Anais do XIV Seminário Nacional Mulher e Literatura / V Seminário Internacional Mulher e Literatura
Pro-ferir o corpo desejado: a dinâmica
dos construtos discursivo-corporais
em Salomé, de Oscar Wilde
Gastón Cosentino1
Introdução
Salomé, cuya hermosa danza había enceguecido al rey,
murió bailando; extraña muerte que envidiarían todas las
bailarinas.
Guillaume Apollinaire2.
Há muito tempo, pois.
Há muito tempo, pode-se dizer que o animal nos olha?
Que animal? O outro.
Jacques Derrida3.
Salomé é uma tragédia em um ato, cuja data de publicação é 1893,
escrita originalmente em francês4 e traduzida ao inglês por lord Alfred
Douglas, mais conhecido como “Bosie”, jovem amante do autor da obra, o
escritor irlandês Oscar Wilde. Aquela companhia condenada pela moral e
leis vitorianas, levaria, mais tarde, à prisão a seu autor. O motivo da escrita
francesa responde ao desejo do autor de que a obra fosse representada por
uma atriz em particular: Sarah Bernhardt.
1 Mestrando em Literatura pela UFSC, sob orientação da Professora Dra. Liliana Reales.
3 In O animal que logo sou.
2 In: El Heresiarca y Cía.
4 Wilde colocou ao respeito da escrita original em francês: “ Disponho de um instrumento
que sei dominar, e esse instrumento é a língua inglesa. Havia outro instrumento que eu vinha
escutando a vida inteira, e queria tocar uma vez esse novo instrumento, para ver se podia
fazer dele algo belo... Grande parte do singular efeito que Maeterlinck produz decorre do fato
de escrever ele, um flamengo, numa língua estrangeira”.
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A obra, pontualmente, é uma recreação das passagens bíblicas de
Mateus (14, 1-11)5 e Marcos (6,17-28)6 a qual Wilde explora com altíssimos
tons de lirismo, profusas e delicadas descrições, desfilando pelos limites
entre o erotismo e as perversões humanas.
5 1) Naquele tempo ouviu Herodes, o tetrarca, a fama de Jesus,
2) E disse aos seus criados: Este é João o Batista; ressuscitou dos mortos, e por isso estas
maravilhas operam nele.
3) Porque Herodes tinha prendido João, e tinha-o maniatado e encerrado no cárcere, por
causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe;
4) Porque João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la.
5) E, querendo matá-lo, temia o povo; porque o tinham como profeta.
6) Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e
agradou a Herodes.
7) Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse;
8) E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João
o Batista.
9) E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele,
ordenou que se lhe desse.
10) E mandou degolar João no cárcere.
11) E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe.
6
6) Herodes, porém, ouvindo isto, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dentre
os mortos.
17) Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere,
por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
18) Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
19) E Herodias o espiava, e queria matá-lo, mas não podia.
20) Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo; e guardava-o com
segurança, e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa mente o ouvia.
21) E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia dos seus anos, dava uma ceia
aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia,
22) Entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam
com ele à mesa. Disse então o rei à menina: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
23) E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino.
24) E, saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João o Batista.
25) E, entrando logo, apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que imediatamente me
dês num prato a cabeça de João o Batista.
26) E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele
à mesa, não lha quis negar.
27) E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele
foi, e degolou-o na prisão;
28) E trouxe a cabeça num prato, e deu-a à menina, e a menina a deu a sua mãe.
29) E os seus discípulos, tendo ouvido isto, foram, tomaram o seu corpo, e o puseram num
sepulcro.
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Não deixa de surpreender-nos, por outra parte, o copioso conjunto de
obras criadas em torno à figura de Salomé7. Esse assombro nos leva indagar
por que atraiu em tal magnitude a decapitação ou o motivo acefálico8de
João Baptista movimentado pelo desejo da princesa. Literatura, pintura,
música e escultura. Artistas como: Guillaume Apollinaire, Heinrich Heine,
Oscar Wilde, Joris-Karl Huysmans, Aubrey Beardsley, Richard Strauss,
Gustave Klimt, Gustave Moreau, Jean Lorrain, Jules Laforgue, Ernest Renan
e outros. O mundo das artes atraído pela poderosa imagem duma mulher
dançando em troca pela cabeça de um homem santo.
Um interesse particular, entre tantos outros que proliferam a partir
da leitura de uma obra como Salomé de Oscar Wilde, é esquadrinhar muito
brevemente a colocação do sujeito Salomé frente ao sujeito Iokaanan.
Agora, seguindo a Didier Eribon (1995), quem referia um aspecto muito
interessante sobre Michel Foucault, a saber, que o filósofo queria também
que suas obras foram caixas de ferramentas que cada qual utilizasse
conforme suas necessidades e objetivos. Assim nasce nossa tentativa,
uma apropriação da perspectiva foucauldiana, sustentada nas linhas de
forças que, segundo nossas apreciações em relação à obra literária, devem
construtos discursivo-corporais.
Enquanto a mecânica de analise, uns dos procedimentos que convêm
a nossa discussão é um modo de operar que tenta comover a idéia de objeto
material, questão que, em nossa intuição, o amarraria a uma significação
estática; a mudança é a troca pelo objeto relacional, sempre mudável,
dinâmico, prolífico em constelações de sentido, disseminado sempre nas
relações de força implicadas no âmbito discursivo. Todo isto encruza nosso
trabalho.
7 A origem do nome Salomé é hebraico Shalem ()(Shalem) seu significado “Áquila que está
completa ou perto da perfeição” ou “Áquila que está em paz”.
8 No Dicionário dos deuses e demônios de Manfred Lurker, diz acerca do termo Acéfalo:
(grego, Aképhalos) Não se trata, na realidade, de um nome próprio, mas da designação de um
ser sem cabeça tido como demônio na Antiguidade. Havia muitos desses seres: originalmente
decapitados em conseqüência de delitos, tornaram-se acólitos ou fantasmas em práticas
mágicas. Em papiros egípcio-helênicos que versavam sobre magia e encantamentos, Acéfalo
é mencionado diretamente como Deus; tal vez, possamos identificar aqui a influência do mito
de Osíris despedaçado.
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A Salomé de Wilde, em soma, exporia um corpo performativamente
definido e criado a partir de relações discursivas, explícitas em tensões
e distensões, em vazios e lacunas textuais, em disputas que, no caso da
perspectiva cristã, acabam por obturar o passo à sensibilidade e promovendo
uma vedação que procura atingir o toque dos corpos. Surge, porém, uma
erótica verbalizada que se movimenta num jogo especular para disputar a
verbalização da erótica.
Fiat corpus: o confessor confessado
A transgressão ou conduta ilícita que encarna o prazer para a
moral cristã assume um contraponto na figura de Iokaanan9 quem, a sua
vez, julga os enunciados de Salomé. A voz do profeta, com sua enunciação
negativa e contrastante, faz que o discurso da princesa, inversamente, não
interrompa seu crescimento. As palavras proferidas por Salomé contornam e
atravessam a carne do desejado. Poder-se-ia dizer que o corpo fragmentado
pelas palavras de Salomé atua em consonância com uma erótica particular
(aphrodisia)10, procurada desde o êxtase, ex-posta em detalhe, a partir da
assimilação e fantasia do requerimento incindível da confissão.
O ponto de partida é o corpo e a palavra / palavra e o corpo. Um
corpo criado performaticamente, conforme se fala. O discurso de Salomé,
no seu curso, fere o corpo criado, um corpo modelado pela matriz cristã. A
boca de Salomé é uma faca que atormenta as partes que con-voca.
Corpo/Cabelo/Boca
É possível, a sua vez, pensar o desejo11de Salomé em termos
9 Nome que Wilde da a João Baptista em sua obra Salomé.
10 Segundo Foucault, “os afrodisia são atos, gestos, contatos, que proporcionam uma
certa forma de prazer”. In FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 2: O uso dos prazeres.
Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 2009.
11 De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Desejo: lat. *desèdium, prov.
der. do lat. cl. desidìa, ae ‘estar sentado’ (< lat. desidére ‘permanecer sentado’), mas com
evolução semântica para ‘ócio’, donde desidìa com acp. de ‘inércia, indolência, repouso,
prazer’, o que teria mantido nessa pal. o signf. de desiderìum,ìi ‘desejo’, que não teria passado
para todas as línguas românicas; ver desej-; f.hist. s.XIII desejo, s.XIII desege, s.XIV desego,
s.XIV dessego, s.XV deseijo, s.XV dezejo.
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deleuzeanos. O filósofo francês concebe o desejo como produção, não como
representação, nem como falta a suprir. Desde esta perspectiva, o desejo
trabalharia em conjunto12. A respeito do desejo entendido como procura por
um objeto para completar seu sentido, dirá o filósofo francês: “[...] Vocês
nunca desejam alguém ou algo, desejam sempre em conjunto”13.
A Salomé de Wilde, não deseja um corpo a secas: “(...) tenho sede
da tua beleza, tenho fome do teu corpo e nem o vinho nem os frutos podem
acalmar o meu desejo.” (WILDE, p. 79) A reunião desse corpo desmontado
não é só o que se propõe a princesa Salomé. A dinâmica produzida pelo
corte é o que motiva o discurso e acrescenta o clímax da passagem. O corpo
que Salomé expõe é submetido como uma cartografia deslocadora, que
descentra a figura sacralizada de Iokaanan por médio de uma erotização
do corpo santo14. As conseqüências desta manobra atingem ao leitor, quem
assiste à ruptura do corpo desejado. Nesta perspectiva, o processo de
subjetivação se faz através do corpo; assistimos como leitores a um corpo
que é formado pelo discurso mesmo: “Não há nada no mundo tão branco
como o teu corpo. Deixa-me tocar teu corpo.” (WILDE, 2004, p. 39)
Amo teu corpo, Iokanaan. O teu corpo é branco como os
lírios da campina que o ceifero nunca ceifou (...) Deixame
tocar teu corpo. (...) É hediondo o teu corpo. Parece o
corpo de um leproso um muro caiado por onde se tivessem
arrastado víboras (...) O teu cabelo, porém, apaixona-me.
(...) Deixa-me pegar os teus cabelos. (...) Oh, o teu cabelo
é horrível. Está coberto de lama e pó. (...) Não o amo... É
a tua boca que eu desejo, Iokanaan. (...) Deixa que eu a
beixe, Iokanaan. (WILDE, pp. 38, 39)
Iokaanan tenta desafortunadamente deter o fluxo erótico-discursivo
de Salomé. A cabeça de Iokaanan é posta em jogo desde o começo e desde
12 O que Deleuze denominaria um agenciamento.
13 DELEUZE, Gilles. O Abecedário de Gilles Deleuze. Descrição de entrevista realizada por
Claire Parnet, direção de Pierre-André Boutang, 1988-89.
14 Lembremos a escultura do artista Bernini, A exaltação de Santa Tereza, cujo semblante
extasiado provocou um escândalo na época de sua criação, no século XVII.
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essa lógica, com sua acefalia, atinge-se a dimensão política do discurso. É
imposta, portanto, uma nova ordenação que trás-toca o poder pastoral. A
inversão da confissão é a proposta erótica de Salomé que obriga, de alguma
maneira, falar. É uma confissão íntima que convida a confessar.
Será que a figura de Iokaanan funciona como a cabeça do poder
pastoral num sentido duplo, manifestada na metonímica figura da cabeça e
o posterior pedido dela (cerceamento)? O desejo da cabeça do profeta atua
em múltiples camadas de sentido, e só por citar duas, já que as achamos
pertinentes para este trabalho, arriscamos que a cabeça é o corpo, mais o
corpo da razão e da paixão; governo e anarquia; Apolo e Dionísio. O discurso
de Salomé amostra que, frente ao prazer, o ofício da santidade é neutralizado.
O contato prazeroso devem falta e sobrevêm a figura do pecado. O toque
suja, corrói e destrói. O discurso, portanto, toca. Toca, porque há criado um
corpo. Diz Foucault:
A confissão da carne, as insinuações da carne,
pensamentos, desejos, imaginações voluptuosas, deleites,
movimentos simultâneos da alma e do corpo deve entrar
em detalhe no jogo da confissão. (FOUCAULT, 1988, p.25)
Longe duma explicação tautológica, é preciso assinalar que Salomé
confessa-se com a lógica da confissão. Desordem dupla: confissão que
envolve ao confessor e ao confessado, mas numa disposição que procura
a constante inversão de agentes: O confessado insta ao confessor que
confesse. Inversão do poder, redimensão das forças e reconfiguaração do
sistema.
Salomé opera uma constante perturbação no corpo criado/desejado
(Iokaanan) que ela percorre sem escrúpulos no seu turno de fala:
Amo teu corpo, Iokaanan. O teu corpo é branco como os
lírios da campina que o ceifeiro nunca ceifou; o teu corpo
é alvo como a neve das montanhas da Judéia escorrendo
dos altos píncaros. As rosas do jardim da rainha da Arábia
não são tão brancas. Nem as rosas da rainha da Arábia,
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o jardim dos adulos, nem o albor da aurora quando sobre
as folhas brilha, nem os raios da lua quando se espalham
no seio do mar... Não há nada no mundo tão branco como
o teu corpo. Deixa-me tocar teu corpo. (WILDE, 2004, pp.
38-39)
Assim como Michel Foucault percebe que se a lógica cristã “tende a
fazer, da carne, a origem de todos os pecados” (1988, p.25), Salomé atinge
a carne do santo desde a palavra e desconstrói a idéia de carne=origem do
pecado. Ela não parte do corpo, parte dos efeitos da interação dos corpos.
De algum modo, volta a restituir o prazer, elemento deslocado da carne
deliberadamente pelo dispositivo cristão. Salomé fala imbuída no êxtase: a
resistência de Iokaanan reforça a potencia do construto e, por conseguinte,
da recombinação das forças de poder. Ao respeito acrescenta o filósofo
francês:
Não se deve fazer divisão binária entre o que se diz e o
que não se diz; é preciso tentar as diferentes maneiras de
não dizer, como são distribuídos os que podem falar, que
tipo de discurso é autorizado ou que forma de discrição
é exigida a uns e outros. Não existe um so, mas muitos
silêncios e são parte integrantes das estratégias que
apóiam. (1988, p. 34)
O desejo posto em boca de Salomé, uma vez mais, opera de modo
similar à vontade cristã que:
“coloca um imperativo: não somente confessar os atos
contrários à lei, mas procurar fazer de seu desejo, de todo
o seu desejo, um discurso. [...] A pastoral cristã inscreveu,
como dever fundamental, a tarefa de fazer passar tudo
o que se relaciona com o sexo por crivo interminável da
palavra.” (1988, p.27)
As expressões como simples veículos de sentido são aprazadas.
Iokaanan despreza menos as palavras de Salomé, que a capacidade
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mostruosa de construção do seu discurso. Em todo caso, o santo rejeita
uma proposição “feita corpo” a seu corpo. Corpo a corpo. A disputa, além do
mais, é duma corporeidade que se materializa não só no discurso proferido
por Salomé, senão também na negação de Iokaanan.
Uma vez que obtém o que (se) propõe (a) Herodes, Salomé fala
uma questão extremamente curiosa, que “Iokaanan não tinha visto ela”.
Diz Salomé à cabeça sem corpo de Iokaanan: “Se me houvesses visto, me
haverias amado” (WILDE, p. 79).
A filia de Herodías ama e deseja além da corporeidade, uma sorte de
transcendência que inverte o paradigma novamente. Diz a princesa Salomé,
logo de obter seu precioso objeto:
Tu não quiseste que eu beijasse a tua boca, Iokanaan.
Pois vou beijá-la agora! Hei de mordê-la com os meus
dentes como se morde um fruto verde. Vou beijar a tua
boca, Iokanaan! Não te tinha ditto? Não te disse? Vou
beijá-la agora. Mas por que não me olhas?, Iokanaan?
(...) Por que fechaste os olhos? Abre-os, abre os olhos,
descerra as pálpebras, Iokanaan! Por que não me olhas?
Terás medo de mim? (WILDE, p. 78)
A princesa de Judéia é capaz de amar, mas com uma forte carga
de perversidade. Ela fala que Iokanaan escolheu a venda nos olhos de ver
a Deus, o que é uma aposta que se duplica no ato. A venda (da que fala
Salomé) é uma prótese para não ver. Um desafio feito para o corpo e alma
de Iokaanan e para toda a esfera cristã. Feito palavra, feito corpo.
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Bibliografia
DELEUZE, Gilles. O abecedário de Gilles Deleuze [vídeo]. Produção de
Éditions Montparnasse, realização de Pierre-André Boutang. Brasília: TV
Escola; 1988/1989.
______. A Ilha deserta e outros textos. Textos e entrevistas (1953-1974). São
Paulo: Editora Iluminuras, 2005.
ERIBON, Didier. Michel Foucault y sus contemporáneos. Tradução: Viviana Ackerman.
Buenos Aires: Nueva Visión, 1995.
FERREIRA DE ALMEIDA, João (trad). Santa Bíblia. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil, 1959.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: A vontade de saber. Tradução: Maria
Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
______. História da sexualidade 2: O uso dos prazeres. Tradução:Maria Thereza da
Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 2009.
______. El orden del discurso. Tradução: Alberto González Troyano. Buenos Aires:
Tusquets Editores, 1992.
LURKER, Manfred. Dicionário de deuses e demônios. Tradução: Cecília Camargo
Bartalotti. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
WILDE, Oscar. Salomé. Tradução: João do Rio. São Paulo: Martin Claret, 2004.
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