UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - ICSA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA LEANDRO CANGUSSÚ REIS PONTES ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DO SETOR SUPERMERCADISTA DO ESTADO DO PARÁ: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DE MICHAEL PORTER. BELÉM 2009 LEANDRO CANGUSSÚ REIS PONTES ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DO SETOR SUPERMERCADISTA DO ESTADO DO PARÁ: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DE MICHAEL PORTER. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Pará como um dos pré-requisitos para obtenção do título de Mestre em Economia. Orientador: Prof. Dr. Waldemar Sobral Sampaio BELÉM 2009 LEANDRO CANGUSSÚ REIS PONTES ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DO SETOR SUPERMERCADISTA DO ESTADO DO PARÁ: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DE MICHAEL PORTER. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Pará como um dos pré-requisitos para obtenção do título de Mestre em Economia. Aprovada em ____/____/____ BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________________ PROF. DR. WALDEMAR SOBRAL SAMPAIO-PPG-ECONOMIA/UFPA __________________________________________________________________ PROF. DR. SÉRGIO ROBERTO BACURY DE LIRA-PPG-ECONOMIA/UFPA __________________________________________________________________ PROF. DR. MÁRIO MIGUEL AMIN GARCIA HERREROS – NAEA/UFPA Ao meu avô paterno, Expedito de Araújo Pontes (in memorian). Aos meus pais Almir e Beth. Aos amigos: Lívia Carvalho, Marcus Antonius Melo, Miriam Sonoda, Yasmara e Mauro Ramos, Graça Saraiva, Iuri Lemos e Arlene Rabelo. AGRADECIMENTOS Inicialmente gostaria de agradecer a importantes professores que foram esteio da minha formação: Eunápio Dutra do Carmo, Maria de Lourdes Passarinho, Francisco Silva, Tatyane Amaral, Evanilde Gomes Franco, Beth Reymão, Júlio Patrício, Hélio Arthur Reis Irigaray, Patrícia Riccelli Galante de Sá, Antônio Mauro Bicalho e Roberto Raupp. Agradeço também à Faculdade de Administração da UFPA pela oportunidade profissional ao longo desses dois anos e meio. Aos alunos desta e de outras instituições por onde trabalhei, por terem instigado a minha incessante busca pelo conhecimento e a vontade de lutar por uma educação em que o maior compromisso seja sempre pautado na qualidade e no compromisso com a formação de profissionais realmente preparados para servir a sociedade. Aos docentes do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPA pelo bravo trabalho em solidificar o Curso de Mestrado em Economia desta instituição: Sérgio Roberto Bacury de Lira, Marcelo Diniz, Márcia Jucá, David Ferreira Carvalho, José Nilo de Oliveira Júnior e em especial ao orientador desta dissertação, Waldemar Sobral Sampaio e aos demais professores do programa. Aos colegas da turma 2007, em especial à amiga Analia do Rosário, seu esposo Profº. Marcos Leão, por tantas vezes ter se disponibilizado no começo do curso para nos ensinar métodos quantitativos e sua mãe, Profª.Drª. Maria José Aviz do Rosário do Instituto de Ciências da Educação desta instituição pelo costumeiro apoio nos momentos de desânimo. À empresária Yasnaia Saraiva de Oliveira do ‘Econômico Alimentos’ pela grande colaboração em ceder parte do seu precioso tempo para as pesquisas iniciais deste trabalho. À diretora financeira Engrácia Azenha da ‘Mariza Alimentos’ pelo auxílio atencioso de sempre. Por todos os materiais cedidos e pelos convites de participação nas convenções de supermercadistas e fornecedores da Região Norte, a ‘SuperNorte’ de 2007 e 2008. À secretaria da ASPAS, Sra. Auxiliadora pela colaboração na coleta de dados e aos gestores das empresas: Yamada, Líder, Nazaré, Formosa e Estrela D’alva por terem respondido aos questionamentos encaminhados que foram importantes na complementação das informações secundárias anteriormente pesquisadas. RESUMO Esta dissertação discute o modelo competitivo utilizado pelo setor supermercadista do Estado do Pará e seus fatores críticos de sucesso. Para tal, é feita uma definição desse instrumento nos diferentes tipos de varejo que o caracterizam no mercado, bem como se discorre acerca de toda contextualização histórica do ponto de vista social e econômico desde sua entrada no Brasil, especialmente no Pará até a atual dinâmica. Isto posto, apresenta uma discussão teórica sobre as diversas argumentações do Modelo das Cinco Forças Competitivas de Michael Porter, suas visões críticas e aplicações mercadológicas. O propósito principal, no entanto, consistiu em realizar uma avaliação da evolução dos principais índices utilizados pela ABRAS para definição do ranking anual do segmento relacionado com a análise das ações estratégicas utilizadas pelas organizações dominantes do varejo supermercadista paraense a fim de verificar os mecanismos utilizados para alcançar consideráveis níveis de participação de mercado e dessa forma, deixá-lo desinteressante para que outros grandes investidores ali adentrem. Este trabalho lançou mão dos editorais e software estatístico da ABRAS e da ASPAS. Palavras-chave: Setor supermercadista; Pará; Ações Estratégicas; Participação de Mercado. ABSTRACT This work analyzes discusses the competitive model used by the supermarket sector of the state of Pará and its critical success factors. To that end, made a setting that instrument in different types of retail that characterize the market as well as talks about the whole historical context in terms of social and economic, since it started in Brazil, especially for up to the current dynamics. That said, presents a theoretical discussion about the various arguments of the Five Forces Model Michael Porter's Competitive, his critical views and market applications. The purpose for the main, however, was to conduct an assessment of trends in key indicators used by ABRAS to define the annual ranking of the segment related to the analysis of strategic actions used by organizations dominant grocery retail Pará to verify the mechanisms used to achieve significant levels of market share and thus let him unattractive to other large investors step into here. This work made use of editorial and software ABRAS statistics and ASPAS. Keys-Word: supermarket sector; Pará; Strategic Action; market share. LISTAS DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1. As cinco forças competitivas de Porter que atuam em um ambiente de concorrência 16 FIGURA 2. Estratégias Genéricas de Porter 27 FIGURA 3. Tipologia de Miller e Dess (1993) 32 FIGURA 4. Transformações do Setor Supermercadista na Década de 90 83 GRÁFICO 1. Lançamentos de novos produtos no Brasil no período 1997/2001 65 GRÁFICO 2. Lançamentos de novos produtos no Brasil em algumas categorias de produtos no ano de 2001 66 GRÁFICO 3. Automação comercial no setor supermercadista brasileiro 72 GRÁFICO 4. Participação das cinco maiores redes no faturamento total do setor supermercadista em países selecionados (%) em 1997 76 GRÁFICO 5. Evolução do índice do faturamento das 300 maiores empresas do setor e participação das 20 maiores empresas no faturamento anual 86 GRÁFICO 6. Participação dos Estado no faturamento do autosserviço 2007 97 QUADRO 1. Determinantes das Forças Competitivas de Porter 22 QUADRO 2. Estratégias Genéricas de Porter (1980) 30 QUADRO 3. Características dos Grupos Encontrados por Miller e Dess (1993) 34 QUADRO 4. Classificação de lojas do setor supermercadista segundo a ABRAS 44 QUADRO 5. Principais tendências da distribuição de alimentos no Brasil na década de 90 81 QUADRO 6. Síntese da Expansão dos Supermercados no Brasil 82 LISTA DE TABELAS 1. Classificação das famílias das principais metrópoles brasileiras em 1995/96 56 2. Produto Interno Bruto per capita do Brasil, 1990-2000 58 3. Desempenho da indústria de alimentos no Brasil entre 1996/2000 59 4. Elasticidades-renda da despesa de produtos e serviços no Brasil em 1995/96 60 5. Número de famílias, tamanho médio da família, recebimento mensal familiar e recebimento per capita nas 10 classes de recebimento mensal familiar para da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 61 6. Elasticidade-renda da despesa de alimentos no Brasil em 1995/96 62 7. Elasticidade-renda do consumo físico de alimentos no Brasil em 1995/96 63 8. Nomes das empresas estrangeiras atuantes no país, país de origem, faturamento bruto e ano de entrada no mercado brasileiro 69 9. Modificação das margens de comercialização em supermercados antes e após a implementação do Plano Real (1994) 70 10. Brasil - Super e Hipermercados – Aquisições das Duas Maiores Redes, em 2000 74 11. Evolução da participação do faturamento bruto total (%) e número de lojas das vinte maiores cadeias de supermercados no setor 75 12. Concentração do setor supermercadista brasileiro em 2000 77 13. Concentração e internacionalização de capital de sete indústrias de alimentos no Brasil na década de 1990 (em %) 79 14. Indicadores econômicos do autosserviço alimentar brasileiro no período 1995/2000 85 15. Evolução do faturamento* das 300 maiores empresas do setor supermercadista e participação no faturamento das 20 maiores redes 85 16. Classificação no ranking segundo faturamento bruto das quatro maiores redes do setor supermercadista paraense nos últimos 12 anos 96 17. Índices da Y.Yamada S/A de 1998 a 2007 99 18. Índices do Líder Supermercados e Magazine LTDA de 1998 a 2007 100 19. Índices do Nazaré Comércio de Alimentos e Magazine LTDA 1998 a 2007 101 20. Índices do Formosa Supermercados e Magazine LTDA 1998 a 2007 102 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 12 2. DISCUTINDO ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS 15 2.1 INTRODUÇÃO 15 2.2 O MODELO DAS CINCO FORÇAS DE MICHAEL PORTER E SEUS CRÍTICOS 16 2.2.1.1 Ameaça de Novos Entrantes 17 2.2.1.2 Ameaça de Serviços Substitutos 18 2.2.1.3 Poder de Negociação dos Fornecedores 19 2.2.1.4 Poder de Negociação dos Consumidores 20 2.2.1.5 Rivalidade entre as Empresas Existentes 21 2.2.2.1 A Escola Neoaustríaca 23 2.2.2.2 A Visão Baseada em Recursos 23 2.3 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER E SEUS CRÍTICOS 25 2.3.1 O Conceito de Estratégia 25 2.3.2 Estratégias Competitivas Genéricas de Porter 26 2.3.2.1 Estratégia de Liderança no Custo Total 27 2.3.2.2 Estratégia de Diferenciação 28 2.3.2.3 Estratégia de Enfoque 29 2.3.3 Tipologia de Miller e Dess 30 2.4 GRUPOS ESTRATÉGICOS 35 2.4.1.1 Diferenças no Desempenho entre Grupos Estratégicos 38 2.4.1.2 Diferenças do desempenho dentro dos grupos estratégicos 38 2.4.1.3 Mensuração do Desempenho Organizacional 39 2.5 CONCLUSÃO 41 3. O CONTEXTO DO SETOR EM ESTUDO 42 3.1 INTRODUÇÃO 42 3.2 DEFINIÇÃO DO SETOR SUPERMERCADISTA 42 3.3 CONTEXTO HISTÓRICO DO SETOR 45 3.3.1 Introdução dos Supermercados no Brasil: 1953-65 45 3.3.2 Rápida expansão do setor supermercadista: 1965-74 49 3.3.3 Desaceleração do Crescimento: 1975-85 52 3.3.4 Adaptação à Crise Econômica: 1986-94 54 3.3.5 Modernização e Globalização do Setor Supermercadista: 1995 – 2007 55 3.3.5.1 Estabilização Econômica e Comportamento do Consumidor 55 3.3.5.2 Lançamentos de Novos Produtos 64 3.3.5.3 Entrada de Novas Empresas Varejistas 67 3.3.5.4 Novas Tecnologias 69 3.3.5.5 Estratégias das Grandes Redes de Supermercados 73 3.3.5.6 Modificações da Relação Fornecedor-Varejista 79 3.3.5.7 Síntese das Tendências da Distribuição de Alimentos na Década de 90 80 3.3.5.8 Síntese da Expansão dos Supermercados no Brasil e Importância Econômica 81 3.4 O SETOR DE AUTOSSERVIÇO DE ALIMENTOS NO ESTADO DO PARÁ: EVOLUÇÃO E ATUALIDADE 86 3.4.1 O Segredo da Empresa Familiar 89 3.5 CONCLUSÃO 93 4. ANÁLISE DO SETOR SUPERMERCADISTA PARAENSE 95 4.1 INTRODUÇÃO 95 4.2 O SETOR SUPERMERCADISTA PARAENSE EM NÚMEROS 95 4.3 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO 103 4.3.1 Ameaça de Novos Entrantes 103 4.3.2 O Poder de Negociação dos Fornecedores 110 4.3.3 O Poder dos Clientes 114 4.3.4 Ameaça de Serviços Substitutos 117 4.3.5 Rivalidade entre as Empresas 117 4.4 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO 121 4.5 CONCLUSÃO 125 5. CONCLUSÕES 127 REFERÊNCIAS 131 APÊNDICE 138