BIOFORMULADOS A BASE DE TRICHODERMA SPP. E PAECILOMYCES LILACINUS NO CONTROLE DE NEMATÓIDES GALHADORES, NA CULTURA DO FEIJÃO, EM CONDIÇÕES DE CAMPO. MATSUMURA, Aida Terezinha S.1,2, SANTIN, Rita de Cássia M.2, PAZ, Isabel C. Padula1, RIBAS, Pricila Pauly1, GUIMARÃES, Alexandre Martins2, SILVA, Márcia Eloisa2, LAUAR, Aedyl Nacib3. 1 UFRGS, Laboratório de Microbiologia Fitopatologia, Departamento de Fitossanidade, Porto Alegre, 91540000, RS, 2ICB BIOAGRITEC Ltda., Porto Alegre, 90240470, RS e 3 BFS COMERCIAL AGRÍCOLA LTDA, Formosa, GO. Os fungos Trichoderma spp. e Paecilomyces lilacinus vem sendo estudados no controle de nematóides. No entanto, ainda são escassos os trabalhos realizados à campo com fungos filamentosos antagonistas a fitonematóides. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o controle de nematóides galhadores em Phaseolus vulgaris L., em cultivo comercial, sob sistema de irrigação, com a utilização de um formulado a base de Trichoderma spp. e outro a base de P. lilacinus. O experimento foi realizado no município de Sítio DAbadia – GO, com a cultivar de feijão cv. Pérola. Foram utilizados quatro tratamentos, sendo T1 - 50 mL do formulado a base de Trichoderma spp., T2- 15 g do formulado a base de P. lilacinus, T3 – mistura de 50 mL T1 + 15 g de T2, todos cedidos pela ICB BIOAGRITEC Ltda. e o T4 - controle, constituído apenas pela aplicação de água. Os tratamentos foram aplicados no solo, via pulverizador, no momento da semeadura. Para avaliar a eficiência dos tratamentos, analisou-se o número de galhas nas raízes, de 18 plantas por tratamento, coletadas aleatoriamente em cada parcela, na fase de florescimento da cultura. Todos os tratamentos apresentaram redução significativa no número de galhas por planta em relação ao controle. O tratamento T3 controlou 64,9 %, o T1 35,8%, e o T2 31,9 %, em relação ao controle. Com isso, nota-se o potencial dos fungos Trichoderma spp. e P. lilacinus no controle de nematóides galhadores, em condições de cultivo comercial da cultura do feijão. Nota-se que a associação entre estes antagonistas resultou em um menor número de galhas, evidenciando ação sinérgica entre os produtos, o que leva a otimização do controle. O parasitismo de cada antagonista, em diferentes estágios do ciclo biológico dos nematóides embasa este resultado. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IN VIVO DE BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS DE EUCALIPTO SOBRE BOTRYTIS CINEREA Paz, Isabel Cristina Padula1*; Santin, Rita de Cássia Madail1, Ribas, Priscila Pauly1, Guimarães, Alexandre Martins1; Rosa, Osmar Paulo Pereira2; Azevedo, João Lúcio2 & Matsumura, Ainda Terezinha Santos1 1 Laboratório de Microbiologia Fitopatologia, Departamento de Fitossanidade/UFRGS. 2 Tecnoplanta Florestal, Barra do Ribeiro/RS. 3 Departamento de Genética e Melhoramento de Plantas, ESALQ/USP. E-mail: [email protected] Plantas de eucalipto em fase de viveiro são suscetíveis a diversos fitopatógenos com destaque para Botrytis cinerea, o qual causa a morte de grande número de plantas, acarretando prejuízos aos viveiros florestais. O controle deste fungo é realizado basicamente por meio de tratamento químico, o que comprovadamente seleciona populações resistentes aos agroquímicos e tem impacto negativo sobre o ambiente. Microrganismos endofíticos habitam o interior de plantas saudáveis e tem sido relacionado ao controle biológico de doenças de plantas. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar a efetividade da ação de bactérias endofíticas de eucalipto na redução da incidência e severidade de B. cinerea. Vinte e cinco estacas de Eucalyptus “urograndis” foram imersas durante 1 hora na suspensão (103 UFC/mL) de cada um de nove isolados de bactérias endofíticas de eucalipto (isolados 1, 2, 3, 10, 13, 21, 25, 26 e 28) previamente isolados e selecionados em ensaios in vitro, e então plantadas em substrato casca de arroz queimada : vermiculita (1:1). O controle consistiu na imersão das estacas em água destilada esterilizada. A inoculação de B. cinerea foi feita 45 dias após a inoculação das bactérias endofíticas, com a deposição de um disco de ágar contendo o fitopatógeno sobre uma folha de cada planta, previamente ferida com um perfurador. As plantas foram mantidas em câmara úmida até a avaliação realizada 21 dias após a inoculação do fitopatógeno. Os resultados foram expressos como incidência e severidade de mofo cinzento. Entre os nove isolados de bactérias endofíticas testadas neste trabalho a incidência de B. cinerea foi reduzida significativamente em plantas tratadas com o isolado 10 e 25, com redução da doença em mais de 50%, em relação ao controle. A severidade foi reduzida significativamente pelo isolado 10, comprovando a existência de microrganismos efetivos no controle de B. cinerea na microbiota endofítica de eucalipto. APOIO: CNPq/ TECNOPLANTA FLORESTAL AVALIAÇÃO DA ATIVIDADEIN VIVO DE BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS DE EUCALIPTO SOBRE Cylindrocladium sp. Paz, Isabel Cristina Padula1*; Santin, Rita de Cássia Madail1, Guimarães, Alexandre Martins1; Ribas, P.P.; Rosa, Osmar Paulo Pereira2; Azevedo, João Lúcio2 & Matsumura, Ainda Terezinha Santos1 1 Laboratório de Microbiologia Fitopatologia, Departamento de Fitossanidade/UFRGS. 2 Tecnoplanta Florestal, Barra do Ribeiro/RS. 3 Departamento de Genética e Melhoramento de Plantas, ESALQ/USP. E-mail: [email protected] Espécies de Cylindrocladium são associadas a sintomas de doença em mudas de eucalipto, sendo estes basicamente o apodrecimento da base de estacas em fase de enraizamento, denominado canela-preta do eucalipto, além de também causarem manchas foliares. O controle deste patógeno em viveiros florestais é feito por uso de agroquímicos, os quais não são registrados para a eucaliptocultura. Na busca de métodos alternativos de controle de patógenos de eucalipto, este trabalho objetivou buscar agentes de controle biológico na microbiota endofítica de eucalipto, visto que esses organismos podem estar associados a proteção da planta hospedeira.Vinte e cinco estacas de Eucalyptus “urograndis” foram imersas durante 1 hora na suspensão (103 UFC/mL) de cada um de nove isolados de bactérias endofíticas de eucalipto (isolados 1, 2, 3, 10, 13, 21, 25, 26, 28) previamente isolados e selecionados em ensaios in vitro, e então plantadas em substrato casca de arroz queimada:vermiculita (1:1). O controle consistiu na imersão das estacas em água destilada esterilizada. A inoculação de Cylindrocladium sp foi feita 45 dias após a inoculação das bactérias endofíticas, pela aspersão de uma suspensão de 10 6 esporos/mL do patógeno. As plantas foram mantidas em câmara úmida durante 15 dias até a avaliação. Os resultados foram expressos como incidência e severidade da doença. A ocorrência de plantas mostrando sintomas, como escurecimento do caule e manchas foliares típicas de Cyindrocladium foi reduzida significativamente em plantas tratadas com o isolado 10. Já a severidade foi reduzida em plantas pré-inoculadas com os isolados 10, 13 e 28. A bactéria endofítica de eucalipto, isolado 10, é promissora na redução de Cylindrocladium sp. em mudas de eucalipto, provando que a microbiota endofítica é um bom nicho para busca de agentes promissores de controle biológico de doenças de plantas. APOIO: CNPq/ TECNOPLANTA FLORESTAL GERENCIAMENTO E MANUTENÇÃO DE UMA COLEÇÃO DE CULTURAS DE REFERÊNCIA DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS TRANGASIN, J.; PANSERA, M.R.; RIBEIRO, R.T.S. Universidade de Caxias do Sul. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130, CEP 95070-560 Caxias do Sul / RS. E-mail: [email protected] A preservação a longo-prazo de isolados fúngicos fitopatogênicos é fundamental para que um laboratório de fitopatologia e controle biológico possa desenvolver um programa de pesquisas dentro da área. A manutenção de isolados envolve um rigoroso programa de controle de qualidade das técnicas utilizadas, desde a preparação de amostras de plantas, a identificação e purificação de culturas fúngicas, até a escolha de técnicas de preservação a longo-prazo. Para a coleta dos dados, o material vegetal é cortado em segmentos pequenos e lavado em hipoclorito 30%. Após, o material é seco em papel filtro, e colocado em placas de Petri contendo meio BDA. Para o isolamento de fungos do solo é adicionado 1g de solo a 100 mL de água destilada. Alíquotas de um mL desta suspensão é diluída até 1.10-2 em salina. Este procedimento é repetido duas vezes. Alíquotas de 200µL das últimas duas diluições são espalhadas em placas de Petri. As placas são incubadas em BOD com fotoperíodo a 28ºC por sete dias. A identificação dos fungos é feita em Microscópio óptico. Os fungos identificados são repicados para eppendorfs com glicerol 2% e água destilada, e armazenados na micoteca. O método de preservação das culturas é o repique periódico, a cada três meses, para novos eppendorfs contendo solução de glicerol 10%. Após, os mesmos são armazenados em freezer (-20°C). Esta coleção de culturas tem por finalidade a pesquisa e o ensino. Atualmente, a coleção conta com 1150 culturas. Entre os fungos mais incidentes estão: Trichoderma spp., Fusarium spp., Alternaria spp., Penicillium spp. As culturas constantes da micoteca são utilizadas em estudos tanto no Instituto de Biotecnologia, quanto em outras Universidades. Antes do envio das culturas, são realizados testes de viabilidade dos fungos, que devem manter a capacidade de esporulação e patogenicidade dos mesmos. PALAVRAS CHAVE: MICOTECA, FUNGOS Apoio: UCS e ECCB Isolamento de fungos endofíticos de Glicine sp. sob diferentes sistemas de produção Marcia Toigo Angonese; Juliano Gaio; Silvana Scopel; Janaina Iltchenco; Flaviane Eva Magrini; Valdirene Camatti Sartori Universidade de Caxias do Sul, Instituto de Biotecnologia- Laboratório de Controle Biológico de Doenças de Plantas – e-mail: [email protected] Endofíticos são todos aqueles microrganismos que colonizam tecidos internos das plantas sem causar aparentemente qualquer dano ao seu hospedeiro. Neste trabalho objetivou-se o isolamento de fungos endofíticos da soja em diferentes sistemas de produção: convencional, transgênico e orgânico para qualificar e quantificar a sua ocorrência. As amostras de folhas foram desinfetadas com água destilada, etanol 50% 1 min, hipoclorito de sódio comercial 1%, por 4 min. Para os ramos foi utilizado etanol 96% 1 min, hipoclorito de sódio comercial 3% 4 min e água destilada por 3 vezes. Os ramos e as nervuras principais das folhas foram cortadas assepticamente, em pequenos fragmentos de tamanho de 5 a 8 mm. Cada placa de Petri com BDA recebeu 8 fragmentos (folhas, ramos) com duas repetições por planta, que foram mantidos em estufa de fotoperíodo de 12h à 28ºC por até vinte dias. As amostras da microbiota fúngica de endofíticos da soja permitiu que fossem quantificadas e qualificadas as espécies de fungos nos diferentes sistemas de produção. Foram avaliados 5.120 fragmentos, sendo 3.061 isolados endofíticos. Dos fungos filamentosos identificados, constatou-se uma grande incidência de: Altenaria sp., Fusarium sp., Asperguillus sp., Epicoccum sp., Nigrospora sp., Penicilium sp., Cladosporium sp. e Mycelia sterilia. Sendo que a Alternaria sp. apresentou uma ocorrência superior aos demais fungos. Considerando que a planta da soja apresenta em sua epiderme um número elevado de tricomas, acredita-se que isso poderia aumentar a aderência dos microrganismos epifíticos nos órgãos externos da Glycine sp. podendo encobrir o real resultado. Segundo Azevedo et al. (2002) seria uma utopia isolar todos os microrganismos endofíticos de uma planta. De qualquer modo, os processos de isolamento utilizados neste experimento, dão uma boa noção da quantidade de fungos endofíticos existentes em Glicine sp. Apoio financeiro: CNPq e UCS CHARACTERIZATION OF CHITINOLYTIC EXTRACT PRODUCED BY ENDOPHYTIC STREPTOMYCES SP. AND ITS POTENTIAL IN BIOCONTROL OF ANTHONOMUS GRANDIS GRANDIS (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) BOLL WEEVILS QUECINE, Maria Carolina1, LACAVA, Paulo Teixeira1, SUZUKI, Marise Tanaka1, MAGRO, Sandra1, ARAÚJO, Welington Luiz2, AZEVEDO, João Lúcio1, PIZZIRANI-KLEINER. Aline Aparecida1 1 University of São Paulo/ESALQ, Av. Pádua Dias, 11, 13400-970, Piracicaba, SP, Brazil. Email: [email protected]. 2 University of Mogi das Cruzes, Av. Dr. Cândido Xavier de Almeida Souza, 200, 08780-911, Mogi das Cruzes, SP, Brazil. Cotton boll weevil (BW), Anthonomus grandis grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae), is a significant pest of cotton production in the Americas. This pest is controlled by chemical agents, nonetheless, chemicals are expensive and due to their broad-spectrum activity may disrupt predator and parasite populations as well as pests. A chitinolytic extract of A8 strain of Streptomyces sp., previously isolated from Citrus reticulata, a known chitinolytic bacterium, was tested against the important cotton pest Anthonomus grandis grandis Boheman, the cotton boll weevil. A chitinolytic extract was obtained from a culture of A8 strain and added to an artificial diet of boll weevil larvae. The larval development was retarded and the percentage of emerged adults was about 66% of emergence from eggs on control diet. The chitinolytic extract had the optimum temperature and pH as well temperature and pH stability characterized. Extract activity was inhibted by 10 mM CoCl2, 10 mM HgCl2, 10mM FeSO4 and others. The chitinase from an endophytic bacterium Streptomyces species could provide a novel bioinsecticide to control plant pests such as A. grandis grandis. Ação “in vitro” de extrato aquoso de arruda (Ruta graveolens) contra fungos fitopatogênicos Morgana Delazeri; Flaviane Eva Magrini; Maiara M. A. Tedesco; Cristiane P. Girelli; Silvana Scopel; Janaina Iltchenco ; Valdirene Camatti Sartori Universidade de Caxias do Sul, Instituto de Biotecnologia- Laboratório de Controle Biológico de Doenças de Plantas – e-mail: [email protected] A utilização de extratos vegetais com potencial de fungicida alternativo, é uma forma de promover um controle sem desencadear os problemas provocados pelos fungicidas sintéticos. A arruda é uma planta herbácea com conhecidas propriedades inseticidas, mas que também possui ação fungicida. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia do extrato aquoso de arruda no controle “in vitro” de fungos fitopatogênicos. Na preparação do extrato aquoso, plantas de arruda foram secadas em estufa a 40°C, após foram trituradas e armazenadas na forma de pó. Foram utilizadas 10g de pó em 90 mL de água destilada (solução mãe), deixando essa suspensão em repouso por 10 minutos. O extrato aquoso de arruda na concentrações de 5, 10, 15, e 20% foi avaliado de duas formas: adicionado ao meio de cultura BDA e sobreposto 100µL em placas de Petri com meio BDA solidificado. Placas contendo somente BDA serviram como testemunha. Quatro discos de 2mm de diâmetro colonizados com os fitopatógenos Alternaria sp.; Fusarium sp.; Colletotrichum sp. e Botrytis sp. foram colocados nas placas com as distintas concentrações e incubados à 28°C. As avaliações foram feitas através das medidas do diâmetro das colônias com paquímetro digital 72hs após o repique. A maior inibição do crescimento micelial foi com o extrato de arruda adicionado ao meio de cultura, nas concentrações de 20% e 15% para os quatro fungos alvo. Já para o extrato sobreposto ao meio BDA, ocorreu inibição com a concentração de 5% para Botrytis sp. e 15 e 10% para Fusarium sp., diferindo significativamente da testemunha. Para os outros fungos testados não ocorreu efeito inibitório. Estes resultados demonstram o potencial inibitório a partir do extrato de arruda como biofungicida na agricultura alternativa. Apoio financeiro: Fapergs e UCS AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTAGÔNICO DE TRICHODERMA SPP. SOBRE FUSARIUM OXYSPORUM F.SP. PHASEOLI RIBAS, Priscila Pauly1, PAZ, Isabel Cristina Padula1; SANTIN, Rita de Cássia Madail2, GUIMARÃES, Alexandre Martins2; SILVA, Márcia Eloisa2 & MATSUMURA, Aida Terezinha Santos1,2, 1UFRGS, Laboratório de Microbiologia Fitopatologia, Departamento de Fitossanidade, Porto Alegre, 91540000, RS e 2ICB BIOAGRITEC Ltda., Porto Alegre, 90240470, RS. E-mail: [email protected] A Murcha de Fusarium é uma das principais doenças relatadas na cultura do feijão. Causada pelo fungo patogênico Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli que ataca o sistema vascular da planta infectada, ocasionando turgescência, amarelecimento, seca e queda progressiva das folhas. O controle químico não é eficaz contra esse patógeno, o que torna necessário o estudo de formas alternativas de controle, como o controle biológico utilizando Trichoderma spp. Para demonstrar a eficiência deste agente de controle biológico, nesse trabalho, foram testados em antagonismo direto, Trichoderma viride (ICBV21), T. harzianum (ICBH22), Trichoderma sp. (ICB04, ICB16, ICBTS20) previamente isolados de solo e plantas de feijão, cedidos pela empresa ICB BIOAGRITEC Ltda. O patógeno e o antagonista foram inoculados em placas de Petri, contendo meio BDA, em lados diametralmente opostos e mantidos em câmara de crescimento a 28ºC e fotoperíodo de 12 horas durante sete dias. Como controle, foi inoculado apenas o patógeno sob as mesmas condições ambientais. O experimento foi realizado com cinco repetições. Após o período de incubação, foi medido o diâmetro das colônias do patógeno. A redução no crescimento do patógeno foi significativa para todos os isolados testados em relação ao controle. O isolado ICBTS20 apresentou os melhores resultados, reduzindo em 61% o crescimento do patógeno, enquanto os demais isolados apresentaram taxas de redução entre 58 e 45%, demonstrando a efetividade dos isolados de Trichoderma spp. testados no controle da Murcha de Fusarium. Apoio: Capes / ICB BIOAGRITEC Ltda. INTERFERÊNCIA DE TIOFANATO METÍLICO E CARBENDAZIM NO CRESCIMENTO VEGETATIVO E ESPORULAÇÃO DE TRICHODERMA SPP. RIBAS, Priscila Pauly1, PAZ, Isabel Cristina Padula1; SANTIN, Rita de Cássia Madail2, GUIMARÃES, Alexandre Martins2; SILVA, Márcia Eloisa2 & MATSUMURA, Aida Terezinha Santos1,2. 1 UFRGS, Laboratório de Microbiologia Fitopatologia, Departamento de Fitossanidade, Porto Alegre, 91540000, RS e 2ICB BIOAGRITEC Ltda., Porto Alegre, 90240470, RS. E-mail: [email protected] Os princípios ativos de fungicidas comerciais comumente utilizados na agricultura podem interferir no desenvolvimento e na forma de ação de agentes de controle biológico. Este trabalho objetivou verificar a interferência de diferentes concentrações dos princípios ativos tiofanato metílico e carbendazim no crescimento vegetativo e esporulação de Trichoderma spp.. Foram testadas 5 concentrações de cada princípio ativo (a partir da concentração recomendada pelo fabricante) e os isolados Trichoderma viride (ICBV21), T. harzianum (ICBH22), Trichoderma sp. (ICB04, ICB16, ICBTS20), cedidos pela empresa ICB BIOAGRITEC Ltda. O meio de cultura BDA foi suplementado com as soluções dos princípios ativos e um disco de 0,8 cm de diâmetro de cada isolado foi inoculado no centro de placas de Petri. As placas foram mantidas em câmara de crescimento a 28ºC e fotoperíodo de 12 horas até que o controle positivo atingisse o diâmetro máximo da placa. Como controle positivo, os isolados foram inoculados em meio de cultura BDA puro e como controle negativo, o meio suplementado com os princípios ativos foi vertido em placas de Petri sem nenhuma inoculação. Ambos foram mantidos nas mesmas condições ambientais citadas anteriormente. O experimento foi realizado com cinco repetições. Observou-se que o crescimento vegetativo de ambos os isolados não foi significativamente afetado pelo princípio ativo tiofanato metílico com exceção a máxima concentração testada (0,68g/L) para o isolado ICB16, enquanto que o princípio ativo carbendazim inibiu completamente o crescimento de todos os isolados em todas as concentrações testadas. A esporulação foi reduzida por tiofanato metílico e inibida completamente com carbendazim. Os isolados ICB16, ICBH22 e ICBTS20 apresentaram esporulação superior em relação ao controle positivo, para todas as concentrações testadas. Apoio: Capes / ICB BIOAGRITEC Ltda. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE ATIVIDADE TANASE EM FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DA RIZOSFERA DE VIDEIRAS CONTE, R.; LOCATELLI, B.C.; PANSERA, M.R.; RIBEIRO, R.T.S. Laboratório de Controle Biológico de Doenças de Plantas. Universidade de Caxias do Sul. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130, CEP 95070-560 Caxias do Sul/RS. E-mail: [email protected] Os taninos são importante fonte de nitrogênio e o quarto maior constituinte da matéria vegetal em degradação no solo. No entanto, seriam indisponíveis, sem o ataque de espécies fúngicas competentes para viver na rizosfera e disponibilizá-los para as plantas. Este trabalho propos identificar a microbiota presente na rizosfera de videiras sadias e avaliar a sua importância funcional no desenvolvimento da planta, por meio da avaliação da capacidade de hidrolizar os taninos, pela ação das tanases. Dos fungos isolados em meio de sais e celulose, foram selecionados dois para avaliação da atividade tanase, Fusarium sp. e Trichoderma sp. Para obter esta informação, os fungos foram cultivados em meio semi-sólido (farelo de trigo 10 g; ácido tânico+solução de sulfato de amônio), inoculado com 1mL de uma suspensão 106 conídios/mL, e incubado por 72 horas. Após, foi obtido o filtrado enzimático pela adição de tampão acetato 0,1 M. O filtrado, mais ácido tânico foi mantido em BM por 60 min e a reação foi suspensa com solução de BSA. Os tubos foram centrifugados e o precipitado dissolvido em SDS-trietanol-amina. A esta solução foi adicionado FeCl3 para estabilização da cor e a absorbância lida em 530 nm. Foi observado que tanto o isolado de Fusarium spp., como Trichoderma spp., apresentam capacidade de hidrolizar taninos, o que sugere que podem estar envolvidos nos processos de manutenção do equilíbrio funcional das plantas. Palavras chave: atividade tanase; fungos. AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTAGONISTA DE Bacillus spp. CONTRA FUNGOS FITOPATOGÊNICOS NA CULTURA DA MAÇÃ NA REGIÃO SUL DO BRASIL SOLDATELLI PAGNO, R.; ZORZI, E.; MEZZOMO, F.; PEREIRA, C.O.F., RIBEIRO, R. T. S. Universidade de Caxias do Sul. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130, CEP 95070-560 Caxias do Sul/RS. [email protected] Rio Grande do Sul e Santa Catarina respondem por 95,6% da produção brasileira de maçã. No entanto, como o controle de fungos fitopatogênicos durante o armazenamento das frutas tem sido insatisfatório, os danos causados são significativos. Entre os fungos causadores das doenças no pós-colheita da maçã destacam-se: Penicillium expansum, Botrytis cinerea e Alternaria alternata. A utilização de fungicidas é o principal método de combate, entretanto, devido a fatores como resistência, contaminação ambiental e danos à saúde humana, outros métodos devem ser avaliados. O controle biológico pode ser uma alternativa, e tem sido relatada a potencialidade de espécies do gênero Bacillus. Quarenta e cinco isolados bacterianos foram testados contra os três fitopatógenos. Suspensões de esporos de cada um dos isolados fitopatógênicos foram espalhadas sobre o meio BDA e inoculados pontualmente com 15 isolados diferentes de bacilos. Para cada patógeno foram feitas três repetições. As colônias de bacilos que formaram halo de inibição foram então testados individualmente em meio BDA, contra cada um dos fitopatógenos. Nesta avaliação, o isolado FVI2 apresentou maior atividade antagonista. Na avaliação do efeito do caldo de cultura desta bactéria, sobre a germinação e o elongamento de hifas os dados demonstraram efeito positivo. Os resultados apresentados fazem parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, sendo que serão ainda realizados: antagonismo in vivo; identificação de metabólitos antifúngicos e análise por biologia molecular da espécie de Bacillus com maior atividade antagonista. Palavras-chave: Bacillus, Penicillium sp., Alternaria sp. e Botrytis sp. Apoio financeiro: UCS ISOLAMENTO DE FUNGOS ANTAGÔNICOS A FITOPATÓGENOS PRESENTES EM PLANTAS CÍTRICAS NO MUNICÍPIO DE ESTEIO, RS CANAL, Aline Pires & FORTES, Raquel de Castilhos. UNISINOS, Graduação, Ciências Biológicas, Microbiologia, São Leopoldo, 93022-970, RS. A maioria das perdas de produtividade na citricultura ocorre por doenças ocasionadas por fungos fitopatógenos, que infectam as plantas geralmente durante os períodos de pré e pós-florada. Essas doenças podem iniciar em campo e ficarem latentes, podendo manifestar-se posteriormente a colheita, quando encontrarem condições ambientais favoráveis ao seu crescimento. Na tentativa de combater esses patógenos são utilizados fungicidas, contudo, a busca por alternativas diferenciadas exigidas pelo mercado, evidencia o controle biológico como possibilidade viável. Neste contexto, este trabalho objetivou identificar a incidência de doenças fúngicas em plantas cítricas do município de Esteio, RS, bem como, avaliar o potencial de fungos antagônicos aos patógenos isolados. Fragmentos de folhas foram plaqueados em meio BDA (ágar-batata-dextrose) e incubados durante sete dias a 28°C. A identificação foi feita a partir da sintomatologia das folhas, da observação dos aspectos morfológicos da colônia e das estruturas reprodutivas. Foram identificados 6 gêneros, sendo que Alternaria, Aspergillus , Fusarium e Trichothecium apresentaram maior incidência. Em ensaios in vitro, o fungo Trichoderma viride foi testado como agente de biocontrole através do antagonismo em confrontação direta. Para a avaliação do potencial antagonista, utilizou-se o critério de BELL et al. (1982). Verificou-se que T. viride em relação ao gênero Trichothecium no ensaio, tem potencial antagonista (nota 2); em relação à Aspergillus nota 2 e em relação a Fusarium apresentou um grande potencial antagonista (nota 1). Sugere-se, para a comprovação do potencial de T. viride como agente de biocontrole, a realização de testes adicionais in vivo. Palavras-chave: biocontrole, citricultura ecológica, Citrus sp.. INIBIÇÃO DE CRESCIMENTO DE Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici POR METABÓLITOS VOLÁTEIS DE LINHAGENS DE Trichoderma sp. Pereira, C.O.F., Ribeiro, R.T.S. Universidade de Caxias do Sul, PPG em Biotecnologia, Caxias do Sul, CEP, RS. Email: [email protected] Os fungos cosmopolitas do gênero Fusarium são conhecidos por causarem doenças em uma ampla variedade de plantas. O tomateiro (Lycopersicon esculentum) está sujeito ao ataque de mais de uma centena de doenças, sendo a murcha-do-fusário causada por F. oxysporum f. sp. lycopersici uma das mais disseminadas nos países onde esta hortaliça é cultivada. Uma alternativa para o controle dessa doença é a utilização de microrganismos antagonistas como os pertencentes ao gênero Trichoderma. Objetivando o controle in vitro desse fungo fitopatogênico, no presente trabalho foram testadas três linhagens de Trichoderma contra dez isolados de Fusarium oriundos de plantas de tomate com sintomas da doença, em experimento de inibição de crescimento através da produção de metabólitos voláteis pelo antagonista. De acordo com Dennis & Webster (1971), dois fundos de placas de Petri foram inoculados individualmente com o fitopatógeno e o antagonista, sendo feita avaliação de crescimento em 48 e 120 horas. Os isolados 589, 859, 921, Fusarium 23 e 27 e TO 245 apresentaram redução significativa de crescimento em relação ao grupo controle, não exposto à Trichoderma sp. As três linhagens do antagonista testadas se mostraram eficazes na produção de metabólitos voláteis capazes de inibir pelo menos um isolado do fitopatógeno, indicando mais uma ferramenta para realização do bicontrole por este fungo. Os resultados também demonstram variabilidade de resistência por Fusarium, já que quatro dos dez isolados testados não foram inibidos por Trichoderma sp. Palavras-chave – Trichoderma sp.- metabólitos voláteis - Fusarium oxysporum . Apoio Financeiro: Capes. EFEITO DA TEMPERATURA E DO FOTOPERÍODO NO CRESCIMENTO, ESPORULAÇÃO E VIABILIDADE DE BIPOLARIS EUPHORBIAE MORAES, Carime; MONTEIRO, Antonio Carlos; MOCHI, Dinalva Alves Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FCAV – Unesp, PPG em Microbiologia Agropecuária, Jaboticabal, 14884-900, SP. E-mail: [email protected] Bipolaris euphorbiae é um potencial agente de controle biológico do amendoim-bravo ( Euphorbia heterophylla), importante planta daninha da soja, no entanto pouco se conhece sobre a influência de fatores físicos no seu desenvolvimento. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da temperatura (13, 16, 19, 22, 25, 28, 31 e 34°C) e do fotoperíodo (0, 12, 24hs) no crescimento, esporulação e viabilidade de B. euphorbiae. Placas de Petri de 90 mm de diâmetro contendo 20 mL de meio mínimo de Pontecorvo, modificado por Penariol et al. (2008) e ajustado com pH 6 receberam, na parte central, discos de 5 mm de diâmetro contendo micélio e esporos de colônias jovens do isolado FCAV# 569 de B. euphorbiae. Em seguida, estas placas em grupos de cinco foram acondicionadas em estufa previamente aferida com as temperaturas ensaiadas, por oito dias, no escuro. No segundo ensaio, placas preparadas e inoculadas como descrito no ensaio anterior foram submetidas, em uma incubadora para B.O.D. com temperatura ajustada para 25°C, às seguintes condições: a) iluminação contínua diária por 24 horas; b) iluminação alternada diária por 12 horas; c) ausência de iluminação. O ensaio foi conduzido por oito dias. Foram avaliados o crescimento radial, a esporulação e a viabilidade dos conídios. As temperaturas de 22, 25 e 28°C proporcionaram o maior crescimento de B. euphorbiae, enquanto na temperatura de 13 e 34°C o crescimento do fungo foi significativamente menor. As maiores produções de conídios foram obtidas nas temperaturas de 16 e 22°C. A temperatura não afetou a viabilidade do fungo que apresentou valores de germinação maiores que 97% exceto na temperatura de 13°C, cuja viabilidade diferiu significativamente das demais. O regime de iluminação teve efeito apenas na esporulação de B. euphorbiae, ocasionando uma redução na esporulação apenas no regime de iluminação contínua. Palavras-chave: Fungo fitopatogênico, controle biológico, temperatura, iluminação Apoio financeiro: CNPq. TOLERÂNCIA DE BIPOLARIS EUPHORBIAE A RADIAÇÃO SOLAR E ULTRAVIOLETA MORAES, Carime; MONTEIRO, Antonio Carlos; MOCHI, Dinalva Alves Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FCAV – Unesp, PPG em Microbiologia Agropecuária, Jaboticabal, 14884-900, SP. E-mail: [email protected] A luz solar, principalmente a radiação ultravioleta (U.V.), é um dos principais fatores ambientais que limita a ação de fungos patogênicos de ervas daninhas em condições de campo. O presente trabalho teve por objetivo analisar a tolerância dos conídios de Bipolaris euphorbiae à radiação solar e radiação. Placas de Petri de 60 mm de diâmetro contendo 5 mL de uma suspensão com concentração de 1 x105 conídios mL-1, obtidas de colônias jovens do isolado FCAV#569 foram submetidas à luz proveniente de um simulador solar Oriel®, por períodos de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8 horas, enquanto outras placas não foram submetidas à irradiação. No ensaio com a radiação U.V., placas preparadas como no ensaio anterior foram submetidas aos raios de uma lâmpada U.V. germicida Toshiba de 30W por 1, 2, 3, 4, 5, 10, 20, 40, 60, 90, 120, 240 e 360minutos enquanto outras placas não foram submetidas à irradiação. Em ambos os ensaios foram usadas três placas para cada tempo de exposição, e em seguida procedeu-se a avaliação da viabilidade dos conídios, por meio do teste de viabilidade, conforme metodologia descrita por Francisco et al. (2006). B. euphorbiae se mostrou bastante tolerante a radiação solar e ultravioleta. Apenas a partir de seis horas de exposição à luz do simulador solar observou-se uma redução significativa na viabilidade dos conídios, diferindo do controle. Do mesmo modo, uma redução acentuada na viabilidade só foi observada a partir de 120 minutos de exposição a radiação U.V, sendo que uma grande redução (79,3%) só ocorreu após 360 minutos de exposição. Palavras-chave: fungo fitopatogênico, planta daninha, controle biológico, tolerância, radiação Apoio financeiro: CNPq. PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE PLÂNTULAS DE PEPINO E DEGRADAÇÃO DE CELULOSE POR ISOLADOS DE Trichoderma spp. LUCON, C.M.M.; GUZZO, S. D.; PEDRO, E.A.S.; CPDSV/Instituto Biológico, Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, São Paulo, CEP 0401-002, SP. E-mail: [email protected]. Fungos do gênero Trichoderma podem beneficiar plantas por vários mecanismos de ação, diretos e indiretos, tendo como efeito uma melhora na sanidade e no desenvolvimento das culturas tratadas. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito de 60 isolados de Trichoderma spp. no crescimento de plântulas de pepino e na degradação de celulose. Os isolados foram crescidos por uma semana em grãos de arroz esterilizados e, posteriormente, incorporados em substrato Plantmax Ht, na concentração de 2% (peso:volume). Em seguida, foi feita incubação por uma semana, à temperatura ambiente, em sacos plásticos transparentes. Após este período, 300 g foram distribuídos em sacos plásticos pretos e semeados com cinco sementes cada. A avaliação do ensaio foi realizada pela medida da massa de matéria seca da parte aérea das plantas, 21 dias após a germinação das sementes. No teste de degradação de celulose, três discos contendo estruturas dos isolados foram transferidos para pontos eqüidistantes da placa contendo meio sintético ágar carboximetilcelulose (CA). A revelação da zona de degradação de celulose foi feita com solução de vermelho congo (0,25%), quatro dias após, pela medida do diâmetro de crescimentos as colônias e dos halos produzidos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 61 tratamentos (um controle sem microrganismo) e cinco repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelos testes de Tukey, a 5% de probabilidade. Dos isolados testados 16 promoveram o crescimento das plântulas entre 26,7 (IB35/04) e 62,8% (IB37/01), quando comparados ao tratamento controle. No ensaio de degradação de celulose, apenas o isolado IB48/11 não foi capaz de degradar o substrato. SELEÇÃO DE ISOLADOS DE Trichoderma spp. PARA O CONTROLE DE Fusarium oxysporum f.sp. cubense. LUCON, C.M.M.; PEDRO, E.A.S.; ANTUNES, K.R.; NOGUEIRA, E.M.C. CPDSV/Instituto Biológico, Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, São Paulo, CEP 0401-002, SP. E-mail: [email protected]. A banana é uma das frutas mais populares e comercializadas no mundo. Dentre os problemas da cultura, o Mal-do-Panamá, causado por Fusarium oxysporum f. sp cubense (Foc), é uma das doenças mais importantes por ser de difícil controle. Várias são as medidas preventivas recomendadas para evitar a doença, embora o único método efetivo de controle seja o plantio de variedades resistentes. Portanto, o desenvolvimento de métodos de base ecológica para o controle de Foc, como a aplicação de antagonistas, passa a ser prioritário para oferecer alternativas aos produtores. O objetivo deste trabalho foi selecionar, em condições de laboratório, isolados de Trichoderma spp. com potencial para controle de Foc. Foram realizados os seguintes ensaios: pareamento de culturas em meio BDA e em amostras de solo; produção de metabólitos tóxicos não voláteis em meio BD e de degradação de celulose em meio CA e ensaio de competição de Foc e Trichoderma spp. em amostra de solo. Investigou-se, ainda, o melhor substrato de crescimento para os melhores isolados. Dos 120 isolados testados no ensaio de pareamento em meio BDA, 82% receberam nota 4, 14% nota 2 e 4% nota 3, de acordo com escala de Bell. No teste de pareamento em solo, 11 dos 17 isolados inibiram o crescimento de Foc com uma variação entre 32 e 47%. No teste de produção de metabólitos tóxicos, nenhum dos 24 isolados reduziu o crescimento do patógeno, embora a maioria foi capaz de degradar celulose. No ensaio de competição de patógeno e antagonistas em amostra de solo, 10 dos 17 isolados testados impediram a colonização do rizoma de banana pelo patógeno. Conclui-se então que dos 120 isolados testados, 10 possuem potencial para o controle de Foc. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E BIOQUÍMICA DE Bacillus SPP. ISOLADOS DE SOLO DE LOCALIDADES DA SERRA GAÚCHA, E ESTABELECIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE CULTURAS DE INTERESSE EM CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE PLANTAS Zorzi, E.; Mezzomo, F.; Pagno, R.S.; Pansera, M.R.; Ribeiro, R.T.S. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul / RS. E-mail:[email protected] O solo é um reservatório de bactérias com formato de bacilos Gram positivos esporulados. Nos ecossistemas terrestres, elas são transferidas do solo para vários ambientes associados incluindo plantas, alimentos, habitat marinhos e de água corrente. A associação natural com plantas é benéfica e é explorada na produção de inoculantes, utilizados para aumento de produtividade das culturas agrícolas, por meio da disponibilização de nutrientes que estimulam o crescimento e a redução de fitopatologias, o que pode envolver antagonismo. Este trabalho tem como objetivo o isolamento de bacillus com atividade antagônica contra patógenos da maçã no período pós-colheita. Foram isolados 250 bacilos, submetidos a testes bioquímicos como: catalase; Voges-Proskauer; pH do meio Voges-Proskauer; crescimento a 50°C e 60°C; crescimento em caldo nutriente com 7% de NaCl; crescimento em meio Bacto Sabouraud Dextrose em pH 5,7; hidrólise do amido, e decomposição de caseína para identificação até espécie. Foi investigado também a ação antagonística dos diversos isolados contra os fitopatógenos Alternaria sp., Penicillium expansum e Botrytis cinerea, em cultura dupla e em meio líquido com 0,5 e 1% de caldo filtrado de cultura de bacilos. Entre todos os bacilos avaliados a linhagem FVI2 de Bacillus subtlis inibiu o desenvolvimento das colônias nas culturas duplas em placas de Petri e a germinação de esporos e o elongamento de hifas em meio líquido enriquecido com filtrado de cultura do isolado, para os três fitopatógenos do pós-colheita da maçã. Outros isolados não foram tão eficientes e a maioria não demostrou nenhum efeito inibitório contra o desenvolvimento dos patógenos. Palavras-chave: Bacillus spp, fungos fitopatogênicos, controle biológico EFEITO DE DIFERENTES MÉTODOS DE SECAGEM E FORMULAÇÕES NA VIABILIDADE DE CLAMIDÓSPOROS DE LEWIA CHLAMIDOSPORIFORMANS (ASCOMYCOTA: PLEOSPORALES) DURANTE A ARMAZENAGEM VIEIRA, Bruno Sérgio1; CRATO, Fausto Fernandes1; BARRETO, Robert Weingart2 1 Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Faculdade de Ciências Agrárias (FACIAGRA), Rua Major Gote, nº. 808, Bairro Caiçaras, Patos de Minas, MG, 38702-054. E-mail: [email protected]; 2 Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, 36570-000, E-mail: [email protected] Lewia chlamidosporiformans apresenta grande potencial como agente de controle biológico de Euphorbia heterophylla, uma planta daninha importante em culturas como soja, cana-de-açúcar, milho e feijão. Uma das etapas primordiais para o desenvolvimento de mico-herbicidas é a obtenção de um produto final com um tempo de prateleira adequado. Para tal, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes formulações na viabilidade de clamidósporos de L. chlamidosporiformans ao longo do tempo. Avaliou-se a viabilidade de clamidósporos do fungo formulados como pó seco durante o armazenamento. Foram testados diferentes tipos de secagem e armazenamento, sendo realizadas avaliações até oito meses após o início da armazenagem. Os níveis mais elevados obtidos para a viabilidade de clamidósporos durante a armazenagem foram obtidos para a secagem dos clamidósporos a 25 ºC, em câmara de crescimento durante 19 horas (armazenamento em temperatura ambiente) e em dessecador durante 24 horas e 48 horas a 25 ºC (armazenamento a 5 ºC). O sucesso destes tratamentos se deve basicamente aos baixos teores de umidade observados nas biomassas dos clamidósporos após serem submetidas às condições descritas (10,40%, 11,34% e 6,47%, respectivamente). Avaliou-se, também, o efeito de diferentes formulações líquidas na viabilidade de clamidósporos do fungo durante o armazenamento num período de seis meses. As formulações testadas foram: 2 óleos adjuvantes emulsionáveis (OAE) (Assist e Veget Oil), 2 espalhantes adesivos (Silwet e Break trhu), 1 óleo mineral (Nujol) e 2 óleos vegetais (soja e girassol). As formulações contendo os óleos adjuvantes emulsionáveis Veget Oil e Assist (OAE) foram as únicas que proporcionaram níveis de germinação acima de 90% durante os seis meses da avaliação, tanto armazenados a cinco ºC quanto em temperatura ambiente, podendo então ser usadas na formulação de um produto à base de clamidósporos de L. chlamidosporiformans sem nenhum efeito adverso na viabilidade dos mesmos. Palavras-chave: formulação, mico-herbicida. Apoio financeiro: CNPq. armazenamento, tempo de prateleira, preservação, PRODUÇÃO MASSAL DE LEWIA CHLAMIDOSPORIFORMANS (ASCOMYCOTA: PLEOSPORALES), MICO-HERBICIDA PARA O LEITEIRO (EUPHORBIA HETEROPHYLLA) VIEIRA, Bruno Sérgio1; CRATO, Fausto Fernandes1; BARRETO, Robert Weingart2 1 Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Faculdade de Ciências Agrárias (FACIAGRA), Rua Major Gote, nº 808, Bairro Caiçaras, Patos de Minas, MG, 38702-054. E-mail: [email protected]; 2 Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, 36570-000, E-mail: [email protected] Dentre as espécies de plantas daninhas de grande importância para a agricultura brasileira, destaca-se Euphorbia heterophylla, popularmente conhecida como leiteiro ou amendoim-bravo. O uso continuado de herbicidas químicos (inibidores da ALS e outros) vem selecionando biótipos de E. heterophylla resistentes a herbicidas, levando a falhas de controle e graves prejuízos à produção agrícola. O fungo Lewia chlamidosporiformans teve o seu potencial como agente de biocontrole para o leiteiro demonstrado em pesquisas anteriores. Para viabilizar o uso de um agente de controle biológico, é crucial produzi-lo em larga escala. Assim, delinearam-se três experimentos com o objetivo de determinar as condições mais apropriadas para a produção do fungo em fermentação sólida. Avaliou-se a produção de propágulos em onze substratos vegetais, em três níveis de umidade (30, 50 e 70%), em experimento fatorial no delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições. Posteriormente avaliou-se o efeito da adição de oito suplementos ao substrato que mais se destacou no experimento anterior, e finalmente, foi testado o efeito de dois diferentes regimes de luz (escuro total e fotoperíodo de 12 h) sobre a produção de propágulos de L. chlamidosporiformans. Os dois últimos experimentos foram dispostos em DIC, com três repetições. Em cada tratamento semeou-se o substrato com 50 mL de suspensão contendo 1 x 105 clamidósporos/mL e incubou-se a 25 ºC, avaliando o número de unidades formadoras de colônias (UFC)/g de substrato após 12 dias de incubação. Os resultados indicam que o uso de arroz comum ou canjiquinha (a 50% e 70% de umidade, respectivamente) com a adição de melaço (0,2%) (apenas para o caso de uso de arroz) e incubados sob fotoperíodo de 12 h são condições apropriadas para a produção massal de L. chlamidosporiformans. Palavras-chave: produção massal, fermentação sólida, controle biológico, mico-herbicida. Apoio financeiro: CNPq.