UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO
Programa de Pós-graduação em Design
O ensino e o mercado de trabalho
na área de design
Carolina de Oliveira Marques
Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim
Orientadora
Bauru
2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO
Programa de Pós-graduação em Design
Carolina de Oliveira Marques
O ensino e o mercado de trabalho
na área de design
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em Design, da Faculdade de
Arquitetura,
Instituição
Artes
Estadual
e
Comunicação,
Paulista
“Júlio
da
de
Mesquita Filho”. Como requisito à obtenção
do título de Mestre.
Orientadora:
Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim
Bauru
2010
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Agradecimentos
Agradeço primeiramente e especialmente minha orientadora Paula da Cruz
Landim.
Agradeço
pela
orientação
que
me
permitiu,
desde
a
graduação,
concretizações que me fizeram feliz e realizada na área acadêmica e no mercado de
trabalho.
Agradeço pela confiança, pelo apoio e brilhante orientação. Agradeço de tal
forma e imensidão que mesmo que eu utilizasse todas as palavras existentes e
espaços aqui disponíveis não seriam suficientes para agradecer o que fez. Tudo
ainda seria pouco.
A Sônia Hungria, funcionária da seção de graduação da FAAC - Unesp e ao
Prof. José Fernando da Silva, coordenador do curso de Design no Iesb, que
entraram em contato com os alunos e professores para que participassem
respondendo aos questionários.
A todos voluntários que colaboraram com a pesquisa.
Aos meus gestores e amigos dos Correios, que permitiram trabalhar em
horário diferenciado para que pudesse comparecer as aulas e congressos. Ao
coordenador de negócios, Sergio Paulo Roberto, que percebeu e soube valorizar os
benefícios e resultados trazidos pelo design, tanto para a empresa como para a
sociedade.
A minha família, especialmente meu pai.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Resumo
O ENSINO E O MERCADO DE TRABALHO NA ÁREA DE DESIGN. No cenário
mercadológico o design vem ganhando cada vez mais destaque. Novas
universidades e cursos que tratam de design estão surgindo. O novo consumidor
aguarda por novidades, melhorias e boas surpresas. Diante desse contexto, o
profissional de design precisa estar bem preparado para atuar nesta relação entre os
vários atores do processo. Os professores precisam estar em sintonia com o
mercado de trabalho, para oferecem ensino que garanta empregabilidade aos seus
alunos. Um fator que vem contribuindo para que a relação entre sujeitos não seja
totalmente positiva é o fato do termo design ser utilizado indiscriminadamente e
desta forma provocar impactos negativos para a área, para os que nela atuam e
principalmente para a sociedade. Portanto, foi verificada como está a atual relação
ensino e o mercado de trabalho na área de Design. E com isto foi possível identificar
pontos fortes e pontos fracos através de entrevistas com amostragem de sujeitos
envolvidos nesta dinâmica, professores e alunos. Os resultados apontam alguns
aspectos onde as Instituições de Ensino, estudantes de design, designers e o
mercado de trabalho podem atuar para que ocorram melhorias nesta relação.
Palavras-chave: Design, designers, ensino e mercado de trabalho.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Abstract
EDUCATION AND THE LABOR MARKET IN THE FIELD OF DESIGN. In the
market scenario design is gaining more prominence. New universities and courses
dealing with design are emerging. The new consumer waits for innovations,
improvements and good surprises. Given this context, the design professional must
be well prepared to act in this relationship between the various actors in the process.
Teachers need to be in line with the labor market, to offer education to ensure
employability of their students. One factor that has contributed to the relationship
between subjects isn’t completely positive is that the term design is used
indiscriminately and thus cause negative impacts to the area for those who work in it
and especially to society. Therefore, it is necessary to check how is the current
relationship education and the labor market in the area of Design. And for this it was
possible to identify strengths and weaknesses through interviews with sample of
subjects involved in this dynamic. The results show some aspects where the
educational institutions, design students, designers and the labor market can work for
improvements to occur in this relationship.
Keywords: Design, designers, education and labor market.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Lista de Figuras
10 FIGURA 1 – CURSO DE WEB DESIGN FIGURA 2 – CURSO DE DESIGN & WEB FIGURA 3 – CURSO DE DESIGN DE SOBRANCELHAS FIGURA 4 – NOTÍCIAS E DESIGN 1 FIGURA 5 – NOTÍCIAS E DESIGN 2 FIGURA 6 – NOTÍCIAS E DESIGN 3 FIGURA 7 – NOTÍCIAS E DESIGN 4 11 12 13 14 14 15 FIGURA 8 – VISUALIZAÇÃO DE RESULTADOS DA WEB PARA A PALAVRA DESIGN EM SITES BRASILEIROS FIGURA 9 – DESIGNER ARQUITETO E DESIGNER ADVOGADO FIGURA 10 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPOS FIGURA 11 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPO E PAPELARIA FIGURA 12 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOMARCAS FIGURA 13 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOS FIGURA 14 – CALÇADOS PROJETADOS POR KARIN RASHID FIGURA 15 – CALÇADOS PROJETADOS PELOS IRMÃOS CAMPANA FIGURA 16 – PEÇAS DE DIVULGAÇÃO QUE FALAM SOBRE DESIGN FIGURA 17 – EMPREGABILIDADE NA ÁREA DO DESIGN 15 16 17 17 17 17 18 18 19 32 O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Lista de Quadros
QUADRO 1 - CONCURSOS DE DESIGN QUADRO 2 – CONCURSO PARA SELEÇÃO DE DESENHISTA INDUSTRIAL QUADRO 3 – CURSOS DE DESIGN NO ESTADO DE SÃO PAULO QUADRO 4 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 5 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 6 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 7 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO A QUADRO 8 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 9 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 10 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 11 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO B QUADRO 12 - PERFIL DOS DISCENTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN QUADRO 13 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUADRO 14 - AVALIAÇÃO DO ENSINO OFERECIDO PELO PRÓPRIO DISCENTE QUADRO 15 - AVALIAÇÃO DA AULA DOS MESTRANDOS E DOUTORANDOS QUADRO 16 - MEIOS PELOS QUAIS OS DISCENTES SE ATUALIZAM 7 9 34 41 43 45 47 48 50 52 54 55 56 58 60 63 QUADRO 17 - REGISTRO DO NÚMERO DE PROFESSORES E PERCENTUAL DE COLABORAÇÃO COM A PESQUISA 64 QUADRO 18 - PERFIL DOS PROFESSORES E EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL QUADRO 19 - EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL QUADRO 20 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS QUADRO 21 - COMPARATIVO PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS 65 67 69 71 O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Lista de Gráficos
GRÁFICO 1 – CONCURSOS DE DESIGN
8
GRÁFICO 2 - CONCURSOS DE DESIGN DE PRODUTO
8
GRÁFICO 3 - CONCURSOS DE DESIGN GRÁFICO
9
GRÁFICO 5 – A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA SELEÇÃO DE PROFESSORES
25
GRÁFICO 6 - AVALIAÇÃO FEITA POR ALUNOS DE CURSOS DE DESIGN DE BAURU
38
GRÁFICO 7 - MÉDIA DAS NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS A SUA INSTITUIÇÃO
38
GRÁFICO 8 - PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO
39
GRÁFICO 9 - PONTOS FORTES DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN
39
GRÁFICO 10 - PONTOS FRACOS DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN
40
GRÁFICO 11 - INSTITUIÇÃO A – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE JÁ REALIZAM ESTÁGIO
42
GRÁFICO 12 - INSTITUIÇÃO A – AVALIAÇÃO DO CURSO
44
GRÁFICO 13 - INSTITUIÇÃO A – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS
44
GRÁFICO 14 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FORTES APONTADOS PELOS ALUNOS
46
GRÁFICO 15 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FRACOS APONTADOS PELOS ALUNOS
46
GRÁFICO 16 - INSTITUIÇÃO B – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO
49
GRÁFICO 17 - INSTITUIÇÃO B – AVALIAÇÃO DO CURSO
51
GRÁFICO 18 - INSTITUIÇÃO B – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS
51
GRÁFICO 19 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FORTES
53
GRÁFICO 20 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FRACOS
53
GRÁFICO 21 - FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN
55
GRÁFICO 22 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO FEITA PELOS ALUNOS
57
GRÁFICO 23 - ALUNOS AVALIAM ITENS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
57
GRÁFICO 24 - PERCENTUAL DE DISCENTES QUE ATUAM COMO PROFESSOR
59
GRÁFICO 25 - COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO DESIGNER PELO MERCADO DE TRABALHO
61
GRÁFICO 26 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO REALIZADO PELOS DISCENTES
62
GRÁFICO 27 - O QUE FALTOU APRENDER NA GRADUAÇÃO
62
GRÁFICO 28 - MEIOS UTILIZADOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
63
GRÁFICO 29 - QUANTIDADE DE PROFESSORES E QUANTIDADE DE RESPOSTAS
64
GRÁFICO 30 - RESULTADOS EM ANOS DA ATUAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL
65
GRÁFICO 31 - MÉDIA EM ANOS DE ATUAÇÃO NA ÁREA DE DESIGN
66
GRÁFICO 32 - NECESSIDADE DE EXPERIÊNCIA PRÁTICA PARA AS AULAS DE DESIGN
68
GRÁFICO 33 - COMPARATIVO NA AVALIAÇÃO DO CURSO REALIZADA PELOS ALUNOS
70
GRÁFICO 34 - ALUNOS ATRIBUEM NOTAS A ITENS RELACIONADOS À SUA GRADUAÇÃO
71
GRÁFICO 35 - PERCENTUAL DE GRADUANDOS QUE REALIZAM ESTÁGIO
73
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
Sumário – Índice Geral
1
INTRODUÇÃO
1.1
2
Estrutura da Dissertação
2
OBJETIVOS
4
2.1.1
Objetivo Geral
4
2.1.2
Objetivos específicos
4
3
DESIGN HOJE
4
DO ENSINO AO MERCADO DE TRABALHO
4.1
O Ensino
3.2 Do Mercado ao Ensino
5
23
23
26
4.1.2
Mercado
26
4.1.3
Design e Mercado
28
4.1.4
Inovação
29
4.2
5
1
Relacionamento
A PESQUISA
31
33
5.1
Sujeitos
33
5.2
Materiais
33
5.3
Local
33
5.4
Método
35
5.4.1
Aspectos éticos
35
5.4.2
Professores
36
5.4.3
Alunos
36
5.4.4
Alunos da pós-graduação
37
5.5
Resultados
37
5.5.1
Alunos de Design
38
5.5.2
Alunos da pós-graduação em Design
55
5.5.3
Professores de Design
64
6
DISCUSSÃO
70
7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
76
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
77
9
APÊNDICES
79
10
ANEXOS
89 O ensino e o mercado de trabalho na área de design
1 INTRODUÇÃO
O design ganha cada vez maior destaque no cenário mercadológico atual. O número
de instituições de ensino que oferecem o curso se multiplica e o termo é utilizado para
mostrar que o produto recebeu cuidados especiais e possui maior valor.
A relação entre os atores deste cenário muitas vezes é conflituosa, pois o próprio
termo design dá abertura para isso, devido à sua definição não tão clara e ainda divulgada e
utilizada de forma distorcida. Lobach (2001) diz que, quando pronunciada a palavra “design”,
devemos ter cuidado em relação à percepção precisa de quem a ouve, pois existem cinco
diferentes interpretações: o usuário utiliza o termo com naturalidade e sem maiores
reflexões; o fabricante poderia definir o termo como algo que agrega valor estético e otimiza
valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; o empresário explorador
acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela aparência que possibilita
elevar o valor do produto; já o designer poderia definir como sendo “um processo de
solução de problemas atendendo as relações do homem com seu ambiente técnico”; finaliza
citando a postura possível de um advogado dos usuários: “design é o processo de
adaptação do ambiente artificial às necessidades físicas e psíquicas dos homens na
sociedade”. Mesmo nenhuma dessas definições sendo a mais exata para se definir design,
as diferentes percepções supostas pelo autor servem de exemplo para retratar o conflito de
entendimentos.
As instituições de ensino, em se tratando de design, possuem como incumbência,
além de outras, prepararem profissionais para o mercado de trabalho, que atuem
permeando contatos com empresários, profissionais de outras áreas e o mercado
consumidor. A intenção de quem cursa o nível superior é ingressar no mercado de trabalho
e atuar em sua área de formação, designers trabalhando com design, colocando em prática
o que aprendeu. Os empresários sabem muito bem que devem atender aos anseios dos
consumidores para manter a saúde financeira e a sobrevivência da empresa, o famoso “foco
no foco do cliente”. Porém, ocorre um distanciamento entre as instituições de ensino e o
mercado empregador. A Associação de Designers de Produtos (ADP), em seu site, relata no
artigo “A Relação Designer X Empresa: É preciso conhecer o caminho das pedras” que
todos começaram a olhar o design como um atrativo para seu negócio, fazendo surgir
empresas de design nos centros industriais e uma grande projeção das mais antigas, além
de várias publicações discorrendo que o design tinha finalmente encontrado seu lugar. Tudo
isso fez com que surgissem muitos cursos de design em todo país, novos profissionais no
2
mercado e não necessariamente todos esses profissionais possuem boa formação. Diz que
faltou ao mercado brasileiro entender o que é design e aprender a usá-lo de forma eficiente.
Landim (2009) faz uma reflexão e diz que uma questão tem sistematicamente
surgido em suas indagações: “até que ponto a formação acadêmica responde aos anseios
da sociedade e do setor produtivo?”
Chega o momento em que é necessário realizar uma análise do estado atual do
design, identificar o que fez ele se tornar o que é e o que pode ou deve ser feito deste ponto
em diante e o relacionamento entre a instituição e o mercado de trabalho, até mesmo seus
papéis individuais possuem grande influência. Fica claro que o entendimento sobre o que é
design varia muito, e que o uso e determinação de seu termo estão sendo utilizados por
diferentes pessoas, em aplicações distintas e significados diferentes.
A finalidade desta pesquisa é identificar pontos de concordância e de conflito na
relação entre empresas e instituições de ensino, como uma instituição vê a outra, de que
forma colaboram entre si e demais relações dessa dinâmica.
Busca também trazer contribuição para o relacionamento das partes envolvidas,
identificando pontos nos quais o designer, tanto os já profissionais como os estudantes,
podem melhorar e também como os empresários e colegas de trabalho podem contribuir de
forma a facilitar o desenvolvimento, aproveitamento e valorização das atividades do
designer. A pesquisa foi realizada no período de setembro de 2009 a setembro de 2010.
1.1
Estrutura da Dissertação
Esta dissertação é composta por seis capítulos. A introdução ao tema tratado,
trazendo uma abordagem de tudo que será apresentado neste trabalho. Os objetivos, os
objetivos gerais, os objetivos específicos e a estrutura do trabalho estão no segundo
capítulo.
O terceiro capítulo, Design hoje, mostra como se apresenta o design nos dias
atuais, realizando uma verificação do cenário e revisão bibliográfica. Expõe onde a palavra
“design” vem sendo utilizada, aplicações corretas e errôneas, os impactos causados e
reflexos na relação ensino e mercado de trabalho.
No capítulo quarto, Do ensino ao mercado de trabalho, apresenta revisão
bibliográfica, mostrando desde o surgimento do ensino de design, como é feita atualmente a
seleção de professores e conceitos relativos ao mercado.
A Pesquisa se concentra no capítulo quinto, desde a apresentação de seus sujeitos,
materiais, local, aspectos éticos, até mesmo os resultados obtidos. Todos transformados em
tabelas, gráficos para melhor visualização e análise, e descrições de cada um deles.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
3
A Discussão é encontrada no capítulo subsequente, o sexto, no qual os resultados
se relacionam juntamente com a revisão bibliográfica, construindo e revelando assim
informações interessantes da relação ensino e mercado de trabalho na área do design.
O sétimo capítulo é destinado às considerações finais, observações importantes
para os atores envolvidos no processo e também recomendações.
Na sequência são apresentadas as referências bibliográficas, apêndices e
anexos.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
4
2 OBJETIVOS
2.1.1 Objetivo Geral
Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma análise da dinâmica do ensino do
Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.
2.1.2 Objetivos específicos

Identificar percepções dos públicos que envolvem diretamente o ensino do
Design: alunos e professores;

Verificar a satisfação dos empresários que empregam designers e suas
relações com tais profissionais;

Indicar pontos de melhoria no ensino de Design e no relacionamento com os
aspectos mercadológicos.
Trata-se de investigação direta sobre opiniões de instâncias envolvidas no processo
que engloba a passagem do aluno para o mundo profissional, da academia ao mercado de
trabalho, identificando parâmetros estatísticos e análise. O universo foi a cidade de BauruSP.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
5
3 Design hoje
Atualmente, para a maior parte das pessoas, ainda existe a dificuldade em se definir
e até mesmo entender claramente o que é Design.
Bezerra (2008) diz que design é uma palavra usada e abusada nos dias de hoje, da
mesma forma que outras palavras como inovação, criatividade e estratégia também são. Diz
também que os termos desaparecem rapidamente e que não é importante ficar preso a
modismos.
Porém quando o uso da palavra interfere significativamente em seu entendimento,
provocando efeitos que podem ser sentidos e que são verdadeiramente reais, devemos sim
nos preocupar.
O Design está presente de manhã até a noite e, até mesmo quando as pessoas
dormem, ele está lá: na casa, no trabalho, no lazer, na educação, na saúde, no esporte, no
transporte de pessoas e bens, no ambiente público - tudo é configurado de forma
inconsciente ou consciente. Design pode ser próximo da pele (moda), bem distante (terreno
espacial) (Bürdek, 2006).
Mesmo com a onipresença do design, muito se fala sobre o significado, o
desconhecimento do termo e a aplicação indevida. Apesar de toda clareza e empenho de
diversos autores em elucidar o que é design, a área ainda passa por situações incertas em
relação à aplicação correta de seu termo e em relação à atividade exercida.
“O objetivo principal do design é o de tornar a vida das pessoas melhor, a prática do
design deve responder às necessidades técnicas, funcionais e culturais e criar soluções
inovadoras que comuniquem significado e emoção e que transcendam idealmente as suas
formas, estrutura e fabricação” conceitua Landim (2009). Porém, na prática, no dia a dia,
encontramos distorções reais deste objetivo apontado.
Aqui são apresentados problemas decorrentes da incorreta utilização do termo
design e também o baixo nível de entendimento por maior parte das pessoas, provando tais
fatos e mostrando a latente necessidade de ação imediata para que a situação se converta
na aplicação correta e precisa da expressão.
Hoje o termo design está sendo utilizado de maneira equivocada como forma de
diferenciar um produto por sua estética, para denominar cursos de softwares gráficos, além
de atividades que envolvam algum aspecto visual, como até mesmo arranjos de flores ou
cabelo.
Foi realizada busca pelo termo design em meios de comunicação como sites,
dicionários, peças impressas, revistas e livros.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
6
Dicionários
Nos dicionários, possivelmente o primeiro local onde a maior parte das pessoas irá
buscar por informações sobre o seu significado, encontramos definições como:
No Dicionário Houaiss (acesso em 2009) – “substantivo masculino Rubrica: desenho
industrial; a concepção de um produto (máquina, utensílio, mobiliário, embalagem,
publicação etc.), esp. no que se refere à sua forma física e funcionalidade; Derivação: por
metonímia.
o produto desta concepção; por extensão de sentido (da acp. 1).
desenho industrial; Derivação: por extensão de sentido.
m.q.
m.q. desenho-de-produto;
Derivação: por extensão de sentido. m.q. programação visual; Derivação: por extensão de
sentido.
m.q. desenho ('forma do ponto de vista estético e utilitário' e 'representação de
objetos executada para fins científicos, técnicos, industriais, ornamentais')”. A definição não
está apresentada de forma totalmente esclarecedora e completa.
Já o Dicionário Michaelis (acesso em 2009) apresenta o significado de forma
sintetizada – “(dizáin) sm (ingl); Concepção de um projeto ou modelo; planejamento; O
produto deste planejamento”.
Instituto Nacional de Propriedade Industrial
O INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial divulga através de seu site
www.inpi.gov.br (2009) o termo de forma incompleta, tratando o design apenas como um
conjunto de elementos estéticos. Diz que “considera-se Desenho Industrial a forma plástica
ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado
a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e
que possa servir de tipo de fabricação industrial.”
O INPI diferencia o termo Patente do termo Desenho Industrial, sendo patente um
novo produto, no sentido mais abrangente. Como dizem, são os que requerem, “na maioria
das vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de uma patente significa
prevenir-se de que competidores copiem e vendam esse produto a um preço mais baixo,
uma vez que eles não foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do
produto”.
Aqui fica claro o conflito de significados, pois o Design envolve pesquisa e
desenvolvimento de produto, porém o INPI entende que, de forma resumida, Desenho
Industrial é estética. Isso é muito nocivo, visto que empresas através de seus gestores
fazem uso do site para registrar e patentear seus produtos.
Terminando o entendimento sobre patente exemplificado pelo INPI: “A proteção
conferida pela patente é, portanto, um valioso e imprescindível instrumento para que a
invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável. Patente é um título
de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo
Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
7
direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente
todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.”
Um Instituto como esse, de grande importância para a área e com grande interação
com o setor produtivo, deveria promover a atualização do termo e utilizá-lo de forma correta.
Concursos de Design
Os concursos também apresentam falha na aplicação do termo. Para eleger o
melhor design contam com ampla divulgação, atraindo diversos concorrentes e, para ser
um, não é necessária a formação em design. Para algumas empresas que promovem tais
concursos, qualquer pessoa pode participar. Isso foi observado em 18/10/09, no site
www.designbrasil.org.br, que foi acessado para obtenção dos números de concursos com
inscrições abertas. Estavam disponíveis inscrições para oito concursos.
Quadro 1 - Concursos de Design
Concurso
Projetos
Exigida
formação
(profissionais
e
estudantes)?
Design de Produto
loja
MICASA
-
Concurso
móveis
sim
Salão Design Movelsul 2010 / 2º
móveis
sim
Arte digital, fotografia e vídeo
não
DESIGN.br
Design de Produto
Design Mercosul Móveis
Design Gráfico
Volatmedia
-
Concurso
Sou
Criativo
design gráfico e
2º Prêmio Minas Design
de produto
Design de Produto
Design
Aplicado
ao
Aço
Inox
sim
moda;
sim
Colorido
iF Concept Award 2010
desenho
industrial;
comunicação/multimídia; arquitetura
e
design
de
interiores;
design
universal
Design de Produto
Fapemig - Programa Estruturador
Inovação em produto
sim
Logo comemorativo 25 anos
não
Estampa para tênis com o tema Pop
não
Rede de Inovação Tecnológica Design nas Empresas
Design Gráfico
Companhia Athetica - Athletica
Design Gráfico
All Star - Converse Art Collabs
Art
Através do gráfico formado pelas informações disponíveis sobre concursos, é
possível notar que existe abertura para participação do público geral (sem formação na área
e que também não são estudantes) nos concursos de Design:
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
8
Gráfico 1 – Concursos de Design
Trinta e oito por cento dos concursos de design dessa amostragem permitiram livre
acesso aos participantes, de certa forma permitindo com que todos se considerassem
designers e fazendo com que exista abertura para pensamentos como: o concurso de
design é aberto a todos, sem restrição. Então todos podem ser designers.
Nos concursos, cujo objetivo é elejer o melhor design de produto, é exigida formação
específica ou ao menos que o participante esteja cursando graduação em área afim. Para
os processos de escolha de Design de Produto, não é permitido o ingresso do amadorismo
em 100% dos concursos.
Gráfico 2 - Concursos de Design de Produto
O grande problema se encontra nos concursos relativos ao Design Gráfico, nos
quais existe o livre acesso para participação. Apenas 25% dos concursos desta amostra,
exigem formação profissional ou curso de graduação na área em andamento.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
9
Gráfico 3 - Concursos de Design Gráfico
Fica evidente a desvalorização ocorrida com o designer gráfico graduado. Parte
dessa responsabilidade pode ser atribuída à popularização dos softwares gráficos, seus
cursos e à facilidade de seu manuseio. Veremos mais à frente imagens de fatores que
provocam e provam essa ação de desvalorização.
Wollner (2004), diz que a princípio todos podem ser designers e que, para isso, basta
treinamento. Relata que, quando um empresário precisa de design e não sabe exatamente o
que é isso, acaba contratando alguém com talento, um artista, que é intuitivo, porém não
está preparado para aplicar a tecnologia.
Um artista, alguém com talento, não esta preparado para muitas coisas relacionadas
a design.
Outros concursos, os de caráter empregatício, exigem graduação como prerrequisito
para contratação. Nesse exemplo, no conteúdo programado para a prova do concurso estão
diversos itens vistos em disciplinas do curso de graduação e o salário é o mesmo de outros
cargos de nível superior.
Quadro 2 – Concurso para seleção de Desenhista Industrial
www.correios.com.br. Acessado em 31.01.2010
Cursos de Design
Podemos encontrar inúmeros cursos de design, que não são de fato cursos de
design. Aqui estão listados alguns que foram ou são realizados na cidade de Bauru - SP e
as imagens de seus sites. Além da internet, a divulgação de tais cursos ocorre também
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
10
através de panfletagem, banners e abordagens presenciais, principalmente na área central
da cidade.
O curso de softwares que permitem a construção de sites ganha o nome de Web
Designer. Conforme pode ser observado na figura abaixo, o conteúdo do curso constitui-se
apenas de softwares com suas ferramentas e comandos. A escola de computação aponta
como mercado de trabalho as agências de propaganda, produtoras web e empresas em
geral que precisam de tais profissionais. Neste mercado, o designer é o profissional indicado
para exercer tais atividades. O curso de informática que é um complemento na formação do
designer é apresentado pela escola de computação como solução completa para formação
de um profissional.
Figura 1 – Curso de web design
http://www.people.com.br/curso.asp?tipo=computacao&cod=13. Acessado em 30.01.2010
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
11
Mais um dos vários cursos de informática oferecidos em Bauru - SP e no Brasil que
levam o termo design no nome. Neste a escola diz que habilita o aluno a criar conteúdo para
web e também materiais gráficos. O curso deveria levar o nome do software e não conter a
palavra design. O profissional que a escola prepara pode ser chamado de operador de
software e não designer.
Figura 2 – Curso de Design & Web
http://www.microlins.com.br. Acessado em 30.01.2010
Muitos alunos de tais cursos desenvolvem muito bem atividade com softwares
específicos de design, consideram-se talentosos e competentes por conseguirem fazer
trabalhos que acreditam ser similares ou superiores de quem cursa ou cursou graduação em
design. Porém existem muitos riscos ao se colocar, por exemplo, a imagem empresarial nas
mãos de operadores de softwares, pois não estão preparados para realizar eficientemente
ações institucionais e mercadológicas, desconhecendo inúmeros aspectos que devem ser
levados em conta.
Design de Sobrancelha, conforme ilustrado na figura 3 é um curso que ocorreu em
Bauru - SP no dia 22/05/2007. “Design de Sobrancelha” é um caso extremo e outro grande
exemplo de uma grave falha de emprego do termo. O curso é apostilado e quem o faz,
ganha certificado, tornando-se assim um designer de sobrancelha, o que caracteriza o
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
12
absurdo da utilização do “design” em uma atividade totalmente atípica e desconexa do que
realmente é design.
Figura 3 – Curso de Design de Sobrancelhas
http://www.mariaamelia.com.br. Acesso em 30.01.2010
Ocorre com muita frequência a falta de profissionalização e a livre atuação de
indivíduos que se autodenominam profissionais de design.
Muitas pessoas que realizam cursos que ensinam a operar software gráfico recebem
certificado de designer, o que não ocorre quando alguém realiza curso de software de
planilhas ou de edição de texto e não são denominadas contabilista ou jornalista. Um curso
de software gráfico leva o termo design para complementá-lo, já um software de controle e
planilhas não leva o nome de Estatística ou Ciências Contábeis.
O fato é que atualmente existem profissões que são exercidas e cujos empregadores
ou contratantes não requerem do contratado a formação universitária. Podemos citar
algumas como o próprio design, e outras como o jornalismo, administração e informática.
Para o administrador, por exemplo, também é complicado, pois todo mundo em
algum momento já administrou algo e em empresas quando pessoas são elevadas a cargos
que precisam comandar, acabam administrando de forma mais efetiva e nem sempre
possuem tal formação.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
13
A ADG Brasil – Associação dos Designers Gráficos (2004) diz que há alguns anos,
uma das dificuldades da profissão era explicar para a própria mãe o que exatamente o
designer fazia.
Hoje em dia não é diferente. Mesmo sendo uma profissão que passou a existir em
1919 com a Bauhaus, ainda é preciso esclarecer não só para a mãe seu significado, como
citaram os autores, mas para a maior parte das pessoas. E, atualmente, é mais difícil, pois
além de explicar, é necessário eliminar, desfazer conceitos errôneos que já estão gravados
na memória de grande parcela da população.
Notícias
Alguns complicadores que colaboram com a formação de um conceito errôneo são
pessoas se autodenominando designers pelo simples fato de saberem utilizar softwares
específicos; a palavra designer sendo utilizado na mídia como um simples apelo
mercadológico; a confusão que algumas pessoas apresentam ao tentar distinguir design de
arte ou de outras atividades e muitas outras situações. O design é diferente, não se
compara a um surto artístico. O Design é consequência, fruto de um direcionamento
apontado por diversos fatores.
Um exemplo muito próximo e de fácil acesso é o emprego do termo design em
noticiários. Foi realizada, no mais visitado site de buscas, uma procura por notícias recentes
e foram localizados alguns empregos da palavra. Tais aplicações da palavra estão à
disposição para acesso livre e sua colocação nos textos foi feita por profissionais de
comunicação.
Figura 4 – Notícias e design 1
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
14
www.yahoo.com.br. Acesso em 28.01.2010
A notícia comunicando que a modelo Kate Moss trabalhou o design de bolsas é um
ótimo apelo de marketing e exemplo de uso indiscriminado do termo. Não foram localizados
registros dizendo que a modelo possua formação em design.
Figura 5 – Notícias e design 2
http://diario.iol.pt/moda-e-social/kate-moss-longchamp-malas-design/11353234061.html - Acessado em 30.01.2010
Figura 6 – Notícias e design 3
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1453527-9798,00KATE+MOSS+ASSINA+DESIGN+DE+BOLSAS+E+POSA+SENSUAL+AO+LADO+DE+SUA+CRIA
CAO.html. Acessado em 30.01.2010
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
15
Na figura seguinte, notícia apresenta design presente em festas populares como o
carnaval. Muitas vezes são contratados designers profissionais para atuação em escolas de
samba.
Figura 7 – Notícias e design 4
http://www.sidneyrezende.com/noticia/71885+portela+aposta+num+visual+de+luxo+mas+com+
um+design+diferente+para+2010. Acessado em 30.01.2010
Site de busca
Para uma precisa noção de como a utilização da palavra Design vem aumentando
com o passar dos anos, basta observar a incidência de “design” na busca por notícias do
site Google. Os resultados apresentados englobam a palavra em sites, notícias, fóruns ou
qualquer presença em site registrado no site de busca.
Figura 8 – visualização de resultados da web para a palavra design em sites brasileiros
Fonte: Google. Acesso em 16/01/10
Páginas web de designers e não designers
Outro fator que possui relevância é a não existência de regulamentação da profissão,
que de certa forma banaliza e promove o não correto entendimento e aplicação do design
em suas possíveis formas de atuação.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
16
Os irmãos Campana estão entre os designers mais conhecidos do país, tendo seu
trabalho reconhecido tanto nacional como internacionalmente. No entanto, nenhum deles é
designer de fato: Humberto é bacharel em Direito e Fernando é bacharel em Arquitetura.
Figura 9 – Designer arquiteto e designer advogado
http://www.campanas.com.br/. Acessado em 30.01.2010
Com isso, é possível dizer que é Designer quem quer ser designer. Basta fazer algo
que se aproxime ou que tenha alguma relação com design que já é denominado como
design. Tal situação gera questionamentos como: Design é algo feito apenas por designers?
Quem determina se algo é ou não design?
Para ter a exata noção do que essa abertura proporciona, podemos encontrar
diversas pessoas oferecendo trabalhos como criação de logotipos, identidade visual, sites e
outros. O site para divulgação e solicitação dos serviços já apresenta características
amadoras e preços muito abaixo dos praticados pelos designers, como no exemplo das
figuras que seguem temos a divulgação: “seu logo por apenas R$99,00”.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
17
Figura 10 – site - criação de logotipos
http://www.logoemarca.com/. Acessado em
16/01/10
Figura 12 – site - criação de logomarcas
http://www.agenciadosite.com.br/logomarcas_p
romocao.htm. Acesso em 16/01/10
Figura 11 – site - criação de logotipo e papelaria
http://www.logosecia.com.br. Acesso em 16.01.10
Figura 13 – site - criação de logos
http://www.caion.com.br/. Acesso em 16/01/10
Para constatar que tais serviços não eram realizados por designers, foi efetivado
contato com o desenvolvedor de um dos sites e criador de logos. Ele é um adolescente com
visão empreendedora e informou que começou desde cedo a se interessar pela área e
estudava muito sozinho. Depois fez alguns cursos de softwares gráficos como Photoshop e
de programação para Web, xhtml e css, flash e outros. Disse que continua estudando.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
18
Design como estratégia de marketing
Muitas vezes, o designer, sendo formado ou não, ganha grande fama e sua
notoriedade funciona como estratégia de marketing das empresas que o contratam para
determinado projeto de design.
Temos o exemplo da marca Melissa. Os irmãos Campana e o designer internacional
Karin Rashid possuem projetos adotados por ela e os produtos levam seus nomes e mais
alguma palavra como complemento.
Figura 14 – Calçados projetados por Karin Rashid
Figura - http://www.karimrashid.com/. Acessado em 07.01.2010
Figura 15 – Calçados projetados pelos irmãos Campana
Figura - http://www.lojamelissa.com.br. Acessado em 07.01.2010
Peças de comunicação
É possível encontrar diversos e-mails do tipo marketing viral, onde são expostas as
dificuldades dos designers. Toda comunicação gerada possui força de convencimento e
informacional, portanto, para melhor aproveitamento do canal e audiência, o ideal seria dizer
o que é designer e não o que não é. Porém definir design parece ser uma tarefa difícil até
mesmo para o próprio designer.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
19
Figura 16 – peças de divulgação que falam sobre design
Revistas
A Revista Exame, edição de fevereiro de 2009, em sua reportagem “Todo poder ao
design” cita exemplos de grandes corporações, como a Coca-Cola e Johnson & Johnson
que têm “utilizado as possibilidades oferecidas pelo design para reforçar suas marcas e
aumentar suas vantagens competitivas em relação aos concorrentes. E, para conduzir esse
processo, têm destacado designers para assumir postos em seu primeiro escalão - como
vice-presidente ou mesmo como chief design officer, cargo que se equipara ao de executivochefe das áreas de marketing, operações ou finanças. Com essa posição, eles têm poderes
para intervir em praticamente todas as áreas da companhia, das fábricas à cadeia de
suprimentos e distribuição.” Ficam claras a abrangência e a amplitude da atuação de um
designer nas corporações e o ideal aproveitamento de todas suas potencialidades
profissionais nesse ambiente.
Na Revista Época (05/12/2009) é possível encontrar informações interessantes sobre
design, pois o valorizam perante o mercado empregador: “O design thinking é uma
ferramenta que ajuda a empresa a pensar com a cabeça do consumidor. As aspirações do
cliente são, então, decifradas e traduzidas em um objeto inovador, único. É como um design
sob medida, não apenas pelo compromisso com a estética, mas, principalmente, pela
funcionalidade. (...) ajudarão os fabricantes a elaborarem uma estratégia eficaz de
produção, distribuição e venda. O resultado deve seguir três requisitos. Precisa ser
desejável, tecnicamente possível e mercadologicamente viável.”
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
20
Livros
Forty (2007) diz que design tem dois significados na linguagem cotidiana, em um
sentido se refere à aparência das coisas, à estética do design; o segundo, e mais exato uso
da palavra design se refere à preparação de instruções para produção de bens
manufaturados. Ainda diz que a aparência das coisas é uma consequência das condições
de sua produção.
Burdek (1999), em seu livro, sugeriu que em vez de uma definição, fossem
elencados alguns problemas que o design deverá sempre atender e citou exemplos:
“visualizar progressos tecnológicos; priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos (não
importa se hardware ou software); tornar transparente o contexto da produção, do consumo
e da reutilização; promover serviços de comunicação, mas também, quando necessário,
exercer com energia a tarefa de evitar produtos sem sentido”.
Para Kotler (2000), muito conhecido por ser um grande especialista na prática do
marketing e que já prestou consultoria a empresas de destaque, o design é a “totalidade de
características que afetam a aparência e as funções de um produto em termos das
exigências dos consumidores”.
A missão do designer “relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que,
formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível, e isto sem
abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos”, conta Strunck (2007).
"Design Industrial pode ser definido como sendo um processo de adaptação dos
produtos de uso, fabricados industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos
usuários ou grupos de usuários”, segundo Löbach (2001).
Apesar de toda clareza e empenho de diversos autores em elucidar o que é design, a
área ainda passa por situações incertas em relação à aplicação correta de seu termo e em
relação à atividade exercida.
Impactos
Todo designer já teve dificuldade ao tentar explicar o que faz para viver. Desenhar
marcas, desenvolver embalagens, criar cartazes e outros. O alcance do trabalho do
designer é muito amplo e, às vezes, incompreensível, expõe Hirata (2004).
Uma possibilidade é de que o termo design esteja sendo utilizado como força de
expressão, de forma a tentar valorizar o negócio, na mesma intenção em que são utilizados
os termos vip, marketing, personal, premiere, exclusive e outros.
Ideias, muitas pessoas tem. E hoje, elas estão sendo cada vez mais expostas devido
às mídias disponíveis. Todos podem ter boas ideias, e para isto, não é preciso ser designer.
Complementando com informação de Bezerra (2008) que afirma que todos somos
designers, pois todos podem produzir conceitos que levem a situações melhores.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
21
Porém o poder de reunir diversos ingredientes e torná-los em algo palpável, que
passe a existir frente aos olhos, algo que nasce, que agora faz parte do mundo, isso sim é o
que compete ao designer.
Independente do nível de conhecimento das pessoas que interagem com
determinado objeto, se o projeto de design é bom ou ruim, quem julga não é quem estudou
muito sobre isso, mas sim quem adquire e utiliza o produto. A aprovação do trabalho do
designer fica na mão do consumidor.
Bezerra (2008) também trata da questão do termo design e deixa claro que a
capacidade de inovar, criar, resolver problemas de design é maior que uma palavra ou uma
definição. Diz também que precisamos dar menos importância às questões verbais e nos
concentrarmos nos inúmeros problemas reais que estão esperando por melhores soluções
de design.
É possível, diante dos fatos apresentados, discordar da opinião emitida por Bezerra,
pois os problemas com a palavra design vêm trazendo e amplificando problemas reais, além
de impedir com que soluções de design alcancem seus objetivos causando impactos na
sociedade.
Se design é basicamente resolver problemas, podemos perceber que o problema
que envolve seu próprio termo até hoje não foi resolvido.
Ainda em seu livro, Bezerra (2008) diz que estamos diante de um exemplo de design
quando um chimpanzé utiliza como ferramenta um galho de árvore para retirar formigas de
um buraco. Não, isto não é um exemplo de design.
Muito se discute, pouco se define. Para quem ouve e quem conhece mais, pode ter a
impressão que é uma área cheia de incertezas e terá dificuldade de confiar e entender. Por
vezes, problemas verbais causam ou são reflexo de problemas reais. Devemos sim ficar
atentos a eles.
Fica evidente que os aspectos negativos causados pela comunicação incorreta que aqui
foram apontados causam impactos não somente ao Design e seus profissionais, mas em toda
sociedade. Afinal, se um produto for mal projetado ou projetado com base no amadorismo e
falta de conhecimento quem sofrerá será o usuário, produtor, meio ambiente, enfim todos.
Muito se diz e muito se queixa sobre a não tão clara definição do termo design, o
mau uso e o desconhecimento. As pessoas, no geral, não são obrigadas a saber o que é
design, mas é obrigação de todo designer explicar a elas o que é.
A grande divergência de entendimentos e informações incorretas impregnadas ao
termo design provoca impactos de diversos níveis, até mesmo na relação entre a instituição
de ensino e o mercado de trabalho.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
22
A informação não é homogênea e as partes envolvidas no processo que abrange a
Instituição de Ensino e o Mercado de Trabalho podem ter percepções diferentes sobre o
significado de design e sua atuação.
Diante desse contexto do cenário atual, precisamos analisar o papel da instituição e
do mercado de trabalho e suas relações na área do design.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
23
4 Do ensino ao mercado de trabalho
Para um produto chegar às mãos de um consumidor e cumprir seu papel, é
necessário que este produto tenha passado por um planejamento desenvolvido por um
designer. Os designers atuam em conjunto com o setor produtivo, intermediando interesses,
analisando possibilidades, projetando, criando. Para que seja possível e executada de forma
satisfatória sua atuação, é esperado que o designer tenha uma ótima formação, somada a
outros fatores. A formação está sob responsabilidade, principalmente, das Instituições de
ensino e seus professores.
4.1
O Ensino
O surgimento do ensino sistematizado do Design veio com a Bauhaus, em 1919. Ela
criou uma consciência dentro da indústria que contribuiu de forma significativa para a
definição do papel do designer. Um design desprovido de ornamentos, sem correlação com
estilos antes executados (Azevedo, 2001).
É inegável a importância da contribuição da Bauhaus tanto para o Design como para
toda sociedade. É importante também ressaltar que pesquisas de registros históricos se
fazem necessárias para a reflexão, entendimento e transformação da realidade atual no que
tange às áreas de morada do Design.
O que foi a Bauhaus e que dela nos foi herdado não deve servir como único
parâmetro e fórmula preestabelecida, para que não haja inflexibilidade e nem deixemos de
buscar o pioneirismo em construções de modelos educacionais e profissionais. Entender a
Bauhaus é importante para que haja de certa forma uma ruptura, pois sua história é repleta
de contradições e inovações. Métodos que foram aplicados há muito tempo, no início do
século passado, e que, quando mudaram de cenários/países, já sofreram grandes
intervenções.
Tratando da relação ensino e mercado de trabalho, as divergências entre opiniões
sobre os aspectos mercadológicos que envolvem o design vêm de muito tempo atrás. Já no
curso preliminar, que foi a base para todo o desenvolvimento pedagógico da Bauhaus, era
possível encontrar alguns pontos de atrito: Itten buscava um caminho individual, ignorando o
mundo econômico, enquanto Gropius (diretor da escola) buscava o contato com a indústria.
(Wick,1989).
Moraes (1999) relata aspectos pedagógicos dos dias atuais dizendo: “seria, desta
forma, a escola limitada a um posto de informação teórica e cultural do design, uma vez que
a verdadeira integração escola-indústria não passa de um eterno projeto? Haveria uma
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
24
escola atuando como modelo? Ou um país de referência em ensino, com um caminho já
percorrido com sucesso?”.
O ensino do design deve ser tão ou, até mesmo, mais dinâmico quanto às mudanças
do cenário, devendo não somente acompanhar os fatos, mas sim provocá-los. ADG – Brasil
(2004) diz que “o universo profissional do designer ganhou um dinamismo que exige de
todos uma predisposição permanente à aquisição de informações e à reflexão”.
Moraes (1999) também discorre sobre o ensino do design: “qual plano de ensino
seria o mais adequado junto às escolas que ensinam hoje esse ofício, sabendo-se que tal
atividade
vem
recebendo
influências
das
constantes
mutações
comportamentais,
tecnológicas e culturais da nossa sociedade. Podemos considerar cada projeto a ser
desenvolvido uma nova lição, na qual parte dos problemas a serem resolvidos não foi
sequer mencionada durante os anos de formação escolar”.
Outro aspecto a ser considerado diz respeito à grade curricular. Segundo Couto
(2008), a realidade fez em muitos casos, que ocorresse a multiplicação de disciplinas dos
cursos de design e que essas disciplinas consistem em maior parte das vezes em repetir
fórmulas já aplicadas e ultrapassadas.
Em consonância com esta pesquisa desenvolvida, a ADG – Brasil (2004) relata que
as escolas e os cursos especializados multiplicaram-se e que produzem centenas de
designers. Fala também que o grande desafio é enfrentar as rápidas transformações do
mercado de trabalho.
Professores
O desafio de enfrentar as rápidas transformações do mercado de trabalho que
ocorrem nos dias atuais está presente, e, uma das possíveis formas de aproximar o
mercado da instituição, é através dos professores.
Landim (2009) diz que “a maioria dos professores dos cursos de design são
profissionais com pouca ou nenhuma experiência real que, após algumas tentativas
frustradas de ganhar a vida desenvolvendo projetos, descobrem na atividade docente talvez
a sua única possibilidade de atuação no setor. Saem da Instituição por uma porta, na
qualidade de
alunos
recém-diplomados,
e
entram
por
outra,
como
professores
concursados”.
Apenas como exemplo e sem maior aprofundamento nesse campo específico, foi
verificado nos editais que estavam em vigor no momento da realização da pesquisa que os
concursos para seleção de professores atribuem maior valor às atividades acadêmicas
como pesquisador e docente, sendo um possível fator de aproximação do mercado de
trabalho para o setor produtivo. Tal edital estava disponível no site www.faac.unesp.br no
ano de 2009.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
25
Para seleção de professor específico de disciplinas para o curso de Design, a
atribuição de pontos se mostra de outra forma, sendo mais valorizada a experiência
profissional. Os dois editais tratam das disciplinas “Projeto I, II e III”, “Oficina de Madeira” e
“Oficina de Materiais Plásticos” e o outro para emprego público de professor abrange
“Fotografia I, II e III” e “Projeto I, II e III”.
O conjunto de provas é diferente: Títulos - peso 2; Didática - peso 1; Análise de
Portifólio - peso 1, sendo que na prova de títulos também se atribui pontos para a
experiência profissional. Isso mostra a proximidade cada vez maior da academia ao setor
produtivo.
Gráfico 4 – A experiência profissional na seleção de professores
Além dos cursos de graduação, na cidade de Bauru - SP também são oferecidos os
cursos de Mestrado e Doutorado em Design. Verificando o site da instituição é possível
conhecer os objetivos de tais programas de pós-graduação:
“Destina-se à formação de docentes, pesquisadores e demais recursos humanos
especializados na área, capacitando-os a:

exercer ação didática que esteja fundamentada em conhecimentos filosóficos,
históricos, sociológicos, psicológicos, pedagógicos e tecnológicos, de maneira a desenvolver
projetos coletivos que permitam estruturar conteúdos, experiências e currículos para o
ensino do Design, gerando condições institucionais que estimulem a disseminação da
cultura científica e tecnológica nesta área do conhecimento;

vincular o Design à realidade e às necessidades da comunidade local e regional,
criando caminhos que estimulem a democratização do conhecimento científico;
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
26

evidenciar as relações entre o trinômio ciência/tecnologia/educação e a qualidade de
vida, bem como, possibilitar a compreensão das decisões sobre projetos e estratégias
projetuais
que
são
práticas
adotadas
no
cotidiano
do
Design.”
(fonte:
www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/objetivos.php)
Cabe a pergunta quando do momento de seleção dos futuros mestrandos e
doutorandos: É valorizada a experiência profissional? Como esse aspecto é pontuado na
seleção de futuros docentes? A experiência profissional para professores é realmente
imprescindível?
3.2 Do Mercado ao Ensino
O que move o mercado é o destinatário de todos os esforços, que podemos chamar
de cliente, consumidor, usuário ou público-alvo. As empresas, produtos e serviços só são
criados e permanecem vivos porque existem pessoas que precisam ter suas necessidades e
desejos atendidos, mesmo que algumas vezes tais necessidades e desejos foram e são
criados pelo próprio mercado.
Para melhor entendimento do mercado – e suas relações com o design - é
necessário conhecer alguns termos e conceitos sobre ele. Um dos mais propagados é o
termo marketing, que segundo Kotler (2000) é a entrega de satisfação para o cliente em
forma de benefício.
4.1.2 Mercado
As decisões de produto e comunicação, muitas vezes, são gerenciadas pela área de
marketing de uma empresa. “Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as
atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e
necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou
indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas
relações causam no bem-estar da sociedade.” (Las Casas, 1997)
O Marketing, assim como o Design, sofreu mudanças com o passar dos anos. São
três fases conforme LAS CASAS:

1º. Era da Produção: Antigamente, tínhamos uma demanda maior que a
oferta e consumidores ávidos por produtos e serviços. No entanto, a
produção ainda era artesanal. Na Revolução Industrial, surgiram as primeiras
indústrias organizadas aplicando a administração científica de Taylor. A
produtividade aumentou. Mas, mesmo com o empreendedorismo dos
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
27
empresários, a disponibilidade de recursos da época era fator determinante
na comercialização.

2º. Era de Vendas: Em 1930, com uma produção em série mais consolidada,
a oferta passou a superar a demanda e os produtos acumulavam-se em
estoques. Algumas empresas começaram a utilizar técnicas de vendas muito
mais agressivas e a ênfase na comercialização das empresas dessa época
era totalmente dirigida às vendas.

3º. Era do Marketing: Em 1950, os empresários perceberam que o mais
importante era a conquista e a manutenção de negócios a longo prazo,
mantendo a clientela. Nota-se uma valorização maior do consumidor, as
empresas estavam atentas aos desejos e às necessidades de seu público.
Estava determinado o conceito de marketing, em que o consumidor passava
a ser considerado o “rei”. E a concorrência externa que o Brasil sofreu na
década de 90 fez com que houvesse uma ênfase ainda maior na valorização
do consumidor, além do reconhecimento de outras áreas de importância
acerca do consumidor.
O termo produto (lembrando que uma das habilitações do curso de design é design
de produto) pode ser encontrado no Mix de Marketing, o qual, segundo Kotler (2000), é o
conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos
de marketing no Mercado-alvo. Essas ferramentas simbolizam quatro grupos de variáveis
que influenciam as decisões comerciais, bem como os consumidores finais. As quatro
palavras-chave são produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção:

Produto: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome de
marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções;

Preço: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento e
condições de financiamento;

Promoção: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações
públicas e marketing direto;

Praça: canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte.
Resgatando agora informações já apresentadas, muito se diz em diversos livros que
design consiste basicamente em uma atividade voltada à resolução de problemas. Porém
não são para todos os problemas que se aplicam solução de design, por exemplo, uma
estratégia de comunicação (promoção) nem sempre utiliza um cartaz ou site, podendo ser a
melhor solução para determinado momento e para atingir determinado público-alvo, a
utilização de um anúncio em rádio, o que elimina a participação do designer. É uma
realidade difícil para o designer aceitar, porém Design não é a solução para todos os
problemas.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
28
4.1.3 Design e Mercado
Podemos perceber que a atuação do designer abrange não somente o P que
corresponde a produto, mas sim a todo mix de marketing. O designer não pode sair da
instituição sem saber tomar uma adequada decisão de preço, pois o material escolhido e os
processos de fabricação impactarão no valor final, e sem compreender os canais de
distribuição, peso do produto, empilhamento, resistência ao ser transportado, fatores fixos e
cambiáveis, tudo influência.
Ainda segundo definições de Kotler (2000), no que diz respeito a Produto, as
atividades listadas são: desenvolver e testar novos produtos; modificar produtos atuais;
eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; formular política de marcas; criar
garantias e pensar na forma de cumprir as garantias; planejar embalagem; incluindo formas,
cores e desenhos. Assim, é possível perceber que não é a todo o momento que as
empresas colocam novidades no mercado. Muitas vezes, trabalham a linha já existente.
Conhecendo a definição de marketing e a relacionando com o citado por Lobach
(2001), o qual diz que o fabricante poderia definir o termo design como algo que agrega
valor estético e otimiza valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; que
o empresário explorador acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela
aparência que possibilita elevar o valor do produto - é possível questionar se as empresas
possuem apenas interesses nos negócios e não na qualidade de vida dos consumidores.
Não seria uma contradição conseguir vender algo que não atende às expectativas
dos consumidores? As empresas são espertas e expertas o suficiente para saber que só
atendendo às necessidades dos clientes é que conseguirão obter lucro. As empresas
pensam na sociedade para sobreviver. Por isso, elas visam sim a excelência em projetos. Aí
entram também os interesses do designer.
Phillips (2007) diz que “faz parte das atribuições do designer ter ideias e convencer
as pessoas”, mostrar as vantagens do design para a empresa, falar sobre aspectos
estratégicos do design.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
29
4.1.4 Inovação
Muitas vezes, a criatividade e o design estão intensamente ligados. O designer é um
profissional criativo e ele foi incentivado na instituição de ensino a ser desta forma. Para as
empresas, algo que é mais interessante que a criatividade é a inovação.
Em muitos artigos direcionados ao mundo dos negócios, a criatividade aparece como
sendo algo desassociado da inovação e mostrada como algo dispendioso, tal qual
apresentado no Portal Exame: “Eis mais uma peculiaridade dessa nova abordagem do
design: toda criatividade é muito bem-vinda, desde que ela não traga despesas em
excesso.”
Um resultado diferente, positivo ou negativo, originado de um processo amplo, é
como Felippe (2007) conceitua criatividade. Já inovação é a utilização desse pensamento
criativo para agregar valor em algo que é implementado e que gera resultados positivos para
a organização. Bezerra (2008) articula o design como processo e a inovação como o
resultado positivo desse processo.
Para atuarem, os designers, além da criatividade e serem inovadores, precisam
adotar um perfil empreendedor ou mesmo intraempreendedor, pois conforme Drucker (1987)
"a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o processo pelo qual eles
exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço
diferente".
Felippe (2007) diz que nem sempre é preciso uma ideia revolucionária ou original e
aposta também na simplicidade na resolução de problemas e na criação de produtos ou
serviços. Afirma que ideias simples podem gerar grandes resultados. Para a corrente
hierárquica da empresa valorizar a ideia, é preciso que reconheçam o problema e o
resultado que pode ser alcançado quando colocada em prática.
Quando falamos em inovação em uma empresa, temos à disposição cinco formas
para serem postas em prática:
Inovação de Produto - Quando um produto é melhorado ou criado um novo. Só é
considerado inovação quando ele é aceito pelo mercado e gera lucro para a empresa.
Inovação em Serviços – novo serviço ou aperfeiçoamento de um já existente.
Também só é considerado inovação se aceito pelo mercado e tenha proporcionado lucro.
Inovação em Processo – melhoria ou novo método de gestão ou produção.
Inovação em Marketing – o objetivo principal é aumentar as vendas. Exemplos:
nova embalagem, parcerias com outras empresas, realizar promoções.
Inovação Organizacional – novos métodos organizacionais na prática do negócio,
organização do trabalho.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
30
É possível perceber que a atuação do designer abrange os cinco tipos de inovação e
não somente inovação em produto e em marketing.
A Revista Brasileira de Inovação (2009) mostra entrevista com Paulo Skaf,
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que diz: “a
inovação está na agenda das empresas, mas o risco de inovar ainda é grande”, afirma Skaf.
“O diferencial irá se concentrar na tecnologia, na inovação, só conquistados se cumprirmos
a lição de casa e promovermos investimentos significativos em P&D. A disposição da Fiesp
é nessa direção, ou seja, articular os segmentos responsáveis e estimular a sinergia
necessária para avançarmos nesse setor importantíssimo”, acredita. “Sem a inovação não
conquistamos mercado e ficamos vulneráveis à concorrência”
Diante da importância das informações apresentadas por Paulo Skaf, segue trecho
em que mostra o baixo índice de atuação de designers:
“Nossa realidade é, de fato, preocupante. Pelos números do IBGE, a maior
parte dos produtos lançados e dos novos processos introduzidos nas linhas de
produção no Brasil é, na verdade, adaptação de experiências já feitas por outras
companhias. Em outras palavras, apenas 3,5% das empresas lançaram produtos
genuinamente novos para o mercado nacional, e só 1,8% delas passaram a
utilizar processos produtivos nunca antes testados. Uma das formas de melhorar
este cenário é investir na adequação dos programas de apoio à inovação das
empresas, reconhecendo a atualização de produtos e processos como etapa
inicial do processo de inovação”.
Em sua entrevista, Skaf até mesmo cita a importância da academia para que ocorra
a inovação, dizendo que “as pessoas nas empresas não sabem dialogar com os
pesquisadores
das
instituições
de
ensino
e
vice-versa”.
(fonte:
http://www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao7)
Hitendra Patel é diretor do Center for Innovation, Excellence and Leadership, em
Cambridge (EUA), e autor do livro 101 Innovation Breakthroughs e, em reportagem da
revista Amanhã de 11 de dezembro de 2009, diz que chegou a hora de ser criado uma
certificação para o gestor de inovação.
É possível notar que as publicações atuais direcionadas a gestores de empresas,
promovem a inovação, incentivando através de relatos de casos e também fornecendo dicas
para quem deseja inovar. Porém ainda não mostram o design como uma grande força para
que isto ocorra.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
31
4.2
Relacionamento
Os designers precisam suprimir a ideia de que os empresários e os profissionais de
outras áreas não sabem fazer as coisas bem feitas, até mesmo design. O designer vem
para reunir todo conhecimento e informação de diferentes áreas e torná-los ingredientes de
algo que vai ser concretizado: um novo produto. O designer deve ser gestor, coordenar o
projeto, administrar banco de ideias dentro da empresa, possuir visão sistêmica, liderança e
intraempreendedorismo.
Como aqui estamos tratando da interação entre os atores do processo academia ao
mercado de trabalho, a comunicação e o conhecimento são fatores de grande importância
no relacionamento. Muitas vezes, o designer precisa vender seus serviços, suas ideias à
organização em que trabalha. Para isto, é necessário certo domínio de negociação. O
empregador se torna nesse momento o cliente interno e ele nem sempre tem pleno
conhecimento sobre design. Guy Le Boterf descreve em seu estudo os estágios de evolução
do aprendizado que são: incompetente inconsciente, que é o total desconhecimento sobre
algo, o indivíduo não sabe que não sabe; incompetente consciente, é o indivíduo quando
descobre que não sabe; competente consciente, é o que descobre o conhecimento,
começa a se aprofundar no assunto; e competente inconsciente é o estágio em que o
conhecimento é praticado automaticamente (La Rosa, 2008).
É importante conhecer o
próprio estágio e o estágio do interlocutor, facilitando assim a comunicação e fornecendo
uma quantidade maior de informações para um perfeito entendimento.
Ao mesmo tempo em que existem muitas pessoas informadas, existem muitas
informações não corretas circulando livremente. Segundo Philips (2007), “faz parte das
atribuições do designer ter ideias e convencer as pessoas. E, sobretudo, mostrar as
vantagens do design para os demais dirigentes da empresa”.
Por outro lado, os designers precisam saber lidar com a situação atual de que muitas
pessoas, até mesmo os clientes/usuários, são muito bem informadas. Elas valorizam a
estética, ergonomia, sustentabilidade, meio ambiente, pós-vida do produto e diversos outros
fatores. E muitas vezes eles não sabem que tudo isso faz parte de um projeto de design. O
designer não é o único que conhece tudo de um bom projeto, de um bom produto. Isto é
fato. Entender isso é um grande passo, facilitador de relacionamento com diferentes atores
do processo.
Um bom poder de negociação e persuasão contribui significativamente para
conquista de espaço profissional. Como o design carrega consigo muitos significados
incorretos, além de ser designer, o profissional precisa ser um divulgador do assunto. Philips
(2007) posiciona-se bem em relação a este aspecto dizendo que “antes de pensar em criar
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
32
briefings perfeitos, precisamos aprender a falar sobre os aspectos estratégicos do design,
desfazendo conceitos errôneos como o de serviços decorativos”.
Figura 17 – empregabilidade na área do design
Quais são as competências necessárias para a atividade de designer e exigidas
pelo mercado de trabalho? Qual é a relação entre os serviços prestados pelo designer e os
serviços de um designer que são requeridos pelo mercado? É necessário realizar um
apanhado geral das competências que estão em destaque atualmente. Como exemplo: será
que a habilidade em realizar desenhos, da mesma forma em que é feito na prova de
habilidades para seleção através de vestibular, utilizando lápis e papel é valorizado e
requerido pelo mercado? Verificaremos.
Do ensino ao mercado de trabalho ou do mercado de trabalho ao ensino?
Precisamos saber se o ensino fornecido pelas instituições é como um produto que foi
lançado sem se conhecer as reais necessidades do cliente ou se o ensino é
verdadeiramente direcionado as necessidades humanas e empresariais.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
33
5 A Pesquisa
5.1
Sujeitos
Os sujeitos desta pesquisa são os representantes de áreas envolvidas na trajetória
da formação e atuação do designer, desde a preparação do profissional até seu
desempenho no setor produtivo.
Este processo abrange os professores e alunos, no que tange à formação dos
designers na cidade de Bauru-SP, e os designers representam o setor produtivo.
Professores - Os professores correspondem a profissionais acadêmicos que atuam
em duas instituições de ensino de Bauru-SP, ministrando aulas nos cursos de Design.
Alunos - Em relação aos alunos, foi estabelecido que todos os alunos teriam
oportunidade de colaborar com a pesquisa. São alunos dos cursos de Design de duas
instituições de ensino da cidade de Bauru-SP, do primeiro ao último termo.
Alunos do curso de pós-graduação – São alunos que já possuem experiência
profissional na atuação como designer e estão iniciando suas carreiras como docentes.
5.2
Materiais
Os materiais utilizados para a realização da pesquisa foram os seguintes: papel
offset A4 para impressão de questionário; veículo para locomoção e visita às instituições de
ensino; canais de comunicação como linha telefônica e e-mail; e computador para registro e
tabulação de dados.
5.3
Local
A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru-SP. A escolha se justifica por ser uma
das duas cidades do estado de São Paulo a abrigar mais cursos de Design (a primeira
colocada é São Paulo e foi possível realizar o ranqueamento através das informações
disponíveis no site da Rede Design Brasil, vide tabela disponibilizada nos apêndices), que
são oferecidos pelas instituições:

Instituição Estadual Paulista – Unesp;

Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve).
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
34
Quadro 3 – Cursos de Design no estado de São Paulo
Quantidade
Cidade
25
São Paulo
2
Bauru
2
Osasco
1
Adamantina
1
Araçatuba
1
Birigui
1
Campinas
1
Franca
1
Guarulhos
1
Limeira
1
Lorena
1
Marília
1
Mauá
1
Mirassol
1
Mogi das Cruzes
1
Salto
1
São Bernardo do Campo
1
São Caetano do Sul
1
São José do Rio Preto
1
Sorocaba
1
Tatuí
A cidade de Bauru é caracterizada principalmente pelas atividades comerciais de
varejo, porém, também ganha destaque nas atividades industriais. Conforme dados
divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 15/09/2009,
das 36 Diretorias Regionais do Ciesp pesquisadas, 19 apresentaram bom desempenho no
mês e em terceiro lugar, ficou Bauru, com expansão de 1,31%, devido à geração de
empregos nos setores de vestuário (7,37%) e máquinas e equipamentos (1,85%). No ano
anterior, os dados revelaram que a diretoria regional de Bauru do Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo (Ciesp) foi a terceira que mais gerou empregos no estado de São
Paulo e o fator responsável pelo bom desempenho é a diversificação do parque industrial.
Segundo informações da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro) na lista dos municípios brasileiros avaliados pelo IFDM (Índice Firjan de
Desenvolvimento Municipal) no ano de 2008, Bauru ocupou o sexto lugar no ranking das
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
35
cidades paulistas que possuem o melhor índice de desenvolvimento municipal. Já em 2009,
Bauru alcançou a 13ª colocação, ficando na lista das 20 melhores cidades para se viver.
A revista Você S.A. também publicou em 2009, que Bauru está entre as 100
melhores cidades para trabalhar, ocupando a 64ª colocação.
5.4
Método
Todos os atores do processo foram acessados e convidados a realizar
preenchimento de questionário que foi enviado através de e-mail.
O e-mail apresentou a seguinte composição:

nome do programa de pós-graduação da Unesp;

descrição da finalidade da pesquisa;

questões que abordam o tema tratado;

agradecimentos.
Ocorreram, por necessidade de esclarecimento tratando da importância da
colaboração, contatos telefônicos e presenciais.
Primeiramente, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com elaboração de
questionário, sendo a maior parte das perguntas abertas.
O questionário, que aqui é o instrumento de medida, foi destinado a cada um dos
atores e visou avaliar a atuação dos outros três atores envolvidos no processo. Todo
questionário apresenta em suas primeiras questões, o objetivo de identificar o perfil do
entrevistado, tais como idade, gênero e formação, e outras específicas para cada um dos
tipos de profissionais. As questões seguintes circundam a percepção sobre a relação ensino
com o mercado de trabalho.
5.4.1 Aspectos éticos
Com relação aos aspectos éticos que devem estar presentes em toda pesquisa,
todos os participantes que colaboraram com o fornecimento de informações e percepções
através de questionários foram advertidos que suas respostas iriam compor os resultados
para posterior análise e inserção nesta dissertação cujo objetivo é avaliar a relação ensino e
mercado de trabalho na área do design. As instituições de ensino foram comunicadas e tal
procedimento foi aprovado pela secretaria responsável ou pelo coordenador do curso em
questão. Todos os que participaram, o fizeram espontaneamente e sabiam que não havia
objeto de contrapartida, sendo a participação voluntária e não remunerada. O consentimento
se concretizou através da entrega do questionário respondido, sendo pessoalmente ou
através de e-mail.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
36
5.4.2 Professores
No questionário formulado para obter respostas de professores, a preocupação
principal é que dissessem como preparam os alunos para atuação profissional e de que
forma procuram suprir as necessidades do setor produtivo através de suas pesquisas e
ensino em disciplinas.
As primeiras perguntas que serviram para delimitação de perfil foram: Nome da
Instituição, idade e gênero.
“Há quantos anos leciona?”, “Quantos anos já atuou profissionalmente com
atividades relacionadas ao design?” e “Cite algumas de suas produções técnicas” mostram
a experiência acadêmica e profissional do docente.
“Qual(is) disciplinas são lecionadas por você?”, “Para elas há necessidade de
experiência prática como profissional de designer? Por quê?”, “De que forma ocorre a
aproximação com o mercado de trabalho?” mostram de que forma suas disciplinas
apresentam foco no mercado de trabalho e preparam os alunos para a atuação nele.
“Pensando na formação do profissional e sua atuação em empresas: Quais são os
pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? Em sua opinião, o
que é preciso fazer para melhorar?” visam identificar os pontos fortes e os pontos que
podem sofrer melhorias.
5.4.3 Alunos
Aos alunos foram direcionadas as perguntas: nome da instituição, idade, gênero,
curso, habilitação, termo. O termo que está cursando indica as diferentes percepções e
perspectivas, pois estão em estágios diferentes do conhecimento e uns já se aproximam da
profissionalização.
As áreas administrativas e de coordenação dos cursos enviaram a todos os alunos o
questionário através de e-mail. Era esperado um alto índice de participação. Porém foi
baixo, havendo a necessidade de visitar as salas e aplicar o questionário no momento das
aulas.
“Já realiza estágio ou trabalha na área?” - aqui trabalhamos com a percepção e
expectativa ou já com a análise em campo de atuação. ”Pensando na relação Instituição e
Mercado de Trabalho, atribua notas de 0 a 10: Grade curricular; Conteúdo das disciplinas;
Conhecimento dos professores; Experiência prática dos professores”. Essa atribuição de
notas mostra exatamente os possíveis pontos de satisfação na relação.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
37
“Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido
por esta instituição?” e “Pensando em futuro profissional, o que falta na faculdade?” são
perguntas abertas que mostram direções e necessidades apontadas pelos alunos.
“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não
conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.
5.4.4 Alunos da pós-graduação
Os alunos da pós-graduação atuantes contribuíram no sentido de já relatar como
funcionou, em seu ambiente de trabalho e atividades, o ensino que receberam e, de certa
forma, já confirmando a eficácia deste para aplicação prática. Em relação à empresa,
responderam ”Quais são as competências exigidas pelo mercado de trabalho?” e “O que é
aprendido na instituição e não é utilizado?”.
Em relação à instituição, revelaram sua percepção sobre os seguintes aspectos:
“Seus professores transmitiram experiência profissional? O que faltou aprender? Quais são
os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição? O que é preciso
fazer para melhorar?”
O aprendizado é um processo contínuo e, para identificar como é feita a manutenção
dele, foi feita a pergunta: “Como você se atualiza? Sites. Revistas. Cursos. Outros. Quais?”
“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não
conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.
5.5
Resultados
Aqui neste subitem os resultados serão apresentados e no capítulo seguinte ocorrerá
a discussão sobre eles e de outros aspectos envolvidos.
Os primeiros questionários enviados foram através de e-mail. A seção de Graduação
da Unesp e a Coordenação do curso do Iesb enviaram para seus alunos e professores.
Foi estabelecido o prazo de uma semana para envio das respostas, porém o
resultado de retorno não foi satisfatório. No total, foram enviadas respostas somente de seis
questionários, sendo quatro de professores e dois de alunos.
Considerando a grande quantidade de e-mails recebidos nos dias atuais, podendo
haver descarte de diversos deles e também o acúmulo de atividades existentes no final de
todo ano letivo (época em que os questionários foram enviados), as pessoas têm pouco
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
38
tempo disponível para atividades extras. Então foi tomada a decisão de aplicar o
questionário novamente, em forma física, sendo impresso e distribuído nas salas de aula.
Oitenta questionários foram respondidos, sendo quarenta alunos de cada instituição.
Tal quantidade proporcionou dados suficientes para realização de análise e interpretação.
5.5.1 Alunos de Design
Gráfico 5 - Avaliação feita por alunos de cursos de Design de Bauru
Dentre a amostra de 80 alunos de Design de duas instituições de ensino, 59%
consideraram bom o ensino; 28% dos alunos entendem como regular; 12% cedem o critério
máximo de qualidade, declarando que o ensino é ótimo; apenas um valor próximo de 1%
avaliou como sendo péssimo; nenhum dos estudantes considerou o ensino ruim.
Gráfico 6 - Média das notas atribuídas pelos alunos a sua instituição
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
39
O item que tem a melhor nota atribuída pelos alunos é o conhecimento dos
professores. Este critério recebeu a nota média de 8,3; a experiência prática é a segunda
opção mais bem avaliada, com nota de 8,1; a grade curricular com nota de 7,9 ocupa a
terceira posição na classificação de melhores notas; com 7,5 de nota ficou o item conteúdo
das disciplinas.
Gráfico 7 - Percentual de alunos que realizam estágio
A maior parte dos alunos não realiza estágio. Foi o que apontou a pesquisa, com
66% dos alunos dizendo que ainda não tiveram contato de forma atuante com o mercado de
trabalho; 34% dos estudantes estão estagiando.
Gráfico 8 - Pontos fortes do ensino que foram assinalados por alunos de design
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
40
A maior incidência de relato espontâneo sobre qual era o ponto forte indicou com
52% que são os professores; as disciplinas e conteúdo foram o segundo ponto forte mais
assinalado; o curso possuir 2 habilitações (somente ocorre na Instituição B).
Gráfico 9 - Pontos fracos do ensino que foram assinalados por alunos de design
O ponto fraco mais citado pelos alunos foi relacionado a softwares (42%); os
professores também ficaram na lista dos pontos fracos, sendo relatado por 26% dos alunos;
a estrutura ficou com 25% de apontamentos.
Agora estão tratados separadamente os resultados apresentados pelos questionários
respondidos pelos alunos do curso de design da Instituição A.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
41
5.5.1.1 Alunos de Design da Instituição A
Os alunos de Design da Instituição A informaram nas primeiras questões dados para
identificação do perfil dos graduandos. As informações foram idade, gênero, habilitação,
termo e se realizam estágio.
Quadro 4 - Perfil dos alunos da Instituição A
ALUNO GÊNERO
HABILITAÇÃO
1 IDADE 27
F
PRODUTO
2 19
M
3 19 4 TERMO
REALIZA ESTÁGIO 10
NÃO
‐
4
NÃO
M
GRÁFICO
4
NÃO
19 F
GRÁFICO
4
NÃO
5 22 M
GRÁFICO
4
NÃO
6 21 M
GRÁFICO
4
NÃO
7 19 F
GRÁFICO
4
SIM
8 22 M
GRÁFICO
4
SIM
9 26 M
GRÁFICO
4
NÃO
10 22 F
GRÁFICO
4
SIM
11 19 M
GRÁFICO
4
NÃO
12 19 F
GRÁFICO
4
NÃO
13 20 M
GRÁFICO
4
NÃO
14 20 F
GRÁFICO
4
SIM
15 19 F
GRÁFICO
4
NÃO
16 19 M
‐
4
NÃO
17 20 M
PRODUTO
6
NÃO
18 23 M
PRODUTO
6
NÃO
19 20 M
PRODUTO
6
NÃO
20 21 M
PRODUTO
6
SIM
21 22 F
PRODUTO
6
NÃO
22 20 M
‐
2
SIM
23 18 M
‐
2
NÃO
24 23 M
GRÁFICO
2
NÃO
25 20 F
‐
2
NÃO
26 23 M
PRODUTO
2
NÃO
27 19 M
PRODUTO
2
NÃO
28 19 F
‐
2
NÃO
29 20 F
GRÁFICO
2
NÃO
30 19 F
‐
31 20 F
‐
2
NÃO
32 20 M
‐
2
SIM
33 19 F
‐
2
NÃO
34 22 M
‐
2
NÃO
‐
‐
35 ‐ ‐
SIM
‐
NÃO
36 20 F
PRODUTO
6
SIM
37 21 F
PRODUTO
6
SIM
38 30 M
GRÁFICO
8
NÃO
39 20 F
PRODUTO
6
SIM
40 25 M
PRODUTO
2
NÃO
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
42
Gráfico 10 - Instituição A – Percentual de alunos que já realizam estágio
Realizam estágio 27% dos alunos que responderam ao questionário; 73% dos
estudantes até o momento não tiveram contato com o mercado de trabalho.
Os graduandos tiveram cinco critérios de níveis de qualidade para estabelecer ao
ensino de design oferecido por sua instituição. Foram eles: ótimo, bom, regular, ruim e
péssimo. Essa avaliação foi global, abrangendo diversos aspectos. Porém também
atribuíram notas de 0 a 10, isoladamente, para quatro itens: “grade curricular”, “conteúdo
das disciplinas”, “conhecimento dos professores” e “experiência prática dos professores”.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
43
Quadro 5 - Avaliação do curso de graduação em Design da Instituição A
PENSANDO NA ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É: GRADE 1 BOM 8 CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS 7
2 PÉSSIMO
3 2
5
3 3 REGULAR
8 8
10
10 4 REGULAR
6 6
8
7 5 BOM 8 7
9
8 6 BOM 10 8
9
8 7 BOM 9 8
10
8 8 REGULAR
7 5
5
6 9 BOM 9 8
8
8 10 BOM 8 8
6
5 11 BOM 7 8
5
5 12 REGULAR
9 8
8
9 13 REGULAR
8 7
9
10 14 BOM 8 7
7
7 15 BOM 8 7
8
8 16 ÓTIMO 8 10
10
9 17 REGULAR
6 7
9
9 18 REGULAR
7 6
8
8 19 BOM 7 6
9
8 20 BOM 8 7
9
8 21 BOM 8 8
8
7 22 BOM 8 8
8
5 23 BOM 9 9
10
10 24 BOM 8 7
7
6 25 BOM 7 7
7
8 26 BOM 8 8
7
7 27 BOM 7 8
9
8 28 BOM 8 5
10
9 29 REGULAR
5 3
10
10 30 REGULAR
‐ ‐
‐
‐ 31 ÓTIMO 10 9
9
10 32 REGULAR
7 7
5
8 33 REGULAR
7 7
10
10 34 BOM 9 6
7
8 35 REGULAR
7 6
8
8 36 REGULAR
7 8
7
5 37 REGULAR
6 4
5
6 38 REGULAR
7 4
6
5 39 REGULAR
5 2
10
9 40 BOM 8 7
9
9 MÉDIA 7,5 6,7
8,0
7,7 ALUNOS ATRIBUA NOTA DE 0 A10
CONHECIMENTO DOS PROFESSORES 9
EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 10 Foi solicitado que os alunos avaliassem o ensino recebido considerando aspectos
relativos à sua futura atuação como profissional de design. A pergunta feita foi: “Pensando
em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino que recebe em seu
curso de graduação?”.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
44
Gráfico 11 - Instituição A – Avaliação do curso
Avaliaram o curso como “bom”, 52% dos alunos entrevistados; 40% consideram
“regular”; 5% relatam que o curso é “ótimo” e uma pequena parcela, correspondente a 3%,
diz que o curso é “péssimo”; nenhum dos alunos apontou como ruim o ensino oferecido.
Gráfico 12 - Instituição A – Notas atribuídas pelos alunos
O conhecimento dos professores ganhou destaque nas notas atribuídas pelos alunos
com a pontuação de 8 em uma escala de 0 a 10; a “experiência prática dos professores” foi
avaliada com nota de 7,7; a média da “grade curricular” foi de 7,5; o “conteúdo das
disciplinas” recebeu 6,7 na avaliação dos alunos.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
45
Quadro 6 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição A
ALUNO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 1 OS PONTOS FORTES SÃO O DIÁLOGO E DEBATE CONSTANTE COMO FORMA DE CRIAR A CONSCIÊNCIA CRÍTICA DENTRO DA PROFISSÃO, E DO QUE SE BUSCA COMO QUALIDADE PROFISSIONAL, E O PONTO FRACO É A FALTA DE SUBSÍDIOS POR PARTE DA INSTITUIÇÃO EM OFERECER CURSOS EXTRA‐CURRICULARES DE SOFTWARES ESPECÍFICOS, QUE SÃO MUITO COBRADOS NO MERCADO DE TRABALHO. 2 O CURSO É TÃO COXA QUE A GNT TEM QUE SE VIRAR PORÁ APRENDER TUDO SOZINHO, O QUE ACABA SENDO MELHOR DO QUE RECEBHER TUDO PASSIVAMENTE. FAZER QUASE TUDO POR CONTA PRÓPRIA RESULTA EM TRABALHOS SEM ORIENTAÇÃO, UM TRABALHO MAL DIRECIONADO, SEM BASE TEÓRICA CONSISTENTE. PROFESSORES. 3 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA 4 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA 5 PROFESSORES / PESQUISA INFRA ESTRUTURA / ALGUNS PROFESSORES QUE NÃO FOCAM A HABILITAÇÃO/ AULAS VAGAS 6 PROFESSORES PROFESSORES 7 PROFESSORES / PESQUISA / PALESTRAS / EVENTOS PROFESSORES ‐ QUE ACABAM ADOTANDO O MÉTODO DE AULAS DE UMA PÓS GRADUAÇÃO E NÃO DE GRADUAÇÃO 8 PESQUISA / PROJETOS ACADÊMICOS / PROFESSORES INFRA ESTRUTURA / GRADE CURRICULAR DIVIDIDA ENTRE PRODUTO E GRÁFICO / PROFESSORES PROFESSORES 9 PROFESSORES 10 INCENTIVO A PESQUISA / TRABALHOS PRÁTICOS E APLICADOS INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / FALTA DE DIDÁTICA DOS PROFESSORES 11 ENSINO TEÓRICO NÃO ABORDAGEM DO TERMO DESIGN / PREPARAÇÃO PARA MUDANÇAS. PROFESSORES. 12 PROFESSORES INDUZEM A PROCURA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS PROFESSORES SEM EXPERIÊNCIA EM DETERMINADAS DISCIPLINAS 13 DIVERSIDADE DE MATÉRIAS OFERECIDAS PROFESSORES COM FALTA DE COMPROMETIMENTO / FALTA DE DEMONSTRAÇÃO DO DESIGN ATUAL 14 PROFESSORES / PESQUISA PROFESSORES / INFRA ESTRUTURA 15 PROFESSORES DIDÁTICA. PROFESSORES. 16 O ALTO NÍVEL DOS INGRESSANTES / A INTERAÇÃO ENTRE VETERANOS / PROFESSORES FALTA DE RECURSOS TÉCNICOS E INTELECTUAIS / POUCA VERBA PARA PESQUISA 17 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA / PROFESSORES 18 PROFESSORES PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 19 ‐ ‐ 20 VIVÊNCIAS / PRÁTICAS / TROCA DE CONHECIMENTO FALTA EQUIPAMENTO / SOFTWARES 21 PROFESSORES PROFESSORES / NÃO PREPARADOS PARA MATÉRIAS ESPECÍFICAS, ALGUNS PROFESSORES NÃO TÃO DIDÁTICOS (MAIS PESQUISADORES) 22 O ENSINO ‐ PENSAR O "DESIGN" ESTRUTURA / PROFESSORES COM FALTA DE PRÁTICA 23 PROFESSORES QUALIFICADOS INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES 24 PROFESSORES PROFESSORES 25 PROFESSORES ESTRUTURA / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO DIDÁTICO 26 PROFESSORES RECURSOS COMPUTACIONAIS 27 PROFESSORES FALTA DE UNIFICAÇÃO ENTRE AS MATÉRIAS 28 PESQUISA MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / EXERCÍCIOS COMPUTACIONAIS 29 ‐ PROFESSORES EXIGEM DO ALUNO CONHECIMENTO DE RECURSOS COMPUTACIONAIS, SENDO QUE ISSO NÃO FOI PASSADO NA FACULDADE. PROFESSORES INDICAM QUE OS ALUNOS PROCUREM SOFTWARE GRÁFICO FORA DA FACULDADE. 30 GRADE CURRICULAR E PROFESSORES PROFESSORES 31 PROFESSORES ESTRUTURA / FALTA DE MATERIAIS 32 PROFESSORES / OFICINA BEM EQUIPADA PROFESSORES 33 TEORIA PRÁTICA 34 PROFESSORES / DIVERSIDADE DE ENSINO FALTA DE TECNOLOGIA E PROGRAMAÇÃO 35 PROFESSORES PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 36 VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS / OFICINAS PRATICAS INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES / EQUIPAMENTOS FOTO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO / COMODISMO DE ALGUNS PROFESSORES 37 POTENCIAL DOS ALUNOS / PESSOAS COM BOAS IDÉIAS PROFESSORES COM FALTA DE INTERESSE EM PASSAR ATIVIDADES ESTIMULANTES 38 PROFESSORES / REFORMULAÇÃO DO CURRÍCULO / TROCA DE CONHECIMENTO ENTRE OS ALUNOS DISTÂNCIA ENTRE AS DISCIPLINAS E A REALIDADE DO MERCADO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO OU SEM DIDÁTICA / FALTA DE RECURSOS TECNOLÓGICOS 39 ALUNOS QUE CORREM ATRÁS DAS COISAS ESTRUTURA / LABORATÓRIOS (VIDRO, CERÂMICA) / DESORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO QUANTO AS NOVAS GRADES CURRICULARES / CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS / FALTA DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FACULDADE / ACERVO PEQUENO NA BIBLIOTECA 40 PROFESSORES / LABORATÓRIOS GRADE PODERIA SER MAIS AMPLA O ensino e o mercado de trabalho na área de design
46
Pensando no relacionamento do ensino oferecido pela instituição com o mercado de
trabalho, os alunos expuseram os pontos fortes e fracos que impactam diretamente nesta
situação.
Gráfico 13 - Instituição A – Pontos Fortes apontados pelos alunos
O ponto forte mais citado pelos alunos são seus professores, sendo que 62,5% dos
alunos mencionaram espontaneamente este item; 25% dos alunos consideram também um
ponto forte do ensino as disciplinas e conteúdo; 15% também elegem a pesquisa e os
próprios alunos como aspectos positivos do curso; 7,5% apontam os laboratórios para
compor a lista de pontos fortes do ensino.
Gráfico 14 - Instituição A – Pontos fracos apontados pelos alunos
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
47
62,5% dos alunos entrevistados também apontaram os professores como ponto
fraco;
a estrutura foi considerada ponto fraco por 25% dos alunos; 15% dizem que
“software” também é algo a ser melhorado na instituição.
Quadro 7 - O que falta na faculdade – Instituição A
ALUNO O QUE FALTA NA FACULDADE?
1 O SUBSÍDIO DE CURSOS EXTRA‐CURRICULARES (EM FORMA DE DESCONTO OU CONVÊNIO COM ESCOLAS) COMO COMPLEMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO. 2 VISAO DE PRESENTE. VISAO DE FUTURO. AULAS DE INTRODUCAO AO DESIGN.O PROFESSOR FOI AFASTADO .
3 INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / SALAS DE AULA / GRADE CURRICULAR MAIS AMPLA 4 INFRA ESTRUTURA
5 INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / MATERIAL PARA TRABALHAR A TEORIA 6 MAIS APLICAÇÃO PRÁTICA
7 MAIOR INTERAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO DAS AULAS E O MERCADO DE TRABALHO 8 PREPARAÇÃO DO ALUNO PARA O MERCADO
9 AULAS MAIS PRÁTICAS / OFICINAS PARA O DESIGN GRÁFICO 10 LABORATÓRIOS / MAIOR CONTATO COM O MERCADO DE TRABALHO 11 PREPARAÇÃO O FUTURO E PARA AS MUDANÇAS
12 ENFASE EM SOFTWARES
13 14 INFRA ESTRUTURA COMPUTADORES
15 PROFESSORES MAIS INTERESSADOS NO APRENDIZADO / EQUIPAMENTOS MELHORES / SOFTWARES 16 NÃO FALTA NADA ATÉ O MOMENTO
17 INFRA ESTRUTURA / SOFTWARE E AULAS DE SOFTWARES / INCENTIVO ADEQUADO E APROPRIADO PARA CONCURSOS DE DESIGN
18 VISÃO MAIS PRÁTICA, SAINDO DO ESPAÇO "SALA DE AULA" 19 ‐
20 INFRA ESTRUTURA/ EQUIPAMENTO NOS LABORATÓRIOS 21 ESTRUTURA / PROFESSORES
22 ‐
23 TECNOLOGIA
24 ALGUMAS AULAS PRECISAM SER MELHOR
25 ESTRUTURA / FALTA DE APOIO PARA ESTÁGIO
26 SOFTWARES
27 AULAS DE TÉCNICAS DE SOFTWARES
28 ESTRUTURA / CONTEÚDO MAIS OBJETIVO / PROFESSORES E MATÉRIAS QUE MOSTREM AS VÁRIAS OPÇÕES QUE UM DESIGNER PODE FAZER 29 PROFESSORES DEVIAM ENSINAR O CONTEÚDO DE SOFTWARE GRÁFICO JÁ QUE EXIGEM. OU ENTÃO AVISAR QUE SERIA EXIGIDO TAL CONHECIMENTO (PRÉ REQUISITO PARA INGRESSAR NO CURSO). 30 AULAS DE SEMIÓTICA DECENTE
31 MAIOR OPORTUNIDADE DE ESTÁGIOS
32 MELHOR ORGANIZAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES 33 MAIOR AUXÍLIO EM BASE PRÁTICA COMO COMPUTAÇÃO E CONHECIMENTO DE MERCADO DE TRABALHO
34 ESTRUTURA QUE AS PARTICULARES TEM
35 ACHO QUE POR OS PROFESSORES NÃO CORREREM O RISCO DE SEREM DEMITIDOS, "CARGO ETERNO", ALGUNS DELES DÃO AULA QUE NEM O NARIZ DELES. 36 MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / POSSIBILIDADE DE MONTAR O PRÓPRIO CURRÍCULO / ENSINO DE SOFTWARE / INTERAÇÃO COM OUTROS CURSOS / LIVROS E BIBLIOGRAFIA ATUALIZADOS 37 AULAS DIRECIONADAS A DEMANDA DE MERCADO / ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO QUE AS EMPRESAS PRECISAM / SOFTWARES / "COMO GANHAR DINHEIRO COM BOAS IDÉIAS 38 LABORATÓRIOS / BUREAU DE SERVIÇOS / RECURSOS AUDIO VISUAIS / EXPERIMENTAÇÕES / PROJETOS SOCIAIS, CONTRIBUINDO PARA SOCIEDADE LOCAL 39 MAIOR INTERAÇÃO ENTRE OS CURSOS
40 NADA
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
48
A tabela localizada na página anterior apresenta a visão dos alunos sobre o que
entendem que falta na instituição, apontando lacunas e pensando em seu futuro profissional
e relacionamento com o mercado de trabalho.
5.5.1.2 Alunos de Design da Instituição B
O questionário respondido por 40 alunos da Instituição B gerou os seguintes
resultados, sendo que os primeiros compreendem o perfil do aluno entrevistado,
identificando idade, gênero, habilitação do curso, termo e se realiza estágio.
Quadro 8 - Perfil dos alunos da Instituição B
ALUNO IDADE GÊNERO HABILITAÇÃO TERMO REALIZA ESTÁGIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 21
18
18 18 23 20 18 29 19 23 21 19 18 20 23 18 25 24 40 21 20 22 21 21 20 20 21 22 19 25 19 27 30 26 20 23 21 22 21 24 F F F F M M M F M M M M M F M M M F M F M M F F M M F F M M F M M F F F M F F M ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 2 2 2 2 2 2 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 6 6 6 6 8 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 1 NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM O ensino e o mercado de trabalho na área de design
49
Os dados informados e dispostos em tabelas geraram gráficos que permitem a
observação de predominâncias e exceções. A instituição B não trabalha com habilitações
distintas, sendo tratado o Design no geral, em diferentes atuações.
Gráfico 15 - Instituição B – Percentual de alunos que realizam estágio
Em relação ao percentual de alunos que realizam estágio, temos 41% dos
entrevistados que já estão inseridos no mercado de trabalho; 59% dos estudantes até o
momento não tiveram atuação no ambiente profissional.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
50
Quadro 9 - Avaliação do curso de graduação da Instituição B
ALUNO PENSANDO NA ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É: ATRIBUA NOTA DE 0 A10
GRADE
CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 1 REGULAR 8 8
8
8 2 ÓTIMO 8 8
9
9 3 BOM
9 9
9
9 4 BOM
7 9
10
8 5 BOM
10 10
10
10 6 BOM
9 9
9
9 7 BOM
8 9
10
9 8 REGULAR 7 8
8
9 9 BOM
8 9
10
9 10 BOM
8 8
8
8 11 ÓTIMO 7 7
9
9 12 BOM
8 8
8
8 13 ÓTIMO 10 10
10
10 14 ÓTIMO 10 8
9
9 15 BOM
8 9
10
10 16 BOM
8 8
9
9 17 BOM
8 8
7
6 18 BOM
9 8
10
9 19 ÓTIMO 9 9
10
10 20 BOM
9 9
10
9 21 BOM
9 8
8
8 22 BOM
7 7
9
8 23 ÓTIMO 9 9
8
8 24 BOM
8 8
8
8 25 BOM
9 9
8
8 26 BOM
9 9
8
9 27 BOM
10 8
9
8 28 ÓTIMO 8 10
10
10 29 BOM
7 7
8
8 30 BOM
8 9
10
8 31 BOM
9 10
10
8 32 REGULAR 6 6
6
6 33 BOM
8 8
7
5 34 REGULAR 7 7
7
6 35 REGULAR 9 8
8
7 36 REGULAR 7 7
6
7 37 BOM
7 7
8
9 38 BOM
9 8
8
10 39 BOM
8 8
8
10 40 ÓTIMO 9 10
8
10 MÉDIA 8,3 8,4
8,6
8,5 Os alunos do curso de Design da Instituição B atribuíram conceitos de “ótimo” a
“péssimo” ao ensino oferecido pela instituição. Deram notas de zero a dez a tópicos
específicos que constituem o ensino de design, o que permitiu a obtenção da média de cada
um desses itens.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
51
Gráfico 16 - Instituição B – Avaliação do curso
A maior parte dos estudantes, 65% deles, avalia como “bom” o curso de design
oferecido pela Instituição B; 20% dos alunos entrevistados consideram “ótimo”; avaliam
como “regular” o curso, 15% dos alunos.
Gráfico 17 - Instituição B – Notas atribuídas pelos alunos
A maior nota atribuída aos alunos foi ao conhecimento dos professores. A nota foi de
8,6 em uma escala de 0 a 10; a experiência prática dos professores recebeu a segunda
maior média, com 8,4, na avaliação dos estudantes; a grade curricular e o conteúdo das
disciplinas ficaram com a média de 8,3 cada um dos itens.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
52
Quadro 10 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição B
ALUNO
PONTOS FORTES
PONTOS FRACOS
1
-
FALTA DE INCENTIVO DOS PROFESSORES AOS ALUNOS
2
PROFESSORES / CONTEÚDO
COMPUTADORES VELHOS / SALA DE DESENHO SEM AR CONDICIONADO
3
PROFESSORES
INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO
4
MUITOS TRABALHOS E MATÉRIAS
COMPUTADORES PÉSSIMOS / TRABALHOS SEM MUITA EXPLICAÇÃO
5
PROFESSORES E FORMA QUE LECIONAM AS AULAS
FALTA DE INTERESSE DOS ALUNOS
6
PROFESSORES
INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO
7
PROFESSORES
FALTA DE ESTRUTURA / COMPUTADORES
8
PONTO FORTE É QUE AQUI PODEMOS ATUAR EM QUALQUER
ÁREA, PV OU PP
ESTRUTURA / COMPUTADORES
ESTRUTRA / MATERIAIS / COMPUTADORES
9
PROFESSORES / ENSINO DE QUALIDADE
10
PROFESSORES
COMPUTADORES
11
PROFESSORES / RECURSOS
SALA SEM CLIMATIZAÇÃO / COMPUTADORES PRECÁRIOS
12
PROFESSORES
LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA / INSTALAÇÕES DISTANTES
13
PROFESSORES / METODOLOGIA DE ENSINO / GRADE CURRICULAR
ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / OFICINAS / SALA DE AULA
14
CONTEÚDO / MATERIAIS
MAIS PRÁTICAS EM PROGRAMAS DE DESIGN
15
PROFESSORES
POUCAS AULAS PRÁTICAS / POUCO APROFUNDAMENTO EM QUESTÃO AOS
SOFTWARES
16
PROFESSORES
DEVERIA SER MAIS PUXADO / MOSTRAR MAIS LIÇÕES IMPORTANTES DA
ATUALIDADE
17
AULAS PRÁTICAS
AINDA FALTA INFRA ESTRUTURA EM ALGUNS PONTOS
18
APRENDEMOS TANTO PROGRAMAÇÃO VISUAL COMO PROJETO DE
PRODUTO
O CURSO NÃO É UM DOS MAIS VALORIZADOS NA INSTITUIÇÃO. PERCEBE-SE
FACILMENTE AO VER O LOGO, PAPELARIA E PROPAGANDAS DA INSTITUIÇÃO
19
PROFESSORES / AMBIENTE MUITO AGRADÁVEL PARA O ENSINO
APRENDIZAGEM
LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA COM MÁQUINAS ANTIGAS E PROGRAMAS
COM VERSÕES ULTRAPASSADAS.
20
TRABALHAMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL E PROJETO DE PRODUTO
FALTA DE APOIO DA FACULDADE
21
TRABALHOS / EXCURSÕES
SINALIZAÇÃO INTERNA
22
PROFESSORES / OFICINAS / VALOR DA MENSALIDADE ACESSÍVEL
INFRA ESTRUTURA / BIBLIOTECA / VISÃO MUITO MERCADOLÓGICA E POUCO
ARTÍSTICA
23
PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS
INFRA ESTRUTURA DO PRÉDIO / ALGUMAS POUCAS DISCIPLINAS COM
POUCO CONTEÚDO ÚTIL
24
PROFESSORES / ENSINO MUITO BOM
FALTA UM POUCO DE PESQUISAS NOVAS E CONCEITOS ATUAIS DE ALGUNS
25
BASTANTE TRABALHOS PRÁTICOS
FALTA DE CONTATO COM O MERCADO
26
PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS
POUCO APROFUNDAMENTO EM ALGUMAS ÁREAS
27
APLICAÇÃO DE PROJETOS / TRABALHOS VOLTADOS PARA O
MERCADO / PRATICIDADE DAS INFORMAÇÕES / PROFESSORES
ESTRUTURA
28
-
OSCILA MUITO COM RELAÇÃO A GRADE
29
SÃO ENSINADAS TODAS AS ÁREAS DE DESIGN
MATÉRIAS IMPORTANTES SÃO PASSADAS NUM TEMPO CURTO
30
PROFESSORES / PESQUISA
ESTRUTURA / BIBLIOTECA TER MAIS LIVROS
31
PROFESSORES / SUPORTE DURANTE TRABALHOS / MATERIAL
COMPLETO
GRADE CURRICULAR CONFUSA / FALTAM INCENTIVO E RECONHECIMENTO
DA ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE
32
DIVERSIDADE DO CONTEÚDO / HABILITAÇÃO EM PRODUTO E
GRÁFICO
DISTANCIAMENTO DA TEORIA APLICADA NA AULA AOS CONHECIMENTOS
EXIGIDOS NO MERCADO
33
CIENTIFICISMO / CONCEITO
DESIGN NO MUNDO REAL, PRÁTICO
34
GRÁFICO E PRODUTO / PROFESSORES
FALTA DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NA OFICINA
35
-
-
36
-
-
37
PROFESSORES
38
2 HABILITAÇÕES
EQUIPAMENTOS / NÃO APROVEITAMENTO DO PESSOAL DO CURSO PARA
ELABORAR DO SITE, FOLDER, LOGO ETC.
A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA
39
2 HABILITAÇÕES
A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA
40
LOCALIZAÇÃO,FACIL ACESSO, ÓTIMOS PROFESORES E ENSINO
FALTA DE INTERAÇÃO COM A ÁREA, EQUIPAMENTOS E ESTACIONAMENTO
Os pontos fortes e fracos do ensino relacionados ao mercado de trabalho foram
mencionados pelos graduandos conforme suas percepções.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
53
Gráfico 18 - Instituição B – Pontos fortes
O ponto forte mais apontado pelos alunos foi “professores”, sendo referido
espontaneamente por 56% dos alunos; o segundo ponto forte mais citado foi “conteúdo e
disciplinas”, por 23% dos entrevistados; o curso possuir duas habilitações, foi citado por
21% dos estudantes; 5% consideram também os laboratórios.
Gráfico 19 - Instituição B – Pontos fracos
A predominância dentre os pontos fracos apontados pelos alunos foi da “atualização
de computadores e softwares” com 56% de assentimento dos entrevistados; o
“relacionamento instituição e aluno” foi citado por 21% dos graduandos.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
54
Quadro 11 - O que falta na faculdade – Instituição B
ALUNO O QUE FALTA NA FACULDADE? 1 MATÉRIAS OPTATIVAS EM HORÁRIOS MAIS DIVERSIFICADOS / COMPUTADORES COM PROGRAMAS MAIS ATUALIZADOS / EXIGIR MAIS CAPRICHO DE ALGUNS ALUNOS PERANTE SEUS TRABALHOS 2 NADA 3 COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 4 APROFUNDAR MAIS O CONHECIMENTO COM OS COMPUTADORES (COREL, PHOTOSHOP) 5 CARTEIRAS MACIAS / AR CONDICIONADO EM TODAS AS SALAS 6 COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 7 OPORTUNIDADE 8 MELHORIA DOS SOFTWARES E COMPUTADORES 9 COMPUTADORES DE MELHOR QUALIDADE / MELHORES CARTEIRAS 10 MELHORES MATERIAIS OFERECIDOS 11 CURSO DE DESIGN DE AUTOMÓVEIS 12 FALTAM COMPUTADORES BONS QUE SUPORTEM O PROGRAMA USADO NAS AULAS. 13 MAIOR INVESTIMENTO NA INFRA ESTRUTURA DO IESB 14 AJUDA PARA ESTÁGIO 15 SE APROFUNDAR UM POUCO MAIS NA ÁREA DE DESENHO TÉCNICO, E TAMBÉM NA ÁREA DE PROJETO DE PRODUTO 16 COMPUTADORES BONS E ATUALIZADOS EM TODAS AS SALAS 17 FALTA UM POUCO DE INTERAÇÃO COM EMPRESAS PARA ESTÁGIO 18 MELHOR INFRA ESTRUTURA / MAIOR NÚMERO DE MAQUINÁRIO NA OFICINA / MAIOR NÚMERO DE COMPUTADORES ADEQUADOS E COM SOFTWARES PARA DESIGN 19 20 MAIOR CLAREZA EM RELAÇÃO AO ESTÁGIO E SUA IMPORTÂNCIA / VISITAS A EMPRESAS DE DESIGN PARA OBSERVAR A REALIDADE DO MERCADO MAIS ESPAÇO PARA CRIAR / REPRODUZIR / POR EM PRÁTICA / EXPOR NOSSOS TRABALHOS, IDÉIAS, QUEBRAR PARADIGMAS / DEIXAR QUE APLIQUEMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL NOS CALENDÁRIOS, SITES, LOGO E MATERIAIS DA FACULDADE QUE SÃO DE MAU GOSTO E FEITO POR NÃO PROFISSIONAIS 21 LIVROS NA BIBLIOTECA 22 INFRA ESTRUTURA POR EX SALA DE AULA, TURMA DE DIREITO TEM SALAS COM CADEIRAS MAIS CONFORTÁVEIS 23 CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO 24 MAIS PALESTRAS / CURSOS DE FINAL DE SEMANA PARA APERFEIÇOAR EM ALGUMA ÁREA ESPECÍFICA 25 DEPENDENDO DA ÁREA FALTA CONHECIMENTO TÉCNICO 26 CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO, MESTRADO E ESPECIALIZAÇÃO 27 ESTRUTURA 28 A INSTITUIÇÃO DEVE TER UM PROGRAMA DE ESTÁGIO VOLTADO PARA OS ALUNOS QUE NÃO ATUAM NA ÁREA AINDA 29 FALTA UM POUCO MAIS DE PRÁTICA 30 INFRA ESTRUTURA 31 LIVROS / FERRAMENTAS DE TRABALHO NA OFICINA / PROGRAMAS ATUALIZADOS NOS LABORATÓRIOS 32 ATIVIDADES VOLTADAS A PREPARAÇÃO PROFISSIONAL / ATUALIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR VISANDO DISCIPLINAS QUE NOS APRESENTE AS ULTIMAS TECNOLOGIAS EM DESIGN 33 34 MAIS EMBASAMENTO NA REALIDADE DO MUNDO ALGUMAS MATERIAS DEVEM SER APLICADAS POR PROFESSORES QUE REALMENTE SAIBAM E TENHAM METODOLOGIA PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO AOS ALUNOS / PROFESSORES TAPA BURACO 35 MAIS AULAS PRÁTICAS 36 FALTAM AULAS PRÁTICAS, NINGUÉM MERECE FICAR RESUMINDO TEXTOS 37 FALTA DE INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO NO CURSO 38 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 39 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 40 MELHORAR A INSTALAÇÃO COM COMPUTADORES E EQUIPAMENTOS Diante das exigências do mercado, os alunos listaram o que falta no curso de design
de sua instituição para que haja um perfeito relacionamento entre as partes envolvidas.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
55
5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design
Os alunos do curso de pós-graduação em Design, níveis mestrado e doutorado,
participaram da pequisa avaliando o curso que frequentam atualmente, o curso de
graduação que completaram e também o mercado de trabalho.
Quadro 12 - Perfil dos discentes do Programa de Pós-graduação em Design
DISCENTE IDADE GÊNERO PÓS FORMAÇÃO ATUAÇÃO 1 26 FEMININO MESTRADO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DESIGNER GRÁFICO 2 25 FEMININO MESTRADO DOCENTE 3 44 FEMININO MESTRADO BACHAREL EM ESTILISMO EM MODA E ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL FISIOTERAPIA/ERGONOMIA 4 30 FEMININO DOUTORADO DOCENTE 5 31 MASCULINO MESTRADO ARQUITETURA E URBANISMO / MESTRADO EM DESENHO INDUSTRIAL / ESPECIALIZAÇÃOEM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DESENHO INDUSTRIAL DESIGNER GRÁFICO 6 29 MASCULINO MESTRADO DESIGNER GRÁFICO OUTRO 7 34 FEMININO DOUTORADO DESIGN GRÁFICO DOCENTE 8 24 FEMININO MESTRADO FISIOTERAPIA OUTRO 9 26 FEMININO MESTRADO MODA DOCENTE 10 31 FEMININO MESTRADO DESENHO INDUSTRIAL DESIGNER DE PRODUTO 11 FEMININO MESTRADO DESENHO INDUSTRIAL SEM RESPOSTA 12 50 FEMININO MESTRADO SUPERIOR COMPLETO COM ESPECIALIZAÇÃO DOCENTE OUTRO Nas primeiras questões, que serviram para mapear o perfil do entrevistado, os
discentes informaram idade, gênero, se realiza mestrado ou doutorado, formação e atuação
atual.
Gráfico 20 - formação dos discentes da pós-graduação em design
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
56
A grande parcela dos discentes do curso de pós-graduação possui graduação em
Design, correspondendo a 57% do total. A menor parcela, 43% dos discentes, possui outras
formações como fisioterapia, moda, arquitetura e sistemas de informação.
Quadro 13 - Avaliação do curso de pós-graduação
AVALIAÇÃO DO ENSINO GRADE CURRICULAR CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ PARA ATUAÇÃO COMO PROFESSOR ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ PARA PESQUISAS PONTOS FRACOS DISCENTE PONTOS FORTES 1 REGULAR 7 6 8 7 7 SEM RESPOSTA POUCAS BOLSAS DE PESQUISA, POUCOS PESQUISADORES NA ÁREA DE IHC 2 ÓTIMO 10 10 10 8 8 COMO PONTO FORTE VEJO A EXCELÊNCIA NO ENSINO E SABER DOS PROFESSORES, ASSIM COMO A CONSTANTE COBRANÇA EM PUBLICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES DE CONGRESSOS. EU NÃO VEJO PONTOS FRACOS NA INSTITUIÇÃO EM SI, MAS SIM NO PRÓPRIO INCENTIVO QUE VEM DO GOVERNO. CREIO QUE OS PROGRAMAS DE BOLSAS DEVERIAM DESTINAR MAIS BOLSAS PARA MESTRADOS NA ÁREA DE DESIGN. 3 BOM 9 9 10 8 8 SEM RESPOSTA POUCA ATIVIDADE PRÁTICA 4 ÓTIMO 10 10 10 10 10 A INSTITUIÇÃO ESTÁ PREPARADA PARA DESENVOLVER SEU PAPEL, E DE A\CORDO COM OS PROBLEMAS OU DEFICIENCIA QUE VÃO SURGINDO SE ADEQUA RAPIDAMENTE, ´FATO ESSE QUE É UM PONTO FORTE. NÃO VEJO PONTOS FRACOS SEM RESPOSTA 5 REGULAR 6 9 9 1 6 PRODUTIVIDADE, COMPROMETIMENTO COM PESQUISA, SERIEDADE AUSENCIA DE DISCIPLINAS VOLTADAS PARA DIDATICA. 6 REGULAR 5 6 9 4 7 FALTA DE DISCIPLINAS SOBRE ENSINO SUPERIOR 7 BOM 6 8 9 8 10 8 ÓTIMO 7 9 10 9 10 CORPO DOCENTE QUALIFICADO, TRADIÇÃO EM PESQUISA. INTERESSE DOS PROFESSORES EM MELHORAR O CURSO. QUALIDADE DOS PROFESSORES; ASSUNTOS ABORDADOS; TRABALHOS À SEREM REALIZADOS; ESTAGIOS DE DOCÊNCIA; INCENTIVO À PUBLICAÇÕES; DENTRE OUTROS. 9 BOM 8 8 9 7 8 COMO PONTO FORTE RESSALTO QUE ESTÃO SE ADAPTANDO A ESSA PROCURA, EXISTE UMA PREOCUPAÇÃO POR PARTE DO PROGRAMA PARA ACOLHER E QUALIFICAR OS PROFISSIONAIS DA MODA. EM SE TRATANDO DA ÁREA DE ESTUDO MODA, ACREDITO QUE A INSTITUIÇÃO AINDA TENHA POUCOS PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA ORIENTAR TRABALHOS, E POUCAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS, TENDO EM VISTA A GRANDE DEMANDA DE ESTUDANTES MESTRANDOS E DOUTORANDOS QUE PROCURAM A INSTITUIÇÃO. 10 BOM 7 8 8 0 0 CORPO DOCENTE FALTAM ATIVIDADES PRÁTICAS, MELHOR ESTRUTURA (ACESSO À INTERNET, LABORATÓRIOS, ...) 11 ÓTIMO 9 9 9 8 10 PRODUÇÃO ‐ OPORTUNIDADE DE ENCAMINHAR GRANDE NUMERO DE TRABALHOS FEITOS NAS DISCIPLINAS PARA PUBLICAÇÃO; ESTRUTURA FÍSICA; 12 ÓTIMO 9 9 10 9 10 SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA GRADE DAS DISCIPLINAS DEVERIA SER EXIGIDO MAIOR NÚMERO DE DISCIPLINAS E OFERTADAS DISCIPLINAS PRÁTICAS EM ERGONOMIA. As questões subsequentes permitiram respostas que trouxeram avaliação do curso
de pós-graduação sobre diferentes aspectos, já promovendo uma introdução da relação
entre os futuros mestres e doutores e suas responsabilidades para a formação de
profissionais de design. Para isso, foram listados os pontos fortes e pontos fracos, além de
itens como notas para a “grade curricular”, “conteúdo das disciplinas”, “conhecimento dos
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
57
professores”, “atividades práticas para atuação como professor” e “atividades práticas para
atuação como pesquisador”.
Gráfico 21 - Avaliação do curso de pós-graduação feita pelos alunos
Na avaliação do curso de pós-graduação, atribuíram notas a itens inerentes ao
programa, sendo eles: grade curricular; conteúdo das disciplinas; conhecimento dos
professores; atividades práticas para atuação como docente; atividades práticas para ação
como pesquisador.
Gráfico 22 - Alunos avaliam itens do curso de pós-graduação
A média obtida para o ítem “grade curricular” foi de 7,8; o “conteúdo das disciplinas”
teve como nota 8,3; a maior nota formada pela média das notas dos mestrandos e
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
58
doutorandos foi de 9,3 para o aspecto “conhecimento dos professores”; a menor média
apresentada foi a para “atividades práticas para atuação como professor”, com nota de 6,3;
“atividades práticas para pesquisas” recebeu nota de 7,7.
SUAS DISCIPLINAS EXIGEM E EXPERIÊNCIA PRATICA COMO DESIGNER? HÁ QTOS ANOS LECIONA? ATUA COMO PROFESSOR? IMPORTANTE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL? DISCENTE Quadro 14 - Avaliação do ensino oferecido pelo próprio discente
POR QUÊ? PONTOS FORTES DAS AULAS DOS DISCENTES PONTOS FRACOS DAS AULAS DOS DISCENTES 1 SIM NÃO 0 NÃO LECIONO. NÃO LECIONO. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA 2 SIM, É IMPORTANTE, PORÉM NADA IMPEDE DO INDIVÍDUO SER UM ÓTIMO PROFESSOR SEM A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. A PESQUISA É O DIA A DIA EM SALA DE AULA É IMPORTANTE PARA AGREGAR CONHECIMENTO AO DOCENTE. SIM 2 É VALIDO SE O INDIVIDUO TIVER EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, PORÉM NÃO É IMPOSSÍVEL DE LECIONAR SEM TÊ‐LA. NO MEU CASO ADQUIRI MUITA BAGAGEM PRÁTICA E TEÓRICA DURANTE A GRADUAÇÃO. COBRANÇA NOS TRABALHOS, CONSTANTE DISPONIBILIDADE E VONTADE DE ENSINAR, FOCO NA TEORIA MESMO EM DISCIPLINAS PRÁTICAS; CARÊNCIA DE UM APROFUNDAMENTO EM CHÃO DE FÁBRICA (TRABALHEI POUCO TEMPO EM FÁBRICA). 3 SIM SIM 3 NÃO SEM RESPOSTA CONSTANTE RECICLAGEM DO PROFESSOR ATIVIDADE PRÁTICA 4 NÃO CONSIDERO ESSENCIAL, MAS AJUDA NO CONHECIMENTO. EXTREMAMENTE IMPORTANTE SIM 2 NÃO COMO JÁ DISSE A PRATICA AJUDA, MAS NÃO É ESSENCIAL SEM RESPOSTA SIM 4 SIM TEORIA E PRATICA SEMPRE DEVEM ESTAR RELACIONADAS... DISCIPLINA 6 SIM SIM 5 SIM 7 EM ALGUMAS DISCIPLINAS SIM. SIM 5 SIM 8 SIM NÃO 0 SEM RESPOSTA POR ENVOLVEREM CONHECIMENTOS DE MATERIAIS E PROCESSOS QUE NECESSITAM DE EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTOS EMPIRICOS (MATERIAIS INDUSTRIAIS E PROGRAMAÇÃO VISUAL) LECIONO A DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PRODUTO E TER EXPERIÊNCIA NESTA ÁREA AJUDA, POIS POSSO DAR EXEMPLOS PRÁTICOS JÁ VIVENCIADOS NA INDÚSTRIA. SEM RESPOSTA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, INDICAR CAMINHOS PARA ELES FAZEREM SUAS PROPRIAS ASSOCIAÇÕES E NÃO SIMPLESMENTE DAR RESPOSTAS. EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS ALIADAS ÀS EXPLICAÇÕES TEÓRICAS E AOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS. 9 ACREDITO QUE SIM, PRINCIPALMENTE PARA ALGUMAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS. SIM 3 SIM 10 SIM NÃO 0 SEM RESPOSTA 11 SIM PARA AS DISCIPLINAS PRÁTICAS. NÃO PARA AS DISCIPLINAS TEÓRICAS. SIM SIM 1 SIM 25 5 12 RARAS OPORTUNIDADES DE APROXIMAR A TEORIA DA ATAUAÇÃO EM EMPRESAS. INTERESSE PELA DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PRODUTO. NÃO TER EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA DAS DISCIPLINAS QUE MINISTRO, ACREDITO QUE LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO EXIJA EXPERIÊNCIA PRÁTICA COM DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS NA ÁREA DE DESIGN DE MODA, POIS O PROFISSIONAL COM VIVÊNCIAS PRÁTICAS CONSEGUE PASSAR PARA OS ALUNOS CONHECIMENTOS COM MAIOR FACILIDADE. SEM RESPOSTA O ALUNO TEM UMA APROXIMAÇÃO DA REALIDADE INDUSTRIAL DENTRO DA SALA DE AULA, DESDE O ESTÁGIO CONSEGUE CONCILIAR O QUE APRENDE NAS DISCIPLINAS COM O QUE A EMPRESA ESPERA DELE. POR TER POUCA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM DETERMINADAS ÁREAS OCORRE A DIFICULDADE DE PREPARAR O ALUNO PARA A REALIDADE QUE VAI ENCONTRAR NAS EMPRESAS, DESSA FORMA OS CONTEÚDOS SE TORNAM MAIS TEÓRICOS QUE PRÁTICOS. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SIM PORQUE MINHAS MATÉRIAS SÃO, EM GERAL, PRÁTICAS. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA Na terceira fase do questionário, os sujeitos relataram como são suas aulas, há
quantos anos lecionam e ponderaram os pontos fortes e pontos fracos do ensino oferecido
por eles, relacionando o ensino e o mercado de trabalho.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
59
Gráfico 23 - Percentual de discentes que atuam como professor
O gráfico indica a fatia de discentes que já atuam como professores, correspondente
a 75% dos alunos que responderam ao questionário. Todos os sujeitos aqui tratados
consideram importante a experiência profissional para o exercício da docência, havendo
ressalvas apenas por parte da minoria que informou que avalia que a experiência como
designer é importante apenas para algumas disciplinas, como as de carater prático.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
60
BOM 3 1 4 5 PONTOS FORTES DA GRADUAÇÃO 3 REGULAR CONHECIMENTO TÉCNICO NA ÁREA, TRABALHO EM EQUIPE, COMPROMETIMENT
O, OUTRA LÍNGUA ‐ INGLÊS OU ESPANHOL (VISTO QUE O PROFISSIONAL DESSA ÁREA CONSEGUE ENCONTRAR MUITO MATERIAL EM OUTRAS LÍNGUAS) RAPIDEZ; O MERCADO NÃO ESTIMULA A ATIVIDADE DE UM DESIGNER, POIS POR MUITAS VEZES LIMITA‐O; ALGUNS, ACREDITO QUE 60% DELES. EXEMPLOS PRÁTICOS DO TRABALHO ENSINO GRATUITO
DOCENTES NÃO PODEM SER NEM MUITO ACADÊMICOS E NEM MUITO VOLTADO AO MERCADO, POIS NEM TODOS OS DICENTES PODEM SER ACADÊMICOS (FAZER MESTRADO), ASSIM COMO NEM TODOS OS DICENTES CONSEGUEM IR PARA O MERCADO APÓS CONCLUSÃO DE CURSO. DEIXAR QUE EMPRESAS PRIVADAS INVISTAM NAS FACULDADES FORNECENDO BOLSAS DE PESQUISA PARA OS ALUNOS. SIM FALTOU UM APROFUNDAMENTO MAIOR NA TEORIA E ATIVIDADES QUE DEIXASSEM O ALUNO CIENTE DA REALIDADE DO MERCADO; CONHECIMENTO E COMPROMETIMENTO DOS PROFESSORES; OS PRÓPRIOS ALUNOS DA MINHA TURMA QUE POR MUITAS VEZES DESESTIMULARAM PROFESSORES DE OUTRAS ÁREAS, COMO POR EXEMPLO, FILOSOFIA OU SOCIOLOGIA, NEGANDO‐SE A APRENDER, O QUE GEROU UM DÉFICIT NA BAGAGEM TEÓRICA DA TURMA EM GERAL. REGULAR EXPERIENCIA; CRIATIVIDADE SIM ATIVIDADES INDUSTRIAIS PROFESSORES CAPACITADOS
POUCA PRÁTICA PRIMEIRAMENTE ADEQUAR O ENSINO A REALIDADE DO NOSSO MERCADO; APÓS ENVOLVER MAIS O ALUNO EM ATIVIDADES PRÁTICAS SEM DEIXAR DE LADO UMA TEORIA PESADA, CREIO QUE SERIA DE MELHOR PROVEITO SE OS CURSOS DE DESIGN (TODAS AS VERTENTES) FOSSEM INTEGRAIS. CRIAR UM NOVO CONCEITO DE ENSINO BASEADO NA SITUAÇÃO ATUAL DE MERCADO BRASILEIRO. 7 ÓTIMO REGULAR 0
CONHECIMENTOS TÉCNICOS DA AREA, CRIATIVIDADE E HABILIDADE NAS FERRAMENTAS DE TRABALHO (SOFTWARES, ETC.) SIM NÃO 0
NA GRADUAÇÃO EXPERIENCIA PRATICA E NA POS ‐ DIDÁTICA 0
0
0 CURRICULOS E PROFESSORES DESATUALIZADOS, FALTA DE ESTRUTURA ADEQUADA (LABORATORIOS) 0
MELHORAR A DIDATICA E MAIS LABORATORIOS 6 8 RUIM 0
NÃO NÃO HOUVE PREOCUPAÇÃO EM RELACIONAR CONTEÚDOS A AUTAÇÃO NO MERCADO TRADIÇÃO NO ENSINO, MULTIDISCIPLINARIDADE REDUZIDO NÚMERO DE PROFESSORES ESPECÍFICOS DA ÁREA (APENAS UM COM FORMAÇÃO DE DESIGN GRÁFICO) 7 5 BOM INTERESSE PELO TRABALHO, DEDICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO CONSTANTE, ENTRE OUTROS. SIM ACHO QUE APRENDI O QUE ERA SUFICIENTE PARA BUSCAR AS RESPOSTAS QUE NECESSITAVA SOZINHA. INTERESSE DOS PROFESSORES PELO CURSO. FALTA DE DOCENTES EFETIVOS, POR CAUSA DISSO OCORRIA MUITA MUDANÇA DE PROFESSOR. 8 9 0 5 0 BOM 0
DINAMISMO, CRIATIVIDADE, ORGANIZAÇÃO E SABER TRABALHAR EM GRUPO. 0 SIM 0
FALTOU DURANTE A GRADUAÇÃO PASSAR MAIS TEMPO FAZENDO ESTÁGIO. 0
A INSTITUIÇÃO É RESPONSÁVEL E BUSCA O CRESCIMENTO. 0 BAIXA QUALIFICAÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES E POUCO INCENTIVO A PESQUISA. REFERINDO AOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM DESIGN EM GERAL, ENCONTRAR MEIOS DE OFERECER A TEORIA E A PRÁTICA DO DESIGN COM IGUAL IMPORTÂNCIA NO DECORRER DAS DISCIPLINAS. FORMAÇÃO DOS DOCENTES, EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA, INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS NOS CURSOS, UNIÃO DOS CURSOS POR MEIO DE DISCUSSÕES SOBRE O ENSINO DE DESIGN NO BRASIL. 0
TER PROFISSIONAIS QUALIFICADOS E COMPETENTES EM TODAS AS DISCIPLINAS, DAR OPORTUNIDADE AO ALUNO DE SE APROXIMAR DO MERCADO PROFISSIONAL E INCENTIVAR A PESQUISA BEM COMO A PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DO DESIGN. 1
0 7 REGULAR CRIATIVIDADE, INTERDISCIPLINARI
DADE, CONHECIMENTO ATUALIZADO, EMPREENDORISMO POUCOS 1
1 0 REGULAR 0
1
2 15 BOM 0
A MAIORIA DOS PROFESSO
RES DE DISCIPLIN
AS PRÁTICAS SIM. 0 CONHECIEMNTOS MAIS ATUALIZADOS DE MATERIAIS, PRODUÇÃO, SOFTWARE; NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDORISMO, FORMAÇÃO DE PREÇO, ENTRE OUTROS. 0
0
PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO COMO MELHORAR A GRADUAÇÃO? O QUE FALTOU APRENDER? 2 SEUS PROFESSORES TRANSMITIRAM EXPERIÊNCIA? 6 COMPETÊNCIAS EXIGIDAS PELO MERCADO QUANTOS ANOS ATUA COMO 1 AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO QUE CURSOU DISCENTE Quadro 15 - Avaliação da aula dos mestrandos e doutorandos
MAIS PARCERIAS COM EMPRESAS E NOS PTS ACIMA JÁ CITADOS DIÁLOGO COM OS PROFESSORES; ESTRUTURA FÍSICA (SALAS DE AULA); AULAS EXTRA‐CLASSE E VISITAS; ESTRUTURA FÍSICA (OFIINAS E LABORATÓRIOS); PROFESSORES COM BAIXA TITULAÇÃO; EXCASSEZ DE PROFESSORES; FALTA INVESTIMENTO EM ESTRUTURA E AMPLIAÇÃO DO QUADRO DE PROFESSORES. 0
0 0
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
61
Na quarta etapa do questionário, os discentes apontaram as competências exigidas
de um designer pelo mercado de trabalho, mostraram também a avaliação do ensino que
receberam na graduação, estabelecendo critérios de ótimo a ruim, apontando pontos fortes,
pontos fracos e sugestões de melhoria.
Gráfico 24 - Competências exigidas do Designer pelo mercado de trabalho
Doze entrevistados relataram treze competências que são exigidas do Designer pelo
mercado de trabalho. A competência criatividade foi a mais citada, sendo apresentada por
quatro
discentes.
As
competências
“atualização
constante”,
“comprometimento”,
“conhecimento técnico” e “trabalho em equipe” foram mencionadas por dois entrevistados
cada.
“Dinamismo”,
“empreendedorismo”,
“experiência”,
“interdisciplinaridade”,
“organização”, “conhecimento de outra língua”, “rapidez” e “conhecimento em softwares”
foram citadas uma vez, por um dos entrevistados.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
62
Gráfico 25 - Avaliação do curso de graduação realizado pelos discentes
Os alunos da pós-graduação em Design avaliaram o curso de graduação que
frequentaram, sendo que 46% dos entrevistados classificaram como “regular”; 36%
considerou “bom”; avaliaram como “ótimo” o curso 9% das pessoas; 9% informou que o
curso foi “ruim”.
Gráfico 26 - O que faltou aprender na graduação
Sem nenhuma resposta preestabelecida, a “realidade do mercado, experiência
prática, estágio” foi o item mais citado ao serem indagados sobre o que faltou aprender na
graduação, sendo lembrado por metade dos entrevistados; outros aspectos mencionados
foram:
conhecimentos
mais
atualizados,
software,
noções
de
administração,
empreendedorismo e formação de preço.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
63
Quadro 16 - Meios pelos quais os discentes se atualizam
DISCENTE SITES
REVISTAS CURSOS
OUTROS. QUAIS? 1 X X
2 X X X
3 X X
4 X X X
5 X X 6 X X 7 X X 8 9 X X X
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E CONTATO COM OUTROS PROFISSIONAIS.
10 X X X
TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM PROFISSIONAIS 11 X 12 X X LIVROS
X
X
X
Gráfico 27 - Meios utilizados para atualização profissional
Dentre os meios utilizados pelos discentes para atualização profissional, os sites
foram os mais citados, com onze indicações; as revistas e cursos foram apresentados por
oito pessoas; livros, participação em eventos e contato com outros profissionais
compuseram o item “outros” com quatro ocorrências.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
64
5.5.3 Professores de Design
Através dos sites das Instituições de ensino, foi possível obter o número de docentes
de cada uma delas. Este total é constituido por 33 professores, sendo 13 da Instituição A,
lotados no Departamento de Design e 20 da Instituição B.
Foram obtidas respostas através de questionários encaminhados por 8 docentes, o
que corresponde a 24% de índice de participação.
Quadro 17 - Registro do número de professores e percentual de colaboração com a pesquisa
Instituição
nº de professores nº de respostas % de respostas
Instituição A
13
3
23%
Instituição B
20
5
25%
Total
33
8
24%
A Instituição B contou com maior número de colaboradores para a pesquisa, com
25% de seu corpo docente; a Instituição A enviou 3 questionários com respostas e
apresentou referência de participação de 23%.
Gráfico 28 - Quantidade de professores e quantidade de respostas
Com a aplicação dos números em gráfico, o baixo índice de respostas fica
evidenciado.
As primeiras questões do questionário possuiam a intenção de mapear o perfil dos
professores, sua formação e experiência tanto acadêmica quanto profissional.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
65
Quadro 18 - Perfil dos Professores e experiência acadêmica e profissional
PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO IDADE GÊNER
O FORMAÇÃO ATUAÇÃO ACADÊMICA ‐ EM ANOS ATUAÇÃO PROFISSIONAL ‐ EM ANOS PRODUÇÕES TÉCNICAS 1 A 53 M DESIGN 30 15 VÁRIOS PROJETOS DE PRODUTOS PARA INDÚSTRIA REGIONAL, DESDE EMBALAGENS, EQUIPAMENTOS MECÂNICOS E EQUIPAMENTOS MÉDICO ODONTOLÓGICOS. 2 A 46 M DESIGN 21 25 PUMPLON WHEEL, 2006; AGRIVEHICLE: DESIGN DE UM VEÍCULO PARA O TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS, 2008; PULVERIZADOS COSTAL S10 BRUDDEN, 1997; BOMBA DE ALTA PRESSÃO LAVAJACTO 6500 JACTO, 1996; MINIATURA DA COLHEITADEIRA DE CAFÉ K3 JACTO, 1998; EXTRATOR DE SUCO INDUSTRIAL FMC, 1998; CONJUNTO DE MESA E CADEIRA PARA ESTUDANTES, 2000; CADEIRA DOBRÁVEL, 2003 3 A 37 M DESIGN 5 13 SOFTWARES SEM REGISTRO DE PATENTE E PROJETOS GRÁFICOS E LIVROS DIAGRAMADOS: 4 B 37 M DESIGN 7 4 PRODUÇÕES VOLTADAS A ERGONOMIA (FATORES AMBIENTAIS) E FOTOGRAFIA 5 B 45 M 8 0 ‐ 6 B 44 F 8 5 ESTILISTA/MODELISTA 7 B 37 M 12 5 LIVRO: "FORMA: UMA EXPERIÊNCIA TRIDIMENSIONAL", ARTIGOS CIENTÍFICOS NAS ÁREAS GRÁFICAS, ERGONOMIA, CALÇADOS; 8 B 31 M ARQUITETURA, DESIGN DOUTORADO INCOMPLETO DESENHO INDUSTRIAL ‐ PROJETO DO PRODUTO DESENHO INDUSTRIAL – HABILITAÇÃO EM PROJETO DO PRODUTO 6 10 PARTICIPAÇÃO EM DIVERSOS PROJETOS DE UD NA EMPRESA PLASÚTIL‐SP; CONSULTORIA EM DESIGN APLICADO AO EAD PARA IES (INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR) DO ESTADO DE SÃO PAULO; ATUAÇÃO EM DIVERSOS CONCEPT CARS E PROJETOS DE LINHA NA GENERAL MOTORS DO BRASIL – SCSUL‐SP; CRIAÇÃO DE MAIS DE 15 APOSTILAS DIDÁTICO‐PEDAGÓGICAS PARA ADOÇÃO EM DISCIPLINAS DE ÁREAS COMO DESIGN, MARKETING, MERCHANDISING, ADMINISTRAÇÃO E OUTROS; CONSULTORIA PARA EMPRESAS DE BAURU E REGIÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS DE DESIGN. Os professores acessados informaram a Instituição em que trabalham, idade,
gênero, formação, tempo de atuação acadêmica, quantidade em anos em que atua
profissionalmente como design e suas produções técnicas.
Gráfico 29 - Resultados em anos da atuação Acadêmica e Profissional
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
66
No gráfico de linhas, estão representadas as duas formas de atuação dos
professores: a acadêmica e a profissional. O professor mais experiente em anos possui 30
anos como docente e o menos experiente possui 5 anos. Em relação à experiência em anos
relativa a atividades como designer, o professor 2 possui mais tempo trabalhado como
designer - 25 anos, podemos encontrar professores com nenhuma atuação profissional.
Gráfico 30 - Média em anos de atuação na área de Design
Entre os professores de Design, a experiência que predomina é a de docência, com
média em anos de 12,1 e 9,6 anos para atuação como profissional de design.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
67
Quadro 19 - Experiência profissional
PROFESSOR INSTITUIÇÃO
DISCIPLINAS
LECIONADAS
NECESSÁR
IO
EXPERIÊN
CIA
PROFISSIO
NAL
POR QUÊ?
COMO OCORRE APROXIMAÇÃO COM O MERCADO DE
TRABALHO?
01
A
MODELAGEM ,
METODOLOGIA DO
PROJETO, MODELOS
E PROTÓTIPOS.
SIM
TEORIA SEM PRÁTICA NÃO SE
COMPLEMENTA
NÃO SEI !!! MINHAS DISCIPLINAS ESTÃO NO INÍCIO DO CURSO.
NAS MINHAS DISCIPLINAS O QUE FAÇO É SEMPRE SUGERIR O
DESENVOLVIMENTO DAS TAREFAS OBSERVANDO ALGUM
VÍNCULO COM O CONHECIMENTO E NÃO NECESSARIAMENTE
COM O MERCADO.
02
A
MODELAGEM;
OFICINA DE
MATERIAIS
PLÁSTICOS;
METODOLOGIA DO
PROJETO
SIM
QUALQUER DISCIPLINA, EM QUALQUER ÁREA
DO CONHECIMENTO, TÊM UM SIGNIFICADO
DIFERENTE, MAIS CONVERGENTE E MAIS
AFINADO COM O SEU CONTEÚDO, SE FOR
MINISTRADA POR UM DESIGNER, MUITO
EMBORA ELAS, EVENTUALMENTE, PODERIAM
SER MINISTRADAS POR ESPECIALISTAS NAS
RESPECTIVAS ÁREAS.
COMO MINISTRO DISCIPLINAS TEÓRICO PRÁTICAS, EXISTE UM
CONTATO COM A INDÚSTRIA, POR MEIO DE VISITAS, ESTÁGIOS,
INTERCÂMBIOS E CONCURSOS.
03
A
DISCIPLINAS DE
PROJETO PARA
DESIGN GRÁFICO,
PRODUÇÃO
GRÁFICA E
TIPOGRAFIA
SIM
EXERCER A TEORIA E PRÁTICA EM UMA
EMPRESA PERMITE QUE O PROFESSOR
TENHA UMA VISÃO MAIS CRÍTICA E
COERENTE COM A REALIDADE E OS
PROBLEMAS QUE OS ALUNOS VIVENCIARÃO
NO SEU COTIDIANO PROFISSIONAL. ALÉM
DISSO, TAMBÉM ACREDITO QUE FOMENTE A
ELABORAÇÃO DE PROJETOS COM
APLICAÇÃO PRÁTICA QUE CONTRIBUAM DE
FORMA MAIS EFICIENTE PARA O
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
DO PAÍS.
A PRIMEIRA APROXIMAÇÃO É COM RELAÇÃO A TECNOLOGIA
UTILIZADA NO MERCADO E ISSO INFLUI DIRETAMENTE NA
MANEIRA COMO O PROFISSIONAL DEVE PENSAR E
DESENVOLVER O PROJETO. OUTRA É BUSCAR UMA
ABORDAGEM MAIS PRÁTICA BUSCANDO SIMULAR PROBLEMAS
COTIDIANOS DO PROFISSIONAL DE DESIGN, MAS SEM PERDER
O FOCO NA VISÃO CRITICA QUESTIONADO TEORIA E PRÁTICA
NO DIA-A-DIA PROFISSIONAL. E TAMBÉM TEM A
APRESENTAÇÃO DE SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA SOLUÇÃO DE
UM PROBLEMA, BEM COMO SUAS CONSEQÜÊNCIAS E OS
OBJETIVOS ALCANÇADOS NO MUNDO REAL.
04
B
ECODESIGN,
TÉCNICAS DE
CRIATIVIDADE,
ERGONOMIA, TCC E
FOTOGRAFIA
SIM
RETRATAR A REALIDADE, DIA A DIA DO
TRABALHO. NO CASO DE TCC É NECESSÁRIO
EXPERIÊNCIA ACADÊMICA
UMA DAS FORMAS QUE SEMPRE USO É A VISITA TÉCNICA A
EMPRESAS E VISITA DE PROFISSIONAIS A SALA DE AULA
05
B
PROJETO
HIPERMÍDIA,
DESENHO TÉCNICO,
COMPUTAÇÃO
GRÁFICA, DESIGN,
INTERIORES,
ERGONOMIA
SIM
TODA DISCIPLINA RELACIONADA A CRIAÇÃO,
ARTE E DESIGN NECESSITAM DE
CONSTANTES EVOLUÇÃO, SEJA
TECNOLÓGICO OU CULTURAL.
PROJETO HIPERMÍDIA: A TECNOLOGIA DA INTERNET,
APOIANDO E INSERINDO PRODUTOS E ASSUNTOS NUMA
FORMA DE COMUNICAÇÃO ATUAL EM EM EXPANSÃO. DESENHO
TÉCNICO: CONHECIMENTO TEÓRICO E PRATICO DE CRIAÇÃO E
CONFECÇÃO DE PRODUTOS PARA DESIGN. DESIGN
INTERIORES: ADEQUAÇÃO DO SER HUMANO AOS ESPAÇOS
FISICOS, E A SEU BEM ESTAR DENTRO DE UM CONTEXTO
REAL. ERGONOMIA: ADEQUAÇÃO DO HOMEM AS
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E DE BEM ESTAR LIGADAS AS
ATIVIDADES EM QUESTÃO.
06
B
ALGUMAS
SIM,
OUTRAS
NÃO
AS DISCIPLINAS ESTÉTICA E HISTÓRIA DA
ARTE E HISTÓRIA DO DESIGN NÃO
NECESSITAM NECESSARIAMENTE DA
PRÁTICA
CONHECIMENTO GERA REPERTÓRIO QUE GERA IDÉIAS QUE
FACILITA A CRIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
PRODUTOS E MELHORES DESIGNERS
07
B
SIM
PORQUE QUANDO SE ESTÁ NA ÁREA, VC TEM
A VISÃO MELHOR PARA PASSAR AOS
ALUNOS O QUE REALMENTE ACONTECE NAS
EMPRESAS
POR MEIO DA NECESSIDADE INTRINSICA DO ESTÁGIO, E DAS
APLICAÇÕES DO PROJETO QUE OS ALUNOS REALIZAM NA
EXECUÇÃO DO PROJETO.
08
B
ESTÉTICA E
HISTÓRIA DA ARTE,
HISTÓRIA DO
DESIGN,
ELEMENTOS DA
LINGUAGEM VISUAL,
DESIGN DE MODA,
TÉCNICAS DE
PINTURA APLICADAS
AO DESIGN,
LABORATÓRIO DE
PAPEL E FIBRAS,
PROCESSOS DE
CRIAÇÃO, ESTÁGIO I
E II
ATUALMENTE:
PROJETO DE
CONCLUSÃO DE
CURSO,
FOTOGRAFIA,
METOTODOLOGIA
DO PROJETO E
PROJETO DO
PRODUTO, MAS JÁ
LECIONEI TAMBÉM,
ERGONOMIA,
ANÁLISE DO
OBJETO, DESENHO
ARTÍSTICO,
DESENHO TÉCNICO,
GEOMETRIA.
PROJETO DE
PRODUTO,
MODELAGEM
VIRTUAL, GESTÃO
DO DESIGN, DESIGN
E MARKETING
(ATUALMENTE). MAS
JÁ LECIONEI
TAMBÉM AS
SEGUINTES
DISCIPLINAS:
OFICINA DE
MATERIAIS
PLÁSTICOS,
PROJETO DE
PRODUTO VI (AMBAS
NA UNESP COMO
PROFESSOR
CONFERENCISTA) E
TÉCNICAS DE
CRIATIVIDADE.
SIM
ACREDITO SEMPRE NUM CRITÉRIO DE
ADERÊNCIA DOCENTE QUE VALORIZE A
ESPECIALIDADE, AINDA QUE NÃO AMPARADA
EM TITULAÇÃO. A PRÁTICA NA DOCÊNCIA ME
FEZ OBSERVAR QUE A FALTA DE LASTRO
ENTRE TEORIA E PRÁTICA GERA VÁCUOS E
VISÕES MUITO PORMENORIZADAS DAS
REALIDADES, NÃO VIABILIZANDO A
APLICAÇÃO DA TEORIA NA REALIDADE DOS
FORMANDOS. NO ENTANTO NA PRESENÇA
DE DOCENTES COM ADERÊNCIA TANTO
PRÁTICA QUANTO COM TITULAÇÃO,
ACREDITO SER ESTA A SITUAÇÃO IDEAL.
OCORRE A APROXIMAÇÃO COM ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE
CONTEÚDOS ATUAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS DE
DEMANDAS DE MERCADO E EM ALGUMAS DISCIPLINAS, HÁ
TANTO A ACOLHIDA DE PROFISSIONAIS INTERNAMENTE À
INSTITUIÇÃO QUANTO PROJETOS ACADÊMICOS QUE NA LINHA
DE DESPERTAR AUTONOMIA DO FORMANDO, INCENTIVA A
APROXIMAÇÃO AUTÔNOMA COM INSTITUIÇÕES DE MERCADO E
FILANTRÓPICAS PARA VERIFICAR POSSIBILIDADES DE
INTERVENÇÃO AO DESIGNER. PARA REFORÇAR A EXTENSÃO
DAS PRÁTICAS DA FACULDADE PRETENDO AUXILIAR A
FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO E
PRÁTICA DE DESIGN EM ÁREAS ONDE MEUS CONHECIMENTOS
POSSAM SER ÚTEIS. NO ENTANTO CONSIDERO QUE ESTA
INTERAÇÃO ORGANIZAÇÕES/ACADEMIA PRECISA SE
INTENSIFICAR MUITO MAIS DO QUE ENCONTRA-SE
ATUALMENTE. CLASSIFICANDO EM UMA RÉGUA DE 0 A 100%, A
INTERAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÕES
ATUALMENTE ESTARIA EM APENAS 30% DO POTENCIAL QUE
VISLUMBRO.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
68
Na questão em que perguntava se há necessidade de experiência prática como
profissional de designer para as disciplinas que o docente leciona, foi obtido o seguinte
percentual:
Gráfico 31 - Necessidade de experiência prática para as aulas de Design
Para a maior parte, 87% dos sujeitos, a experiência prática como designer é
importante para o exercício da docência; 13% diz que sim e não, pois há disciplinas em que
há a necessidade, porém, outras não.
Por meio das respostas, apenas o professor 1 da instituição A não apresenta clara
preocupação em alinhar conteúdo de suas disciplinas a necessidades do mercado de
trabalho, argumentando que desenvolve atividades com vínculos em conhecimento e não
necessariamente
no
mercado.
Os
demais
sete
professores
descreveram
suas
preocupações, ações e como ocorre tal aproximação.
Os professores relataram, no quadro seguinte, os pontos fortes e pontos fracos
existentes na relação instituição e mercado de trabalho, sugerindo também melhorias para
esse processo.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
69
Quadro 20 - Pontos Fortes e Pontos Fracos
PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO PONTO FORTE
PONTO FRACO
COMO MELHORAR
ME PARECE NÃO EXISTIR UMA AVALIAÇÃO MAIS RIGOROSA QUANTO A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DOS NOSSO ALUNOS. PERGUNTA MUITO AMPLA, DEVERIA VC ENCAMINHAR SUAS HIPÓTESES. SE FOSSE TÃO SIMPLES RESPONDER ESTA QUESTÃO AS COISAS ESTARIAM MELHORES HA MUITO TEMPO. TALVEZ EQUILIBRAR A EQUAÇÃO ENTRE ENSINO CRIATIVO E EXEQÜIBILIDADE TÉCNICA DAS IDÉIAS DESENVOLVIDAS NO ENSINO. CONQUISTAR UM CENÁRIO NO QUAL OS PLANOS DE AULA DOS DOCENTES CORRESPONDAM AO QUE DETERMINAM OS PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS, QUE POR SUA VEZ, CORRESPONDAM AO QUE DETERMINA O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO, QUE É O DOCUMENTO FORMAL E REFERENCIAL MAIOR QUANTO A ADEQUADA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA. OU SEJA, UM CENÁRIO NO QUAL EXISTA UMA CORRESPONDÊNCIA ENTRE AQUILO QUE ESTÁ NO PAPEL, E AQUILO QUE É PRATICADO, DE FATO. 1 A A PLURALIDADE DA FORMAÇÃO DOS DOCENTES. 2 A O CURRÍCULO DO CURSO DE DESIGN, POR CONTEMPLAR UM CONTEÚDO EQUILIBRADO ENTRE DISCIPLINAS DE EXATAS E HUMANAS, ALÉM DE UM EQUILÍBRIO ENTRE O NÚMERO DE DISCIPLINAS PRÁTICAS E TEÓRICAS, RESULTA NUM EQUILÍBRIO ENTRE O FAZER O PENSAR, NÃO FACILMENTE ATINGIDO. A PROVA NOTÓRIA DISSO É O FATO DE OS ALUNOS EGRESSOS NÃO APENAS OCUPAREM CARGOS TÉCNICOS NO MERCADO, MAS TAMBÉM DE COMANDO. 3 A A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES E A LIBERDADE PROJETUAL OFERTADA AOS ALUNOS. A FALTA PROFESSORES EFETIVOS E LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ADEQUADOS, A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DOS CURSOS E A AUSÊNCIA DE UM TRABALHO EFETIVO EM PROL DA COMUNIDADE, VALORIZANDO A FUNÇÃO SOCIAL DO DESIGNER. ACREDITO QUE FALTE UM PLANO CENTRAL ELABORADO E PRATICADO PELOS DOCENTES, COM FOCO NA UNIDADE PRÁTICA E IDEOLÓGICA DA ATIVIDADE PROFISSIONAL DO DESIGNER. 4 B VONTADE, DISCIPLINA, ATUAÇÃO, CONTANDO COM A MANTENEDORA SÉRIA DA NOSSA ESCOLA CURSO NOVO (RELATIVAMENTE) AINDA NECESSITA DE MELHORES LABORATÓRIOS E OFICINAS CONTINUAR O TRABALHO ÁRDUO COM ATENÇÃO AO CONHECIMENTO DIFUSO DOS PROFESSORES, ALUNOS E APLICAÇÃO 5 B CONHECIMENTO PRÁTICO JUNTO A PROFISIONAIS, OBJETIVANDO AS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO. 6 B CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS E FUNCIONAIS DO DESING FRENTE AS EMPRESAS E PRINCIPALMENTE AO BEM ESTAR DO SER HUMANO. SÃO OS PROFESSORES, QUE ACREDITAM NAQUILO QUE FAZEM (QUASE TODOS EM NOSSO GRUPO) 7 B MUITAS VEZES O ENSINO ESTÁ LONGE DO QUE ACONTECE NO MERCADO DE TRABALHO, E ALGUMAS DISCIPLINAS FICAM PRESAS NOS LIVROS, O QUE ESTÁ AS VEZES MUITO AQUEM DO QUE OS ALUNOS PRECISAM APRENDER, POIS AS VEZES, O LIVRO FOI EDITADO A MAIS DE 10 ANOS, E ENTÃO, TOTALMENTE FORA DA REALIDADE. SE BEM QUE MUITOS LIVROS SÃO ATEMPORAIS, ATUALÍSSIMOS. PARA MELHORAR É NECESSÁRIO ACOMPANHAR OS OBJETIVOS DO MUNDO MODERNO E AS NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E DAS EMPRESAS DE DESIGN. É PRECISO QUE OS MANTENEDORES DIRECIONEM SEU OLHAR PARA O CURSO DE DESIGN QUE, ATÉ O MOMENTO, É O CURSO DA INSTITUIÇÃO QUE MAIS ALUNOS VEM CONQUISTANDO A CADA VESTIBULAR, LEVANDO‐SE EM CONTA QUE NOSSA PROPAGANDA É FEITA, PRINCIPALMENTE, PELO DESENVOLVIMENTO DA NOSSA SEMANA DE DESIGN (DIVERSO DESIGN) QUE ACONTECE TODOS OS ANOS, COM PALESTRAS, OFICINAS E EXPOSIÇÕES DOS MELHORES TRABALHOS DOS ALUNOS DO CURSO (E É REALIZADA PELOS PRÓPRIOS ALUNOS),E PELO BOCA‐A‐BOA. DAR UMA FORMAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO MERCADO AOS ALUNOS, FAZENDO COM QUE ELES POSAM PARTICIPAR DAS EMPRESAS, EM SITUAÇÕES DE ESTÁGIO E TAMBÉM DE APLICAÇÃO DOS PROJETOS, EM FASE DE EXPERIMENTAÇÃO, SEMPRE COM UM AVAL TAMBÉM DE UM PROFISIONAL DA ÁREA DO PROJETO. 8 B AMPLITUDE DE DISCIPLINAS FORNECE CONHECIMENTOS MÍNIMOS EM DIVERSAS ÁREAS FORMANDO UM PROFISSIONAL BEM FLEXÍVEL EM TERMOS DE ATUAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO; ‐ UM DOS PONTOS QUE CONSIDERO POSITIVO É PERCEBER QUE MESMO DISCENTES QUE ENTRAM SEM HABILIDADES REPRESENTATIVAS (POIS NÃO HÁ TESTE NO VESTIBULAR PARA FILTRAR NESTE SENTIDO), TERMINAM O CURSO COM NO MÍNIMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO QUE LHE PERMITA POSICIONAR‐SE NO MERCADO DE TRABALHO DA ÁREA; ‐ O PERFIL DE ENTRADA DE DISCENTES INGRESSANTES NO CURSO TEM SE ALTERADO, PORÉM AINDA ESTÁ EM CLASSE MÉDIA E MÉDIA‐BAIXA. TEMOS DIVERSOS DISCENTES QUE ATUAM EM LINHA DE PRODUÇÃO OU OUTROS EMPREGOS TIPICAMENTE OPERACIONAIS DE BAIXA REMUNERAÇÃO. NESTE SENTIDO A FORMAÇÃO GERALMENTE AUXILIA OS FORMADOS A SE REPOSICIONAREM NO MERCADO DE TRABALHO, TENDO MAIORES CHANCES DE ASCENÇÃO PROFISSIONAL VERTICAL NAS ORGANIZAÇÕES ONDE ATUAM; ‐ OUTRA CARACTERÍSTICA SIGNIFICATIVA, TAMBÉM GERADA PELO PERFIL DE ENTRADA, É QUE SENDO APROXIMADAMENTE 30% DOS DISCENTES DAS CIDADES DA REGIÃO E O RESTANTE DE BAURU, É COMUM QUE OS FORMANDOS POR TEREM FAMILIARES, AMIGOS E TAMBÉM RESIDÊNCIA NESTA ÁREA, RARAMENTE DEIXAM A REGIÃO PARA TRABALHAR, SUPRINDO ASSIM UMA DEMANDA REGIONAL DE DESIGN, VISTO QUE FACULDADES A, A MAIOR PARTE DOS FORMANDOS É EXPORTADA PARA OUTRAS REGIÕES DO PAÍS, SEJA PARA A CIDADE NATAL DOS MESMOS OU OUTRAS DIVERSAS DA DE BAURU; ‐ A FALTA DE MATERIAL APOSTILADO DÁ AO DOCENTE UMA LIBERDADE E FLEXIBILIDADE NA INSERÇÃO DE CONTEÚDOS, PERMITINDO RÁPIDA ADAPTAÇÃO DURANTE UM MESMO SEMESTRE LETIVO DE MODO A FLEXIBILIZAR METODOLOGIAS E PRÁTICAS ÀS CARACTERÍSTICAS DE UMA TURMA, PODENDO GERAR MELHOR CHANCES DE APRENDIZAGEM; ‐ CORPO DOCENTE É MUITO PRÓ‐ATIVO E ENGAJADO; ‐ MUITOS DOS DISCENTES QUE INGRESSAM NA INSTITUIÇÃO TRABALHAM (CERCA DE 80%) DE MODO QUE ELES MESMOS OU COM COMPLEMENTAÇÃO DE AJUDA DE FAMILIARES OU EMPRESA ARCAM COM AS CUSTAS DO CURSO, DE MODO QUE APRESENTAM GRANDE INTERESSE E COBRAM QUANDO SENTEM QUE HÁ DE ALGUMA FORMA ALGO QUE IMPACTE NEGATIVAMENTE A QUALIDADE DE UMA DISCIPLINA POR EXEMPLO. A AMPLITUDE DE DISCIPLINAS QUE TAMBÉM É UM PONTO POSITIVO, TEM UM REVÉS AO PASSO QUE IMPLICA EM REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA EM DISCIPLINAS MAIS BÁSICAS, O QUE FREQUENTEMENTE RESULTA EM UM PROFISSIONAL FORMADO QUE AINDA PRECISA DE COMPLEMENTAR SUAS EXPERIMENTAÇÕES EM TAIS ITENS PARA UM DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL EXCELENTE; ‐ APESAR DESTE CARÁTER DO EFEITO DE CURSO QUE OCORRE EM TERMOS DE REPRESENTAÇÃO PROJETUAL COM OS DISCENTES, TAL AÇÃO IMPLICA EM EXCESSO DE DISCIPLINAS ONDE O FOCO SE TORNA ENSINO DE SOFTWARES OU TÉCNICAS DE DESENHO/MODELAGEM, INFLANDO A GRADE CURRICULAR DO CURSO PARA PROVER ESTE BENEFÍCIO. ‐ FALTA DE MATERIAL APOSTILADO AO MESMO TEMPO QUE PERMITE ESSA FLEXIBILIDADE, EXIGE ENORME TEMPO DOS DOCENTES, SOBRETUDO DOS INICIANTES EM UMA DISCIPLINA (POR MOTIVOS DE ELABORAÇÃO DE MATERIAL DE USO DO REFERIDO DOCENTE) E DIFICULTA DE FORMA SIGNIFICATIVA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOCENTES QUE SE ENQUADRAM NESTES CASOS. TAMBÉM OCASIONALMENTE RESULTA EM COMPARAÇÕES QUANDO HÁ SUBSTITUIÇÃO DE DOCENTES EM DISCIPLINAS SEQÜENCIAIS (EX: PROGRAMAÇÃO VISUAL 1 E 2) OU MESMO ENTRE DISCIPLINAS DISTINTAS, POIS É DIFÍCIL AO DISCENTE DE INSTITUIÇÕES PARTICULARES ENTENDEREM QUE CADA DOCENTE TEM GERALMENTE OUTROS COMPROMISSOS ALÉM DA DOCÊNCIA, PARA SE MANTER; ‐ FALTA DE CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO E ADERÊNCIA CLAROS RESULTAM FREQUENTEMENTE EM “MAL‐ESTAR” ENTRE PARTE DO CORPO DOCENTE E COORDENAÇÃO; ‐ O FATO DA EMPRESA TER CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA FAMILIAR, RESULTA EM UMA DAS PREOCUPAÇÕES APONTADAS PELA UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES) NAS FACULDADES PARTICULARES: ESVAZIAMENTO DOS PODERES DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS (DIREÇÃO/COORDENAÇÃO) E INGERÊNCIA DA MANTENEDORA; ‐ FALTA DE POLÍTICAS CLARAS E SISTEMÁTICAS QUE CONDUZAM AO CUMPRIMENTO NA INTEGRA DAS PROPOSTAS DE PDI E PPI (PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) E (PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL) E TAMBÉM DE DEMANDAS RECENTES QUE DEVERIAM SER ADICIONADAS ÀS PRIORIDADES INICIALMENTE PROPOSTAS AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (CNE); ‐ A BAIXA REMUNERAÇÃO COMPARATIVAMENTE COM A PROVIDA PELO ESTADO NO ENSINO SUPERIOR, IMPLICA A ESTE DOCENTE COM FREQÜÊNCIA COMPLEMENTO DE RENDA FAZENDO COM QUE TENHA DIFICULDADES EM ATUALIZAR MATERIAL DIDÁTICO, PRODUZIR PESQUISAS E PUBLICAR OS RESULTADOS DE TAIS ESTUDOS, ALÉM DE POR VEZES GERAR UM CONCORRÊNCIA ENTRE MERCADO E IES, ONDE QUASE SEMPRE O MERCADO PROVÊ UMA REMUNERAÇÃO MAIS ATRATIVA, DIFICULTANDO EM SUMA, A VIVÊNCIA DESTE DOCENTE COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO: ‐ O FATO DA FACULDADE SER RECENTE AI TEM CERTOS REFLEXOS NA CULTURA DE DESIGN VIGENTE NO CURSO E NA IES, DE MODO QUE SOMENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS QUE ESTAMOS PERCEBENDO O INÍCIO DE UMA CULTURA DE DESIGN MAIS DINÂMICA E CONSISTENTE; ‐ POUCA VARIEDADE E QUANTIDADE DE TÍTULOS NA BIBLIOTECA. É A INFRA‐ESTRUTURA QUE, AINDA, NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE ADEQUADA A UM CURSO DE EXCELÊNCIA EM DESIGN. DETERMINAÇÃO DO MEC PARA QUE AS IES CONTRATEM PROFESSORES SOMENTE COM MÚLTIPLOS DE 20 HORAS AULAS, PARA QUE SEJA POSSÍVEL AO MESMO SER UM PROFISSIONAL DEDICADO À EDUCAÇÃO E PESQUISA E ÀS DEMANDAS DECORRENTES DO MAGISTÉRIO; ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE CRÉDITO DO PBD (PROGRAMA BRASILEIRO DO DESIGN) PARA IES INVESTIREM EM LABORATÓRIOS DE DESIGN E P&D NESTA ÁREA A FUNDO PERDIDO, OU LINHAS DE AVESSO FACILITADAS A CRÉDITOS DO BNDES; ‐ MAIOR RIGIDEZ DO INEP EM DUAS VERIFICAÇÕES NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS PARA VERIFICAÇÕES DOS CURSOS PARA QUE OS PONTOS FALHOS SEJAM COBRADOS POR INSTÂNCIA SUPERIOR ÀS MANTENEDORAS, VISTO QUE O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL É CONCESSÃO DO ESTADO; ‐ REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DEVERÁ AJUDAR NA VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL ABRINDO MAIORES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTOS TRIBUTÁRIOS PARA EMPREENDEDORES NESTA ÁREA E QUEBRANDO UM DOS RECEIOS DE DIVERSOS PROFISSIONAIS QUE INICIAM A CARREIRA ATUALMENTE; ‐ READEQUAÇÃO DA GRADE CURRICULAR E DAS DCNS (DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS) PARA O CURSO EM QUESTÃO; ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE APOIO À OBTENÇÃO DE TITULAÇÕES (MESTRADO, DOUTORADO E PÓS‐DOC); O ensino e o mercado de trabalho na área de design
70
6 Discussão
A busca por informações sobre a Instituição e Mercado de trabalho gerou muitos
dados importantes para análise e permitiu que fossem revelados diversos aspectos dessa
relação.
No que diz respeito à análise dos dados obtidos através dos alunos dos cursos de
Design, podemos notar que, conforme suas avaliações, o ensino é considerado bom,
levando-se em conta o preparo que oferecem para atuação no mercado de trabalho.
Gráfico 32 - Comparativo na avaliação do curso realizada pelos alunos
Através do gráfico, podemos perceber que o curso da Instituição B atingiu mais
indicações positivas de qualidade como “ótimo” e “bom”, mas, no geral para ambas as
instituições de ensino, prevaleceram conceitos que mostram satisfação a respeito do ensino
recebido.
Já para os mestrandos e doutorandos que avaliaram o ensino que receberam,
atribuíram menor valor, tendo a maior parte deles avaliado como “regular” a graduação que
cursaram. Uma possibilidade é que isso seja um reflexo da visão crítica adquirida durante os
cursos de pós-graduação, adotando uma postura mais criteriosa.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
71
Gráfico 33 - Alunos atribuem notas a itens relacionados à sua graduação
Comparando as notas atribuídas a itens específicos do ensino das duas instituições
de ensino, os alunos da Instituição B apresentaram maior satisfação. Uma característica
influenciadora desse resultado é que a Instituição B é particular e os alunos avaliam
constantemente o serviço prestado pela instituição, podendo ocorrer ajustes até mesmo no
decorrer do ano letivo.
A tabela mostra os dados e torna evidente que alunos das duas instituições de
ensino consideram os professores, conteúdos, disciplinas e laboratórios os pontos fortes do
ensino. Outro aspecto comum é relacionado a softwares específicos e computadores.
Os professores da Instituição B, em sua maior parte, são ou foram alunos da pósgraduação da Instituição A, um claro indicador que a qualidade do ensino da Instituição A se
expandiu para a Instituição B através de tais professores, fazendo com que eles sejam
nomeados como pontos fortes do ensino fornecido por ambas as instituições.
Quadro 21 - Comparativo Pontos Fortes e Pontos Fracos
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Instituição A
Instituição B
Instituição A
Instituição B
PROFESSORES
PROFESSORES
SOFTWARES
ATUALIZAÇÃO DE
COMPUTADORES E
SOFTWARES
DISCIPLINAS E
DISCIPLINAS E
CONTEÚDO
CONTEÚDO
PROFESSORES
RELACIONAMENTO
INSTITUIÇÃO E
ALUNO
LABORATÓRIOS
LABORATÓRIOS
PESQUISA
2 HABILITAÇÕES
ESTRUTURA
ALUNOS
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
72
Um dos pontos fracos mais citados por alunos de ambas as instituições de ensino é
a questão de aulas de softwares e equipamentos adequados para que isso ocorra.
Fica comprovado que os recursos computacionais apresentam importância primordial
quando tratamos de laboratórios para o curso de Design. Afinal, em todas as áreas
possíveis de atuação do designer, é necessário o uso desse recurso.
Vimos no capítulo 2 intitulado “Design hoje” que os softwares para a área do Design
vêm ganhando popularidade e conquistando cada vez mais usuários. Os cursos se
multiplicam e os alunos, depois de alguns meses, saem com o certificado de design. Esses
alunos ocupam lugares no mercado de trabalho. Mesmo porque, se tal curso não trouxesse
resultado financeiro para quem investe neles, eles não seriam tantos. São designers
amadores atuando por dominarem uma ferramenta em que as instituições de ensino não
investem ou investem de maneira ainda deficiente. O mercado está sinalizando para a
necessidade de profissionais que dominem também – ou principalmente - tais técnicas e a
instituição não pode ficar para trás. Os mestrandos e doutorandos que estão em contato
com o mercado de trabalho, atuando como designers, também sinalizaram que o
conhecimento de software é uma das competências exigidas e foi um dos itens que faltaram
em suas graduações.
Laboratórios de fotografia e Oficinas de Metal, Madeira e Plástico são oficinas muito
específicas, tais instituições de ensino possuem e os professores as defendem. Trabalhos
com softwares (ponto fraco relatado por alunos e professores das duas instituições de
ensino) estão presentes em todas as áreas do design. Já os resultados gerados por
laboratórios de fotos e em oficinas de madeira estão presentes em apenas uma parcela do
vasto campo de atuação possível do profissional. A Instituição B além de repetir o modelo
de sucesso apresentado pela Instituição A acaba cometendo também algumas falhas da
Instituição A. Prova disso é que recentemente inauguraram oficina de materiais (e a
necessidade maior era de equipamento para utilização de softwares específicos), da mesma
forma que a Instituição A, por esta ser referência na área de ensino do Design. A Instituição
B realizou uma ação de benchmark – na qual se observa e aplica o que já esta sendo feito
em outra instituição, quando o ideal seria realizar uma análise das necessidades de suas
áreas clientes, no caso, seus alunos, mercado e empregadores. É importante notar que
grande parte do corpo docente da Instituição B é de profissionais formados pela Instituição
A, um motivo que justifica o espelhamento que ocorre se repetindo o modelo já
estabelecido.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
73
Gráfico 34 - Percentual de graduandos que realizam estágio
Outro resultado diretamente influenciado pelo perfil da instituição e seus alunos é a
quantidade de alunos que já realizam estágios. A Instituição A possui alunos de diferentes
cidades, até mesmo de outros estados. Os alunos da Instituição B são da cidade ou cidade
próximas. O vislumbramento da possibilidade de manter por mais tempo e mais próximo seu
funcionário, além de conhecer características locais e também facilidades proporcionadas
pelo networking, fazem com que os alunos da Instituição B apresentem melhores índices
relacionados à atuação profissional ainda como alunos.
O estágio é outra forma, e muito eficaz, para que ocorra a aproximação com o
mercado. Existem profissões que exigem realização de estágio, como por exemplo,
medicina, na qual é necessário estágio para se tornar profissional. Uma solução para
sintonia de interesses entre as áreas, mercado e academia seria uma diretriz curricular para
estágio.
Com relação aos perfis das instituições de ensino (anexos) podemos perceber que a
Instituição B aponta através da forma que apresenta o curso de Design, sintonia com o
mercado de trabalho. Já a Instituição A mostra grande preocupação com o homem, num
contexto geral e também com a expressão da criatividade, porém não cita aspectos
empregatícios e mercadológicos.
Mesmo o curso de pós-graduação sendo bem conceituado, foi identificada uma
lacuna no que diz respeito a atividades práticas para atuação como professor. O curso
prepara docentes e pesquisadores, porém parte de seus alunos identifica que há
necessidade de disciplinas que tratem de didática e ensino superior. O programa de pósgraduação possui a preocupação de proporcionar tal experiência aos seus discentes e há
alguns anos estão procurando disponibilizar a disciplina denominada didática para todos os
anos, constantemente. Ela já ocorreu em anos anteriores.
O índice de discentes já atuando como professores e preparando futuros
profissionais é alto, correspondendo a 75% dos entrevistados. Desses 75%, 87% deles
estão iniciando suas atividades como docentes e possuem menos de cinco anos de
atuação. Isso pode ser um indício dos pós-graduandos terem relatado através de notas a
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
74
carência de aperfeiçoamento ou aprendizado sobre a atuação em sala de aula durante o
curso.
Os pós-graduandos citaram a “falta de contato com o mercado” no momento em que
realizavam suas graduações como um aspecto que pouco esteve presente.
A grande parte dos professores mostra sintonia com o mercado de trabalho,
pensando na futura atuação prática dos alunos, levando à sala de aula atividades baseadas
em experiências profissionais. Apenas para as aulas teóricas como, por exemplo, história do
desenho industrial é que não existe a necessidade de imediata conexão prática com o
mercado atual.
Os professores da Instituição A estão enquadrados no RDIDP (Regime de Dedicação
Integral à Docência e à Pesquisa), não podendo exercer concomitantemente atividades
além das firmadas através deste compromisso empregatício. A experiência com o setor
produtivo, neste caso, se concretiza através de participação de diferentes feiras e eventos
de caráter mercadológico e profissional. Tal experiência pode ser mais enriquecedora do
que a constante prática no mercado de trabalho, pois, como exemplo, um designer que
trabalha há dez anos em uma única empresa pode possuir uma visão restrita e até mesmo
possuir vícios adquiridos durante tal atividade.Já a diversidade das experiências absorvidas
através de eventos de diferentes áreas constrói um repertório muito vasto e rico que deve
ser mais valorizado.
Vimos que a experiência pode ser adquirida de outras formas que não somente no
dia a dia em empresas e que também não são todas disciplinas que exigem esta prática,
porém nas disciplinas como as que envolvem projeto e prepara para a prática profissional,
tal experiência é aconselhada por proporcionar maior segurança aos alunos.
Outro aspecto positivo observado é que, mesmo que a maior parte dos professores
possua formação e experiência em design, fazem parte também do corpo docente
professores com formações distintas do design, o que possibilita o ingresso e disseminação
de diferentes ângulos de visão colaborando assim para pluralidade do curso e formação
mais completa do aluno.
Muitos professores mostraram algo além do cumprimento do plano de disciplina e
conteúdos com vínculo a alguma área do conhecimento. Mostraram-se preocupados
também com o futuro profissional dos alunos, com a empregabilidade deles. Quando
indagados de que forma poderiam melhorar a relação instituição e mercado de trabalho
citaram como soluções o acompanhamento das necessidades dos usuários, do mundo
moderno e das empresas, até mesmo execução de projetos junto com profissionais em sala
de aula e realização de estágios.
Fato interessante é que a maior parte dos entrevistados, professores e pósgraduandos, ao serem questionados se a experiência profissional colabora para que haja
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
75
maior aproximação com o mercado, acabam defendendo a posição em que se encontram.
Se possuem experiência, dizem que ela é necessária; se não a possuem, dizem que ela não
é essencial.
A “falta de infraestrutura” da mesma forma que esteve presente nas respostas dos
alunos também despontou com destaque nas respostas dos professores, caracterizando
assim uma das mais importantes necessidades de solução para o aprimoramento da relação
aqui estudada.
Um dos fatores citados pelos professores quando se diz respeito à relação ensino e
mercado de trabalho, é o tempo. Dizem que ocorre uma grande discrepância no que
consideram o tempo ideal para o desenvolvimento de um projeto, sendo a instituição de
ensino por vezes taxada como vagarosa e o mercado como imediatista.
Livros desatualizados ou a não existência de livros com conteúdos atuais sobre a
prática do design foi mencionado. Tal fato se comprova diante da migração para outro meio
utilizado para propagação de conhecimento: a internet, conforme dados obtidos pelos
questionários. Na pesquisa realizada com os mestrandos e doutorandos, eles informaram,
em sua maioria, que consultam sites para se manterem atualizados para o exercício de suas
atividades.
A elaboração, a redação e a manutenção de tais conteúdos se mostram outra boa
oportunidade de atuação, já que é uma necessidade identificada. Muitos profissionais
podiam se dedicar a tal atividade.
Ainda sobre livros, a maior parte deles ou outro tipo de literatura ou qualquer material
que trate do assunto design falam sobre a dificuldade em definir design. Até mesmo esta
dissertação relata esta dificuldade. O ideal é definir design, propagar o conceito correto.
Falar o que não é apenas gera dúvidas e lacunas.
Descobrir onde se encontra a lucratividade no projeto de design e apresentar
também este argumento. O designer deve aprender a falar a língua do mundo dos negócios
e expor os atrativos mercadológicos como parte integrante do projeto.
Clientes, usuários ou consumidores, muitas vezes imagina-se o cliente como sendo
uma pessoa com determinadas necessidades e desejos a serem supridos. As empresas
também são clientes e também precisam ser atendidas por designers, tendo suas
necessidades providas, seus problemas resolvidos.
Os resultados aqui apresentados e discutidos merecem atenção especial, pois
apresentam itens relevantes para o acréscimo de qualidade do ensino oferecido,
consequentemente, para que ocorra satisfação dos alunos e que atenda às demandas do
mercado de trabalho. Para o mercado de trabalho, os resultados mostram como ele pode
melhor aplicar os conhecimentos do designer, trazendo mais benefícios para a organização
e para a sociedade.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
76
7 Considerações Finais
O presente estudo e resultados mostraram que muito já foi feito na área de ensino do
design e também foram reveladas lacunas para que as instituições atendam as demandas
mercadológicas de forma ainda mais satisfatória. Tais lacunas também foram encontradas
no mercado de trabalho, onde, por desconhecimento, muitas vezes acaba inutilizando ou
utilizando de forma inadequada os serviços do designer.
Através dos resultados ainda foi possível apontar itens que resumem as providências
a serem tomadas para melhor relação entre instituições de ensino e mercado de trabalho.
Com isso foi atingido o objetivo desta pesquisa que era realizar análise da dinâmica do
ensino do Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.
Importante observar que a preocupação aqui explicitada não diz respeito puramente à
empregabilidade do designer e às metas financeiras e mercadológicas de empresas e
indústrias. Até mesmo vai além da relação ensino com o mercado de trabalho, pois o que aí
ocorre, faz com que existam reflexos. A preocupação maior, e onde ocorrem tais reflexos, é
a sociedade, atingindo o homem e o lugar onde habita, com o impacto negativo provocado
pelo não entrosamento entre as instituições. Isso ocorre de forma inconscientemente e
muitas vezes até mesmo irresponsável no momento em que é permitido o surgimento de
produtos gerados sem a efetiva participação do designer.
O entendimento sobre o que é design está difuso, porém, muito confuso, e neste
aspecto há muito a ser feito para que haja homogeneização e clareza na comunicação para
relacionamento entre as partes.
Seguramente, outros estudos envolvendo a relação ensino e mercado de trabalho
devem ser realizados, principalmente levando-se em consideração os aspectos levantados
por empresas empregadoras, profissionais de outras áreas e também do mercado
consumidor, podendo então essas informações serem analisadas com as que nesta
dissertação foram apresentadas.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
77
8 Referências Bibliográficas
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O ensino e o mercado de trabalho na área de design
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9 Apêndices
Apêndice 1
A Prova de Títulos teve como base os seguintes critérios de avaliação:
1.
FORMAÇÃO ESCOLAR:
Pontuação
(até 3,5 pontos)
- Graduação: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
- Mestrado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
- Doutorado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
2.
EXPERIÊNCIA DIDÁTICA:
(até 3,0 pontos)
- Graduação: 3,0 pontos.
3.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E/OU ANÁLISE DE PORTIFÓLIO:
(até 1,0 ponto)
- Na área: 1,0 ponto.
- Fora da Área: 0,5 ponto.
4.
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS EM INSTITUIÇÕES UNIVERSITÁRIAS:
(até 1,0 ponto)
- Itens avaliados: Conselhos, Órgãos Colegiados, Atividades de Departamento.
5.
ORIENTAÇÃO ACADÊMICA:
(até 2,0 pontos)
- Iniciação científica: 1,0 ponto.
- Mestrado: 0,5 ponto.
- Doutorado: 0,5 ponto.
6.
PESQUISA:
(até 2,5 pontos)
- Itens avaliados: Projetos em andamento e projetos concluídos.
7.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM ENCONTROS:
(até 2,0 pontos)
- Itens: Encontros, Comunicação em Congresso, Palestras, Conferências, MesasRedondas e Grupos de Trabalho.
8.
TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS:
(até 3,0 pontos)
- Itens avaliados: Anais, Artigos em revista, Capítulo de livros, Livros e Jornais.
9.
EXTENSÃO:
(até 2,0 pontos)
- Itens avaliados: Projetos institucionais, Palestras, Conferências e Projetos para
comunidade.
TOTAL GERAL
até 20 pontos
Tabela – Atribuição de pontos em concurso para contratação de docente na Unesp. fonte:
www.faac.unesp.br
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
80
Apêndice 2
A Prova de Títulos terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 13,0 pontos.
FORMAÇÃO ESCOLAR.

na área do design (4,0 pontos);

em áreas correlatas (3,0 pontos).
EXPERIÊNCIA DIDÁTICA.

graduação em design, com experiência mínima
de 2 anos (2,0 pontos);

graduação em áreas correlatas, com experiência
mínima de 2 anos (1,0 ponto);

ensino médio profissionalizante (0,5 ponto a cada
2 anos de docência).
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL.

experiência profissional na área de design (1,0
ponto a cada ano);

experiência profissional em áreas correlatas (0,5
ponto a cada ano).
PESQUISA.

projetos em andamento (1,0 ponto cada);

projetos concluídos (1,0 ponto cada).
TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS.

publicação na área do design (0,50 ponto);

publicação em áreas correlatas (0,25 ponto).
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS.

na área do design (0,25 ponto);

em áreas correlatas (0,125 ponto).
(até 4,0 pontos)
(até 2,0 pontos)
(até 2,0 pontos)
(até 3,0 pontos)
(até 1,0 ponto)
(até 1,0 ponto)
A Prova Didática terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 11,5 pontos.
DIDÁTICA
- planejamento e organização de aula;
- qualidade da apresentação.
DELIMITAÇÃO DO TEMA SORTEADO
- desenvolvimento do tema e desenvoltura didática.
CONTEÚDO ATUALIZADO
- adequação à bibliografia relacionada às disciplinas do
concurso.
(até 3,0 pontos)
(até 6,0 pontos)
(até 2,5 pontos)
A Análise de Portifólio terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 10,0 pontos.
PRODUÇÃO TÉCNICA (até 10,0 pontos):
Na área do design
(8,0 pontos)
atividade de projeto
(0,5 ponto por ano)
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto
(1,0 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto
(2,0 pontos por ano)
e seu acompanhamento técnico, mais o processo de
implantação
Em áreas correlatas
(2,0 pontos)
atividade de projeto
(0,125 ponto por ano)
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto
(0,25 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto
(0,5 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico, mais o processo de
implantação
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
81
Apêndice 3
Quantidade
1
1
1
2
Cidade
Adamantina
Araçatuba
Birigui
Bauru
1
1
1
1
1
1
1
Campinas
Franca
Guarulhos
Limeira
Lorena
Marília
Mauá
Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI
Design de Produtos
Centro Universitário Toledo - UniToledo
Tecnologia em Design de Moda
Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui - Fateb
Projeto de Produto
Instituição Estadual Paulista - Unesp
Programação Visual/Projeto de Produto
Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve)
Design
Faculdade de Campinas
Programação Visual/ Projeto de Produto/Design de Interfaces/Webdesign
Instituição de Franca - Unifran
Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Jóia
Instituição de Guarulhos - UNG
Programação Visual / Desenho Industrial
Faculdade de Administração e Artes de Limeira - FAAL
Bacharelado em Design Gráfico / Design de Produto
Faculdades Integradas Teresa D´Ávila
Projeto de Produto/Programação Visual
Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM
Design Grafico
Faculdade de Desenho Industrial de Mauá
Projeto de Produto
1
1
Mirassol
Mogi das Cruzes
União das Escolas do Grupo Faimi de Educação - FAIMI
Design
Instituição de Mogi das Cruzes - UMC
Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico
2
Osasco
1
1
25
Salto
São Bernardo do
Campo
São Caetano do
Sul
São José do Rio
Preto
São Paulo
Centro Universitário FIEO - Unifieo
Bacharelado em Design com habilitação em design digital
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
Bacharelado em Design
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP
Decoração e Design
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
Bacharelado em Design
1
1
Sorocaba
Tatuí
1
1
Faculdades e Instituições de ensino
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia
Design de Produto
Centro Universitário de Rio Preto
Design de Moda
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Programação Visual/Projeto de Produto/Tecnologia da Embalagem/Design de Interiores/Design de Moda
Centro Universitário FIEO - UniFieo
Design Digital
Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero
Graduação em Comunicação Social - habilitação em Design Digital
Centro Universitário Senac - Senac-SP
Design Industrial/ Comunicação Visual / Interface Digital / Modelagem / Estilismo
Escola Panamericana de Artes
Design de Produto / Produção de Moda
Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM - SP
Superior de Propaganda e Marketing
Curso de graduação em Design - Bacharelado - (Habilitação em Comunicação Visual e ênfase em Marketing)
Faculdade Marcelo Tupinambá
Programação Visual
Faculdade Santa Marcelina - FASM
Design de Moda
Faculdades Associadas de São Paulo - Fasp
Webdesign
Faculdades e Centro de Educação Tecnológica
Webdesign
Faculdade Impacta Tecnologia - FIT –
Design de Mídia Digital
Faculdades Integradas Interamericanas – FAITER (Faculdades Oswaldo Cruz)
Programação Visual/ Projeto de Produto
Faculdades Metropolitanas Unidas - UniFMU
Design Gráfico e Design do Produto
Faculdade Senac de Comunicação e Arte
Design Gráfico/ Design de Multimídia/ Design de Moda
Fundação Armando Álvares Penteado - Faap
Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Moda
Faculdade Paulista de Artes
Bacharelado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual
Istituto Europeo di Design - São Paulo
Industrial Design/Interior Design/Fashion Design/Design de Jóias e Acessórios/ Graphic Design/Digital & Virtual Design
Miami Ad School São Paulo
Extensão em Design Gráfico
Instituição Anhembi Morumbi
Design de Animação, Design de Games, Design de Interiores, Design de Moda, Design Digital e Design Gráfico - Tipografia
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
Projeto do Produto e Programação Visual (simultâneo)
Instituição Mackenzie
Programação Visual/Projeto de Produto
Instituição Paulista - Unip
Projeto de Produto
Instituição São Judas Tadeu - USTJ
Programação Visual/Projeto de Produto
Instituição de São Paulo - USP (Faculdade de Arquietura e Urbanismo)
Design
Instituição de São Paulo - USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP Leste)
Bacharelado em Têxtil e Moda
Instituição de Sorocaba - UNISO
Tecnólogo em Design Gráfico
Faculdade de Desenho Industrial de Tatuí
Programação Visual
TABELA – Cursos de Design no Estado de São Paulo, classificados por cidade. Fonte:
www.designbrasil.org.br
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
82
Apêndice 4
Questionários
Professores
Título do e-mail:
Professor, responda e participe da pesquisa sobre Design.
E-mail:
CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA
06/11/09.
No
programa
de
pós-graduação,
Mestrado
em
Design
–
Unesp
(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa
levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o
Mercado de Trabalho, identificando assim:
 Pontos fortes e pontos fracos no ensino oferecido pelas instituições;
 A percepção e as expectativas dos futuros profissionais;
 As necessidades dos profissionais de design;
 As necessidades das empresas em relação ao design.
Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o
questionário abaixo.
Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para
esclarecimento de qualquer dúvida.
Antecipadamente agradecemos pela colaboração.
Carolina de Oliveira Marques
Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: [email protected]
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033
Esta pesquisa é orientada por:
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
83
Paula da Cruz Landim
Livre Docente
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191
Questionário
Nome:
Idade:
Gênero: ( ) feminino
( ) masculino
Formação:
Nome da Instituição de ensino:
1 - Há quantos anos leciona?
2 - Há quantos anos atuou/atua profissionalmente com atividades relacionadas ao
design (atividades não acadêmicas)?
3 - Cite algumas de suas produções técnicas.
4 - Quais disciplinas você leciona?
5 - Para elas, há necessidade de experiência prática como profissional de design?
( ) sim
( ) não
Por quê?
6 - De que forma, nas atividades das disciplinas que você leciona, ocorre a
aproximação com o mercado de trabalho?
7 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em
empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por
esta instituição?
8 - Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorar?
( ) Autorizo que seja citado meu nome.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
84
Apêndice 5
Alunos
Título do e-mail:
Design e meu futuro profissional
E-mail:
CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA 06/11/09.
No
programa
de
pós-graduação,
Mestrado
em
(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento
Design
–
Unesp
pesquisa que visa
levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o
Mercado de Trabalho.
Nós, alunos, temos expectativas em relação a nosso futuro profissional,
precisamos dizer o que pensamos e expor nossa percepção sobre o ensino que é
oferecido.
Será que os designers que estão saindo da Instituição realmente estão
preparados para o mercado de trabalho?
Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o
questionário abaixo.
Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para
esclarecimento de qualquer dúvida.
Antecipadamente agradecemos pela colaboração.
Carolina de Oliveira Marques
Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: [email protected]
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033
Esta pesquisa é orientada por:
Paula da Cruz Landim
Livre Docente
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
85
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191
Questionário
Idade:
Gênero: ( ) feminino
( ) masculino
Curso:
Habilitação:
Termo:
Nome da instituição de ensino:
1 - Pensando em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino
que recebe em seu curso de graduação?
( ) Ótimo
( ) bom
( ) regular
( ) ruim
( ) péssimo
2 - Já realiza estágio ou trabalha na área?
( ) sim
( ) não
3 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação Instituição e seu futuro profissional
como designer:
(
) Grade curricular
(
) Conteúdo das disciplinas
(
) Conhecimento dos professores
(
) Experiência prática dos professores
4 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino
oferecido por esta instituição?
5 - Pensando em seu futuro profissional, o que falta na faculdade?
6 - Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?
7 – Espaço para críticas e sugestões:
Autorizo que seja citado meu nome
( ) sim
( ) não
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
86
Apêndice 6
Mestrandos e Doutorandos
Bom dia!
Sou Carolina, fiz com você algumas disciplinas e estou enviando este e-mail para
solicitar sua a colaboração em minha dissertação.
A orientadora é a Paula e o tema da dissertação é a relação Instituição e mercado
de trabalho na área do Design, por isso estamos acessando todos atores do
processo.
As informações estão logo abaixo. É rapidinho.
Clique em responder e preencha com sua opinião. Estarei recebendo as respostas
durante esta semana.
Antecipadamente agradeço pela atenção e colaboração.
Carolina de Oliveira Marques
Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: [email protected]
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033
Esta pesquisa é orientada por:
Paula da Cruz Landim
Livre Docente
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191
Nome:
Idade:
Gênero: ( ) feminino
( ) masculino
Atualmente cursa: ( ) Mestrado
( ) Doutorado
Formação:
Empresa que trabalha:
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
87
Atua como: ( ) Designer Gráfico
( ) Designer de Produto
( ) Docente ( )
Outro
Parte I
1 - Pensando em sua futura atuação como docente, como você classifica o ensino
que recebe em seu curso de pós-graduação?
( ) Ótimo
( ) bom
( ) regular
( ) ruim
( ) péssimo
2 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação do seu curso de pós-graduação e
seu futuro profissional como docente:
(
) Grade curricular
(
) Conteúdo das disciplinas
(
) Conhecimento dos professores
(
) Atividades práticas - para atuação em sala de aula como professor
(
) Atividades práticas - para atuação com pesquisas
3 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino
oferecido por esta instituição?
4 - Pensando em seu futuro profissional como docente, o que falta no programa de
pós graduação?
5 - Considera importante o docente possuir experiência profissional?
6 - Já realiza estágio ou trabalha como professor?
( ) sim
( ) não
7 - Há quantos anos leciona?
Parte II
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
88
1 - Para as disciplinas que você leciona, há necessidade de experiência prática
como profissional de design?
( ) sim
( ) não
Por quê?
2 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em
empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino por você
oferecido?
3 - Há quantos anos atua como designer?
4 - Como você classifica o ensino recebido na graduação para aplicação em suas
atividades profissionais como designer? (
regular
( ) ruim
) Ótimo
(
) bom
(
)
( ) péssimo
5 - Quais são as principais competências exigidas de um designer pelo mercado de
trabalho?
6 - Seus professores transmitiram experiência profissional?
7 - O que faltou aprender?
8 - Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição
que fez graduação?
9 - O que é preciso fazer para melhorar o curso de graduação em design?
10 - Como você se atualiza?
( ) Sites
( ) Revistas
( ) Cursos
( ) Outros. Quais?
Autorizo a divulgação de meu nome
( ) sim
( ) não
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
89
10 Anexos
Anexo 1
Descrição do Perfil do Curso – Design – site Unesp
O curso de Design visa formar um profissional a partir de uma base transdisciplinar. Esta
visão permite que sua formação possa ser ampla e de livre acesso a informação quanto a sua práxis
projetual e à pesquisa em design. Investigar, propor rumos e instrumentalizar os alunos e
pesquisadores para as alterações de concepção e produção. Os projetos e suas desdobramentos
devem evidenciar um profissional apto à projetar novos mundos, novas sociedades em sintonia com a
rede de conexão global. Essa visão implica em uma ação projetual, ou seja, saber como elaborar
problemas, formular hipóteses e não somente detectar e resolver problemas de forma imediata. A
equação projeto - processo - produto é delineada segundo uma ação intelectual e sua práxis.
O curso de Design abrange duas áreas: Design Gráfico e Design de Produto. Estas duas
áreas pressupõem uma postura metodológica que as integram no mesmo campo do saber e da
prática profissional. O curso deve permitir ao Designer de Produto, através de projeto de unidades e
sistemas tridimensionais, atender as necessidades do ser humano no tocante a seu contexto
material, aqui entendido como o conjunto dos artefatos que povoam e ordenam ser aspecto vital, e
permitir ao Designer Gráfico, por meio de projetos de unidades e sistemas visuais, otimizar a relação
que se estabelece entre o ser humano e a informação.
Ambas habilitações possibilitam ao profissional atuar em muitas outras atividades, pelo
exercício privativo, como: assessoria a empresas, orientação, direção, consultoria no âmbito de sua
especialidade, bem como a formulação e execução de estudos, análises, planejamentos e pesquisas
em áreas próprias do Design, que tenham como objetivo a melhoria das condições de vida e de
informação do homem enquanto usuário, em entidades públicas ou privadas de qualquer setor. A
pedagogia do ensino do Design não pode ser a mesma daquelas áreas consideradas mais
tradicionais, ainda que o seu caráter de trabalho se apresente em termos tecnológicos, pois os
índices que separam o Design de outras atividades projetuais são exatamente a criação do novo,
original, a inovação. Considerando então a pluralidade dos Departamentos envolvidos com o curso,
deve haver um esforço no sentido de exigir que cada disciplina desenvolva o seu conteúdo com uma
metodologia pertinente ao Design, onde as questões criativas e a formulação de problemas seja a
tônica pedagógica fundamental. Portanto as experiências nesse sentido têm trazido sistematicamente
uma abordagem diferenciada do Design pela experimentação.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
90
Anexo 2
Currículos
Currículo - Habilitação em Design Gráfico
1. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
ARG
ARG
CHU
CHU
Disciplinas
CH
Créditos
Introdução ao Design
Desenho de Observação I
Plástica I
História da Arte I
Desenho I
Antropologia
Filosofia
30
60
60
30
60
30
30
300
02
04
04
02
04
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte II
Desenho de Observação II
Plástica II
Psicologia Aplicada ao Design
Desenho II
Comunicação e Semiótica I
Sociologia
30
60
60
30
60
30
30
300
02
04
04
02
04
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte III
Desenho III
Ergonomia Aplicada ao Design I
Modelagem
Recursos Computacionais
Comunicação e Semiótica II
Metodologia Científica
30
60
60
60
30
30
30
300
02
04
04
04
02
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte IV
Desenho IV
Metodologia do Projeto I
30
60
30
02
04
02
2. Termo
Depto
ARG
DDI
DDI
PSI
ARG
CSO
CHU
3. Termo
Depto
ARG
DDI
DDI
DDI
DDI
CSO
DDI
4. Termo
Depto
ARG
ARG
DDI
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
91
DDI
DDI
DDI
DDI
Fotografia I
Tipografia I
Produção Gráfica I
Oficina Gráfica
60
30
30
60
300
04
02
02
04
20
Disciplinas
CH
Créditos
Linguagens Contemporâneas
Metodologia do Projeto II
Projeto I
Fotografia II
Tipografia II
Produção Gráfica II
Optativa (*)
30
30
60
60
30
30
60
300
02
02
04
04
02
02
04
20
Disciplinas
CH
Créditos
Marketing I
Projeto II
Tipografia III
Produção Gráfica III
Fotografia III
Imagens Animadas I
30
120
30
30
60
30
300
02
08
02
02
04
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
Marketing II
Introdução ao Projeto de Conclusão em Design
Projeto III
Produção Gráfica IV
Imagens Animadas II
Optativas (*)
30
30
120
30
60
30
300
02
02
08
02
04
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
Gestão do Design
Projeto de Conclusão em Design Gráfico
Optativas (*)
30
150
120
300
02
10
08
20
2.400
160
5. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
DDI
DDI
DDI
6. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
DDI
DDI
DDI
7. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
DDI
DDI
8. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
Carga Horária Total
Total
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
92
Currículo - Habilitação em Design de Produto
1. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
ARG
ARG
CHU
CHU
Disciplinas
CH
Créditos
Introdução ao Design
Desenho de Observação I
Plástica I
História da Arte I
Desenho I
Antropologia
Filosofia
30
60
60
30
60
30
30
300
02
04
04
02
04
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte II
Desenho de Observação II
Plástica II
Psicologia Aplicada ao Design
Desenho II
Comunicação e Semiótica I
Sociologia
30
60
60
30
60
30
30
300
02
04
04
02
04
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte III
Desenho III
Ergonomia Aplicada ao Design I
Modelagem
Recursos Computacionais
Comunicação e Semiótica II
Metodologia Científica
30
60
60
60
30
30
30
300
02
04
04
04
02
02
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
História da Arte IV
Desenho IV
Metodologia do Projeto I
Fotografia I
Modelos e Protótipos
Ergonomia Aplicada ao Design II
30
60
30
60
60
60
300
02
04
02
04
04
04
20
2. Termo
Depto
ARG
DDI
DDI
PSI
ARG
CSO
CHU
3. Termo
Depto
ARG
DDI
DDI
DDI
DDI
CSO
DDI
4. Termo
Depto
ARG
ARG
DDI
DDI
DDI
DDI
5. Termo
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
93
Depto
DDI
DDI
DDI
DDI
Disciplinas
CH
Créditos
Linguagens Contemporâneas
Metodologia do Projeto II
Projeto I
Oficina de Madeira
Optativa (*)
30
30
120
60
60
300
02
02
08
04
04
20
Disciplinas
CH
Créditos
Marketing I
Projeto II
Oficina de Materiais Plásticos
Materiais e Processos de Fabricação
Optativa (*)
30
120
60
60
30
300
02
08
04
04
02
20
Disciplinas
CH
Créditos
Marketing II
Introdução ao Projeto de Conclusão em Design
Projeto III
Oficina de Metais
Sistemas Mecânicos
30
30
120
60
60
300
02
02
08
04
04
20
Disciplinas
CH
Créditos
Gestão do Design
Projeto de Conclusão em Design de Produto
Optativas (*)
30
150
120
300
02
10
08
20
2.400
160
6. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
DEM
DDI
7. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
DEM
DEM
8. Termo
Depto
DDI
DDI
DDI
Carga Horária Total
Total
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
94
Anexo 3
Perfil do Curso – Design – Iesb
O curso de Design tem como objetivo formar profissionais capacitados em Gestão e
Projeto no campo de Programação Visual e do Projeto do Produto. Os projetos
desenvolvidos pelo curso de Design pretendem melhorar a qualidade de vida e a
comunicação das pessoas, considerado para isso, os componentes do ambiente, da
cultura e da história. Neste sentido, o Curso de Design busca orientar sua docência
ao desenvolvimento das capacidades de observação e representação; projeção e
materialização, exigindo uma capacidade de criação dos alunos.
O Curso de Design formará profissionais sintonizados nas necessidades do
mercado, capazes de desenvolver trabalhos em grupo, dotados de cultura geral,
criativos e abertos a mudanças e adaptados ao processo de rápidas transições.
Os Bacharéis em Design serão capazes de: executar trabalho na área de
Programação Visual e do Projeto de Produto, realizar e analisar resultados de
pesquisas na área mercadológica, assumir cargos e funções da carreira do Design,
realizar pesquisas de materiais e tecnológicas, comunicar com clareza seus projetos
e gerir seu próprio negócio e, assumir uma postura íntegra e coerente com o código
de ética profissional, conhecendo plenamente os seus deveres e direitos
profissionais.
O Curso de Design - Bacharelado foi autorizado conforme a Portaria 2.839, de 13
de dezembro de 2001, publicada no D.O.U. em 17 de dezembro de 2001,
oferecendo 80 vagas totais anuais, em regime semestral, no turno noturno.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
95
Anexo 4
Unesp
Iesb
1.
CÁSSIA LETÍCIA CARRARA DOMINICIANO
[email protected]
1.
AILTON CÉSAR RIBEIRO
[email protected]
2.
CLÁUDIO ROBERTO Y GOYA
[email protected]
2.
CARMEN CECÍLIA A. DOS SANTOS LARANJEIRA
[email protected]
3.
3.
DORIVAL CAMPOS ROSSI
[email protected]
FÁBIO ALEXANDRE MOIZÉS
[email protected]
4.
4.
FÁBIO SIMÕES GROSSI
[email protected]
FERNANDO JOSÉ DA SILVA
[email protected]
5.
FRANCISCO DE ALENCAR
[email protected]
GASTÃO CARVALHO DEBREIX JUNIOR
[email protected]
6.
IVAN CARLOS MURER FRUCHI
[email protected]
JOSÉ CARLOS PLÁCIDO DA SILVA
[email protected]
7.
JACQUELINE AP. G FERNANDES DE CASTRO
[email protected]
7.
LUIS CARLOS PASCHOARELLI
[email protected]
8.
JOSÉ EDUARDO ZAGO
[email protected]
8.
LUIZ CARLOS FELISBERTO
[email protected]
9.
LÍLIAN HENRIQUE DE AZEVEDO
[email protected]
9.
LUIZ FERNANDO CARDOSO FURTADO
[email protected]
10. LUIZ ANTONIO TROMBINI
[email protected]
5.
6.
10. MILTON KOJI NAKATA
[email protected]
11. OSMAR VICENTE RODRIGUES
[email protected]
12. PAULA DA CRUZ LANDIM
[email protected]
13. SÉRGIO LUIZ BUSATO
[email protected]
14. SOLANGE MARIA BIGAL
[email protected]
11. MARCOS DE SOUZA LIMA
[email protected]
12. MARIA TERESA BENICASAT. GIL DE SOUZA
[email protected]
13. MARLENE AGUIAR
[email protected]
14. RAMSÉS BASTOS DA SILVA
[email protected]
15. RICARDO KENJI YAMADA
[email protected]
16. RODRIGO HOLDSCHIP
[email protected]
17. SUZY NAZARÉ RIBEIRO DA S. AMANTINI
[email protected]
18. THAÍS REGINA UENO
[email protected]
19. WANDA FERREIRA CARDIM
[email protected]
20. WILLIAN RIGHETTI
[email protected]
Corpo docente (e e-mail para contato) dos cursos de Design na cidade de Bauru. Fontes: www.faac.unesp.br e
www.iesbpreve.com.br
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