Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 ISSN: 1517-8595 SECAGEM OSMÓTICA DE TOMATE: EFEITO DA EPIDERME Mario Eduardo R.M. Cavalcanti Mata1, Maria Elita Duarte Braga1, Robert Karel Kross2 RESUMO O tomate é uma das hortaliças mais cultivadas e consumidas no mundo, daí sua importância econômico e industrial, pois emprega um grande contingente de mão-de-obra, além de estar diariamente ligada a dieta alimentar da maioria da população. Dada a alta perecibilidade do produto, novos processos de industrialização do tomate têm sido pesquisados, objetivando a redução das elevadas perdas pós-colheita. Um dos produtos que vem alcançando grande interesse comercial são os tomates secos em conserva, no entanto os tratamentos osmóticos que causa uma pequena secagem ao produto, as diferentes concentrações da solução osmótica e o efeito da epiderme, necessitam de uma melhor investigação. Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivo estudar os tomates com epiderme e tomates sem epiderme, quando submetidos a tratamentos osmóticos nas soluções de cloreto de sódio (NaCl) e sacarose nas concentrações de 5/0,4%, 10/0,4% e 15/0,4%; a uma temperatura ambiente de 2510C. Como conseqüência deste tratamento os tomates sofrem uma pequena secagem. A redução de contudo de água dos tomates com epiderme e sem essa epiderme foram acompanhados por meio de uma balança analítica e o ganho de soluto por meio de titulação direta. Para representar o processo de secagem foi utilizado o modelo empírico proposto por Page, (U-Ue/Uo-Ue=C.exp(-Ktn)). Concluiu-se neste trabalho que existe o efeito da epiderme e que o tempo para que ocorra a secagem osmótica no tomate sem epiderme é praticamente a metade do que ocorre no tomate com epiderme e que, a quantidade de remoção de água e de entrada de sal, decresce gradualmente com o aumento do tempo e cresce com o aumento da concentração. Palavras Chaves: pré-secagem, tomate seco, concentração osmótica OSMOTIC DRYING OF TOMATO: EPIDERMIS EFFECT ABSTRACT The tomato is one of the most cultivated and consumed vegetables in the Word, so that, is hás economic and industrial importance. It’s necessary a lot of people to Word and the tomato is present on the majority of people’s alimentary diet. New processes of industrialization of the tomato have been searched to reduce the large los after the crop because of it’s very perishable. The dried in preserve tomatoes have getting a big commercial interest. However, it’s necessary a better investigation of the osmotic treatments, which provoke a little drying on the product, the different concentration of the osmotic solution and the epidermis effect. Therefore, this work has the objective of studying the tomatoes with epidermis and without it when they are submitted to osmotic treatments at the solutions of sodium chloride (NaCl) and sucrose at the concentration of 5/0,4%, 10/0,4% e 15/0,4%; at the temperature of 25 10C. The tomatoes dry a little as consequence of this treatment. A reduction of the water content of the tomatoes with epidermis and without it was accompanied by an analytic scale and the solute gain through the direct titratation. Page’s empiric model (U-Ue/Uo-Ue = C.exp(-Ktn)) was used to represent the drying process. It has conclude that the epidermis effect exists and the time to the osmotic drying happen at the tomato without epidermis is practically the half one of the tomato with epidermis. The quantity of water removal and of entrance of salt, decrease gradually with the time increase and it increases with the increase of the concentration. Keywords: osmotic drying, conventional drying, Page equation _________________________ Protocolo 270 de 08 / 02 / 2003 1 Químico Industrial , Mestre em Engenharia Agrícola da UFCG 2 Professor Dr do Departamento de Engenharia Agrícola da UFCG INTRODUÇÃO 77 78 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. O tomate é uma das hortaliças mais cultivadas no mundo, e sua produção mundial supera 70 milhões de toneladas/ano. Dentre as hortaliças, o tomate é a cultura mais importante, não só, em termos de produção, como também, em valor econômico, pois é a hortaliça mais industrializada e emprega grandes contingentes de mão-de-obra, estando diariamente na dieta alimentar da maioria da população. O mercado de derivados de tomate concentra-se, principalmente, na produção de extrato de tomate, molhos prontos e “ketchup” (Kross et al., 2001). Dada a alta perecibilidade do produto, novos processos de industrialização do tomate têm sido pesquisados, objetivando a redução das elevadas perdas pós-colheita. Em função disso, muitos trabalhos com desidratação de alimentos vêm sendo realizados, despontando como excelente alternativa à produção de tomates secos. Para a produção de tomates secos alguns parâmetros técnicos necessitam de maior investigação, uma vez que a grande maioria dessa produção ainda se dá em pequenas indústrias caseiras. Para produzir um produto como o tomate seco, é necessário realizar um pré-tratamento osmótico que ocasiona uma pequena perda de água. De acordo com diversos autores, no processo osmótico, o soluto se incorpora nos espaços extracelulares, acumulando-se entre a parede celular e a membrana celular, formando uma solução hipertônica que favorece a saída de água através da membrana celular (Hawkes e Flink, 1978; Bolin et al., 1983; Lazarides, 2001; Isse e Schubert, 1991; Saurel, 1995). No processo de secagem osmótica, a perda de água é função da concentração da solução osmótica, da permeabilidade do produto e da temperatura de operação. Em geral, quanto maior a temperatura e a concentração do soluto, maior a perda de água. No entanto, segundo Pointing et al. citado por Baroni e Hubinger (1998), temperaturas acima de 50oC favorecem as reações de escurecimento não enzimático. Com relação à permeabilidade de um produto como o tomate, esta permeabilidade está extremamente ligada à estrutura celular de sua epiderme. Quando a epiderme do fruto tem uma estrutura celular muito fechada, esta estrutura se torna a principal barreira ao processo osmótico, necessitando em muitos casos removê-la. Kowalska e Lenart (1998), relatam que a perda de água é sempre maior que o ganho de soluto, devido às diferenças entre os coeficientes de difusão de água e do soluto. Este fato foi, também, constatado por Rastogi e Raghavarao (1997) atribuindo-o a um fenômeno de transporte de osmose, através das membranas celulares semipermeáveis. De acordo com Biswal e Bozorgmehr (1991), no tratamento osmótico, podem ser usados diversos solutos, sendo, no entanto, o mais utilizado, o cloreto de sódio para os vegetais e a sacarose para frutas. O cloreto de sódio é um excelente agente osmótico, pois a sua mobilidade, na transferência de massa, é favorecida pelo baixo peso molecular, que facilita a entrada pela membrana celular, abaixando muito rapidamente a atividade de água do produto. Outra vantagem do sal é que não reage com os constituintes químicos, formando produtos indesejáveis (Pakowski, et al., 2000; Simal, et al., 2001; Sereno et al., 2001). Segundo Raoult-Wack (1994) a présecagem osmótica tem sido associada a diferentes tipos de processamento na forma de um pré-tratamento, sendo que seus efeitos refletem-se, positivamente, nas propriedades organolépticas, nutricionais e funcionais do produto seco. Este processo envolve difusão simultânea de soluto e água, o que ocasiona uma alteração no conteúdo de água do produto, bem como no restante da composição química do produto e na característica estrutural do produto final. Essas mudanças ainda influenciam na posterior taxa de secagem por convecção (Finzer e Limaverde, 1996). Portanto, diante do exposto o objetivo do presente trabalho foi: a) Estudar a cinética de secagem do prétratamento osmótico do tomate com epiderme e sem epiderme em soluções de cloreto de sódio (NaCl) e sacarose nas concentrações de 5/0,4% (5% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose) de, 10/0,4% e 15/0,4%; a uma temperatura ambiente de 2510C. b)Determinar as constantes de secagem, utilizando-se a equação proposta por Page. MATERIAIS E MÉTODOS O trabalho foi conduzido no Laboratório de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas da Universidade Federal de Campina Grande. A matéria prima utilizada foi o tomate, adquirido na CEASA - Campina Grande. Os Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. tomates foram submetidos a uma seleção, sendo utilizados tomates semi-maduros de consistência firme, com formas e tamanhos semelhantes, de peso médio unitário, variando entre 55 e 60g. Os tomates selecionados foram lavados com hipoclorito de sódio na proporção de 1:50 e, em seguida, branqueados a uma temperatura de 60 oC por 10 minutos. Metade dos tomates branqueados foi separada e a outra metade foi submetida à eliminação de sua epiderme. Tanto os tomates com epiderme, como os sem epiderme foram imersos em diferentes soluções de cloreto de sódio com sacarose. As concentrações utilizadas foram de 5, 10 e 15% de cloreto de sódio em água destilada e a todas foi adicionado 0,4% de sacarose. A temperatura utilizada foi de 250C e a proporção de massa do produto:massa de solução foi de 1:10, garantindo-se, dessa forma não haver alteração significativa na concentração da solução, durante o processo. Em intervalos de tempo de 1 hora, a solução osmótica era agitada. Após essa etapa, uma amostra de tomate era retirada dos lotes para determinação do conteúdo de água inicial que foi determinado de acordo com Association of Official Analytical Chemistry- A.O.A.C. (1997), que consistiu em submeter as amostras em uma estufa a uma temperatura de 105 2oC até peso constante. Perda de água, PA Conhecendo-se o conteúdo de água inicial do tomate, acompanhou-se a sua perda de água pela variação de sua massa, pesando-se os tomates de hora em hora por meio de uma balança semi-analítica, Mettler modelo PC440. Nos tempos pré-determinados, as amostras eram retiradas e colocadas sobre papel absorvente, para a remoção de solução em excesso, sendo pesado imediatamente e novamente colocado na solução osmótica. . Perda de soluto pela solução, Ps A variação de cloreto de sódio na solução osmótica foi realizada de hora em hora, sendo determinada por titulação direta, recomendada por Mohr (Ranganna, 1986). Tratamento dos resultados 79 As constantes da equação proposta por Page, foram obtidas mediante análises de regressão não linear, por meio do programa computacional Statistica 5.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da cinética de secagem (perda de água) do tomate com epiderme e sem epiderme, submetido aos pré-tratamentos osmóticos nas diferentes concentrações encontram-se nas Figuras 1 e 2 e nas Figuras 3 e 4 estão as perdas de soluto da solução de cloreto de sódio, quando os tomates com epiderme e sem epiderme foram imersos na solução osmótica de cloreto de sódio/sacarose nas contrações de 5/0,4%; 10/0,4% e 0,4/15%. Observa-se, nessas figuras, que a quantidade de remoção de água (Figuras 1 e 2) e a perda de cloreto de sódio da solução osmótica (Figuras 3 e 4) decrescem, gradualmente com o tempo e com a diminuição da concentração. No geral, em soluções mais concentradas, o tomate perde água mais rapidamente, devido ao maior gradiente de atividade de água. De acordo com a Figura 1, os tomates com epiderme em solução de 5% apresentaram uma perda de água mínima durante as duas primeiras horas, fato este que pode ser atribuído ao potencial da solução hipertônica, que não foi suficiente para abaixar a atividade de água no produto. Outro fator que pode ser levado em consideração, a este processo de transferência de massa, é a resistência da epiderme. Comparando-se a Figura 1 com a Figura 2, e a Figuras 3 com a Figura 4, verifica-se o efeito da epiderme com bastante clareza, pois se observa que existe uma redução no tempo de secagem de aproximadamente de 45% (5 horas de processamento) em todas as concentrações da solução osmótica (5, 10 e 15% de NaCl). Observa-se também nas Figuras de 1 a 4 que a remoção de água sempre foi maior que o ganho do soluto. Esse resultado é semelhante ao descrito por Biswal e Bozorgmehr (1991), para pedaços de vagens submetidos à desidratação osmótica em soluções alcalinas, e Baroni e Hubinger (1998) no estudo da cinética de desidratação osmótica de cebola. Os coeficientes ka e n da equação de Page referente a cinética de transferência de massa de água do tomate e os coeficientes ks e n da equação de Page relativos a cinética de transferência de massa da solução osmótica encontram-se, na Tabela 1. Nessa Tabela, observa-se que as constantes associadas aos Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. 80 coeficientes de transferência de massa para a água, Ka, são maiores que as do cloreto de sódio, Ks, confirmando, assim, que ocorre uma maior saída de água do tomate do que uma entrada de cloreto de sódio nesse tomate. As constantes ka e ks da equação de Page foram correlacionadas com as diferentes concentrações da solução osmótica. Nas Figuras 5 e 6, estão as equações que expressam essa correlação, observando-se que essa correlação é linear, exceção se faz, à equação que expressa o coeficiente ka da equação de Page em função da concentração osmótica para o tomate com epiderme, onde se constata que essa relação é exponencial. 1,0 Tomate com epiderme 5% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 10% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 15% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 0,8 RU 0,6 0,4 0,2 0,0 0 2 4 6 8 10 Tempo (h) Figura 1 – Curva da perda de água do tomate com epiderme, submetido a diferentes concentrações osmótica com cloreto de sódio e sacarose 1,0 Tomate sem epiderme 5% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 10% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 15% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 0,8 RU 0,6 0,4 0,2 0,0 0 2 4 6 Tempo (h) Figura 2 – Curva da perda de água do tomate sem epiderme, submetido a diferentes concentrações osmótica com cloreto de sódio e sacarose Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. 81 1,0 Tomate com epiderme 5% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 10% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 15% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 0,8 RS 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,5 5,0 7,5 Tempo (h) Figura 3 – Curva da perda de cloreto de sódio, quando o tomate, com epiderme, foi imerso nas diferentes concentrações da solução osmótica. 1,0 Tomate sem epiderme 5% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 10% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 15% de cloreto de sódio e 0,4% de sacarose 0,8 RS 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,5 5,0 Tempo (h) Figura 4 – Curva da perda de cloreto de sódio, quando o tomate, com epiderme, foi imerso nas diferentes concentrações da solução osmótica. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. 82 Tabela 1 – Coeficientes da equação de Page para a perda de soluto e perda de água do tomate com epiderme e sem epiderme, quando este é submetido a diferentes concentrações de cloreto de sódio (5, 10 e 15%). Concentração NaCl (%) com epiderme -3 -1 2 Ksx10 (s ) n R (%) Kax10-3 (s-1) n R2 (%) 5 81,655 1,580 99,3 140,332 1,224 96,8 10 185,491 1,110 97,3 144,203 1,329 98,5 15 215,425 1,820 98,5 402,270 0,840 98,5 sem epiderme 5 59,780 2,365 99,2 118,110 1,815 98,7 10 65,751 3,322 99,3 137,448 1,756 98,9 15 77,246 2,244 99,5 148,570 1,721 98,8 Secagem osmótica do tomate Coeficiente da equação de Page 450 com epiderme 400 (140.314 - 514.0) Ka= ______________________ 1 + exp[(x - 14.21)/0.925] 2 R =99,9% -1 Coeficiente Ka (s ) 350 + 514,0 sem epiderme 300 Ka = 104,25 + 3,046.C 2 R =98,8% 250 200 150 100 4 6 8 10 12 14 16 Concentração (%) Figura 5 – Coeficiente Ka da equação de Page referente à secagem osmótica do tomate (perda de água do tomate) com epiderme e sem epiderme. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.77-84, 2003 Secagem osmótica de tomate: efeito da epiderme Cavalcanti Mata et al. 83 Perda de soluto da solução osmótica para o tomate Coeficiente da equação de Page 240 -1 Coeficiente Ks (s ) 210 180 150 com epiderme Ks = 27,09 + 13,377.C 120 2 R =95,3% sem epiderme Ks = 50,126 + 1,747.C 90 2 R =98,4% 60 4 6 8 10 12 14 16 Concentração (%) Figura 6 – Perda de soluto da solução osmótica para o tomate submerso na solução osmótica CONCLUSÕES Concluiu-se neste trabalho que: existe o efeito da epiderme e que o tempo para que ocorra a secagem osmótica no tomate sem epiderme é praticamente a metade do que ocorre no tomate com epiderme a quantidade de remoção de água do tomate e de entrada de sal no produto, decresce gradualmente com o aumento do tempo e cresce com o aumento da concentração. Bolin, H.R. Effect of osmotic agents and concentration of green beans prior to freezing. 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