painel
AEAARP
ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO
Ano XII nº 177 dezembro/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
2009 marca a 30ª entrega do
Prêmio Profissionais do Ano
José Batista
liderança entre os
empresários e criador de
programas inovadores
Fernando Rivaben
um dos arquitetos mais
requisitados pela indústria
da construção
Marcos Landell
um dos maiores
especialistas em
cana-de-açúcar do país
Editorial
Eng. civil
Roberto Maestrello
Há décadas a AEAARP vem lutando para a efetiva regulamentação de um sistema de prestação de assistência técnica para habitação popular de interesse social. Isso vem de quase
50 anos. Nos anos de 1960, com o surgimento de inúmeros loteamentos na cidade, quando
da criação da COHAB-RP, os associados da AEAARP já se sensibilizavam com a questão. A
Associação firmou convênio com a então Caixa Econômica Estadual para receber pedidos
de projetos de famílias carentes – eram famílias que não se enquadravam nas exigências
da COHAB e, obviamente, não teriam acesso a financiamento público para aquisição da
casa própria.
Passados todos esses anos, nos deparamos com a Lei Federal 11.888, de 24/12/2008,
que garante esse tipo de atendimento a famílias de baixa renda. A partir da aprovação,
em novembro último, da discutida e controversa “Lei do Puxadinho”, temos participado
ativamente de um grupo de trabalho multidisciplinar, convocado pelo secretário municipal
do Planejamento, que está debatendo a implantação, no âmbito municipal, da referida Lei
de Assistência Técnica Gratuita a famílias de baixa renda criando, dessa forma, base para
uma legislação municipal que seja legítima e que atinja os objetivos, sob o amparo da Lei
Federal, independentemente de sua paternidade.
O assunto foi abordado no último final de semana de novembro, durante o Seminário sobre
Assistência Técnica à Habitação Social, realizado no Centro Universitário Barão de Mauá,
promovido pelo Sindicato dos Arquitetos e apoiado pela AEAARP, dentre outras entidades.
Um projeto do vereador André Luiz da Silva foi discutido e a proposta do Executivo Municipal também entrou nas discussões. O debate foi altamente produtivo porque reuniu, além
da AEAARP, representantes de conselhos municipais, Executivo, Legislativo e secretarias
municipais, federação, conselho e sindicato de classes, educadores, Defensoria Pública,
representantes de moradores etc.
Nossa preocupação era uma só: conseguir encaminhamento para aprovação de uma lei
consistente e que também refletisse o consenso de todos os segmentos envolvidos com a
questão. Num regime democrático, o consenso é imprescindível. A imposição, condenável.
Chegar a esse consenso deveria ser a barreira mais difícil a transpor. Mas o discurso de todos
os envolvidos nos debates do Seminário citado estava tão afinado quanto uma orquestra. O
que significa que uma lei que consiga refletir o pensamento desse grupo, mais que legítimo,
será, obviamente, a mais próxima das necessidades da população-alvo, já que representa o
pensamento de um grupo heterogêneo e especializado.
Assim, no dia primeiro de dezembro, a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei de
autoria do Executivo, com emenda do vereador André Luiz, que delineou, à sombra da Lei
Federal, os contornos necessários a essa lei municipal. Resta agora à prefeita promulgar ou
não, com ou sem vetos, a emenda.
Havendo a promulgação, no prazo de 60 dias, a lei deverá ser regulamentada. Aí, entra em
ação o citado grupo de trabalho a que pertencemos, pois o mesmo poderá, legitimamente
e com propriedade, fornecer ao Executivo municipal, material valioso para que tenhamos
uma lei na medida certa do desenvolvimento social justo e maduro.
Assim, conclamamos população interessada, entidades diretamente ligadas ao assunto,
especialistas e Poder Executivo municipal a acompanhar com isenção o assunto, pois
pouquíssimas vezes um tema de tamanha importância para o desenvolvimento da cidade
e qualidade de vida dos que mais precisam esteve tão perto de ser solucionado com tanta
legitimidade. Que tenhamos todos serenidade para que questões particulares ou partidárias
não comprometam um trabalho que vem sendo feito com boa-fé e profissionalismo.
Eng. civil Roberto Maestrello
Presidente da AEAARP
Expediente
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700
Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]
Roberto Maestrello
Presidente
Geraldo Geraldi Junior
Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONAL
Diretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Diretor Financeiro: Ronaldo Martins Trigo
Diretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni Nogueira
Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna
DIRETORIA FUNCIONAL
Diretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi Chaves
Diretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines Cavalcanti
Diretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho
Associação
de Engenharia
Arquitetura e
Agronomia de
Ribeirão Preto
DIRETORIA TÉCNICA
Engenharia Agrimensura e afins: José Mario Sarilho
Agronomia, Alimentos e afins: Kallil João Filho
Arquitetura, Urbanismo e afins: Luis César Barillari
Engenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira Rodrigues
Engenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni Jorge
Geologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora Neto
Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto
Azevedo Prado
Engenharia Química e afins: Paulo Henrique Sinelli
Engenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida Silva
Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima
Rodrigues Junior
Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri
Índice
Prêmio
Prêmio Profissionais do Ano chega à 30ª edição
05
DIRETORIA ESPECIAL
Universitária: Hirilandes Alves
Da Mulher: Nadia Cosac Fraguas
De Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro
Dilson Rodrigues Caceres
Edgard Cury
Eduardo Eugenio Andrade Figueiredo
Elpidio Faria Junior
Ericson Dias Melo
Hideo Kumasaka
Inamar Ferraciolli de Carvalho
José Fernando Ferreira Vieira
José Roberto Scarpellini
Assistência Técnica
09
Ponto de Vista
10
Indicador Verde
14
Artigo 14
Construção sustentável
16
Tecnologia
18
CREA
20
Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues
Reciclagem
21
Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected]
Adelino Pajolla Júnior / Jóice Alves
Pesquisa
22
Sustentabilidade
24
Biblioteca
25
Horário de funcionamento
26
AEAARP
CREA
Das 8h às 12h e das 13h às 17h
Das 8h30 às 16h30
Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Seminário discute assistência técnica gratuita
O espaço público, lugar da sociabilidade democrática,
convívio e intercâmbio social
Resíduos da produção de biocombustíveis na alimentação
Certificação AQUA chega aos edifícios e conjuntos habitacionais no Brasil
Chega ao Brasil tecnologia capaz de recuperar
gasolina evaporada durante abastecimento
Vistoria em estádios de futebol
CEMPRE cria comitê para discutir reciclagem de eletroeletrônicos
Setor de equipamentos para construção confirma Brasil
como um dos principais mercados do mundo
Abertas inscrições para Mostra de Tecnologias Sustentáveis 2010
Arquitetura: do Oriente Médio ao Ocidente
Notas e Cursos Luis Antonio Bagatin
Luiz Fernando Cozac
Luiz Gustavo Leonel de Castro
Manoel Garcia Filho
Nelson Martins da Costa
Pedro Ailton Ghideli
Ricardo Aparecido DeBiagi
Sergio Luiz Coelho
Wilson Luiz Laguna
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARP
Câmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz Laguna
Câmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado
REVISTA PAINEL
Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo
Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento, 39,
cj 24, Jd Canadá, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]
Tiragem: 2.500 exemplares
Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718
Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected]
Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Fotos: Fernando Battistetti.
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expressam, necessariamente, a opinião da revista.
3
prêmio
Prêmio Profissionais
do Ano
chega à 30ª edição
30
“São profissionais que prestaram serviços relevantes à comunidade,
bem conceituados como técnicos, cumpridores da ética profissional
e se destacaram nos diversos campos da classe.”
16 de novembro de 1979, Livro de Ata 5, Pág. 38
O Prêmio Profissionais do Ano da AEAARP comemora três décadas
nesta edição e renova a cada ano seu compromisso de homenagear
engenheiros, arquitetos e agrônomos comprometidos com a profissão
e referenciados no mercado. Em 2009, os três profissionais eleitos para
a homenagem são: o engenheiro civil José Batista Ferreira, o arquiteto
Fernando Rivaben e o agrônomo Marcos Landell, completando assim, 50
homenageados ao longo desses 30 anos.
Instituído em 1979, o Profissionais do Ano reverencia o conjunto do
trabalho desenvolvido por aqueles que são homenageados. O livro
AEAARP 60 anos – Histórias e Conquistas, lançado em 2008, conta que em
1979, quando foi instituída a premiação, a Companhia Habitacional de
Ribeirão Preto (COHAB) incentivou e patrocinou a homenagem. O prêmio
de 150 UPC (Unidade Padrão de Capital) foi dedicado ao engenheiro
Mahomed Cozac. Na primeira edição, 13 profissionais concorreram e
Cozac recebeu a honraria.
A cerimônia de entrega do prêmio acontece no dia 11 de dezembro – Dia
do Engenheiro e do Arquiteto – na Sociedade Recreativa de Ribeirão Preto.
Para o engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da AEAARP,
“trata-se de uma premiação legítima, votada democraticamente por
representantes da categoria e que valoriza não apenas o nome, mas
o trabalho ético que, em última instância, constrói a cidade e produz
alimentos e energia no campo”.
Revista Painel
5
prêmio
José Batista Ferreira
Com a família
Primeira comunhão
Com a equipe
da Schahin
eu
de nasc
Casa on
6 AEAARP
Para o engenheiro civil, a experiência
e o histórico profissional são essenciais
para uma carreira de sucesso. José Batista Ferreira é um homem de hábitos
simples. Essa é sua origem e essência.
Ele nasceu na Fazenda Mata Cavalo, na
Serra da Canastra, Minas Gerais. Batista
visita o lugar com frequência e um dos
exemplos da simplicidade com a qual
leva a vida é o fato de rever parentes que
ainda moram em fazendas banhadas por
lindas cachoeiras do Parque Nacional da
Serra da Canastra. Até mesmo a energia
elétrica ele ajudou a fazer chegar até a
zona rural daquele lugar.
Caçula da família, com seus sete irmãos
mudou-se para Franca ainda criança, em
1958. O objetivo dos pais era investir na
educação dos filhos. Todos se tornaram
referência em diferentes profissões,
dentre elas, física nuclear, odontologia,
medicina, moda e estética. A perda do
pai aos 11 anos de idade o colocou cedo
no mercado de trabalho, começando
naquela época como marceneiro.
Graduou-se engenheiro em 1979; em
seguida, Administração de Empresas e
especializações, como a de Gerente de
Cidades, curso que trouxe para Ribeirão
pela FAAP e que teve a primeira turma na
AEAARP quando presidiu a entidade.
Batista começou a carreira na prefeitura de Franca. A passagem mais
marcante de seu histórico profissional, e
exatamente a que o trouxe para Ribeirão
Preto, é na Schahin Engenharia, onde
ingressou como estagiário e chegou a
diretor regional e de obras habitacionais
aos 34 anos. Há 16 anos criou a Costallat
Engenharia – nome em homenagem à
esposa, Maria Ferrão Costallat Ferreira, com quem tem dois filhos, Flávia,
jornalista e estudante de Arquitetura, e
Gabriel, estudante de Engenharia.
Em sua visão, a engenharia faz profissionais que têm como essência a simpli-
cidade e a obstinação. “É uma das mais
lindas profissões. O engenheiro é geralmente um profissional obstinado pelo
trabalho. São pessoas simples e amigas
de todos, do ajudante-de-obras até o proprietário da construtora”, avalia.
Batista é diretor regional do Sindicato
da Construção Civil do Estado de São
Paulo (SindusCon-SP) e já está cumprindo seu terceiro mandato consecutivo.
Ele representa e defende a indústria,
uma das maiores do país e que tem forte
influência na economia brasileira, com
os olhos voltados para a sociedade e os
avanços econômicos e sociais.
“Nosso setor é forte porque constrói
ativos. É um segmento que não suporta
desaforos do mercado especulativo de
capitais. Passamos por uma euforia no
mercado imobiliário no ano passado
para imóveis de classes mais altas, e
hoje vivemos um bom interesse por
obras mais populares. Porém, essas
obras precisam de políticas públicas
para boa continuidade e atender a demanda da sociedade”, analisa.
À frente do sindicato, implantou o
programa de maior sucesso nos últimos
tempos, o ConstruSer, que nasceu em
Ribeirão e, a partir de 2009, foi para todas
as diretorias regionais do SindusCon.
Em sua visão, a engenharia vive o melhor momento dos últimos 25 anos. “Caminharemos firmes e com uma curva de
crescimento contínuo, podendo repetir
momentos eufóricos, mas não acredito
em grandes quedas. Teremos um PIB
da construção sempre maior que o PIB
do Brasil”. Em Ribeirão Preto, ressalta
a participação de grandes empresas de
engenharia na execução de obras privadas e públicas. “São responsáveis pelo
progresso da cidade, principalmente
na zona sul. A prefeitura tem vindo a
reboque dessa velocidade imposta pelas
empresas de engenharia da cidade”.
Fernando Rivaben
Na infância
Com os
filhos e
e
sposa
Ele é um dos arquitetos mais requisitados pela indústria da construção
civil na atualidade. Pelo menos 30
torres de edifícios de apartamentos
com a assinatura de Fernando Rivaben
estão, neste momento, em construção
na cidade de Ribeirão Preto. Nessa
conta não estão incluídos os edifícios
que ocupam várias quadras da Avenida João Fiusa e da Rua do Professor,
endereços que foram valorizados nos
últimos anos por empreendimentos
arrojados, muitos deles com a sua
assinatura e resultado de uma sólida
parceria com a construtora Copema.
Em seu portfolio há também importantes obras para as construtoras Stéfani
Nogueira, Trisul, Cyrela, Klabin, Gafisa
e Goldfarb.
Os trabalhos de Rivaben seguem a
arquitetura contemporânea, com linhas
claras e bem definidas. Sua preocupação é viabilizar a utilização de materiais
inovadores nas construções, tendo
como prioridade o conforto do usuário
final – o morador das unidades que ele
projeta – desenhando, ainda, no papel e
que só depois passa para o computador.
“É fundamental para o arquiteto saber
desenhar, pensar tridimensionalmente,
independentemente da ferramenta de
trabalho”, avalia.
O seu pai, Ferrucio Rivaben, chegou ao
Brasil com três anos de idade, acompanhando a família italiana que imigrou
para trabalhar nas lavouras de café. A
avó, Anna Basei, é descrita pelo arquiteto
como uma mulher forte. Na linguagem
atual poderia ser também uma empreendedora. Sob o sutiã, ela carregou casulos
de bicho-da-seda, tradição da família
italiana que tecia a seda pura no Vêneto,
na província de Treviso. Sem que os seus
patrões soubessem, ela continuou o negócio da família em território brasileiro
e, dessa forma, iniciou uma indústria
que chegou a ser a segunda maior do
país nesse setor. Rivaben conta que a
avó é tida como uma das precursoras da
sericicultura no país.
Ferrucio tinha oito irmãos, e a maioria
se dedicou à indústria. Ele foi trabalhar no Instituto de Sericicultura, em
Campinas. Lá fazia desenho técnico de
construção, organizava a disposição dos
estandes das feiras que eram promovidas pelo Instituto e fazia ilustrações.
Daí nasceu o arquiteto Fernando e foi
na mesma cidade que ele se formou, na
PUC, e começou a vida profissional.
Seus projetos ficam em segundo
plano somente quando o assunto são
as cavalgadas e a propriedade rural
em Batatais onde cria cavalos da raça
manga-larga. Ele, a esposa Zelena e os
três filhos, Fábio, Eduardo e Fernando,
participam pelo menos uma vez por ano
de cavalgadas de longa distância. Os
roteiros prediletos são justamente os
históricos, em regiões que preservam a
arquitetura, como as cidades mineiras
de Caxambu, Tiradentes e Ouro Preto e a
histórica cidade de Petrópolis, no Rio de
Janeiro. Eles levam os próprios animais e
integram um grupo que chega a ter uma
centena de cavaleiros.
Um de seus sonhos é ter pelo menos
um dos filhos seguindo sua carreira,
porém, Fábio, formou-se na ESPM, em
Propaganda e Marketing, Eduardo estuda Direito e faz estágio hoje no escritório
Brasil Salomão e Fernando ainda está no
oitavo ano do ensino médio.
Fernando almeja fazer projetos sustentáveis, que usem madeira 100%
certificada e materiais reciclados e
que ultrapassem as obrigações legais,
como as áreas para permeabilidade
da água de chuva e sua reutilização,
entre outros. “Todos nós deveríamos
fazer projetos dessa forma, pensando
no futuro”, diz.
Revista Painel
7
prêmio
Marcos Guimarães
de Andrade Landell
Landell em dia de campo
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Landell el, Estêvão e J
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Capa do CD lançado por Landell e
o amigo José Maria da Costa
8 AEAARP
Marcos Guimarães de Andrade Landell
nasceu em Campinas. As visitas a uma
propriedade rural da família, no interior
paulista, podem ter lhe inspirado a cursar
Agronomia. Graduou-se na UNESPJaboticabal, onde fez também mestrado
e doutorado com concentração na área de
Produção Vegetal. Casado com a professora Adriana Garcia Pacheco Landell, tem
três filhos – Gabriel, Estevão e João. A vida profissional começou no IAC (Instituto Agronômico) em Campinas em 1982.
Mas no final da década de 1980, iniciou
em Ribeirão Preto um projeto de seleção
regional de variedades de cana-de-açúcar
para a agroindústria. Landell passou a
trabalhar na reorganização do IAC, na
área de pesquisas sobre cana-de-açúcar,
e criou o Grupo Fitotécnico de Cana-deaçúcar, em 1992, que existe até hoje.
Nos primeiros anos de 1990, estava
coordenando o trabalho que levaria a
um novo desenho para pesquisa sobre
cana-de-açúcar do IAC – o Instituto,
criado em 1887, é o mais antigo da área
agrícola na América Latina e hoje tem
atuação em 11 estados e um projeto de
seleção de novas variedades no México.
O Programa Cana IAC é um dos maiores
programas de desenvolvimento de variedades do Brasil. Até hoje, 17 variedades
foram lançadas.
“Em 2005 o governo paulista entendeu
que tínhamos feito um bom trabalho na
reorganização do Instituto e criação de
uma rede virtual de pesquisa – pois não
tínhamos um espaço físico. E, por meio
da Secretaria da Agricultura, foi criada
uma estrutura física”, conta Landell. Desde então, a Fazenda Experimental IAC
em Ribeirão tem um centro de pesquisa
de quase 200 hectares – um laboratório
a céu aberto.
Um dos sonhos do pesquisador era
coordenar um livro completo sobre a
cultura da cana-de-açúcar. Há um ano o
livro Cana-de-Açúcar foi lançado com a
participação de dois colegas do IAC na
coordenação (Leila Dinardo-Miranda e
Antônio Carlos Vasconcelos). A obra tem
72 autores e 41 capítulos – Landell assina
um dos capítulos – e será traduzida para o
inglês. Trata-se de um dos trabalhos mais
completos sobre o cultivo da planta.
Sonho que está a caminho é ver a obra
chegar a outros países e colaborar, então, para a inserção do etanol na matriz
energética do mundo.
Sonho que ainda não se realizou é participar do desenvolvimento do novo tipo
de cana que será produzida no cenário
que se desenha quando o etanol virar
commodity.
Sobre a vida pessoal Marcos Landell
conta que não estudou música, mas
toca violão. Há sete anos, junto com o
amigo José Maria da Costa, começou a
dedicar-se à composição de músicas para
versículos cristãos.
O trabalho já rendeu um CD, intitulado
Mesa Rica, com tiragem de 5 mil exemplares. A gravação teve a participação
de músicos da Orquestra Sinfônica de
São Paulo e outros, como o instrumentista Dino Barioni, e teve a produção/regência do maestro Luís Eduardo Corbani. O
CD tem sido distribuído a amigos e foi feito
para que as pessoas tenham mais contato
com a fé e a esperança cristã. O segundo CD já está a caminho e deve
ser finalizado em dois ou três meses.
“Nossa intenção é multiplicar isso como
semente, levando coisas boas às pessoas que nos são mais queridas e próximas.
Eu gosto disso e minha casa sempre esteve aberta às pessoas que se interessem
em compartilhar, cantar, orar e falar sobre
o assunto. Para mim, esses momentos
junto a minha família e amigos/irmãos
são como um jardim cultivado com todo
o esmero onde a vida é intensamente
cultivada”.
assistência ténica
Seminário discute
assistência técnica gratuita
André Luiz, Maestrello e Chiaretti
O vereador André Luiz da Silva
(PCdoB) esteve na AEAARP para apresentar o Projeto de Lei de sua autoria
que trata da Assistência Técnica Gratuita às famílias de baixa renda. Roberto
Maestrello recebeu o parlamentar e o
arquiteto Maurílio Ribeiro Chiaretti, diretor regional do Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo (SASP).
A entidade e o sindicato promoveram
o I Seminário Regional de Assistência
Técnica à Habitação Social, do qual
participou o engenheiro Roberto Maestrello, presidente da Associação. O
evento, que aconteceu no Centro Universitário Barão de Mauá, fez um diagnóstico da questão e traçou metas para
aprovar a lei municipal.
O evento também discutiu o projeto
elaborado pelo Executivo municipal.
Estiveram presentes, ainda, representantes da Secretaria de Planejamento e Gestão do município, Federação
Nacional dos Arquitetos e Urbanistas,
Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo, CONFEA, Caixa
Econômica Federal, Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Secretaria
Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de Urbanismo e Conselho Municipal de Moradia Popular.
Maestrello no Seminário de Assistência Técnica
Revista Painel
9
ponto de vista
Parque Luis Carlos Raya. Foto Carlos Natal
O espaço público,
lugar da sociabilidade democrática,
convívio e intercâmbio social
Na cidade
contemporânea os espaços
s
e
climatizados e
rg
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direcionados ao
entretenimento, ligados à lógica do consumo cultural ou de produtos
industrializados de ‘massa’, como os
shopping centers e hipermercados,
são os novos espaços do convívio e da
atração. A tradicional praça, os largos e,
até mesmo, as ruas foram levados para
dentro desses novos espaços, onde tudo
é controlado, até mesmo nosso olhar e,
ao mesmo tempo, deixa de fora o caos
urbano, a violência, a sujeira das ruas
e seus indigentes(2), um espaço urbano
pouco favorável à vida comunitária.(3)
Ao priorizar o transporte individual e as
vias expressas, a cidade contemporânea
altera o modo de apropriação do espaço
público. Faz isso também ao eliminar os
pontos de encontro, romper as antigas
10 AEAARP
relações de vizinhança (casa, rua e praça) e propiciar a perda da sociabilidade.
Segundo Carlos(4), o espaço contemporâneo redefine o limite entre os espaços
público e privado e os modos de viver,
abre caminho para a construção dos
espaços semipúblicos, em substituição
à rua, e dá lugar aos shopping centers,
que se proliferam e tornam-se os centros
de lazer, e transforma o espaço público
em espaço de circulação, comunicação
e consumo(5) .
Como explicar, então, os espaços, ainda
tão ‘vivos’, de nossas praças e parques
urbanos? Segundo Bachelard(6), porque
“todo espaço realmente habitado traz a
essência da noção de casa” e, por isso,
nos apropriamos dele. Nesse mesmo
sentido, Artigas(7) entende “a casa como
a cidade e a cidade como a casa”. Para
Morales(8), a cidade é o espaço onde o
público e o privado misturam-se, lugar
ao mesmo tempo público e privado, onde
nasce o espaço coletivo. Desta forma, “a
cidade seria o lugar da unidade na diversidade, abrigo de uma pluralidade de
identidades só possível de ser imaginado
através da superação da diversidade dos
habitantes em favor dessa unidade: a
cidade como abrigo da humanidade”(9).
O espaço público, segundo Segre(10),
“deve ser concebido como um espaço
urbano acessível onde se produz o encontro da diversidade, um reflexo direto
da essência da cidade que provém da
presença e coexistência de uma multiplicidade de pessoas, ofícios, comunidades e culturas que se complementam
mutuamente”. A diversidade de usos
e usuários no cotidiano das cidades é,
portanto, essencial para que o espaço
público (ruas, praças e parques urbanos)
mantenha-se ‘vivo’, para que nos mantenhamos vivos.
Esse processo, também, pode ser
observado na cidade de Ribeirão Preto
com a presença de shopping centers e
hipermercados, mas, também, de praças
e parques urbanos que fazem parte integrante da história da cidade e, por isso,
de nossas vidas. Falaremos um pouco
sobre alguns desses espaços públicos.
Na região central temos, entre tantas outras: a Praça Sete de Setembro, a Praça XV
de Novembro, a Carlos Gomes e a Praça
Shmidt que, apesar de estarem localizadas na região central apresentam características completamente diferentes.
O entorno da Praça Sete de Setembro é
caracterizado pela diversidade de usos e
usuários, na escala do bairro. No entanto,
percebemos, também, a presença de
moradores de outros bairros em busca
dos serviços oferecidos no local, como,
por exemplo, da sorveteria do Jô. A Praça
Sete, como é conhecida, possui coreto,
jardins com árvores que proporcionam
sombra, pergolados, passeio para caminhadas e mobiliário urbano adequado,
como bancos, lixeiras, telefone público
e pontos de ônibus e táxi. A diversidade
de usos presentes no local propicia a
diversidade de usuários durante o dia e
à noite. O que faz com que os moradores
do local se apropriem da praça, cuidando diretamente dela, como o jardim de
roseiras que recebe os cuidados diários
de uma moradora do local e, ao mesmo
tempo, cobram a constante manutenção
do poder público.
O entorno da Praça Carlos Gomes/XV
de Novembro é caracterizado pela diversidade de usos e usuários, na escala da
cidade. A praça, localizada no centro da
cidade junto ao ‘calçadão’, oferece facilidade de acesso para veículos e pedestres,
seu entorno apresenta uma diversidade
de usos com a predominância de prestação de serviço e comércio, mas, também,
de importantes equipamentos
voltados às atividades culturais
como o Theatro Pedro II e o Museu de
Arte de Ribeirão Preto. A praça possui
jardins com árvores que proporcionam
sombra, passeio para caminhadas, áreas para apresentações musicais, peças
de teatro e eventos importantes para a
cidade, como a Feira do Livro. Conta, também, com mobiliário urbano adequado
como bancos, lixeiras, telefone público
e pontos de ônibus e táxi. A diversidade
de usos presentes no local propicia uma
diversidade de usuários durante o dia e
à noite. Enfim, uma grande referência
de ‘lugar’ para todos os moradores da
cidade.
O entorno da Praça Shmidt também é
caracterizado pela diversidade de usos
e usuários, na escala da cidade. No
entanto, apenas esses dados não são
suficientes para garantir qualidade ao
espaço da praça, uma vez que a praça
está localizada numa área limítrofe da
cidade, junto à Avenida Jerônimo Gonçalves, um importante corredor viário,
que dificulta a acessibilidade ao pedestre
entre a Cervejaria Antártica, atualmente
desativada, e o Terminal Rodoviário e
Urbano de Ribeirão Preto. Outro aspecto
importante a ser considerado é a destinação de outro uso dado à praça com a
instalação da Unidade Básica de Saúde.
Inicialmente, a praça seria o elo entre o
centro da cidade e a Vila Tibério, porém,
da forma como encontra-se configurado
seu entorno, a Praça Shmidt não consegue promover essa articulação. Segundo
Jacobs(11), uma praça ou parque que
esteja preso a qualquer tipo de inércia
funcional de seu entorno, fica vazio por
boa parte do tempo. Normalmente, não
vamos a um lugar quando não sabemos
o que vamos fazer quando chegarmos lá,
às vezes até nos esquecemos que aquele
lugar existe, passa despercebido.
Ao observarmos as praças de bairros
mais antigos próximos da área central
da cidade, como Vila Tibério, Campos
Elíseos e Vila Virgínia, entre outros,
percebemos que não há diversidade de
uso e usuário. Isso ocorre em função da
predominância do uso residencial e de
moradores mais idosos, estabelecendo
uma relação muito forte entre os moradores do local e a praça. Essa relação faz
com que os moradores se apropriem da
praça, cuidando diretamente dela e, ao
mesmo tempo, cobrem a constante manutenção por parte do poder público.
Nas praças dos bairros mais novos
e afastados da área central da cidade
como Ipiranga, José Maria Sampaio,
Sumarezinho, Jardim Piratininga, Parque Ribeirão Preto, Jardim Paiva, Vila
Abranches e Parque São Sebastião,
também, observamos que não há diversidade de uso, no entanto, percebemos
que os moradores apresentam um perfil
diversificado. Nesses bairros, também,
ocorre a predominância do uso residencial, mas o perfil diversificado dos moradores, com a predominância de crianças
e adolescentes, faz com que as praças
sejam utilizadas em função dos horários
dos compromissos diários da família: as
escolas das crianças e adolescentes e o
trabalho dos pais e, principalmente, das
mães, pois são elas que normalmente
acompanham as crianças nas praças.
Nessas praças, é importante a presença
de equipamentos específicos para crianças como playground e pista de skate
para adolescentes. Mas, de qualquer
forma, conforme Jacobs(12), “Espaço e
equipamentos não cuidam de crianças.
Estes podem ser complementos úteis,
mas apenas pessoas cuidam de crianças
Praça Omílton Visconde
Revista Painel
11
Bosque Municipal. Foto Carlos Natal
Parque Tom Jobim. Foto Carlos Natal
e as incorporam à sociedade civilizada”.
Ainda, segundo Jacobs, “O playground
deve ser bem administrado para ter êxito
na competição com as ruas cheias de
vida e aventura”.
Recorro, novamente, ao título deste
artigo para falar um pouco sobre os
parques da cidade; ou melhor, desses
espaços públicos entendidos como lugar
da sociabilidade democrática, convívio e
intercâmbio social, segundo Sperling(13),
espaços que permitem encontrar a identidade na diversidade; na pluralidade, o
comum e a promoção da liberdade.
Nesse sentido, a cidade de Ribeirão Preto proporciona aos seus cidadãos espaços
públicos democráticos que possibilitam
o convívio e o intercâmbio social, como
o Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o
Parque Municipal Morro do São Bento,
o Parque Ecológico Maurílio Biagi e o
Parque Tom Jobim, entre outros existentes na cidade, que abrigam uma grande
diversidade de atividades e usuários.
O Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali,
mais conhecido como Parque Curupira,
localizado em um bairro próximo à região
central da cidade, possui área aproximada de 152.000,00 m2. Foi construído
sobre uma área de antiga exploração
de basalto, oferece atividades voltadas
ao lazer recreativo e contemplativo e
área para receber eventos, atraindo uma
grande diversidade de usuários.
O Parque Municipal Morro do São
Bento está localizado em um bairro
próximo da região central e possui área
aproximada de 250.880,00 m2. O parque
é um importante patrimônio natural do
município de Ribeirão Preto com vocação
para conservar a integridade biológica
local em seus aspectos ecológicos e a
promoção da educação ambiental, além
de oferecer atividades voltadas ao lazer
recreativo, contemplativo, esportivo e
cultural e abrigar vários equipamentos
urbanos, como o Bosque Municipal Fábio
Barreto com o zoológico, o complexo cultural Teatro Municipal e o Teatro de Arena
Jaime Zeiger, a Casa da Cultura Juscelino
Kubitscheck de Oliveira, Praça Alto do
São Bento e o complexo esportivo Elba
de Pádua Lima - Tim, atraindo, também,
uma grande diversidade de usuários
durante todo o ano.
O Parque Ecológico Maurílio Biagi
está localizado na região central da
cidade ao lado dos terminais rodoviário
e urbano e possui área aproximada de
43.000,00 m2. O Parque abriga a Câmara
Municipal. Mas a falta de manutenção
e infraestrutura adequada levaram ao
fechamento do parque para sua revitalização. O projeto prevê a implantação de
um lago ornamental, duas portarias, área
administrativa (inclusive um posto poli-
Felipe Nader - 4 anos - que, em trabalho escolar, escolheu a Praça Omílton Visconde como
o melhor lugar da cidade, com a irmã Ana Laura e amiga Valentina Valini
12
AEAARP
cial), duas quadras de futebol, ciclovia,
pista para caminhada, estacionamento,
praça de alimentação, com lanchonete
e restaurante, além de um moderno
sistema de iluminação e espaço para
eventos e shows.
O Parque Tom Jobim, localizado na
zona norte da cidade, possui área de
aproximadamente 66.000,00 m2. Recentemente reformado, oferece atividades
voltadas ao lazer recreativo, contemplativo e, também, área esportiva. O parque
atrai um grande público, principalmente,
nos fins de semana.
Finalizo o artigo com a frase de
Hillman(14): “A vitalidade das cidades
depende do caminhar...caminhando,
estamos no mundo, encontramo-nos
num lugar específico e, ao caminhar
nesse espaço, tornamo-lo um lugar, uma
moradia ou um território, uma habitação
com um nome”, o que nos leva, novamente, ao entendimento de Bachelard
sobre a essência da noção de casa e de
Artigas, sobre a casa e a cidade, e nos
faz apropriarmos dela.
Rose Elaine Teixeira Borges é graduada em
Arquitetura e Urbanismo e mestre em Arquitetura
e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Atualmente é professora titular do
Centro Universitário Barão de Mauá e do Centro
Universitário Moura Lacerda, coordenadora
da Borges Arquitetura e Urbanismo Ltda. Tem
experiência na área de arquitetura e urbanismo,
atuando principalmente nos seguintes temas:
projetos de urbanismo e projeto de arquitetura, em
especial, habitação de interesse social.
Notas e referências bibliográficas:
(1) SEGRE, R. Espaço público e democracia:
experiências recentes nas cidades de América Hispânica. Arquitextos, texto especial 303.
São Paulo. Portal Vitruvius, maio2005.
<HTTP://www.vitruvius.com.br/arquitextos/
arq000/esp303.asp
(2) DIAS, F. O desafio do espaço público nas
cidades no século XXI. Arquitextos, texto
especial 312. São Paulo. Portal Vitruvius,
junho 2005.
<HTTP://www.vitruvius.com.br/arquitextos/
arq000/esp312.asp>
(3) CARLOS, A.F. A metrópole polifônica
– poliorâmica, in O espaço urbano: novos
escritos sobre a cidade. São Paulo. Editora
Contexto, 2004.
(4) CARLOS, A.F. Morfologia temporalidades urbanas: o efêmero e o espaço amnésico, in poliorâmica, in O espaço urbano: novos escritos sobre
a cidade. São Paulo. Editora Contexto, 2004.
(5) AUGE, M. No – lugares y Espacio Público, in
Quaderns 231 in Transit. Colégio de arquitectos
de Catalunia, 2001.
(9) SPERLING, D. Museu Brasileiro da escultura,
utopia de um território contínuo. Arquitextos,
texto 018.02. São Paulo. Portal Vitruvius, novembro 2001.
<HTTP://www.vitruvius.com.br/arquitextos/
arq018.02.asp
(10) Idem.
(6) BACHELARD, G. A poética do espaço. São
Paulo. Martins Fontes, 1989.
(11) JACOBS, J. Morte e vida das cidades. São
Paulo. Martins Fontes, 2007.
(7) ARTIGAS, J V. Caminhos da arquitetura. São
Paulo. Fundação Vilanova Artigas/PINI, 1986.
(12) Idem.
(8) MORALES, I.S. Lugar: permanencia o
producción, In: Diferencias. Topografia de La
arquitectura contemporânea. Barcelona. Gustavo Gilli, 1995.
(13) Idem.
(14) HILLMAN, J. Caminhar, in Cidade e Alma.
São Paulo. Studio Nobel, 1993.
<HTTP://www.ribeirãopreto.sp.gov.br
artigo
Pneu
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou Resolução
que obriga o mercado a armazenar
adequadamente os pneus velhos. O
objetivo é evitar a degradação ambiental
e os riscos à saúde pública. Dirigida
a fabricantes e importadores de pneus
novos, a determinação alcança também
os distribuidores, revendedores, destinadores finais, consumidores e o Poder
Público. Os pneus usados devem ser
preferencialmente reutilizados, reformados e reciclados. Uma vez descartados,
o ideal é que sejam depositados na
própria fábrica ou em local próximo. A
terceirização do serviço de coleta pelo
fabricante ou importador não os exime
de responsabilidade. Caso descumpram
a resolução, a pena pode chegar à suspensão da liberação de importação.
Frota
A frota de veículos cresceu até 240%
em oito anos nas maiores cidades
do país. Entre 2001 e 2009, o Brasil
ganhou mais de 24 milhões de carros,
caminhões, motocicletas e outros
veículos – uma alta de 76% na frota
total. Mas em algumas das maiores
cidades brasileiras, a expansão foi bem
mais elevada: supera os 240%, segundo
dados do Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran).
Reciclagem de CD e DVD
Um novo método de reciclagem de CDs
e DVDs pode tornar muito mais simples
e rápido o reaproveitamento de discos
usados. A técnica foi desenvolvida
e patenteada por pesquisadores da
universidade Da-Yeh, de Taiwan, e
consiste em um processo de lixiviação,
que limpa o revestimento dos discos
sem inutilizá-los. O método consiste em
lavar o CD ou DVD com álcool, para
a parte impressa, e ácido nítrico, para a
parte metálica do disco. O resultado do
processo, que leva poucos minutos, é
um disco virgem quase pronto para ser
reutilizado.
14 AEAARP
Resíduos da
produção de
biocombustíveis
Indicador
verde
Além dos biocombustíveis possibilitarem a diminuição dos níveis de poluição,
os resíduos de matérias-primas utilizadas na produção de biocombustíveis
podem ser aproveitados na alimentação
animal, que, por conseguinte, estarão
sendo utilizados na alimentação humana; ou seja, a produção de energia não é
desatrelada de modo algum da produção
de alimentos. A seguir alguns exemplos
da utilização desses subprodutos ou
do próprio produto, como a cana e os
farelos.
Algodão O farelo de algodão vem sendo muito utilizado, obtendo-se ótimos
resultados em rações de vaca leiteira. A
utilização desse alimento em rações para
touros reprodutores não é recomendada
devido à possibilidade de efeito nocivo à
reprodução dos animais. É uma alternativa interessante em rações para gado de
corte destinado ao abate, respeitando-se
certos níveis de acordo com a idade do
animal.
Amendoim O farelo de amendoim é
um alimento de elevado teor protéico,
porém, pode haver alguns fatores antinutricionais presentes, como na maior
parte das leguminosas. Destacam-se
as melhorias tecnológicas no sistema
produtivo, práticas agrícolas, processos
de secagem, armazenagem e seleção
durante o beneficiamento que têm ajudado no controle da aflatoxina. Com a
redução dos teores de aflatoxina, vem
aumentando a utilização do farelo de
amendoim na composição de rações,
devido ao seu menor custo, comparado
ao do farelo de soja.
Cana-de-açúcar Existem variedades
desenvolvidas especificamente para
alimentação animal, como forrageira na
época seca, e já é grande sua utilização.
Também pode haver aproveitamento
dos ponteiros, de bagaço amonizado
com uréia ou tratado com hidróxido de
sódio.
Girassol O farelo de girassol pode ser
usado em várias formulações para aves,
bovinas e suínas a substituição parcial e
até total do farelo de soja pelo de girassol
não prejudica o rendimento dos animais.
O produto pode ser considerado um alimento com teor de proteína médio, baixo
teor de lisina e alto valor em fibras.
biocombustíveis na alimentação
e também na extração do óleo, eliminando-se assim toxinas nocivas. Quando a
soja é pouco aquecida, continuam ativos inibidores de digestão de proteína;
em caso de superaquecimento, o valor
nutritivo da soja é reduzido pelos danos
causados pelo excesso de calor.
Deve-se lembrar ainda que um subpro-
duto da indústria de carnes, o sebo bovino, está sendo utilizado para produção de
biocombustíveis. Dessa forma, pode-se
afirmar que com os biocombustíveis nada
se perde, o que não é usado em energia,
pode ser transformado em alimento.
José Roberto Scarpellini
Eng. agrônomo
Composição das tortas/farelos das principais oleaginosas utilizadas para produção de biodiesel (%)
Umidade
Torta de Algodão
Farelo de Algodão
Farelo de Amendoim
Farelo de Soja
Farelo de Girassol
Farelo de Canola
Torta de Mamona
Torta de Dendê
Torta de Pinhão-manso
12,0
12,0
10,0
12,5
12,0
10,0
12,0
12,0
12,0
Proteína
Bruta
23,0
38,0
32,0
48,0
36,0
36,5
29,5
14,5
57,0
Fibra
Bruta
23,0
16,0
22,7
3,5
20,0
15,0
4,3
Extrato
Etéreo
6,0
0,6
1,5
1,1
3,5
1,5
8,6
7,2
-
Matéria
Mineral
6,0
6,5
8,0
7,0
7,0
7,0
7,5
4,4
6,7
FONTE: Revista Biodiesel
Mamona A torta de mamona é um
produto com elevado teor de proteína.
A torta de mamona depois de ser desintoxicada, pode ser utilizada substituindo
a de algodão e a de soja na alimentação
animal, em especial para bovinos. Por
outro lado, hoje seu principal uso é como
adubo orgânico, que é um produto com
baixo valor agregado se comparado com
sua aplicação como alimento animal.
Pinhão-manso A torta de pinhão-manso
tem alto teor de proteína e, após ser
desintoxicada, pode ser utilizada na alimentação animal. No México já existem
variedades não-tóxicas. É preciso tomar
cuidado ainda.
Soja O farelo de soja e a soja integral
são as principais fontes de proteína na
nutrição animal. É preciso processar o
farelo de soja e também a soja integral
com calor antes de utilizá-los nas rações,
construção sustentável
Certificação AQUA
chega aos edifícios e conjuntos
habitacionais no
Brasil
Fundação Vanzolini lança a primeira certificação brasileira para
construção de empreendimentos residenciais sustentáveis
A Fundação Vanzolini, entidade de referência em certificação de sistemas de
gestão e produtos da construção civil há
mais de 15 anos, lança no Brasil o primeiro Referencial Técnico de Certificação
da Construção Sustentável - Processo
AQUA (Alta Qualidade Ambiental) Habitacional.
Desde 2007, a Fundação Vanzolini é
detentora exclusiva do Processo AQUA
para edifícios comerciais e de serviços,
ocasião em que firmou acordo com o
Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB), instituto francês, referência
mundial em pesquisas na construção
civil, e sua subsidiária Certivéa, para
adaptação dos referenciais técnicos da
certificação francesa HQE (Haute Qualité
Environnementale) ao Processo AQUA no
Brasil. Sendo que hoje já conta no país
com a adesão de 14 empreendimentos,
sete dos quais já certificados.
Mas foi por meio de convênio, firmado
em 2008, com a Cerqual, integrante do
Grupo Qualitel (organismo francês de
certificação de empreendimentos habitacionais sustentáveis na França), que
a Fundação desenvolveu o Referencial
Técnico de Certificação (conjunto de normas) do Processo AQUA para Edifícios
Habitacionais no Brasil, disponibilizando-o agora ao mercado.
O Processo AQUA requer o atendimento a 14 categorias da Qualidade
Ambiental do Edifício (QAE), baseadas
em critérios de desempenho, e exige
também um Sistema de Gestão do
Empreendimento (SGE) – que controla
o projeto em todas as fases, incluindo
avaliação por auditoria presencial independente. O certificado, de nível internacional, é emitido pela entidade em cada
uma das três fases do empreendimento
(programa, concepção e realização) e
visa demonstrar a qualidade ambiental
das edificações. Na França, desde 1990,
16 AEAARP
já foram certificados 50 milhões de m2, o
que significa que 800 mil unidades habitacionais têm alta qualidade ambiental.
O coordenador executivo do Processo
AQUA na Fundação Vanzolini, Manuel
Carlos Reis Martins, explica que a Certificação AQUA para os empreendedores
imobiliários significa que todos os cuidados com a gestão do projeto e com o
processo de construção ficam documentados e podem ser verificados. Isso inclui
a eco-construção e a eco-gestão com o
gerenciamento dos impactos ambientais
decorrentes da relação do edifício com
seu entorno, a escolha integrada de
produtos, sistemas e processos construtivos, canteiro de obras de baixo impacto,
além da gestão da energia, da água, dos
resíduos e da manutenção (permanência
do desempenho ambiental) do edifício
em uso. O Processo AQUA avalia ainda
o conforto acústico, higrotérmico, visual
e olfativo da habitação e promove a qualidade do ar, da água e dos ambientes do
empreendimento habitacional.
“Os empreendimentos AQUA são diferenciados, já que hoje a preocupação do
público com os aspectos sustentáveis é
grande. O comprador sabe que terá uma
habitação mais saudável e confortável,
com valorização patrimonial, além de
menores custos no consumo de água,
energia e conservação. Hoje existem
muitos empreendimentos que se dizem sustentáveis, mas não têm como
demonstrar. A certificação AQUA traz
um diferencial: o empresário consegue
‘provar’, através da certificação, que
construiu um edifício ambientalmente
correto, o que contribui para gerar maior
velocidade de vendas,” define Martins.
A diferença entre a certificação pelo
Processo AQUA e outras existentes no
mercado é que ela prioriza a concepção
do empreendimento. Assim, o processo
é flexível, pois permite ao empreendedor
traçar o perfil ambiental pretendido e definir as soluções de projeto para chegar
aos objetivos traçados, estabelecendo a
organização, os métodos, os meios e a
documentação necessária para atender
ao proposto. “O AQUA, no entanto, é
rigoroso e exige o atendimento a todos
os critérios da Qualidade Ambiental do
Edifício, além de um sistema de gestão,
o que não acontece com outras certificações ambientais. Além disso, no AQUA
a avaliação e auditoria são presenciais,
enquanto que em outros sistemas o
empreendedor apenas envia um relatório do que fez à instituição competente.
Outra grande vantagem é que se trata
de uma certificação brasileira de nível
internacional, com certificado emitido
em 30 dias”, completa Martins.
Entre os materiais e sistemas que podem ser adotados em uma edificação
residencial sustentável estão o reaproveitamento de água; a automação com
vistas à redução de consumo de energia
e ao conforto ambiental; a utilização de
energia solar; a adoção de produtos e
materiais recicláveis, entre eles, a madeira certificada, pisos sustentáveis, telhas
de material reciclado, entre outros.
Fundação Vanzolini
A Fundação Vanzolini é membro
pleno brasileiro da IQNet (The International Certification Network). A IQNet
responde por mais de 30% das certificações de sistemas de gestão no mundo. Além disso, é membro fundador e
tem assento no Board da SBAlliance
(Sustainable Building Alliance – www.
sballiance.org), aliança mundial de
empresas com preocupações ambientais e interessadas em certificados em
construções sustentáveis, fundada em
Paris, em abril de 2008. Mais detalhes
no site: www.vanzolini.org.br.
Normas do Processo AQUA para Edifícios Habitacionais
Veja abaixo alguns exemplos:
Adaptadas aos
empreendimentos
habitacionais, as normas do
Processo AQUA Habitacional
são semelhantes às dos
edifícios comerciais e de
serviços. Porém, guardam
especificidades e alguns
detalhamentos que são
compatíveis com o uso
residencial. A adoção destes
critérios garante notas
(excelente, superior e bom)
necessárias para alcançar
os níveis que irão garantir a
certificação em cada uma das
14 categorias do processo.
• Nas cozinhas, deve haver a previsão
das dimensões mínimas para pia, fogão, geladeira e altura da bancada.
• Dentro do item gestão de energia, a
norma prevê o uso de equipamentos
com o Selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica), além de lâmpadas economizadoras e iluminação das áreas
comuns com sensores de presença
(a lâmpada só acende se alguém
está no ambiente).
• Nas áreas externas dos empreendimentos devem estar previstos locais
para coleta de resíduos.
• A produção de água quente precisa
obedecer aos requisitos de distância
(10 m) entre a fonte de calor e pon-
tos de alimentação, para que haja
eficiência e economia.
• As caixas de descarga têm de ter
capacidade de seis litros ou menos,
além de dispor de mecanismos de duplo acionamento e de interrupção.
• Os metais sanitários necessitam
contar com componentes economizadores de água.
• Os medidores de consumo de água
devem ser individualizados e com
determinadas características presentes na norma.
• A instalação de produção coletiva
de água por aquecimento solar deve
ser precedida de estudo técnico
detalhado, inclusive, com garantia
de resultados.
AÇO ARMADO - TRELIÇA
TELA - PREGO - ARAME
Avenida Meira Junior, 314 | Ribeirão - SP
Tel: (16) 3441-0100 | Nextel: 7* 44632
tecnologia
tecnologia
Chega ao Brasil
18 AEAARP
tecnologia capaz de recuperar gasolina
evaporada durante abastecimento
Além de proteger a saúde de frentistas e clientes, e preservar o meio
ambiente, o Sistema de Recuperação de Vapores, da OPW, pode
promover economia aos postos de combustíveis
Aquele odor forte de gasolina, expelido durante o abastecimento, está com
os dias contados. A OPW, fornecedora
multinacional de equipamentos para
postos de serviços, traz para o Brasil
um sistema de recuperação de vapores,
com recursos capazes de absorver e
transformar em líquido os vapores do
combustível eliminado no ar durante
o abastecimento. “A tecnologia não só
tem forte apelo ambiental como também traz outras vantagens importantes,
como prevenção de acidentes em postos de serviços e proteção à saúde dos
frentistas e clientes”, explica Fernando
Whitaker, diretor geral da OPW para
América Latina.
O sistema tem como um dos componentes o VaporSaver, equipamento
que absorve gasolina evaporada direto
do tanque de armazenamento do combustível e separa, por meio de uma
membrana, partículas de hidrocarboneto
(componente da gasolina) do oxigênio,
que é eliminado no ar livre de poluição.
Os hidrocarbonetos retornam ao tanque
em forma de líquido. A solução conta
ainda com outro componente, o CVS2,
que remove o excesso de vapor presente
no tanque do automóvel, durante o abastecimento, evitando que estes vapores
sejam liberados na atmosfera.
Segundo as estimativas da OPW, um
posto perde em média de 0,25% a 0,40%
do volume total do seu estoque de gasolina com evaporação. “Em projeção mais
modesta, um estabelecimento que vende
300 mil litros de gasolina por mês perde,
no mínimo, 750 litros do produto com
evaporação. Considerando um preço
médio da gasolina a R$ 2,40, a economia
gerada pelo Sistema de Recuperação do
Vapor OPW pode chegar a R$ 1.800,00
mensais ou R$ 21.600,00 ao ano”, calcula Whitaker. “A economia gerada pode
ultrapassar R$ 34 mil com este mesmo
volume de vendas. Em postos com maior
volume de comercialização do combustível, esta economia evidentemente é
ainda maior”.
Equipamento absorve
gasolina evaporada
direto do tanque e
separa partículas de
hidrocarboneto do oxigênio
eliminado no ar livre.
O executivo observa que a solução
pode prevenir outros danos, já que ao
evitar a liberação desses vapores de combustível na atmosfera, também reduz o
risco de acidente em postos, sem falar
no afastamento do trabalho por problemas de saúde. “Os vapores liberados na
descarga do combustível no tanque e nas
operações de abastecimento nos carros
são a principal causa de explosões nos
postos de serviços. A cada manuseio
do produto é liberada uma quantidade
muito grande de vapores, que, por serem
incolor, nem é percebida pelos frentistas
e donos de postos”, conclui.
Sobre a OPW
Multinacional de origem norte-americana, a OPW está entre as principais fornecedoras de equipamentos e soluções
que garantam abastecimento seguro aos
postos de serviço. O seu portfolio inclui
bicos automáticos, juntas giratórias e
válvulas antitransbordamento. A OPW
no Brasil foi certificada ISO 9002 em
1997, e atualmente possui a certificação
ISO 9001, além de contar com produtos
certificados por outros órgãos. A companhia está presente em mais de 100
países, com fábricas em Itatiba-SP, EUA,
China e República Checa.
Revista Painel
19
crea
futebol
Vistoria em estádios de
futebol
Evento na AEAARP discute o tema
com profissionais e especialistas
O CREA – SP e a AEAARP realizou
no dia 25, 26 e 27 de novembro o curso
para requisitos mínimos para realização de laudo de vistoria em estádios de
futebol de acordo com a Portaria 124 de
17/07/2009 do Ministério de Estado do
Esporte.
A Portaria 124 de 17/07/2009 do Ministério de Estado do Esporte, prevista
no Decreto 6.795 de 16/03/2009 e que
regulamenta o Artigo 23 da Lei 10.671 –
15/05/2003 (Estatuto do Torcedor), traz
uma grande novidade para a categoria
profissional.
De acordo com o parágrafo único do
Artigo 3 da referida portaria, “Os laudos
de que trata o Anexo II do Decreto 6795,
bem como o laudo de estabilidade estrutural de que trata o parágrafo único
do Artigo 2, serão elaborados por profissionais legalmente habilitados e previamente cadastrados para esse fim no
CREA local”.
Esse curso realizado pela AEAARP foi
ministrado em conjunto com o CREASP dando a condição legal para habilitação dos profissionais que se interessaram pela proposta de realizar um
laudo de vistoria.
A situação começou sendo proposta
pelo CREA-SP através do presidente
José Tadeu da Silva que, em parceria
com a Federação Paulista de Futebol
(FPF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF), FAEASP, Ibape, Sinaenco e
outros, obtiveram uma regulamentação
Federal através do presidente da Republica e do ministro do Esporte, tendo o
Sistema CONFEA/CREA a responsabilidade de cadastrar e habilitar os profissionais interessados (veja abaixo).
O laudo de vistoria, baseado na Norma de Inspeção Predial , estabelece os
aspectos mais importantes como a real
situação de cada estádio sob aspecto
estrutural, elétrico, sistema de segurança, real capacidade e o principal é
que irá estabelecer um manual e plano
20 AEAARP
de manutenção para que o gestor do
estádio possa administrar os recursos
para saber a criticidade das demandas
encontradas e também as prioridades
estabelecidas.
Tudo isso só é possível dentro de critérios técnicos estabelecidos por profissionais do Sistema CONFEA/CREA.
Profissionais para vistoria
de estádios de futebol
foram cadastrados em
novembro
Um convênio de cooperação técnica
firmado entre a União – por intermédio
do Ministério do Esporte (ME) –, o CONFEA e os 27 CREAs, em 22 de outubro,
estabeleceu que cabe aos Conselhos
Regionais organizar, por meio de edital, o recrutamento e cadastramento de
profissionais interessados e legalmente
habilitados para a prestação de serviços de emissão de laudos de vistoria de
engenharia e laudos de es tabilidade estrutural nos estádios de futebol, conforme determina a Portaria nº 124/07, do
ME. Essa portaria estabelece os requisitos mínimos a serem contemplados nos
laudos previstos no Decreto Federal nº
6795/09, o qual regulamenta o artigo 23
da Lei nº 10.671/03 – que trata sobre o
controle das condições de segurança
dos estádios de futebol.
Engº civil José Galdino Barbosa da
Cunha Júnior
Chefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - SP
e mail [email protected]
Rua João Penteado 2237
Jd. São Luis - Ribeirão Preto -­ SP
Fone 16 3623.7627
reciclagem
CEMPRE cria comitê para discutir
reciclagem de eletroeletrônicos
O Compromisso Empresarial para a
Reciclagem (CEMPRE), organização não
governamental que incentiva a reciclagem
no Brasil, criou um comitê de trabalho
para acompanhar as discussões sobre a
reciclagem de eletroeletrônicos no país.
O grupo é integrado por empresas do setor, fabricantes ou varejistas, associados
ao Cempre, como a Intel, a HP, a Dell, a
Phillips, o Wal Mart, Carrefour e o Pão de
Açúcar. O foco do grupo é debater os avanços e principais entraves da reciclagem
da categoria e trabalhar em parceira com
autoridades governamentais para inserir a
questão de forma sustentável na Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
A criação de um comitê para discutir
separadamente o reaproveitamento
dos eletroeletrônicos é justificada pelas
particularidades que a linha apresenta.
“A reciclagem desses materiais envolve,
por exemplo, uma tecnologia muito mais
complexa e cara do que aquela usada para
as embalagens; a relação dos consumidores com esse tipo de produto também é
diferente e ainda há um enorme mercado
informal que comercializa produtos montados e alimenta o descarte irresponsável
dos eletroeletrônicos e das peças”, diz
André Vilhena, diretor executivo do CEMPRE. Segundo ele, este é o primeiro comitê
específico para uma linha de produtos que
a ong estabelece.
O comitê defende o conceito da responsabilidade compartilhada entre sociedade,
governo e indústria para a reciclagem dos
eletroeletrônicos, o que implicaria em
incentivos fiscais, fiscalização rigorosa
para combater a pirataria, e a definição de
diretrizes nacionais, e não regionais, para
a reciclagem dos produtos.
Estabelecer quando o produto já passou
do tempo de vida útil e virou resíduo é
uma questão que precisa ser bem definida
inclusive para regular o transporte dos
produtos destinados à reciclagem.
Segundo o comitê, cerca de 30% do
mercado eletroeletrônico no Brasil são
informais. A redução da carga tributária
que incide sobre o setor poderia trazer
esse mercado para a formalidade, gerando
empregos. Conceder benefícios fiscais às
empresas que realizam a logística reversa
seria uma forma de incentivar a indústria
da reciclagem no setor e potencializar
ganhos registrados com a Lei do Bem,
de 2005, que prevê incentivos fiscais a
empresas que desenvolvam inovações
tecnológicas. Segundo o comitê, com
uma maior formalização em apenas dois
anos cerca de 5 mil empregos diretos
poderiam ser criados no mercado dos
eletroeletrônicos.
Revista Painel
13
pesquisa
Setor de equipamentos
para construção confirma Brasil como
um dos principais mercados do mundo
Após enfrentar uma crise econômica
que exigiu a reestruturação de toda logística mundial de produção, adequação
de produtos e estratégias comerciais
criativas e diferenciadas, o setor de equipamentos e máquinas para construção e
mineração no Brasil surpreende e passa
a ser um dos principais alvos do mercado
internacional, por onde pairam as melhores oportunidades de investimento.
O estudo Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção e Mineração
2009, que analisa o comportamento e as
vendas dos equipamentos de construção,
mostra que o número de equipamentos
vendidos em 2009 registrou uma queda
de 24% em relação a 2008 (38.670 unidades comercializadas no país). O estudo
é realizado pelo terceiro ano consecutivo
pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção
(Sobratema).
“É preciso levar em conta que em 2008
tivemos um crescimento espetacular e
incomum (46% em relação a 2007), já
que o setor vinha de um longo período
de estagnação com baixíssima demanda
interna por falta de investimentos consistentes em obras de infraestrutura”,
diz o professor da PUC de São Paulo e
Ph.D em Economia, Rubens Sawaya, da
Insight Consultoria Econômica, uma das
empresas que assina o estudo.
“Para atender rapidamente a demanda
gerada pelas obras do PAC, por exemplo,
as empresas foram obrigadas a atualizar
e ampliar suas frotas e disponibilizar um
mix de produtos de alta performance e
baixa manutenção, o que provocou uma
corrida às compras em 2008”, completa o
economista. Em 2009, percebemos que,
além do impacto gerado pela crise mundial que trouxe queda de vendas em todo
o mundo, existiu no mercado brasileiro
certo ajuste ou acomodação, pois boa
parte das empresas já havia atualizado
suas frotas no ano anterior.
“Atravessar o conturbado ano de 2009
22 AEAARP
ileso certamente não seria possível
para nenhum setor da economia e para
o de equipamentos e máquinas não foi
diferente – como já previam as projeções
apresentadas pelo estudo da Sobratema em 2008. Contudo, os resultados
surpreendem, não pelos números, que
obviamente são inferiores ao espetacular
crescimento de 2008, mas principalmente pela velocidade e força com que o
mercado se recupera, projetando-se entre as principais economias mundiais”,
diz o presidente da Sobratema, Afonso
Mamede.
Vendas sobem
10% no Brasil
e têm queda
acentuada nos
EUA e Europa
Outros dados analisados pelo estudo
de mercado levam em conta as vendas
internas de equipamentos para construção da linha amarela entre 2007 e 2009.
O Brasil registrou crescimento de 10%
nesse período, resultado excelente se
comparado a mercados como EUA e Europa, que tiveram uma redução de 60%,
ou até mesmo a China, país emergente
que vem apresentando maior crescimento econômico nos últimos anos e
que registrou uma queda inversamente
proporcional ao crescimento brasileiro
(fontes: Sobratema e OHR – Off-Highway
Research).
As previsões para 2010 apontam para
uma recuperação nas vendas do Brasil
de aproximadamente 24%, decorrente da
nova necessidade de crescimento das
frotas, principalmente em função dos
programas governamentais.
“Isso deve deixar o Brasil apenas atrás
da Índia que, de acordo com dados da
OHR, deve atingir um crescimento em
torno de 27%. Já a China e EUA apontam
um crescimento menor, de aproximadamente 7%, enquanto os países do
Mercado Comum Europeu não registram
crescimento, mas sim uma estagnação
econômica”, diz o economista Rubens
Sawaya.
As vendas de equipamentos entre 2010
e 2014, em função dos investimentos
atrelados não só às eleições de 2010, mas
também ao pré-sal, Copa do Mundo e
Olimpíadas, devem ultrapassar a casa de
300 mil unidades, número que seria ainda maior não fosse o expressivo aumento
na população de equipamentos, que
deve gerar uma estabilização no mercado em 2013. Já no ano seguinte, porém,
está previsto o início de boa parte dos investimentos para as Olimpíadas de 2016,
e as vendas devem disparar novamente,
atingindo a marca de aproximadamente
80 mil equipamentos vendidos.
Novos equipamentos
O estudo realizado pela Sobratema
acompanha e analisa o desempenho
dos equipamentos utilizados em obras
de infraestrutura, construção civil e
mineração. Nesse ano, além das escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras,
tratores de esteira, motoniveladoras e
caminhões fora-de-estrada, caminhões
rodoviários, tratores de pneus pesados,
compressores, gruas, guindastes, plataformas aéreas, a Sobratema incluiu
um equipamento relativamente novo
no mercado brasileiro – o telehander,
também conhecido como manipulador
telescópico utilizado para movimentação
e levantamento de carga, podendo ser
adaptado a diversas ferramentas de trabalho, como caçambas, garfos (pallets),
cesto de operação, entre outros.
As vendas entre
2010 e 2014, em
função das eleições
de 2010, pré-sal,
Copa do Mundo e
Olimpíadas, devem
ultrapassar 300 mil
unidades
O telehander foi a única categoria a
registrar números positivos de vendas
em 2009, atingindo a marca de 350 equipamentos vendidos.
Assim como nas edições anteriores,
o estudo desenvolvido pela Sobratema
apresenta informações obtidas junto
aos fabricantes, importadores, empresas
usuárias, associações e entidades do setor e as tendências dos cenários futuros,
até 2014, dos mercados no Brasil. Desde
a primeira edição, a entidade reuniu
para elaboração do estudo um grupo de
empresas do qual fazem parte as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo
Correa, Galvão Engenharia e Norberto
Odebrecht, a mineradora Vale, o dealer
Atlas Copco - Lequip, o fabricante de
peças e componentes Carraro e a locadora de equipamentos Escad, uma das
maiores do setor, e conta com as consultorias econômicas Minimax Editora, do
jornalista britânico Brian Nicholson, e da
Insight Consultoria Econômica.
Sobratema
Há mais de 20 anos a Sobratema
representa o setor de máquinas
e equipamentos para obras de
construção e mineração. No seu
quadro de associados estão usuários
e fabricantes de equipamentos para
construção e mineração como
grandes construtoras, locadoras,
empreiteiras e prestadores de
serviço além dos profissionais
da área (pessoas físicas). Entre
os fabricantes, fazem parte do
quadro de associados da Sobratema
empresas como Volvo, Caterpillar,
Komatsu, Case, JCB, Liebherr, Atlas
Copco, Haulotte, Metso Minerals,
Dynapac, New Holland, Ciber, Terex,
Hyundai entre outras.
www.sobratema.org.br
Ligada em você
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Tels: (16)
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Ribeirão Preto-SP
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Revista Painel
21
sustentabilidade
Abertas inscrições para
Mostra de Tecnologias
Sustentáveis 2010
Estão abertas as inscrições para a Mostra de Tecnologias Sustentáveis, evento
que reúne metodologias, técnicas, sistemas, equipamentos ou processos que
contribuam para a construção de uma
sociedade sustentável.
Neste ano, as tecnologias inscritas devem se enquadrar em três categorias:
- Tecnologias Verdes, nas subcategorias Recursos Naturais, Energia, Biodiversidade, Água, Resíduos, e Emissões
de Carbono
- Tecnologias Inclusivas, com projetos
em Inclusão Econômica, Equidade, Acessibilidade, Sociodiversidade, Combate
à Pobreza, Conhecimento Tradicional,
Acesso e Garantia aos Direitos e Políticas
Públicas
- Tecnologias Responsáveis, com foco
em Integridade e Combate à Corrupção,
Transparência, Controle Social dos
Agentes Públicos e Econômicos, Trabalho Decente
As tecnologias que farão parte da Mostra serão selecionadas por um comitê
curador constituído por 11 entidades,
tais como Associação Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), Conselho Brasileiro da Construção Sustentável (CBCS), Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP), International Finance
Corporate (IFC) e Rede de Tecnologia
Social (RTS).
Podem inscrever-se na Mostra pessoas
físicas ou organizações, com uma ou
mais tecnologias. As inscrições são
anúncio
gráfica
24 AEAARP
gratuitas e precisam ser feitas apenas
via site www.ethos.org.br/mostra2010.
O prazo se encerra em 31 de janeiro de
2010.
Agenda
A M o s t r a d e Te c n o l o g i a s
Sustentáveis 2010 vai se realizar
no mesmo período e local da
Conferência Internacional Ethos
2010, entre 10 e 14 de maio de
2010, no Hotel Transamérica, em
São Paulo
biblioteca
Arquitetura:
do Oriente Médio ao Ocidente
Uma revisão profunda na história da
arquitetura do Renascimento
europeu. É o que propõe o arquiteto e
pesquisador Andrea Piccini em seu livro
Arquitetura: do Oriente Médio ao Ocidente. Evidenciando a forte influência da
cultura árabe-islâmica e turco-islâmica
em Florença, decorrente das trocas
comerciais e das cruzadas, Piccini apresenta um novo paradigma – muito além
das heranças greco-romanas – para se
compreender as manifestações arquitetônicas no período na Itália, berço das
inovações renascentistas que ecoariam
por toda Europa.
Na apresentação, Julio Katinsky, professor da FAU-USP, deixa clara a relevância do estudo de Piccini:
“Seguindo essa tendência, acredito
que podemos considerar a Escola
da FAU (Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo)-USP, como foro privilegiado de uma nova histografia
da Arte da Arquitetura entre nós do
Brasil. Para isso, os fundamentos
foram oferecidos principalmente por
Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque
de Holanda, Florestan Fernandes,
sem esquecer, obviamente, Liwis
Morgan e Claude Levi-Strauss. É a
essa escola que se filia o estudo de
Andrea Piccini”.
O interesse do autor se desenvolveu
ainda na universidade, quando cursava
a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Florença e teve os primeiros
contatos com a cultura arquitetônica
oriental:
“Tudo começou quando estava na
Universidade: enquanto todos estudavam matérias tradicionais, eu já
desenvolvi a curiosidade por detalhes das residências árabe-islâmica
e turco-islâmica e suas influências.
Como, por exemplo, Jerusalém, que
foi anexada ao novo império árabe
e era um símbolo religioso, e se
tornará um motor de transmissão de
elementos arquitetônicos. No ano de
1099, a cidade foi conquistada aos
árabes pelos cruzados, que a admi-
nistraram até 1187, quando a cidade
foi conquistada por Saladino. Passou
novamente a ser administrada pelos
árabes, que, com exceção do curto
período de reconquista dos cruzados
(de 1229 a 1224), a governaram até
1260.”
O livro ilustrado mostra detalhes das
influências com imagens feitas pelo autor e várias cidades do Oriente Médio e
da Turquia. Piccini antecipa também, na
obra, trechos de sua pesquisa atual, que
evidencia o diálogo da arquitetura florentina com as culturas da Ásia Central
e mesmo do extremo Oriente, resultado
das trocas comerciais que se realizavam
pela famosa Rota da Seda.
Arquitetura: do Oriente Médio ao Ocidente traz ainda um glossário de termos
arquitetônicos em árabe, turco, armênio
e português, e a cronologia de 570 a 1198,
com consultas dos períodos mencionados, dinastias e datas históricas, além
de documentos datados em 1390, 1402,
1413 e 1463.
Sobre o autor
Fo r m a d o e m A r q u i t e t u r a p e l a
Fa c u l d a d e d e A r q u i t e t u r a d a
Universidade de Florença, Itália é mestre
em Arquitetura na área de Tecnologia
do Ambiente Construído pela EESC/
USP. Defendeu seu doutorado em
Engenharia Urbana no Departamento
de Engenharia de Construção Civil
da Escola Politécnica/USP. É mestre
em Cultura Médio Oriental na área
de concentração Literatura e Cultura
Médio Oriental, Departamento de
Línguas Orientais da FFLCH/USP, onde
acompanha como professor convidado
pesquisas e teses sobre arquitetura
árabe no Oriente Médio. É professor
convidado e coordenador do Brasil no
Centro de Pesquisa e Documentação,
Tecnologia, Arquitetura e Cidade
nos Países em DesenvolvimentoDepartamento Casa Cittá-Faculdade
de Arquitetura, Politécnico de TorinoItália, para atividade de graduação e
pós-graduação. Membro do comitê de
Arte e Cultura da Câmara de Comércio,
Indústria e Turismo Brasil-Turquia de
São Paulo e do Instituto de Cultura
Árabe de São Paulo (ICARBE).
ITAJUBÁ CONSULTORIA ELÉTRICA
CONSULTORIA EM ALTA, MÉDIA E BAIXA TENSÃO
PROJETOS DE CABINES, POSTOS DE
TRANSFORMAÇÃO DE ALTA E MÉDIA TENSÃO
•
INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS, COMERCIAIS,
INDUSTRIAIS
•
CONSULTORIA E AJUSTES TARIFÁRIOS
•
SPDA
•
MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM
ALTA, MÉDIA E BAIXA TENSÃO
•
PROJETO E EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES
TELEFONICAS E DE INFORMÁTICA
TAPYR SANDRONI JORGE
Engenheiro Eletricista
Rua Laudo de Camargo, 425 – Jd. São Luiz
Tel: 16 3623.9928 / 9992.9545
e-mail: [email protected]
notas e cursos
Sistema CONFEA/CREA
na Conferência de Copenhague
O plenário do CONFEA aprovou a constituição de uma missão – com a Sociedade Brasileira de Meteorologia (Sbmet) –
para participação da 15ª Conferência das
Partes (COP), realizada pela ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, entre os dias 7 e 18 de
dezembro, na Dinamarca.
Farão parte da missão o presidente do
CONFEA, Marcos Túlio de Melo, ou seu
representante; o conselheiro federal, arquiteto José Roberto Geraldine Júnior,
coordenador do curso de Arquitetura e
Urbanismo do Centro Universitário Barão
de Mauá, representando o Plenário do
CONFEA, um representante do Colégio
de Presidentes – que ainda será definido
– e Alfredo Silveira da Silva, representan-
do o Colégio de
Entidades Nacionais (Cden).
Na COP-15 lideranças de vários
países vão disGeraldine Jr.
cutir cinco eixos
fundamentais para encontrar soluções
relativas ao aquecimento global: visão
compartilhada, mitigação, transferência
de tecnologias, adaptação e apoio financeiro. A expectativa é que dessas discussões saia um novo acordo global.
Paralelamente à COP, ocorrerá também
a 5º Reunião das Partes do Protocolo de
Kyoto, que deve definir as metas para o
segundo período de compromisso do documento, que vai de 2013 a 2017.
NOVOS ASSOCIADOS
ARQUITETURA
Leonardo Rubens Cardinale de
Moura Cavalcanti
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Denizart Bolonhezi
Marco Antonio Azzolini
Ney Jose Ibrahim
ENGENHARIA CIVIL
Carlos Roberto Del Nero Muller
Francisco Carlos de Almeida
Barros
ESTUDANTE - ENGENHARIA
AMBIENTAL
Isabela Galon Murari
Copenhague
Entre os dias 7
e 18 de dezembro acontece em
Copenhague, na
Dinamarca, a
Conferência da
Organização das
Nações Unidas
(ONU) sobre mudanças climáticas. A
conferência COP15 é a 15ª e tem como
objetivo chegar a um novo acordo sobre o
clima para substituir o Protocolo de Kyoto
que expira em 2012. No entanto, vários
países permanecem divididos. Entre as
principais divergências está a meta de
cortes de emissões de gases poluentes
para países desenvolvidos. Outro ponto é
a definição sobre o volume de recursos que
as nações mais ricas deverão destinar para
ajudar os países em desenvolvimento a
reduzir suas emissões e financiar projetos
de adaptação.
No Brasil há um consenso para reduzir
em 80% o desmatamento na Amazônia
até 2020. O Ministério do Meio Ambiente
defende a proposta de redução em 40% a
estimativa de emissão de gases causadores do efeito estufa até 2020.
PECE/Poli abre inscrições para Engenharia Financeira
O Programa de Educação Continuada
da Escola Politécnica da USP (PECE/Poli)
abre inscrições para o curso de especialização em Engenharia Financeira.
O curso abrange tanto aspectos técnicos
referentes à área – entre eles, os fundamentos matemáticos e computacionais
utilizados na gestão de ativos financeiros
– como de administração e business –
que englobam, por exemplo, a gestão de
riscos.
Voltado para profissionais com formação
superior e experiência nas áreas de econo26 AEAARP
mia, administração e engenharia, entre outras, o curso é composto de 14 disciplinas
e tem duração média de dois anos.
As aulas, que terão início em março, serão ministradas nas dependências da Poli,
na Cidade Universitária, em São Paulo, às
segundas, terças e quartas-feiras à noite.
O ingresso é feito por meio de processo
seletivo, que inclui análise de currículo
e entrevista.
Mais informações podem ser obtidas no
endereço www.pecepoli.com.br ou pelo
telefone (11) 2106-2400.
Ao preparar sua ART,
não se esqueça de
preencher o campo
31 com o código 046.
Assim, você destina
10% do valor recolhido
para
a
AEAARP.
Com mais recursos
poderemos fortalecer,
ainda mais, as categorias
representadas
por
nossa Associação.
Contamos com sua
colaboração!
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