UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO Programa de Pós-graduação em Design O ensino e o mercado de trabalho na área de design Carolina de Oliveira Marques Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim Orientadora Bauru 2010 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO Programa de Pós-graduação em Design Carolina de Oliveira Marques O ensino e o mercado de trabalho na área de design Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Design, da Faculdade de Arquitetura, Instituição Artes Estadual e Comunicação, Paulista “Júlio da de Mesquita Filho”. Como requisito à obtenção do título de Mestre. Orientadora: Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim Bauru 2010 O ensino e o mercado de trabalho na área de design Agradecimentos Agradeço primeiramente e especialmente minha orientadora Paula da Cruz Landim. Agradeço pela orientação que me permitiu, desde a graduação, concretizações que me fizeram feliz e realizada na área acadêmica e no mercado de trabalho. Agradeço pela confiança, pelo apoio e brilhante orientação. Agradeço de tal forma e imensidão que mesmo que eu utilizasse todas as palavras existentes e espaços aqui disponíveis não seriam suficientes para agradecer o que fez. Tudo ainda seria pouco. A Sônia Hungria, funcionária da seção de graduação da FAAC - Unesp e ao Prof. José Fernando da Silva, coordenador do curso de Design no Iesb, que entraram em contato com os alunos e professores para que participassem respondendo aos questionários. A todos voluntários que colaboraram com a pesquisa. Aos meus gestores e amigos dos Correios, que permitiram trabalhar em horário diferenciado para que pudesse comparecer as aulas e congressos. Ao coordenador de negócios, Sergio Paulo Roberto, que percebeu e soube valorizar os benefícios e resultados trazidos pelo design, tanto para a empresa como para a sociedade. A minha família, especialmente meu pai. O ensino e o mercado de trabalho na área de design Resumo O ENSINO E O MERCADO DE TRABALHO NA ÁREA DE DESIGN. No cenário mercadológico o design vem ganhando cada vez mais destaque. Novas universidades e cursos que tratam de design estão surgindo. O novo consumidor aguarda por novidades, melhorias e boas surpresas. Diante desse contexto, o profissional de design precisa estar bem preparado para atuar nesta relação entre os vários atores do processo. Os professores precisam estar em sintonia com o mercado de trabalho, para oferecem ensino que garanta empregabilidade aos seus alunos. Um fator que vem contribuindo para que a relação entre sujeitos não seja totalmente positiva é o fato do termo design ser utilizado indiscriminadamente e desta forma provocar impactos negativos para a área, para os que nela atuam e principalmente para a sociedade. Portanto, foi verificada como está a atual relação ensino e o mercado de trabalho na área de Design. E com isto foi possível identificar pontos fortes e pontos fracos através de entrevistas com amostragem de sujeitos envolvidos nesta dinâmica, professores e alunos. Os resultados apontam alguns aspectos onde as Instituições de Ensino, estudantes de design, designers e o mercado de trabalho podem atuar para que ocorram melhorias nesta relação. Palavras-chave: Design, designers, ensino e mercado de trabalho. O ensino e o mercado de trabalho na área de design Abstract EDUCATION AND THE LABOR MARKET IN THE FIELD OF DESIGN. In the market scenario design is gaining more prominence. New universities and courses dealing with design are emerging. The new consumer waits for innovations, improvements and good surprises. Given this context, the design professional must be well prepared to act in this relationship between the various actors in the process. Teachers need to be in line with the labor market, to offer education to ensure employability of their students. One factor that has contributed to the relationship between subjects isn’t completely positive is that the term design is used indiscriminately and thus cause negative impacts to the area for those who work in it and especially to society. Therefore, it is necessary to check how is the current relationship education and the labor market in the area of Design. And for this it was possible to identify strengths and weaknesses through interviews with sample of subjects involved in this dynamic. The results show some aspects where the educational institutions, design students, designers and the labor market can work for improvements to occur in this relationship. Keywords: Design, designers, education and labor market. O ensino e o mercado de trabalho na área de design Lista de Figuras 10 FIGURA 1 – CURSO DE WEB DESIGN FIGURA 2 – CURSO DE DESIGN & WEB FIGURA 3 – CURSO DE DESIGN DE SOBRANCELHAS FIGURA 4 – NOTÍCIAS E DESIGN 1 FIGURA 5 – NOTÍCIAS E DESIGN 2 FIGURA 6 – NOTÍCIAS E DESIGN 3 FIGURA 7 – NOTÍCIAS E DESIGN 4 11 12 13 14 14 15 FIGURA 8 – VISUALIZAÇÃO DE RESULTADOS DA WEB PARA A PALAVRA DESIGN EM SITES BRASILEIROS FIGURA 9 – DESIGNER ARQUITETO E DESIGNER ADVOGADO FIGURA 10 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPOS FIGURA 11 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPO E PAPELARIA FIGURA 12 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOMARCAS FIGURA 13 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOS FIGURA 14 – CALÇADOS PROJETADOS POR KARIN RASHID FIGURA 15 – CALÇADOS PROJETADOS PELOS IRMÃOS CAMPANA FIGURA 16 – PEÇAS DE DIVULGAÇÃO QUE FALAM SOBRE DESIGN FIGURA 17 – EMPREGABILIDADE NA ÁREA DO DESIGN 15 16 17 17 17 17 18 18 19 32 O ensino e o mercado de trabalho na área de design Lista de Quadros QUADRO 1 - CONCURSOS DE DESIGN QUADRO 2 – CONCURSO PARA SELEÇÃO DE DESENHISTA INDUSTRIAL QUADRO 3 – CURSOS DE DESIGN NO ESTADO DE SÃO PAULO QUADRO 4 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 5 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 6 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A QUADRO 7 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO A QUADRO 8 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 9 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 10 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO B QUADRO 11 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO B QUADRO 12 - PERFIL DOS DISCENTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN QUADRO 13 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUADRO 14 - AVALIAÇÃO DO ENSINO OFERECIDO PELO PRÓPRIO DISCENTE QUADRO 15 - AVALIAÇÃO DA AULA DOS MESTRANDOS E DOUTORANDOS QUADRO 16 - MEIOS PELOS QUAIS OS DISCENTES SE ATUALIZAM 7 9 34 41 43 45 47 48 50 52 54 55 56 58 60 63 QUADRO 17 - REGISTRO DO NÚMERO DE PROFESSORES E PERCENTUAL DE COLABORAÇÃO COM A PESQUISA 64 QUADRO 18 - PERFIL DOS PROFESSORES E EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL QUADRO 19 - EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL QUADRO 20 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS QUADRO 21 - COMPARATIVO PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS 65 67 69 71 O ensino e o mercado de trabalho na área de design Lista de Gráficos GRÁFICO 1 – CONCURSOS DE DESIGN 8 GRÁFICO 2 - CONCURSOS DE DESIGN DE PRODUTO 8 GRÁFICO 3 - CONCURSOS DE DESIGN GRÁFICO 9 GRÁFICO 5 – A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA SELEÇÃO DE PROFESSORES 25 GRÁFICO 6 - AVALIAÇÃO FEITA POR ALUNOS DE CURSOS DE DESIGN DE BAURU 38 GRÁFICO 7 - MÉDIA DAS NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS A SUA INSTITUIÇÃO 38 GRÁFICO 8 - PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 39 GRÁFICO 9 - PONTOS FORTES DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 39 GRÁFICO 10 - PONTOS FRACOS DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 40 GRÁFICO 11 - INSTITUIÇÃO A – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE JÁ REALIZAM ESTÁGIO 42 GRÁFICO 12 - INSTITUIÇÃO A – AVALIAÇÃO DO CURSO 44 GRÁFICO 13 - INSTITUIÇÃO A – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 44 GRÁFICO 14 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FORTES APONTADOS PELOS ALUNOS 46 GRÁFICO 15 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FRACOS APONTADOS PELOS ALUNOS 46 GRÁFICO 16 - INSTITUIÇÃO B – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 49 GRÁFICO 17 - INSTITUIÇÃO B – AVALIAÇÃO DO CURSO 51 GRÁFICO 18 - INSTITUIÇÃO B – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 51 GRÁFICO 19 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FORTES 53 GRÁFICO 20 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FRACOS 53 GRÁFICO 21 - FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN 55 GRÁFICO 22 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO FEITA PELOS ALUNOS 57 GRÁFICO 23 - ALUNOS AVALIAM ITENS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 57 GRÁFICO 24 - PERCENTUAL DE DISCENTES QUE ATUAM COMO PROFESSOR 59 GRÁFICO 25 - COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO DESIGNER PELO MERCADO DE TRABALHO 61 GRÁFICO 26 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO REALIZADO PELOS DISCENTES 62 GRÁFICO 27 - O QUE FALTOU APRENDER NA GRADUAÇÃO 62 GRÁFICO 28 - MEIOS UTILIZADOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL 63 GRÁFICO 29 - QUANTIDADE DE PROFESSORES E QUANTIDADE DE RESPOSTAS 64 GRÁFICO 30 - RESULTADOS EM ANOS DA ATUAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL 65 GRÁFICO 31 - MÉDIA EM ANOS DE ATUAÇÃO NA ÁREA DE DESIGN 66 GRÁFICO 32 - NECESSIDADE DE EXPERIÊNCIA PRÁTICA PARA AS AULAS DE DESIGN 68 GRÁFICO 33 - COMPARATIVO NA AVALIAÇÃO DO CURSO REALIZADA PELOS ALUNOS 70 GRÁFICO 34 - ALUNOS ATRIBUEM NOTAS A ITENS RELACIONADOS À SUA GRADUAÇÃO 71 GRÁFICO 35 - PERCENTUAL DE GRADUANDOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 73 O ensino e o mercado de trabalho na área de design Sumário – Índice Geral 1 INTRODUÇÃO 1.1 2 Estrutura da Dissertação 2 OBJETIVOS 4 2.1.1 Objetivo Geral 4 2.1.2 Objetivos específicos 4 3 DESIGN HOJE 4 DO ENSINO AO MERCADO DE TRABALHO 4.1 O Ensino 3.2 Do Mercado ao Ensino 5 23 23 26 4.1.2 Mercado 26 4.1.3 Design e Mercado 28 4.1.4 Inovação 29 4.2 5 1 Relacionamento A PESQUISA 31 33 5.1 Sujeitos 33 5.2 Materiais 33 5.3 Local 33 5.4 Método 35 5.4.1 Aspectos éticos 35 5.4.2 Professores 36 5.4.3 Alunos 36 5.4.4 Alunos da pós-graduação 37 5.5 Resultados 37 5.5.1 Alunos de Design 38 5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design 55 5.5.3 Professores de Design 64 6 DISCUSSÃO 70 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 76 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77 9 APÊNDICES 79 10 ANEXOS 89 O ensino e o mercado de trabalho na área de design 1 INTRODUÇÃO O design ganha cada vez maior destaque no cenário mercadológico atual. O número de instituições de ensino que oferecem o curso se multiplica e o termo é utilizado para mostrar que o produto recebeu cuidados especiais e possui maior valor. A relação entre os atores deste cenário muitas vezes é conflituosa, pois o próprio termo design dá abertura para isso, devido à sua definição não tão clara e ainda divulgada e utilizada de forma distorcida. Lobach (2001) diz que, quando pronunciada a palavra “design”, devemos ter cuidado em relação à percepção precisa de quem a ouve, pois existem cinco diferentes interpretações: o usuário utiliza o termo com naturalidade e sem maiores reflexões; o fabricante poderia definir o termo como algo que agrega valor estético e otimiza valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; o empresário explorador acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela aparência que possibilita elevar o valor do produto; já o designer poderia definir como sendo “um processo de solução de problemas atendendo as relações do homem com seu ambiente técnico”; finaliza citando a postura possível de um advogado dos usuários: “design é o processo de adaptação do ambiente artificial às necessidades físicas e psíquicas dos homens na sociedade”. Mesmo nenhuma dessas definições sendo a mais exata para se definir design, as diferentes percepções supostas pelo autor servem de exemplo para retratar o conflito de entendimentos. As instituições de ensino, em se tratando de design, possuem como incumbência, além de outras, prepararem profissionais para o mercado de trabalho, que atuem permeando contatos com empresários, profissionais de outras áreas e o mercado consumidor. A intenção de quem cursa o nível superior é ingressar no mercado de trabalho e atuar em sua área de formação, designers trabalhando com design, colocando em prática o que aprendeu. Os empresários sabem muito bem que devem atender aos anseios dos consumidores para manter a saúde financeira e a sobrevivência da empresa, o famoso “foco no foco do cliente”. Porém, ocorre um distanciamento entre as instituições de ensino e o mercado empregador. A Associação de Designers de Produtos (ADP), em seu site, relata no artigo “A Relação Designer X Empresa: É preciso conhecer o caminho das pedras” que todos começaram a olhar o design como um atrativo para seu negócio, fazendo surgir empresas de design nos centros industriais e uma grande projeção das mais antigas, além de várias publicações discorrendo que o design tinha finalmente encontrado seu lugar. Tudo isso fez com que surgissem muitos cursos de design em todo país, novos profissionais no 2 mercado e não necessariamente todos esses profissionais possuem boa formação. Diz que faltou ao mercado brasileiro entender o que é design e aprender a usá-lo de forma eficiente. Landim (2009) faz uma reflexão e diz que uma questão tem sistematicamente surgido em suas indagações: “até que ponto a formação acadêmica responde aos anseios da sociedade e do setor produtivo?” Chega o momento em que é necessário realizar uma análise do estado atual do design, identificar o que fez ele se tornar o que é e o que pode ou deve ser feito deste ponto em diante e o relacionamento entre a instituição e o mercado de trabalho, até mesmo seus papéis individuais possuem grande influência. Fica claro que o entendimento sobre o que é design varia muito, e que o uso e determinação de seu termo estão sendo utilizados por diferentes pessoas, em aplicações distintas e significados diferentes. A finalidade desta pesquisa é identificar pontos de concordância e de conflito na relação entre empresas e instituições de ensino, como uma instituição vê a outra, de que forma colaboram entre si e demais relações dessa dinâmica. Busca também trazer contribuição para o relacionamento das partes envolvidas, identificando pontos nos quais o designer, tanto os já profissionais como os estudantes, podem melhorar e também como os empresários e colegas de trabalho podem contribuir de forma a facilitar o desenvolvimento, aproveitamento e valorização das atividades do designer. A pesquisa foi realizada no período de setembro de 2009 a setembro de 2010. 1.1 Estrutura da Dissertação Esta dissertação é composta por seis capítulos. A introdução ao tema tratado, trazendo uma abordagem de tudo que será apresentado neste trabalho. Os objetivos, os objetivos gerais, os objetivos específicos e a estrutura do trabalho estão no segundo capítulo. O terceiro capítulo, Design hoje, mostra como se apresenta o design nos dias atuais, realizando uma verificação do cenário e revisão bibliográfica. Expõe onde a palavra “design” vem sendo utilizada, aplicações corretas e errôneas, os impactos causados e reflexos na relação ensino e mercado de trabalho. No capítulo quarto, Do ensino ao mercado de trabalho, apresenta revisão bibliográfica, mostrando desde o surgimento do ensino de design, como é feita atualmente a seleção de professores e conceitos relativos ao mercado. A Pesquisa se concentra no capítulo quinto, desde a apresentação de seus sujeitos, materiais, local, aspectos éticos, até mesmo os resultados obtidos. Todos transformados em tabelas, gráficos para melhor visualização e análise, e descrições de cada um deles. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 3 A Discussão é encontrada no capítulo subsequente, o sexto, no qual os resultados se relacionam juntamente com a revisão bibliográfica, construindo e revelando assim informações interessantes da relação ensino e mercado de trabalho na área do design. O sétimo capítulo é destinado às considerações finais, observações importantes para os atores envolvidos no processo e também recomendações. Na sequência são apresentadas as referências bibliográficas, apêndices e anexos. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 4 2 OBJETIVOS 2.1.1 Objetivo Geral Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma análise da dinâmica do ensino do Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho. 2.1.2 Objetivos específicos Identificar percepções dos públicos que envolvem diretamente o ensino do Design: alunos e professores; Verificar a satisfação dos empresários que empregam designers e suas relações com tais profissionais; Indicar pontos de melhoria no ensino de Design e no relacionamento com os aspectos mercadológicos. Trata-se de investigação direta sobre opiniões de instâncias envolvidas no processo que engloba a passagem do aluno para o mundo profissional, da academia ao mercado de trabalho, identificando parâmetros estatísticos e análise. O universo foi a cidade de BauruSP. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 5 3 Design hoje Atualmente, para a maior parte das pessoas, ainda existe a dificuldade em se definir e até mesmo entender claramente o que é Design. Bezerra (2008) diz que design é uma palavra usada e abusada nos dias de hoje, da mesma forma que outras palavras como inovação, criatividade e estratégia também são. Diz também que os termos desaparecem rapidamente e que não é importante ficar preso a modismos. Porém quando o uso da palavra interfere significativamente em seu entendimento, provocando efeitos que podem ser sentidos e que são verdadeiramente reais, devemos sim nos preocupar. O Design está presente de manhã até a noite e, até mesmo quando as pessoas dormem, ele está lá: na casa, no trabalho, no lazer, na educação, na saúde, no esporte, no transporte de pessoas e bens, no ambiente público - tudo é configurado de forma inconsciente ou consciente. Design pode ser próximo da pele (moda), bem distante (terreno espacial) (Bürdek, 2006). Mesmo com a onipresença do design, muito se fala sobre o significado, o desconhecimento do termo e a aplicação indevida. Apesar de toda clareza e empenho de diversos autores em elucidar o que é design, a área ainda passa por situações incertas em relação à aplicação correta de seu termo e em relação à atividade exercida. “O objetivo principal do design é o de tornar a vida das pessoas melhor, a prática do design deve responder às necessidades técnicas, funcionais e culturais e criar soluções inovadoras que comuniquem significado e emoção e que transcendam idealmente as suas formas, estrutura e fabricação” conceitua Landim (2009). Porém, na prática, no dia a dia, encontramos distorções reais deste objetivo apontado. Aqui são apresentados problemas decorrentes da incorreta utilização do termo design e também o baixo nível de entendimento por maior parte das pessoas, provando tais fatos e mostrando a latente necessidade de ação imediata para que a situação se converta na aplicação correta e precisa da expressão. Hoje o termo design está sendo utilizado de maneira equivocada como forma de diferenciar um produto por sua estética, para denominar cursos de softwares gráficos, além de atividades que envolvam algum aspecto visual, como até mesmo arranjos de flores ou cabelo. Foi realizada busca pelo termo design em meios de comunicação como sites, dicionários, peças impressas, revistas e livros. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 6 Dicionários Nos dicionários, possivelmente o primeiro local onde a maior parte das pessoas irá buscar por informações sobre o seu significado, encontramos definições como: No Dicionário Houaiss (acesso em 2009) – “substantivo masculino Rubrica: desenho industrial; a concepção de um produto (máquina, utensílio, mobiliário, embalagem, publicação etc.), esp. no que se refere à sua forma física e funcionalidade; Derivação: por metonímia. o produto desta concepção; por extensão de sentido (da acp. 1). desenho industrial; Derivação: por extensão de sentido. m.q. m.q. desenho-de-produto; Derivação: por extensão de sentido. m.q. programação visual; Derivação: por extensão de sentido. m.q. desenho ('forma do ponto de vista estético e utilitário' e 'representação de objetos executada para fins científicos, técnicos, industriais, ornamentais')”. A definição não está apresentada de forma totalmente esclarecedora e completa. Já o Dicionário Michaelis (acesso em 2009) apresenta o significado de forma sintetizada – “(dizáin) sm (ingl); Concepção de um projeto ou modelo; planejamento; O produto deste planejamento”. Instituto Nacional de Propriedade Industrial O INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial divulga através de seu site www.inpi.gov.br (2009) o termo de forma incompleta, tratando o design apenas como um conjunto de elementos estéticos. Diz que “considera-se Desenho Industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.” O INPI diferencia o termo Patente do termo Desenho Industrial, sendo patente um novo produto, no sentido mais abrangente. Como dizem, são os que requerem, “na maioria das vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de uma patente significa prevenir-se de que competidores copiem e vendam esse produto a um preço mais baixo, uma vez que eles não foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do produto”. Aqui fica claro o conflito de significados, pois o Design envolve pesquisa e desenvolvimento de produto, porém o INPI entende que, de forma resumida, Desenho Industrial é estética. Isso é muito nocivo, visto que empresas através de seus gestores fazem uso do site para registrar e patentear seus produtos. Terminando o entendimento sobre patente exemplificado pelo INPI: “A proteção conferida pela patente é, portanto, um valioso e imprescindível instrumento para que a invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável. Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de O ensino e o mercado de trabalho na área de design 7 direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.” Um Instituto como esse, de grande importância para a área e com grande interação com o setor produtivo, deveria promover a atualização do termo e utilizá-lo de forma correta. Concursos de Design Os concursos também apresentam falha na aplicação do termo. Para eleger o melhor design contam com ampla divulgação, atraindo diversos concorrentes e, para ser um, não é necessária a formação em design. Para algumas empresas que promovem tais concursos, qualquer pessoa pode participar. Isso foi observado em 18/10/09, no site www.designbrasil.org.br, que foi acessado para obtenção dos números de concursos com inscrições abertas. Estavam disponíveis inscrições para oito concursos. Quadro 1 - Concursos de Design Concurso Projetos Exigida formação (profissionais e estudantes)? Design de Produto loja MICASA - Concurso móveis sim Salão Design Movelsul 2010 / 2º móveis sim Arte digital, fotografia e vídeo não DESIGN.br Design de Produto Design Mercosul Móveis Design Gráfico Volatmedia - Concurso Sou Criativo design gráfico e 2º Prêmio Minas Design de produto Design de Produto Design Aplicado ao Aço Inox sim moda; sim Colorido iF Concept Award 2010 desenho industrial; comunicação/multimídia; arquitetura e design de interiores; design universal Design de Produto Fapemig - Programa Estruturador Inovação em produto sim Logo comemorativo 25 anos não Estampa para tênis com o tema Pop não Rede de Inovação Tecnológica Design nas Empresas Design Gráfico Companhia Athetica - Athletica Design Gráfico All Star - Converse Art Collabs Art Através do gráfico formado pelas informações disponíveis sobre concursos, é possível notar que existe abertura para participação do público geral (sem formação na área e que também não são estudantes) nos concursos de Design: O ensino e o mercado de trabalho na área de design 8 Gráfico 1 – Concursos de Design Trinta e oito por cento dos concursos de design dessa amostragem permitiram livre acesso aos participantes, de certa forma permitindo com que todos se considerassem designers e fazendo com que exista abertura para pensamentos como: o concurso de design é aberto a todos, sem restrição. Então todos podem ser designers. Nos concursos, cujo objetivo é elejer o melhor design de produto, é exigida formação específica ou ao menos que o participante esteja cursando graduação em área afim. Para os processos de escolha de Design de Produto, não é permitido o ingresso do amadorismo em 100% dos concursos. Gráfico 2 - Concursos de Design de Produto O grande problema se encontra nos concursos relativos ao Design Gráfico, nos quais existe o livre acesso para participação. Apenas 25% dos concursos desta amostra, exigem formação profissional ou curso de graduação na área em andamento. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 9 Gráfico 3 - Concursos de Design Gráfico Fica evidente a desvalorização ocorrida com o designer gráfico graduado. Parte dessa responsabilidade pode ser atribuída à popularização dos softwares gráficos, seus cursos e à facilidade de seu manuseio. Veremos mais à frente imagens de fatores que provocam e provam essa ação de desvalorização. Wollner (2004), diz que a princípio todos podem ser designers e que, para isso, basta treinamento. Relata que, quando um empresário precisa de design e não sabe exatamente o que é isso, acaba contratando alguém com talento, um artista, que é intuitivo, porém não está preparado para aplicar a tecnologia. Um artista, alguém com talento, não esta preparado para muitas coisas relacionadas a design. Outros concursos, os de caráter empregatício, exigem graduação como prerrequisito para contratação. Nesse exemplo, no conteúdo programado para a prova do concurso estão diversos itens vistos em disciplinas do curso de graduação e o salário é o mesmo de outros cargos de nível superior. Quadro 2 – Concurso para seleção de Desenhista Industrial www.correios.com.br. Acessado em 31.01.2010 Cursos de Design Podemos encontrar inúmeros cursos de design, que não são de fato cursos de design. Aqui estão listados alguns que foram ou são realizados na cidade de Bauru - SP e as imagens de seus sites. Além da internet, a divulgação de tais cursos ocorre também O ensino e o mercado de trabalho na área de design 10 através de panfletagem, banners e abordagens presenciais, principalmente na área central da cidade. O curso de softwares que permitem a construção de sites ganha o nome de Web Designer. Conforme pode ser observado na figura abaixo, o conteúdo do curso constitui-se apenas de softwares com suas ferramentas e comandos. A escola de computação aponta como mercado de trabalho as agências de propaganda, produtoras web e empresas em geral que precisam de tais profissionais. Neste mercado, o designer é o profissional indicado para exercer tais atividades. O curso de informática que é um complemento na formação do designer é apresentado pela escola de computação como solução completa para formação de um profissional. Figura 1 – Curso de web design http://www.people.com.br/curso.asp?tipo=computacao&cod=13. Acessado em 30.01.2010 O ensino e o mercado de trabalho na área de design 11 Mais um dos vários cursos de informática oferecidos em Bauru - SP e no Brasil que levam o termo design no nome. Neste a escola diz que habilita o aluno a criar conteúdo para web e também materiais gráficos. O curso deveria levar o nome do software e não conter a palavra design. O profissional que a escola prepara pode ser chamado de operador de software e não designer. Figura 2 – Curso de Design & Web http://www.microlins.com.br. Acessado em 30.01.2010 Muitos alunos de tais cursos desenvolvem muito bem atividade com softwares específicos de design, consideram-se talentosos e competentes por conseguirem fazer trabalhos que acreditam ser similares ou superiores de quem cursa ou cursou graduação em design. Porém existem muitos riscos ao se colocar, por exemplo, a imagem empresarial nas mãos de operadores de softwares, pois não estão preparados para realizar eficientemente ações institucionais e mercadológicas, desconhecendo inúmeros aspectos que devem ser levados em conta. Design de Sobrancelha, conforme ilustrado na figura 3 é um curso que ocorreu em Bauru - SP no dia 22/05/2007. “Design de Sobrancelha” é um caso extremo e outro grande exemplo de uma grave falha de emprego do termo. O curso é apostilado e quem o faz, ganha certificado, tornando-se assim um designer de sobrancelha, o que caracteriza o O ensino e o mercado de trabalho na área de design 12 absurdo da utilização do “design” em uma atividade totalmente atípica e desconexa do que realmente é design. Figura 3 – Curso de Design de Sobrancelhas http://www.mariaamelia.com.br. Acesso em 30.01.2010 Ocorre com muita frequência a falta de profissionalização e a livre atuação de indivíduos que se autodenominam profissionais de design. Muitas pessoas que realizam cursos que ensinam a operar software gráfico recebem certificado de designer, o que não ocorre quando alguém realiza curso de software de planilhas ou de edição de texto e não são denominadas contabilista ou jornalista. Um curso de software gráfico leva o termo design para complementá-lo, já um software de controle e planilhas não leva o nome de Estatística ou Ciências Contábeis. O fato é que atualmente existem profissões que são exercidas e cujos empregadores ou contratantes não requerem do contratado a formação universitária. Podemos citar algumas como o próprio design, e outras como o jornalismo, administração e informática. Para o administrador, por exemplo, também é complicado, pois todo mundo em algum momento já administrou algo e em empresas quando pessoas são elevadas a cargos que precisam comandar, acabam administrando de forma mais efetiva e nem sempre possuem tal formação. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 13 A ADG Brasil – Associação dos Designers Gráficos (2004) diz que há alguns anos, uma das dificuldades da profissão era explicar para a própria mãe o que exatamente o designer fazia. Hoje em dia não é diferente. Mesmo sendo uma profissão que passou a existir em 1919 com a Bauhaus, ainda é preciso esclarecer não só para a mãe seu significado, como citaram os autores, mas para a maior parte das pessoas. E, atualmente, é mais difícil, pois além de explicar, é necessário eliminar, desfazer conceitos errôneos que já estão gravados na memória de grande parcela da população. Notícias Alguns complicadores que colaboram com a formação de um conceito errôneo são pessoas se autodenominando designers pelo simples fato de saberem utilizar softwares específicos; a palavra designer sendo utilizado na mídia como um simples apelo mercadológico; a confusão que algumas pessoas apresentam ao tentar distinguir design de arte ou de outras atividades e muitas outras situações. O design é diferente, não se compara a um surto artístico. O Design é consequência, fruto de um direcionamento apontado por diversos fatores. Um exemplo muito próximo e de fácil acesso é o emprego do termo design em noticiários. Foi realizada, no mais visitado site de buscas, uma procura por notícias recentes e foram localizados alguns empregos da palavra. Tais aplicações da palavra estão à disposição para acesso livre e sua colocação nos textos foi feita por profissionais de comunicação. Figura 4 – Notícias e design 1 O ensino e o mercado de trabalho na área de design 14 www.yahoo.com.br. Acesso em 28.01.2010 A notícia comunicando que a modelo Kate Moss trabalhou o design de bolsas é um ótimo apelo de marketing e exemplo de uso indiscriminado do termo. Não foram localizados registros dizendo que a modelo possua formação em design. Figura 5 – Notícias e design 2 http://diario.iol.pt/moda-e-social/kate-moss-longchamp-malas-design/11353234061.html - Acessado em 30.01.2010 Figura 6 – Notícias e design 3 http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1453527-9798,00KATE+MOSS+ASSINA+DESIGN+DE+BOLSAS+E+POSA+SENSUAL+AO+LADO+DE+SUA+CRIA CAO.html. Acessado em 30.01.2010 O ensino e o mercado de trabalho na área de design 15 Na figura seguinte, notícia apresenta design presente em festas populares como o carnaval. Muitas vezes são contratados designers profissionais para atuação em escolas de samba. Figura 7 – Notícias e design 4 http://www.sidneyrezende.com/noticia/71885+portela+aposta+num+visual+de+luxo+mas+com+ um+design+diferente+para+2010. Acessado em 30.01.2010 Site de busca Para uma precisa noção de como a utilização da palavra Design vem aumentando com o passar dos anos, basta observar a incidência de “design” na busca por notícias do site Google. Os resultados apresentados englobam a palavra em sites, notícias, fóruns ou qualquer presença em site registrado no site de busca. Figura 8 – visualização de resultados da web para a palavra design em sites brasileiros Fonte: Google. Acesso em 16/01/10 Páginas web de designers e não designers Outro fator que possui relevância é a não existência de regulamentação da profissão, que de certa forma banaliza e promove o não correto entendimento e aplicação do design em suas possíveis formas de atuação. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 16 Os irmãos Campana estão entre os designers mais conhecidos do país, tendo seu trabalho reconhecido tanto nacional como internacionalmente. No entanto, nenhum deles é designer de fato: Humberto é bacharel em Direito e Fernando é bacharel em Arquitetura. Figura 9 – Designer arquiteto e designer advogado http://www.campanas.com.br/. Acessado em 30.01.2010 Com isso, é possível dizer que é Designer quem quer ser designer. Basta fazer algo que se aproxime ou que tenha alguma relação com design que já é denominado como design. Tal situação gera questionamentos como: Design é algo feito apenas por designers? Quem determina se algo é ou não design? Para ter a exata noção do que essa abertura proporciona, podemos encontrar diversas pessoas oferecendo trabalhos como criação de logotipos, identidade visual, sites e outros. O site para divulgação e solicitação dos serviços já apresenta características amadoras e preços muito abaixo dos praticados pelos designers, como no exemplo das figuras que seguem temos a divulgação: “seu logo por apenas R$99,00”. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 17 Figura 10 – site - criação de logotipos http://www.logoemarca.com/. Acessado em 16/01/10 Figura 12 – site - criação de logomarcas http://www.agenciadosite.com.br/logomarcas_p romocao.htm. Acesso em 16/01/10 Figura 11 – site - criação de logotipo e papelaria http://www.logosecia.com.br. Acesso em 16.01.10 Figura 13 – site - criação de logos http://www.caion.com.br/. Acesso em 16/01/10 Para constatar que tais serviços não eram realizados por designers, foi efetivado contato com o desenvolvedor de um dos sites e criador de logos. Ele é um adolescente com visão empreendedora e informou que começou desde cedo a se interessar pela área e estudava muito sozinho. Depois fez alguns cursos de softwares gráficos como Photoshop e de programação para Web, xhtml e css, flash e outros. Disse que continua estudando. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 18 Design como estratégia de marketing Muitas vezes, o designer, sendo formado ou não, ganha grande fama e sua notoriedade funciona como estratégia de marketing das empresas que o contratam para determinado projeto de design. Temos o exemplo da marca Melissa. Os irmãos Campana e o designer internacional Karin Rashid possuem projetos adotados por ela e os produtos levam seus nomes e mais alguma palavra como complemento. Figura 14 – Calçados projetados por Karin Rashid Figura - http://www.karimrashid.com/. Acessado em 07.01.2010 Figura 15 – Calçados projetados pelos irmãos Campana Figura - http://www.lojamelissa.com.br. Acessado em 07.01.2010 Peças de comunicação É possível encontrar diversos e-mails do tipo marketing viral, onde são expostas as dificuldades dos designers. Toda comunicação gerada possui força de convencimento e informacional, portanto, para melhor aproveitamento do canal e audiência, o ideal seria dizer o que é designer e não o que não é. Porém definir design parece ser uma tarefa difícil até mesmo para o próprio designer. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 19 Figura 16 – peças de divulgação que falam sobre design Revistas A Revista Exame, edição de fevereiro de 2009, em sua reportagem “Todo poder ao design” cita exemplos de grandes corporações, como a Coca-Cola e Johnson & Johnson que têm “utilizado as possibilidades oferecidas pelo design para reforçar suas marcas e aumentar suas vantagens competitivas em relação aos concorrentes. E, para conduzir esse processo, têm destacado designers para assumir postos em seu primeiro escalão - como vice-presidente ou mesmo como chief design officer, cargo que se equipara ao de executivochefe das áreas de marketing, operações ou finanças. Com essa posição, eles têm poderes para intervir em praticamente todas as áreas da companhia, das fábricas à cadeia de suprimentos e distribuição.” Ficam claras a abrangência e a amplitude da atuação de um designer nas corporações e o ideal aproveitamento de todas suas potencialidades profissionais nesse ambiente. Na Revista Época (05/12/2009) é possível encontrar informações interessantes sobre design, pois o valorizam perante o mercado empregador: “O design thinking é uma ferramenta que ajuda a empresa a pensar com a cabeça do consumidor. As aspirações do cliente são, então, decifradas e traduzidas em um objeto inovador, único. É como um design sob medida, não apenas pelo compromisso com a estética, mas, principalmente, pela funcionalidade. (...) ajudarão os fabricantes a elaborarem uma estratégia eficaz de produção, distribuição e venda. O resultado deve seguir três requisitos. Precisa ser desejável, tecnicamente possível e mercadologicamente viável.” O ensino e o mercado de trabalho na área de design 20 Livros Forty (2007) diz que design tem dois significados na linguagem cotidiana, em um sentido se refere à aparência das coisas, à estética do design; o segundo, e mais exato uso da palavra design se refere à preparação de instruções para produção de bens manufaturados. Ainda diz que a aparência das coisas é uma consequência das condições de sua produção. Burdek (1999), em seu livro, sugeriu que em vez de uma definição, fossem elencados alguns problemas que o design deverá sempre atender e citou exemplos: “visualizar progressos tecnológicos; priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos (não importa se hardware ou software); tornar transparente o contexto da produção, do consumo e da reutilização; promover serviços de comunicação, mas também, quando necessário, exercer com energia a tarefa de evitar produtos sem sentido”. Para Kotler (2000), muito conhecido por ser um grande especialista na prática do marketing e que já prestou consultoria a empresas de destaque, o design é a “totalidade de características que afetam a aparência e as funções de um produto em termos das exigências dos consumidores”. A missão do designer “relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que, formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível, e isto sem abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos”, conta Strunck (2007). "Design Industrial pode ser definido como sendo um processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupos de usuários”, segundo Löbach (2001). Apesar de toda clareza e empenho de diversos autores em elucidar o que é design, a área ainda passa por situações incertas em relação à aplicação correta de seu termo e em relação à atividade exercida. Impactos Todo designer já teve dificuldade ao tentar explicar o que faz para viver. Desenhar marcas, desenvolver embalagens, criar cartazes e outros. O alcance do trabalho do designer é muito amplo e, às vezes, incompreensível, expõe Hirata (2004). Uma possibilidade é de que o termo design esteja sendo utilizado como força de expressão, de forma a tentar valorizar o negócio, na mesma intenção em que são utilizados os termos vip, marketing, personal, premiere, exclusive e outros. Ideias, muitas pessoas tem. E hoje, elas estão sendo cada vez mais expostas devido às mídias disponíveis. Todos podem ter boas ideias, e para isto, não é preciso ser designer. Complementando com informação de Bezerra (2008) que afirma que todos somos designers, pois todos podem produzir conceitos que levem a situações melhores. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 21 Porém o poder de reunir diversos ingredientes e torná-los em algo palpável, que passe a existir frente aos olhos, algo que nasce, que agora faz parte do mundo, isso sim é o que compete ao designer. Independente do nível de conhecimento das pessoas que interagem com determinado objeto, se o projeto de design é bom ou ruim, quem julga não é quem estudou muito sobre isso, mas sim quem adquire e utiliza o produto. A aprovação do trabalho do designer fica na mão do consumidor. Bezerra (2008) também trata da questão do termo design e deixa claro que a capacidade de inovar, criar, resolver problemas de design é maior que uma palavra ou uma definição. Diz também que precisamos dar menos importância às questões verbais e nos concentrarmos nos inúmeros problemas reais que estão esperando por melhores soluções de design. É possível, diante dos fatos apresentados, discordar da opinião emitida por Bezerra, pois os problemas com a palavra design vêm trazendo e amplificando problemas reais, além de impedir com que soluções de design alcancem seus objetivos causando impactos na sociedade. Se design é basicamente resolver problemas, podemos perceber que o problema que envolve seu próprio termo até hoje não foi resolvido. Ainda em seu livro, Bezerra (2008) diz que estamos diante de um exemplo de design quando um chimpanzé utiliza como ferramenta um galho de árvore para retirar formigas de um buraco. Não, isto não é um exemplo de design. Muito se discute, pouco se define. Para quem ouve e quem conhece mais, pode ter a impressão que é uma área cheia de incertezas e terá dificuldade de confiar e entender. Por vezes, problemas verbais causam ou são reflexo de problemas reais. Devemos sim ficar atentos a eles. Fica evidente que os aspectos negativos causados pela comunicação incorreta que aqui foram apontados causam impactos não somente ao Design e seus profissionais, mas em toda sociedade. Afinal, se um produto for mal projetado ou projetado com base no amadorismo e falta de conhecimento quem sofrerá será o usuário, produtor, meio ambiente, enfim todos. Muito se diz e muito se queixa sobre a não tão clara definição do termo design, o mau uso e o desconhecimento. As pessoas, no geral, não são obrigadas a saber o que é design, mas é obrigação de todo designer explicar a elas o que é. A grande divergência de entendimentos e informações incorretas impregnadas ao termo design provoca impactos de diversos níveis, até mesmo na relação entre a instituição de ensino e o mercado de trabalho. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 22 A informação não é homogênea e as partes envolvidas no processo que abrange a Instituição de Ensino e o Mercado de Trabalho podem ter percepções diferentes sobre o significado de design e sua atuação. Diante desse contexto do cenário atual, precisamos analisar o papel da instituição e do mercado de trabalho e suas relações na área do design. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 23 4 Do ensino ao mercado de trabalho Para um produto chegar às mãos de um consumidor e cumprir seu papel, é necessário que este produto tenha passado por um planejamento desenvolvido por um designer. Os designers atuam em conjunto com o setor produtivo, intermediando interesses, analisando possibilidades, projetando, criando. Para que seja possível e executada de forma satisfatória sua atuação, é esperado que o designer tenha uma ótima formação, somada a outros fatores. A formação está sob responsabilidade, principalmente, das Instituições de ensino e seus professores. 4.1 O Ensino O surgimento do ensino sistematizado do Design veio com a Bauhaus, em 1919. Ela criou uma consciência dentro da indústria que contribuiu de forma significativa para a definição do papel do designer. Um design desprovido de ornamentos, sem correlação com estilos antes executados (Azevedo, 2001). É inegável a importância da contribuição da Bauhaus tanto para o Design como para toda sociedade. É importante também ressaltar que pesquisas de registros históricos se fazem necessárias para a reflexão, entendimento e transformação da realidade atual no que tange às áreas de morada do Design. O que foi a Bauhaus e que dela nos foi herdado não deve servir como único parâmetro e fórmula preestabelecida, para que não haja inflexibilidade e nem deixemos de buscar o pioneirismo em construções de modelos educacionais e profissionais. Entender a Bauhaus é importante para que haja de certa forma uma ruptura, pois sua história é repleta de contradições e inovações. Métodos que foram aplicados há muito tempo, no início do século passado, e que, quando mudaram de cenários/países, já sofreram grandes intervenções. Tratando da relação ensino e mercado de trabalho, as divergências entre opiniões sobre os aspectos mercadológicos que envolvem o design vêm de muito tempo atrás. Já no curso preliminar, que foi a base para todo o desenvolvimento pedagógico da Bauhaus, era possível encontrar alguns pontos de atrito: Itten buscava um caminho individual, ignorando o mundo econômico, enquanto Gropius (diretor da escola) buscava o contato com a indústria. (Wick,1989). Moraes (1999) relata aspectos pedagógicos dos dias atuais dizendo: “seria, desta forma, a escola limitada a um posto de informação teórica e cultural do design, uma vez que a verdadeira integração escola-indústria não passa de um eterno projeto? Haveria uma O ensino e o mercado de trabalho na área de design 24 escola atuando como modelo? Ou um país de referência em ensino, com um caminho já percorrido com sucesso?”. O ensino do design deve ser tão ou, até mesmo, mais dinâmico quanto às mudanças do cenário, devendo não somente acompanhar os fatos, mas sim provocá-los. ADG – Brasil (2004) diz que “o universo profissional do designer ganhou um dinamismo que exige de todos uma predisposição permanente à aquisição de informações e à reflexão”. Moraes (1999) também discorre sobre o ensino do design: “qual plano de ensino seria o mais adequado junto às escolas que ensinam hoje esse ofício, sabendo-se que tal atividade vem recebendo influências das constantes mutações comportamentais, tecnológicas e culturais da nossa sociedade. Podemos considerar cada projeto a ser desenvolvido uma nova lição, na qual parte dos problemas a serem resolvidos não foi sequer mencionada durante os anos de formação escolar”. Outro aspecto a ser considerado diz respeito à grade curricular. Segundo Couto (2008), a realidade fez em muitos casos, que ocorresse a multiplicação de disciplinas dos cursos de design e que essas disciplinas consistem em maior parte das vezes em repetir fórmulas já aplicadas e ultrapassadas. Em consonância com esta pesquisa desenvolvida, a ADG – Brasil (2004) relata que as escolas e os cursos especializados multiplicaram-se e que produzem centenas de designers. Fala também que o grande desafio é enfrentar as rápidas transformações do mercado de trabalho. Professores O desafio de enfrentar as rápidas transformações do mercado de trabalho que ocorrem nos dias atuais está presente, e, uma das possíveis formas de aproximar o mercado da instituição, é através dos professores. Landim (2009) diz que “a maioria dos professores dos cursos de design são profissionais com pouca ou nenhuma experiência real que, após algumas tentativas frustradas de ganhar a vida desenvolvendo projetos, descobrem na atividade docente talvez a sua única possibilidade de atuação no setor. Saem da Instituição por uma porta, na qualidade de alunos recém-diplomados, e entram por outra, como professores concursados”. Apenas como exemplo e sem maior aprofundamento nesse campo específico, foi verificado nos editais que estavam em vigor no momento da realização da pesquisa que os concursos para seleção de professores atribuem maior valor às atividades acadêmicas como pesquisador e docente, sendo um possível fator de aproximação do mercado de trabalho para o setor produtivo. Tal edital estava disponível no site www.faac.unesp.br no ano de 2009. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 25 Para seleção de professor específico de disciplinas para o curso de Design, a atribuição de pontos se mostra de outra forma, sendo mais valorizada a experiência profissional. Os dois editais tratam das disciplinas “Projeto I, II e III”, “Oficina de Madeira” e “Oficina de Materiais Plásticos” e o outro para emprego público de professor abrange “Fotografia I, II e III” e “Projeto I, II e III”. O conjunto de provas é diferente: Títulos - peso 2; Didática - peso 1; Análise de Portifólio - peso 1, sendo que na prova de títulos também se atribui pontos para a experiência profissional. Isso mostra a proximidade cada vez maior da academia ao setor produtivo. Gráfico 4 – A experiência profissional na seleção de professores Além dos cursos de graduação, na cidade de Bauru - SP também são oferecidos os cursos de Mestrado e Doutorado em Design. Verificando o site da instituição é possível conhecer os objetivos de tais programas de pós-graduação: “Destina-se à formação de docentes, pesquisadores e demais recursos humanos especializados na área, capacitando-os a: exercer ação didática que esteja fundamentada em conhecimentos filosóficos, históricos, sociológicos, psicológicos, pedagógicos e tecnológicos, de maneira a desenvolver projetos coletivos que permitam estruturar conteúdos, experiências e currículos para o ensino do Design, gerando condições institucionais que estimulem a disseminação da cultura científica e tecnológica nesta área do conhecimento; vincular o Design à realidade e às necessidades da comunidade local e regional, criando caminhos que estimulem a democratização do conhecimento científico; O ensino e o mercado de trabalho na área de design 26 evidenciar as relações entre o trinômio ciência/tecnologia/educação e a qualidade de vida, bem como, possibilitar a compreensão das decisões sobre projetos e estratégias projetuais que são práticas adotadas no cotidiano do Design.” (fonte: www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/objetivos.php) Cabe a pergunta quando do momento de seleção dos futuros mestrandos e doutorandos: É valorizada a experiência profissional? Como esse aspecto é pontuado na seleção de futuros docentes? A experiência profissional para professores é realmente imprescindível? 3.2 Do Mercado ao Ensino O que move o mercado é o destinatário de todos os esforços, que podemos chamar de cliente, consumidor, usuário ou público-alvo. As empresas, produtos e serviços só são criados e permanecem vivos porque existem pessoas que precisam ter suas necessidades e desejos atendidos, mesmo que algumas vezes tais necessidades e desejos foram e são criados pelo próprio mercado. Para melhor entendimento do mercado – e suas relações com o design - é necessário conhecer alguns termos e conceitos sobre ele. Um dos mais propagados é o termo marketing, que segundo Kotler (2000) é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício. 4.1.2 Mercado As decisões de produto e comunicação, muitas vezes, são gerenciadas pela área de marketing de uma empresa. “Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.” (Las Casas, 1997) O Marketing, assim como o Design, sofreu mudanças com o passar dos anos. São três fases conforme LAS CASAS: 1º. Era da Produção: Antigamente, tínhamos uma demanda maior que a oferta e consumidores ávidos por produtos e serviços. No entanto, a produção ainda era artesanal. Na Revolução Industrial, surgiram as primeiras indústrias organizadas aplicando a administração científica de Taylor. A produtividade aumentou. Mas, mesmo com o empreendedorismo dos O ensino e o mercado de trabalho na área de design 27 empresários, a disponibilidade de recursos da época era fator determinante na comercialização. 2º. Era de Vendas: Em 1930, com uma produção em série mais consolidada, a oferta passou a superar a demanda e os produtos acumulavam-se em estoques. Algumas empresas começaram a utilizar técnicas de vendas muito mais agressivas e a ênfase na comercialização das empresas dessa época era totalmente dirigida às vendas. 3º. Era do Marketing: Em 1950, os empresários perceberam que o mais importante era a conquista e a manutenção de negócios a longo prazo, mantendo a clientela. Nota-se uma valorização maior do consumidor, as empresas estavam atentas aos desejos e às necessidades de seu público. Estava determinado o conceito de marketing, em que o consumidor passava a ser considerado o “rei”. E a concorrência externa que o Brasil sofreu na década de 90 fez com que houvesse uma ênfase ainda maior na valorização do consumidor, além do reconhecimento de outras áreas de importância acerca do consumidor. O termo produto (lembrando que uma das habilitações do curso de design é design de produto) pode ser encontrado no Mix de Marketing, o qual, segundo Kotler (2000), é o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no Mercado-alvo. Essas ferramentas simbolizam quatro grupos de variáveis que influenciam as decisões comerciais, bem como os consumidores finais. As quatro palavras-chave são produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção: Produto: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome de marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções; Preço: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento e condições de financiamento; Promoção: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas e marketing direto; Praça: canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte. Resgatando agora informações já apresentadas, muito se diz em diversos livros que design consiste basicamente em uma atividade voltada à resolução de problemas. Porém não são para todos os problemas que se aplicam solução de design, por exemplo, uma estratégia de comunicação (promoção) nem sempre utiliza um cartaz ou site, podendo ser a melhor solução para determinado momento e para atingir determinado público-alvo, a utilização de um anúncio em rádio, o que elimina a participação do designer. É uma realidade difícil para o designer aceitar, porém Design não é a solução para todos os problemas. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 28 4.1.3 Design e Mercado Podemos perceber que a atuação do designer abrange não somente o P que corresponde a produto, mas sim a todo mix de marketing. O designer não pode sair da instituição sem saber tomar uma adequada decisão de preço, pois o material escolhido e os processos de fabricação impactarão no valor final, e sem compreender os canais de distribuição, peso do produto, empilhamento, resistência ao ser transportado, fatores fixos e cambiáveis, tudo influência. Ainda segundo definições de Kotler (2000), no que diz respeito a Produto, as atividades listadas são: desenvolver e testar novos produtos; modificar produtos atuais; eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; formular política de marcas; criar garantias e pensar na forma de cumprir as garantias; planejar embalagem; incluindo formas, cores e desenhos. Assim, é possível perceber que não é a todo o momento que as empresas colocam novidades no mercado. Muitas vezes, trabalham a linha já existente. Conhecendo a definição de marketing e a relacionando com o citado por Lobach (2001), o qual diz que o fabricante poderia definir o termo design como algo que agrega valor estético e otimiza valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; que o empresário explorador acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela aparência que possibilita elevar o valor do produto - é possível questionar se as empresas possuem apenas interesses nos negócios e não na qualidade de vida dos consumidores. Não seria uma contradição conseguir vender algo que não atende às expectativas dos consumidores? As empresas são espertas e expertas o suficiente para saber que só atendendo às necessidades dos clientes é que conseguirão obter lucro. As empresas pensam na sociedade para sobreviver. Por isso, elas visam sim a excelência em projetos. Aí entram também os interesses do designer. Phillips (2007) diz que “faz parte das atribuições do designer ter ideias e convencer as pessoas”, mostrar as vantagens do design para a empresa, falar sobre aspectos estratégicos do design. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 29 4.1.4 Inovação Muitas vezes, a criatividade e o design estão intensamente ligados. O designer é um profissional criativo e ele foi incentivado na instituição de ensino a ser desta forma. Para as empresas, algo que é mais interessante que a criatividade é a inovação. Em muitos artigos direcionados ao mundo dos negócios, a criatividade aparece como sendo algo desassociado da inovação e mostrada como algo dispendioso, tal qual apresentado no Portal Exame: “Eis mais uma peculiaridade dessa nova abordagem do design: toda criatividade é muito bem-vinda, desde que ela não traga despesas em excesso.” Um resultado diferente, positivo ou negativo, originado de um processo amplo, é como Felippe (2007) conceitua criatividade. Já inovação é a utilização desse pensamento criativo para agregar valor em algo que é implementado e que gera resultados positivos para a organização. Bezerra (2008) articula o design como processo e a inovação como o resultado positivo desse processo. Para atuarem, os designers, além da criatividade e serem inovadores, precisam adotar um perfil empreendedor ou mesmo intraempreendedor, pois conforme Drucker (1987) "a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o processo pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente". Felippe (2007) diz que nem sempre é preciso uma ideia revolucionária ou original e aposta também na simplicidade na resolução de problemas e na criação de produtos ou serviços. Afirma que ideias simples podem gerar grandes resultados. Para a corrente hierárquica da empresa valorizar a ideia, é preciso que reconheçam o problema e o resultado que pode ser alcançado quando colocada em prática. Quando falamos em inovação em uma empresa, temos à disposição cinco formas para serem postas em prática: Inovação de Produto - Quando um produto é melhorado ou criado um novo. Só é considerado inovação quando ele é aceito pelo mercado e gera lucro para a empresa. Inovação em Serviços – novo serviço ou aperfeiçoamento de um já existente. Também só é considerado inovação se aceito pelo mercado e tenha proporcionado lucro. Inovação em Processo – melhoria ou novo método de gestão ou produção. Inovação em Marketing – o objetivo principal é aumentar as vendas. Exemplos: nova embalagem, parcerias com outras empresas, realizar promoções. Inovação Organizacional – novos métodos organizacionais na prática do negócio, organização do trabalho. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 30 É possível perceber que a atuação do designer abrange os cinco tipos de inovação e não somente inovação em produto e em marketing. A Revista Brasileira de Inovação (2009) mostra entrevista com Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que diz: “a inovação está na agenda das empresas, mas o risco de inovar ainda é grande”, afirma Skaf. “O diferencial irá se concentrar na tecnologia, na inovação, só conquistados se cumprirmos a lição de casa e promovermos investimentos significativos em P&D. A disposição da Fiesp é nessa direção, ou seja, articular os segmentos responsáveis e estimular a sinergia necessária para avançarmos nesse setor importantíssimo”, acredita. “Sem a inovação não conquistamos mercado e ficamos vulneráveis à concorrência” Diante da importância das informações apresentadas por Paulo Skaf, segue trecho em que mostra o baixo índice de atuação de designers: “Nossa realidade é, de fato, preocupante. Pelos números do IBGE, a maior parte dos produtos lançados e dos novos processos introduzidos nas linhas de produção no Brasil é, na verdade, adaptação de experiências já feitas por outras companhias. Em outras palavras, apenas 3,5% das empresas lançaram produtos genuinamente novos para o mercado nacional, e só 1,8% delas passaram a utilizar processos produtivos nunca antes testados. Uma das formas de melhorar este cenário é investir na adequação dos programas de apoio à inovação das empresas, reconhecendo a atualização de produtos e processos como etapa inicial do processo de inovação”. Em sua entrevista, Skaf até mesmo cita a importância da academia para que ocorra a inovação, dizendo que “as pessoas nas empresas não sabem dialogar com os pesquisadores das instituições de ensino e vice-versa”. (fonte: http://www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao7) Hitendra Patel é diretor do Center for Innovation, Excellence and Leadership, em Cambridge (EUA), e autor do livro 101 Innovation Breakthroughs e, em reportagem da revista Amanhã de 11 de dezembro de 2009, diz que chegou a hora de ser criado uma certificação para o gestor de inovação. É possível notar que as publicações atuais direcionadas a gestores de empresas, promovem a inovação, incentivando através de relatos de casos e também fornecendo dicas para quem deseja inovar. Porém ainda não mostram o design como uma grande força para que isto ocorra. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 31 4.2 Relacionamento Os designers precisam suprimir a ideia de que os empresários e os profissionais de outras áreas não sabem fazer as coisas bem feitas, até mesmo design. O designer vem para reunir todo conhecimento e informação de diferentes áreas e torná-los ingredientes de algo que vai ser concretizado: um novo produto. O designer deve ser gestor, coordenar o projeto, administrar banco de ideias dentro da empresa, possuir visão sistêmica, liderança e intraempreendedorismo. Como aqui estamos tratando da interação entre os atores do processo academia ao mercado de trabalho, a comunicação e o conhecimento são fatores de grande importância no relacionamento. Muitas vezes, o designer precisa vender seus serviços, suas ideias à organização em que trabalha. Para isto, é necessário certo domínio de negociação. O empregador se torna nesse momento o cliente interno e ele nem sempre tem pleno conhecimento sobre design. Guy Le Boterf descreve em seu estudo os estágios de evolução do aprendizado que são: incompetente inconsciente, que é o total desconhecimento sobre algo, o indivíduo não sabe que não sabe; incompetente consciente, é o indivíduo quando descobre que não sabe; competente consciente, é o que descobre o conhecimento, começa a se aprofundar no assunto; e competente inconsciente é o estágio em que o conhecimento é praticado automaticamente (La Rosa, 2008). É importante conhecer o próprio estágio e o estágio do interlocutor, facilitando assim a comunicação e fornecendo uma quantidade maior de informações para um perfeito entendimento. Ao mesmo tempo em que existem muitas pessoas informadas, existem muitas informações não corretas circulando livremente. Segundo Philips (2007), “faz parte das atribuições do designer ter ideias e convencer as pessoas. E, sobretudo, mostrar as vantagens do design para os demais dirigentes da empresa”. Por outro lado, os designers precisam saber lidar com a situação atual de que muitas pessoas, até mesmo os clientes/usuários, são muito bem informadas. Elas valorizam a estética, ergonomia, sustentabilidade, meio ambiente, pós-vida do produto e diversos outros fatores. E muitas vezes eles não sabem que tudo isso faz parte de um projeto de design. O designer não é o único que conhece tudo de um bom projeto, de um bom produto. Isto é fato. Entender isso é um grande passo, facilitador de relacionamento com diferentes atores do processo. Um bom poder de negociação e persuasão contribui significativamente para conquista de espaço profissional. Como o design carrega consigo muitos significados incorretos, além de ser designer, o profissional precisa ser um divulgador do assunto. Philips (2007) posiciona-se bem em relação a este aspecto dizendo que “antes de pensar em criar O ensino e o mercado de trabalho na área de design 32 briefings perfeitos, precisamos aprender a falar sobre os aspectos estratégicos do design, desfazendo conceitos errôneos como o de serviços decorativos”. Figura 17 – empregabilidade na área do design Quais são as competências necessárias para a atividade de designer e exigidas pelo mercado de trabalho? Qual é a relação entre os serviços prestados pelo designer e os serviços de um designer que são requeridos pelo mercado? É necessário realizar um apanhado geral das competências que estão em destaque atualmente. Como exemplo: será que a habilidade em realizar desenhos, da mesma forma em que é feito na prova de habilidades para seleção através de vestibular, utilizando lápis e papel é valorizado e requerido pelo mercado? Verificaremos. Do ensino ao mercado de trabalho ou do mercado de trabalho ao ensino? Precisamos saber se o ensino fornecido pelas instituições é como um produto que foi lançado sem se conhecer as reais necessidades do cliente ou se o ensino é verdadeiramente direcionado as necessidades humanas e empresariais. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 33 5 A Pesquisa 5.1 Sujeitos Os sujeitos desta pesquisa são os representantes de áreas envolvidas na trajetória da formação e atuação do designer, desde a preparação do profissional até seu desempenho no setor produtivo. Este processo abrange os professores e alunos, no que tange à formação dos designers na cidade de Bauru-SP, e os designers representam o setor produtivo. Professores - Os professores correspondem a profissionais acadêmicos que atuam em duas instituições de ensino de Bauru-SP, ministrando aulas nos cursos de Design. Alunos - Em relação aos alunos, foi estabelecido que todos os alunos teriam oportunidade de colaborar com a pesquisa. São alunos dos cursos de Design de duas instituições de ensino da cidade de Bauru-SP, do primeiro ao último termo. Alunos do curso de pós-graduação – São alunos que já possuem experiência profissional na atuação como designer e estão iniciando suas carreiras como docentes. 5.2 Materiais Os materiais utilizados para a realização da pesquisa foram os seguintes: papel offset A4 para impressão de questionário; veículo para locomoção e visita às instituições de ensino; canais de comunicação como linha telefônica e e-mail; e computador para registro e tabulação de dados. 5.3 Local A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru-SP. A escolha se justifica por ser uma das duas cidades do estado de São Paulo a abrigar mais cursos de Design (a primeira colocada é São Paulo e foi possível realizar o ranqueamento através das informações disponíveis no site da Rede Design Brasil, vide tabela disponibilizada nos apêndices), que são oferecidos pelas instituições: Instituição Estadual Paulista – Unesp; Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve). O ensino e o mercado de trabalho na área de design 34 Quadro 3 – Cursos de Design no estado de São Paulo Quantidade Cidade 25 São Paulo 2 Bauru 2 Osasco 1 Adamantina 1 Araçatuba 1 Birigui 1 Campinas 1 Franca 1 Guarulhos 1 Limeira 1 Lorena 1 Marília 1 Mauá 1 Mirassol 1 Mogi das Cruzes 1 Salto 1 São Bernardo do Campo 1 São Caetano do Sul 1 São José do Rio Preto 1 Sorocaba 1 Tatuí A cidade de Bauru é caracterizada principalmente pelas atividades comerciais de varejo, porém, também ganha destaque nas atividades industriais. Conforme dados divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 15/09/2009, das 36 Diretorias Regionais do Ciesp pesquisadas, 19 apresentaram bom desempenho no mês e em terceiro lugar, ficou Bauru, com expansão de 1,31%, devido à geração de empregos nos setores de vestuário (7,37%) e máquinas e equipamentos (1,85%). No ano anterior, os dados revelaram que a diretoria regional de Bauru do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) foi a terceira que mais gerou empregos no estado de São Paulo e o fator responsável pelo bom desempenho é a diversificação do parque industrial. Segundo informações da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) na lista dos municípios brasileiros avaliados pelo IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) no ano de 2008, Bauru ocupou o sexto lugar no ranking das O ensino e o mercado de trabalho na área de design 35 cidades paulistas que possuem o melhor índice de desenvolvimento municipal. Já em 2009, Bauru alcançou a 13ª colocação, ficando na lista das 20 melhores cidades para se viver. A revista Você S.A. também publicou em 2009, que Bauru está entre as 100 melhores cidades para trabalhar, ocupando a 64ª colocação. 5.4 Método Todos os atores do processo foram acessados e convidados a realizar preenchimento de questionário que foi enviado através de e-mail. O e-mail apresentou a seguinte composição: nome do programa de pós-graduação da Unesp; descrição da finalidade da pesquisa; questões que abordam o tema tratado; agradecimentos. Ocorreram, por necessidade de esclarecimento tratando da importância da colaboração, contatos telefônicos e presenciais. Primeiramente, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com elaboração de questionário, sendo a maior parte das perguntas abertas. O questionário, que aqui é o instrumento de medida, foi destinado a cada um dos atores e visou avaliar a atuação dos outros três atores envolvidos no processo. Todo questionário apresenta em suas primeiras questões, o objetivo de identificar o perfil do entrevistado, tais como idade, gênero e formação, e outras específicas para cada um dos tipos de profissionais. As questões seguintes circundam a percepção sobre a relação ensino com o mercado de trabalho. 5.4.1 Aspectos éticos Com relação aos aspectos éticos que devem estar presentes em toda pesquisa, todos os participantes que colaboraram com o fornecimento de informações e percepções através de questionários foram advertidos que suas respostas iriam compor os resultados para posterior análise e inserção nesta dissertação cujo objetivo é avaliar a relação ensino e mercado de trabalho na área do design. As instituições de ensino foram comunicadas e tal procedimento foi aprovado pela secretaria responsável ou pelo coordenador do curso em questão. Todos os que participaram, o fizeram espontaneamente e sabiam que não havia objeto de contrapartida, sendo a participação voluntária e não remunerada. O consentimento se concretizou através da entrega do questionário respondido, sendo pessoalmente ou através de e-mail. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 36 5.4.2 Professores No questionário formulado para obter respostas de professores, a preocupação principal é que dissessem como preparam os alunos para atuação profissional e de que forma procuram suprir as necessidades do setor produtivo através de suas pesquisas e ensino em disciplinas. As primeiras perguntas que serviram para delimitação de perfil foram: Nome da Instituição, idade e gênero. “Há quantos anos leciona?”, “Quantos anos já atuou profissionalmente com atividades relacionadas ao design?” e “Cite algumas de suas produções técnicas” mostram a experiência acadêmica e profissional do docente. “Qual(is) disciplinas são lecionadas por você?”, “Para elas há necessidade de experiência prática como profissional de designer? Por quê?”, “De que forma ocorre a aproximação com o mercado de trabalho?” mostram de que forma suas disciplinas apresentam foco no mercado de trabalho e preparam os alunos para a atuação nele. “Pensando na formação do profissional e sua atuação em empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorar?” visam identificar os pontos fortes e os pontos que podem sofrer melhorias. 5.4.3 Alunos Aos alunos foram direcionadas as perguntas: nome da instituição, idade, gênero, curso, habilitação, termo. O termo que está cursando indica as diferentes percepções e perspectivas, pois estão em estágios diferentes do conhecimento e uns já se aproximam da profissionalização. As áreas administrativas e de coordenação dos cursos enviaram a todos os alunos o questionário através de e-mail. Era esperado um alto índice de participação. Porém foi baixo, havendo a necessidade de visitar as salas e aplicar o questionário no momento das aulas. “Já realiza estágio ou trabalha na área?” - aqui trabalhamos com a percepção e expectativa ou já com a análise em campo de atuação. ”Pensando na relação Instituição e Mercado de Trabalho, atribua notas de 0 a 10: Grade curricular; Conteúdo das disciplinas; Conhecimento dos professores; Experiência prática dos professores”. Essa atribuição de notas mostra exatamente os possíveis pontos de satisfação na relação. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 37 “Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição?” e “Pensando em futuro profissional, o que falta na faculdade?” são perguntas abertas que mostram direções e necessidades apontadas pelos alunos. “Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é. 5.4.4 Alunos da pós-graduação Os alunos da pós-graduação atuantes contribuíram no sentido de já relatar como funcionou, em seu ambiente de trabalho e atividades, o ensino que receberam e, de certa forma, já confirmando a eficácia deste para aplicação prática. Em relação à empresa, responderam ”Quais são as competências exigidas pelo mercado de trabalho?” e “O que é aprendido na instituição e não é utilizado?”. Em relação à instituição, revelaram sua percepção sobre os seguintes aspectos: “Seus professores transmitiram experiência profissional? O que faltou aprender? Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição? O que é preciso fazer para melhorar?” O aprendizado é um processo contínuo e, para identificar como é feita a manutenção dele, foi feita a pergunta: “Como você se atualiza? Sites. Revistas. Cursos. Outros. Quais?” “Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é. 5.5 Resultados Aqui neste subitem os resultados serão apresentados e no capítulo seguinte ocorrerá a discussão sobre eles e de outros aspectos envolvidos. Os primeiros questionários enviados foram através de e-mail. A seção de Graduação da Unesp e a Coordenação do curso do Iesb enviaram para seus alunos e professores. Foi estabelecido o prazo de uma semana para envio das respostas, porém o resultado de retorno não foi satisfatório. No total, foram enviadas respostas somente de seis questionários, sendo quatro de professores e dois de alunos. Considerando a grande quantidade de e-mails recebidos nos dias atuais, podendo haver descarte de diversos deles e também o acúmulo de atividades existentes no final de todo ano letivo (época em que os questionários foram enviados), as pessoas têm pouco O ensino e o mercado de trabalho na área de design 38 tempo disponível para atividades extras. Então foi tomada a decisão de aplicar o questionário novamente, em forma física, sendo impresso e distribuído nas salas de aula. Oitenta questionários foram respondidos, sendo quarenta alunos de cada instituição. Tal quantidade proporcionou dados suficientes para realização de análise e interpretação. 5.5.1 Alunos de Design Gráfico 5 - Avaliação feita por alunos de cursos de Design de Bauru Dentre a amostra de 80 alunos de Design de duas instituições de ensino, 59% consideraram bom o ensino; 28% dos alunos entendem como regular; 12% cedem o critério máximo de qualidade, declarando que o ensino é ótimo; apenas um valor próximo de 1% avaliou como sendo péssimo; nenhum dos estudantes considerou o ensino ruim. Gráfico 6 - Média das notas atribuídas pelos alunos a sua instituição O ensino e o mercado de trabalho na área de design 39 O item que tem a melhor nota atribuída pelos alunos é o conhecimento dos professores. Este critério recebeu a nota média de 8,3; a experiência prática é a segunda opção mais bem avaliada, com nota de 8,1; a grade curricular com nota de 7,9 ocupa a terceira posição na classificação de melhores notas; com 7,5 de nota ficou o item conteúdo das disciplinas. Gráfico 7 - Percentual de alunos que realizam estágio A maior parte dos alunos não realiza estágio. Foi o que apontou a pesquisa, com 66% dos alunos dizendo que ainda não tiveram contato de forma atuante com o mercado de trabalho; 34% dos estudantes estão estagiando. Gráfico 8 - Pontos fortes do ensino que foram assinalados por alunos de design O ensino e o mercado de trabalho na área de design 40 A maior incidência de relato espontâneo sobre qual era o ponto forte indicou com 52% que são os professores; as disciplinas e conteúdo foram o segundo ponto forte mais assinalado; o curso possuir 2 habilitações (somente ocorre na Instituição B). Gráfico 9 - Pontos fracos do ensino que foram assinalados por alunos de design O ponto fraco mais citado pelos alunos foi relacionado a softwares (42%); os professores também ficaram na lista dos pontos fracos, sendo relatado por 26% dos alunos; a estrutura ficou com 25% de apontamentos. Agora estão tratados separadamente os resultados apresentados pelos questionários respondidos pelos alunos do curso de design da Instituição A. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 41 5.5.1.1 Alunos de Design da Instituição A Os alunos de Design da Instituição A informaram nas primeiras questões dados para identificação do perfil dos graduandos. As informações foram idade, gênero, habilitação, termo e se realizam estágio. Quadro 4 - Perfil dos alunos da Instituição A ALUNO GÊNERO HABILITAÇÃO 1 IDADE 27 F PRODUTO 2 19 M 3 19 4 TERMO REALIZA ESTÁGIO 10 NÃO ‐ 4 NÃO M GRÁFICO 4 NÃO 19 F GRÁFICO 4 NÃO 5 22 M GRÁFICO 4 NÃO 6 21 M GRÁFICO 4 NÃO 7 19 F GRÁFICO 4 SIM 8 22 M GRÁFICO 4 SIM 9 26 M GRÁFICO 4 NÃO 10 22 F GRÁFICO 4 SIM 11 19 M GRÁFICO 4 NÃO 12 19 F GRÁFICO 4 NÃO 13 20 M GRÁFICO 4 NÃO 14 20 F GRÁFICO 4 SIM 15 19 F GRÁFICO 4 NÃO 16 19 M ‐ 4 NÃO 17 20 M PRODUTO 6 NÃO 18 23 M PRODUTO 6 NÃO 19 20 M PRODUTO 6 NÃO 20 21 M PRODUTO 6 SIM 21 22 F PRODUTO 6 NÃO 22 20 M ‐ 2 SIM 23 18 M ‐ 2 NÃO 24 23 M GRÁFICO 2 NÃO 25 20 F ‐ 2 NÃO 26 23 M PRODUTO 2 NÃO 27 19 M PRODUTO 2 NÃO 28 19 F ‐ 2 NÃO 29 20 F GRÁFICO 2 NÃO 30 19 F ‐ 31 20 F ‐ 2 NÃO 32 20 M ‐ 2 SIM 33 19 F ‐ 2 NÃO 34 22 M ‐ 2 NÃO ‐ ‐ 35 ‐ ‐ SIM ‐ NÃO 36 20 F PRODUTO 6 SIM 37 21 F PRODUTO 6 SIM 38 30 M GRÁFICO 8 NÃO 39 20 F PRODUTO 6 SIM 40 25 M PRODUTO 2 NÃO O ensino e o mercado de trabalho na área de design 42 Gráfico 10 - Instituição A – Percentual de alunos que já realizam estágio Realizam estágio 27% dos alunos que responderam ao questionário; 73% dos estudantes até o momento não tiveram contato com o mercado de trabalho. Os graduandos tiveram cinco critérios de níveis de qualidade para estabelecer ao ensino de design oferecido por sua instituição. Foram eles: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Essa avaliação foi global, abrangendo diversos aspectos. Porém também atribuíram notas de 0 a 10, isoladamente, para quatro itens: “grade curricular”, “conteúdo das disciplinas”, “conhecimento dos professores” e “experiência prática dos professores”. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 43 Quadro 5 - Avaliação do curso de graduação em Design da Instituição A PENSANDO NA ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É: GRADE 1 BOM 8 CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS 7 2 PÉSSIMO 3 2 5 3 3 REGULAR 8 8 10 10 4 REGULAR 6 6 8 7 5 BOM 8 7 9 8 6 BOM 10 8 9 8 7 BOM 9 8 10 8 8 REGULAR 7 5 5 6 9 BOM 9 8 8 8 10 BOM 8 8 6 5 11 BOM 7 8 5 5 12 REGULAR 9 8 8 9 13 REGULAR 8 7 9 10 14 BOM 8 7 7 7 15 BOM 8 7 8 8 16 ÓTIMO 8 10 10 9 17 REGULAR 6 7 9 9 18 REGULAR 7 6 8 8 19 BOM 7 6 9 8 20 BOM 8 7 9 8 21 BOM 8 8 8 7 22 BOM 8 8 8 5 23 BOM 9 9 10 10 24 BOM 8 7 7 6 25 BOM 7 7 7 8 26 BOM 8 8 7 7 27 BOM 7 8 9 8 28 BOM 8 5 10 9 29 REGULAR 5 3 10 10 30 REGULAR ‐ ‐ ‐ ‐ 31 ÓTIMO 10 9 9 10 32 REGULAR 7 7 5 8 33 REGULAR 7 7 10 10 34 BOM 9 6 7 8 35 REGULAR 7 6 8 8 36 REGULAR 7 8 7 5 37 REGULAR 6 4 5 6 38 REGULAR 7 4 6 5 39 REGULAR 5 2 10 9 40 BOM 8 7 9 9 MÉDIA 7,5 6,7 8,0 7,7 ALUNOS ATRIBUA NOTA DE 0 A10 CONHECIMENTO DOS PROFESSORES 9 EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 10 Foi solicitado que os alunos avaliassem o ensino recebido considerando aspectos relativos à sua futura atuação como profissional de design. A pergunta feita foi: “Pensando em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino que recebe em seu curso de graduação?”. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 44 Gráfico 11 - Instituição A – Avaliação do curso Avaliaram o curso como “bom”, 52% dos alunos entrevistados; 40% consideram “regular”; 5% relatam que o curso é “ótimo” e uma pequena parcela, correspondente a 3%, diz que o curso é “péssimo”; nenhum dos alunos apontou como ruim o ensino oferecido. Gráfico 12 - Instituição A – Notas atribuídas pelos alunos O conhecimento dos professores ganhou destaque nas notas atribuídas pelos alunos com a pontuação de 8 em uma escala de 0 a 10; a “experiência prática dos professores” foi avaliada com nota de 7,7; a média da “grade curricular” foi de 7,5; o “conteúdo das disciplinas” recebeu 6,7 na avaliação dos alunos. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 45 Quadro 6 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição A ALUNO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 1 OS PONTOS FORTES SÃO O DIÁLOGO E DEBATE CONSTANTE COMO FORMA DE CRIAR A CONSCIÊNCIA CRÍTICA DENTRO DA PROFISSÃO, E DO QUE SE BUSCA COMO QUALIDADE PROFISSIONAL, E O PONTO FRACO É A FALTA DE SUBSÍDIOS POR PARTE DA INSTITUIÇÃO EM OFERECER CURSOS EXTRA‐CURRICULARES DE SOFTWARES ESPECÍFICOS, QUE SÃO MUITO COBRADOS NO MERCADO DE TRABALHO. 2 O CURSO É TÃO COXA QUE A GNT TEM QUE SE VIRAR PORÁ APRENDER TUDO SOZINHO, O QUE ACABA SENDO MELHOR DO QUE RECEBHER TUDO PASSIVAMENTE. FAZER QUASE TUDO POR CONTA PRÓPRIA RESULTA EM TRABALHOS SEM ORIENTAÇÃO, UM TRABALHO MAL DIRECIONADO, SEM BASE TEÓRICA CONSISTENTE. PROFESSORES. 3 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA 4 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA 5 PROFESSORES / PESQUISA INFRA ESTRUTURA / ALGUNS PROFESSORES QUE NÃO FOCAM A HABILITAÇÃO/ AULAS VAGAS 6 PROFESSORES PROFESSORES 7 PROFESSORES / PESQUISA / PALESTRAS / EVENTOS PROFESSORES ‐ QUE ACABAM ADOTANDO O MÉTODO DE AULAS DE UMA PÓS GRADUAÇÃO E NÃO DE GRADUAÇÃO 8 PESQUISA / PROJETOS ACADÊMICOS / PROFESSORES INFRA ESTRUTURA / GRADE CURRICULAR DIVIDIDA ENTRE PRODUTO E GRÁFICO / PROFESSORES PROFESSORES 9 PROFESSORES 10 INCENTIVO A PESQUISA / TRABALHOS PRÁTICOS E APLICADOS INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / FALTA DE DIDÁTICA DOS PROFESSORES 11 ENSINO TEÓRICO NÃO ABORDAGEM DO TERMO DESIGN / PREPARAÇÃO PARA MUDANÇAS. PROFESSORES. 12 PROFESSORES INDUZEM A PROCURA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS PROFESSORES SEM EXPERIÊNCIA EM DETERMINADAS DISCIPLINAS 13 DIVERSIDADE DE MATÉRIAS OFERECIDAS PROFESSORES COM FALTA DE COMPROMETIMENTO / FALTA DE DEMONSTRAÇÃO DO DESIGN ATUAL 14 PROFESSORES / PESQUISA PROFESSORES / INFRA ESTRUTURA 15 PROFESSORES DIDÁTICA. PROFESSORES. 16 O ALTO NÍVEL DOS INGRESSANTES / A INTERAÇÃO ENTRE VETERANOS / PROFESSORES FALTA DE RECURSOS TÉCNICOS E INTELECTUAIS / POUCA VERBA PARA PESQUISA 17 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA / PROFESSORES 18 PROFESSORES PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 19 ‐ ‐ 20 VIVÊNCIAS / PRÁTICAS / TROCA DE CONHECIMENTO FALTA EQUIPAMENTO / SOFTWARES 21 PROFESSORES PROFESSORES / NÃO PREPARADOS PARA MATÉRIAS ESPECÍFICAS, ALGUNS PROFESSORES NÃO TÃO DIDÁTICOS (MAIS PESQUISADORES) 22 O ENSINO ‐ PENSAR O "DESIGN" ESTRUTURA / PROFESSORES COM FALTA DE PRÁTICA 23 PROFESSORES QUALIFICADOS INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES 24 PROFESSORES PROFESSORES 25 PROFESSORES ESTRUTURA / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO DIDÁTICO 26 PROFESSORES RECURSOS COMPUTACIONAIS 27 PROFESSORES FALTA DE UNIFICAÇÃO ENTRE AS MATÉRIAS 28 PESQUISA MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / EXERCÍCIOS COMPUTACIONAIS 29 ‐ PROFESSORES EXIGEM DO ALUNO CONHECIMENTO DE RECURSOS COMPUTACIONAIS, SENDO QUE ISSO NÃO FOI PASSADO NA FACULDADE. PROFESSORES INDICAM QUE OS ALUNOS PROCUREM SOFTWARE GRÁFICO FORA DA FACULDADE. 30 GRADE CURRICULAR E PROFESSORES PROFESSORES 31 PROFESSORES ESTRUTURA / FALTA DE MATERIAIS 32 PROFESSORES / OFICINA BEM EQUIPADA PROFESSORES 33 TEORIA PRÁTICA 34 PROFESSORES / DIVERSIDADE DE ENSINO FALTA DE TECNOLOGIA E PROGRAMAÇÃO 35 PROFESSORES PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 36 VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS / OFICINAS PRATICAS INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES / EQUIPAMENTOS FOTO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO / COMODISMO DE ALGUNS PROFESSORES 37 POTENCIAL DOS ALUNOS / PESSOAS COM BOAS IDÉIAS PROFESSORES COM FALTA DE INTERESSE EM PASSAR ATIVIDADES ESTIMULANTES 38 PROFESSORES / REFORMULAÇÃO DO CURRÍCULO / TROCA DE CONHECIMENTO ENTRE OS ALUNOS DISTÂNCIA ENTRE AS DISCIPLINAS E A REALIDADE DO MERCADO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO OU SEM DIDÁTICA / FALTA DE RECURSOS TECNOLÓGICOS 39 ALUNOS QUE CORREM ATRÁS DAS COISAS ESTRUTURA / LABORATÓRIOS (VIDRO, CERÂMICA) / DESORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO QUANTO AS NOVAS GRADES CURRICULARES / CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS / FALTA DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FACULDADE / ACERVO PEQUENO NA BIBLIOTECA 40 PROFESSORES / LABORATÓRIOS GRADE PODERIA SER MAIS AMPLA O ensino e o mercado de trabalho na área de design 46 Pensando no relacionamento do ensino oferecido pela instituição com o mercado de trabalho, os alunos expuseram os pontos fortes e fracos que impactam diretamente nesta situação. Gráfico 13 - Instituição A – Pontos Fortes apontados pelos alunos O ponto forte mais citado pelos alunos são seus professores, sendo que 62,5% dos alunos mencionaram espontaneamente este item; 25% dos alunos consideram também um ponto forte do ensino as disciplinas e conteúdo; 15% também elegem a pesquisa e os próprios alunos como aspectos positivos do curso; 7,5% apontam os laboratórios para compor a lista de pontos fortes do ensino. Gráfico 14 - Instituição A – Pontos fracos apontados pelos alunos O ensino e o mercado de trabalho na área de design 47 62,5% dos alunos entrevistados também apontaram os professores como ponto fraco; a estrutura foi considerada ponto fraco por 25% dos alunos; 15% dizem que “software” também é algo a ser melhorado na instituição. Quadro 7 - O que falta na faculdade – Instituição A ALUNO O QUE FALTA NA FACULDADE? 1 O SUBSÍDIO DE CURSOS EXTRA‐CURRICULARES (EM FORMA DE DESCONTO OU CONVÊNIO COM ESCOLAS) COMO COMPLEMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO. 2 VISAO DE PRESENTE. VISAO DE FUTURO. AULAS DE INTRODUCAO AO DESIGN.O PROFESSOR FOI AFASTADO . 3 INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / SALAS DE AULA / GRADE CURRICULAR MAIS AMPLA 4 INFRA ESTRUTURA 5 INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / MATERIAL PARA TRABALHAR A TEORIA 6 MAIS APLICAÇÃO PRÁTICA 7 MAIOR INTERAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO DAS AULAS E O MERCADO DE TRABALHO 8 PREPARAÇÃO DO ALUNO PARA O MERCADO 9 AULAS MAIS PRÁTICAS / OFICINAS PARA O DESIGN GRÁFICO 10 LABORATÓRIOS / MAIOR CONTATO COM O MERCADO DE TRABALHO 11 PREPARAÇÃO O FUTURO E PARA AS MUDANÇAS 12 ENFASE EM SOFTWARES 13 14 INFRA ESTRUTURA COMPUTADORES 15 PROFESSORES MAIS INTERESSADOS NO APRENDIZADO / EQUIPAMENTOS MELHORES / SOFTWARES 16 NÃO FALTA NADA ATÉ O MOMENTO 17 INFRA ESTRUTURA / SOFTWARE E AULAS DE SOFTWARES / INCENTIVO ADEQUADO E APROPRIADO PARA CONCURSOS DE DESIGN 18 VISÃO MAIS PRÁTICA, SAINDO DO ESPAÇO "SALA DE AULA" 19 ‐ 20 INFRA ESTRUTURA/ EQUIPAMENTO NOS LABORATÓRIOS 21 ESTRUTURA / PROFESSORES 22 ‐ 23 TECNOLOGIA 24 ALGUMAS AULAS PRECISAM SER MELHOR 25 ESTRUTURA / FALTA DE APOIO PARA ESTÁGIO 26 SOFTWARES 27 AULAS DE TÉCNICAS DE SOFTWARES 28 ESTRUTURA / CONTEÚDO MAIS OBJETIVO / PROFESSORES E MATÉRIAS QUE MOSTREM AS VÁRIAS OPÇÕES QUE UM DESIGNER PODE FAZER 29 PROFESSORES DEVIAM ENSINAR O CONTEÚDO DE SOFTWARE GRÁFICO JÁ QUE EXIGEM. OU ENTÃO AVISAR QUE SERIA EXIGIDO TAL CONHECIMENTO (PRÉ REQUISITO PARA INGRESSAR NO CURSO). 30 AULAS DE SEMIÓTICA DECENTE 31 MAIOR OPORTUNIDADE DE ESTÁGIOS 32 MELHOR ORGANIZAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES 33 MAIOR AUXÍLIO EM BASE PRÁTICA COMO COMPUTAÇÃO E CONHECIMENTO DE MERCADO DE TRABALHO 34 ESTRUTURA QUE AS PARTICULARES TEM 35 ACHO QUE POR OS PROFESSORES NÃO CORREREM O RISCO DE SEREM DEMITIDOS, "CARGO ETERNO", ALGUNS DELES DÃO AULA QUE NEM O NARIZ DELES. 36 MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / POSSIBILIDADE DE MONTAR O PRÓPRIO CURRÍCULO / ENSINO DE SOFTWARE / INTERAÇÃO COM OUTROS CURSOS / LIVROS E BIBLIOGRAFIA ATUALIZADOS 37 AULAS DIRECIONADAS A DEMANDA DE MERCADO / ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO QUE AS EMPRESAS PRECISAM / SOFTWARES / "COMO GANHAR DINHEIRO COM BOAS IDÉIAS 38 LABORATÓRIOS / BUREAU DE SERVIÇOS / RECURSOS AUDIO VISUAIS / EXPERIMENTAÇÕES / PROJETOS SOCIAIS, CONTRIBUINDO PARA SOCIEDADE LOCAL 39 MAIOR INTERAÇÃO ENTRE OS CURSOS 40 NADA O ensino e o mercado de trabalho na área de design 48 A tabela localizada na página anterior apresenta a visão dos alunos sobre o que entendem que falta na instituição, apontando lacunas e pensando em seu futuro profissional e relacionamento com o mercado de trabalho. 5.5.1.2 Alunos de Design da Instituição B O questionário respondido por 40 alunos da Instituição B gerou os seguintes resultados, sendo que os primeiros compreendem o perfil do aluno entrevistado, identificando idade, gênero, habilitação do curso, termo e se realiza estágio. Quadro 8 - Perfil dos alunos da Instituição B ALUNO IDADE GÊNERO HABILITAÇÃO TERMO REALIZA ESTÁGIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 21 18 18 18 23 20 18 29 19 23 21 19 18 20 23 18 25 24 40 21 20 22 21 21 20 20 21 22 19 25 19 27 30 26 20 23 21 22 21 24 F F F F M M M F M M M M M F M M M F M F M M F F M M F F M M F M M F F F M F F M ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 2 2 2 2 2 2 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 6 6 6 6 8 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 1 NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM O ensino e o mercado de trabalho na área de design 49 Os dados informados e dispostos em tabelas geraram gráficos que permitem a observação de predominâncias e exceções. A instituição B não trabalha com habilitações distintas, sendo tratado o Design no geral, em diferentes atuações. Gráfico 15 - Instituição B – Percentual de alunos que realizam estágio Em relação ao percentual de alunos que realizam estágio, temos 41% dos entrevistados que já estão inseridos no mercado de trabalho; 59% dos estudantes até o momento não tiveram atuação no ambiente profissional. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 50 Quadro 9 - Avaliação do curso de graduação da Instituição B ALUNO PENSANDO NA ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É: ATRIBUA NOTA DE 0 A10 GRADE CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 1 REGULAR 8 8 8 8 2 ÓTIMO 8 8 9 9 3 BOM 9 9 9 9 4 BOM 7 9 10 8 5 BOM 10 10 10 10 6 BOM 9 9 9 9 7 BOM 8 9 10 9 8 REGULAR 7 8 8 9 9 BOM 8 9 10 9 10 BOM 8 8 8 8 11 ÓTIMO 7 7 9 9 12 BOM 8 8 8 8 13 ÓTIMO 10 10 10 10 14 ÓTIMO 10 8 9 9 15 BOM 8 9 10 10 16 BOM 8 8 9 9 17 BOM 8 8 7 6 18 BOM 9 8 10 9 19 ÓTIMO 9 9 10 10 20 BOM 9 9 10 9 21 BOM 9 8 8 8 22 BOM 7 7 9 8 23 ÓTIMO 9 9 8 8 24 BOM 8 8 8 8 25 BOM 9 9 8 8 26 BOM 9 9 8 9 27 BOM 10 8 9 8 28 ÓTIMO 8 10 10 10 29 BOM 7 7 8 8 30 BOM 8 9 10 8 31 BOM 9 10 10 8 32 REGULAR 6 6 6 6 33 BOM 8 8 7 5 34 REGULAR 7 7 7 6 35 REGULAR 9 8 8 7 36 REGULAR 7 7 6 7 37 BOM 7 7 8 9 38 BOM 9 8 8 10 39 BOM 8 8 8 10 40 ÓTIMO 9 10 8 10 MÉDIA 8,3 8,4 8,6 8,5 Os alunos do curso de Design da Instituição B atribuíram conceitos de “ótimo” a “péssimo” ao ensino oferecido pela instituição. Deram notas de zero a dez a tópicos específicos que constituem o ensino de design, o que permitiu a obtenção da média de cada um desses itens. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 51 Gráfico 16 - Instituição B – Avaliação do curso A maior parte dos estudantes, 65% deles, avalia como “bom” o curso de design oferecido pela Instituição B; 20% dos alunos entrevistados consideram “ótimo”; avaliam como “regular” o curso, 15% dos alunos. Gráfico 17 - Instituição B – Notas atribuídas pelos alunos A maior nota atribuída aos alunos foi ao conhecimento dos professores. A nota foi de 8,6 em uma escala de 0 a 10; a experiência prática dos professores recebeu a segunda maior média, com 8,4, na avaliação dos estudantes; a grade curricular e o conteúdo das disciplinas ficaram com a média de 8,3 cada um dos itens. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 52 Quadro 10 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição B ALUNO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 1 - FALTA DE INCENTIVO DOS PROFESSORES AOS ALUNOS 2 PROFESSORES / CONTEÚDO COMPUTADORES VELHOS / SALA DE DESENHO SEM AR CONDICIONADO 3 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO 4 MUITOS TRABALHOS E MATÉRIAS COMPUTADORES PÉSSIMOS / TRABALHOS SEM MUITA EXPLICAÇÃO 5 PROFESSORES E FORMA QUE LECIONAM AS AULAS FALTA DE INTERESSE DOS ALUNOS 6 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO 7 PROFESSORES FALTA DE ESTRUTURA / COMPUTADORES 8 PONTO FORTE É QUE AQUI PODEMOS ATUAR EM QUALQUER ÁREA, PV OU PP ESTRUTURA / COMPUTADORES ESTRUTRA / MATERIAIS / COMPUTADORES 9 PROFESSORES / ENSINO DE QUALIDADE 10 PROFESSORES COMPUTADORES 11 PROFESSORES / RECURSOS SALA SEM CLIMATIZAÇÃO / COMPUTADORES PRECÁRIOS 12 PROFESSORES LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA / INSTALAÇÕES DISTANTES 13 PROFESSORES / METODOLOGIA DE ENSINO / GRADE CURRICULAR ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / OFICINAS / SALA DE AULA 14 CONTEÚDO / MATERIAIS MAIS PRÁTICAS EM PROGRAMAS DE DESIGN 15 PROFESSORES POUCAS AULAS PRÁTICAS / POUCO APROFUNDAMENTO EM QUESTÃO AOS SOFTWARES 16 PROFESSORES DEVERIA SER MAIS PUXADO / MOSTRAR MAIS LIÇÕES IMPORTANTES DA ATUALIDADE 17 AULAS PRÁTICAS AINDA FALTA INFRA ESTRUTURA EM ALGUNS PONTOS 18 APRENDEMOS TANTO PROGRAMAÇÃO VISUAL COMO PROJETO DE PRODUTO O CURSO NÃO É UM DOS MAIS VALORIZADOS NA INSTITUIÇÃO. PERCEBE-SE FACILMENTE AO VER O LOGO, PAPELARIA E PROPAGANDAS DA INSTITUIÇÃO 19 PROFESSORES / AMBIENTE MUITO AGRADÁVEL PARA O ENSINO APRENDIZAGEM LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA COM MÁQUINAS ANTIGAS E PROGRAMAS COM VERSÕES ULTRAPASSADAS. 20 TRABALHAMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL E PROJETO DE PRODUTO FALTA DE APOIO DA FACULDADE 21 TRABALHOS / EXCURSÕES SINALIZAÇÃO INTERNA 22 PROFESSORES / OFICINAS / VALOR DA MENSALIDADE ACESSÍVEL INFRA ESTRUTURA / BIBLIOTECA / VISÃO MUITO MERCADOLÓGICA E POUCO ARTÍSTICA 23 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS INFRA ESTRUTURA DO PRÉDIO / ALGUMAS POUCAS DISCIPLINAS COM POUCO CONTEÚDO ÚTIL 24 PROFESSORES / ENSINO MUITO BOM FALTA UM POUCO DE PESQUISAS NOVAS E CONCEITOS ATUAIS DE ALGUNS 25 BASTANTE TRABALHOS PRÁTICOS FALTA DE CONTATO COM O MERCADO 26 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS POUCO APROFUNDAMENTO EM ALGUMAS ÁREAS 27 APLICAÇÃO DE PROJETOS / TRABALHOS VOLTADOS PARA O MERCADO / PRATICIDADE DAS INFORMAÇÕES / PROFESSORES ESTRUTURA 28 - OSCILA MUITO COM RELAÇÃO A GRADE 29 SÃO ENSINADAS TODAS AS ÁREAS DE DESIGN MATÉRIAS IMPORTANTES SÃO PASSADAS NUM TEMPO CURTO 30 PROFESSORES / PESQUISA ESTRUTURA / BIBLIOTECA TER MAIS LIVROS 31 PROFESSORES / SUPORTE DURANTE TRABALHOS / MATERIAL COMPLETO GRADE CURRICULAR CONFUSA / FALTAM INCENTIVO E RECONHECIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE 32 DIVERSIDADE DO CONTEÚDO / HABILITAÇÃO EM PRODUTO E GRÁFICO DISTANCIAMENTO DA TEORIA APLICADA NA AULA AOS CONHECIMENTOS EXIGIDOS NO MERCADO 33 CIENTIFICISMO / CONCEITO DESIGN NO MUNDO REAL, PRÁTICO 34 GRÁFICO E PRODUTO / PROFESSORES FALTA DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NA OFICINA 35 - - 36 - - 37 PROFESSORES 38 2 HABILITAÇÕES EQUIPAMENTOS / NÃO APROVEITAMENTO DO PESSOAL DO CURSO PARA ELABORAR DO SITE, FOLDER, LOGO ETC. A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA 39 2 HABILITAÇÕES A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA 40 LOCALIZAÇÃO,FACIL ACESSO, ÓTIMOS PROFESORES E ENSINO FALTA DE INTERAÇÃO COM A ÁREA, EQUIPAMENTOS E ESTACIONAMENTO Os pontos fortes e fracos do ensino relacionados ao mercado de trabalho foram mencionados pelos graduandos conforme suas percepções. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 53 Gráfico 18 - Instituição B – Pontos fortes O ponto forte mais apontado pelos alunos foi “professores”, sendo referido espontaneamente por 56% dos alunos; o segundo ponto forte mais citado foi “conteúdo e disciplinas”, por 23% dos entrevistados; o curso possuir duas habilitações, foi citado por 21% dos estudantes; 5% consideram também os laboratórios. Gráfico 19 - Instituição B – Pontos fracos A predominância dentre os pontos fracos apontados pelos alunos foi da “atualização de computadores e softwares” com 56% de assentimento dos entrevistados; o “relacionamento instituição e aluno” foi citado por 21% dos graduandos. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 54 Quadro 11 - O que falta na faculdade – Instituição B ALUNO O QUE FALTA NA FACULDADE? 1 MATÉRIAS OPTATIVAS EM HORÁRIOS MAIS DIVERSIFICADOS / COMPUTADORES COM PROGRAMAS MAIS ATUALIZADOS / EXIGIR MAIS CAPRICHO DE ALGUNS ALUNOS PERANTE SEUS TRABALHOS 2 NADA 3 COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 4 APROFUNDAR MAIS O CONHECIMENTO COM OS COMPUTADORES (COREL, PHOTOSHOP) 5 CARTEIRAS MACIAS / AR CONDICIONADO EM TODAS AS SALAS 6 COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 7 OPORTUNIDADE 8 MELHORIA DOS SOFTWARES E COMPUTADORES 9 COMPUTADORES DE MELHOR QUALIDADE / MELHORES CARTEIRAS 10 MELHORES MATERIAIS OFERECIDOS 11 CURSO DE DESIGN DE AUTOMÓVEIS 12 FALTAM COMPUTADORES BONS QUE SUPORTEM O PROGRAMA USADO NAS AULAS. 13 MAIOR INVESTIMENTO NA INFRA ESTRUTURA DO IESB 14 AJUDA PARA ESTÁGIO 15 SE APROFUNDAR UM POUCO MAIS NA ÁREA DE DESENHO TÉCNICO, E TAMBÉM NA ÁREA DE PROJETO DE PRODUTO 16 COMPUTADORES BONS E ATUALIZADOS EM TODAS AS SALAS 17 FALTA UM POUCO DE INTERAÇÃO COM EMPRESAS PARA ESTÁGIO 18 MELHOR INFRA ESTRUTURA / MAIOR NÚMERO DE MAQUINÁRIO NA OFICINA / MAIOR NÚMERO DE COMPUTADORES ADEQUADOS E COM SOFTWARES PARA DESIGN 19 20 MAIOR CLAREZA EM RELAÇÃO AO ESTÁGIO E SUA IMPORTÂNCIA / VISITAS A EMPRESAS DE DESIGN PARA OBSERVAR A REALIDADE DO MERCADO MAIS ESPAÇO PARA CRIAR / REPRODUZIR / POR EM PRÁTICA / EXPOR NOSSOS TRABALHOS, IDÉIAS, QUEBRAR PARADIGMAS / DEIXAR QUE APLIQUEMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL NOS CALENDÁRIOS, SITES, LOGO E MATERIAIS DA FACULDADE QUE SÃO DE MAU GOSTO E FEITO POR NÃO PROFISSIONAIS 21 LIVROS NA BIBLIOTECA 22 INFRA ESTRUTURA POR EX SALA DE AULA, TURMA DE DIREITO TEM SALAS COM CADEIRAS MAIS CONFORTÁVEIS 23 CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO 24 MAIS PALESTRAS / CURSOS DE FINAL DE SEMANA PARA APERFEIÇOAR EM ALGUMA ÁREA ESPECÍFICA 25 DEPENDENDO DA ÁREA FALTA CONHECIMENTO TÉCNICO 26 CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO, MESTRADO E ESPECIALIZAÇÃO 27 ESTRUTURA 28 A INSTITUIÇÃO DEVE TER UM PROGRAMA DE ESTÁGIO VOLTADO PARA OS ALUNOS QUE NÃO ATUAM NA ÁREA AINDA 29 FALTA UM POUCO MAIS DE PRÁTICA 30 INFRA ESTRUTURA 31 LIVROS / FERRAMENTAS DE TRABALHO NA OFICINA / PROGRAMAS ATUALIZADOS NOS LABORATÓRIOS 32 ATIVIDADES VOLTADAS A PREPARAÇÃO PROFISSIONAL / ATUALIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR VISANDO DISCIPLINAS QUE NOS APRESENTE AS ULTIMAS TECNOLOGIAS EM DESIGN 33 34 MAIS EMBASAMENTO NA REALIDADE DO MUNDO ALGUMAS MATERIAS DEVEM SER APLICADAS POR PROFESSORES QUE REALMENTE SAIBAM E TENHAM METODOLOGIA PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO AOS ALUNOS / PROFESSORES TAPA BURACO 35 MAIS AULAS PRÁTICAS 36 FALTAM AULAS PRÁTICAS, NINGUÉM MERECE FICAR RESUMINDO TEXTOS 37 FALTA DE INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO NO CURSO 38 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 39 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 40 MELHORAR A INSTALAÇÃO COM COMPUTADORES E EQUIPAMENTOS Diante das exigências do mercado, os alunos listaram o que falta no curso de design de sua instituição para que haja um perfeito relacionamento entre as partes envolvidas. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 55 5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design Os alunos do curso de pós-graduação em Design, níveis mestrado e doutorado, participaram da pequisa avaliando o curso que frequentam atualmente, o curso de graduação que completaram e também o mercado de trabalho. Quadro 12 - Perfil dos discentes do Programa de Pós-graduação em Design DISCENTE IDADE GÊNERO PÓS FORMAÇÃO ATUAÇÃO 1 26 FEMININO MESTRADO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DESIGNER GRÁFICO 2 25 FEMININO MESTRADO DOCENTE 3 44 FEMININO MESTRADO BACHAREL EM ESTILISMO EM MODA E ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL FISIOTERAPIA/ERGONOMIA 4 30 FEMININO DOUTORADO DOCENTE 5 31 MASCULINO MESTRADO ARQUITETURA E URBANISMO / MESTRADO EM DESENHO INDUSTRIAL / ESPECIALIZAÇÃOEM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DESENHO INDUSTRIAL DESIGNER GRÁFICO 6 29 MASCULINO MESTRADO DESIGNER GRÁFICO OUTRO 7 34 FEMININO DOUTORADO DESIGN GRÁFICO DOCENTE 8 24 FEMININO MESTRADO FISIOTERAPIA OUTRO 9 26 FEMININO MESTRADO MODA DOCENTE 10 31 FEMININO MESTRADO DESENHO INDUSTRIAL DESIGNER DE PRODUTO 11 FEMININO MESTRADO DESENHO INDUSTRIAL SEM RESPOSTA 12 50 FEMININO MESTRADO SUPERIOR COMPLETO COM ESPECIALIZAÇÃO DOCENTE OUTRO Nas primeiras questões, que serviram para mapear o perfil do entrevistado, os discentes informaram idade, gênero, se realiza mestrado ou doutorado, formação e atuação atual. Gráfico 20 - formação dos discentes da pós-graduação em design O ensino e o mercado de trabalho na área de design 56 A grande parcela dos discentes do curso de pós-graduação possui graduação em Design, correspondendo a 57% do total. A menor parcela, 43% dos discentes, possui outras formações como fisioterapia, moda, arquitetura e sistemas de informação. Quadro 13 - Avaliação do curso de pós-graduação AVALIAÇÃO DO ENSINO GRADE CURRICULAR CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ PARA ATUAÇÃO COMO PROFESSOR ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ PARA PESQUISAS PONTOS FRACOS DISCENTE PONTOS FORTES 1 REGULAR 7 6 8 7 7 SEM RESPOSTA POUCAS BOLSAS DE PESQUISA, POUCOS PESQUISADORES NA ÁREA DE IHC 2 ÓTIMO 10 10 10 8 8 COMO PONTO FORTE VEJO A EXCELÊNCIA NO ENSINO E SABER DOS PROFESSORES, ASSIM COMO A CONSTANTE COBRANÇA EM PUBLICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES DE CONGRESSOS. EU NÃO VEJO PONTOS FRACOS NA INSTITUIÇÃO EM SI, MAS SIM NO PRÓPRIO INCENTIVO QUE VEM DO GOVERNO. CREIO QUE OS PROGRAMAS DE BOLSAS DEVERIAM DESTINAR MAIS BOLSAS PARA MESTRADOS NA ÁREA DE DESIGN. 3 BOM 9 9 10 8 8 SEM RESPOSTA POUCA ATIVIDADE PRÁTICA 4 ÓTIMO 10 10 10 10 10 A INSTITUIÇÃO ESTÁ PREPARADA PARA DESENVOLVER SEU PAPEL, E DE A\CORDO COM OS PROBLEMAS OU DEFICIENCIA QUE VÃO SURGINDO SE ADEQUA RAPIDAMENTE, ´FATO ESSE QUE É UM PONTO FORTE. NÃO VEJO PONTOS FRACOS SEM RESPOSTA 5 REGULAR 6 9 9 1 6 PRODUTIVIDADE, COMPROMETIMENTO COM PESQUISA, SERIEDADE AUSENCIA DE DISCIPLINAS VOLTADAS PARA DIDATICA. 6 REGULAR 5 6 9 4 7 FALTA DE DISCIPLINAS SOBRE ENSINO SUPERIOR 7 BOM 6 8 9 8 10 8 ÓTIMO 7 9 10 9 10 CORPO DOCENTE QUALIFICADO, TRADIÇÃO EM PESQUISA. INTERESSE DOS PROFESSORES EM MELHORAR O CURSO. QUALIDADE DOS PROFESSORES; ASSUNTOS ABORDADOS; TRABALHOS À SEREM REALIZADOS; ESTAGIOS DE DOCÊNCIA; INCENTIVO À PUBLICAÇÕES; DENTRE OUTROS. 9 BOM 8 8 9 7 8 COMO PONTO FORTE RESSALTO QUE ESTÃO SE ADAPTANDO A ESSA PROCURA, EXISTE UMA PREOCUPAÇÃO POR PARTE DO PROGRAMA PARA ACOLHER E QUALIFICAR OS PROFISSIONAIS DA MODA. EM SE TRATANDO DA ÁREA DE ESTUDO MODA, ACREDITO QUE A INSTITUIÇÃO AINDA TENHA POUCOS PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA ORIENTAR TRABALHOS, E POUCAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS, TENDO EM VISTA A GRANDE DEMANDA DE ESTUDANTES MESTRANDOS E DOUTORANDOS QUE PROCURAM A INSTITUIÇÃO. 10 BOM 7 8 8 0 0 CORPO DOCENTE FALTAM ATIVIDADES PRÁTICAS, MELHOR ESTRUTURA (ACESSO À INTERNET, LABORATÓRIOS, ...) 11 ÓTIMO 9 9 9 8 10 PRODUÇÃO ‐ OPORTUNIDADE DE ENCAMINHAR GRANDE NUMERO DE TRABALHOS FEITOS NAS DISCIPLINAS PARA PUBLICAÇÃO; ESTRUTURA FÍSICA; 12 ÓTIMO 9 9 10 9 10 SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA GRADE DAS DISCIPLINAS DEVERIA SER EXIGIDO MAIOR NÚMERO DE DISCIPLINAS E OFERTADAS DISCIPLINAS PRÁTICAS EM ERGONOMIA. As questões subsequentes permitiram respostas que trouxeram avaliação do curso de pós-graduação sobre diferentes aspectos, já promovendo uma introdução da relação entre os futuros mestres e doutores e suas responsabilidades para a formação de profissionais de design. Para isso, foram listados os pontos fortes e pontos fracos, além de itens como notas para a “grade curricular”, “conteúdo das disciplinas”, “conhecimento dos O ensino e o mercado de trabalho na área de design 57 professores”, “atividades práticas para atuação como professor” e “atividades práticas para atuação como pesquisador”. Gráfico 21 - Avaliação do curso de pós-graduação feita pelos alunos Na avaliação do curso de pós-graduação, atribuíram notas a itens inerentes ao programa, sendo eles: grade curricular; conteúdo das disciplinas; conhecimento dos professores; atividades práticas para atuação como docente; atividades práticas para ação como pesquisador. Gráfico 22 - Alunos avaliam itens do curso de pós-graduação A média obtida para o ítem “grade curricular” foi de 7,8; o “conteúdo das disciplinas” teve como nota 8,3; a maior nota formada pela média das notas dos mestrandos e O ensino e o mercado de trabalho na área de design 58 doutorandos foi de 9,3 para o aspecto “conhecimento dos professores”; a menor média apresentada foi a para “atividades práticas para atuação como professor”, com nota de 6,3; “atividades práticas para pesquisas” recebeu nota de 7,7. SUAS DISCIPLINAS EXIGEM E EXPERIÊNCIA PRATICA COMO DESIGNER? HÁ QTOS ANOS LECIONA? ATUA COMO PROFESSOR? IMPORTANTE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL? DISCENTE Quadro 14 - Avaliação do ensino oferecido pelo próprio discente POR QUÊ? PONTOS FORTES DAS AULAS DOS DISCENTES PONTOS FRACOS DAS AULAS DOS DISCENTES 1 SIM NÃO 0 NÃO LECIONO. NÃO LECIONO. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA 2 SIM, É IMPORTANTE, PORÉM NADA IMPEDE DO INDIVÍDUO SER UM ÓTIMO PROFESSOR SEM A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. A PESQUISA É O DIA A DIA EM SALA DE AULA É IMPORTANTE PARA AGREGAR CONHECIMENTO AO DOCENTE. SIM 2 É VALIDO SE O INDIVIDUO TIVER EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, PORÉM NÃO É IMPOSSÍVEL DE LECIONAR SEM TÊ‐LA. NO MEU CASO ADQUIRI MUITA BAGAGEM PRÁTICA E TEÓRICA DURANTE A GRADUAÇÃO. COBRANÇA NOS TRABALHOS, CONSTANTE DISPONIBILIDADE E VONTADE DE ENSINAR, FOCO NA TEORIA MESMO EM DISCIPLINAS PRÁTICAS; CARÊNCIA DE UM APROFUNDAMENTO EM CHÃO DE FÁBRICA (TRABALHEI POUCO TEMPO EM FÁBRICA). 3 SIM SIM 3 NÃO SEM RESPOSTA CONSTANTE RECICLAGEM DO PROFESSOR ATIVIDADE PRÁTICA 4 NÃO CONSIDERO ESSENCIAL, MAS AJUDA NO CONHECIMENTO. EXTREMAMENTE IMPORTANTE SIM 2 NÃO COMO JÁ DISSE A PRATICA AJUDA, MAS NÃO É ESSENCIAL SEM RESPOSTA SIM 4 SIM TEORIA E PRATICA SEMPRE DEVEM ESTAR RELACIONADAS... DISCIPLINA 6 SIM SIM 5 SIM 7 EM ALGUMAS DISCIPLINAS SIM. SIM 5 SIM 8 SIM NÃO 0 SEM RESPOSTA POR ENVOLVEREM CONHECIMENTOS DE MATERIAIS E PROCESSOS QUE NECESSITAM DE EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTOS EMPIRICOS (MATERIAIS INDUSTRIAIS E PROGRAMAÇÃO VISUAL) LECIONO A DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PRODUTO E TER EXPERIÊNCIA NESTA ÁREA AJUDA, POIS POSSO DAR EXEMPLOS PRÁTICOS JÁ VIVENCIADOS NA INDÚSTRIA. SEM RESPOSTA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, INDICAR CAMINHOS PARA ELES FAZEREM SUAS PROPRIAS ASSOCIAÇÕES E NÃO SIMPLESMENTE DAR RESPOSTAS. EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS ALIADAS ÀS EXPLICAÇÕES TEÓRICAS E AOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS. 9 ACREDITO QUE SIM, PRINCIPALMENTE PARA ALGUMAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS. SIM 3 SIM 10 SIM NÃO 0 SEM RESPOSTA 11 SIM PARA AS DISCIPLINAS PRÁTICAS. NÃO PARA AS DISCIPLINAS TEÓRICAS. SIM SIM 1 SIM 25 5 12 RARAS OPORTUNIDADES DE APROXIMAR A TEORIA DA ATAUAÇÃO EM EMPRESAS. INTERESSE PELA DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PRODUTO. NÃO TER EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA DAS DISCIPLINAS QUE MINISTRO, ACREDITO QUE LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO EXIJA EXPERIÊNCIA PRÁTICA COM DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS NA ÁREA DE DESIGN DE MODA, POIS O PROFISSIONAL COM VIVÊNCIAS PRÁTICAS CONSEGUE PASSAR PARA OS ALUNOS CONHECIMENTOS COM MAIOR FACILIDADE. SEM RESPOSTA O ALUNO TEM UMA APROXIMAÇÃO DA REALIDADE INDUSTRIAL DENTRO DA SALA DE AULA, DESDE O ESTÁGIO CONSEGUE CONCILIAR O QUE APRENDE NAS DISCIPLINAS COM O QUE A EMPRESA ESPERA DELE. POR TER POUCA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM DETERMINADAS ÁREAS OCORRE A DIFICULDADE DE PREPARAR O ALUNO PARA A REALIDADE QUE VAI ENCONTRAR NAS EMPRESAS, DESSA FORMA OS CONTEÚDOS SE TORNAM MAIS TEÓRICOS QUE PRÁTICOS. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SIM PORQUE MINHAS MATÉRIAS SÃO, EM GERAL, PRÁTICAS. SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA Na terceira fase do questionário, os sujeitos relataram como são suas aulas, há quantos anos lecionam e ponderaram os pontos fortes e pontos fracos do ensino oferecido por eles, relacionando o ensino e o mercado de trabalho. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 59 Gráfico 23 - Percentual de discentes que atuam como professor O gráfico indica a fatia de discentes que já atuam como professores, correspondente a 75% dos alunos que responderam ao questionário. Todos os sujeitos aqui tratados consideram importante a experiência profissional para o exercício da docência, havendo ressalvas apenas por parte da minoria que informou que avalia que a experiência como designer é importante apenas para algumas disciplinas, como as de carater prático. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 60 BOM 3 1 4 5 PONTOS FORTES DA GRADUAÇÃO 3 REGULAR CONHECIMENTO TÉCNICO NA ÁREA, TRABALHO EM EQUIPE, COMPROMETIMENT O, OUTRA LÍNGUA ‐ INGLÊS OU ESPANHOL (VISTO QUE O PROFISSIONAL DESSA ÁREA CONSEGUE ENCONTRAR MUITO MATERIAL EM OUTRAS LÍNGUAS) RAPIDEZ; O MERCADO NÃO ESTIMULA A ATIVIDADE DE UM DESIGNER, POIS POR MUITAS VEZES LIMITA‐O; ALGUNS, ACREDITO QUE 60% DELES. EXEMPLOS PRÁTICOS DO TRABALHO ENSINO GRATUITO DOCENTES NÃO PODEM SER NEM MUITO ACADÊMICOS E NEM MUITO VOLTADO AO MERCADO, POIS NEM TODOS OS DICENTES PODEM SER ACADÊMICOS (FAZER MESTRADO), ASSIM COMO NEM TODOS OS DICENTES CONSEGUEM IR PARA O MERCADO APÓS CONCLUSÃO DE CURSO. DEIXAR QUE EMPRESAS PRIVADAS INVISTAM NAS FACULDADES FORNECENDO BOLSAS DE PESQUISA PARA OS ALUNOS. SIM FALTOU UM APROFUNDAMENTO MAIOR NA TEORIA E ATIVIDADES QUE DEIXASSEM O ALUNO CIENTE DA REALIDADE DO MERCADO; CONHECIMENTO E COMPROMETIMENTO DOS PROFESSORES; OS PRÓPRIOS ALUNOS DA MINHA TURMA QUE POR MUITAS VEZES DESESTIMULARAM PROFESSORES DE OUTRAS ÁREAS, COMO POR EXEMPLO, FILOSOFIA OU SOCIOLOGIA, NEGANDO‐SE A APRENDER, O QUE GEROU UM DÉFICIT NA BAGAGEM TEÓRICA DA TURMA EM GERAL. REGULAR EXPERIENCIA; CRIATIVIDADE SIM ATIVIDADES INDUSTRIAIS PROFESSORES CAPACITADOS POUCA PRÁTICA PRIMEIRAMENTE ADEQUAR O ENSINO A REALIDADE DO NOSSO MERCADO; APÓS ENVOLVER MAIS O ALUNO EM ATIVIDADES PRÁTICAS SEM DEIXAR DE LADO UMA TEORIA PESADA, CREIO QUE SERIA DE MELHOR PROVEITO SE OS CURSOS DE DESIGN (TODAS AS VERTENTES) FOSSEM INTEGRAIS. CRIAR UM NOVO CONCEITO DE ENSINO BASEADO NA SITUAÇÃO ATUAL DE MERCADO BRASILEIRO. 7 ÓTIMO REGULAR 0 CONHECIMENTOS TÉCNICOS DA AREA, CRIATIVIDADE E HABILIDADE NAS FERRAMENTAS DE TRABALHO (SOFTWARES, ETC.) SIM NÃO 0 NA GRADUAÇÃO EXPERIENCIA PRATICA E NA POS ‐ DIDÁTICA 0 0 0 CURRICULOS E PROFESSORES DESATUALIZADOS, FALTA DE ESTRUTURA ADEQUADA (LABORATORIOS) 0 MELHORAR A DIDATICA E MAIS LABORATORIOS 6 8 RUIM 0 NÃO NÃO HOUVE PREOCUPAÇÃO EM RELACIONAR CONTEÚDOS A AUTAÇÃO NO MERCADO TRADIÇÃO NO ENSINO, MULTIDISCIPLINARIDADE REDUZIDO NÚMERO DE PROFESSORES ESPECÍFICOS DA ÁREA (APENAS UM COM FORMAÇÃO DE DESIGN GRÁFICO) 7 5 BOM INTERESSE PELO TRABALHO, DEDICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO CONSTANTE, ENTRE OUTROS. SIM ACHO QUE APRENDI O QUE ERA SUFICIENTE PARA BUSCAR AS RESPOSTAS QUE NECESSITAVA SOZINHA. INTERESSE DOS PROFESSORES PELO CURSO. FALTA DE DOCENTES EFETIVOS, POR CAUSA DISSO OCORRIA MUITA MUDANÇA DE PROFESSOR. 8 9 0 5 0 BOM 0 DINAMISMO, CRIATIVIDADE, ORGANIZAÇÃO E SABER TRABALHAR EM GRUPO. 0 SIM 0 FALTOU DURANTE A GRADUAÇÃO PASSAR MAIS TEMPO FAZENDO ESTÁGIO. 0 A INSTITUIÇÃO É RESPONSÁVEL E BUSCA O CRESCIMENTO. 0 BAIXA QUALIFICAÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES E POUCO INCENTIVO A PESQUISA. REFERINDO AOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM DESIGN EM GERAL, ENCONTRAR MEIOS DE OFERECER A TEORIA E A PRÁTICA DO DESIGN COM IGUAL IMPORTÂNCIA NO DECORRER DAS DISCIPLINAS. FORMAÇÃO DOS DOCENTES, EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA, INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS NOS CURSOS, UNIÃO DOS CURSOS POR MEIO DE DISCUSSÕES SOBRE O ENSINO DE DESIGN NO BRASIL. 0 TER PROFISSIONAIS QUALIFICADOS E COMPETENTES EM TODAS AS DISCIPLINAS, DAR OPORTUNIDADE AO ALUNO DE SE APROXIMAR DO MERCADO PROFISSIONAL E INCENTIVAR A PESQUISA BEM COMO A PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DO DESIGN. 1 0 7 REGULAR CRIATIVIDADE, INTERDISCIPLINARI DADE, CONHECIMENTO ATUALIZADO, EMPREENDORISMO POUCOS 1 1 0 REGULAR 0 1 2 15 BOM 0 A MAIORIA DOS PROFESSO RES DE DISCIPLIN AS PRÁTICAS SIM. 0 CONHECIEMNTOS MAIS ATUALIZADOS DE MATERIAIS, PRODUÇÃO, SOFTWARE; NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDORISMO, FORMAÇÃO DE PREÇO, ENTRE OUTROS. 0 0 PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO COMO MELHORAR A GRADUAÇÃO? O QUE FALTOU APRENDER? 2 SEUS PROFESSORES TRANSMITIRAM EXPERIÊNCIA? 6 COMPETÊNCIAS EXIGIDAS PELO MERCADO QUANTOS ANOS ATUA COMO 1 AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO QUE CURSOU DISCENTE Quadro 15 - Avaliação da aula dos mestrandos e doutorandos MAIS PARCERIAS COM EMPRESAS E NOS PTS ACIMA JÁ CITADOS DIÁLOGO COM OS PROFESSORES; ESTRUTURA FÍSICA (SALAS DE AULA); AULAS EXTRA‐CLASSE E VISITAS; ESTRUTURA FÍSICA (OFIINAS E LABORATÓRIOS); PROFESSORES COM BAIXA TITULAÇÃO; EXCASSEZ DE PROFESSORES; FALTA INVESTIMENTO EM ESTRUTURA E AMPLIAÇÃO DO QUADRO DE PROFESSORES. 0 0 0 O ensino e o mercado de trabalho na área de design 61 Na quarta etapa do questionário, os discentes apontaram as competências exigidas de um designer pelo mercado de trabalho, mostraram também a avaliação do ensino que receberam na graduação, estabelecendo critérios de ótimo a ruim, apontando pontos fortes, pontos fracos e sugestões de melhoria. Gráfico 24 - Competências exigidas do Designer pelo mercado de trabalho Doze entrevistados relataram treze competências que são exigidas do Designer pelo mercado de trabalho. A competência criatividade foi a mais citada, sendo apresentada por quatro discentes. As competências “atualização constante”, “comprometimento”, “conhecimento técnico” e “trabalho em equipe” foram mencionadas por dois entrevistados cada. “Dinamismo”, “empreendedorismo”, “experiência”, “interdisciplinaridade”, “organização”, “conhecimento de outra língua”, “rapidez” e “conhecimento em softwares” foram citadas uma vez, por um dos entrevistados. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 62 Gráfico 25 - Avaliação do curso de graduação realizado pelos discentes Os alunos da pós-graduação em Design avaliaram o curso de graduação que frequentaram, sendo que 46% dos entrevistados classificaram como “regular”; 36% considerou “bom”; avaliaram como “ótimo” o curso 9% das pessoas; 9% informou que o curso foi “ruim”. Gráfico 26 - O que faltou aprender na graduação Sem nenhuma resposta preestabelecida, a “realidade do mercado, experiência prática, estágio” foi o item mais citado ao serem indagados sobre o que faltou aprender na graduação, sendo lembrado por metade dos entrevistados; outros aspectos mencionados foram: conhecimentos mais atualizados, software, noções de administração, empreendedorismo e formação de preço. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 63 Quadro 16 - Meios pelos quais os discentes se atualizam DISCENTE SITES REVISTAS CURSOS OUTROS. QUAIS? 1 X X 2 X X X 3 X X 4 X X X 5 X X 6 X X 7 X X 8 9 X X X PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E CONTATO COM OUTROS PROFISSIONAIS. 10 X X X TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM PROFISSIONAIS 11 X 12 X X LIVROS X X X Gráfico 27 - Meios utilizados para atualização profissional Dentre os meios utilizados pelos discentes para atualização profissional, os sites foram os mais citados, com onze indicações; as revistas e cursos foram apresentados por oito pessoas; livros, participação em eventos e contato com outros profissionais compuseram o item “outros” com quatro ocorrências. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 64 5.5.3 Professores de Design Através dos sites das Instituições de ensino, foi possível obter o número de docentes de cada uma delas. Este total é constituido por 33 professores, sendo 13 da Instituição A, lotados no Departamento de Design e 20 da Instituição B. Foram obtidas respostas através de questionários encaminhados por 8 docentes, o que corresponde a 24% de índice de participação. Quadro 17 - Registro do número de professores e percentual de colaboração com a pesquisa Instituição nº de professores nº de respostas % de respostas Instituição A 13 3 23% Instituição B 20 5 25% Total 33 8 24% A Instituição B contou com maior número de colaboradores para a pesquisa, com 25% de seu corpo docente; a Instituição A enviou 3 questionários com respostas e apresentou referência de participação de 23%. Gráfico 28 - Quantidade de professores e quantidade de respostas Com a aplicação dos números em gráfico, o baixo índice de respostas fica evidenciado. As primeiras questões do questionário possuiam a intenção de mapear o perfil dos professores, sua formação e experiência tanto acadêmica quanto profissional. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 65 Quadro 18 - Perfil dos Professores e experiência acadêmica e profissional PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO IDADE GÊNER O FORMAÇÃO ATUAÇÃO ACADÊMICA ‐ EM ANOS ATUAÇÃO PROFISSIONAL ‐ EM ANOS PRODUÇÕES TÉCNICAS 1 A 53 M DESIGN 30 15 VÁRIOS PROJETOS DE PRODUTOS PARA INDÚSTRIA REGIONAL, DESDE EMBALAGENS, EQUIPAMENTOS MECÂNICOS E EQUIPAMENTOS MÉDICO ODONTOLÓGICOS. 2 A 46 M DESIGN 21 25 PUMPLON WHEEL, 2006; AGRIVEHICLE: DESIGN DE UM VEÍCULO PARA O TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS, 2008; PULVERIZADOS COSTAL S10 BRUDDEN, 1997; BOMBA DE ALTA PRESSÃO LAVAJACTO 6500 JACTO, 1996; MINIATURA DA COLHEITADEIRA DE CAFÉ K3 JACTO, 1998; EXTRATOR DE SUCO INDUSTRIAL FMC, 1998; CONJUNTO DE MESA E CADEIRA PARA ESTUDANTES, 2000; CADEIRA DOBRÁVEL, 2003 3 A 37 M DESIGN 5 13 SOFTWARES SEM REGISTRO DE PATENTE E PROJETOS GRÁFICOS E LIVROS DIAGRAMADOS: 4 B 37 M DESIGN 7 4 PRODUÇÕES VOLTADAS A ERGONOMIA (FATORES AMBIENTAIS) E FOTOGRAFIA 5 B 45 M 8 0 ‐ 6 B 44 F 8 5 ESTILISTA/MODELISTA 7 B 37 M 12 5 LIVRO: "FORMA: UMA EXPERIÊNCIA TRIDIMENSIONAL", ARTIGOS CIENTÍFICOS NAS ÁREAS GRÁFICAS, ERGONOMIA, CALÇADOS; 8 B 31 M ARQUITETURA, DESIGN DOUTORADO INCOMPLETO DESENHO INDUSTRIAL ‐ PROJETO DO PRODUTO DESENHO INDUSTRIAL – HABILITAÇÃO EM PROJETO DO PRODUTO 6 10 PARTICIPAÇÃO EM DIVERSOS PROJETOS DE UD NA EMPRESA PLASÚTIL‐SP; CONSULTORIA EM DESIGN APLICADO AO EAD PARA IES (INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR) DO ESTADO DE SÃO PAULO; ATUAÇÃO EM DIVERSOS CONCEPT CARS E PROJETOS DE LINHA NA GENERAL MOTORS DO BRASIL – SCSUL‐SP; CRIAÇÃO DE MAIS DE 15 APOSTILAS DIDÁTICO‐PEDAGÓGICAS PARA ADOÇÃO EM DISCIPLINAS DE ÁREAS COMO DESIGN, MARKETING, MERCHANDISING, ADMINISTRAÇÃO E OUTROS; CONSULTORIA PARA EMPRESAS DE BAURU E REGIÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS DE DESIGN. Os professores acessados informaram a Instituição em que trabalham, idade, gênero, formação, tempo de atuação acadêmica, quantidade em anos em que atua profissionalmente como design e suas produções técnicas. Gráfico 29 - Resultados em anos da atuação Acadêmica e Profissional O ensino e o mercado de trabalho na área de design 66 No gráfico de linhas, estão representadas as duas formas de atuação dos professores: a acadêmica e a profissional. O professor mais experiente em anos possui 30 anos como docente e o menos experiente possui 5 anos. Em relação à experiência em anos relativa a atividades como designer, o professor 2 possui mais tempo trabalhado como designer - 25 anos, podemos encontrar professores com nenhuma atuação profissional. Gráfico 30 - Média em anos de atuação na área de Design Entre os professores de Design, a experiência que predomina é a de docência, com média em anos de 12,1 e 9,6 anos para atuação como profissional de design. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 67 Quadro 19 - Experiência profissional PROFESSOR INSTITUIÇÃO DISCIPLINAS LECIONADAS NECESSÁR IO EXPERIÊN CIA PROFISSIO NAL POR QUÊ? COMO OCORRE APROXIMAÇÃO COM O MERCADO DE TRABALHO? 01 A MODELAGEM , METODOLOGIA DO PROJETO, MODELOS E PROTÓTIPOS. SIM TEORIA SEM PRÁTICA NÃO SE COMPLEMENTA NÃO SEI !!! MINHAS DISCIPLINAS ESTÃO NO INÍCIO DO CURSO. NAS MINHAS DISCIPLINAS O QUE FAÇO É SEMPRE SUGERIR O DESENVOLVIMENTO DAS TAREFAS OBSERVANDO ALGUM VÍNCULO COM O CONHECIMENTO E NÃO NECESSARIAMENTE COM O MERCADO. 02 A MODELAGEM; OFICINA DE MATERIAIS PLÁSTICOS; METODOLOGIA DO PROJETO SIM QUALQUER DISCIPLINA, EM QUALQUER ÁREA DO CONHECIMENTO, TÊM UM SIGNIFICADO DIFERENTE, MAIS CONVERGENTE E MAIS AFINADO COM O SEU CONTEÚDO, SE FOR MINISTRADA POR UM DESIGNER, MUITO EMBORA ELAS, EVENTUALMENTE, PODERIAM SER MINISTRADAS POR ESPECIALISTAS NAS RESPECTIVAS ÁREAS. COMO MINISTRO DISCIPLINAS TEÓRICO PRÁTICAS, EXISTE UM CONTATO COM A INDÚSTRIA, POR MEIO DE VISITAS, ESTÁGIOS, INTERCÂMBIOS E CONCURSOS. 03 A DISCIPLINAS DE PROJETO PARA DESIGN GRÁFICO, PRODUÇÃO GRÁFICA E TIPOGRAFIA SIM EXERCER A TEORIA E PRÁTICA EM UMA EMPRESA PERMITE QUE O PROFESSOR TENHA UMA VISÃO MAIS CRÍTICA E COERENTE COM A REALIDADE E OS PROBLEMAS QUE OS ALUNOS VIVENCIARÃO NO SEU COTIDIANO PROFISSIONAL. ALÉM DISSO, TAMBÉM ACREDITO QUE FOMENTE A ELABORAÇÃO DE PROJETOS COM APLICAÇÃO PRÁTICA QUE CONTRIBUAM DE FORMA MAIS EFICIENTE PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO PAÍS. A PRIMEIRA APROXIMAÇÃO É COM RELAÇÃO A TECNOLOGIA UTILIZADA NO MERCADO E ISSO INFLUI DIRETAMENTE NA MANEIRA COMO O PROFISSIONAL DEVE PENSAR E DESENVOLVER O PROJETO. OUTRA É BUSCAR UMA ABORDAGEM MAIS PRÁTICA BUSCANDO SIMULAR PROBLEMAS COTIDIANOS DO PROFISSIONAL DE DESIGN, MAS SEM PERDER O FOCO NA VISÃO CRITICA QUESTIONADO TEORIA E PRÁTICA NO DIA-A-DIA PROFISSIONAL. E TAMBÉM TEM A APRESENTAÇÃO DE SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA, BEM COMO SUAS CONSEQÜÊNCIAS E OS OBJETIVOS ALCANÇADOS NO MUNDO REAL. 04 B ECODESIGN, TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE, ERGONOMIA, TCC E FOTOGRAFIA SIM RETRATAR A REALIDADE, DIA A DIA DO TRABALHO. NO CASO DE TCC É NECESSÁRIO EXPERIÊNCIA ACADÊMICA UMA DAS FORMAS QUE SEMPRE USO É A VISITA TÉCNICA A EMPRESAS E VISITA DE PROFISSIONAIS A SALA DE AULA 05 B PROJETO HIPERMÍDIA, DESENHO TÉCNICO, COMPUTAÇÃO GRÁFICA, DESIGN, INTERIORES, ERGONOMIA SIM TODA DISCIPLINA RELACIONADA A CRIAÇÃO, ARTE E DESIGN NECESSITAM DE CONSTANTES EVOLUÇÃO, SEJA TECNOLÓGICO OU CULTURAL. PROJETO HIPERMÍDIA: A TECNOLOGIA DA INTERNET, APOIANDO E INSERINDO PRODUTOS E ASSUNTOS NUMA FORMA DE COMUNICAÇÃO ATUAL EM EM EXPANSÃO. DESENHO TÉCNICO: CONHECIMENTO TEÓRICO E PRATICO DE CRIAÇÃO E CONFECÇÃO DE PRODUTOS PARA DESIGN. DESIGN INTERIORES: ADEQUAÇÃO DO SER HUMANO AOS ESPAÇOS FISICOS, E A SEU BEM ESTAR DENTRO DE UM CONTEXTO REAL. ERGONOMIA: ADEQUAÇÃO DO HOMEM AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E DE BEM ESTAR LIGADAS AS ATIVIDADES EM QUESTÃO. 06 B ALGUMAS SIM, OUTRAS NÃO AS DISCIPLINAS ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE E HISTÓRIA DO DESIGN NÃO NECESSITAM NECESSARIAMENTE DA PRÁTICA CONHECIMENTO GERA REPERTÓRIO QUE GERA IDÉIAS QUE FACILITA A CRIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E MELHORES DESIGNERS 07 B SIM PORQUE QUANDO SE ESTÁ NA ÁREA, VC TEM A VISÃO MELHOR PARA PASSAR AOS ALUNOS O QUE REALMENTE ACONTECE NAS EMPRESAS POR MEIO DA NECESSIDADE INTRINSICA DO ESTÁGIO, E DAS APLICAÇÕES DO PROJETO QUE OS ALUNOS REALIZAM NA EXECUÇÃO DO PROJETO. 08 B ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE, HISTÓRIA DO DESIGN, ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL, DESIGN DE MODA, TÉCNICAS DE PINTURA APLICADAS AO DESIGN, LABORATÓRIO DE PAPEL E FIBRAS, PROCESSOS DE CRIAÇÃO, ESTÁGIO I E II ATUALMENTE: PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO, FOTOGRAFIA, METOTODOLOGIA DO PROJETO E PROJETO DO PRODUTO, MAS JÁ LECIONEI TAMBÉM, ERGONOMIA, ANÁLISE DO OBJETO, DESENHO ARTÍSTICO, DESENHO TÉCNICO, GEOMETRIA. PROJETO DE PRODUTO, MODELAGEM VIRTUAL, GESTÃO DO DESIGN, DESIGN E MARKETING (ATUALMENTE). MAS JÁ LECIONEI TAMBÉM AS SEGUINTES DISCIPLINAS: OFICINA DE MATERIAIS PLÁSTICOS, PROJETO DE PRODUTO VI (AMBAS NA UNESP COMO PROFESSOR CONFERENCISTA) E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE. SIM ACREDITO SEMPRE NUM CRITÉRIO DE ADERÊNCIA DOCENTE QUE VALORIZE A ESPECIALIDADE, AINDA QUE NÃO AMPARADA EM TITULAÇÃO. A PRÁTICA NA DOCÊNCIA ME FEZ OBSERVAR QUE A FALTA DE LASTRO ENTRE TEORIA E PRÁTICA GERA VÁCUOS E VISÕES MUITO PORMENORIZADAS DAS REALIDADES, NÃO VIABILIZANDO A APLICAÇÃO DA TEORIA NA REALIDADE DOS FORMANDOS. NO ENTANTO NA PRESENÇA DE DOCENTES COM ADERÊNCIA TANTO PRÁTICA QUANTO COM TITULAÇÃO, ACREDITO SER ESTA A SITUAÇÃO IDEAL. OCORRE A APROXIMAÇÃO COM ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE CONTEÚDOS ATUAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS DE DEMANDAS DE MERCADO E EM ALGUMAS DISCIPLINAS, HÁ TANTO A ACOLHIDA DE PROFISSIONAIS INTERNAMENTE À INSTITUIÇÃO QUANTO PROJETOS ACADÊMICOS QUE NA LINHA DE DESPERTAR AUTONOMIA DO FORMANDO, INCENTIVA A APROXIMAÇÃO AUTÔNOMA COM INSTITUIÇÕES DE MERCADO E FILANTRÓPICAS PARA VERIFICAR POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO AO DESIGNER. PARA REFORÇAR A EXTENSÃO DAS PRÁTICAS DA FACULDADE PRETENDO AUXILIAR A FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO E PRÁTICA DE DESIGN EM ÁREAS ONDE MEUS CONHECIMENTOS POSSAM SER ÚTEIS. NO ENTANTO CONSIDERO QUE ESTA INTERAÇÃO ORGANIZAÇÕES/ACADEMIA PRECISA SE INTENSIFICAR MUITO MAIS DO QUE ENCONTRA-SE ATUALMENTE. CLASSIFICANDO EM UMA RÉGUA DE 0 A 100%, A INTERAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÕES ATUALMENTE ESTARIA EM APENAS 30% DO POTENCIAL QUE VISLUMBRO. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 68 Na questão em que perguntava se há necessidade de experiência prática como profissional de designer para as disciplinas que o docente leciona, foi obtido o seguinte percentual: Gráfico 31 - Necessidade de experiência prática para as aulas de Design Para a maior parte, 87% dos sujeitos, a experiência prática como designer é importante para o exercício da docência; 13% diz que sim e não, pois há disciplinas em que há a necessidade, porém, outras não. Por meio das respostas, apenas o professor 1 da instituição A não apresenta clara preocupação em alinhar conteúdo de suas disciplinas a necessidades do mercado de trabalho, argumentando que desenvolve atividades com vínculos em conhecimento e não necessariamente no mercado. Os demais sete professores descreveram suas preocupações, ações e como ocorre tal aproximação. Os professores relataram, no quadro seguinte, os pontos fortes e pontos fracos existentes na relação instituição e mercado de trabalho, sugerindo também melhorias para esse processo. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 69 Quadro 20 - Pontos Fortes e Pontos Fracos PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO PONTO FORTE PONTO FRACO COMO MELHORAR ME PARECE NÃO EXISTIR UMA AVALIAÇÃO MAIS RIGOROSA QUANTO A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DOS NOSSO ALUNOS. PERGUNTA MUITO AMPLA, DEVERIA VC ENCAMINHAR SUAS HIPÓTESES. SE FOSSE TÃO SIMPLES RESPONDER ESTA QUESTÃO AS COISAS ESTARIAM MELHORES HA MUITO TEMPO. TALVEZ EQUILIBRAR A EQUAÇÃO ENTRE ENSINO CRIATIVO E EXEQÜIBILIDADE TÉCNICA DAS IDÉIAS DESENVOLVIDAS NO ENSINO. CONQUISTAR UM CENÁRIO NO QUAL OS PLANOS DE AULA DOS DOCENTES CORRESPONDAM AO QUE DETERMINAM OS PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS, QUE POR SUA VEZ, CORRESPONDAM AO QUE DETERMINA O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO, QUE É O DOCUMENTO FORMAL E REFERENCIAL MAIOR QUANTO A ADEQUADA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA. OU SEJA, UM CENÁRIO NO QUAL EXISTA UMA CORRESPONDÊNCIA ENTRE AQUILO QUE ESTÁ NO PAPEL, E AQUILO QUE É PRATICADO, DE FATO. 1 A A PLURALIDADE DA FORMAÇÃO DOS DOCENTES. 2 A O CURRÍCULO DO CURSO DE DESIGN, POR CONTEMPLAR UM CONTEÚDO EQUILIBRADO ENTRE DISCIPLINAS DE EXATAS E HUMANAS, ALÉM DE UM EQUILÍBRIO ENTRE O NÚMERO DE DISCIPLINAS PRÁTICAS E TEÓRICAS, RESULTA NUM EQUILÍBRIO ENTRE O FAZER O PENSAR, NÃO FACILMENTE ATINGIDO. A PROVA NOTÓRIA DISSO É O FATO DE OS ALUNOS EGRESSOS NÃO APENAS OCUPAREM CARGOS TÉCNICOS NO MERCADO, MAS TAMBÉM DE COMANDO. 3 A A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES E A LIBERDADE PROJETUAL OFERTADA AOS ALUNOS. A FALTA PROFESSORES EFETIVOS E LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ADEQUADOS, A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DOS CURSOS E A AUSÊNCIA DE UM TRABALHO EFETIVO EM PROL DA COMUNIDADE, VALORIZANDO A FUNÇÃO SOCIAL DO DESIGNER. ACREDITO QUE FALTE UM PLANO CENTRAL ELABORADO E PRATICADO PELOS DOCENTES, COM FOCO NA UNIDADE PRÁTICA E IDEOLÓGICA DA ATIVIDADE PROFISSIONAL DO DESIGNER. 4 B VONTADE, DISCIPLINA, ATUAÇÃO, CONTANDO COM A MANTENEDORA SÉRIA DA NOSSA ESCOLA CURSO NOVO (RELATIVAMENTE) AINDA NECESSITA DE MELHORES LABORATÓRIOS E OFICINAS CONTINUAR O TRABALHO ÁRDUO COM ATENÇÃO AO CONHECIMENTO DIFUSO DOS PROFESSORES, ALUNOS E APLICAÇÃO 5 B CONHECIMENTO PRÁTICO JUNTO A PROFISIONAIS, OBJETIVANDO AS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO. 6 B CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS E FUNCIONAIS DO DESING FRENTE AS EMPRESAS E PRINCIPALMENTE AO BEM ESTAR DO SER HUMANO. SÃO OS PROFESSORES, QUE ACREDITAM NAQUILO QUE FAZEM (QUASE TODOS EM NOSSO GRUPO) 7 B MUITAS VEZES O ENSINO ESTÁ LONGE DO QUE ACONTECE NO MERCADO DE TRABALHO, E ALGUMAS DISCIPLINAS FICAM PRESAS NOS LIVROS, O QUE ESTÁ AS VEZES MUITO AQUEM DO QUE OS ALUNOS PRECISAM APRENDER, POIS AS VEZES, O LIVRO FOI EDITADO A MAIS DE 10 ANOS, E ENTÃO, TOTALMENTE FORA DA REALIDADE. SE BEM QUE MUITOS LIVROS SÃO ATEMPORAIS, ATUALÍSSIMOS. PARA MELHORAR É NECESSÁRIO ACOMPANHAR OS OBJETIVOS DO MUNDO MODERNO E AS NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E DAS EMPRESAS DE DESIGN. É PRECISO QUE OS MANTENEDORES DIRECIONEM SEU OLHAR PARA O CURSO DE DESIGN QUE, ATÉ O MOMENTO, É O CURSO DA INSTITUIÇÃO QUE MAIS ALUNOS VEM CONQUISTANDO A CADA VESTIBULAR, LEVANDO‐SE EM CONTA QUE NOSSA PROPAGANDA É FEITA, PRINCIPALMENTE, PELO DESENVOLVIMENTO DA NOSSA SEMANA DE DESIGN (DIVERSO DESIGN) QUE ACONTECE TODOS OS ANOS, COM PALESTRAS, OFICINAS E EXPOSIÇÕES DOS MELHORES TRABALHOS DOS ALUNOS DO CURSO (E É REALIZADA PELOS PRÓPRIOS ALUNOS),E PELO BOCA‐A‐BOA. DAR UMA FORMAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO MERCADO AOS ALUNOS, FAZENDO COM QUE ELES POSAM PARTICIPAR DAS EMPRESAS, EM SITUAÇÕES DE ESTÁGIO E TAMBÉM DE APLICAÇÃO DOS PROJETOS, EM FASE DE EXPERIMENTAÇÃO, SEMPRE COM UM AVAL TAMBÉM DE UM PROFISIONAL DA ÁREA DO PROJETO. 8 B AMPLITUDE DE DISCIPLINAS FORNECE CONHECIMENTOS MÍNIMOS EM DIVERSAS ÁREAS FORMANDO UM PROFISSIONAL BEM FLEXÍVEL EM TERMOS DE ATUAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO; ‐ UM DOS PONTOS QUE CONSIDERO POSITIVO É PERCEBER QUE MESMO DISCENTES QUE ENTRAM SEM HABILIDADES REPRESENTATIVAS (POIS NÃO HÁ TESTE NO VESTIBULAR PARA FILTRAR NESTE SENTIDO), TERMINAM O CURSO COM NO MÍNIMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO QUE LHE PERMITA POSICIONAR‐SE NO MERCADO DE TRABALHO DA ÁREA; ‐ O PERFIL DE ENTRADA DE DISCENTES INGRESSANTES NO CURSO TEM SE ALTERADO, PORÉM AINDA ESTÁ EM CLASSE MÉDIA E MÉDIA‐BAIXA. TEMOS DIVERSOS DISCENTES QUE ATUAM EM LINHA DE PRODUÇÃO OU OUTROS EMPREGOS TIPICAMENTE OPERACIONAIS DE BAIXA REMUNERAÇÃO. NESTE SENTIDO A FORMAÇÃO GERALMENTE AUXILIA OS FORMADOS A SE REPOSICIONAREM NO MERCADO DE TRABALHO, TENDO MAIORES CHANCES DE ASCENÇÃO PROFISSIONAL VERTICAL NAS ORGANIZAÇÕES ONDE ATUAM; ‐ OUTRA CARACTERÍSTICA SIGNIFICATIVA, TAMBÉM GERADA PELO PERFIL DE ENTRADA, É QUE SENDO APROXIMADAMENTE 30% DOS DISCENTES DAS CIDADES DA REGIÃO E O RESTANTE DE BAURU, É COMUM QUE OS FORMANDOS POR TEREM FAMILIARES, AMIGOS E TAMBÉM RESIDÊNCIA NESTA ÁREA, RARAMENTE DEIXAM A REGIÃO PARA TRABALHAR, SUPRINDO ASSIM UMA DEMANDA REGIONAL DE DESIGN, VISTO QUE FACULDADES A, A MAIOR PARTE DOS FORMANDOS É EXPORTADA PARA OUTRAS REGIÕES DO PAÍS, SEJA PARA A CIDADE NATAL DOS MESMOS OU OUTRAS DIVERSAS DA DE BAURU; ‐ A FALTA DE MATERIAL APOSTILADO DÁ AO DOCENTE UMA LIBERDADE E FLEXIBILIDADE NA INSERÇÃO DE CONTEÚDOS, PERMITINDO RÁPIDA ADAPTAÇÃO DURANTE UM MESMO SEMESTRE LETIVO DE MODO A FLEXIBILIZAR METODOLOGIAS E PRÁTICAS ÀS CARACTERÍSTICAS DE UMA TURMA, PODENDO GERAR MELHOR CHANCES DE APRENDIZAGEM; ‐ CORPO DOCENTE É MUITO PRÓ‐ATIVO E ENGAJADO; ‐ MUITOS DOS DISCENTES QUE INGRESSAM NA INSTITUIÇÃO TRABALHAM (CERCA DE 80%) DE MODO QUE ELES MESMOS OU COM COMPLEMENTAÇÃO DE AJUDA DE FAMILIARES OU EMPRESA ARCAM COM AS CUSTAS DO CURSO, DE MODO QUE APRESENTAM GRANDE INTERESSE E COBRAM QUANDO SENTEM QUE HÁ DE ALGUMA FORMA ALGO QUE IMPACTE NEGATIVAMENTE A QUALIDADE DE UMA DISCIPLINA POR EXEMPLO. A AMPLITUDE DE DISCIPLINAS QUE TAMBÉM É UM PONTO POSITIVO, TEM UM REVÉS AO PASSO QUE IMPLICA EM REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA EM DISCIPLINAS MAIS BÁSICAS, O QUE FREQUENTEMENTE RESULTA EM UM PROFISSIONAL FORMADO QUE AINDA PRECISA DE COMPLEMENTAR SUAS EXPERIMENTAÇÕES EM TAIS ITENS PARA UM DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL EXCELENTE; ‐ APESAR DESTE CARÁTER DO EFEITO DE CURSO QUE OCORRE EM TERMOS DE REPRESENTAÇÃO PROJETUAL COM OS DISCENTES, TAL AÇÃO IMPLICA EM EXCESSO DE DISCIPLINAS ONDE O FOCO SE TORNA ENSINO DE SOFTWARES OU TÉCNICAS DE DESENHO/MODELAGEM, INFLANDO A GRADE CURRICULAR DO CURSO PARA PROVER ESTE BENEFÍCIO. ‐ FALTA DE MATERIAL APOSTILADO AO MESMO TEMPO QUE PERMITE ESSA FLEXIBILIDADE, EXIGE ENORME TEMPO DOS DOCENTES, SOBRETUDO DOS INICIANTES EM UMA DISCIPLINA (POR MOTIVOS DE ELABORAÇÃO DE MATERIAL DE USO DO REFERIDO DOCENTE) E DIFICULTA DE FORMA SIGNIFICATIVA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOCENTES QUE SE ENQUADRAM NESTES CASOS. TAMBÉM OCASIONALMENTE RESULTA EM COMPARAÇÕES QUANDO HÁ SUBSTITUIÇÃO DE DOCENTES EM DISCIPLINAS SEQÜENCIAIS (EX: PROGRAMAÇÃO VISUAL 1 E 2) OU MESMO ENTRE DISCIPLINAS DISTINTAS, POIS É DIFÍCIL AO DISCENTE DE INSTITUIÇÕES PARTICULARES ENTENDEREM QUE CADA DOCENTE TEM GERALMENTE OUTROS COMPROMISSOS ALÉM DA DOCÊNCIA, PARA SE MANTER; ‐ FALTA DE CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO E ADERÊNCIA CLAROS RESULTAM FREQUENTEMENTE EM “MAL‐ESTAR” ENTRE PARTE DO CORPO DOCENTE E COORDENAÇÃO; ‐ O FATO DA EMPRESA TER CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA FAMILIAR, RESULTA EM UMA DAS PREOCUPAÇÕES APONTADAS PELA UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES) NAS FACULDADES PARTICULARES: ESVAZIAMENTO DOS PODERES DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS (DIREÇÃO/COORDENAÇÃO) E INGERÊNCIA DA MANTENEDORA; ‐ FALTA DE POLÍTICAS CLARAS E SISTEMÁTICAS QUE CONDUZAM AO CUMPRIMENTO NA INTEGRA DAS PROPOSTAS DE PDI E PPI (PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) E (PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL) E TAMBÉM DE DEMANDAS RECENTES QUE DEVERIAM SER ADICIONADAS ÀS PRIORIDADES INICIALMENTE PROPOSTAS AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (CNE); ‐ A BAIXA REMUNERAÇÃO COMPARATIVAMENTE COM A PROVIDA PELO ESTADO NO ENSINO SUPERIOR, IMPLICA A ESTE DOCENTE COM FREQÜÊNCIA COMPLEMENTO DE RENDA FAZENDO COM QUE TENHA DIFICULDADES EM ATUALIZAR MATERIAL DIDÁTICO, PRODUZIR PESQUISAS E PUBLICAR OS RESULTADOS DE TAIS ESTUDOS, ALÉM DE POR VEZES GERAR UM CONCORRÊNCIA ENTRE MERCADO E IES, ONDE QUASE SEMPRE O MERCADO PROVÊ UMA REMUNERAÇÃO MAIS ATRATIVA, DIFICULTANDO EM SUMA, A VIVÊNCIA DESTE DOCENTE COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO: ‐ O FATO DA FACULDADE SER RECENTE AI TEM CERTOS REFLEXOS NA CULTURA DE DESIGN VIGENTE NO CURSO E NA IES, DE MODO QUE SOMENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS QUE ESTAMOS PERCEBENDO O INÍCIO DE UMA CULTURA DE DESIGN MAIS DINÂMICA E CONSISTENTE; ‐ POUCA VARIEDADE E QUANTIDADE DE TÍTULOS NA BIBLIOTECA. É A INFRA‐ESTRUTURA QUE, AINDA, NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE ADEQUADA A UM CURSO DE EXCELÊNCIA EM DESIGN. DETERMINAÇÃO DO MEC PARA QUE AS IES CONTRATEM PROFESSORES SOMENTE COM MÚLTIPLOS DE 20 HORAS AULAS, PARA QUE SEJA POSSÍVEL AO MESMO SER UM PROFISSIONAL DEDICADO À EDUCAÇÃO E PESQUISA E ÀS DEMANDAS DECORRENTES DO MAGISTÉRIO; ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE CRÉDITO DO PBD (PROGRAMA BRASILEIRO DO DESIGN) PARA IES INVESTIREM EM LABORATÓRIOS DE DESIGN E P&D NESTA ÁREA A FUNDO PERDIDO, OU LINHAS DE AVESSO FACILITADAS A CRÉDITOS DO BNDES; ‐ MAIOR RIGIDEZ DO INEP EM DUAS VERIFICAÇÕES NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS PARA VERIFICAÇÕES DOS CURSOS PARA QUE OS PONTOS FALHOS SEJAM COBRADOS POR INSTÂNCIA SUPERIOR ÀS MANTENEDORAS, VISTO QUE O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL É CONCESSÃO DO ESTADO; ‐ REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DEVERÁ AJUDAR NA VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL ABRINDO MAIORES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTOS TRIBUTÁRIOS PARA EMPREENDEDORES NESTA ÁREA E QUEBRANDO UM DOS RECEIOS DE DIVERSOS PROFISSIONAIS QUE INICIAM A CARREIRA ATUALMENTE; ‐ READEQUAÇÃO DA GRADE CURRICULAR E DAS DCNS (DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS) PARA O CURSO EM QUESTÃO; ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE APOIO À OBTENÇÃO DE TITULAÇÕES (MESTRADO, DOUTORADO E PÓS‐DOC); O ensino e o mercado de trabalho na área de design 70 6 Discussão A busca por informações sobre a Instituição e Mercado de trabalho gerou muitos dados importantes para análise e permitiu que fossem revelados diversos aspectos dessa relação. No que diz respeito à análise dos dados obtidos através dos alunos dos cursos de Design, podemos notar que, conforme suas avaliações, o ensino é considerado bom, levando-se em conta o preparo que oferecem para atuação no mercado de trabalho. Gráfico 32 - Comparativo na avaliação do curso realizada pelos alunos Através do gráfico, podemos perceber que o curso da Instituição B atingiu mais indicações positivas de qualidade como “ótimo” e “bom”, mas, no geral para ambas as instituições de ensino, prevaleceram conceitos que mostram satisfação a respeito do ensino recebido. Já para os mestrandos e doutorandos que avaliaram o ensino que receberam, atribuíram menor valor, tendo a maior parte deles avaliado como “regular” a graduação que cursaram. Uma possibilidade é que isso seja um reflexo da visão crítica adquirida durante os cursos de pós-graduação, adotando uma postura mais criteriosa. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 71 Gráfico 33 - Alunos atribuem notas a itens relacionados à sua graduação Comparando as notas atribuídas a itens específicos do ensino das duas instituições de ensino, os alunos da Instituição B apresentaram maior satisfação. Uma característica influenciadora desse resultado é que a Instituição B é particular e os alunos avaliam constantemente o serviço prestado pela instituição, podendo ocorrer ajustes até mesmo no decorrer do ano letivo. A tabela mostra os dados e torna evidente que alunos das duas instituições de ensino consideram os professores, conteúdos, disciplinas e laboratórios os pontos fortes do ensino. Outro aspecto comum é relacionado a softwares específicos e computadores. Os professores da Instituição B, em sua maior parte, são ou foram alunos da pósgraduação da Instituição A, um claro indicador que a qualidade do ensino da Instituição A se expandiu para a Instituição B através de tais professores, fazendo com que eles sejam nomeados como pontos fortes do ensino fornecido por ambas as instituições. Quadro 21 - Comparativo Pontos Fortes e Pontos Fracos Pontos Fortes Pontos Fracos Instituição A Instituição B Instituição A Instituição B PROFESSORES PROFESSORES SOFTWARES ATUALIZAÇÃO DE COMPUTADORES E SOFTWARES DISCIPLINAS E DISCIPLINAS E CONTEÚDO CONTEÚDO PROFESSORES RELACIONAMENTO INSTITUIÇÃO E ALUNO LABORATÓRIOS LABORATÓRIOS PESQUISA 2 HABILITAÇÕES ESTRUTURA ALUNOS O ensino e o mercado de trabalho na área de design 72 Um dos pontos fracos mais citados por alunos de ambas as instituições de ensino é a questão de aulas de softwares e equipamentos adequados para que isso ocorra. Fica comprovado que os recursos computacionais apresentam importância primordial quando tratamos de laboratórios para o curso de Design. Afinal, em todas as áreas possíveis de atuação do designer, é necessário o uso desse recurso. Vimos no capítulo 2 intitulado “Design hoje” que os softwares para a área do Design vêm ganhando popularidade e conquistando cada vez mais usuários. Os cursos se multiplicam e os alunos, depois de alguns meses, saem com o certificado de design. Esses alunos ocupam lugares no mercado de trabalho. Mesmo porque, se tal curso não trouxesse resultado financeiro para quem investe neles, eles não seriam tantos. São designers amadores atuando por dominarem uma ferramenta em que as instituições de ensino não investem ou investem de maneira ainda deficiente. O mercado está sinalizando para a necessidade de profissionais que dominem também – ou principalmente - tais técnicas e a instituição não pode ficar para trás. Os mestrandos e doutorandos que estão em contato com o mercado de trabalho, atuando como designers, também sinalizaram que o conhecimento de software é uma das competências exigidas e foi um dos itens que faltaram em suas graduações. Laboratórios de fotografia e Oficinas de Metal, Madeira e Plástico são oficinas muito específicas, tais instituições de ensino possuem e os professores as defendem. Trabalhos com softwares (ponto fraco relatado por alunos e professores das duas instituições de ensino) estão presentes em todas as áreas do design. Já os resultados gerados por laboratórios de fotos e em oficinas de madeira estão presentes em apenas uma parcela do vasto campo de atuação possível do profissional. A Instituição B além de repetir o modelo de sucesso apresentado pela Instituição A acaba cometendo também algumas falhas da Instituição A. Prova disso é que recentemente inauguraram oficina de materiais (e a necessidade maior era de equipamento para utilização de softwares específicos), da mesma forma que a Instituição A, por esta ser referência na área de ensino do Design. A Instituição B realizou uma ação de benchmark – na qual se observa e aplica o que já esta sendo feito em outra instituição, quando o ideal seria realizar uma análise das necessidades de suas áreas clientes, no caso, seus alunos, mercado e empregadores. É importante notar que grande parte do corpo docente da Instituição B é de profissionais formados pela Instituição A, um motivo que justifica o espelhamento que ocorre se repetindo o modelo já estabelecido. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 73 Gráfico 34 - Percentual de graduandos que realizam estágio Outro resultado diretamente influenciado pelo perfil da instituição e seus alunos é a quantidade de alunos que já realizam estágios. A Instituição A possui alunos de diferentes cidades, até mesmo de outros estados. Os alunos da Instituição B são da cidade ou cidade próximas. O vislumbramento da possibilidade de manter por mais tempo e mais próximo seu funcionário, além de conhecer características locais e também facilidades proporcionadas pelo networking, fazem com que os alunos da Instituição B apresentem melhores índices relacionados à atuação profissional ainda como alunos. O estágio é outra forma, e muito eficaz, para que ocorra a aproximação com o mercado. Existem profissões que exigem realização de estágio, como por exemplo, medicina, na qual é necessário estágio para se tornar profissional. Uma solução para sintonia de interesses entre as áreas, mercado e academia seria uma diretriz curricular para estágio. Com relação aos perfis das instituições de ensino (anexos) podemos perceber que a Instituição B aponta através da forma que apresenta o curso de Design, sintonia com o mercado de trabalho. Já a Instituição A mostra grande preocupação com o homem, num contexto geral e também com a expressão da criatividade, porém não cita aspectos empregatícios e mercadológicos. Mesmo o curso de pós-graduação sendo bem conceituado, foi identificada uma lacuna no que diz respeito a atividades práticas para atuação como professor. O curso prepara docentes e pesquisadores, porém parte de seus alunos identifica que há necessidade de disciplinas que tratem de didática e ensino superior. O programa de pósgraduação possui a preocupação de proporcionar tal experiência aos seus discentes e há alguns anos estão procurando disponibilizar a disciplina denominada didática para todos os anos, constantemente. Ela já ocorreu em anos anteriores. O índice de discentes já atuando como professores e preparando futuros profissionais é alto, correspondendo a 75% dos entrevistados. Desses 75%, 87% deles estão iniciando suas atividades como docentes e possuem menos de cinco anos de atuação. Isso pode ser um indício dos pós-graduandos terem relatado através de notas a O ensino e o mercado de trabalho na área de design 74 carência de aperfeiçoamento ou aprendizado sobre a atuação em sala de aula durante o curso. Os pós-graduandos citaram a “falta de contato com o mercado” no momento em que realizavam suas graduações como um aspecto que pouco esteve presente. A grande parte dos professores mostra sintonia com o mercado de trabalho, pensando na futura atuação prática dos alunos, levando à sala de aula atividades baseadas em experiências profissionais. Apenas para as aulas teóricas como, por exemplo, história do desenho industrial é que não existe a necessidade de imediata conexão prática com o mercado atual. Os professores da Instituição A estão enquadrados no RDIDP (Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa), não podendo exercer concomitantemente atividades além das firmadas através deste compromisso empregatício. A experiência com o setor produtivo, neste caso, se concretiza através de participação de diferentes feiras e eventos de caráter mercadológico e profissional. Tal experiência pode ser mais enriquecedora do que a constante prática no mercado de trabalho, pois, como exemplo, um designer que trabalha há dez anos em uma única empresa pode possuir uma visão restrita e até mesmo possuir vícios adquiridos durante tal atividade.Já a diversidade das experiências absorvidas através de eventos de diferentes áreas constrói um repertório muito vasto e rico que deve ser mais valorizado. Vimos que a experiência pode ser adquirida de outras formas que não somente no dia a dia em empresas e que também não são todas disciplinas que exigem esta prática, porém nas disciplinas como as que envolvem projeto e prepara para a prática profissional, tal experiência é aconselhada por proporcionar maior segurança aos alunos. Outro aspecto positivo observado é que, mesmo que a maior parte dos professores possua formação e experiência em design, fazem parte também do corpo docente professores com formações distintas do design, o que possibilita o ingresso e disseminação de diferentes ângulos de visão colaborando assim para pluralidade do curso e formação mais completa do aluno. Muitos professores mostraram algo além do cumprimento do plano de disciplina e conteúdos com vínculo a alguma área do conhecimento. Mostraram-se preocupados também com o futuro profissional dos alunos, com a empregabilidade deles. Quando indagados de que forma poderiam melhorar a relação instituição e mercado de trabalho citaram como soluções o acompanhamento das necessidades dos usuários, do mundo moderno e das empresas, até mesmo execução de projetos junto com profissionais em sala de aula e realização de estágios. Fato interessante é que a maior parte dos entrevistados, professores e pósgraduandos, ao serem questionados se a experiência profissional colabora para que haja O ensino e o mercado de trabalho na área de design 75 maior aproximação com o mercado, acabam defendendo a posição em que se encontram. Se possuem experiência, dizem que ela é necessária; se não a possuem, dizem que ela não é essencial. A “falta de infraestrutura” da mesma forma que esteve presente nas respostas dos alunos também despontou com destaque nas respostas dos professores, caracterizando assim uma das mais importantes necessidades de solução para o aprimoramento da relação aqui estudada. Um dos fatores citados pelos professores quando se diz respeito à relação ensino e mercado de trabalho, é o tempo. Dizem que ocorre uma grande discrepância no que consideram o tempo ideal para o desenvolvimento de um projeto, sendo a instituição de ensino por vezes taxada como vagarosa e o mercado como imediatista. Livros desatualizados ou a não existência de livros com conteúdos atuais sobre a prática do design foi mencionado. Tal fato se comprova diante da migração para outro meio utilizado para propagação de conhecimento: a internet, conforme dados obtidos pelos questionários. Na pesquisa realizada com os mestrandos e doutorandos, eles informaram, em sua maioria, que consultam sites para se manterem atualizados para o exercício de suas atividades. A elaboração, a redação e a manutenção de tais conteúdos se mostram outra boa oportunidade de atuação, já que é uma necessidade identificada. Muitos profissionais podiam se dedicar a tal atividade. Ainda sobre livros, a maior parte deles ou outro tipo de literatura ou qualquer material que trate do assunto design falam sobre a dificuldade em definir design. Até mesmo esta dissertação relata esta dificuldade. O ideal é definir design, propagar o conceito correto. Falar o que não é apenas gera dúvidas e lacunas. Descobrir onde se encontra a lucratividade no projeto de design e apresentar também este argumento. O designer deve aprender a falar a língua do mundo dos negócios e expor os atrativos mercadológicos como parte integrante do projeto. Clientes, usuários ou consumidores, muitas vezes imagina-se o cliente como sendo uma pessoa com determinadas necessidades e desejos a serem supridos. As empresas também são clientes e também precisam ser atendidas por designers, tendo suas necessidades providas, seus problemas resolvidos. Os resultados aqui apresentados e discutidos merecem atenção especial, pois apresentam itens relevantes para o acréscimo de qualidade do ensino oferecido, consequentemente, para que ocorra satisfação dos alunos e que atenda às demandas do mercado de trabalho. Para o mercado de trabalho, os resultados mostram como ele pode melhor aplicar os conhecimentos do designer, trazendo mais benefícios para a organização e para a sociedade. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 76 7 Considerações Finais O presente estudo e resultados mostraram que muito já foi feito na área de ensino do design e também foram reveladas lacunas para que as instituições atendam as demandas mercadológicas de forma ainda mais satisfatória. Tais lacunas também foram encontradas no mercado de trabalho, onde, por desconhecimento, muitas vezes acaba inutilizando ou utilizando de forma inadequada os serviços do designer. Através dos resultados ainda foi possível apontar itens que resumem as providências a serem tomadas para melhor relação entre instituições de ensino e mercado de trabalho. Com isso foi atingido o objetivo desta pesquisa que era realizar análise da dinâmica do ensino do Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho. Importante observar que a preocupação aqui explicitada não diz respeito puramente à empregabilidade do designer e às metas financeiras e mercadológicas de empresas e indústrias. Até mesmo vai além da relação ensino com o mercado de trabalho, pois o que aí ocorre, faz com que existam reflexos. A preocupação maior, e onde ocorrem tais reflexos, é a sociedade, atingindo o homem e o lugar onde habita, com o impacto negativo provocado pelo não entrosamento entre as instituições. Isso ocorre de forma inconscientemente e muitas vezes até mesmo irresponsável no momento em que é permitido o surgimento de produtos gerados sem a efetiva participação do designer. O entendimento sobre o que é design está difuso, porém, muito confuso, e neste aspecto há muito a ser feito para que haja homogeneização e clareza na comunicação para relacionamento entre as partes. Seguramente, outros estudos envolvendo a relação ensino e mercado de trabalho devem ser realizados, principalmente levando-se em consideração os aspectos levantados por empresas empregadoras, profissionais de outras áreas e também do mercado consumidor, podendo então essas informações serem analisadas com as que nesta dissertação foram apresentadas. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 77 8 Referências Bibliográficas ADG Brasil Associação dos designers gráficos. O Valor do Design. São Paulo: Senac, 2004. AZEVEDO, W.; O que é design. São Paulo: Brasiliense, 2001. BEZERRA, Charles. O designer humilde. Lógica e ética para inovação. São Paulo: Edições Rosari, 2008. COELHO, Luiz Antonio L. Design Método. Rio de Janeiro: Ed. PUC; 2006. COUTO, Rita Maria de Souza. Escritos sobre Design no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Book’s; 2008. FELIPPE, Maria Inês. 4 C’s para competir com criatividade e inovação nos negócios, comunicação assertiva na venda de idéias, comprometimento e cooperação para criar, coordenação transformadora. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007. HIRATA, Cesar. O Valor do Design. São Paulo: Senac, 2004. KOTLER, Philip. Adminstração de Marketing: a edição do novo milênio. 9. reimpressão. Editora Pretince Hall, 2000 LANDIM, Paula da Cruz. DESIGN/EMPRESA/SOCIEDADE. Tese apresentada para obtenção do título de Livre-docente em Design de Produto. Bauru, FAAC - UNESP, 2009. LAS CASAS, Alexandre L. .Marketing _ Conceitos _ Exercícios _Casos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997 LÖBACH, Bernd. Desenho industrial. Bases para a configuração dos produtos industriais. São Paulo. Editora Edgar Blücher Ltda, 2001. NOBREGA, Clemente. A ciência da gestão – Marketing, inovação, estratégia: um físico explica a gestão – a maior inovação do século XX – como uma ciência. 2ª edição. Rio de Janeiro. Editora Senac Rio, 2004. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 78 PHILLIPS, Peter L. Briefing: A gestão do projeto de design. São Paulo: Editora Blucher, 2007. WICK, Rainer. Pedagogia da Bauhaus. São Paulo. Martins Fontes, 1989. WOLLNER, Alexandre. O Valor do Design. São Paulo: Senac, 2004. www.adp.org.br. Acessado em 16/09/09. www.campanas.com.br www.ciespbauru.com.br . Acessado em 16/09/09. www.designbrasil.org.br. Acessado em 22/09/09. www.educacao.uol.com.br/dicionarios/ www.epocanegocios.globo.com/Revista/ www.inpi.gov.br. Acessado em 24/09/09. www.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/arquivos/manual_de_oslo/cap3_04_distincao.html www.firjan.org.br. Acessado em 16/09/09. www.portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0937/marketing/todo-poder-ao-design422165.html. Acessado em 13/09/09 www.portalinovacao.mct.gov.br. Acessado em 26/09/09 www.sbgc.org.br/sbgc/portal/ www.vocesa.com.br. Acessado em 16/09/09. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 79 9 Apêndices Apêndice 1 A Prova de Títulos teve como base os seguintes critérios de avaliação: 1. FORMAÇÃO ESCOLAR: Pontuação (até 3,5 pontos) - Graduação: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto. - Mestrado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto. - Doutorado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto. 2. EXPERIÊNCIA DIDÁTICA: (até 3,0 pontos) - Graduação: 3,0 pontos. 3. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E/OU ANÁLISE DE PORTIFÓLIO: (até 1,0 ponto) - Na área: 1,0 ponto. - Fora da Área: 0,5 ponto. 4. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS EM INSTITUIÇÕES UNIVERSITÁRIAS: (até 1,0 ponto) - Itens avaliados: Conselhos, Órgãos Colegiados, Atividades de Departamento. 5. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA: (até 2,0 pontos) - Iniciação científica: 1,0 ponto. - Mestrado: 0,5 ponto. - Doutorado: 0,5 ponto. 6. PESQUISA: (até 2,5 pontos) - Itens avaliados: Projetos em andamento e projetos concluídos. 7. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM ENCONTROS: (até 2,0 pontos) - Itens: Encontros, Comunicação em Congresso, Palestras, Conferências, MesasRedondas e Grupos de Trabalho. 8. TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS: (até 3,0 pontos) - Itens avaliados: Anais, Artigos em revista, Capítulo de livros, Livros e Jornais. 9. EXTENSÃO: (até 2,0 pontos) - Itens avaliados: Projetos institucionais, Palestras, Conferências e Projetos para comunidade. TOTAL GERAL até 20 pontos Tabela – Atribuição de pontos em concurso para contratação de docente na Unesp. fonte: www.faac.unesp.br O ensino e o mercado de trabalho na área de design 80 Apêndice 2 A Prova de Títulos terá como base os seguintes critérios de avaliação: TOTAL GERAL: até 13,0 pontos. FORMAÇÃO ESCOLAR. na área do design (4,0 pontos); em áreas correlatas (3,0 pontos). EXPERIÊNCIA DIDÁTICA. graduação em design, com experiência mínima de 2 anos (2,0 pontos); graduação em áreas correlatas, com experiência mínima de 2 anos (1,0 ponto); ensino médio profissionalizante (0,5 ponto a cada 2 anos de docência). EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. experiência profissional na área de design (1,0 ponto a cada ano); experiência profissional em áreas correlatas (0,5 ponto a cada ano). PESQUISA. projetos em andamento (1,0 ponto cada); projetos concluídos (1,0 ponto cada). TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS. publicação na área do design (0,50 ponto); publicação em áreas correlatas (0,25 ponto). PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS. na área do design (0,25 ponto); em áreas correlatas (0,125 ponto). (até 4,0 pontos) (até 2,0 pontos) (até 2,0 pontos) (até 3,0 pontos) (até 1,0 ponto) (até 1,0 ponto) A Prova Didática terá como base os seguintes critérios de avaliação: TOTAL GERAL: até 11,5 pontos. DIDÁTICA - planejamento e organização de aula; - qualidade da apresentação. DELIMITAÇÃO DO TEMA SORTEADO - desenvolvimento do tema e desenvoltura didática. CONTEÚDO ATUALIZADO - adequação à bibliografia relacionada às disciplinas do concurso. (até 3,0 pontos) (até 6,0 pontos) (até 2,5 pontos) A Análise de Portifólio terá como base os seguintes critérios de avaliação: TOTAL GERAL: até 10,0 pontos. PRODUÇÃO TÉCNICA (até 10,0 pontos): Na área do design (8,0 pontos) atividade de projeto (0,5 ponto por ano) atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (1,0 ponto por ano) e seu acompanhamento técnico atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (2,0 pontos por ano) e seu acompanhamento técnico, mais o processo de implantação Em áreas correlatas (2,0 pontos) atividade de projeto (0,125 ponto por ano) atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (0,25 ponto por ano) e seu acompanhamento técnico atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (0,5 ponto por ano) e seu acompanhamento técnico, mais o processo de implantação O ensino e o mercado de trabalho na área de design 81 Apêndice 3 Quantidade 1 1 1 2 Cidade Adamantina Araçatuba Birigui Bauru 1 1 1 1 1 1 1 Campinas Franca Guarulhos Limeira Lorena Marília Mauá Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI Design de Produtos Centro Universitário Toledo - UniToledo Tecnologia em Design de Moda Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui - Fateb Projeto de Produto Instituição Estadual Paulista - Unesp Programação Visual/Projeto de Produto Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve) Design Faculdade de Campinas Programação Visual/ Projeto de Produto/Design de Interfaces/Webdesign Instituição de Franca - Unifran Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Jóia Instituição de Guarulhos - UNG Programação Visual / Desenho Industrial Faculdade de Administração e Artes de Limeira - FAAL Bacharelado em Design Gráfico / Design de Produto Faculdades Integradas Teresa D´Ávila Projeto de Produto/Programação Visual Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM Design Grafico Faculdade de Desenho Industrial de Mauá Projeto de Produto 1 1 Mirassol Mogi das Cruzes União das Escolas do Grupo Faimi de Educação - FAIMI Design Instituição de Mogi das Cruzes - UMC Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico 2 Osasco 1 1 25 Salto São Bernardo do Campo São Caetano do Sul São José do Rio Preto São Paulo Centro Universitário FIEO - Unifieo Bacharelado em Design com habilitação em design digital Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Bacharelado em Design Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP Decoração e Design Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Bacharelado em Design 1 1 Sorocaba Tatuí 1 1 Faculdades e Instituições de ensino Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia Design de Produto Centro Universitário de Rio Preto Design de Moda Centro Universitário Belas Artes de São Paulo Programação Visual/Projeto de Produto/Tecnologia da Embalagem/Design de Interiores/Design de Moda Centro Universitário FIEO - UniFieo Design Digital Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero Graduação em Comunicação Social - habilitação em Design Digital Centro Universitário Senac - Senac-SP Design Industrial/ Comunicação Visual / Interface Digital / Modelagem / Estilismo Escola Panamericana de Artes Design de Produto / Produção de Moda Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM - SP Superior de Propaganda e Marketing Curso de graduação em Design - Bacharelado - (Habilitação em Comunicação Visual e ênfase em Marketing) Faculdade Marcelo Tupinambá Programação Visual Faculdade Santa Marcelina - FASM Design de Moda Faculdades Associadas de São Paulo - Fasp Webdesign Faculdades e Centro de Educação Tecnológica Webdesign Faculdade Impacta Tecnologia - FIT – Design de Mídia Digital Faculdades Integradas Interamericanas – FAITER (Faculdades Oswaldo Cruz) Programação Visual/ Projeto de Produto Faculdades Metropolitanas Unidas - UniFMU Design Gráfico e Design do Produto Faculdade Senac de Comunicação e Arte Design Gráfico/ Design de Multimídia/ Design de Moda Fundação Armando Álvares Penteado - Faap Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Moda Faculdade Paulista de Artes Bacharelado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual Istituto Europeo di Design - São Paulo Industrial Design/Interior Design/Fashion Design/Design de Jóias e Acessórios/ Graphic Design/Digital & Virtual Design Miami Ad School São Paulo Extensão em Design Gráfico Instituição Anhembi Morumbi Design de Animação, Design de Games, Design de Interiores, Design de Moda, Design Digital e Design Gráfico - Tipografia Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Projeto do Produto e Programação Visual (simultâneo) Instituição Mackenzie Programação Visual/Projeto de Produto Instituição Paulista - Unip Projeto de Produto Instituição São Judas Tadeu - USTJ Programação Visual/Projeto de Produto Instituição de São Paulo - USP (Faculdade de Arquietura e Urbanismo) Design Instituição de São Paulo - USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP Leste) Bacharelado em Têxtil e Moda Instituição de Sorocaba - UNISO Tecnólogo em Design Gráfico Faculdade de Desenho Industrial de Tatuí Programação Visual TABELA – Cursos de Design no Estado de São Paulo, classificados por cidade. Fonte: www.designbrasil.org.br O ensino e o mercado de trabalho na área de design 82 Apêndice 4 Questionários Professores Título do e-mail: Professor, responda e participe da pesquisa sobre Design. E-mail: CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA 06/11/09. No programa de pós-graduação, Mestrado em Design – Unesp (www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o Mercado de Trabalho, identificando assim: Pontos fortes e pontos fracos no ensino oferecido pelas instituições; A percepção e as expectativas dos futuros profissionais; As necessidades dos profissionais de design; As necessidades das empresas em relação ao design. Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o questionário abaixo. Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para esclarecimento de qualquer dúvida. Antecipadamente agradecemos pela colaboração. Carolina de Oliveira Marques Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP e-mail / msn: [email protected] contato: (14) 9119-3436 currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033 Esta pesquisa é orientada por: O ensino e o mercado de trabalho na área de design 83 Paula da Cruz Landim Livre Docente currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191 Questionário Nome: Idade: Gênero: ( ) feminino ( ) masculino Formação: Nome da Instituição de ensino: 1 - Há quantos anos leciona? 2 - Há quantos anos atuou/atua profissionalmente com atividades relacionadas ao design (atividades não acadêmicas)? 3 - Cite algumas de suas produções técnicas. 4 - Quais disciplinas você leciona? 5 - Para elas, há necessidade de experiência prática como profissional de design? ( ) sim ( ) não Por quê? 6 - De que forma, nas atividades das disciplinas que você leciona, ocorre a aproximação com o mercado de trabalho? 7 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? 8 - Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorar? ( ) Autorizo que seja citado meu nome. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 84 Apêndice 5 Alunos Título do e-mail: Design e meu futuro profissional E-mail: CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA 06/11/09. No programa de pós-graduação, Mestrado em (www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento Design – Unesp pesquisa que visa levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o Mercado de Trabalho. Nós, alunos, temos expectativas em relação a nosso futuro profissional, precisamos dizer o que pensamos e expor nossa percepção sobre o ensino que é oferecido. Será que os designers que estão saindo da Instituição realmente estão preparados para o mercado de trabalho? Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o questionário abaixo. Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para esclarecimento de qualquer dúvida. Antecipadamente agradecemos pela colaboração. Carolina de Oliveira Marques Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP e-mail / msn: [email protected] contato: (14) 9119-3436 currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033 Esta pesquisa é orientada por: Paula da Cruz Landim Livre Docente O ensino e o mercado de trabalho na área de design 85 currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191 Questionário Idade: Gênero: ( ) feminino ( ) masculino Curso: Habilitação: Termo: Nome da instituição de ensino: 1 - Pensando em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino que recebe em seu curso de graduação? ( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2 - Já realiza estágio ou trabalha na área? ( ) sim ( ) não 3 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação Instituição e seu futuro profissional como designer: ( ) Grade curricular ( ) Conteúdo das disciplinas ( ) Conhecimento dos professores ( ) Experiência prática dos professores 4 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? 5 - Pensando em seu futuro profissional, o que falta na faculdade? 6 - Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o significado de design. Como você resolveu? 7 – Espaço para críticas e sugestões: Autorizo que seja citado meu nome ( ) sim ( ) não O ensino e o mercado de trabalho na área de design 86 Apêndice 6 Mestrandos e Doutorandos Bom dia! Sou Carolina, fiz com você algumas disciplinas e estou enviando este e-mail para solicitar sua a colaboração em minha dissertação. A orientadora é a Paula e o tema da dissertação é a relação Instituição e mercado de trabalho na área do Design, por isso estamos acessando todos atores do processo. As informações estão logo abaixo. É rapidinho. Clique em responder e preencha com sua opinião. Estarei recebendo as respostas durante esta semana. Antecipadamente agradeço pela atenção e colaboração. Carolina de Oliveira Marques Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP e-mail / msn: [email protected] contato: (14) 9119-3436 currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033 Esta pesquisa é orientada por: Paula da Cruz Landim Livre Docente currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191 Nome: Idade: Gênero: ( ) feminino ( ) masculino Atualmente cursa: ( ) Mestrado ( ) Doutorado Formação: Empresa que trabalha: O ensino e o mercado de trabalho na área de design 87 Atua como: ( ) Designer Gráfico ( ) Designer de Produto ( ) Docente ( ) Outro Parte I 1 - Pensando em sua futura atuação como docente, como você classifica o ensino que recebe em seu curso de pós-graduação? ( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação do seu curso de pós-graduação e seu futuro profissional como docente: ( ) Grade curricular ( ) Conteúdo das disciplinas ( ) Conhecimento dos professores ( ) Atividades práticas - para atuação em sala de aula como professor ( ) Atividades práticas - para atuação com pesquisas 3 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? 4 - Pensando em seu futuro profissional como docente, o que falta no programa de pós graduação? 5 - Considera importante o docente possuir experiência profissional? 6 - Já realiza estágio ou trabalha como professor? ( ) sim ( ) não 7 - Há quantos anos leciona? Parte II O ensino e o mercado de trabalho na área de design 88 1 - Para as disciplinas que você leciona, há necessidade de experiência prática como profissional de design? ( ) sim ( ) não Por quê? 2 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino por você oferecido? 3 - Há quantos anos atua como designer? 4 - Como você classifica o ensino recebido na graduação para aplicação em suas atividades profissionais como designer? ( regular ( ) ruim ) Ótimo ( ) bom ( ) ( ) péssimo 5 - Quais são as principais competências exigidas de um designer pelo mercado de trabalho? 6 - Seus professores transmitiram experiência profissional? 7 - O que faltou aprender? 8 - Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição que fez graduação? 9 - O que é preciso fazer para melhorar o curso de graduação em design? 10 - Como você se atualiza? ( ) Sites ( ) Revistas ( ) Cursos ( ) Outros. Quais? Autorizo a divulgação de meu nome ( ) sim ( ) não O ensino e o mercado de trabalho na área de design 89 10 Anexos Anexo 1 Descrição do Perfil do Curso – Design – site Unesp O curso de Design visa formar um profissional a partir de uma base transdisciplinar. Esta visão permite que sua formação possa ser ampla e de livre acesso a informação quanto a sua práxis projetual e à pesquisa em design. Investigar, propor rumos e instrumentalizar os alunos e pesquisadores para as alterações de concepção e produção. Os projetos e suas desdobramentos devem evidenciar um profissional apto à projetar novos mundos, novas sociedades em sintonia com a rede de conexão global. Essa visão implica em uma ação projetual, ou seja, saber como elaborar problemas, formular hipóteses e não somente detectar e resolver problemas de forma imediata. A equação projeto - processo - produto é delineada segundo uma ação intelectual e sua práxis. O curso de Design abrange duas áreas: Design Gráfico e Design de Produto. Estas duas áreas pressupõem uma postura metodológica que as integram no mesmo campo do saber e da prática profissional. O curso deve permitir ao Designer de Produto, através de projeto de unidades e sistemas tridimensionais, atender as necessidades do ser humano no tocante a seu contexto material, aqui entendido como o conjunto dos artefatos que povoam e ordenam ser aspecto vital, e permitir ao Designer Gráfico, por meio de projetos de unidades e sistemas visuais, otimizar a relação que se estabelece entre o ser humano e a informação. Ambas habilitações possibilitam ao profissional atuar em muitas outras atividades, pelo exercício privativo, como: assessoria a empresas, orientação, direção, consultoria no âmbito de sua especialidade, bem como a formulação e execução de estudos, análises, planejamentos e pesquisas em áreas próprias do Design, que tenham como objetivo a melhoria das condições de vida e de informação do homem enquanto usuário, em entidades públicas ou privadas de qualquer setor. A pedagogia do ensino do Design não pode ser a mesma daquelas áreas consideradas mais tradicionais, ainda que o seu caráter de trabalho se apresente em termos tecnológicos, pois os índices que separam o Design de outras atividades projetuais são exatamente a criação do novo, original, a inovação. Considerando então a pluralidade dos Departamentos envolvidos com o curso, deve haver um esforço no sentido de exigir que cada disciplina desenvolva o seu conteúdo com uma metodologia pertinente ao Design, onde as questões criativas e a formulação de problemas seja a tônica pedagógica fundamental. Portanto as experiências nesse sentido têm trazido sistematicamente uma abordagem diferenciada do Design pela experimentação. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 90 Anexo 2 Currículos Currículo - Habilitação em Design Gráfico 1. Termo Depto DDI DDI DDI ARG ARG CHU CHU Disciplinas CH Créditos Introdução ao Design Desenho de Observação I Plástica I História da Arte I Desenho I Antropologia Filosofia 30 60 60 30 60 30 30 300 02 04 04 02 04 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte II Desenho de Observação II Plástica II Psicologia Aplicada ao Design Desenho II Comunicação e Semiótica I Sociologia 30 60 60 30 60 30 30 300 02 04 04 02 04 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte III Desenho III Ergonomia Aplicada ao Design I Modelagem Recursos Computacionais Comunicação e Semiótica II Metodologia Científica 30 60 60 60 30 30 30 300 02 04 04 04 02 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte IV Desenho IV Metodologia do Projeto I 30 60 30 02 04 02 2. Termo Depto ARG DDI DDI PSI ARG CSO CHU 3. Termo Depto ARG DDI DDI DDI DDI CSO DDI 4. Termo Depto ARG ARG DDI O ensino e o mercado de trabalho na área de design 91 DDI DDI DDI DDI Fotografia I Tipografia I Produção Gráfica I Oficina Gráfica 60 30 30 60 300 04 02 02 04 20 Disciplinas CH Créditos Linguagens Contemporâneas Metodologia do Projeto II Projeto I Fotografia II Tipografia II Produção Gráfica II Optativa (*) 30 30 60 60 30 30 60 300 02 02 04 04 02 02 04 20 Disciplinas CH Créditos Marketing I Projeto II Tipografia III Produção Gráfica III Fotografia III Imagens Animadas I 30 120 30 30 60 30 300 02 08 02 02 04 02 20 Disciplinas CH Créditos Marketing II Introdução ao Projeto de Conclusão em Design Projeto III Produção Gráfica IV Imagens Animadas II Optativas (*) 30 30 120 30 60 30 300 02 02 08 02 04 02 20 Disciplinas CH Créditos Gestão do Design Projeto de Conclusão em Design Gráfico Optativas (*) 30 150 120 300 02 10 08 20 2.400 160 5. Termo Depto DDI DDI DDI DDI DDI DDI 6. Termo Depto DDI DDI DDI DDI DDI DDI 7. Termo Depto DDI DDI DDI DDI DDI 8. Termo Depto DDI DDI DDI Carga Horária Total Total O ensino e o mercado de trabalho na área de design 92 Currículo - Habilitação em Design de Produto 1. Termo Depto DDI DDI DDI ARG ARG CHU CHU Disciplinas CH Créditos Introdução ao Design Desenho de Observação I Plástica I História da Arte I Desenho I Antropologia Filosofia 30 60 60 30 60 30 30 300 02 04 04 02 04 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte II Desenho de Observação II Plástica II Psicologia Aplicada ao Design Desenho II Comunicação e Semiótica I Sociologia 30 60 60 30 60 30 30 300 02 04 04 02 04 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte III Desenho III Ergonomia Aplicada ao Design I Modelagem Recursos Computacionais Comunicação e Semiótica II Metodologia Científica 30 60 60 60 30 30 30 300 02 04 04 04 02 02 02 20 Disciplinas CH Créditos História da Arte IV Desenho IV Metodologia do Projeto I Fotografia I Modelos e Protótipos Ergonomia Aplicada ao Design II 30 60 30 60 60 60 300 02 04 02 04 04 04 20 2. Termo Depto ARG DDI DDI PSI ARG CSO CHU 3. Termo Depto ARG DDI DDI DDI DDI CSO DDI 4. Termo Depto ARG ARG DDI DDI DDI DDI 5. Termo O ensino e o mercado de trabalho na área de design 93 Depto DDI DDI DDI DDI Disciplinas CH Créditos Linguagens Contemporâneas Metodologia do Projeto II Projeto I Oficina de Madeira Optativa (*) 30 30 120 60 60 300 02 02 08 04 04 20 Disciplinas CH Créditos Marketing I Projeto II Oficina de Materiais Plásticos Materiais e Processos de Fabricação Optativa (*) 30 120 60 60 30 300 02 08 04 04 02 20 Disciplinas CH Créditos Marketing II Introdução ao Projeto de Conclusão em Design Projeto III Oficina de Metais Sistemas Mecânicos 30 30 120 60 60 300 02 02 08 04 04 20 Disciplinas CH Créditos Gestão do Design Projeto de Conclusão em Design de Produto Optativas (*) 30 150 120 300 02 10 08 20 2.400 160 6. Termo Depto DDI DDI DDI DEM DDI 7. Termo Depto DDI DDI DDI DEM DEM 8. Termo Depto DDI DDI DDI Carga Horária Total Total O ensino e o mercado de trabalho na área de design 94 Anexo 3 Perfil do Curso – Design – Iesb O curso de Design tem como objetivo formar profissionais capacitados em Gestão e Projeto no campo de Programação Visual e do Projeto do Produto. Os projetos desenvolvidos pelo curso de Design pretendem melhorar a qualidade de vida e a comunicação das pessoas, considerado para isso, os componentes do ambiente, da cultura e da história. Neste sentido, o Curso de Design busca orientar sua docência ao desenvolvimento das capacidades de observação e representação; projeção e materialização, exigindo uma capacidade de criação dos alunos. O Curso de Design formará profissionais sintonizados nas necessidades do mercado, capazes de desenvolver trabalhos em grupo, dotados de cultura geral, criativos e abertos a mudanças e adaptados ao processo de rápidas transições. Os Bacharéis em Design serão capazes de: executar trabalho na área de Programação Visual e do Projeto de Produto, realizar e analisar resultados de pesquisas na área mercadológica, assumir cargos e funções da carreira do Design, realizar pesquisas de materiais e tecnológicas, comunicar com clareza seus projetos e gerir seu próprio negócio e, assumir uma postura íntegra e coerente com o código de ética profissional, conhecendo plenamente os seus deveres e direitos profissionais. O Curso de Design - Bacharelado foi autorizado conforme a Portaria 2.839, de 13 de dezembro de 2001, publicada no D.O.U. em 17 de dezembro de 2001, oferecendo 80 vagas totais anuais, em regime semestral, no turno noturno. O ensino e o mercado de trabalho na área de design 95 Anexo 4 Unesp Iesb 1. CÁSSIA LETÍCIA CARRARA DOMINICIANO [email protected] 1. AILTON CÉSAR RIBEIRO [email protected] 2. CLÁUDIO ROBERTO Y GOYA [email protected] 2. CARMEN CECÍLIA A. DOS SANTOS LARANJEIRA [email protected] 3. 3. DORIVAL CAMPOS ROSSI [email protected] FÁBIO ALEXANDRE MOIZÉS [email protected] 4. 4. FÁBIO SIMÕES GROSSI [email protected] FERNANDO JOSÉ DA SILVA [email protected] 5. FRANCISCO DE ALENCAR [email protected] GASTÃO CARVALHO DEBREIX JUNIOR [email protected] 6. IVAN CARLOS MURER FRUCHI [email protected] JOSÉ CARLOS PLÁCIDO DA SILVA [email protected] 7. JACQUELINE AP. G FERNANDES DE CASTRO [email protected] 7. LUIS CARLOS PASCHOARELLI [email protected] 8. JOSÉ EDUARDO ZAGO [email protected] 8. LUIZ CARLOS FELISBERTO [email protected] 9. LÍLIAN HENRIQUE DE AZEVEDO [email protected] 9. LUIZ FERNANDO CARDOSO FURTADO [email protected] 10. LUIZ ANTONIO TROMBINI [email protected] 5. 6. 10. MILTON KOJI NAKATA [email protected] 11. OSMAR VICENTE RODRIGUES [email protected] 12. PAULA DA CRUZ LANDIM [email protected] 13. SÉRGIO LUIZ BUSATO [email protected] 14. SOLANGE MARIA BIGAL [email protected] 11. MARCOS DE SOUZA LIMA [email protected] 12. MARIA TERESA BENICASAT. GIL DE SOUZA [email protected] 13. MARLENE AGUIAR [email protected] 14. RAMSÉS BASTOS DA SILVA [email protected] 15. RICARDO KENJI YAMADA [email protected] 16. RODRIGO HOLDSCHIP [email protected] 17. SUZY NAZARÉ RIBEIRO DA S. AMANTINI [email protected] 18. THAÍS REGINA UENO [email protected] 19. WANDA FERREIRA CARDIM [email protected] 20. WILLIAN RIGHETTI [email protected] Corpo docente (e e-mail para contato) dos cursos de Design na cidade de Bauru. Fontes: www.faac.unesp.br e www.iesbpreve.com.br O ensino e o mercado de trabalho na área de design