Medicina Nuclear Aula 02 Walmor Cardoso Godoi Godoi, M M.Sc. Sc http://www.walmorgodoi.com Agenda Instrumentação • • • • • A Radiação A Interação da radiação Os Radioisótopos Os Detectores O Equipamento A Radiação • A fí física i aplicada li d à M Medicina di i N Nuclear l está tá relacionada à emissão e detecção da radiação ionizante. • Os isótopos p radioativos ou radioisótopos, p , devido à propriedade de emitirem ad ações, tê têm vários á os usos usos. radiações, • Radioisótopos – Radiações eletromagnéticas (raios gama) – Radiações corpusculares (partículas beta) A Radiação • Em medicina nuclear diferentes emissores gama são utilizados: g – Tipo e energia de emissão (energia) – Velocidade de desintegração (decaimento) – Tempo que a atividade radioativa decai metade t d do d seu valor l iinicial i i l ((meia i vida) id ) A Radiação • Radioatividade A Radiação A Radiação A Radiação A Radiação A Radiação • Atividade • Meia - vida A Radiação • MEIA – VIDA UM EXEMPLO PRÁTICO • Vejamos o caso do iodo-131 (exames de tireóide), que possui a meia-vida de oito dias. Isso significa que, decorridos 8 dias, atividade ingerida pelo paciente será reduzida à metade metade. • Passados mais 8 dias, cairá à metade desse valor, ou seja, ¼ da atividade inicial e assim sucessivamente. Após 80 dias (10 meias idas) atingirá um meias-vidas), m valor alor cerca de 1000 vezes e es menor menor. • Entretanto, se for necessário aplicar-se uma quantidade maior de iodo-131 no paciente, não se poderia esperar por 10 meias-vidas i id (80 dias), di ) para que a atividade ti id d na titireóide óid titivesse um valor desprezível. • Isso inviabilizaria os diagnósticos que utilizam material radioativo, di ti já que o paciente i t seria i uma ffonte t radioativa di ti ambulante e não poderia ficar confinado durante todo esse período. A Interação • Pode ocorrer por atenuação ou espalhamento ç A radiação ç transfere a energia g p para • Ionização: os elétrons da camada mais interna (K). • Para baixas energias - Efeito fotoelétrico (elétrons) • Para faixas maiores de energia - Espalhamento Compton (elétrons) • Para energias maiores do que 1 1.02 02 MeV – Produção de pares (núcleo) Os Isótopos • O número ú d de nêutrons ê t no núcleo ú l d de um át átomo pode ser variável, pois eles não têm carga elétrica Com isso, elétrica. isso um mesmo elemento químico pode ter massas diferentes. Átomos de um mesmo elemento químico com massas diferentes são denominados isótopos. hidrogênio o • O hidrogênio tem 3 isótopos: o hidrogênio, deutério e o trítio. Os Isótopos • O urânio, que possui 92 prótons no núcleo,, existe na natureza na forma de 3 isótopos: Os Radioisótopos • T Traçadores d radioativos di ti • As radiações emitidas por radioisótopos podem atravessar a matéria e, e dependendo da energia que possuam, são detectadas através de aparelhos apropriados, denominados detectores de radiação. • O deslocamento de um radioisótopo pode ser acompanhado e seu percurso ou “caminho” ser “traçado” traçado num mapa do local. local Por esse motivo motivo, recebe o nome de traçador radioativo. Os Radioisótopos • A Medicina M di i Nuclear N l éaá área d da medicina di i onde d são ã utilizados os radioisótopos, tanto em diagnósticos como em terapias. (Apostila CNEN) • Radioisótopos administrados a pacientes passam a emitir suas radiações do órgão onde têm preferência em ficar (biocompatibilidade). • Um exemplo prático é o uso do iodo-131 (I-131 ou 131I), que emite partícula beta, radiação gama e tem meiavida de oito dias dias. • O elemento iodo, radioativo ou não, é absorvido pelo organismo humano preferencialmente pela glândula ti óid onde tireóide, d se concentra. t O funcionamento f i t da d tireóide ti óid influi muito no comportamento das pessoas e depende de como o iodo é por ela absorvido. Os Radioisótopos • O 131I é produzido em reator nuclear pela ç do Telúrio. irradiação • Energia (gama) de 364 keV • Interação I t ã por espalhamento lh t Compton C t Os Radioisótopos • • Os radiofármacos O di fá usados d em medicina no Brasil são, em grande parte, produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, da CNEN, em São Paulo. O tecnécio-99m ((Tc-99m)) é utilizado, para obtenção de mapeamentos (cintilografia) de diversos órgãos: – cintilografia renal renal, cerebral cerebral, hepato-biliar (fígado), – pulmonar e óssea; – diagnóstico do infarto agudo do miocárdio e em estudos circulatórios; – cintilografia de placenta. Os Radioisótopos • O tecnécio -99m é obtido através da ç de geradores g de molibdênio-99. eluição • É um emissor de gama com energia de 140 keV e meia meia-vida vida de 6 6,02h. 02h • Interage por efeito fotoelétrico ou Compton. Os Radioisótopos • O 18F está sendo atualmente utilizado no Brasil • Meia – vida de 110 min • Emissão E i ã d de pósitron ó it -> aniquilação i il ã -> dois d i gama -> energia de 511 keV cada Os Radioisótopos • Outro radioisótopo, o Samário-153 (Sm), é aplicado p ((injetado) j ) em p pacientes 153), com metástase óssea, como paliativo para a dor dor. • Esses produtos são distribuídos semanalmente pelo IPEN para os ) usuários ((Fonte: CNEN). Os Detectores • P Processo d de cintilação i til ã • Em Med. Nuclear necessitam ter número atômico (Z) elevado -> efeito fotoelétrico • Alto poder de freamento da radiação e elevada densidade ->eficiência • Câmaras gama - Cristais espessos de 6 a 12 mm para “frear” os fótons (diâmetros de 400 a 500 mm) • PET – Microcristais Mi i i d de Bi Bismuto-Germânio G â i d de 3 3x3 3 mm e 30 mm de espessura • Para a faixa de energia do Tecnécio-99m a atenuação do cristal é de 2,22 cm-1 (90% dos fótons são absorvidos em 10 mm) Os Detectores Cintilador d(g/cm3) Z NaI 3,67 50 Comprimen to de Onda(nm) 410 BGO 7 13 7,13 74 480 BaF2 4,89 54 310 Os Detectores • Os cristais de cintilação usados em PET germânio bismuto ((BGO), ), são: óxido de g oxi-ortosilicato de gadolíneo(GSO), ou oxiortosilicato de lutécio (LSO) (LSO). O Equipamento • O equipamento i t utilizado tili d para confeccionar a imagem é chamado câmara Anger ou gama câmara. • Essa câmara p possui um sistema de colimação com múltiplos furos, um cristal de cintilação c t ação e u um co conjunto ju to de fotomultiplicadoras (PMT). • Entre os cintiladores e as PMT existe um acoplamento óptico com silicone. O Equipamento • Primeiros modelos comerciais de q p PET ((1975)) equipamento Positron os t o Emission ss o Tomography o og ap y ((PET)) Detector: Raios gama Material cristalino i t li Radiação visível Tubo fotomultiplicador Impulso elétrico Aquisição de sinal e processamento de dados