100 ANOS DA MORTE DE S. BENTO MENNI 100 ANOS DA MORTE DE S. BENTO MENNI O mal que há são as leis do governo; mas parece que isto se vai mitigando muito e esperamos que nos seja possível fazer o bem… Como te disse, espero que desta viagem de exploração venha a resultar que montemos aqui um Manicómio, pois em toda a Nação ou República do México, que é duas ou três vezes maior que a Espanha, não há sequer um que valha a pena. Os pobres doentes mentais estão em muito más condições. Embora eu me vá para essa casa, deixo aqui quem vá preparando tudo. C.444 A sensibilidade de S. Bento Menni perante os mais pobres Voltaram os frios. Não duvido de que procurareis agasalhar a toda a gente da casa, grandes e pequenas, sãs e doentes, raquíticas e escrufulosas, aleijadas, enfim, toda a gente da casa, bem, bem agasalhadas, e tudo por amor de Jesus; repito, que todas andem bem agasalhadas por amor de Jesus que gosta de andar agasalhado na pessoa de suas pobrezinhas. C. 494 Frei Bento Menni SERVIÇO DE VOLUNTARIADO — M a r ç o 2 0 1 4 100 ANOS DA MORTE DE S. BENTO MENNI 100 ANOS DA MORTE DE S. BENTO MENNI “Às vezes trata-se de ouvir o clamor de povos inteiros, dos povos mais pobres da terra, A sensibilidade de S. Bento Menni perante os mais pobres é uma constante nos seus escritos… esta sensibilidade tão hospitaleira e especial centra-se em valores nossos conhecidos: A entrega incondicional e gratuita Humanidade na relação e no cuidar com carinho e amor A solidariedade, compreensão e espírito de interajuda Viver a missão voluntária com entusiasmo e ânimo Ser sensível ao sofrimento do outro Estar atento (a) ás necessidades (expressas ou não) das pessoas e ser solicito(a) em responder-lhe… Sensibilidade, generosidade e discernimento-de forma a ajudar eficazmente na resposta às necessidades mais urgentes Gratuidade e especial atenção aos mais pobres Compromisso em estar ao lado dos mais marginalizados, estigmatizados e pobres, velando pelos seus direitos e promovendo a sua qualidade de vida Revelar fortaleza de espírito… coragem no desenvolvimento de respostas a situações carenciadas… E tu voluntário hospitaleiro como tens vivido esta sensibilidade pelos mais pobres ao jeito de Bento Menni? Como vives estes valores na tua vida? porque «a paz funda-se não só no respeito pelos direitos do homem, mas também no respeito pelo direito dos povos».Lamentavelmente, até os direitos humanos podem ser usados como justificação para uma defesa exacerbada dos direitos individuais ou dos direitos dos povos mais ricos. Respeitando a independência e a cultura de cada nação, é preciso recordar-se sempre de que o planeta é de toda a humanidade e para toda a humanidade, e que o simples facto de ter nascido num lugar com menores recursos ou menor desenvolvimento não justifica que algumas pessoas vivam menos dignamente. É preciso repetir que «os mais favorecidos devem renunciar a alguns dos seus direitos, para poderem colocar, com mais liberalidade, os seus bens ao serviço dos outros».Para falarmos adequadamente dos nossos direitos, é preciso alongar mais o olhar e abrir os ouvidos ao clamor dos outros povos ou de outras regiões do próprio país. Precisamos de crescer numa solidariedade que «permita a todos os povos tornarem-se artífices do seu destino»,tal como «cada homem é chamado a desenvolver-se». Nº 190 Sempre me angustiou a situação das pessoas que são objecto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9). Onde está o teu irmão escravo? Onde está o irmão que estás matando cada dia na pequena fábrica clandestina, na rede da prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade, naquele que tem de trabalhar às escondidas porque não foi regularizado? Não nos façamos de distraídos! Há muita cumplicidade... A pergunta é para todos! Nas nossas cidades, está instalado este crime mafioso e aberrante, e muitos têm as mãos cheias de sangue devido a uma cómoda e muda cumplicidade. Nº 211 Duplamente pobres são as mulheres que padecem situações de exclusão, maus-tratos e violência, porque frequentemente têm menores possibilidades de defender os seus direitos. E todavia, também entre elas, encontramos continuamente os mais admiráveis gestos de heroísmo quotidiano na defesa e cuidado da fragilidade das suas famílias. Nº 212 Da exortação a Alegria do Evangelho do Papa Francisco