Nádia Maria dos Santos Vieira
(Cartilha adaptada)
A
ortografia da língua
portuguesa é regida
por um conjunto de
normas oficiais sob a
forma
de
acordos
ortográficos.
Desde o dia 01/01/2009 já
estão em vigor as novas regras
ortográficas da língua portuguesa.
Temos até 2012 para nos
“habituar” com essas novas regras.
Em 2013, o uso das mudanças
ortográficas será obrigatório.

As letras k, w e y foram oficialmente
incorporadas ao alfabeto brasileiro, que
passa a ter 26 letras.
ABCDEFGHIJKLM
NOPQRSTUVWXYZ

Essas letras são usadas em siglas, símbolos,
nomes próprios, palavras estrangeiras e
seus derivados.
Exs.: km, watt, Byron, byroniano.

Não existe mais o trema na língua
portuguesa. Apenas em casos de
nomes próprios e seus derivados,
como
por
exemplo:
Müller,
mülleriano.
Ex.:
frequência,
consequência,
cinquenta,
linguiça,
aguentar,
quinquênio, tranquilo.
 Palavras
paroxítonas que possuem os
ditongos abertos ei ou oi não serão mais
acentuados, ou seja, quando os ditongos
abertos ei ou oi estiverem no interior das
palavras, esses perderão o acento.
Exs.: Assembleia, plateia, ideia, colmeia,
jiboia, heroico.
OBS.: Se as palavras terminarem em ditongo
(éi ou ói), elas serão palavras oxítonas e o
acento permanecerá, obrigatoriamente.
Exs.: herói, dói, constrói, pastéis.
 Nas
palavras paroxítonas, não se usa
mais o acento no i e no u tônicos
quando vierem depois de um ditongo
(duas vogais na mesma sílaba).
Exs.: feiura, feiume, bocaiuva.
Obs: Se o i ou u estiverem em posição
final o acento permanecerá: tuiuiú,
Piauí.
Os
hiatos oo e eem não
serão mais acentuados.
Ex.:enjoo, leem, veem, voo,
perdoo, deem, abençoo,
creem, releem.
 Não
se usará
diferenciar:





mais
o
acento
para
pera (substantivo - fruta) e pera (preposição
arcaica)
pela (flexão do verbo pelar) de pela
(combinação da preposição com o artigo)
para (verbo parar) de para (preposição)
Pelo (substantivo) de pelo (combinação da
preposição com o artigo)
polo (substantivo) de polo (combinação
antiga
e
popular
de
por
e
lo)
Obs.:
 Permanece
o acento diferencial na palavra
pôde (pretérito perfeito do indicativo) e pode
(presente do indicativo), pôr (verbo) e por
(preposição). E continua o acento que
diferencia o singular do plural dos verbos ter
e vir e seus derivados.
Exs.: Ele tem dois carros / Eles têm dois carros.
É
facultativo o uso do acento circunflexo para
diferenciar as palavras forma/fôrma. Em
alguns casos, o uso do acento deixa a frase
mais clara.
Exs.: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Não
se usa mais o acento agudo
no u tônico das formas: (tu)
arguis, (ele) argui, (eles) arguem,
do presente do indicativo dos
verbos arguir e redarguir.
 Os
verbos terminados em GUAR, QUAR e QUIR
possuem duas pronúncias em algumas formas
do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e do imperativo.
 Não
se usa mais o acento agudo nas formas
verbais que têm o acento tônico na raiz, com U
tônico precedido de G ou Q e seguido de E ou
I, ou seja,(gue, que, gui, qui) .
 Poucas
formas verbais, como averigúe
(averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem
(arguir), passam a ser grafadas averigue,
apazigue, arguem.
Diferença entre palavras compostas e
prefixos.


Palavras compostas – são aquelas que
possuem dois radicais, ou seja, são ligadas
por duas palavras independentes que se
unem para formar uma nova palavra.
Prefixos - são morfemas - unidades
mínimas de significação, sendo elementos
constituintes dos vocábulos - que se
colocam antes dos radicais a fim de
modificar-lhes o sentido.
NÃO SE USA O HÍFEN
 em
prefixos terminados em vogal + palavra
iniciada por outra vogal (diferente) ou palavra
iniciada por consoante.
Exs.:
autoescola,
extraescolar,
intraocular,
supraocular,
ultramoderno,
geopolítica.
contraindicação,
coprodução,
semideus,
infraestrutura,
semiárido,
microcomputador,
ultraelevado,
agroindustrial,
autopeça, neoexpressionista,
NÃO SE USA O HÍFEN
 em
prefixos terminados em vogal +
palavra iniciada por R ou S, sendo que
essas devem ser dobradas.
Exs.:
antessala, autossugestão, autorretrato,
ultrassonografia, suprarrenal,
antissocial, arquirromântico,
suprassensível, extrarregimento,
infrassom, contrassenso, contrarregra,
extrasseco.

depois de NÃO e QUASE.
Exs.: não agressão, quase delito.
NÃO SE USA O HÍFEN
 em
palavras compostas por elementos
de ligação.
Exs.: fim de semana, cão de guarda,
café com leite, pão de mel, sala de
jantar, cartão de visita, cor de vinho ...
Exceções: água-de-colônia, arco-davelha,
cor-de-rosa,
pé-de-meia,
mais-que-perfeito...
nas
palavras compostas que
dão nomes a animais, plantas,
frutos,
flores,
raízes
e
sementes.
Exs.: Mico-leão-dourado
cravo-da-índia
USA-SE O HÍFEN

em prefixos + palavras iniciadas por H.
Exs.: sobre-humano, anti-higiênico,
hotel, macro-história, super-humano.

mini-
em prefixos terminados por vogal + palavras
iniciadas pela mesma vogal.
Exs.: micro-ondas, mega-aeroporto,
ultra-ativo.
USA-SE O HÍFEN
 em
palavras compostas sem elemento de
ligação.
Exs.: tira-teima, lance-livre, mata-moscas.
Exceções: Mandachuva,
paralama, parabrisa.
composição).
 Com
paraquedas, paraquedista,
(perderam
a noção
de
MAL + palavra iniciada por vogal, H e L.
Exs.: mal-educado,
mal-letrado.
mal-arrumado,
mal-humorado,
 Com
a palavra BEM.
Exs.: bem-humorado, bem-arrumado,
bem-educado,
bem-criado (mas malcriado),
bem-ditoso (mas malditoso),
bem-falante (mas malfalante),
bem-mandado (mas malmandado),
bem-nascido (mas malnascido),
bem-visto (mas malvisto).).
USA-SE O HÍFEN
 em
prefixo terminado por consoante +
palavra iniciada pela mesma consoante.
Exs.: super-romântico, hiper-rouco,
sub-bibliotecário.
 Prefixo
SUB + palavra iniciada por R ou H.
Ex.: Sub-região, sub-raça, sub-hemisfério.
Exceção: sub-humano ou subumano.
USA-SE O HÍFEN
 Com
prefixos CIRCUM e PAN + palavras
iniciadas por M, N e VOGAL.
Exs.: pan-americano, circum-navegação.
 Com
os prefixos EX, SEM, ALÉM, AQUÉM,
RECÉM, VICE, PÓS, PRÉ e PRÓ.
Exs.: ex-namorada, sem-terra, além-mar,
pré-história, recém-casado, vice-diretor,
pós-parto.
USA-SE O HÍFEN
 com
sufixos de origem tupi-guarani:
AÇU, GUAÇU e MIRIM.
Exs.: Capim-açu, amoré-guaçu, anajámirim.
 nos
compostos com apóstrofo.
Exs.: gota-d’água, pé-d’água, estrelad’alva.
USA-SE O HÍFEN
 em
palavras iguais ou parecidas.
Exs.: esconde-esconde, zigue-zague,
ping-pong, blá-blá-blá.
 com
prefixos AB (afastamento, separação),
OB (Posição em frente, oposição) e AD
(Aproximação; direção) + palavra iniciada
por B, D ou R.
Exs.: ad-digital (junto aos dedos), ob-rogar
(invalidar), ab-rogar (anular, suprimir).
USA-SE O HÍFEN
em
palavras compostas derivadas
de nomes próprios de lugares.
Exs.: Belo-horizontino
rio-grandense-do-norte
porto-alegrense
USA-SE O HÍFEN
para
ligar duas ou mais palavras
que, aparentemente sem sentido,
apresentam uma relação entre
elas.
Exs.: ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
 se
for necessário dividir a palavra no
final da linha coincidindo com o hífen,
ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exs.: Naquela cidade misteriosa, conta-se que ele desapareceu misteriosamente.
O diretor da escola foi receber os ex-alunos.
Acentuam-se graficamente as:
OXÍTONAS
PAROXÍTONAS PROPAROXÍTONAS
Terminadas
Que não
em
terminem em
A(s)
A(s)
E(s)
E(s)
O(s)
O(s)
EM
EM
ENS
ENS
MONOSSÍLABOS
TÔNICOS
Terminadas em
A(s)
TODAS
E(s)
O(s)
Obs.: Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo.
Exs.: vitória, série, áureo, glória, árduo.
Hiatos – acentuam-se os I e U tônicos dos
seguidos ou não de S.
Exs: viúva, egoísta, saída, balaústre.
•
hiatos
Obs.: Não acentuamos os I e U tônicos dos hiatos
acompanhados de NH.
Exs.: rainha, bainha.
Também
não acentuação os
acompanhados
de
ditongos,
paroxítonas.Ex.: Feiura.
hiatos
em
I
e U
palavras
acentuam-se os ditongos abertos
éi, éu, ói na palavras oxítonas e
monossílabos tônicos, seguidos
ou não de S.
Exs.: herói, corrói, chapéu, céu,
pastéis.
•
Cartilha informativa: Na Ponta da Língua. SESI-FIEMG.
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Academia Brasileira de Letras.
5.ed. São Paulo: Global, 2009.
Acordo Ortográfico. Disponível em: <http://www.portaldalinguaportuguesa.org/>.
Acesso em: 7 fev 2012.
TUFANO, Douglas. Nova Ortografia Descomplicada.
<www.douglastufano.multiply.com>. Acesso em: 10 fev. 2012.
Disponível
em:
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Nádia Maria dos Santos Vieira (Cartilha adaptada)