequena festa privada no Natch .
- Nossa , que interessante !
- Muito ... muito interessante, zomba Frida , divertida.
Eu sorrio enquanto o sangue para minha cabeça. Sexo !
Dez minutos mais tarde ,estou começando a rir com a minha irmã . E
uma exigente e incansável faz avaliações referentes a algumas coisas que
valem a pena ouvir . Sonia , feliz por organizar esta festa para mim , em um
certo momento me leva para o canto da sala e diz:
- Filha, que alegria poder celebrar a sua festa de aniversário em
minha casa com sua família.
- Obrigado, Sonia . Você tem sido muito gentil com todos nós.
A mulher sorri e apontando para o pequeno Flynn , sussurra:
- Você gostou do seu presente ?
Eu toco meu pescoço e lhe mostro:
- É lindo .
Sonia sorri e sussurra :
- Eu quero que você saiba que o outro dia, quando o meu neto me
ligou no telefone para me pedir para levá-lo a um shopping center e ajudá-lo
a comprar um presente de aniversário , eu não podia acreditar. Eu pulei de
alegria ! Fiquei emocionada ao me chamar e me pedir ajuda. É a primeira
vez que vele faza isso. E ao longo do caminho , falou-me como nunca havia
feito antes. Me perguntou por sua mãe e se queria que me chamasse de avó.
Ela se emociona , e depois mover a cabeça em "não vou chorar ! "
Continua:
- Ele também me disse o quão feliz ele esta porque você está vivendo
com ele.
- Sério?
- Sim , querida. So não cai de bunda porque eu estava sentada .
Nós duas rimos , e Sonia , afirma alegre :
- Eu te disse uma vez , quando eu conheci você : você é a melhor
coisa que poderia ter acontecido com Eric .
- E o seu filho é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo, eu
digo.
Sonia balança a cabeça e sussurra:
- Este meu filho , tão teimoso e mandao, isto é, teve muita sorte de
encontra-la . E Flynn , e longa história. Você é perfeita para eles. - Sorrio, e
diz:
Certamente, Jurgen me disse que você é uma excelente pilota de
motocross . Estou ansiosa para um dia vê-la . Quando foi que você começou
a carreira?
Eu dou de ombros . Até agora, eu ainda não se inscrevi para qualquer
coisa. Eu não quero que Eric saiba.
- Quando eu fizer, eu lhe digo . E obrigado pela moto. É ótima !
Nós duas rimos .
- Com o risco da bronca que levarei de Eric se souber e da raiva que
ficara se me pegar , eu estou feliz que você realmente seja um genio . Tenho
certeza de que Hannah vai estar sorrindo para ver sua amada moto voltando
a vida novamente e sendo bem conservada em sua casa.
discutido novamente com Eric sobre isso. Depois da última discussão voltou
a se referir à sua casa , como tal , e agora Sônia faz o mesmo. Empolgada ,
beijo-a .
- Você sabe, se o seu filho se irritar quando descobrir , vou precisar de
um quarto.
- Você tem toda a casa , querida. Minha casa é sua casa.
- Obrigado. Bom saber.
Nós duas rimos , e Eric está se aproximando de nós .
- O que estão planejando as duas mulheres mais importantes na
minha vida?
Sonia dá-lhe um beijo na bochecha e divertida, zomba como ele anda
:
- Conhecendo-nos, temos uma antipatia por você.
Eric me olha deslocado, em seguida, fixa os olhos em mim e, num
encolher de ombros respondo com voz angelical :
- Eu não entendo por que disse isso. E para mudar de assunto ,
sussurro :
- Frida me disse que está organizando outra festinha privada no Natch
.
Meu amor sorri, traz sua boca para a minha e sussurra :
- Sim, pequena.
Fomos para a mesa e Eric, galantemente , retirou a cadeira para eu
sentar , e quando eu faço , beija meu ombro nu . Nós dois sorrimos e pega o
assento na minha frente , ao lado do meu pai e Flynn .
De repente, minha irmã, sentada a minha esquerda , sussurrando :
- Maluquinha , posso fazer -lhe uma pergunta ?
- Ate cinqüenta - contesto
Raquel olha furtivamente para a esquerda e , voltando para mim,
sussurra:
- Eu estou perdida com tantos guarfos e facas. A prataria, como e
usada? , Todos fora ou de dentro para fora ?
A entendo perfeitamente. Eu aprendi o protocolo nas refeições de
negócios na empresa . Em nossa casa , como na maioria das casas do
mundo , use apenas uma faca e garfo para toda a refeição . Sorrio e
respondo :
-De fora para dentro .
Rapidamente a observo indicando ao meu pai, e ele , aliviado , acena
com a cabeça . Que mico! Eu sorrio quando minha irmã volta ao ataque :
- Então, qual é o meu pão?
Olho para o que esta diante de nós e respondo :
- Do lado esquerdo .
Raquel sorri novamente. Eric percebe tudo , e me olha com
cumplicidade , e eu fico vesga . Sua risada toca minha alma , assim como eu
sei que meu gesto toca seu coraçao.
À noite, depois de uma noite maravilhosa , cantam meus parabéns e
me recebo meus preciosos presentes, quando voltamos para casa, estamos
todos felizes e exaustos. Sonia e uma grande organizadora de festas e isso
ficou claro.
Tudo mentira, e Eric e eu entramos em nosso quarto e fechou a porta
. Sem acender as luzes, nós olhamos . A luz da lâmpada que sai pela janela
é a única coisa que nos permite ver os nossos rostos. Incapaz de ficar mais
tempo sem tocá-lo , eu me aproximo dele e , mimosa , eu passo meus
braços em volta de seu pescoço enquanto ele sussurrava :
- Peça-me o que quiser, agora e sempre .
Eric me beija , balança a cabeça e , ao longo da minha boca , repete :
- Agora e sempre .
34
Depois de uma grande manhã na piscina , como eu prometi a minha
sobrinha, a tarde, minha família deve voltar para a Espanha. Eles pegam o
avião particular de Eric. Lamento vê-los ir , estou triste , mas estou feliz por
ter passado esse tempo com eles.
- Vamos lá , pequena , sorria - murmura Eric, apertando minha
bochecha quando pra no semáforo - Eles estão bem. Você esta bem. Não há
necessidade de ficar triste .
- Eu sei. Mas eu realmente sinto falta - murmuro.
O semáforo fica verde, e Eric prossegue. Eu olho para fora da janela
e, de repente , a música a todo volume. Espantada , eu olho para o meu
menino e eu vejo cantando a pleno pulmão
Living easy, living free,
Season ticket on a on-way ride
Asking nothing leave me be
Taking everything in my stride...
Surpreendida, pisco .
É a primeira vez que o vejo cantar bem . Eu rio exagera nos
movimentos . Eu amo o seu lado selvagem! Eric balança a cabeça no ritmo
da música e me da a mão incitando-me a cantar e fazer o mesmo. Divertida,
eu começo a cantar com ele em voz alta. Nos olhamos e rimos. De repente,
estaciona o carro. Continuamos cantando, e quando a música termina ,
soltamos uma gargalhada.
- Eu sempre amei essa canção - diz Eric .
Me deixa boquiaberta em saber que gosta dessa canção.
- Você gosta de AC / DC?
Sorri, sorri ... , abaixa o volume da música e confessa :
- Claro . Eu não tenho sido sempre tão sério.
Por alguns minutos , ele explica sua jovem vida de roqueiro, e eu
escuto surpresa. Olha o Iceman! Mas quando termina a sua história, meu
sorriso desaparece. Eric olha para mim . Sabe que penso na minha família
novamente. Ele vê a dor que sinto por terem ido embora e diz :
- Saia do carro.
- O quê?
- Saia do carro - insiste.
Quando eu faço , eu sorrio . Eu sei o que vai fazer . Soa no rádio You
are the sunshine of my life de Stevie Wonder. Eric sob o volume no máximo,
sai do carro e caminha em minha direção.
Deus, o que você vai fazer?
- Você vai dançar comigo no meio da rua ?
Incrível !
Com determinação , se põe em minha frente e sussurra :
- Dança comigo .
Me jogo em seus braços. Isto me faz feliz. Ver que é capaz de parar o
carro no meio de uma rua movimentada e dançar comigo descaradamente é
maravilhoso.
- Como a música diz, você é o sol da minha vida e se eu ver você
triste , eu não posso ser feliz sussurra em meu ouvido. - Eu prometo , baby ,
vamos para a Espanha quando quiser, sua família poderá vir a nossa casa
sempre que quiser, mas por favor , sorria, se eu não te vejo sorrir , eu não
posso ser feliz.
Suas palavras tocam o meu coração. Estou muito feliz . Eu abraço e
concordo . Eu danço com ele e aproveito este momento mágico. Pessoas
que passam ao nosso lado nos observa . não entendem o que estamos
fazendo. Eu sorrio. Não importa o que pensam, e eu sei que Eric não se
importa. Quando a música termina , eu olho e sussurro , feliz e feliz:
- Eu te amo com todo o meu coração , tesouro.
Concorda. Diverte-se com as minhas palavras .
- Eu continuo esperando que aceite casar comigo .
Ele me faz sorrir. E esclareço.
- Querido ... isso foi um impulso. Não que você tenha tomado a sério?
Meu Iceman me olha ... olha para mim e finalmente disse :
- Sim .
- Mas , Eric, o que você está falando ? Eu não sou de casar, nem
dessas coisas.
Meu louco amor me beija .
- Em casa, tem na geladeira uma grande garrafa de Moet Chandon
rosa. O que você acha que beber e falar desse impulso?
Calor. Emoção . Nervosismo.
Você realmente está falando sobre casamento?
Mas segurando meus nervos , eu sorrio e me pergunto mimosa :
- Moët Chandon rosado ?
- Aham ! - Sorri .
- Esses adesivos rosas cheiram a morangos silvestres – morro ao
recordar a primeira vez que levou essa garrafa.
- Sim, pequena.
Deixo escapar uma risada e murmuro sem me soltar dele :
- Por agora , vamos por a garrafa.
De repente celular toca de Eric. Recebeu uma mensagem. Ele me
beija . Devora minha boca, e quando estamos satisfeitos , entramos no carro.
Está frio. Olha para o seu celular e diz:
- Certo , eu tenho que passar um momento no escritório , você se
importa ?
Apaixonada ate as tantas por esse homem , balanço a cabeço e
sorrio. Vinte minutos depois, chegamos à mesma porta . São dez horas da
noite e poucas pessoas viram na rua. Quando entramos na sala , os
seguranças nos cumprimenta. Eles me olham com surpresa e sorriso. Eles
não sorriem.
Ai , mãe ! , O que custa os alemães sorrirem.
Quando chegamos ao piso presidencial , noto que não há ninguém . O
escritório está completamente vazio. Eu tenho que ir ao banheiro .
- Eric , onde ficam os banheiros aqui?
Vou pela direita e ando em direção a ele , enquanto ele diz :
- Te espero no meu escritório.
Uma vez que eu faço o que tenho que fazer, eu me olho no espelho e
arrumo o cabelo. Meu olhar é doce e jovial. Vestida com suéter rosa que
ganhei do meu pai e calça jeans pareço mais jovem do sou.
Penso no que Eric me disse minutos antes . Casamento ? Realmente
deveríamos nos casar?
Eu sorrio , eu sorrio , eu sorrio .
Com um magnífico sorriso saio do banheiro e dirijo-me para o
escritório de Eric . Quando eu abro a porta, vou abrir a minha boca e meu
sorriso desaparece ao ver Amanda na frente de Eric com um vestido
vermelho sexy e sugestivo. Cobra!
Por alguns segundos , eles não me veem. Eu assisto ela se inclinar
sobre Eric enquanto ele assina alguns papeis. Seus seios estão muito perto
dele e eu acho que você está procurando por algo que não seja trabalho.
Eric sorri . Ela toca seu ombro, e ele não diz nada. Vou mata-los!
Eu continuo assistindo alguns minutos. Falam. Olham os papeis . No
final, Amanda, animadamente , senta-se à mesa e cruza as pernas diante de
meu Iceman . Meu ciúme é intenso. Muito intenso. Perigoso. Quando eu não
aguento mais, abro com força a porta do escritório, e eles me olham.
Meu rosto não é mais aquele de menina doce como no banheiro.
Estou prestes a gritar como Shakira. Rabiosa ! O que eu vejo me enfurece .
Essa mulher e suas artimanhas trazem o pior em mim. O rosto surpreso de
Amanda diz tudo. Não esperava aqui. Com determinação e uma certa
arrogância, vou para onde eles estão . Eric olha para mim . Ele tem uma
sobrancelha arqueada .
- Amanda, quanto tempo não nos vemos !
Ela sai da mesa, ela recompõe o vestido e caminha a poucos passos
de Eric . Ela toca seu cabelo meticulosamente , enfia a olhar impessoal para
mim e responde com um sorriso pré-fabricado :
- Querida Judith , é bom ver você .
Que mentirosa ... !
Está se aproximando para me cumprimentar , mas eu prefiro deixar as
coisas claras . Eu a detenho e digo com a voz irritada :
- Não se atreva a me tocar , ok?
Eric se levanta. Prevê
apontando :
problemas e, antes de abrir a boca , digo
- Você cale a boca. Eu estou falando com Amanda . Em seguida,
falarei com você.
A mulher sorri . Se sente bem, diante do gesto de desgosto de Eric .
Nos olhamos com ódio. É claro que nunca seremos amigas. Estou ciente de
que não temos nada a ver. Ela está vestida com um vestido justo vermelho
sexy e um salto de matar , e eu com uma camisa rosa , calça jeans e botas
de montaria. Vamos lá ... , impossível competir .
Ela está consciente disso. Eu sei sobre a minha aparência. Mas eu
estou disposta a fazer o que passa pela minha cabeça, por isso eu digo com
certeza:
- Não precisa se vestir de prostituta para deixar um homem louco. Ate
mesmo porque você já e, pelo amor de Deus , que coincidência , você
mesma já esta se insinuando, puta!
Amanda vai protestar quando , levanto o dedo , e digo para calar-se.
- Trabalha para Eric . Para o meu namorado. Cumpra seu trabalho,
limite-se a isso, e nada mais.
- Jud ... - Eric rosna .
Mas ignorando, continuo :
- Se eu ver você tentar mais alguma coisa com ele , eu juro que você
vai se arrepender. Desta vez isso não vai acontecer como o último que nos
vimos . Desta vez, eu não estou indo para ir. Se alguém sair, vai ser você,
você me entende?
Eric move-se de sua cadeira . Amanda olha para nós e diz:
- Eu acho que ... Eu acho que você está equivocada , minha cara .
Pronto para marcar meu território , dou com o dedo na sua cara , e
sussurrou :
- Deixa de " querida " e de babaquices. Fique longe de Eric, sua
putinha , ok?
- Jud ... - Eric repreende- me incrédulo.
Amanda , humilhada, recolhe as suas coisas e vai , mas primeiro olha
para trás e diz:
- Amanhã eu te ligo .
Eric concorda. Ela sai , e eu , irritada , sibilo :
- Não me diga que não se deu conta de que aquela vaca se insinuou a
você há alguns segundos , eu juro que pego essa estatua de cima de sua
mesa e dou em sua cabeça. –Ele não responde, e eu pressiono : - Acaba de
me decepcionar ,seu idiota! Essa idiota estava colocando os seios na sua
cara, e você estava permitindo .
- Você está errado.
- Não, não estou errada. Entre você e Amanda existe essa
familiaridade que você não percebe , né? Bem grande ... Continuamos neste
caminho ! Quando eu encontrar o Fernando na próxima vez , como ha
familiaridade entre nós , não importa o que você pensa ou sente , eu vou
sentar no colo dele e falar com ele , vou colocar minhas tetas na cara dele,
parece bem pra você?
- Esta ultrapassando, Jud – sibila furioso .
- O inferno ! - Grito. Você ultrapassou .
Sua cara de raiva e um poema. Eu sei que eu estou exagerando , eu
vi que Eric foi enganado por Amanda, mas eu não posso parar.
- Você já deve ter cortado o rolo com Amanda . Eu já vi. Foda-se ! Eu
vi como você olhou para ela , e ... , e ... Se eu não tivesse olhando se
atirando, teria terminado em cima da mesa , como de costume , você não
acha ?
- Se eu fosse você não continuaria por esse caminho ... Friamente
insiste.
- A troco de que teve que vir ao escritório a essas horas? - Não houve
resposta. - Mas você já viu como ela estava vestida ? Buscava sexo. Nem
mais nem menos . E você é tão estúpido que não percebe , né?
Eric não responde. Minhas palavras te chateam . Recolhe os papéis
que Amanda deixou sobre a mesa e diz:
- Entre Amanda e eu não há absolutamente nada . Eu não vou negar
que ela continua sua sedução, mas eu não me movo ...
- Sera babaca? - Eu grito , descontrolada. Você sabe que ela está
tentando , mas você não escuta . Grande , Eric ! Na próxima vez que ver o
Leonard , que o eu consertei o carro, se tentar me seduzir, eu vou deixar.
Sim, calma , eu não vou nem tentar ignorar . Em geral, você não se importa ,
certo?
Isso o enfurece. Coloca os papéis em sua pasta e sem olhar para mim
e sai do escritório . Eu sigo . Entramos no elevador em silêncio. Sigo-o até o
carro. Nós entramos e fazemos todo o caminho em silêncio. O ciúme e a
insegurança nos mata, e quando chegamos em casa ele coloca o carro na
garagem, descemos e cada um toma um caminho diferente . Ele entra em
seu escritório, e vou para o meu quarto. Bato a porta e sento-me sobre o
tapete macio.
Solto fumaça pelas orelhas !
Eu olho para a janela. Só se vê escuridão . Eu ligo o meu laptop , olho
os meus posts, falo com meus amigos pelo chat do facebook e isso me
relaxa.
As horas passam , nenhum olha para o outro. Ninguém quer falar .
Ninguem quer conversar sobre garrafa de Moet Chandon rosado. O relógio
marca duas da manhã e nosso orgulho está ferido. De repente, acende a luz
do meu e-mail. Recebi uma mensagem .
Eric ! Com o coração batendo forte, eu abro para ler :
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.11
Para : Judith Flores
Assunto : Eu não posso continuar sem falar
Querida, eu sei que você está certo sobre tudo o que você disse, mas
nunca irei trair você com Amanda ou com qualquer outra.
Eu te amo loucamente e apaixonadamente .
Eric . O imbecil.
_________________________________________________
Quando leio, um sorriso bobo se instala em meu rosto.
Por que ele me ganhou com este e-mail?
Por um tempo fico tentada a responder. Eu sei ele espera. Mas não.
Eu não vou. Eu me recuso . Dez minutos mais tarde , um outro e-mail chega.
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.21
Para : Judith Flores
Assunto: Peça-me o que quiser
Pequena, sinceridade e confiança entre nós é de suma importância .
As palavras "Pergunte-me o que quiser, agora e sempre " inclui
absolutamente tudo para nós.
Pense nisso.
Eu te amo.
Eric . O atormentado idiota.
Mais uma vez eu sorrio .
_________________________________________________
Claro que eu não posso negar que naqueles meses Eric tornou-se
mais borbulhante e divertido. Eu vou responder , meus dedos parecem
dispostos a fazê-lo , quando me vem outro e-mail .
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 06 de março de 2013 02.30
Para : Judith Flores
Assunto: Diga sim
Você gostaria de um copo de Moet Chandon rosa ? Encontre-me no
escritório.
Eric . O louco , apaixonado e atormentado idiota.
_________________________________________________
Solto uma gargalhada. Gosta de me fazer rir.
Passaram-se meia hora. Eu li os e-mails uma centena de vezes e uma
centena de vezes, eu sorrio . Não volto a receber mais nenhum. A coragem
me foge. Eu tenho fome . Caminho para a cozinha e encontro Eric sentado à
mesa com uma garrafa de Moet Chandon rosado junto com Susto. O cão se
aproxima de mim e digo: Olá . Toco sua cabeça ossuda e Eric olha para
mim. Ele sabe que li os e-mails e me espera dar o segundo passo. Lembrome do ponto de vista. Não quero olha-lo nem abraça-lo.
Caminho ate a geladeira e quando vou abri-la , noto o corpo do meu
amor atrás de mimMe arrepia todo o pelo do corpo. Não me mexo. Sem
trégua . Eu me sinto como ele coloca suas mãos fortes na minha cintura ,
quando fecho os olhos e coloco minha nuca em seu peito, sussurra em meu
ouvido :
- Eu não quero . Eu não posso. Não quero ficar com raiva de você .
- Eu também não.
Silêncio. Estou tão emocionada com seu abraço que eu não posso
falar . Eric mordisca minha orelha .
- Nunca cairia no jogo de Amanda . Eu te amo muito para te perder .
Suas palavras me deixa louca . Fico sem me mover, e então eu me
viro . Com as mãos agarra meu rosto e beija minha testa , os olhos, as
bochechas, a ponta do nariz , queixo, e quando ele vai beijar minha boca
,assim que eu gosto. Chupa o meu lábio superior , então o inferior , fico com
uma mordidela , em seguida, agrediu minha boca. Com sua mão me agarra
pelo pescoço, enquanto eu pulo para estar no auge. Me agarra com suas
mãos fortes e não me deixa cair . Quando separo sua boca da minha, olha
para mim e sussurra :
- Agora e sempre . Não se esqueça, pequena.
Concordo e o beijo. Eu o desejo. Sem mais, nos seu braços,
chegamos ao nosso quarto. Ali meu amor, meu amor louco, tranca a porta
enquanto tiro a roupa sem deixar de olha-lo. Na cama , momentos depois,
fazemos amor como gostamos . Forte e selvagem.
35
Não voltamos a comentar sobre o tema casamento. Agradeço. Apesar
do amor que temos, somos como dois titãs e nossos confrontos nos
assustam. Nos desorientam. Fico sabendo por Eric que Amanda está
retornando a Londres. Quanto mais longe de mim, melhor.
Simona e eu continuamos gostando de ―Loucura Esmeralda". Eu
estou viciada na novela. Quando Eric descobre zomba de mim. Ele não pode
acreditar que estou viciada em algo assim. Nem eu. Mas a verdade é que
quero que Carlos Alfonso Halcones San Juan receba o merecido das mãos
de Luis Alfredo Quiñones, e que Esmeralda Mendoza recupere seu bebê, se
case com o seu amor e, finalmente seja feliz. Para matar!
Uma tarde, quando Eric chega em casa, estou trabalhando na minha
moto. Quando escuto o carro, rapidamente fecho com o plástico azul por
cima e saio da garagem. Eu corro para o meu quarto, mas antes lavo as
mãos. Ele não percebe nada. Onde a moto está não dá para ver, mas ainda
que eu respire aliviada, cada dia está mais difícil esconder o segredo. Minha
consciência me diz que eu estou errada. Eu me culpo, mas não sei como
dizer.
No sábado, Eric e eu vamos à noite para a festinha privada de Natch.
Finalmente vou conhecer o famoso clube de swing de casais. Quando
entramos, Eric me apresenta à Heidi e Luigi. Frida e Andrés se juntam a nós,
e logo depois, Björn chega com uma amiga. Divertido, tomamos algo quando
vejo que aparece Dexter. Ele me cumprimenta e sussurra em meu ouvido:
- Deusa, que legal. Estou morrendo de vontade de ver você colocada
entre dois homens.
Meu estômago se contrai, e Eric, imaginando o que o outro me disse,
sorri.
Um copo atrás do outro e o lugar fica lotado. Todos parecem
conhecer-se e conversam amigavelmente. Eric está proibido de mencionar
que eu sou espanhola. Não suporto mais que alguém me diga "olé, paella,
toro". Eric sorri e me convida para dançar. Eu concordo. Entramos em um
quarto escuro com uma luz violeta escuro.
- Não deixarei você. Fique tranquila.
Está tocando ―Cry Me a River‖ na voz de Michael Bublé. Eric me beija
e eu gosto de sua proximidade. Dançamos quase no escuro. Sinto sua
excitação entre as minhas pernas e como beija meu pescoço. De repente,
sinto uma mão atrás de mim. Alguém me toca na cintura. Eu não vejo seu
rosto. Mas logo sei quem é quando eu escuto em meu ouvido:
- Está tocando a nossa música, linda.
Eu sorrio. É Björn. Ao ritmo da música dançamos como fizemos
naquele dia em sua casa, enquanto eu deixo que suas mãos voem por todo
meu corpo. Sexy. Essa música é sexy, excitante, e meus dois homens me
deixam louca. Eric me beija, e com posse põe a mão debaixo do meu
vestido, chega até minha calcinha e com um puxão a tira. Eu sorrio, ainda
mais quando ele sussurra em minha boca:
- Aqui você não precisa.
Eu sorrio e aproveito. Me sinto lasciva. Quente.
Neste momento Björn dá a volta e meus seios estão à sua disposição.
Passa sua boca pelo decote do meu vestido e morde meus mamilos através
dele. Duros. Assim os deixa. Depois sua boca beija meu pescoço, meu rosto,
meu nariz, mas quando atinge o canto da minha boca ele para. Ele não
passa o limite que sabe que não deve. Enquanto isso, Eric sobe meu vestido
e toca no meu traseiro, no escuro. Me pressiona contra ele. Björn excitado
faz o mesmo. Eric volta a virar-se, e agora é Björn quem aperta minhas
nádegas.
Calor... , eu sinto um tremendo calor.
O quarto escuro começa a encher de gente. A música troca e a voz de
Mariah Carey cantando ―My All‖ enche a sala. As mãos de Björn
desaparecem enquanto Eric continua mordiscando meus lábios. Eu escuto
gemidos em volta. Imagino que o que as pessoas fazem me excita, enquanto
o meu homem, meu Iceman, meu amor sussurra:
- Você é muito excitante querida. Estou tão duro que acho que vou
fazê-la minha aqui mesmo.
Eu sorrio e sem ver a escuridão que nos rodeia, murmuro:
- Eu sou sua. Faça comigo o que quiser.
Escuto seu sorriso no meu ouvido.
- Cuidado pequena. Ouvir você dizer isto é perigoso. Já percebi que o
sexo, a curiosidade e os jogos te agradam tanto ou mais que a mim, certo?
Concordo. Ele está certo.
- Hoje à noite eu estou muito quente.
- Eu gosto de saber. Eu também. – Consigo dizer enquanto respiro
com dificuldade.
- Você é a minha fantasia moreninha. Minha louca fantasia.
Super excitada pelo que me disse, agarro suas nádegas, pressiono
contra mim e sussurro, querendo jogos quentes e cheios de tesão:
- Eu gosto de ser a sua fantasia. O que você quer provar comigo
hoje?
O pênis de Eric está duro. Tremendo. Enorme. Sinto-me contra a
minha barriga e, após me beijar, diz na minha boca, enquanto dançamos ao
ritmo da música:
- Eu quero fazer de tudo. Você está disposta? - Concordo e ele
murmura, esquentando mais. - Eu quero ver você com outra mulher. Vou
assistir. Observar. E quando seus gemidos me enlouquecer, vou te foder, e
depois farei que dois homens te fodam, enquanto eu assisto e fodo essa
mulher. O que você acha?
Suspiro... Eu fecho meus olhos.
Fico molhada, e quando vou responder, sinto umas mãos ao redor da
cintura de Eric. Elas são finas e cuidadas. Uma mulher. A toco. Ela me toca.
E eu noto um grande anel que se parece com uma margarida.
Será esta a mulher com que Eric quer me ver?
Na escuridão, deixo que a desconhecida percorra o corpo do meu
amor, enquanto ele me beija. Lhe excita ter duas mulheres ao seu redor. Sua
excitação é a minha excitação, e aproveito enquanto sinto como a estranha
toca sua ereção. Eu pego sua mão e faço que lhe aperte. Nós duas lhe
apertamos e Eric suspira.
Assim ficamos por um bom tempo. Mas em nenhum momento Eric se
vira. Deixa que ela lhe toque, porém se aproveita da minha boca e aperta
minha bunda. Se aproveita só de mim. Quando a música termina,
esquecemos da mulher e saímos do quarto escuro e entramos em outro
quarto diferente do primeiro.
Vejo Bjorn com a garota que veio com ele e sorrio ao ver como ele e
Dexter a fazem rir enquanto os dois tocam seus peitos. Eric me leva para o
bar. Olho em volta e não vejo Frida ou Andrés. Pedimos uma bebida. Eu
tenho a boca seca. Com cuidado, meu amor me olha. Passa os dedos pelo
meu rosto e leio sua boca quando ele diz "eu te amo". Depois pega um
banquinho e me senta.
Segundos depois, várias pessoas se aproximam de nós. Eric me
apresenta. Uma delas, ao me escutar falar, percebe que sou espanhola e
diz: - ―Olé‖.
Que cansativo, por favor!
Em um dado momento, uma das mulheres sorri com algo que Eric diz,
e meu amor ordena:
- Abra as pernas Jud.
Eu faço. Aquela estranha toca minhas pernas. Sobe sua mão pelas
minhas coxas até chegar ao meu sexo, onde repousa a palma da mão, e
murmura:
- Eu gosto depilada.
Eric concorda com a cabeça, e depois de dar um gole em sua bebida,
acrescenta:
- Ela está completamente depilada.
A mulher lambe a boca, sorri e levando a outra mão para um dos
meus peitos, os toca por cima do vestido e murmura enquanto aperta:
- Você e eu vamos ter um bom tempo.
A curiosidade me desperta. Concordo.
- Eu gosto muito... muito das mulheres. E eu gosto de você, ela
insiste.
Eu abro mais as minhas pernas e a mulher enfia um dedo em mim,
não se importando de fazer nesta sala cheia de gente. Eu levanto o meu
queixo. Eu me inclino mais a frente no banquinho para ela ter mais
acessibilidade e Eric sussurra em meu ouvido:
- Essa vai ser a mulher que vai jogar contigo, você gosta?
Passo meu olhar por ela e concordo. A mulher tira sua mão dentre
minhas pernas, chupa o dedo que estava dentro de mim e sorri.
Eu faço o mesmo e escuto dizer ao meu homem:
- Vejo você na sala preta.
Sem mais, a mulher se afasta, e meu homem, olhando, pergunta:
- Pronta para jogar?
Concordo.
Estou tão excitada que meus lábios tremem quando sorrio. Com a
mão na sua caminho ao local.
Passamos uma porta, caminhamos por um corredor e vejo Frida e
Andrés na cama de um quarto aberto. Frida não me vê, está totalmente
entregue entre as pernas de uma mulher, enquanto ela dá um golpe em
Andrés e outro homem penetra Frida.
Excitante.
Eric e eu nos olhamos. Seguimos nosso caminho. Ele abre uma porta.
Entramos no quarto. Não vejo nada e meu amor diz:
- Não se mova.
Momentos depois, o quarto se ilumina com uma luz fraca e lilás ao
projetar-se em uma de suas paredes um filme pornô. Curiosa eu observo o
quarto. Há uma cama redonda, uma cadeira, uma espécie de bancada e ao
fundo uma tela com uma ducha. Eric me abraça. Ele beija minha orelha e me
chupa enquanto assistimos as imagens quentes projetadas na parede.
Cinco minutos depois a porta se abre. Aparece a mulher que antes me
tocou, nua e com um vibrador duplo nas mãos. Entra e comunica:
- Venha agora.
Eric concorda. Eu não sei quem vem, mas eu não me importo. Minha
respiração sussurrada me faz saber como estou excitada quando Eric se
senta na cama.
- Diana, deixe minha mulher nua, diz:
Não me movo.
Deixo fazer.
Essa sensação me excita.
Os olhos de meu amor se escurecem de desejo enquanto a mulher
abre o zíper do meu vestido. Suas mãos voam por todo o meu corpo
enquanto Eric nos assiste. Meu vestido cai no chão e eu fico só com a cinta
liga, saltos e sutiã. O fio dental Eric arrancou minutos antes.
A mulher me toca. Passeia suas mãos no meu corpo e me pede para
sentar no balcão ao lado. Eric se levanta, me pega nos braços e me levanta.
Me coloca nele e separa minhas coxas. A boca da mulher vai direto para o
meu sexo e com um golpe enfia a língua dentro de mim.
Exige. Exige muito enquanto abre meu sexo com as mãos e me
consome.
Eric nos assiste. Eu olho para ele e suspiro, enquanto o vejo fica nu.
Ele toca seu pau duro e grita de prazer ao sentir o que a mulher me faz.
Acaba de me meter um lado do duplo vibrador. Calor!
Ela move com habilidade e prática enquanto sua boca brinca com
meu clitóris. Fecho os olhos. Eu gosto, me abro para ela, e movo os quadris
em busca de mais. A mulher sabe o que faz e estou gostando. Muito.
Abro os olhos. Eric nos assiste e, de repente ela sobe na bancada,
sem tirar o vibrador do meu corpo, se introduz na outra parte e com
conhecimento e técnica cai sobre mim, agarra meus quadris e começa a
foder. O vibrador duplo entra em mim e nela ao mesmo tempo, e os nossos
sussurros são rítmicos. Seu ritmo intensifica enquanto a minha excitação
cresce. Como se fosse um homem, ela toma meu corpo enquanto, sem me
mover eu tomo o seu, até que ambas nos curvamos e nossos orgasmos nos
fazem gritar.
Eu olho para o meu amor. Ele não se move, e Diana com habilidade,
tira o vibrador duplo de ambas, desce da bancada e diz, abrindo o topo das
pernas:
- Me dê seu suco... me dê.
Sua boca ansiosa me lambe. Quer o meu orgasmo. Me chupa com
habilidade e eu fico louca novamente. Eu nunca tive isso antes. Eu nunca
imaginei que uma mulher pudesse me fazer gozar duas vezes em menos de
dois minutos. Mas Diana, com facilidade, consegue, e eu me entrego a ela
disposta que consiga mil vezes mais. Eric se aproxima, estende a mão e me
beija enquanto ela se aproveita de mim.
Eu me sinto como uma boneca em seus braços quando meu amor me
agarra e me tira da bancada. Seu pênis duro colide com minhas pernas e
sorrio. Me deita na cama. Se senta ao meu lado e a mulher do outro lado.
Ambos me tocam. Quatro mãos percorrem meu corpo e eu suspiro. A porta
se abre e entra um homem nu. Observa nosso jogo e eu me fixo em como
seu pênis cresce, enquanto nos observa.
Paramos. O recém-chegado se apresenta como Jeffrey, e Eric se
abaixa e pergunta:
- Você está gostando de Diana?
- Sim... Sussurro como posso.
Ele sorri. Me beija, e quando ele sai da minha boca, pergunto,
extasiada:
- Posso te pedir uma coisa?
Meu amor retira o cabelo da testa e concorda.
- O que você quiser.
Quente, eu levanto da cama. Eric se deita e eu sento sobre ele,
murmuro:
- Eu quero que Jefrey masturbe você.
Jefrey chega num segundo. Meu alemão não diz nada. Deitado me
olha. Seu gesto me mostra que isto não lhe agrada, e então sussurro antes
de beijá-lo:
- Eu sou sua mulher, certo? - Eric concorda. - E você é meu marido,
certo?
Volta a assentir, e com sensualidade lhe beijo os lábios.
- Se entregue a mim e as minhas fantasias querido. Só te masturbará.
Eu prometo.
Vejo que fecha os olhos. Pensa sobre a minha proposta, e quando os
abre, concorda. Eu o beijo. Eu sei o que isso significa para ele, e me agrada.
Toco em seus mamilos e sussurro:
- Jeffrey, quero que aproveite o meu marido.
Sem um segundo de hesitação, Jefrey ajoelha-se na cama, toma o
pau duro de Eric e massageia. O move para cima e para baixo, e Eric fecha
os olhos. Não quer ver. A mulher se coloca ao meu lado e toca meus seios.
Ele gosta e me deixa saber, enquanto o outro continua masturbando o meu
amor. Ele lhe toca, tira dele, até que ele mete todo o pênis na boca. Eric se
arqueia. Suspira. Gostando de ver aquilo, me aproximo de sua boca.
- Abra as pernas, querido.
Ele faz. Jefrey se encaixa entre as pernas de Eric para lamber, chupar
e excitar o homem que eu amo. Indico à mulher que me toca, que lhe chupe
os mamilos. Ela faz e eu concordo, com prazer de controlar a situação. Eu
gosto de mandar, bem como de ser mandada. Jeffrey, com a boca ocupada,
passa suas mãos livres pelo traseiro do meu amor, e este se contrai.
Aproveita as carícias. Fecha os olhos, e eu exijo:
- Olhe para mim.
Obedece. Crava seu olhar azulado em mim, enquanto eu sinto que os
pêlos do seu corpo arrepiam com o que o homem faz. Eric se contrai. O
prazer rude que Jefrey lhe dá e que nunca tinha provado o agrada. De
repente, percebo que Eric tem uma mão sobre a cabeça de Jeffrey. Ele o
empurra para baixo em seu pênis. Quer mais. Eu sorrio. Meu amor suspira, e
eu louca de excitação, faço que Jefrey saia e me coloco montada sobre Eric,
ele me preenche.
Eric agarra meus quadris e me aperta contra ele, em busca de seu
orgasmo louco, enquanto Jefrey e a mulher nos observam. Quando meu
amor dá um gemido sórdido, eu pressiono contra ele, e então, só então, se
deixa ir.
Deitada sobre ele, o abraço. Eu beijo e pergunto:
- Tudo bem, querido?
Eric me olha. Balança a cabeça e murmura:
- Sim, pequena. Finalmente você conseguiu.
Isso me faz rir. De repente, a porta se abre. Dexter entra com um
homem nú. Eric se levanta e entra no chuveiro enquanto eu me sento na
cama. A mulher ao meu lado não consegue resistir e começa a me tocar. O
mexicano sorri, se aproxima de mim e me ensina a por a corrente pequena
de mamilos. Sem necessidade de que me peça, aproximo meus peitos e ele
belisca com uma pinça. Em seguida, puxa as correntes e murmura:
- Deusa..., me faça gozar.
Eric retorna conosco e senta em uma poltrona. Sei que quer observar.
Eu sei disso. A mulher que está ao meu lado sussurra que quer novamente a
minha vagina. Concordo. Abro minhas pernas deitada na cama e guio sua
cabeça para ela. Com exigência, agarro pelos cabelos, enquanto me chupa,
e sou eu nesse momento que determina a intensidade. Ela pega a corrente
entre os meus seios, e cada vez que seus lábios puxam e libera meu clitóris,
e eu grito.
Somos o espetáculo quente e doentio de quatro homens. Eu gosto.
Eles nos observam, e eu noto que Jeffrey e o outro colocam preservativos.
Dexter respira de forma irregular, e Eric me come com os olhos. Os homens
gostam do que vêem entre nós, e eu gosto de ser olhada.
Quando o orgasmo me faz ter convulsões, a mulher volta a chupar
avidamente. Quer a minha essência. Eu deixo que tome tudo o que quiser.
Venero como me chupa. Eric a chama e a afasta de mim e pede que se
sente montada sobre ele.
Como um deus todo-poderoso meu dono me olha. Eu olho para ele e
escuto dizer:
- Quero ver como eles te fodem.
Eu olho para os dois homens que me observam. Ambos se levantam
da cama e começam a me tocar, enquanto Eric se deixa tocar pela mulher.
Dexter se aproxima de mim, puxa a corrente pequena para alongar os
mamilos ao máximo, assobia e tira de mim:
- .....permita-me deixar seu traseiro vermelho.
Dou a volta e lhe ofereço meu traseiro, após beijá-lo me dá seis
açoitadas. Três de cada lado. Depois aproxima seu rosto às minhas nádegas
e sentindo o meu calor sussurra:
- Agora sim deusa, ... agora já está preparada.
Jefrey me deita na cama. Ele fica sobre mim e chupa meus mamilos
doloridos. Curiosamente, apesar de estarem doloridos, o formigamento que
sinto ante as lambidas me faz desfrutar. O ritmo de Jefrey em seus
movimentos é excitante, e quando considera oportuno, me coloca sobre ele.
Eu deixo.
- Ofereça seus seios. - Pede Eric.
Me abaixo sobre Jefrey e meus seios vão a sua boca. Ele chupa,
lambe e os endurece, enquanto o outro homem toca minha cintura e
mordisca carinhosamente minhas costelas. Assim ficamos uns minutos, até
que Jeffrey, sob o olhar atento do meu amor, me penetra. A sua vontade me
faz tremer, e eu suspiro. Agarrado a minha cintura, me desloca da frente
para trás, e seu pênis entra em mim sem piedade. Eu gosto. Me sufoca, e
Eric não tira o olho de mim.
De repente, sinto que o outro homem me dá uma açoitada, me abre
as nádegas e me enche de lubrificante. Com firmeza enfia um dedo no meu
ânus e começa a mover, enquanto Jeffrey me penetra sem parar. Eu suspiro.
Eric se levanta. Ele sobe na cama e se aproxima de mim, sussurrando:
- Você está preparada, querida?
Ardente concordo, e então o desconhecido coloca seu pênis em meu
ânus e começa a entrar em mim até que eu estou completamente
preenchida. Eu suspiro ao me sentir totalmente fodida ante os olhos de meu
amor. Meu ânus está dilatado. Não há dor. Apenas prazer. Uma e outra vez
aqueles homens saem e entram em mim, e eu gosto. Diana deita na cama,
pega a enorme ereção de Eric e coloca na boca. Ela chupa. Ele gosta.
- Assim querida..., assim...curve-se...- Eric murmura extasiado com o
que vê, até que um grito viril surge da boca da mulher.
Os dois desconhecidos continuam fundindo-se em mim, e meu corpo
aceita. Dexter pede a Jeffrey que morda meus mamilos, e ao outro detrás
que me bata. Eles fazem ao mesmo tempo que me fodem. Uma vez ... e
outra... e outra mais, até que eu gozo e eles também.
Depois disso, Eric me beija. Ele faz os homens saírem de mim, agarra
a minha cintura e me carrega em seus braços para o chuveiro. A água cai
sobre nossos corpos e não falamos. Meu sexo e meu ânus ainda tremem.
Tudo foi tão doentio e excitante que eu mal posso pronunciar uma palavra.
Meu Iceman passa a mão pelo meu rosto e sussurra:
- Tudo bem, querida?
Aceno com a cabeça e sorrio. Isso foi incrível.
Nossas bocas se encontram. Se devoram, e Eric furioso volta a me
penetrar. Ele se recuperou e sua ereção me necessita. Ele me toma em seus
braços e, sob a água correndo, me faz sua. Presa contra a parede, meu
amor se funde em mim, uma e outra vez, enquanto minhas pernas se
enredam em volta de sua cintura, ansiosa por mais e mais. Nos dizemos
palavras quentes ao ouvido e cresce o nosso desejo. Palavras selvagens,
olhando nos olhos para enlouquecermos mais. E quando nosso orgasmo nos
faz gritar, ficamos apoiados na parede, e Eric sussurra em meu ouvido:
- Vai me matar pequena...
Eu sorrio. Me movo e Eric me solta no chão. A água segue caindo
sobre nossos corpos. Olhamos um para o outro e sorrimos. Quando saímos
do chuveiro, eu olho para as outras pessoas no quarto, e vejo que agora é a
mulher que está na cama com os outros dois e Dexter a toca feito louco,
pergunto:
- Isto é sempre assim?
Eric concorda, e chegando mais perto de meu corpo, murmura:
- Sempre. Quando a pessoa encontra o que deseja. São fantasias.
Lembre-se disso.
Dez minutos depois, Eric e eu, vestidos, voltamos para o segundo
quarto, onde estávamos. Ele me beija, desfruta de mim e eu dele. Estamos
felizes. Estamos sintonizados. O que mais posso pedir?
Depois de beber um par de bebidas mistas minha bexiga está
explodindo. Eu indico que tenho que ir ao banheiro. Ele me diz onde é, e eu
me encaminho. Ao entrar vejo duas mulheres se beijando, me olham, olho
para elas e sorrio. Eu entro em uma cabine e de bom grado suspiro enquanto
faço xixi. Ouço mais pessoas entrar no banheiro. Risos. Algumas mulheres
sussurram e ouço:
- Oh, sim! Na próxima sexta-feira eu tenho um jantar com Raimon
Grüher e seus pais. Finalmente eu consegui meu objetivo. Ele vai me pedir
em casamento.
Guinchos de satisfação. Eu sorrio. E outra voz diz:
- Onde você vai jantar com eles?
- Às sete horas, na Trattoria de Vicenzo. Um lugar ideal, certo?
- Maravilhoso.
- E exclusivo.
- E caríssimo.
Risos novamente.
- Mas espere, eu pensei que Raimon não era seu tipo. Você gosta dos
garotos.
- E não é mesmo querida, mas do seu dinheiro eu gosto. - Ambas
sorriem, e eu suspiro. Pequena sirigaita! - Não é um homem que me
enlouquece na cama. Na sua idade, o que você espera? Mas eu já tenho isto
resolvido com seu primo Alfred e os meus próprios amigos. No final fica tudo
em família, você não acha?
- Oh, Betta! Você é terrível.
Betta?!
Ela disse Betta?
Meu coração começa a bater, quando ouço:
- Olha quem está falando. Não que você seja uma santa, estando
neste lugar sem seu marido. Se Stephen descobrisse, daria o troco.
O sorriso me confirma que é ela. Betta! Sua risada de carne de porco
é inconfundível. Abaixo o vestido, já que não estou usando calcinha porque
Eric rasgou, e abro a porta do banheiro. Elas olham para mim e percebo que
Betta não se surpreende ao me ver no local. Pelo seu gesto, eu sinto que já
sabia que eu estava ali. E antes que eu possa fazer qualquer coisa, me dá
um empurrão que me joga contra a parede. Mas eu sou rápida, eu a pego
pelo vestido e arranco. Ela cai de cabeça no chão. Sua amiga começa a
chorar e vai em busca de ajuda. As duas mulheres que estavam se beijando
correm . Nos deixam sozinhas.
Quando ela cai ao meu lado, olho para sua mão. Vejo um anel em
forma de margarida e, furiosa, grito:
- Você tocou nele, maldita porca. Você tocou em Eric?
Ela sorri maliciosamente.
- Me parece que os dois estavam gostando quando eu toquei, não?
Sua declaração me deixa sem palavras. Vou matá-la! Dou-lhe um
tapa e depois outro, ante a cara de horror de uma mulher que entra neste
momento no banheiro. Betta levanta do chão, e eu sigo. Ela é mais alta que
eu, porém eu sou muito mais ágil e rápida do que ela, e quando vai escapar,
o empurro contra a parede, prendendo-a, sibilo:
- Como você ousa tocá-lo? - Eu grito.
Ela não responde. Apenas sorri e, furiosa, digo:
- Eu disse que não queria você perto de Eric.
- Tudo o que você disse não me importa.
Oh, Deus, eu rasgo as extensões! E olhando para ela, grito com raiva:
- Eu te disse que se me provocasse, me encontraria, cadela!
Betta grita. Ela se assusta quando torço o braço e, de repente, Eric
me agarra, me separa dela, e pergunta:
- Pelo amor de Deus Jud, o que você está fazendo?
Betta, com o rosto enrugado e olhar recriminador, grita:
- Tua namorada é uma assassina.
- Você vai ver cadela! - Eu grito.
- Ela me viu e me atacou.
- Você é uma sem-vergonha. Me atacou primeiro.
- Mentirosa. E olhando para Eric, ela murmura: Querido, não acredite
nela. Eu estava no banheiro, e ela veio e...
- Cale a boca, Betta! - Eric grita, enfurecido.
- Querido! Você quis dizer "querido"? - Eu grito, me livrando dos
braços de Eric. Não o chame de querido, vadia!
Eric me segura. Estou uma fera. Ele olha para mim e diz:
- Não entre no seu jogo, querida. Olhe Jud. Olhe para mim.
Mas eu estou pronta para tirar os olhos desta que me olha com
diversão, e grito:
- Como você pode tocar? Como você pode se aproximar dele? De
nós?
- Este é um lugar público, bela. Não é um lugar exclusivo para você e
Eric.
- Betta, basta! - Eric grita sem entender o que queremos dizer.
Vou matar. Eu vou matar ela!
Eric, furioso, tenta me acalmar. - Não preste atenção em Betta, ela
não interessa. Só presta atenção em mim, até que ela grita:
- Esta é a segunda vez que me ataca em Munique. O que aconteceu
com sua namorada? É um animal?
Isso atrai a atenção de Eric e me pergunta:
- É a segunda vez?
Eu não respondo. Suspiro, e ela insiste:
- Sim. Na loja da Anita. Estava com sua irmã Marta, e ela também me
atacou. As duas me perseguiram e me bateram, e...
- Será que você faria isso? - Eric pede, irritado.
Constrangida por reconhecer, e em especial como ele me olha, eu
respondo:
- Sim. Ela me devia. Por sua culpa nós rompemos, e...
Eric me solta e leva as mãos à cabeça.
- Pelo amor de Deus, Judith, somos adultos. Como você pode fazer
algo assim?
Espantada com a forma que ele está interpretando, eu olho e
sussurro:
- Quem me provoca, me paga. E esta cadela me provocou.
Frida, alertada, entra no banheiro. Ao ver Betta não pensa. Se
aproxima e lhe dá uma bofetada.
- Cadela, o que você está fazendo aqui? - Ela grita.
Betta olha ao redor. Nenhuma ajuda. Todos sabem sua história com
Eric, e nos ameaça aos gritos:
- Eu vou chamar a polícia e vou denunciar a todos.
- Chama. – Gritamos eu e Frida.
Aquela idiota puxa seu celular de última geração, e após tentar, grita
frustrada:
- Por que não tem sinal aqui?
Frida e eu sorrimos, e digo com ironia:
- Saia do banheiro. Lá fora certamente tem sinal.Vamos.., chame a
polícia. Será ótimo que seus futuros sogros e maridinho descubram que você
estava aqui.
Andrés chega, censura sua esposa e a repreende ao vê-la gritar.
Frida reclama e sai do banheiro, irritada. Não suporta Betta. Björn, que até
então tinha permanecido ao lado da porta, olha para seu amigo irritado, e
sussurra:
- Isto já acabou. Vamos sair daqui.
Eric, sem me avisar, sai do banheiro. Betta sorri. E eu, incapaz de
segurar meu instinto, lhe dou um empurrão contra o banheiro.
- Eu juro pelo meu pai que isso não acaba aqui.
Uma vez que saio do banheiro, muito irritada, Björn agarra meu braço,
me faz olhar e murmura:
- Assim não se resolve as coisas, linda.
- O que quer dizer? Eu não quero resolver coisa alguma com essa
cadela!
E depois contar-lhe o que aconteceu em Madrid, e do rompimento
entre Eric e eu, diz:
- Não me admira o que aconteceu aqui. Além disso, estou prestes a
entrar e dar mais uma bofetada.
Isto me faz rir. Björn, vendo meu gesto, sorri e me abraça. Neste
momento, Eric vem até nós e, com fúria em seus olhos, diz:
- Estou indo para casa. Você vem comigo ou vai ficar com Björn para
continuar a jogar?
Surpresos, olhamos para ele e digo:
- Você é um babaca.
- Jud...- Eric sibila.
- Nem Jud nem leite. O que você está querendo insinuar com isso?
Eric não responde. Björn, se divertindo, me empurra para Eric e
acrescenta:
- Vamos pombinhos.Terminem a discussão em casa, na cama!
No carro não falamos.
Ambos estamos com raiva e não entendo por que ele tem essa raiva.
No final de tudo, Betta mereceu. E ainda por cima teve a coragem de tocá-lo.
De tocar-nos. Para se aproximar de nós. Maldita mulher!
Ao longo do caminho, os nossos celulares tocam. Temos recebido
várias mensagens. Não olhamos. Nós não estamos com humor. Estou certa
de que é Frida e Björn, para ver como estamos. Quando chegamos em casa,
colocamos o carro na garagem, dou uma batida com a porta e Eric me olha,
e ansiosa para entrar numa briga, grito:
- O que houve?
Eric avança sobre mim.
- Você poderia não ser tão estúpida e fechar com cuidado.
- Não.
Ele levanta uma sobrancelha surpreso e repete:
- Não?
- Exatamente. Não, não quero ter cuidado! E não quero ter, porque
estou muito brava com você. Primeiro por gritar comigo na frente da idiota da
Betta, e segundo pela idiotice que disse em relação a Björn.
Eric fecha os olhos.
- Por que você não me contou sobre Betta?
- Porque eu não vi necessidade. É entre eu e ela.
- Entre você e ela?
- Exatamente. E antes que você acrescente qualquer outra coisa,
deixe-me dizer que meu pai me ensinou a...
- Já estamos com o seu pai? Quer deixar seu pai fora disto?
Indignada com a sua fúria, grito:
- Pois bem,... e porque não posso falar sobre o meu pai quando me dá
vontade?
- Porque estamos falando de Betta, não do seu pai.
- Você é um idiota, sabia?
Eric não responde. E como não posso manter o que penso, o deixo ir:
- Eu ia dizer, que o meu pai me ensinou a não ser vítima de pessoas
más. Aquela idiota, para não dizer algo pior, brincou comigo. Foi uma
megera e tentou complicar a minha vida. O que você quer? Que quando a
vejo lhe abrace? Olha, não... Isso você não acredita nem depois de muito
Möet Rosa.
Sem olhar para mim, toca sua testa.
- Não pretendo que bata palmas. Só quero que não tenhas nada a ver
com ela. Fique longe de Betta, e poderemos viver em paz.
- E o que dizer desta noite? Essa... essa...cadela teve o descaramento
de se aproximar de nós no quarto escuro. Tocou você. Ela passou as mãos
sujas pelo seu corpo, e eu incentivei sem perceber que era ela. Tocou em
você diante de mim. Voltou a me provocar. Mais uma vez ela jogou
sujo.Você acha que eu deveria perdoar novamente?
Eric não responde. O que acaba de escutar o surpreende.
- Ela era a mulher que...
- Sim, ela. Aquela nojenta. Ela esteve no quarto escuro! – Grito em
desespero.
Escuto amaldiçoar. Caminhar de um lado para o outro, e finalmente
murmura:
- É tarde. Vamos para a cama.
- Uma merda. Estamos conversando. Não importa a hora que seja.
Você e eu estamos tendo uma conversa adulta, e não vou deixar que
interrompa porque você não quer falar sobre isso. Acabo de dizer que essa
cadela voltou a nos enganar. Ela jogou sujo.
Nervoso, se move pela garagem. Amaldiçoa.
De repente, se fixa em algo. Vejo o meu capacete amarelo da moto.
Oh não! Eu fecho meus olhos e amaldiçôo. Deus, agora não! Eric caminha
em direção ao seu objetivo e grita, quando retira o plástico azul.
- O que essa moto faz aqui?
Bufo. A noite vai de mal a pior. Eu ando até ele e respondo:
- É a minha moto.
Incrédulo, olha para mim, olha a moto e diz:
- É a moto de Hannah. Por que está aqui?
- Sua mãe me deu de presente. Ela sabe que eu faço motocross e...
- Isto é inacreditável! Inacreditável!
Consciente do que ele pensa, suavizo meu tom.
- Ouça Eric. A Hannah gostava do mesmo esporte que eu, e como eu
não tenho minha moto aqui, e...
- Você não precisa desta moto, porque aqui você não vai fazer
motocross. Eu te proíbo!
Isso me enfurece. Me pinica o pescoço.
Quem é ele para proibir alguma coisa? E pronta para a batalha,
respondo:
- Você está errado. Vou continuar fazendo motocross. Aqui, lá e onde
eu bem entender. E para que saibas: tenho ido algumas manhãs com seu
primo Jurgen e seus amigos para correr. Aconteceu alguma coisa?
Nãoooooooo..., mas você como sempre, tão dramático.
Seus olhos queimam. Não estou fazendo bem para ele. Sei que estou
colocando o pé no fundo, mas nada posso fazer. Eu sou uma boca grande!
Eric me olha. Acena com a cabeça. Morde o lábio.
- Está escondendo coisas de mim?
- Sim.
- Por quê? Acredito que a primeira coisa que nos pedimos quando
retomamos nosso relacionamento foi sinceridade. Certo, Judith?
Eu não respondo. Eu não posso. Ele está certo. Sou a pior. Me pinica
o pescoço. A alergia! De repente, a porta da garagem se abre e entra Sonia
e Marta. Nos olham e Sonia diz:
- Para que vocês têm os telefones?
Me surpreendo ao vê-las aqui. Que horas são? Mas Eric grita:
- Mãe, como você pode dar a moto para Judith?
A mulher me olha. Eu suspiro.
- Filho, vamos, relaxe. Essa moto em casa não servia para nada, e
quando Judith me disse que fazia motocross como Hannah, pensei e decidi
dar de presente.
Eric bufa e grita de novo:
- Como tenho que dizer para que não se intrometa na minha vida?
Como?
- Desculpe Eric... É a minha vida! - Esclareço ofendida.
Martha, vendo o gênio de seu irmão, olha e grita, apontando:
- Ponto um: não grite com a mamãe assim.
- Ponto dois: Judith é maior de idade para saber o que pode ou não
pode fazer.
- Ponto três: se você quiser viver em uma bolha de vidro não quer
dizer que nós tenhamos que viver.
- Cale a boca, Martha! Cale a boca! - Eric sibila.
Mas sua irmã se aproxima dele, e acrescenta:
- Eu não vou me calar. Estamos ouvindo de dentro da casa. E tenho
que dizer que é normal que Judith não diga sobre a moto ou qualquer outra
coisa. Como ia contar? Com você não se pode falar. Você é o Senhor
Ordeno e Mando. Tem que fazer somente o que você gosta, ou dá uma de
Deus. - E, olhando para mim, ela diz: - Você já disse sobre mim e mamãe?
Nego com a cabeça, e Sonia com as mãos sobre a boca, sussurra:
- Filha por Deus,... cale a boca.
Eric sem acreditar, nos observa. Seu gesto está se tornando mais
escuro. Por fim ele tira o casaco. Está com calor. Deixa sobre o capô do
carro, põe as mãos na cintura, e me dando um olhar intimidador pergunta:
- O que é isso de contou sobre minha mãe e minha irmã? Que outros
segredos você esconde de mim!
- Filho, não grite com a Judith. Coitada.
Eu não posso falar. Tenho a língua grudada no palato, e Martha, curta
e grossa diz:
- Para seu registro, mamãe e eu estamos fazendo um curso de páraquedismo há meses. Aha! Já falei. Agora, pode ficar com raiva e gritar, isso
sim lhe dá de motivo, irmãozinho.
O rosto de Eric é um poema.
- Pára-quedismo? Vocês enlouqueceram?
As duas abanam a cabeça e, de repente Simona, envergonhada,
entra na garagem.
- Senhor, Flynn está chorando. Quer que você suba.
Eric olha para a mulher e diz:
- O que Flynn faz acordado a esta hora? - Da um passo, pára. Olha
para a sua irmã e sua mãe, e pergunta: - O que aconteceu? Por que vocês
estão aqui a esta hora?
Não lhes dá tempo para responder. Sai como um tiro para o quarto de
Flynn. Sonia vai atrás dele. Marta me olha assustada, e eu pergunto:
- O que houve?
Marta suspira e olha para mim.
- Céus.., lamento dizer que meu sobrinho caiu com o skate e quebrou
um braço.
Quando escuto minhas pernas amolecem. Não. Não pode ser
verdade!
- Como?
- Eu chamei o telefone milhares de vezes, mas vocês não atenderam.
Branca como a parede, olho para Martha .
- Não havia cobertura onde estávamos. Ele está bem?
- Sim, como se não bastasse, Eric vai ficar com mais raiva de você.
Ao entrarmos no interior da casa, meu coração bate forte. Eric não vai
me perdoar por nada disto. Todos os segredos que me atormentavam vêm à
luz ao mesmo tempo. Isso vai deixá-lo muito zangado. Eu sei disso. Eu o
conheço.
Quando eu entro no quarto de Flynn, o pequeno está engessado. Ele
olha para mim, e quando eu chego perto dele, Eric fica na frente e sussurra:
- Como você pode me desobedecer? Eu disse não para o Skate.
Tremo. Tremo incontrolavelmente e com um sussurro digo:
- Sinto muito Eric.
Com o gesto completamente deslocado, ele me despreza.
- Não tenha dúvida, Judith. Claro que você vai sentir.
Eu fecho meus olhos.
Eu sabia que isto aconteceria um dia, mas eu nunca pensei que Eric
reagiria de forma tão dura. Estou tão confusa que não sei o que dizer. Eu só
vejo o seu olhar frio. Deixando-me de lado, eu me aproximo do menino e o
beijo na testa.
- Você está bem?
O garoto acena com a cabeça.
- Perdoe-me Jud. Eu estava entediado e peguei o skate e caí.
Com carinho sorrio e sussurro:
- Sinto muito, querido.
O pequeno assente com tristeza. Eric pega meu braço, me puxa para
fora do quarto com a mãe e a irmã, e diz com raiva:
-Vão dormir. Amanhã eu falo com vocês. Eu vou ficar com Flynn.
Naquela noite, quando entro em nosso quarto, não sei o que fazer. Me
sento na cama e me desespero. Quero estar com Eric e Flynn. Eu quero me
juntar a eles, mas Eric não deixa.
36
Na manhã seguinte, quando desço até a cozinha, estão sentados à
mesa Marta, Eric e Sonia. Discutindo. Quando eu entro, ficam quietos e isso
me faz sentir terrível.
Simona, carinhosamente, me prepara uma xícara de café. Com seus
olhos me pede tranquilidade. Conhece Eric e sabe que ele está furioso, e me
conhece. Quando eu me sento à mesa olho para Eric e pergunto:
- Como está Flynn?
Com um olhar severo que eu não gosto, sussurra:
- Graças a você, com dor.
Sonia olha para o seu filho e rosna:
- Maldito seja Eric, não culpe a Judith! Por que você insiste em culpála?
- Porque ela sabia que não devia ensiná-lo a usar o skate. Portanto a
culpa é dela - responde com raiva.
Minhas pernas tremem. Eu não sei o que dizer.
- Mas você é estúpido ou se faz? - Marta intervém.
- Marta...- Eric sibila.
- O que é que ela não deveria? Mas você não vê que o menino mudou
por causa dela? Não vê que Flynn não é mais a criança introvertida que era
antes dela chegar? -Eric não responde, e Martha continua. - Você deveria
agradecer-lhe por ver Flynn sorrir e se comportar como uma criança da sua
idade. Porque, sabe irmãozinho? As crianças caem, porém se levantam e
aprendem, algo que, aparentemente, você ainda não aprendeu.
Sem resposta. Ele se levanta e sai da cozinha sem olhar para mim.
Meu coração se encolhe, mas depois de dar uma olhada para as três
mulheres que me observam, murmuro:
- Fiquem tranquilas, falarei com ele.
- Dê uma bofetada. É o que ele merece. - Marta sussurra.
Sonia me olha, toca minha mão e sussurra:
- Não se culpe por nada, querida. Não é culpa sua. Nem mesmo de
ter a moto de Hannah e sair com Jurgen e seus amigos.
- Eu tinha que ter-lhe dito. - Afirmo.
- Sim, claro, como se fosse tão fácil dizer alguma coisa ao senhor malhumorado! - Marta protesta. - Você tem muita paciência com ele. Você deve
gostar muito, porque senão, não entendo como suporta. Eu o amo, ele é meu
irmão, mas eu te garanto que não o suporto.
- Marta... - Sonia sussurra - Não seja tão dura com Eric.
Ela se levanta e acende um cigarro. Peço outro. Preciso fumar.
Quando eu saio da cozinha vinte minutos mais tarde, me aproximo da
porta do escritório de Eric.Tomo ar e entro. Ao me ver crava seus olhos
acusadores em mim e sussurra:
- O que você quer Judith?
Eu me aproximo.
- Desculpe. Desculpe não ter dito que...
- Não aceito o seu pedido de desculpas. Você mentiu.
- Você está certo. Eu tenho escondido as coisas, mas...
- Você mentiu o tempo todo. Tem escondido coisas importantes
quando você sabia que não deveria fazer isso. Sou tão ogro que não pode
me dizer as coisas?
Eu não respondo. Silencio. Nos olhamos e, finalmente, pergunta:
- O que significa para você agora e sempre? O que significa para você
o compromisso de estarmos juntos?
Suas perguntas me abalam. Eu não sei o que dizer. Silencio. No final,
ele diz:
- Olha Judith, estou muito bravo com você e comigo mesmo. Melhor
sair do escritório e me deixar em paz. Eu quero pensar. Preciso relaxar ou,
como eu estou, vou fazer ou dizer algo que vou me arrepender.
Suas palavras me levantam e sem ignorá-lo, digo:
- Você está me tirando de sua vida como sempre faz quando fica com
raiva?
Não responde. Me olha, olha, olha, e eu decido me virar e sair da
sala.
Com lágrimas nos olhos, caminho para o meu quarto. Entro e fecho a
porta. Sei que sua raiva é justificada. Sei que procurei por isto, mas ele tem
que perceber que, se eu não disse nada que era porque todos temiam a sua
reação. Estou arrependida. Muito arrependida, mas nada pode ser feito.
Dez minutos depois, Marta e Sonia vêm dizer adeus. Estão
preocupadas. Eu sorrio e digo que podem ir tranquilas. O sangue não
chegará ao rio.
Quando elas saem, eu me sento no tapete macio do meu quarto. Por
horas eu penso e lamento. Por que eu fiz tudo tão errado? De repente, ouço
um carro sair. Eu olho para fora da janela e fico sem palavras ao ver que é
Eric quem sai. Eu saio do quarto, olho para Simona, e antes de perguntar,
ela explica:
- Saiu para encontrar Björn. Disse que não vai demorar.
Eu fecho meus olhos e suspiro. Subo ao quarto de Flynn, e o pequeno
ao me ver sorri. Ele parece melhor do que na noite anterior. Me sento na
cama e sussurro, tocando sua cabeça:
- Como você está?
- Bem.
- Dói o braço?
O garoto acena com a cabeça e, ao sorrir, digo:
- Aiiii Deus, querido você também quebrou um dente!
O alarme em meu rosto é tal que Flynn sussurra:
- Não se preocupe. A vó Sonia disse que é de leite.
Concordo e me surpreendo com suas palavras:
- Eu sinto que o tio está tão bravo. Não levará o skate. Você me pediu
que nunca usasse sem estar perto. Mas eu estava entediado e...
- Não se preocupe Flynn. Essas coisas acontecem. Sabe, quando eu
era pequena, uma vez que quebrei uma perna ao saltar de moto e, anos
depois, um braço. As coisas acontecem porque têm que acontecer.
Realmente, não se preocupe.
- Não quero que você vá embora, Judith!
Isso me perturba.
- E por que eu iria embora? - Eu peço.
Não responde. Me olha, e então sussurro:
- O seu tio falou que vou embora?
O garoto nega com a cabeça, mas eu tiro minhas próprias conclusões.
Deus, não. De novo não!
Eu engulo o caroço de emoção na minha garganta que quer sair.
Respiro e sussurro:
- Escuta querido. Não importa se vou ou se fico, ainda vamos ser
amigos, certo? Ele acena com a cabeça, e eu com dor no coração mudo de
assunto:
- Gostaria de jogar cartas?
O menino concorda, e eu engulo as lágrimas. Brinco com ele
enquanto minha cabeça pensa no que disse. Será que Eric quer que eu vá?
Após o almoço, Eric retorna. Vai direto para o quarto de seu sobrinho,
e eu me abstenho de entrar. Por horas me sento no sofá da sala e assisto
televisão até que eu não posso mais, saio para rua com Susto e Calamar.
Dou um passeio pelo bairro e demoro além da conta, com a esperança de
que Eric me procure ou me chame no celular. Mas nada disso acontece, e
quando eu volto, Simona sai de casa e diz que o senhor já foi dormir.
Eu verifico o meu relógio. Onze e meia da noite.
Confusa porque Eric vai para a cama antes de voltar, entro na casa e,
após dar água aos animais, subo a escada com cuidado. Eu olho para o
quarto de Flynn e o pequeno dorme. Vou até ele, dou-lhe um beijo na testa e
vou para o meu quarto. Ao entrar, olho para a cama. A escuridão não me
deixa ver claramente Eric, mas eu sei que o vulto que vislumbro é ele.
Silenciosamente eu tiro a roupa e me meto na cama. Tenho os pés
congelados. Eu quero abraçá-lo e, quando me aproximo, ele se vira.
Seu desprezo dói, mas decidida a falar com ele, murmuro:
- Eric, eu sinto muito querido. Por favor, me perdoe.
Eu sei que está acordado. Eu sei disso. E sem se mexer responde:
- Você está perdoada. Vá dormir. É tarde.
Com o coração partido eu rolo na cama e tento dormir sem ser tocarlhe. Dou mil voltas e finalmente consigo.
37
Quando acordo no dia seguinte, estou sozinha na cama. Isso não me
surpreende, mas quando vou até a cozinha e Simona diz-me que o senhor
foi trabalhar, bufo de indignação. Porque logo hoje me deixei dormir?
Como posso, passo o dia com Flyn. O pequeno está irritado. Ele
machucou o braço e a sua ligação comigo é zero.
Desesperada, sento-me com Simona a ver ―Loucura esmeralda‖.
Naquele dia, Luis Alfredo Quiñones, o amor de Esmeralda Mendoza, acredita
que ela o está traindo com Rigoberto, o noivo dos falcões de San Juan, e
quando o capítulo termina Simona e eu olhamos uma para a outra
desesperadas. Como nos podem deixar assim?
Eric não vem almoçar, e retornando no final da tarde do escritório,
quando me vê, não me beija. Cumprimenta-me com um breve movimento de
cabeça e vai para ver o seu sobrinho. Janta com ele, e quando chega a hora
de dormir, faz o mesmo da noite passada. Ele vira-se e não me fala. Não me
abraça.
Durante quatro dias suporto esse tratamento. Não me fala. Não me
olha. E na quinta-feira surpreende-me quando me procura no meu pequeno
quarto e late:
- Nós temos de falar.
Ugh, que mal soa essa frase. É angustiante, mas concordo.
Diz-me para passar no seu escritório. Vai ver o seu sobrinho. Faço o
que me pede. Espero-o. Espero por mais de duas horas. Está a provocarme. Quando entra no seu escritório, estou muito nervosa. Ele senta-se na
sua mesa. Olha-me como levava dias sem olhar-me e espalha-se na sua
cadeira.
- Tu dirás.
Boquiaberta, olho para ele e sussurro:
- Eu direi?!
- Sim, tu dirás. Conheço-te e sei que terás muito para dizer.
Como um furacão muda-me o gesto. Com a sua arrogância em certas
ocasiões, eu posso, e, sem mais, explico-me:
- Como podes ser tão frio? Por favor! Estamos na quinta-feira e desde
sábado que não me falas. Oh, Deus, eu estava ficando louca. Por acaso
pretendes não me falar mais? Martirizar- me? Pregar-me numa cruz e ver
como eu sangro diante de ti? Frio... frio ... isso é o que és: um frio alemão.
Vocês são todos iguais. Vocês não têm sentido de humor. Mas quando conto
uma piada, vocês nem riem, e se sou simpática vocês acreditam que eu
estou flertando. Por favor, em que mundo vivemos? Fiquei aborrecida,
entediada! Como podes ser tão ... tão ... idiota? - Grito. Cansada! Eu estou
farta! Nestes momentos, não sei o que fazemos eu e tu juntos. Somos fogo
contra gelo, e eu estou cansada de tentar não me consumas com a porra da
sua maldito frieza.
Não responde. Só olha para mim e continuo:
- A tua irmã Hannah morreu, e tu cuidas do seu filho. Tu achas que
ela aprovaria o que estás a fazer com ele? – Eric bufa. Eu não a conheci,
mas pelo que eu sei dela, eu tenho certeza que teria ensinado a fazer a Flyn
tudo o que tu lhe negas. Como disse a tua irmã na outra noite, as crianças
aprendem. Eles caem, mas levantam-se. Quando tu te vais levantar?
- O que queres dizer? Murmura com fúria.
- Digo que deixes de te preocupar com coisas que ainda não
aconteceram. Digo que deixes viver os outros e entendas que nem todos
gostam da mesma coisa. Quero dizer que aceites que Flyn é uma criança e
que deve aprender centenas de coisas que…
- Chega!
Contorço as mãos. Estou muito nervosa e ao ver o seu gesto
contrariado, pergunto
- Eric, não sentes falta de mim? Não tens saudades?
- Sim.
- E porquê? Estou aqui. Toca-me. Abraça-me. Beija-me O que
esperas para falar comigo e tentar perdoar-me de coração? Foda-se! Não
matei ninguém. Sou humana e cometo erros. Está bem, aceito o da moto.
Tinha de te ter dito. Mas vamos ver, eu proibi-te de ires ao tiro olímpico?
Não, verdade? E porque eu não te proibi apesar de eu odiar armas?
Muito simples, Eric, porque eu te amo e respeito que gostes de algo
que eu não gosto. Quanto a Flynn, na verdade, disseste-me para ele não
andar de skate, mas o menino queria. A criança precisava fazer o mesmo
que os seus companheiros para demonstrar àqueles que o chamam de
"chino, meia leca e galinha" que pode ser um deles e ter a porra de um
skate.
Ah, e isso para não dizer que o garoto gosta de uma garota da sua
classe e quer impressiona-la. O quê, tu não sabias? Ele negou com a
cabeça, e continuo: "Quanto à tua mãe e à tua irmã, elas pediram-me para
não dizer nada, que mantesse o segredo. E a pergunta é: quando o meu pai
te guardou o segredo do que tinhas comprado a casa em Jerez, eu devia ter-
me zangado com ele, tinha de o apedrejar por isso? Vamos, por favor... Eu
só fiz o que as famílias fazem: mantive pequenos segredos e tentei ajudar. E
quanto a Betta, oh, Deus, cada vez que eu penso que te tocou à minha
frente, eu fico louca. Se eu soubesse, eu cortaria as garras porque...
- Cale-se! Eric grita, com veemência. Já ouvi o suficiente.
Isso me irrita, e eu sou incapaz de calar-me.
- Estás à espera que eu vá embora, certo?
A minha pergunta surpreendeu-o. Eu conheço-o e os seus olhos
dizem-me isso. E, sem dar trégua, porque eu estou histérica, eu pergunto:
- Porque disseste a Flyn que talvez me vá daqui? Por acaso é o que
me vais pedir para fazer e já estás a preparar a criança?
Continua surpreendido.
- Eu não disse isso a Flyn. Do que falas?
- Não acredito em ti.
Não me responde. Olha-me, olha-me, e olha-me, e no final diz-me:
- Não sei o que fazer contigo, Jud. Eu quero-te, mas tu deixas-me
louco. Preciso de ti, mas desesperas-me. Adoro-te, mas…
- És um idiota…!
Ele levanta-se da mesa e exclama com a cara contraída: - Pára! Não
voltes a insultar-me.
- Idiota, idiota e imbecil.
Meu Deus, como mês estou a passar! Mas depois de tantos dias sem
falar comigo, eu sou um tsunami.
Ele olha-me, furioso. Eu encorajada e, com intrepidez, repreendo-o:
- Deveria mudar-te o nome e chamá-lo de sr. Perfeito. O que é isso?
Você não comete erros? Ah, não, Mr. Zimmerman é Deus!
- Queres calar a boca e ouvir-me? Eu preciso te dizer uma coisa e
quero pedir-te...
- Queres pedir-me para ir embora, certo? Só precisa que eu não
cumpra alguma outra regra para tirar-me da tua vida de novo.
Não responde. Olhamos um para o outro como rivais.
Eu quero beijá-lo. Desejo-o. Mas este não é o momento para isso.
Então abre-se a porta do escritório e Björn aparece com uma garrafa de
champanhe nas mãos. Olha-nos, e antes que diga alguma coisa, eu me
aproximo dele. Eu agarro o seu pescoço e beijo-o nos lábios. Meto a minha
língua na sua boca, e os seus olhos olham para mim de forma estranha. Ele
não entende o que estou a fazer. Quando eu me separo dele, furiosamente,
olho para Eric e digo perante a cara de incredulidade de Björn:
- Acabo de quebrar a sua grande regra: a partir deste momento a
minha boca já não é tua.
A cara de Eric é indescritível. Eu sei que não esperava isso de mim. E
diante da expressão alucinada de Björn, explico:
- Vou facilitar-te a vida. Não é preciso que me deixes, porque agora
quem se vai sou eu. Recolherei todas as minhas coisas e desaparecerei da
tua casa e da tua vida para sempre. Aborreceste-me. Estou cansada de ter
que esconder-te as coisas. Entediada com as tuas regras. Aborrecida - grito!
Mas antes de sair e com a respiração entrecortada murmuro -: Só te vou
pedir um último favor: Eu preciso do teu avião para me levar, a Susto e às
minhas coisas para Madrid. Não quero meter Susto numa jaula no porão de
um avião e ...
- Por que não te calas? - pragueja, furioso, Eric.
- Porque não me apetece.
Crianças, por favor, acalmem-se - pede Björn. Eu acho que vocês
estão exagerando as coisas e...
- Eu estive calada - prossigo, ignorando Björn e olhando para Eric quatro dias e a ti não te importou o que eu poderia pensar ou sentir. Não te
importou a minha tristeza, a minha raiva ou a minha frustração. Portanto, não
me peças agora que me cale, porque eu não vou calar-me.
Björn, atordoado, observa-nos, e Eric murmura:
- Por que estás a dizer tantos disparates?
- Para mim, não são.
Tensão. Olhamo-nos com raiva, e o meu alemão pergunta:
- Porque vais levar Susto?
Irritada, aproximo-me dele.
- O quê, vais lutar pela custódia dele?
- Nem ele, nem tu, vão sair daqui. Esquece!
Depois do seu grito, levanto o queixo, retiro o cabelo do rosto e
murmuro:
- Tudo bem. Já vejo que não me vais ajudar no que se refere à porra
do teu jacto particular. Perfeito! Susto fica contigo. Encontrarei uma maneira
de levá-lo, porque eu me recuso a colocá-lo no porão de um avião. Mas
saiba que eu vou no domingo!
-Então vai, porra! Vai-te embora! - grita, descontrolado.
Sem mais, saio do escritório enquanto sinto que, de novo, tenho
coração partido.
Na noite durmo no meu quarto. Eric não me procura. Não se preocupa
comigo e isso desmotiva-me total e completamente.
Cumpri o seu objectivo. Facilitei que não fosse ele que me jogou fora
da sua casa e da sua vida. Deitada no tapete junto a Susto, olho pela
cristaleira enquanto estou consciente de que a minha bonita história de amor
com este alemão acabou.
No dia seguinte, quando Eric vai para o trabalho, eu estou arrasada. O
tapete é a bomba, mas eu tenho as costas quebradas. Quando entro na
cozinha, Simona, alheia à minha dor, cumprimenta-me. Eu tomo café em
silêncio, até que eu peço-lhe para se sentar ao meu lado. Quando lhe conto
que me vou embora, o seu rosto contrai e, pela primeira vez em todo o meu
tempo aqui, vejo a mulher chorar com desconsolo. Abraça-me e eu abraço-a.
Durante horas eu recolho todas as minhas coisas que há ao redor da
casa. Eu guardo fotos, livros, caixas de CD, e cada vez que eu fecho com
fita, o meu coração encolhe. Na parte da tarde, fico com Marta no bar de
Arthur, e quando eu digo que estou indo embora, surpreendida, diz:
- Mas, o meu irmão é imbecil?
Sua expressão faz-me sorrir e depois de a tranquilizar, murmuro:
- É o melhor, Marta. Está visto que o teu irmão e eu nos amamos
muito, mas somos totalmente incapazes de resolver os nossos problemas.
-Meu irmão e tu, não. O meu irmão! Ela insiste. Conheço esse
teimoso, e se você está indo é certo, é porque ele não te fez as coisas fáceis.
Mas eu juro pela minha mãe que me vai ouvir. Vou pô-lo verde por ser como
é. Como pode deixar-te ir? Como?
Frida junta-se à nossa dor e, durante horas, nós conversamos.
Consolamo-nos umas às outras, enquanto Arthur se aproxima de nós para
nos trazer bebidas frescas. Não sabe o que nos acontece. Tudo o que sabe
é que tão depressa choramos como rima.
De repente, lembro-me de alguma coisa. Olho para o relógio. É sextafeira, e são sete e vinte.
- Vocês sabem onde fica a Trattoria de Vincenzo?
- Tens fome? Marta pergunta.
Neguei com a cabeça e comento que a essa hora eu sei que Betta
estará nesse lugar.
- Oh, não! Frida diz ao ver o meu olhar. Não te atrevas Se Eric sabe
disso ficará mais chateado e...
- Então o quê? – pergunto – Ele importa agora?
As três nos olhamos, como bruxas, e desatamo-nos a rir. Nós
subimos para o carro de Marta e vinte minutos depois estamos em frente a
esse lugar. Rindo, nós arquitectamos um plano. Essa Betta que vai saber
quem é Judith Flores.
Quando entramos no belo restaurante, esquadrinho o ambiente
procurando por ela. Como imaginava, está sentada numa mesa com várias
pessoas. Por um tempo eu assisto. Parece satisfeita e feliz.
-Judith, se quiser, nós vamos – sussurra Marta.
Eu nego com a cabeça. A minha vingança será completa. Caminho
decidida até a mesa, e Betta, quando nos vê as três, fica branca. Eu sorrio, e
pisco-lhe um olho. Para ruim, yo! Quando estamos lá, Frida diz:
- Oh, Betta. Tu aqui?
- Bem, bem, que coincidência! Eu digo, rindo, e Betta se decompõe.
Todos os comensais da mesa nos observam, e eu apresento-me.
"Sou Judith Flores, espanhola como Betta. – Todos assentem e sopro
com um sorriso encantador e angelical: Prazer em conhecê-los.
Os comensais sorriem, e sem perder tempo, eu pergunto:
- Um passarinho disse-me que hoje alguém te ia perguntar algo
importante. É verdade que te pediam em casamento?
Com um sorriso perdido, assente, e o noivo dela, um homem entradito
em anos, diz, feliz:
- Sim, senhora. E esta beleza disse que sim. - E, tomando-lhe a mão,
ele acrescenta: Na verdade, a minha mãe acaba de dar-lhe o anel de
noivado da família, uma verdadeira jóia.
Os convidados aplaudem, e Marta, Frida e eu também. Todo mundo
sorri enquanto nos oferecem algumas taças de champanhe e, encantadas da
vida, aceitamos e bebemos. Dão-nos espaço. Sentamos à mesa com eles, e
Betta observa-me. Eu sorrio e olhando para o seu futuro marido, eu digo:
Raimon, ela sim é uma jóia... uma verdadeira jóia.
O homem acena com a cabeça, orgulhoso e, divertida, junto os meus
dois compinchas e encorajamos todos a gritar: "Beijem-se!"
Betta olha pra mim furiosa e eu, encantada, aplaudo, até que
finalmente se beijam. Quando o fazem, cabeceio, e com uma voz angelical,
eu pergunto novamente:
- E quem é o primo Alfred?
Um jovem da minha idade levanta a mão e olhando para ele,
pergunto:
- Disse a Raimon que você está dormindo com Betta também? Eu
acho que ele merece saber, ainda que tudo fique em família.
Os rostos de todos mudam. Raimon, o noivo, levanta-se e pergunta:
- O que você disse, jovem?
Com pesar, assinto. Toco no ombro do pobre Raimon, levanto-me e
sussurro:
-Vamos, Alfred, Diga!
Todo mundo olha para o jovem, envergonhado, e Frida insiste:
- Então, Alfred... é teu primo. É o mínimo que você pode fazer.
Betta está roxa. Não sabe para onde ir, enquanto aqueles que se
tornariam seus sogros exigem que ela devolva o anel de família. Encantada
por ver aquilo, olho para o desbotado Raimon e murmuro:
Eu sei que é uma merda o que eu estou te dizendo, mas,
eventualmente, você vai me agradecer, Raimon. Esta jóia só se casa com
você pelo seu dinheiro. Na cama, você não coloca nada e ela dorme com
meia Alemanha. E antes que você pergunte, sim, eu posso provar.
Fora de si, Betta se levanta e grita enquanto a mãe de Raimon puxa
seu dedo para obter o seu anel:
- Besteira, isso é uma mentira! Raimon, não a ouças!
Marta, que tem estado calada até o momento, sorri com malícia e diz:
-Betta, Betta... …conhecemos-te. E olhando para os convidados,
acrescenta: Meu irmão chama-se Eric Zimmerman, saiu com ela por um
tempo, mas deixou-a quando a encontrou a brincar com o seu próprio pai na
cama. O que vocês acham? Feio, não é?
Alucinados, todos se levantam para pedir explicações, e Frida
sussurra:
- Aisss, Betta, quando você vai aprender!
Raimon está furioso e seus pais, junto com outras pessoas, não dão
crédito ao que ouvem. Alfred não sabe onde meter-se. Gritam todos. Todos
opinam. Betta não sabe o que dizer, e então, sem tocá-la, aproximo-me dela
e murmuro em espanhol:
-Eu te disse. Eu disse-te que comigo não se brinca, cadela! Volta a
aproximar-te de Eric, da sua família, dos seus amigos ou de mim, e eu juro
que te expulsam da Alemanha.
Dito isto, Frida, Marta e eu deixamos o restaurante. A minha vingança
sobre essa idiota está completa. Com a adrenalina no ar, decidimos ir dançar
no Guantanamera. Não quero regressar a casa. Não quero ver Eric, e um
pouco de salsa cubana e açúcar será bom.
38
No dia seguinte, com uma ressaca monumental, pois a noite foi
rachando e eu só dormi algumas horas na casa de Marta, quando chego em
casa de Eric, ele está lá. Quando ele me vê entrar com óculos de sol,
caminha na minha direcção e assobia com raiva:
- Posso saber onde você dormiu?
Surpresa, eu levanto a minha mão e sussurro:
- No meio da rua, posso garantir-vos que não.
Ele rosna. Blasfema. Ele permite-me saber o quão preocupado
esteve. Eu ignoro-o. Caminho decidida enquanto sinto os seus passos atrás
de mim. Ele fica furioso, e quando eu entro no meu pequeno quarto, dou com
a porta na cara dele. Isso deve-o ter irritado muito. Espero que entre e grite
comigo, mas isso não acontece. Bem! Não me apetece ouvi-lo rosnar. Não
hoje.
Enquanto acabo de meter as minhas coisas nas caixas de cartão,
tento ser forte. Não vou chorar. Acabou a choradeira pelo Iceman. Se não se
importa comigo, não tenho porque eu querê-lo a ele. Quando acabo de
fechar uma caixa de livros, decido subir ao meu quarto. Aqui tenho muitas
coisas. Por sorte não me cruzo com Eric, e quando entro no dormitório,
suspiro ao ver que também não está aí. Deixo um par de caixas e entro para
ver Flyn.
O pequeno, o verme, alegra-se, mas quando se apercebe que me
estou a despedir dele, a sua cara muda. O seu olhar duro volta e sussurra:
- Prometeste que não o fazias.
- Eu sei, céu. Sei que te prometi, mas por vezes as coisas com os
adultos não saem como se prevê e, no final, complicam-se mais do que
imaginávamos.
- É tudo culpa minha – diz, e contrai-se-lhe a cara. Se eu não tivesse
pegado no skate, não teria caído, e o tio e você não teriam discutido.
Abraço-o. Acaricio-o. Eu nunca imaginei que chorasse por mim, e
tentando não estourar de lágrimas dos meus olhos, murmuro:
- Ouve Flyn. Tu não tens culpa de nada, querido. O teu tio e eu…
- Não quero que vás embora. Contigo estou bem e és…, és boa
comigo.
- Ouve, céu!
- Porque tens de ir?
Sorrio com tristeza. É incapaz de ouvir-me e eu de explicar-lhe uma
vez mais o absurdo conto de porque me vou embora. Por fim limpo-lhe as
lágrimas dos olhos e digo:
- Flyn, sempre me mostraste que és um homenzinho tão duro como o
teu tio. Agora tens de voltar a ser assim, está bem? O pequeno assente e eu
prossigo: - Cuida bem de Calamar. Lembra-te que ele é o teu superamigo e a
tua supermascote, e gosta muito de Susto, está bem?
- Prometo-te!
Os seus olhos vidrados encolhem-me o coração e, depois de lhe dar
um beijo na bochecha murmuro:
- Ouve querido. Prometo-te que virei ver-te dentro de algum tempo
está bem? Telefonarei a Sonia e ela ajudará para nos vermos, queres?
O pequeno concorda, levanta o polegar, eu levanto o meu, unimo-los
e damos uma palmada. Isso faz-nos sorrir. Abraço-o, beijo-o e com toda a
dor no meu coração, saio do quarto.
Uma vez fora, não posso respirar. Levo a minha mão ao peito e no
final consigo respirar. Porque tudo tem de ser tão triste? Quando entro no
meu quarto, abro o armário. Olho todas as coisas preciosas que Eric me
comprou e, depois de pensar, decido levar apenas o que veio de Madrid. Ao
pegar nas minhas botas pretas vejo uma bolsa, abro-a e sorrio com tristeza
ao ver o meu disfarce de polícia má. Não o estreei. Por umas coisas ou
outras, acabei por não o usar para Eric. Meto-o numa das caixas, junto aos
meus jeans e às minhas camisetas. Depois entrei no banho e colhi as
minhas pinturas e os meus cremes. Nada do que há ali é meu.
Quando regresso ao quarto, aproximo-me da minha mesinha. Esvazio
um caixote e olho para os brinquedos sexuais. Toco a jóia anal com a pedra
verde. Os vibradores. Os tapa mamilos. Todo aquele arsenal, não o quero,
pois vai-me recordar dele. Fecho o caixote. Fica ali. Os olhos estão a ficarme cheios de lagrimas. Momento tonto. A culpa é da luminária que, meses
atrás, Eric comprou no rastro de Madrid e eu não sei o que fazer. Olho-a,
olho-a e olho-a. Ele comprou as duas. Por fim decido levá-la. É minha.
Dou a volta e Eric está a observar-me da porta. Está impressionante
com os seus jeans de cintura baixa e a camiseta preta. Parece um pouco
mais magro. Preocupado. Mas imagino que estou igual. Não sei há quanto
tempo está ali, mas o que sei é que o seu olhar é frio e impessoal. Esse que
põe quando não quer demonstrar o que sente. Não quero discutir. Não me
apetece e, olhando-o, murmuro:
- A verdade é que estas luminárias nunca ficaram bem com a
decoração do teu quarto. Se não te importas, levo a minha.
Assentiu. Entra no quarto e aproximando-se da sua murmura
enquanto a toca:
- Leva-a. É tua.
Mordo o lábio. Guardo a luminária numa caixa e ouço-o dizer:
- Isto foi o que sempre me chamou a atenção em ti, seres totalmente
diferente de tudo o que rodeia.
Não respondo. Não posso. Então, num tom mais calmo, Eric afirma:
- Judith, lamento que tudo acabe assim.
- Mais lamento eu, posso assegurar-te – recrimino-o.
Noto que se move pelo quarto. Está nervoso e, finalmente, pergunta:
- Podemos falar um momento como adultos?
Engulo o nó de emoções que tenho na minha garganta e concordo. Já
não me chama «pequena», nem «morenita», nem «querida». Agora chamame «Judith» com todas as suas letras. Dou a volta e olho para ele. Cada um
de nós está de um lado da cama. A nossa cama. Esse lugar onde nos
tínhamos amado, querido, beijado e Eric começa:
- Ouve, Judith. Não quero que por minha culpa fiques sem um
trabalho. Falei com Gerardo, o chefe de pessoal da delegação de Müller de
Madrid, e voltas a ter o posto que tinhas quando nos conhecemos. Como não
sei quando te quererás reincorporar, disse-lhe que no prazo de um mês
entrarás em contacto com ele para retomar o teu trabalho.
Nego com a cabeça. Não quero voltar a trabalhar na sua empresa.
Eric continua:
- Judith, sê adulta. Uma vez disseste-me que o teu amigo Miguel
precisava de um trabalho para manter a sua casa, a sua comida e poder
viver. Tu tens de fazer o mesmo, e com o desemprego, a crise que há em
Espanha, será muito difícil para ti conseguires um trabalho decente. Há um
novo chefe nesse departamento e sei que não terás nenhum problema com
ele. E quanto a mim, não te preocupes. Não tens porque ver-me. Já te
aborreci bastante.
Esta última frase dói-me. Sei que a diz por que a gritei na outra noite,
mas não digo nada. Ouço-o. A cabeça dá-me voltas, mas sei que tem razão.
Volta a ter razão. Contar com um trabalho hoje em dia é algo que não está
ao alcance de toda a gente e eu não posso recusar a oferta. No final cedo:
- De acordo. Falarei com Gerardo.
Eric assente.
- Espero que retomes a tua vida, Judith, porque eu vou retomar a
minha. Como disseste quando beijaste Björn, já não sou o dono da tua boca
nem tu da minha.
- Dizes isso agora a que propósito?
Com o olhar cravado em mim, diz mudando o tom da sua voz:
- Agora poderás beijar quem te dê vontade.
- Tu também poderás fazê-lo. Espero que brinques muito.
- Não duvides que o farei – sublinha com um sorriso frio.
Olhamo-nos, e quando não posso mais, saio do quarto sem de
despedir dele. Não posso. As palavras não saem da minha boca. Desço as
escadas a todo o gás e chego ao meu quarto. Fecho a porta e então, só
então, permito-me amaldiçoar.
Essa noite, quando está tudo embalado, indico a Simona que um
camião virá às da manhã para levar tudo ao aeroporto. Vinte caixas
chegaram de Madrid. Vinte regressam. Com tristeza apanho um envelope
para fazer a última coisa que tenho de fazer nessa casa. Com uma caneta,
na metade do envelope escrevo «Eric». Depois, apanho um pedaço de papel
e depois de pensar o que escrever, anoto simplesmente: «Adeus e cuida-te.»
Melhor algo impessoal.
Quando solto a caneta, olho a minha mão. Treme. Tiro o precioso anel
que já lhe devolvi outra vez e, trémula, leio o que diz no seu interior: «Pede—
me o que quiseres, agora e sempre».
Fecho os olhos.
O agora e sempre não pode ser possível.
Aperto o anel na mão e finalmente, com o coração partido, meto-o no
envelope. O meu telemóvel toca. É Sonia. Está preocupada esperando-me
na sua casa.
Dormirei ali a minha última noite em Munique. Não posso nem quero
dormir debaixo do mesmo tecto que Eric. Quando chego à garagem e pego
na moto, Norbert e Simona aproximam-se de mim. Com um sorriso préfabricado, abraço-os aos dois e dou a Simona o envelope com o anel para
que o entregue a Eric. A mulher soluça e Norbert tenta consola-la. A minha
saída entristece-os. Acolheram-me com tanto carinho como eu a eles.
Simona – tento brincar -, dentro de dias telefono-te e dizes-me como
segue «Loucura Esmeralda», de acordo?
A mulher cabeceia, tenta sorrir, mas choraminga mais. Dou-lhe o
último beijo e disponho-me a sair quando ao levantar a vista vejo que Eric
nos observa desde a janela do nosso quarto. Olho-o. Olha-me. Deus…,
como o quero. Levanto a mão e digo adeus. Ele faz o mesmo. Instantes
depois, com a frieza que ele me ensinou, dou a volta, monto na mota e,
depois de arrancar, vou-me embora sem olhar para trás.
Essa noite não durmo. Só olho para o vazio e espero que o
despertador toque.
39
Quando eu chego a Madrid, ninguém sabe da minha chegada.
Ninguém me recebe. Não telefonei a ninguém. Contrato uma furgoneta no
aeroporto e meto todas as minhas caixas nela. Quando saio da T-4 tento
sorrir.
Volto a estar em Madrid!
Ligo o rádio e as vozes de Andy e Lucas cantam:
Entregarei-te um céu cheio de estrelas, tentarei dar-te uma vida
inteira
Em que tu sejas tão feliz, muito pertinho de mim.
Quero que saibas…, lelelele.
Tento cantar, mas a minha voz está apagada. Não posso fazê-lo.
Simplesmente sou incapaz. Quando chego ao meu bairro, a alegria inundame, ainda que logo, quando tenho de me ocupar das vinte caixas sozinha, a
alegria converte-se em mau humor. Meti pedras? Uma vez que acabo, fecho
a porta de minha casa e sento-me no sofá. De volta ao lar. Levanto o
telefone decidida a telefonar à minha irmã. No final, desligo. Não me apetece
dar explicações ainda e a minha irmã será um osso duro de roer. Ligo o
frigorífico e saio a comprar comida no Mercadona. Quando regresso coloco
aí o que comprei, a saudade come-me. Rói-me.
Tenho de telefonar à minha irmã e ao meu pai.
Penso, penso, penso. Por fim decido começar pela minha irmã e,
como era de esperar, dez minutos depois de desligar tenho-a à porta da
mina casa. Quando abre com a sua chave, estou sentada no sofá e ao verme, murmura:
- Cuchuuuuuu, mas o que se passou querida?
Ver a minha irmã a sua gravidez e os seus olhares é o cúmulo de
tudo, e quando me abraça choro, choro e choro. Fico a chorar durante duas
horas em que ela me embala e me diz uma vez e outra para não me
preocupara com nada. Que faça o que fizer estará bem. Quando me
tranquilizo, olho- e pergunto:
- Onde está Luz?
- Em casa da sua amiga. Não lhe disse que estás aqui ou já sabes…
Isso faz-me sorrir e murmuro:
- Não lhe digas nada. Amanhã quero ir a Jerez ver o papá. Quando
regressar vou visitá-la, está bem?
- Está bem.
- Com mimo, passo-lhe a mão pela sua barriga saliente, e antes que
eu posso dizer alguma coisa, solta:
- Jesús e eu estamos a separar-nos.
Surpreendida, olho-a. Ouvi bem? E com uma frieza que não sabia que
existia na minha irmã explica-me:
- Disse a papá e a Eric para não te dizerem nada para não te
preocupares. Mas agora que estás aqui, creio que tens de saber.
- Eric?!
- Sim, Cuchu… e….
- Eric sabia? – grito descolocada.
A minha irmã, que não entende nada, pega-me nas mãos e murmura:
- Sim, querida. Mas proibi-o de te contar. Não vás zangar-te com ele
por isso.
Não acredito. Não acredito!
Ele zanga-se comigo porque lhe oculto coias, quando ele as esconde
também, incrível?
Fecho os olhos. Tento tranquilizar-me. A minha irmã tem um
problemão e tentando esquecer-me de Eric e dos nossos problemas,
pergunto:
- Mas… Mas o que se passou?
- Estava a enganar-me com meia Madrid – afirma muito fresca-. Já te
tinha dito há muito tempo, ainda que não acreditasses em mim.
Durante horas falamos. Esta notícia deixou-me totalmente derrubada.
Não esperava essa traição por parte do tonto do meu cunhado. Para que te
acredites nos tontos…! Mas o que me deixou totalmente sem palavras foi a
minha irmã. Ela, que é tão chorona, de repente está centrada e tranquila.
Será a gravidez?
- E Luz? Como recebeu a notícia?
Move a cabeça com resignação.
- Bem. Ela aceita bem. Chateou-se muito quando lhe disse que me ia
separar do seu pai, mas, desde que Jesús foi há mês e meio de casa, vejo-a
mais feliz e mostra-me isso todos os dias quando a vejo sorrir.
Falamos, falamos e falamos e depois de comprovar por mim mesmo
quão forte é a minha irmã e o bem que está a passar com o desgosto e a
gravidez, pergunto:
- O meu carro está no parking?
- Sim, céu. Funciona uma maravilha. Tenho-o estado eu a utilizar
estes meses.
Assento. Retiro o cabelo da cara, e então sussurra:
- Não me digas o que se passou com o Eric. Não quero saber. Eu só
preciso de saber que estás bem.
Agradeço que diga isso e, olhando-a, afirmo como posso:
- Eu estou, Raquel. Eu estou bem.
Voltamos a abraçar-nos e sinto-me em casa. Quando a noite chega e
fico sozinha, por fim posso respirar. Desafoguei-me. Chorei como desejava e
já me sinto muito melhor. Ainda que esteja ainda mais chateada com Eric.
Como pode ocultar-me algo assim?
Decido não telefonar ao meu pai. Vou surpreendê-lo. Às sete da
manhã levanto-me e vou à garagem. Olho ao meu Leoncito e sorrio. Que
lindo é! Depois de subir nele, arranco e vou na direcção de Jerez No
caminho, tenho momentos para tudo. Para o riso. Para o choro. Para cantar
ou amaldiçoar e lembrar-me de todos os antepassados de Eric.
Ao chegar a Jerez vou directa à oficina de papá. Quando estaciono o
carro à porta vejo-o a falar com dois de seus amigos, e, de imediato, ao verme, paralisa-se. Sorri, e corre até mim para me abraçar. O seu abraço
sincero faz-me saber que me vai mimar e, quando nos separamos, olha em
volta e pergunta:
- Onde está Eric?
Não respondo. Os meus olhos enchem-se de lágrimas e ao ver a
minha cara sussurra:
- O morenita! O que aconteceu, minha vida?
Contendo o pranto, volto a abraçá-lo. Necessito dos mimos do meu
pai.
Essa noite, depois de jantar, estou a olhar para as estrelas quando o
meu pai se senta no sofá.
- Porque não me disseste o de Raquel e Jesus? – pergunto-lhe com
tristeza.
- A tua irmã não queria preocupar-te. Ela falou disso com Eric e pediulhe para não te contar.
- Olha que bem! – silvo desejosa de arrancar a cabeça a Eric por ser
tão falso comigo.
- Ouve, morenita, a tua irmã sabia que se te dizia alguma coisa, virias
a Madrid. Só fiz o que ele me pediu. Mas fica sossegada, ela está bem.
- Eu sei, papá, vi-o com os meus próprios olhos e deixou-me sem
palavras.
O meu pai concordou.
- Entristece-me muito o que aconteceu, mas se Jesús não valorizava
a minha menina como devia fazer, melhor que a deixe em paz. Miúdo sem
vergonha! – cochicha -. Com sorte, a minha menina vai encontrar um homem
que a valorize, a queira e, sobretudo, faça com que volte a sorrir.
Com um doce sorriso, olho para ele. Papá é um romântico
empedernido.
- Raquel é um bombom de mulher – prossegue, e eu sorrio --. Oju,
morenita! Sinceramente não esperava que Jesús pudesse fazer o que fez.
Jogou com os sentimentos da minha menina e da minha netinha e isso eu
não lhe vou perdoar.
Assento, e enquanto abro a lata de coca-cola que deixe diante de
mim, pergunta:
- E tu? Vais contar-me o que se passou com Eric?
Sento-me junto a ele e, depois de dar um gole, murmuro:
- Somos incompatíveis, papá.
Mexe a cabeça e cochicha:
- Já sabes, tesouro, que os polos opostos se atraem. E entes que me
digas o que seja, vocês não são Jesus e Raquel. Não têm nada a ver com
eles. Mas deixa-me dizer-te que quando estive para o teu aniversário vi-vos
muito bem. Vi-te feliz, e Eric totalmente apaixonado por ti. Porque isso
agora?
Espera uma explicação e até que a consiga não vai parar, pelo eu,
disposto a dar-lhe lembro:
- Papá, quando Eric e eu retomamos a nossa relação, prometemos
que nunca ocultaríamos as coisas e seríamos sinceros cem por cento. Mas
eu não cumpri a promessa, ainda que, pelo que vejo, ele também não.
- Tu não a cumpiste?
- Não papá… Eu….
Conto-lhe tudo: do curso de paraquedismo de Marta e Sonia, da moto,
as minhas saídas com Jurgen e os seus amigos, ensinar Flyn a andar de
skate e patins, a queda do pequeno e que bati ao murro uma ex de Eric que
nos fazia a vida impossível.
Com os olhos com pratos, o meu pai ouve—me e murmura:
- Mas tu bateste numa mulher?
- Sim, papá, Ela merecia.
- Mas, filha, isso é horrível! Uma senhorita como tu não faz essas
coisas.
Cabeceio. Assento e asseguro convencida que o voltaria a fazer.
- Simplesmente lhe deu o que mereceu por ser uma cadela.
- Morenita, queres que te lave a boca com sabão?
Dá-me riso ao ouvi-lo e no final é ele que se ri. Não é para menos, e
dando-me uns toquezitos na mão, lembra-me:
- Eu não te ensinei a comportar-te assim.
- Eu sei, papá, mas que querias que fizesse? Ele provocou-me e já
sabes que sou demasiado impulsiva.
Divertido, dá um gole na sua cerveja e sinala:
- Está bem, filha. Entendo o que fizeste, mas ouve, que não se volte a
repetir! Nunca foste uma arruaceira e não quero que sejas.
As suas palavras fazem-me rir, abraço-o e sussurra na minha orelha:
- Conheces o dito «se tens um pássaro deves deixá-lo voar»? Se
volta, é teu, senão, é porque ele nunca te pertenceu. Eric regressará. Já vais
ver, morenita.
Não respondo. Não tenho forças para responder nem pensar em
refrões.
Na manhã seguinte arranco na minha moto e desafogo saltando como
um Kamikaze pelos campos de Jerez. É o meu melhor remédio. Arrisco,
arrisco e arrisco e, no final, caio. Dou.me um grande tombo. No chão só
penso como Eric se preocuparia pela minha queda e, quando me levanto,
toco o meu doído traseiro e praguejo.
De tarde, enquanto estou a ver televisão, toca o telemóvel, É
Fernando, O seu pai, o Bicharrón, disse-lhe que estou em Jerez e sem Eric e
preocupa-se por mim. Dois dias depois aprece por Jerez. Quando me vê,
abraçamo-nos e convida-me para comer. Falamos. Digo-lhe que eu e Eric
acabamos, e sorri. O muito idiota sorri e diz-me:
- Esse alemão não te vai deixar escapar.
Sem querer falar mais do tema pergunto-lhe pela sua vida e
surpreende-me quando me conta que está a sair com uma miúda de
Valencia. Alegro-me por ele e mais quando me confessa que está total e
completamente ligado com ela. Isso encanta-me. Quero vê-lo feliz.
Os dias passam e o meu humor tão depressa é alegre como
depressivo. Sinto falta de Eric. Não entrou em contacto comigo, e isso é uma
novidade Quero-o. Quero-o demasiado para esquecê-lo tão rápido. Pelas
noites, quando estou na cama, fecho os olhos e quase o sinto ao meu lado
enquanto ouço no iPod as músicas que desfrutei ao seu lado. O meu nível de
masoquismo sobe durante dias. Trouxe uma camiseta dele e cheiro-a. O seu
odor encanta-me. Necessito cheirá-lo para dormir. É um mau costume, mas
não me importa. É o meu mau costume.
Quando estou há uma semana em Jerez, telefono a Sonia na
Alemanha. A mulher fica contente ao receber a minha chamada e eu
surpreendo-me quando sei que Flyn está ali com ela. Eric está a viajar. Estou
tentada a perguntar se foi a Londres, mas decido que não. Já me martirizo
bastante. Durante um bom tempo falo com o miúdo, Nenhum dos dois
mencionamos o seu tio, e quando Sonia volta a pegar no telefone, murmura:
- Estás bem, tesouro?
- Sim, Estou com o meu pai em Jerez e aqui mima-me como preciso.
Sonia sorri e cochicha:
- Sei que não queres ouvir mas vou dizê-lo: está insuportável. Esse
meu filho, com esse feitio que se gasta, está intratável.
Sorrio com tristeza. Imagino como está. Sonia murmura:
- Não diz nada, mas almeja por ti. Eu sei. Sou a sua mãe e, ainda que
não me diga, nem se deixe mimar, eu sei.
Falamos durante quinze minutos. Antes de desligar peço-lhe que por
favor não digam a Eric que eu telefonei. Não quero que pense que o quero
pôr contra a sua família.
Depois de dez dias em Jerez com o meu pai e a sentir o seu
calorzinho e o seu amor, decido regressar a Madrid. Ele viaja comigo. Quer
ver a minha irmã e comprovar que ambas estamos bem. O primeiro que
fazemos mal chegamos é ir ver a minha sobrinha. A pena ao ver-me abraça
e come-me de beijos, mas rapidamente pergunta pelo seu tio Eric.
Depois de comer de depois do acosto e derrube da minha sobrinha
perguntando pelo seu tio Eric, decido falar com ela a sós. Não sei lhe pode
afectar a separação da sua mãe e agora a minha. Quando ficamos sozinhas
pergunta-me pelo chino. Repreendo-a por não chamar a Flyn pelo seu nome,
ainda que, quando não me vê, rio-me. Esta criança é demais. Quando lhe
conto que Eric e eu já não estamos juntos, protesta e zanga-se. Ela gosta do
seu tio Eric. Mimo-a e tento fazê-la compreender que Eric continua a gostar
dela e no final assente. Mas logo olha nos meus olhos e pergunta:
- Tia, porque os meus pais já não se gostam?
Que pergunta! O que lhe respondo?
Enquanto penteio o seu belo cabelo escuro, respondo:
- OS teus pais vão se gostar durante toda a vida. O que acontece é
que se aperceberam que são mais feliz vivendo separados.
- E porque é que se se gostam, discutiam tanto?
Com carinho dou-lhe um beijo na cabeça.
- Luz, as pessoas ainda que discutam gostam umas das outras. Eu
mesma, se estou muito tempo com a tua mamã, discuto, verdade? – a
pequena assente e junto-: Pois nunca duvides que ainda que discuta com
ela, gosto muito dela. Raquel é minha irmã e é uma das pessoas mais
importantes da minha vida. O que acontece é que os adultos têm opiniões
diferentes em muitas coisas e discutimos. E por isso os teus pais se
separaram.
- Por isso já não estás com o tio Eric? Por opiniões diferentes?
- Pode-se dizer que sim.
Luz crava os seus olhos e volta a perguntar?
- Mas ainda gostas dele?
Suspiro. Luz e as suas perguntas! Mas incapaz de não responder,
digo:
- Claro que sim. As pessoas não deixam de se gostar de um dia para
o outro.
- E ele também ainda gosta de ti?
Penso, penso, penso e depois de meditar a minha resposta, digo:
- Sim. Estou convencida que sim.
A porta abre-se e aparece a minha irmã. Está muito bonita com o seu
vestido de pré-mamã; atrás dela está o meu pai. Pequena célula que tem o
homem com nós as duas…
- Estais preparadas para irmos comer alguma coisa no parque?
- Sim - aplaudimos luz e eu.
O meu pai apanha a camara fotográfica.
- Juntam-se um momento que vou tirar-vos uma foto. Estáis
belíssimas. – Quando faz a fotografia, murmuro – Olú, que orgulhoso estou!
Olha que trê mulher tão bonitas eu tenho!
40
Uma manhã, trás mil indecisões, ligo para o escritório de Muller e falo
com Gerardo. O homem feliz de falar comigo, deixa transparecer que
esperava minha ligação. Pergunto a ele por Miguel e me diz que ele esta
viajando e que retorna na segunda. Depois falamos de trabalho e ele me
pergunta quando volto a trabalhar. Ë quarta-feira. Decido começar a
trabalhar na segunda. Ele aceita. Quando desligo, meu coração bate
acelerado. Vou voltar ao lugar onde tudo começou.
É sexta vou ao lugar de tatuagens do meu amigo Nacho. Quando me
vê na porta abre os braços e corro ao seu encontro. Essa noite nos vamos
de farra e terminamos de madrugada.
No domingo pela moite não durmo. No dia seguinte volto ao Muller.
Quando o despertador desperta, me levanto. Tomo banho e depois pego
meu carro e dirijo até a empresa. No estacionamento meu coração começa a
bater com força, mas , depois de passar pelo pessoal, volto ao meu escritório
meu corção sai pela boca. Estou nervosa. Muito nervosa.
Vários colegas, ao me verem, correm para me comprimentar. Todos
parecem tão felizes pelo reencontro, que agradeço a recepçào. Quando fico
só, mil recordações vem a minha mente. Sento-me em minha mesa, mas
meus olhos viram a direita, em direção ao escritório de Eric, do meu louco e
sexy senhor Zimmerman, sem querer remediar, vou até lá, abro a porta e
olho ao meu redor. Tudo está como no dia que fui. Passo a mão pela mesa
que ele tocou e quando entro no arquivo tenho vontade de chorar.
Quantos bons, bonitos e mórbitos momentos eu passei com ele aqui.
Quando escuto barrulho no escritório ao lado, imagino que meu chefe
chegou. Com cuidado saio do arquivo pelo antigo escritório de Eric e volto
para minha mesa. Estico a jaqueta do meu blazer azul, levanto o queixo e
decido apresentar-me. Toco na porta e ao entrar com os olhos arregalados
sussuro:
- Miguel!
Sim me importa quem nos possa ver, me aproximo e o abraço. Essa
surpresa sim eu não esperava. Meu antigo colega, Meu antigo companheiro,
o lindo Miguel.
Depois do caloroso abraço que nos damos, Miguel me olha com olhar
de zombaria e diz:
- Nem sonhe meu amor. Eu não tenho caso com minha secretária.
Isso me faz rir. Sento-me na cadeira e ele se senta ao lado.
- Mas, desde de quando é o chefe? Pergunto empolgada!
Miguel, que continua tão bonito como sempre, responde:
- Faz uns meses.
- Verdade?
- Sim minha linda. Depois de despedir a chefe e dois dias depois a
tonta de sua irmã. Me colocaram porque eu era o único que conhecia o
funcionamento desde departamento. E quando percebi que tinha seus sacos
em minhas mãos, pedi que me dessem o cargo, e pelo visto o senhor
Zimmerman aceitou .
Isso me surpreende. Eric nunca me comento. Mas feliz por Miguel,
sussuro:
- Deus, Miguel,como estou contente. Estou muito feliz por você.
Meu amigo me olha, passa a mão por meu rosto e sussura:
- Não posso falar o mesmo de você. Eu sei que foi viver em Munique
com Zimmerman. - Isso volta me surpreender. Ninguém tem que saber e
esclarece: - Tranquila. Um dia encontrei com sua irmã e ela me comentou.
Ninguén sabe. Mas o que aconteceu? O que faz aqui de novo?
Consciente que tenho que dar-lhe uma explicação, digo-lhe
-Terminamos.
- Sinto muito, minha linda._ diz com tristeza.
Encolho os ombros.
-Nao deu certo. O senhor Zimmerman e eu somos muito diferentes.
Miguel me olha, depois do que eu disse e fala:
-Diferente vocês são. Isso percebo. Mas você sabe os opostos se
atraem.
Isso me faz rir, é o mesmo que meu pai disse.
Dez minutos depois estamos na cafeteria. Miguel avisou aos meu
amigos loucos Raul e Paco que estou de volta, e os quatros, como faziamos
meses atrás, falamos e nos contamos confidencias.
Passamos um bom tempo na cafeteria. Onde todas as novidades são
faladas. Quando estou no escritório de Miguel e ele me entrega uns
documentos, houve unas batidinhas na porta. Miguel e eu olhamos, e um
messageiro com boné vermelho pergunta:
-Por favor: A Senhorita Judith Flores?
Sento-me e fico parada, quando me entrega um buque de flores
coloridas.
Sorrio.Olho para Miguel, e ele me diz levantando os braços:
- Eu não fui.
Quando abro o cartão e comeco a ler, meu coração da um salto.
Estimada Senhorita Flores:
Bem vinda a empresa.
Eric Zimmerman
Fecho os olhos, Miguel se aproxima de mim por trás, lê o cartão por
cima dos meus ombros e diz:
-Olha o chefão. Para ter terminado com ele, que informado ele esta do
seu retorno.
Meu estomago se contrai, o coração bate enloquecido.O que esta
fazendo Eric?
41
Os dias passam e mergulho no trabalho. Trabalhar junto com Miguel e
uma delícia.
Mas que uma secretária, ele me trata como uma amiga. Pelas tardes
preciso sair de casa. Faço passeios e em algumas ocasiões me da agonia de
ver tanta gente. Sinto falta dos passeios na neve e da urbanização solitária,
cheia de árvores em Munique.
Um dia meu chefe, na hora da comida me diz:
-Te convido à almoçar. Quero te mostrar algo que sei que vai adorar.
Entramos em seu carro e paramos no centro de Madrid. Agarrada em
seu braço caminho pela rua quando vejo que entramos em um Burger bem
sujo.divertida olho para ele e digo:
-Que pão duro!
- Porque ? pergunta sorridente.
- De verdade vai me convidar para comer um hamburger?
Miguel concorda e me olha com um sorisso estranho e fala:
- Claro. Você sempre gostou, não?
Encolho os ombros e finalmente sussuro:
- Ok. Tem razão, Como você vai pagar vou querer o dobro de queijo e
o dobro de batatas.
Concorda e ficamos na fila. Estamos conversando e quando e nossa
vez de pedir, fico sem palavras ao ver a pessoa que vai pegar o pedido.
Na minha frente esta minha ex chefe. Aquela idiota de cabelo
brilhante que fazia minha vida impossível em Muller. Agora é a responsável
por esse Burger. Minha cara de assustada lhe ofende e ela diz:
-Se não sabem o que vão pedir por favor deixe passer o próximo
cliente.
Depois de recuperar do choque. Miguel e eu fazemos nosso pedido e
qunado caminhamos com nossas bandejas para a mesa, entre risadas, ele
comenta:
-Anda joga o hamburger e vamos comer outra coisa. Essa tia e tão má
que é capaz de ter cuspidor ou jogado veneno de rato em nossa comida.
Horrorizada com essa possibilidade, jogo a comida fora e entre
rizadas saimos do local. A vida em certas ocassiões e justa e esta dando a
ela uma boa lição.
Meus dias se resumiram em trabalho, passeios e noites pensando em
Eric. Não soube mais nada dele. Já passou um mês desde que retornei da
Espanha e cada dia me sinto mais longe dele, ainda que quando me
masturbo com o vibrador que ele me deu, sinto ele ao meu lado.
Volto a sair com meus amigos de sempre e desfruto os sanduiches de
lula da praça Mayor junto eles. Mas quando vamos de farra me descontrolo.
Bebo demais e faço pra esquecer. Porque preciso.
No momento nenhum homem chama minha atenção. Nada me leva. E
quando algum tenta, dispenso de imediato. Eu escolho e não estou em um
mercado de carne.
Um domingo de manhã, traz uma boa farra da noite anterior. Tocam a
porta da minha casa. Me levanto e a campanhia volta a tocar. Minha irmã
não é, ou ela mesmo teria aberto a porta. Abro a porta e murmuro.
- Bjorn?
O homem me olha e soltando uma risada diz:.
-Nossa Senhora, Jud, que farra teve a noite.
Abro os braços, e ele dá um passo adiante e nos unimos en um
saldável e carinhoso abraço. Passado alguns segundos comenta:
-Vai tomar um banho. Precisa estar apresentável.
Corro ao banheiro e quando olho no espelho, até eu mesmo me
assusto. Sou como a bruxa Lola só que morena. A água me anima para a
vida e a circulação sanguínea. Quando acabo e volto a sala vestida com meu
classico jeans, uma camisa e um rabo de cavalo alto, ele diz:
- Minha linda. Assim está mil vezes mais tentadora.
Ambos rimos. Convido ele a sentar no sofá e pergunto:
- O que faz aqui?
Bjorn retira meu cabelo do rosto, poe atrás da orellha e responde:
- Não, minha linda. A pergunta é: O que voce faz aqui?
Não entendo. Pisco
- Deve voltar a Munique.
-Como?
- O que ouviu. Eric precisa de você e precisa agora.
Me endireito no sofá e explico.
-Não perdi nada em Munique Bjorn. Você mesmo viu que entre ele e
eu depois do que passou naquela noite, nada funcionava. Viu que…
-Vi que me beijou para deixa-lo irritado. Isso que vi.
-Droga, Bjorn! Não me lembre.
-Foi horrivel assim? Se irrita. E quando vou a responder, solta um
sorriso e pergunta: - Mas querida, como você pode fazer isso?
Cada vez mais enrrugava a testa e sussurei:
-Te beijei porque Eric precisava de um último sinal para tirá-lo da
minha vida. Tinha decidido segundos antes e eu voce apareceu na hora.
Quando você chegou, tive que te beijar. Te beijei para que ele desse o último
passo e me deixasse.
-Mas ele disse pra você ir?
Penso, penso e finalmente responde:
-Sim
-Não - Corrige ele - Você que falava que ia e no final ele que falou que
se você quissese ir que fosse. Mas foi você querida Judith.
-Não….mas…
-Exatamente. Não! Ele não foi.
O sangue foge de mim. Não quero falar disso e antes que Bjorn diga
mais alguma coisa, levanto-me do sofá.
- Olha, seu chato, se veio aqui para me colocar louca falando do
babaca do seu amigo, sai agora mesmo por essa porta. Ok?
- Bjorn sorri e diz:
- Uau….Eric tem razão, você tem um gênio forte!
Fecho os olhos. Rosno. Coço meu pescoço e ele fala:
- Não te arranhe, mulher, que não e bom para suas brotoejas.
Olho para ele e ele tem os olhos assustado.
- Sim , meu amor! Você deixou Eric louco. Não para de falar de você e
já não suporto mais. Conheço suas brotoejas. Sua dureza. Sei que adora as
trufas. Os chiclestes de morango. Por favor não aguento mais!
Isso faz meu coração acelerar, mas sem dizer nada murmuro:
- Ele me disse que iria voltar com seus jogos. Me disse que antes de
você partir.
-Ele te falou isso?
- Sim.
Bjorn sorri e diz:
- Mas que eu saiba, meu amor, não tenho visto ele em nenhuma
festinha. E tem mais. Cheguei a pensar que vai virar um padre.
Isso faz com que fique calada e olhando para mim, esclarece.
- Esse meu amigo, tonto e cabeção ia te pedir, que se casasse com
ele, na noite que você o deixou furioso.
- O que?
- Mas vamos ver, Judith - insiste Bjorn - Porque você pensou que eu
chegava com uma garrafa de champanhe nas mãos. O que aconteceu é
muito mal explicado ou você não queria escutar?
Penso. Balanço a cabeça. Casamento?
Definitivamente, esta louco, louco! E quando vou falar, Bjorn diz:
- Depois do que aconteceu com Betta e ele soube de tudo, ficou muito
chateado. Sua mãe e irmã tiveram uma boa briga com ele. Esclareceram
para ele que tudo que aconteceu não era culpa sua nem de ninguém. Em
todo caso a culpa era sua por ser como você é. Ele não ficou bravo contigo,
meu amor ,ficou bravo com ele mesmo. Não podia acreditar que foi tão tolo
ao ponto que todos tiveram que mentir e esconder as coisas. - Penso. E
quase não respiro, e Bjorn continua: - Quando veio na minha casa e me
contou, eu lhe falei o de sempre lhe disse. Suas maneiras de falar as coisas,
tão acentuada, faz com que a gente se intimide e não conte nada. Ele custou
entender, mas entendeu. Durante dias eu penso, por isso não falava com
você, e quando se deu conta, ele quis acertar, mas tudo se foi para o inferno.
Você me beijou. E ele ficou paralizado e você se foi.
Bjorn me olha e eu estou paralizada, olho para ele. Estrala os dedos
diante de mim e pergunta:
- Ainda está aqui.
Concordo e ele continua:
- O caso, minha linda! E que ele falou que você se foi, mas, vai voltar.
E tão orgulhoso que apesar de saber que fez mal, e incapaz de pedir pra
você voltar, ainda que está morrendo. Portanto meu amor se você quer dá o
primeiro passo. E todos que vivem próximo a ele te agradecemos.
Penso, penso, penso e finalmente, respondo:
- Não vou fazer Bjorn.
Ele bufa, se levanta e pergunta:
- Mas como vocês podem ser tão cabeça dura?
- Com pratica - respondo ao lembrar a resposta que Eric me deu uma
vez.
- Vocês se amam. Se vão por nada. Porque você não cede. A primeira
vez separaram porque ele foi. A segunda porque você se foi. Um dos dois
tem que cerder desta vez. Certo?
Me levanto, atordoada com que ouvi e digo:
- Preciso sair daqui. Vamos te convido para beber alguma coisa.
Essa noite Bjorn e eu saimos por Madri. Falamos e falamos. Em
nenhum momento tenta avança o sinal comigo, se comporta como um
legítmo cavalheiro é o melhor amigo de Eric. Depois de me deixar em casa
as nove, se vai. Deve pegar um voo que leve ele a Munique.
No dia seguinte estou no meu escritório escrevendo um e-mail quando
o homem que me tem enlouquecida passa por mim como um furacão e sem
parar diz, dando uma batida na minha mesa:
- Senhorita Flores, vá a meu escritório.
Meu coração soube até minha garganta. Eric aqui?
Não posso levantar.
Minhas pernas tremem.
Hiperventilo
Três minutos depois o telephone toca. Uma ligação interna. Atento
- Senhorita Flores. Estou esperando - insiste Eric
Como posso levantar. Tem muitos dias que não vejo ele e agora ele
esta aqui. A menos de cinco metros de mim e quer me ver. Coço minha
cabeça. Fecho os olhos, respiro e entro no seu escritório. O impacto de verlo me deixa sem respirar. Ele deixou a barba crescer.
- Fecha a porta.
Seu tom é baixo e intimidador. Faço o que pedi e olho para ele.
Me olha, me olha e me olha e logo diz:
- Que fazia anoite com Bjorn por Madri?
Me agito. Tanto tempo sem nos ver e ele me pergunta isso? Será…!
Quando consigo soltar uns dentes dos outros, respondo:
- Senhor, eu
- Eric …Sou Eric, Judith, para de me chamar de <<senhor>>.
Está bravo, tremendamente bravo e seu mal genio começa a me
fazer reacionar. Seu olhar é frio, mas agora que sei o que Bjorn me contou,
jogo com confiança a meu favor e respondo:
- Olha, não vou mentir para você. Acabou as mentiras! Bjorn é meu
amigo, porque não vou sair com ele por Madri e onde eu queira??
Minha resposta não deixa ele satisfeito e me pergunta entre os
dentes:
- Saiu com ele em Munique alguma vez sem que eu saiba?
Abro a boca, surpreendida e sussuro enquanto balance a cabeça:
- Você vai ser idiota!…
Eric revira os olhos, sacode a cabeça e sibila.
- Não comece Judith
- Desculpe. Mas não começe você - digo, dando um soco na mesa. Mas, que besteira está me perguntando? Bjorn é o melhor amigo que pode
ter e você me pergunta essas besteiras. Olha coração, você sabe o que
quero dizer? Vou vê-lo sempre que quiser.
- Esta jogando com ele Judith?
Outra pergunta surpresa. No final das contas isso lhe causa dor.
Como pode pensar isso? E mal humorada respondo com desaforo
- Simplesmente faço o que tenho que fazer. Nem mais. Nem menos.
Silencio. Tensão. De novo, Alemanha contra Espanha. No final
balança a cabeça e me olha de cima em baixo.
- Concordo.
Nos olhamos. Nos endireitamos. Estou quase gritanto o que ele
escondeu sobre minha irmã, mas ao final sem saber porque digo-lhe.
- O próximo final de semana vou para Munique.
Eric levanta da cadeira e apoia na mesa com os olhos em furia e
pergunta:
- Vai a festa de Bjorn?
Não sei de que festa ele esta falando. Bjor não me disse nada e nem
sabe da minha viagem. Eu fiquei com Marta em Munique para ver a Flyn e
todos que gosto, mas apoiando na mesa , respondo devagar e
desconfiadamente:
- Porque te interessa?
O telefone toca! Minha salvação! Rapidamente atendo.
- Bom dia. Você está falando com a atendente Judith Flores. Como
posso te ajuddar?
- Maluquinha! Como está meu amor?
Minha irmã!
Sem deixar de olhar para Eric, digo:
- Oi, Pablo!
- Pablo?? Mas Maluuuuu, sou eu Raquel.
- Eu sei Pablo…eu sei. Ok. Se você quiser podemos jantar. Na sua
casa? Ötimo!
Minha irmã não entende nada e antes de que fale mais alguma coisa,
analogo:
- Depois te ligo, Agora estou falando com meu chefe. Até daqui a
pouco.
Quando desligo, o olhar de Eric e sinistro. Não sabe quem é
Pablo e se descompoe. Feliz porque sei o que ele pensa, e digo:
- O que aconteceu? Quem fala pra você da minha vida não te falou
do Pablo? - e me jogando pra frente na mesa, silvo reu rosto: - Então não
estão te informando direito. Bjorn é um amigo, Pablo concerteza não é.
Sem dizer mais nada dou meia volta e saio do escritório. Estou toda
tremendo. Que maneira de estragar tudo.
Sei que não parou de me olhar, pego minha bolsa e saio como quem
corre do diabo.Quando chego na lanchonete, peço uma coca com muito
gelo. Estou com muita sede, furiosa e histérica.
Que diabos estou fazendo? E pior de tudo. O que ele esta fazendo?
Pego meu celular e ligo para Bjorn.
- Seu amiguinho Eric esteve aqui. Veio como um furacão
perguntando o que eu e você faziamos ontem em Madri.
- O que? Você esta em Madri?
Nesse momento, Eric entra na lanchonete e me olha. Senta na outra
ponta do balcão e seguimos falando por telefone.
- Sim agora tenho ele bem na minha frente.
- Joder com Eric! - ri Bjorn- Bom, minha linda, você já sabe o que
vou te falar. Ele precisa de você. Se você realmente quer ter ele, não seja
tão díficil e volta com ele. Só está esperando que você de o primeiro passo.
Seja amável e boa.
Sorrio e entro em desperro. Amável e Boa? Mais dar o primeiro
passo, quem começou a guerra foi ele.
Dessesperada por estar na encruzilhada mais louca da minha vida,
depois de perceber que Eric me observa.
- No próximo final de semana pensei em ir a Munique. Eu mencionei
isso a ele e agora ele acredita que vamos a uma festa .
- Uau!, minha querida. Isso deve ter deixado ele louco - diz.
Depois de falar de minha visita a Munique com Bjorn me despeço
dele e desligo o telefone. Bebo minha coca. Pago e saio da lanchonete.
Quando volto ao escritório, aos dois minutos Eric aparece. Entra em meu
escritório, me olha, me olha e me olha.
Deus, como me excita quando me olha assim.
Sou uma maldita masoquista, mas essa frieza em seu olhar foi o que
me fez apaixonar por ele.
Como posso me concentrar em meu trabalho. Não consigo
concentrar. Preciso dele. Preciso beija-lo para me desbloquear. Desejo sua
boca, seu contato e sei como conseguir, levanto, entro no escritório do
Miguel, que não esta e dali vou para o arquivo.
Pensei bem. Eric não demora para chegar e antes que consiga
respirar já esta atrás de mim. Não me toca. Só esta proximo de mim. Faço
como não reparei sua presença e dou a vota. Trombo com ele. Oh Deus!
Seu cheiro me feitiça. Olho para ele e ele me olha e pergunto:
- Quer alguma coisa senhor Zimmerman?
Sua boca vai direto para a minha.
Não para de chupar meus labios.
Diretamente enfia sua língua em minha boca e me beija. Me devora
com desejo. Sua barba e seu bigode me fazer cocegas no nariz e no rosto,
mas quando suas mãos aapertam minha cabeça para aprofundar o beijo,
simplesmente eu deixo-me levar. Preciso dele. Desfruto dele. Enquanto me
beija com paixão e exigência, meu corpo se recarega de força e quando
finalize olho para ele e sem limpar os labios , murmuro:
- Lembre-se senhor, minha boca já não e só sua.
Depois que digo isso empurro ele contra os arquivos e saio vitoriosa
por ter conseguido meu beijo. Mas depois me arrependo. O que estou
fazendo? Ele precisa que eu de o passo, mas orgulho-me não permiti. No
resto do dia não volta a chegar perto de mim. Isso sim, não deixa de me
olhar. Me deseja. Eu sei. Me deseja tanto como eu desejo ele.
42
No dia seguinte, Eric não apareceu no escritório. Ligo para Bjorn e me
informa que está em Munique. Fico feliz em saber. Na sexta-feira à tarde,
quando saio do escritório pego um voo para Alemanha. Marta vai me buscar
e ainda que fica com raiva insisto que quero dormir num hotel. Sim Eric e eu
nos acertamos, quero ter onde leva-lo. No sabado pela manhã fico com
Frida. Me fala que Bjorn esta preparando uma festa em sua casa esta noite e
Eric acha que vou. Nego com a cabeça. Não penso em ir. Não vou jogar sem
ele.
Pela tarde, vou a casa de Sonia. A mulher me abraça com carinhoe se
emociona ao me ver. Quando menos espero aparece , me abraça com
Simona, que ao saber que tinha viajado a Munique decide me visitar.
Quando me ver, me abraça com carinho e entre risadas, me conta como vai
a saga de << Loucura Esmeralda>>. Mas um dos melhores momentos e
quando aparece Flyn. Ele não sabe que estou ali e quando me ver corre aos
meus braços. Está totalmente recuperado e cochicha que Laura e ele agora
se falam. Nos rimos, e Sonia aproveita dos sorrisos de seu neto.
Depois
de
comer,
quando
estamos
Flyn e eu jogando Wii, aparece Eric. Sua attitude ao me ver é fria. Fez a
barba e volta a ficar lindo como sempre. Aproxima-se de mim e quando me
da dois beijos sua bochecha toca na minha e tremo. Fecho os olhos e
aproveito esse delicado e atrio entre nós. Marta e Soniadepois de vários
minutos, levam Flyn para a cozinha. Querem nos deixar sozinho. Quando
ninguem está proxímo ele pergunta:
- Veio da festinha de Bjorn?
Não respondo. Apenas olho para ele e sorrio.
Eric xinga e sem me dar tempo de mais nada sai. Não me dá
oportunidade de falar. Fico brava comigo mesmo. Porque ele sorrio? Com
tristeza, através do vidro vejo que ele veio na sua BMW cinza. Vejo ele ir.
Suzpiro. Marta ao me ver me agarra os ombros e murmura:
- Este meu irmão, se continuar assim, vai ficar louco.
Eu tambem vou ficar louca…penso. Ao final, volto a jogar com Flyn
depois do gesto triste de Sonia. As sete, vamos para o hotel. Troco de roupa
e diferente do que pensa Eric, vou à festa com Marta. Não quero jogar com
ninguén que não seja ele. Não posso. Nós vamos ao Guantanamera. Lá
estão todos nos esperando Arthur, Anita, Reinaldo e vários amigos.
Ao entrar exijo, Mojitos! Para esquecer de Eric e depois de vários já
sorrio enquanto danço salsa com Reinaldo. Essas pessoas que tem sido
minhas amigas todos esses meses na Alemanha me receberam con carinho,
abraços e muito amor.
As onze da noite recebo uma mensagem de Frida: << Eric está aqui>>.
Fico inquieta. Fico desanimada
Ao saber que Eric esta numa festinha fechada, sim me deixa irritada.
Ficará com as outras mulheres? As onze e meia ligam-me. Olho para o
celular, mas não atendo. Não posso. Não sei o que lhe dizer. Depois de
várias chamadas dele que não atendo é Frida que liga. Corro para o banheiro
para escuta-la.
- O que aconteceu?
- Ixi, Judith! Eric esta muito desconfiado.
- Porque? Por que eu não estou na festina?
Frida rir.
- Está desconfiado porque não sabe onde você esta. Meu Deus! Em
que você se meteu? Esta matando ele saber que você esta em Munique e ele
não ter controle de você. Coitadinho.
- Frida, Eric participou de algum jogo?
- Não querida. Nào tem corpo para isso, mais veio acompanhado.
Isso me deixa nervosa. Acompanhado? Saber isso deixa me muito
desconfiada. Então Frida diz:
- Porque não vem? Concerteza que se ele vê….
- Não…., não… vou ir.
- Mas Judith, não concordamos que você ia ser mais facíl? Querida,
confensou-me que gostava dele e nós duas sabemos que ele gosta de você e
….
- Falei para ele – rosno furiosa, por saber que foi acompanhado - E por
favor não diga para ele onde estou.
- Judith, não seja assim…
- Promote- me, Frida, Promete-me que não vai falar nada para ele.
Depois de conseguir uma promessa as boas de Frida, desligo. E meu
celular volta a tocar. Eric! Não atendo. Quando volto a pista, Marta alheia a
tudo me dá outro Mojito e tentando ser feliz grito, determinada a aproveitar:
- Açucar!
Chego ao hotel depois das sete da manhã. Estou morta e caio na
cama. Quando acordo são duas da tarde. Mina cabeça da voltas. Na noite
anterior bebi demais. Olho para o celular. Está sem bacteria. Tiro o
carregador da minha mala e enfio na tomada. Quando começa a carregar,
apita. Eric. Decido atende-lo.
- Onde esta? – grita.
Estou a ponto de mandar ele para merda, mas respond:
- Neste momento, na cama. Que você quer?
Silencio. Silencio. Silencio. Até que finalmente pergunta:
- Sozinha?
Olha ao redor e revirando na enorme cama, murmuro:
- Não é da sua conta, Eric. O que você quer?
Ele bufa. Xinga. E rosna.
- Jud, esta com quem?
Sento-me na cama e retirando o cabelo do meu rosto, respond:
- Vamos ver Eric o que você quer?
- Disse que ia ir a festa de Bjorn e não foi.
- Eu falei isso – silvo – Está enganado. Eu disse que iria a uma festa,
mas não necessariamente a de Bjorn. Deixei claro pra você que ele e só um
bom amigo.
Silêncio. Nenhum fala, Eric murmura:
-Quero te ver, por favor.
Isso eu gusto. Que ele me peça algo assim, vacilo
- As quarto no jardim ingles, ao lado do posto onde compramos os
sandwiches no dia que fomos com Fly. Ok?
- Combinado.
Quando desligo, sorrio tenho um encontro com ele. Tomo banho.
Ponho uma saia comprida, uma camiseta e um casaco de couro. Pego um
taxi, e quando chego, vejo ele esperando-me. Meu coração palpita com força.
Me abrça e pedi que volte com ele. Não vou poder dizer que não. Gusto dele
demais apesar da raiva que estou dele por não ter me contado da minha irmã
e saber que foi acompanhada na festa. Quando chego a sua altura, olho ara
ele e decidida a ser facíl digo:
- Estou aqui. O que você quer?
- Tem cara de ter descansado pouco.
Achando engraçado a observação, olho para ele e respondo:
- Você tambem tem uma boa aparência.
-Onde esteve a noite e com quem?
- Mas, outra vez você vem com esse assunto?
- Jud
Deus! Deus! Ele me chamou de Jud
- Ok… te responderei quando você me diga quem e a mulher que te
acompanhou na festinha de Bjorn.
Minha pergunta lo surpreende e não responde. Fico brava e falo mais
alto e tentando mostrar fria com o olhar digo:
- Meu avião sai as sete e meia. Então fala rapido o que tem pra falar
comigo, tenho que passar pelo hotel, arrumar minha mala e pegar meu voo.
Xinga, me olha irritado.
- Não vai me contar com quem esteve a noite?
- Você respondeu minha pergunta? – Não responde; só me olha e silvo
– Quero que saiba que sei que mentiu para mim.
- Como? – Pergunta confunso.
- Omitiu a separação da minha irmã e depois deve o descaramento de
ficar bravo comigo porque escondia as coisas da sua família.
- Não e a mesma coisa- defende-se.
Com frieza, essa frieza que ele me ensinou, olho para ele e silvo:
E um mentiroso, um ser frio e deploravel que não se vê a trave no seu
olho. Basta ver o cisco no olho do seu vizinho. E respondendo com quem
passei a noite, só te falo que sou livre e ara passer a noite com quem quiser,
como você. Está boa minha resposta?
Olha para mim, olha e olha e finalmente levanta e diz:
- Adeus Judith.
Ele vai. Me deixou!
Minha cara de espanto e enorme. Saiu deixando-me sozina no meio do
Jardim Inglês.
Com minha drenalina pelos ar, observe ele afastando-se. ele nunca
dará o braço a torcer. É muito orgulhoso, e eu também. Ao final me levanto,
pego um taxi, vou para o hotel, pego minha mala e vou para o aeroporto.
Quando o avião decola, fecho os olhos e sussuro:
- Maldito cabeção!
43
Dez dias depois, há uma convenção da Müller em Munique, a qual
tenho que participar. Tento escapar, mas Gerardo e Miguel não permitem, e
sinto que o Sr. Zimmerman tem algo a ver com isso. Quando meu avião
chega aqui as recordações me oprimem. Mais uma vez estou nesta
majestosacidade. Acompanhado por Miguel e vários chefes de todas as
delegações da Espanha, chegamos ao local onde é realizada a convenção
às onze horas. Uma vez lá, eu me sento ao lado de Miguel e a convenção
começa. Procuro Eric entre a multidão de participantes e o localizo. Está na
primeira fila, e meu coração aperta quando o vejo ao lado de Amanda. Bruxa!
Como sempre parecem muito compenetrados e quando Eric sobe ao
palco para falar na frente de mais de três mil pessoas de todas as
delegações, olho para ele com orgulho. Escuto tudo que ele diz e percebo o
quão bonito, lindíssimo ele está com aquele terno cinza escuro. Quando seu
discurso acaba e Amanda sobe ao palco ao lado dele, fico tensa. Eric a
segura pela cintura, e ela encantada, saúda com gesto de triunfo.
Miguel olha para mim. Engulo em seco, mas tento sorrir. Após a
cerimônia, alguns garçons começar a passar taças de champanhe e
canapés. Protegida pelos meus companheiros espanhois, estou ciente de
tudo. Eric se aproxima junto com Amanda. Eles cumprimentam todos os
participantes e desejo correr quando vejo-o chegar ao meu grupo. Com um
encantador, mas frio, sorriso, olha para todos. Não direciona nenhuma
atenção especial a mim, e quando me cumprimenta nem sequer coloca seus
olhos nos meus. Aperta minha mão, como qualquer um e, em seguida, sai
para cumprimentar o resto dos convidados. Amanda cruza um olhar comigo
e vejo a brincadeira em seus olhos. Cachorra!
Enquanto cumprimentam os outros, vejo como Eric retorna a segurar
Amanda pela cintura e tirar fotos. Em nenhum momento faz menção de olhar
para mim. Nada, absolutamente nada. É como se nós nunca tivéssemos nos
conhecido. Sem pestanejar observo-o tirar fotos com outras mulheres, e fico
arrepiada quando vejo que Eric diz algo para uma delas olhando para os
seus lábios. Eu o conheço. Sei o que significa esse olhar e o que acarretará.
Meu pescoço pinica. As brotoejas! Oh, não! Que inquietação, eu não aguento
mais!
Quando não agüento mais, procuro uma saída. Tenho que sair dali
que qualquer forma. Quando chego a uma das portas, alguém pega a minha
mão. Viro-me com o coração disparado e vejo que é Miguel. Por um
momento, pensei que fosse Eric .
- Onde você vai?
- Eu preciso de um pouco de ar. Está muito quente aí dentro.
- Acompanho você - diz Miguel.
Quando estamos próximos a uma saída, Miguel pega um maço de
cigarrosmostra um maço de tabaco e peço um. Preciso fumar. Após as
primeiras tragadas meu corpo começa a se acalmar. A frieza de Eric, junto a
Amanda e como ele olhou para as outras mulheres, foi demais para mim.
- Está tudo bem, Judith ? - pergunta Miguel.
Concordo. Sorrio. E tento ser a garota alegre de sempre.
- Sim, só que estava muito quente .
Miguel concorda. Sei que imaginará coisas, mas eu não quero falar
com ele. Depois do cigarro, eu proponho entrarmos novamente. Devo ser
forte e demonstrar a ele, a Amanda, a Miguel e a todo mundo.
Com a passos seguros volto para o grupo da Espanha e tento me
integrar as conversas, mas não posso. Toda vez que eu me viro, Eric está
perto, lisonjeiro com alguma mulher. Todas querem fotos com ele, todas,
exceto eu.
Duas horas mais tarde, quando eu estou em um dos banheiros, ouço
como uma das mulheres fala que o chefão Eric Zimmerman disse para ela
que é muito bonita. Tolinha! Sem conseguir evitar, olho para ela. É uma
mulher tremendamente atraente. Uma italiana de com enormes seios, curvas
sinuosas e cabelo cor de cobre. Parece nervosa e eu entendo. Eric dizer
uma coisa assim olhando-a é paraficar nervosa mesmo.
Quando eu saio do banheiro, cruzo com Amanda. Ela me olha. A
cobra me olha e pisca para mim com diversão. Sinto um desejo incontrolável
de agarrá-la pelos cabelos loiros e arrastá-la pelo chão, mas não. Eu posso.
Eu estou em uma convenção, tenho que ser profissional e acima de tudo, eu
prometi ao meu pai que eu não iria me comportar como uma arruaceira.
Chegando ao meu grupo, surpreendo-me quando vejo Eric falando
com eles. Próximo a ele é tem uma linda morena do escritório de Sevilla
babando enquanto ele fala. Eric, ciente do magnetismo que provoca nas
mulheres, brinca com ela, e ela, como um boba, mexe no cabelo e se move
nervosamente. Fecho meus olhos . Não quero vê-los. Mas quando abro os
olhos, me encontro com o olhar de Eric, que diz:
- A senhorita Flores irá levá-los para onde organizei a festa. Ela
conhece Munique. - Eu levanto o queixo, e Eric acrescenta, entregando-me
um cartão. – Espero todos lá.
Dito isto, ele sai. Eu pisco.
Todos olham para mim e começam a perguntar como chegar ao local
que o chefão disse. Olho para o cartão, e depois de lembrar onde é o local,
nos dirigimos para o ônibus para nos levará ao hotel, até à noite e acontecer
o evento.
Quando o ônibus nos deixa no hotel, aproveito a oportunidade para
tomar um banho. Estou muito tensa. Não quero ir a essa festa, mas tenho
que ir. Eu não posso escapar. Eric já garantiu que eu escape. Depois de
secar o meu cabelo, ouço uma batida e alguns suspiros. Escuto atentamente
e, finalmente, sorrio. O quarto ao lado é o de Miguel, e pelo que eu ouço, ele
está muito bem.
Eu bato na parede e os suspiros param. Eu não quero ouví-los!
Eu troco o terno cinza claro por um vestido preto com strass na
cintura. Coloco saltos que me caem bem, e faço um coque alto no cabelo.
Quando me olho no espelho, sorrio. Eu sei que sou sexy. Certamente, Eric
não olhará para mim, mas a minha aparência vai fazer outros homens me
observarem.
Que pelo menos minha moral suba, certo?
Às nove, depois de jantarmo no hotel, nos reunidos na recepção.
Como esperado todos procuram por mim a pessoa que os levará para onde
o grande chefe disse . Depois de falar com o motorista do ônibus, nós
mergulhamos no tráfego de Munique, e sorrio quando passamos pelo Jardim
Inglês. Com carinho vejo os lugares que passei com Eric e ui feliz por um
bom tempo na minha vida, mas a sensação boa acaba quando o ônibus
chega ao destino e nós temos que descer.
Entramos no local. É enorme, e como esperado, o Sr. Zimmerman
preparou uma grande festa. Todos aplaudem. Miguel olha para mim e
divertida, murmuro:
- Ei, eu estive prestes a tirar um lenço branco e gritar "toureiro " .
Ele ri e aponta para uma jovem.
- Deus, baby, nem te conto como é o furacão Patricia.
Nós dois rimos e depois, escuto ao meu lado:
- Boa noite.
Ao levantar o olhar encontro com Eric. Éstá lindo com seu smoking
preto e gravata borboleta. Oh, Deus, eu sempre quis fazer amor com vestido
só de gravata. Que mórbido! Rapidamente tiro essa idéia da cabeça. O que
faço ensando nisso? Nossos olhos se encontram, e sua frieza é extrema.
Meu coração palpita. Meu estômago se contrai até eu vejo que quem está ao
lado dele é a italiana ruiva do banheiro. Oh meu Deus!
Sem alterar o gesto, cumprimento-o, e ele segue o seu caminho com
ela. Eu não quero que veja que sua presença me dói, mas a verdade é que
eu deixei totalmente nocauteada. Está claro que Eric retomou sua vida e eu
tenho que aceitar.
Dou o braço a Miguel, nos dirigimos ao bar e pedimos uma bebida.
Estou com sede. Durante uma hora, Miguel fica ao meu lado. Rimos e
conversamos, até que a música começa. Eles contrataram uma banda de
swing. Eu adoro! As pessoas começam a dançar, e Miguel decide levar o
furacão Patricia.
Fico sozinha e enquanto bebo, escaneio o local. Não voltei a ver Eric,
mas logo o encontro dançando com a Italiana. Isso me inquieta. Canção
após canção, sou testemunha de como todas as mulheres querem dançar
com ele, e ele, encantado, aceita .
Desde quando é tão dançarino?
Supõe-se que a louca dançarina sou eu e aqui estou eu,fechando o
bar. Merda! Mas quando vejo-o dançando com Amanda enlouqueço. Eu sou
tão idiota. Não posso suportar o olhar dela e como se agarra com possessão
e ele pelo pescoço enquanto move um dedo e acaricia seus cabelos.
Eu me viro. Eu não posso continuar olhando-os. Vou ao banheiro, me
refresco e volto para a festa.
Ao sair, encontro com Xavi Dumas, ele é do escritório de Barcelona, e
me convida para dançar. Eu concordo. Em seguida, vários homens me
convidam, e minha auto-estima está de volta onde eu precisava. De repente,
Eric está ao meu lado e pede ao meu acompanhante permissão para dançar
comigo. Meu acompanhante concorda, encantado. Eu, nem tanto. Quando
ele coloca a mão na minha cintura e eu coloco meus braços ao redor de seu
pescoço, a orquestra toca Lua Azul. Engulo em seco e danço. Da sua altura,
olha para mim e finalmente diz:
- Está indo bem, senhorita Flores?
- Sim, senhor – concordo brevemente.
Suas mãos nas minhas costas queimavam. Meu corpo reage ao seu
toque, sua proximidade e seu cheiro.
- Como está indo a vida? - Pergunta novamente em tom impessoal.
- Bem – consigo dizer - com muito trabalho. E você?
Eric sorri, mas seu sorriso me assusta quando ela traz a boca no meu
ouvido e sussurra:
- Muito bem. Retomei meus jogos e devo dizer que eles são muito
melhores do que lembrava. Logicamente, Dexter oediu-me para desejar-lhe
saudações para você, para a sua deusa quente.
- Idiota!
Tento desfazer-me de seu abraço, mas não vai me deixa. E me
pressiona contra ele.
- Termine de dançar esta música comigo, senhorita Flores. Então
você pode fazer o que quiser. Seja profissional.
Meu corpo coça todo, mas eu não coço.
Aguento o puxão de seu olhar severo, e quando a música termina, me
dá um frio e galante beijo na mão. E antes de sair, ele resmunga.
- Como sempre, foi um prazer voltar a vê-la. Espero que fique bem .
Sua proximidade, suas palavras e sua frieza chegaram a minha alma.
Vou ao bar e peço uma Cuba Libre. Eu preciso disso. Depois desse,
bebo outro e tento ser profissional e fria como ele. Eu tive o melhor
professor. Nenhum Eric Zimmerman pode comigo.
Vejo-o furiosa, enquanto ele tem um bom tempo com as mulheres.
Todas caem aos seus pés e eu sei com quem ficará esta noite. Não é com a
italiana. É com Amanda. Seus olhares me dizem.
Odeio-os !
À uma da manhã decido finalizar a festa. Já não posso mais. Miguel
se foi com a sua própria furacão sexual e outro cara já está se oferendo pra
mim.
Quando eu saio, respiro. Eu me sinto livre. Eu vejo aparecer um táxi e
subo. Eu dou o endereço e em silêncio volto ao meu hotel. Vou para o meu
quarto e tiro os sapatos. Estou com raiva . Eric me tirou do meu eixo. Que
estranho? Ouço suspiros no quarto ao lado. Miguel e seu furacão.
Bufo. Que noitezinha que vão me dar.
Sento na cama, cubro meus olhos e fico com vontade de chorar. Que
diabos estou fazendo aqui? Os suspiros no quarto ao lado aumentam.
Pequeno escandalo! No final, desconfiada, dou dois golpes na parede. Os
suspiros param, e eu balanço minha cabeça.
Momentos depois batem na minha porta e cubro meus olhos. Que
empata-foda eu sou!
Será Miguel para me pedir perdão. Sorrio, e quando abro a porta,
encontro com um carrancudo Eric. Minha expressão muda.
- Bem ... Eu vejo que não sou quem esperava, senhorita Flores.
Sem pedir permissão entra no quarto e fecho a porta. Não me movo.
Não sei o que faz aqui. Eric dá uma volta pelo ambiente, depois de verificar
que estou sozinha, me olha e pergunto :
- O que você quer, senhor?
Iceman me olha, olha, olha e responde com indiferença:
- Não vi cocê saindo da festa e queria saber se estava tudo bem.
Sem aproximar-me dele, balanço a cabeça, ainda estou com raiva
sobre o que me disse na festa.
- Se você veio para ver com quem eu iria jogar no hotel, sinto
desapontá-lo, mas eu não jogo com as pessoas da empresa nem quando os
mesmos estão próximos. Sou discreta. E quanto a estar ou não estar bem,
não se preocupe, senhor, eu sei cuidar bem de mim mesma. Então, você
pode ir .
Dizer que jogo em outros momentos o atiça. Vejo em seu rosto e,
antes que diga qualquer coisa que me irrite mais, silvo :
- Saia do meu quarto agora mesmo, Sr. Zimmerman .
Ele não se move.
- Você não é ninguém para entrar aqui sem ser convidado.
Certamente o esperam que em outros quartos. Corra, não perca tempo, com
certeza Amanda ou qualquer outra de suas mulheres querem ser o centro da
sua atenção. Não perca seu tempo aqui comigo e saia para jogar.
Tensão. Muita tensão.
Nos olhamos como autênticos rivais, e quando ele chega perto de
mim, move-me rapidamente. Eu não estou disposta a cair em seu jogo por
mais que meu corpo precise dele, grite por ele.
Ouço-o amaldiçoar e depois, sem olhar para mim, vai até a porta,
abre-a e vai. Ele sai furioso.
Estou sozinha no quarto. Minhas pulsações estão a mil. Não sei o
queEric quer. O que eu sei é que quando eu estou sozinha com ele, não sou
a dona do meu corpo.
A noite que volto da convenção de Munique decido que devo ter de
volta a minha vida. Devo esquecer Eric e encontrar outro emprego. Eu
preciso voltar a ser eu, ou se continuar assim, não sei o que será de mim.
No dia seguinte, quando eu chego ao escritório, falo com Miguel . Ele
não entende porque eu quero ir. Tenta me convencer, mas percebe que o
que havia entre o chefão e eu não está resolvido. Me acompanha até a sala
de Gerardo e, uma vez lá, solicito minha demissão.
Depois de uma manhã louca em que Gerardo não sabe o que fazer
comigo, no final eu consigo. Dou definitivamente baixa na Muller.
Na parte da tarde, quando eu saio do escritório, sorrio. Esse é o
primeiro dia da minha vida.
44
Às sete da manhã, quando ainda estou na cama, meu celular toca.
Olho para a tela e eu não reconheço o número. Eu pego e escuto:
- O que você fez ?
- O quê? - pergunto sonolenta, sem entender nada .
- Por que você se demitiu, Judith?
Eric !
Gerardo já deve tê-lo informado do que eu fiz e, irritado, grita:
- Pelo amor de Deus, pequena, você precisa trabalhar! O que você
pretende fazer? Em que pretende trabalhar? Quer ser garçonete novamente?
Aturdida com as perguntas e, principalmente, porque me chamou de
"pequena", sussurro:
- Não sou sua pequena e não volte a me ligar nunca mais em sua
vida.
- Jud ...
- Esqueça que eu existo.
Desligo.
Eric insiste. Desligo novamente.
No final desligo o telefone e antes que ligue para o meu número de
casa, tiro o fone do gancho. Zangada, me viro e continuo dormir. Quero
dormir e esquecer do mundo.
Mas eu não consigo dormir e levanto. Me visto e saio. Não quero estar
em casa. Chamo Nacho e vou com ele para sua oficina. Durante horas,
observo-o fazer tatuagens enquanto falamos. Na hora de fechar, chamamos
os amigos e vamos para a farra. Preciso comemorar que não trabalho para
Müller .
Quando chego em casa são três da manhã. Vou direto para a cama.
Eu tenho um peso enorme.
Cerca de dez horas da manhã batem na minha porta. Com gesto
pesaroso me levanto para abrir. Fico como estátua quando vejo que é um
entregador com um lindo buquê de rosas vermelhas de longas hastes. Tento
fazê-los levar de volta. Sei de quem são, mas o entregador resiste.
Finalmente pego-as e jogo direto no lixo. Mas a curiosa que há em mim
procura o cartão e meu coração acelera quando eu leio:
“Como eu disse há muito tempo, eu levo você na minha mente
desesperadamente .
Eu te amo, pequena.
Eric Zimmerman”
Boquiaberta, releio de novo a nota.
Fecho meus olhos. Não, não, não. Outra vez, não!
A partir desse momento eu não posso ligar o telefone sem receber
uma chamada de Eric. Sobrecarregada decido desaparecer. Eu conheço ele
e em poucas horas ele está na porta da minha casa. Pela internet alugo uma
casa no campo. Pego meu Leoncito, e desta vez vou para Astúrias,
especificamente para Llanes.
Eu ligo para meu pai e não digo onde estou. Não confio nele para não
contar a Eric. Eles se dão muito bem. Garanto que estou bem, e meu pai
concorda. Só exige que eu ligue todos os dias para saber que estou bem e
para alertá-lo quando chegar a Madrid. De acordo com ele, temos que
conversar muito sério. Eu concordo.
Durante uma semana passeio por esta cidade bonita, durmo e penso.
Tenho que decidir o que vou fazer comigo depois de Eric. Mas eu sou
incapaz de pensar claramente. Eric está tão profundo em minha mente, no
meu coração e na minha vida que eu mal posso pensar.
Eric insiste.
Enche meu correio de voz, e quando vê que eu ignoro-o, ele começa
a enviar e-mails que leio à noite no quarto da bela casa que eu aluguei.
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De: Eric Zimmerman
Data: 25 de maio de 2013 09:17
Para : Judith Flores
Assunto: Perdoe-me
Estou preocupado, querida.
Eu errei. Te acursei de me esconder as coisas quando eu sabia da
sua irmã e não te disse. Eu sou um idiota. Eu estou ficando louco. Por favor,
me ligue.
Eu te amo.
Eric
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De: Eric Zimmerman
Data: 25 de maio de 2013 22:32
Para : Judith Flores
Assunto: Jud ... por favor
Apenas me diga que você está bem. Por favor ... , pequena.
Eu te amo.
Eric
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Ler seus e-mails me emociona. Eu sei que ele me quer. Eu sei disso.
Mas não pode ser. Nós somos fogo e gelo. Por que voltar a tentar
novamente ?
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De: Eric Zimmerman
Data: 26 de maio de 2013 07:02
Para : Judith Flores
Assunto: Mensagem recebida
Eu sei que você está muito zangada comigo. Eu mereço . Eu fui um
idiota (um completo imbecil). Eu fui fatal e me sinto mal. Contava os dias
para vê-la na convenção em Munique e, quando eu tinha você diante de
mim, ao invés de dizer o quanto eu te amo eu agi como um animal furioso.
Sinto muito querida. Me desculpe, desculpe, desculpe .
Eu te amo.
Eric
_________________________________________________
Saber que ele queria me ver na convenção me alegra. Agora entendo
porque ele se comportou dessa maneira. Usou a frieza como um mecanismo
de defesa e fez uma má jogada. Tenrou enciumar-me e conseguiu. Não
mediu os resultados, e agora estou muito irritada com ele.
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 27 de maio de 2013 02:45
Para : Judith Flores
Assunto: eu sinto sua falta
Ouço nossas músicas.
Eu penso em você .
Me perdoará outra vez?
Eu te amo.
Eric
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Também escuto nossas músicas o coração apertado. Hoje, enquanto
comia em um terraço em Llanes tocava a música: You are the sunshine of
my life de Stevie Wonder, e lembrei quando me pediu para sair do carro para
dançar com ele no meio de uma rua em Munique. Isso humaniza-o. Detalhes
como esse que me fazem saber o quanto Eric mudou por mim. Eu o amo,
mas tenho medo. Eu tenho medo de não parar de sofrer .
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 27 de maio de 2013 20:55
Para : Judith Flores
Assunto: Você é incrível
Flyn acabou me contar sobre a coca-cola e sua queda na neve. Por
que você não me contou?
Se te queria antes, agora eu quero mais.
Eric
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Saber que Flynn confiou em seu tio me emociona. Isso me faz saber que ele
começou a se sentir mais confiante. Gosto de saber disso. Olé, meu menino!
Eric ... Eu amo-o ainda mais. Por que isso está acontecendo?
Será que o efeito Zimmerman me abduziu de tal maneira que eu não
posso esquecer? Definitivamente sim.
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De: Eric Zimmerman
Data: 28 de maio de 2013 09:35
Para : Judith Flores
Assunto: Oi, querida
Estou
no
escritório
e
não
me
concentro.
Eu não consigo parar de pensar em você. Eu quero que você saiba que eu
não tenho jogado em todo esse tempo. Eu menti, pequena. Como eu disse,
minha ÚNICA fantasia é você .
Eu te amo agora e sempre .
Eric
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Agora e sempre. Que belas palavras quando as dizia olhando-me nos
olhos. Minha fantasia é você, teimoso. O que tenho que fazer para te
esquecer e para você esquecer de mim?
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De: Eric Zimmerman
Data: 28 de maio de 2013 16:19
Para : Judith Flores
Assunto: Eu ordeno!
Maldita seja, Jud !, Eu exijo que me diga onde você está.
Pegue o maldito telefone e me ligue agora mesmo, ou me escreva um e-mail.
Faça isso!
Eric
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Uau, Iceman de volta! Sua raiva me faz rir. Ordena e lhe dão!
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De: Eric Zimmerman
Data: 29 de maio de 2013 23:11
Para : Judith Flores
Assunto: Boa noite, pequena
Perdoe meu último e-mail. O desespero por sua ausência me permite.
Hoje foi um grande dia para Flynn. Laura convidou-o para seu aniversário e
quer contar a ele.
Não vai ligar pra ele?
Eu sinto sua falta e eu te amo.
Eric
_________________________________________________
Meu desespero também me permite. Oh Deus, o que vou fazer sem
você?
Eu choro de alegria ao saber que Flynn está feliz pelo convite. Meu
pequeno mal-humorado começa a viver. Eu também amo você, Eric, e sinto
sua falta.
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De: Eric Zimmerman
Data: 30 de maio de 2013 15:30
Para : Judith Flores
Assunto: Não sei o que fazer
O que eu tenho que fazer para que responda às minhas mensagens?
Eu sei que você as recebe. Eu sei, querida .
Eu sei pelo seu pai que você está bem. Por que você não me liga?
Minha paciência está rachando dia-a-dia. Você me conhece. Eu sou um
alemão teimoso. Mas por você eu estou disposto a fazer qualquer coisa.
Eu te amo, pequena.
Eric (o imbecil)
_________________________________________________
Quando eu fecho o computador, bufo. Eu imaginei que o meu pai o
manteria informado.
O jogo virou. Agora é ele quem escreve e eu quem não responde.
Agora eu entendo o que ele sentiu naquele momento. Tento esquecê-lo
como ele tentou me esquecer, e estou consciente que que não vai me deixar
fazê-lo, porque eu não o deixei.
45
O dia em que cheguei em Madrid depois da semana em Llanes, volto
com o coração ainda mais quebrado. Saber que Eric procura por mim me faz
insegura até do ar que respiro. O tempo não eliminou a dor, só aumentou
para níveis que nunca pensei existie.
Ligo para meu pai. Digo-lhe que cheguei em Madrid e converso com
ele.
- Não, pai. Eric me desespera e ...
- Você não é uma santa, querida. Vocêé teimosa e desafiadora. Você
sempre foi assim, e justamente ele é seu par ideal.
- Papáaaaa !
Meu pai ri e responde:
- Uow, moreninha! Não se lembra o que sua mãe dizia?
- Não.
- Ela sempre dizia: "O homem que se apaixonar por Rachel, terá uma
vida tranquila, mas o homem que se apaixonar por Judith, coitado! Vai estar
numa briga dia sim e outro também".
Sorrio, lembrando das palavras da minha mãe, e meu pai acrescenta:
- E assim é, moreninha. Rachel é como é e você é como sua mãe, um
guerreira! E, para aguentar uma guerreira só há duas opções: ou é um tolo
que nunca abre a boca, ou um guerreiro como Eric.
- E você o que é pai, um tolo ou um guerreiro?
Meu pai ri.
- Eu sou um guerreiro como Eric. Como você acha que aguentei sua
mãe? E, embora Deus tenha levado-a muito cedo da minha vida, nunca outra
mulher chegou ao meu coração, porque sua mãe ... deixou a expectativa
muito, muito alta. E isso é o que acontece com Eric, tesouro. Depois de
conhecê-la, sabe que você não vai encontrar outra igual.
- Sim, boba - me ridicularizo.
- Não, querida. Direita. Espevitada. Divertida. Engraçada. Graciosa.
Teimosa. Briguenta. Maravilhosa. Bonita. De tudo, moreninha ... , tudo.
- Pai ...
- Como você pressupôs, Eric pertence a você, e você pertence a ele.
Eu sei disso.
Eu sou incapaz de não rir.
- Por favor, papai, como um escritor de novelas você não têm preço!
Quando desligo, sorrio .
Como sempre, falar com o meu pai me relaxa. Quer o melhor para
mim e, como ele disse, a melhor coisa para mim é esse alemão, embora
neste momento eu duvide.
À noite, quando abro o computador, tenho uma nova mensagem de
Eric .
_________________________________________________
De: Eric Zimmerman
Data: 31 maio de 2013 14:23
Para : Judith Flores
Assunto: Não me deixe
Eu sei que você me quer, mesmo que não me responda. Eu vi nos
seus olhos na última noite no hotel. Você me chutou para fora, mas me quer
tanto quanto eu te quero. Pense nisso, querida. Agora e sempre você e eu.
Eu te amo. Desejo. Estou com saudades. Eu preciso de você.
Eric
_________________________________________________
Por que é tão romântico?
Onde está o alemão frio?
Por palavras românticas me deixam tonta e eu preciso ler e reler? Por
quê?
Quando eu desligo a luz do meu quarto, volto a pensar no único que
penso ultimamente. Eric. Eric Zimmerman. Cheiro sua camisa. Não sei o que
tenho que fazer para esquecê-lo.
Eu acordo às seis da manhã. Sonhei com Eric. Eu não unca sonhei
que eu tirá-lo de sua mente!
Mate-me!
Porque quando se está obcecadoem alguém o dia e a noite se
resume em pensar só nele?
Irritada, eu não consigo dormir e decido levanta. Chateado como opto
por fazer uma limpeza geral. Isso me relaxará. Fico nisso e às dez horas da
manhã testou envolvida na casa que não há nem por onde fugir.
Estava desorganizada e organizei!
Estou nervosa. Meu coração bate loucamente e decido tomar um
banho, deixar a casa e sair para uma corrida. Correr será um luxo.
Eliminarei adrenalina.Quando saio do banho, prendo o cabelo em um rabo
de cavalo alto, coloco uma calça corsário preta, tênis e uma camiseta .
De repente, a campainha toca e, ao abrir sem olhar, fico sem palavras
quando encontro Eric. Está mais bonito do que nunca vestindo com uma
camisa branca e jeans. Assustada por tê-lo tão perto, tento fechar a porta,
mas não me deixa. Colocando um pé .
- Querida, por favor, ouça- me .
- Não sou sua querida, nem sua pequena, nem sua moreninha, nem
nada. Afaste-se de mim.
- Deus, Jud, você está destruindo meu pé.
- Tire-o e não quebrarei - responder enquanto tento fechar a porta
com toda a minha força.
Mas ele não tira o pé .
- Você é meu amor, minha querida, minha menina, minha moreninha e
também minha mulher, minha namorada, minha vida e milhares de outras
coisas. E por isso quero pedir-lhe para voltar para casa comigo. Estou com
saudades. Eu preciso de você Eu não posso viver sem você.
- Fique longe de mim, Eric – rosno enquanto luto com a porta
inutilmente.
- Eu fui um idiota, querida.
- Oh, sim, não duvide disso – murmuro do outro lado porta.
- Um idiota com todas as letras por deixar ir a melhor coisa que
aconteceu na minha vida. Você! Mas idiotas como eu se dão conta e tentam
se corrigir. Dê-me outra chance de novo ...
- Eu não quero ouvir você. Eu não quero! - grito.
- Querida ... eu tentei. Tentei dar seu espaço. Dar a mim o meu. Mas a
minha vida sem você não tem sentido. Eu não durmo . Você está em minha
mente às vinte e quatro horas do dia. Eu não vivo. O que você quer que eu
faça, se eu não posso viver sem você?
- Compre um macaco - berro.
- Querida ... eu errei. Escondi sobre a tua irmã e tive a pouca decência
de ficar bravo com você quando eu fiz a mesma coisa que você .
- Não, Eric, não ... Agora não quero ouvir – insisto a ponto de chorar.
- Deixe-me entrar.
- De jeito nenhum.
- Pequena, deixe-me olhar em seus olhos e falar com você. Deixe-me
corrigir isso.
- Não.
- Por favor, Jud. Eu sou um imbecil. O homem babaca no mundo, e eu
vou deixar você me chamar disso todos os dias da minha vida, porque eu
mereço.
Minhas forças acabam. Ouvir tudo o que ele me diz começa a me
enfraquecer, e quando eu paro de pressionar a porta, Eric a abre totalmente
e murmura, olhando-me:
- Ouça-me, pequena ... - E ao olhar atrás de mim, pergunta: Limpeza
geral? Uau, você está muito, chateada!
Os cantos de sua boca sobem, e então eu grito, histérica, vendo que
se move.
- Não entre na minha casa .
Ele pára. Não entra .
- E, antes de continuar com as belas palavras que está dizendo – falo
furiosa - quero que você saiba que eu não vou parar mais uma vez a minha
vida para tudo dar errado novamente. Me desespera. Eu não posso com
você. Não quero parar de fazer as coisas que eu gosto, porque você me quer
em uma gaiola de vidro. Não, eu me recuso!
- Eu amo você, Senhorita Flores.
- É um estúpido. Deixe-me em paz!
E, pegando-o de surpresa, eu dou uma portada. Meu peito sobe e
desce. Estou acelerada. Eric fez de novo. Voltou a me dizer as coisasmais
belas que um homem pode dizer a uma mulher, e eu, como um tola, ouvi.
Eu sou uma idiota. Boba. Incapaz. Por quê? Por que eu escuto-o?
A campainha toca novamente. É ele . Eu não quero abrir.
Eu não quero vê-lo, mesmo que morrar para fazê-lo. Mas, de repente
ouço uma voz. Essa é Simona? Abro a porta e boquiaberta, vejo Norbert
junto a sua esposa. O homem diz:
- Senhorita, desde que você saiu de casa, nada é igual. Se voltar,
prometo que vou ajudá-la a colocar sua moto pronta sempre que você quiser.
Eu levanto as minhas sobrancelhas, e Simona, depois de abraçar-me,
me beija no rosto.
- E eu prometo te chamar de Judith . O Senhor me deu permissão. - E
levantando minhas mãos, sussurra - Judith , eu sinto falta de você, e se você
não voltar, o Sr. nos martirizará o resto dos nossos dias. Você quer isso para
nós? – nego com a cabeça, e insiste: - Além disso, ver a novela "Loucura
Emeralda" sozinha não tem a graça que tinha quando víamos juntas.
Certamente, Luis Alfredo Quiñones pediu outro dia Esmeralda Mendoza em
casamento. Eu tenho gravado para vermos nós duas.
- Oh, Simona ... ! – Suspiro e levo as mãos sobre a boca .
De repente Susto e Calamar entram na casa e começam a latir .
- Susto! Grito ao vê-lo.
O cachorro salta e abraço-o. Tenho tantas saudades tuas ... Em
seguida, toco em Calamar e sussuro:
- Como você cresceu, anão .
Os animais saltam animados ao meu redor. Lembram de mim. Não se
esqueceram de mim. Eric, encostado na parede, está olhando para mim
quando Sonia entra com um sorriso encantador e me beija .
- Minha querida, como você não veio para nós, Eric trouxe-nos até
você, é que você é tão teimosa quanto ele. Este meu filho te ama, te ama, te
ama, ele me confessou .
Estou olhando para ela, suspresa quando meu pai entra.
- Sim, moreninha, esse menino te ama muito e te disse que voltará
para você ! E aqui você o tem. Ele é seu guerreiro e você é a guerreira dele.
Vamos, meu tesouro ... Eu conheço você, e se não gostasse desse homem,
já teria retomado sua vida e não teria essas olheiras.
- Pai ... – Soluço levando a mão à boca .
Meu pai me beija e sussurra:
- Seja feliz, meu amor. Aproveite a vida por mim. Não me faça ser um
pai preocupado o resto dos meus dias.
Duas lágrimas deslizam pelo meu rosto quando ouço:
- Maluquinhaaaa ! - Minha irmã soluça, emocionada.- Aisss , que
lindo Eric fez. Reunir todos para pedir o seu perdão. Que romântico ! Que
maravilhosa forma de mostrar seu amor! Um homem assim é o que eu
preciso, não um brutamontes. E, por favor, perdoe-o, porque não contar-lhe
sobre minha separação. Eu ameaçei machucá-lo se o fizesse.
Eu olho para Eric. Segue apoiado fora da minha casa e não tira os
olhos de mim. Neste momento, entra Marta e piscando para mim, sussurra:
- Como diz não ao teimoso do meu irmão, eu juro que vou trago todos
de Guantanamera te convencer enquanto bebemos chupitos3 e gritamos:
"açúcar " – Dou uma risada. – Pense no que foi para ele pedir ajuda a todos.
Esse cara abriu mudou por você , e isso tem que compensado de alguma
forma. Vamos, você o ama tanto quanto ele te ama.
Eu rio. Eric também ri, e minha sobrinha grita
- Titiaaaaaaaaaaaaaaa ! O tio Eric prometeu que neste verão eu vou
com vocês nos três meses de férias para a sua piscina , e quanto ao meni....
a Flynn, é muito legal. Muito legal! Não sabe como joga Mario Cars. Que
esperto! É ótimo.
Este parece ser o metrô na hora do rush. A sala está cheia de
pessoas, enquanto Eric olha para mim com seus lindos grandes olhos azuis,
sem entrar em minha casa. De repente, chega Flynn. Ao me ver, se atira em
meu pescoço. Ele me abraça e me beija. Adoro seus beijos, e, quando se
solta, sai pela porta e dou risada quando vejo-o arrastar a árvore de Natal
vermelha.
3
Chupito: amostras de bebidas alcoólicas, colocadas em pequenos copos, para beber de uma vez só.
Você trouxe a árvore vermelha de desejos?
Isso me faz rir. Eu olho para Eric, e ele encolhe os ombros.
Tia Jud, diz Flynn, ainda não lemos os desejos que fizemos no Natal. Isso me emociona, ele murmura: - "Eu mudei meus desejos. O que escrevi
no Natal não eram muito agradáveis . Além disso, confessei ao tio Eric que
eu escondia segredos. Eu lhe disse que fui eu quem balançou a coca-cola
para explodir em seu rosto e por minha culpa você caiu na neve e aconteceu
o feio machucado no queixo.
- Por que você contou?
- Tinha que dizer a ele. Você sempre foi boa para mim, e ele tinha que
saber.
- Oh, a propósito querida - indica Sonia - a partir deste ano,
comemoraremos o Natal juntos. Acabou a celebração separadamente.
- Boa, vovó! – Flynn salta, e eu sorrio .
- E nós estaremos também – pontua meu emocionado pai.
- Bem, feito! - Aplaude Luz, e Eric ri com as mãos nos bolsos.
Eu olho para ele. Ele olha para mim. Nossos olhos se encontram, e
quando eu acredito que não possa chegar mais pessoas, entram Björn, Frida
e Andrés com o pequeno Glen. Os dois homens não dizem nada. Só me
olham, me abraçam e sorriem. E Frida, abraçando-me também, sussurra em
meu ouvido:
- Castique-o quando você perdoá-lo. Ele merece.
Nós duas rimos, e eu coloquei as mãos no rosto. Eu não posso
acreditar. Minha casa está cheia de pessoas que me amam, e todos foram
mobilizados por Eric. Todos me olham esperando que eu diga alguma coisa.
Estou emocionada. Muito emocionada. Eric é o único que ainda está fora .
Eu o proibi de entrar. Com determinação, ele se aproxima de minha porta.
- Eu te amo, pequena - declara. - Eu digo a você sozinho, para nossas
famílias e para quem precisar. Você estava certa. Depois de Hannah estava
fechado como um caracol, isso não me favorecia nem a minha família. Eu
estava errado, especialmente com Flynn. Mas você entrou na minha vida ,
em nossas vidas, e tudo mudou para melhor. Acredite em mim, amor, você é
o centro de minha existência.
Um " Ohhhhhh " escapa da garganta de minha irmã, e eu sorrio
quando Eric acrescenta:
- Eu sei que não fiz a coisa certa. Eu tenho um temperamento ruim,
sou frio em algumas ocasiões, chato e intratável. Tentar corrigí-lo. Eu não
prometo, porque não quero falhar, mas eu vou tentar. Se você concordar em
me dar outra chance, voltaremos a Munique com sua moto e prometo que
vou ser quem mais te aplaude e grita quando competir no motocross.
Inclusive, se você quiser, te acompanharei com a moto de Hannah pelos
campos perto de casa. - E fixando os olhos nos meus, sussurra : Por favor,
pequena, me dê outra chance.
Todo mundo olha para nós .
Não se ouve uma mosca.
Ninguém diz nada. Meu coração bombeia em um ritmo frenético.
Eric fez isso de novo!
Eu o quero ... eu quero ele e adoro-o. Esse é o Eric romântico que me
deixa louca.
Vou para a porta, saio da minha casa, me aproximo de Eric e,
colocando-me na ponta dos pés, aproximo minha boca da dele, chupo seu
lábio superior, depois o inferior e, depois de dar uma mordiscada, revelo:
- Você não é chato. Eu gosto do seu temperamento e sua cara brava,
e não vou permitir que você mude .
- De acordo, querida - concorda com um grande sorriso.
Nos Olhamos. Nos devoramos com os olhos. Sorrimos .
- Eu te amo Iceman - digo finalmente.
Eric fecha os olhos e me abraça. Me pressiona contra seu corpo, e
todos aplaudem .
Eric me beija. Eu o beijo e derreto em seus braços, não disposta a
deixá-lo nunca mais.
Ficamos assim por alguns minutos, até que ele se separa de mim.
Todos se calam.
- Pequena, você me devolveu o anel duas vezes, e espero que na
terceira vez se dê por vencida.
Sorrio e me surpreendendo mais uma vez, ajoelha-se e colocaando o
anel de diamante diante de mim, diz, me deixando desconcertada:
- Eu sei que foi vocêimpulsivamente quem me pediu para casar da
outra vez, mas desta vez quero que seja meu impulso, e, especialmente, que
seja oficial e perante nossas famílias. - E, deixando -me sem palavras, ele
continua:- Senhorita Flores, você quer casar comigo ?
Meu pescoço pinica. As brotoejas!
Me coço. Casamento? Meus nervos!
Eric olha para mim e sorri. Sabe o que eu acho. Ele se levanta, coloca
sua boca em meu pescoço e sopra suavemente. Neste instante, aceito que
ele é meu guerreiro, e eu, sua guerreira, e agarrando seu rosto, olho
diretamente nos seus olhos e responso:
- Sim, senhor Zimmerman, eu quero me casar com você .
Dentro da minha casa todos pulam de alegria .
Casamento à vista!
Eric e eu abraçados, nos olhamos e ficamos felizes . Então, pego a
maçaneta da porta e a fecho. Meu amor e eu ficamos no corredor da minha
casa, sozinhos .
- Organizou tudo isso para mim?
- Yeah, baby! Eu utilizei a artilharia porque não queria me ouvir, nem
ver, nem beijar, nem dar uma oportunidade - sussurra, beijando meu
pescoço .
- É o que eu gosto!
Feliz como uma perdiz enquanto aceito seus doces beijos no meu
pescoço, murmuro:
- Eu senti falta de uma coisa.
- O quê? - pergunta, olhando para mim .
- A garrafa de champanhe rosa com sabor de morango.
Eric ri e me dá um tapa na bunda .
- Isso e tudo que você quiser estão esperando-nos na geladeira da
nossa casa.
- Ótimo!
Eu esfrego nele, abraço-o e me pega em seus braços. Enrolo minhas
pernas em volta de sua cintura e me apóia contra a parede .
Me beija, o beijo. Me excita, o excito.
Desejo-o e ele me deseja.
- Pequena pare – me adverte, divertido ao ver minha entrega.- A casa
está cheia de gente e estamos no corredor de seu prédio.
Concordo. Gosto de estar em seus braços, e murmuro fazendo-o rir:
- Estou apenas mostrando o que vai acontecer quando estivermos
sozinhos. Porque eu quero que saiba que eu vou puní-lo.
Eric estremece. Me olha. Meus castigos costumam ser drásticos e,
mordiscando sua boca, digo:
- Vou puní-lo forçando-o a cumprir todas as nossas fantasias.
Meu amor sorri e aperta sua dura ereção contra mim. Oh, sim !
Pegue seu celular e digita algo. Em uma fração de segundos, a porta
da minha casa abre .
Björn nos olha, e Eric pede:
- Eu preciso que você tire urgentemente todos da casa e leve-os
embora.
Björn sorri e pisca para nós.
- Dê-me três minutos.
- Um – Eric responde.
Sorrio. Esta é o exigente Eric que me deixa louca.
Em apenas trinta segundos, entre risos , todos saem enquanto estou
nos braços de Eric e digo-lhes adeus consciente de que sabem o que vamos
fazer. Meu pai, pisca pra mim, e eu atiro um beijo.
Quando entramos na casa e estamos sozinhos, o silêncio nos
envolve. Eric me deixa no chão.
- Comece o seu castigo. Vá para a cama e fique nu .
- Pequena ...
- Vá para a cama ... - Exijo .
Surpreso, levanta as sobrancelhas, depois as mãos e desaparece
pelo corredor. Com a pulsação a mil, olho as caixas não desfeitas. Olho para
as etiquetas e quando encontro o que quero pego e divertida, corro para o
banheiro .
Quando saio e entro no quarto, Eric me olha perplexo. Estou vestida
com minha fantasia de policial. Finalmente vou estreá-la com ele!
Olho para ele. Dou uma volta mostrando a roupa enquanto coloco o
chapéu e o óculos. Eric me devora com os olhos. Com arrogância caminho
até meu som, coloco um CD e de repente a guitarra do AC / DC quebra o
silêncio da casa. Começam os acordes de Highway to Hell, uma música que
sei que ele gosta .
Sorri, sorrio, e como uma tigresa caminho até ele. Pego o cacetete
que levo na cintura e fico diante do amor da minha vida .
- Você foi muito mal, Iceman .
- Eu assumo, senhora policial.
Dou duas pancadas na minha mão com o cacetete.
- Como castigo, você sabe o que eu quero.
Eric ri, e antes que eu possa dizer ou fazer qualquer outra coisa, meu
amor, meu louco amor alemão, me tem sob seu corpo e, com uma
sensualidade que me deixa louca, sussurra:
- Primeira fantasia. Abra suas pernas, pequena.
Eu fecho meus olhos. Sorrio e faço o que me pede, pronta para ser
sua fantasia.
Munique ... dois meses depois.
- Corre, Judith, vai começar Loucura Esmeralda - grita Simona.
Ao ouví-la olho para Eric, minha sobrinha e Flyn. Estamos na piscina
e, ante ao riso do meu alemão, digo:
- Volto em meia hora.
- Tita, não vá! - Resmunga minha sobrinha.
- Tia Jud ...
- Secando-me com a toalha, olho para os pequenos que estão na
água, e indico:
- Volto em seguida, seus chatinhos.
Eric me agarra. Ele não quer que eu vá. Desde que voltei não se sacia
de mim.
- Vem, fique com a gente, céu.
- Querido - murmuro, beijando-o. - Eu não posso perder. Hoje
Esmeralda Mendoza vai descobrir quem é sua verdadeira mãe, e a série
acaba. Como é que eu vou perder ?
Meu alemão dá uma gargalhada e me dá um beijo .
- Anda vai.
Com um sorriso nos lábios deixo meus três amores na piscina e corro
em busca de Simona. A mulher já me espera na cozinha. Quando me sento
ao lado dela, me dá um lenço de papel. Começa Loucura Emeralda.
Nervosas vemos como Esmeralda Mendoza descobre que sua mãe é a
doente herdeira do rancho " Os Guajes". Nós testemunhamos como a
maltratada mulher abraça sua filha enquanto Simona e eu choramos como
duas Madalenas. No final a justiça é feita: a família de Carlos Alfonso
Halcones de San Juan está arruinada, e Esmeralda Mendoza, que foi sua
empregada, é a grande herdeira do México. Quase nada!
Ensimesmadas, vemos como Esmeralda, junto a seu filho, vai em
busca de seu único e verdadeiro amor, Luis Alfredo Quiñones. Quando ele a
vê chegar, sorri, abre os braços, e ela se refugia neles. Momento Perfeito!
Simona e eu sorrimos emocionadas e quando acreditamos que a série
acabou, de repente alguém atira em Luis Alfredo Quiñones e nós duas
abrimos os olhos como pratos enquanto na tela aparece: " Continua..." .
- Continua! – gritamos as duas com os olhos bem abertos .
Nos olhamos e, finalmente, rimos. " Loucura Esmeralda " continua e,
com ela, nós seguramente todos os dias.
Simona vai preparar a comida, e vou para a piscina, mas encontro as
crianças com Eric na sala de estar, jogando Mortal Kombat no Wii. Flyn,
vendo-me chegar, diz:
- Tio Eric, esmagamos as meninas?
Eu sorrio. Sento-me com o meu amor e ver o olhar da minha sobrinha
ao que disse Flynn, juntamos nossos polegares, batemos as mãos e
murmuro:
- Vamos, Luz. Vamos mostrar a esses alemães como as espanholas
jogam.
Depois de mais de uma hora de jogos, minha sobrinha e eu
levantamos e cantamos para eles:
We are the champions, me friend.
Oh weeeeeeeeee ....
Flynn olha para nós com uma careta. Ele não gosta de perder, mas
desta vez ele perdeu.
Eric olha para mim e sorri. Aproveite minha vitalidade, e quando me
atiro sobre ele e beijo-o, afirma:
- Você me deve uma revanche.
- Quando quiser, Iceman.
Ele me beija. O beijo. Minha sobrinha protesta.
- Ei, Titia, por que você sempre tem que beijá-lo?
- Sim, que chato! - Flyn concorda, mas sorri.
Eric olha para eles e, para afastá-los de nós, diz:
- Corram. Vão a cozinha e peguem uma coca-cola.
É só mencionar aquela refrescante bebida, e as crianças correm como
loucos. Quando ficamos sozinhos, Eric me derruba no sofá e, divertido, me
instiga:
- Nós temos um minuto, no máximo dois. Vamos, fique nua !
Começo a rir. E quando Eric me faz cócegas ao colocar as mãos sob
a minha camisa, de repente escutamos:
- Maluuuuuuuuuuuuuuuuu ... maluquinha!
Eric e eu nos olhamos, e rapidamente pulamos do sofá. Minha irmã
olha para nós da porta e, com um gesto decomposto, exclama:
- Oh, meu Deus! Oh, Deus! Eu acho que minha bolsa estourou.
Rapidamente, Eric e eulevantamos do sofá e ficamos ao seu lado.
- Não pode ser. Não posso estar em trabalho de parto. Falta um mês
e meio. Eu não quero estar em trabalho de parto! Não. Eu me recuso !
- Acalme-se, Rachel – murmura Eric enquanto abre o telefone e faz
uma ligação.
Mas minha irmã é minha irmã e decomposta, lamenta:
- Eu não posso começar o trabalho de parto aqui. A menina deve
nascer em Madrid. Todas as suas coisas estão lá e ... e ... Onde está meu
pai? Temos que ir para Madrid. Onde está meu pai?
- Rachel ... Por favor, acalme-se - digo rindo da situação. - Papai está
com Norbert. Voltará em algumas horas.
- Não tenho horas ! Chame-o e diga-lhe para vir agora! Oh, Deus, eu
não posso estar em trabalho de parto! Primeiramente é o seu casamento.
Depois, volto para Madrid e, finalmente, tenho o bebê. Esta é a ordem das
coisas, e nada pode falhar.
Tento segurar suas mãos, mas está tão nervosa que me dá tapas. Por
fim, depois de receber uma idéia da minha irmã louca, olho para Eric e digo :
- Nós temos que levá-la ao hospital.
- Não se preocupe, querida - sussura Eric - Já liguei para Marta e ela
nos espera em seu hospital.
- Que hospital? - Uiva, decomposta. - Não confio na saúde alemã.
Minha filha tem que nascer no Doze de Outubro, não aqui!
- Pois bem, Raquel – suspiro - eu acho que a menina vai ser alemã.
- Não ... ! E agarrando o pescoço de Eric, puxa-o, fora de si e exige: Ligue para o seu avião. Para nos pegar e nos levar para Madrid. Eu tenho
que dar a luz lá.
Eric piscar os olhos. Ele olha para mim e começo a rir novamente.
Minha irmã, confusa, grita:
- Maluquinha, por favorrrrrrrrrrrrrrr, não ria !
- Rachel ... olhe para mim - murmuro, e tento não rir. – Primeiro:
relaxe. Segundo: se a criança tem que nascer aqui, nascerá no melhor
hospital porque Eric vai resolver isso. E terceiro: pelo meu casamento, não
se preocupe, ainda faltam dez dias, querida.
Eric, mudou a cara e tem a agonia estampada, pede a Simona para
ficar com as crianças . Então, ignorando os gritos de minha irmã, pega-a nos
braços e entra no carro. Em vinte minutos, estamos no hospital onde trabalha
minha cunhada Marta. Ela nos espera. Mas a minha irmã segue sua
ladainha. A menina não pode ter nascer ali.
Mas a natureza segue seu curso e, cinco horas mais tarde, uma linda
menina de quase três quilos nasce na Alemanha. Depois de passar pelo
parto com a minha irmã, porque ela se recusa a ficar sozinha em uma sala
de operação com estranhos que não entende, quando eu saio descabelada
olho para Eric e meu pai. Ambos estão sérios. Eles se levantam e eu ando
até eles e me sento.
- Deus, foi horrível !
- Querida - Eric se preocupa - você está bem?
Ainda lembrando o que vi, murmuro:
- Foi horrível, Eric ... horrível. Olha como meu pesco‘‘co está coberto
de brotoejas.
Pego uma revista sobre a mesa e me abano. Que calor!
- Moreninha – rosna meu pai – deixe de bobeira e me fale como está
sua irmã.
- Oh, papai, sinto muito – suspiro – Rachel e a menina passam bem.
A menina pesa quase três quilos, e Rachel chorou e riu quando a viu. Estão
ótimas!
Eric sorri, meu pai também, e se abraçam. Se felicitam. Mas, para
mim, aquilo me transtornou.
- A menina é linda ... mas eu ... eu estou ficando enjoada.
Assustado Eric me agarra. Meu pai tira a revista e me abana
enquanto sussurro :
- Eric .
- Diga-me, querida.
Eu olho para ele com olhos selvagens.
- Por favor, querido. Não me deixe passar por isso.
Eric não sabe o que dizer. Ver como estou o preocupa, e meu pai
solta uma risada.
- Espantado meu pai diz: você é igualzinha a sua mãe até nisso.
Quando o enjoô passa e volto a ser eu, meu pai me olha .
- Outra garota. Por que estou sempre rodeado de mulheres? Quando
vou ter um neto homem?
Eric olha para mim. Meu pai me olha. Eu pisco e esclareço:
- Não olhem para mim. Depois do que eu vi, eu não quero ter filhos.
Nem louca!
Uma hora mais tarde, Rachel está em um quarto adorável e nós três
vamos visitá-la. A pequena Lucía é linda, e Eric baba olhando para ela.
Olho para ele boquiaberta . Desde quanto gosta tanto de crianças?
Depois de pedir permissão a minha irmã, pega a pequena suavemente e diz:
- Querida, eu quero uma!
Meu pai sorri. Minha irmã também, e eu muito a séria respondo:
- Nem louca!
À noite, meu pai está determinado a ficar com a minha irmã e minha
sobrinha no hospital. Eu o chamo de Papai Pato4 quando me despeço dele, e
ele ri. Quando vamos para o carro, só Eric e eu, estou cansada. Eric conduz
em silêncio, enquanto toca uma música alemã no rádio, e eu olho encantada
pela janela. De repente, quando chegamos a zona urbana, Eric para o carro
à direita.
- Saia do carro.
Pisco e começo a rir
- Vamos, Eric . O que você quer ?
- Abaixe o carro , baby.
Divertida, faço pouco caso. Sei o que vai fazer. Em seguida, começa a
tocar Blanco y Negro de Malú, e Eric, depois de aumentar o volume de
música ao máximo, fica diante de mim e pergunta:
- Dança comigo?
Sorrio e passo as mãos ao redor de seu pescoço. Eric me traz mais
perto de seu corpo enquanto a voz de Malú diz:
Tu dices blanco, yo digo negro
4
Papa Pato: avô babão
Tu dices voy, yo digo vengo
Miro la vida em colores, y tú em blanco y negro
- Sabe, baby?
- O que, garotão?
- Hoje ao ver a pequena Lucía eu pensei ...
- Não ... Nem pense em me pedir isso. Eu me recuso!
Foda-se! Ao dizer isso, eu lembrei da minha irmã. Que horror! Eric
sorri, me abraça ainda mais contra ele e murmura:
- Você não gostaria de ter uma menina para ensinar motocross?
Rio e respondo:
- Não.
- E um menino para ensinar a andar de skate?
- Não.
Continuamos dançando.
- Nunca conversamos sobre isso, pequena. Mas você não quer ter
filhos?
Por todos os santos, o que estamos falando sobre isso ? E olhando
para ele, sussurro:
- Oh, Deus, Eric ! Se você tivesse visto o que eu vi, entenderia porque
não quero tê-los. Fica assim... enorme ... enormeeeeeeeeee, e tem que doer
muito. Não. Definitivamente me recuso. Eu não quero ter filhos. Se você
quiser cancelar o casamento eu entenderei. Mas não me peça para pensar
em ter filhos agora porque eu não posso nem imaginar.
Meu menino sorri, sorri ... e me dando um beijo na testa, murmura:
- Você vai ser uma mãe maravilhosa. Basta ver como você trata Luz,
Flyn , Susto e Calamar e como você olhava a pequena Lucía.
Eu não respondo. Eu não posso. Eric me obriga a continuar dançando
.
- Não vamos cancelar o casamento. Agora feche os olhos, relaxe e
dance comigo a nossa música.
Faço o que ele me pede. Fecho meus olhos. Relaxo e danço com ele.
Aproveito.
Quatro dias depois minha irmã recebe alta e dois dias depois a
pequena Lucía. Apesar de ter nascido prematuramente, a pequena é forte e
com saudável e uma autêntica boneca. Meu pai não para de dizer que é
igualzinha a mim, e, francamente, é moreninha e tem o meu nariz e minha
boca. É linda. Toda vez que Eric pega ela olha para mim com olhos melosos.
Eu nego com a cabeça, e ele racha de rir. Eu não acho engraçado.
Os dias passam e chega o casamento.
Na manhã em questão, estou histérica. O que faço em um vestido de
noiva?
Minha irmã está uma chata, minha sobrinha uma chatinha e, no final ,
meu pai é o único que tem que nos colocar ordem. Como de costume,
quando estamos juntas. Estou tão nervosa com o casamento que penso em
fugir. Meu pai, ao lhe dizer isso, me tranquiliza. Mas quando entro na igreja
lotada de San Cayetano de braço com meu emocionado pai vestida com o
meu lindo vestido de noiva sem alças e vejo meu Iceman esperando-me
mais bonito do que em toda a sua vida com esse smoking, sei que eu não
vou ter um filho, vou ter trocentos mil.
A cerimônia é curta. Eric e eu pedimos assim, e quando saímos,
familiares e amigos que nos cobrem de arroz e pétalas de rosa branca. Eric
me beija, apaixonado, e eu estou feliz.
Comemoramos a festa em um bonito salão em Munique. A comida é
deliciosa, metade alemã, metade espanhola, e todos parecem gostar.
Eric, surpreendente, não poupou despesas. Ele não queria que meu
pai, minha irmã e eu nos sentíssemos sozinhos, e trouxe meu bom amigo
Nacho, e de Jerez trouxe Bicha e Lucena com suas esposas, Lola a farrista e
Pepi a do bar e Pachuca e Fernando com sua namorada valenciana.
Segundo eles, o alemão entrou em contato com eles e convidou-os com
todas as despesas pagas. Inclusive Eric convidou as Guerreiras Maxwell.
Loucura!
Vou comê-lo! Vou enchê-lo de beijos.
Da Müller convidou Miguel com sua namorada furacão, Gerardo com
sua esposa e Raul e Paco, que, ao me verem, aplaudem emocionados.
Brindamos com Moet Chandon rosado. Eric e eu entrelaçamos nossos
copos e felizes bebemos na frente de todos. O bolo é de trufa e morango
noivo, desejo do noivo, e quando o vejo, meus olhos embaçam. Sem contar
o jeito que eu fico.
Ao abrir novamente o salão, meu agora marido continua a me
surpreender. Eric contratou a cantora Malú que canta ao vivo a nossa
música: Blanco y Negro. Que momento! Abraçanda a ele, aprecio a música,
enquanto nos olhamos apaixonados. Deus, como eu o amo!
Depois disso, uma orquestra entretém a festa. Sonia, meu pai e minha
irmã estão cheios de alegria. Martha e Arthur aplaudem. Flyn e Luz,
divertidos, correm pelo salão, e Simona e Norbert não consiguem parar de
sorrir. Tudo é romântico. Tudo é maravilhoso e aproveitamos nosso lindo dia
.
Alegre, danço com Reinaldo e Anita a música Bemba Colorá enquanto
gritamos "Açúcar". E Eric não consegue parar de rir. Eu sou a sua felicidade.
Com Sonia, Björn, Frida e Andrés nos desmanchamos para dançar
September, e quando a música termina, Dexter pega o microfone e canta a
capela de um bolero mexicano dedicando a Eric e a mim. Eu sorrio e
aplaudo.
Eu tenho bons amigos dentro e fora do quarto. São pessoas como eu
que gostam de coisas mórbidas e jogos quentes entre quatro paredes, mas
quando saem do quarto são atenciosos, carinhosos, educados e muito
engraçados. Todos eles me fazem contente e feliz.
A festa dura por horas, e quando vejo Dexter conversando
animadamente com a minha irmã, assustada, olho para Eric, e ele me diz
para não me preocupar. No final, sorrio .
A festa termina às quatro da manhã, e à noite meu pai e minha irmã
com as meninas e Flynn vão dormir na casa de Sonia. Eles querem deixar a
casa inteira para nós.
Quando chegamos, Eric está determinado em me levar nos braços
para cruzar a posta. Encantada, deixo que me pegue e quando passamos
pela porta me solta e alegre, sussurra:
- Bem vinda ao lar, Sra. Zimmerman.
Encantada o beijo. Saboreio meu marido e o desejo .
Quando entramos e fecho a porta, sem falar, eu tirar o casaco do
smoking, a gravata, a camisa, a calça e a cueca. O desnudo para mim e
sorrio ao dizer:
- Coloque a gravata, Iceman .
Divertido, ele faz. Deus, meu alemão nu e com a gravata é a minha
fantasia. Minha louca fantasia. Tirou dele e, ao chegar à porta do escritório,
olho para ele e sussurro:
- Eu quero rasgue minha calcinha.
- Você tem certeza, querida? - pergunta rindo meu amor.
- Absoluta.
Eric, animado, começa a subir tecido, e mais tecido ... e mais tecido. A
saia do vestido é interminável. No final, o detenho entre risos.
- Vem ... sente-se no sofá.
Se deixa guiar por mim. Faz o que peço e olha para mim.
Excitada, desabotôo a saia do meu bonito vestido, e esta cai aos
meus pés. Vestida apenas com o corpete e calcinha, me sento sensualmente
em cima da mesa do meu enlouquecido marido.
- Agora, rasgue-a!
Dito e feito.
Eric rasga a calcinha branca, e quando passa suas mãos pelo meu
tatuado e sempre depilado monte de vênus, murmura com a voz rouca:
- Peça-me o que quiser.
Quando diz isso fecho meus olhos e me emociono.
Tudo começou entre a gente quando me disse essas palavras aquele
dia no arquivo do escritório. Sorrio ao lembrar do meu rosto na primeira vez
que ele me levou para o Moroccio, ou vi aquela gravação no hotel, ou
coloquei o chiclete de morango na boca. Recordações . Recordações
quentes, mórbidas e divertidas passam pela minha mente enquanto meu
louco e ardente marido me toca. E disposta a selar para sempre o que um
dia começou, o beijo, agarrou seu pênis ereto com a mão, o guio à minha
fenda molhada, me empalo nele, quando meu amor ofega, olho para aqueles
belos olhos azuis que sempre me deixam louca e sussurro loucamente
apaixonada:
- Sr. Zimmerman, peça-me o que quiser, agora e sempre.
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