Faculdade da Cidade do Salvador Curso: Docência do Ensino Superior – Turma: 0312 Disciplina: Estrutura e Funcionamento da Educação no Ensino Superior Professora: Ivna Herbênia Alunos: Daniela Bulcão, Erick Farias, Mercia Lyra, Raema e Valber Teixeira O ensino a distância é uma atividade que envolve três componentes: aquele que ensina (o ensinante), aquele a quem se ensina (vamos chamá-lo de aprendente), e aquilo que o primeiro ensina ao segundo (digamos, um conteúdo). A EAD serve para diminuir as distâncias físicas graças ao uso das novas tecnologias interativas e com isso faz com que mais alunos tenham acesso a formação. Além disso, ela também propicia a autoaprendizagem, pois tem à sua disposição diversa quantidade de informação. Mas não se trata apenas de ler e ter acesso a sites da internet, mas também ter a possibilidade de comunicar, interagir com outros alunos. É o ensino que ocorre quando o ensinante e o aprendente estão separados (no tempo ou no espaço). No sentido que a expressão assume hoje, enfatiza-se mais a distância no espaço e se propõe que ela seja contornada através do uso de tecnologias de telecomunicação e de transmissão de dados, voz (sons) e imagens. Considera-se Educação a Distância, para fins institucionais, tudo o que diz respeito aos processos de ensino e aprendizagem mediados por tecnologia, nos formatos semi-presencial e a distância, no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Autores como João Roberto Moreira Alves (1998), datam o surgimento da EAD no mundo no século XV, quando Johannes Guttenberg inventou a imprensa na Alemanha, utilizando caracteres móveis para a composição de palavras. Até aquele momento, a produção de livros era realizada manualmente e era extremamente onerosa, dificultando o acesso ao universo do conhecimento. Em épocas mais recentes, temos citações de uma tentativa de estabelecer um curso por correspondência na Inglaterra, com direito a diploma, em 1880 (Niskier, 1999). Tal idéia foi rejeitada pelas autoridades locais e os autores da proposta foram para os Estados Unidos, encontrando espaço na Universidade de Chicago. Em 1882, surgiu o primeiro curso universitário de EAD naquela instituição, com material enviado pelo correio. Depois, em 1906, a Calvert School, em Baltimore, EUA, tornou-se a primeira escola primária a oferecer cursos por correspondência. Segundo Alves (1998), a difusão da EAD no mundo se deve principalmente à França, Espanha e Inglaterra, pois os centros educacionais destes países contribuíram bastante para que outros pudessem adotar os modelos desenvolvidos. Litto (2002) destaca que, ao contrário do que acontece no Brasil, onde há um histórico de controle governamental centralizador sobre a educação superior, em outras nações havia possibilidades de inovação e, assim, o desenvolvimento de cursos e estratégias de ensino ocorreu mais rapidamente. Com esta abertura, temos que a primeira universidade baseada totalmente no conceito de educação à distância foi a Open University (OU), na Inglaterra (www.open.ac.uk). Surgida no final dos anos de 1960, a OU iniciou seus cursos em 1970 e em 1980 já tinha 70.000 alunos, com 6.000 pessoas se graduando a cada ano. Ao longo de seus 35 anos de existência, foram incorporadas todas as novas tecnologias que eram desenvolvidas e popularizadas, como vídeos e computadores pessoais nos anos de 1980, e a Internet nos anos de 1990. A Open University forneceu referências para o surgimento de universidades abertas em vários outros países do mundo, entre as quais podemos citar a Anadoulou University, na Turquia; a Open Polytechnic, na Nova Zelândia; a Indira Ghandi National Open University, na Índia; e a Open Universität Heerlen, na Holanda. A história da educação a distância no Brasil teve início em 1904, com o ensino por correspondência. Na época, instituições privadas passaram a ofertar cursos técnicos sem exigir escolarização anterior. Este modelo foi consagrado com a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, concebida por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto (1923), e também com o surgimento do Instituto Monitor (1939), do Instituto Universal Brasileiro (1941) e de outras organizações similares. Entre 1970 e 1980, instituições privadas e organizações não governamentais (ONGs) começaram a oferecer cursos supletivos a distância, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos. A universidade virtual, compreendida como ensino superior a distância com uso de Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), surgiu no Brasil na segunda metade da década de 1990. As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores a distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo a partir de 1994, com a expansão da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES) e com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), em dezembro de 1996, que oficializou a EAD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Em 1997, universidades e centros de pesquisa passaram a gerar ambientes virtuais de aprendizagem, iniciando a oferta de cursos de pós-graduação latu sensu via internet, demarcando, assim, entre 1996 e 1997, o nascimento da universidade virtual no Brasil. Brasil No Brasil, de acordo com o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, 257 instituições estão autorizadas pelo MEC a ministrar EAD a 972.826 estudantes. Esse número, de 2007 (os dados de 2008 ainda estão sendo contabilizados) representa um crescimento de 24,9% com relação a 2006. Em três anos, o total de alunos em EAD cresceu 213% e o de instituições 54.8%. São 166 instituições cadastradas formalmente no Brasil, no Sudeste estão 53% dos alunos e 54% das instituições de EAD do país. É seguido pela região Sul, com 17% e 37% respectivamente. Depois vem o Nordeste, com 18,7% e 6% , o Centro-oeste, com 7,6% e 11,4% e, por último, a região Norte, com 3,7% e 6,6%. Mundo No cenário mundial, a procura por cursos a distância é crescente. O mundo dito globalizado de hoje, de acelerado progresso tecnológico, exige pessoas dinâmicas, flexíveis e autônomas, pessoas que respondam às exigências do mercado. Eis que a EAD é a modalidade que mais tem chances de romper os paradigmas atuais (ainda atuais) da escola convencional, que é um modelo que vigora há séculos, que não conseguiu aproveitar as modernas tecnologias nas suas reais potencialidades. Na modalidade de ensino EAD, a necessidade de uma interação entre o professor e o aluno é muito mais complexa, quando comparada com a modalidade de ensino presencial, a EAD por ser realizada em espaço virtual, implica na distância física (na maioria dos momentos). Compreender a relação professor-aluno em EAD pressupõe compreender os processos de aprendizagem interativos e cognitivos. A interação deve propiciar uma comunidade de aprendizagem, discurso e de prática de tal maneira a produzir significados, compreensão e ação crítica, assegurando a centralidade do indivíduo na construção do conhecimento e possibilitando resultados de ordem cognitiva, afetiva e de ação. Neste sentido, o professor ou professora em EAD buscará, em sua prática pedagógica: Tornar-se um provedor da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos. O aluno de um curso na modalidade Educação a Distância (EAD) logo no início precisa aprender a estudar com independência, mas sem se isolar dos colegas. Também precisa adquirir o que poderíamos denominar de competência autodidática, ou seja, a capacidade de aprender com pouca orientação. Os 10 mandamentos do aluno de EAD: 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico e acesso satisfatório a internet é pré-requisito para a participação nos cursos a distância. 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informática é necessário para poder executar as tarefas. 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distância conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensinoaprendizagem pessoal, dos colegas e dos professores. 4. Comportamentos compatíveis com a netiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus colegas de turma é muito importante e interessante para todos. 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão e a sua recuperação de materiais. 6. Vontade para realizar as coisas no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e realizá-las em tempo real. 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas ideias e inovar sempre. 8. Flexibilidade e adaptação 9. Objetividade em sua comunicação: comunicarse de forma clara, breve e transparente é ponto chave na comunicação pela Internet. 10. Responsabilidade: Ser responsável por seu próprio aprendizado. Ter consciência de que ele é o construtor de seu conhecimento; Estar motivado para aprender; Ter Constância, perseverança e responsabilidade; Ter hábito de planejamento; Ter visão de futuro; Ser comprometido e auto-disciplinado. * Para parceiro, prestador de serviços quando o aluno sente necessidade ou conceptor – realizador de materiais. * Atualização constante, não só de sua disciplina; * Para o diálogo dinâmico dos laboratórios, salas de meios, e-mails, telefone, etc; * À construção coletiva do conhecimento, através da pesquisa; * Aos trabalhos em equipes interdisciplinares e complexas; * Pesquisador – reflete sobre sua prática pedagógica, orienta e participa da pesquisa de seus alunos... Professor tutor: orienta o aluno em seus estudos de acordo com as disciplinas de sua responsabilidade, em geral participa das atividades de avaliação; Segundo Moran (2002) EAD "é o processo de ensinoaprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente". Atualmente, temos a educação presencial, que é aquela que já estamos acostumados, professores e alunos se encontram sempre numa sala de aula em tempo real. A semipresencial que ocorre parte em sala de aula e outra a distância, mediados pelas tecnologias e a distância. E, a última e não menos importante, a educação a distância que ocorre tanto nos momentos presenciais, com professores e alunos separados fisicamente, como também através das tecnologias de comunicação, como é o caso da internet e a transmissão via satélite. Dentre as três modalidades, a educação a distância ainda tem sido vista, negativamente, por muitos profissionais e estudantes acostumados com o ensino convencional. Há aqueles que acreditam que o professor deva ser o detentor de conhecimentos e o aluno, seu mero receptor. Compreensão esta, que está totalmente equivocada e desatualizada, pois um bom profissional será aquele que facilitará a obtenção do conhecimento, através da criação e da participação mútua no processo de ensino/aprendizagem. Não há dúvidas quanto à eficiência e validade do aprendizado adquirido através da modalidade de ensino a distância (EAD) e das profundas mudanças que vem ocorrendo quanto ao modelo de ensino tanto presencial quanto a distância. Um curso realizado a distância tem o mesmo peso de um curso pela EAD. De acordo com o que temos vindo a estudar, as diferenças entre educação presencial e educação a distância situam-se no fato de a educação presencial obrigar a um contato direto entre educador e educando em um local estabelecido, como exemplo, uma sala de aula. A partir desse encontro ocorre o processo de ensino aprendizagem. O professor é o mediador num processo partilhado de construção do conhecimento, organizando os conteúdos, as estratégias de ensino e o ambiente favorável à aprendizagem. Se compararmos a EAD com educação presencial muda basicamente: Espaço Físico, horários, cronograma, recursos e proximidade física. O termo e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação a distância. Ambas as modalidades convergiram para a educação on-line e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no eLearning. É o processo pelo qual o aluno aprende através de conteúdos colocados no computador e/ou Internet e em que o professor, se existir, está à distância utilizando a Internet como meio de comunicação (síncrono ou assíncrono) podendo existir sessões presenciais intermédias. É basicamente um sistema hospedado no servidor da empresa que vai transmitir, através da Internet ou Intranet, informações e instruções aos alunos visando agregar conhecimento especifico. O uso da EAD nas empresas é motivado principalmente pela possibilidade de reduzir em até 86% os custos com treinamento. Muitas empresas já descobriram isso. A visão do funcionário Em relação a visão do funcionário sobre a EAD na empresa, alguns preferem cursos à distância, acham que são melhores até que um curso presencial, porque na maioria das vezes eles visam uma ideia bem mais aplicada em relação ao curso que fazemos hoje em dia. Já outros não acreditam na EAD mesmo sendo mais fácil e prático, pois acham que se aprende melhor em uma aula presencial. A visão do dono da empresa A ideia de proporcionar cursos a distância por um dono de empresa a seus funcionários, dependeria da demanda por parte deles. Ou seja, se tivesse informações o suficiente para apurar a procura por parte deles por curso a distância, faria. Embora outros donos de empresa preferem o ensino presencial, um contato real com aprendizado e não meramente virtual. http://www.nead.unisal.br/ http://www.osvaldomorais.com http://www.seednet.mec.gov.br http://wiki.sintectus.com http://www.unijui.edu.br http://www.unilavras.edu.br http://www.moodlebrasil.net http://www.slideshare.net http://www.abed.org.br http://www.douradosagora.com.br http://wikipedia.org http://www1.sp.senai.br/ead